Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quarta, 16 de fevereiro de 2022

MPB: CONHEÇA AGNES NUNES, A BAIANA DE 19 ANOS QUE CONQUISTOU CAETANO VELOSO

Conheça Agnes Nunes, a baiana de 19 anos que conquistou Caetano Veloso e acaba de lançar seu primeiro álbum

“Fiquei maravilhado com Agnes Nunes desde que vi seus vídeos paraibanos, em casa, ao piano, talento forte e real”, elogiou Caetano Veloso
Agnes Nunes Foto: Pedro Napolinário / Pedro Napolinário
Agnes Nunes Foto: Pedro Napolinário / Pedro Napolinário

Agnes afirma que o disco é uma “reflexão real” de sua vida e passeia por diferentes fases. “Esse trabalho sempre será um dos mais lindos e verdadeiros. Dei a cara a tapa por ser completamente apaixonada pela arte. Sei que tem muita gente por aí que vai entender esse projeto, que se identificará com as letras e permitirá que as melodias toquem o coração. A música me salvou, me trouxe até aqui.”

 Filha de uma professora universitária, a cantora nasceu em Feira de Santana, na Bahia, e mudou-se aos nove meses para o sertão da Paraíba. “Mainha precisou ir à luta para nos sustentar e fui morar um tempo com vovó. Com meu pai, não tive contato. Claro que chorei em datas festivas, mas mamãe nunca me desamparou. Desempenhou os dois papéis com maestria. Aprendi cedo que tudo OK não ter a presença masculina em casa. Foi incrível crescer cercada por mulheres inspiradoras.”

Com a mãe, aliás, descobriu o poder da música popular brasileira. Já a avó a introduziu ainda menina ao universo do forró de serra. Sozinha, apaixonou-se por Nina Simone e Etta James. “Sou esse caldeirão de referências”, observa a jovem estrela, que caiu nas graças de um olheiro aos 14 anos, depois de publicar um cover na internet. “Na minha cabeça, não existia a menor possibilidade dessa profissão dar certo, mas resolvi arriscar. Disse: ‘Mainha, se não funcionar, faço minha faculdade de História e viro professora’. Aos 17, formada no Ensino Médio, minha mãe e eu partimos rumo ao Rio de Janeiro”, recorda. “As coisas começaram a acontecer e vi que poderia viver desse sonho. Lancei uma canção aqui, outra ali; e, no início da pandemia, iniciei a produção desse álbum. Foram 20 meses compondo e gravando.”

Tempo suficiente para conquistar fãs do porte de Caetano Veloso: “Fiquei maravilhado com Agnes Nunes desde que vi seus vídeos paraibanos, em casa, ao piano, talento forte e real. Orgulhoso pelo fato de ela ter nascido no mesmo estado que eu. E grato por ela ter ido parar na Paraíba, lugar que educa muito. Como segurar a emoção diante dela cantando ‘Você é linda’? A gente olha para ela e pensa: a frase que está cantando é a que meu espírito diz a ela. A música sendo de minha autoria, o círculo se fecha”.

Ao longo do processo, Agnes revisitou memórias, nem todas agradáveis. Trouxe à tona o racismo que precisou enfrentar logo nos primeiros anos da adolescência. “Era atacada constantemente nas ruas e na escola. Mandavam eu raspar meus cabelos para nascer outros bons, perguntavam o que escondia no meu black. Sofri bastante nesse mundo, e a dor me fez amadurecer precocemente. Só para constar: achava meu look um deslumbre.”

Nos 45 do segundo tempo, nasceu a faixa título do disco. “Escrevi ‘Menina mulher’ para minha avó, durante um período na Península de Maraú, na Bahia. Ela sempre teve relacionamentos complicados, chorava constantemente. Falo para vovó num trecho: ‘Esqueça logo esse moço, não perca tempo, vem dançar’. Foi nessa pequena temporada que perdi meu medo do mar. Enxerguei como um renascimento.”

Pesquisador de cultura pop da Universidade Federal de Pernambuco, Thiago Soares inclui Agnes dentro das novas vozes negras da música nacional, colocando em pauta temas urgentes: a questão racional, machismo. E vai além. “O que a torna singular é esse diálogo com o r&b. Lá fora, temos Solange Knowles (irmã de Beyoncé) que mistura esse som com o pop muito bem”, analisa Soares. Para Simone Pereira de Sá, professora de Estudos de Mídia da UFF, com pesquisas em música pop e internet, o trabalho de Agnes merece ser acompanhado pela linguagem e pela personalidade. “Ela grava músicas preferencialmente românticas, com refrões chicletes, no melhor sentido da palavra. Faz clipes elaborados, com narrativas e roupagem. É muito interessante.”

Com shows marcados na Inglaterra e em Portugal, a baiana afirma que está preparada para o sucesso: “Quero mostrar que é possível chegarmos a algum lugar. Saí do sertão e aqui estou, pronta para colher os frutos”.


O Globo terça, 15 de fevereiro de 2022

TURISMO: DE WOOCY AOS INCRÍVEIS, PERSONAGENS DA PIXAR EMBARCAM NOS CRUZEIROS DA DISNEY

De Woody aos Incríveis, personagens da Pixar embarcam nos cruzeiros da Disney

Pixar Day at Sea levará, em 2023, atividades inspiradas em filmes como 'Toy Story' e 'Procurando Nemo' ao navio Disney Fantasy
Personagens de 'Os Incríves' a bordo do navio de cruzeiros Disney Fantasy, que receberá o evento temático Pixar Day at Sea em 2023 Foto: Disney Cruise Line / Divulgação
Personagens de 'Os Incríves' a bordo do navio de cruzeiros Disney Fantasy, que receberá o evento temático Pixar Day at Sea em 2023 Foto: Disney Cruise Line / Divulgação
 

RIO - No café da manhã, um waffle com Woody. Antes do almoço, brincadeira nada assustadoras com Mike e Sully. E, após o jantar, uma aventura ao lado de Sr. Incrível e família. Esta é apenas parte da programação do Pixar Day at Sea, evento temático que acontecerá a bordo do navio de cruzeiros Disney Fantasy, entre janeiro e março de 2023.

Será a estreia de personagens da Pixar nesse tipo de evento da Disney Cruise Line, seguindo os mesmos moldes do Marvel Day at Sea e do Star Wars Day at Sea, dois grandes sucessos em alto-mar. Trata-se de um dia inteiro com encontros com personagens, refeições temáticas, exibição de filmes, festas e shows especiais inspirados em clássicos do estúdio de animação como "Toy Story", "Monstros SA", "Procurando Nemo", "Os Incríveis", "Up: altas aventuras" e "Divertida mente".

Persnagens de 'Toy Story' também estarão presentes no Pixar Day at Sea, evento temático da Disney Cruise Line, em 2023 Foto: Disney Cruise Line / Divulgação
Persnagens de 'Toy Story' também estarão presentes no Pixar Day at Sea, evento temático da Disney Cruise Line, em 2023 Foto: Disney Cruise Line / Divulgação

Leia mais:novo navio Disney Wish terá bar de 'Star Wars' e 'Frozen' no jantar

Entre os destaques da programação estão um novo espetáculo noturno baseado em "Os Incríveis" e uma peça teatral com música ao vivo e marionetes de "Viva - A vida é uma festa". Os passageiros também poderão encontrar os personagens nos restaurantes do navio. No café da manhã haverá uma experiência interativa com Woody, Jesse e Bala no Alvo, de "Toy Story". No jantar, haverá desde um menu com pratos inspirados nos filmes da Pixar até refeições ao lado de personagens de "Procurando Nemo", no restaurante Animator's Palate.

O evento acontecerá em nove datas entre janeiro e março de 2023, sempre em cruzeiros de sete noites pelo Caribe Oriental (com paradas em Tortola e St. Thomas, nas Ilhas Virgens; e San Juan, em Porto Rico) e pelo Caribe Ocidental (Cozumel, no México; Ilhas Cayman e Falmouth, na  Jamaica) - ambos roteiros saindo de Porto Canaveral e incluindo paradas na ilha privativa da Disney, a Castaway Cay.

O Pixar Day at Sea, evento temático a bordo do navio Disney Fantasy em 2023, terá a presença de personagens do filme 'Divertida mente' Foto: Disney Cruise Line / Divulgação
O Pixar Day at Sea, evento temático a bordo do navio Disney Fantasy em 2023, terá a presença de personagens do filme 'Divertida mente' Foto: Disney Cruise Line / Divulgação

No mar:do 'tamanho família' ao luxo extremo, cinco cabines de navios de cruzeiros incríveis

O navio escolhido para receber tripulantes tão animados será o Disney Fantasy, atualmente o mais moderno da frota da companhia - titulo que passará ao Disney Wish, com inauguração prevista para julho. Com 339 metros de comprimento e 66 metros de altura, ele tem capacidade para até quatro mil passageiros em suas 1.250 cabines. Entre suas atrações a bordo, há o teatro Walt Disney, com capacidade para 1.340 pessoas, o cinema Buena Vista, com 399 assentos, e a montanha-russa aquática AquaDuck, na área do parque aquático, no 12º deque.

 

O Disney Fantasy atualmente é o navio do Star Wars Day at Sea, o dia temático do universo criado por George Lucas, e que ainda tem três datas confirmadas para fevereiro e março, em roteiros de sete dias pelo Caribe. Além de proporcionar oportunidades de encontro e fotos com personagens (de Darth Vader até os misteriosos Jawas), o evento conta com espetáculos especiais e uma série de atividades para os fãs mais apaixonados da franquia, que vão desde desfiles de fantasias a concursos de perguntas e respostas.

Já os fãs de Homem de Ferro, Homem Aranha, Thor e outros Vingadores podem reservar um lugar a bordo do Disney Dream, o navio gêmeo do Fantasy, que abriga o Marvel Day at Sea. Até março e nos três primeiros meses de 2023, há 12 datas disponíveis, sempre em roteiros de cinco dias saindo de Miami e passando por Bahamas, Ilhas Cayman e Castway Cay. A bordo do navio, não faltam chances de encontrar com os personagens que saltaram dos quadrinhos para a mais rentável franquia cinematográfica dos nossos tempos, de jantares temáticos a aulas de como ser um super-herói.


O Globo segunda, 14 de fevereiro de 2022

MUNDIAL DE CLUBES: FUTURO MUNDIAL DE CLUBES DEVE ER CAMINHO MAIS LONGO RUMO AO TÍTULO, OITO EUROPEUS E SEIS SUL-AMERICANOS

 

Futuro Mundial de Clubes deve ter caminho mais longo rumo ao título, oito europeus e seis sul-americanos

Relatório inicial do novo formato previa ainda África, Ásia e Américas do Norte e Central com três vagas cada, enquanto Oceania briga por uma. Implementação e data da realização do torneio seguem sob impasse
 
Infantino entrega a taça ao capitão do Chelsea, Azpilicueta. Edição do 2021 do Mundial deve ser a última no atual formato Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP
Infantino entrega a taça ao capitão do Chelsea, Azpilicueta. Edição do 2021 do Mundial deve ser a última no atual formato Foto: GIUSEPPE CACACE / AFP
 

Ser campeão do Mundial de Clubes — título que o Palmeiras deixou escapar para o Chelsea, sábado, na prorrogação — será uma tarefa ainda mais complicada a partir de agora, caso os planos da Fifa se concretizem. A entidade tem aprovado desde 2019 um novo formato para a competição: quadrienal, 24 clubes e uma fase de grupos, mas sua implementação ainda é rodeada de incertezas.

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Naquele ano, a entidade, já presidida por Gianni Infantino, buscava um formato mais atraente para o torneio, que envolvesse de fato vários clubes ao redor do mundo. Ventilou-se a hipótese de 32 participantes, mas a ideia final para o piloto da competição, aprovada pelo conselho executivo, foi a de 24 clubes envolvidos.

Nesse novo formato, as equipes serão divididas em oito grupos de três participantes, com os vencedores de cada um avançando às quartas de final. Ou seja, além dos confrontos dos grupos, sul-americanos e europeus, que entram direto nas semifinais no formato atual, precisariam fazer um jogo eliminatório a mais.

O processo de classificação à competição ainda deve ser alvo de reuniões entre as confederações, mas a agência de notícias “Associated Press” teve acesso ao relatório inicial, em 2019.

Participariam oito europeus: os quatro últimos campeões da Champions League e da Liga Europa, as duas principais competições do continente. Haveria a possibilidade de a Uefa vetar múltiplas participações de equipes do mesmo país. Os vice-campeões também poderiam garantir vagas, caso os clubes vencedores desses torneios se repitam ao longo dos quatro anos.

Na América do Sul, os vencedores das últimas duas edições da Libertadores e da Sul-Americana garantiriam quatro das seis vagas, ainda sem definição quanto às restantes. O esquema completo, incluindo os demais continentes, teria:

  • América do Sul: 6 vagas, quatro para os campeões das duas últimas edições de Libertadores e Sul-Americana. Duas indefinidas.
  • Europa: 8 vagas, todas para os campeões das últimas quatro edições de Champions League e Liga Europa. Uefa pode vetar times do mesmo país e vice-campeões podem ganhar vagas caso campeões se repitam.
  • Ásia: 3 vagas, duas para os últimos campões da Champions da AFC e a terceira para o vencedor de um mata-mata entre os dois vice-campeões.
  • África: 3 vagas, duas para os finalistas da Champions da CAF e uma para o vencedor de confronto entre os semifinalistas eliminados.
  • Américas do Norte e Central: 3 vagas, duas para os finalistas da Champions da Concacaf e uma ainda indefinida.
  • Oceania: uma vaga disputada entre o campeão continental e uma equipe do país anfitrião.

Vale lembrar que esse relatório é de antes de uma mudança geral de planos da Fifa, dada a pandemia da Covid-19. A ideia inicial eraa de que o torneio estreasse no ano passado, ocupando a vaga no calendário internacional da extinta Copa das Confederações. A sede seria a China.

Em comunicado divulgado em março de 2020, quando a pandemia foi declarada, Infantino prometeu decidir a data de implementação do torneio “quando a situação estivesse mais clara”. Algumas opções, segundo ele, seriam adiar para o fim de 2021, 2022 ou 2023, já contradizendo a ideia de ocupar a vaga da Copa das Confederações.

— Ainda temos que trabalhar no processo de encontrar datas, e esse não é um desafio fácil. — afirmou Infantino antes da final da edição 2020 do Mundial, em fevereiro do ano passado.

O Mundial é parte de seus planos ousados. Um das principais vitórias do mandato do italiano foi conseguir alterar o número de participantes da Copa do Mundo de 32 para 48. Agora, quer mudar a periodicidade de quatro anos para dois.

 


O Globo domingo, 13 de fevereiro de 2022

MÚSICA: MARTINHO DA VILA, 84 ANOS - *SE PERDER A ESPERANÇA, PERDEU TUDO*

Martinho da Vila, 84 anos: ‘Se perder a esperança, perdeu tudo’

Sambista canta o otimismo pelo brasil em novo álbum; afirma que o racismo é ‘curável’; diz que gostaria de conquistar o presidente da Fundação Palmares; e defende o adiamento dos desfiles das escolas de samba para 2023
‘Corretores zoológicos’. Próximo enredo da Vila Isabel, Martinho pondera que a relação com o jogo do bicho nas agremiações é inevitável Foto: Hermes de Paula
‘Corretores zoológicos’. Próximo enredo da Vila Isabel, Martinho pondera que a relação com o jogo do bicho nas agremiações é inevitável Foto: Hermes de Paula
 

Na camisa com que Martinho da Vila aparece para a entrevista estão versos de um de seus maiores sucessos: “Canta, canta, minha gente! (...) A vida vai melhorar”. Aos 84 anos, completados ontem, ele insiste na esperança. O álbum que vai lançar em março, “Mistura homogênea”, tem letras otimistas, como as de “Era de Aquarius”, duo com o rapper Djonga, e “Unidos e misturados”, com Teresa Cristina, ambas já nas plataformas. Também participam Zeca Pagodinho, Xande de Pilares, todos os filhos e a escritora moçambicana Paulina Chiziane, última vencedora do Prêmio Camões.

Paulinho da Viola:'Sou um homem do século XIX. Não sei o que estou fazendo aqui'

Nesta entrevista por vídeo, Martinho tempera com risadas mesmo temas como o machismo na música e as ligações perigosas das escolas de samba. Mas fica sério ao falar de racismo e Jair Bolsonaro. Enredo da sua Unidos de Vila Isabel, ele diz que só deveria voltar a haver desfiles em 2023.

 

A música “Era de Aquarius” tem uma visão muito otimista do futuro do país. O Brasil justifica essa esperança?

Está difícil. Mas você não pode perder a esperança. Se perder a esperança, perdeu tudo. Muita gente fala “otimista” como se fosse uma palavra depreciativa. Os otimistas é que mudaram o mundo. Aquele que vai para o jogo pensando “o nosso time não vai ganhar”, aí é que não ganha mesmo.

Temos tido muitos exemplos de racismo, como o assassinato do congolês Moïse Kabagambe. Você tem esperança em ver o Brasil menos racista?

O racismo é uma doença terrível, mas, segundo o Nelson Mandela, é uma doença curável. Ninguém nasce racista. Aprende a ser racista. E, se aprende a ser, pode aprender a amar o próximo. O racismo está forte. E agora, com a internet, as pessoas podem fazer agressões e ficar escondidas. Então, os racistas botaram as asinhas de fora.

Você vê alguma relação entre esses fatos e as posições do governo federal?

Tem a ver. O presidente não dá bons exemplos. Ele dá maus exemplos. E a função do chefe é dar exemplos. Eles não vêm debaixo, vêm de cima. Quem toca as coisas é o chefe da família, o chefe da nação.

Projota:‘Já perdi muito na vida, mas ali veio tudo de uma vez’

 
 

Em agosto de 2021, no “Roda Viva”, você chamou Sérgio Camargo de “preto de alma branca” e disse que “a Fundação Palmares não existe”.

Eu gostaria de me encontrar com ele por acaso. A melhor arma é a conquista. Se eu te faço uma coisa ruim e você reage com força, dá margem para eu reagir com força também. Na verdade, tem de dizer: “Calma aí!” É preciso tentar conquistar o sujeito: “Você é tão maneiro!” Quando falei que ele era preto de alma branca, não era o que eu queria dizer. A expressão saiu rapidamente. Eu queria dizer que ele é branco. Age como branco, atua como branco. Por ele, voltava o cativeiro, voltava tudo. Ele se esquece de que, se voltasse o cativeiro, ele estava lá.

Você está entre os artistas que já têm candidato a presidente?

Vou votar no Lula, com certeza.

E vai fazer campanha?

Se ele me pedir, eu faço, porque ele é meu amigo. Para os amigos eu faço tudo. Para os inimigos, nada.

Seus discos são sempre conceituais. Qual é o conceito de “Mistura homogênea”?

É misturar as culturas, os ritmos, as religiões. Quando faço um disco, tenho um conceito, mas, antes de tudo, faço um disco para mim. Tenho que ouvir o disco e gostar. Quando consigo isso, muita gente gosta da mesma maneira.

 
 

Maria Rita:‘Elis Regina é de todos, mas a mãe é minha’

Houve um lado bom em ficar recluso durante esse tempo todo da pandemia?

Sempre tem um lado bom em tudo. Como eu fiquei muito parado, não fiquei parado. Confinado, mas trabalhando. Eu ainda não tinha escrito um livro de contos. Tinha, mas estava com poucos contos, muito magrinho. Eu engordei, ficou legal. O título é “Contos sensuais e algo mais”. Notei que tinha muitos contos que falam de relacionamentos, muita sensualidade nas histórias. O “algo mais” são outros assuntos. E estou fazendo livros infantojuvenis para uma série chamada “Martinho conta”. Já contei as vidas de Cartola e Noel Rosa. Ainda vai ter Paulinho da Viola, Dona Ivone Lara e mais gente.

Você já se candidatou à Academia Brasileira de Letras e não teve votos. Pretende tentar de novo?

Eu gostaria de ir para a ABL porque todo escritor gostaria, mesmo os que dizem que não. O Ferreira Gullar dizia que era uma porcaria e acabou indo. Eu gostaria de estar lá porque faço parte de um segmento do movimento negro que diz que nós temos que ocupar os lugares. Fui incentivado a me candidatar. Mas não é um projeto de vida. Já fiz a minha parte.

 
 

“Na escola de samba, você participa ou não. Eu, que sempre estive à frente, que sou presidente de honra da Vila, lidei com os corretores zoológicos (bicheiros), com o pessoal do morro, do movimento (tráfico de drogas)”

MARTINHO DA VILA
cantor e compositor

 

O fato de Chico Buarque dizer que não cantaria mais “Com açúcar, com afeto” gerou uma polêmica sobre cancelamento de músicas. Você ainda cantaria “Você não passa de uma mulher”?

Cantei essa música só quando lancei o disco (em 1975). Foi grande sucesso, tema de novela. Eu não queria cantar, mas as pessoas pediam. Vou explicar o que aconteceu. Há músicas que eu faço e fico insatisfeito com uma palavra. Estava procurando uma frase para a letra, mas o (produtor) Rildo Hora já tinha feito as bases (do arranjo). Ele falou: “Grava assim mesmo e, quando achar a palavra, vem no estúdio e troca.” Aí eu gravei cantando “você não passa de uma mulher”. Todo mundo achou maravilhoso, a gravadora gostou e eu me ferrei. As mulheres não gostaram. Depois, não cantei mais. Para o escritor, o letrista, o poeta, as palavras podem ter outro sentido. Para mim, era como se a mulher fosse o máximo: dali não passa. Mas foi entendido de outra forma.

“Disritmia” sofre críticas por causa do refrão “Vem logo, vem curar seu nego/ que chegou de porre lá da boemia”?

Há quem não goste. Algumas gostam, outras não.

Você concorda com o adiamento do carnaval para abril?

 
 

Na minha opinião, deveria adiar para o ano que vem. Abril já é daqui a pouco. Está ruim a situação. Esse vírus me persegue. Ele me atacou uma vez e, além disso, fica não querendo que eu seja homenageado pela Vila Isabel. Ia ser no ano passado, passou para este ano, agora para abril, ainda está arriscado a passar para o outro ano. Mas ele vai perder para mim.

Muita gente depende do carnaval para trabalhar.

Pois é, tem um grupo de trabalhadores que vive em função do carnaval. A Vila Isabel tem um grupo que é permanente. Quando termina o desfile, vai para o barracão, desmonta os carros para reaproveitar coisas. Esse pessoal está sofrendo muito. Precisa do carnaval.

'Autocancelamento':declaração de Chico Buarque sobre não cantar mais 'Com açúcar, com afeto' reacende debate

Há duas semanas, Bernardo Bello, ex-presidente da Vila, foi preso sob suspeita de ter mandado assassinar o bicheiro Alcebíades Paes Garcia, o Bid. Em dezembro, você publicou um post chamando o bicheiro Capitão Guimarães de “amigo”. Não é possível evitar isso no mundo das escolas de samba?

Na escola de samba, você participa ou não. Eu, que sempre estive à frente, que sou presidente de honra da Vila, lidei com os corretores zoológicos (bicheiros), com o pessoal do morro, do movimento (tráfico de drogas). Eles (os homens envolvidos com o tráfico) saem na bateria, tem que negociar com eles. Houve um período em que eu falei: “Pessoal, vocês podiam fazer o seguinte: não deixar assaltar na porta da escola, não mexer nos carros.” “Deixa comigo, Martinho da Vila!” Na escola de samba desfila todo mundo, junto e misturado. Na mesma ala tem empregada, patroa, polícia, chefão... Para quem está na escola, não tem jeito.

 
 

O que significa a morte de Elza Soares?

Elza foi uma das maiores cantoras do Brasil, senão a maior. Senti muito. Conheci antes de ser famosa. Ela era da Água Santa e eu morava na Boca do Mato. Ela é um símbolo importante, era bem consciente. Teve uma vida confusa que dá um grande filme. Muita gente criticou a Elza por causa da história com o Garrincha, mas ela ajudou muito o Garrincha. Foi uma figura incrível.

Você se sente com 84 anos?

Nunca pensei em chegar a 84. Quando eu era jovem, a faixa etária de velho era 60 anos. Hoje, 60 é guri. Eu, com 84, não sinto grande diferença. Tem umas coisas que não funcionam tão bem como antigamente. Mas tenho boa saúde, boa resistência. Desfilo na Avenida toda, faço show de uma, duas horas.


O Globo sábado, 12 de fevereiro de 2022

GASTRONOMIA: CONHEÇA OS *AÇOUGUEIROS DO MAR* CHEFS QUE SERVEM VARIAÇÕES COMO LINGUIÇA DE CAMARÃO E CARRÉ DE PEIXE

Conheça os 'açougueiros do mar', chefs que servem criações como linguiça de camarão e carré de peixe

Vencedor do 'Mestre do sabor' 2, Dário Costa surfa na onda e vende cortes como prime rib de atum
 Vencedor do "Mestre do sabor", chef Dário Costa posa em frente a sua loja, em que os peixes não ficam em contato com o gelo Foto: Divulgação/Davi Realle
Vencedor do "Mestre do sabor", chef Dário Costa posa em frente a sua loja, em que os peixes não ficam em contato com o gelo Foto: Divulgação/Davi Realle

É o que vem fazendo o chef paulista Dário Costa (vencedor de “Mestre do Sabor” e ex-“Masterchef Profissionais”), que em seu sua loja no Mercado de Peixes de Santos — o Açougue do Mar, que está ganhando filial em Pinheiros, São Paulo — vende badejos, dourados, vermelhos e outros penduradas em ganchos, como num açougue. E com cortes incomuns, como prime rib, borboleta invertida, espalmado, carré...

—Um dos problemas das peixarias é deixar os peixes em contato com o gelo. Ele estraga rapidamente, exala cheiro ruim. Quanto mais seco o pescado ficar, mais fresco, gostoso e melhor consistência terá —defende.

 

Outros profissionais andam bebendo da mesma fonte. E essa fonte tem nome e sobrenome: é o australiano Josh Niland, precursor e guru dessa turma. De Sidney, posta coisas impensáveis. Virou fonte de inspiração, com livros editados e seguidores pelo mundo, como os chefs televisivos Nigella Lawson ou Jamie Oliver, isso só para fica nos ingleses.

No Rio, o veterano Marcelo Malta, que há décadas lida com carnes bovinas (mas que é filho de campeão de pesca submarina), é um deles, e abriu recentemente o Sabor das Águas, no Leblon, onde badejos, namorados, dourados e o que mais cair na rede é maturado em câmeras de 0 a 3°C, por até 20 dias.

— O Josh Niland é o começo de tudo, mudamos a forma de trabalhar com pescados graças a ele —conta Malta.

Além de maturação, ele tem feito experimentos bem-sucedidos:

— Já fizemos linguiça de trilha, pastrami de atum e estamos testando agora um bacon feito a partir do peixe meca, que é saboroso e gorduroso, mas sai caro.

Gonzalo Vidal, do restaurante 74, em Búzios, sempre foi um aficionado pela charcuteria. Os peixes agora entraram na roda. Ele conta que um atum gordo, se maturado por três a seis meses, parece presunto ibérico.

— Gosto especialmente da salsicha de camarão, que fica perfeita. É o hot dog da casa — diz.

Chefs do Pabu (que reabre no próximo dia 18, reformado) e do Koba, Cristiano Lanna e Luiz Peti mergulharam de cabeça na onda.

—É fantástico trabalhar com a “costela” de um atum, por exemplo. A gente aproveita essa parte do peixe que era descartada. Parece mesmo um prime rib, que servimos glaceada em missô —diz Lanna, que serve ainda linguiça de peixe e o chamado foie gras do mar, que é o figado do tamboril cozido em um torchon.

Gerônimo Hueste, que cozinhou anos em países como Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, abriu em janeiro o Ocyá, restaurante na Ilha da Gigoia, na Barra, que tem entre seus frequentadores os chefs Nello Garaventa (Grado), Pedro Siqueira (Ella) e Damien Montecer (Bazzar). Ele mesmo faz o dry aged (cura) de atum e namorado e a linha de embutidos, como linguiça de dourado, maturada por sete dias e finalizada com azeite de urucum.

— São novos caminhos para e lidar com o que vem do mar — resume Gerônimo.

Onde provar

  • Ocyá:  ilha primeira,  arquipélago da Gigoia, Barra (99947-2574). Qua e qui, das  12h às 17h. Sex, sáb e dom, das 12h às 18h.
  • Sabor das Águas: Rua Dias Ferreira 605, Leblon (97137-9882). Diarimente  das 10h às 22h.
  • Koba: Rua Maria Quitéria 111, 2 andar, Ipanema (3502-4637). Diariamente, de 12h às 23h
  • Açougue do Mar:  Mercado do Peixe em Santos. Av. Mario Covas Junior 3.050/ Ponta da Praia, Santos.
  • 74 Restaurante: Hotel Casas Brancas. Morro do Humaitá 10,   Búzios (22-3633-9330).  Diariamente, das 12h às 23h


O Globo sexta, 11 de fevereiro de 2022

JOGOS DE INVERNO: O ROBÔ QUE FAZ DRINQUES DÁ O RECADO DA CHINA NOS JOGOS

O robô que faz drinques dá o recado da China nos Jogos Olímpicos

Refeitório futurístico e robotizado para mídia mostra que país sede é imbatível em manipular sua imagem
Robô que faz drinques é sensação no refeitório da imprensa na OlimpíadaFoto: GABRIEL BOUYS / AFP
Robô que faz drinques é sensação no refeitório da imprensa na Olimpíada Foto: GABRIEL BOUYS / AFP
 

Os atletas que estão competindo na Olimpíada de Pequim (entre eles, 11 brasileiros) não têm acesso ao mais hypado dos refeitórios dos centros de competição. Futurístico e robotizado, foi instalado no Main Media Center (MMC), em Pequim, para uso exclusivo da imprensa.

Ali robôs executam diferentes tarefas, reduzindo o número de funcionários a um mínimo, supostamente para reforçar o distanciamento social. Uns preparam receitas chinesas em woks enquanto outros fritam búrgueres ou fritas. Bandejas robotizadas movem-se por trilhos instalados no teto. Quando chegam às mesas (individuais e separadas por barreiras acrílicas), descem por cabos e abrem tentáculos rosa choque para que o comensal pegue o seu prato. Quer sorvete? Basta escolher o sabor pelo celular que um robozinho com cara de boneco infantil sai de dentro de uma máquina e faz a entrega.

 

Há ainda robôs que carregam bandejas e que desinfetam o ar, mas nenhum faz mais sucesso do que o que comanda o bar. Milhares de posts nas mídias sociais mostram as proezas desse bartender motorizado que prepara 15 drinques diferentes em tempo recorde e chacoalha coqueteleiras horas a fio sem cansar seu braço multiarticulado.

O jornalista Gustavo Longo, do portal Olimpíada Todo Dia, já testou o refeitório futurístico quatro vezes. Diz que o búrguer “dá para comer”, mas proclama que as fritas “são muito boas”.

Imagino que essa a materialização da ficção científica que víamos nos desenhos dos Jetsons desde os anos 60 tenha custado caro, porque senão teriam espalhado outros refeitórios futurísticos pela bolha olímpica, acessíveis aos atletas e ao público. Como só fizeram um único, naturalmente reservaram-no para a mídia. Entusiasmados jornalistas do mundo todo, inclusive correspondentes das principais redes de TV americanas, filmaram, postaram à exaustão e exibiram em noticiários os robôs. A China é ponta de lança no setor de robótica, está claro. Mas é imbatível, também, em controlar e manipular a imagem que projeta ao mundo. 


O Globo quinta, 10 de fevereiro de 2022

MÚSICA: MORRE BETTY DAVIS, CANTORA PIONEIRA DO FUNK AMERICANO, QUE INFLUENCIOU PRINCE E MADONNA

Morre Betty Davis, cantora pioneira do funk americano, que influenciou Prince e Madonna

Ela gravou apenas três discos, mas foi inspiração para artistas como Prince, Madonna e Erykah Badu
Cena do filme
Cena do filme "Betty, they say Im different", do diretor inglês Phil Cox, sobre a cantora Betty Davis Foto: reprodução

Betty Davis, cantora pioneira do funk americano, morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos, de causas naturais. A informação foi confirmada à revista Rolling Stone pela etnomusicóloga Danielle Maggio, amiga e pesquisadora da obra de Davis.

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Quase todo o católogo musical de Betty Davis foi gravado entre 1964 e 1975, mas seu impacto se manteve por décadas. Davis foi primeiro modelo até começar na música, ainda com seu nome de solteira,  Betty Mabry, em 1964, com o single "Het Ready for Betty".

Figura influente na cena musical nova-iorquina no final dos anos 60, ela se casou com o trompetista Miles Davis em 1968 e adotou o sobrenome do gênio do jazz. No ano seguinte, ela estampou a capa do álbum Filles de Kilimanjaro, do qual foi a inspiração para a faixa "Mademoiselle Mabry". O casamento durou apenas um ano, mas foi Betty quem apresentou Miles ao rock, levando o trompetista ao fusion, com os discos In a Silent way, de 1969, e Bitches Brew, de 1970.

Durante o relacionamento, Betty gravou com Miles, mas seu primeiro álbum solo, Betty Davis, só foi lançado em 1973. Outros discos vieram em seguida: They Say I’m Different (1974) e Nasty Gal (1975). Sua atitude libertária abriu caminho para artistas como Prince e Madonna, astros do pop na década seguinte.

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Depois de lançar três álbuns e passar um ano com monges no Japão, Betty Davis decidiu abandonar a música, mudou-se para Pittsburgh, onde viveu por 40 anos sem  nunca mais voltar ao show business.

Mesmo sem ter voltado a gravar ou fazer shows, Davis continuou inspirando outros artistas, incluindo as cantoras  e Janelle Monae. O interesse das novas gerações pela cantora fez com que seus álbuns fossem relançados, aléErykah Badum do lançamento de um quarto álbum, com inéditas.

Em 2017, a cantora foi tema do documentário "Betty: they say I'm Diffferent, dirigido pelo ex-correspondente de guerra Phil Cox. Em entrevista ao GLOBO, na época, ele afirmou que "Betty era uma mulher que expressava uma energia sexual como nenhuma outra mulher ou homem".

—  E por isso foi relegada ao ostracismo, ela não podia ser rotulada — acredita o diretor, que diz ter recebido negativas de pessoas que conheceram bem a cantora, como os guitarristas ingleses Eric Clapton e John McLaughlin, em dar depoimentos. — Clapton e Betty namoraram e ele queria produzir um disco dela, mas ela disse que ele era muito careta para isso.

 


O Globo quarta, 09 de fevereiro de 2022

GASTRONOMIA: PIONEIRO EM COMIDA AMAZÔNICA, ARATACA ABRE NOVAS LOJAS

Pioneiro em comida amazônica no Rio, Arataca ganha fôlego nas mãos da terceira geração da família e abre novas lojas

Das cozinhas sempre nas mão de cozinheiras paraenses, saem pratos como costela de tambaqui com arroz de jambu; moqueca de filhote com camarão, pato ao tucupi com arroz de jambu; e wagyu de carne de sol com mandioca
Filhote com camarão do Arataca Foto: Leo Martins / Agência O Globo
Filhote com camarão do Arataca Foto: Leo Martins / Agência O Globo
 

A história da casa, hoje já uma rede, começa com o piloto da Vasp Acir Rodrigues, um mineiro que de tanto voar para Belém acabou tomando gosto pela cozinha local. Voltava das viagens com a mala cheia de insumos que arrematava no mercado Ver-o-Peso da capital do Pará. Era a alegria da família e amigos. Daí, não precisou pensar muito quando se aposentou. A viagem agora seria por outros caminhos: achar um ponto para abrir uma casa de culinária amazônica. Achou uma loja simpática na Rua Dias Ferreira, no Leblon. E, assim, em 1955, nascia o Arataca. Da primeira, logo ganhou uma segunda no mesmo bairro. Depois veio a loja só de produtos em Copacabana, meio boteco. Um pouco mais adiante, o golaço do ex-piloto levou o Arataca para dentro da Cobal do Leblon. Estourou.

 
Os irmãos Lucas Muradas, 26 anos, e Mateus, de 25, e mais o amigo de infância Mateus Soter, de 25 Foto: Leo Martins / Agência O Globo
Os irmãos Lucas Muradas, 26 anos, e Mateus, de 25, e mais o amigo de infância Mateus Soter, de 25 Foto: Leo Martins / Agência O Globo

Nos anos 1980 e 1990, o simplório box do mercado acabou virando palco de encontros antológicos. No mesão montado em frente a loja, podiam ser vistos Tom Jobim, Hugo Carvana, João Ubaldo, Luis Fernando Veríssimo. “O meu avô vibrava com esses encontros, porque era a casa que ele sonhava em ter. E tendo do jeito que ele imaginou”, conta Lucas Muradas, 26 anos, que juntamente com o irmão Mateus, de 25, e mais o amigo de infância Mateus Soter, da mesma idade, acabaram de abrir o mais novo Arataca, o da João Lira, no Leblon. Em meados do ano passado, abriram na Lopes Quintas.

Lagosta e casquinha de siri: tudo preparado por cozinheiras paraenses Foto: Leo Martins / Agência O Globo
Lagosta e casquinha de siri: tudo preparado por cozinheiras paraenses Foto: Leo Martins / Agência O Globo

Das cozinhas sempre nas mão de cozinheiras paraenses, saem pratos como costela de tambaqui com arroz de jambu; moqueca de filhote com camarão, pato ao tucupi com arroz de jambu; e wagyu de carne de sol com mandioca. E casquinhas de caranguejo com farofa de santarém ou bolinhos de pirarucu de entradinhas são sucesso. Além dos potes do mais puro açaí que chegam fresquinhos. As frutas estão todas lá, em drinques, sucos e doces: graviola, bacuri, biribá, buriti, cupuaçu... “Os nossos fornecedores também estão na terceira geração. São as mesmas famílias que o meu avô trabalhava lá no começo de tudo”, conta Mateus, adiantando que se prepara para mais um voo, dessa vez para a Cobal do Humaitá.


O Globo terça, 08 de fevereiro de 2022

MUNDIAL DE CLUBES: PALMEIRAS X AL AHLY - ONDE ASSISTIR, HORÁRIO E ESCALAÇÕES DA SEMIFINAL

Palmeiras x Al Ahly: onde assistir, horário e escalações da semifinal do Mundial de Clubes

Alviverde faz sua estreia contra equipe egípcia visando a vaga na decisão
Palmeiras estreia no Mundial nesta terça-feira Foto: Fabio Menotti / Palmeiras
Palmeiras estreia no Mundial nesta terça-feira Foto: Fabio Menotti / Palmeiras
 

Em sua segunda participação seguida no Mundial de Clubes, o Palmeiras tem uma estreia duríssima pela frente. O Al Ahly, do Egito, é o adversário alviverde por uma vaga na decisão contra Chelsea ou Al Hilal. Os egípcios vêm de vitória por 1 a 0 sobre o Monterrey na fase anterior.

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Local

A partida ocorre no Estádio Al Nahyan, em Abu Dhabi (Emirados Árabes).

Horário

O jogo começa às 13h30 (Brasília).

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Onde assistir

A partida terá transmissão pela Band (TV aberta) e pelo BandSports (TV fechada).

Escalação do Palmeiras

Weverton; Gustavo Gómez, Luan e Murilo (Piquerez); Marcos Rocha, Danilo, Zé Rafael e Gustavo Scarpa; Raphael Veiga, Dudu e Rony. Técnico: Abel Ferreira.

 

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Escalação do Al Ahly

Ali Lotfi; Karim Fouad, Yasser Ibrahim e Rami Rabia; Mohamed Heny, Aliou Dieng, Mohamed Afsha e Maaloul Ali; Ahmed Abdelkader e Hussein El Shahat; Taher Mohamed. Técnico: Pitso Mosimane.

Arbitragem

Árbitro: Clément Turpin (França)

Assistentes: Nicolas Danos (França) e Cyril Gringore (França)

VAR: Anton Shchetinn (Austrália)


O Globo segunda, 07 de fevereiro de 2022

CINEMA: COMÉDIAS NACIONAIS SÃO APOSTAS PARA REAQUECER O MERCADO EM 2022

 

Comédias nacionais são aposta para reaquecer o mercado do cinema em 2022

'Juntos e enrolados' e 'Tô ryca 2' são ponto de partida para ano repleto de humor na telona, com nomes como Marcelo Adnet, Ingrid Guimarães, Rodrigo Sant’anna, Tatá Werneck, Samantha Schmütz, Fábio Porchat e Dani Calabresa
Samantha Schmütz na comédia 'Tô ryca 2' Foto: Camila Maia / Divulgação
Samantha Schmütz na comédia 'Tô ryca 2' Foto: Camila Maia / Divulgação
 

Quando as salas foram fechadas em decorrência da pandemia, em março de 2020, o cinema brasileiro viveu seu último grande sucesso, com “Minha mãe é uma peça 3”, estrelado por Paulo Gustavo e visto por 11,8 milhões de espectadores. Além de ratificar o ator, morto em maio do ano passado em decorrência da Covid-19, como um dos nomes fortes do audiovisual brasileiro, o desempenho também reforçou a importância da comédia para o mercado do país. Se o atípico 2021 não viu nenhuma delas entre os top 20, agora uma nova leva de filmes brasileiros de humor espera, com a ajuda do sucesso que o gênero costuma fazer, esquentar a retomada para a indústria nacional.

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Ao longo de 2022, várias comédias brasileiras chegarão aos cinemas, como “O palestrante”, com Fábio Porchat e Dani Calabresa; “45 do segundo tempo”, com Tony Ramos, Cássio Gabus Mendes e Denise Fraga; “Bem-vinda a Quixeramobim”, com Edmilson Filho; “Uma pitada de sorte”, com Fabiana Karla; “Quatro amigas numa fria”, com Fernanda Paes Leme e Robson Nunes; “Os suburbanos”, com Rodrigo Sant’anna; “Partiu América”, com Matheus Ceará; e “Nas ondas da fé”, com Marcelo Adnet. 

— Neste momento em que temos tantos desafios a enfrentar, entrar numa sala de cinema e assistir a um filme que traz um pouco de leveza nos ajuda a seguir — defende Lázaro Ramos, protagonista de “Papai é pop”, com lançamento em agosto. — Dar uma gargalhada é ter um pouco mais de saúde. Nos meus momentos de maior dificuldade, eu dou um sorriso. E isso destrava traumas e facilita que eu encontre soluções pro meu dia seguinte.

Frente a Hollywood

Entre 2011 e 2020, em sete oportunidades, o ranking de bilheteria nacional foi liderado por comédias. Nos três anos em que elas não ocuparam o topo, o mercado viveu circunstâncias bem específicas, que foram os lançamentos dos filmes religiosos “Os dez mandamentos” (2016), “Nada a perder — Parte 1” (2018) e “Nada a perder — Parte 2” (2019), sobre os quais paira desconfiança em razão da distribuição de ingressos e registro de sessões vazias com bilheteria esgotada. Nesses três anos, comédias ocuparam a segunda posição no ranking de venda de ingressos, confirmando seu virtual predomínio. E não é só entre os filmes nacionais que o gênero se destaca. Em 2020, “Minha mãe é uma peça 3” foi o longa mais assistido do ano, com 9,2 milhões de espectadores — a bilheteria total inclui ainda os 2,6 milhões de ingressos vendidos em 2019.

— A comédia foi a primeiro a conseguir bater de igual para igual com os famosos gêneros de Hollywood, com os filmes americanos. É algo que começa com “Se eu fosse você” (2006) e vem até hoje, não foi de uma hora para a outra, foi construído. É interessante ver um filme como “Minha mãe é uma peça 3” (2019), lançado em plenas férias, batendo de frente com uma animação como “Frozen 2” — argumenta Marcelo J. L. Lima, CEO da Tonks, editora do Portal Exibidor.

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Lázaro Ramos em 'Papai é pop' Foto: Stella Carvalho / Divulgação
Lázaro Ramos em 'Papai é pop' Foto: Stella Carvalho / Divulgação

Nos últimos 20 anos, filmes como “Minha mãe é uma peça” (2013), “De pernas pro ar” (2010), “Até que a sorte nos separe” (2012), “Cine Holliúdy” (2012), “Os homens são de Marte…. E é pra lá que eu vou” (2014), “Meu passado me condena” (2013) e “Se eu fosse você” (2006) foram hits de bilheteria e renderam continuações. Num momento em que o mercado cinematográfico busca se reaquecer, a comédia pode ser um dos trunfos mais importantes.

— Acho a comédia essencial para o aquecimento do mercado e principalmente para a volta do público aos cinemas. O humor sempre é uma salvação em épocas de crise — diz Ingrid Guimarães, que chega aos cinemas em dezembro com a comédia “Minha irmã e eu”, ao lado de Tatá Werneck, e também trabalha na sequência de “Fala sério, mãe”, com Larissa Manoela.

Continuação de sucesso de 2016, “Tô ryca 2” entra em cartaz nesta quinta-feira com o retorno de Samantha Schmütz como Selminha, que, após ficar rica de forma inesperada no primeiro filme, agora perde todo seu dinheiro. A produção da Globo Filmes estreia em aproximadamente 700 salas.

— Estamos precisando muito de injeções de alegria, da sensação que a gargalhada proporciona — diz Schmütz, destacando que o gênero é um dos poucos que consegue mostrar força diante do domínio do cinema internacional. — Consegue ocupar mais salas, dar uma desafogada neste sufocamento.

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Desligar da realidade

Responsável pelo lançamento da trilogia “Minha mãe é uma peça” com a Downtown Filmes, a Paris Filmes se estabeleceu como distribuidora com uma atenção especial para o humor.

— A comédia tem o dom de despertar algo bom dentro das pessoas. Em um momento tão difícil quanto a pandemia, trazer o riso para os cinemas é trazer um momento para o espectador desligar da realidade dura que encontra nos noticiários — diz Marcio Fraccaroli, CEO da Paris, que, no entanto, fala sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor. — Os projetos nacionais ainda estão com números menores na retomada, mas temos grandes produções para os próximos meses e acreditamos no crescimento desse mercado diante da conscientização da população e do avanço da vacinação para novos grupos etários.

Alguns atores participarão de mais de uma comédia ao longo dos próximos meses. Em cartaz com “Juntos e enrolados”, Cacau Protásio também está no elenco de “Barraco de família”. Já Cleo chega às telas com “Me tira da mira” e “Vovó Ninja”. A atriz contracena com o pai, Fábio Júnior, e o irmão, Fiuk, no primeiro filme, e com a mãe, Gloria Pires, no segundo.

— Estar com Cleo em cena, interpretando mãe e filha, foi a cereja do bolo. Ela tem um senso de humor delicioso, nos divertimos e nos emocionamos muito nas cenas — conta Gloria Pires, que também está no elenco da comédia “Desapega”.

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Aposta da indústria para atrair o público para as salas de cinema, a comédia também encontra muito espaço na cena do streaming. Companhias como Netflix, Prime Video e HBO Max têm investido cada vez mais na produção nacional, e com bom destaque para o humor.

Leandro Hassum em 'Tudo bem no natal que vem' Foto: Desiree do Valle / Netflix
Leandro Hassum em 'Tudo bem no natal que vem' Foto: Desiree do Valle / Netflix

Após lotar os cinemas com a trilogia “Até que a sorte nos separe”, Leandro Hassum fechou um acordo com a Netflix e tem lançado suas comédias no streaming. Foi o caso de “Tudo bem no Natal que vem” e o mais recente “Amor sem medida”, além do ainda inédito “Vizinhos”, com lançamento previsto para 2022.

— O streaming nos possibilita proximidade e democraticamente amplia o acesso do público, pois todos têm ali o mesmo espaço e oportunidade de mostrar seus trabalhos — aponta Hassum, que, no entanto, ainda demonstra carinho especial pela sala de cinema. — Nada anula a sensação de estar dentro do cinema, é uma experiência que não tem nada igual.

Ingrid Guimarães, que recentemente assinou um acordo com o Prime Video, destaca que o streaming acaba sendo um espaço importante diante da insegurança de muitas pessoas no retorno às salas de cinemas, com a pandemia de Covid-19 ainda em curso.

— A comédia é essencial para atrair assinantes — acredita Ingrid Guimarães. — O humor é o alívio desse Brasil massacrado.


O Globo domingo, 06 de fevereiro de 2022

VEGANISMO: A POPULARIZAÇÃO DO VEGANISMO NO TURISMO

Hotéis, restaurantes, festivais e passeios: a popularização do veganismo no turismo

Aumento da procura por viagens sustentáveis faz o setor reagir com novas opções nos quatro cantos do mundo
 
Prato servido no Hotel Koukoumi, em Mykonos, Grécia; estabelecimento abriu em 2020 com restaurante vegano, spa que usa apenas óleos de massagem à base de plantas e quartos mobiliados com colchões veganos feitos com fibra de coco Foto: Giorgos Diakos Lomnios/Koukoumi Hotel via The New York Times
Prato servido no Hotel Koukoumi, em Mykonos, Grécia; estabelecimento abriu em 2020 com restaurante vegano, spa que usa apenas óleos de massagem à base de plantas e quartos mobiliados com colchões veganos feitos com fibra de coco Foto: Giorgos Diakos Lomnios/Koukoumi Hotel via The New York Times
 

Quando adotou o veganismo, há quatro anos, Colleen Corbett, bartender de Tampa, na Flórida, achou que ia morrer de fome ou ser forçada a comer carne quando viajasse ao exterior, mas, na verdade, foi o início de suas aventuras exploratórias nas cidades dedicadas à prática que despontaram ao redor do mundo. "Ajudou a mudar meus critérios de escolha; antes eu pensava só nas paisagens, e agora me vejo indo para cidades que antes não me interessariam, e só por causa do cenário vegano. Como Varsóvia", contou ela entre a ida ao Peru em dezembro e uma viagem a Dublin em março.

Embora os veganos e vegetarianos sejam minoria nos EUA, o número de interessados em reduzir o consumo de carne é cada vez maior, geralmente por motivos ambientais, já que a agropecuária produz um volume significativo de gás metano, extremamente nocivo para o clima.

Para eles, a indústria do turismo agora oferece hotéis, restaurantes, festivais e passeios de inspiração vegetal, uma vez que o veganismo se torna cada vez mais associado às viagens sustentáveis, e não só durante o que muita gente já chama de "veganeiro" – a campanha anual no primeiro mês do ano para promover a dieta à base de plantas realizada no mês tradicionalmente associado às boas intenções.

"No âmbito coletivo, estamos muito mais conscientes do impacto planetário da alimentação do que há cinco anos. Com as pessoas adotando uma dieta menos sacrificante para o planeta, o setor de viagens naturalmente está reagindo", explica Justin Francis, um dos fundadores e CEO da Responsible Travel, agência de turismo voltada para a sustentabilidade que viu a procura pelos itinerários veganos quadruplicar na última década.

Preferências vegetais

A dieta vegana consiste exclusivamente em alimentos de base vegetal, excluindo não só qualquer tipo de carne como derivados animais, como ovos, laticínios e mel.

É difícil dizer quantos veganos há nos EUA. Uma pesquisa feita em 2019 pela Ipsos Retail Performance revelou que 9,7 milhões se classificaram assim, quando 15 anos antes eram apenas 300 mil. Por outro lado, a enquete de 2018 da Gallup mostrou que os 5% que se disseram vegetarianos e os 3% de veganos representaram pouca mudança em relação aos números de 2012.

Mesmo assim, há mais gente comendo mais "verdinhos": 62% dos que responderam à pesquisa da Nielsen, em 2019, disseram-se dispostos a reduzir o consumo de carne por preocupação ambiental.

Muitos satisfazem as necessidades carnívoras com carne "falsa" de marcas como a Beyond Meat e a Impossible Foods. Segundo a ONG Good Food Institute, que promove proteínas alternativas, 2020 foi um ano recorde de investimentos no setor: US$ 3,1 bilhões, mais que o triplo do US$ 1 bilhão de 2019. "Nunca houve uma demanda tão grande pela alta cozinha à base de plantas", diz Joan Roca, fundador e CEO da Essentialist, empresa de planejamento de viagens por adesão, em referência ao Eleven Madison Park, restaurante aclamado de Nova York que adotou o veganismo no ano passado. Ele prevê um crescimento da gastronomia ambientalmente consciente em 2022.

Vista do resort Anse Chastanet em Santa Lúcia, no Caribe; hotel oferece aulas de culinária vegana, um restaurante vegano e uma cervejaria artesanal no local que produz cervejas veganas Foto: Anse Chastanet Resort via The New York Times
Vista do resort Anse Chastanet em Santa Lúcia, no Caribe; hotel oferece aulas de culinária vegana, um restaurante vegano e uma cervejaria artesanal no local que produz cervejas veganas Foto: Anse Chastanet Resort via The New York Times

 

Hospedagem vegana

Os hotéis também estão apostando no segmento, com a criação de cardápios veganos e investimento na decoração.

Entre as novidades gastronômicas estão os restaurantes dos hotéis Aloft, da rede Marriott Bonvoy – que recentemente incluíram itens veganos e vegetarianos no café da manhã de mais de 150 filiais norte-americanas – e os exclusivos Hotéis Peninsula, que lançaram uma nova iniciativa de bem-estar em março que inclui pratos à base de legumes e verduras e aromaterapia para melhorar o sono.

Alguns usaram a pausa forçada da pandemia em 2020 para "virar a página", incluindo o resort Andaz Mayakoba, na Riviera Maia, no México, que inaugurou o VB – abreviação para "vegan bar", que serve saladas de bolinho de arroz e wraps de folha de chaya à beira-mar.

Desde 2017, quando contratou a chef vegana Leslie Durso, o Four Seasons Resort Punta Mita, no México, vem acomodando um número cada vez maior de dietas diferenciadas. Hoje, ela oferece mais de 200 itens veganos e cria pratos baseados nas alergias e restrições alimentares dos hóspedes. "Em vez de lidar com essas situações meio que na base do improviso, oferecemos um espaço seguro para o hóspede poder relaxar sabendo que suas necessidades serão supridas", afirma ela por e-mail.

Mas o cardápio não é o único aspecto do setor de produtos de origem não animal em que os hotéis apostam: os quartos também agora oferecem mimos e decoração à base vegetal.

Em Mykonos, na Grécia, o Koukoumi Hotel foi inaugurado em 2020 com um restaurante vegano, um spa que só usa óleos vegetais para massagem e colchão de fibra de coco nos quartos. Nos Emirados Árabes Unidos, o Emirates Palace Abu Dhabi, de 349 quartos, tem planos de inaugurar dois quartos veganos em fevereiro com frigobar e serviço de quarto na linha.

Em Londres, entre seus 292 quartos, o Hilton London Bankside oferece uma suíte vegana, apenas com materiais vegetais, incluindo bambu no piso e almofadas de "couro" à base de fibras de abacaxi. O menu de travesseiros é composto de sugestões como trigo sarraceno e painço, e as guloseimas veganas enchem o frigobar. Os hóspedes têm cadeiras cativas de couro vegetal no restaurante. "O pessoal adora porque vê que levamos a coisa muito a sério, mesmo com uma diária de US$ 800", garante James Clarke, o gerente-geral.

A tendência de muitos hotéis veganos novos é a exclusividade – como é o caso do all-inclusive The House of Aia, em Playa del Carmen, no México, no qual a comida é vegana (com a possibilidade de adições não veganas) e os móveis não incluem o uso de couro e penas (diária do quarto duplo a partir de US$ 900).

O veganismo também ganhou mais espaço no Anse Chastanet Resort, em Santa Lúcia, com a inauguração de um restaurante especializado, há quatro anos. O chef oferece aulas de pratos crioulos rastafári, todos veganos. As aulas de chocolate rendem barrinhas vegetais e a cervejaria local utiliza só frutas e mandioca em seus produtos.

Karolin Troubetzkoy, uma das proprietárias do resort, comparou a oferta do veganismo com o funcionamento de base ecológica. "Apenas uma porcentagem dos hóspedes gosta de checar; com o veganismo é a mesma coisa. É um número pequeno de pessoas interessadas no restaurante, mas tende a crescer. Outro dia tivemos aqui até um casamento vegano para 24 pessoas."

 
 

Batata frita no jantar?

Para o viajante que não quer sair à caça de cada refeição, os agentes de viagens e operadoras veganos oferecem a possibilidade de manter uma dieta vegana e ainda comer bem, principalmente no exterior.

No ano passado, a Responsible Travel incluiu quase mil novos roteiros como parte de seu compromisso de ser "voltada para a natureza", que inclui não só a preservação da vida selvagem e dos habitats, mas também proteção e apoio até 2030.

Entre eles estão dez dias na Etiópia (a partir de cerca de US$ 2.300 sem a parte aérea), sete dias de caminhadas pelos vulcões da Guatemala (a partir de cerca de US$ 1.360) e oito dias de exploração na neve da Áustria (a partir de cerca de US$ 1.160). "Acho que ainda nesta década veremos as empresas de viagens não só melhorarem as opções veganas, mas se empenharem pessoalmente em oferecer a melhor comida e as experiências mais fantásticas", opina Francis, da Responsible Travel.

Brighde Reed e Sebastien Ranger se decepcionaram com o prato caro de macarrão ao sugo e a falta de leite de soja no bufê de hotéis caros – e essas experiências os ajudaram a montar a World Vegan Travel, que oferece desde um safári em Ruanda até hospedagem em mansões da Toscana. "Quando a hospedagem é de três dias para 20 pessoas, o hotel se empenha muito mais do que se fosse para uma só", reconhece Reed.

Leslie Lukas-Recio, ex-importadora alimentícia de Portland, no Oregon, já era viajante experiente quando fez o itinerário da World Vegan para a Alsácia, na França, em 2018. "Se sua intenção é mergulhar na cultura ou se concentrar na natureza, a última coisa que vai querer é sair procurando uma opção de refeição que não seja batata frita e salada verde."

Para Donna Zeigfinger, dona da Green Earth Travel e uma das fundadoras do encontro sobre turismo vegano promovido on-line até 30 de janeiro, a dieta se popularizou muito desde que ela começou a organizar esse tipo de viagem, há 30 anos. "Tem países que comecei a visitar nos anos 80 e nunca imaginei que pudessem se especializar nesse nicho e, no entanto, hoje estão entre os melhores do segmento, tipo Espanha e França. Aliás, tinha até uma piada: se você aparecesse na fronteira francesa se dizendo vegano, os caras não deixavam entrar."

Zeigfinger explica que, no caso do cliente vegano, avisa os hotéis e pede que troquem toda a roupa de cama. Para Heidi Prescott, cliente e viajante assídua de navios de North Potomac, Maryland, a notificação sempre resultava em uma carta do pessoal da cozinha pedindo uma reunião. "Sempre odiei esse tipo de conversa com o chef. Evitava ao máximo", confessa Prescott.

Hoje, há muito mais variedade no mar – como o Regent Seven Seas Cruises, que oferece mais de 200 pratos à base de legumes e verduras, e o Virgin Voyages, com um restaurante especializado a bordo, o Scarlet Lady – e as cartas pararam. No ano passado, Prescott explorou com a Oceania Cruises o Mar Báltico, sua 11ª viagem com a empresa, que conta até com queijo de castanha de caju, destaca as opções veganas de pasta no cardápio e tem uma estação só para as cumbucas de grãos.

Paul Tully, vegano e CEO da Better Safaris, organiza viagens sustentáveis para veganos à África, continente em que garante ser muito fácil seguir a dieta. "Por incrível que pareça, as companhias aéreas é que estão demorando a adotar a opção, com muitas investindo ainda em comida sem graça e praticamente zero escolha para os veganos", diz por e-mail.

