Madre Superiora Valéria Albuquerque
IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 021-RF
Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
Valéria Albuquerque
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, e dentro do espírito nepotista que o norteia, nomeio VALÉRIA DE ALBUQUERQUE E SILVA para o cargo de MADRE SUPERIORA da Paróquia de Niterói (RJ), por ser ela altamente apetrechada com os seguintes atributos:
1) É duplamente minha sobrinha, filha de meu irmão Bergonsil e de minha prima Izaura, e duplamente minha comadre, madrinha de batismo de minha primogênita e sua madrinha de casamento, sendo, ainda, pessoa do inteiro agrado do meu coração, a primeira filha adotiva deste Cardeal, parceira na descida de boia e presença constante em nossos saudosos carnavais balsenses.
2) É leitora assídua do Almanaque Raimundo Floriano, sempre comentando, de forma positiva, as matérias ali publicadas, demonstrando alto espírito de puxa-saquismo, além de nele colaborar ativamente, o que se pode constatar pesquisando a seguinte matéria no Google: DEPOIMENTO DE SUA MADRINHA VALÉRIA ALBUQUERQUE.
Artigo 2º - Fica determinado que a Madre Superiora VALÉRIA ALBUQUERQUE, no cumprimento de suas atribuições pastorais, agilize a implantação do Convento Sertanejo de Niterói (RJ), onde reside, e arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
Veni huc per Gratia Dei
Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 3 de julho de 2024.
Cardeal Raimundo Floriano
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A IGREJA SERTANEJA
CULTURAL, SEM FINS RELIGIOSOS, COMERCIAIS, LUCRATIVOS OU FINANCEIROS
Raimundo Floriano
(Publicado no dia 28.06.2020)
Em meados do ano de 1972, impressionadíssimo com as aprontações contidas no livro O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna, publicado em 1971, eu, recém-desquitado, para fazer figura frente aos alunos da UDF, onde iniciara o Curso Superior de Contabilidade, fundei, juntamente com outros colegas presepeiros, a Igreja Sertaneja, seita cultural, sem caráter religioso.
Seus templos agregavam todos os bares, botecos e biroscas de Brasília onde se pudesse consumir uma boa cachaça – e todas as marcas brasileiras são de excelente qualidade –, e também pequenos teatros, circos mambembes, casas de forró, rodas de samba, desafios, pelejas repentistas, cantorias, bumba meu boi, vaquejadas e qualquer espaço onde a Cultura Brasileira dominasse de ponta a ponta.
Vaqueiros na folgança: seminaristas da Igreja Sertaneja
Imediatamente, convidei o amigo Luiz Berto, companheiro de grandes aventuras, a dela fazer parte, o que foi aceito de imediato. Passamos a ser chefes supremos, equivalentes, sem subordinação hierárquica um ao outro, no grau de Antístites – Bispos, como nas inúmeras outras seitas que surgiram depois dela.
(O que só vim a saber, no ano de 2016, é que Luiz Berto, naquele tempo, também influenciado por Ariano, já nutria o mesmo desejo de fundar uma Igreja Sertaneja. Mas esse segredo ele o manteve consigo.)
A brincadeira tomou fôlego, consolidou-se. Tínhamos um jornal, O Gole, onde esbanjávamos criatividade e bom humor.
Já por aquela época, órgãos da grande mídia, como O Globo, Jornal do Brasil, Estadão e até o The New York Times, da imprensa norte-americana, eram detentores da supremacia editorial, com sua abrangência e circulação planetária. Não podendo competir com tamanha magnitude nacional e internacional, nosso pequenino O Gole viu-se obrigado a cerrar suas portas.
O tempo correu, e a Igreja Sertaneja conheceu um certo arrefecimento, até porque eu havia constituído nova família, à qual passei a dedicar-me integralmente.
Em abril de 2005, com a sagração do Papa Bento XVI, Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, Luiz Berto, inteligente e criativo por demais, inspirou-se no nome e autodenominou-se Papa Berto, da ICAS - Igreja Católica e Apostólica Sertaneja, sendo sua esposa Papisa, e com um sucessor, seu filho caçula, conhecido como Papinha.
A IS - Igreja Sertaneja, da qual sou a autoridade máxima, não tem sucessor e perdurará apenas durante o tempo de vida que Deus, em sua infinita bondade, está me concedendo.
(Cabe aqui esclarecer que, na Igreja Católica Apostólica Romana, da qual sou fiel devoto praticante, só existem 3 graus: diácono, padre e bispo. Cônego, monsenhor, cardeal e papa são apenas títulos. Por isso, o Papa Francisco é o Bispo de Roma. Igualmente, meu título de Cardeal é apenas honorífico, pois continuo no grau de Bispo Sertanejo.)
Paralelamente, fundei, a 24 de junho de 1972, a Banda da Capital Federal, da qual eu era o mestre, e Luiz Berto, o contramestre, destinada a animar o carnaval de rua de Brasília. Essa banda, com estandarte e uniforme, existe até hoje, apresentando-se apenas em ocasiões muito especiais.
