Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Música Americana quinta, 20 de outubro de 2022

ZOLA TAYLOR, MEIGUICE FEMININA DO THE PLATTERS
ZOLA TAYLOR, MEIGUICE FEMINA DO THE PLATTES

Raimundo Floriano

 

 

The Platters - Formação original

 

                        Nesta minha vida de colecionador de discos, tenho conservado imensa afeição, atávica, umbilical mesmo, pelos intérpretes das primeiras gravações que adquiri, a partir de fevereiro de 1958, quando comecei a ganhar meu dinheirinho fixo. Era no tempo do vinil.

 

                        Por isso, The Platters continuam em minhas prateleiras ombreando-se com os grandes nomes internacionais e da MPB daquele tempo. Ainda em Três Corações, cursando a Escola de Sargentos das Armas - EsSA, em 1957, eu já ouvia suas lindas canções, como The Great Pretender e Only You, não somente pelas ondas do rádio, como também entoadas por vários colegas de farda metidos a cantor.

 

                        Para um estudante mediano de Inglês como eu, foi satisfação imensa ouvir um conjunto americano cujas palavras eram entendidas sem dificuldade. A califonia – maneira de bem entoar –, a califasia – perfeita dicção, aliadas ao ritmo lento faziam com que seus foxes nos extasiassem e nos incitavam a imitá-los, cantando naquele Inglês-moleza.

 

(Pequena aula de Cultura Musical. Fox, em Inglês, significa raposa. Daí o nome do ritmo. A raposa, quando se aproxima do galinheiro, vai silenciosa, matreira, pé ante pé. Assim o foxe é dançado. Como em Only You. Mas se o dono do galinheiro chega e dá-lhe um grito, a raposa sai em desabalada carreira, gingando os quartos prum lado e pro outro. É o foxtrot, ou trote da raposa. Como em Rock Around the Clock. Esta música, ao surgir, foi classificada pela gravadora Decca Records como foxtrot, pois o nome rock, como ritmo, ainda não se consagrara. Rock Around the Clock, por conseguinte, foi o foxtrot que mais vendeu em todos os tempos.)

 

                        E havia algo mais de precioso no conjunto americano: a presença da exuberante Zola Taylor, lindo exemplar creole a enfeitar o magnífico quinteto colored.

 

                        Zoletta Lynn Taylor nasceu a 17.03.1938, em Los Angeles (EUA), onde faleceu a 30.04.2007. Integrou o conjunto de 1954 a 1961, tendo sido seu membro feminino original.

 

                        Minha experiência como Ajudante de Palhaço no Circo Cometa do Norte, em Teresina (PI), fazia-me avaliá-la como uma daquelas componentes de trupes de malabaristas, mágicos e domadores, que só apareciam no picadeiro seminuas e funcionavam apenas como partners, enfeitando os números, fazendo reverências para o público e, à noite, dormindo com os artistas.

 

                        Aliás, minha opinião mudou pouco desde então. Até hoje assistimos a programas televisivos cheios de mulheres sumariamente vestidas, cujo papel é rebolar e, vez em quando, ficar de costas para as câmeras, exibindo seus talentos de retaguarda. Há apresentadoras e cantoras que trabalham quase de lado, chamando mais a atenção pela anatomia calipígia, muitas delas fabricadas a troco de silicone ou bisturi. A essas, o falecido Deputado Clodovil Hernandes, em sua irreverência, assim deu antológica classificação: dançam e cantam com a bunda!

 

                        Pois igualmente desse modo eu avaliava de Zola Taylor. Tony Williams era o tenor e a voz principal do conjunto. Os outros estavam ali apenas para lhe fazerem o contracanto e lhe enfeitarem o solo. Algumas vezes, era dada pequena chance de Herb Reed aparecer, com seus graves, como em You”ll Never Know.

 

                        E assim continuei pensando até adquirir o LP The Flying Platters - Ao Redor do Mundo, quando minha opinião sofreu um retorno de 180 graus. Nele, Herb Reed exibe todo seu potencial de baixo em Sleepy Time Gal, e Zola Taylor, como solista, mostra a que veio, na maravilhosa interpretação de My Old Flame, de Arthur Johnston e Sam Coslow, que ora disponibilizo para meus queridos leitores.

 

 

                        Ouçamos, portanto, My Old Flame, na linda voz de Zola Taylor

 


Música Americana quarta, 04 de maio de 2022

BRENDA LEE, THE LITTLE MISS DYNAMITE
BRENDA LEE, THE LITTLE MISS DYNAMITE

Raimundo Floriano

 

 

                        Brenda Mae Tarpley, a Brenda Lee, cantora estadunidense de rockabilly, pop e country, nasceu, com apenas 2 kg, na enfermaria de caridade do Grady Memorial Hospital, em Atlanta, Geórgia, a 11.12.1944.