Mercado de produtos em Tel Aviv, onde a Eager Tourist começou a oferecer passeios de culinária vegana Foto: Eager Tourist via The New York Times
Mercado de produtos em Tel Aviv, onde a Eager Tourist começou a oferecer passeios de culinária vegana Foto: Eager Tourist via The New York Times

Destinos receptivos

Os destinos, por outro lado, estão mais que dispostos a alardear suas credenciais veganas. O órgão de turismo da Virgínia diz que o visitante passa, em média, cinco minutos navegando nas páginas relacionadas a conteúdo vegano/vegetariano em seu site oficial, o Virginia.org, quase dois minutos a mais do que o tempo que gasta com informações gerais.

Em janeiro, a feira mundial Expo 2020 Dubai organizou o que chamou de "primeiro festival gastronômico vegano do Oriente Médio". A operadora Vegan Travel Asia, da VegVoyages, está planejando para setembro um evento semelhante para a região do Himalaia, a ser realizado no Nepal e no Butão, com painéis de discussão, aulas de cozinha e uma Vila Vegana com mais de cem expositores.

A cidade grande sempre foi refúgio para os veganos. A Happycow, plataforma digital que lista opções, coloca Londres como a melhor do mundo, com mais de 150 restaurantes, seguida por Nova York, Berlim, Los Angeles e Toronto. Apesar disso, o veganismo está se tornando mais acessível nas áreas rurais – Argyll, no oeste da Escócia, tem uma nova "trilha" que inclui cafés e pousadas – e em cidades pequenas como Boise, em Idaho, onde coexistem um food truck vegano, um restaurante de "soul food", um estúdio de tatuagem e um tour gastronômico.

Essa última alternativa, aliás, já está presente de Greenville, na Carolina do Sul, a Scottsdale, no Arizona, como forma de introduzir o visitante às delícias locais. Em Tel Aviv, a Eager Tourist começou a oferecer passeios às feiras livres, às fazendas e aos restaurantes em 2019. "Para falar a verdade, é mais interessante do que a versão não vegana. Na minha humilde opinião, o que o israelense consegue fazer com os legumes e verduras ninguém mais faz", elogia Ross Belfer, um dos sócios da empresa, que é norte-americano, mas vive em Israel.

 


O Globo sábado, 05 de fevereiro de 2022

GASTRONOMIA: CONHEÇA O CANNELÉ. BOLINHO FRANCÊS QUE VIROU MANIA NO BRASIL

Conheça o cannelé, bolinho francês que virou mania no Brasil

Com açúcar, com afeto e sem polêmicas: doce tem casquinha dourada e miolo macio
Cannelé do Talho Capixaba Foto: Fábio Rossi / Divulgação
Cannelé do Talho Capixaba Foto: Fábio Rossi / Divulgação
 

Foi de repente. O cannelé, receita típica da região de Bordeaux, na França, virou o doce predileto de uma legião de aficionados. Basta conferir no Instagram: é alguém postar uma nova versão no pedaço para a turma correr atrás desse bolinho canelado que, até recentemente, raramente dava o ar da graça por aqui. Dia desses, alguém avisou que a filial do Talho Capixaba de Ipanema estava com cannelés em suas vitrines. Foi o suficiente para esgotarem rapidinho.

— Cannelé é como um bolinho solado. Delicioso, mas, em suma, é isso — diz o restaurateur Janjão Garcia, primeiro a reproduzir a receita original de Saint Emilion no Rio. —Uma das coisas boas dos cannelés é que eles encaram bem um micro-ondas. Quando estiver quentinho, é só completar com um creme anglaise, como fazíamos na Casa Carandaí. Não tem nada melhor.

Mas quais são os trunfos desse doce que remonta ao século XVI, feito à base de ingredientes simples, como farinha, açúcar, leite, ovo, manteiga e baunilha? Muitos. Para começar, combina com vinho tinto. Salut! Depois, tem o charme das forminhas específicas. Afinal, cannelé só é cannelé se for assado nesse formato. O tamanho pode variar, mas o que faz mais diferença, dizem, é o material: tem de alumínio, silicone e a tradicional, de cobre, a mais cobiçada — e cara —delas.

—A de silicone gruda um pouco. As de alumínio são boas, mas ambas fazem um outro cannelé, não é a mesma coisa. O cobre é o melhor condutor de calor, o que é o ideal. Assam por igual e ainda ganham esse bronzeado bonito —diz a chef Manu Alves, do Cozinho Logo Existo (@cozinhologoexisto), uma das maiores entusiastas do doce (R$ 18, 90g).

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Manu lança mão de um toque de mestre para conseguir chegar à casquinha ideal, que não é crocante, mas também não é mole. Assim como o recheio, que não é molhadinho, mas também não é seco.

— Lambuzo as formas de cobre com uma mistura de favo de mel e manteiga sem sal. Fica “encerado” e com notas de mel —conta Manu, que é formada na Itália e já trabalhou no Oteque, acrescentando também que assa o doce em três temperaturas.

 

Ricardo Abrantes, sócio do Talho Capixaba, diz que lá também usam formas de cobre e três patamares de temperatura para preparar o doce (R$ 8,50, 60g).

Formas de cobre para fazer cannelé Foto: Divulgação
Formas de cobre para fazer cannelé Foto: Divulgação

— Assim, chegamos à textura caramelizada por fora e umedecida por dentro — explica, acrescentando que usa fava de baunilha, hidratada no leite, e que os ingredientes ficam maturando por no mínimo 24 horas.

Fred & Oti, de O Apê da Lapa (@0_ape_da _lapa), também são mestres no preparo do doce, que entregam em casa, às sextas feiras (R$ 65, 4 unidades, 180g).

Cannelé vem de canelat, do dialeto gascon da Bordeaux do século XVIII. O doce tem uma história que remete à da doceria conventual portuguesa. Nasceu das mãos das freiras do convento Annonciades de Sainte-Eulalie. Faziam a própria farinha; e as gemas eram as sobras das claras usadas na clarificação dos vinhos. Como Bordeaux era um grande porto mercantil, tinham acesso fácil à baunilha e ao rum que volta e meia turbinavam as receitas. Faziam para dar aos mais necessitados.

É bolinho que tradicionalmente se come na temperatura ambiente e vai bem também com um cafezinho. De preferência, sem açúcar.


O Globo sexta, 04 de fevereiro de 2022

TURISMO: FIQUE CALMO E VISITE E UCRÂNIA

'Fique calmo e visite a Ucrânia': site de seguros simula órgãos de turismo e lança campanha

Mensagem de blog convida viajantes a conhecerem país, que vive clima de tensão e iminência de invasão na fronteira com a Rússia
A Catedral de Dormition, à beira do Rio Dniper, em Kiev, é do século XI, mas teve de ser reconstruída após a Segunda Guerra.Foto:The New York Times/Joseph Sywenkyj
A Catedral de Dormition, à beira do Rio Dniper, em Kiev, é do século XI, mas teve de ser reconstruída após a Segunda Guerra. Foto: The New York Times / Joseph Sywenkyj

"Não há motivo para pânico, e a situação na fronteira ucraniana permanece sob controle", diz o blog do site, que convida o público a visitar "a majestosa Kiev, a agitada Kharkiv, a perfumada Lviv, a aconchegante Chernivtsi, a emocionante Odesa, a poderosa Zaporizhzhia, a incrível Kherson". O comunicado finaliza: "Portanto, sinta-se à vontade para planejar uma viagem à Ucrânia e toda a Ucrânia – o país é aberto e seguro para os turistas.”

 
'Fique calmo e visite a Ucrânia', convida o site de seguros VisitUkraine.today Foto: Reprodução
'Fique calmo e visite a Ucrânia', convida o site de seguros VisitUkraine.today Foto: Reprodução

 

Muitos internautas ficaram confusos, acreditando que a campanha era uma iniciativa do próprio governo — e não é para menos. Além da logomarca idêntica à do site oficial da Ucrânia e do endereço eletrônico parecido com o de páginas oficiais de diversos países no mundo, o site traz detalhes sobre todos os requisitos de entrada de viajantes e reproduz ainda o símbolo da Agência Estatal de Desenvolvimento de Turismo e dos ministérios de Infraestrutura e de Relações Exteriores do país.

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A isca foi mordida inclusive por veículos de comunicação on-line e perfis de personalidades em redes sociais, que interpretaram que a VisitUkraine.today era administrada por uma espécie de conselho de turismo local, a Organização Nacional de Turismo da Ucrânia (ONT), criada em 2016 como uma organização não governamental.

A ONT, no entanto, negou envolvimento com a campanha e ressaltou que não trabalha com a companhia de seguros e nem com a Agência Estatal do país, segundo o portal Skift. O veículo especializado em notícias de viagens entrou em contato também com VisitUkraine.Today e com a Agência Estatal, mas não obteve resposta.

 

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A Ucrânia atrai milhares de turistas todos os anos para as animadas e históricas cidades de Kiev e Odessa, além da sombria Chernobyl, onde houve o desastre nuclear que marcou o país.

As tensões no leste da Ucrânia vem aumentando nas últimas semanas e, apesar de Moscou afirmar que não planeja invadir o antigo estado soviético, mais de cem mil soldados russos chegaram a se reunir perto da fronteira no fim de janeiro.

Enquanto isso, governos de Reino Unido, Canadá e EUA, entre outros, alertam contra viagens não essenciais à Ucrânia, citando “aumento das ameaças de ação militar russa e COVID-19”.


O Globo quinta, 03 de fevereiro de 2022

JOGOS DE INVERNO: CONHEÇA AS INSTALAÇÕES ESPETACULARES DE PEQUIM 2022

 

De modernos a velhos conhecidos, conheça as instalações espetaculares da Olimpíada de Pequim-2022; veja fotos

Pessoas passam pelo Centro Aquático Nacional de Pequim, o "Cudo d'Água", que agora é o "Cubo de Gelo" Foto: SEBASTIEN BOZON / AFP

 

Pequim entra para a história como a primeira cidade a ser sede dos Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno. E ícones de 14 anos atrás voltam à  cena novamente. No total, oito instalações utilizadas em 2008 foram transformadas e reaproveitadas. Além do Estádio Nacional, o chamado Ninho do Pássaro, a lista inclui o Centro Aquático Nacional, o "Cubo d'Água" que agora virou "Cubo de Gelo".

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Foi neste local que o americano Michael Phelps tornou-se o maior medalhista olímpico da história e César Cielo ganhou o ouro nos 50m livre. E este ano, a instalação dará lugar às disputas do curling, uma das mais curiosas dos esportes gelados.

Cubo de Gelo agora abriga as competições de curling. Foto: EVELYN HOCKSTEIN / REUTERS
Cubo de Gelo agora abriga as competições de curling. Foto: EVELYN HOCKSTEIN / REUTERS
 

Já o Ginásio da Capital, onde a seleção brasileira feminina de vôlei ganhou o ouro, ganhou uma pista de gelo. E é lá que o japonês Yuzuru Hanyu vai tentar se tornar o primeiro homem na história a conquistar o ouro em três jogos consecutivos desde 1928, depois de Sochi-2014 e PyeongChang-2018, na patinação artística. E Wu Dajing terá a vantagem de atuar em casa quando defender o título dos 500m masculino na patinação em velocidade em pista curta.

"O Leque", como é conhecido o Estádio Nacional Indoor, que lembra um tradicional leque chinês, foi construído para os Jogos de 2008 e foi sede da ginástica rítmica, trampolim e o handebol. Agora receberá o hoquei no gelo, assim como o Centro de Esportes de Wukesong (basquete em 2008).

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Mas, por causa da pandemia da Covid-19, jogadores da NHL (principal liga masculina da América do Norte) não foram liberados para a Olimpíada. Canadá, principal potência, e EUA contarão com atletas universitários ou de ligas inferiores. 

Instalações novas

O legado de Pequim-2008 divide espaço com belas construções como o Oval Nacional, para a patinação de velocidade, que recebeu a apelido de “fita de gelo”. O estádio foi construído no lugar do campo de hóquei sobre grama e do campo de tiro com arco, ambos situados no Parque Olímpico e utilizados para as suas respectivas modalidades nos Jogos de Verão de 2008.

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O Big Air Shougang, sede das competições do esqui estilo livre e do snowboard, que foi construído onde antes se localizava uma usina siderúrgica, terá como pano de fundo quatro torres industriais de esfriamento.

É lá que Shaun White, dos Estados Unidos, defenderá o título do snowboard, após classificação há poucos dias, na última hora. Depois do tricampeonato olímpico em PyeongChang-2018, ele tirou um tempo, flertou com o skate em Tóquio-2020, mas voltou para tentar, em Pequim, a quarta medalha de ouro em Jogos (também ganhou em Turim-2006 e Vancouver-2010). Ele anunciou que esta será a sua quinta e última partiipação em Olimpíadas.

A atleta do Brasil com mais chances de bater o recorde nacional (o 9º lugar de Isabel Clark no snowboard em Turim-2006) é Nicole Silveira, que competirá em Yanqing.

Localizada a 75 quilômetros a noroeste do centro de Pequim, Yanqing é um subúrbio montanhoso da capital chinesa, conhecido pelas suas fontes termais, parques nacionais, centros de esqui e pelo trecho de Badaling da Grande Muralha da China. O local será a sede dos eventos de esqui alpino, bobsled, luge e skeleton.

 

Nicole é campeã da Copa América 2022 e Top 10 na etapa de Altenberg da Copa do Mundo da modalidade.

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Outro destaques emYanqing deverá ser Mikaela Shiffrin, candidata para conquistar sua quarta medalha em Jogos e, podendo ser o terceiro ouro. Detentora de recorde de vitórias no slalom em Copas do Mundo de esqui alpino, teve o último ciclo marcado pelo falecimento do pai, Jeff, em plena pandemia.

A terceira área de competições de Pequiim-2022 é a Zona de Zhangjiakou, destino popular de esqui na China que abrigará a maioria dos eventos de esqui e de snowboard (incluindo o estilo livre, o cross country, o salto de esqui, o combinado nórdico e o biatlo). E onde está localizado o Centro Nacional de Salto de Esqui.

O projeto arquitetônico deste centro se assemelha a um cetro tradicional "ruyi", um talismã chinês e por isso ganhou o apelido de "Ruyi de Neve".


O Globo quarta, 02 de fevereiro de 2022

VERA FISCHER: NÃO ME ARREPENDO DE NADA. FIZ TUDO O QUE EU QUIS

Vera Fischer: 'Não me arrependo de nada. Fiz tudo o que eu quis'

Com 70 anos, atriz volta aos palcos, prepara-se para gravar filme, conta que quer lançar livros e leiloar quadros que pintou na pandemia
 
Após um jejum de quatro anos do teatro, Vera Fischer volta aos palcos com a peça 'Quando eu for mãe quero amar desse jeito' Foto: Divulgação/Patrícia Lino
 

São 55 anos de carreira e mais de 70 trabalhos, entre novelas, filmes e peças. Mesmo assim, Vera Fischer garante que ainda sente um certo frio na barriga ao voltar aos palcos após quatro anos.

— Sempre temos esse medo lá no fundo. Eu me envolvo muito, vou com intensidade, quero fazer pra valer e às vezes sofro. A gente joga o corpo e, aos 70 anos, ele dói— brinca a atriz, que estreia esta quarta-feira (2), no Sesc Copacabana, “Quando eu for mãe quero amar desse jeito”, espetáculo de Eduardo Bakr com direção de Tadeu Aguiar.

Vera Fischer, Mouhamed Harfouch e Larissa Maciel encenam o espetáculo 'Quando eu for mãe quero amar desse jeito', com direção de Tadeu Aguiar Foto: Divulgação/Carlos Costa
Vera Fischer, Mouhamed Harfouch e Larissa Maciel encenam o espetáculo 'Quando eu for mãe quero amar desse jeito', com direção de Tadeu Aguiar Foto: Divulgação/Carlos Costa

Explorando temas como amor, dramas familiares e a relação com o dinheiro numa mistura de tensão e humor ácido, a trama gira em torno de Dulce Carmona, uma mãe obcecada pelo filho, interpretado por Mouhamed Harfouch, que entra em pé de guerra com a noiva dele, vivida por Larissa Maciel.

 

— Os três se digladiam. Existe uma coisa doentia ali. É uma personagem muito longe de mim. Mas quanto maior o desafio, mais entregamos coisas diferentes. O público vai dizer: “Essa Vera eu nunca vi.”

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A mãe de Rafaella, de 42 anos, fruto do casamento com Perry Salles, e de Gabriel Camargo, de 29, do relacionamento com Felipe Camargo, conta que a encenação passa longe da relação que leva com os filhos:

— Não temos isso de ficar grudados. Nos amamos profundamente, mas é um amor livre. Criei os filhos para o mundo e não para mim.

Vera diz que sofreu um bocado durante a pandemia. Para vencer a saudade de parentes, amigos e fãs, comprou o primeiro celular.

— Foi muito difícil. Parei de comer, de fazer exercícios, emagreci muito. Mas não me deixei vencer— recorda a atriz, que já soma mais de 1,5 milhão de seguidores no Instagram. — Vou continuar fazendo o teatro ao vivo, se não eu morro, porque é o que eu mais amo. Mas temos que respeitar as redes e o streaming e trabalhar com isso.

E ela trabalhou: participou da websérie “Reflexos”, com Cleo (que contou ainda com nomes como Marília Gabriela e Viih Tube). No fim do ano, quando terminar a turnê da peça — que vai rodar o Brasil e irá a Portugal e EUA —, começa a filmar, com Sérgio Malheiros e Gkay, “Quase alguém”, de Daniel Ghivelder, no qual interpreta uma atriz que tenta resolver seus conflitos com a filha.

 
 
Vera Fischer completa 55 anos de carreira Foto: Divulgação/Patrícia Lino
Vera Fischer completa 55 anos de carreira Foto: Divulgação/Patrícia Lino

Os projetos não param aí. Planeja ainda lançar livros (“já estão escritos, só falta editar”) e fazer um leilão das cerca de cem telas que pintou nos últimos dois anos. Além disso, a musa da televisão brasileira pretende criar uma linha de beleza voltada para os cuidados com a pele, para mulheres maduras.

— Sempre me cuidei. Não suporto a ideia de fazer botox. Sou atriz, preciso ter minhas reações no rosto. Não quero fazer plásticas porque atrapalharia o meu trabalho. Mexer no meu rosto, por enquanto, nem pensar— garante Vera.— Um pouco de cuidado é bom, mas acho meio louco essas pessoas que botam peito, bunda, boca, maçã no rosto... Cada um faz o que quer, mas não vou copiar. Todos vamos envelhecer e todos morreremos.

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Ao olhar para trás, a atriz, nas telas com a reprise da novela “O clone”(2001), na Globo, se emociona.

— Não me arrependo de nada. Fiz tudo o que eu quis. Nunca sonhei ser atriz, foi acontecendo e tenho orgulho de ter mantido com dignidade o meu trabalho.

Serviço

Teatro SESC Copacabana: Rua Domingos Ferreira 160. Qua a dom, às 19h. Sessão extra dia 19 (sáb), às 16h. Estreia dia 2 (qua). R$ 30.12 anos. Até 20 de fevereiro.

 


O Globo terça, 01 de fevereiro de 2022

GASTRONOMIA: A MASSA CHOUX, CLÁSSICO FRANCÊS, APARECE REPACINADAE COM DIVERSAS VERSÕES DE RECHEIOS, ACOMPANHAMENTOS E FORMATOS

Clássico francês, a massa choux aparece repaginada e com diversas versões de recheios, acompanhamentos e formatos

Com café, mais leve e geladas são algumas opções
Choux de frutas vermelhas do Le Blé, em São Paulo Foto: Ligia Skowronski
Choux de frutas vermelhas do Le Blé, em São Paulo Foto: Ligia Skowronski
 

Em francês, choux (pronuncia-se chú) significa repolho. Mas é também uma massa deliciosa, fofinha por dentro e levemente crocante por fora. Criada na França em 1540, virou um clássico e conquistou o mundo. Neste verão, tem aparecido com tudo nos cardápios. Versões geladas, com muito recheio ou mais levinha: são muitas as opções.

A choux da The Slow Bakery Foto: Samuel Antonini
A choux da The Slow Bakery Foto: Samuel Antonini

Na The Slow Bakery, em Botafogo, ela é recheada com creme de confeiteiro, feito com baunilha brasileira produzida de maneira sustentável em Itacaré, na Bahia. Virou um dos hits da casa, famosa por seus pães de fermentação natural. No Escama, no Jardim Botânico, é uma das sobremesas mais pedidas. Recheada com chocolate, café e chantilly de caramelo, ela tem um doce na medida. “A choux é um superclássico, mas nossa abordagem vai na correnteza da nova onda da confeitaria francesa, mais leve, que não tem, por exemplo, aquelas glaçagens típicas de éclairs e profiteroles que a gente tanto conhece. Reunimos caramelo salgado (no chantilly), chocolate amargo e café (no creme pâtissière do recheio), sabores também familiares, mas que pouco são vistos juntos por aqui”, descreve Hugo Devaux, chef pâtissier e subchef do restaurante.

 
Choux do Escama Foto: Tomas Rangel
Choux do Escama Foto: Tomas Rangel

No Mäska, em Ipanema, uma das sobremesas do menu de almoço segue uma combinação semelhante: a choux au craquelin de chocolate meio amargo e creme inglês de café. Em São Paulo, a Escola do Sorvete tem uma versão gelada, recheada com gelatos variados. E a Le Blé criou uma de frutas vermelhas com ganache de chocolate branco.

A Choux do Mäska Foto: Yasmin Alves
A Choux do Mäska Foto: Yasmin Alves

Bocadinhos de felicidade.


O Globo segunda, 31 de janeiro de 2022

TURISMO: CONFIRA AS SETE REGIÕES DE RECIFES DE CORAIS QUE ENCANTAM NO BRASIL

 

Confira sete regiões de recifes de corais que encantam no Brasil

De Fernando de Noronha a Abrolhos, áreas de proteção marinha dão o tom da diversidade e riqueza do litoral brasileiro
Porto de Galinhas, em Pernambuco: Brasil é paraíso de recifes de corais Foto: Divulgação/Vinicius Lubambo / O GLOBO
Porto de Galinhas, em Pernambuco: Brasil é paraíso de recifes de corais Foto: Divulgação/Vinicius Lubambo / O GLOBO
 

Nos últimos anos, o turismo espacial tem dado passos largos. Enquanto isso, no nível do mar, continuamos boiando sobre uma profunda incógnita. Para se ter uma ideia do abismo marinho, apenas 20% do relevo oceânico mundial está mapeado, segundo Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco. Recentemente, uma missão científica apoiada pela ONU divulgou a descoberta no Taiti de um dos maiores recifes de corais do mundo. Mas essas formações não são exclusividade da Polinésia Francesa.

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A costa do Brasil tem cerca de 3 mil km dessas formações, que são únicas em todo o Atlântico Sul e “construídas” por organismos animais e vegetais. Embora cubram apenas 1% dos mares tropicais, os corais estão presentes em ao menos 30% da costa brasileira, onde 24 espécies, de um total de 66, são endêmicas, segundo o Projeto Coral Vivo. Com responsabilidade social e respeito ao meio ambiente, é possível admirá-las. Conheça a seguir algumas das mais belas regiões de recifes de corais no Nordeste do país.

 

APA Costa dos Corais (Pernambuco e Alagoas)

Piscinas naturais de Maragogi, na APA Costa dos Corais, no litoral de Alagoas Foto: Wikimedia Commons / Reprodução
Piscinas naturais de Maragogi, na APA Costa dos Corais, no litoral de Alagoas Foto: Wikimedia Commons / Reprodução

A maior unidade de conservação marinha do país tem 135km de praias e piscinas naturais, entre Tamandaré, no litoral sul pernambucano, e Paripueira, no norte de Alagoas. O endereço mais famoso é Maragogi (AL), uma das maiores barreiras de corais do mundo, onde piscinas naturais se formam a 6km da costa, na maré baixa, e tem acesso por catamarãs.

Porto de Galinhas (Pernambuco)

Piscinas naturais de Porto de Galinhas, em Pernambuco Foto: Jobosco / Wikimedia Commons / Reprodução
Piscinas naturais de Porto de Galinhas, em Pernambuco Foto: Jobosco / Wikimedia Commons / Reprodução

Nesse distrito de Ipojuca, a 60km do Recife, a atração mais famosa são as piscinas naturais que se formam entre bancos de corais e com acesso por jangadas. A barreira é responsável também pela calmaria da vizinha Praia de Muro Alto, por conta dos 3 km de recifes que represam águas sem ondas e convidam para esportes náuticos.

Parque Estadual Marinho da Areia Vermelha (Paraíba)

Banco de areia Picãozinho, no Parque Estadual Marinho da Areia Vermelha, em Cabedelo, Paraíba Foto: Cacio Murilo / Ministério do Turismo / Divulgação
Banco de areia Picãozinho, no Parque Estadual Marinho da Areia Vermelha, em Cabedelo, Paraíba Foto: Cacio Murilo / Ministério do Turismo / Divulgação

Esse banco de areia rodeado por um cordão recifal em Cabedelo, município a 18km de João Pessoa, dá as caras na maré baixa e tem piscinas naturais a 2km da Praia de Camboinha. Na capital paraibana, outra formação semelhante é Picãozinho, cujo traslado em barco até os recifes sai da Praia de Tambaú.

Recifes de Coral do Rio Grande do Norte

Parrachos de Maracajaú, no Rio Grande do Norte Foto: Canindé Soares / Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte / Divulgação
Parrachos de Maracajaú, no Rio Grande do Norte Foto: Canindé Soares / Secretaria de Turismo do Rio Grande do Norte / Divulgação

Do alto, parece até o registro de um daqueles destinos isolados da Polinésia. Esta Área de Proteção Ambiental Estadual é um dos cenários potiguares mais impactantes. Criada em 2001, abrange os municípios de Touros, Rio do Fogo e Maxaranguape, conhecido pelos Parrachos de Maracajaú, uma área de 9km de extensão com piscinas naturais a 7km da costa.

 

 

Parque Nacional de Abrolhos (Bahia)

Mergulho no Parque Nacional de Abrolhos, no sul da Bahia Foto: ICMBio / Reprodução
Mergulho no Parque Nacional de Abrolhos, no sul da Bahia Foto: ICMBio / Reprodução

No primeiro parque nacional marinho do Brasil, o destaque é o surreal chapeirão, coluna recifal endêmica em forma de cogumelo gigante, onde podem ser feitos mergulhos dentro dessa estrutura de até 25 metros de altura, como o Chapeirão Faca Cega. Essa área de observação de baleias e acesso controlado fica a cerca de 4 horas de navegação de Caravelas, no litoral sul.

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Pernambuco)

Mergulho em Fernando de Noronha, Pernambuco Foto: Tadeu Pereira / Wikimedia Commons / Reprodução
Mergulho em Fernando de Noronha, Pernambuco Foto: Tadeu Pereira / Wikimedia Commons / Reprodução

Este Patrimônio Mundial Natural tem águas de alta visibilidade e abundância de recifes em pontos como a Laje Dois Irmãos e Sancho. O título dado pela Unesco é consequência das formações recifais que servem como refúgio para a variada vida marinha desse arquipélago, a 545km do Recife.

Reserva Biológica do Atol das Rocas (Rio Grande do Norte)

Atol das Rocas, no litoral do Rio Grande do Norte Foto: Wikimedia Commons / Reprodução
Atol das Rocas, no litoral do Rio Grande do Norte Foto: Wikimedia Commons / Reprodução

Na primeira reserva marinha do Brasil, a proteção é integral e o acesso é liberado apenas para fins científicos, devido ao alto grau de fragilidade desse anel isolado a mais de 20 horas de barco de Natal. Este atol é a única formação do gênero, em todo o Atlântico Sul, e abriga um importante berçário natural de baleias, golfinhos e tubarões.


O Globo domingo, 30 de janeiro de 2022

RIO DE JANEIRO - ESPALHADAS PELA CIDADE, CACHOEIRAS SÃO OPÇÃO PARA APLACAR O CALOR DO VERÃO

Espalhadas pela cidade, cachoeiras são opção para aplacar o calor do verão

Bombeiros, porém, alertam sobre a necessidade de cuidados para evitar acidentes
 
Refrescante. A cachoeira do Horto, no Jardim Botânico: o acesso fácil atrai visitantes, mas nos fins de semana apenas pedestres e ciclistas estão liberados Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo
Refrescante. A cachoeira do Horto, no Jardim Botânico: o acesso fácil atrai visitantes, mas nos fins de semana apenas pedestres e ciclistas estão liberados Foto: Márcia Foletto/Agência O Globo
 

RIO —  O Rio vive, há pouco mais de uma semana, uma onda de calor com temperaturas beirando os 40 graus. Naturalmente, o refúgio nesses dias típicos de verão costuma ser as praias da cidade. Mas as areias lotadas e a falta de segurança têm transformado as cachoeiras em opção de refresco para os cariocas, que podem escolher alguma entre as mais de dez quedas d’água abertas ao público no Rio. No entanto, banhistas precisam cumprir regras e tomar certos cuidados na hora do mergulho. De acordo com o Corpo de Bombeiros, foram registrados sete salvamentos desde o início do verão em cachoeiras.

Doses de sabedoria:  Único alambique da cidade conta a história da produção de cachaça no Rio

Dentro do Parque Nacional da Tijuca, um oásis dentro da cidade do Rio, estão as principais cachoeiras da cidade, como a das Almas, a do Horto e da Imperatriz. A analista ambiental Ana Elisa Bacellar recomenda o uso de calçados com solado antiderrapante e que possam ser molhados, para evitar acidentes, já que, ao redor das cachoeiras, costuma haver pedras escorregadias e úmidas. Segundo ela, o ideal é que os frequentadores procurem horários com menor movimento para aproveitar as cachoeiras do parque com mais tranquilidade, como, por exemplo, durante a semana, das 8h às 11h.

— Não leve churrasqueira, nem caixas de som, que causam poluição e perturbação da fauna. Também não usem produtos de higiene pessoal, como creme de cabelo ou protetor solar porque a química polui as águas e agride a Mata Atlântica, nem deixem restos de alimentos ou resíduos sólidos — orienta.

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Em meio à mata da Floresta da Tijuca, a Cachoeira do Horto, no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio, é de fácil acesso e atrai muitos visitantes. A pedagoga Simone Carneiro, de 24 anos, mora em Niterói e aproveitou a estada na casa da amiga, na Glória, na Zona Sul, para ir ao Horto na manhã de anteontem. A opção foi para fugir da praia:

— Às vezes, é bom mudar. É um lugar muito bonito. Eu prefiro a praia, mas busco aqui por ser diferente. No geral, é supertranquilo. Indico muito este passeio.

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Pedestres e ciclistas

Carros e motos são permitidos de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Há estacionamento. Nos fins de semana, somente pedestres e ciclistas estão liberados.

A família do gestor de projetos Wagner da Silva, de 41 anos, também resolveu sair da praia para buscar um refúgio com a família em meio à floresta. A filha estava na segunda visita ao local. Encantada com as borboletas que a rodeavam, a menina Anastácia, de 4 anos, não titubeou ao dizer sua preferência na hora do lazer:

— Eu adoro vir aqui. Prefiro cachoeira à praia.

 

Na imensidão verde do Parque Nacional da Tijuca, a queda d’água de 35 metros da Cascatinha Taunay, no Alto da Boa Vista, encanta pequenos, jovens e adultos. De acordo com o parque, o acesso de banhistas embaixo da cachoeira é proibido.

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No entanto, ao pé da cascata, uma piscina de água verde cristalina que passa por debaixo da Ponte Job de Alcântara, criada em 1860, a mando do governo imperial, serve de refúgio para muitos turistas e moradores da região.

Os visitantes têm direito a estacionamento e banheiro gratuitos. A entrada é controlada, das 8h às 17h: apenas 300 carros e 40 motos por dia, com a entrega de cartões na entrada pela Praça Afonso Viseu, que deverão ser devolvidos na saída, no portão do Açude.

A marmiteira Cintia Nascimento, de 37 anos, e a amiga, a professora Christiane Figueira, também de 37, elegem o local como quintal para elas e as crianças. Só na última semana, foram duas visitas. A filha de Christiane, Rafaela, de 11 anos, também garante que ama o local. Anteontem, ela chegou a levar lápis de cor e caderno para desenhar nas mesinhas.

— Levamos em conta o passeio econômico, a segurança, a proximidade e o conforto. Moramos pertinho. Quase todo dia estamos aqui. As crianças adoram, nós também. A praia está tão aglomerada, com o vírus da Covid-19 circulando, que é melhor vir para a cachoeira — comenta Christiane.

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Segundo nota do Parque Nacional da Tijuca, fiscais fazem rondas regulares para manter a segurança. O principal objetivo não é punir. “Esse é o último recurso. A visitação é vista como aliada da conservação, onde as pessoas aprendem sobre a necessidade de preservação. O parque divulga as orientações para educar e realizar, por exemplo, projetos de conscientização com o apoio de voluntários. O local também dispõe de monitores ambientais e brigadistas que orientam as pessoas”.

Orientações do Corpo de Bombeiros

O local certo

Procure lugares pertencentes a parques ou reservas que oferecem sinalização e serviço de prevenção.

 

Supervisão

Não tome banho em cachoeiras isoladas e desconhecidas sem a supervisão de um grupo especializado de pessoas que possam conduzir aos locais de banho e dar socorro em caso de afogamentos.

Nada de pular

Jamais pule de pedras altas confiando na profundidade da água. Mesmo em cachoeiras conhecidas, o relevo do solo pode mudar pelo deslocamento de pedras e troncos. Com isso, existe grande risco de lesões e traumas.

Risco em dias de chuva

Não fique próximo à água em dias de chuva intensa. Existe risco de elevação súbita do nível da água, o que pode acabar arrastando quem está se banhando ou próximo à correnteza.

Correnteza

Nunca se coloque em local de correnteza forte. Segundo os bombeiros, como não há guarda-vidas fixos nesses ambientes, eles “atuam nas ocorrências de socorro sempre que acionados e enviam militares especializados e equipamentos específicos para atendimento às vítimas de queda, afogamentos ou hipotermia”.

Cuidado nas pedras

Tenha muito cuidado ao andar pelas pedras, já que pode haver limo em suas superfícies.


O Globo sábado, 29 de janeiro de 2022

SKATE: CANADENSE MONTA FÁBRICA NA ROCINHA PARA TRANSFORMAR TAMPINHAS PLÁSTICAS EM SKATES

Canadense monta fábrica na Rocinha para transformar tampinhas plásticas em skates

Projeto já evitou que 700 quilos de resíduos fossem descartados irregularmente
O engenheiro canadense Arian Rayegani tem um projeto que ajuda na conscientização sobre reciclagem Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
O engenheiro canadense Arian Rayegani tem um projeto que ajuda na conscientização sobre reciclagem Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

RIO — Apaixonado pelo Brasil e envolvido na causa da sustentabilidade, o engenheiro mecânico canadense Arian Rayegani, de 28 anos, se mudou para a Rocinha em 2019 com um objetivo: difundir sua ideia de produzir skates com tampinhas de garrafa PET. O projeto tomou forma na comunidade no ano passado, em abril, próximo à entrada do Portão Vermelho, com o nome de Na Laje Designs (@nalajedesigns), onde funciona a fábrica do canadense. Até hoje, a iniciativa de Rayegani já fez com que aproximadamente 700 quilos de tampinhas não fossem descartados irregularmente.

De acordo com um levantamento do projeto, mais de 230 toneladas de resíduos, que variam de plásticos, papelão, isopor e outros, são descartados por dia na Rocinha. Esse número fez da comunidade um lugar perfeito para a implementação da iniciativa, segundo o engenheiro:

 — Eu sempre quis tocar projetos como esse, e sempre quis que fosse no Brasil, onde já vinha desde 2014, como turista, e fiquei encantado. A ideia de vir para a comunidade apareceu por meio de sugestões dos que já atuavam aqui com iniciativas similares. Com o descarte alto de resíduos, a Rocinha se tornou um bom lugar. Além de ser um local carente de saneamento básico, com pouca estrutura para projetos sustentáveis.

Ele conta que o estalo para iniciar a confecção dos skates aconteceu na cozinha de sua casa, em Toronto, quando manuseava os resíduos de lixo produzidos por sua família:

— Eu queria achar um novo destino para aquela quantidade toda de lixo, algo focado na reciclagem.

Após pesquisas, o mais viável foi produzir o skate. Hoje, o projeto tem apoio de ONGs como Salvemos São Conrado, Vivendo Um Sonho Surf, Horta na Favela e Família na Mesa, todas atuantes na região da Rocinha.

Para fazer uma unidade, ele utiliza cerca de 500 tampinhas, o que equivale a um quilo de plástico. O material vem de moradores da comunidade, de pescadores das redondezas e de projetos sociais envolvidos com produção e distribuição de alimentos.

 

O processo de confecção demora cerca de duas horas, entre triturar, colocar na prensa e depois no forno. Hoje, com a demanda em alta por parte de empresas, Rayegani contratou dois funcionários para ajudar no trabalho. Cada skate sai por R$ 480 com as rodas. Sem elas, fica por R$ 260.

— Ainda não tenho o retorno financeiro que investi, que foi algo próximo de R$ 50 mil, para a criação do Na Laje. A demanda é alta, mas a gente ainda não consegue atender a todos. Nossa equipe é pequena para o tanto de pedidos. A gente está caminhando aos poucos — conta o engenheiro.

O espaço tem o tamanho aproximado de um quarto de três por três metros. A ideia é que ele consiga ampliar a fábrica para que se torne um espaço de narrativas sustentáveis: com uma horta ecológica, promovida pelo Horta na Favela, outro projeto da região; um espaço para workshops; e uma fábrica em tamanho maior, para que visitantes também possam fazer parte da confecção:

— Nós estamos estimando algo em torno de R$ 100 mil para a ampliação. Queremos que aqui se torne um local para turistas e moradores.

 

 

Rede de pesca

Outra ideia é que os resíduos reutilizados ultrapassem as tampinhas. Até agora, com elas, ele já fez troféus para campeonatos locais e arriscou um relógio de parede. A próxima etapa é reutilizar redes de pesca, a partir deste ano. Segundo o engenheiro, o material é bem mais resistente que o PET.

— Daqui a dez anos, queremos estar em outros lugares do Brasil. Temos percebido essa demanda. É difícil pensar no projeto como algo que dê também retorno financeiro, até porque a confecção é muito cara, mas penso, principalmente, na educação das pessoas daqui e de fora — afirma ele.

Quem vê um futuro brilhante com esse e outros projetos na Rocinha é Marcelo Farias, ativista do projeto Salvemos São Conrado e morador há 45 anos da comunidade. O projeto organiza, desde meados de 2011, ações de limpeza na Praia de São Conrado. Segundo Farias, mais de cinco toneladas de lixo já foram retiradas em apenas um dia de mutirão:

— Um dos nossos maiores problemas aqui é o lixo. Muitos não têm acesso à lixeira; moram no topo do morro e fazem o descarte incorretamente. É pouco o investimento. Quando projetos como esses vêm para a região, sinto que a população toma uma consciência maior. Coloca na mente das pessoas que o lixo pode ser reutilizado e até descartado de forma diferente, sem ser no meio da rua ou nos mares, como vemos em grande quantidade.

 


O Globo sexta, 28 de janeiro de 2022

ROCK IN RIO 2022: PALCO SUNSET TERÁ DIA DEDICADO AO RAP COM RACIONAIS, CRIOLO E XAMÃ

Rock in Rio 2022: Palco Sunset terá dia dedicado ao rap com Racionais, Criolo e Xamã

Evento acontece em setembro no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro
Racionais estreiam no Rock in Rio em 2022 Foto: Divulgação
Racionais estreiam no Rock in Rio em 2022 Foto: Divulgação
 

O Palco Sunset, espaço tradicional do Rock in Rio, terá um dia inteiramente dedicado ao rap brasileiro. Em 3 de setembro, nomes como Racionais, Criolo e Xamã se apresentação no espaço.

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Estreantes no Rock in Rio, os Racionais serão os headliners da noite que busca jogar uma luz sob a trajetória de resistência e a realidade da periferia. O grupo promete um setlist com clássicos como “Negro drama”, “Jesus chorou” e “Diário de um detento”. No mesmo dia, o rapper Criolo estará ao lado da cantora cabo-verdiana Mayra Andrade, que já colaborou com Chico Buarque e Caetano Veloso.

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Há um mês no Top 50 do Spotify com o hit “Malvadão 3”, Xamã também marcará presença no Sunset. Três anos após se apresentar no Espaço Favela no Rock in Rio 2019, o rapper se une aos Brô MC's, o primeiro grupo de rap indígena do Brasil, para uma performance repleta de ancestralidade. 

Abrindo a programação do Sunset no dia, o DJ Papatinho e o cantor L7NNON prometem uma apresentação de movimentar a Cidade do Rock, com direito a participações especiais de Mc Hariel e Mc Carol.

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“O rap é a voz das periferias. Ele representa as pessoas periféricas na cultura por meio do retrato fiel que faz da realidade de milhares de brasileiros. Por isso, não poderíamos deixar de celebrar e exaltar este estilo musical”, destaca Zé Ricardo, diretor artístico do Palco Sunset, em comunicado oficial.

Além da programação do Sunset, quem visitar o Parque Olímpico no dia 3 de setembro poderá conferir as apresentações de Post Malone, Marshmello, Jason Derulo e Alok no Palco Mundo. O Rock in Rio 2022 acontece nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro.

 


O Globo quinta, 27 de janeiro de 2022

SAUDE: JÁ LAVOU O UMBIGO HOJE? DEIXAR A REGIÃO SUJA PODE TRAZER PROBLEMAS DE SAÚDE

Já lavou seu umbigo hoje? Deixar região suja pode trazer problemas de saúde

Área costuma juntar suor, sujeira e muitas bactérias; aprenda a limpar
Umbigo deve ser limpo uma vez por semana, pelo menos. Foto: Pixabay
Umbigo deve ser limpo uma vez por semana, pelo menos. Foto: Pixabay
 
 

Você pode esfregar da cabeça aos pés toda vez que entrar no chuveiro, mas há uma pequena parte do seu corpo que normalmente é negligenciada durante o banho, não importa quão empenhado você seja em sua auto-higiene: o umbigo. Esquecer-se desta parte é algo bem comum.

Por causa do recuo desta região, o acúmulo de suor, sujeira, restos de pele e bactérias podem causar o mau cheiro na região.

Um estudo feito por pesquisadores do projeto Belly Button Biodiversity (Biodiversidade do Umbigo) da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, descobriu que, em média, há 67 bactérias diferentes em nosso umbigo. No trabalho, 60 umbigos foram analisados e um deles apresentou 107 bactérias.

Descobriu-se que um dos voluntários hospedava uma bactéria que anteriormente só havia sido encontrada em solo no Japão. O que torna isso ainda mais incomum é que ele nunca esteve no país. Outro voluntário aparentemente não tomava banho há vários anos e abrigava bactérias em seu umbigo que normalmente vivem em condições extremas, como nos Polos Sul e Norte.

Além do mau cheiro, um umbigo sujo pode desenvolver uma infecção — por causa da alta concentração de bactérias — chamada de onfalite. As secreções podem endurecer e causar um tipo de "pedra", embora não seja algo comum. Limpar corretamente o umbigo é fundamental para evitar problemas futuros.

Passo a passo de como limpar o umbigo

  1. Mergulhe um cotonete em álcool e esfregue suavemente no umbigo.
  2. Substitua o cotonete por um novo e álcool fresco, se necessário.
  3. Então, quando o cotonete não estiver pegando mais sujeira e sair limpo, use outro cotonete embebido em água para tirar o álcool restante, pois pode ressecar a pele.
  4. Ao sair do banho, use um cotonete seco ou um pano pequeno para secar o umbigo.
  5. Você deve repetir esse processo cerca de uma vez por semana.

O Globo quarta, 26 de janeiro de 2022

CULTURA: GRUPO DE MULHERES CUIDA DO ACERVO DE BURLE MARX

 

Grupo de mulheres está à frente da organização do acervo com mais de 120 mil itens do Instituto Burle Marx

Material iclui plantas de projetos, pinturas, fotografias e cartas que ajudam a entender a profundidade do legado do mestre do paisagismo
Maria e Cecilia examinam material do acervo Foto: Divulgação
Maria e Cecilia examinam material do acervo Foto: Divulgação
 

Das inúmeras vezes em que cruzou a Serra de Petrópolis com a família, Isabela Ono se lembra de como seu pai, o arquiteto e paisagista Haruyoshi Ono, costumava chamar a atenção para a vegetação que margeia a estrada. “Ele falava muito sobre a floração da sibipiruna. A semente parece uma borboleta e, quando cai, voa como se fosse um helicópterozinho para ir o mais longe possível”, recorda-se a também arquiteta e paisagista. Haruyoshi era o mais aplicado discípulo de Roberto Burle Marx (1909-1994) e morreu há exatos cinco anos. Ele também contou à filha como o próprio Burle Marx tinha um comportamento semelhante, quando viajavam juntos. “Se estavam num avião, o Roberto destacava, pela janela, aspectos como a sinuosidade do rios.”

Soa, portanto, como um caminho natural — e poético — que Isabela tenha assumido o posto de diretora executiva do Instituto Burle Marx, fundado há três anos, enquanto segue como gestora administrativa do Escritório Burle Marx, onde ingressou em 1992. Criado como uma organização de sociedade civil, o projeto foi pensado para preservar, catalogar e tornar público o acervo produzido pelo escritório do mestre do paisagismo brasileiro desde a década de 1930 até o ano de sua morte. Uma missão hercúlea: são mais de 120 mil itens, entre croquis, plantas de projetos e guaches, além de cartas, fotografias e obras de arte. “Nosso intuito é, primeiramente, preservar todo o material e, depois, disponibilizá-lo para a sociedade”, conta Isabela. “Queremos ressignificar esse legado e mostrar que um jardim não é somente algo estético. Contribui para uma vivência melhor tanto do indivíduo quanto do coletivo.”
Isabela é diretora executiva do Instituto Burle Marx Foto: Luciola Villela
Isabela é diretora executiva do Instituto Burle Marx Foto: Luciola Villela

 

Para dar conta de algo dessa dimensão, ela montou uma equipe exclusivamente feminina, com dez profissionais de diferentes áreas, como catalogação, museologia e comunicação. Mas essa configuração, avisa, se deu de um modo orgânico. E ela acha ótimo que seja assim: “Sempre vivi num mundo masculino, cercada por arquitetos, engenheiros e jardineiros. Então, é importante nos colocarmos em lugares que não eram ocupados. Não foi um pré-requisito, mas é interessante que sejamos todas mulheres. A gente se entende muito bem. Tem uma coisa de um comprometimento visceral e de sermos muito perseverantes”.

É dessa perseverança que o trabalho no instituto começa a ganhar corpo. A maior mostra pública disso, até agora, é a exposição “O tempo completa: Burle Marx, clássicos e inéditos”, em cartaz na Casa Roberto Marinho até o dia 6 de fevereiro, com curadoria compartilhada entre a própria Isabela e o diretor do centro cultural, Lauro Cavalcanti. Na exibição, os visitantes visualizam parte dos tesouros encontrados por essas profissionais, cuja rotina é cheia de surpresas. “Nunca sabemos o que vamos encontrar dentro dos tubos e dos envelopes de projetos”, conta Cecilia de Oliveira Ewbank, coordenadora de acervos. Nesse garimpo, ela já se deparou com verdadeiras preciosidades, como uma carta manuscrita cheia de desenhos assinada pelo escultor americano Alexander Calder (1898-1976). “Há projetos que não imaginávamos que haviam sido feitos e, conforme vamos descobrindo, ganhamos a dimensão do quão longe o nome de Burle Marx chegou, da Áustria ao interior do Rio Grande do Sul. Também descobrimos obras que foram modificadas ou nunca foram executadas. No Parque do Flamengo, por exemplo, ele previa a construção de um restaurante popular e um aquário.”
Planta de projeto que faz parte do acervo Foto: Divulgação
Planta de projeto que faz parte do acervo Foto: Divulgação

 

A pesquisa tem evidenciado o quanto a projeção alcançada pelo escritório não se deu por acaso. Afinal, Burle Marx foi precursor, entre outras coisas, do discurso ambiental. Em suas excursões pela Amazônia, demonstrava preocupação com a devastação causada pela abertura de estradas. “A palavra sustentabilidade nem existia, e ele já falava sobre isso”, observa a gerente de comunicação do instituto, Tatiana Leiner. Desse modo, o acervo é visto como uma ponte entre passado e presente, capaz de comunicar valores importantes para as novas gerações. “Rodas de conversa estão entre os nossos projetos para este ano. Queremos articulações jovens para explorar ainda mais essa potência.”

Conforme descortina o acervo, a equipe também tem compreendido como os projetos evidenciam a importância do coletivo. Embora o nome de Burle Marx seja o mais conhecido, ele sempre esteve cercado por um grande time de profissionais — e tinha consciência disso. “Eu não trabalhei com ele, mas me lembro de chegar ao escritório ou ao sítio (em Barra de Guaratiba) e vê-lo almoçando com toda a equipe. Ele se sentava com os jardineiros e o Lúcio Costa (1902-1998) na mesma mesa”, recorda-se Isabela. “São décadas de construção de um legado que não foi erguido por um indivíduo. Queremos trazer essas histórias à tona.”
Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono Foto: Claus Meyer
Roberto Burle Marx e Haruyoshi Ono Foto: Claus Meyer

 

Se dar conta de tanta coisa parece desafiador, Isabela volta à força feminina para justificar o empenho. “Diante de um acervo enorme como esse, muita gente poderia desistir. Mas fazemos um trabalho de formiguinha mesmo.” Maria Pierro Gripp, museóloga do instituto, reitera a análise. “É uma forma de resistência. Afinal, não faltam instituições como a nossa, com nenhuma ou pouca verba, sendo banalizadas e pegando fogo”, lamenta. “Juntas, minimizamos esses riscos. Se não conseguimos realizar algo de um jeito, fazemos de outro.”


O Globo terça, 25 de janeiro de 2022

SAÚDE: É MELHOR SE EXERCITAR DE MANHÃ OU À NOITE?

É melhor se exercitar de manhã ou à noite?

Fazer o treino em diferentes momentos do dia pode trazer benefícios únicos para a saúde, sugere um novo estudo ambicioso conduzido em camundongos
Se os padrões observados no estudo com ratos forem verdadeiros nas pessoas, eles podem sugerir que o exercício matinal contribui mais para a perda de gordura, enquanto os exercícios no final do dia podem ser melhores para o controle do açúcar no sangue. Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo
Se os padrões observados no estudo com ratos forem verdadeiros nas pessoas, eles podem sugerir que o exercício matinal contribui mais para a perda de gordura, enquanto os exercícios no final do dia podem ser melhores para o controle do açúcar no sangue. Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo
 

O exercício matinal tem efeitos muito diferentes no metabolismo do que o mesmo treino no final do dia, de acordo com um novo e ambicioso estudo conduzido em animais sobre o timing da atividade física. O estudo, que analisou camundongos de laboratório saudáveis correndo em pequenas esteiras, mapeou centenas de disparidades em quantidades e atividades de moléculas e genes em todo o corpo dos roedores, que variavam se eles corriam logo pela manhã ou mais à noite.

Leia mais: Por que os exercícios são mais importantes para a longevidade do que a perda de peso?

Muitas dessas mudanças estão relacionadas à queima de gordura e a outros aspectos do metabolismo dos animais. Com o tempo, essas mudanças podem influenciar substancialmente seu bem-estar e o risco para doenças. E, embora o estudo tenha focado em roedores, suas descobertas provavelmente têm relevância para qualquer um de nós que se pergunta se é melhor malhar antes do trabalho ou se podemos obter tanto — ou mais — benefícios para a saúde com exercícios após o expediente.

E ainda:  Pesquisadores explicam como exercícios físicos podem ajudar a controlar a ansiedade

Como todo ser humano sabe, nossas atividades internas e as de quase todas as criaturas vivas seguem um ritmo circadiano de 24 horas bem orquestrado. Estudos recentes em animais e pessoas mostram que quase todas as células do nosso corpo contêm uma versão de um relógio molecular que se coordena com um sistema de temporização de corpo inteiro mais amplo para direcionar a maioria das atividades biológicas. Graças a esses relógios internos, nossa temperatura corporal, açúcar no sangue, pressão arterial, fome, frequência cardíaca, níveis hormonais, sonolência, divisão celular, gasto de energia e muitos outros processos aumentam e diminuem em padrões repetidos ao longo do dia.

Entrevista: 'O exercício é uma terapia para o cérebro', afirma neurocientista

Esses ritmos internos, embora previsíveis, também são maleáveis. Nossos relógios internos podem se recalibrar, mostra a pesquisa, com base em pistas complexas de dentro e de fora de nós. Em geral, eles respondem à luz e à escuridão, mas também são afetados por nossos hábitos de sono e quando comemos.

Resultados divergentes

Pesquisas recentes sugerem que a hora do dia em que nos exercitamos também ajusta nossos relógios internos. Em estudos anteriores em camundongos, correr em horários diferentes afetou a temperatura corporal dos animais, a função cardíaca e o gasto energético ao longo do dia e alterou a atividade de genes relacionados ao ritmo circadiano e ao envelhecimento.

 

Os resultados nas pessoas têm sido divergentes, no entanto. Em um pequeno estudo de 2019 com homens que aderiram a um programa de exercícios para perder peso, por exemplo, aqueles que se exercitavam pela manhã perderam mais peso do que aqueles que se exercitavam no final do dia, mesmo que todos completassem a mesma rotina de exercícios.

Mas, em um estudo de 2020, homens com alto risco para diabetes tipo 2 que começaram a se exercitar três vezes por semana desenvolveram melhor sensibilidade à insulina e controle de açúcar no sangue se treinassem à tarde do que pela manhã. Esses resultados ecoaram descobertas semelhantes de 2019, em que homens com diabetes tipo 2 que se exercitavam intensamente logo pela manhã mostraram picos inesperados e indesejáveis em seus níveis de açúcar no sangue após o exercício, enquanto os mesmos treinos à tarde melhoraram seus níveis de açúcar no sangue.

Muitos órgãos envolvidos

Poucos desses estudos, no entanto, se aventuraram nas profundezas da superfície, para examinar as mudanças moleculares que impulsionam os resultados de saúde e mudanças circadianas, o que pode ajudar a explicar algumas das discrepâncias de um estudo para o outro.

Os experimentos que examinaram os efeitos do exercício em um nível microscópico, geralmente em camundongos, tendiam a se concentrar em um único tecido, como sangue ou músculo. Mas os cientistas que estudam atividade física, metabolismo e cronobiologia suspeitam que os impactos do tempo de exercício se estenderiam a muitas outras partes do corpo e envolveriam uma interação complexa entre várias células e órgãos.

Assim, para o novo estudo, publicado este mês como artigo de capa da revista Cell Metabolism, um consórcio internacional de pesquisadores decidiu tentar quantificar quase todas as alterações moleculares relacionadas ao metabolismo que ocorrem durante o exercício em diferentes momentos do dia.

Eles colocaram camundongos machos saudáveis para correr moderadamente sobre rodas por uma hora no início do dia, enquanto outros correram a mesma quantidade à noite. Um grupo adicional de camundongos sentou-se em rodas travadas por uma hora durante esses mesmos horários e serviu como grupo de controle sedentário.

Cerca de uma hora após os treinos, os pesquisadores coletaram amostras repetidamente do músculo, fígado, coração, hipotálamo, gordura branca, gordura marrom e sangue de cada animal e usaram máquinas sofisticadas para identificar e enumerar quase todas as moléculas nesses tecidos relacionadas ao uso de energia. Eles também verificaram marcadores de atividade de genes relacionados ao metabolismo. Em seguida, tabularam os totais entre os tecidos e entre os grupos de camundongos.

Surgiram padrões interessantes. Como os ratos são noturnos, eles acordam e ficam ativos à noite e se preparam para dormir de manhã, um horário oposto ao nosso. Quando os camundongos correram no início de seu horário ativo — o equivalente à manhã para nós —, os pesquisadores contaram centenas de moléculas que aumentaram ou caíram em volume após o exercício, e que diferiram em números absolutos dos níveis observados em camundongos que corriam mais perto de suas horas de dormir ou dos que não se exercitaram.

Além disso, algumas dessas mudanças ocorreram de forma quase idêntica em diferentes partes do corpo, sugerindo aos pesquisadores que vários órgãos e tecidos estavam, de fato, se comunicando entre si. Os músculos e fígados dos roedores, por exemplo, compartilhavam muitas mudanças moleculares quando os animais corriam pela manhã, mas menos quando corriam logo antes de dormir.

— Foi notável ver como o tempo de exercício afetou os níveis e atividades de tantas moléculas em todo o corpo dos animais — disse Juleen Zierath, professora de fisiologia integrativa clínica no Instituto Karolinska em Estocolmo, na Suécia, e diretora executiva do Centro da Fundação Novo Nordisk para Pesquisa Metabólica Básica da Universidade de Copenhague, que supervisionou o novo estudo.

Treino matinal consumiria mais gordura

No geral, as diferenças nos perfis moleculares entre os treinos matinais (em termos de ratos) e aqueles mais tarde em seus dias tendiam a sinalizar uma maior dependência de gordura do que de açúcar no sangue para alimentar o exercício. O oposto ocorreu quando os ratos correram à noite.

Se esses padrões forem verdadeiros nas pessoas, isso pode sugerir que o exercício matinal contribui mais para a perda de gordura, enquanto os exercícios no final do dia podem ser melhores para o controle do açúcar no sangue.

 

Mas camundongos não são pessoas, e ainda não sabemos se os padrões moleculares se aplicariam a nós. Os pesquisadores do estudo estão trabalhando em um experimento comparável envolvendo pessoas, disse Zierath.

Resultados limitados

Esse estudo também foi restrito em escopo, examinando uma única sessão de exercício aeróbico moderado em camundongos machos. Não mostra como outros tipos de exercícios pela manhã ou à noite afetam o funcionamento interno de ratos ou pessoas. Nem nos diz se o que comemos ou a hora do dia em que comemos, e se os cronotipos — se tendemos a ser pessoas da manhã ou da noite — influenciam esses efeitos ou se ser mulher é importante.

Mas mesmo com suas limitações, “este é um estudo muito importante”, disse Lisa Chow, professora de medicina e endocrinologia da Universidade de Minnesota, que não esteve envolvida nesta pesquisa. Ele ressalta a potência do exercício a qualquer hora do dia.

Também sugere que, à medida que estudos adicionais se baseiem nos resultados deste, podemos nos tornar mais capazes de cronometrar nossos treinos para atingir metas específicas de saúde. Estudos de acompanhamento provavelmente nos dirão, por exemplo, se um passeio ou corrida de bicicleta à noite pode evitar o diabetes de forma mais eficaz do que uma caminhada ou natação matinal.

Mas, por enquanto, disse Chow, “o melhor momento para as pessoas se exercitarem seria sempre que tivessem a chance de se exercitar”.

O Globo segunda, 24 de janeiro de 2022

CULTURA: MUSEU DE ARTE DO RIO EXIBE OBRAS INÉDITAS DE J. BORGES

Museu de Arte do Rio exibe obras inéditas de J. Borges

Pernambucano de 86 anos, referência da xilogravura no Brasil, conquistou colecionadores dentro e fora do país
 
Uma das xilogravuras inéditas de J. Borges, que serão expostas no MAR Foto: Divulgação
Uma das xilogravuras inéditas de J. Borges, que serão expostas no MAR Foto: Divulgação
 

Técnica desenvolvida na China no século VI, a xilogravura (impressão feita a partir de uma matriz de madeira entalhada) ganhou expressão e representação iconográfica únicas na região Nordeste, sobretudo quando associada a outro pilar da cultura popular, a literatura de cordel. Desse universo surgiu a obra de uma dss principais referências da arte no país, José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges, de 86 anos. Dos cordéis vendidos nas feiras de Bezerros, cidade do agreste pernambucano onde nasceu e montou o atelê, onde trabalha até hoje, o xilógrafo conquistou espaço no mercado de arte contemporânea e em instituições.

