Raimundo Floriano
Três momentos de Carlos Gonzaga
Carlos Gonzaga nasceu em Paraisópolis (MG), a 10 de fevereiro de 1926, aos 17 anos mudou-se para Campos do Jordão (SP) e hoje reside na cidade paulista de Santo André.
Iniciou-se na carreira de cantor em meados da década de 1940. Demonstrando extrema versatilidade, gravava em seus discos os estilos mais variados: bolero, marchinha, samba, calipso, tango foxtrotes, o que viesse.
O final dos Anos 1950 foi cruel para quase toda a Velha Guarda da MPB, com as novidades da bossa nova, do rock, do chá-chá-chá, do tuíste, do iê-iê-iê. Eu disse quase, pois Carlos Gonzaga foi uma das raras exceções.
Naquela época, Fred Jorge, compositor brasileiro completamente desconhecido aproveitou-se da onda avassaladora que invadia o mundo e começou a fazer versões de tudo que era sucesso vindo do exterior, principalmente americano, encontrando em Carlos Gonzaga seu ideal intérprete.
Assim, vieram Diana, de Paul Anka; Crazy Love/Louco Por Amor, de Paul Anka; The Diary/O Diário, de Neil Sedaka e Howard Greenfield; Oh! Carol, de Neil Sedaka e Howard Greenfield; I Can’t Stop Lovin’ You/Não Posso Te Esquecer, de Gibson; Put Your Head on My Shoulder/Cabecinha no Meu Ombro, de Paul Anka; You Are My Destiny/Você É Meu Destino, de Paul Anka; Let’s Twist Again/Tuíste Outra Vez, de Mann e Appell; Yellow Bird/Canário, de Luboff, Keith e Bergman; Adan And Eve/Adão e Eva, de Paul Anka; e Something Has Changed Me/Foi o Teu Beijo, de Paul Anka.
Surfando na mesma onda, Carlos Gonzaga lançou versões de outros compositores brasileiros: Just Walking in The Rain/Passeando na Chuva, de Bragg, Riley e Gióia Júnior; Bat Masterson, de B. Corwin, H. Wray e Edson Borges; Little Devil/Diabinho, de Neil Sedaka, Paul Greenfield e Ramalho Neto; Riders in the Sky/Cavaleiros do Céu, de Stan Jones e Haroldo Barbosa; Deep in the Texas Heart/No Coração do Texas, de D. Swander, J. Hershey e Ramalho Neto; The Great Pretender/O Meu Fingimento, de Buck Ram e Haroldo Barbosa; e S. Francisco- Be Shure to Wear in/São Francisco, de J. Phillips e Gilberto Lima.
Diana foi seu maior sucesso em todos os tempos. Ao lançá-lo, em 1958, Carlos Gonzaga tornou-se conhecido nacionalmente, pois sua gravação era tocada ininterruptamente no rádio, nas lojas de disco e nas amplificadoras, onde estas ainda existiam. Paralelamente, no mesmo ano, emplacava o samba-canção Regresso, de Adelino Moreira, que dominou o repertório seresteiro (Trago os meus cabelos grisalhos tingidos pelo orvalho das noites frias sem lua...). Oh! Carol, em 1960, e Bat Masterson, em 1961, também ajudaram a consolidar sua carreira de cantor.
Carlos Gonzaga também gravou para o Carnaval. Constam com ele em meu acervo as seguintes faixas carnavalescas: Brasil Maravilha, marchinha de Bobby Hilton, Jotagê e D. Teixeira - 1974; Coração de Jacaré, marchinha de J. Nunes e Dom Jorge - 1967; Praia do Flamengo, samba de Luiz Vanderley e Fausto Guimarães - 1960; e Tira a Mão do Bolso, marchinha de Santos Garcia - 1960.
Carlos Gonzaga fez shows por todo o Brasil e principais países da América Latina. No cinema, atuou na chanchada Virou Bagunça, de Watson Macedo, em 1960. Participou do Programa Cidade Nota 10, da TV Bandeirantes, representando a cidade de Santos André, e o fez tão condignamente que foi agraciado com o título de Cidadão Andreense. Atualmente, encontra-se retirado da vida artística.