 

                        Era filha de Ruben Tarpley, que fora, no passado, excelente arremessador canhoto de beisebol, e de Grayce Yarbrough Tarpley. A família, de origem humilde, era pobre e vivia precariamente numa casa de três cômodos, sem água corrente, onde Brenda dividia a mesma cama com duas irmãs. Ela frequentou colégios de ensino fundamental em cidades onde o pai trabalhava, principalmente nas rotas entre Atlanta e Augusta. Sua vida resumia-se em ver seus pais procurando emprego e, aos domingos, frequentar a Igreja Batista, onde ela cantava.

 

                        Brenda era um prodígio musical. Embora sua família vivesse em precárias condições, possuía um rádio a pilha, que fascinou Brenda, ainda bebê. Na época, embora tivesse apenas 2 anos, ela conseguia assobiar as melodias das canções que ouvia. Tanto a mãe, como uma das irmãs, levaram-na, muitas vezes, a uma loja de doces, onde ela, sentada sobre o balcão, ganhava doces e moedas para cantar.

 

                        Sua voz, seu rosto bonito e suas apresentações nos palcos começaram a despertar a atenção de todos a partir dos 5 anos de idade. Aos 6 anos, ela ganhou um concurso de canto patrocinado por um estabelecimento de ensino fundamental. A recompensa foi a aparição ao vivo em um programa de rádio de Atlanta, Starmakers Revue, no qual voltou a se apresentar no ano seguinte.

 

                        Seu pai morreu em 1953, e ela depois, já aos 10 anos, tornou-se a principal fonte de sustento de sua família, cantando em programas radiofônicos locais e apresentações na televisão. Em 1955, sua mãe casou-se com Jay Rainwater, que levou a família para Cincinnati, Ohio, onde ela trabalhou na Skinner Jimmy Music Center, loja de discos, e em programas de radiodifusão.

 

                        A família logo retornou à Geórgia, mas dessa vez para Augusta, e Brenda apareceu em um show especial, WJAT-AM, na cidade de Swainsboro. O produtor do show, Sammy Barton, nessa ocasião, rebatizou-a como Brenda Lee, pois acreditava que o nome Tarpley era muito difícil de ser lembrado.

 

                        Brenda, durante toda a carreira, embora tivesse um comportamento admirável, sentia repugnância por bananas. Quando saladas de frutas lhe eram oferecidas em seu camarim, não continham bananas, para evitar que ela sofresse um ataque de raiva.

 

                        Seu grande sucesso no show business veio em fevereiro de 1955, quando ela ganhou $30 para participar, em uma estação de rádio de Swainsboro, de um programa estrelado pelo cantor Red Foley, o maior divulgador da country music da época, numa unidade de turnê promocional de seu programa TV ABC Ozark Jubilee, em Augusta, que foi convencido a ouvi-la cantar antes do show.

 

                        Foley ficou tão surpreso, como todas as outras pessoas que ouviram a potente voz da pequena menina, que, imediatamente, concordou em deixá-la cantar Jambalaya no programa. A música foi ensaiada e, mais tarde, apresentada. Ao término, Foley declarou: “Ainda fico com arrepios de frio pensando naquele momento. Um dos meus pés começou a acompanhar febrilmente o ritmo da música, como se eu estivesse me afastando de um terreno em chamas. E quando ela fez aquele truque de quebrar a voz, interrompeu meu transe, o suficiente para que eu percebesse que tinha me esquecido de sair do palco. Ali estava eu, após 26 anos de suposto aprendizado sobre como conduzir-me diante de um auditório, com a boca aberta 2 milhas de largura e um olhar petrificado”.

 

                        A plateia irrompeu em aplausos e se recusou a deixá-la sair do palco até que ela tivesse cantado mais três músicas. Em 31 de março de 1955, aos 10 anos de idade, ocorreu a sua estreia na Rede Ozark Jubilee, em Springfield, Missouri. Apesar de o seu contrato com o show ser de 5 anos, foi interrompido por causa de uma ação judicial movida por sua mãe e por seu empresário, quando ela fazia aparições regulares no programa.

 

                        Em 30 de julho de 1956, menos de dois meses depois de tal ação judicial, a Decca Records ofereceu-lhe um contrato, e seu primeiro disco foi um vinil single, 45 RPM, com Jambayala no Lado A, e Bigelow 6-200 no lado B, músicas tipicamente country.

 

                        Aos 11 anos de idade, com Jambalaya, Brenda Lee estourou a boca do balão em todo o universo. No Brasil, o sucesso foi imediato e muito imitado pela maioria dos cantores e conjuntos emergentes daquele tempo. Duvidava-se que aquela voz fosse mesmo de uma criança e até se especulava sobre a hipótese de Louis Armstrong ter feito a gravação com a voz distorcida.

 

                        Seu segundo disco apresentou duas músicas de Natal: I'm Gonna Lasso Santa Claus e Christy Natal. Embora ela já tivesse completado 12 anos de idade, os créditos de seus 2 Singles distribuídos pela Decca Records falavam em Little Brenda Lee (9 anos).

 

                        Com 1,44m de altura, ela recebeu o apelido de The Little Miss Dynamite, em 1957, após gravar a canção Dynamite, e foi dos primeiros astros da música pop a ter uma importante carreira contemporânea internacional. Teve 37 hits fonográficos estadunidenses durante a Década de 1960, número superado apenas por Elvis Presley, The Beatles, Ray Charles e Connie Francis.

 

                        Em 1960, gravou sua canção-assinatura I'm Sorry, que foi Número Um no Quadro de Avisos de Paradas. Foi seu primeiro ouro individual, pelo qual recebeu indicação para o Grammy, e também um dos primeiros grandes hits a usar o que viria a ser o som de Nashville – orquestra de cordas e vocal de apoio harmonizado

 

                        Brenda foi popular no Reino Unido no início de sua carreira. Ela visitou o país em 1959, antes de conseguir o reconhecimento pop nos Estados Unidos. Sua gravação rockabilly de Let's Jump the Broomstick, em 1961, não entrou nas paradas estadunidenses, mas foi a Nº 12 no Reino Unido, onde seu ato de abertura de uma tour, em 1960, ficou a cargo de um então pouco conhecido grupo de Liverpool: The Beatles.

 

                        Depois disso, Brenda passou a desfrutar ali de uma distinção única entre os cantores americanos. No ano de 1962, teve dois hits Top 10 no Reino Unido, que não foram lançadas como singles em seu país natal: Speak to Me Pretty e There Comes This Feeling.

 

                        A popularidade de Brenda diminuiu um pouco no final dos anos 1960, com o amadurecimento de sua voz, porém ela continuou fazendo uma carreira musical de sucesso, retornando às raízes como cantora de música country, com uma sequência de grandes hits nas décadas de 1970 e 1980.

 

 

                        Durante a Década de 1970, Lee restabeleceu-se como artista de música americana e ganhou uma série de top hits nas paradas de dez países. O primeiro foi em 1973, Nobody WinsI Can See Clearly Now, do LP Brenda, de 1960, marcou intensamente minha vida no início dos Anos 1980, pois era a música romântica com a qual eu e minha mulher embalamos nosso namoro, culminando com o casamento em julho de 1982. Estes são os LPs de Brenda constantes de minha coleção, hoje transformados em CD:

 

 

                        Embora suas canções sejam algumas vezes centralizadas em amores perdidos, e ainda que tenha ficado sem pai na infância, Brenda foi feliz na vida e em seu casamento, em 1963, com Ronnie Shacklett, que sabia lidar com a indústria da música notoriamente voraz e lhe garantiu sucesso financeiro a longo prazo. Eles têm duas filhas, Jolie e Julie, e três netos, Taylor, Jordânia e Charley.

 

                        Na era do CD, adquiri este exemplar que, assim como a maioria dos de seus discos é facilmente encontrado à venda em sebos virtuais:

 

 

                        Em setembro de 2006, comemorando 50 anos como artista de gravação ela agraciada com o Meador-Walker Lifetime Achievement Award Jo, concedido pela Fonte da Fundação, em Nashville. Em 2007, foi introduzida no Country Music Hall of Fame. É membro da Rockabilly Hall of Fame e tem os passos gravados na Hit Parade of Fame.

 

                        A atriz Kelly Clarkson apareceu como Brenda Lee em dois episódios da NBC da serie American DreamsFly Me to the Moon, que Brenda gravou em 1963, é usada nos créditos finais do jogo de vídeo Bayonetta.

 

                        No Brasil, a música Weep No More My Baby ficou conhecida por ser usada pelo programa de Pânico na TV, onde era tocada no quadro Dança dos Políticos.

 

                        A discografia de Brenda Lee, acima dos 30 títulos, mostra a intensidade de sua vida artística. Escolhi três faixas de seu repertório para mostrar um pouco desse trabalho.

 

                        Em primeiro lugar, Jambalaya, a música mais representativa de sua carreira, que a lançou em todo o mundo.

 

 

                        Em segundo, outro grande sucesso country, Bill Bailey Won’t You Please Come Home?, canção popular americana, composta por Hughie Cannon, em 1902, mais conhecida apenas como Bill Bailey, não só por ser muito bonita, como também pela atuação do espetacular saxofonista, que arrebenta nos solos intermediários.

 

 

                        E, em terceiro, beguine I Can See Clearly Now, de Johnny Nash, que marcou intensamente meu tempo de namoro, com Veroni, minha mulher há 40 anos.

 

 

 

 


Música Americana domingo, 01 de maio de 2022

BING CROSBY E LOUIS ARMSTRONG
BING CROSBY E LOUIS ARMSTRONG

Raimundo Floriano

 

 

Bing Crosby e Louis Armstrong

 

                        Esses dois monumentos sagrados do showbiz mundial deixaram para nós um legado de Música Americana da maior importância e qualidade.

 

                        Eu já conhecia Bing Crosby por seu trabalho no cinema, especialmente nos filmes Lua-de-mel em ParisO Bom PastorOs Sinos de Santa MariaNa Corte do Rei ArturO Bom VelhinhoO Maior Espetáculo da Terra, e Natal Branco.