A BANDA DA CAPITAL FEDERAL, EM 2002
30º ANIVERSÁRIO E FESTA DO PENTA
Raimundo - Batista - Teixeira - Jambeiro - Gedeon - Dionísio - Celso Martins
Fideles - Élton - Marcos - Carioquinha
A Igreja Sertaneja e a Banda da Capital Federal muito deram o que falar, pois os fiéis de uma eram componentes da outra. Na Igreja Sertaneja, havia muitas ovelhinhas a apascentar. Já na Banda da Capital Federal, as folionas se pegavam no tapa, decidindo quem saía com o estandarte!
Também fazíamos parte da Diretoria do Bloco de Sujos Sumo do Guará, que fornecia sambistas para Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte e passistas para o bloco de frevo As Pás Douradas.
Arrefeceram-se um pouco os ânimos da Igreja Sertaneja depois de nossa aposentadoria, cada qual procurando apegar-se a alguma atividade que preenchesse suas extensas horas de ócio.
Luiz Berto, já escritor, danou-se a escrever mais livros e lançou o Jornal da Besta Fubana, virtual, com milhares de leitores diários. Eu, 10 anos mais velho, portanto mais devagar, devagarinho, também mergulhei na atividade literária, lançando meus livrinhos e editando o Almanaque Raimundo Floriano, que vai seguindo firme, com a ajuda de seus colunistas e leitores.
Agora, na quarentena ditada pela pandemia, resolvi tirar a Igreja Sertaneja do olvido e revitalizá-la, arregimentando novos membros para seu Clero, especialmente os que me vêm ajudando, com suas colaborações e comentários, a manter, na Internet, meu Almanaque, site cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros.
Há uns 30 anos, cumprindo recomendações médicas, estou compulsoriamente afastado da boa cachacinha, um dos itens que deram origem à ideia de criação da seita, consumindo apenas refrigerante diet.
Em compensação, convivo com pessoas de alto quilate, com o talento das quais a Igreja Sertaneja tem-se expandido, arrebanhando a cada dia mais fiéis: cantores, músicos, escritores, poetas, compositores e escribas, além de boêmios e seresteiros, no Brasil e no Exterior, o que se comprova nos acessos mundiais ao Almanaque Raimundo Floriano.
No próximo dia 3 de julho deste 2020, meu 84º aniversário, farei novas ordenações para o Clero da Igreja Sertaneja, com o intuito não só de premiar quem já abraçou, com força e ânimo, meu movimento cultural, como para que os fiéis recém-chegados façam com que a Igreja Sertaneja e o Almanaque Raimundo Floriano cresçam mais e mais.
IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 20-RF
Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, Aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
Dom João Pecegueiro
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, promovo o Padre JOÃO PECEGUEIRO – nome secular, João Dias Rezende Filho –, elevando-o ao grau de Bispo da Igreja Sertaneja, com atuação e domínio na Diocese de São Luís (MA), tendo em vista o que se segue:
1) Conheci-o há 10 anos, quando, em visita à Capital Ludovicense, fui por ele procurado devido a seu interesse em conhecer meus escritos, ocasião em que revelou sua condição de Seminarista da Igreja Católica Apostólica Romana, devendo ordenar-se no ano de 2013.
2) No dia 3 de julho de 2011, ordenei-o Padre da Igreja Sertaneja, com a promessa de que, ao conquistar o mesmo grau na Igreja Católica, seria alçado ao grau de Bispo, o que, pedindo-lhe desculpas ela delonga, agora faço.
3) Na Igreja Católica, é Pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Luz, em Paço do Lumiar, um dos 4 municípios de Ilha de São Luís, onde funcionará, também, a sede de sua Diocese.
5) É meu primo pela culhonésima geração, tendo praticado nessa década de nosso conhecimento intermitentes atos velados de chaleirismo direcionados a minha pessoa, preenchendo, destarte, dois dos requisitos principais ao desempenho de cargos neste Cardinalato: o nepotismo e a puxação.
6) É Bacharel em Ciências Teológicas e Ciências Jurídicas e, por isso mesmo, exercerá as funções de Assessor Plenipotenciário deste Cardinalato, no âmbito de sua formação científica e cultural.
7) É especializado em genealogia e pesquisa de vultos históricos, no que tem deveras municiado este Cardeal nas matérias que escreve sobre o passado e coisas do Sertão Sul-maranhense.
Artigo 2º - Fica Dom JOÃO PECEGUEIRO, desde já, compelido a, no cumprimento de suas atribuições episcopais e diocesanas, publicar, vez em quando, no Almanaque Raimundo Floriano, algo relacionado com seu saber teológico e jurídico e com as pesquisas históricas de sua especialidade.
Veni huc per Gratia Dei
Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 3 de julho 2020.
Cardeal Raimundo Floriano
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IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 019-RF
Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, Aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
José Ribamar Oliveira
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, nomeio JOSÉ RIBAMAR OLIVEIRA para o grau de SACRISTÃO da Paróquia Balsas (MA), onde reside, por ser ele altamente apetrechado com os seguintes atributos:
1) Similarmente a este Cardeal, é maranhense, e, além disso, natural de Pedreiras, terra do genial e inspirado compositor João do Vale, autor de inesquecíveis sucessos da Música Popular Brasileira, como Pisa na Fulô, Peba na Pimenta, O Canto da Ema, Carcará e Opinião, dentre outros, o que demonstra ter vindo ao mundo num ambiente erudito e altamente cultural, como sói acontecer com o povo timbira, de um modo geral.