Esta é sua discografia em vinil:
The Best Seller - Carlos Gonzaga - RCA Victor - LP
Carlos Gonzaga - Meu Eterno Querer - Polydisc - LP
Os Grandes Sucessos de Carlos Gonzaga - RCA Camden - LP
Carlos Gonzaga - Rapaz Solitário - RCA Camden - LP
Meu Coração Canta - RCA Victor - LP
Na era do CD, chegou a merecer alguns lançamentos, todos eles com sucessos do passado. Para quem quiser conhecer o trabalho desse grande artista, ainda se encontra em catálogo nas discotecas virtuais a coletânea abaixo:
01- Passeando na Chuva
02- Diana
03- Louco Amor
04- O Diário
05- Oh! Carol
06- Eu Canto Assim
07- Bat Masterson
08- Diabinho
09- Cavaleiros dos Céu
10- No Coração do Texas
11- Não Posso te Esquecer
12- Cabecinha no Ombro
13- Você é meu Destino
14- Hava Nagila
15- O Tuíste
16- Tuíste Outra Vez
17- Canário
18- Uma Guitarra e um Copo de Vinho
19- Adão e Eva
20- Calipso do Amor
21- O Meu Fingimento
22- Sereno
23- Regresso
24- Anahi
25- São Francisco
26- Foi teu Beijo
27- Rock do Broto
Esta matéria encontra-se finalizada desde dezembro último, aguardando seu momento de acontecer. Na sexta-feira passada, dia 16, nosso confrade e amigo, Cardeal Cícero Cavalcanti, postou aqui no JBF excelente crônica sobre Diana, citando, inclusive, Carlos Gonzaga e, ao final, cantando que ele próprio, o Cícero, a versão que gravou, com elogiável talento. Quase deixei de lado este perfil que agora vocês leem. Mas, raciocinando bem, não posso privá-los da audição com Carlos Gonzaga, que muito me impressionou, em 1958, e marcou o início de minha vida como discófilo.
Para vocês, portanto, um pouco de seu trabalho:
Diana, calipso, na magistral interpretação que suplantou, no Brasil, em minha avaliação, a de Paul Anka, seu criador:
Sereno, foxe, de Aloísio T. de Carvalho:
Bat Masterson, foxtrote, de B. Corwin, H. Wray e Edson Borges:
Cabecinha no Ombro, foxe, de Paul Anka e Fred Jorge:
Foi o Teu Beijo, calypso, de Paul Anka e Fred Jorge:
Regresso, samba -canção, de Adelino Moreira:
Eu Não Sabia Que Você Existia, foxe de Tony e Renato Barros, cm Leno e Lillian:
Chapeuzinho Vermelho, foxe de Ronald Blackwell e Hamilton Di Giorgio, com The Jet Black,s:
O Meu Primeiro Amor, foxe de John Lennon, Paul McCartney e Lillian Knap, com Renato e Seus Blue Caps:
Rua Augusta, rock de Hervê Cordovil, com Ronnie Cord:
A Volta, foxe de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, com Os Vips:
CARLOS GONZAGA, O MELHOR INTÉRPRETE DE DIANA
Raimundo Floriano
Três momentos de Carlos Gonzaga
Carlos Gonzaga nasceu em Paraisópolis (MG), a 10 de fevereiro de 1926, aos 17 anos mudou-se para Campos do Jordão (SP) e hoje reside na cidade paulista de Santo André.
Iniciou-se na carreira de cantor em meados da década de 1940. Demonstrando extrema versatilidade, gravava em seus discos os estilos mais variados: bolero, marchinha, samba, calipso, tango foxtrotes, o que viesse.
O final dos Anos 1950 foi cruel para quase toda a Velha Guarda da MPB, com as novidades da bossa nova, do rock, do chá-chá-chá, do tuíste, do iê-iê-iê. Eu disse quase, pois Carlos Gonzaga foi uma das raras exceções.
Naquela época, Fred Jorge, compositor brasileiro completamente desconhecido aproveitou-se da onda avassaladora que invadia o mundo e começou a fazer versões de tudo que era sucesso vindo do exterior, principalmente americano, encontrando em Carlos Gonzaga seu ideal intérprete.
Assim, vieram Diana, de Paul Anka; Crazy Love/Louco Por Amor, de Paul Anka; The Diary/O Diário, de Neil Sedaka e Howard Greenfield; Oh! Carol, de Neil Sedaka e Howard Greenfield; I Can’t Stop Lovin’ You/Não Posso Te Esquecer, de Gibson; Put Your Head on My Shoulder/Cabecinha no Meu Ombro, de Paul Anka; You Are My Destiny/Você É Meu Destino, de Paul Anka; Let’s Twist Again/Tuíste Outra Vez, de Mann e Appell; Yellow Bird/Canário, de Luboff, Keith e Bergman; Adan And Eve/Adão e Eva, de Paul Anka; e Something Has Changed Me/Foi o Teu Beijo, de Paul Anka.