 

                        Harry Lillis Crosby, o Bing Crosby, ator e cantor americano, nascem em Tacoma, Washington, no dia 3 de maio de 1903, e faleceu em Madrid, Espanha, no dia 14 de outubro de 1977, aos 74 nos de idade. Para o nome artístico, ele mesmo se inspirou na tira de quadrinhos The Bingsville Bugle, cujo personagem principal tinha orelhas grandes como as suas.

 

                        Graduado em Direito, abandonou a carreira de advogado para tocar bateria e cantar, formando um trio que percorreu os Estados Unidos, de Costa a Costa, no final da Década de 1920. Considerado um dos maiores cantores populares do Século XX, morreu vítima de um ataque cardíaco, enquanto jogava golfe.

 

                        Em 1930, apareceu pela primeira vez no cinema, participando do filme O Rei do Jazz. Sua primeira gravação solo foi logo depois, em 1931 com a canção I Surrender Dear, de Harry Barris e Gordon Clifford. A partir daí, assinou contrato com rádios e gravou mais de 300 músicas, até o final da Década de 1950, transformando-se no cantor mais popular dos Estados Unidos nas Décadas de 1930 e 1940.

 

                        No cinema, brilhou em Fuzarca a Bordo, A Sedução do MarrocosO Bom Pastor, que lhe valeu o Oscar de melhor ator, em 1944, Os Sinos de Santa MariaA Caminho do RioAnjos e PiratasNatal BrancoAmar É Sofrer, pelo qual foi indicado para o prêmio em 1954, Alta SociedadeDizem Que É AmorRobin Hood de Chicago e A Última Diligência.

 

                        Bing imortalizou a canção White Christmas, e sua voz se transformou em sinônimo do Natal. Casou-se duas vezes e teve sete filhos, três deles com a também atriz Kathryn Grant, sua segunda esposa.

 

                        Louis Armstrong é por demais conhecido no Brasil. Sua morte o ressuscitou no mercado fonográfico, com muitas coletâneas e relançamentos. Para quem não sabe, Louis Daniel Armstrong, nascido em Nova Orleans, a 4 de agosto de 1901, e falecido em Nova Iorque, a 6 de julho de 1971, perto dos 70 anos, foi um cantor, compositor, instrumentista, pistonista, cornestista, saxofonista, escritor, letrista, arranjador, produtor musical, dramaturgo, artista plástico, ator, tenor, maestro, ativista político e social estado-unidense, considerado a personificação do jazz. Ficou igualmente famoso, tanto como cantor, quanto como pistonista.

 

                        Louis e Bing já vinham gravando juntos há muito tempo, mas eu só vim a conhecer o trabalho musical da dupla com a chegada no Brasil, no início da Década de 1970, deste LP:

 

 

                        O disco continha estas 12 faixas:

 

LADO A - MUSKRAT RAMBLE - SUGAR - THE PREACHER - DARDANELLA - LAZY RIVER.

LADO B - WAY DOWN YONDER IN NEW ORLEANS - BROTHER BILL - AT THE JAZZ BAND BALL - ROCKY MOUNTAIN MOON - BYE, BYE BLUES.

 

                        No Brasil, foi lançado como o Volume 10 da Série Edição Histórica:

 

 

                        A versão brasileira foi acrescida de mais duas faixas: LET’S SING LIKE A DIXIELAND BAND e LITTLE OL’ TUNE.

 

                        E é dessa Edição Histórica que selecionei as cinco faixas a seguir, representativas do trabalho da dupla:

 

                        Muskrat Ramble, foxtrote de Kid Ory:

 

 

                        Sugar, foxe de Maceo Pinkard, Edna Alexander e Sidney D. Mitchell:

 

 

                        Let’s Sing Like a Dixeland Band, foxe, de Alan Bergman:

 

 

                        Dardanella, beguine de Felix Bernard e Johnny S. Black:

 

 

                        Way Down Yonder In New Orleans, foxtrote de Henry Creamer e Turner Layton:

 

 

 

 

 


Música Americana terça, 07 de novembro de 2017

THE MAGIC TOUCH, FOXE, COM THE PLATTERS


Música Americana quarta, 18 de outubro de 2017

DAY BY DAY, FOXE, COM DORIS DAY


Música Americana terça, 26 de setembro de 2017

NEAR YOU, FOXTROTE, COM JOHNNY STAR

Near You, foxtrote de F. Craing e K. Goell, com Johnny Star no Pistom:

 

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Música Americana segunda, 25 de setembro de 2017

BEYOND THE BLUE HORIZON, FOXTROTE, COM JOHNNY STAR NO PISTOM E DANNY WILSON NO VOCAL

Beyond The Blue Horizon, foxtrote de L. Robin, R. Whiting e Harling, com Johnny Star no pistom e Danny Wilson no vocal:

 

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Música Americana domingo, 24 de setembro de 2017