2) Trouxe à luz as meninas Raíssa e Larissa, filhas dedicadas e amantíssimas, que enriquecem a Sociedade Balsense e dignificam, ainda mais, a população cristã e a família católica do sertão sul-maranhense.
3) E sogro do advogado Japhet Negão, sertanejo, sertanista, trilheiro, paraquedista e caiaqueiro, jovem que sempre me prestigia lendo meus escritos e hipotecando-me irrestrita amizade, sendo, assim, pessoa do maior agrado de meu coração.
4) Tem mantido este Cardeal completamente informado sobre sua terra natal, com notícias recém-saídas do forno, algumas jocosas, e, o mais importante, tem conservado a Igreja Sertaneja em perfeita sintonia com a Igreja Católica Apostólica Romana, enviando-me santinhos, hinos, jaculatórias e até novenas – alguns desses itens aproveitados no Almanaque Raimundo Floriano –, o que me faz sentir como se de Balsas não tivesse saído.
5) Sendo incansável e infalível no que acima foi dito, chego a vislumbrar nessa espontaneidade uma nesga de chaleirismo, predicado esse dos mais apreciados neste Cardinalato.
Artigo 2º - Fica determinado ao Sacristão RIBA que, no cumprimento de suas atribuições pastorais na Paróquia de Balsas, arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
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Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 3 de julho de 2020.
Cardeal Raimundo Floriano
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IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 018-RF
Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, Aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
Paulo Bandeira
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, nomeio PAULO AUGUSTO SOARES BANDEIRA para o grau de SACRISTÃO da Paróquia da Vila Planalto (DF), onde reside, por ser ele altamente apetrechado com os seguintes atributos:
1) Talqualmente a este Cardeal, é maranhense, oriundo da EsSA - Escola de Sargentos das Armas, pioneiro da Polícia do Exército em Brasília e colega aposentado da Câmara dos Deputados, perfazendo esse traquejar seis décadas e meses.
2) É assíduo leitor de tudo o que escrevo, além de indicar-me magníficos textos de escritores timbiras, o que denota inconteste e inexcedível amor à Cultura e ao Saber.
3) Formou, com Dona Terezinha, sua amantíssima esposa, destacada e numerosa prole, cujos membros são irretocáveis exemplos da perfeita formação recebida, com a qual enobreceram a população cristã da Capital Federal.
4) Com seu espírito aglutinador, transformou sua aprazível e acolhedora residência no venerado e único ponto de reunião de seus camaradas da Velha Guarda da EsSA e do BPEB, onde, acompanhados de nossas famílias, comemoramos as datas festivas mais representativas de nossas vidas.
5) Fabricante de aeromodelos e criador de passarinhos, transmitiu-me valiosos conhecimentos quanto à labuta com curiós e bicudos, quando ainda existia o Clube Ornitológico de Brasília.
6) É brincante de bumba meu boi, fabrica os próprios instrumentos, como o tambor onça, ou roncador, da foto acima, e, em sua casa, vivencia-se constante guarnicê, onde, a qualquer momento, sem aviso prévio, se pode ouvir ou cantar uma toada relembrando o folclore da Ilha dos Amores.
7) Não tem poupado elogios nos comentários ao que escrevo e não economiza palavras enaltecendo minha pessoa, fazendo-me supor uma possível tendência, de forma velada, para o chaleirismo, predicado esse que muito massageia o ego deste Cardeal.
8) A partir de sua investidura no grau de Sacristão, fará parte do Corpo de Colaboradores do Almanaque Raimundo Floriano, assinando a coluna Causos do Sacristão Bandeira.
Artigo 2º - Fica determinado ao Sacristão PAULO BANDEIRA que, no cumprimento de suas atribuições pastorais na Paróquia da Vila Planalto, arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
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Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 3 de julho de 2020.
Cardeal Raimundo Floriano
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IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 017-RF
Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, Aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
Wady Coelho
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, nomeio WADY COELHO para o cargo de MADRE SUPERIORA da Paróquia Belo Horizonte (MG), onde reside, por ser ela altamente apetrechada com os seguintes atributos:
1) É balsense, mina conterrânea, neta de Parsondas Coelho e Wady (Didi), agentes dos Correios de Balsas, e filha de Lourival Arruda e Terezinha Coelho, meus amigos de infância, o que configura, nesse bairrismo, uma espécie de nepotismo, item supervalorizado neste Cardinalato.
2) É prima legítima da Madre Superiora Ana Cristina Marques Laskos, do Convento de Florianópolis (SC), o que demonstra certa vocação atávica para a careira Eclesiástica Sertaneja.
3) É membro praticante do Facebook, antenada e atuante, além de assídua leitora do Almanaque Raimundo Floriano, sempre comentando, de fora positiva, as matérias ali publicadas.
4) É bonita, linda e, por que não dizer, formosa, tendo, como características principais, sua beleza interior, sua simpatia, seu sorriso encantador e sua alegria contagiante, que a fazem querida por todos que a conhecem
5) Tem sido pródiga em elogios nos comentários sobre meus livros e sobre as matérias que publico diariamente no Almanaque Raimundo Floriano, fazendo-me supor uma possível tendência, de forma velada, para o chaleirismo, predicado esse que muito massageia o ego deste Cardeal.
Artigo 2º - Fica determinado à Madre Superiora WADY que, no cumprimento de suas atribuições pastorais, agilize a implantação do Convento de Belo Horizonte e arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
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Cardeal Raimundo Floriano
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IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 016-RF
Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, Aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
Antônio Carlos Dib
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, nomeio ANTÔNIO CARLOS DIB para o grau de SACRISTÃO da Paróquia da Asa Sul, em Brasília (DF), onde reside, por ser ele altamente apetrechado com os seguintes atributos:
1) É escritor, com livros que abrangem assuntos diversos, da biografia à culinária, além de artigos publicados no Facebook e outros órgãos da mídia, impressos ou virtuais.
2) É colunista assídua do Almanaque Raimundo Floriano, onde assina a página Coluna do Dib, abrilhantando e valorizando, este humilde site dedicado à Cultura Popular.
3) É bisneto de meu avô, Capitão Pedro José da Silva, neto de meu tio Fructuoso José da Silva e filho de meu primo Bernardino de Sousa e Silva, o Benu, preenchendo, destarte, o item do nepotismo, de extrema importância neste Cardinalato.
4) Não tem poupado elogios nos comentários às matérias que publico diariamente no
Almanaque Raimundo Floriano fazendo-me supor uma possível tendência, de forma velada, para o chaleirismo, predicado esse que muito massageia o ego deste Cardeal.
Artigo 2º - Fica determinado ao Sacristão ANTÔNIO CARLOS que, no cumprimento de suas atribuições pastorais na Paróquia da Asa Sul, arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
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Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 3 de julho de 2020.
Cardeal Raimundo Floriano
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IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 015-RF
Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, Aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
Robson José Calixto
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, nomeio ROBSON JOSÉ CALIXTO para o grau de SACRISTÃO da Paróquia de Águas Claras (DF), onde reside, por ser ele altamente apetrechado com os seguintes atributos:
1) É escritor, cosmopolita e, conhecendo quase todas paragens do Planeta Terra, seus textos, de um modo gral, abrangem fatos histórico desconhecidos pelo público.
2) É colunista assídua do Almanaque Raimundo Floriano, onde assina a página Coluna do Calixto, abrilhantando e valorizando, com sua experiência e ótica internacional, este humilde site dedicado à Cultura Popular.
3) É marido de Sheila, com quem comemorou Bodas de Prata a 13.05.2020, pai de Pedro e da menina Nicole, que conheço desde seu tempo de mamadeira, constituindo-se essa família em riquíssimo acervo de amizades jovens, muito envaidecedoras de qualquer se seus circunstantes.
4) Além de enólogo, é o chef mais famoso daquela Satélite, com cardápio mundialmente apreciado, que vai dos trivial rotineiro ao sofisticado, muito do agrado de meu Cardinalato.
5) Não tem poupado elogios nos comentários, não só quanto às matérias que publico diariamente no
Almanaque Raimundo Floriano, quanto às melodias que executo na gaita de boca, fazendo-me supor uma possível tendência, de forma velada, para o chaleirismo, predicado esse que muito massageia o ego deste Cardeal.
Artigo 2º - Fica determinado ao Sacristão ROBSON que, no cumprimento de suas atribuições pastorais na Paróquia de Águas Claras, arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
Veni huc per Gratia Dei
Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 3 de julho de 2020.
Cardeal Raimundo Floriano
Conheça a Igreja Sertaneja, clicando neste link:
IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 014-RF
Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, Aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
Violante Pimentel
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, nomeio VIOLANTE PIMENTEL para o cargo de MADRE SUPERIORA da Paróquia Nova-Cruz (RN), onde nasceu, por ser ela altamente apetrechada com os seguintes atributos:
1) É escritora, poeta e musicista, divulgando em seus artigos, contos, poemas e causos sua terra natal, de modo partícular, e o rincão norte-rio-grandense, publicados na Imprensa e no Facebook, onde demonstra grande criatividade, inspiração, sensibilidade, ternura e romantismo, não se furtando a, de vez em quando, comparecer com um tema erótico e fescenino, muito ao deleite da galera sertaneja.
2) É colunista assídua do Almanaque Raimundo Floriano, onde assina a página Cenas do Caminho, abrilhantando e valorizando este humilde site dedicado à Cultura Popular.
3) Sua delicada sensibilidade se revela no culto ao passado, postando no Facebook imagens de seus antepassados ou de vultos que fizeram a história de sua família e de seus conterrâneos do sertão nordestino.
4) Tem sido pródiga em elogios nos comentários sobre as matérias que publico diariamente no
Almanaque Raimundo Floriano, fazendo-me supor uma possível tendência, de forma velada, para o chaleirismo, predicado esse que muito massageia o ego deste Cardeal.
Artigo 2º - Fica determinado à Madre Superiora VIOLANTE PIMENTEL que, no cumprimento de suas atribuições pastorais, agilize a implantação do Convento Diocesano de Nova-Cruz (RN), e arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
Veni huc per Gratia Dei
Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 3 de julho de 2020.