Neste sábado, o Museu de Arte do Rio (MAR) inaugura a exposição “J. Borges — O mestre da xilogravura”, um desdobramento da mostra comemorativa dos 80 anos do xilógrafo pernambucano, que circulou pelas sedes da Caixa Cultural em Recife, Fortaleza, Salvador, Brasília e São Paulo, entre 2016 e 2019. Recriada para vir ao Rio, a seleção inclui dez matrizes inéditas e suas impressões, entre 54 obras.

 — Havia a possibilidade de a mostra dos 80 anos ir ao Japão, mas a pandemia não permitiu. A obra de J. Borges há muito deixou de estar restrita aos espaços da arte popular, incluída em coleções de vários países — ressalta Ângelo Filizola, curador da mostra.

Além das gravuras e matrizes, a mostra traz uma seleção de cordéis assinados por J. Borges, escrita à qual se dedica desde 1964, quando escreveu “O encontro de dois vaqueiros no Sertão de Petrolina”. O primeiro livreto foi ilustrado por Mestre Dila (1937— 2019), outra referência da xilogravura pernambucana. A partir de então, passou a fazer a entalhar a madeira para fazer as próprias ilustrações. Há mais de cinco décadas, J. Borges segue a mesma técnica, desenhando direto na madeira, sem esboço, o que o obriga a criar as imagens “invertidas”, para que a impressão seja espelhada de maneira correta.

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— Na época em que começou com as xilos, ele já tinha uma tipografia para os cordéis, então já estava acostumado montar as palavras com os tipos móveis ao contrário. Não foi uma dificuldade para ele pensar as imagens e palavras invertidas na madeira — conta Pablo Borges, um dos 18 filhos do octogenário e um dos quatro que trabalham diretamente com o pai no ateliê. — Ele fica no ateliê segunda a sábado, agora mais para fazer os desenhos e trabalhando sob encomenda. A parte mais pesada fica com os filhos e genros.

 
 
J. Borges assina uma de suas impressões Foto: Divulgação
J. Borges assina uma de suas impressões Foto: Divulgação

Convalescente em casa por conta de uma gripe, J. Borges está com dificuldades para respirar e não pôde falar com o GLOBO. Pablo diz que o pai está feliz pela exposição finalmente chegar ao Rio, cidade onde tinha muitos amigos e colecionadores.

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Autora do livro “J. Borges — Entre fábulas e astúcia”, publicado pela editora Cepe em 2020, a pesquisadora e jornalista Maria Alice Amorim conheceu o xilógrafo nos anos 1980. Para ela, o artista criou uma assinatura que vai além da identidade regional:

— Assim como outros mestres, J. Borges trabalha com este imaginário que vem da vida no sertão, do cangaço, dos mitos. Mas ele manteve a mesma força poética dos cordeis em suas xilogravuras. Ele é um grande contador de histórias, e sintetiza várias situações numa única imagem. Seus traços criam movimentos, nada é estático.

Família leva tradição à frente

Maria Alice Amorim destaca como nomes da geração de J. Borges, como Mestre Dila, Gilvan Samico (1928–2013) e José Costa Leite, ampliaram o alcance da xilogravura, conquistando espaço em galerias e colecionadores fora do país. O ato de assinar as obras e a criação de séries numeradas também ajudaram a tirar a técnica do espaço convencionalmente chamado de arte popular, fazendo com que as impressões alcançassem cifras maiores. A valorização da produção também se reflete nas encomendas do mercado editorial. Sem nunca abandonar os cordéis, J. Borges ilustrou edições de obras como “As palavras andantes”, do uruguaio Eduardo Galeano, e o conto “O lagarto”, do português José Saramago, publicado pela Companhia das Letras em 2016.

— Quando se fala em “arte popular” vem junto uma série de estigmas. Isso vem sendo revisto, e foi possível ver melhor a qualidade desta produção, com os xilógrafos dominando também códigos da arte contemporânea — observa Maria Alice. — O J. Borges nunca se fechou ao novo, isso o ajudou a se manter em evidência.

O equilíbrio entre a tradição e a inovação é justamente a chave para a produção dos filhos que levam o legado de J. Borges à frente, no ateliê de Bezerros, como Pablo, Ivan, J. Miguel e Bacaro.

— Nosso pai sempre falou que tudo o que ele aprendeu foi para ensinar — diz Pablo, de 21 anos. — A gente cresceu no ateliê, era quase impossível não seguir esse caminho.

Como toda a produção é artesanal, do entalhe à impressão, muitas vezes é difícil atender à demanda de colecionadores e marchands, diz Pablo. Outro fator limitante é a madeira necessária para as matrizes, que está mais escassa:

— Geralmente se usa a umburana, que é macia para entalhar, não empena e não dá “bicho”. Hoje em dia ela está mais rara, se encontra mais no alto sertão (de Pernambuco), mas os escultures também usam muito, é bem disputada. Outra madeira que usamos é o louro-canela, mas com o aumento das queimadas também ficou mais difícil de comprar.


O Globo domingo, 23 de janeiro de 2022

CINEMA: EDUARDO E MÔNICA - BOM FILME COM ÓTIMO ELENCO E RESPEITO A CADA VERSO DE RENATO RUSSO

 

'Eduardo e Mônica': bom filme com ótimo elenco e respeito a cada verso de Renato Russo

Longa é segunda investida de René Sampaio, diretor de "Faroeste caboclo", no universo da Legião Urbana
Gabriel Leone e Alice Braga em cena do filme 'Eduardo e Mônica' Foto: Divulgação
Gabriel Leone e Alice Braga em cena do filme 'Eduardo e Mônica' Foto: Divulgação
 

No momento em que Eduardo e Mônica sentiram “meio de repente uma vontade se ver”, a célebre música do Legião Urbana está na metade de seus quatro minutos e meio. Depois disso, é só paixão, crescimento, formação profissional, filhos e outras coisas da vida adulta. Mesmo antes, “Eduardo e Mônica” simplesmente relata o encontro do casal e enfileira suas contradições. É cativante para caramba, claro, tanto que seu sucesso atravessa gerações. Mas não tem clímax, conflito, tensão, nenhum desses elementos importantes para o cinema comercial. É só um amor adolescente, nada mais.

Estreias da semana no cinema:'Eduardo e Mônica', 'As agentes 355', 'Eu não choro'

Ainda assim, o longa-metragem dirigido por René Sampaio conseguiu o feito de fazer de seu “Eduardo e Mônica” um bom filme, sem precisar mudar a história e ainda respeitando cada verso da letra escrita por Renato Russo.

 O elenco está ótimo, bem no clima dos personagens. A Mônica interpretada por Alice Braga é uma mulher charmosa, inteligente, ultradescolada e louca para alçar voos mais altos. Ela anda de moto, faz medicina e fala alemão. Curte meditação, Van Gogh e fala coisas sobre o Planalto Central.

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Por sua vez, o Eduardo vivido por Gabriel Leone é um garoto também charmoso, no espírito de quem quer largar o “esquema escola, cinema, clube e televisão” para descobrir um mundo novo. Ele joga futebol de botão com seu avô (Otávio Augusto), tem o vestibular em vista, anda de “camelo” e em algum momento vai deixar o cabelo crescer.

A produção é recheada dessas referências afetivas que ajudam a ativar nossa memória sobre a música. Em paralelo, as lacunas das biografias são completadas. A mãe da Mônica é professora de Medicina (Juliana Carneiro da Cunha) e seu pai era artista plástico, levantando na moça a dúvida sobre qual profissão seguir. O tal “carinha do cursinho do Eduardo” é Inácio (Victor Lamoglia), um amigo próximo com diálogos divertidíssimos e que funciona como uma voz da consciência para o rapaz apaixonado.

 

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Uma cena que não está descrita na música da Legião, por exemplo, sintetiza bem a pegada alto astral de comédia romântica. Eduardo e Mônica estão numa festa, e o garoto tenta encontrar um jeito de chamar atenção da moça. Ele então sobe num palco de karaokê e canta “Total eclipse of the heart”, com toda aquela cafonice maravilhosa da canção entoada por Bonnie Tyler.

Esta é a segunda bem-sucedida incursão de René Sampaio no que podemos chamar de legiãourbanaverso: ele dirigiu “Faroeste Caboclo” (2013), outra obra inspirada em música da banda e cujo protagonista, João de Santo Cristo (Fabrício Boliveira), faz breve e discreta aparição no novo filme para agradar os fãs.

"Eduardo e Mônica"

Diretor:
 René Sampaio

Onde: Cinemark, Kinoplex, Estação NET, Cinesystem, Estação Itaú e outros


O Globo sábado, 22 de janeiro de 2022

CARNAVAL 2022: SAIBA TUDO SOBRE O ADIAMENTO DOS DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA NO RIO E EM SÃO PAULO

Carnaval 2022: saiba tudo sobre o adiamento dos desfiles das escolas de samba no Rio e em São Paulo

Novas datas serão dias 22 e 23 de abril, fim de semana do feriado de Tiradentes
 
Operário realiza trabalhos na pista próxima ao Setor 1 da Marquês de Sapucaí: Sambódromo do Rio passa por reformas nos preparativos para os desfiles Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Operário realiza trabalhos na pista próxima ao Setor 1 da Marquês de Sapucaí: Sambódromo do Rio passa por reformas nos preparativos para os desfiles Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
 RIO — O compasso de espera por uma decisão acabou, mas as escolas de samba vão ter que guardar os tamborins e fantasias um pouco mais para a sonhada volta à Avenida. As prefeituras do Rio e de São Paulo anunciaram nesta sexta-feira, de forma conjunta, o adiamento da realização dos desfiles da Sapucaí e do Anhembi para o fim de semana do feriado de Tiradentes, em abril. Diante de um novo agravamento da pandemia, com o avanço da variante Ômicron do coronavírus, o martelo foi batido numa reunião por videoconferência entre os prefeitos Eduardo Paes e Ricardo Nunes, já no começo da noite, conforme antecipou o colunista Ancelmo Gois. No Rio, foram definidas, inclusive, as datas para as apresentações do Grupo Especial: sexta-feira (22 de abril) e sábado (23).

No encontro, Paes garantiu que a mudança não é um cancelamento do carnaval:

Carnaval 2022:  desfiles do Grupo Especial na Sapucaí acontecerão nos dias 22 e 23 de abril, sexta-feira e sábado do feriadão; veja detalhes

Sobre a folia de rua, inicialmente cancelada em seus moldes tradicionais, Paes afirmou que ainda não há uma resolução em relação à possibilidade de que aconteça em abril. Quanto ao Sambódromo, o prefeito afirmou que a medida seguiu as orientações dos secretários municipais de Saúde do Rio, Daniel Soranz, e de São Paulo, Édson Aparecido.

— A gente respeita a ciência. Vamos tomar as medidas adequadas respeitando uma festa que é a maior manifestação popular e cultural do Brasil — afirmou o prefeito. — No feriado de Tiradentes, poderemos celebrar a vida em um momento muito melhor.

Folia depois:  'Autoridades e a Liga das Escolas de Samba tiveram enorme sensibilidade no adiamento do carnaval' afirma pneumologista

 

Ordem de desfiles mantida

Entre os artistas que fazem a festa e dirigentes das escolas, esta semana já se afirmava que seria mantido o ritmo de preparativos nos barracões mesmo em caso de um adiamento. Agremiações como Viradouro estão em fase de decoração de carros alegóricos, enquanto a Sapucaí passa por uma reforma para receber o espetáculo.

Carnaval 2022:  Prefeitura de SP diz que adiamento do Carnaval foi 'em respeito a atual quadro da pandemia'

Em nota, a Liesa ressaltou que tão importante quanto a festa na Sapucaí “é o respeito à vida e à saúde do público e dos componentes”. A Liga informou também que a ordem dos desfiles e horários não sofrerão alterações, e todos os ingressos adquiridos passam a valer automaticamente para as novas datas. Será disponibilizado pela Liesa um canal para esclarecer dúvidas e orientar sobre a compra de ingressos.

A decisão de transferir as datas dos desfiles das escolas “era um dos cenários já previstos pela organização”, afirma a nota, que continua dizendo que a Liga, em abril, seguirá todas as recomendações dos órgãos competentes e protocolos vigentes.

Sem vacina:  Entre os internados com Covid-19 no Rio, 88% não tem o ciclo vacinal completo, diz secretário de Saúde

Logo em seguida, o diretor de marketing da entidade divulgou as novas datas dos desfiles no Rio. Vão começar na quarta-feira (20 de abril), com a primeira noite da Série Ouro, a divisão de acesso do carnaval carioca. Na quinta-feira (21), segue a segunda noite do grupo. Já na sexta (22) e no sábado (23) será a vez do Grupo Especial. Sendo assim, se apresentam no primeiro dia, na ordem, Imperatriz, Mangueira, Salgueiro, São Clemente, Viradouro e Beija-Flor. No segundo, a Paraíso do Tuiuti abre o espetáculo, seguida de Portela, Mocidade, Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel.

 

— O adiamento foi a decisão mais prudente, otimista e vitoriosa. Se ganha mais tempo para se preparar para o espetáculo do ponto de vista comercial, respaldando os parceiros do carnaval não só com um ambiente sanitário mais seguro, mas também financeiro — afirmou Gabriel David.

Eduardo Paes participa de reunião com prefeito de São Paulo Foto: Divulgação
Eduardo Paes participa de reunião com prefeito de São Paulo Foto: Divulgação

Aumento dos casos

Em São Paulo, a prefeitura também ressaltou que a postergação foi decidida “em respeito ao atual quadro da pandemia de Covid-19 no Brasil e a necessidade de, neste momento, preservar vidas e somar forças para impulsionar a vacinação em todo o território nacional”. A prefeitura paulistana havia apresentado os protocolos sanitários do desfile no Anhembi na última quarta-feira. Entre as normas, público e componentes das escolas deveriam usar máscaras o tempo todo. Em nota conjunta, as secretarias de saúde do Rio e de São Paulo destacaram o quadro que levou à nova decisão.

Ocupação em hotéis:  Adiamento dos desfiles de carnaval não deve impactar rede hoteleira

“Na semana 51/2021 foram confirmados 9.476 casos de Covid em São Paulo e 1.113 casos no Rio de Janeiro; na semana 52 foram 18.513 casos confirmados em São Paulo, e no Rio, 9.752; na semana 01/2022, 40.979 casos em São Paulo e 50.857 no Rio, caracterizando crescimento intenso na curva de casos confirmados. A partir da semana 51/2021 também ocorreu aumento das internações hospitalares por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), ressaltando em especial um maior risco em não vacinados e/ou pessoas com esquema vacinal incompleto”, diz o texto.

O presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, apoiou a decisão e afirmou que, apesar da prorrogação dos desfiles para abril, ele continua otimista em relação ao feriado de Carnaval, em fevereiro:

— A ocupação atual dos hotéis está em torno de 75%, e vem assim desde o réveillon, por conta dos turistas nacionais. A expectativa é de que, mesmo com o adiamento do desfile, a ocupação no feriado momesco chegue a 85%.


O Globo sexta, 21 de janeiro de 2022

CULTURA: VENDA DE LIVROS CRESCEU 29,3% EM 2021

 

Venda de livros cresceu 29,3% em 2021 e faturamento das editoras superou R$ 2,2 bilhões

Preço do livro quase não variou, mas o descontou médio aumentou; presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros atribui bons resultados à 'retomada do hábito da leitura'
A Livraria Pequeno Benjamin, no Rio Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
A Livraria Pequeno Benjamin, no Rio Foto: Guito Moreto / Agência O Globo

Para o mercado editorial brasileiro, o tempo das vacas magras parece ter ficado para trás. Em 2021, a venda de livros cresceu 29,3%. Já o faturamento das editoras aumentou 29,2%. Os dados são do Painel do Varejo de Livros no Brasil, pesquisa realizada pela consultoria Nielsen BookScan e divulgada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

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Ao todo, foram vendidos 55.012.271 livros no Brasil no ano passado. Em 2020, haviam sido comercializados pouco mais de 42,5 milhões. Já as editoras faturaram R$ 2,28 bilhões no ano passado e R$ 1,76 bilhão no ano anterior. Em 2020, em consequência do fechamento do comércio para conter a disseminação do novo coronavírus, o mercado encolheu 8,8%.

Em 2021, o número de títulos vendidos também cresceu 9,7% em relação a 2020. A quantidade de títulos comercializados é aferida por meio do ISBN, espécie de número de identidade dos livros. Em 2021, foram vendidos 408 mil ISBNs.

Segundo Ismael Borges, gestor da divisão Nielsen Book Brasil, 2021 foi "um ano de números superlativos". Ele aponta que, apesar da inflação de dois dígitos, o aumento do desconto médio "fez zerar a variação do preço médio do livro". Na comparação entre 2020 e 2021, o preço do livro caiu 0,06%. O desconto médio, no entanto, passou de 23,23% em 2020 para 25,98% no ano passado.

O Painel do Varejo de Livros no Brasil também trouxe dados relativos ao mês de dezembro de 2021. Em comparação com o mesmo período de 2020, a venda de livros aumentou 4,9%. Entre 6 de dezembro de 2021 e 2 de janeiro deste ano, foram vendidos 5,4 milhões de livros, cerca de 300 mil a mais do que no mesmo período do ano anterior. Em dezembro, as editoras faturaram R$ 235 milhões, 14,1% a mais do que em 2020.


O Globo quinta, 20 de janeiro de 2022

TURISMO: PRAIA DA PIPA SE REINVENTA

 

Entre falésias rústicas e hotéis sofisticados, a Praia da Pipa se reinventa no alto verão

Balneário no Rio Grande do Norte renova seu leque de opções com atrações como Santuário ecológico premiado e bons restaurantes
 
Cabine do hotel boutique Kilombo Villas, com vista para o mar da Praia de Sibaúma, em Pipa, no Rio Grande do Norte Foto: Carla Lencastre
 

TIBAU DO SUL - Vista do alto das frágeis falésias, com golfinhos e tartarugas-marinhas nadando no mar esverdeado lá embaixo, a paisagem espetacular muda conforme a maré. Apenas duas horas de carro, por uma estrada em boas condições, separam o Aeroporto de Natal do cenário exuberante da Praia da Pipa, no litoral sul do Rio Grande do Norte. Depois da interrupção do turismo provocada pela pandemia e de ter conquistado reconhecimento internacional por boas práticas sustentáveis no início de 2021, com o prêmio Green Destinations, Pipa volta a receber visitantes tentando deixar no passado o estigma do turismo de massa. Que acaba causando graves acidentes. Afinal, sem respeito ao meio ambiente, as falésias não resistem.

Empresários locais, reunidos na organização Preserve Pipa, têm tem se dedicado tanto a conscientizar a população e os visitantes sobre ações mais práticas quanto a investir na conservação do premiado Santuário Ecológico. O site da associação lista hotéis, restaurantes e empresas de passeios que, com suas iniciativas, fazem com que o turismo seja menos nocivo ao meio ambiente. É um bom lugar para pesquisar onde ficar e comer, e como passear.

Calendário:veja os melhores lugares para viajar pelo Brasil em cada mês de 2022

Há várias praias sob o nome de Praia da Pipa. Uns cinco dias, se possível de segunda a sexta-feira para evitar as inevitáveis aglomerações de fim de semana, são suficientes para aproveitar bem a ensolarada região ao longo da costa, ao ar livre e em contato com a natureza. Selecionamos algumas dicas quentes, entre as dezenas de boas opções locais.

Passeios

O Santuário Ecológico é um delicioso trecho de Mata Atlântica com 16 trilhas a dez minutos do centro da Pipa Foto: Carla Lencastre
O Santuário Ecológico é um delicioso trecho de Mata Atlântica com 16 trilhas a dez minutos do centro da Pipa Foto: Carla Lencastre

Santuário Ecológico. A dez minutos do centro da Pipa, esse delicioso trecho de Mata Atlântica tem 16 trilhas de diversas extensões e graus de dificuldade. A mais simples e rápida pode ser feita até pelos mais sedentários e passa por mirantes com vistas deslumbrantes para a Praia do Madeiro e a Baía dos Golfinhos. É possível passear pela floresta por conta própria; há mapas e a área é bem-sinalizada. Mas é bem mais divertido com a Trieb Club, a empresa da Pipa que oferece passeios guiados pelo santuário.

Protocolo:Fernando de Noronha passa a exigir dose de reforço para turistas acima de 55 anos

Os guias contam as muitas histórias do lugar e sabem como combinar trechos de diferentes percursos de acordo com o tempo disponível (vale reservar ao menos 1h30m) e a forma física do visitante. Uma das trilhas tem uma escada que dá acesso direto à Praia do Madeiro, das mais bonitas da região.


O Globo quarta, 19 de janeiro de 2022

CULTURA - MARIA RITA: ELIS REGINA É DE TODOS, MAS A MÃE É MINHA

Maria Rita: ‘Elis Regina é de todos, mas a mãe é minha’

Nos 40 anos de morte da cantora, Maria Rita diz que esta é a última vez que aborda o assunto: ‘Estou cansada de responder se comparações me incomodam’
Entre elas. Maria Rita: “É um lamento muito profundo por eu não ter conhecido essa mãe como eu merecia ter conhecido” Foto: divulgação/Renato Nascimento
Entre elas. Maria Rita: “É um lamento muito profundo por eu não ter conhecido essa mãe como eu merecia ter conhecido” Foto: divulgação/Renato Nascimento
 

Todo 19 de janeiro, como hoje, é difícil para Maria Rita. É o dia em que sua mãe morreu. Ela admite que as datas redondas são piores. Emociona-se ao pensar que, em 2022, já são 40 anos sem Elis Regina:

— É um lamento muito profundo por eu não ter conhecido essa mãe como eu merecia ter conhecido.

Projota:‘Já perdi muito na vida, mas ali veio tudo de uma vez’

No último dia 12, decidiu não se calar no Twitter diante de comentários que a comparavam negativamente com a mãe. Pretende encerrar o assunto com esta entrevista.

— Prometi para mim mesma que eu não ia mais falar sobre isso. Esta é a última vez — afirma. — Não me oponho a falar da minha mãe. Mas, para responder se as comparações me incomodam, estou cansada. Não vejo mais por que ficar nessa conversa. Tenho 20 anos de carreira, oito Grammys Latinos, minha carreira está sólida, tenho muita coisa para fazer.

 
A cantora Maria Rita Foto: Renato Nascimento / Divulgação
A cantora Maria Rita Foto: Renato Nascimento / Divulgação

Também escreveu no Twitter: “Eu só quero buscar alguma paz dentro desse cenário em que a Elis é de todos, mas a mãe é minha.” E, para reforçar que não imita Elis, usou letras maiúsculas para tocar num ponto delicado: “EU NÃO LEMBRO DE MINHA MÃE. Zero. Zero lembrança.” Tinha 4 anos quando a mãe morreu aos 36, após uma noite em que misturou álcool e drogas:

— Não me lembro da voz, do cheiro, do toque, de nada. A terapeuta que me atendia em São Paulo (a cantora está morando no Rio) acha que pode ter a ver com o trauma: “Sua mãe botou você para dormir e, quando acordou, você não tinha mãe. Isso não é coisinha pouca. E não importa se é Elis Regina ou não.” É um rompimento muito violento, muito agressivo.

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No desabafo na rede social, escreveu frases como “ninguém se compara à incomparável” e “e eu acho que canto pra c*****o!!! Mas não chego aos pés de dona Elis. MAS E QUEM CHEGA?” Faz coro com quem considera a mãe a maior cantora que já houve no Brasil.

— É tipo Ella Fitzgerald. Quando ouço Ella, eu falo: não é normal. Eu sou normal. Sou apenas muito boa no que faço. Sou talvez das melhores. Hoje posso afirmar isso. E muito dessa segurança veio depois do (show) “Redescobrir”. Por causa da qualidade do repertório, da riqueza harmônica, melódica, poética.

Em família

“Redescobrir”, montado apenas com o repertório de Elis, estreou em 2011, quando dos 30 anos da morte. O que seriam cinco apresentações virou turnê nacional. Maria Rita recebeu uma caixa de CDs para escolher o que cantaria.

— Não ouço (Elis) no dia a dia —conta. — Conheço o repertório da minha mãe, até porque fiz o “Redescobrir”. Mas não foi um mergulho. Não estava pesquisando para uma personagem. Ouvia uma vez e separava as de que eu gostava.

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Na lista entraram duas que ela já conhecia bem: “Morro velho”, de Milton Nascimento, e “Romaria”, de Renato Teixeira. O que não tinha na cabeça é que ambas foram gravadas quando a mãe estava grávida dela, no disco “Elis”, em 1977. E Maria Rita fez a turnê grávida de Alice, filha do músico Davi Moraes.

—A importância do show foi entender que nível de intérprete eu posso ser —explica. — Isso é no aspecto CNPJ. No CPF, eu trouxe a avó para casa. Fiquei cantando com a minha filha na barriga. E era uma menina. É muito bonito tudo isso. Não é para virar essa novela mexicana de péssima qualidade. É para ser celebrado.

Alice, com 9 anos, “acha vovó Elis linda”, segundo Maria Rita, também mãe de Antonio, de 18. “Como é linda, mamãe!”, diz a menina diante de fotos:

— Ela me acha parecida com minha mãe. Às vezes toca alguma música no rádio ou num restaurante, e ela pergunta: “Mãe, essa é você ou é a vovó?” Eu digo: “É a vovó.” Um dia ela vai entender a diferença.

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Maria Rita terá a chance de explicar com calma à sua filha quem foi a avó. Foi diferente com ela, que soube de supetão como Elis Regina morreu. Numa vez em que seu pai, o pianista Cesar Camargo Mariano, viajou com a mulher, ela aproveitou para abrir um livro sobre a mãe. Era um pequeno volume de uma coleção de grandes figuras nascidas no Rio Grande do Sul.

— Foi bem ruim — recorda. — Na adolescência é quando a gente descobre que nossos pais não são perfeitos. E foi quando eu descobri tudo. Descobri sozinha, sem amparo. Não entendi, fiquei confusa demais.

Medo do descontrole

Diz que, primeiramente, temeu pela carga genética que pudesse carregar, já que a dependência química pode ser hereditária. Mas o mergulho de Elis na cocaína foi tão rápido e intenso, apenas nos últimos anos de vida, que fica difícil medir se era algo impresso no DNA.

— A gente busca não julgar o outro. Mais velha, vivendo a minha vida, nesse meio da música, casada, dois filhos, com todos os desafios da vida adulta de uma mulher numa sociedade machista, eu entendi. Entendi a fuga, entendi a busca, entendi a insegurança — afirma.

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Ela diz ter “pavor de drogas”, não fuma e “bebe socialmente”:

— Tenho medo do descontrole. Se tivesse tido a oportunidade de conviver com a minha mãe, seria uma dúvida que eu teria de tirar com ela: como uma mulher tão determinada, tão forte, permitiu-se perder o controle? Mas aí tem a adicção, que é uma das piores doenças. É um sofrimento monstruoso para a família, para a pessoa.

Elis Regina/16-08-1965 Foto: Arquivo / Agência O Globo
Elis Regina/16-08-1965 Foto: Arquivo / Agência O Globo

Quando fala em “sociedade machista”, é por acreditar que isso teve um peso na fama de temperamental que sua mãe carregou — e carrega:

— Era um ser humano que tinha suas falhas, com um senso de humor ácido, personalidade difícil. Mas muito do que as pessoas veem tem relação com a força da mulher, a intensidade. A mulher é sempre a louca, a difícil.

Maria Rita assegura que, quando começou a fazer shows, em 2002, não tinha consciência do que significava querer ser cantora sendo filha de Elis Regina. Não foi um caminho profissional premeditado. Tinha se formado em Comunicação Social e estudado nos Estados Unidos para ser advogada de entretenimento. Cuidaria da carreira de artistas, por exemplo. Estava no Rio trabalhando como assistente de um estúdio de gravação quando os rumos mudaram.


O Globo terça, 18 de janeiro de 2022

TEATRO E DANÇA: TEATRO POEIRA COMEMORA 15 ANOS CON EXPOSIÇÃO INÉDITA DE BIA LESSA

 

Teatro Poeira comemora 15 anos com exposição inédita de Bia Lessa

Referência na cena teatral, casarão comandado por Marieta Severo e Andréa Beltrão reabre as portas nesta terça-feira (18) após fechamento durante a pandemia
As atrizes Marieta Severo e Andréa Beltrão comemoram os 15 anos do Teatro Poeira com uma exposição idealizada por Bia Lessa Foto: Guito Moreto/Agência O Globo
As atrizes Marieta Severo e Andréa Beltrão comemoram os 15 anos do Teatro Poeira com uma exposição idealizada por Bia Lessa Foto: Guito Moreto/Agência O Globo
 

Fechado durante a pandemia, o Teatro Poeira reabre nesta terça-feira (18) com a exposição “Antes e depois dos espetáculos”, uma declaração de amor das idealizadoras do espaço, as atrizes Marieta Severo e Andréa Beltrão, à arte e aos mais de 160 espetáculos e 300 mil espectadores que passaram por lá. Com curadoria da multiartista Bia Lessa, a mostra, instalada por todo o casarão histórico de Botafogo —incluindo fachada, camarins, coxias e plateia —, convida o público a passear pelos alicerces do teatro e a refletir sobre novos caminhos.

—A exposição não olha apenas para trás, porque teatro é futuro todos os dias. A ideia é que as pessoas vivam isso, porque teatro também é diálogo. Não é à toa que a exposição invade a rua— afirma Bia Lessa. — Vivemos em uma sociedade onde o consumo é o valor mais importante, e o teatro rompe essa barreira. No espetáculo, encontramos vida.

Exposição “Antes e depois dos espetáculos”, com curadoria de Bia Lessa, propõe um mergulho pelas veias do teatro Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
Exposição “Antes e depois dos espetáculos”, com curadoria de Bia Lessa, propõe um mergulho pelas veias do teatro Foto: Guito Moreto / Agência O Globo

 

Aos objetos de cena, fragmentos de textos encenados e pedaços de cenários incorporados ao projeto, somam-se imagens da vida real, com fotografias de queimadas e de um lixão. Para Marieta Severo, a exposição é também uma resposta aos recentes ataques à cultura.

—Estamos aqui, vivos, e somos potentes. É mágico reabrir o teatro dessa maneira. É um brinde à vida.— diz a atriz.

Marieta Severo: 'Nunca senti uma angústia cívica tão profunda'

Como parte da celebração de 15 anos, serão oferecidas ainda oficinas e seminários gratuitos até setembro, com participação de nomes como Felipe Hirsch, Marcio Meirelles, Fernando Philbert, Gilberto Gawronski e Matei Visniec.

Espaço de encontro

O desejo de reencontro com o público, em resposta à distância nos grandes teatros, foi o que guiou a criação do Poeira, em 2005, afirma Marieta Severo, que se uniu à amiga de longa data Andréa Beltrão para dar vida ao projeto.

As duas se conheceram na montagem de "A estrela do lar", de Mauro Rasi, em 1989, e, entre palco e camarim, a parceria se formou. Na lista de trabalhos juntas, tem ainda o espetáculo "A dona da história" (1998), a série "A grande família" e, atualmente, a novela "Um lugar ao Sol", no ar na TV Globo na faixa das 21h.

— Já não consigo viver sem a Marieta. Sinto muito por ela, porque estou grudada nela agora. — brinca Beltrão. —Construir um teatro juntas é um passo muito difícil, é uma negociação eterna. Mas, no nosso caso, foi muito leve. Tudo era feito com prazer e alegria.
Teatro Poeira existe desde 2005, idealizado por Marieta Severo e Andréa Beltrão Foto: Guito Moreto/Agência O Globo
Teatro Poeira existe desde 2005, idealizado por Marieta Severo e Andréa Beltrão Foto: Guito Moreto/Agência O Globo

Andréa Beltrão: 'Quero chupar a vida até o caroço, viver muito'

A empreitada começou do zero, e as idealizadoras fizeram questão de participar de cada detalhe, do funcionamento da bilheteria à acústica do palco, com a ajuda do diretor teatral Aderbal Freire-Filho, que se uniu ao projeto.

—O maior susto foi o preço. Começamos pensando em um trailer no fundo de um terreno e acabamos com isso tudo aqui, um castelo. — afirma Marieta que, junto com Andréa, bancou o investimento a partir do próprio bolso. 

O Teatro conta ainda com a arrecadação da bilheteria e apoio privado, mas raramente há lucro, e tudo é usado para a manutenção da casa e das equipes, segundo as proprietárias.

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— Gostamos de apoiar tentativas de voo e projetos com qualidade artística. Esse é o critério de escolha dos espetáculos que ocuparão o palco. Essa exposição é o grande balanço dessa trajetória. Ver tudo isso me dá vontade de fazer mais. Vamos embora para mais 15 anos! — convida Andréa, que volta aos palcos com Marieta na peça “O espectador condenado à morte”, de Matei Visniec, prevista para maio.

 

Serviço

"Antes e depois dos espetáculos". Teatro Poeira. Rua São João Batista 104, Botafogo (2537-8053). Qua a sáb, das 16h às 21h. Dom, das 16h às 19h. Grátis. Até março.


O Globo segunda, 17 de janeiro de 2022

VERÃO: BELEZA - CABELO CURTO, SOMBRA LARANJA E PELE HIDRATADA

 

Beleza de verão: cabelo curto, sombra laranja e pele hidratada

Queridinho de nomes como Patricia Pillar e Debora Bloch, o beauty artista Vini Kilesse dá dicas de corte e make para a estação mais quente do ano
Catarina Ribeiro com beleza de Vini Kilesse Foto: Vini Kilesse
Catarina Ribeiro com beleza de Vini Kilesse Foto: Vini Kilesse
 

Um cabelo com movimento e uma make luminosa. Essa é a proposta do beauty artist Vini Kilesse, autor de ambos, para o verão, como mostra a fotógrafa dublê de modelo Catarina Ribeiro. “É um corte curto com nuca reta, alguns fios mais longos e franja. Fica legal molhado, no pós-praia e todo para trás, com gel, no happy hour”, diz ele.


Na pele hidratada, um pouco de máscara e sombra laranja intensa. “Sem delineador para não pesar. É um visual solar.”

 


O Globo domingo, 16 de janeiro de 2022

ECOLOGIA: EXTREMOS CLIMÁTICOS DESTROEM PLANTAÇÕES NO SUL DO PAÍS

 

Extremos climáticos destroem plantações no Sul do país e tempestade prevista não é suficiente para recuperar estragos

Alta temperatura agravou a estiagem na região, onde a água disponível em poços artesianos só é suficiente para consumo próprio ou para os animais. Chuva prevista para esta semana deve amenizar calor, mas não melhora a agricultura
Agricultor em Soledade, no RS, avalia o prejuízo do calor sobre sua plantação de soja Foto: DIEGO VARA / REUTERS
Agricultor em Soledade, no RS, avalia o prejuízo do calor sobre sua plantação de soja Foto: DIEGO VARA / REUTERS
 

Moradora de Ipê, na Serra Gaúcha, Sandra Campagnollo leva produtos de sua propriedade familiar de agricultura ecológica e orgânica, para feiras toda sexta, no próprio município, e aos sábados, em Porto Alegre. Há dois dias, só pôde vender tomates e cebolas e um pouco de alface dado pelo vizinho. Os cultivos de couve-flor, brócolis, couve, alface, tomate, melão, melancia, abobrinha, cenoura e beterraba foram perdidos com a seca.

— Temos três açudes e as três estão secas, tenho mais nada de produto verde. O sol está muito forte, se você não tem uma irrigação boa, tudo queima — lamenta Campagnollo, que prevê uma retomada da produção apenas no meio do ano. — Depois que voltar a chover, leva pelo menos dois meses para ter a produção de volta. Não adianta plantar agora, porque não vai vingar. 

Sem resultados e sem prestígio:Conselho da Amazônia Legal completa dois anos em fevereiro sem cumprir suas principais metas de redução do desmatamento

Sandra é uma das vítimas dos prejuízos sociais e econômicos de uma das mais severas ondas de calor já registradas no Rio Grande do Sul, assim como em parte de Argentina, Uruguai e Paraguai, com temperaturas até 7°C acima das máximas históricas. Um exemplo do que os extremos climáticos são capazes de provocar.

A água disponível hoje em poços artesianos nas comunidades rurais de Ipê só é suficiente para consumo próprio ou para os animais. Moradores recorrem ao escambo com vizinhos e precisam conciliar as perdas financeiras com a necessidade de gastar mais nos mercados.

“Está tudo morto”

Sandra vive numa propriedade de três hectares com seus pais e o filho de 14 anos. Ela conta que a situação desmotiva os jovens, que hoje em dia preferem buscar outros trabalhos, por vezes nas áreas urbanas.

— Meu filho vê que a produção está toda morrendo, e aí vai viver do quê? Isso muda a cabeça, ele tem mais vontade de viver de outro negócio. É difícil dar continuidade ao negócio familiar assim, hoje vemos poucos jovens na agricultura — diz. — É a pior estiagem que já vivemos. Não dá para olhar, está tudo morto.

 

USP:Fuvest aplica neste domingo a primeira prova da segunda fase do vestibular de 2022

A bolha quente do Sul pode ser apenas o início de um ano que, as projeções climáticas indicam, será ainda mais severo do que 2021, globalmente o sexto mais quente, numa série ininterrupta de sete anos de elevação da temperatura da Terra, segundo dados da Nasa apresentados na quinta-feira.

A seca começa a arrefecer no Sul a partir de amanhã. E são previstas tempestades intensas, outro tipo de extremo climático. Mas o cenário para fevereiro e março não é bom para o Sul do Brasil e tampouco para o Sudeste, de acordo o Laboratório de Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas.

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No Sul, os modelos climáticos indicam a volta do calor e da seca, intercalados por grandes tempestades, afirma Humberto Barbosa, coordenador do laboratório e dos estudos de Degradação do Solo do Painel Internacional de Mudanças Climáticas (IPCC).

A onda de altas temperaturas culminou em dois anos de estiagem no Centro-Sul do Brasil e parte do Cone Sul, resultado de variabilidade natural, como o fenômeno da La Niña, e de fatores associados ao aquecimento do Oceano Atlântico, diz Barbosa.

— O sexto relatório do IPCC alertou para tudo isso e o Sul sofre um processo que está distante de ter fim. Para curto, médio e longo prazo, a tendência é de aumento do aquecimento dos oceanos, com consequências desastrosas. Presente e futuro são de instabilidade e o planejamento econômico que não considerar isso estará fadado ao erro — destaca o cientista.

Oceanos quentes

Os oceanos absorvem 90% do calor extra gerado pelo aquecimento do planeta e têm apresentado tendência de elevação de temperatura desde os anos 1960. Uma pesquisa publicada semana passada na revista “Advances in Atmospheric Sciences” mostra que a camada superior dos oceanos (até 2 mil metros de profundidade) esteve mais quente do que nunca em 2021. Os oceanos absorveram o equivalente a quase 30 vezes o total de energia usada pela Humanidade em um ano. O Atlântico e Antártico são os que mais se aqueceram.

— Os oceanos funcionam como baterias da atmosfera, à qual estão conectados. O aquecimento dos mares está ligado a muitos dos extremos que temos testemunhado no Brasil e no exterior — explica Barbosa.

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A chuva esperada para o início da semana poderá fazer os termômetros no Sul despencarem até 15 °C, com tempestades e granizo. Alívio para o calor, mas não para a agricultura.

 

— O ano de 2022 será de muito calor e chuva forte, um ano desfavorável para a agricultura — salienta Barbosa.

Para o Sudeste, a previsão é de chuva acima da média, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, com o deslocamento mais para o Sul da região da umidade que provocou desastres em Minas Gerais. Alívio só mesmo no Nordeste, que poderá ter chuvas acima da média no Semiárido.

Na grande região agrícola do Centro-Sul, 2022 promete tempos difíceis, com menos produção de alimentos mais demanda por energia.

— No Brasil, a cara da mudança climática é a da fome, será grande a pressão sobre a economia — frisa Barbosa.

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A onda de calor no Sul é um indício de mudança climática, diz a meteorologista Nathalie Boiaski, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Maria.

Segundo Nathalie, o calor que arrasou plantações e fez a população sofrer foi gerado pela combinação da La Niña com outros fenômenos climáticos chamados de Oscilação Antártica e Oscilação de Madden-Julian, esta última ligada ao regime de chuvas no Sudeste e no Centro-Oeste.

Todas conspiraram para que o ar fervesse numa região já castigada por seca intensa, com solo exposto e alta evaporação. O calor veio acompanhado de baixíssima umidade do ar, inferior a 20% em muitos municípios. Boiaski lembra que os extremos climáticos são amplificados e aumentam de frequência e intensidade à medida que cresce a degradação ambiental:

 

— A Amazônia é uma das fontes de umidade para nós no Sul, principalmente no verão. E a umidade não tem chegado — explica a cientista.

Dias mais longos

O verão piora tudo. É a estação mais quente, com os dias mais longos que as noites, aumentando o tempo de exposição à radiação solar.

— O agronegócio sofre, mas a agricultura familiar vive o pesadelo. Penso nas pessoas que não têm recursos para se refugiar em ambientes refrigerados. O calor é inevitável. Infelizmente, esses eventos vão ser cada vez mais frequentes. Devemos encarar esse calor terrível também como um alerta — enfatiza Boiaski.

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Para o curto prazo, o Rio Grande do Sul e partes de Santa Catarina e do Paraná, também afetados pelo calor extremo, terão alívio a partir de amanhã, diz o meteorologista Heráclio Alves de Araújo, do Inmet. Uma frente fria deve romper o bloqueio causado pela bolha quente de alta pressão atmosférica, que começa se enfraquecer.

Se esta é a mais intensa onda de calor já registrada no Sul será possível saber quando ela terminar, pois no passado já aconteceram dias com temperaturas superiores a 40 °C, observa Araújo. Mas ela já chama atenção pela área afetada, um enorme quinhão da América do Sul.

 


O Globo sábado, 15 de janeiro de 2022

COPA DO MUNDO 2022: TITE PODE SER TEIMOSO

Martín Fernandez: Tite pode ser teimoso

Se o técnico da seleção entende que algum tipo de ajuda a Philippe Coutinho pode significar uma recompensa a seu time na Copa, isso deveria bastar para justificar sua convocação
Tite entra no ano de Copa do Mundo atrás de ajustes na equipe titular Foto: Lucas Figueiredo / Agência O Globo
Tite entra no ano de Copa do Mundo atrás de ajustes na equipe titular Foto: Lucas Figueiredo / Agência O Globo
 

Durante a entrevista coletiva em que anunciou os convocados para os próximos jogos da seleção pelas Eliminatórias, ontem, Tite foi informado de que se tratava do Dia Nacional do Treinador de Futebol. E então permitiu-se o gracejo: “Parabéns para os 210 milhões de técnicos do Brasil”. A lista mal havia sido divulgada e já era possível perceber o descontentamento. Por que Philippe Coutinho voltou a ter uma chance? O que fez Daniel Alves para merecer ser chamado? E Everton Ribeiro? Cadê Guilherme Arana? Raphael Veiga por acaso joga vôlei? Hulk nasceu na Austrália?

Pacientemente, como faz há quase seis anos, Tite gastou mais de uma hora respondendo a perguntas sobre sua convocação. Ao contrário do que costumam fazer alguns de seus pares e antecessores, o técnico da seleção não interdita debates e não se opõe a falar sobre suas escolhas. É aqui que o treinador produz — inadvertida e desnecessariamente — provas contra si próprio.

Sobre o jogador mais contestado da convocação, Tite afirmou: “Coutinho é um jogador de armação e conclusão importante, que vai recuperando seu melhor nível. Está em condição de retornar.”

Philippe Coutinho jogou pouco no segundo semestre de 2021 pelo Barcelona, não teve espaço com o técnico Xavi e virou um estorvo financeiro para o clube. É bem fácil encontrar reportagens na imprensa da Catalunha que o catalogam como “pior contratação da história do clube” (um exagero e uma injustiça). Numa tentativa de voltar a ser o jogador que já foi, o meia de 29 anos acaba de topar ser emprestado para o Aston Villa, 14º colocado do Campeonato Inglês. Ou seja, é difícil concordar com Tite quanto a Coutinho estar “recuperando seu melhor nível”. Mas isso não é importante.

Ao técnico da seleção brasileira, seja ele quem for, deveria ser permitida uma cota de teimosia — até por ser impossível alcançar a unanimidade entre 210 milhões de outros técnicos. Foi sob Tite, antes da Copa do Mundo de 2018, que Coutinho jogou seu melhor futebol. Se o treinador entende que algum tipo de ajuda ao jogador neste momento pode significar uma recompensa a seu time na Copa do Mundo em novembro, isso deveria bastar para justificar sua convocação.

É desnecessário e contraproducente embrulhar a decisão num discurso de meritocracia. Até porque, para outros jogadores, o critério não se sustenta. Roberto Firmino, por exemplo, ficou fora por causa de uma suposta “irregularidade em função das lesões”. Na atual temporada europeia, Coutinho tem menos minutos, menos gols e menos assistências do que Firmino. Não há nada de errado em convocar um e excluir outro; tomar decisões de acordo com as próprias convicções é parte importante do trabalho de um selecionador.

No mais, a lista com 26 nomes (e sem Neymar, machucado) ajuda pouco a prever qual será o grupo da Copa do Mundo — e ainda faltam pelo menos mais três convocações até o Qatar. De chocante, mesmo, só o fato de que Renan Lodi perdeu a oportunidade de disputar uma vaga na seleção porque não se vacinou contra a Covid-19. A CBF acertou ao não chamá-lo. Neste caso específico, o discurso de Tite foi perfeito.


O Globo sexta, 14 de janeiro de 2022

TURISMO: NORDESTE NO TOPO - DESTINOS DE PRAIA FORAM OS PREFERIDOS DOS BRASILEIROS EM 2021

 

Nordeste no topo: destinos de praia foram os preferidos dos brasileiros em 2021, mostra pesquisa

Maceió, Porto de Galinhas e Recife são destaque de levantamento realizado pela agência on-line Hurb
Passeio de jangada em Porto de Galinhas, em Pernambuco Foto: Ministério do Turismo / Divulgação
Passeio de jangada em Porto de Galinhas, em Pernambuco Foto: Ministério do Turismo / Divulgação
 

RIO - Em 2021, tudo o que os brasileiros quiseram foi passar uns dias na praia. É o que aponta um levantamento feito pela agência de viagens on-line Hurb (antigo Hotel Urbano), com base nas preferências de seus clientes. Dentro ou fora do Brasil, destinos litorâneos dominaram as listas de mais vendidos pela plataforma, e também dominam os rankings que mostram as tendências de viagens para 2022 e 2023.

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Fronteiras fechadas e real desvalorizado resultaram numa preferência quase geral pelo turismo doméstico: 90% das vendas do site foram para destinos brasileiros.

— Alguns fatores decorrentes da pandemia influenciaram para que os destinos nacionais se vissem em alta. Além da própria circunstância de fronteiras fechadas, um fator que contou muito para esse cenário foi o câmbio. O patamar em que o dólar se encontra hoje frente ao real faz com que a maior parte do público pese muito bem se vale a pena investir numa viagem no exterior — analisa  Lia Coutinho, Head Comercial do Hurb. —  Um grande destaque que podemos observar é o Nordeste, que despontou frente a outras opções do país, por oferecer muitos resorts, praias paradisíacas e atividades ao ar livre, algo fundamental neste momento de pandemia.

 
Praia de Pajuçara, um dos cartões-postais de Maceió, capital de Alagoas Foto: Marco Ankosqui / Ministério do Turismo / Divulgação
Praia de Pajuçara, um dos cartões-postais de Maceió, capital de Alagoas Foto: Marco Ankosqui / Ministério do Turismo / Divulgação

A onipresência do Nordeste na lista de desejos dos turistas brasileiros pode ser comprovada no ranking dos mais vendidos na plataforma. Nesta na ordem: Maceió (5%), Porto de Galinhas (5%), Maragogi (5%), Recife (4%), Natal (4%), Porto Seguro (3%), Beto Carrero World (3%), Gramado (3%), João Pessoa (2%) e Fernando de Noronha (2%).

Entre os destinos internacionais, Cancún permanece no topo da lista com 11% no total de faturamento. Orlando ocupa a segunda posição (8%), seguido de Punta Cana (7%), Paris (4%), Roma (3%), Egito (3%), Playa Del Carmen (2%), Atenas e Santorini (2%), Pacote Toscana (Florença,  Pisa, Siena e Pienza) (2%) e Lisboa (2%). Vale destacar que, desta lista, apenas as cidades italianas e gregas estão em países que ainda não abriram as portas para turistas brasileiros em geral.

Os destinos praianos brasileiros também aparecem bem nas listas de tendências de viagens para 2022 e 2023, baseadas nas compras e buscas dos usuários da plataforma. Uma curiosidade é que, agora, já com as fronteiras dos Estados Unidos definitivamente abertas para brasileiros vacinados desde novembro, Orlando ultrapassou Cancún e se consolidou como o destino mais desejado para as próximas duas temporadas.

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O Top 5 de destinos mais desejados para 2022 é completado por Maceió, Recife, Cancún e Gramado. Já para o próximo ano, a ordem é Orlando, Recife, Maceió, Punta Cana e Cancún.

— É muito difícil falar sobre o nacional estar consolidado frente ao internacional quando a esperada normalização das viagens voltar. Mas sem dúvida podemos dizer que o olhar do turista brasileiro para o próprio país mudou, com ele hoje mostrando um perfil muito mais ávido por explorar os destinos nacionais, tradicionais ou não,  do que antes de março de 2020. Este é um ponto importante que eu vejo como tendência por aqui: o brasileiro mais disposto a conhecer os encantos que o Brasil tem a oferecer a ele — destaca a executiva.


O Globo quinta, 13 de janeiro de 2022

LARISSA MANOELA ABRE ÁLBUM DE FOTOS DE FESTA DE ANIVERSÁRIO DE 21 ANOS

 

Larissa Manoela abre álbum de fotos de festa de aniversário de 21 anos; Veja

Maísa, Amanda de Godoy e Klara Castanho estavam entre as estrelas que compareceram à celebração
Larissa Manoela em festa de 21 anos Foto: Reprodução
Larissa Manoela em festa de 21 anos Foto: Reprodução
 
 

Larissa Manoela comemorou seus 21 anos com uma festa de arrasar. Na noite da última quarta-feira, a atriz publicou uma sequência de fotos da reunião com amigos e familiares em seu perfil do Instagram.

"eu disse que o filme seria revelado em 2050, mas não é que chegou em 2022? foi épico. os 21!", escreveu ela na legenda da publicação, referindo-se às fotos feitas com câmeta 50mm.

Estrelas marcaram ponto na celebração de aniversário, como Maísa, Klara Castanho, Jean Paulo Campo (que interpretou Cirilo no remake de "Carrossel"), Amanda de Godoy, Eike Duarte, e muitas outras.


O Globo quarta, 12 de janeiro de 2022

LAGOA RODRIGO DE FREITAS PODE TER ACRÉSCIMO DE 30 ESPÉCIES DE FAUNA

Após plantio de novas mudas, Lagoa Rodrigo de Freitas pode ter acréscimo de 30 espécies de fauna, diz biólogo

Mudas de mangue-vermelho e samambaia do brejo foram plantadas por ocasião do aniversário do AquaRio
Plantio de mudas na Lagoa Foto: Fabiano Rocha
Plantio de mudas na Lagoa Foto: Fabiano Rocha
 

RIO — O AquaRio convidou o biólogo Mário Moscatelli para fechar as comemorações de cinco anos de aniversário do maior aquário marinho da América Latina plantando 30 novas mudas de mangue-vermelho (Rhizophora mangle) e samambaia do brejo (Acrostichum danaeifolium) na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. A iniciativa busca fomentar novas espécies de fauna e flora na lagoa.

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Com as novas mudas, a Lagoa passará a ter ao seu redor mais de 4.500 espécies típicas de manguezais, que se dividem entre mangue-branco, mangue-vermelho e mangue-negro, e agora com as samambaias do brejo. Somente o AquaRio, desde 2019, plantou, em média, 200 espécies. De acordo com o biológo, em maior número está a conhecida como mangue-branco, que representa 90% do total.

 Parte desse número é fruto do trabalho que o biólogo Moscatelli faz, há 32 anos, com seu projeto de revitalização, que, desde outubro deste ano, passou a receber apoio da prefeitura, do estado e da concessionária Águas do Rio.

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Para ele, essas iniciativas, a longo prazo, são boas para todos os lados:

— Quanto maior a oferta de ambientes diferenciados, maior é a alimentação diferenciada e os ambientes diferenciados, que servem para esses ambientes se reproduzirem e viverem. Quer maior reflexo de todo esse cuidado de 20 anos do que os colhereiros? Eles não apareciam aqui há 70 anos.

Os colhereiros reapareceram na Lagoa em setembro deste ano. O biólogo conta que, desde o início do projeto, ele já consegue contabilizar ao menos seis novas espécies na Lagoa.

— De cabeça, eu lembro do caranguejo marinheiro, o aratu, o guaiamum, o chama-maré, o frango d'água e a capivara. Só cuidando do manguezal. Com estas 30 novas mudas, a gente pode ter mais 20 ou 30 espécies de fauna na Lagoa daqui a uns anos. É um trabalho longo, mas que funciona — afirma.

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Além das plantações, equipes também circularam por parte da Lagoa para fazer a limpeza dos manguezais. Foram encontradas bolas de festas, garrafas de água, pedaços de papéis, e outros.

De acordo com a bióloga Patrícia Rocha, do AquaRio, um plástico simples, como esses encontrados no manguezal, demor de 40 a 50 anos para se decompor. Um mais rígido leva em média 450 anos.

— Com esse mutirão, as pessoas acabam se interessando, questionando e refletindo, mas ainda há muito trabalho pela frente — diz ela.

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A moradora do Jardim Botânico Isabel Willmer, de 24 anos, passeia pela Lagoa uma vez por semana desde começou a pandemia. Antes, era todos os dias. Ela conta que há partes mais cuidadas que outras no entorno do manguezal.

— Varia de área para área. Tem lugares onde a sujeira é menor porque há uma menor circulação de pessoas. Em outros, com maior fluxo, existe uma quantidade maior de sujeira — conta ela.


O Globo terça, 11 de janeiro de 2022

HUMORISMO: BATORÉ SE ENCANTOU - ATOR E HUMORISTA MORRE EM SÃO PAULO, AOS 61 ANOS

 

Batoré, ator e humorista, morre em SP

Ivanildo Gomes Nogueira, conhecido pelo personagem de "A praça é nossa" (SBT), estava com câncer; ele fez o papel do delegado Queiroz na novela 'Velho Chico' (Globo)
Ivanildo Gomes Nogueira, o Batoré Foto: Divulgação
Ivanildo Gomes Nogueira, o Batoré Foto: Divulgação
 

O ator e humorista Ivanildo Gomes Nogueira, de 61 anos, conhecido como Batoré, morreu nesta segunda-feira (10), em São Paulo. Ele estava com câncer.

Batoré morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pirituba, Zona Norte da capital. "As informações médicas foram repassadas à família e a Secretaria Municipal de Saúde lamenta o ocorrido", diz nota da Prefeitura.

Ivanildo nasceu em Serra Talhada, em Pernambuco, e se mudou para São Paulo ainda criança. Antes de se tornar ator, jogou futebol nas categorias de base em times paulistas.

Com seu principal personagem, Batoré, Ivanildo integrou o elenco do programa "A Praça é Nossa", do SBT. Em 2016, foi contratado pela Rede Globo para a novela "Velho Chico" em que fez o papel do delegado Queiroz.

Batoré também foi vereador de Mauá, na Grande São Paulo, por dois mandatos pelo PP.


O Globo segunda, 10 de janeiro de 2022

GLOBO DE OURO 2022: ATAQUE DOS CÃES É O GRANDE VENCEDOR - CONFIRA A LISTA DOS PREMIADOS

 

 

Ataque dos cães' é o grande vencedor do Globo de Ouro 2022; confira a lista dos premiados

'Amor, sublime amor' e 'Succession' também foram destaques da noite; evento não teve transmissão de TV nem presença de celebridades
Kodi Smit-McPhee e Benedict Cumberbatch em 'Ataque dos cães' Foto: KIRSTY GRIFFIN/NETFLIX
Kodi Smit-McPhee e Benedict Cumberbatch em 'Ataque dos cães' Foto: KIRSTY GRIFFIN/NETFLIX
 

Sem transmissão de TV, presença de celebridades ou cobertura da imprensa no local, a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood premiou com o Globo de Ouro neste domingo os melhores do cinema e da TV do ano passado. Os vencedores da 79ª edição foram anunciados no site e nas redes sociais da HFPA.

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Na categoria filme de drama, o grande vencedor da noite foi "Ataque dos cães", produção da Netflix estrelada por Benedict Cumberbatch e que marca o retorno de Jane Campion à direção de filmes, depois de mais de uma década dedicando-se apenas à televisão. O longa levou os troféus de melhor drama, melhor ator coadjuvante para Kodi Smit-McPhee e melhor direção. Baseado no livro de Thomas Savage, o western conta a história de um caubói que atormenta a esposa do irmão e o filho dela.

Já "Amor, sublime amor", versão de Steven Spielberg para o clássico da Broadway dos anos 1950, foi o grande nome da comédia e musical. A produção levou o prêmio de melhor filme da categoria, melhor atriz (também de comédia e musical) para Rachel Zegler e melhor atriz coadjuvante em filme para Ariana DeBose.

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Em TV, quem mais brilhou foi "Succession". A produção da HBO ficou com os troféus de melhor ator em série dramática (Jeremy Strong), melhor atriz coadjuvante de TV (Sarah Snook) e melhor série de drama. Como melhor atriz de drama, MJ Rodriguez, de "Pose", se tornou a primeira trans a ganhar um Globo de Ouro. "Hacks", também da HBO, foi a melhor série de comédia, e Jean Smart, a protagonista, foi considerada a melhor atriz de TV da categoria.

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Boicote

Diversos nomes da indústria e estrelas de Hollywood têm boicotado a associação desde o ano passado, quando emergiram denúncias de práticas de corrupção e ausências de membros negros. Por isso, nenhuma celebridade aceitou apresentar qualquer prêmio, e o evento acabou perdendo contrato de transmissão com a NBC e se deu a portas fechadas.  Jamie Lee Curtis foi a única atriz a publicamente apoiar o evento, conforme mensagem gravada e publicada nas redes sociais do Globo de Ouro durante a premiação.

 

 

"Por muito tempo, eu não percebi que a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood era, na verdade, uma organização de caridade e usavam os fundos gerados pela transmissão do Globo de Ouro para financiar incríveis programas na nossa comunidade. Eles financiam criadores, educadores e instituições de aprendizado e preservação", disse ela. "E eles fazem de um jeito muito sutil, sem estardalhaço. Eu quero honrá-los e ficar junto deles."

Confira a lista completa de indicados e vencedores, na ordem de divulgação.