Surfando na mesma onda, Carlos Gonzaga lançou versões de outros compositores brasileiros: Just Walking in The Rain/Passeando na Chuva, de Bragg, Riley e Gióia Júnior; Bat Masterson, de B. Corwin, H. Wray e Edson Borges; Little Devil/Diabinho, de Neil Sedaka, Paul Greenfield e Ramalho Neto; Riders in the Sky/Cavaleiros do Céu, de Stan Jones e Haroldo Barbosa; Deep in the Texas Heart/No Coração do Texas, de D. Swander, J. Hershey e Ramalho Neto; The Great Pretender/O Meu Fingimento, de Buck Ram e Haroldo Barbosa; e S. Francisco- Be Shure to Wear in/São Francisco, de J. Phillips e Gilberto Lima.
Diana foi seu maior sucesso em todos os tempos. Ao lançá-lo, em 1958, Carlos Gonzaga tornou-se conhecido nacionalmente, pois sua gravação era tocada ininterruptamente no rádio, nas lojas de disco e nas amplificadoras, onde estas ainda existiam. Paralelamente, no mesmo ano, emplacava o samba-canção Regresso, de Adelino Moreira, que dominou o repertório seresteiro (Trago os meus cabelos grisalhos tingidos pelo orvalho das noites frias sem lua...). Oh! Carol, em 1960, e Bat Masterson, em 1961, também ajudaram a consolidar sua carreira de cantor.
Carlos Gonzaga também gravou para o Carnaval. Constam com ele em meu acervo as seguintes faixas carnavalescas: Brasil Maravilha, marchinha de Bobby Hilton, Jotagê e D. Teixeira - 1974; Coração de Jacaré, marchinha de J. Nunes e Dom Jorge - 1967; Praia do Flamengo, samba de Luiz Vanderley e Fausto Guimarães - 1960; e Tira a Mão do Bolso, marchinha de Santos Garcia - 1960.
Carlos Gonzaga fez shows por todo o Brasil e principais países da América Latina. No cinema, atuou na chanchada Virou Bagunça, de Watson Macedo, em 1960. Participou do Programa Cidade Nota 10, da TV Bandeirantes, representando a cidade de Santos André, e o fez tão condignamente que foi agraciado com o título de Cidadão Andreense. Atualmente, encontra-se retirado da vida artística.
Esta é sua discografia em vinil:
The Best Seller - Carlos Gonzaga - RCA Victor - LP
Carlos Gonzaga - Meu Eterno Querer - Polydisc - LP
Os Grandes Sucessos de Carlos Gonzaga - RCA Camden - LP
Carlos Gonzaga - Rapaz Solitário - RCA Camden - LP
Meu Coração Canta - RCA Victor - LP
Na era do CD, chegou a merecer alguns lançamentos, todos eles com sucessos do passado. Para quem quiser conhecer o trabalho desse grande artista, ainda se encontra em catálogo nas discotecas virtuais a coletânea abaixo:
01- Passeando na Chuva
02- Diana
03- Louco Amor
04- O Diário
05- Oh! Carol
06- Eu Canto Assim
07- Bat Masterson
08- Diabinho
09- Cavaleiros dos Céu
10- No Coração do Texas
11- Não Posso te Esquecer
12- Cabecinha no Ombro
13- Você é meu Destino
14- Hava Nagila
15- O Tuíste
16- Tuíste Outra Vez
17- Canário
18- Uma Guitarra e um Copo de Vinho
19- Adão e Eva
20- Calipso do Amor
21- O Meu Fingimento
22- Sereno
23- Regresso
24- Anahi
25- São Francisco
26- Foi teu Beijo
27- Rock do Broto
Esta matéria encontra-se finalizada desde dezembro último, aguardando seu momento de acontecer. Na sexta-feira passada, dia 16, nosso confrade e amigo, Cardeal Cícero Cavalcanti, postou aqui no JBF excelente crônica sobre Diana, citando, inclusive, Carlos Gonzaga e, ao final, cantando que ele próprio, o Cícero, a versão que gravou, com elogiável talento. Quase deixei de lado este perfil que agora vocês leem. Mas, raciocinando bem, não posso privá-los da audição com Carlos Gonzaga, que muito me impressionou, em 1958, e marcou o início de minha vida como discófilo.
Para vocês, portanto, um pouco de seu trabalho:
Diana, calipso, na magistral interpretação que suplantou, no Brasil, em minha avaliação, a de Paul Anka, seu criador:
Sereno, foxe, de Aloísio T. de Carvalho:
Bat Masterson, foxtrote, de B. Corwin, H. Wray e Edson Borges:
Cabecinha no Ombro, foxe, de Paul Anka e Fred Jorge:
Foi o Teu Beijo, calypso, de Paul Anka e Fred Jorge:
Regresso, samba -canção, de Adelino Moreira: