Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade segunda, 24 de junho de 2024
É SÃO JOÃO! DOIS FREVOS DE BASSORINHA (POSTAGEM DO COLUNISTA GFESSIER QUIRINO)
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade domingo, 02 de outubro de 2022
ASSUNTO DE NOVELA NO SERTÃO
ASSUNTO DE NOVELA NO SERTÃO
Jessier Quirino
Taliquá assunto de novela, vez por outra uma matuta virgem “facilita” prum cabra esperto e azeiteiro, e, na hora agá, joga a culpa no coitado do namorado em busca de casamento.
Isso aconteceu com uma moça do alto sertão da Paraíba, ou melhor, ia acontecendo, se não fosse a interferência do matuto Zé Pedro, pai do rapazote namorado, já denunciado de autor da “desgraça”.
No momento da denúncia, o delegado perguntou à moça:
– Como foi que aconteceu esse defloramento, menina?
– Eu não me alembro não seu delegado! Na hora eu tava dormindo!
Zé Pedro, com venta de bezerro, despejou um caminhão de batata de protesto:
– ÊPA!! Não pode, seu delegado! Tá camulesta! Não pode não!!!!
O delegado surpreendido questiona:
– E não pode por quê? Então o senhor acha que uma moça não pode ser deflorada durante o sono?
– Pode não sinhô! Porque se eu tiver dormindo nu abestalhado e alguém passar um fiapo de capim-mimoso no meu fundo, eu meto os pés, quanto mais um cepo de aroeira!!!
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade sexta, 29 de janeiro de 2021
CAUSO DO TREM DA GREAT WESTERN
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade sexta, 22 de janeiro de 2021
CARTA PARA AQUELA FREIRA NOVATA (JESSIER QUIRINO, O HOMEM-SHOW DO BRASIL É COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)
Ilustríssima freira novata Recém-chegada à Congregação Religiosa Das Devidas Providências.
Meu nome é Bento Leugócito Filho E me assino Bê de Lê.
Amiudando a conversa Este é o meu “muito prazer”.
Moro a um tiro de espingarda Daquele seu ex-noivo coração-de-judas Que muito lhe maltratou.
Sapequei-lhe um “ordinário-marche!” E ele marchou. De agora em vante só merece cornudagem.
Estou entrando no ramo De soldador-de-peito-partido E tomador das devidas providências (como pede sua Congregação).
Quero o seu amor legítimo, Pois sempre fui seu amado Por auto-nomeação.
Você é meu braço de pedir carona; É um xuá de pessoa.
Peço que largue esse convento Mode ser minha patroa:
Na manhã dos rouxinóis Sou o teu rouxinolzinho. No quintal dos garnisés Sou o teu garnisezinho. Na prisão dos xilindrós Sou o teu xilindrozinho E me assino: B de Lê,
Ou mesmo: Bêdilêzinho.
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade sexta, 01 de janeiro de 2021
NOTÍCIAS DE ANO NOVO, COM JESSIER QUIRINO, O HOMEM-SHOW DO BRASIL E COLUNISTA DO ALMANAQUE RAIMUNDO FLORIANO)
Uma caboca faceira Esqueletou meu juizo Pousou sem nenhum aviso No corpo nu da paixão.
Uma fofinha malvada Uma fofura morena Uma almofada de pena De sobrecu de pavão.
Meu tangedor de viver Ganhou um trote seguro Escutando com apuro A fala dessa mulher Nem escura nem acesa Água quebrada a frieza Na fonte do bem-me-quer.
Contorniei as fronteiras Do corpo da caboquinha Que nem a fada madrinha Com varinha de condão Que mesmo dizendo NÃO Só parecia que sim Pois NÃO de amor é assim Se engana com o coração.
Porque o NÃO do amor Tem sentido diferente Um NÃO bem forte diz: NÃO! Depois um NÃO displicente Traz dez NÃOZINHOS manhosos Pra bem juntinho da gente.
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade sexta, 10 de julho de 2020
O cabra era carrapato por uma cervejinha. Chega de bode amarrado no doutor e ouve a sentença:
– O senhor vai ter que parar de beber cerveja. Veja bem: durante um ano, o senhor só vai beber leite.
