Raimundo Floriano
Bing Crosby e Louis Armstrong
Esses dois monumentos sagrados do showbiz mundial deixaram para nós um legado de Música Americana da maior importância e qualidade.
Eu já conhecia Bing Crosby por seu trabalho no cinema, especialmente nos filmes Lua-de-mel em Paris, O Bom Pastor, Os Sinos de Santa Maria, Na Corte do Rei Artur, O Bom Velhinho, O Maior Espetáculo da Terra, e Natal Branco.
Harry Lillis Crosby, o Bing Crosby, ator e cantor americano, nascem em Tacoma, Washington, no dia 3 de maio de 1903, e faleceu em Madrid, Espanha, no dia 14 de outubro de 1977, aos 74 nos de idade. Para o nome artístico, ele mesmo se inspirou na tira de quadrinhos The Bingsville Bugle, cujo personagem principal tinha orelhas grandes como as suas.
Graduado em Direito, abandonou a carreira de advogado para tocar bateria e cantar, formando um trio que percorreu os Estados Unidos, de Costa a Costa, no final da Década de 1920. Considerado um dos maiores cantores populares do Século XX, morreu vítima de um ataque cardíaco, enquanto jogava golfe.
Em 1930, apareceu pela primeira vez no cinema, participando do filme O Rei do Jazz. Sua primeira gravação solo foi logo depois, em 1931 com a canção I Surrender Dear, de Harry Barris e Gordon Clifford. A partir daí, assinou contrato com rádios e gravou mais de 300 músicas, até o final da Década de 1950, transformando-se no cantor mais popular dos Estados Unidos nas Décadas de 1930 e 1940.
No cinema, brilhou em Fuzarca a Bordo, A Sedução do Marrocos, O Bom Pastor, que lhe valeu o Oscar de melhor ator, em 1944, Os Sinos de Santa Maria, A Caminho do Rio, Anjos e Piratas, Natal Branco, Amar É Sofrer, pelo qual foi indicado para o prêmio em 1954, Alta Sociedade, Dizem Que É Amor, Robin Hood de Chicago e A Última Diligência.
Bing imortalizou a canção White Christmas, e sua voz se transformou em sinônimo do Natal. Casou-se duas vezes e teve sete filhos, três deles com a também atriz Kathryn Grant, sua segunda esposa.
Louis Armstrong é por demais conhecido no Brasil. Sua morte o ressuscitou no mercado fonográfico, com muitas coletâneas e relançamentos. Para quem não sabe, Louis Daniel Armstrong, nascido em Nova Orleans, a 4 de agosto de 1901, e falecido em Nova Iorque, a 6 de julho de 1971, perto dos 70 anos, foi um cantor, compositor, instrumentista, pistonista, cornestista, saxofonista, escritor, letrista, arranjador, produtor musical, dramaturgo, artista plástico, ator, tenor, maestro, ativista político e social estado-unidense, considerado a personificação do jazz. Ficou igualmente famoso, tanto como cantor, quanto como pistonista.
Louis e Bing já vinham gravando juntos há muito tempo, mas eu só vim a conhecer o trabalho musical da dupla com a chegada no Brasil, no início da Década de 1970, deste LP:
O disco continha estas 12 faixas:
LADO A - MUSKRAT RAMBLE - SUGAR - THE PREACHER - DARDANELLA - LAZY RIVER.
LADO B - WAY DOWN YONDER IN NEW ORLEANS - BROTHER BILL - AT THE JAZZ BAND BALL - ROCKY MOUNTAIN MOON - BYE, BYE BLUES.
No Brasil, foi lançado como o Volume 10 da Série Edição Histórica:
A versão brasileira foi acrescida de mais duas faixas: LET’S SING LIKE A DIXIELAND BAND e LITTLE OL’ TUNE.
E é dessa Edição Histórica que selecionei as cinco faixas a seguir, representativas do trabalho da dupla:
Muskrat Ramble, foxtrote de Kid Ory:
Sugar, foxe de Maceo Pinkard, Edna Alexander e Sidney D. Mitchell:
Let’s Sing Like a Dixeland Band, foxe, de Alan Bergman:
Dardanella, beguine de Felix Bernard e Johnny S. Black:
Way Down Yonder In New Orleans, foxtrote de Henry Creamer e Turner Layton: