Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sexta, 22 de abril de 2022

TURISMO: UM PASSEIO POR FLORENÇA A PARTIR DA GALERIA UFFIZI

Por Gian Amato, Especial Para O Globo

 


Florença vista a partir do Giardino delle Rose, um dos pontos mais concorridos entre turistas e moradores  — Foto: Gian Amato

Florença vista a partir do Giardino delle Rose, um dos pontos mais concorridos entre turistas e moradores — Foto: Gian Amato

É o renascimento de Florença. A capital da Toscana é agora o endereço da atração cultural mais visitada da Itália, a Galeria Uffizi. De maneira inédita, seus corredores repletos de obras de grandes mestres superaram o Coliseu, os Museus do Vaticano e as ruínas de Pompeia. Do lado de fora, a atmosfera dos cafés, bares, ruas e praças lotadas de arte e gente contam a história da nova ascensão da cidade que foi berço da Renascença.

O diretor do museu, Eike Schmidt, enumerou os três fatores decisivos para o ressurgimento.

 

— As novas salas dedicadas ao século XVI, inauguradas em maio passado, as exposições que vão da antiguidade clássica à contemporânea e a oferta cultural que distribuímos na web e nas redes sociais — pontuou Schmidt, em comunicado enviado ao GLOBO.

A Uffizi condensa parte da história da arte ocidental em um palácio de mais de 500 anos, com dois andares e dezenas de salas. É um feito digno de Perseu, algoz da Medusa.

Sala da Galeria Uffizi, em Florença, onde fica a

Sala da Galeria Uffizi, em Florença, onde fica a "Medusa", uma das obras mais conhecidas de Caravaggio — Foto: Divulgação

Aliás, admirar a estátua do herói mitológico localizada na Piazza della Signoria, perto da Uffizi e ao lado do Palazzo Vecchio, é um bom aquecimento antes das galerias. Esculpida em bronze pelo renascentista Benvenuto Cellini, integra a Loggia dei Lanzi, o museu a céu aberto e gratuito que também tem obras de Pio Fedi e Giambologna.

Clássico e contemporâneo também se misturam na Piazza della Signoria. A “Pietá” (2021), de Francesco Vezzoli, tem a cabeça arrancada por um leão e jaz vestida com as cores da Ucrânia, intervenção do artista tcheco Vaclav Pisvejc. Nas vitrines e janelas da cidade, bandeiras coloridas pedem paz.

Na Piazza della Signoria, em Florença, a 'Pietá' (2021) de Francesco Vezzoli ganhou as cores da Ucrânia, após intervenção do artista tcheco Vaclav Pisvejc  — Foto: Gian Amato

Na Piazza della Signoria, em Florença, a 'Pietá' (2021) de Francesco Vezzoli ganhou as cores da Ucrânia, após intervenção do artista tcheco Vaclav Pisvejc — Foto: Gian Amato

Depois de flanar pela Signoria, chega a hora marcada com antecedência para entrar na Uffizi, uma conveniência que elimina a fila e acrescenta € 4 ao ingresso de € 20 (cerca de R$ 101). Lembrete: a Itália encerrou em março o estado de emergência, mas as máscaras ainda são obrigatórias em locais fechados.

Os corredores são organizados em formato de U e o site oferece um PDF que põe o elenco de artistas na palma da mão: Giotto, Botticelli, Rafael, Michelangelo, Da Vinci, Rembrandt, Caravaggio, Artemisia, Tiziano e etc.

As amplas janelas emolduram ângulos da cidade como se fossem obras de arte. Em um deles, o panorama da Ponte Vecchio sobre o Rio Arno atrai a mesma atenção que esculturas, quadros e pinturas no teto do palácio.

Visitantes na Galeria Uffizi, no centro histórico de Florença, na Itália — Foto: Divulgação

Visitantes na Galeria Uffizi, no centro histórico de Florença, na Itália — Foto: Divulgação

“A primavera” e “O nascimento de Vênus”, na sala Botticelli, causam impacto pelas dimensões físicas e artísticas. Teriam sido feitas sob encomenda para adornar uma residência privada de Lorenzo de Médici. A Vênus virou ícone e se multiplicou na cultura popular. É uma ironia tão grande quanto o Corredor Vasari, caminho seleto criado para a família mais abastada do Renascimento cruzar o Arno enquanto admirava parte da coleção particular. Será reaberto ao público ainda este ano, informa a assessoria do museu.

A Ponte Vecchio sobre o Rio Arno, um cartão-postal de Florença, na Toscana — Foto: Divulgação / Enit

A Ponte Vecchio sobre o Rio Arno, um cartão-postal de Florença, na Toscana — Foto: Divulgação / Enit

Na piazzale está uma das réplicas do “Davi” de Michelangelo espalhadas por Florença. O original está na Galleria dell’Accademia e a visita, que custa € 12 (cerca de R$ 61), é indispensável.

É fácil cruzar a cidade a pé da Accademia até a Santa Croce (€ 9), o panteão onde estão as tumbas de Michelangelo, Maquiavel e Galileu. No caminho, pausa para conhecer o café mais simpático de Florença: Forno, na Via Ghibellina. É perto da Casa Buonarroti, que pertenceu a Michelangelo.

 


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