MY BLUE HEAVEN, FOXE, COM JOHNNY STAR E DANNY WILSON

My Blue Heaven, foxe de M. Donaldson e G. Whiting, com Johnny Star no pistom e Dany Wilson no vocal:

 

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Música Americana quinta, 07 de setembro de 2017

I CAN SEE CLEARLY NOX, FOXE, COM BRENDA LEE


Música Americana segunda, 04 de setembro de 2017

CALIFORNIA DREAMIN, FOXE, COM O CONJUNTO AMERICANO THE MAMAS & THE PAPAS


Música Americana domingo, 03 de setembro de 2017

I CALL YOUR NAME, FOXE, COM O CONJUNTO AMERICANO THE MAMAS & THE PAPAS


Música Americana sexta, 01 de setembro de 2017

SAN FRANCISCO, BALADA, COM SCOTT McKENZIE


Música Americana terça, 22 de agosto de 2017

JERRY LEWIS - HOMENAGEM DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO


Música Americana domingo, 20 de agosto de 2017

AS TIME GOES BY, COM FRANK SINATRA

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Música Americana sábado, 19 de novembro de 2016

ZOLA TAYLOR, MEIGUICE FEMININA DO THE PLATTERS

ZOLA TAYLOR, MEIGUICE FEMINA DO THE PLATTES

Raimundo Floriano

 

The Platters - Formação original

 

                        Nesta minha vida de colecionador de discos, tenho conservado imensa afeição, atávica, umbilical mesmo, pelos intérpretes das primeiras gravações que adquiri, a partir de fevereiro de 1958, quando comecei a ganhar meu dinheirinho fixo. Era no tempo do vinil.

 

                        Por isso, The Platters continuam em minhas prateleiras ombreando-se com os grandes nomes internacionais e da MPB daquele tempo. Ainda em Três Corações, cursando a Escola de Sargentos das Armas - EsSA, em 1957, eu já ouvia suas lindas canções, como The Great Pretender e Only You, não somente pelas ondas do rádio, como também entoadas por vários colegas de farda metidos a cantor.

 

                        Para um estudante mediano de Inglês como eu, foi satisfação imensa ouvir um conjunto americano cujas palavras eram entendidas sem dificuldade. A califonia – maneira de bem entoar –, a califasia – perfeita dicção, aliadas ao ritmo lento faziam com que seus foxes nos extasiassem e nos incitavam a imitá-los, cantando naquele Inglês-moleza.

 

(Pequena aula de Cultura Musical. Fox, em Inglês, significa raposa. Daí o nome do ritmo. A raposa, quando se aproxima do galinheiro, vai silenciosa, matreira, pé ante pé. Assim o foxe é dançado. Como em Only You. Mas se o dono do galinheiro chega e dá-lhe um grito, a raposa sai em desabalada carreira, gingando os quartos prum lado e pro outro. É o foxtrot, ou trote da raposa. Como em Rock Around the Clock. Esta música, ao surgir, foi classificada pela gravadora Decca Records como foxtrot, pois o nome rock, como ritmo, ainda não se consagrara. Rock Around the Clock, por conseguinte, foi o foxtrot que mais vendeu em todos os tempos.)

 

                        E havia algo mais de precioso no conjunto americano: a presença da exuberante Zola Taylor, lindo exemplar creole a enfeitar o magnífico quinteto colored.

 

                        Zoletta Lynn Taylor nasceu a 17.03.1938, em Los Angeles (EUA), onde faleceu a 30.04.2007. Integrou o conjunto de 1954 a 1961, tendo sido seu membro feminino original.

 

                        Minha experiência como Ajudante de Palhaço no Circo Cometa do Norte, em Teresina (PI), fazia-me avaliá-la como uma daquelas componentes de trupes de malabaristas, mágicos e domadores, que só apareciam no picadeiro seminuas e funcionavam apenas como partners, enfeitando os números, fazendo reverências para o público e, à noite, dormindo com os artistas.

 

                        Aliás, minha opinião mudou pouco desde então. Até hoje assistimos a programas televisivos cheios de mulheres sumariamente vestidas, cujo papel é rebolar e, vez em quando, ficar de costas para as câmeras, exibindo seus talentos de retaguarda. Há apresentadoras e cantoras que trabalham quase de lado, chamando mais a atenção pela anatomia calipígia, muitas delas fabricadas a troco de silicone ou bisturi. A essas, o falecido Deputado Clodovil Hernandes, em sua irreverência, assim deu antológica classificação: dançam e cantam com a bunda!

 

                        Pois igualmente desse modo eu avaliava de Zola Taylor. Tony Williams era o tenor e a voz principal do conjunto. Os outros estavam ali apenas para lhe fazerem o contracanto e lhe enfeitarem o solo. Algumas vezes, era dada pequena chance de Herb Reed aparecer, com seus graves, como em You”ll Never Know.

 

                        E assim continuei pensando até adquirir o LP The Flying Platters - Ao Redor do Mundo, quando minha opinião sofreu um retorno de 180 graus. Nele, Herb Reed exibe todo seu potencial de baixo em Sleepy Time Gal, e Zola Taylor, como solista, mostra a que veio, na maravilhosa interpretação de My Old Flame, de Arthur Johnston e Sam Coslow, que ora disponibilizo para meus queridos leitores.

