Hoje, tomei uma lapada de cana em jejum.
Vamos aos fatos. Fui tomar uma porra dum comprimido (de uso adulto e pediátrico, e só tinha UM). Pois esse fela-da-puta escapuliu do meus dedos; pulou no chão, manobrou na cadeira, imburacou na cozinha, fez duas carrapeta; e parou de cócora no estacionamento do fogão. Eu pensei de um ouvido pro outro:
– Esse comprimido só pode ser de menino.
Peguei o danado bem direito, botei no “M” da mão, e ele ficou lá sentado; branco que ara ver um Buda de gesso. Eu ainda pensei em dar-lhe um peteleco…
Respirei fundo disse-lhe:
– Tu tava procurando o Corona-vírus era fresco???
E ele: “Ehhhhh! Por que num-sei-que!”
Num tinha outra coisa a fazer, pensei: “eu tenho que tomar esta merda porque é uma receita lá da casa de carái.” Botei o microscópio dos óculos e num vi nenhuma bandeira chinesa nem micróbio. Mas, como o tempo tá pior do que praga de madrasta ruim, eu resolvi engolir com uma de cana.
Botei uma lapada de cachaça (da BOA do Brejo paraibano), duas babas de álcool-gel setenta, uma colher de mel de jandaíra e mei limão. Sintonizei aquela música “Que queres tu de mim” de Altemar Dutra, e tomei aos lamberes de beiço e língua estalada.
Pense num comprimido abençoado?!
Foto do colunista