Vini Jr. na final da Liga dos Campeões — Foto: REUTERS
O protagonismo de Vini Jr. na final da Champions pelo Real Madrid coroou um trabalho pessoal do atacante e de sua família para que o menino de São Gonçalo comprovasse a aposta do clube espanhol em 2017, quando pagou 45 milhões de euros ao Flamengo. Mais do que a evolução em campo, o atacante de 21 anos precisou lidar com desconfiança desde que deixou o Brasil. E ao ir, viver e vencer, motivou muitos comentários carinhosos dos torcedores que acreditavam que ele vingaria.
Alvo de racismo no começo do ano já na Europa, Vini Jr ainda era Vinicius no Flamengo quando começou a ser apelidado de novo Negueba, outro atacante que passou pelo clube sem o mesmo brilho. O "Neguebinha", como era chamado por rivais, teve a venda ao Real Madrid questionada e muita gente chegou a dizer que ele não passaria ao time principal após um período no Real Madrid Castilla, que usa atletas recém-contratados jovens para adquirirem experiência. O apelido depreciativo voltou a ficar entre os temas mais comentados nas redes sociais após o título do Real sobre o Liverpool. Sobretudo pela mobilização da torcida do Flamengo, ainda mais orgulhosa.
Desde antes de se tornar jogador do Flamengo, Vini era torcedor do clube. Formado em escolinha antes de atuar na base rubro-negra e chamar atenção, o garoto criado no bairro do Porto Rosa ia ao Maracanã com a torcida Nação 12, que neste sábado lhe rendeu homenagens ao lembrar da presença do agora craque mundial nas arquibancadas.