Melhor Atriz Coadjuvante em Filme

  • Caitriona Balfe ("Belfast");
  • Ariana DeBose ("Amor, sublime amor") -vencedora
  • Kirsten Dunst ("Ataque dos cães");
  • Aunjanue Ellis ("King Richard: criando campeãs");
  • Ruth Negga ("Passing")

 

Melhor Ator Coadjuvante em Série

  • Billy Crudup ("The morning show");
  • Kieran Culkin ("Succession");
  • Mark Duplass ("The morning show");
  • Brett Goldstein ("Ted Lasso");
  • Oh Yeong-su ("Round 6") - vencedor
     

Melhor Animação

  • "Encanto" - vencedora
  • "Flee";
  • "Luca";
  • "My sunny Maad";
  • "Raya e o último dragão"
     

Melhor Ator em Série — Drama

  • Brian Cox ("Succession")
  • Lee Jung-jae ("Round 6")
  • Billy Porter ("Pose")
  • Jeremy Strong ("Succession") - vencedor
  • Omar Sy ("Lupin")

 

Melhor Filme em Língua Estrangeira

  • "Compartment nº 6";
  • "Drive my car" (Japão); vencedor
  • "A mão de deus";
  • "A hero";
  • "Madres paralelas"
     

Melhor Ator em Série — Musical ou Comédia

  • Anthony Anderson ("Black-ish");
  • Nicolas Hoult ("The Great");
  • Steve Martin ("Only murders in the building");
  • Martin Short ("Only murders in the building");
  • Jason Sudeikis ("Ted Lasso") - vencedor

 

Melhor Roteiro

  • "Licorice Pizza" (Paul Thomas Anderson);
  • "Belfast" (Kenneth Branagh); vencedor
  • "Ataque dos cães" (Jane Campion);
  • "Não olhe para cima" (Adam McKay);
  • "Being the Ricardos" (Aaron Sorkin)

 

MelhorAtriz Coadjuvante em Série

  • Jennifer Coolidge  ("White Lotus");
  • Kaitlyn Dever ("Dopesick");
  • Andie MacDowell ("Maid");
  • Sarah Snook ("Succession"); vencedora
  • Hannah Waddingham ("Ted Lasso")

 

Melhor Ator em Série Limitada ou Filme para TV

  • Paul Bettany ("Wandavision");
  • Oscar Isaac ("Cenas de um casamento");
  • Michael Keaton ("Dopesick"); vencedor
  • Ewan McGregor ("Halston");
  • Tahar Rahim ("The serpent")

 

Melhor Atriz em Série Limitada ou Filme para TV

  • Jessica Chastain ("Cenas de um casamento");
  • Cynthia Erivo ("Genius: Aretha");
  • Elizabeth Olsen ("Wandavision");
  • Margaret Qualley ("Maid");
  • Kate Winslet ("Mare of Easttown")- vencedora

 

Melhor Atriz em Série — Musical ou Comédia

  • Hannah Einbinder ("Hacks")
  • Elle Fanning ("The Great");
  • Issa Rae ("Insecure");
  • Tracee Ellis Ross ("Black-ish");
  • Jean Smart ("Hacks") - vencedora

 

Melhor Série — Musical ou Comédia

  • The Great;
  • Hacks; vencedora
  • Only murders in the building;
  • Ted Lasso;
  • Reservation dogs

 

Melhor Série Limitada ou Filme para TV

  • "Dopesick";
  • "Impeachment: American crime story";
  • "Maid";
  • "Mare of Easttown";
  • "The underground railroad" - vencedora

 

Melhor Ator em Filme — Musical ou Comédia

  • Leonardo DiCaprio ("Não olhe para cima");
  • Peter Dinklage ("Cyrano");
  • Andrew Garfield ("Tick, tick... Boom!"); vencedor
  • Cooper Hoffman ("Licorice Pizza");
  • Anthony Ramos ("Em um bairro de Nova York")

 

Melhor Canção Original

  • "Be alive", de Beyoncé ("King Richard: criando campeãs");
  • "Dos orugitas", Sebastian Yatra ("Encanto");
  • "Down to joy", de Van Morrison ("Belfast");
  • "Here I am (Singing my way home"), de Jennifer Hudson ("Respect");
  • "No time do die", de Billie Eilish ("007 — Sem tempo para morrer") - vencedora

 

Melhor Trilha Sonora

  • "A crônica francesa";
  • "Encanto";
  • "Ataque dos cães";
  • "Madres paralelas";
  • "Duna" - vencedor

 

Melhor Ator em Filme — Drama

  • Mahershala Ali ("Swan song");
  • Javier Bardem ("Being the Ricardos");
  • Benedict Cumberbatch ("Ataque dos cães");
  • Will Smith ("King Richard: criando campeãs"); vencedor
  • Denzel Washington ("A tragédia de MacBeth")

 

Melhor Ator Coadjuvante

  • Ben Affleck ("The tender bar")
  • Jamie Dornan (Belfast")
  • Ciarán Hinds ("Belfast")
  • Troy Kotsur ("No ritmo do coração")
  • Kodi Smit-McPhee ("Ataque dos cães") - vencedor

 

Melhor Atriz em Série — Drama

  • Uzo Aduba ("In treatment");
  • Jennifer Aniston ("The morning show");
  • Christine Baranski ("The good fight");
  • Elizabeth Moss ("The Handmaid's tale");
  • Mj Rodriguez ("Pose") - vencedora

 

Melhor Atriz em Filme — Musical ou Comédia

  • Marion Cotillard ("Annette");
  • Alana Haim ("Licorice Pizza");
  • Jennifer Lawrence ("Não olhe para cima");
  • Emma Stone ("Cruella");
  • Rachel Zegler ("Amor, sublime amor") - vencedora

 

Melhor Filme — Musical ou Comédia

  • "Cyrano";
  • "Não olhe para cima";
  • "Licorice pizza";
  • "Tik, tick... Boom!";
  • "Amor, sublime amor" - vencedor

 

Melhor Atriz em Filme — Drama

  • Jessica Chastain ("The eyes of Tammy Faye");
  • Olivia Colman ("A filha perdida");
  • Nicole Kidman ("Being the Ricardos"); vencedora
  • Lady Gaga ("Casa Gucci");
  • Kristen Stewart ("Spencer")

 

Melhor Diretor

  • Kenneth Branagh ("Belfast");
  • Jane Campion ("Ataque dos cães"); vencedora
  • Maggie Gyllenhaal ("A filha perdida");
  • Steven Spielberg ("Amor, sublime amor");
  • Denis Villeneuve ("Duna")

 

Melhor Série — Drama

  • "Lupin";
  • "The morning show";
  • "Pose";
  • "Round 6";
  • "Succession" - vencedora

 

Melhor Filme — Drama

  • "Belfast";
  • "No ritmo do coração";
  • "Duna";
  • "King Richard: criando campeãs";
  • "Ataque dos cães" - vencedor

O Globo domingo, 09 de janeiro de 2022

GASTRONOMIA: SAIBA COMO É O RESTAURANTE COM MESA PENDURADA A 50m DE ALTURA, NA LAGOA

 

Saiba como é o restaurante com mesa pendurada a 50m de altura, na Lagoa

MasterChef Brasil nas Nuvens tem comida preparada por ex-participante do programa; em terra firme, há bar e espaço para aulas
Nas alturas: Mesa do MasterChef Brasil nas Nuvens fica a 50 metros de altura, na Lagoa Foto: Leo Martins / Agência O Globo
Nas alturas: Mesa do MasterChef Brasil nas Nuvens fica a 50 metros de altura, na Lagoa Foto: Leo Martins / Agência O Globo
 

Já imaginou fazer uma refeição em uma mesa pendurada a 50 metros de altura? E, de quebra, ter como vista a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Morro dos Irmãos, o Corcovado e tantos outros recantos lindos do Rio? Pois é esta a proposta do MasterChef Brasil nas Nuvens,  evento gastronômico montado na altura do Corte do Cantagalo, que tem como prato principal a tal mesa suspensa, além de uma área de dois mil metros quadrados em terra firme, com bar, restaurante, espaço para aulas e, a partir de fevereiro, disputas culinárias com participação do público. Depois de alguns dias de eventos fechados para convidados, o local começa a funcionar oficialmente hoje.

Se ventar ou chover, a mesa voadora — uma estrutura de 12 toneladas, que é içada por um guindaste e tem capacidade para 24 pessoas sentadas em poltronas com cinto de segurança — não sai do chão. Mas se o tempo ajudar, prepare o seu coração (e seu bolso), porque o mesão vai pelos ares oito vezes por dia, sempre com menu fechado e apenas com reserva: café da manhã(às 8h30, R$ 240), brunch (às 10h, R$ 240), almoço (às 12h e às 14h , R$ 390), coquetel (às 16h, R$ 340), sunset (às 18h, R$ 410) e jantar (às 20h e às 22h, R$ 590).

 

Menu surpresa

Chef Heaven Delhaye, ex-participante do “Master Chef Profissionais”, comanda a cozinha flutuane Foto: Leo Martins / Agência O Globo
Chef Heaven Delhaye, ex-participante do “Master Chef Profissionais”, comanda a cozinha flutuane Foto: Leo Martins / Agência O Globo

Prepare também o seu estômago, porque a chef Heaven Delhaye, ex-participante do “Master Chef Profissionais”, à frente do restaurante D’Heaven, no Village Mall, estará a postos preparando menus degustações em harmonia com o horário. O que será servido lá em cima é surpresa. Para evitar contratempos, no ato da reserva, o cliente deve avisar sobre restrições alimentares, de alergia a opção por comidas veganas. E montar o cardápio não foi tarefa simples, apesar da grande cozinha em terra firme, onde os pratos são feitos para serem finalizados no alto.

—Tivemos que pensar o cardápio por conta da altura. Se bater um ventinho, pode ser que flores e brotinhos das saladas voem pelos ares, mais vai ficar bonito — brinca a chef, que comanda tudo de uma bancada que fica rodeada pela mesa e as poltronas. — Descobrimos pratos que viajam bem, como confit de cannard e polvo. Temos uma área de finalização no alto, mas nada pode dar errado. Não podemos descer e trocar o prato. Mas acho que o que mais combina com o cenário são os tartares de frutos do mar.

No espaço montado no solo, que também conta com vista bonita para a Lagoa, há aulas de cozinha, provas de vinhos e um grande bar de comes e bebes, com consumação mínima de R$ 150 Foto: Leo Martins / Agência O Globo
No espaço montado no solo, que também conta com vista bonita para a Lagoa, há aulas de cozinha, provas de vinhos e um grande bar de comes e bebes, com consumação mínima de R$ 150 Foto: Leo Martins / Agência O Globo

No espaço montado no solo, que também conta com vista bonita para a Lagoa, há aulas de cozinha, provas de vinhos e um grande bar de comes e bebes, com consumação mínima de R$ 150. O cardápio ali é assinado por Gabriel Nigro e oferece, entre outras coisas, pipoca de pão de queijo trufada com gel fluido de coalhada seca (12 bolinhos, R$ 45), palitinhos feitos de espuma de batata ultracongelada, empanados no panko (R$ 45), minibife wellington de porco (R$ 52), coqueta de cogumelos (R$ 38) e hambúrguer de lagostim (R$ 55). Para beber, opções como moskow mule (R$ 36), tropical gin (R$ 32) e caldereta de chope (R$ 8). O espaço funciona até abril e depois voa para outros estados.

Onde: Lagoa, na altura do Corte do Cantagalo. Quando: Mesa suspensa: ter a a dom, a partir das 7h45. Masterchef Bar: qua a dom, das  18h até 1h. Até abril. Reservas: masterchefbrasilnasnuvens.com.br/

O Globo sábado, 08 de janeiro de 2022

CARNAVAL 2022: RIO ELEGE REI MOMO E RAINHA DO CARNAVAL

 

Em meio à indefinição sobre desfiles na Sapucaí, Rio elege Rei Momo e Rainha do Carnaval

Em reunião nesta sexta, comitê científico do estado se pronunciou contra a folia na Avenida diante do avanço da variante Ômicron, mas governo ainda não bateu martelo sobre proibição da festa
Rei Momo, Rainha e Princesas do carnaval 2022 Foto: Divulgação /Rafa Catarcione
Rei Momo, Rainha e Princesas do carnaval 2022 Foto: Divulgação /Rafa Catarcione
 

RIO - Em meio à indefinição sobre a realização dos desfiles na Sapucaí, o  Rei Momo, a Rainha e as princesas do carnaval deste ano foram eleitos nesta sexta-feira. Wilson Dias foi coroado Rei Momo, Thai Rodrigues Pinheiro, a rainha do carnaval. As princesas são Luara Lino e Deisiane de Jesus. A escolha, entre 36 candidatos inscritos através da Riotur, ocorreu por meio de voto popular e por jurados. O público pôde votar on-line durante 21 dias: de 18 de dezembro até as 17h desta sexta-feira.

Leia mais:Riotur recomenda cancelamento ou transferência de eventos e ensaios das escolas de samba

Em reunião realizada no início da tarde desta sexta-feira, parte dos integrantes da comunidade científica do  Grupo Técnico de Assessoramento a eventos de Saúde Pública (conhecido como comitê científico) avaliou que devido à explosão de casos da variante Ômicron da Covid-19  não há condições de liberar eventos abertos ou fechados que gerem aglomerações, que sejam difíceis de controlar. Baseado nos números atuais,  essa lista incluiria hoje os desfiles na Marquês de Sapucaí, os eventos do carnaval de rua  bem como shows.

O comitê tem caráter apenas consultivo, ou seja, as autoridades podem seguir ou não suas orientações. Mas governo ainda não bateu martelo sobre proibição da festa. Conforme informou Ancelmo Gois eu sua coluna no GLOBO, a decisão final sobre os desfiles das escolas de samba do Rio sairá nesta quarta-feira, na reunião do Comitê Técnico que assessora o prefeito Eduardo Paes na pandemia.

Carnaval 2022:  Blocos em locais fechados deverão ser autorizados apenas para maiores de 18 anos no Rio; entenda

Em nota divulgada à noite, o governo do estado reforçou que carnaval no Sambódromo está mantido e a tendência é de suspensão do de rua. Nesta semana o prefeito Eduardo Paes anunciou a suspensão da folia de rua, mas confirmou a manutenção dos desfiles na Sapucaí.

"A tendência é que o carnaval de rua seja suspenso, já que, neste caso, não há como fazer um controle sanitário, com adoção de protocolos sejam de testagem ou exigência de esquema vacinal completo. Não é possível decidir sobre um evento que irá acontecer daqui a dois meses à luz do cenário epidemiológico momentâneo. Novas reuniões deverão acontecer para embasar a decisão da SES." diz a nota do estado.

Covid:  Paes defende 'consciência coletiva' e usa samba de Martinho da Vila para dizer que Rio renascerá das cinzas

Logo após a avaliação do comitê, o secretário estadual de Saúde, Alexandre  Chieppe, disse que ainda era cedo para decidir sobre os desfiles no Sambódroromo por depender da evolução da doença. Mas destacou que a situação era diferente em relação ao carnaval de rua. Mais cedo em suas redes sociais, o governador Cláudio Castro contou que ele mesmo sugeriu ao comitê a suspensão desses eventos. Várias cidades do estado já anunciaram que os blocos não irão para a rua, entre os quais: Rio de Janeiro, Niterói, Maricá, São Gonçalo, Duque de Caxias e Campos.

Chieppe disse que em uma reunião na semana que vem, que já estava marcada, transmitirá ''a recomendação'' do governador para os secretários de saúde dos 92 municípios.

Também nesta sexta-feira, a presidente da Riotur, Daniela Maia, recomendou  o cancelamento ou a transferência dos eventos e ensaios das escolas de samba para locais com o controle de acesso, respeitando as medidas sanitárias vigentes. Segundo o ofício, encaminhado à Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), nesta sexta-feira, a orientação às agremiações é para que evitem ensaios em locais públicos e que sejam feitos em locais fechados, onde será possível exigir na entrada o certificado de vacinação.

O ofício encaminhado à Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) diz que a decisão tem "em vista a ampliação das medidas de proteção à vida, relativas ao combate à Covid-19".

A Vila Isabel e a Beija-Flor decidiram que não vão realizar os ensaios de rua, segundo a coluna de Ancelmo Gois. Já a Portela lidera o grupo a favor da manutenção dos ensaios.

Redução do isolamentoPrefeitura do Rio diminui tempo de quarentena para quem estiver com Covid-19

A São Clemente, que prestará homenagem ao humorista Paulo Gustavo, que morreu de Covid-19 em maio do ano passado, também suspendeu os ensaios.

O cenário epidemiológico na capital, além das obras na Marquês de Sapucaí, que ainda não foram finalizadas, levaram ao adiamento dos ensaios técnicos das agremiações que estavam previstos para acontecer a partir da segunda quinzena deste mês.


O Globo sexta, 07 de janeiro de 2022

FÉRIAS: 40 PROGRAMAS PARA CURTIR COM AS CRIANÇAS

 

40 programas para curtir com as crianças nas férias

Espetáculos gratuitos, peças, visita a submarino e praça com dinossauros estão entre dicas de programação infantil no Rio de Janeiro
'Cinderella, o musical', 'Sing 2' e 'Abracadabra' são algumas das atrações para a garotada em janeiro Foto: Montagem com fotos de divulgação
'Cinderella, o musical', 'Sing 2' e 'Abracadabra' são algumas das atrações para a garotada em janeiro Foto: Montagem com fotos de divulgação
 

Férias escolares são uma alegria para as crianças, mas às vezes podem dar trabalho para os pais, sem ideias de o que fazer com os filhos.  Mas as opções são muitas. O roteiro pode incluir desde o musical "Cinderella", de Charles Möeller e Claudio Botelho, a uma praça com dinossauros na Tijuca passando por parque de camas elásticas e exposições interativas sobre o universo. Confira 40 sugestões a seguir.

Teatro

'Cinderella, o musical'

Versão brasileira da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho para a premiada superprodução  de Rodgers & Hammerstein, o musial retorna aos palcos cariocas após ser vista por mais de 250 mil pessoas em suas montagens anteriores. No espetáculo, Fabi Bang vive uma versão moderna da  Gata Borralheira, como uma heroína que luta por democracia. Com Vanessa Costa assinando a direção da remontagem, o elenco traz ainda nomes como André Loddi (Príncipe Topher), Gottcsha (Madrasta) e Helga Nemetik (Fada Madrinha).

Serviço: Teatro Multiplan-Village Mall. Av. das Américas 3900, Barra. Qui e sex, 14h e 19h. Sáb, 11h e 16h. Dom, 15h e 21h. De 13 de janeiro a 20 de fevereiro. A partir de R$ 200. Venda pelo site Sympla.

Cinderela empoderada: Filme e peças reforçam lado rebelde da personagem para ganhar público do século XXI

'A Bela e a Fera Experience'

Dentro de um castelo de 1.500 m², o público é convidado a viver um baile real que conta a história do clássico com música, dança, teatro e ilusionismo. O entretenimento se une à gastronomia com um cardápio desenvolvido pela chef Ana Laura de Melo Guedes e Oliveira.

Serviço:  Estacionamento do Via Parque Shopping. Av. Ayrton Senna 3.000, Barra. Qui e sex, 18h e 20h. Sáb e dom, 10h30, 13h, 15h, 17h e 19h. Apenas o show: R$ 50 ou R$ 60 (fim de semana). Com consumação: R$ 80 ou R$ 90 (fim de semana). De 19 de janeiro até 6 de março. Ingressos no próprio site.

Espetáculo 'Pimentinha — Elis Regina para crianças' Foto: Junior Mandriola/Divulgação
Espetáculo 'Pimentinha — Elis Regina para crianças' Foto: Junior Mandriola/Divulgação

'Pimentinha — Elis Regina para crianças'

Mais um espetáculo da eleogiada  série "Grandes Músicos para Pequenos", que já teve produções dedicadas a  Luiz Gonzaga, Braguinha, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Raul Seixas.  Depois de estrear virtualmente, a peça em homenagem à cantora Elis Regina agora tem sessões presenciais. Com direção de Diego Morais, direção musical de Guilherme Borges e texto de Pedro Henrique Lopes, o musical destaca a importância da autoestima por meio da personagem Lilica em uma história que  é inspirada na própria infância de Elis. No repertório, sucessos como "O bêbado e a equilibrista" e "Como nossos pais".

 

Serviço: Teatro Clara Nunes. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente 52 (2274-9696). Sáb e dom, às 16h. R$ 70. De 8 de janeiro a 13 de fevereiro.

'Pinóquio'

Celebrando seus 21 anos de existência, a prestigiada  Cia PeQuod encena a história do famoso boneco que sonha em se tornar um menino. A montagem, que resgata a versão original de Carlo Collodi, é uma opereta do maestro Tim Rescala, onde a linguagem do teatro de animação se une à música e ao circo.

Serviço: Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Primeiro de Março 66, Centro (3808-2020). Qua a sex, 19h. Sáb e dom, 16h. R$ 30 via Eventim. Até 6 de fevereiro.

'Alice'

O mundo de aventuras de Alice ganha uma nova roupagem com direito a coelho de patins, objetos voadores, portas falantes, escorregas em cena e muito humor na adaptação dirigida por Cristiane Sanctos.

Serviço: Teatro Miguel Falabella - Norte Shopping. Av. Dom Hélder Câmara 5474. Sáb e dom, às 18h. R$ 60 via Sympla. De 8 a 16 de janeiro.

'Frozen show musical'

Do cinema para o teatro, a história das irmãs Elsa e Anna é contada em um musical.

Serviço: Teatro Vannucci. Shopping da Gávea. Rua Marquês de São Vicente 52, Gávea (2274-9696). Sáb, às 15h. R$70 pelo site Sympla. Até 29 de janeiro.

 
 

'AKEDAH'

Criado e dirigido por Ariel Cohen, o espetáculo fala sobre a história da criação da humanidade sob a ótica judaica discute os diversos aspectos da vida, como desafios, comportamentos e identidades, de forma lúdica.

Serviço: Cidade das Artes. Av. das Américas 5300, Barra. Sáb e dom, às 17h. R$ 40. Até 30 de janeiro.

Música

Mimo para crianças

O festival que acontece nos dias 15 e 16 de janeiro em diversos pontos da cidade oferece 50 atividades gratuitas, entre shows, espetáculos, oficinas, circo, jogos e brincadeiras. Em destaque estão a apresentação do cantor Zeca Baleiro com o show "Zoró Zureta" no Parque de Madureira (dom, 18h) e o espetáculo “Corpinho”, de Simone Mazzer, no Parque das Ruínas (sáb, 11h).

Serviço: Sáb (15) e dom (16). As atrações acontecem no Parque de Madureira, em Santa Teresa (Parque das Ruínas), Pedra de Guaratiba (Arena Carioca Abelardo Barbosa), Realengo (Areninha Carioca Gilberto Gil), Praça Seca (Centro Cultural Professora Dyla Sylvia de Sá), Ilha do Governador (Biblioteca Euclides da Cunha), Gávea (Museu da Cidade), Engenho Novo (Buraco do Padre) e Tijuca (Centro Artur da Távola). Programação completa no site do festival.

'Macatchula'

Luis Carlinhos une música e elementos teatrais em uma performance voltada ao público infantil na segunda edição do evento Claro Verão Rio. Ao longo do show, ele incorpora personagens que alegram suas narrativas, improvisações e performances. No repertório, estão os sucessos "Trem Maluco" (com a menção a "Expresso 222", de Gilberto Gil), "Sambalêlê" e "Cowboy fora da lei" (Raul Seixas).

 
 

Serviço: Casa de Cultura Laura Alvim (Casa Claro). Av. Vieira Souto 176, Ipanema. Sáb (15) e dom (16), às 16h. Grátis.

Atividades gratuitas em centros culturais

Centro Cultural Banco do Brasil

Durante as férias escolares, o programa "Lugar de criação" proporciona atividades artísticas relacionadas a temas da atualidade para crianças a partir de 3 anos (sex, sáb e dom, às 15h). Há ainda visitas mediadas às exposições em cartaz “Ideias: o legado de Morandi" e “Leandro Erlich: a tensão”, cheia de obras interativas, como elevadores flutuantes, janelas para jardins imaginários e até uma piscina feita com ilusão de ótica, na qual é possível entrar sem se afogar. Já no dia 15 (sáb), o CCBB celebra o Dia do Compositor com programação especial em homenagem a Pixinguinha (11h).

Serviço: Rua Primeiro de Março 66, Centro (3808-2020). Visitas mediadas: Dom, seg, qua e sex, às 10h, 12h e 16h. Qui e sáb, às 10h e 12h. (até 22 de janeiro)/ Dom, seg, qua e sex, às 12h e 16h. Qui e sáb às 12h. (de 23 a 31 de janeiro). Programação completa e inscrições no site. Grátis. É necessário retirar ingressos no site Eventim.

Obra interativa que imita uma piscina na exposição 'Leandro Erlich: a tensão', do CCBB Foto: Divulgação
Obra interativa que imita uma piscina na exposição 'Leandro Erlich: a tensão', do CCBB Foto: Divulgação

Museu do Pontal

Além de seis exposições com obras e jogos interativos, a programação do museu dedicado à arte popular brasileira inclui atividades gratuitas para a criançada nos fins de semana de janeiro. Entre os destaques está a participação do grupo Os Tapetes Contadores de Histórias, que lerão grandes autores como Ana Maria Machado, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos e Manoel de Barros (dias 8 e 9, às 16h). Há ainda oficinas, brincadeiras e visitas musicadas.

 
 

Serviço: Av. Celia Ribeiro da Silva Mendes 3.300, Barra. Qui a dom, das 10h às 18h. Grátis ou contribuição voluntária. Ingresso na bilheteria ou via Sympla.

Claro Verão Rio

A segunda edição do evento Claro Verão Rio conta com atrações gratuitas diariamente, como o Espaço Kids, com brincadeiras e atividades, e a estação de games, um espaço tecnológico com jogos (Playstation VR, Xbox One, Nintendo Switch, entre outros) e óculos para experiências em VR. Para os adultos, tem ainda uma série de shows com artistas, a exemplo de Evandro Mesquita, Toni Garrido e Nando Reis, além de sessões de massagem, maquiagem e barbearia.

Serviço: Casa de Cultura Laura Alvim (Casa Claro). Av. Vieira Souto 176, Ipanema. De 8 a 20 de janeiro, das 14h às 22h. Grátis.

Colônia de férias literárias na Cidade das Artes

Durante quatro dias, Silvia Castro e Júlio Emílio Braz conduzem atividades voltadas para crianças acima de 4 anos, com leitura mediada, bate-papo, contação de histórias e oficinas. Em cada dia, serão tratados os temas "lugar de lixo é no lixo", "alimentação saudável",  "coragem" e "medo de quê?".

Serviço: Cidade das Artes. Av. das Américas 5300 , Barra. Ter a sex (11 a 14), de 14h às 16. Grátis.

A Nau dos Descobrimentos, no Espaço Cultural da Marinha Foto: Divulgação
A Nau dos Descobrimentos, no Espaço Cultural da Marinha Foto: Divulgação

Espaço Cultural da Marinha

No local, os visitantes podem entrar no submarino museu Riachuelo, construído na Inglaterra em 1973, no navio museu Bauru, que operou na armada brasileira por quase 40 anos, e na Nau dos Descobrimentos, que abriga uma exposição sobre a vida a bordo na virada do século XVI. Há ainda a visitação ao helicóptero museu Sea King e ao carro de combate Cascavel. Do centro cultural também saem embarcações com passeio pela Baía de Guanabara (sem desembarque). A visitação à Ilha Fiscal está fechada para obras de recuperação estrutural até janeiro de 2023.

Serviço: Orla Conde (Boulevard Olímpico), s/n, entre o Largo da Candelária e a Praça XV — 4063-3003. Espaço Cultural da Marinha: Qui a dom, de 11h às 17h, sendo às 16h30 o último acesso. R$ 14. Passeio Marítimo: Sáb, dom e feriados, 13h15 e 15h. R$ 42. Vendas pelo site Ingresso com desconto. Museu Naval (próximo ao Espaço Cultural): Qui a dom, de 13 h às 17h. Grátis.

No mundo da lua

Museu Aeroespacial

Recentemente modernizado e reaberto ao público, o espaço conta com aeronaves em exposição, além de uma nova sala com itens interativos que revelam detalhes sobre a participação da Força Aérea Brasileira na II Guerra Mundial. Entre os destaques do museu está uma réplica em tamanho real do 14 Bis, pilotado pela primeira vez por Santos Dumont em 1906.

Serviço: Av. Marechal Fontenele 2000, Campo dos Afonsos. (2157-2986). www2.fab.mil.br/musal. Ter a dom, de 9h às 16h. Grátis.

Planetário da Gávea

Com três andares de exposição, o Museu do Universo apresenta experimentos interativos de Astronomia e Astrofísica. Aos fins de semana, há sessões de cúpula com filmes temáticos projetados em superfícies esféricas para uma sensação de imersão no espectador.

Serviço: Rua Vice-Governador Rubens Berardo 100, Gávea (2088-0536). Museu: ter a dom, das 10h às 17h. Sessões de cúpula: "Uma aventura no Planetário": sex, 14h. sáb e dom, 10h e 14h. "Brincando entre estrelas": sex, 15h. sáb e dom, 11h, 15h15 e 16h30. R$ 15 (museu) ou R$ 30 (museu + sessão de cúpula). Às terças, as atrações são gratuitas, mediante inscrição pelo site. Ingressos em planetario.dsiarena.com.

 
 

Circo

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Reder Circus - 'Abracadabra'

Com participação dos ex-ginastas olímpicos Diego Hypolito e Daniele Hypolito, o espetáculo musical da Reder Circus tem mais de 50 artistas no picadeiro, além de orquestra ao vivo. Há trapezistas voadores, o "Globo da Vida", o palhaço Bossa Nova, foramalabaristas, acrobatas, bailarinos e outros artistas de circo.

Serviço: No estacionamento do Novo Shopping Nova Iguaçu. Av. Abílio Augusto Távora 1111. Qui e sex, às 20h. Sáb, dom e feriados, às 15h, 17h30 e 20h (nos dias 08 e 09 de janeiro não haverá sessões às 15h). R$ 60 no site

Brinquedos e jogos

Tivoli Park

Em um espaço de 50 mil m², o parque de diversões que marcou gerações de cariocas entre as décadas de 1970 e 90 ganha nova versão com 20 brinquedos, sendo dois originais do antigo Tívoli (Bicho da Seda e o Barco Viking).

Serviço: Via Parque. Av. Ayrton Senna 3.000, Barra — 99441-4444. Seg a Sex, das 17h às 22h. Sáb, dom e feriados, das 15h30 às 22h. Passaporte: R$ 200 (comprando até 1h antes da abertura do Parque: R$ 60). Promoção: combo de 2 passaportes por R$ 180.

Tivoli Park, na Barra da Tijuca Foto: Leo Martins / Agência O Globo
Tivoli Park, na Barra da Tijuca Foto: Leo Martins / Agência O Globo

 

Impulso Park

O parque de trampolins oferece circuitos de cama elástica, piscinas de espuma, escaladas, batalha de cotonete, entre outras atrações.

Serviço: Casa Shopping. Avenida Ayrton Senna 2150, Barra. (3030-3686). Ter a sex, das 13h às 22h. Sáb, das 10h às 22h. Dom, das 10h às 20h. Ter a qui, R$ 120 (R$ 55 antecipado pelo site). Sex a dom, R$ 130 (R$ 60 antecipado pelo site).

 
 

Aventura Lab

Em uma espécie de "parque do futuro", a casa de festas tecnológica tem estações de realidade virtual, arena de drones e sala de jogos.

Serviço: Casa Shopping. Av. Ayrton Senna 2150, bloco I, loja 201, Barra. (98383-6020). Dom, de 12h às 20h. Sáb e feriados escolares, de 12h às 22h. R$ 65 a primeira hora e R$ 25 cada meia hora adicional. Ter a sex, de 13h às 21h. R$ 55 a primeira hora e R$ 20 cada meia hora adicional. Idade mínima 5 anos.

Barra On Ice

A pista de patinação no gelo do Barra Garden oferece circuito livre e aulas para crianças a partir de 5 anos.

Serviço: Shopping Barra Garden. Avenida das Américas 3255, Barra (3738-5224). Diariamente, das 14h às 21h. R$ 30 (30 minutos) e R$ 40 (1 hora). Aos fins de semana: R$ 40 (30 minutos) e R$ 50 (1 hora). Ingressos antecipados no site patinacaonogelo.com.br.

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Top Kart

O circuito tem duração de 20 minutos (4 min de treino e 16 de corrida) e é necessário ter a altura mínima de 1,50m.

Serviço: Unidade Nova América - Av. Pastor Martin Luther King Jr. 126. Estacionamento Deck 2 Subsolo. (99743-3373 / 2303-4545) Seg a sex, de 14h a 22h. Sáb, dom e feriados, de 13h a 22h. Unidade Extra Barra - Av. das Américas 1510. Estacionamento Subsolo. (99361-4689 / 2484-4545) Seg a sex, de 14h a 22h. Sáb, de 13h a 22h. Dom e feriados, de 13h a 21h. R$ 85 (adulto 6,5 HP)

 

Barra Bowling Grill 

O espaço oferece 20 pistas de boliche, além de games arcade e um cardápio de grelhados.

Serviço: Barra Shopping - Av. das Américas 4666. 3º piso. Seg a sex, de 14h a 22h. Sáb, de 13h a 21h. Dom e feriado, de 13h a 22h. 1h de pista para 6 jogadores: R$ 140 (qua), R$ 180 (seg, ter, qui e sex) e R$210 (sáb, dom, feriados e vésperas de feriados)

Passeios

Tour do Maracanã

Em um passeio de 45 minutos, os visitantes conhecem vestiários, zona mista, sala de aquecimento dos jogadores e de coletiva de imprensa, além, claro, do gramado. Há ainda a exibição de um vídeo com lances históricos do futebol e a exposição de peças do acervo, com itens de Pelé, Garrincha e Zico.

Serviço: Av. Presidente Castelo Branco, Portão 2 — (51) 9 9130-4168. Diariamente, das 9h às 17h, com a última saída às 16h30 (em dias de jogos, fecha cinco horas antes da abertura dos portões). R$ 60 via site ou na bilheteria. Menores de 5 anos não pagam.

Tour Maracanã. Foto: Divulgação.
Tour Maracanã. Foto: Divulgação.

 

AquaRio

O maior aquário da América do Sul reúne mais de 5 mil animais marinhos de 350 espécies, como peixes, tubarões e arraias. Há promoção casada para visitar o AquaRio e o BioParque por R$ 99.

Serviço: Praça Muhammad Ali, Gamboa (3900-6670). Diariamente, de 09h às 18h. Última entrada às 17h. R$ 140. Combo AquaRio + Cristo Redentor: R$140 para brasileiros.

 
 

Rio Star

Do alto da roda-gigante localizada na Zona Portuaria, próxima ao AquaRio, é possível apreciar diversos marcos do Rio de Janeiro, como o Cristo Redentor, o Museu do Amanhã, o Pão de Açúcar, a Cidade do Samba, a ponte Rio-Niterói e o relógio da Central do Brasil. Inaugurada em 2019, a atração tem 88 metros de altura e é a maior da América Latina.

Serviço: Av. Rodrigues Alves 455, Santo Cristo. Diariamente, das 10h às 18h. R$ 70 (ou R$ 59, compando on-line). Para cariocas, fluminenses e moradores do Estado do Rio: R$ 49. Meia-entrada geral: R$35.

Ao ar livre

Lagoa Aventuras

Localizado no Parque Municipal da Catacumba, o circuito aventureiro oferece parede de escalada, arvorismo, rapel e tirolesa, além de trilha gratuita para o mirante.

Serviço: Av. Epitácio Pessoa 3.000, Lagoa (4105-0079 ou 96497-2338). Qua a dom, de 9h30 às 16h30 (de qua a sex o agendamento é obrigatório com 24 horas de antecedência). Arvorismo e muro de escalada: R$ 30. Tirolesa: R$ 20 (promoção). Rapel: R$ 80. Combos disponíveis.

BioParque

Com um novo conceito de integração dos bichos, o zoológico tem animais de 140 espécies divididas nas seções savana africana, carnívoros, asiáticos, imersão tropical, vila dos répteis, ilha dos primatas, fazendinha, reis da selva e Cerrado.

 
 

Serviço: Quinta da Boa Vista, São Cristóvão. Ter a dom, de 9h às 17h. Último horário de entrada às 16h. R$ 40. Combo AquaRio + BioParque: R$ 100. Combo BioParque do Rio + Barquinho + Cristo Redentor: R$120.

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Praça Hans Klussmann

Aos pés da Floresta da Tijuca, a "Praça dos Bichinhos" é uma atração escondida ao fim de uma rua residencial na Tijuca. Reformadas recentemente por voluntários, 58 esculturas se espalham pelo espaço e encantam os visitantes. Além do dinossauro-escorrega, uma das estrelas da praça, há hipopótamo, camelo, baleia, elefante, jacaré, girafa, esquilo, gato e até a Emília do Sítio do Pica-pau Amarelo.

Serviço: Rua Sabóia Lima, Tijuca (próximo ao fim da rua).

Bondinho do Pão de Açúcar

O passeio para um dos cartões-postais do Rio é uma das opções para toda a família.

Serviço: Av. Pasteur 520, Urca. Diariamente, de 09h às 20h. Entrada de visitantes até 19h. R$ 120.

Fazendinha Rio

Com mais de 30.000m² de espaço verde, o parque rural pedagógico oferece atrações como passeio a cavalo, ordenha da vaca, alimentação dos animais e visita à horta.

Serviço: Estrada dos Bandeirantes, 26.645, Vargem Grande. Sex, sáb, dom e feriados, das 10h às 17h. R$ 96 (promoção) na compra pelo site.

 
 

Paquetá

Sem circulação de carros, a ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara, é um local onde as crianças podem correr e brincar nas ruas livremente. A uma barca de distância, os visitantes podem percorrer o charmoso bairro a pé, de bicicleta ou em carrinhos elétricos. Entre as atraçoes estão o Parque Darke de Mattos, a Pedra da Moreninha (em homenagem ao clássico de Joaquim Manuel de Macedo), o Cemitério dos Passarinhos e uma volta de pedalinho.

Serviço: Para chegar à ilha, é preciso pegar uma barca na Praça XV. A viagem de cerca de 1h custa R$ 6,90 e os horários podem ser consultados no site da CCR Barcas.

13811765_RI Rio de Janeiro RJ 31-01-2014 Especial sobre a ilha de Paquetá que está sendo muito procu.jpg 

Cristo Redentor

Uma das Sete Maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor é um clássico da cidade. A estátua, inaugurada no dia 12 de outubro de 1931, completou 90 anos em 2021.

Serviço: Estrada das Paineiras, s/n (3900-6671). Diariamente, de 8h às 17h. A partir de R$ 45. Ingressos pelo site.

Jardim Botânico

Biodiversidade exuberante, obras de arte monumentos e construções históricas embalam o passeio pelo Jardim Botânico, que conta com estufas (Orquidário, Bromeliário, Samambaias, Plantas Insetívoras), jardins temáticos e coleções, como o Jardim Japonês e a Coleção de Plantas Medicinais.

Serviço: Rua Jardim Botânico 1008 (3874-1808). Seg a dom, de 8h às 17h. R$ 17 (residentes área metropolitana Rio de Janeiro) ou R$ 27 (residentes no Brasil) pelo site.

Parque Lage

Em 52 hectares de espaço verde, o parque une jardim em estilo romântico europeu, projetado em 1840, com espécies nativas da Mata Atlântica. Além do palacete do séc XIX, onde funciona a Escola de Artes Visuais (EAV), o local conta com parquinho com brinquedo para as crianças e um pequeno aquário.

Serviço: Rua Jardim Botânico 414 - 2334-4297. Diariamente, das 9h às 17h. Grátis.

Parque da Cidade

Pouco conhecido dos cariocas e turistas, o local é um refúgio à correria urbana. Além da ampla área verde, o espaço abriga ainda o Museu Histórico da Cidade, reaberto após dez anos fechado para visitação. O acervo preserva cerca de 24 mil peças, das quais quase 500 estão em exposição.

Serviço: Estrada Santa Marinha s/nº, acesso pelo final da Rua Marquês de São Vicente, Gávea – 3443-6341. Museu: Qui a dom, das 9h às 16h. Grátis. Parque: ter a dom, das 8h às 18h. Grátis.

Cinema

‘Sing 2’

Sandy, Wanessa Camargo, Fiuk, Fábio Jr., Lexa, Any Gabrielly e Paulo Ricardo dão voz à versão dublada da sequência do longa indicado ao Globo de Ouro de Melhor Animação e Canção Original em 2017. O longa de Garth Jennings, com o coala Buster Moon e seus amigos animais, traz uma trilha de sucessos que vão de Ariana Grande a U2. A versão em inglês conta com as vozes de Reese Witherspoon e Scarlett Johansson e Matthew McConaughey.

 
 
 

‘My Hero Academia - Missão mundial de heróis’

Adaptado do mangá de Kōhei Horikoshi, o anime acompanha Deku, um garoto comum em meio a pessoas com superpoderes. No novo longa da franquia, dirigido por Kenji Nagasaki, ele e seus amigos precisam salvar o mundo de uma organização terrorista que quer exterminar os super-humanos.

'Turma da Mônica: Lições'

Responsável por 'Turma da Mônica: Laços' (2019), primeiro live-action do universo de Mauricio de Sousa, o diretor Daniel Rezende também assina a sequência que mostra Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão tendo de lidar com seus conflitos pessoais durante o crescimento.

Crítica: 'Turma da Mônica: Lições' é emotivo, mais maduro e atento à diversidade

'Homem-Aranha: sem volta pra casa'

Uma reportagem revela a identidade do Homem-Aranha e Peter Parker (Tom Holland) terá que aprender a conviver com a fama de um super-herói enquanto tenta levar uma vida normal. Ele recorre aos feitiços do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para recuperar seu anonimato, mas acaba se complicando ainda mais. Zendaya e Jon Favreau completam o elenco do longa de Jon Watts, mesmo diretor de “Homem-Aranha: de volta ao lar” (2017)” e “Homem-Aranha: longe de casa” (2019).

'Homem-Aranha: Sem volta para casa': espera recompensada com filme na medida para fãs e não iniciados


O Globo quinta, 06 de janeiro de 2022

FUTEBOL - SAÍDA DE FÁBIO DO CRUZEIRO EXPÕE MUDANÇAS DA ERA SAF NO BRASIL

 

Saída de Fábio do Cruzeiro expõe mudanças da era SAF no Brasil

Ídolo de 41 anos tinha contrato até dezembro e disse aceitar redução salarial, mas mesmo assim foi escanteado por novos gestores
 
Fábio sonhava em completar mil partidas pelo Cruzeiro Foto: Bruno Haddad
 

Aos 41 anos e perto de completar mil jogos pelo Cruzeiro, Fábio se tornou o primeiro símbolo de uma mudança inevitável causada pelas Sociedades Anônimas de Futebol no Brasil: a troca do olhar passional do dirigente amador pelo pragmatismo dos investidores. O goleiro, com contrato até dezembro de 2022, anunciou sua saída do clube após 17 anos e 976 partidas.

Adeus do ídolo:Sem acordo para permanência, Fábio anuncia saída do Cruzeiro após 17 anos: 'Dor e gratidão'

“A SAF Cruzeiro quer encerrar minha carreira imediatamente, mesmo estando em plenas condições físicas e técnicas para continuar jogando em alto nível e ajudando o Cruzeiro. Somente Deus pode determinar nosso tempo”, desabafou o atleta em comunicado nas redes socais.

 

A mudança de plano ocorreu depois que Ronaldo sinalizou com a compra da SAF da Raposa. O grupo que assumirá o futebol informou ao jogador que desejava reduzir o contrato e encerrá-lo em março, após o Mineiro. Fábio não aceitou.

 

O recado dos novos gestores do Cruzeiro ficou claro quando o clube, ao anunciar o elenco para 2022 nas redes sociais, deixou o jogador de fora, mesmo com a questão ainda sendo discutida.

Fábio afirmou que sugeriu a redução de seu salário para o teto estabelecido, o que não foi aceito pela SAF.

Mudança de postura

Tamanha dureza talvez não viesse de um dirigente movido pela paixão: mesmo com a gritante escassez de recursos e com o fracasso na Série B de 2021, Sérgio Rodrigues assinou a renovação do goleiro em novembro passado, com a transformação do futebol da Raposa em SAF já bem encaminhada.

A maneira com que os novos gestores do Cruzeiro lidaram com o caso reforça também um caminho que é natural assim que investidores assumem o futebol: a busca pelo rejuvenescimento do elenco, potencializando, por tabela, jogadores que podem render transferências futuras. E nisso os mais velhos, sem potencial de venda, são descartados.

Mercado: Entenda por que o Fluminense é o clube grande que mais contrata nesta janela de transferências

John Textor, bilionário americano que ficou em evidência depois de sinalizar o desejo de comprar a SAF do Botafogo, tratou de dispensar os veteranos do Crystal Palace, clube inglês que administra desde o fim da última temporada europeia. Sete acima dos 30 anos, todos em fim de contrato, foram liberados para procurar outros clubes. Incluindo Gary Cahill, de 35, consagrado na carreira.

 


O Globo quarta, 05 de janeiro de 2022

FUTEBOL DE BOTÃO É TEMA DE INUSITADO MUSEU NA HUNGRIA DE PUSKÁS

Paixão brasileira, futebol de botão é tema de um inusitado museu na Hungria de Puskás

Coleção de peças do jogo e até troféus de campeonatos da modalidade forma uma curiosa atração na cidade de Szigetszentmiklos
Fotos de Ferenc Puskás e Lionel Messi entre botões com rostos de grandes jogadores do passado, na Casa do Futebol de Botão, museu especializado no assunto na cidade de Szigetszentmiklós, na Hungria Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
Fotos de Ferenc Puskás e Lionel Messi entre botões com rostos de grandes jogadores do passado, na Casa do Futebol de Botão, museu especializado no assunto na cidade de Szigetszentmiklós, na Hungria Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

Os húngaros alegam que o futebol de botão é criação deles, e surgiu em terras magiares em 1921. O que contraria a versão mais comum no Brasil, de que o jogo já existia por aqui até que, em 1930, teve suas regras padronizadas a partir do manual "Regras Officiaes do Foot-ball Celotex", escrito pelo músico, pintor e publicitário Geraldo Cardoso Décourt.

O húngaro Zoltan Bottyan, campeão mundial de futebol de botão, joga com seus botões favoritos no tabuleiro do museu dedicado à modalidade em Szigetszentmiklós, nos arredores de Budapeste Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
O húngaro Zoltan Bottyan, campeão mundial de futebol de botão, joga com seus botões favoritos no tabuleiro do museu dedicado à modalidade em Szigetszentmiklós, nos arredores de Budapeste Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

No berço do futebol:três roteiros para torcedores na Inglaterra

Indefinições históricas à parte, a paixão pelo jogo ou mesmo curiosidade podem ser motivos suficientes para visitar Szigetszentmiklós, cidadezinha a 22 quilômetros de Budapeste que nunca entraria em qualquer guia de viagens não fosse o fato de abrigar a Casa do Futebol de Botão (Gombfoci Háza, em húngaro).

 

O museu foi formado a partir da coleção particular de Attila  Becz, que tem 65 anos e começou a praticar o futebol de botão aos oito, nos anos 1960.

- No verão, jogávamos futebol nas ruas e em terrenos baldios, depois, no futebol de botão no inverno, não havia muito mais o que fazer para um garoto louco por futebol - disse ele à agência de notícias  AFP - É um esporte nacional tradicional, como a petanca para os franceses ou o beisebol para os americanos.

Attila Becz, diretor da Casa do Futebol de Botão, em Szigetszentmiklos, mostra o botão mais antigo do museu húngaro Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
Attila Becz, diretor da Casa do Futebol de Botão, em Szigetszentmiklos, mostra o botão mais antigo do museu húngaro Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

O espaço do museu é pequeno, e  parece ainda mais acanhado diante do volume do acervo, acomodado em fileiras de armários no pequeno corredor que exibem memorabilia, incluindo botões antigos da década de 1920, troféus de campeonatos diversos  e conjuntos de plásticos com imagens de estrelas dos dias modernos.

É curioso ver as semelhanças e diferenças entre os botões usados por húngaros e brasileiros. Há discos idênticos, daqueles feitos com plástico ou madrepérola, mas também alguns bem exóticos, como uns que são apenas anéis. A palheta usada nos tabuleiros magiares, mais comprida, como uma tira, também não é a mesma da conhecida pelos jogadores brasileiros.

Botão em forma de anel e tira de plástico como palheta: o museu do futebol de botão de Szigetszentmiklos mostra como o jogo pode ser diferente daquele praticado no Brasil Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
Botão em forma de anel e tira de plástico como palheta: o museu do futebol de botão de Szigetszentmiklos mostra como o jogo pode ser diferente daquele praticado no Brasil Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

 

 

Fotografias nas paredes mostram jogadores lendários como Pelé e Ferenc Puskás agachados sobre as mesas de futebol de botão, prova da popularidade do jogo ao longo das décadas. No país do leste europeu, os botões foram produzidos em massa pela primeira vez na década de 1940, com fotos de jogadores coladas na década de 1950.

- Foi uma época de ouro para o futebol de botão e a Hungria, liderada por Puskás, estava no auge do futebol mundial - disse Becz.

O lendário Honvéde de Budapeste, o time que tinha Ferenc Puskás e serviu de base para a seleção da Hungria dos anos 1950, está representado na coleção do museu da Casa do Futebol de Botão, ao lado de fotos de Lionel Messi Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP
O lendário Honvéde de Budapeste, o time que tinha Ferenc Puskás e serviu de base para a seleção da Hungria dos anos 1950, está representado na coleção do museu da Casa do Futebol de Botão, ao lado de fotos de Lionel Messi Foto: ATTILA KISBENEDEK / AFP

Falando em Puskás, é bem possível imaginar que ele e seu amigo de infância Jozsef Bozsik, que nasceram em 1927 e 1925, respectivamente, tenham brincado juntos de futebol de botão quando crianças, no bairro de Kispesti, na periferia de Budapeste, ainda sem saber que seriam os maiores jogadores da seleção húngara que encantou o mundo na Copa de 1954.

Mais informações sobre o museu no site (apenas em húngaro)


O Globo terça, 04 de janeiro de 2022

COPA SÃO PAULO: COPINHA 2022 MARCA PROFISSIONALIZAÇÃO NA BUSCA POR TALENTOS, E FAVORITOS EMPLIAM INVESTIMENTO

 

Copinha 2022 marca profissionalização na busca por talentos, e favoritos ampliam investimento

Equipes de maior expressão têm estratégias diferentes para montar seus elencos para a disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior
 
Atual campeão, o Internacional estreia no dia 4, sábado, às 19h30 diante do São Raimundo Foto: Rodrigo Corsi/FPF
Atual campeão, o Internacional estreia no dia 4, sábado, às 19h30 diante do São Raimundo Foto: Rodrigo Corsi/FPF
 

Não é novidade que a Copa São Paulo de Futebol Júnior é um celeiro de craques. Mas a cada ano a busca por novos talentos fica mais séria, com estratégias diferentes empregadas pelos clubes. Flamengo e Palmeiras, por exemplo, despejam rios de dinheiro na formação ou contratação de joias. Já Internacional e Fluminense acreditam em metodologias próprias. O elo, no entanto, é o mesmo: a arte de captar promessas está cada vez mais profissionalizada. 

Não basta mais peneirar e torcer para dar certo. É preciso aperfeiçoar talentos e criar um cenário ideal para que eles desenvolvam. Atual campeão da Copinha, o Internacional estreia hoje, às 19h30, diante do São Raimundo-RR, e é tratado como case de sucesso entre especialistas pelo investimento certeiro. O clube gaúcho aposta e investe cada vez mais em infraestrutura. Segundo o diretor esportivo Gustavo Grossi, para auxiliar o processo de formação:

 — Nós consideramos que a infraestrutura precisava de uma mudança para dar um salto de qualidade na formação dos atletas.

O Internacional utiliza o CT Alvorada exclusivamente para os jovens, e reformou o gramado principal e os outros três campos que já existiam no local.

Dono de quatro títulos, sendo o último em 2018, o Flamengo estreia amanhã, às 21h45, diante do Forte Rio Bananal-ES. O rubro-negro investiu quase R$ 80 milhões nos últimos dois anos em sua base, buscando revelar novos nomes de destaque como Vinicius Junior e Lucas Paquetá, que hoje brilham no futebol europeu e na seleção brasileira.

No Palmeiras, há a obsessão pelo resultado. Por ser o único título que a base alviverde não conquistou, a Copinha se tornou objetivo de primeira prateleira. Depois vem a necessidade de revelar atletas como Gabriel Menino, Patrick de Paula e Gabriel Veron para dar opções para o técnico Abel Ferreira — e não necessariamente vendê-los de imediato. A estreia é diante do Assu-RN, às 15h15 de amanhã.

Em 2021, o alviverde concluiu a reforma do CT da base em Guarulhos. O clube já está tirando as licenças necessárias para que novas obras se iniciem. O Palmeiras também promete um hotel com 132 ocupações e até um estádio com arquibancada para dois mil lugares.

Júnior Chávare, diretor executivo de futebol que estava no Bahia na temporada passada, elogia o investimento na base que alguns clubes vêm fazendo:

— Investimento permite a qualificação tanto das estruturas físicas como do material humano. Vemos de perto o quanto Flamengo e Palmeiras estão investindo nestas funções. Você tem que ter estrutura, condição de trabalho e material humano. Pessoas qualificadas ajudam ao atleta a evoluir.

Conhecido por revelar muitos jogadores em seu CT em Xerém, o Fluminense pretende investir R$ 6 milhões para construir um novo prédio com partes de fisiologia, fisioterapia e academia. O tricolor estreia hoje, 15h15, diante da Jacuipense-BA.

Dono de uma das menores folhas salariais da Série A, o Atlético-GO iniciou a construção do CT para a base, que custará R$ 20 milhões. O Cuiabá inaugurou seu CT da base em agosto, utilizando o mesmo tipo de grama da Arena Pantanal.

Já o Botafogo foi criativo. Após fechar acordo para o Cefat ser o CT da base durante os próximos dois anos, os alvinegros podem usufruir também de um núcleo estrutural dentro do complexo do Estádio Nilton Santos. Além disso, as equipes realizarão treinos pontuais nos campos do Espaço Lonier. O custo é considerado pequeno comparado ao retorno que o clube pode ter.

 

— Muitos clubes não têm condição monetária, aí você tem que ser criativo. A captação tem que ser sempre agressiva e alinhada com os objetivos do clube. Não há categoria de base sem captação eficaz. E não adianta também o atleta não ter a evolução necessária quando está no clube — completa Júnior Chávare.

Melhorias na base:

  • Palmeiras: concluiu em agosto a reforma do CT da base em Guarulhos (SP) e está tirando as licenças necessárias para que as obras se iniciem. Entre as melhorias contempladas no novo centro de treinamentos estão: hotel com 132 ocupações, miniestádio com arquibancada para 2 mil lugares, nova estrutura de vestiários, cabine de transmissões e futuramente instalação de refletores, piscina aquecida para tratamento dos jogadores e novas áreas de alimentação e de lazer.
  • Fluminense: começou a executar um projeto de melhorias em Xerém. Banheiras de gelo, novos vestiários, cabines de transmissão, e a construção de um prédio que coloque as partes de fisiologia, fisioterapia, academia, piscina perto dos campos de treinamento compõem as novidades. O investimento chegará em R$ 6 milhões.
  • Flamengo: apenas em 2021, foram mais de R$ 25 milhões dedicados à base. Em 2020, recorde com R$ 53 milhões realocados para formação de novos atletas, alojamento, alimentação, transporte, educação, vestuário, assistência médica e comissão técnica.
  • Fortaleza: espaços como academia, vestiários, cozinha e refeitório já foram entregues este ano e novas reformas estão sendo finalizadas. O foco é finalizar toda a parte relacionada ao futebol e a transformação do alojamento Ribamar Bezerra em um hotel.
  • Internacional: destaque para a reforma de inverno do gramado principal e nos outros três campos que já existiam no local. Também foi criada uma área de aquecimento no espaço anexo ao gramado principal, além de um quinto campo com dimensões reduzidas, área específica para treinamento dos goleiros e um campo de Futebol 7 com grama natural. Também foram adquiridas seis traves móveis e duas traves removíveis para o campo principal.
  • Atlético-GO: iniciou a construção do CT das categorias de base, que pode chegar a R$ 20 milhões. A diretoria do Dragão possui dois objetivos para esse ano: o início das obras da revitalização da praça em frente ao centro de treinamento do time profissional, em que vai compor uma escolinha para que as crianças possam ter a oportunidade de ingressar no esporte de forma correta. Outra meta do clube é a construção do CT para as categorias de base no Jardim Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia.
  • Cuiabá: inaugurou um novo CT em agosto para as categorias de base com a mesma grama da Arena Pantanal, que está sendo utilizado pelo profissional até que a reforma do CT do Dourado esteja finalizada. A reforma do CT do Dourado deve começar em breve, e os campos também terão a mesma grama da Arena Pantanal, além de melhorias estruturais, como a construção de um hotel destino à concentração antes das partidas.
  • Botafogo: após fechar acordo com o CEFAT para ser o CT da base alvinegra durante os próximos dois anos, as categorias de base do Botafogo estão recebendo mais um importante apoio no desenvolvimento dos seus jovens. Além de toda a estrutura do CT localizado em Várzea das Moças à disposição, agora a garotada do Fogão passará a usufruir também de um núcleo estrutural dentro do complexo do Estádio Nilton Santos. Além disso, as equipes de base irão realizar treinos pontuais nos campos do Espaço Lonier.

O Globo segunda, 03 de janeiro de 2022

TELEVISÃO: DMINGÃO COM HUCK PREMIA OS MELHORS DO ANO DE 29021; CONFIRA OS VENCEDORES

 

'Domingão com Huck' premia os 'Melhores do ano' de 2021; confira os vencedores

Juliette foi eleita personalidade digital; Tatá Werneck levou o troféu Paulo Gustavo de humor e 'Sob pressão' ficou com o prêmio de melhor série
Juliette e Tatá Werneck no 'Melhores do ano' Foto: Globo/ João Cotta
Juliette e Tatá Werneck no 'Melhores do ano' Foto: Globo/ João Cotta
 

O "Domingão com Huck" premiou, neste domingo, os "Melhores do ano" de 2021 num programa especial que reuniu os destaques do jornalismo e do entretenimento dos canais Globo. Foram três finalistas em cada uma das dez categorias, que desta vez contou com "Personalidade Digital" e o "Troféu Paulo Gustavo" para um nome do humor.

Retrospectiva de TV: Em 2021, ‘Round 6’ e ‘Verdades secretas 2’ aqueceram streaming e 'BBB' nunca acabou

EmocionanteIrmã e viúvo de Paulo Gustavo se emocionam com homenagem no 'Domingão'

Confira os vencedores:

Atriz de Série

Cassia Kis (Haia, de "Desalma")
Leticia Colin (Amanda, de "Onde Está Meu Coração")
Marjorie Estiano (Carolina, de "Sob Pressão") - vencedora

Ator de Série

Bruno Mazzeo (Murilo, de "Diário de um Confinado")
Julio Andrade (Evandro, de "Sob Pressão") -vencedor
Marcello Melo Junior (Mikhael, de "Arcanjo Renegado")

'MELHORES DO ANO' PREMIA JULIETTE COMO PERSONALIDADE DIGITAL DE 2021; CONFIRA GALERIA DOS VENCEDORES

 

Novela

Amor de Mãe - vencedora
Nos Tempos do Imperador
Salve-se Quem Puder
 

Atriz de novela

Adriana Esteves (Thelma, de "Amor de mãe")
Jéssica Ellen (Camila, de "Amor de mãe")
Regina Casé (Lurdes, de "Amor de mãe") - vencedora


Ator de novela 

Chay Suede (Danilo, de "Amor de mãe") - vencedor
Irandhir Santos (Álvaro, de "Amor de mãe")
Selton Mello (Dom Pedro II, de "Nos tempos do Imperador)
 


Série

Arcanjo Renegado
Ilha de Ferro
Sob Pressão - Plantão Covid  - vencedora



Humor/ Troféu Paulo Gustavo

Fábio Porchat
Marcelo Adnet
Tatá Werneck  - vencedora

  

Jornalismo

Maju Coutinho
Renata Vasconcellos - vencedora
William Bonner 

 

Personalidade Digital

Ary Fontoura
Átila Iamarino
Juliette  - vencedora

 

Música do ano

“Batom de cereja”, da dupla Israel & Rodolffo - vencedora
“Recairei”, dos Barões da Pisadinha
“Baby Me Atende”, de Matheus Fernandes 


O Globo domingo, 02 de janeiro de 2022

LITERATURA: CONHEÇA CARLA MADEIRA, A ESCRITORA BRASILEIRA QUE MAIS VENDEU LIVROS EM 2021

 

Conheça Carla Madeira, a escritora brasileira que mais vendeu livros em 2021

Seus romances abordam temas delicados como violência doméstica e incesto
Carla Madeira. Foto: Gustavo Andrade/Agência O Globo
Carla Madeira. Foto: Gustavo Andrade/Agência O Globo
 

Giuseppe Zani ficou encasquetado quando abriu, em agosto, a loja física do sebo Jacaré, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Quem era aquela escritora que “não aparecia nos cadernos de cultura” e de quem todos falavam? De onde havia surgido o desejo coletivo de ler Carla Madeira? “Foi uma enxurrada de pedidos, primeiro de ‘Tudo é rio’, depois de ‘A natureza da mordida’ e ‘Véspera’. Não conhecia a escritora, mas ela estava na lista de todo mundo, na pauta do momento”, conta o gaúcho radicado no Rio. “Não é sempre que um fenômeno assim acontece e foi difícil encontrar exemplares. Logo percebi que os leitores trabalhavam as obras em Clubes do Livro e não queriam se desfazer dos exemplares. A leitura ia além do entretenimento, há apego e identidade. Os livros da Carla que vendo não voltam tão cedo pro sebo.”