Cardeal Raimundo Floriano
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IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 013-RF
Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, Aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
Dalinha Catunda
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, nomeio DALINHA CATUNDA para o cargo de MADRE SUPERIORA da Paróquia de Ipueiras (CE), por ser ela altamente apetrechada com os seguintes atributos:
1) É a figura mais proeminente do atual Cordel Brasileiro, publicando, regularmente, folhetos e matérias diversas, na Imprensa e no Facebook, onde demonstra grande criatividade, inspiração, sensibilidade, ternura e romantismo, ou seja, tudo que faz, diz ou escreve é impregnado do mais puro amor e, em certos casos, apimentada malícia.
2) É colunista assídua do Almanaque Raimundo Floriano, onde assina a página Eu Acho É Pouco, abrilhantando e valorizando este humilde site dedicado à Cultura Popular.
3) Suas prendas artísticas são bem evidenciadas no artesanato, fabricando bonecas de pano às dezenas, peculiares ao sertão nordestino onde nasceu.
4) É conterrânea do virtuosíssimo e saudoso violonista Alencar Sete cordas, que muito animou saraus musicais deste Cardinalato, onde gozava da amizade de toda minha família.
5) Tem sido pródiga em elogios nos comentários sobre as matérias que publico diariamente no
Almanaque Raimundo Floriano, fazendo-me supor uma possível tendência, de forma velada, para o chaleirismo, predicado esse que muito massageia o ego deste Cardeal.
Artigo 2º - Fica determinado à Madre Superiora DALINHA CATUNDA que, no cumprimento de suas atribuições pastorais, agilize a implantação do Convento Diocesano de Ipueiras (CE), e arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
Veni huc per Gratia Dei
Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 3 de julho de 2020.
Cardeal Raimundo Floriano
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IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 012-RF
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Tendo em vista ser hoje, 3 de julho, Aniversário deste Cardeal, fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, data em que, com a Graça e Proteção de Deus, aqui cheguei, resolvo:
Teresa Cristina
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, nomeio TERESA CRISTINA SILVA NÉTO para o cargo de MADRE SUPERIORA da Paróquia de Araras (SP), por ser ela altamente apetrechada com os seguintes atributos:
1) Publica, regularmente, matérias diversas no Facebook, demonstrando grande sensibilidade, ternura e romantismo, ou seja, tudo que diz ou escreve é impregnado do mais puro amor.
2) É leitora assídua do Almanaque Raimundo Floriano, sempre comentando, de fora positiva, as matérias ali publicadas.
3) É bisneta de meu avô, Capitão Pedro José da Silva, neta de meu tio João Ribeiro da Silva e filha de meu primo Coronel Pedro José da Silva Néto, preenchendo, destarte, o item do nepotismo, de extrema importância neste Cardinalato.
4) Tem sido pródiga em elogios nos comentários sobre as matérias que publico diariamente no
Almanaque Raimundo Floriano, fazendo-me supor uma possível tendência, de forma velada, para o chaleirismo, predicado esse que muito massageia o ego deste Cardeal.
Artigo 2º - Fica determinado à Madre Superiora TERESA CRISTINA que, no cumprimento de suas atribuições pastorais, agilize a implantação do Convento Diocesano de Araras (SP), onde reside, e arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
Veni huc per Gratia Dei
Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 3 de julho de 2020.
Cardeal Raimundo Floriano
A IGREJA SERTANEJA
CULTURAL, SEM FINS RELIGIOSOS, COMERCIAIS, LUCRATIVOS OU FINANCEIROS
Raimundo Floriano
Em meados do ano de 1972, impressionadíssimo com as aprontações contidas no livro O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna, publicado em 1971, eu, recém-desquitado, para fazer figura frente aos alunos da UDF, onde iniciara o Curso Superior de Contabilidade, fundei, juntamente com outros colegas presepeiros, a Igreja Sertaneja, seita cultural, sem caráter religioso.
Seus templos agregavam todos os bares, botecos e biroscas de Brasília onde se pudesse consumir uma boa cachaça – e todas as marcas brasileiras são de excelente qualidade –, e também pequenos teatros, circos mambembes, casas de forró, rodas de samba, desafios, pelejas repentistas, cantorias, bumba meu boi, vaquejadas e qualquer espaço onde a Cultura Brasileira dominasse de ponta a ponta.
Vaqueiros na folgança: seminaristas da Igreja Sertaneja
Imediatamente, convidei o amigo Luiz Berto, companheiro de grandes aventuras, a dela fazer parte, o que foi aceito de imediato. Passamos a ser chefes supremos, equivalentes, sem subordinação hierárquica um ao outro, no grau de Antístites – Bispos, como nas inúmeras outras seitas que surgiram depois dela.
(O que só vim a saber, no ano de 2016, é que Luiz Berto, naquele tempo, também influenciado por Ariano, já nutria o mesmo desejo de fundar uma Igreja Sertaneja. Mas esse segredo ele o manteve consigo.)
A brincadeira tomou fôlego, consolidou-se. Tínhamos um jornal, O Gole, onde esbanjávamos criatividade e bom humor.
Já por aquela época, órgãos da grande mídia, como O Globo, Jornal do Brasil, Estadão e até o The New York Times, da imprensa norte-americana, eram detentores da supremacia editorial, com sua abrangência e circulação planetária. Não podendo competir com tamanha magnitude nacional e internacional, nosso pequenino O Gole viu-se obrigado a cerrar suas portas.
O tempo correu, e a Igreja Sertaneja conheceu um certo arrefecimento, até porque eu havia constituído nova família, à qual passei a dedicar-me integralmente.
Em abril de 2005, com a sagração do Papa Bento XVI, Sumo Pontífice da Igreja Católica Apostólica Romana, Luiz Berto, inteligente e criativo por demais, inspirou-se no nome e autodenominou-se Papa Berto, da ICAS - Igreja Católica e Apostólica Sertaneja, sendo sua esposa Papisa, e com um sucessor, seu filho caçula, conhecido como Papinha.
A IS - Igreja Sertaneja, da qual sou a autoridade máxima, não tem sucessor e perdurará apenas durante o tempo de vida que Deus, em sua infinita bondade, está me concedendo.
(Cabe aqui esclarecer que, na Igreja Católica Apostólica Romana, da qual sou fiel devoto praticante, só existem 3 graus: diácono, padre e bispo. Cônego, monsenhor, cardeal e papa são apenas títulos. Por isso, o Papa Francisco é o Bispo de Roma. Igualmente, meu título de Cardeal é apenas honorífico, pois continuo no grau de Bispo Sertanejo.)
Paralelamente, fundei, a 24 de junho de 1972, a Banda da Capital Federal, da qual eu era o mestre, e Luiz Berto, o contramestre, destinada a animar o carnaval de rua de Brasília. Essa banda, com estandarte e uniforme, existe até hoje, apresentando-se apenas em ocasiões muito especiais.
A BANDA DA CAPITAL FEDERAL, EM 2002
30º ANIVERSÁRIO E FESTA DO PENTA
Raimundo - Batista - Teixeira - Jambeiro - Gedeon - Dionísio - Celso Martins
Fideles - Élton - Marcos - Carioquinha
A Igreja Sertaneja e a Banda da Capital Federal muito deram o que falar, pois os fiéis de uma eram componentes da outra. Na Igreja Sertaneja, havia muitas ovelhinhas a apascentar. Já na Banda da Capital Federal, as folionas se pegavam no tapa, decidindo quem saía com o estandarte!
Também fazíamos parte da Diretoria do Bloco de Sujos Sumo do Guará, que fornecia sambistas para Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte e passistas para o bloco de frevo As Pás Douradas.
Arrefeceram-se um pouco os ânimos da Igreja Sertaneja depois de nossa aposentadoria, cada qual procurando apegar-se a alguma atividade que preenchesse suas extensas horas de ócio.
Luiz Berto, já escritor, danou-se a escrever mais livros e lançou o Jornal da Besta Fubana, virtual, com milhares de leitores diários. Eu, 10 anos mais velho, portanto mais devagar, devagarinho, também mergulhei na atividade literária, lançando meus livrinhos e editando o Almanaque Raimundo Floriano, que vai seguindo firme, com a ajuda de seus colunistas e leitores.
Agora, na quarentena ditada pela pandemia, resolvi tirar a Igreja Sertaneja do olvido e revitalizá-la, arregimentando novos membros para seu Clero, especialmente os que me vêm ajudando, com suas colaborações e comentários, a manter, na Internet, meu Almanaque, site cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros.
Há uns 30 anos, cumprindo recomendações médicas, estou compulsoriamente afastado da boa cachacinha, um dos itens que deram origem à ideia de criação da seita, consumindo apenas refrigerante diet.
Em compensação, convivo com pessoas de alto quilate, com o talento das quais a Igreja Sertaneja tem-se expandido, arrebanhando a cada dia mais fiéis: cantores, músicos, escritores, poetas, compositores e escribas, além de boêmios e seresteiros, no Brasil e no Exterior, o que se comprova nos acessos mundiais ao Almanaque Raimundo Floriano.
No próximo dia 3 de julho deste 2020, meu 84º aniversário, farei novas ordenações para o Clero da Igreja Sertaneja, com o intuito não só de premiar quem já abraçou, com força e ânimo, meu movimento cultural, como para que os fiéis recém-chegados façam com que a Igreja Sertaneja e o Almanaque Raimundo Floriano cresçam mais e mais.
IGREJA SERTANEJA
Cultural, fundada em 1972
DECRETO CARDINALÍCIO Nº 011-RF
Tendo em vista ser hoje, 29 de abril, aniversário do fiel objeto desde Decreto, eu, como fundador e maior autoridade da Igreja Sertaneja, resolvo:
João Ribeiro
Artigo 1º - Do alto de meu Cardinalato, nomeio JOÃO RIBEIRO DA SILVA NETO, O BEIRÓ, para o cargo de SACRISTÃO da Paróquia de Fortaleza (CE), por ser ele altamente apetrechado com os seguintes atributos:
1) É a maior expressão do talento musical da Família Silva, toca, com supremo virtuosismo, vários instrumentos, é compositor e arranjador, líder do Conjunto Big Brasa, escritor e internauta, sempre online, membro do Facebook, onde publica, regularmente, matérias diversas, demonstrando grande inspiração, sensibilidade, ternura e romantismo em tudo que diz, escreve, interpreta ou compõe.
2) É colunista Almanaque Raimundo Floriano, onde publica suas produções literárias e musicais na página Big Brasa.
3) É bisneto de meu avô, Capitão Pedro José da Silva, neto de meu tio João Ribeiro da Silva e filho de meu primo Alberto Ribeiro da Silva, preenchendo, destarte, o item do nepotismo, de capital importância neste Cardinalato.