– Puta-merda doutor, outra vez??????
– O quê?!… O senhor já fez esse tratamento?
– Já doutor. Durante os dois primeiros anos da minha vida…
* * *
BANDEIRA NORDESTINA
A bandeira nordestina É uma planta iluminada É qualquer raiz plantada Mostrando o caule maduro E quando o sol varre o escuro Com luz e sombra no chão É quando germina o grão É quando esbarra o machado
É quando o tronco hasteado É sombra pro polegar É sombra pro fura-bolo É sobra pro seu vizinho É sombra para o mindinho É sombra prum passarinho É sombra prum meninote É sombra prum rapazote
É sombra prum cidadão É sombra para um terreiro É sombra pro povo inteiro Do litoral ao sertão Essa bandeira que eu falo Tem cores de poesia Tem verde-folha-avoada Amarelo-jaca-aberta
Em tudo que é vegetal Tem bandeira desfraldada No duro da baraúna No forte da aroeira No bandejar buliçoso Das folhas das bananeiras Das bandeirolas dos coentros E na marca sertaneja:
O rijo e forte umbuzeiro
* * *
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade sexta, 03 de julho de 2020
Vamos aos fatos. Fui tomar uma porra dum comprimido (de uso adulto e pediátrico, e só tinha UM). Pois esse fela-da-puta escapuliu do meus dedos; pulou no chão, manobrou na cadeira, imburacou na cozinha, fez duas carrapeta; e parou de cócora no estacionamento do fogão. Eu pensei de um ouvido pro outro:
– Esse comprimido só pode ser de menino.
Peguei o danado bem direito, botei no “M” da mão, e ele ficou lá sentado; branco que ara ver um Buda de gesso. Eu ainda pensei em dar-lhe um peteleco…
Respirei fundo disse-lhe:
– Tu tava procurando o Corona-vírus era fresco???
E ele: “Ehhhhh! Por que num-sei-que!”
Num tinha outra coisa a fazer, pensei: “eu tenho que tomar esta merda porque é uma receita lá da casa de carái.” Botei o microscópio dos óculos e num vi nenhuma bandeira chinesa nem micróbio. Mas, como o tempo tá pior do que praga de madrasta ruim, eu resolvi engolir com uma de cana.
Botei uma lapada de cachaça (da BOA do Brejo paraibano), duas babas de álcool-gel setenta, uma colher de mel de jandaíra e mei limão. Sintonizei aquela música “Que queres tu de mim” de Altemar Dutra, e tomei aos lamberes de beiço e língua estalada.
Pense num comprimido abençoado?!
Foto do colunista
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade domingo, 29 de março de 2020
CONVERSA COM VAQUEIRO ONILDO - O COMPUTADOR DO SERTÃO
Para o sertanejo antigo O ponteirar do relógio De hora em hora a passar Da escurecença da noite A sol-nascença do dia É dizido ao jeito deles No mais puro boquejar. Se diz até que os bicho: Galo, nambu e jumento Sabe às hora anunciar.
Uma hora da manhã: Primeiro canto do galo. Quando chega às duas horas: Segundo galo a cantar. As três se diz: madrugada As quatro: madrugadinha Ou o galo a miudar. As cinco é o cagar dos pintos Ou mesmo o quebrar da barra. Quando é chegada às seis horas Se diz: o sol já de fora Cor de Crush foi-se embora E tome dia clarear.
Sete horas da manhã É uma braça de sol. O sol alto é oito em ponto O feijão tá quase pronto E já borbulha o manguzá.
Sendo verão ou se chove Ponteiro bateu as nove É hora de almoçar. As dez é almoço tarde De quem vem do labutar. Se o burro dá onze horas Diz: quase mei dia em ponto As doze é o sol a pino Ou pino do meio dia O suor desce de pia Sertão quente de torar.
Daí pra frente o dizido Ao invés de treze horas Se diz: o pender do sol Viração da tarde é duas Quando é três, é tarde cedo. As quatro, é de tardezinha – Hora branda sem calor O sol perde a cor de zinco… Quando vai chegando as cinco: Roda do sol a se pôr.
As seis é o-pôr-do-sol Ou Hora da Ave Maria. Dezenove ou sete horas Se diz que é pelos cafus.
As oito, boca da noite. Lá pras nove é noite tarde. As dez é a hora velha Ou a hora da visagem É quando o povo vê alma Nos escuros do lugar É horona perigosa Fantasmenta e assustosa Do cabra se estupefar.
As onze é o frião da noite É sertão velho a gelar. Meia noite é MEIA NOITE E acabou-se o versejar Mais um dia foi-se embora E assim é dizido as horas Nesse velho linguajar.
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade sábado, 30 de novembro de 2019
CAUSOS DA BORDADEIRA E DA LAVADEIRA DE ROUPA DE MILITAR
É o jovem matuto Pedro, ingênuo, donzelo e cheio de boa-fé, ajustando uma chumbregança com a graciosa Vivelda – uma mocinha brejeira de pele louçã e feição angelical, mas sapeca na paixão.
Jessier Quirino - De Cumpade pra Cumpade quinta, 27 de junho de 2019
Jessier Quirino, o Homem Show quarta, 23 de janeiro de 2019
BAIXE AS ARMAS, COMEDOR
Jessier Quirino, o Homem Show segunda, 21 de janeiro de 2019
MISS FEIURA NENHUMA
Jessier Quirino, o Homem Show quinta, 10 de janeiro de 2019
DIA DE PRAIA DO MATUTO
DIA DE PRAIA DO MATUTO
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 04 de janeiro de 2019
MENTIRA
MENTIRA
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 28 de dezembro de 2018
RADIOLA DE PILHA
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 21 de dezembro de 2018
QUATRO AVE-MARIAS CHEIAS DE GRAÇAS
QUATRO AVE MARIAS BEM CHEIAS DE GRAÇA
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 14 de dezembro de 2018
A PROCISSÃO DA BOIADA
A PROCISSÃO DA BOIADA
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 07 de dezembro de 2018
UMA CARTA DE PERAÍ
UMA CARTA DE PERAÍ
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 30 de novembro de 2018
REBULIÇO - POEMA DE RENATO CALDAS
REBULIÇO – POEMA DE RENATO CALDAS
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 23 de novembro de 2018
CONVERSA DE MANICURE
CONVERSA DE MANICURE
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 16 de novembro de 2018
COM LÍNGUA, COM BOCA E TUDO
COM LÍNGUA, COM BOCA E TUDO
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 26 de outubro de 2018
I LOVE YOU MATUTADO
I LOVE YOU MATUTADO
Meu cumpade, eu não lhe conto O que foi que deu in nêu Quando vi, da vez primeira A fia do Arinêu A cabôca mais bonita Uma virgenzinha escrita Que pra mim apareceu.
Foi me dando uma gastura Me faltou suspiração Fiquei todo escabriado Sulerou o coração.
No juízo, um friviôco Nos estrombo, um brubuim Fui ficando avermelhado Foi me dando um farnizim Que eu lhe digo, meu cumpade Se foi coisa dos amor Perante Nosso Senhor Os amor bateu em mim.
Tou agora apaixonado Tá sem ela é um castigo Dou de garra com o trabalho Mas trabalhar não consigo.
Tou dengoso e alesado Só pensando nos amar. Ontem mesmo eu chiqueirando As novilha no currá Com pouco mais eu me vejo Quase, quase dando um beijo Nos beiço do boi fubá.
Vou me desfolhar pra ela Vou dizer como é que eu tou Que nem filme de novela Vou cantar música de amor.
Vou fazer uma cantiga Amostrando o que ela fez Que amor é feito bexiga Só dá na gente uma vez Já que eu sou mei aprendiz Me diga como se diz: I love you em inglês.
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 19 de outubro de 2018
RASGA-RABO NO BAGUNÇADOR DE BAGUNÇA
RASGA-RABO BAGUNÇADOR DE BAGUNÇA
Jessier Quirino, o Homem Show sexta, 12 de outubro de 2018