 

 

                        Ouçamos, portanto, My Old Flame, na linda voz de Zola Taylor

 


Música Americana sexta, 07 de outubro de 2016

BING CROSBY E LOUIS ARMSTRONG

BING CROSBY E LOUIS ARMSTRONG

Raimundo Floriano

 

Bing Crosby e Louis Armstrong

 

                        Esses dois monumentos sagrados do showbiz mundial deixaram para nós um legado de Música Americana da maior importância e qualidade.

 

                        Eu já conhecia Bing Crosby por seu trabalho no cinema, especialmente nos filmes Lua-de-mel em Paris, O Bom Pastor, Os Sinos de Santa Maria, Na Corte do Rei Artur, O Bom Velhinho, O Maior Espetáculo da Terra, e Natal Branco.

 

                        Harry Lillis Crosby, o Bing Crosby, ator e cantor americano, nascem em Tacoma, Washington, no dia 3 de maio de 1903, e faleceu em Madrid, Espanha, no dia 14 de outubro de 1977, aos 74 nos de idade. Para o nome artístico, ele mesmo se inspirou na tira de quadrinhos The Bingsville Bugle, cujo personagem principal tinha orelhas grandes como as suas.

 

                        Graduado em Direito, abandonou a carreira de advogado para tocar bateria e cantar, formando um trio que percorreu os Estados Unidos, de Costa a Costa, no final da Década de 1920. Considerado um dos maiores cantores populares do Século XX, morreu vítima de um ataque cardíaco, enquanto jogava golfe.

 

                        Em 1930, apareceu pela primeira vez no cinema, participando do filme O Rei do Jazz. Sua primeira gravação solo foi logo depois, em 1931 com a canção I Surrender Dear, de Harry Barris e Gordon Clifford. A partir daí, assinou contrato com rádios e gravou mais de 300 músicas, até o final da Década de 1950, transformando-se no cantor mais popular dos Estados Unidos nas Décadas de 1930 e 1940.

 

                        No cinema, brilhou em Fuzarca a Bordo, A Sedução do Marrocos, O Bom Pastor, que lhe valeu o Oscar de melhor ator, em 1944, Os Sinos de Santa Maria, A Caminho do Rio, Anjos e Piratas, Natal Branco, Amar É Sofrer, pelo qual foi indicado para o prêmio em 1954, Alta Sociedade, Dizem Que É Amor, Robin Hood de Chicago e A Última Diligência.

 

                        Bing imortalizou a canção White Christmas, e sua voz se transformou em sinônimo do Natal. Casou-se duas vezes e teve sete filhos, três deles com a também atriz Kathryn Grant, sua segunda esposa.

 

                        Louis Armstrong é por demais conhecido no Brasil. Sua morte o ressuscitou no mercado fonográfico, com muitas coletâneas e relançamentos. Para quem não sabe, Louis Daniel Armstrong, nascido em Nova Orleans, a 4 de agosto de 1901, e falecido em Nova Iorque, a 6 de julho de 1971, perto dos 70 anos, foi um cantor, compositor, instrumentista, pistonista, cornestista, saxofonista, escritor, letrista, arranjador, produtor musical, dramaturgo, artista plástico, ator, tenor, maestro, ativista político e social estado-unidense, considerado a personificação do jazz. Ficou igualmente famoso, tanto como cantor, quanto como pistonista.

 

                        Louis e Bing já vinham gravando juntos há muito tempo, mas eu só vim a conhecer o trabalho musical da dupla com a chegada no Brasil, no início da Década de 1970, deste LP:

 

 

                        O disco continha estas 12 faixas:

 

LADO A - MUSKRAT RAMBLE - SUGAR - THE PREACHER - DARDANELLA - LAZY RIVER.

LADO B - WAY DOWN YONDER IN NEW ORLEANS - BROTHER BILL - AT THE JAZZ BAND BALL - ROCKY MOUNTAIN MOON - BYE, BYE BLUES.

 

                        No Brasil, foi lançado como o Volume 10 da Série Edição Histórica:

 

 

                        A versão brasileira foi acrescida de mais duas faixas: LET’S SING LIKE A DIXIELAND BAND e LITTLE OL’ TUNE.

 

                        E é dessa Edição Histórica que selecionei as cinco faixas a seguir, representativas do trabalho da dupla:

 

                        Muskrat Ramble, foxtrote de Kid Ory:

 

 

                        Sugar, foxe de Maceo Pinkard, Edna Alexander e Sidney D. Mitchell:

 

 

                        Let’s Sing Like a Dixeland Band, foxe, de Alan Bergman:

 

 

                        Dardanella, beguine de Felix Bernard e Johnny S. Black:

 

 

                        Way Down Yonder In New Orleans, foxtrote de Henry Creamer e Turner Layton:

 

 

 

 

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Música Americana sexta, 07 de outubro de 2016

BRENDA LEE, THE LITTLE MISS DYNAMITE

BRENDA LEE, THE LITTLE MISS DYNAMITE

Raimundo Floriano

 

 

                        Brenda Mae Tarpley, a Brenda Lee, cantora estadunidense de rockabilly, pop e country, nasceu, com apenas 2 kg, na enfermaria de caridade do Grady Memorial Hospital, em Atlanta, Geórgia, a 11.12.1944.

 

                        Era filha de Ruben Tarpley, que fora, no passado, excelente arremessador canhoto de beisebol, e de Grayce Yarbrough Tarpley. A família, de origem humilde, era pobre e vivia precariamente numa casa de três cômodos, sem água corrente, onde Brenda dividia a mesma cama com duas irmãs. Ela frequentou colégios de ensino fundamental em cidades onde o pai trabalhava, principalmente nas rotas entre Atlanta e Augusta. Sua vida resumia-se em ver seus pais procurando emprego e, aos domingos, frequentar a Igreja Batista, onde ela cantava.

 

                        Brenda era um prodígio musical. Embora sua família vivesse em precárias condições, possuía um rádio a pilha, que fascinou Brenda, ainda bebê. Na época, embora tivesse apenas 2 anos, ela conseguia assobiar as melodias das canções que ouvia. Tanto a mãe, como uma das irmãs, levaram-na, muitas vezes, a uma loja de doces, onde ela, sentada sobre o balcão, ganhava doces e moedas para cantar.

 

                        Sua voz, seu rosto bonito e suas apresentações nos palcos começaram a despertar a atenção de todos a partir dos 5 anos de idade. Aos 6 anos, ela ganhou um concurso de canto patrocinado por um estabelecimento de ensino fundamental. A recompensa foi a aparição ao vivo em um programa de rádio de Atlanta, Starmakers Revue, no qual voltou a se apresentar no ano seguinte.

 

                        Seu pai morreu em 1953, e ela depois, já aos 10 anos, tornou-se a principal fonte de sustento de sua família, cantando em programas radiofônicos locais e apresentações na televisão. Em 1955, sua mãe casou-se com Jay Rainwater, que levou a família para Cincinnati, Ohio, onde ela trabalhou na Skinner Jimmy Music Center, loja de discos, e em programas de radiodifusão.

 

                        A família logo retornou à Geórgia, mas dessa vez para Augusta, e Brenda apareceu em um show especial, WJAT-AM, na cidade de Swainsboro. O produtor do show, Sammy Barton, nessa ocasião, rebatizou-a como Brenda Lee, pois acreditava que o nome Tarpley era muito difícil de ser lembrado.

 

                        Brenda, durante toda a carreira, embora tivesse um comportamento admirável, sentia repugnância por bananas. Quando saladas de frutas lhe eram oferecidas em seu camarim, não continham bananas, para evitar que ela sofresse um ataque de raiva.

 

                        Seu grande sucesso no show business veio em fevereiro de 1955, quando ela ganhou $30 para participar, em uma estação de rádio de Swainsboro, de um programa estrelado pelo cantor Red Foley, o maior divulgador da country music da época, numa unidade de turnê promocional de seu programa TV ABC Ozark Jubilee, em Augusta, que foi convencido a ouvi-la cantar antes do show.

 

                        Foley ficou tão surpreso, como todas as outras pessoas que ouviram a potente voz da pequena menina, que, imediatamente, concordou em deixá-la cantar Jambalaya no programa. A música foi ensaiada e, mais tarde, apresentada. Ao término, Foley declarou: “Ainda fico com arrepios de frio pensando naquele momento. Um dos meus pés começou a acompanhar febrilmente o ritmo da música, como se eu estivesse me afastando de um terreno em chamas. E quando ela fez aquele truque de quebrar a voz, interrompeu meu transe, o suficiente para que eu percebesse que tinha me esquecido de sair do palco. Ali estava eu, após 26 anos de suposto aprendizado sobre como conduzir-me diante de um auditório, com a boca aberta 2 milhas de largura e um olhar petrificado”.

 

                        A plateia irrompeu em aplausos e se recusou a deixá-la sair do palco até que ela tivesse cantado mais três músicas. Em 31 de março de 1955, aos 10 anos de idade, ocorreu a sua estreia na Rede Ozark Jubilee, em Springfield, Missouri. Apesar de o seu contrato com o show ser de 5 anos, foi interrompido por causa de uma ação judicial movida por sua mãe e por seu empresário, quando ela fazia aparições regulares no programa.

 

                        Em 30 de julho de 1956, menos de dois meses depois de tal ação judicial, a Decca Records ofereceu-lhe um contrato, e seu primeiro disco foi um vinil single, 45 RPM, com Jambayala no Lado A, e Bigelow 6-200 no lado B, músicas tipicamente country.

 

                        Aos 11 anos de idade, com Jambalaya, Brenda Lee estourou a boca do balão em todo o universo. No Brasil, o sucesso foi imediato e muito imitado pela maioria dos cantores e conjuntos emergentes daquele tempo. Duvidava-se que aquela voz fosse mesmo de uma criança e até se especulava sobre a hipótese de Louis Armstrong ter feito a gravação com a voz distorcida.

 

                        Seu segundo disco apresentou duas músicas de Natal: I'm Gonna Lasso Santa Claus e Christy Natal. Embora ela já tivesse completado 12 anos de idade, os créditos de seus 2 Singles distribuídos pela Decca Records falavam em Little Brenda Lee (9 anos).

 

                        Com 1,44m de altura, ela recebeu o apelido de The Little Miss Dynamite, em 1957, após gravar a canção Dynamite, e foi dos primeiros astros da música pop a ter uma importante carreira contemporânea internacional. Teve 37 hits fonográficos estadunidenses durante a Década de 1960, número superado apenas por Elvis Presley, The Beatles, Ray Charles e Connie Francis.

 

                        Em 1960, gravou sua canção-assinatura I'm Sorry, que foi Número Um no Quadro de Avisos de Paradas. Foi seu primeiro ouro individual, pelo qual recebeu indicação para o Grammy, e também um dos primeiros grandes hits a usar o que viria a ser o som de Nashville – orquestra de cordas e vocal de apoio harmonizado

 

                        Brenda foi popular no Reino Unido no início de sua carreira. Ela visitou o país em 1959, antes de conseguir o reconhecimento pop nos Estados Unidos. Sua gravação rockabilly de Let's Jump the Broomstick, em 1961, não entrou nas paradas estadunidenses, mas foi a Nº 12 no Reino Unido, onde seu ato de abertura de uma tour, em 1960, ficou a cargo de um então pouco conhecido grupo de Liverpool: The Beatles.

 

                        Depois disso, Brenda passou a desfrutar ali de uma distinção única entre os cantores americanos. No ano de 1962, teve dois hits Top 10 no Reino Unido, que não foram lançadas como singles em seu país natal: Speak to Me Pretty e There Comes This Feeling.

 

                        A popularidade de Brenda diminuiu um pouco no final dos anos 1960, com o amadurecimento de sua voz, porém ela continuou fazendo uma carreira musical de sucesso, retornando às raízes como cantora de música country, com uma sequência de grandes hits nas décadas de 1970 e 1980.

 

 

                        Durante a Década de 1970, Lee restabeleceu-se como artista de música americana e ganhou uma série de top hits nas paradas de dez países. O primeiro foi em 1973, Nobody Wins. I Can See Clearly Now, do LP Brenda, de 1960, marcou intensamente minha vida no início dos Anos 1980, pois era a música romântica com a qual eu e minha mulher embalamos nosso namoro, culminando com o casamento em julho de 1982. Estes são os LPs de Brenda constantes de minha coleção, hoje transformados em CD:

 

 

                        Embora suas canções sejam algumas vezes centralizadas em amores perdidos, e ainda que tenha ficado sem pai na infância, Brenda foi feliz na vida e em seu casamento, em 1963, com Ronnie Shacklett, que sabia lidar com a indústria da música notoriamente voraz e lhe garantiu sucesso financeiro a longo prazo. Eles têm duas filhas, Jolie e Julie, e três netos, Taylor, Jordânia e Charley.

 

                        Na era do CD, adquiri este exemplar que, assim como a maioria dos de seus discos é facilmente encontrado à venda em sebos virtuais:

 

 

                        Em setembro de 2006, comemorando 50 anos como artista de gravação ela agraciada com o Meador-Walker Lifetime Achievement Award Jo, concedido pela Fonte da Fundação, em Nashville. Em 2007, foi introduzida no Country Music Hall of Fame. É membro da Rockabilly Hall of Fame e tem os passos gravados na Hit Parade of Fame.

 

                        A atriz Kelly Clarkson apareceu como Brenda Lee em dois episódios da NBC da serie American Dreams. Fly Me to the Moon, que Brenda gravou em 1963, é usada nos créditos finais do jogo de vídeo Bayonetta.

 

                        No Brasil, a música Weep No More My Baby ficou conhecida por ser usada pelo programa de Pânico na TV, onde era tocada no quadro Dança dos Políticos.

 

                        A discografia de Brenda Lee, acima dos 30 títulos, mostra a intensidade de sua vida artística. Escolhi três faixas de seu repertório para mostrar um pouco desse trabalho.

 

                        Em primeiro lugar, Jambalaya, a música mais representativa de sua carreira, que a lançou em todo o mundo.

 

 

                        Em segundo, outro grande sucesso country, Bill Bailey Won’t You Please Come Home?, canção popular americana, composta por Hughie Cannon, em 1902, mais conhecida apenas como Bill Bailey, não só por ser muito bonita, como também pela atuação do espetacular saxofonista, que arrebenta nos solos intermediários.

 

 

                        E, em terceiro, beguine I Can See Clearly Now, de Johnny Nash, que marcou intensamente meu tempo de namoro, com Veroni, minha mulher há 34 anos.

 

 

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