Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 09 de junho de 2022

MÚSICA: HIROMI UEHARA VEM AO RIO PARA MOSTRAR SEU PIANO MUITO ALÉM DO PRETO E BRANCO

 

Por Silvio Essinger

 

 


A pianista japonesa Hiromi Uehara — Foto: Muga Miyahara/Divulgação

A pianista japonesa Hiromi Uehara — Foto: Muga Miyahara/Divulgação

Aos 43 anos, Hiromi Uehara, prodígio japonês do piano, pode dizer que sua evolução está bem documentada. Aos 6, ela se recorda de ter começado a aprender piano com uma professora que tocava música clássica, jazz e pop. Aos 8, já estava obcecada pelo jazz, estilo no qual, diferentemente do clássico, os músicos podiam ir além da partitura e improvisar.

Aos 24, ela misturou tudo o que tinha ouvido e tocado até então em seu álbum de estreia, “Another mind”. Seis anos depois, à beira dos 30, Hiromi lançou “Place to be”, disco de piano solo em que pretendia registrar o momento do seu estilo. Gostou tanto da experiência que, uma década depois, gravou outro disco nesse mesmo formato, “Spectrum”.

— Cada vez que eu toco, nunca é a mesma coisa. É como fazer uma viagem junto com a música — diz por e-mail a pianista, que se apresenta quinta-feira, só com o seu instrumento, no Theatro Municipal, abrindo no Rio a 13ª edição da série Jazz All Night, da Dellarte.

É a segunda vez que Hiromi toca solo na cidade. Em 2016, ela viria com seu trio (formado por dois veteranos do jazz, pop e rock, o baixista Anthony Jackson e o baterista Simon Phillips), mas por alegados problemas de saúde, ela acabou sozinha no palco.

 Agora, a japonesa se apresenta sem acompanhamento por vontade própria: ela quer mostrar “Spectrum”, sua travessia solitária por um vasto conjunto estilístico (e cromático) que inclui composições próprias como “Kaleidoiscope”, “Whiteout” e “Yellow Wurlitzer blues”, um “Blackbird” (Beatles) e um “Rhapsody in various shades of blue”, que vem a ser um azulado medley de “Rhapsody in blue” (George Gershwin), “Blue train” (John Coltrane) e “Behind blue eyes” (The Who).

— Sinto que, quanto mais você toca seu instrumento, mais cores você tem à sua disposição. Tocar música é como pintar: quanto mais cores, mais formas de se expressar você tem. Acho que hoje tenho mais cores na minha paleta do que há dez anos, por exemplo. Também é interessante que tantas cores diferentes de som saiam do piano, que só tem teclas pretas e brancas! — observa a artista, que diz esperar um som “mais rico e mais amplo” do que quando tocou no Rio em 2016.

Como muitos músicos, Hiromi sentiu muito a falta das plateias no isolamento durante a pandemia de Covid-19. Voltar aos palcos a fez sentir “em casa, muito viva”, o que não significa que ela tenha ficado parada durante esse tempo: ela compôs a “Silver Lining Suite”, uma peça em quatro movimentos, para piano e cordas, que gravou de forma remota, em 2021, com os violinistas Tatsuo Nishi e Sohei Birmann, o violoncelista Waturu Mukai e a violista Meguna Naka.

Colaborar com grandes músicos (alguns, gigantes do jazz, como o pianista Chick Corea e o baixista Stanley Clarke) é algo que Hiromi sempre apreciou. Em 2017, ela lançou um álbum ao vivo com o harpista colombiano e o jazzista Edmar Castañeda, a quem só tem elogios:

— Eu amo tanto a energia dele no palco, temos uma ótima química juntos, é simplesmente lindo poder compartilhar isso — diz a artista, que guarda boas lembranças do Rio. — Aproveitei muito o meu passeio à praia! Torço para poder fazer isso de novo.

 


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