Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Carnaval Balsense quarta, 31 de janeiro de 2018

CARNAVAL DO CENTENÁRIO

COM AGRADECIMENTOS AO AMIGO RIBA:


Carnaval Balsense sábado, 27 de janeiro de 2018

PRÉ-CARNAVAL 2018


Carnaval Balsense domingo, 26 de fevereiro de 2017

CARNAVAL BALSENSE 2017 - PROSPECTO, DIVULGAÇÃO E MÚSICOS NA RUA

O PROSPECTO

A DIVULGAÇÃO

A ENTREVISTA

MÚSICOS NA RUA

 

 

 

CARNAVAL BALSENSE - 1975 - MAIS CARNAVAL - VÍDEOS

 

 

BALSAS, CIDADE SORRISO, SAMBA DE MARTINHO MENDES E CAIXEIRO VIAJANTE DESCONHECIDO

 

"


Carnaval Balsense domingo, 12 de fevereiro de 2017

TENENTE JOCA E O CARNAVAL BALSENSE DE 1975

TENENTE JOCA E O CARNAVAL BALSENSE DE 1975

Raimundo Floriano

 

Tenente Joca e Raimundo Floriano

(Julho de 1980, no casamento da Maria Eugênia) 

                        O Carnaval Balsense de 1975 ficará para sempre gravado em minhas recordações. É a mais terna lembrança de minha vida como trombonista carnavalesco. A começar pela forma como dele fui personagem.

 

                        Morando na Capital Federal e com tudo programado para o Carnaval Brasiliense, eis que surge uma novidade, fazendo-me dar meia-volta no planejado: um dos filhos de minha prima Iracy, residente em Fortaleza, Esmaragdo Neiva, então estudante, de férias em Balsas, fizera uma vaquinha com os foliões e comprara passagem ida-e-volta, para que eu fosse participar do Carnaval Balsense.

 

                        Juntou a fome com a vontade de comer! Não havia como recusar!

 

                        No Sábado Gordo, peguei um Avro da VARIG rumo a minha terra natal. Mais ou menos às duas da tarde, desembarcava em Balsas, onde me aguardava a grande surpresa, que, até hoje, me provoca lágrimas ao relembrá-la: fui recebido, na escada do avião, pelo Martinho Mendes, Edwaldo e batuqueiros, secundados pelo bloco Jardim da Infância, formado por foliões devidamente fantasiados:

 

Além dos já citados: Marinho, Esmaragdo - Claudinho - Dumingau - Júlio César

Cícero Joalheiro - Walber -  Cláudio Pires - Elias Cury - Pedro Ivo - Carló

(Foto batida no Aeroporto) 

                        Dali mesmo, embarcamos num caminhão, que fez as vezes de trio elétrico, comigo já fantasiado, e iniciamos a carreata musical, que, naquele dia, durou até o anoitecer. Nos dias seguintes, a cena se repetiu.

  

                        Mas surpresa maior ainda me aguardava: O Tenente Joca, Maestro Militar reformado, compusera a marcha-rancho Mais Carnaval especialmente para mim, que foi a maior atração daquele Carnaval, cantada nos bailes, nas matinês infantis e nas ruas, sobrepondo-se a qualquer outra música do passado ou recém-lançada.

 

                        Naquele ano, talvez impregnada pela marcha-rancho do Tenente, quase toda a cidade se enfeitou para os quatro dias de folia, como mostram estas fotos:

 

 

   

                        Na parte orquestral, contamos com os naipes de teclado, guitarras, percussão e vocal sob a batuta de Félix Matias e sua Banda FM, com Edwaldo na sanfona. O naipe de sopros era formado por Martinho Mendes, no sax, Raimundo Floriano, no trombone de vara, e Zé Raimundo, do Riachão, no pistom.

 

                        Sempre acalentei o sonho de, em alguma época, mandar gravar Mais Carnaval. Havia outros projetos na frente, como o Hino de Santo Antônio, o Hino de São Sebastião, ambos do Professor Eleutério Rezende, o Hino de Bom Jesus da Lapa, de domínio público, e o samba Balsas Cidade Sorriso, de Martinho Mendes e desconhecido Caixeiro Viajante, felizmente já concretizado, com a ajuda de Deus, de meus Santos de Devoção e de meu imenso amor pela terra que me viu nascer. Agora, novamente com a ajuda celestial, chegou a vez de homenagear o grande amigo Tenente Joca.

 

                        Eis a partitura inicial, transcrita pelo Tenente, ainda em forma de rascunho, por isso mesmo com alguma imperfeição:

 

                        De posse desse primeiro documento, levei-o à Professora Silvana Maria Sócrates Ferreira, da Escola de Música de Brasília, que, mediante minha orientação, elaborou as partituras finais para os naipes de trombone e sax alto; e de pistom clarineta e sax tenor:

  

                        Ainda em 1975, quando a música me foi apresentada, invoquei com a letra da segunda parte, mas o Tenente me explicou:

 

                        – A melhor fantasia, foi a que a menina não vestiu, portanto, ficou dependurada no cabide. Estou dizendo para ela tirar essa que está usando, e juntar à outra do cabide, ou seja: – Fique nua!

 

                        Malandro, meu amigo Tenente! Bridemos, pois!

 

                         Pouco se sabe da biografia desse grande Maestro Militar Brasileiro, que se chamava João Joca de Souza, nascido em Colinas, sertão sul-maranhense, no dia 27 de maio de 1901, e falecido em Balsas, no dia 1° de setembro de 1989. Era casado com Dona Inês Lopes Gomes de Souza, que lhe deu seis filhos: Maurício Gomes de Souza, Hugo Maranhão Gomes de Souza, Ney Guanabara Gomes de Souza, Neide Paraná Gomes de Souza, Otto Amazonas Gomes de Souza e Maria Gardênia Souza, quatro deles nominados em homenagem aos Estados dos quais o Tenente mais gostava.

 

                        Contei, na gravação inicial com os inestimáveis préstimos do amigo Maestro Antonio Gomes Sales e colegas seus, de Caraúbas (RN). A parte vocal contou com os brasilienses Felipe Rodrigues, no solo, e Mércia Cairis, compondo o coral. Espero que o resultado seja do agrado de meus conterrâneos:

 

Felipe Rodrigues e Mércia Cairis, os cantores

Mais Carnaval - Youtube

 Mais Carnaval, áudio no formato MP3:

   

                        O ritmo é de marcha-rancho, um pouco lento. O Maestro Antonio Gomes Sales, no entanto, me enviou um youtube, apenas orquestral, com andamento mais acelerado:

 

 

 


Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros