Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
O Globo quinta, 11 de novembro de 2021
AUTOMOBILISMO: NO BRASIL, LEWIS HAMILTON DIZ QUE QUER VER NEYMAR JOGAR PELA SELEÇÃO
No Brasil, Lewis Hamilton diz que quer ver Neymar jogar pela seleção e se mostra por dentro do esporte brasileiro
Piloto inglês chegou a São Paulo nesta quarta-feira para o GP de Interlagos
Tatiana Furtado
10/11/2021 - 16:37 / Atualizado em 10/11/2021 - 16:55
Já no Brasil, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, mostrou que anda por dentro do esporte brasileiro. Fã declarado do piloto Ayrton Senna, o heptacampeão afirmou já ter programa para quinta-feira depois de trabalhar no seu carro: assistir ao amigo Neymar em campo contra a Colômbia, pelas eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar.
O piloto, que desembarcou em São Paulo nesta quarta-feira, já conversou com o amigo brasileiro, que também está na cidade para a partida na Arena Corinthians. Fora o futebol, tem outra modalidade chamando a atenção de Hamilton.
– Eu sempre gostei de jogar futebol no videogame e sempre escolhi o Brasil. Meu irmão joga Fifa, e ele sempre escolhe a Inglaterra, então eu fico com o Brasil. Sempre tem os jogadores mais talentosos, e quando venho aqui percebo essa paixão. Mas sei que o Brasil também tem surfistas incríveis, o Gabriel Medina e o Ítalo Ferreira. Gosto de assistir grandes esportistas pois são inspiradores – disse Hamilton em entrevista coletiva promovida pela Petronas, patrocinadora da Mercedes.
Hamilton lamenta não ter mais tempo para aproveitar o país. Ele contou que já foi chamado algumas vezes para passar o Natal no Brasil.
– Queria voltar para o Natal... – afirmou o piloto.
No fim de semana, o inglês tentará evitar que Max Verstappen amplie a vantagem no campeonato a quatro corridas do fim. Hamilton reconhece que essa é uma das temporadas mais disputadas da Fórmula 1.
– Todos os anos são empolgantes, é sempre um momento diferente, há desafios diferentes. Mas este ano, os times estão super competitivos e temos uma batalha acirrada com outro time muito forte – declarou.
O Globo quarta, 10 de novembro de 2021
GASTRONOMIA: AULAS DO RIO GASTRONOMIA 2021 - CHEFS RENOMADOS, RECEITAS SABOROSAS E MUITA HISTÓRIA
Aulas do Rio Gastronomia 2021: chefs renomados, receitas saborosas e muita história
De 9 a 19 de dezembro no Jockey, maior evento do gênero no país está de volta com encontros inéditos e uma programação inspirada
Carol Zappa
09/11/2021 - 11:43 / Atualizado em 09/11/2021 - 16:24
Está chegando a hora de matar as saudades: depois de uma edição diferente, com aulas, lives e bate-papos virtuais em plataforma digital, o Rio Gastronomia aporta no Jockey Club Brasileiro de 9 a 12 e de 16 a 19 de dezembro, com programação farta - e presencial. Em sua 11ª edição, o maior evento do gênero no país volta a reunir alguns dos principais craques da gastronomia em encontros saborosos, espalhados pelos oito dias do festival. Os ingressos já estão à venda no Ingresso Certo. Sempre de quinta-feira a domingo, o público vai poder assistir de perto a seus chef favoritos, participar de degustações e conhecer estrelas da cozinha de todo o país e até internacionais, que vão compartilhar receitas, histórias e visões sobre o cenário gastronômico atual em cerca de 60 aulas gratuitas, distribuídas em dois espaços, com aproximadamente 1 hora de duração. As inscrições poderão ser feitas no próprio evento: as senhas serão distribuídas 1 hora antes de cada sessão. Um dos nomes mais disputados pelo público todos os anos, o chef Claude Troisgros abre a programação no auditório SENAC no dia 9 de dezembro, às 17h, ao lado de Jessica Trindade, seu braço-direito no Chez Claude e espécie de “Batista na versão feminina”, como brinca a curadora do espaço e crítica gastronômica do GLOBO Luciana Fróes, em referência a seu fiel escudeiro. Na agenda, há forte presença de chefs cariocas, cozinhando em duplas em celebrações de amizade ou em encontros inéditos. Presente em todas as edições do evento, a chef Katia Barbosa vai dividir o palco com a filha Bianca no dia 11 de dezembro, para preparar um bobó vegetariano que vai dar o que falar. — Estou muito feliz de participar mais uma vez, e estar com a Bianca é muito bacana, ela dá um toque de modernidade na comida brasileira tradicional. Vamos falar sobre PANC (plantas alimentícias não convencionais), que no Rio ainda são muito pouco usadas. Vai ser divertido — promete a chef. Baixe de graça:as mais de 40 receitas do e-book Rio Gastronomia Também há convidados de fora do Rio e até do país, como Paulo Machado, embaixador da culinária pantaneira, e o chef português Diogo Rocha, dono de 1 estrela Michellin com seu Mesa de Lemos, no Dão, de cozinha contemporânea com raízes locais, ambos no dia 10 de dezembro. Ou a paulista Janaína Rueda, do Dona Onça e da premiada Casa do Porco, único restaurante brasileiro entre os 20 melhores do mundo na lista mais recente do “The World’s 50 Best Restaurants”. Janaína vai falar sobre merenda escolar no dia 18 de dezembro. No auditório Santander, a curadoria do chef Pedro Benoliel vai promover o encontro de diversos chefs do Brasil. Nesse cenário já estão confirmados nomes prestigiados como Saulo Jennings, da Casa do Saulo, no Pará, que vai falar sobre a cozinha do Tapajós no dia 10 de dezembro; Fabrício Lemos, do Origem, em Salvador, traçando um panorama recente da alta gastronomia baiana no dia 12; e os mineiros Rodolfo Mayer (Angatu), Flávio Trombini (Xapuri) e Caio Soter (O Jardim), nos dia 10 (os dois primeiros) e 11. Tem muito mais.
RIO GASTRONOMIA 2021: CONHEÇA OS CHEFS QUE VÃO COMANDAR AULAS AO VIVO NO JOCKEY A PARTIR DE 9 DE DEZEMBRO
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Confira a programação das aulas:
Dia 9/12
17h – Claude Troisgros e Jessica Trindade – Auditório SENAC 17h30 – Queijos e vinhos, brasileiros! Com Daniel Martins (Queijo com Prosa) e LaisAoki (Oteque) – Auditório Santander 18h30 – De Veneza a Istambul, duas cidades únicas e fascinantes unidas pela cozinha mediterrânea. Com Piero Cagnin e José Raimundo Padilha (Zona Sul) – Auditório SENAC
Dia 10/12
15h –A comida do Pantanal: macarrão quebrado e frito de tropa. Com o chef Paulo Machado – Auditório SENAC 15h30 – Burger Class Rio x SP. Oficina criativa com Yasser Régis (Ex-Touro) e Paulo Yoller (Meats) – Auditório Santander 16h30 – Aula com o chef português Diogo Rocha (Mesa de Lemos – Dão) – Auditório SENAC 17h – Minas, cozinha de tradição e vanguarda. Com os chefs Rodolfo Mayer (Angatu) e Flávio Trombino (Xapuri) – Auditório Santander 18h – Segredos de coquetelaria e confeitaria. Com os chefs Elia Schramm (BabboOsteria) e Bruno Katz (Nosso) – Auditório SENAC
Dia 11/12
13h30 – Insights: inovação e o mercado de orgânicos no Brasil, com Fred Orgânicos e Danni Camilo - Auditório Santander 15h – A cozinha do Tapajós – Pará. Com o chef Saulo Jennings (Casa do Saulo) - Auditório Santander 16h – Cozinha afetiva a quatro mãos. Com Nathalie Passos (Naturalie) e Manu Zappa (Prosa na Cozinha) – Auditório SENAC 17h30 – Um bobó que vai dar o que falar. Com Katia Barbosa e Bianca Barbosa – Auditório SENAC 18h – Cozinha mineira criativa. Com o chef Caio Soter (O Jardim – Belo Horizonte) - Auditório Santander
Dia 12/12
13h – João Diamante ensina: berinjela laqueada com melado e cuscuz nordestino, sagu com capim limão e manga – Auditório SENAC 13h30 – Sabores do Brasil. Com Lorena Abreu e Marcelo Scofano (Zona Sul/Extra) - Auditório Santander 14h30 – Comes e bebes do Zazá Bistrô. Com Pedro Lacerda e RausleyCler – Auditório SENAC 15h – Brunch: o novo café da manhã dos brasileiros com a influência dos ingredientes nacionais. Com Eduardo Araúo (Café 18 do Forte) e Meguru Baba (Coltivi) - Auditório Santander 16h – As canjas do imperador: três versões assinadas pelos chefs Roland Villard e David Mansaud (Casa Marambaia) – Auditório SENAC 16h30 – A recente história da alta gastronomia baiana com Fabrício Lemos (Origem – Salvador) - Auditório Santander 17h30 – Gosto da Amazônia: receitas com pirarucu. Com os chefs Ricardo Lapeyre (Escama) e Fabiana Pinheiro (Sallva Bar e Ristorante, Brasília) – Auditório SENAC 19h – Receitas afetivas com Rodrigo Guimarães e a mineira Bruna Martins, a dupla do Mestre do Sabor – Auditório SENAC
Dia 16/12
15h – Cristiano Ramalho (Bistrô da Casa) e o fotógrafo de gastronomia Tomás Rangel – Auditório SENAC 15h30 – A cozinha do sertão cuiabano. Com Ariani Malouf (Mahalo Cozinha Criativa – Cuiabá) - Auditório Santander 16h30 – Comida de rua coreana. Com o chef Emerson Kim (SpicyFish) – Auditório SENAC 18h – Pão natalino da SlowBakery – Auditório SENAC
Dia 17/12
15h – A doceria francesa: duas versões de creme brulê. Com o chef Didier Labbé (Didier Bistrot) – Auditório SENAC 15h30 – Temperos da mesa brasileira e suas origens. Com Andressa Cabral (YayaComidaria Pop Brasileira) - Auditório Santander 16h30 – Aula com a chef Joana Carvalho (Proa) e o mergulhador profissional Francisco Lofreddi – Auditório SENAC 17h – A evolução da coquetelaria e seu consumo no Brasil. Com Jonas Eisengart (Quartinho) e Anderson Santos (Liz Cocktails) - Auditório Santander
Dia 18/12 13h30 – Gosto da Amazônia. Manejo do pirarucu selvagem: a Amazônia sustentável ao alcance de todos. Com João Vitor Campos-Silva - Auditório Santander 14h30 – Culinária tropical brasileira versão vegana. Com a chef Morena Leite (Capim Santo – SP) – Auditório SENAC 15h – Redescobrindo ingredientes: o que o Brasil tem de melhor. Com o chef Rafa Gomes (Itacoa) - Auditório Santander 16h – Truques para fazer o carbonara perfeito. Com o chef Michele Petenzi (Alloro al Miramar) – Auditório SENAC 16h30 – O verdadeiro farmtotable brasileiro com Rodrigo Bellora (Vale Rústico – RS) - Auditório Santander 17h30 – Panetone caseiro do João Padeiro & Cia. Com Adriano Amarante e Pedro Kessler – Auditório SENAC 19h – Dicas de merenda escolar saudável e prática. Com Janaína Rueda (Casa do Porco e Dona Onça – SP) – Auditório SENAC
Dia 19/12
13h – Lidando com carnes à italiana: ragu de “quinto quarto” com polenta. Com o chef Nello Garaventa (Grado) – Auditório SENAC 14h30 – Ceia de Natal original. Com Paula Prandini (Empório Jardim) e Vera Saboya (Ateliê Culinário) – Auditório SENAC 15h – Brasileiro sabe comer ceviche? Adaptações da receita ao paladar nacional. Com o chef Checho Gonzalez (Mescla – SP) - Auditório Santander 16h – Aula com o chef Rafa Costa e Silva (Lasai) – Auditório SENAC 16h30 – Alê D’Agostino (APTK – SP) - Auditório Santander 19h – Aula Guimas 40 anos – Auditório SENAC
O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy e Coca-Cola, apoio de Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul e Sesc RJ, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria doSindRio.