Carla Madeira. Foto: Gustavo Andrade/Agência O Globo
Carla Madeira. Foto: Gustavo Andrade/Agência O Globo

A mineira de 57 anos foi a mulher brasileira que mais vendeu ficção no país em 2021. Até a penúltima semana de dezembro foram 53.500 exemplares e a tal “lista de todo mundo” inclui leitores que vão de Mia Couto (“Sua literatura é de rara beleza, estou encantado e com imunidade por este generoso rio”) a Martha Medeiros (“Carla dá até raiva na gente: como assim um livro de estreia tão potente, perfeito, pronto?”), passando pelos atores Mouhamed Harfouch, Alice Wegmann, Cissa Guimarães, Juliana Paes, Patricia Pillar e Murilo Benício, o médico Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, e a livreira Ana Averbuck, da Argumento, onde as obras de Carla saíram mais do que o dobro do segundo autor campeão de vendas nas compras de Natal na livraria do Leblon.

Um caminho para entender que segredos tem Carla é ler um trecho de “Tudo é rio”. Aquele em que Venâncio, cego de ciúmes da mulher com o próprio filho, que está sendo amamentado, a espanca sem dó: “Ele arrancou o menino dos braços dela e jogou longe, bateu em Dalva, bateu, bateu. Espancou”. “Quando escrevi isso, estava pensando em engravidar. A porrada foi tão grande que fiquei 14 anos longe do livro”, conta a escritora. “Tive episódios de medo e pânico quando minha filha nasceu. Havia tocado num lugar que não consegui elaborar de imediato. Parecia que não havia saída para aquela situação.”

Havia. Carla largou o livro, mas “Tudo é rio” jamais a deixou. Anos depois, conversando sobre o tema com a mãe, descobriu identificação inesperada: casada com um intelectual religioso, ela já havia tido quatro filhos antes da futura escritora. Não se falava em contracepção. A mãe estava exausta no nascimento de Carla. “João Cabral diz que escrevemos por duas razões: pra transbordar ou preencher. ‘Tudo é rio’ foi um transbordamento. Depois de um intervalo de 14 anos, o escrevi em oito meses, sem parar, alucinadamente. Ele tem uma métrica, um jeito de falar, a frase curta, que se eu ficasse um dia sem reler um trecho, perdia o ouvido”, diz, em sua casa nas Mangabeiras, em BH.

O livro foi lançado em 2014 pela local Quixote e migrou para endereços além Minas com vagarosa elegância. Seu combustível foi o boca a boca. Quando recebeu um exemplar, em setembro de 2019, presente de uma jornalista mineira, Martha Medeiros o leu de um fôlego só em Porto Alegre. E a ele dedicou uma coluna aqui na Revista ELA. “Quem é leitor voraz sabe quando tem uma joia nas mãos e o erotismo nada vulgar de ‘Tudo é rio’ me envolveu. Não é que eu tenha gostado do livro, fiquei apaixonada. Quis muito que Carla fosse lida por muitas pessoas”, observa.

A coluna, conta Carla, “mudou tudo”. Vieram as primeiras resenhas. Depois o convite para uma adaptação cinematográfica (rejeitada, entre outros motivos, porque a autora deseja uma mulher na direção). O contrato com a Record (que relançou “Tudo é rio” e lançou “Véspera” em 2021; e relança este ano o esgotado “A natureza da mordida”, disputado por até R$ 200 em sites). E uma solitária crítica negativa, do catedrático da UFRGS Luís Augusto Fischer, na Folha de S.Paulo. Nela, ele a compara a Isabel Allende e torce o nariz para o uso de “estratégias de folhetim”. “Estava escrevendo ‘Véspera’, que é sobre rejeição, na pandemia, e me deu uma insegurança terrível. Mas nunca li Isabel Allende e o que mais me incomodou foi o que percebi ser uma tentativa de desqualificar o leitor. Depois pensei que ele havia tirado o livro de alguma unanimidade burra. E, por fim, tive a certeza de que o que me interessa é fazer um fio, pegar assim em você e te laçar. Quando vou ao livreiro, peço: me sugere um que eu não vou querer nem comer? Isso é folhetinesco? Defina, por favor”, diz, com a corda imaginária nas mãos.

A febre Carla Madeira é  indissociável da explosão dos clubes de leitura país afora durante a pandemia. Uma semana antes desta conversa ela havia participado de uma reunião com psicanalistas em torno de “Véspera”. Já por conta de “Tudo é rio”, fez leituras em presídios, em programa de remissão de penas através da arte. Sua primeira reação foi de espanto: como lidariam com a violência de gênero e o erotismo mencionado por Martha Medeiros, concentrado na prostituta Lucy, tripé do triângulo amoroso formado com Dalva e Venâncio? “Calou fundo quando um preso me disse que ‘depois que li seu livro, parei de odiar’. Desejo oferecer nos livros pistas sobre as razões da violência contra a mulher, discutir este lugar do gozo para o homem e do sacrifício e do sofrimento para a mulher. Lucy goza de forma fálica, o controla. E isso incomoda: a mulher que gosta do gozo ainda é interditada socialmente, ‘não presta’”, diz.

A literatura de Carla Madeira não se atém a regionalismos e trata de temas fortes tendo por cenário um país nada cordial: a violência doméstica, os tabus do sexo, o abandono e sequestro de menores, a rejeição da maternidade, o incesto. “Vou a lugares incômodos, pois não queremos olhar pro mal. É como no poema ‘Aviso à praça’, do Antonio Risério, que o Arnaldo Antunes diz lindamente: esse homem capaz de desumanidades foi produzido em Marte ou ‘é um monstro’? Não. Ele surgiu de nós. Como Bolsonaro. De nós. Não há escapatória: se minha literatura olha para o mal e para o homem, ela é política”, analisa a autora.

 

As duas primeiras frases de “Véspera” já indicam ao leitor o tamanho desta camada na produção de Carla Madeira: “Como se chega ao extremo? Vivendo”.Em seu terceiro casamento, com dois filhos muito bem criados (Ana, de 21, e João, de 19), sócia fundadora de uma das mais importantes agências de publicidade de Minas, a escritora identifica a banalidade do mal sem grandes esforços. Por exemplo, no grupo de WhatsApp dos vizinhos do bairro de classe alta em que vive: “Contrapus os Dez Mandamentos a falas corriqueiras do bolsonarismo e convidei-os a uma reflexão: isso é ser cristão? Havia um pastor. Fui expulsa”.

Os três livros da escritora que também pinta, toca viola, compõe e já teve uma banda de MPB (“a linguagem me conquistou inicialmente pelas letras de Caetano, Chico, Gil e do Clube da Esquina”) transbordam, no entanto, teimosa esperança. Os atos imperdoáveis que tanto obcecam Carla Madeira clamam desesperadamente por misericórdia em sua escrita. “O ato deve ser punido e a pessoa não será liberada das consequências, mas ele não é ela. Você pode dizer que isso é apenas ser cristão, mas também é a base dos direitos humanos”, diz.

“Tudo é rio” termina com um ato gigantesco de perdão. “Perdoar diz mais respeito ao agredido do que ao agressor. É cessar o ódio e assim permitir que o agredido tenha uma vida. Caso contrário, ele ficará preso a esse acontecimento, como a Dalva, durante tanto tempo, no livro. Somos, todos, capazes disso, e de seguir adiante”, aposta.

 
 

O jornalista viajou a convite da Record.


O Globo sábado, 01 de janeiro de 2022

A MÚSICA EM 2021, O ANO EM QUE O DIGITAL DEU UMA *PISADINHA* EM PADRÕES E LIMITES

 

A música em 2021, o ano em que o digital deu uma ‘pisadinha’ em padrões e limites

Em casa por causa da Covid-19, artistas encontraram no streaming e nos aplicativos novas maneiras de afirmar seus gêneros e de circular pelo mundo
O rapper Lil Nas X, o cantor João Gomes e a cantora Olivia Rodrigo Foto: Colagem de fotos de divulgação
O rapper Lil Nas X, o cantor João Gomes e a cantora Olivia Rodrigo Foto: Colagem de fotos de divulgação
 

A alegria dos encontros pode ter ficado para 2022, com a volta das turnês dos nomes consagrados e dos grandes festivais, mas a música seguiu caminhando ao longo do ano que se encerra esta sexta-feira. E encontrou possibilidades em um mundo digital acessível aos bilhões que passaram os seus dias no isolamento, por causa da Covid-19.

Impulsionado pelo streaming, o mercado da música gravada cresceu 27% nos Estados Unidos apenas na primeira metade do ano, segundo dados da Associação da Indústria Fonográfica do país (RIAA). E, no meio de 2021, o Brasil se viu com mais de 60 milhões de usuários nos streamings de áudio, somando contas pagas e gratuitas — um aumento de 7% em relação ao mesmo período de 2020, conforme pesquisa da Associação Brasileira de Música Independente.

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 Em tempos de Spotify, Amazon, Apple, Deezer, Tidal e YouTube Music, o brasileiro teve oportunidade de realizar, em âmbito familiar, as festas que costumavam tirá-lo de casa. E isso basicamente possibilitou, no começo do ano, a explosão do novo forró, conhecido como piseiro ou pisadinha. Barões da Pisadinha, Tarcísio do Acordeon, Zé Vaqueiro e João Gomes — legítimos fenômenos de uma cultura digital que criou astros nas plataformas de streaming antes mesmo de atingir as emissoras de rádio e TV — foram alguns dos nomes com os quais os ouvintes acabaram tendo que se familiarizar este ano.

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E quem um dia for lembrar do que aconteceu na música em 2021 também não poderá deixar de citar o fenômeno do TikTok, aplicativo chinês cujo engajamento se dá por meio de vídeos curtos e que chegou este ano ao número de um bilhão de usuários ativos. Graças a ele, cresceram exponencialmente quase do zero artistas como João Gomes e o grupo italiano de rock Måneskin, atração do Rock in Rio 2022, cujo “Beggin’” (cover de uma canção de 1966 do grupo Frank Valli & The Four Seasons, lançada em 2017) chegou aos primeiros lugares das paradas do streaming de vários países.

 

Com seu apelo irresistível para os adolescentes do mundo, o TikTok não só impulsionou as carreiras de novos nomes como ainda conseguiu reviver uma música como “Dreams” (de 1977, do grupo Fleetwood Mac), que viralizou graças ao vídeo de um skatista — um dos fatos que acenderam na indústria o interesse pelos catálogos musicais.

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Em 2021, de Fleetwood Mac, Bob Dylan e Neil Young a, mais recentemente, Bruce Springsteen, vários foram os astros que negociaram com investidores os direitos sobre o faturamento digital de suas músicas. E este também foi o ano em que os músicos também tentaram a sorte no mercado no NFT (os tokens não fungíveis), criando obras únicas para serem negociadas no mercado da arte.

 

Neste ano pandêmico, no qual os artistas de sucesso passaram a dedicar mais atenção ao lançamento de músicas isoladas do que de álbuns, muito da configuração artística do pop também mudou. Kanye West e Drake podem ter mais uma vez batalhado pelos primeiros lugares das paradas, mas quem gerou números e dominou a narrativa nas redes sociais foi Lil Nas X, de 22 anos, com o álbum de estreia, “Montero”, o abusado manifesto de um jovem negro e gay pelo direito de ser quem é.

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E 2021 foi também um ano feminino para a música, com álbuns das brancas AdeleBillie EilishLordeLana Del Rey e Taylor Swift e as negras Megan Thee Stallion e Doja Cat (atração do Lollapalooza Brasil em 2022). Já Olivia Rodrigo e Willow anunciaram um renascimento feminino do rock. Ao mesmo tempo, latinos (como o porto-riquenho Bad Bunny, o artista mais ouvido do Spotify em 2021) e os coreanos do k-pop abriram grandes flancos nas paradas mundiais para o pop não anglo-saxão.

Um 2022 para se cair dentro da música

Os festivais Universo Spanta (entre 7 e 30 de janeiro, na Marina da Gloria) e REP (12 e 13 de fevereiro, no Parque dos Atletas), mais o Lollapalooza (de 25, 26 e 27 de março, em São Paulo) e o Rock in Rio (de 2 a 11 de setembro, no Rio) sinalizam para um 2022 de volta do grande público aos shows — algo que também se verifica em turnês de artistas como Marisa Monte (que começa sua caminhada pelo Brasil com o repertório do disco “Portas” no próximo dia 19, em apresentação na Jeunesse Arena). Mas os cuidados com a Covid-19 seguem.

— Vamos enviar informações oficiais ao público na época do evento, assim poderemos seguir as orientações e protocolos vigentes do momento — garante Francesca Brown Alterio, diretora de marketing e da área de festivais da Time For Fun, que produz o Lollapalooza.

 
 

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E para quem fica em casa, mas não quer perder a experiência imersiva de um show, o ano também promete, com o avanço do Dolby Atmos, simulação de áudio espacial de 128 canais, feita nos dois canais do estéreo, para ser ouvida tanto em headphones quando em boates. Ele ainda está disponível no Brasil apenas faixas do Tidal e da Apple Music, mas deve chegar em 2022 às outras plataformas.

— Nos últimos seis meses, mais de 200 faixas foram mixadas em Dolby Atmos no Brasil. E em 2021, Luísa Sonza fez o primeiro álbum todo em mixagem imersiva no país — informa Giovanni Asselta, engenheiro de soluções da Dolby para a a America Latina. — Antes, você só poderia ter a sensação do som vindo de todas as direções com um home theater. Agora, você pode ter isso nos seus fones de ouvido, de qualquer tipo.


O Globo sexta, 31 de dezembro de 2021

RÉVEILLON: RIO TERÁ 16 MINUTOS DE FOGOS EM COPACABANA E SHOWS PIROTÉCNICOS EM MAIS NOVE PONTOS

 

Rio terá 16 minutos de fogos em Copacabana e shows pirotécnicos em mais nove pontos; veja os detalhes

Madureira, Piscinão de Ramos, Flamengo e outros locais também terão o festival de luz e cor
Dez balsas estarão em Copacabana para o show pirotécnico na virada Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
Dez balsas estarão em Copacabana para o show pirotécnico na virada Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
 

RIO —- A celebração do réveillon 2022 em Copacabana terá show pirotécnico, com duração de 16 minutos, e vai contar com efeitos no céu desenvolvidos — parte deles no Brasil — especialmente para a comemoração em Copacabana. E não faltarão sobre o público explosões de corações e cascatas luminosos.

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Para evitar grandes aglomerações, a cidade terá queima de fogos mais nove locais. Haverá show pirotécnico no Parque Madureira, na Igreja da Penha, na Ilha do Governador, no Piscinão de Ramos, no Flamengo, na Barra da Tijuca, no Recreio, na Praia de Sepetiba e em Bangu.

 

 

Apesar de a meteorologia prever chuva  para a virada do ano, a prefeitura do Rio diz que a festa nao vai sobrer com o mau tempo.  As dez balsas com 14 toneladas de fogos de artifício foram vistoriadas ontem pelas autoridades, que deram o aval para que sejam posicionadas a uma distância de 450 metros da areia da praia e a 250 metros uma da outra. 

— Chova ou faça sol, os fogos vão estar lindíssimos. À meia-noite começarão a ser encaminhadas as balsas para Copacabana, e até as 7h elas deverão estar todas posicionadas em frente à praia. Os fogos serão surpresa, mas adianto que haverá muita cor. Nosso tema é a esperança, amor e o reencontro — disse a presidente da Riotur, Daniela Maia, que, às 10h, acompanha o prefeito Eduardo Paes numa visita à estrutura da prefeitura para a virada em Copacabana.

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Além das balsas, os navios que acompanharão o espetáculo no céu de Copacabana foram vistoriados, trabalho realizado nas últimas semanas.

— Hoje (ontem) foi a vistoria final, e concluímos que todas as balsas estão aptas a serem empregadas na queima de fogos do dia 31. Também fizemos ao longo do mês vistoria de embarcações de turismo e de esporte e recreio que desejam assistir à queima de fogos no mar. Amanhã (hoje), os condutores serão identificados, atestando que as embarcações foram vistoriadas. Elas devem ficar a 500 metros de distância das balsas, e vamos fazer uma linha de fiscalização— explicou o contra-almirante Ricardo Jaques Ferreira, da Capitania dos Portos.

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Os fogos serão acionados por um sistema de GPS ligado a 20 satélites. O sistema é o mesmo usado nos principais parques de diversão do mundo e em réveillons de grandes cidades, como Paris. Apenas um funcionário ficará em cada balsa durante o espetáculo. Eles só entrarão em ação em caso de emergência. Embora abrigados em contêineres, esses técnicos terão a visão da queima de fogos das balsas ao lado.

— Todo ano existe uma evolução dos fogos para se fazer menos barulho, subir mais e produzir menos fumaça. Essas tecnologias a gente sempre traz para Copacabana — afirma Marcelo Kokote, responsável técnico pelo show pirotécnico, acrescentando. — Os fogos são preparados para sair mesmo com chuva e estão mais cadenciados, com várias alturas e ângulos. E o espetáculo, hoje, é mais colorido. Vamos surpreender.

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Mesmo sem shows, haverá música na Praia de Copacabana: ficarão espalhadas pela orla 25 torres de som, que embalarão o público com uma trilha selecionada pelo DJ MAM. Quem ficar em casa também poderá acompanhar a transmissão pelas redes sociais da prefeitura. Daniela Maia diz que, pela ausência de apresentações e pelas restrições nos transportes, não espera um público como os de réveillons passados. Na virada para 2020, a festa em Copacabana atraiu 2,8 milhões de pessoas.


O Globo quinta, 30 de dezembro de 2021

OS PIORES DO ANO NA TELEVISÃO E NO STREAMING

Os piores do ano na televisão e no streaming

PATRÍCIA KOGUT

 
 
 
 
'Alerta nacional', 'Zig zag arena' e 'Casa Kalimann' entre os piores do ano (Foto: Reprodução e Globo)
'Alerta nacional', 'Zig zag arena' e 'Casa Kalimann' entre os piores do ano (Foto: Reprodução e Globo)

 

É inevitável: entre os piores do ano sempre figuram aqueles programas que sequer ambicionam serem bons. É o caso do “Alerta nacional”, de Sikêra Jr., na RedeTV!. O apresentador se alimenta do discurso de ódio, das fake news e das baixarias em geral. Mas não pode ficar de fora da coluna de hoje. Como ele, o sensacionalismo de atrações policiais como “Brasil urgente” (Band) e “Cidade alerta” (Record), que exploraram o Caso Lázaro ad nauseam. E houve quem defendesse aguerridamente o negacionismo, como o “Opinião no ar”, também da RedeTV!, fazendo um desserviço num período de tanto sofrimento para o público.

Mas na lista dos piores estão ainda atrações que investiram e fracassaram. Foi o caso do “Zig zag arena”, na Globo, uma espécie de gincana televisiva. E também de “Casa Kalimann”, com Rafa Kalimann, no Globoplay. Alguns realities que obtiveram sucesso no passado afundaram em 2021. Aconteceu com “A fazenda”, agora sob o comando de Adriane Galisteu. Mesmo sendo boa apresentadora, ela não dissolveu a falta que os espectadores sentiram de Marcos Mion. Além disso, as subcelebridades da edição não seduziram ninguém. “Ilha Record”, outra aposta da emissora, não teve êxito.

Entre as novelas“Verdades secretas” 2 decepcionou, com sua trama pouco convincente. E o que dizer das histórias bíblicas da Record? As reprises se misturam ao que é inédito, tudo parece a mesma imensa novela. No mais, vale torcer para o Prime Video da Amazon melhorar a qualidade das sinopses.

Sikêra Jr (Foto: Reprodução)
Sikêra Jr (Foto: Reprodução)

 

Cena de 'Gênesis', da Record (Foto: Blad Meneghel)
Cena de 'Gênesis', da Record (Foto: Blad Meneghel)

 

Rafa Kalimann no 'Casa Kalimann', do Globoplay (Foto: Divulgação)
Rafa Kalimann no 'Casa Kalimann', do Globoplay (Foto: Divulgação)

 

 

Fernanda Gentil no 'Zig zag arena' (Foto: João Cotta/Globo)
Fernanda Gentil no 'Zig zag arena' (Foto: João Cotta/Globo)

O Globo quarta, 29 de dezembro de 2021

RÉVEILLON: ARCO-ÍRIS É REPRESENTAÇÃO DE 2022 - NA VIRADA, ESCOLHA A COR DA CALCINHA COM O QUE DESEJA PARA O ANO

Arco-íris é representação de 2022: na virada, escolha a cor da calcinha com o que deseja para o ano

Vermelho representa poder; amarelo, ouro
 
Lingerie da virada Foto: Star Tribune via Getty Images / Star Tribune via Getty Images
Lingerie da virada Foto: Star Tribune via Getty Images / Star Tribune via Getty Images
 

Depois de quase dois anos de incertezas por causa no mundo, 2022 vai chegar diferente. Segundo religiões de matriz africana, o período será regido por Exu, divindade que representa caminhos. Oxumaré também estará presente, trazendo consigo renovação e transformação. Ibejis (multiplicação e riqueza, além de ser a personificação do equilíbrio do universo) e Iemanjá, com sua possibilidade de reinvenção, são outros os guias do próximo ano.

“Dois mil e vinte e dois promete resgatar o equilíbrio. O que não quer dizer que todos terão as coisas fáceis. É só procurar trabalhar essa energia da melhor maneira possível que o caminho bom surgirá”observa Gabriel Menezes, zelador de orixá. “Quanto à cor da lingerie da virada, preocupação de muita gente, criatividade e bom gosto podem fazer a diferença, já que Oxumaré, um dos grandes regentes do ano, é representado por um  arco-íris.”

 Gabriel indica as cores vermelha (fogo), amarela (ouro), azul (tranquilidade) e verde (fartura). “Todas ligadas aos orixás de 2022".

E na moda…

Segundo a stylist Manu Carvalho, a cor da calcinha não muda o ano. “O que muda, na verdade, é consciência de cor, a intenção de usar. É a história da fé. A pessoa acredita tanto naquilo, põe tanta força, que as coisas acontecem. Tem marca que já vende lingerie com um tag anunciando seu significado”, diz ela.

De acordo com sua explicação, Manu traduziu as cores para a virada:

Azul: simpatia, confiança e positividade.

Verde: cura, harmonia e sorte.

Amarelo: otimismo, alegria e criatividade.

Vermelho: poder, atitude e paixão.

Laranja: energia, originalidade e calor.

Rosa: força, graça e luz.


O Globo terça, 28 de dezembro de 2021

ASTROLOGIA - CONFIRA AS PREVISÕES DA ASTRÓLOGA LELOCA PARA 2022

O que reservam os astros para 2022

Confira as previsões da astróloga Leiloca Neves: 'Vai ser preciso ter muita cautela e sair da zona de conforto porque nada cairá do céu', avisa a eterna Frenética, que também dá dicas para os 12 signos do zodíaco
Leiloca Foto: Leo Martins/Agência O Globo
Leiloca Foto: Leo Martins/Agência O Globo

O GLOBO: O que podemos esperar de 2022?

Nós vamos ter que botar a mão no caldeirão, tem que mexer esse caldeirão. Vai ser preciso sair da zona de conforto porque nada vai cair do céu. O babado é forte. Porém, a parte boa é que já sabemos o que fizemos e que não deu certo. Tomamos muita trauletada em 2021 e 2020, mas aprendemos muito também. É hora de colocar esse aprendizado em prática. O que a gente pode esperar desse ano é o que a gente vai fazer dele. Vai ser necessário, mais do que nunca, ir à luta

O que sugere como foco de atenção no ano que se inicia?

Recomendo muita cautela. A quadratura de Saturno com Urano pode trazer situações trágicas em relação ao meio ambiente. Há vários empecilhos, além da pandemia e do desemprego. Escute mais a sua voz interior, o seu anjo da guarda e aprimore a intuição.

 
A astróloga Leiloca Neves Foto: Leo Martins/Agência O Globo
A astróloga Leiloca Neves Foto: Leo Martins/Agência O Globo

 

De acordo com a Astrologia, a pandemia dará trégua à Humanidade?

Adoraria dizer que sim, mas ainda não. Sem empatia e responsabilidade, não sairemos dessa situação. Não é momento de egolatria. Não é hora de eu e, sim, de nós. O momento é de união, somos um só.

Poderia traçar algumas recomendações para o ano-novo?

1. Quando um não quer, dois não brigam. Fique ligado no autocontrole, pratique meditação, faça ioga, caminhe na praia. Estimule a paciência e a tolerância.

2. Como o dia 31 vai cair na sexta-feira, dia que, tradicionalmente se usa branco, opte pelo branco ou por uma cor clara. É sempre bom.

3. Selecione o que e quem te faz bem. Está na hora de peneirar as companhias pois o Sol está em Capricórnio.

4. Serão quatro eclipses ao longo de 2022: o de abril e o de outubro serão intensos. Teremos configurações bem fortes, com planetas que gostam de uma briga. Mais uma razão para meditar e rezar para não sair do prumo. Essa será a palavra de ordem.

5. Tudo na vida tem os dois lados. O que faz a diferença é a maneira de enxergar uma determinada situação.

6. Crie planos B, C e D.

O que indica para cada um dos signos do zodíaco?

Áries. Afobado come cru.

Touro. Esquece aquela bolsa cara porque é mais importante respirar sem “acessórios”.

Gêmeos. Tire de quadro a dispersão e de um close na concentração.

Leão. Deixe o ego de lado descansando, tomando uma água de coco,  e ajude quem precisa.

Virgem. Mude esse disco de procurar cabelo em ovo.

Libra. A leveza libriana te ajuda muito a não esquentar a cabeça com o lado chato da vida.

Escorpião. Se nao aparecer um crush tipo Cauã Reymond, não reclame, contente-se com uma noite de prazer com o que cair na sua rede.

Sagitário. Já foi o tempo que você podia se espalhar em escritórios com cinco salas. Torne a sua vida mais prática.

Capricórnio. Você, que já está acostumado com a filosofia de que menos é mais, não vai precisar fazer terapia para aceitar isso.

Aquário. Queria um trisal, né?  Porém, há escassez em todos os gêneros. Quem sabe você dá sorte?

Peixes. Netuno no seu signo pode aumentar os casos secretos, mas também os deixa mais vulneráveis … o mar não está para peixe, está para tubarão.


O Globo segunda, 27 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: VEJA ONDE COMER RABANADA EM PORTUGAL O ANO INTEIRO

Rabanada só no Natal? Em Portugal a iguaria é servida o ano inteiro em restaurantes

Dupla cria um roteiro de casas na região do Porto que têm sempre o doce no cardápio
Uma das receitas de rabanada do cardápio do Semea by Euskalduna, na cidade do Porto Foto: Diogo Rocha / FAcebook / Reprodução
Uma das receitas de rabanada do cardápio do Semea by Euskalduna, na cidade do Porto Foto: Diogo Rocha / FAcebook / Reprodução
 

RIO - Uma das heranças mais deliciosas que os portugueses legaram ao Brasil é servida "religiosamente" na noite da véspera e na manhã de Natal. As rabanadas são dessas iguarias que têm gosto de festa de fim de ano. Mas e a vontade de comê-las nos outros meses? A resposta está onde tudo começou, em Portugal.

Apaixonados pela receita, o blogueiro João Costa Faria e o fotógrafo Tiago Lessa fundaram, em 2019, a Confraria da Rabanada, um grupo que promove workshops e outros eventos em que o doce é a grande estrela. E o mais recente fruto do grupo é um roteiro com diversos restaurantes e confeitarias que fazem e servem rabanada o ano inteiro, de janeiro a dezembro.

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O roteiro da Confraria da Rabanada se concentra no norte do país, com 15 endereços no Porto e outros quatro em cidades vizinhas. Nesses endereços, os clientes podem encontrar as formas mais clássicas do doce, mas também receitas diferentes, inclusive acrescentando sabores mais salgados (e nada natalinos), como a de brioche com bacon, chutney de pimentos e xarope de ácer.

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Por exemplo, no cardápio do Semea by Euskalduna há uma rabanada com creme de queijo da Serra da Estrela. No restaurante Mito, é possível encontrar uma receita que com pistache e mascarpone defumado. Na Casa Ribeiro, a influência portuguesa com certeza está presente, mas de forma inusitada para os brasileiros: ovos-moles e amêndoa caramelizada.

Sendo um roteiro na região do Douro, não poderiam faltar as receitas com vinho do Porto. O ingrediente aparece nos doces preparados pelos restaurantes O Buraco (com calda de canela e vinho do Porto), Oficina (com sorvete de caramelo salgado e redução de vinho do Porto), Itaipú (com calda do vinho e chá preto), e Zizi (com  frutas secas e calda do vinho), em Vila Nova de Gaia. 

Para quem não quer arriscar, o roteiro indica os restaurantes mais voltados à gastronomia tradicional portuguesa, como Taxca, Líder, Paparoca da Foz e A Cozinha do Manel - neste, a receita aparece no cardápio como "Rabanada da avó Piedade", e não tem como dar errado.

De acordo com os organizadores, a ideia é expandir o roteiro para o sul do país nos próximos anos. E incluir receitas ainda mais inusitadas.


O Globo domingo, 26 de dezembro de 2021

FUTEBOL - OS SEIS MELHORES BRASILEIROS DO FUTEBOL EUROPEU EM 2021

Os seis melhores brasileiros do futebol europeu em 2021

Vinicius Junior, do Real Madrid, puxa a fila e é o grande destaque da temporada. Thiago Silva, do Chelsea, e Marquinhos, do PSG, completam o pódio. Neymar é apenas o quinto colocado
 
Os seis melhores brasileiros do futebol europeu em 2021 Foto: Editoria de Arte
 

Craque do Real Madrid e da seleção brasileira, Vinicius Junior foi homenageado em uma situação totalmente aleatória: durante um jogo da NBA entre Miami Heat e Detroit Pistons. Estranho para ele, mas algo que vai se tornar comum na carreira do atacante de 21 anos. Isso porque o atleta do Real Madrid está evoluindo e se tornando um dos principais jogadores desta temporada. Na votação do GLOBO, foi eleito o melhor brasileiro em atividade no futebol europeu em 2021. E com sobras para o segundo colocado. Confira a lista:

1. Vinicius Junior (Real Madrid)

Vini não só liderou a votação de melhor brasileiro em atividade na Europa como foi eleito de forma disparada — recebeu 45,56% dos votos. Para ter ideia, o zagueiro Thiago Silva, do Chelsea, que conquistou a Liga dos Campeões na temporada anterior, teve 12,22%. Hoje é o principal jogador do Real Madrid ao lado do francês Karim Benzema.

 

Nesta temporada, o brasileiro soma incríveis 12 gols e nove assistências em 25 jogos com o clube espanhol. A melhor atuação foi no Dérbi de Madri, que terminou em vitória do Real por 2 a 0 sobre o Atlético. Vini deu duas assistências e foi eleito o craque da partida. Nas tribunas, foi ovacionado.

Vinícius Júnior Foto: SERGEI SUPINSKY / AFP
Vinícius Júnior Foto: SERGEI SUPINSKY / AFP

2. Thiago Silva (Chelsea)

Junto ao Chelsea, Thiago Silva vive um dos seus melhores momentos no futebol europeu. Tanto que o zagueiro de 36 anos foi peça fundamental na conquista da Liga dos Campeões pelo clube londrino na temporada anterior — mas neste ano — e está próximo de acertar a renovação por mais uma temporada.

Na atual, tem 24 jogos, com dois gols marcados e comanda um dos candidatos ao título do Campeonato Inglês. O Chelsea também está nas oitavas de final da Liga dos Campeões e disputará o Mundial de Clubes. Lá, o capitão da seleção brasileira é ídolo e um dos jogadores preferidos dos torcedores.

Thiago Silva é destaque na liga nacional mais forte do mundo Foto: PETER CZIBORRA / Action Images via Reuters
Thiago Silva é destaque na liga nacional mais forte do mundo Foto: PETER CZIBORRA / Action Images via Reuters

3. Marquinhos (PSG)

Um dos principais defensores do futebol europeu e peça fundamental do PSG, Marquinhos está em alta no PSG e na seleção brasileira. Zagueiro, mas com fama de artilheiro por causa dos gols decisivos, o atleta de 25 anos tem 27 jogos disputados e quatro gols marcados.

Marquinhos está tão bem cotado no PSG que recebeu uma proposta em torno de 85 milhões de euros (R$ 549 milhões), mas a diretoria parisiense não quis saber da transação do seu capitão. Seu contrato com o time vai até junho de 2024.

Marquinhos, zagueiro da seleção brasileira Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Marquinhos, zagueiro da seleção brasileira Foto: Lucas Figueiredo/CBF

4. Lucas Paquetá (Lyon)

Revelado pelo Flamengo, Lucas Paquetá vive o seu melhor momento na Europa. Muito porque o Lyon tem conseguido potencializar o seu futebol, diferentemente do que acontecia no Milan. Neste momento, é um dos principais jogadores do clube francês, que tenta ameaçar o PSG na luta pelo título nacional.

Paquetá, inclusive, foi especulado no mais novo milionário Newcastle, da Inglaterra. Segundo o jornal 'Foot Mercato', da França, o clube da Inglaterra fez uma proposta de 40 milhões de euros (R$ 256,8 milhões, pelas cotações atuais), além de um salário mensal de 850 mil euros (cerca de R$ 5,4 milhões). O contrato de Lucas Paquetá com o clube da França termina em junho de 2025. Em sua equipe atual, o atleta de 24 anos marcou sete gols em 21 partidas.

Lucas Paquetá e Neymar dançam após o gol sobre o Peru Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Lucas Paquetá e Neymar dançam após o gol sobre o Peru Foto: Lucas Figueiredo/CBF

5. Neymar (PSG)

Neymar vive um problema dos craques: mesmo tendo uma temporada normal, é comparado com o seu auge no futebol europeu. E nós sabemos que o camisa 10 do Paris Saint-Germain pode render muito mais do que está fazendo nesta temporada. Nesta temporada, são 19 jogos com apenas cinco gols e sete assistências. Números bons? Sim, mas não para o nível de Neymar.

Foi em 2021 que Neymar renovou com o PSG. O antigo contrato do brasileiro expirava em junho de 2022. Agora, o novo vínculo o manterá na capital francesa até 2026. O PSG priorizou a prorrogação de Neymar, que fez questão de permanecer mais tempo no Parc des Princes.

 
 
Neymar comemora gol Foto: Lucas Figueiredo/CBF / Lucas Figueiredo/CBF
Neymar comemora gol Foto: Lucas Figueiredo/CBF / Lucas Figueiredo/CBF

6. Éder Militão (Real Madrid)

Éder Militão está em tão boa fase que está impressionando a imprensa espanhola. Recentemente, o jornal 'Marca' rasgou elogios e destacou o momento vivido pelo zagueiro, titular absoluto do Real Madrid na temporada 2021/22.

Reserva de Sergio Ramos e Varane nas últimas temporadas, Militão se tornou titular absoluto do Real Madrid em 2021/22 ao lado do reforço David Alaba. O time merengue sofre menos de um gol por jogo na temporada, é o líder de LaLiga e já está classificado para o mata-mata da Champions League.

Militão passou mal na coletiva de apresentação do Real Madrid Foto: JUAN MEDINA / REUTERS
Militão passou mal na coletiva de apresentação do Real Madrid Foto: JUAN MEDINA / REUTERS

O Globo sábado, 25 de dezembro de 2021

FUTEBOL: ENTENDA COMO NEYMAR TEVE EM 2021 SEU PIOR ANO NA CARREIRA

Entenda como Neymar teve em 2021 seu pior ano na carreira

Perto dos 30 anos, atacante está lesionado e caminha para temporada de Copa do Mundo com o desempenho na berlinda
 
Neymar não tem previsão de volta devido a lesão no tornozelo Foto: ERIC GAILLARD / REUTERS
 

No fim de 2016, a imprensa espanhola debatia sobre o que chamava de pior ano de Neymar. O atacante então do Barcelona marcara 29 vezes em 59 compromissos, o que lhe dava uma média de 0,49 por partida. Marca inferior a esta somente em 2009, quando estreou entre os profissionais. Cinco anos depois, estes números já não soam tão negativos. O brasileiro, agora no PSG, termina 2021 com uma performance ainda mais aquém.

Retrospectiva O GLOBO:Os oito uniformes mais bonitos do mundo em 2021

Sem perspectiva de voltar a jogar devido a uma lesão nos ligamentos do tornozelo esquerdo, Neymar encerra 2021 com 17 gols em 46 jogos. A média, de apenas 0,37 a cada vez que entrou em campo, acende ainda mais o alerta sobre ele. O principal jogador brasileiro não tem conseguido ser protagonista como no passado.

 

— Me preocupa o Neymar do meio do ano para cá — afirma o colunista do GLOBO Carlos Eduardo Mansur. — Após a Copa América, pela primeira vez a gente vê uma volta de férias em que ele está distante da forma física. Embora seja um cara de enorme técnica e habilidade, isso afetou o jogo dele. Aquele Neymar leve, que passa pelos adversários com facilidade, aparece menos. Parece pesado. E isso começa a ser preocupante. Porque induz a se perguntar se tem algo que seja de ordem motivacional que esteja influenciando.

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Se contarmos as assistências no ano (17), Neymar participou diretamente de 34 gols pelo PSG e pela seleção. É mais do que os 32 (22 gols e 10 assistências) de 2020 e do que os 28 (17 gols e 11 assistências) de 2019. Mas, nestes anos, o brasileiro atuou bem menos. Foram, respectivamente, 29 e 26 partidas.


O Globo sexta, 24 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: O BACALHAU COMO VOCÊ NUNCA VIU

 

O bacalhau como você nunca viu: cabeça do peixe, que não chega ao Brasil, é iguaria em Portugal

Do peixe, se aproveita praticamente tudo. Do fígado, se extrai o óleo. As ovas são curadas e viram botargas; as bochechas, apreciadíssimas, passam por salmouras e estão pelos cardápios de tascas
Uma estrela Michelin, chef português Diogo Rocha é craque no preparo do bacalhau Foto: Divulgação
Uma estrela Michelin, chef português Diogo Rocha é craque no preparo do bacalhau Foto: Divulgação

Vamos por partes, que não são poucas. Que o preço do bacalhau está salgado, não há dúvida. Sempre foi. Mas o peixe que é a cara do Natal não subiu tanto se comparado a outras carnes — no mercado Zona Sul, por exemplo, um quilo do lombo nobre de bacalhau custa cerca de R$ 150, enquanto o filé-mignon limpo é R$ 140. A diferença já foi maior.

Assim posto, o mergulho agora é outro, nas profundezas desse peixe que pode viver até 25 anos, chega a 2 metros, só gosta de águas gélidas e atende pelo nome científico de Gadus morhua. Bacalhau é, na verdade, o nome dado pelos portugueses à técnica de salga e secagem do peixe, que os noruegueses chamam de klippfisk. O Gadus mohrua é o “cabeça” da numerosa família dos gadídeos, que soma mais de 200 variedades, muitas presentes no mercado brasileiro desde 1842 quando, muitas vezes, o peixe seco era trocado por sacas de café.

— Chamamos de “cara de bacalhau”. Dessalgada, é um deleite para amantes da boa gastronomia, que cozinham ou assam no forno ou na grelha de carvão — ensina o chef português Diogo Rocha, do Mesa de Lemos, restaurante uma estrela Michelin, no Dão.

Alexandra ForbesVá em paz, Maksoud Plaza… temos substituto

Do peixe, se aproveita praticamente tudo. Do fígado, se extrai o óleo. As ovas são curadas e viram botargas; as bochechas, apreciadíssimas, passam por salmouras e estão pelos cardápios de tascas. A língua é outra iguaria. Na verdade, não é a língua propriamente: são pequenos músculos no maxilar do peixe.

—Usamos também a barriga, que tem o nome de sames ou samos, e é ótima para feijoada com feijão-branco. Temos um prato típico que se chama chora do mar, feito com massa cotovelinhos, línguas de bacalhau, caldo atomatado e coentro. As bochechas de bacalhau são muito sensíveis e de cocção rápida. Gosto de compará-las a vieiras — completa o chef.

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São muitas as opções também de preparo.

— Costumamos dizer que uma pessoa, para se casar, tem que saber fazer 365 receitas de bacalhau — conta o norueguês Oystein Valanes, pescador profissional de Gadus morhua e que há cinco anos vive no Rio.

 
 
Bacalhau salgado da Noruega:Brasil é o segundo mercado mais importante do país, o principal produtor Foto: RAWSTUDIO / Agência O Globo
Bacalhau salgado da Noruega:Brasil é o segundo mercado mais importante do país, o principal produtor Foto: RAWSTUDIO / Agência O Globo

O Brasil é o segundo mercado mais importante da Noruega, principal produtor. Mais de 20 mil toneladas são despachadas para cá anualmente, principalmente na Páscoa e no Natal. Além de gostoso, é saudável: tem baixo teor de gordura é fonte de proteínas, cálcio, ferro, ômega 3 e não traz conservante artificial. Só sal.

Para dessalgar, Rocha diz que o segredo está em colocar o peixe em água gelada (entre 3° e 4°C), que deve ser trocada a cada seis horas. Mais conselhos do chef: nunca congele as peças antes de dessalgar; ao comprar, pincele com azeite (para evitar que resseque) e coloque em pote fechado na geladeira.

Quanto aos cortes, o bacalhau é vendido em lombos, postas médias ou finas, abas ou badanas, migas (antecede o rabo) e o rabo. Aliás; quanto mais perto do rabo, mais barato. Por aqui, encontramos o mohrua, saithe, ling e zarbo. Além da Noruega, os maiores fornecedores são Islândia, Portugal, Espanha, França e Canadá. E já existe uma nova versão no mercado: o bacalhau polocki, que chega da China.


O Globo quinta, 23 de dezembro de 2021

FUTEBOL - OS 4 MELHORES VETERANOS DE 2021

Os 4 melhores veteranos do futebol de 2021

Cristiano Ronaldo, artilheiro do Italiano, lidera lista com jogadores acima dos 34 anos; Chiellini, campeão da Euro com a Itália, aparece logo em seguida na relação que conta com dois brasileiros
 
Ranking do GLOBO ajuda a contar 2021 Foto: Arte

Cristiano Ronaldo, aos 36 anos, está definitivamente naquele grupo de jogadores que são chamados de veteranos. Sem que isso seja uma ofensa. Mas seus números ignoram os efeitos do tempo, e o canto do cisne antes da aposentadoria dá sinais de que será longo, do tamanho da história que o português ainda escreve no futebol. Ele foi escolhido pela equipe de esportes do GLOBO como o maior destaque do futebol mundial com idade acima dos 34 anos. Confira a lista:

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1. Cristiano Ronaldo (Juventus e Manchester United / Portugal)

O português não conquistou títulos de expressão. Só não passou em branco porque venceu a Copa da Itália. Mas o jogador acumula 45 gols em 2021, mais do que fez em 2019 e 2020. Se a variante Ômicron não atrapalhar, ele ainda terá duas partidas para fazer pelo Manchester United antes da folha do calendário virar.

Seu principal feito foi ter terminado a última edição do Campeonato Italiano no topo da artilharia, à frente de Lukaku, destaque da campeã Internazionale. Pela seleção, iniciou a Eurocopa com a ambição de conquistar o bicampeonato europeu. Mas sua equipe não deu sorte nos cruzamentos. Avançou para as oitavas em um grupo difícil, com Alemanha e França, mas na sequência encontrou a Bélgica. Acabou eliminado, mas seus cinco gols fizeram com que fosse o principal goleador da competição.
Cristiano Ronaldo se recusa a envelhecer em campo Foto: DANIEL LEAL / AFP
Cristiano Ronaldo se recusa a envelhecer em campo Foto: DANIEL LEAL / AFP

 

2. Chiellini (Juventus / Itália)

O zagueiro estava prestes a fazer 37 anos quando capitaneou a Itália na conquista da Eurocopa, um título gigantesco para uma seleção mais do que tradicional, que amargou decadência desde que não se classificou para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

A conquista teve sabor de redenção para os da sua geração, marcados pelo fracasso nas Eliminatórias de 2017. Deu a volta por cima ao servir de sustentação para a renovação promovida pelo técnico Roberto Mancini. Na Juventus, conquistou a Copa da Itália, um título de consolação depois de o time perder a hegemonia de nove anos no Italiano.

Chiellini foi o capitão da Itália no título europeu Foto: - / AFP
Chiellini foi o capitão da Itália no título europeu Foto: - / AFP

 

3. Thiago Silva (Chelsea / Brasil)

Tantos anos à frente da zaga do badalado Paris Saint-Germain sem que fosse campeão da Champions parecia indicar que o zagueiro estava fadado a não levantar o troféu de clubes mais importante do mundo. Mas Thiago Silva se transferiu para o Chelsea e teve papel fundamental na conquista, que veio após vitória sobre o favorito Manchester City.

 

Aos 37 anos, mesmo estreante, deu conta do nível da Premier League, principal competição nacional de clubes do mundo. Segue bem também na seleção brasileira. Foi vice-campeão da Copa América e ajudou o Brasil a se classificar com antecedência para a Copa do Qatar. Só não vai ao Mundial em caso de problemas físicos.

Thiago Silva é destaque na liga nacional mais forte do mundo Foto: PETER CZIBORRA / Action Images via Reuters
Thiago Silva é destaque na liga nacional mais forte do mundo Foto: PETER CZIBORRA / Action Images via Reuters

 

4. Hulk (Atlético-MG)

Completa o grupo de veteranos, Hulk. Aos 35 anos, o atacante chegou ao Atlético-MG e, mesmo com o currículo vitorioso na Europa, veio sob desconfiança de parte da torcida, pelo fato de praticamente não ter atuado no futebol brasileiro antes de desbravar o futebol no exterior.

Pois bem: o jogador foi completamente dominante na sua temporada de estreia na terra natal. Foi campeão brasileiro, da Copa do Brasil e do Campeonato Mineiro. Foi também o artilheiro do Brasileiro e da Copa do Brasil. Eleito o melhor jogador da temporada.

Hulk foi o melhor jogador do Brasil em 2021 Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP
Hulk foi o melhor jogador do Brasil em 2021 Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP
 

O Globo quarta, 22 de dezembro de 2021

MISS MUNDO 2021: APÓS SURTO DE COVID-19, CONCURSO É REMARCADO PARA 2022

Miss Mundo 2021: Após surto de Covid-19, concurso é remarcado para março de 2022

23 candidatas ao prêmio foram infectadas; a representante brasileira na disputa é Caroline Teixeira
Com adiamentos por conta da pandemia, a vencedora do Miss Mundo 2019, Toni-Ann Singh, ainda é detentora da coroa Foto: Reprodução/Instagram
Com adiamentos por conta da pandemia, a vencedora do Miss Mundo 2019, Toni-Ann Singh, ainda é detentora da coroa Foto: Reprodução/Instagram
 
 

PORTO RICO — O Miss Mundo 2021 foi remarcado para 16 de março do próximo ano após o concurso ser adiado na semana passada, horas antes da final, por conta de um surto de Covid-19. Ao todo, 15 funcionários da organização do evento ficaram doentes, bem como 23 das 97 candidatas ao prêmio.

Em comunicado, a organização informou que Porto Rico foi mantido como o país onde será realizada a final.

"Ficamos impressionados com o paio que tivemos por aqui. Agora a contagem regressiva e o planejamento para a final começaram", celebrou Julia Morley, presidente do concurso, em comunicado.

Caroline Teixeira é a representante brasileira no Miss Mundo 2021 Foto: Reprodução/Instagram
Caroline Teixeira é a representante brasileira no Miss Mundo 2021 Foto: Reprodução/Instagram

 

A representante brasileira na disputa é Caroline Teixeira, que não testou positivo e retornou para o Brasil dias após o cancelamento. No Instagram, ela disse que estará ainda mais preparada para a competição no ano que vem.

 
"Terei a oportunidade de voltar mais forte, mais preparada e amadurecida. O mundo Miss, em minha vida, iniciou durante a pandemia, desde a minha coroação como Miss Brasília via Zoom e nomeação como Miss DF e Miss Brasil, com eventos sem público", escreveu.

A edição de 2021 seria a 70ª do evento e teria apresentação do cantor inglês Peter Andre, da modelo porto-riquenha Stephanie Del Valle e do cantor e ator mexicano Fernando Allende. O concurso do ano passado foi cancelado devido à pandemia, o que significa que a vencedora de 2019, a jamaicana Toni-Ann Singh, continua sendo a detentora da coroa. Há dois anos, o Brasil ficou no Top 5 da disputa, mas o país não ganha o concurso há cinco décadas.


O Globo terça, 21 de dezembro de 2021

ESPORTES: SAIBA QUANTO OS PRINCIPAIS CLUBES DO BRASIL FATURARAM EM PREMIAÇÃO ESTE ANO

Saiba quanto os principais clubes do Brasil faturaram em premiação este ano; Palmeiras lidera a lista

Atrás do campeão da Libertadores, aparece o Atlético-MG, que conquistou a tríplice coroa com o Brasileirão, Copa do Brasil e Campeonato Mineiro
Palmeiras é o atual campeão da Libertadores Foto: JUAN MABROMATA / AFP
Palmeiras é o atual campeão da Libertadores Foto: JUAN MABROMATA / AFP
 

O Palmeiras é o clube brasileiro que mais lucrou em 2021 com a conquista de títulos. O  faturamento foi mais de R$ 168 milhões.

A quantia principal veio do tricampeonato da Libertadores rendeu US$ 22,5 milhões ao clube (R$ 129,2). Além disso, o clube paulista também recebeu R$ 29,7 milhões pela terceira colocação do Campeonato Brasileiro.

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Os vices na Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Paulista somaram quase R$ 8 milhões em premiação. Já a queda na terceira fase da Copa do Brasil rendeu em torno de R$ 1,7 milhão.

O Atlético-MG, com três títulos na temporada, também faturou alto no ano: foram R$ 145 milhões em premiações — R$ 33 milhões no Brasileirão, R$ 71,15 milhões na Copa do Brasil e R$ 40,9 milhões pela campanha até a semifinal da Libertadores. O Campeonato Mineiro, também vencido pelo Galo, não premia o vencedor.

O primeiro clube carioca nesta lista de premiações é o Flamengo, que venceu o Campeonato Carioca e a Supercopa do Brasil. Foram cerca de R$ 128,4 milhões ao clube.

O Athletico-PR, campeão da Copa Sul-Americana e vice da Copa do Brasil, fechou o ano com cerca de R$ 88 milhões em premiação —US$ 6,8 milhões (cerca de R$ 37 milhões) pelo título da Copa Sul-Americana e R$ 38,15 milhões pelo vice da Copa do Brasil, enquanto o 14º no Brasileirão rendeu R$ 12,8 milhões em prêmios.

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Já o São Paulo, que conquistou do Campeonato Paulista, fechou o ano com quase R$ 56 milhões em premiações.

Foram R$ 3,5 milhões pelo título estadual, US$ 5,55 milhões (R$ 31,7 milhões) pela campanha até as quartas de final da Libertadores, quase R$ 8 milhões na Copa do Brasil e R$ 13,7 milhões por terminar a competição no 13º lugar no Brasileirão.


O Globo segunda, 20 de dezembro de 2021

MUSEU EM TEERÃ REVELA OS CARRÕES QUE OS XÁS DIRIGIAM ANTES DE REVOLUÇÃO IRANIANA

Museu em Teerã revela os carrões que os xás dirigiam antes da Revolução Iraniana

Coleção de automóveis de luxo da antiga família real persa é exposta pela primeira vez
O Mercedes Benz 500K de 1934, que Adolf Hitler deu de presente ao xá Reza Xá Pahlavi, é uma das estrelas do novo Museu Histórico do Automóvel do Irã, em Teerã Foto: ATTA KENARE / AFP
O Mercedes Benz 500K de 1934, que Adolf Hitler deu de presente ao xá Reza Xá Pahlavi, é uma das estrelas do novo Museu Histórico do Automóvel do Irã, em Teerã Foto: ATTA KENARE / AFP

RIO - Um carro construído exclusivamente para um pequeno príncipe aprender a dirigir. Um outro cujo valor equivalia a um oitavo do orçamento nacional. E mais um, presenteado por Hitler. Essas são algumas das histórias contadas no novo Museu Histórico do Automóvel Irã, que vem atraindo a atenção pela exposição dos veículos de luxo que um dia pertenceram à família real persa.

A frota, de dar inveja ao qualquer magnata de hoje em dia, foi um dos tesouros mais bem guardados do país desde que a Revolução Iraniana, de 1979, tirou de circulação a dinastia do xá Mohammad Reza Pahlavi. Centenas de veículos de luxo ficaram armazenados em depósitos, sob os cuidados da organização chamada Bonyad Mostazafan, ou "Fundação dos Oprimidos", responsável pelo confisco das propriedades da família real.

 

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Agora, 55 carros, dois ônibus e quatro motocicletas — uma das quais já foi dirigida por Farah Diba, a última imperatriz e viúva do xá — estão expostos no novo museu, que abriu as portas há algumas semanas, num espaço na zona industrial de Teerã, perto de onde funcionam as fábricas de automóveis da capital. Mais de uma centena de veículos ainda estão sendo restaurados, e podem fazer parte da mostra no futuro.

— Consideramos que esses carros são parte da herança cultural iraniana. Eles pertencem ao povo, não à família real — disse o diretor do museu, Mohammed Faal, à agência de notícias AFP. — Não importa quem é o dono desses carros, eles pertencem à nação iraniana, não a um rei em particular. Adoramos admirar a beleza do carro levando em consideração sua história e apreciamos os esforços de seus fabricantes e designers.

A atração pela opulência de uma família real tão menosprezada pelo atual regime tem se refletido em números. Desde sua inauguração, há cerca de dois meses, aproximadamente 20 mil pessoas já foram ver de perto a exposição, um número maior do que o de visitantes mensais do Museu Nacional do Irã, o mais importante do país.

As pessoas querem apreciar carros que são verdadeiras obras de arte. Como é o caso do Pierce-Arrow "Modelo A", de 1930. Na época, quando foi comprado pelo primeiro monarca da dinastia, Reza Xá Pahlavi, era o carro mais caro fabricado nos Estados Unidos. O preço pago foi de US$ 30 mil, o equivalente a um oitavo do orçamento do Estado do Irã na época.

 

Com seu para-choque e seus faróis dianteiros folheados a ouro, e brasão imperial fixado nas portas, o carro foi usado pelo xá Mohammad Reza durante cerimônias, incluindo seu casamento com sua segunda esposa Soraya e no funeral de seu pai Reza Xá.

O Rolls-Royce Silver Ghost Model A, de 1922, tentou ser recuperado pela família real iraniana já no exílio, mas a justiça britânica deu ganho de causa ao regime da Revolução de 1979 Foto: ATTA KENARE / AFP
O Rolls-Royce Silver Ghost Model A, de 1922, tentou ser recuperado pela família real iraniana já no exílio, mas a justiça britânica deu ganho de causa ao regime da Revolução de 1979 Foto: ATTA KENARE / AFP

Veja as fotos:Havana, em Cuba, agora tem um novo museu dedicado a Fidel Castro

Luxo também não falta no Rolls-Royce Silver Ghost preto, fabricado em 1922, que foi objeto de uma inusitada disputa judicial nos primeiros meses após a revolução. Seis meses antes da derrubada da monarquia pelo regime que atualmente é comandado pelos aiatolás, o carro havia sido enviado para à Rolls-Royce para reparos. Do exílio, a família Pahlavi exigiu que a fábrica devolvesse o automóvel a eles. Mas um tribunal britânico decidiu que o veículo pertencia ao Estado iraniano, e determinou que ele voltasse para Teerã.

Outro item bastante popular da coleção é o Mercedes 500 K Autobahn Kurier 1934, que o então chanceler alemão Adolf Hitler deu de presente para Reza Xá. Mas o carro não é valioso exatamente por isso, mas porque é o último de seu modelo ainda existente. Os outros cinco fabricados pela Mercedes foram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial.

 
 

Segundo Faal, a montadora chegou a pedir ao governo iraniano que cedesse o carro para seu museu, na Alemanha. Como ele está em exposição em Teerã, chaga-se à conclusão de que a resposta foi não.

Desenvolvido em conjunto por Mercedes-Benz, Porsche e Volkswagen, o esportivo MPV, de 1972, é outra joia da exposição do novo museu, dedicado aos carros clássicos da família real iraniana Foto: ATTA KENARE / AFP
Desenvolvido em conjunto por Mercedes-Benz, Porsche e Volkswagen, o esportivo MPV, de 1972, é outra joia da exposição do novo museu, dedicado aos carros clássicos da família real iraniana Foto: ATTA KENARE / AFP

Da indústria automobilística germânica saiu outra peça rara da coleção iraniana, o MPV Tehran. Esse monoposto esportivo, pintado de laranja e preto, foi fabricado em 1972 por uma improvável união entre Mercedes, Porsche e Volkswagen. As montadoras, querendo agradar o xá persa, decidiram criar um modelo único, especialmente para o príncipe herdeiro, Reza, aprender a dirigir aos 12 anos de idade.

Entre as inovações do carro está o fato de ele ter duas chaves. Uma, feita de prata, limita o motor potente a suaves 30 quilômetros por hora. A outra, em ouro, permite que o veículo gire a 170 km / h. Uma potência que só foi freada pelos aiatolás.


O Globo domingo, 19 de dezembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: ROTA DAS DELÍCIAS LÍQUIDAS

 

A rota das delícias líquidas do Rio Gastronomia

Os bebes também se destacam no maior evento da área do país, que temrina neste domingo (19) no Jockey
A Stella Artois long neck com ou sem glúten custa por R$ 12, mas a dica é comprar o combo com quatro unidades por R$ 40 e compartilhar Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
A Stella Artois long neck com ou sem glúten custa por R$ 12, mas a dica é comprar o combo com quatro unidades por R$ 40 e compartilhar Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
 

Maior feira gastronômica do país, há onze edições o Rio Gastronomia reúne dezenas de possibilidades de comes e bebes em um espaço democrático e rico em sabores. Mas erra quem pensa que as bebidas ficam relegadas ao papel de coadjuvantes no evento. Há cada vez mais opções para todos os gostos e bolsos.

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Para diminuir o consumo de plástico, algumas bebidas são vendidas junto com o Eco Copo Retornável (R$ 8 cada), como as caipirinhas. O cliente pode levar para casa ou devolver no estande que fica ao lado da entrada/saída do evento.