4) Tem sido pródigo em elogios nos comentários sobre os livros de minha autoria e as matérias que publico semanalmente no Almanaque Raimundo Floriano, fazendo-me supor, uma possível vocação, de forma velada, para o chaleirismo, predicado esse que muito massageia o ego deste Cardeal.
Artigo 2º - Fica determinado ao Sacristão BEIRÓ que, no cumprimento de suas atribuições pastorais na Paróquia de Fortaleza (CE), onde reside, arregimente novas ovelhas para nosso rebanho sertanejo e almanáquico, principalmente as que vagueiam tresmalhadas por este mundo velho sem porteira.
Veni huc per Gratia Dei
Palácio Cardinalício em Brasília, DF, 29 de abril de 2020.
Cardeal Raimundo Floriano
A IGREJA SERTANEJA
Raimundo Floriano
Vaqueiros na folgança: seminaristas da Igreja Sertaneja
Em meados do ano de 1972, impressionadíssimo com as aprontações contidas no livro O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna, publicado em 1971, eu, para fazer figura frente aos alunos da UDF, onde iniciara o Curso Superior de Contabilidade, fundei, juntamente com outros colegas presepeiros, a Igreja Sertaneja, seita cultural, sem caráter religioso.
Seus templos agregavam todos os bares, botecos e biroscas de Brasília onde se pudesse consumir uma boa cachaça – e todas as marcas brasileiras são de excelente qualidade. Exemplo disso é a Sagatiba que, segundo a revista Veja de 12.5.04, seria vendida na Europa ao preço de 28 euros a garrafa.
Imediatamente, convidei o amigo Luiz Berto, companheiro de grandes aventuras, a dela fazer parte, o que foi aceito de imediato. Passamos a ser chefes supremos, equivalentes, sem subordinação hierárquica um ao outro, no posto de Antístites – Bispos, como nas inúmeras outras seitas que surgiram depois dela.
(O que só vim a saber neste ano de 2016, é que Luiz Berto, naquele tempo, também influenciado por Ariano, já nutria o mesmo de desejo de fundar uma Igreja Sertaneja. Mas esse segredo ele o manteve consigo.)
A brincadeira tomou fôlego, consolidou-se. Tínhamos um jornal, O Gole, onde esbanjávamos criatividade e bom humor.
Já por aquela época, órgãos da grande mídia, como O Globo, Jornal do Brasil, Estadão e até o The New York Times, da imprensa norte-americana, eram detentores da supremacia editorial, com sua abrangência e circulação planetária. Não podendo competir com tamanha magnitude nacional e internacional, nosso pequenino O Gole viu-se obrigado a cerrar suas portas.
Paralelamente, fundei, a 24 de junho de 1972, a Banda da Capital Federal, da qual eu era o mestre, e Luiz Berto, o contramestre, destinada a animar o carnaval de rua de Brasília. Essa banda, com estandarte e uniforme, existe até hoje, apresentando-se apenas em ocasiões muito especiais.
A BANDA DA CAPITAL FEDERAL, EM 2002
40º ANIVERÁRIO D FESTA DO PENTA
Raimundo - Batista - Teixeira - Jambeiro
Gedeon - Dionísio - Celso Martins
Fideles - Élton - Marcos - Carioquinha
A Igreja Sertaneja e a Banda da Capital Federal muito deram o que falar, pois os fiéis de uma eram componentes da outra. Na Igreja Sertaneja, havia muitas ovelhinhas a apascentar. Já na Banda da Capital Federal, as folionas se pegavam no tapa, decidindo quem saía com o estandarte!
Também fazíamos parte da Diretoria do Bloco de Sujos Sumo do Guará, que fornecia sambistas para Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte e passistas para o bloco de frevo As Pás Douradas.
Arrefeceram-se um pouco os ânimos da Igreja Sertaneja depois de nossa aposentadoria, cada qual procurando apegar-se a alguma atividade que preenchesse suas extensas horas de ócio. Assim eu pensava.
De supetão, chegou-me a novidade!
Lá no Recife, onde fixou residência definitiva, o Bispo Dom Berto reuniu um magote de cachacistas militantes e biriteiros juramentados e elegeu-se para o cargo maior, não de nossa seita, mas de uma que acabara de fundar: a Igreja Católica Apostólica Sertaneja, passando a assinar-se Papa Berto I, denominação alusiva ao Papa Bento XVI, recém-consagrado Sumo Pontífice, no Vaticano.
Concretizava, assim, o secreto desejo de fundar sua seita, passando seus fiéis a apregoaram aos quatro cantos do mundo: Luiz Berto é PICAS - Papa da Igreja Católica Apostólica Sertaneja.
Pensei: eu, mentor da seita, fui alijado pelo Sumo Pontífice, saindo a troco de pé na bunda! Novamente, meus pensamentos se mostraram deveras enganados.
Astuciosamente, ou salomonicamente, o Papa Berto I, usando de toda sua sapiência, achou um jeito de agraciar-me com irresistível e compulsório cala-a-boca: nomeou-me Cardeal!
Fiquei a matutar: Luiz Berto é muito presepeiro e aprontador, reuniu no Recife uma grande quantidade de fiéis, tem saco para aguentar essa turma de beberrões, de dia e de noite. Nada mais justo que assuma esse cargo maior da Igreja Sertaneja, até porque, em seu caso, duma seita nova, a ICAS. Dessa vez, refleti com clarividência, senão, vejamos!
Em substituição ao O Gole, o Papa Berto I fundou o Jornal da Besta Fubana - JBF, virtual, assumindo inteiramente o encargo de editá-lo, assim como o de arcar com todas as despesas decorrentes de sua assinatura na Internet: www.luizberto.com. Pródigo homem esse Papa! E mais: concedeu-me nele privilegiado espaço, onde assinei A Coluna de Raimundo Floriano, até o dia 10.10.16, com quase 500 matérias publicadas. Isso fez de mim um escritor.
Preciso falar-lhes um pouco do título desse jornal.
Em 1984, o escritor Luiz Berto ficou famoso no mercado editorial com o lançamento do seu livro O Romance da Besta Fubana, do qual tive a honra de ser o revisor gramatical e ortográfico.
A Besta Fubana é entidade fantástica do imaginário nordestino e figura principal desse romance que é, no dizer do autor, “descrição histórica, científica e literária da instauração da República Rebelada dos Palmares, no ano pomposo de 1953, com relato pormenorizado e circunstanciado das causas, pessoas, sucedências e consequências, em ordem cronológica e estilo acessível”.
Tal livro deu-lhe muitos prêmios e valeu-lhe uma temporada cultural de 6 meses nos Estados Unidos, com realização de palestras no Canadá.
Voltemos à Igreja Sertaneja e ao Jornal da Besta Fubana.
O jornal reúne, dentre seus colunistas e comentaristas, grande parte do Alto Clero da Igreja Sertaneja, bem como a nata da intelectualidade nordestina.
Para se ter uma ideia, veja-se, na foto ao final deste capítulo, a quantidade de expoentes da cultura atual no cenário literomusical nordestino e brasileiro presentes a evento na Academia Passa Disco da Música Nordestina.
Direi um pouco de cada um deles.
Jessier Quirino - Cardeal - Arquiteto, escritor, poeta, compositor, colunista do JBF e Imortal da Academia Passa Disco da Música Nordestina.
João Veiga - Cardeal - Médico, escritor e colunista do JBF.
Luiz Berto - Papa - Professor de Matemática, escritor, editor do JBF e Imortal da Academia Passa Disco da Música Nordestina.
Adelmo Nobre - Cardeal - Comerciante, pesquisador musical e comentarista do JBF.
Paulo Carvalho - Cardeal - Médico, pesquisador cultural, fotógrafo, colunista do JBF e Imortal da Academia Passa Disco da Música Nordestina.
Evilácio Feitosa - Cardeal - Médico, poeta e colaborador do JBF.
Natanael Guedes - Cardeal - Artista plástico e colunista do JBF.
Joselito Nunes, Zelito - Cardeal - Advogado, escritor, poeta, pesquisador da cultura popular, colunista do JBF e Imortal da Academia Passa Disco da Música Nordestina.
Irah Caldeira - Prioresa - Compositora, cantora, forrozeira e Patrona de Luiz Berto na Academia Passa Disco da Música Nordestina.
Xico Bizerra - Cardeal - Bancário, compositor, radialista, colaborador do JBF e Patrono da jornalista Lina Fernandes na Academia Passa Disco da Música Nordestina
Raimundo Floriano - Cardeal - Trombonista, escritor, discófilo, pesquisador musical, colunista no JBF e Imortal da Academia Passa Disco da Música Nordestina.
Irah Caldeira não é a única representante do sexo feminino em nosso grupo. No Recife, por exemplo, temos a Papisa Aline, mulher do Papa Berto I e coeditora do JBF, e a Madre Superiora Neide Santos, agitadora cultural. Em Florianópolis (SC), a Madre Superiora Ana Cristina Arruda Laskos, balsense, minha conterrânea e afilhada literocultural, campeã brasileira de natação e casada com João Renato Laskos, gente grande dos Correios, encontra-se empenhada na implantação do Convento Diocesano Catarinense.
Há uns 26 anos, cumprindo recomendações médicas, estou compulsoriamente afastado da boa cachacinha que deu origem à ideia de criação da seita, consumindo apenas refrigerante diet.
Em compensação, convivo com pessoas desse quilate, com o talento das quais a Igreja Sertaneja tem-se expandido, arrebanhando a cada dia mais fiéis: cantores, músicos, escritores, poetas, compositores e escribas, além de boêmios e seresteiros, no Brasil e no Exterior, o que se comprova nos acessos mundiais ao JBF!
No primeiro semestre deste ano de 2016, Luiz Berto acenou com uma novidade: parece que embala a intenção de acabar com a ICAS - Igreja Católica Apostólica Sertaneja.
Caso isso se assuceda, o que só tenho a lamentar, esse movimento cultural não expirará de todo: permanecerei aqui em meu Cardinalato, na continuidade perene da Igreja Sertaneja, e na edição deste Almanaque, pelo tempo que Deus me permitir.
De pé: Jessier Quirino, João Veiga, Luiz Berto, Adelmo Nobre,
Paulo Carvalho, Evilácio Feitosa, Natanael Guedes e Zelito Nunes
Sentados: Irah Caldeira, Xico Bizerra e Raimundo Floriano