Bar do Palco (Colorado e Red Bull) - Logo à direita da entrada, em frente ao gramado do palco, as cervejas custam de R$ 15 (Colorado Ribeirão 330ml) a R$ 25 (opções com 600ml). Há outro espaço da marca próximo à roda-gigante. Já o Red Bull custa R$ 16 é tem cinco opções de sabor. O energético também é vendido em outras estações, com e sem drinks.

 

Bar Stella Artois - A long neck com ou sem glúten custa por R$ 12, mas a dica é comprar o combo com quatro unidades por R$ 40 e compartilhar. As cervejas são servidas no balde com gelo, que pode ser levado para as mesas. O espaço também oferece  cerveja Beck's (R$ 15, 330 ml), sucos Do Bem (R$ 6), refrigerantes (R$ 8), água com e sem gás (R$ 5) e espumantes Chandon baby (R$ 55), brut 750ml (R$ 120) e rosé 750ml (R$ 135).

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Wine Bar Grand Cru - Logo ao lado dos auditórios, o espaço e o porto seguro dos amantes de vinhos no Rio Gastronomia. A novidade do segundo fim de semana do evento é a venda vinhos em taça (R$ 25 a R$ 30 + a taça de acrílico por R$ 5 na primeira compra). Na ala das garrafas, há opções de brancos e rosé a partir de R$ 75 e tintos começando em R$ 110.

Para diminuir o consumo de plástico, algumas bebidas são vendidas junto com o Eco Copo Retornável Foto: Alex Ferro / O Globo
Para diminuir o consumo de plástico, algumas bebidas são vendidas junto com o Eco Copo Retornável Foto: Alex Ferro / O Globo

Bar da Caipirinha - Bem central, a estação conta com caipirinhas feitas na hora com limão, morango, lima da Pérsia ou abacaxi (R$ 20). Também é possível tomar drinques com Red Bull por R$ 35 cada. Em ambos os casos é necessário comprar o copo do evento (R$ 8), que pode ser devolvido na saída.

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Bar Amázzoni + Lillet - São dois pontos de venda de três drinks com Amázzoni gin, por R$ 30 ou R$ 40 cada. Logo ao lado, vale conferir os clássicos coquetéis com Lillet (R$ 30) ou comprar a garrafa do aperitivo francês por R$ 130.

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio de Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ, iFood e Loft, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.

Garanta seu bilheteSaiba como comprar seu ingresso para a 11ª edição do Rio Gastronomia

Confira a programação

Auditório Senac

13h: “Lidando com carnes à moda italiana”, com Nello Garaventa (Grado).

14h30: “Ceia bossa nova”, com Paula Prandini (Empório Jardim) e Vera Saboya (Ateliê Culinário).

16h: “Cozinhando com produtos locais”, com Rafa Costa e Silva (Lasai).

17h30: “Panetone caseiro”, com Adriano Amarante (João Padeiro & Co).

19h: “Os 40 anos do Guimas”, com a família Mascarenhas.

 
 

Auditório Santander Brasil de Sabores

13h30: “Do mangue ao mar”, com Léo Abreu. Oferecimento GNT.

15h: “Brasileiro sabe comer ceviche? Adaptações da receita ao paladar nacional”, com Checho Gonzales (Mescla — SP).

16h30: “A influência oriental na mesa do brasileiro”, com Lucio Vieira (Lilia) e Raul Ono (Naga).

18h: “A força da mulher na cozinha”, com Dani Rosa (Ganic Lab) e Monique Gabiatti (Cozinha Bistrô).

19h30: “Receita afetiva”, com Rodrigo Guimarães.

Show :Fica Comigo (15h) e Samba Independente dos Bons Costumes (20h).

Já comprou o seu ingresso?

As entradas custam R$ 65  e estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Crianças de até 10 anos não pagam. Roda-gigante: R$ 15 (individual) e R$ 50  (para quatro pessoas).

Os melhoresSaiba mais sobre os vencedores do Prêmio Rio Show de Gastronomia

Desconto:

Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma 2ª entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no riogastronomia.com.

 
 

Cuidado redobrado:

Os protocolos sanitários das autoridades de saúde serão seguidos. Será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.

Onde:

Jockey Club Brasileiro. Praça Santos Dumont 31, Gávea.

Horários:

Do meio-dia às 23h.


O Globo sábado, 18 de dezembro de 2021

TURISMO: NOVA RODA-GIGANTE E MAIS - CINCO ATRAÇÕES EM FOZ DO IGUAÇU ALÉM DAS CATARATAS

Nova roda-gigante e mais: cinco atrações em Foz do Iguaçu além das cataratas

Cidade no oeste do Paraná oferece passeios que vão de usina hidrelétrica a museu de cera
A nova Yup Star Foz, a roda-gigante de 88 metros de altura com vista para o Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu Foto: Divulgação
A nova Yup Star Foz, a roda-gigante de 88 metros de altura com vista para o Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu Foto: Divulgação
 
 

RIO - Visita o Parque Nacional do Iguaçu, com suas mundialmente famosas cataratas, será sempre o programa mais imperdível de Foz do Iguaçu. Mas a cidade, no oeste do Paraná, vem aumentando constantemente seu leque de atrações turísticas para além das quedas d'água.

A mais recente deles é a Yup Star Foz, roda-gigante que abre ao público geral nesta sexta-feira, 17 de dezembro. Ela se junta a outros programas, como visitas a refúgios ecológicos e viveiros com inúmeros pássaros, à passeios em carros esportivos e selfies com a rainha da Inglaterra.

Abaixo, confira cinco atrações de Foz do Iguaçu que vão além das cataratas e do parque nacional.

Yup Star Foz

Com 88 metros de altura, a novíssima roda-gigante inaugurada no último dia 15, se junta à sua "gêmea" carioca, a Yup Star Rio, no topo do ranking das rodas-gigantes mais altas do Brasil. Ambas são operadas pelo grupo Gramado Parks, que decidiu unificá-las com a mesma marca, Yup Star - até a última quarta-feira, estrutura carioca se chamava Rio Star.

Leia também:conheça a a maior roda-gigante do mundo, em Dubai

Assim como acontece na atração carioca, o passeio dura cerca de 20 minutos. A roda-gigante está aberta diariamente, das 12h às 20h, e custa R$ 70 (estudantes, idosos e crianças até 12 pagam meia, e moradores da cidade, R$ 49). Ingressos em yupstar.com.br/foz.

Parque das Aves

Tucano num dos viveiros do Parque das Aves, uma das atrações turísticas mais populares de Foz do Iguaçu Foto: Wikiedia / Creative Commons / Reprodução
Tucano num dos viveiros do Parque das Aves, uma das atrações turísticas mais populares de Foz do Iguaçu Foto: Wikiedia / Creative Commons / Reprodução

Nas matas do Parque Nacional do Iguaçu é possível ver uma grande variedade de pássaros, mas para vê-los de perto, e até ter a chance de tirar uma foto com uma bela arara no braço, o melhor a se fazer é visitar o Parque das Aves, uma das atrações off-cataratas mais tradicionais de Foz do Iguaçu.

São cerca de 1.500 aves de 140 espécies diferentes, quase todas originárias da Mata Atântica, mais da metade delas resgatadas de criações irregulares ou de situação de tráfico ou maus tratos. Os pássaros ocupam cinco viveiros enormes, pelos quais os visitantes caminham, e que recriam o ambiente natural desses animais. Nesses espaços é possível ver tucanos e harpias bem de perto, e até se assustar com araras em voos rasantes sobre suas cabeças.

Aberto diariamente, das 9h às 17h. O ingresso custa R$ 60. Idosos, estudantes e professores, entre outros grupos, pagam meia, e crianças até oito anos de idade entram de graça. Ingressos em parquedasaves.com.br.

Dreams Park Show

Circuito de arvorismo Dino Adventure, uma das atrações do complexo temático Dreams Park Show, em Foz do Iguaçu Foto: Reprodução
Circuito de arvorismo Dino Adventure, uma das atrações do complexo temático Dreams Park Show, em Foz do Iguaçu Foto: Reprodução

Num só lugar é possível passear entre dinossauros, tirar foto ao lado de celebridades e tomar um drinque num bar com temperatura negativa. O complexo do grupo Dreams (que está presente também em Gramado, Canela e Olímpia) conta com seis atrações temáticas, que costumam agradar toda a família.

O Vale dos Dinossauros conta com 30 bonecos animatrônicos que reproduzem em tamanho real, com movimentos e sons, os répteis pré-históricos. Dentro dele fica o Dino Adventure, um circuito de arvorismo, com trilhas e tirolesa, que passa por entre as feras. Outra atração bastante concorrida é o museu de cera Dreamland, com mais de cem estátuas de personagens da cultura pop, astros da música, da televisão, do esporte e do cinema, além de figuras históricas, chefes de estado e políticos. De Messi a Marilyn Monroe, de Homer Simpson a Homem-Aranha, está todo mundo ali.

 
 

Olímpia:parques aquáticos, resorts gigantes e até dinossauros na "Orlando brasileira"

Já na atração Maravilhas do Mundo, a graça é posar ao lado de 50 réplicas (em escala menor, evidentemente) de cartões-postais como a Torre de Pisa, o Castelo da Cinderela e a Estátua da Liberdade. Para amantes de carros, o programa imperdível é o Dreams Motor Show, que conta com carros e motos dos mais variados modelos - alguns automóveis estão disponíveis para voltinhas em alta velocidade, seja com o visitante dirigindo ou sentado no banco do carona, ao lado de um piloto profissional. Por fim, há o Dreams Ice Bar, um ambiente que destoa completamente do clima úmido e quente de Foz do Iguaçu. Dentro do bar, onde bancos, copos e paredes são feitos de gelo, os termômetros marcam até -15°C.

É possível pagar entrada separadamente para cada atração, dependendo do interesse do visitante, no valor de R$ 94 (inteira). Mas há diversas opções de combo, incluindo um passaporte que dá direito a todas as atrações custa R$ 199 no site do complexo: dreamsparkshow.com.br.

Itaipu Binacional

As visitas são feitas em parte a bordo de ônibus que percorrem parte da extensão da enorme barragem, uma das marcas registrada de Itaipu. Foto: Eduardo Maia / O Globo
As visitas são feitas em parte a bordo de ônibus que percorrem parte da extensão da enorme barragem, uma das marcas registrada de Itaipu. Foto: Eduardo Maia / O Globo

Ao lado das Cataratas do Iguaçu, a hidrelétrica de Itaipu é a atração mais conhecida da cidade. Fundamental para a geração de energia elétrica para boa parte do Brasil (e do Paraguai), a usina é também uma atração turística excelente. E não apenas para apaixonados por engenharia ou curiosos em geral.

A visitação às instalações da usina pode ser feita em dois passeios. O "Itaipu Panorâmica" oferece apenas uma visão externa, ainda assim bastante informativa, com direito a vistas privilegiadas do vertedouro e do topo da barragem. Já o tour "Itaipu Especial" leva o visitante para dentro da usina, e mostra detalhes de seu funcionamento. Este, no entanto, está suspenso temporariamente por conta da pandemia.

 

Para conhecer o lado natural da usina, vale visitar o Refúgio Biológico Bela Vista, que funciona dentro do terreno de Itaipu. Ali, o visitante pode observar animais de 50 espécies, como jaguatiricas, quatis, jacarés, urubus-reis, serpentes e até onças. A visita consiste numa caminhada de dois quilômetros pelo local, com quase mil espécies de plantas, criado para preservar a fauna e a flora durante a formação do reservatório da usina.

O passeio panorâmico custa R$ 46 e o do Refúgio Biológico, R$ 35. As informações sobre horários estão no site turismoitaipu.com.br.

Marco das Três Fronteiras

Visitantes no Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu Foto: Nilton Acássio Rolin / Reprodução
Visitantes no Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu Foto: Nilton Acássio Rolin / Reprodução

Por muitos anos, o ponto em que Brasil, Paraguai e Argentina se encontram era apenas um obelisco, com pintura nas cores da bandeira do Brasil. Mas recentemente o Marco das Três Fronteiras passou por uma repaginação, e se tornou um ponto mais interessante de visitar.

Um dos pontos mais concorridos pelos visitantes é o mirante, sobretudo no fim da tarde, graças à vista espetacular para o pôr do sol. Vale caminhar também pela reprodução de uma missão jesuítica construída ali, que representa tão bem essa parte da história comum entre os três países. No largo principal, onde está o mirante e a fonte, costumam acontecer apresentações de dança que retratam as tradições culturais dos três países.

Para uma experiência completa, não deixe de almoçar ou jantar no Cabeza de Vaca, o charmoso restaurante que homenageia o conquistador espanhol Álvar Nuñez Cabeza de Vaca, o primeiro europeu a descrever as Cataratas do Iguaçu e a explorar o curso do Rio da Prata.

A entrada no complexo custa R$ 40. Informações e venda de ingressos no site marcodastresfronteiras.com.br.


O Globo sexta, 17 de dezembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: CHEFS INDICAM SEUS PRATOS PREFERIDOS

É pule de dez! Chefs indicam seus pratos preferidos no Rio Gastronomia

Craques da cozinhha dão o mapa da mina para não se perder em meio a tanta gostosura
O chef Ricardo Lapeyre, do Escama, com seu disputado croquete de polvo Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
O chef Ricardo Lapeyre, do Escama, com seu disputado croquete de polvo Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
 

É preciso ter maturidade para não querer sair comendo tudo o que a vista e o olfato alcançam no Rio Gastronomia. Para ninguém se perder em meio a tanta gostosura no Jockey Club, perguntamos aos chefs que já passaram por lá, o que eles indicam para matar a fome.

Um petisco, no entanto, chamou a atenção de vários deles: o croquete de polvo (R$ 25) do Escama, de Ricardo Lapeyre.

Com preço convidativoRio Gastronomia tem dicas de cardápios imperdíveis

— Tudo o que eu comi no Escama estava bom. Mas o croquete estava maravilhoso. Coisa que quem é de boteco gosta — indica Mariana Rezende, do Bar da Frente, um dos pilares mais gostosos da Liga dos Botecos.

A inspiração do croquete, que entrou há pouco no cardápio do restaurante, veio das viagens de fim de semana que o chef faz para uma fazenda no interior do estado.

 

— Todo domingo eu parava em um restaurante de estrada para comer croquete. Fiquei com isso na cabeça e resolvi testar um de polvo, que, na minha receita, leva ainda linguiça portuguesa, brócolis e bechamel, além do caldo do cozimento do molusco — explica Lapeyre, retribuindo o elogio a um dos petiscos mais emblemáticos do Bar da Frente. — Minha indicação é o porquinho de quimono (R$ 18, duas unidades), do Bar da Frente, servido na Liga dos Botecos.

O chef Pedro Bennoliel se delicia com a tarta de queso com coulis de morango do Venga Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
O chef Pedro Bennoliel se delicia com a tarta de queso com coulis de morango do Venga Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo

Outra fã declarada do porquinho de quimono do Bar da Frente, Dandara Batista, do Afro Gourmet, indica, além do croquete, a bolonhesa de polvo (R$ 38) de lá. Referência em comida africana, a chef dá também a dica de quem curte comida nordestina.

— Gostei muito do rubacão (R$ 25), do Café do Alto, do Polo de Santa Teresa, no quiosque do Polo da Prefeitura —  compartilhou a chef, dando mais detalhes do garimpo. — Eles fizeram com arroz vermelho, nata, carne de sol e queijo coalho.

Chef e curador das atrações do auditório Santander Brasil de Sabores, Pedro Benoliel elegeu como imperdível a tarta de queso e coulis de morango (R$ 25), do Venga!, mas disse que não abre mão do arroz de rabada (R$ 29,50) de Katia Barbosa, servido no quiosque da Katita, nem do bolinho de bacalhau com queijo Serra da Estrela (R$ 20, cada), da Gruta de Santo Antônio — um hit de outras edições do evento.

 
 
O chef paulistano Paulo Yoller com o kobun (R$ 25), do Pabu Izakaya: o pão no vapor com maionese, cebolinha e picles, com três opções de recheio Foto: Bruno Kaiuka / Agência O Globo
O chef paulistano Paulo Yoller com o kobun (R$ 25), do Pabu Izakaya: o pão no vapor com maionese, cebolinha e picles, com três opções de recheio Foto: Bruno Kaiuka / Agência O Globo

De passagem pelo Rio para a oficina criativa Burger Class Rio X SP, o chef paulistano Paulo Yoller, o nome e o talento à frente do Meats, curtiu o pastel de bobó camarão com pimenta biquinho (R$ 25), do Escama, com camarão e creminho nas medidas certas, e no penne alla vodka (R$ 35), com molho de tomate apimentado e vodca, do Gero. Segundo ele, irrepreensível. Mas, se tivesse direito a apenas um pedido em todo o evento seria o kobun (R$ 25), do Pabu Izakaya, o pão no vapor com maionese, cebolinha e picles, com três opções de recheio: frango crocante, barriga de porco cozida em shoyu adocicado ou berinjela marinada no misso:

— Melhor rango do festival. Impossível não se apaixonar. Eles conseguem trazer a personalidade incrível deles pra dentro da comida, não tem como não se apaixonar.

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Yasser Régis, do Ex-Touro, fecha com Yoller na dica do Pabu, e acrescenta a sua lista o arroz de bacalhau (R$ 36) e a barriga de porco (R$ 32) do Artagão, o bolinho de arroz (R$ 10) e o sanduíche de costela no bafo no brioche (R$ 25), da Liga dos Botecos e o pirarucu fresco com risoto de tucupi com jambu (R$ 35), do Sult.

"A lasanha do Sult está imperdível, perfeita e com um croc único", afirma Marcelo Barcellos, do Barsa Foto: Bruno Kaiuca /Agência O Globo
"A lasanha do Sult está imperdível, perfeita e com um croc único", afirma Marcelo Barcellos, do Barsa Foto: Bruno Kaiuca /Agência O Globo

Outro prato do Sult também está entre os preferidos dos chefs.

— A lasanha do Sult (R$ 30) está imperdível, perfeita e com um croc único — elegeu Marcelo Barcellos, do Barsa.

Pedro de Artagão sugere o passeio completo com bolinho de bacalhau da Gruta de Santo Antônio, porquinho de quimono, do Bar da Frente, na Liga dos Botecos, e o sushi de wagyu A5 (R$ 40), do Naga. Mas e a sobremesa?

— Obviamente, terminar tudo com o bolo de chocolate do Irajá (R$28) — disse o chef, citando uma de suas criações mais famosas e sucesso inabalável no Rio Gastronomia.

Erik Nako, do Pabu, vai mais além e dá uma dica de entrada e prato principal: bolinho de jiló com linguiça (R$ 5, cada), da Katita, e moqueca de pirarucu, do Gosto da Amazônia, com receitas de Fréderic Monnier.

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O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio de Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ, iFood e Loft, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.

 
 

Confira a programação desta sexta-feira

Auditório Senac

15h: A doceria francesa: três versões de crème brûlée, com Didier Labbé (Didier Restaurante).

16h30: Comida pós-praia, com Joana Carvalho (Proa) e Roberta Ciasca (Miam Miam e Brota).

18h: Amázzoni, sua história, produtos e quem da vida ao nosso gin, co m Leo Blacck. Oferecimento Amázzoni.

Auditório Santander Brasil de Sabores

15h30: Temperos da mesa brasileira, com Andressa Cabral (Yaya Comidaria Pop Brasileira).

17h: A evolução da coquetelaria, com Jonas Aisengart (Quartinho) e Anderson Santos (Liz Cocktails).

18h30: Cocadinhas de toucinho do céu, com Gisela Abrantes, Juliana Jucá e o Grupo de Pesquisa e Inovação Cozinha Senac RJ. Oferecimento Senac RJ.

Zona Sul - Aulas com experts

17h: Rafael Cavalieri.

18h: Dionisio Chaves.

19h: Dionisio Chaves.

Casa Villarino Bar Senac

15h: Guirlanda de Natal, om os instrutores do Senac Fábio Fernandes e Maria Luiza.

17h: Muito além do café arábica: bebendo robustas amazônicos, com Pedro Foster, barista e torrefador da Fuzz Cafés.

19h: Bobó de abóbora com farofa especial, com David Bispo, Bar do David.

Show

Às 20h, Festa Ploc.

Já comprou o seu ingresso?

As entradas custam R$ 55 (sex, ou R$ 27,50, a meia) e R$ 65 (sáb e dom, ou R$ 32,50, a meia) e estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Crianças de até 10 anos não pagam. Roda-gigante: R$ 15 (individual) e R$ 50  (para quatro pessoas).

 
 

Os melhoresSaiba mais sobre os vencedores do Prêmio Rio Show de Gastronomia

Desconto:

Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma 2ª entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no riogastronomia.com.

Cuidado redobrado:

Os protocolos sanitários das autoridades de saúde serão seguidos. Será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.

Onde:

Jockey Club Brasileiro. Praça Santos Dumont 31, Gávea.

Horários:

Sex, das 14h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 23h. Até 19 de dezembro.


O Globo quinta, 16 de dezembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: FEIRA DE PRODUTORES É DICA CERTA DE ACHADOS PARA SE DELICIAR OU PRESENTEAR COM MUITO SABOR

Feira de Produtores do Rio Gastronomia é dica certa de achados para se deliciar ou presentear com muito sabor

São cachaças, geleias, molhos, café, cogumelhos. Confira o que encontrar
As coxinhas de morango (R$ 25) da Doçuras da Suely: bombons com recheio da fruta e "massa" a gosto do freguês: brigadeiro, leite ninho, coco ou amendoim Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
As coxinhas de morango (R$ 25) da Doçuras da Suely: bombons com recheio da fruta e "massa" a gosto do freguês: brigadeiro, leite ninho, coco ou amendoim Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
 

Já é Natal no Rio Gastronomia! Voltinha indispensável no evento, a Feira de Produtores é a oportunidade de conhecer de perto o que está sendo feito no estado do Rio, levar um pouquinho do evento para casa e colocar em dia a lista de presentes para surpreender nas celebrações de fim de ano. Selecionamos alguns destaques dos quase 30 participantes desta edição.

Com preço convidativoRio Gastronomia tem dicas de 45 cardápios

De Lumiar, em Friburgo, os molhos da Mistura Fina fazem sucesso pela forma e conteúdo. Os rótulos coloridos e arrojados chamam atenção para sabores como o barbecue de goiabada e o abacaxi com pimenta (R$ 30). As geleias que fazem mais sucesso são de morango, morango com pimenta e amora (R$ 25, cada).  

Artesanal e de produção familiar, o café Iranita vem de Purilândia, alto Noroeste do estado. São três opções: especial torrado e moído, especial em grãos (R$ 25, 250g) e o microlote (R$ 40, 250g). O mais legal são os extras: colher dosadora (R$ 30), caneca pequena (R$ 12) e caneca com coador de pano (R$ 25).

 
No Cogu Cogumelos, a sensação é a ecobag "Cogumelo is the new picanha" (R$ 20) Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
No Cogu Cogumelos, a sensação é a ecobag "Cogumelo is the new picanha" (R$ 20) Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo

Para comer lá porque ninguém é de ferro, a dica são as coxinhas de morango (R$ 25) da Doçuras da Suely. Cada bombom tem, em média, 90g. O recheio é sempre um morango. A "massa" fica a gosto do freguês: brigadeiro, leite ninho, coco ou amendoim.

Na barraquinha do Cogu Cogumelos, de Minas, com posto avançado no Cadeg, os tipos que passam longe das gôndolas de supermercados são mais procurados, como o hiratake e o cardoncello (R$ 28, 200g, cada). Mas o must have é mesmo a ecobag "Cogumelo is the new picanha" (R$ 20).

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Entre as compotas (R$30), geleias (R$ 28) e antepastos (R$ 28) do Sítio Humaytá, em Secretário, uma novidade chama atenção. É a geleia de limão siciliano, mais cítrica, que vai bem até como calda de sorvete. Para presente, a dica são os potes de cerâmica personalizados (R$ 60).

Depois atrair olhares gulosos com a goiabada com manjericão, Barão chega com outra novidade de dar cambalhota na imaginação de quem gosta de se aventurar na cozinha, um molho defumado de jabuticaba feito com pimenta e tomilho para ser usado com carnes mais untuosas e mesmo em infusões etílicas (R$ 30, cada).

A geleia de limão siciliano do do Sítio Humaytá Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
A geleia de limão siciliano do do Sítio Humaytá Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo

Para lembranças líquidas, as dicas são os lançamentos da Cachaça 7 Engenhos e da Fazenda Soledade.  Da fazenda Soledad, a novidade é o blend de cinco madeiras (R$ 110): Ipê, Pau-Brasil, Umburana, Bálsamo e Jequitibá. 

Já da 7 Engenhos, a que faz o rótulo do Claude Troisgros, apresenta a Redentor (R$ 200), uma parceria com o Santuário Cristo Redentor (que dá pinta na vista do Rio Gastronomia), em comemoração aos 90 anos do monumento, uma das 7 Maravilhas do mundo moderno.

Para finalizar, o Licorelle (R$ 79), uma espécie de limoncello, só que feito com cachaça Werneck, com laranjas frescas, ideal para acompanhar sobremesas, um café ou mesmo puro. 

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O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio de Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ, iFood e Loft, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.

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As entradas custam R$ 55 (qui e sex, ou R$ 27,50, a meia) e R$ 65 (sáb e dom, ou R$ 32,50, a meia) e estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Crianças de até 10 anos não pagam. Roda-gigante: R$ 15 (individual) e R$ 50  (para quatro pessoas).

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Desconto:

Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma 2ª entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no riogastronomia.com.

 
 

Cuidado redobrado:

Os protocolos sanitários das autoridades de saúde serão seguidos. Será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.

Onde:

Jockey Club Brasileiro. Praça Santos Dumont 31, Gávea.

Horários:

Qui e sex, das 14h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 23h. Até 19 de dezembro.


O Globo quarta, 15 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: A BARRIGA (DE PORCO) PERFEITA PARA O VERÃO

A barriga (de porco) perfeita para o verão

Corte suíno é inspiração para chefs, de tira-gosto a prato principal
No D’Heaven, a carne é servida com minibatatas, alho confit, picles de mostarda, purês de maçã verde e de cebola queimada Foto: Divulgação / Vitor Faria
No D’Heaven, a carne é servida com minibatatas, alho confit, picles de mostarda, purês de maçã verde e de cebola queimada Foto: Divulgação / Vitor Faria
 

A menos de um mês do início do verão, a busca pela barriga perfeita não precisa necessariamente passar pela academia de ginástica. No Rio, uma nova tendência em bares e restaurantes tem exercitado o paladar do freguês. Untuosa e suculenta, a barriga de porco é um dos cortes suínos mais saborosos e ganha espaço nos cardápios em diferentes versões, do tira-gosto ao prato principal. Vale cada caloria.

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Valorizando a produção local e focado na cozinha de ingredientes, o chef Lucio Vieira tem sempre uma sugestão da iguaria do momento para incrementar o menu do dia (R$ 92, com couvert, entrada, principal e sobremesa) do Lilia, no Centro. Sua criação mais recente traz o corte cozido lentamente e defumado, servido com purê de banana e picles de nabo. Equilíbrio perfeito em uma só garfada.

 

— Como o teor de gordura é alto, a barriga transporta muito bem o sabor dos ingredientes trabalhados nela e harmoniza com contrastes, o que é ótimo para elaborar pratos — explica ele, que trabalha o corte no fogo a 60° por 12 horas. — É um corte que aceita bem notas mais doces e frutadas, como o tradicional porco com abacaxi. No Lilia, pegamos as cascas de banana usadas na sobremesa com o nabo, que tem um sabor mais ardidinho.

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O ingrediente também tem espaço cativo em outra casa de Lucio, o charmoso Labuta Bar, também no Centro. Resgatando os ares boêmios da Rua do Senado, o lugar aposta em toda a positividade da barriga, seja para acompanhar a cervejinha ou no PF de cada dia. Na hora do almoço, uma das opções mais esperadas no letreiro que exibe o menu é a barriga de porco com creme de milho. A partir das 15h, quando entra o cardápio de petiscos, a pedida é o torresmo de barriga (R$ 18).

De decoração atrevida, o Canton, em Copacabana, transborda irreverência, inclusive no cardápio. No restaurante de comida peruana com sotaque chinês, a carne de porco aparece em diferentes pratos. Mas o grande sucesso é uma receita feita com o corte da barriga, o Siu Yok (R$ 54). São 200g de barriga de porco crocante que chegam à mesa com pãozinho cozido no vapor, molho hoisin, picles e alface para serem montados a gosto do freguês.

 
 

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Da Zona Norte, o Costelas é um especialista no tema. Na edição de 2019 do Rio Gastronomia, vendeu barriga que nem pipoca — literalmente. Um dos petiscos mais desejados daquele ano, a pipoca de barriga de porco com tempero de lemon pepper surgiu meio que por acaso, com o incômodo do cozinheiro em desperdiçar uma parte tão suculenta das peças das costelas que trabalhava.

— Ficava incomodado com aquela quantidade que sobrava. Comecei a fazer torresmo, mas ficava igual a todo mundo. Passei a cortar em cubos menores e deu certo — conta Rodrigo Mendes, que decidiu investir num tempero diferente também. — Fui testando até chegar nas raspas dos limões siciliano e taiti, alho desidratado, pimenta do reino e sal, que é a base do lemon pepper.

O petisco ainda reina absoluto no botequim que está de casa novíssima, na Tijuca, e vende o prato em porções de 150g (R$ 19,90), temperadas apenas depois de fritas.

Figurinha fácil nos botequins da cidade, a barriga inspira mais de uma opção do cardápio da Liga dos Botecos, um hub que une Bar do Momo, Cachambeer, Botero e Bar da Frente, com sedes em Botafogo e mais recentemente no Flamengo.

 
 

Uma que arranca suspiros quando desfila pelo salão é um petisco com nome de biscoito: o palmier de porco, crocante e tenro, feito da barriga marinada, pode brilhar sozinho (R$ 38) ou na tábua porquinho de diversões (R$ 94,90), que leva ainda pipocas de porco, porquinhos de quimono, croquetes de joelho de porco e pastéis de pancetta, com molhos de mostarda de abacaxi, barbecue e creme de limão.

No Boteco Rainha, no Leblon, o torresmo de barriga (R$ 32) parece ter sido matematicamente diagramado pelo chef Pedro de Artagão para ter as quantidades precisas de gordura e carne em cada quadradinho, além da capa pururucada sequinha por fora. Ainda que a porção seja farta, sempre fica aquele gostinho de quero mais.

Um dos carros-chefes da dB House: molhadinha por dentro, mas sem perder o croc jamais Foto: Divulgação / Tomás Rangel
Um dos carros-chefes da dB House: molhadinha por dentro, mas sem perder o croc jamais Foto: Divulgação / Tomás Rangel

Todo trabalhado no carisma, o torresmo de barriga à pururuca (R$ 59) da dB House é um dos carros-chefes do cardápio da casa especializada em carnes, com unidades na Barra e na Taquara. Molhadinha por dentro, mas sem perder o croc jamais, a peça de cerca de 400g é servida com molho barbecue artesanal.

Aberto há um ano em Laranjeiras, o QSeFood tem como lema ser lugar de comida feliz. E para se chafurdar de alegria, tem o De Tudo um Porco, a versão de feijão com arroz, acompanhados de barriga de porco com limão e batata frita da casa servidas nas panelinhas (R$ 32,90).

 
 

Pedida certeira no executivo do D’Heaven (R$ 79, com entrada e sobremesa), um dos três restaurante da chef Heaven Dehaye, na Barra, a barriga de porco é servida pururucada, com minibatatas, cebolinha dourada, alho confit, picles de mostarda, purês de maçã verde e de cebola queimada.

Conhecidos como barrinhas de cereal, os torresmos de barriga (R$ 12, cada) do Bode Cheiroso são praticamente uma lenda urbana. É que assim que são anunciados, somem como num passe de mágica. São edições limitadas. A dica é dar plantão por lá ou ficar de olho no Instagram do bar. É, ninguém disse que seria fácil.


O Globo terça, 14 de dezembro de 2021

RÉVEILLON: RIO TERÁ FOGOS, GENTE NA PRAIA E HOTÉIS LOTADOS, MAS NÃO TERÁ RÉVEILLON, DIZ PREFEITO

 

Rio terá fogos, gente na praia e hotéis lotados, mas não terá réveillon, diz prefeito

 

Em fevereiro deverá haver desfile de escolas de samba, bandas e blocos de rua, mas não carnaval

 

 

A suspensão do réveillon do Rio é mais ou menos como a quarentena de cinco dias para estrangeiros que chegam ao Brasil: as autoridades fingem que existe, parte da população acredita e a vida segue (ou não). Juntando tudo, o verão da Ômicron promete. A nova variante já tomou caipirinha no posto 4, aplaudiu o por do sol no Arpoador e foi assaltada no calçadão. O ladrão já está tossindo.


O Globo segunda, 13 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: TRADITO DE PIRARUCU NO RIO GASTRONOMIA - RECEITA AZEITADA PARA O VERÃO

 

Receita azeitada para o verão: tiradito de pirarucu no Rio Gastronomia

Lorena Abreu e Marcelo Scofano apresentam espécie de carpaccio do peixe da Amazônia
Lorena Abreu e Marcelo Scofano ensinam a receita de tiradito de pirarucu Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
Lorena Abreu e Marcelo Scofano ensinam a receita de tiradito de pirarucu Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
 

Quer uma receita leve, refrescante e prática para o verão? Lorena Abreu e Marcelo Scofano, experts em comida saudável e azeites, respectivamente, do Zona Sul, deram a dica perfeita em sua aula no domingo (12) no Auditório Santander Brasil de Saboes do Rio Gastronomia: tiradito de pirarucu, espécie de carpaccio do peixe (não confundir com ceviche!).

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Tendo como ingrediente principal o que chamaram de bacalhau amazônico, a dupla aproveitou para incentivar o consumo consciente:

— Nós, como consumidores, temos o dever de olhar para os produtos sustentáveis. O pirarucu da Amazônia não é um peixe de cativeiro, seu manejo sustentável é feito pelas populações ribeirinhas —  defendeu Scofano.

O tiradito de pirarucu: receita leve para o verão que se aproxima Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
O tiradito de pirarucu: receita leve para o verão que se aproxima Foto: Alex Ferro / Agência O Globo

 

Lorena aproveitou para sugerir a inclusão do prato na ceia de Natal:

 

—  É perfeito para nosso clima. Sua carne firme e macia é muito versátil. Descobri recentemente que dá até para fazer torresmo com a barriga —  disse a chef, grávida de um menino, Artur.

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Para a receita, eles adicionaram uma emulsão de manga, o que confere uma nota adocicada, gengibre, salsa criola (cebola roxa marinada com azeite, limão, pimenta dedo-de-moça e coentro) e raspas de cítricos (pode ser de limão tahiti, siciliano, laranja, tangerina, o que tiver em casa).

Scofano chamou atenção para a importância da escolha do azeite (para a receita sugere o Andorinha da Bela Gil, de características florais), um alimento ancestral de extrema importância funcional.


O Globo domingo, 12 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: COMIDINHAS POR ATÉ R$20 NO RIO GASTRONOMIA

Economizar sem perder o sabor: opções de comidinhas por até R$ 20 no Rio Gastronomia

Do bolinho de arroz com calabresa à porção de linguicinha Black Angus: veja o que você pode encontrar nos restaurantes, quiosques e bikes do evento por este preço
Bolinho de arroz com calabresa. Lívia Ganem saboreou o petisco da Liga dos Botecos Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
Bolinho de arroz com calabresa. Lívia Ganem saboreou o petisco da Liga dos Botecos Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
 

O que você comeria neste domingo com R$ 20? Bom, se você for hoje ou do dia 16 até 19 de dezembro ao Rio Gastronomia pode lamber os dedos e ainda voltar para casa com um trocado. Entre os 45 quiosques de bares e restaurantes badalados da cidade, food-trucks e bikes, é possível gastar no máximo duas notas de dez reais. Caso da cerimonialista Lívia Ganem. Gulosa declarada, ela veio ao maior evento do gênero do país acompanhada da mãe, do irmão e da afilhada, mas sem querer gastar muito. A saída? Comprar um petisco aqui e outro ali e dividir, como fizeram com o bolinho de arroz (R$ 10), da Liga dos Botecos.

— Aqui tem muita comida boa a preços em conta. Mas é sempre bom experimentar primeiro. Se gostar, repete — dá a dica Lívia.

E, para quem tem fome de novidade como a cerimonialista e pretende conhecer o máximo de comidinhas que estão no Rio Gastronomia até o próximo domingo, montamos um roteiro com tudo abaixo de R$ 20.

Doutora Brownie: Marmitinha de brownie (R$ 15), confeitada com vários tipos de brigadeiro. Browniedim (R$ 17), uma combinação de brownie com pudim.

Giuseppe Grill: Linguiça de costela de boi Black Angus (R$ 19, duas unidades) ou linguiças defumadas (R$ 16, quatro unidades).

Katita: Bolinho de jiló com linguiça (R$ 5).

Las Empanadas: São seis sabores, todos a R$ 10: carne, carne picante, queijo e cebola, frango e requeijão, integral de berinjela e de chocolate.

Com preço convidativoRio Gastronomia tem dicas de 45 cardápios

Liga dos Botecos: Porquinho de quimono (R$ 18, duas unidades): massa de harumaki com costelinha suína e requeijão com ervas e molho agridoce. Bolinho de arroz recheado com queijo calabresa (R$ 10) e pastel de camarão com creme de limão (R$ 12).

Mamma Jamma: Brownie de chocolate com Nutella (R$ 12).

MIA Cookies: Cookies tradicional, Ninho & Nutella, M&M's, Red Velvet, triplo chocolate, Nutella, noir e manteiga de amendoim (R$ 12, 100g, cada).

Naga: Churros Matchá (R$ 10): churros crocantes com cobertura de chá-verde.

Nolita: Cone de brigadeiro (R$ 16).

Pabu Izakaya: Brownie de chocolate e gergelim (R$ 10).

Talho Capixaba: Empadas de queijo, frango, palmito ou alho-poró (R$ 15, duas unidades). Torta integral de banana ou maçã (R$ 15) e éclair de chocolate, creme ou café (R$ 15).

Venga: Gazpacho de melancia: sopa fria de tomate e melancia (R$ 19).

 

 

 

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio de Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ, iFood e Loft, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.

Domingo, 12

Auditório Senac

13h: O menu degustação com João Diamante.

14h30: Comes e bebes do Zazá Bistrô, com Pedro Lacerda e Rausley Cler.

16h: As canjas do Imperador, com Roland Villard e David Mansaud (Casa Marambaia).

17h30: Duas versões do pirarucu selvagem de manejo, com Ricardo Lapeyre (Escama) e Fabiana Pinheiro (Sallva Bar e Ristorante — DF). Oferecimento Gosto da Amazônia.

19h: Receitas afetivas,  com Rodrigo Guimarães e Bruna Martins, do Mestre do Sabor.

Os melhoresSaiba mais sobre os vencedores do Prêmio Rio Show de Gastronomia

Auditório Santander Brasil de Sabores

13h30: Sabores do Brasil, com Lorena Abreu e Marcelo Scofano. Oferecimento Zona Sul.

15h: Brunch: o novo café da manhã dos brasileiros com influência dos ingredientes nacionais, com Eduardo Araújo (Café 18 do Forte) e Meguru Baba (Coltivi).

16h30: A recente história da alta gastronomia baiana, com Fabrício Lemos e Lisiane Arouca (Origem – BA).

Zona Sul - Aulas com experts

16h: Risoto de verão: com abobrinha e atum marinado, com Piero Cagnin.

17h: Risoto de verão: com abobrinha e atum marinado, com Piero Cagnin.

18h: Cerveja e gastronomia, as combinações mais incríveis, com José Padilha.

19h: Cerveja e gastronomia, as combinações mais incríveis, com José Padilha.

Casa Villarino Bar Senac

14h: Bentô cake (mini bolo), com os instrutores do Senac Lais Almeida e Fabiana de Jesus

16h: Cozinha Vegana, saborosa e criativa, com os instrutores do Senac Gisele Santos e Patricia Barros

18h: Harmonizando com cafés especiais, com a instrutora do Senac Priscila Soares

 

Já comprou o seu ingresso?

As entradas custam R$ 55 (qui e sex, ou R$ 27,50, a meia) e R$ 65 (sáb e dom, ou R$ 32,50, a meia) e estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Crianças de até 10 anos não pagam. Roda-gigante: R$ 15 (individual) e R$ 50  (para quatro pessoas).

Desconto:

Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma 2ª entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no riogastronomia.com.

Cuidado redobrado:

Os protocolos sanitários das autoridades de saúde serão seguidos. Será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.

Onde:

Jockey Club Brasileiro. Praça Santos Dumont 31, Gávea.

Horários:

Qui e sex, das 14h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 23h. Até 19 de dezembro.


O Globo sábado, 11 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: QUANTO TEMPO DURA NA GELADEIRA COMIDA COZIDA?

 

Quanto tempo dura na geladeira a comida cozida?

Alimentos já preparados tendem a se manter bons por mais tempo em condições adequadas de refrigeração do que alimentos crus
Saiba acondicionar os alimentos crus e cozidos na geladeira Foto: Freepik
Saiba acondicionar os alimentos crus e cozidos na geladeira Foto: Freepik
 

MADRID - Esta é uma questão muito importante, não só para a nossa saúde individual, mas também para evitar o enorme desperdício de alimentos que ocorre no mundo desenvolvido. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que jogamos fora 1,3 bilhão de toneladas de comida por ano. Essa perda de alimentos limita a capacidade da sociedade de alimentar de forma sustentável uma população em crescimento, além de ser um problema ético, uma vez que mais de um bilhão de pessoas (11% da população) passam fome no mundo.

O desprezo massivo pelos recursos e seu impacto ambiental tornaram a redução do desperdício de alimentos uma importante estratégia de mitigação ambiental e uma das metas atuais de desenvolvimento sustentável.

Bem-estar: Como está seu cocô?

Os cidadãos europeus, por exemplo, são os primeiros a desperdiçar alimentos na cadeia alimentar, uma vez que 53% dos resíduos provêm das famílias, seguidos da indústria alimentar (19%) e dos serviços de catering e restaurantes (12%). Alguns hábitos alimentares atuais, como comprar mais comida do que o necessário, servir porções excessivas nos pratos, jogar sobras no lixo, conservar mal os alimentos ou descartar fora os produtos embalados quando o prazo de validade já passou, contribuem para os números exorbitantes de desperdício alimentar na União Europeia.

A correta conservação dos alimentos é, em muitos casos, a melhor forma de minimizar o desperdício.

O tempo de cada alimento na geladeira Foto: Editoria de Arte
O tempo de cada alimento na geladeira Foto: Editoria de Arte

Os alimentos frescos deterioram-se com o tempo devido à ação de organismos vivos, à ação físico-química do meio ambiente e à atividade biológica dos próprios alimentos. Esta deterioração implica na redução das características organolépticas (sabor, cheiro, etc.) e do valor nutricional, além de comprometer a segurança microbiológica dos alimentos.

Para a correta preservação de muitas comidas, o frio é a melhor opção, pois retarda os processos biológicos que permitem a proliferação de bactérias e outros microrganismos responsáveis por sua degradação. Por isso, em muitos casos, recomenda-se manter esses produtos na geladeira ou mesmo congelá-los quando seu consumo não for imediato. Em outros casos, o armazenamento refrigerado é totalmente contraindicado, como no caso da banana, cujo amadurecimento ótimo ocorre à temperatura ambiente (15-20°C) enquanto o armazenamento refrigerado leva à perda de sabor e aceleração de sua degradação.

 
 

Evite a contaminação cruzada

O principal objetivo do cozimento de alimentos é modificar suas propriedades físico-químicas e suas características organolépticas para torná-los digeríveis e eliminar possíveis microrganismos presentes nos alimentos crus. Ao cozinhar, lembre-se de que cada técnica os afeta de forma diferente do ponto de vista nutricional. Após o preparo, uma vez que o vapor dos alimentos tenha evaporado, cubra-os e guarde-os na geladeira. Não devem ser deixados fora da geladeira para esfriar completamente, pois o aumento da temperatura pode favorecer o crescimento de micro-organismos.

Quando temos grandes quantidades de preparos, como guisados e assados de carne, para acelerar o seu resfriamento devem ser divididos em porções menores. Não é recomendável sobrecarregar o refrigerador com alimentos quentes, pois isso aumentará a temperatura geral do aparelho e a possibilidade de crescimento de bactérias nos pratos.

Alimentos cozidos não devem ser armazenados na geladeira junto com alimentos crus, para evitar contaminação cruzada direta. Alimentos cozidos podem ser recontaminados por meio de vegetais ou carnes cruas, como frango. Aquecê-los na hora do consumo e ou colocá-los no micro-ondas não é suficiente para eliminar a possível carga poluente. Por esse motivo, recomenda-se colocar os alimentos cozidos nas bandejas superiores da geladeira, para evitar pingos dos crus, que ficam mais bem armazenados em recipientes fechados e localizados nas bandejas inferiores para evitar completamente o contato entre eles.

Uma vez que, quando cozinhamos os alimentos, estamos eliminando possíveis microrganismos presentes neles, os alimentos cozidos tendem a durar mais tempo em condições de refrigeração adequadas do que os alimentos crus.

Carnes cozidas geralmente precisam de temperaturas de refrigeração entre 1ºC e 4°C, e podem ser mantidas na geladeira por um período de um a quatro dias, dependendo do tipo de carne, do teor de gordura e da forma como a carne é preparada. Especificamente, caldos de carne, recomenda-se mantê-los refrigerados por no máximo dois dias. Frutos do mar e peixes cozidos podem ser mantidos refrigerados por três a quatro dias, sendo os mais perecíveis aqueles com maior teor de gordura.

No caso de vegetais cozidos, recomenda-se que sejam resfriados e secos, e mantidos por três a cinco dias na geladeira, pois a presença de água pode acelerar sua degradação. Já os ovos cozidos podem ser mantidos refrigerados por até no máximo uma semana, desde que a integridade da casca não seja alterada. Lembrando que com o passar dos dias, a clara endurece, modificando sua textura. No caso de ovos cozidos sem casca, devem ser mantidos frios por um período máximo de 24 horas.


O Globo sexta, 10 de dezembro de 2021

BRASILEIRÃO - PREMIAÇÃO: QUANTO CADA CLUBE GANHOU COM A CLASSIFICAÇÃO FINAL

Premiação do Brasileirão: quanto cada clube ganhou com a classificação final

Última rodada promoveu mudanças na tabela e definiu a quantia que cada clube receberá pelo desempenho
Campeão, o Atlético-MG ficou com o maior prêmio Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Campeão, o Atlético-MG ficou com o maior prêmio Foto: Lucas Figueiredo/CBF
 

As brigas pela Libertadores e contra o rebaixamento deixaram o torcedor em estado de nervos ao longo da última rodada do Brasileiro. Mas, para os clubes, estas não são as únicas definições que importam. A premiação por desempenho também é um atrativo. E, com o desfecho do campeonato, já é possível saber quanto cada um embolsou.

Conheça:Os nove brasileiros que vão à Libertadores e o que se pode esperar deles

Cada posição na tabela vale uma quantia diferente em termos de premiação. Um valor que varia de R$ 11 milhões (destinado ao 16º colocado) a R$ 33 milhões (para o campeão). Apenas os quatro últimos não têm direito a esta receita.

Grêmio:Rebaixado, clube vai reduzir gastos, mas ainda assim deverá ter o elenco mais caro da Série B

Este valor é equivalente à terceira parcela do contrato de televisionamento. Em vigor desde a edição de 2019, o modelo prevê o pagamento em três cotas. A primeira, de 40% do total, é compartilhada igualmente entre os 20 participantes. A segunda, de 30%, é distribuída conforme o número de jogos transmitidos de cada time. A última, também de 30%, varia com a classificação fina

 

Libertadores:Torneio tem 44 clubes definidos para a edição 2022; veja a lista

Veja a lista de prêmios em dinheiro e leia as observações no fim:

  • Atlético-MG: R$ 33 milhões
  • Flamengo: R$ 31,3 milhões
  • Palmeiras: R$ 29,7 milhões
  • Fortaleza: R$ 28 milhões
  • Corinthians: R$ 26,4 milhões
  • Bragantino: R$ 24,7 milhões
  • Fluminense: R$ 23,1 milhões
  • América-MG: R$ 21,4 milhões
  • Atlético-GO: R$ 19,8 milhões
  • Santos: R$ 18,1 milhões
  • Ceará: R$ 15,5 milhões
  • Internacional: R$ 14,6 milhões
  • São Paulo: R$ 13,7 milhões
  • Athletico: R$ 12,8 milhões
  • Cuiabá: R$ 11,9 milhões
  • Juventude: R$ 11 milhões

Palmeiras, Santos, Athletico-PR, Ceará, Bahia, Chapecoense e Fortaleza podem apresentar alguma variação na premiação final do campeonato por terem assinado com a Turner para transmitir seus jogos na TV fechada. As demais equipes possuem contrato com a Rede Globo (TV aberta, Premiere e SporTV).


O Globo quinta, 09 de dezembro de 2021

CNEMA: AMOR, SUBLIME AMOR, VERSÃO DE SPIELBERG ATUALIZA ROMANCE PROIBIDO ENTRE BRANCO E HISPÂNICA EM NY NOS ANOS 1950

 

'Amor, sublime amor': versão de Spielberg para musical atualiza romance proibido entre branco e hispânica na NY dos anos 1950

Filme estreia nesta quinta (9); em lançamento, diretor lamentou ausência de Stephen Sondheim, letrista de "West Side story" e mais tarde compositor da Broadway, morto em novembro
Ariana DeBose como Anita e David Alvarez como Bernardo em 'West Side Story' Foto: Niko Tavernise / Agência O Globo
Ariana DeBose como Anita e David Alvarez como Bernardo em 'West Side Story' Foto: Niko Tavernise / Agência O Globo
 

“Esta noite não é o que eu antecipava”, lamentou Steven Spielberg em 29 de novembro, no Lincoln Center de Nova York. A casa lotada, e o evento transmitido ao vivo também para o lotadíssimo teatro Zanuck, no coração dos estúdios Twentieth Century, em Los Angeles, marcava a primeira exibição de “Amor, sublime amor”, a versão spielberguiana de “West Side Story”, clássico da Broadway e de Hollywood.

Deveria ser uma noite de festa, mas Spielberg estava claramente emocionado — havia, nas suas palavras, uma poltrona vazia na casa.

— Sou muito grato a todos vocês, mas temos uma imensa ausência: a de Stephen Sondheim — disse Spielberg, controlando sua emoção ao lembrar o compositor, que morreu dia 26. — Como eu poderia imaginar que ele nos deixaria no momento em que começa a jornada deste filme? As letras incríveis de “Amor, sublime amor” puseram Stephen no mapa, mudando não só sua carreira mas todo o mapa da Broadway, reinventando o musical e o teatro. Como Ben Johnson disse sobre Shakespeare, Sondheim não é para nossos tempos, é para a eternidade.

O Lincoln Center era o lugar exato para mostrar às comunidades de cinema e teatro a nova versão da peça de 1957 (que foi levada aos cinemas em 1961, com Richard Beymer e Natalie Wood interpretando o casal Tony e Maria). A história de 2021 começa nas ruínas de um quarteirão de moradias modestas, demolidas em nome da arte e do dinheiro: nos anos pós-guerra de fato o Upper West Side, bairro de latinos e imigrantes de todo tipo, foi demolido para dar lugar a prédios de luxo, e ao próprio Lincoln Center.

Na visão de Spielberg, a história dos anos 50 — um Romeu e Julieta marcado não pela rivalidade entre famílias, mas por gangues de imigrantes brancos e de porto-riquenhos — ecoa nos dias de hoje.

— O tema de grupos de pessoas que não se entendem e se toleram é algo tão antigo quanto a Humanidade — comparou ele. — As diferenças entre os Sharks e os Jets de 1957 eram profundas. Mas não são tão profundas como as que temos hoje. As diferenças de hoje são imensas e alimentaram nosso roteiro. Num certo sentido, a história ficou ainda mais focada em divisões raciais do que nas divisões territoriais da primeira versão desta narrativa, que foi a peça.

 

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“Amor, sublime amor” entrou na vida de Spielberg muito cedo. Ele conta que foi o primeiro disco de um musical que a família comprou e deixava que as crianças ouvissem (“Foi a trilha da minha infância”). A superposição das crises geradas por questões como racismoe xenofobia (“não apenas nos Estados Unidos, mas ao redor do mundo”, diz ele), inspirou sua “tremenda ousadia” de interpretar o mundo criado por quatro grandes artistas:

— Sondheim, autor das letras; Arthur Laurents, que pegou uma obra-prima de Shakespeare e colocou sua essência nas ruas de Nova York; Leonard Bernstein, que compôs uma trilha ao mesmo tempo doída, linda, emotiva e viva, tão viva! Ela não pode ser descrita, precisa ser ouvida. Minha ousadia foi colocar o tema na realidade que estamos vivendo, mantendo o mundo desses quatro nos anos 1950.

Longo trajeto

A retomada de “Amor, sublime amor” veio dos executivos da 20th Century, animados especialmente pela paixão de Rita Moreno — uma das estrelas do filme de 1961 — que se tornou uma das produtoras da nova versão, na qual ganhou um papel especial. O projeto começou em 2014 e tomou forma quatro anos depois, quando o dramaturgo Tony Kushner, premiado autor de “Angels in America”, entregou o roteiro e Spielberg assumiu a direção logo depois.

Kushner, ter liberdade para mudar a ordem das canções e elementos da trama, inclusive o desenvolvimento de personagens secundários (como a dona da lojinha, que era um homem na versão da peça e do filme de 1961, e agora é o papel de Rita Moreno). Na questão do elenco, ter prioridade para atores novos.

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O elenco veio de várias sessões de testes abertos —fora Rita Moreno, Ansel Elgort (Tony), Corey Stoll (tenente Schrank) e David Alvarez (Bernardo), todos são atores e dançarinos de começo de carreira, estreando em grande escala. Entre eles, a youtuber Rachel Zeigler, filha de colombianos e poloneses, com uma carreira em escolas e circuitos teatrais do interior, e que agora rouba cada cena como a nova Maria (e já está contratada para ser a nova Branca de Neve num filme da Disney).

As filmagens, em 2019, foram divididas entre as ruas do Harlem e de New Jersey, e sets construídos nos Steiner Studios, no Brooklyn. Durante todo o tempo, Spielberg contou com a parceria e a presença de Stephen Sondheim.

— Ele foi uma parte essencial da nossa versão de “Amor, sublime amor” —diz Spielberg. —Da primeira versão do roteiro até todas as sessões de gravação das músicas, ele estava conosco, sem falta. Ouvindo com os olhos fechados, ele ficava em transe. Em transe total, o rosto mudando a cada compasso. Muitas vezes, eu percebia que estava olhando para ele em vez de estar vendo os atores, porque as reações de Stephen refletiam exatamente o que todos estavam interpretando. Nossa amizade foi selada com nosso trabalho em “Amor, sublime amor”.


O Globo quarta, 08 de dezembro de 2021

BRASILEIRÃO - O GLOBO ELEGE AS 10 MAIORES REVELAÇÕES DO BRASILEIRÃO 2021; CONFIRA A LISTA

O GLOBO elege as 10 maiores revelações do Brasileirão 2021; confira a lista

André, do Fluminense, foi eleito o melhor sub-23 da competição
O GLOBO elege as 10 maiores revelações do Brasileirão 2021; confira a lista Foto: Editoria de Arte
O GLOBO elege as 10 maiores revelações do Brasileirão 2021; confira a lista Foto: Editoria de Arte
 

A máxima segundo a qual o futebol é dinâmico resume bem a temporada de André. No primeiro semestre, o meio-campista chegou a ficar três meses sem jogar, o que levou o Fluminense a cogitar emprestá-lo a clubes da Série B, onde ganharia rodagem. Mas o rio mudou seu curso quando o experiente Hudson sofreu uma grave lesão, abrindo a brecha para o jovem de 20 anos seguir no elenco e, aos poucos, conquistar seu espaço. Do Fla-Flu de julho, quando marcou o gol da vitória tricolor, até a titularidade cativa com o técnico Marcão, André mostrou as credenciais que fazem dele a maior revelação do Campeonato Brasileiro de 2021, segundo a equipe de Esportes do GLOBO e analistas de futebol convidados.

 

 

 

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Capitão da badalada Geração de Ouro de Xerém — safra de onde também saíram Marcos Paulo, João Pedro e outras joias —, André caiu nas graças da torcida na campanha que deverá ver o Fluminense confirmado na próxima Libertadores. Essa transformação se deu após a mudança de Roger Machado por Marcão no comando do time. A revelação admite que seu estilo de jogo “encaixou melhor” com a proposta do atual comandante. Há dois meses, André estendeu seu contrato com o tricolor até o fim de 2024.

— André é um jogador muito forte, que esconde muito bem a bola, tem uma saída apoiada muito boa. Faz um movimento que poucos fazem. Tem tudo para se firmar como um dos grandes do futebol brasileiro — disse Marcão. 

Para este ranking de revelações, elaborado pelo GLOBO pelo quinto ano seguido, foram considerados apenas os jogadores sub-23, que disputaram ao menos um terço das partidas desta Série A e que não haviam feito volume superior de jogos em edições anteriores.

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A turma de 2021 se destacou pela solidez, apesar da pouca idade. Não são necessariamente estrelas badaladas, prometidas prematuramente por dezenas de milhões de euros a clubes europeus, mas talentos consistentes, acionados regularmente na temporada. É o caso de Vanderson, segundo colocado do ranking e uma das poucas boas notícias de um Grêmio que caminha para a segunda divisão. O lateral participou de 30 partidas neste Brasileirão, muitas delas como titular.

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O pódio se completa com o talento mais jovem da lista: o zagueiro Kaiky, de 17 anos, mais um Menino da Vila. Ele disputou 15 partidas com a camisa do Santos nesta Série A e tem aproveitado a oportunidade como titular nesta reta final. 

As outras revelações

André é o quinto jogador a ser eleito a revelação do Brasileirão pelo GLOBO e o segundo a sê-lo com a camisa do Fluminense, depois de Pedro, hoje no Flamengo, levar a melhor em 2018.

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O primeiro escolhido, em 2017, foi o meio-campista Arthur, um dos destaques do Grêmio campeão da Libertadores sob o comando de Renato Gaúcho. Apesar dos 21 anos à época, o jogador era o “dono” do meio-campo — tanto que chamou a atenção do Barcelona, para onde se transferiu. A jornada na Europa, porém, tem sido de altos e baixos, agora no banco da Juventus.

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O futuro de Pedro, eleito no ano seguinte, também envolveu uma passagem pelo Velho Continente: ele foi vendido à Fiorentina, da Itália, mas logo depois repassado por empréstimo ao Flamengo, que adquiriria seus direitos em definitivo e o transformaria em 12º jogador e sombra de Gabigol.

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No rubro-negro, Pedro tem a companhia de Michael, a revelação de 2019 enquanto defendia o Goiás. Recomendado por Jorge Jesus, o atacante teve dificuldades em seu primeiro ano no Flamengo, mas brilhou, enfim, nos últimos meses de 2021, durante a criticada gestão de Renato Gaúcho.

 

Já no ano passado, a principal revelação do campeonato foi o palmeirense Gabriel Menino. Depois da convocação para a seleção brasileira e do ouro olímpico em Tóquio, o versátil jogador — que atua no meio e na lateral direita — tentará recuperar o prestígio perdido com o técnico Abel Ferreira nesta temporada. 

(Votaram Alexandre Lozetti, Ana Thaís Matos, Bernardo Coimbra, Bruno Marinho, Carlos Eduardo Mansur, João Pedro Fonseca, Leonardo Miranda, Marcello Neves, Martín Fernandez, Paulo Vinícius Coelho, Rafael Oliveira, Tatiana Furtado e Vitor Seta)


O Globo terça, 07 de dezembro de 2021

MILA MOREIRA SE ENCANTOU: SE MORER AMANHÃ, JÁ FIZ TUDO O QUE QUERIA, DISSE A ATRIZ

 

Mila Moreira: 'Se morrer amanhã, já fiz tudo o que queria', disse atriz

 

Mila Moreira em sua casa, num registro de 2003: 'Vivo bem, namoro, me divirto'

 

 

A sociedade questiona mulheres que não têm filhos. É como se a pessoa a partir de certa idade precisasse, constantemente, explicar por que motivos não se tornara mãe. A atriz Mila Moreira, que faleceu nesta segunda-feira, aos 75 anos, encarava esse tipo de pergunta durante entrevistas de forma bastante direta, dizendo que não teve filhos por opção e era muito feliz assim. Da mesma forma, desde o início da conservadora década de 1980, Mila já exaltava sua individualidade ao afirmar que não dependia de estar acompanhada para se sentir bem.

Mila Moreira: Relembre a trajetória da atriz, que faleceu nesta segunda

- Descobri que é muito importante ficar só, embora também saiba que nunca se deve dizer "desta água não beberei". Eu já bebi todas. Algumas foram remédios, com outras me envenenei. Mas quero curtir minha liberdade, viver minha carreira, minha casa, as viagens. Sem compromisso afetivo. Ando muito pouco exigente com meu conceito de felicidade. Ser feliz é estar vivo. O resto acontece naturalmente. Até o amor - disse a atriz ao GLOBO em agosto de 1982, aos 36 anos, quando estava no ar na novela "Elas por elas", de Cassiano Gabus Mendes.

 

Mila Moreira na época da novela 'Marron Glacê', em 1979
 

 

Três anos depois, em setembro de 1987, Mila interpretava Mumu Soares Sampaio em "Bambolê", a sua nona novela desde que havia deixado a carreira nas passarelas para se tornar atriz, nos anos 1970. Diante de uma pergunta que a fez refletir sobre os rumos tomados por sua vida, ela afirmou que nunca deixava de se questionar sobre isso, mas se considerava feliz com suas escolhas.

Mila Moreira: Atriz se afastou da TV devido a síndrome do pânico

- Eu me questiono sem parar e, às vezes, penso se não estaria melhor com os filhos que nunca tive, embora já tenha me casado. Também não fiz faculdade, só me formei em Contabilidade, e me pergunto se não seria bom voltar a estudar. Mas, em compensação, se eu não seguisse o caminho que segui, jamais teria viajado tanto. Tudo na vida tem duas mãos, é preciso abdicar de uma, e eu acho ótima a vida que escolhi. Além disso, sou otimista e me considero feliz. Aliás, tenho horror a gente negativa. Estar viva, ter saúde e trabalhar já é um privilégio.

Em 2010, aos 64 anos, quando interpretava uma guru da moda na novela "Ti ti ti", Mila continuava com a postura de autoconfiança e sem arrependimentos diante da vida. De acordo com uma entrevista à "Revista da TV", do GLOBO, a atriz vinha lidando de forma tranquila com as dores e as delícias do envelhecimento.

 

Mila Moreira e Tony Ramos durante troca de presentes no Natal de 1979

 

 

- Cuido da pele, sem exagero. Sou magra, mas tenho flacidez. Por isso, faço ginástica - contou, sem saudosismo: - Eu tive o meu tempo e brilhei. Fui ótima modelo e sigo como atriz. Vivo bem, namoro, me divirto. Tenho amigos que envelhecem comigo, brincamos com a própria terceira idade. É o ciclo da vida. Como dizia para a mamãe, se eu morrer amanhã, já fiz tudo o que queria. Só me entristece ver quem ainda perde tempo com bobagem. “Tomorrow is another day” é a melhor frase do mundo.

Mal súbito: Entenda o que é a causa da morte de Mila Moreira

Seis anos mais tarde, a artista nascida em São Paulo, filha de pais portugueses, vivia Gioconda Moretto Ferrari, a Gigi, na novela "Lei do Amor'. Àquela altura, após quase 30 produções para a TV e com a experiência de seis casamentos (ela já foi casada com o ator Luís Gustavo, o produtor musical Ronaldo Bôscoli e o designer Hans Donner, entre outros), a artista parecia ainda mais convicta a respeito dos caminhos que tomara na vida.

- Como não tive filhos, sempre foi fácil casar. Pensei em ter, mas estava sempre trabalhando e viajando. Não conseguiria criá-los, acho que criança tem que ter mãe. Além disso, nunca me senti segura financeiramente. Quando comecei não se ganhava o dinheiro que se ganha hoje.

 

Mila Moreira em 1982 com o ator Luís Gustavo, com quem foi casada

O Globo segunda, 06 de dezembro de 2021

FUTEBOL - MARACANÃ TERÁ GRAMADO HÍBRIDO EM 2022

 

Maracanã terá gramado híbrido para suportar 2022; saiba os detalhes

Estádio ficará fechado por 80 dias após fim do Brasileiro; possível ida do Vasco para concessão não é recomendada por CEO
Maracanã trocará gramado Foto: Divulgação
Maracanã trocará gramado Foto: Divulgação
 
 

O Maracanã ficará fechado por cerca de 80 dias, após o fim do Campeonato Brasileiro. A empresa que gere o estádio vai reformar o campo de jogo para a temporada de 2022. A principal novidade será a inclusão de grama sintética.

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O material artificial fará companhia ao gramado natural, que também sofrerá mudanças. A instalação de rolos de grama, prática em voga desde 2013, quando o estádio foi reaberto, deixará de acontecer. A ideia é voltar a plantar mudas no campo de jogo.

De acordo com Severiano Braga, CEO do Maracanã, a proporção será de 90% de grama natural e o restante de sintética, a ser “costurada” pela empresa suíça “GrassMax Systems”. A grama natural, plantada, possui capacidade de recuperação mais rápida depois das partidas do que o gramado de rolo. Para completar, a inclusão da grama sintética aumentará a qualidade da grama natural, uma vez que as perfurações no solo para a “costura” do gramado artificial criam pequenos canais que aumentam a absorção de água e nutrientes. 

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A reforma do gramado deverá custar entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, dinheiro que sairá do caixa da empresa responsável pela gestão do estádio, criada por Flamengo e Fluminense depois que os clubes assumiram a concessão do palco das finais das Copas do Mundo de 1950 e 2014. A ideia é finalizar o trabalho a tempo de o Maracanã receber a decisão do Campeonato Carioca de 2022.

—Vamos retirar entre 10cm e 15cm de terra. Depois, vamos entrar com a areia, fazer o caimento, e realizar o plantio da grama. Em seguida, é colocar água, adubo e esperar crescer — explicou Braga.

Sobrecarregado

A intervenção visa diminuir os problemas com o gramado do Maracanã. O campo é alvo de críticas recorrentes devido ao seu estado.

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Entre algumas dificuldades estruturais — parte do gramado passa cinco meses por ano na sombra e a falta de sol atrapalha o crescimento da grama—, o que mais atenta contra a qualidade do campo de jogo é a maratona de partidas a que ele é submetido.

Segundo Severiano Braga, o Maracanã recebeu 70 partidas em 2021. O número é grande por ser onde Flamengo e Fluminense mandam suas partidas. São Januário, casa do Vasco, e Nilton Santos, estádio do Botafogo, receberam na temporada 45 e 48 jogos, respectivamente, no levantamento da empresa que gere o estádio.

 
 

Veja vídeo:Lutador cubano comemora antes do fim da luta, toma contragolpe e perde medalha para brasileiro

Quando comparado a estádios estrangeiros, a diferença é ainda maior: Camp Nou, casa do Barcelona, recebeu 22 partidas em 2021. O Anfield, estádio do Liverpool, 25. Isso ajuda a explicar a diferença na qualidade do gramado.

Já sobrecarregado com Flamengo e Fluminense, o Maracanã pode receber partidas do Vasco em 2022. O clube de São Januário deseja participar da nova gestão do estádio: o Governo do Estado do Rio vai abrir licitação para definir quem ficará com a concessão do estádio pelos próximos 20 anos.

— Já está difícil manter o campo bom com a quantidade de jogos atual. Eu não recomendo que mais um time jogue no Maracanã. Essa estrutura que vamos instalar vai suportar a carga que temos hoje. Mais jogos do que já temos será um absurdo, via prejudicar demais a qualidade do espetáculo — afirmou Severiano Braga.


O Globo domingo, 05 de dezembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: COMEÇA NA QUINTA-FEIRA, COOM PREÇOS CONVIDATIVOS E DICAS DE 45 CARDÁPIOS

 

Rio Gastronomia 2021: Com preço convidativo, edição começa na quinta-feira com dicas de 45 cardápios

Evento no Jockey terá aulas com estrelas da cozinha, shows de grandes nomes da música brasileira, feiras de pequenos produtores e atividades para a criançada
Novidade. Ricardo Lapeyre, chef do Escama, serve arroz de bacalhau do Laguiole (R$ 38): homenagem à antiga casa Foto: Tomás Rangel / Divulgação
Novidade. Ricardo Lapeyre, chef do Escama, serve arroz de bacalhau do Laguiole (R$ 38): homenagem à antiga casa Foto: Tomás Rangel / Divulgação
 

Aulas com estrelas da cozinha, shows de grandes nomes da música brasileira, feiras de pequenos produtores, atividades para a criançada. É variado o cardápio da 11ª edição do Rio Gastronomia, o maior evento do gênero no país, de volta ao Jockey entre 9 e 12 e 16 e 19 de dezembro. Neste menu, claro, também entram os comes e bebes de cerca de 45 bares, restaurantes, food-trucks e bikes badalados que vão levar suas criações ao Pião do Prado. Nesta parte mais apetitosa do programa, fique de olho no prato Rio Gastronomia, sugestão especial de cada participante servida por R$ 25.

Ingressos à venda para o 11º Rio Gastronomia:garanta o seu

Nesta aguardada volta ao formato presencial, o visitante tem a oportunidade de provar receitas que fazem a fama da gastronomia carioca a preços atraentes.

Alguns campeões de edições anteriores estão de volta: sucesso em 2019 no Píer Mauá, a portuguesa Gruta de Santo Antônio, casa de reputação merecida em Niterói, atingiu a formidável marca de doze mil bolinhos de bacalhau servidos em um único dia. O petisco é vendido por dúzia (R$ 35) e na versão recheada com queijo Serra da Estrela (R$ 20 a unidade).

 

Bolo de chocolate imbatível

Presença assídua no evento, o chef Pedro de Artagão reúne hits próprios, como o torresmo de barriga (R$ 32) do Boteco Rainha e o imbatível bolo quente de chocolate com brigadeiro do Irajá (R$ 28), que teve 3,5 mil unidades vendidas em 2018.

Nomeado recentemente patrimônio cultural imaterial do Rio, o bolinho de feijoada teve sua receita compartilhada pela criadora Kátia Barbosa na edição de 2013. O quitute chegou a ter duas mil porções vendidas em um dia, e será atração do Katita, nova marca da chef, por R$ 6.

Rio Gastronomia 2021:conheça a programação gratuita com aulas de chefs

Além dos veteranos, há estreantes como o QuiQui, concorrido quiosque em São Conrado, e o Yayá, negócio da chef Andressa Cabral com a yabassê (cozinheira dos orixás) Carmem Virgínia. O QuiQui serve comidinhas de sabor praiano, como pastel de bobó de camarão (R$ 25, duas unidades), e o segundo, dedicado à comida popular e preta brasileira, divide espaço com delícias do Meza Bar, outro endereço de Andressa. Tem mini acarajé (R$ 35) e “burrito” de língua na cerveja preta com batata (R$ 25).

Aberto este ano, o Escama, casa de frutos do mar do chef Ricardo Lapeyre, também estreia nessa lista.

— A cidade sentiu falta do Rio Gastronomia, estou muito feliz com essa volta. Já participei algumas vezes à frente do Laguiole, mas é uma alegria debutar com o Escama — diz Lapeyre, que vai preparar o arroz de bacalhau do Laguiole (R$ 38), homenagem à sua antiga casa.

 

Ao vivoconheça as atrações musicais do Rio Gastronomia 2021

Já comprou o seu ingresso?

Os bilhetes do segundo lote custam R$ 50 (quinta e sexta) e R$ 60 (sábado e domingo). Os ingressos estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, mediante uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma segunda entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no site do Ingresso Certo.

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ, iFood e Loft, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.


O Globo sábado, 04 de dezembro de 2021

URCA COMPLETA 100 ANOS EM 2022, E LIVRO COMEMORATIVO DÁ INÍCIO AOS FESTEJOS

 

Urca completa 100 anos em 2022 e livro comemorativo dá início aos festejos

Até 1921, a urbanização da região se resumia a uma via, a Avenida Pasteur. Nem o nome 'Urca' existia
Bairro completa 100 anos em 2022 e livro comemorativo dá início aos festejos Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo
Bairro completa 100 anos em 2022 e livro comemorativo dá início aos festejos Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo
 

RIO — O Rio nasceu por lá, tal como aprendemos na escola, mas os primeiros cariocas, acossados pelos índios, donos da terra, logo buscaram pouso mais seguro nas alturas do Morro do Castelo. Na primeira metade do século passado, os dois primeiros focos de ocupação da cidade se aproximaram mais uma vez: restos da derrubada do histórico monte no Centro acabaram usados no aterro onde, em 1922, se ergueu um novo bairro. A Urca, nascida sobre as águas da baía, e no local de fundação da cidade, está a caminho dos 100 anos.

 Até 1921, a urbanização da região se resumia a uma via, a Avenida Pasteur. Nem o nome “Urca” existia. No ano seguinte o bairro como hoje conhecemos — com monumentos naturais emoldurando um dos recantos mais charmosos da cidade — ganhou vida. Toda essa trajetória da ocupação urbana na entrada da Baía, onde Estácio de Sá criou uma pequena vila fortificada aos pés do Morro Cara de Cão em 1º de março de 1565, batizada então como São Sebastião do Rio de Janeiro, começa a ser resgatada para o centenário do bairro. Os festejos, capitaneados pela Associação de Moradores da Urca (Amour), seguirão ao longo dos meses. Até janeiro, por exemplo, é possível se inscrever no Concurso de Pintura do Centenário da Escola de Educação Física do Exército e da Urca.

Nestes primeiros 100 anos, o bairro ganhou características próprias, como a proximidade com a natureza e a vocação turística. Só o Bondinho Pão de Açúcar — que surgiu antes do bairro, em 1912 — recebeu em novembro 78 mil visitantes. A Urca concentra ainda o maior complexo de escalada urbana do Brasil, com cerca de 350 vias, além da trilha mais percorrida do Rio, a do Morro da Urca, que sai da Pista Claudio Coutinho. Por ela chegam a passar mais de 20 mil pessoas por mês. Degradada no passado, hoje é um exemplo no Brasil de manejo de trilha de visitação intensa:

— Hoje a vida está totalmente recuperada por causa da parceria entre o Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e Urca e o Bondinho, que adotou a trilha e a Pista Claudio Coutinho — explica Delson Queiroz, diretor da Federação de Esportes de Montanha do Rio de Janeiro (Femerj) e representante da entidade no Conselho Consultivo do Monumento Nacional Pão de Açúcar, que integra área patrimônio da humanidade declarada pela Unesco.

 

Pelo bairro, também começou no Rio, e no país, a popularização do va’ a, ou canoa polinésia. O primeiro clube do esporte, o Rio Va’ a, que começou suas atividades em 2001 e está baseado na Praia da Urca, segue atuante como associação sem fins lucrativos. Recebe, inclusive, crianças da Escola Municipal Minas Gerais para aulas de educação física.

—A Urca acolheu tão bem o esporte que as canoas viraram parte da paisagem. O bairro é um lugar à parte, onde os moradores se conhecem e as pessoas se cumprimentam nas ruas. Me lembra cidades do interior da Feança— comenta Nicolas Bourlon, francês de Marselha, um dos pioneiros da canoa polinésia aqui e que vive com a família na Urca.

Quiz da vacina:  descubra quando tomar sua próxima dose no Rio

Uma das lutas dos moradores é preservar o clima de tranquilidade: no primeiro semestre deste ano, a Urca registrou apenas 9 roubos, ou 0,03% dos casos na capital. Para efeito de comparação, Botafogo teve 366 ocorrências no período. O cenário local é outro atrativo. Com casas de diferentes estilos, em parte preservadas, além de prédios baixos, abriga edifícios históricos, como o antigo Hospício dos Alienados D. Pedro II, hoje campus da UFRJ.

 

— É um bairro residencial, a maioria dos prédios não tem garagem. É importante um olhar diferenciado para a Urca, que tem um monumento natural e respira cultura. Na farmácia te conhecem pelo nome e no mercadinho ainda é possível comprar fiado — diz a presidente da Amour, Juliana Freire, antes de ressaltar que nem tudo são flores: — Hoje nós ficamos chateados com a confusão na mureta. Todo mundo pode desfrutar desse bairro encantador, onde Carmen Miranda se lançou para o mundo, no Cassino da Urca. Mas o que não queremos é bagunça.

 

Mureta

A famosa mureta à beira-mar, em alguns trechos chamada de “pobreta” (pela turma levar sua bebida ou comprar de camelô), é um ponto de encontro no pôr do sol para gente de toda a cidade. De frente para ela, na Avenida Portugal,vive o Rei Roberto Carlos, que outro dia virou notícia ao enguiçar no bairro seu Audi vermelho.

— O fato de poder tomar cerveja ao ar livre é o que me traz para cá. E sou da mureta e da pobreta — brincava o mineiro Geraldo Rocha, há 15 anos no Rio, enquanto comia um pastel de camarão do Bar Urca, Patrimônio Cultural Carioca.

Feirante na Urca, Mariana Silveira, que tem uma barraquinha de shitake e outros produtos, gosta de desfrutar com a namorada de Uberaba, em Minas, o mar, sempre limpo, da Praia Vermelha e o silêncio da mata:

— Para mim, a Urca é o interior dentro da cidade. É um lugar de grande sossego para andar de bicicleta e de segurança. Aqui, estrangeiros e o cotidiano se integram.

A educadora Martha Serra, há 35 anos bairro, conta que há famílias desde a fundação da Urca, cujo nome vem do morro, que lembraria uma antiga embarcação holandesa assim chamada. Martha é uma que fica de olho em qualquer legislação urbanística proposta que possa afetar o seu “quintal”. Moradores estão sempre em vigilância:

— Faz parte da gente esse amor pela Urca — resume.

 


O Globo sexta, 03 de dezembro de 2021

BRASILEIRÃO - TÍTULO DO ATLÉTICO-MG TEM GOSTO DE REPARAÇÃO HISTÓRICA

 

Título do Atlético-MG tem gosto de reparação histórica, mas diz mais do futuro do que sobre o passado alvinegro

Galo chega ao troféu nacional 50 anos depois do primeiro e vislumbra anos promissores com novo estádio e maior receita
 
Pedro Souza / Atletico

A imagem de Hulk com o braço direito erguido e punho cerrado prestando reverência ao ex-atacante Reinaldo, que assistia a tudo de olhos marejados da tribuna do Mineirão, domingo passado, é um dos momentos simbólicos da campanha do bicampeonato brasileiro do Atlético-MG, sacramentado nesta quinta-feira com virada sobre o Bahia por 3 a 2. Trata-se de uma justa homenagem ao ídolo que imortalizou o gesto de resistência, craque da melhor geração já formada pelo Galo, mas que não conquistou taças relevantes além das divisas de Minas Gerais.

Noite inspirada: Keno vai da várzea por dinheiro a herói do título brasileiro em sua própria terra

O título brasileiro que chega agora, exato meio século depois do primeiro, tem um sabor inegável de reparação histórica, depois de escorrer entre os dedos inúmeras vezes — sobretudo na geração liderada por Reinaldo nos anos 1970 e 1980. Mas, mais importante que isso, dá indicativos de um futuro que se desenha promissor — que é o maior desejo do atleticano. Não à toa, a torcida quebrou recordes seguidos de público no novo Mineirão, aguarda ansiosa pela inauguração do novo estádio e, ontem, lotou as ruas para festejar, da sede administrativa, em Lourdes, à Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte.

 — O Atlético fez por merecer, é o melhor time do campeonato, Hulk é o melhor jogador. O Atlético, que foi tão prejudicado.... Agora, chega o momento da justiça esportiva, esse título vem para corrigir muita coisa — desabafa ao GLOBO o ex-atacante Reinaldo, hoje com 64 anos.

Há razão para esse inconformismo de décadas, tanto de Reinaldo quanto do torcedor atleticano. Depois do título de 1971, conquistado por um time sem estrelas, mas de atletas operários — do goleiro Renato ao ponta Tião, passando por Dario —, a torcida do Atlético viu florescer uma geração talentosa de João Leite, Toninho Cerezo, Marcelo Oliveira, Paulo Isidoro e, claro, Reinaldo, que elevou as expectativas por uma nova taça. E tudo parecia convergir para isso já em 1977, quando o Galo ficou invicto em 20 partidas, com larga vantagem sobre o São Paulo, mas acabou perdendo a taça para o tricolor, nos pênaltis, diante de 102 mil torcedores no Mineirão — e sem Reinaldo, suspenso.

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Essa derrota foi um ponto de inflexão na história atleticana. Três anos depois, o time voltou à decisão, desta vez derrotado pelo Flamengo de Zico. Na final, o Atlético acabou com três expulsos pelo árbitro José de Assis Aragão, entre eles Reinaldo — um sentimento de injustiça alimentado pelos alvinegros até hoje, que ganharia força com a eliminação pelo mesmo rubro-negro na Libertadores-1981.

Nos últimos anos, o Atlético chegou à glória com um título heroico da Libertadores e um da Copa do Brasil sobre o maior rival. Na conquista continental, contou com a estrela de Cuca, que voltou ao clube este ano para levá-lo ao tão sonhado bicampeonato brasileiro. Ontem, ele foi questionado se já se considerava o maior técnico da história alvinegra e invocou o passado ao responder:

— Maior é o Telê. Se eu ficar em segundo, em terceiro, está bom — disse se referindo ao treinador de 1971, de quem promete repetir a promessa religiosa de ir a pé de Belo Horizonte até a Igrejinha do Pires, em Congonhas (MG).

Cereja do bolo

Mas se engana quem pensa que o torcedor alvinegro hoje olha apenas pelo retrovisor.

— A sensação da torcida é que estamos com time muito promissor, temos projeto, pretensões — diz Reinaldo.

Na segunda-feira, um evento na Arena MRV detalhou os planos de inauguração do novo estádio para 38 mil torcedores. Será aberto em 25 de março de 2023 e o primeiro jogo, um amistoso contra um europeu, está previsto para 19 de maio. É o trunfo para estabelecer um novo patamar de faturamento, capaz de aplacar a dívida crescente e seguir atraindo estrelas como Hulk (que marcou um ontem), atletas valorizados no cenário nacional (caso de Keno, que fez os outros dois) e continental (Nacho, Alonso, Zaracho ou Savarino).

 
 

E a Supercopa?Saiba quem será o adversário do Atlético-MG caso conquiste também a Copa do Brasil

Das inúmeras frases que expressam o amor que o atleticano sente pelas cores do clube talvez a mais lembrada seja a do escritor Roberto Drummond, o autor de Hilda Furacão, que escreveu certa vez que “se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante a tempestade, o atleticano torce contra o vento”. O que o torcedor mais deseja, após sair de uma fila de meio século, é que esses ventos sigam soprando — mas que continuem a favor do Galo.

 

O Globo quinta, 02 de dezembro de 2021

NOEMI GERBELLLI SE ENCANTOU: MORRE A DIRETORA OLÍVIA DE CARROSSEL

Morre a atriz Noemi Gerbelli, a diretora Olívia de ‘Carrossel’

A informação foi confirmada pela sobrinha da atriz. Gerbelli parte aos 68 anos

PG
Pedro Grigori
postado em 02/12/2021 00:55
 
 (crédito: Divulgação/SBT)
(crédito: Divulgação/SBT)

A atriz Noemi Gerbelli, mais conhecida por ter interpretado a diretora Olívia na novela Carrossel, do SBT, faleceu na noite desta quarta-feira (1º/11). A informação foi confirmada pela sobrinha dela, a atriz Vanessa Gerbelli, em uma postagem do Instagram.

Até a publicação desta matéria não havia sido divulgado a causa da morte da atriz.

 

O Globo quinta, 02 de dezembro de 2021

MINA MONA MONA, FEIRA DE ARTE E GASTRONOMIA , REUNE MULHERES CIS E TRANS DO RIO

Mina Mana Mona, feira de arte e gastronomia, reúne mulheres cis e trans no Rio

Evento acontece no próximo domingo, a partir das 15h, na nova sede da associação cultural Despina
Evento vai reunir 17 artistas de diferentes identidades Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
Evento vai reunir 17 artistas de diferentes identidades Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
 
 

Ao olhar para a história da própria família, a artista visual Mayara Velozo puxou o fio de uma rede de matriarcas. Avós, tias e mães trabalhavam com roupas e costura, numa relação que se revelou um rico material de base para a sua produção artística. “Uso o tecido como suporte para explorar a memória”, resume a moça, que combina tramas e panos para produzir parte de suas obras.

O histórico familiar reverbera também na maneira como Mayara enxerga o ofício. “Encaro a união entre mulheres como a possibilidade de criar o próprio nicho, enquanto o mercado ainda nos exclui”, afirma. Nada mais natural, portanto, que ela seja uma das 17 artistas participantes da Mina Mana Mona, que acontece no próximo domingo, a partir das 15h, na nova sede da associação cultural Despina (@despina.rio), em Santa Teresa.

Consuelo é diretora artística do espaço Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
Consuelo é diretora artística do espaço Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo

 

Diretora artística do espaço, Consuelo Bassanesi descreve o evento como uma feira de artes, ativismos, publicações e roupas, mas reconhece que é também um posicionamento político, ao promover a união de mulheres de todas as identidades. “Nossos projetos sempre incluíram pessoas LGBTQIAP+”, diz. “Acreditamos que a história do ativismo feminista é construída juntamente com pessoas trans e não-binárias.”

A artista Yuki Hayashi posa com a produtora cultural Naomi Savage Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
A artista Yuki Hayashi posa com a produtora cultural Naomi Savage Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo

 

Fundada em 2013, a Despina funcionava, até no ano passado, na Rua do Senado, onde abrigava exposições, residências artísticas e cineclubes. Agora, acaba de reabrir as portas no novo endereço, num imóvel compartilhado com o Espaço Mova, este voltado à dança. “Unimos forças para dar continuidade a projetos artísticos num momento em que tantos espaços foram fechados na cidade”, ressalta Consuelo, lembrando que a programação inclui bar e comidinhas veganas da KuzinhaNEM, projeto gastronômico da CasaNem, voltada ao acolhimento da população LGBTIAP+.

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Se o mote é agregar, Yuki Hayashi, que estará no evento com o coletivo de moda Fudida Silk, formado por travestis, afirma que a premissa cai como uma luva em tempos de ódio. “Sempre nos abraçamos e nunca houve um espaço de disputa entre nós (mulheres trans e cis). Se uma subir e a outra continuar numa situação vulnerável, não adianta.”


O Globo quarta, 01 de dezembro de 2021

SERRA GAÚCHA GANHARÁ UMA DISNEYLÂNDIA DO VINHO

 

Serra Gaúcha ganhará uma Disneylândia do Vinho

Be Wine, maior empreendimento enoturístico que o Brasil já viu, será construído ao custo de R$ 300 milhões
Divulgação Foto: Divulgação
Divulgação Foto: Divulgação
 

O brasileiro mergulhou de cabeça no vinho. Se volto a afirmar isso é porque assombra-me o ritmo insano de inaugurações de vinícolas e lojas especializadas em diversos estados. Há dias descobri que vem aí algo ainda maior: em 2022 começa, no Vale dos Vinhedos, ao lado de Bento Gonçalves, a construção da Be Wine — maior empreendimento enoturístico que o país já viu — a um custo de R$ 300 milhões.

 

Trata-se de uma aposta da gigante Wyndham (grupo com 9 mil hotéis no mundo) e quatro sócios locais. Em 60 mil metros quadrados de terreno no Vale dos Vinhedos, a Be Wine construirá numa encosta, em forma de terraços, 421 apartamentos com vista para bosques e vinhas — mas irá muito além disso. A Disneylândia vínica incluirá parquinhos com monitores e um museu do vinho hi-tech cuja zona sensorial permitirá tocar e cheirar os diferentes terroirs do mundo. Serão vários restaurantes, inclusive um suspenso na cobertura. Lá do alto enófilos poderão descer a escadaria em caracol que ligará os 12 (12!) andares da “maior adega vertical do mundo”.

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A “dança das águas” da fonte que enfeitará a entrada (coreografias de jatos e luzes como as de Las Vegas e da Disney) e o jardim suspenso também, prometem, será “a maior” (do mundo ?). O gigantismo do projeto e o fato de os sócios serem neófitos não assusta Maria Carolina Pinheiro, VP de novos negócios da Wyndham.

— Analisamos a localização e ficou claro que a demanda existe. Pode escrever: a gente acredita que não vai ser o único Be Wine, vão fazer um segundo, um terceiro e assim por diante.

Serão 36 meses de obra até poderem receber os primeiros hóspedes. A ver se tudo que foi prometido sairá do papel. Enquanto isso, famosas vinícolas vizinhas recebem enoturistas a todo vapor. A Miolo cofundou o maior hotel do vale, o Spa do Vinho; a Casa Valduga tem pousada própria; e ambas vendem pacotes de degustações e visitas. Ainda que esteja a anos-luz de Bordeaux ou Napa, com a chegada da Be Wine, o Vale dos Vinhedos cimentará sua fama de meca nacional do vinho.


O Globo terça, 30 de novembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: CONHEÇA AS ATRAÇÕES MUSICAIS

 

Ao vivo: conheça as atrações musicais do Rio Gastronomia

Atrações musicais encerram os oito dias de programação do 11º Rio Gastronomia, no Jockey Club de 9 a 19 de dezembro
A cantora Teresa Cristina: com repertório do melhor do samba na sexta-feira, dia 10 de dezembro Foto: Ricardo Nunes / Divulgação
A cantora Teresa Cristina: com repertório do melhor do samba na sexta-feira, dia 10 de dezembro Foto: Ricardo Nunes / Divulgação
 

Falta pouco. Após a edição virtual inédita do ano passado, o Rio Gastronomia, maior evento do gênero no país, volta ao formato presencial, agora no Pião do Prado, área nobre, ampla e aberta do Jockey Club Brasileiro, de 9 a 12 e de 16 a 19 de dezembro. Nesse reencontro com o público, o evento vai reunir aulas, bate-papos e degustações com chefs estrelados de todo o Brasil, além de convidados internacionais. A programação inclui filiais dos melhores restaurantes, bares, foodtrucks e bikes da cidade, feira de cachaças e de produtores do estado e programação infantil. E, para coroar cada dia, música da melhor qualidade.
Rio Gastronomia 2021:conheça a programação gratuita com aulas de chefs
Como já é tradição, entre provinhas de receitas e ensinamentos dos chefs, os visitantes do Rio Gastronomia 2021 vão curtir shows com grandes nomes da música brasileira. As noites no Jockey serão embaladas por muito samba, MPB, rock e outros gêneros, sempre a partir das 20h. Sucesso em edições anteriores realizadas no Píer Mauá e no próprio Jockey, as atrações musicais costumam entreter o público em uma grande celebração para encerrar os trabalhos. Em apresentações antológicas, já passaram pelos palcos do Rio Gastronomia artistas como Sandra de Sá, Alceu Valença, Jorge Aragão, Mart’nália, Moacyr Luz e Evandro Mesquita.
Na edição deste ano, marco da retomada das atividades culturais na cidade, quem inaugura os trabalhos é Geraldo Azevedo. Na noite de abertura, quinta, 9 de dezembro, o artista pernambucano com mais de meio século de trajetória vai desfiar no violão sucessos de seu repertório. A lista vai das baladas “Dia branco” e “Caravana” a forrós e xotes como “Moça bonita”. O músico divide parte do repertório com o cantor e compositor paulistano Marcelo Jeneci, craque da sanfona, em participação especial.
Ingressos à venda para o 11º Rio Gastronomia:garanta o seu
Rainha das “lives” durante a quarentena, Teresa Cristina sobe ao palco no dia seguinte, sexta (10/12), para defender o espetáculo “Um Sorriso Negro”. Ao vivo, a cantora resgata sambas inesquecíveis de artistas como Jovelina Pérola Negra, Candeia e Wilson Moreira. Com uma banda toda formada por mulheres, ela vai lembrar clássicos do naipe de “Alvorada”, de Cartola, “Zé do Caroço”, hino do repertório de Leci Brandão, e “Quantas lágrimas”, pérola da Velha Guarda da Portela, além da canção que dá nome ao show, tema dos compositores Adilson Barbado e Jorge Portela imortalizado na voz de Dona Ivone Lara.
— Estou feliz de estar no Rio Gastronomia por reencontrar o público e também por tocar de novo com as meninas. Faz muito tempo que não fazemos esse show, por causa da pandemia. Vai ser muito importante estar com esse grupo e tocar esse repertório feito especialmente para falar sobre o povo preto. Todas as canções são de compositores negros e, com isso, unimos a história do negro e a história do samba, que já são misturadas —diz a cantora.

Diogo Nogueira: atração da quinta-feira, dia 16 de dezembro, o músico apresenta o show 'Samba de verão' Foto: Marcos Hermes
Diogo Nogueira: atração da quinta-feira, dia 16 de dezembro, o músico apresenta o show 'Samba de verão' Foto: Marcos Hermes


Outro rosto conhecido que se multiplicou por lives durante a pandemia, o cantor Diogo Nogueira, que agitou o público no Píer Mauá em 2016, volta a se apresentar no Rio Gastronomia no dia 16, na abertura da segunda semana de programação. O músico vai mostrar seu novo show, “Samba de Verão”, que celebra e renova as tradições da velha guarda unindo sambas antológicos e canções inéditas. No repertório, calcado na trilogia de álbuns “Sol”, “Céu” e “Lua”, novidades como “Bota pra tocar Tim Maia” e “Ouro da mina” dividem espaço com sucessos perenes, a exemplo de “Pé na areia” e “Clareou”, além de versões para os clássicos da batucada “Alma boêmia”, “Verdade Chinesa” e “Deixa eu te amar”.
O primeiro fim de semana é para matar as saudades do Carnaval: no sábado (11) o irreverente bloco Toca Rauuul! apresenta releituras de canções consagradas e “lados B” de Raul Seixas. Representando as diversas fases e facetas do ícone do rock brasileiro, os músicos vestidos a caráter entoam clássicos como “Maluco beleza”, “Gita”, Aluga-se” e “Não pare na pista” em ritmo de frevo, marchinha, maracatu, ska, reggae, baião e funk. No domingo (12) a vez é do Bangalafumenga agitar a pista com suas conhecidas versões que unem funk, samba e outros ritmos brasileiros, além de músicas autorais do recém-lançado EP “Essa é pra Você!”, como “Maracatu embolado”.
No dia 17 (quinta), a Festa PLOC promete transportar o público direto para os anos 80, com hits saudosos daquela década.

Geraldo Azevedo: o intérprete pernambucano abre os trabalhos ao vivo, no dia 9 de dezembroFoto: Divulgação/Flora Pimentel
Geraldo Azevedo: o intérprete pernambucano abre os trabalhos ao vivo, no dia 9 de dezembro Foto: Divulgação/Flora Pimentel



A programação conta ainda com Max Viana, Max de Castro e Léo Maia. Eles se reúnem no projeto “Filhos da Música”, tributo aos seus pais — respectivamente, Djavan, Wilson Simonal e Tim Maia —, no dia 18. Na despedida, com direito a canja do sambista El Pavuna, o grupo Samba Independente dos Bons Costumes fecha a noite de domingo (19) com repertório cheio de suingue, que vai do partido alto ao pagode, passando por jongo e samba de roda.
Além dos shows, os visitantes vão assistir de perto a seus chefs preferidos na programação de aulas. Também estão convidados a provar quitutes conhecidos a preços atraentes, passear pelas feiras de cachaça e de pequenos produtores.
O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ e iFood, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio

 


O Globo segunda, 29 de novembro de 2021

FLAMENGO: SAÍDA DE RENATO GAÚCHO DEVE SER OFICIALIZADA ANTES DO TREINO

 

Elenco do Flamengo não 'segura' Renato Gaúcho e saída deve ser oficializada antes do treino

Treinador não deve fechar a temporada pelo rubro-negro e não fará resistência à demissão
Renato Gaúcho deve deixar o Flamengo nesta segunda-feira Foto: AGUSTIN MARCARIAN / REUTERS
Renato Gaúcho deve deixar o Flamengo nesta segunda-feira Foto: AGUSTIN MARCARIAN / REUTERS
 
 

O elo com os jogadores, que ainda mantinha Renato Gaúcho “vivo” nas últimas semanas antes da final da Libertadores, se fragilizou em função dos últimos resultados, e a saída deve ser consumada antes do treino desta segunda-feira. A atividade está marcada para 14h30 e um posicionamento da diretoria em conversas particulares com o técnico está previsto para a parte da manhã.

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O apoio dos jogadores e do departamento de futebol se da na intenção de que Renato seja preservado das últimas partidas do Brasileiro já que não ficará para 2022. No clube há o entendimento de que a cobrança exclusiva sobre o técnico não se faz justa.

 

A diretoria deve chegar a um acordo para interromper o contrato de Renato, que vai até 31/12, e o técnico não fará questão de criar resistência.

Despedida antecipada

A cena dos atletas do elenco do Flamengo em jantar com o técnico Renato Gaúcho e as respectivas famílias no Uruguai, sem a presença de membros da diretoria, após a perda do título da Libertadores, foi o sinal claro do fim do casamento entre clube e treinador. Nem o vice de futebol Marcos Braz nem o presidente Rodolfo Landim estiveram no encontro, que serviu como uma espécie de despedida.

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A saída ficou desenhada desde o vestiário do estádio Centenário até o voo de volta ao Rio, momentos em que Renato se mostrou bastante abatido. Único dirigente a falar após o vice-campeonato, o vice de futebol Marcos Braz, que também está sob pressão na diretoria, será o responsável por conversar com Renato sobre sua saída para que haja um comum acordo. O técnico também sabe e entende que o ciclo se encerrou após pouco mais de três meses, muitas goleadas e outras tantas decepções.

O clube dará início a um processo de reformulação que promete ir além da troca de comando.


O Globo domingo, 28 de novembro de 2021

LIBERTADORES: ANDREAS, RENATO E PREGUIÇA,- FLAMENGUISTAS APONTAM VILÕES DO VICE DA LIBERTADODES

Andreas, Renato e preguiça: Na saída do Centenário, flamenguistas apontam vilões do vice da Libertadores

Possibilidade de demissão do técnico conforta os rubro-negros
Renato Gaúcho é um dos alvos da insatisfação da torcida rubro-negra em Montevidéu Foto: Agustin Marcarian/Reuters
Renato Gaúcho é um dos alvos da insatisfação da torcida rubro-negra em Montevidéu Foto: Agustin Marcarian/Reuters
 

Na saída do Estádio Centenário após a derrota para o Palmeiras por 2 a 1, neste sábado, na final da Copa Libertadores, torcedores do Flamengo manifestaram chateação com o time como um todo, mas definiram o técnico Renato Gaúcho e o meia Andréas Pereira, além da falta de vontade, como os culpados pela derrota.

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- Tem horas em que parece que falta um pouco de vontade, principalmente dos caras que já têm um nome, parece que já não querem mostrar serviço. O time não jogou nada, olha o Filipe Luís no primeiro gol, uma bola nas costas dele, Bruno Henrique também não jogou nada – reclamou o empresário Bernardo Castro.

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O Palmeiras saiu à frente no placar no primeiro tempo de jogo em Montevidéu, com gol de Raphael Veiga em contra-ataque. Gabigol deixou tudo igual na etapa final, e o campeão da América em 2021 foi definido na prorrogação, em que Deyverson balançou a rede para o Alviverde.

- É o Renato Gaúcho, é jogador mole, preguiçoso. Eles não merecem mais a nossa torcida – desabafou Luciano Ramiro, visivelmente contrariado com o desempenho da equipe carioca.

 

Mais calmo, mas bastante revoltado com o treinador rubro-negro, o flamenguista Sergio Mineiro, que vive no Paraguai, abordou o que considera ser a parte positiva da derrota e de um ano sem títulos.

- O Renato vem insistindo no lado direito com Everton Ribeiro e Isla, e todo mundo já viu que não está dando certo. Outra coisa é que o Andreas já não estava bem, e não falo isso só porque ele errou no segundo gol, ele não deu volume de marcação. Mas o meu consolo é que o Renato vai embora, é o consolo neste ano frustrante e sem títulos – afirmou.

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A saída da torcida do Flamengo do Centenário se deu de maneira tranquila e sem confusões. Pouco mais de meia hora depois do apito final, o setor reservado aos rubro-negros já estava vazio, e poucos ainda transitavam pelos arredores.

 
 

- A gente planeja, vem cheio de sonhos, sai de longe, de Castanhal, no Pará, mas não deu certo. Depois que empatou, eu fiquei muito otimista. A gente viveu isso em 2019, uma virada em dois minutos, mas desta vez os caras acharam um gol, partiram para a retranca e a catimba e foram campeões. Agora é pensar na volta para casa, mas tenho três dias para curtir a cidade com a esposa e esfriar a cabeça – disse Rodrigo Carvalho ao lado da esposa, Juliana.

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Quem também já está pensando na volta para casa é o estudante João Pires. Com voz baixa, perceptivelmente abatido após o revés do Fla, ele quer chegar o quanto antes a Brasília.

O time do Flamengo estava desorganizado. O Palmeiras atacou duas vezes e fez os dois gols. Não tem como deixar de pôr na conta do Andreas (Pereira), mas também está muito na conta do Renato. Fica difícil engolir a derrota, dá vontade de voltar para casa logo. Vamos torcer para a viagem passar o mais rapidamente possível – admitiu.


O Globo sábado, 27 de novembro de 2021

VERÃO 2022: DEPOIS DE UM LONGO PERÍODO EM CASA, BUMBUM DEVE SER A ESTRELA DO PRÓXIMO VERÃO

Depois de um longo período em casa, bumbum deve ser a estrela do verão 2022

Região ainda tem direito a tratamentos inovadores para tratar flacidez, celulite e manchas
Depois de um longo período em casa, bumbum deve ser a estrela do verão 2022 Foto: Shutterstock
Depois de um longo período em casa, bumbum deve ser a estrela do verão 2022 Foto: Shutterstock
 

Ok, em pleno 2021, falar de projeto verão é meio demodê. Mas estar em paz com as suas curvas, não. E depois de quase dois anos escondido em casa por conta da pandemia, é capaz de o bumbum precisar de uns retoques para voltar às areias. “Hoje, a principal queixa é flacidez. Com o envelhecimento, os glúteos ficam ‘achatados’ e perdem firmeza. O que há de mais moderno é o tratamento em multicamadas, do músculo até a epiderme, o que antes não era possível”, diz o dermatologista Alessandro Louza Alarcão, de Goiânia, que atende no Rio duas vezes por mês, na clínica Juliana Neiva. “Muitas querem aumentar essa parte do corpo – e isso promete ser o boom da estação”.

O médico destaca o uso de bioestimuladores, para mais colágeno, e também de preenchedores de ácido hialurônico, para maior volume. “A vantagem dessa substância é ser biocompatível e reabsorvível, com duração de até um ano e meio”. Para quem não está confortável com a celulite, é hora de tratar derme e epiderme, eliminando as irregularidades. “Podemos usar ultrassom micro e macrofocado ou microagulhamento profundo associado à radiofrequência. E também laser de picossegundos e os fracionados, para dar mais viço”, explica Alarcão. Mas o médico faz um alerta: “Não vale esquecer da alimentação. Os principais inimigos são o açúcar, o estresse, o sol”.

Firmador Empina Bumbum, Feito Brasil, R$ 229 (feitobrasil.com) Foto: Divulgação
Firmador Empina Bumbum, Feito Brasil, R$ 229 (feitobrasil.com) Foto: Divulgação

Para simplesmente dar um up, é possível injetar um grande volume de ácido hialurônico, próprio para a área, e de bioestimuladores – no procedimento conhecido como Boom Booster. O tratamento, com anestesia local, tem até duas sessões. “A área pode ficar um pouco dolorida e com alguns hematomas por uma semana”, diz Igor Manhães, dermatologista na Clínica Les Peaux, no Rio de Janeiro.

A tendência é mesmo combinar procedimentos para melhores resultados. “Sobre a pele do glúteo é possível atuar com radiofrequência e bioestimuladores à base de ácido polilático, que estimulam a síntese de colágeno, deixando a pele mais firme e tratando a celulite”, diz o cirurgião plástico Luciano Esteves, da clínica Libert, no Rio. Ondas acústicas também são indicadas. “O resultado é duradouro e não deixa o problema voltar como antes”, explica a dermatologista Valéria Campos, de São Paulo.

Os especialistas salientam também que a atividade física não pode ser deixada de lado, já que é essencial para ter aumento de massa muscular e diminuição do percentual de gordura no corpo. Porém, algumas tecnologias podem potencializar os treinos. “O CMSlim consegue fortalecer a musculatura, inclusive do bumbum, com HI-EMT (Treinamento Eletromagnético Muscular de Alta Intensidade)”, conta a média Luciana Caldas, da Clínica ASLC, em São Paulo. O aparelho turbina os resultados da malhação em 30 minutos, ao estimular diretamente o músculo, que se remodela, ganhando tônus – e ainda queima gordura

Sérum Uniformizador, Sallve, R$ 89,90 (sallve.com.br) Foto: Diuvlgação
Sérum Uniformizador, Sallve, R$ 89,90 (sallve.com.br) Foto: Diuvlgação

Mesmo se você for adepta só da malhação, dá para ligar o turbo. É essa a intenção do método e.body. “São 20 minutos de treino funcional com eletroestimulação, que equivalem a duas horas de academia, para queimar até 350 calorias, com uma contração muscular muito melhor e intensa”, explica Marijana Marjanovic, fundadora da ebody. Um colete e faixas (nos braços, nas coxas e nos glúteos) estimulam profundamente a musculatura enquanto são realizados agachamentos, avanços, abdominais.

Finalmente, se o problema for manchinhas na região, na clínica Juliana Piquet, no Rio, o novo laser Lavieen é o queridinho do momento. “Ele pode ser usado no rosto e corpo para tratar manchas e linhas finas, e ser associado a peelings manipulados, deixando a pele hidratada e macia”, diz Juliana.


O Globo sexta, 26 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: DE UMBIGO DE PORCO A FORMIGA, PRATOS IMPERDÍVEIS

 

De umbigo de porco a formiga, pratos imperdíveis nos sete restaurantes brasileiros na lista dos melhores da América Latina

Salada de cogumelos da reserva dos yanomamis, caramelos puxa-puxa, favada e romanesco estão entre opções para experimentar nas casas que entraram para o ranking local promovido pelo The World’s 50 Best
Umbigo de porco do restaurante A Casa do Porco Foto: Divulgação/Mauro Holanda
Umbigo de porco do restaurante A Casa do Porco Foto: Divulgação/Mauro Holanda
 

O Brasil emplacou esta semana sete restaurantes na lista dos melhores da América Latina, ranking promovido anualmente pelo The World’s 50 Best. Mas, nesta edição, que não à toa levou o adendo de “Passado e futuro”, por conta da pandemia, o sistema de seleção mudou, o que alterou os resultados recentes que as casas vêm tendo, já que as mais novas levam desvantagem se forem considerados votos de anos atrás: o critério foi acumulativo, a soma dos últimos oito anos. A seguir, veja pratos para não perder nas melhores casas do país segundo o ranking, que teve restaurantes de São Paulo, Rio e Curitiba.

D.O.M.

De Alex Atala, SP (3º lugar). O cardápio costuma mudar, mas alguns hits não saem de cena. É torcer para ter a salada de cogumelos da reserva dos yanomamis, uma experiência única. Ou as vieiras que chegam com caju e tutano. Tem também o crispy de tapioca com lagostins e as formigas do Alto Solimões, com gostinho de capim-limão. Não custa pouco: para duas pessoas, com menu degustação harmonizado e até sete pratos, pode passar dos R$ 2 mil. Vale muito, tudo. (11) 3081-4599.

Alex Atala Foto: Reprodução do site do D.O.M.
Alex Atala Foto: Reprodução do site do D.O.M.

 

Projeto de de R$ 300 milhões:  Serra Gaúcha ganhará uma Disneylândia do Vinho

Maní

De Helena Rizzo, SP (7º lugar). Helena foi eleita a melhor chef mulher do mundo em 2014 e, em 2013, seu Maní entrou na lista dos melhores do planeta. No rol dos imperdíveis, estão o polvo na brasa com arroz de chorizo, grão de bico e aioli de açafrão (R$ 115) e o arroz negro com leite de castanha, hommus de castanha e banana da terra (R$ 61). (11) 97473-8994.

Casa do Porco

De Jefferson e Janaina Rueda, SP ( 11º lugar). Na edição The World’s 50 Best deste ano, o espaço foi o único brasileiro da lista mundial, chegando em 17º lugar. Original, com porcos criados soltos na fazenda da família, em São José do Rio Pardo, a casa está estreando cardápio novo. Vale experimentar as novidades, mas não se esqueça do Porco San Zé, assado por até oito horas (R$ 69). A degustação inclui o novo umbigo de porco com azeite de urucum, que é apoteótico. Custa R$ 185, com seis etapas. (11) 3258-2578.

Lasai

De Rafa Costa e Silva, RJ (22º lugar). O chef da casa que já marcou seu lugar entre as melhores do mundo troca sempre as atrações do cardápio-surpresa. Podem vir coisas como a batata-baroa com barriga de porco curada e creme de castanhas, espetacular, e o peixe marinado com couve-flor colorida, romanesco (só vejo ali) e caldo de peixe. Para fechar? Caqui com creme ácido e manjericão. O menu custa R$ 425. Se harmonizado, são mais R$ 250 por pessoa. Dê a si mesmo esse presente. Inesquecível. (21) 3449-1834.

 
 

Mocotó

De Rodrigo Oliveira, SP ( 23º lugar). O chef, premiado e televisivo, define sua cozinha como sertaneja. Grave esse nome: favada, a fava amarela cozida lentamente com linguiça, bacon e carne-seca (R$ 33,90). A moqueca vem com caju, banana da terra, maxixe, abóbora, folhas e é servida com arroz e farofa crocante de castanha e coco queimado (R$ 59,90). O café gelado cremoso com grãos do Alto Paranaíba (MG) é para sair cantando. (11) 2951-3056.

Oteque

De Alberto Landgraf, RJ (41º lugar). O sucesso e as premiações do chef e seu Oteque foram meteóricos. Com três anos de abertura, já exibe estrela Michelin. Se tiver que apontar o melhor dali, pulo logo para a sobremesa: a caixinha com caramelos amanteigados puxa-puxa. Mas no menu do chef há sempre gratíssimas surpresas. Ostras servidas com picles de maçã-verde; a lagosta glaceada montada no prato como uma pintura; a garoupa com pinole e uma colherada de ossetra ou a beterraba com porco curado, castanha de caju e um inusitado fermento seco. O menu com oito etapas (e mais café e beliscos) custa R$ 550, sem vinho. (21) 3486-5758.

Manu

De Manu Buffara, PR (49º lugar). Manu colocou Curitiba no mapa gastronômico mundial com a sua cozinha espetacular, onde privilegia insumos e tradições de seu estado. Criações para não perder: a couve-flor com castanha e bottarga; os morangos com algas e a ambrosia de priprioca com sorvete de iogurte e tuille de maracujá. O menu degustação custa R$ 385. Uma experiência e tanto. (41) 3044-4395.


O Globo quinta, 25 de novembro de 2021

BRASILEIRÃO - FLUMINENSE LEVA A MELHOR SOBRE O INTER E SE APROXIMA DA LIBERTADORES

 

Análise: Fluminense aposta no pragmatismo e se arrisca, mas leva a melhor sobre o Inter e se aproxima da Libertadores

Gol de Fred aos 3 minutos muda os rumos da partida e mostra um Internacional que não sabe ter a bola
Fred chegou ao 101º gol pelo Fluminense no Brasileiro Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Fred chegou ao 101º gol pelo Fluminense no Brasileiro Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

A vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Internacional, no Maracanã, pode ser considerada o triunfo o pragmatismo. Com um gol logo aos 3 minutos de jogo, os tricolores se apegaram a este resultado e moldaram sua atuação em torno dele. O técnico Marcão não teve vergonha de abrir mão do protagonismo da partida, mesmo com seu time jogando em casa, e apostou. Um risco que funcionou e deixou sua equipe mais próxima da vaga na Libertadores.

Bola de Cristal do Brasileirão: Ferramenta do GLOBO mostra chances de título, risco de queda e outros dados do seu time

Foram três pontos que parecem até mais, já que foi um duelo entre concorrentes diretos. Em sétimo, o Fluminense chegou aos 51 e abriu quatro para o Internacional, que vem logo atrás. Na briga por uma vaga na Libertadores, a importância de se manter nesta colocação e ainda ampliar a diferença para seus perseguidores é grande. Afinal, neste momento apenas o G7 é certo. Isso porque Flamengo ou Palmeiras, segundo e terceiro colocados, ficarão com uma das vagas de campeão do torneio continental, abrindo mais uma no Brasileiro.

O caminho tricolor, no entanto, ainda é duro. No domingo, visitará ninguém menos que o líder Atlético-MG, embalado com a proximidade do título. Uma semana depois, vai a Salvador enfrentar o desesperado Bahia, que ocupa o Z4.

O gol que definiu o comportamento das duas equipes foi marcado por Fred, em pênalti marcado pela arbitragem após a bola bater no braço de Bruno Méndez. Foi o 101º do centroavante pelo Fluminense no Brasileiro. Ele se igualou a Pelé como quarto maior artilheiro por uma única equipe.

A partir daí, o Fluminense compactou suas linhas em frente à grande área e esperou o Internacional atacar. Acostumada a jogar de forma reativa, a equipe gaúcha claramente não soube lidar com a nova realidade. Teve 69% de posse e finalizou 11 vezes a gol contra seis do rival (apenas uma certa).

O que mais se viu foram os colorados rodando a bola em frente à área tricolor sem saber como infiltrar, o que só conseguiram com lançamentos pelo alto. Na única boa chance que criaram, Marcos Felipe fez grande defesa em cabeçada de Cuesta e salvou.


O Globo quarta, 24 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: GRUPO REPAGINA O IPANEMA INN, QUE CHEGA COM RESTAURANTE BEM PRAIANO

Depois de dar cara nova ao Hotel Arpoador, grupo repagina o Ipanema Inn, que chega com restaurante bem praiano

A sustentabilidade foi outro fio condutor na nova fase do três estrelas
Camarões com cuscuz do Quitéria Café Foto: Eduardo Magalhães
Camarões com cuscuz do Quitéria Café Foto: Eduardo Magalhães
 

Uma repaginada solar e jovial aos 45 anos. Depois de 14 meses fechado, o hotel Ipanema Inn reabre cheio de novidades. As mudanças começam no ambiente, agora bem claro, repleto de plantas, cores quentes e luminárias de papel criadas por Thomaz Velho. Sem falar no lançamento do Quitéria Café, um restaurante tipicamente carioca, daquele que toma-se café da manhã na varanda e vai ficando, ficando até a hora do jantar.

A varanda convidativa do Quitéria Café Foto: Eduardo Magalhães
A varanda convidativa do Quitéria Café Foto: Eduardo Magalhães

O projeto, lindo, foi pensado pelo proprietário Daniel Gorin que, ao lado do irmão Marcelo, comanda a nova fase do Grupo Arpoador, que tem ainda o hotel Arpoador. A ideia principal foi integrar mais salão e entrada do hotel e colocar tudo de cara para a rua. Fica difícil passar pela Rua Maria Quitéria e não sentir vontade de entrar de tão sedutor que o espaço ficou. A sustentabilidade foi outro fio condutor na nova fase do três estrelas. “Uma experiência genuinamente carioca e verdadeiramente sustentável. Com esse olhar cuidadoso, implementamos princípios, design e uso de materiais naturais em nossos espaços, colocamos a saúde e o bem-estar no centro da nossa cultura de hospedagem”, diz Daniel.

 
O bun tem tudo para ser um hit Foto: Eduardo MagalhãesO bun tem tudo para ser um hit Foto: Eduardo Magalhães

O novo cardápio, criado por Alê Maidana, chef executiva do grupo, é recheado de ingredientes locais, clima praiano e comfort food. Prometem ser hit o super saudável muesli de aveia orgânica descansada por oito horas em leite de coco caseiro, acompanhado por chia, nuts, frutas frescas e secas; o divertido hot dog de camarão, com salsicha feita na casa com o crustáceo; e o frango à parmegiana acompanhado por um purê de batatas inesquecível.

É só chegar.


O Globo terça, 23 de novembro de 2021

ADMIRÁVEL GADO NOVO: POR QUE O CLÁSSICO DE ZÉ RAMALHO QUE CAIU NO ENEM CONTINUA ATUAL?

 

'Admirável gado novo': Por que o clássico de Zé Ramalho que caiu no Enem continua atual?

 

Zé Ramalho em 1978, antes do lançamento de 'Admirável gado novo'

 

 

O Brasil era governado pela ditadura militar quando Zé Ramalho lançou "Admirável gado novo", faixa de seu segundo disco, "A peleja do diabo com o dono do céu", em 1979. Na época, 15 anos após o golpe de 1964, o país já rumava para a "abertura lenta, gradual e segura" conduzida pelos generais. A censura prévia não era mais implacável como havia sido na gestão de Emílio Médici (1969-1974), e os artistas se sentiam um pouco mais livres para manifestar suas críticas. Foi nesse contexto que o cantor paraibano divulgou, aos 30 anos de idade, uma de suas letras mais políticas, usada como referência para uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. 

Sob influência de elementos considerados subversivos pelos homens de farda, como o compositor Geraldo Vandré e o filósofo Aldous Huxley, o poeta nascido em Brejo da Cruz oferece, em "Admirável gado novo", uma crítica à exploração das massas e à manipulação promovida pelo sistema para deixar a população alienada e conformada com o estado das coisas. A mensagem é bastante direta: o autor abre dizendo que "Esta é a canção do povo marcado/Do povo feliz", e segue com versos como "Vocês que fazem parte dessa massa/Que passa dos projetos do futuro", até se mostrar tão irônico quanto enfático: "Êh, oô, vida de gado/Povo marcado eh/Povo feliz".

 

Questão do Enem que usou 'Admirável gado novo' como referência

 

 

O nome da canção deixa óbvia a inspiração na distopia literária "Admirável mundo novo", do britânico Huxley. A obra, um clássico de 1938, imagina uma massa popular controlada por um governo autoritário com o uso da droga "soma", que, introduzida durante o sono, mantém as pessoas felizes e conformistas, evitando qualquer tipo de revolta ou conflito. É um povo sem vontade própria, que se submete sem queixas ao controle das autoridades, como um rebanho. O conceito, usado hoje para criticar apoiadores fanáticos de Jair Bolsonaro, motivou a expressão "Vida de gado", que aparece no grudento refrão de "Admirável gado novo" e, em 1979, sublinhava o conformismo da sociedade brasileira diante de um governo repressor.  

Enem 2021: Músicas que caíram na prova representam 'coração do Brasil'

Anos antes de seu lançamento, a letra dificilmente seria aprovada pela censura do regime militar. Mas 1979 foi o ano da aprovação da Lei da Anistia, que encejou o retorno ao Brasil de artistas e intelectuais exilados. O país começava a vislumbrar a volta da democracia, prometida pelo general João Figueiredo ao assumir a Presidência da República. A canção "Apesar de você", de Chico Buarque, um hino contra a ditadura proibido em 1971, havia deixado a lista de músicas proscritas. Ainda assim, Ramalho contou que recebeu telefonemas anônimos após o lançamento de "Admirável gado novo". "Ameaçavam-me dizendo que eu deveria parar de fazer letras políticas", disse ele ao GLOBO em 1996.

 

Zé Ramalho em 1983, quando lançou o álbum 'Orquídea negra'
 

A música fez sucesso ao ser divulgada, mas estava meio esquecida quando, 25 anos depois, foi incluída na trilha sonora da novela "Rei do gado", da TV Globo. A versão original da faixa era tocada durante as cenas de trabalhadores sem-terra que lutavam pela reforma agrária. Patrícia Pillar interpretava a personagem principal desse núcleo. Nas entrevistas sobre aquele resgate de seu trabalho, o cantor paraibano se mostrava feliz: "Tirando o lado romântico, a questão dos sem-terra é a trama mais importante da novela, e 'Admirável gado novo' é uma música de luta, de guerrilha. Ela foi feita em função da repressão do povo brasileiro. A letra é atual porque fala do conformismo do nosso povo", afirmou Ramalho ao GLOBO. 

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Hoje aos 72 anos de idade, o compositor ficou satisfeito mais uma vez quando soube que parte da letra escrita há mais de quatro décadas, quando ele ainda começava sua carreira, fora reproduzida no Enem numa questão de interpretação, que pedia ao candidato para indicar qual o comportamento social criticado pelos versos do autor paraibano. "É uma prova de que essa letra contém situações sociais e políticas atualizadas, acho que para sempre. Desde que o conceito de 'atualizada' refere-se à situação também 'para sempre' do povo brasileiro", escreveu ele em uma nota divulgada pelo site "G1".


O Globo segunda, 22 de novembro de 2021

RIO SHOW: CINCO BARES ONDE TODO DIA É DIA DE ROCK

 

Cinco bares onde todo dia é dia de rock

Cena roqueira da cidade volta a promover shows covers e festas concorridas, com espaço ainda para o rock experimental
The Rock Bar, no Jardim Botânico Foto: Alexandre Cassiano
The Rock Bar, no Jardim Botânico Foto: Alexandre Cassiano
 

Aumenta que isso aí é rock n’roll, já dizia Celso Blues Boy. Depois de mais de um ano e meio sem poder se esbaldar numa pista de dança, os cariocas voltam a ocupar as casas de shows e boates da cidade. A lista de boas opções para fãs de rock inclui casa no Jockey com mesa de sinuca e bela área externa, a volta dos shows num dos redutos roqueiros da cidade e, em breve, até um museu dedicado ao gênero. Confira.

The Rock Bar

O nome não deixa dúvidas. Funcionando dentro do Jockey Club, no Jardim Botânico, com uma bela área externa e mesas de sinuca, a casa recebe o público com um repertório que vai de clássicos do gênero a hits contemporâneos e BRock dos anos 1980. Hoje quem sobe ao palco é a banda Pepper Spray, com tributo a Red Hot Chilli Peppers, e sábado tem Purano tocando Pearl Jam. Mas a festa tem dia para acabar: a casa fecha neste fim de semana. Depois, abre dia 4 para a comemoração de cinco anos de atividades e só retoma a temporada em 25 de dezembro.

Jockey Club. Rua Jardim Botânico 1.011 (96686-1987 / 97577-2525). Qui a sáb, a partir das 20h. Shows às 23h. Grátis (até 21h), R$ 30 (ingresso) e R$ 60 (com consumação). Ingressocerto ou na bilheteria.

Bar Bukowski

Bar Bukowski, em Botafogo Foto: Divulgação
Bar Bukowski, em Botafogo Foto: Divulgação

Referência na cena roqueira carioca, o Bukowski, em Botafogo, voltou a receber shows na semana passada e comemora hoje seus 24 anos com uma dobradinha musical. Às 22h30, Rodrigo Santos (ex-Barão Vermelho) toca sucessos do rock nacional, seguido pela banda Black Circle (cover do Pearl Jam, aprovada pelo próprio Eddie Vedder). No sábado, tem The Mendes Trio. As apresentações acontecem em um palco com isolamento da plateia, e ainda não há previsão para as pisas de dança voltarem.

— Por enquanto, tem lounge. Pista ao pé da letra, lotada, só depois que estiver liberado o não uso de máscara em ambientes fechados — adianta o sócio Eduardo Mazzei.

Rua Álvaro Ramos 270, Botafogo. Qui, às 19h (só bar). Sex e sáb, a partir das 19h. R$ 13 (até 23h) e R$ 18.

Buffallos Bar

Na Zona Norte do Rio, a casa tem shows aos sábados e, a partir de dezembro, também nas sextas-feiras. Amanhã, apresentação da banda The Smiths Cover Brasil e Joint Vision, que homenageia Joy Division.

— Recebemos uma galera de toda parte do Rio e até da Baixada Fluminense. É muito gratificante ver as pessoas felizes e prestigiando o rock — celebra o dono Pedro Gonzalez.

Rua Arquias Cordeiro 316, Méier (97229-1121). Sáb, a partir das 20h.R$12.

Centro Cultural Rock Experience

Centro Cultural Rock Experience, na Lapa Foto: Divulgação
Centro Cultural Rock Experience, na Lapa Foto: Divulgação

Uma imersão na cultura roqueira é a proposta do espaço, que ocupa um casarão de quatro andares na Lapa. Sextas e sábados, há shows de covers, além de um karaokê dentro de um estúdio profissional. Hoje a atração é a banda Insulto (que toca Matanza), seguida da festa Growl. Amanhã é a vez de a Psycho Attack (System of a Down). Semana que vem o local ganha mais um palco e a Galeria do Rock, uma espécie de museu.

— O objetivo é criar um centro dedicado à música e celebrar a memória do rock — conta Marcelo Reis, que assumiu o imóvel do antigo Rio Rock & Blues Club em março.

Rua Riachuelo 20, Lapa (97888-5663). Sex e sáb, a partir das 19h . R$ 25.

Audio Rebel

Prestigiando a música experimental e independente, o espaço Audio Rebel recebe bandas autorais de rock e outros estilos, como jazz e MPB, de quinta a domingo. Neste sábado, quem agita o público são as bandas Acid Drop e Canella Seca. No domingo, a casa recebe Os Estudantes e Judy And The Outsiders.

 
 
Audio Rebel.

R. Visconde de Silva 55, Botafogo (98896-5972).  Qui a dom, de 20h a 22h30. Ingresso antecipado R$25 ou R$30 pelo site sympla ou no local.


O Globo domingo, 21 de novembro de 2021

TURISMO: BRASILEIROS VACINADOS COM DUAS DOSES DE CORONAVAC PODERÃO ENTRAR NO CANADÁ

Brasileiros vacinados com duas doses de Coronavac poderão entrar no Canadá

Medida passa a valer a partir de 30 de novembro e imunização completa deve ter ocorrido até 14 dias antes da viagem
O Castelo de Frontenac, um dos símbolos em Quebec City, no Quebec, Canadá Foto: Barberon-Ana / Divulgação
O Castelo de Frontenac, um dos símbolos em Quebec City, no Quebec, Canadá Foto: Barberon-Ana / Divulgação
 

RIO - A partir de 30 de novembro, turistas brasileiros vacinados com as duas doses de Coronavac poderão entrar no Canadá sem quarentena, assim como já acontece, desde setembro, com os imunizados com AstraZeneca, Pfizer, Janssen e Moderna. O Canadá segue os passos de outros países, como o Reino Unido, que também passou a permitir a entrada de pessoas que tomaram a vacina.

A Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantã, não será a única novidade na lista de vacinas aprovadas pelo governo canadense. Na mesma data, serão admitidos viajantes imunizados com Sinopharm e a Covaxim, do laboratório indiano Bharat Biotech. Todas vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para ser considerado completamente vacinado, conforme exigem as autoridades canadenses, o viajante precisa ter tomado a segunda dose (ou a dose única, no caso da Janssen) há pelo menos 14 dias antes do embarque. Um combinado de duas doses de vacinas diferentes (dentre as aprovadas) também é aceito.

O viajante precisa também apresentar um teste molecular negativo para Covid-19 feito até 72 horas antes do embarque. Também 72 horas antes do embarque, é preciso inserir o comprovante de vacinação (que pode ser a versão em inglês gerada pelo Conecte SUS) e outras informações de saúde no aplicativo ArriveCAN, que é gratuito e sem o qual não será possível sequer embarcar para o Canadá. Todas as informações estão neste site do governo do Canadá.


O Globo sábado, 20 de novembro de 2021

LAZER: DEZ ATIVIDADES PARA FAZER NO RIO DE JANEIRO NO FINAL DE SEMANA

 

Dez atividades para fazer no Rio de Janeiro no fim de semana

Show de Jards Macalé, exposição do Ziraldo e a volta do Baile Charme no Viaduto de Madureira são destaques na programação
Espetáculo 'Cazas de Cazuza' Foto: Divulgação
Espetáculo 'Cazas de Cazuza' Foto: Divulgação
 

A agenda do fim de semana está recheada de atrações em comemoração ao Dia da Consciência Negra por toda a cidade. As opções vão desde a volta do Baile Charme no Viaduto de Madureira e da roda de samba A Gloriosa, na Glória, até apresentações de dança organizadas pelo Grupo Cultural AfroReggae. Tem ainda inauguração da exposição "Terra à vista e pé na Lua", com obras de Ziraldo, e a apresentação da ópera-rock "Cazas de Cazuza". No Circo Voador, Jards Macalé comanda a casa. Confira a programação:

Rio é rua:  Uma lista de novos bares para você curtir na retomada

Show

Jards Macalé

Jards Macalé Foto: Leonardo Aversa : Leo Aversa / Leo Aversa
Jards Macalé Foto: Leonardo Aversa : Leo Aversa / Leo Aversa

Antigo amigo da casa, Jards Macalé retorna à lona da Lapa com o show de seu álbum “Besta fera”, indicado ao prêmio Grammy Latino 2019 de melhor álbum de música popular brasileira. O carioca apresenta ainda os clássicos dos seus mais de 50 anos de estrada.

Circo Voador: Rua dos Arcos s/nº, Lapa - 2533-0354. Sex, 22h. R$ 100.

Festival Polifonia

Bandas que têm lotado shows na reabertura em São Paulo, Terno Rei e Tuyo tocam no Festival Polifonia, no Vivo Rio, domingo (a partir de R$ 50). O evento, que dá espaço para artistas em ascensão na cena independente, tem ainda Romero Ferro, Clarissa, o rapper Felipe Flip e um show especial com expoentes do lo-fi brasileiro, gênero que explodiu nos últimos anos.

Vivo Rio: Av. Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo - 2272-2901. Dom, 16h. Classificação 16 anos. A partir de R$ 100.

Concertos

Festival Ópera na Tela

'O palácio encantado' Foto: Divulgação
'O palácio encantado' Foto: Divulgação

Uma tela gigante montada no Parque Lage exibe grande óperas até quarta-feira (24). Um dos destaques da programação é a récita “O palácio encantado”, de Luigi Rossi, que foi encenada pela primeira vez no século XVII, em Roma, e depois ficou esquecida durante 380 anos na biblioteca do Vaticano até ser redescoberta pelo maestro Leonardo Garcia Alarcon. A obra será exibida na segunda-feira (22).

Parque Lage: Rua Jardim Botânico 414, Jardim Botânico - 2334-4088. Até 24 de novembro, a partir das 19h. R$ 28. Programação completa no site http://operanatela.com/2021/.

Noite

Baile Charme de Madureira

Baile Charme retorna ao Viaduto de Madureira Foto: Divulgação
Baile Charme retorna ao Viaduto de Madureira Foto: Divulgação

 

 

Depois de quase dois anos sem passinhos, um dos bailes blacks mais antigos do Rio volta ao Viaduto de Madureira para celebrar o Dia da Consciência Negra. Batidas de hip-hop, R&B, neo soul, mid back e New Jack vão invadir a pista com os DJS residentes Fernandinho, Michell e Vig, além de convidados.

Viaduto Negrão de Lima, Madureira. (21) 99919-5942 (Leno) ou (21) 96475-2020 (DJ Michell). Sáb, 22h. Ingresso R$ 25 antecipado via sympla ou R$ 30 na hora. Classificação: 18 anos.

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Teatro

'Cazas de Cazuza'

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A ópera-rock que fez sucesso em 2000 — assistida por 80 mil espectadores e sua trilha virou CD e está no streaming —, volta à cena reformulada. O musical em tributo a Cazuza mostra a história de oito personagens que têm o cotidiano permeado por temas como sexo, drogas, amor e preconceito, também presentes nas 20 músicas de Cazuza que costuram a trama, como “Ideologia” e “Brasil”.

Vivo Rio: Av. Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo - 2272-2901.  Sáb, 21h. R$ 80.

Dança

Grupo AfroReggae

Como parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, o Grupo Cultural AfroReggae apresentará três companhias de dança: CIA Canm, Cia Laboratório de Arte Negra em Movimento, criada em 2012, com o Manifesto ELEKÔ, a Cia L2C2, “Dulce Ìyá mi – Dulce minha mãe”, e Grupo Makala, com A Viagem das Eborás.

 

Teatro Prudential: Rua do Russel, 804, Glória - 3553-3557. Sáb, 11h. Ingressos R$40 via sympla ou no local.

Eventos

Roda de samba 'A Gloriosa'

Marca registrada da tradicional Feira Livre da Glória, a roda volta a animar o público com sambistas de primeira sob o comando do Mestre Paulão 7 Cordas. Com a retomada dos eventos ao ar livre, a Gloriosa, que já acontece há 10 anos no mesmo local, traz, além do samba, uma área gastronômica diversificada.

Feira da Glória: Av. Augusto Severo. Dom, a partir das 15h.

Exposição

'Terra à vista e pé na Lua'

Com personagens icônicos criados por Ziraldo, como Menino Maluquinho e a série Zeróis, em painéis de até dois metros de altura, a exposição propõe um passeio pela aventura humana rumo ao desconhecido, da chegada dos europeus ao Brasil às conquistas espaciais. A mostra inicia as celebrações do centenário do museu, em 2022. Até 20 de fevereiro.

Museu Histórico Nacional: Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro - 3299-0324. Qui a sáb, das 10h às 16h. Grátis.

Infantil

‘Bem no meio’

Peça 'Bem no meio' Foto: Rê Duarte/DuHarte Fotografia
Peça 'Bem no meio' Foto: Rê Duarte/DuHarte Fotografia

Idealizado pela multiartista Karen Acioly, o espetáculo conta a história de Bem, uma menina que consegue entrar e sair dos livros. Com música do compositor francês Camille Rocailleux, a apresentação mistura o canto lírico e a literatura à dança e à projeção digital. Participação especial do coro infantil da UFRJ. Nas sessões presenciais, o público poderá assistir a performance do elenco interagindo com as projeções. Nas sessões contemplativas, o espetáculo acontece em formato cinemópera (cinema + ópera + instalação).

 
 

Oi Futuro: Rua Dois de Dezembro 63, Flamengo - 3131-3060. Sessões presenciais: 21 (11h30) e 27 (16h) de novembro. Sessões contemplativas: todos os fin de semana, de 28 de novembro a 19 de dezembro, às 15h, 16h, 17h. Agendamento obrigatório pelo email bemnomeio.operainfantil@gmail.com. Grátis.

Museu do Pontal

A nova sede do museu na Barra oferece programação infantil ao longo do fim de semana com "visita musicada" pelas exposições do museu, especializado em arte popular, e um baú de brinquedos a ser explorado. Neste sábado, em comemoração ao Dia da Consciência Negra, os pequenos poderão ainda participar de uma aula de capoeira (10h) e da contação de histórias das culturas africanas (15h).

Museu do Pontal: Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra. Qui a dom, das 9h30 às 18h. Contribuição voluntária. Programação completa no Instagram @museudopontal e no site http://www.museudopontal.org.br/.


O Globo sexta, 19 de novembro de 2021

FERNANDA NOBRE: ATRIZ COMENTA VIDA SEXUAL NA PANDEMIA

 

Fernanda Nobre comenta vida sexual na pandemia: 'Só adolescentes continuam excitados nesse cenário'

Prestes a entrar no ar em "Um lugar ao sol", atriz fala sobre identificação com personagem empoderada e casamento com o diretor José Roberto Jardim
A atriz Fernanda Nobre Foto: Divulgação/Giselle Dias
A atriz Fernanda Nobre Foto: Divulgação/Giselle Dias
 

Prestes a entrar no ar com uma participação na novela das nove, “Um lugar ao sol”, da TV Globo, Fernanda Nobre avisa que se identifica bastante com a personagem, Maria Fernanda. “É uma mulher livre de moralismos”, diz.

A moça chegará à trama na próxima semana para revelar ao personagem de Cauã Reymond que teve um filho dele. "Ela é julgada pela família como se estivesse querendo dinheiro. Mas, na verdade, quer o apoio paterno, a presença do pai para o filho", conta.

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Ao falar sobre os pontos de identificação com a personagem, Fernanda ressaltou o fato de Maria Fernanda ter decidido sozinha ter o filho. "Ela entendeu que não dependia de ninguém para isso. Muitas mulheres tomam decisões parecidas. É claro que isso requer uma segurança financeira e emocional. Mas acho admirável observar como é uma escolha da mulher."

 

Casada com o diretor José Roberto Jardim na vida real, a atriz também comentou como a pandemia impactou na vida a dois. “Só adolescentes continuam sentindo tesão nesse cenário. Por mais que o casal tenha intimidade e se dê bem, passamos por algo muito forte. Natural interferir no sexo”, reconhece.

Quanto ao casamento em si, Fernanda afirma que ela e o marido ficaram ainda mais unidos. "Passar por tudo esse período juntos foi como uma renovação", comenta. "Houve desgastes, mas nada que configurasse uma crise." 


O Globo quinta, 18 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: ONDE COMER O CLÁSSICO PÃOZINHO BAO

 

Receita que vem da China: onde comer o clássico pãozinho bao

A massa fofinha, cozida no vapor, ganha recheios dos mais diversos em negócios da cidade
Quitéria Café, no térreo do hotel Ipanema Inn: três sugestões de bao no cardápio Foto: Eduardo Magalhães / Divulgação
Quitéria Café, no térreo do hotel Ipanema Inn: três sugestões de bao no cardápio Foto: Eduardo Magalhães / Divulgação
 

Quem é fã da culinária oriental já deve conhecer o bao – ou bun, como é chamado em inglês. O pãozinho chinês cozido no vapor, de massa fofinha e levemente adocicada, pode ter diversos recheios e formatos – o mais comum por aqui é o sanduichinho em meia-lua, iguaria típica nas ruas de Taiwan. Popularizado pelo chef David Chang no nova-iorquino Momofuku Noodle Bar, o pequeno notável logo virou febre pelo mundo e, ultimamente, tem ganhado espaço em outras cozinhas, além das asiáticas.
- O bao é divertido, gostoso e permite brincar com as variações – defende o chef argentino Gonzalo Vidal, que prepara três versões fixas e outras volantes no bar da pousada Casas Brancas, em Búzios.
Para quem quiser se aventurar em casa, a Tudo Bao, criada há dois anos por duas estudantes de comunicação, mistura ingredientes asiáticos e tropicais (como teriyaki de melado) em eventos como Junta Local e Feira Hype, e vende os pãezinhos congelados por delivery (peça pelo Instagram: @tudo.bao).

11º Rio Gastronomia, de 9 a 19 de dezembro:garanta seu ingresso

Saiba onde provar o acepipe aqui no Rio:

Bão Culinária Afetiva: o recheio de pancetta é sugestão na casa em Copacabana Foto: Divulgação
Bão Culinária Afetiva: o recheio de pancetta é sugestão na casa em Copacabana Foto: Divulgação

Bão Culinária Afetiva
Aberto só para delivery, em julho, o negócio de inspiração italiana e sotaque mineiro comandado pelo chef Kiko Faria (com passagens por casas como Gero e Quadrifoglio) ganhou uma mesa do chef com apenas oito lugares no salão. Presencialmente, é servido um menu degustação (R$ 185,00), mas para receber em casa as sugestões são à la carte. Nessa ala, entra em cena o bun recheado com pancetta (ou barriga de porco) crocante, picles de legume e aïoli de abacate (R$ 32,50, duas unidades). Outras receitas com o petisco podem entrar nas criações diárias do chef.
Rua Raimundo Correa, 10, sobreloja 201, Copacabana – 99812-9976.

Haru Sushi Bar
Para começar os trabalhos no pequeno restaurante japonês conhecido pelos preparos cuidadosos, é boa pedida a porção com dois bunstonkatsu (R$ 32,50). Os pãezinhos chegam recheados com porco crocante empanado, sunomono, picles de cebola-roxa e wasabi com nori(alga marinha).
Rua Raimundo Correia, 10, Copacabana – 2547-6867. Ter. a dom., do meio-dia às 23h30.

Kitchen Asian Food
Servido na panelinha de bambu, como manda a tradição, o sanduichinho é uma das estrelas do asiático contemporâneo na Marina da Glória, recheado de costelinha bovina temperada e desfiada, com chutney de abacaxi (R$ 33,00).
Av. Infante Dom Henrique, s/nº, loja 101, Aterro do Flamengo – 4042-6161 e 98685-5555 (WhatsApp). Seg. a qui., do meio-dia às 23h. Sex. e sáb., do meio-dia às 23h30. Dom., do meio-dia às 21h.

Dupla de bao com porco crocante, chutney de manga, picles de pepino e aïoli de sriracha (R$ 40,00): no cardápio do Manabu Sushi Foto: Leandro Nakamura / Divulgação
Dupla de bao com porco crocante, chutney de manga, picles de pepino e aïoli de sriracha (R$ 40,00): no cardápio do Manabu Sushi Foto: Leandro Nakamura / Divulgação

Manabu Sushi
No japonês moderninho embaixo do hotel Fairmont, no Posto 6 da Praia de Copacabana, o chef André Alves prepara a dupla de bao, com porco crocante, chutney de manga, picles de pepino e aïoli de sriracha (R$ 40,00).
Av. Atlântica, 4240, Copacabana – 99422-1586. Ter. e qua., das 19h à meia-noite. Qui. e sex., das 19h à 1h. Sáb., das 13h à 1h; Dom., do meio-dia às 20h.

Pato com Laranja
No gastrobar em Ipanema, a chef Andrea Tinoco serve o bun em pares, com recheio de pato confit com teriyaki e legumes (R$ 32,00), alem de uma opção vegana feita com burger de cereal, cogumelos, tomate, rúcula e aïoli de castanha de caju (R$ 25,00). Em dezembro, entra em cartaz uma variação com barriga de porco.
Rua Visconde de Pirajá, 539, Ipanema – 2540-8380. Diariamente, das 6h à 1h.

Quitéria Café
No térreo do hotel Ipanema Inn, o espaço foi reinaugurado há pouco repaginado, após mais de um ano fechado. Com forte vocação para brunch, o cardápio assinado pela chef argentina Alê Maidana traz comidinhas para qualquer hora do dia. Servido a partir das 11h, o bao aparece em três versões, sempre em duplas: frango frito (R$ 36,00), barriguinha de porco (R$ 34,00) ou cogumelos shimeji (R$ 35,00).
Rua Maria Quitéria, 27, Ipanema – 2267-4603. Diariamente, das 7h às 22h.

Drinqueria Zaya: o bao recheado pode acompanhar as sugestões da carta Foto: Divulgação
Drinqueria Zaya: o bao recheado pode acompanhar as sugestões da carta Foto: Divulgação

Zaya
Com cardápio assinado pelo chef Ricardo Lapeyre, do Escama, a novata drinqueria no Leblon traz finger foods (ou comidinhas para degustar com as mãos) para acompanhar os coquetéis criados pelo premiado mixologista argentino Tato Giovannoni. Na lista dos comes, o bao aparece em duas versões: recheada de barriga de porco bem macia com temperos asiáticos, ou vegana, com berinjela empanada e maionese verde de abacate. Cada dupla vem também com picles de pepino e cebola-roxa e custa R$ 38,00.
Rua Dias Ferreira, 64, loja A, Leblon. Ter. a sáb., das 18h às 2h. Dom., das 14h às 23h.

74 Snack Bar
Vale pegar a estrada até Búzios para provar as criações do argentino Gonzalo Vidal na pousada Casas Brancas. No bar de comidinhas, com direito a pôr-do-sol na Orla Bardot, ele prepara três recheios diferentes para o bao: cogumelos ao teriyaki (R$ 36,00), peixe crocante e camarão empanado (R$ 42,00 cada opção).
Rua Alto do Humaitá, 10, Búzios – (22) 2623-1458. Qua. a dom., das 17h às 23h.

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy e Coca-Cola, apoio de Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ e iFood, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.


O Globo quarta, 17 de novembro de 2021

BRITNEY SPEARS: VOCÊS SALVARAM MINHA! VIDA

 

'Vocês salvaram minha vida', diz Britney Spears sobre fãs

Cantora fez vídeo para comentar fim da tutela de 13 anos
Britney Spears Foto: Steve Granitz / WireImage
Britney Spears Foto: Steve Granitz / WireImage
 

Na sexta-feira, Britney Spears finalmente viu o fim de sua tutela, que jpa durava 13 anos. Como forma de agradecimento, a cantora fez um vídeo em que cita a importância do movimento Free Britney para tal decisão e ainda fala sobre o que fará depois esse período de privação de seus direitos.

"Sou agradecida por estar onde estou e por ter as chaves do meu carro, de ser independente e ser como uma mulher. Ser capaz de ver dinheiro em espécie, era algo que eu não via há muito tempo. Ser capaz de comprar velas. São coisas pequenas mas que fazem uma diferença enorme", disse a estrela num trecho.

E ela continuou: "Não estou aqui para ser vítima. Eu vivi com vítimas a minha vida inteira quando eu era criança, por isso saí da minha casa e eu trabalhei por 20 anos e dei muito duro. Estou aqui para ser ativa para as pessoa com deficiências reais e doenças reais. Eu sou uma mulher muito forte e eu imagino o que o sistema tem feito para essas pessoas. Espero que minha história tenha um impacto e faça algumas mudanças no sistema corrupto".


O Globo terça, 16 de novembro de 2021

ANIMAÇÃO: BOB CUSPE, DESENHO BRASILEIRO, CHEGA AOS CINEMAS

 

Premiado no 'Oscar da animação', desenho brasileiro 'Bob Cuspe' chega aos cinemas

Filme traz cartunista Angeli refletindo sobre sua obra e personagem punk revoltado com autor; Bonequinho aplaude
Filme de Bob Cuspe, personagem de Angeli Foto: reprodução
Filme de Bob Cuspe, personagem de Angeli Foto: reprodução
 

Quem assiste à animação “Bob Cuspe — Nós não gostamos de gente” ganha três filmes em um.

Ele é um documentário em que o cartunista Angeli reflete sobre sua obra, explica influências sobre suas criações e lembra sua relação com personagens clássicos como a ninfomaníaca alcoólatra Rê Bordosa.

Ele é, também, uma espécie de road movie em que o revoltado Bob Cuspe tenta deixar a cabeça de seu criador para encontrá-lo e tirar satisfação sobre a decisão de sua morte.

E, por fim, ele é uma epifania punk em que não importa o que pensam Angeli ou Bob Cuspe. A ideia é sentar na frente da tela e deixar o caos fluir como música.

Dirigido por Cesar Cabral, “Bob Cuspe” foi lindamente produzido em animação stop-motion com bonecos de massa de modelar. Em seu lado documental, o filme traz depoimentos de Angeli e de pessoas próximas, como sua mulher, a arquiteta Carolina Guaycuru, e a amiga e também cartunista Laerte — todos emprestando suas vozes ao filme, mas representados por bonecos. Logo no início, Angeli diz que se incomoda quando se torna repetitivo e coloca para tocar na vitrola a música “Chiclete com banana”, de Jackson do Pandeiro, o mesmo título da famosa revista dos anos 80 de que Angeli foi cofundador.

 Mais à frente, Laerte analisa o trabalho do amigo: “Ele está dando um passo em direção a uma maturidade artística. O traço dele tem se transformado, quase como uma forma de vida diferente, como uma lagarta que se transforma em crisálida para se transformar em borboleta”.
 
Em paralelo, Bob Cuspe (voz de Milhem Cortaz) e os Irmãos Kowalski (voz de Paulo Miklos) tentam deixar o casulo da criação para se encontrar com Angeli. No caminho, enfrentam miniaturas mutantes de Elton John e esbarram com o guru Rhalah Rhikota (voz de André Abujamra), outras referências à obra clássica do autor.

O resultado é uma mistura muito bem equilibrada pelo roteiro — o que levou “Bob Cuspe” a vencer a Mostra Contrechamp , no Festival de Annecy, o principal do mundo para animações. Afinal, como diz o personagem, punk is not dead.


O Globo segunda, 15 de novembro de 2021

LITERATURA: TRÊS NOVAS ANTOLOGIAS REVIVEM A ERA DE OURO DA CRÔNICA, DE RUBEM BRAGA A ANTÔNIO MARIA

 

Três novas antologias revivem era de ouro da crônica, dos 'sabiás' de Rubem Braga a Antônio Maria

Os livros 'Os sabiás da crônica', 'Vento vadio' e 'A fina flor de Stanislaw Ponte Preta' trazem os cronistas que brilharam nos anos 1950 e 1960 e remetem à produção atual democratizada na internet
Os cronistas Foto: Arte sobre fotos de arquito
Os cronistas Foto: Arte sobre fotos de arquito
 

RIO — Nunca mais haverá um time como esse. Rubem BragaPaulo Mendes CamposVinicius de MoraesFernando Sabino, Carlinhos de Oliveira, Sérgio Porto, Antonio Maria... Nascidos na primeira ou segunda década do século XX, todos se firmaram na imprensa em 1950 e 1960, iniciando o que se considera hoje uma era de ouro da nossa crônica. Aliás, uma não. A Era de Ouro da Crônica.

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Três novos lançamentos traçam um panorama original dessa produção, que ainda ecoa nos dias de hoje. “Os sabiás da crônica” (Autêntica) reúne pela primeira vez os nomes citados acima (com exceção de Antonio Maria), num intercâmbio que costura a diversidade de vozes em uma espécie de romance de formação. “A fina-flor de Stanislaw Ponte Preta” (Companhia das Letras) concentra-se, como o título indica, no heterônimo de Sérgio Porto. Por fim, “Vento vadio” (Todavia) traz nada menos do que 132 textos inéditos de Antonio Maria, um cronista ainda pouco editado em livro.

Publicados quase que simultaneamente, as antologias nos ajudam a entender uma época e o seu contraste com a atualidade. A síntese mais famosa dessa geração é uma foto feita em 1967, na cobertura de Rubem Braga, e que estampa a capa e serve de mote para “Os sabiás da crônica”, projeto idealizado pela editora Maria Amélia Mello. É a imagem de um outro Brasil, em preto e branco: os cronistas que hoje aparecem na antologia posam de terno e gravata para a câmera para celebrar o início da editora Sabiá, fundada por Sabino e Braga.

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Os “sabiás” já são bem conhecidos em edições individuais. Só que um sabiá sozinho não faz verão, como lembra o organizador do livro, Augusto Massi. Na nova publicação, que amarra 15 textos de cada autor, eles acabam “conversando” entre si. Em determinado momento, Fernando Sabino lembra de quando emprestou uma crônica a Braga, em um dia em que faltou inspiração ao amigo. Anos depois, quando chegou a vez de Sabino ficar sem ideias e pedir ajuda, Braga lhe devolveu a mesma crônica. Massi, aliás, montou a antologia de forma com que o último texto de cada autor contivesse uma deixa para o outro retomar.

A leitura do conjunto também enfraquece o clichê de que estes cronistas se limitaram ao impressionismo despolitizado. Ao escrever sobre uma apresentação de Bidu Sayão, Braga se espanta com a falta de negros no Teatro Santa Isabel, que ironicamente possui uma placa em bronze celebrando a abolição. Ele encerra a crônica com uma frase que registra o mesmo que os discursos antirracistas da atualidade: “Velho Nabuco, há muitas abolições a fazer ainda”. Até mesmo a postura festiva e bon vivant do grupo pode ser vista como uma forma de resistência em tempos sombrios.

— Esses autores não paralisaram, continuaram tentando viver e ser feliz enquanto a felicidade desaparecia na ditadura — lembra Massi. — Fico feliz que esses três livros sobre a geração de ouro saiam agora, porque a situação daquela turma era semelhante à desses jovens cronistas de hoje. Nomes como Gregorio Duviver e Antonio Prata, que vão para a linha de frente com bom humor e ironia.

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Como “capital da crônica”, o Rio é o cenário máximo dos três livros. A cidade possibilitou a efervescência de “sabiás”, e não apenas por suas características culturais e geográficas. Foi justamente nos anos 1950 que surgiu uma nova expansão de revistas. Havia ainda 20 jornais diários, alguns com duas edições.

— A época trouxe uma mudança no jornalismo, que abriu espaço para que o leitor pudesse respirar com os cronistas — diz Álvaro Costa e Silva, organizador de “A fina flor de Stanislaw Ponte Preta”. — Se você comparar com o texto dos jornais e revistas da época, os cronistas praticamente usam e escrevem em outra língua.

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Sete décadas depois, o ritmo da vida mudou, mas os leitores continuam “respirando” com os cronistas. Os sabiás contemporâneos agora têm a concorrência das redes sociais, em que todo mundo é um cronista em potencial com seus “textões”. Muitos dos novos cronistas, inclusive, vieram de lá.

— Tudo interfere na crônica, e com certeza o cinematógrafo e o carro fizeram com que aumentasse a diferença do texto de João do Rio, que viveu essas urbanidades, para o de José de Alencar — diz Joaquim Ferreira dos Santos, cronista que viveu essa atividade antes da internet e que continua a vivendo nas páginas do GLOBO. — Seja no papel, seja numa plataforma digital, é preciso atualizar os verbos dessa conversa com quem lê.

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Para Joaquim, os assuntos dos sabiás foram substituídos por uma pauta “em que a violência e a brutalidade dos tempos são vencedoras”.

— Ódio não dá crônica, dá artigo, discurso, manifesto — diz.

Menino de Copacabana, Sérgio Porto criou Stanislaw Ponte Preta para fazer o retrato dos costumes da Zona Norte. Hoje, talvez muitos o acusassem, de forma simplória, de não ter lugar de fala para retratar os tipos que povoam suas crônicas. A explosão dos textos em blogs e redes sociais, vale lembrar, ajudaram a dar visibilidade a vozes que vieram de espaços periféricos — e que agora retratam outras realidades. É o caso de cronistas como Anderson França, sucesso no Facebook com seus textos sobre a periferia do Rio. Ou José Falero, que acaba de reunir no livro “Mas em que mundo tu vive?” crônicas sobre a vida na periferia porto-alegrense originalmente publicadas na rede.

— Na internet tivemos um espaço que historicamente não conseguíamos — diz. — Não é apenas uma mudança tecnológica, mas de paradigma, que ajudou a crônica e a literatura como um todo a se renovarem e se tornarem mais plurais.

Trechos

De Vinicius de Moraes para Antônio Maria: “Nós éramos os reis da noite. Não havia condição de não nos encontrarmos. Eu tinha conhecido você através de Caymmi, uma noite em que havia festa em minha casa, aí pelo verão de 1950 (...). Não posso esquecer a noite em que Caymmi, convidado por mim, trouxe você a reboque. Eu avaliei seu pé-direito, seu carão de lua e seu corpanzil de lutador de catch — e fui tudo”.

 

De Antônio Maria para Rubem Braga: “Homens e mulheres sabem, de cor, vários trechos de suas crônicas e gostam de repeti-los, em êxtase, o que encabula um pouco o autor, obrigando-o a levar o copo à boca para cobrir o rosto. Dança mal e é razoavelmente desafinado. Mas gosta de música e sabe distinguir o que é bom do que não serve”.

De Fernando Sabino para Paulo Mendes Campos: “A primeira vez que o vi, ele já era um rapazinho, cabelo caído na testa — e já de copo na mão: o Paulinho, ‘perdido na dramaticidade existencial da poesia’. E eu, outro rapazinho, perdido na dramaticidade existencial da prosa. Numa festa em casa do cônsul inglês em Belo Horizonte, eu havia buscado com a namorada o recanto de uma varanda deserta, para ver se lhe furtava um beijo. E dei com ele ali, copo na mão, sozinho, a conversar consigo mesmo e a atrapalhar-nos com a sua presença indiscreta. Tive de adiar o beijo”.

De Paulo Mendes Campos para Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta): “Era no tempo da gravata, dos sapatos lustrosos, dos cabelos bem-aparados. Sérgio era impecável na sua aparência e só os íntimos o conheciam por dentro, e o por dentro dele era bem simples: uma ágil comicidade de raciocínio e uma pronta sensibilidade diante de todas as coisas que merecem o desgaste do afeto. Anos mais tarde, ele me diria, queixoso: ‘O diabo é que pensam que eu sou um cínico e ninguém acredita que eu sou um sentimentalão’”.

De Sérgio Porto para Vinicius de Moraes: “Como, minha senhora? A senhora não acredita que Vinicius seja uma porção? Azar o seu, dona. Um dia ainda se fará um programa de televisão com Vinicius ao violão, acompanhando outro Vinicius que canta, junto com um quarteto vocal de Vinicius. Sem videoteipe. Quem tem razão é Tia Zulmira, quando diz que, se Vinicius de Moraes fosse um só, não seria Vinicius de Moraes, seria Vinicio de Moral”.

O Globo domingo, 14 de novembro de 2021

BRASILEIRÃO - ENCONTRO ENTRE RENATO GAÚCHO E ROGÉRIO CENI EXPÕE DIFICULDADE DO FLAMENGO EM MANTER PERFIL TÉCNICO

Encontro entre Renato Gaúcho e Rogério Ceni expõe dificuldade do Flamengo em manter perfil de técnico

Jogo contra o São Paulo neste domingo pelo Brasileiro coloca frente a frente formas diferentes de comando, que se alternam desde 2019 no clube
 

O encontro de Renato Gaúcho com Rogério Ceni hoje, no jogo contra o São Paulo, às 16h, pelo Brasileiro, opõe não somente o atual e o último técnico do Flamengo. É o retrato dos diferentes estilos de treinadores nos quais o rubro-negro apostou nos últimos anos, sem conseguir manter um perfil. Foram cinco em três anos, entre Abel Braga até Domènec Torrent, mas só Jorge Jesus fez sucesso.

Bola de Cristal:Ferramenta do GLOBO mostra chances de título, risco de queda e outros dados do seu time

Assim como Ceni, campeão do Brasileiro de 2020, Renato pode sair contestado mesmo se conquistar a Libertadores, mas os pontos em comum não vão muito além. Os ex-jogadores, que reconhecidamente carregam certa soberba, ilustram perfis distintos de profissionais que passaram pelo Ninho do Urubu, segundo relatos obtidos pelo GLOBO nos bastidores do clube.

 

Ao analisar o conteúdo dos trabalhos apresentados, Ceni se assemelha mais a Jorge Jesus e deixa os outros treinadores em outro grupo. O hoje técnico do São Paulo tem como legado no Rio a imagem de estudioso, com variações de treinamentos — até porque teve mais tempo para tal. Mister e Ceni, cada um no seu estilo, eram ranzinzas, mas atentos a detalhes.

Centralizador como Jesus, Ceni só não teve autoridade nem habilidade para lidar com um grupo de estrelas. No início, chamou os jogadores para próximo de si, mas depois de um tempo não conseguiu mais contrariá-los e perdeu o vestiário. O técnico se aproximava de quem ele queria, mas não dava muita abertura, tinha pouca paciência e não era nada político. As entrevistas coletivas costumavam revelar estes traços.

Língua da bola

Renato, por sua vez, fala a língua do mundo da bola. Ainda que esse idioma seja hoje mais rebuscado com a parte tática pouco explorada nas conversas e vídeos que o técnico apresenta, ele nunca está isolado. Após a vitória sobre o Bahia, destacou o bom ambiente no dia a dia. A relação com os atletas é boa, a “resenha” está sempre em dia, mas às vezes o técnico passa um ar de estar perdido nas ideias — sobretudo para membros do departamento de futebol.

 

Com Dome ocorreu algo parecido, mas com contornos diferentes. O catalão não teve capacidade de colocar em prática ideias muito boas. Ficou com muita teoria e acabou confundindo os jogadores. Foi bem visto ao delegar funções e defender a comissão do clube no momento de troca de profissionais. Só que acabou exaltado internamente apenas por ser gente boa. Legado semelhante ao de Abel Braga no começo da atual gestão, mas o brasileiro ficou mal visto pelas entrevistas.

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A postura nos microfones e no dia a dia fez Ceni ser questionado pela comissão técnica do clube e pela direção por seu comportamento. Enquanto Renato Gaúcho, mesmo tendo cobrado recentemente o departamento médico, conseguiu agregar um pouco mais e blinda a todos nas entrevistas. Chamou o grupo para trabalhar por um objetivo em comum.

A missão de Renato passou mais por obter resultados em meio a um calendário apertado e de muitas lesões. E o técnico demonstra mais habilidade para se segurar até o fim da temporada do que os últimos antecessores. No entanto, já há uma sensação unânime no Flamengo de que o treinador não é o melhor que o clube pode ter — seja olhando para o futuro ou para um passado recente de glórias.

Time mais forte

O Flamengo começará a entrosar de vez, contra o São Paulo, a sua zaga titular para a final da Copa Libertadores contra o Palmeiras, no dia 27, em Montevidéu. O zagueiro Rodrigo Caio volta ao time e fará dupla com David Luiz, que segue entre os principais e terá sequência após boa atuação na vitória sobre o Bahia.

O técnico Renato Gaúcho também terá o retorno de Everton Ribeiro, que cumpriu suspensão. Por outro lado, Filipe Luís não viajou e, com isso, Ramon será mantido na esquerda.

Do lado direito, Matheuzinho volta ao time no lugar de Rodinei, uma vez que Isla está com a seleção do Chile nas Eliminatórias. O treinador também promoverá o retorno de Willian Arão e Michael entre os titulares.

 

O Globo sábado, 13 de novembro de 2021

RIO SHOW: FESTIVAL EXIBE ÓPERAS CONSAGRADAS, NO PARQUE LAGE, EM SUPERTELÃO

Festival exibe óperas consagradas no Parque Lage em super telão

Balé 'O corcunda de Notre Dame' e récita 'O palácio encantado', de Luigi Rossi, são alguns destaques da programação
Cena do balé 'O corcunda de Notre Dame'. Foto: Divulgação
Cena do balé 'O corcunda de Notre Dame'. Foto: Divulgação
 

Óperas internacionais num telão ao ar livre: essa é a proposta da sexta edição do festival Ópera na tela, em cartaz no Parque Lage até 24 de novembro. O evento, que também tem programação em streaming, põe o público em espreguiçadeiras diante de uma tela gigante que vai exibir 11 récitas europeias, uma Gala do Teatro Alla Scala de Milao com cantores consagrados e o balé "O corcunda de Notre Dame", da Ópera de Paris, com coreografia do Roland Petit.

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Cena de
Cena de "A Rivedere le stelle", ópera que será exibida no Parque Lage, domingo. Foto: Divulgação

Neste fim de semana, o festival exibe um recital com a soprano belga Anne-Catherine Gillet, às 19h, e, na sequência, às 20h, a "A Rivedere le stelle", do Teatro Alla Scala de Milão. Por conta da pandemia, o teatro teve de cancelar a sua tradicionalnoite de gala em celebração a Santo Ambrósio, padroeiro da cidade. O espetáculo aconteceu de portas fechadas e foi transmitido ao vivo na televisão pública italiana, sendo reprisado depois na França e na Alemanha. Alguns dos cantores mais prestigiados do mundo estão em cena, como Ildar Abdrazakov, Sonya Yoncheva, Roberto Alagna, Piotr Beczala e Benjamin Bernheim. 

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Baseado no romance de Victor Hugo, o balé "O corcunda de Notre Dame", reencenado por Luigi Bonino com coreografia de Roland Petit, tem exibição marcada para sexta-feira que vem (19), às 19h. Outro destaque da programação é "O palácio encantado", de Luigi Rossi, encenada pela primeira vez em 1642, em Roma. A récita ficou esquecida durante 380 anos na biblioteca do Vaticano, sendo redescoberta pelo maestro Leonardo Garcia Alarcon. A nova encenação criada pela Ópera de Dijon, com 16 solistas, diversos coros e dezenas de bailarinos, será exibida na tela do Parque Lage no dia 22 de novembro, às 19h.

Parque Lage: Rua Jardim Botânico 414, Jardim Botânico - 2334-4088. De 13 a 24 de novembro, a partir das 19h. R$ 28. Programação completa no site http://operanatela.com/2021/.

 


O Globo sexta, 12 de novembro de 2021

MANU GAVASSI LANÇA DISCO APÓS QUATRO ANOS

Manu Gavassi lança disco após quatro anos e diz: 'Quase desisti de ser cantora'

O disco está disponível em todas as plataformas digitais de áudio a partir desta sexta-feira (12) e o álbum visual tem lançamento dia 26 de novembro no Disney +
Manu Gavassi lança álbum "Gracinha" Foto: Gabriela Schmidt / Divulgação
Manu Gavassi lança álbum "Gracinha" Foto: Gabriela Schmidt / Divulgação

“Cansei de fazer gracinha”, canta Manu Gavassi na música de abertura de seu novo álbum (não por acaso, intitulado “Gracinha”). O disco está disponível nas plataformas digitais de áudio a partir de hoje. Todas as nove músicas foram compostas por Manu, num álbum que tem participações especiais de nomes como Tim Bernardes e Alice et Moi. Para ela, o trabalho é uma libertação de todas as críticas e amarras que a moldaram até aqui. A artista conta que, enquanto gravava a faixa de abertura, por exemplo, acabou caindo no choro.

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— Quase desisti de ser cantora diversas vezes porque me convenci de que eu não era boa. Eu moldei minha carreira baseada em críticas e acreditei em todas elas. Na terceira vez em que fui gravar “Gracinha”, o Lucas (Silveira, produtor) disse para eu perder o controle. E eu falei: “Eu não perco o controle”. Isso foi um soco na minha cara, porque vi o quanto estava me limitando por medo. Esse desbloqueio me fez chorar.

 A música, “Gracinha”, com um ar de jazz antigo, fala sobre o meio do entretenimento, sobre assumir personagens, sobre exposição e a necessidade de agradar. A artista diz que se deixou levar pelo processo de criação, pelas melodias e pelas letras que foram surgindo e soltou a voz sem medo.

— Durante esse processo (de construção do álbum) resolvi não me julgar e, pela primeira vez, em muitos anos, soltar a minha voz, que é um músculo que eu quase atrofiei sendo cantora, olha que boicote. Foi uma libertação — conta Manu.

Manu Gavassi lança álbum "Gracinha" Foto: Gabriela Schmidt / Divulgação
Manu Gavassi lança álbum "Gracinha" Foto: Gabriela Schmidt / Divulgação

 

Influenciada pela irmã, Catarina, a artista usou referências do pop francês na construção das músicas. Após tornar-se “obcecada” pelo gênero, convidou artistas franceses, como Alice et Moi e Thibaud Van Hooland, para participarem do disco. Apesar de se interessar pela estética, pela França e músicos de lá, Manu se diverte ao contar que não tem muita intimidade com a língua e a única frase falada por ela no álbum saiu de um desenho animado:

— Eu preciso aprender, tomar vergonha na minha cara (risos). Eu brinco e falo “omelette du fromage’, que eu aprendi no “O laboratório de Dexter”, mas é a única frase em francês que eu falo no álbum.


O Globo quinta, 11 de novembro de 2021

AUTOMOBILISMO: NO BRASIL, LEWIS HAMILTON DIZ QUE QUER VER NEYMAR JOGAR PELA SELEÇÃO

No Brasil, Lewis Hamilton diz que quer ver Neymar jogar pela seleção e se mostra por dentro do esporte brasileiro

Piloto inglês chegou a São Paulo nesta quarta-feira para o GP de Interlagos
Max Verstappen e Lewis Hamilton se cumprimentam no pódio do GP dos EUA: holandês chegou em primeiro, à frente do inglês Foto: Chris Graythen / AFP
Max Verstappen e Lewis Hamilton se cumprimentam no pódio do GP dos EUA: holandês chegou em primeiro, à frente do inglês Foto: Chris Graythen / AFP
 

Já no Brasil, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, mostrou que anda por dentro do esporte brasileiro. Fã declarado do piloto Ayrton Senna, o heptacampeão afirmou já ter programa para quinta-feira depois de trabalhar no seu carro: assistir ao amigo Neymar em campo contra a Colômbia, pelas eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar.

O piloto, que desembarcou em São Paulo nesta quarta-feira, já conversou com o amigo brasileiro, que também está na cidade para a partida na Arena Corinthians. Fora o futebol, tem outra modalidade chamando a atenção de Hamilton.

– Eu sempre gostei de jogar futebol no videogame e sempre escolhi o Brasil. Meu irmão joga Fifa, e ele sempre escolhe a Inglaterra, então eu fico com o Brasil. Sempre tem os jogadores mais talentosos, e quando venho aqui percebo essa paixão. Mas sei  que o Brasil também tem surfistas incríveis, o Gabriel Medina e o Ítalo Ferreira. Gosto de assistir grandes esportistas pois são inspiradores – disse Hamilton em entrevista coletiva promovida pela Petronas, patrocinadora da Mercedes. 

Hamilton lamenta não ter mais tempo para aproveitar o país. Ele contou que já foi chamado algumas vezes para passar o Natal no Brasil.

– Queria voltar para o Natal... – afirmou o piloto.

No fim de semana, o inglês tentará evitar que Max Verstappen amplie a vantagem no campeonato a quatro corridas do fim. Hamilton reconhece que essa é uma das temporadas mais disputadas da Fórmula 1.

– Todos os anos são empolgantes, é sempre um momento diferente, há desafios diferentes. Mas este ano, os times estão super competitivos e temos uma batalha acirrada com outro time muito forte – declarou.


O Globo quarta, 10 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: AULAS DO RIO GASTRONOMIA 2021 - CHEFS RENOMADOS, RECEITAS SABOROSAS E MUITA HISTÓRIA

 

Aulas do Rio Gastronomia 2021: chefs renomados, receitas saborosas e muita história

De 9 a 19 de dezembro no Jockey, maior evento do gênero no país está de volta com encontros inéditos e uma programação inspirada
Culinária tropical brasileira: tema da aula da chef Morena Leite, do restaurante Capim Santo, no Rio Gastronomia 2021, sábado, dia 18 de dezembro, no Jockey Club Foto: Divulgação
Culinária tropical brasileira: tema da aula da chef Morena Leite, do restaurante Capim Santo, no Rio Gastronomia 2021, sábado, dia 18 de dezembro, no Jockey Club Foto: Divulgação
 

Está chegando a hora de matar as saudades: depois de uma edição diferente, com aulas, lives e bate-papos virtuais em plataforma digital, o Rio Gastronomia aporta no Jockey Club Brasileiro de 9 a 12 e de 16 a 19 de dezembro, com programação farta - e presencial. Em sua 11ª edição, o maior evento do gênero no país volta a reunir alguns dos principais craques da gastronomia em encontros saborosos, espalhados pelos oito dias do festival. Os ingressos já estão à venda no Ingresso Certo.
Sempre de quinta-feira a domingo, o público vai poder assistir de perto a seus chef favoritos, participar de degustações e conhecer estrelas da cozinha de todo o país e até internacionais, que vão compartilhar receitas, histórias e visões sobre o cenário gastronômico atual em cerca de 60 aulas gratuitas, distribuídas em dois espaços, com aproximadamente 1 hora de duração. As inscrições poderão ser feitas no próprio evento: as senhas serão distribuídas 1 hora antes de cada sessão.
Um dos nomes mais disputados pelo público todos os anos, o chef Claude Troisgros abre a programação no auditório SENAC no dia 9 de dezembro, às 17h, ao lado de Jessica Trindade, seu braço-direito no Chez Claude e espécie de “Batista na versão feminina”, como brinca a curadora do espaço e crítica gastronômica do GLOBO Luciana Fróes, em referência a seu fiel escudeiro. Na agenda, há forte presença de chefs cariocas, cozinhando em duplas em celebrações de amizade ou em encontros inéditos. Presente em todas as edições do evento, a chef Katia Barbosa vai dividir o palco com a filha Bianca no dia 11 de dezembro, para preparar um bobó vegetariano que vai dar o que falar.
— Estou muito feliz de participar mais uma vez, e estar com a Bianca é muito bacana, ela dá um toque de modernidade na comida brasileira tradicional. Vamos falar sobre PANC (plantas alimentícias não convencionais), que no Rio ainda são muito pouco usadas. Vai ser divertido — promete a chef.
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Também há convidados de fora do Rio e até do país, como Paulo Machado, embaixador da culinária pantaneira, e o chef português Diogo Rocha, dono de 1 estrela Michellin com seu Mesa de Lemos, no Dão, de cozinha contemporânea com raízes locais, ambos no dia 10 de dezembro. Ou a paulista Janaína Rueda, do Dona Onça e da premiada Casa do Porco, único restaurante brasileiro entre os 20 melhores do mundo na lista mais recente do “The World’s 50 Best Restaurants”. Janaína vai falar sobre merenda escolar no dia 18 de dezembro.
No auditório Santander, a curadoria do chef Pedro Benoliel vai promover o encontro de diversos chefs do Brasil. Nesse cenário já estão confirmados nomes prestigiados como Saulo Jennings, da Casa do Saulo, no Pará, que vai falar sobre a cozinha do Tapajós no dia 10 de dezembro; Fabrício Lemos, do Origem, em Salvador, traçando um panorama recente da alta gastronomia baiana no dia 12; e os mineiros Rodolfo Mayer (Angatu), Flávio Trombini (Xapuri) e Caio Soter (O Jardim), nos dia 10 (os dois primeiros) e 11. Tem muito mais.



Confira a programação das aulas:

Dia 9/12

17h – Claude Troisgros e Jessica Trindade – Auditório SENAC
17h30 – Queijos e vinhos, brasileiros! Com Daniel Martins (Queijo com Prosa) e LaisAoki (Oteque) – Auditório Santander
18h30 – De Veneza a Istambul, duas cidades únicas e fascinantes unidas pela cozinha mediterrânea. Com Piero Cagnin e José Raimundo Padilha (Zona Sul) – Auditório SENAC

Dia 10/12

15h –A comida do Pantanal: macarrão quebrado e frito de tropa. Com o chef Paulo Machado – Auditório SENAC
15h30 – Burger Class Rio x SP. Oficina criativa com Yasser Régis (Ex-Touro) e Paulo Yoller (Meats) – Auditório Santander
16h30 – Aula com o chef português Diogo Rocha (Mesa de Lemos – Dão) – Auditório SENAC
17h – Minas, cozinha de tradição e vanguarda. Com os chefs Rodolfo Mayer (Angatu) e Flávio Trombino (Xapuri) – Auditório Santander
18h – Segredos de coquetelaria e confeitaria. Com os chefs Elia Schramm (BabboOsteria) e Bruno Katz (Nosso) – Auditório SENAC

Dia 11/12

 

13h30 – Insights: inovação e o mercado de orgânicos no Brasil, com Fred Orgânicos e Danni Camilo - Auditório Santander
15h – A cozinha do Tapajós – Pará. Com o chef Saulo Jennings (Casa do Saulo) - Auditório Santander
16h – Cozinha afetiva a quatro mãos. Com Nathalie Passos (Naturalie) e Manu Zappa (Prosa na Cozinha) – Auditório SENAC
17h30 – Um bobó que vai dar o que falar. Com Katia Barbosa e Bianca Barbosa – Auditório SENAC
18h – Cozinha mineira criativa. Com o chef Caio Soter (O Jardim – Belo Horizonte) - Auditório Santander

Dia 12/12

13h – João Diamante ensina: berinjela laqueada com melado e cuscuz nordestino, sagu com capim limão e manga – Auditório SENAC
13h30 – Sabores do Brasil. Com Lorena Abreu e Marcelo Scofano (Zona Sul/Extra) - Auditório Santander
14h30 – Comes e bebes do Zazá Bistrô. Com Pedro Lacerda e RausleyCler – Auditório SENAC
15h – Brunch: o novo café da manhã dos brasileiros com a influência dos ingredientes nacionais. Com Eduardo Araúo (Café 18 do Forte) e Meguru Baba (Coltivi) - Auditório Santander
16h – As canjas do imperador: três versões assinadas pelos chefs Roland Villard e David Mansaud (Casa Marambaia) – Auditório SENAC
16h30 – A recente história da alta gastronomia baiana com Fabrício Lemos (Origem – Salvador) - Auditório Santander
17h30 – Gosto da Amazônia: receitas com pirarucu. Com os chefs Ricardo Lapeyre (Escama) e Fabiana Pinheiro (Sallva Bar e Ristorante, Brasília) – Auditório SENAC
19h – Receitas afetivas com Rodrigo Guimarães e a mineira Bruna Martins, a dupla do Mestre do Sabor – Auditório SENAC

Dia 16/12

15h – Cristiano Ramalho (Bistrô da Casa) e o fotógrafo de gastronomia Tomás Rangel – Auditório SENAC
15h30 – A cozinha do sertão cuiabano. Com Ariani Malouf (Mahalo Cozinha Criativa – Cuiabá) - Auditório Santander
16h30 – Comida de rua coreana. Com o chef Emerson Kim (SpicyFish) – Auditório SENAC
18h – Pão natalino da SlowBakery – Auditório SENAC

Dia 17/12

15h – A doceria francesa: duas versões de creme brulê. Com o chef Didier Labbé (Didier Bistrot) – Auditório SENAC
15h30 – Temperos da mesa brasileira e suas origens. Com Andressa Cabral (YayaComidaria Pop Brasileira) - Auditório Santander
16h30 – Aula com a chef Joana Carvalho (Proa) e o mergulhador profissional Francisco Lofreddi – Auditório SENAC
17h – A evolução da coquetelaria e seu consumo no Brasil. Com Jonas Eisengart (Quartinho) e Anderson Santos (Liz Cocktails) - Auditório Santander

Dia 18/12
13h30 – Gosto da Amazônia. Manejo do pirarucu selvagem: a Amazônia sustentável ao alcance de todos. Com João Vitor Campos-Silva - Auditório Santander
14h30 – Culinária tropical brasileira versão vegana. Com a chef Morena Leite (Capim Santo – SP) – Auditório SENAC
15h – Redescobrindo ingredientes: o que o Brasil tem de melhor. Com o chef Rafa Gomes (Itacoa) - Auditório Santander
16h – Truques para fazer o carbonara perfeito. Com o chef Michele Petenzi (Alloro al Miramar) – Auditório SENAC
16h30 – O verdadeiro farmtotable brasileiro com Rodrigo Bellora (Vale Rústico – RS) - Auditório Santander
17h30 – Panetone caseiro do João Padeiro & Cia. Com Adriano Amarante e Pedro Kessler – Auditório SENAC
19h – Dicas de merenda escolar saudável e prática. Com Janaína Rueda (Casa do Porco e Dona Onça – SP) – Auditório SENAC

Dia 19/12

13h – Lidando com carnes à italiana: ragu de “quinto quarto” com polenta. Com o chef Nello Garaventa (Grado) – Auditório SENAC
14h30 – Ceia de Natal original. Com Paula Prandini (Empório Jardim) e Vera Saboya (Ateliê Culinário) – Auditório SENAC
15h – Brasileiro sabe comer ceviche? Adaptações da receita ao paladar nacional. Com o chef Checho Gonzalez (Mescla – SP) - Auditório Santander
16h – Aula com o chef Rafa Costa e Silva (Lasai) – Auditório SENAC
16h30 – Alê D’Agostino (APTK – SP) - Auditório Santander
19h – Aula Guimas 40 anos – Auditório SENAC

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy e Coca-Cola, apoio de Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul e Sesc RJ, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria doSindRio.


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