O Globo terça, 09 de novembro de 2021
VIAGEM AOS ESTADOS UNIDOS: DO VISTO ÀS VACINAS, O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A VOLTA AO PAÍS
Viagem aos EUA: do visto às vacinas, o que você precisa saber sobre a volta ao país
Fronteiras reabrem neste 8 de novembro, mesma data em que consulados no Brasil retomam as entrevistas
Eduardo Maia
08/11/2021 - 03:30 / Atualizado em 08/11/2021 - 11:07
RIO - Fechadas para turistas que viajam do Brasil desde meados de março de 2020, as fronteiras dos Estados Unidos reabrem nesta segunda-feira, 8 de novembro. Mesma data em que os serviços consulares americanos voltam a realizar entrevistas para emissão de vistos de entrada.
Se a aceitação de todas as vacinas contra a Covid-19 aplicadas no Brasil é um ponto positivo, por outro lado quem ainda não tem visto deve ter paciência, já que o atendimento volta de maneira mais lenta do que antes da pandemia, e tendo que processar entrevistas agendadas há meses. O prazo de espera pode variar, e, em alguns casos, chegar a até quase um ano.
A seguir, confira algumas informações importantes para quem pretende viajar aos Estados Unidos a partir deste mês.
O visto
Para tirar o documento
As entrevistas para emissão de vistos voltam a acontecer nesta segunda-feira, 8 de novembro, nas seções consulares de Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Recife. Vale destacar que, durante a pandemia, os consulados continuaram abertos, atendendo aos cidadãos estadunidenses e viajantes brasileiros que precisavam de vistos emergenciais por razões de saúde, familiares ou de estudo. E o sistema de marcação de entrevistas também permaneceu funcionando, o que fez com que muita gente já tenha conseguido reservar datas (algumas até meados de 2022) para o atendimento.
Apesar da alta demanda represada, a vice-cônsul dos EUA no Rio, Caitlin Meyers, garante que o órgão está se esforçando para reduzir o tempo de espera.
— Recomendamos que o solicitante olhe constantemente o nosso site (br.usembassy.gov), porque é possível remarcar a data da entrevista. Então, à medida que mais vagas são criadas, o solicitante poderá antecipar sua entrevista — explica.
De acordo com a vice-cônsul, a retomada do atendimento presencial ao grande público acontecerá seguindo protocolos de segurança, que incluem obrigatoriedade do uso de máscaras, disponibilidade de álcool em gel nas dependências dos consulados e redução no número de pessoas permitidas dentro das salas de espera, para evitar maior aglomeração. Esta última medida poderá deixar o atendimento ainda mais lento no primeiro momento.
— O atendimento em novembro de 2021 com certeza vai ser diferente do que era em fevereiro de 2020. Por precaução, haverá uma limitação no número de pessoas dentro da sala de espera, o que fará com que haja menos vagas por dia. Mas à medida que os números da Covid-19 nas cidades diminuam, essa limitação poderá ser revista — diz.
Fora isso, o procedimento para o pedido do visto permanece o mesmo. É preciso preencher o formulário DS-160 pelo site ais.usvisa-info.com/pt-br/niv, pagar a taxa de US$ 160 (equivalente a R$ 886, e que tem validade até setembro de 2023), e, só depois, marcar a data da entrevista e da ida ao Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (Casv). O horário de funcionamento do Consulado Geral dos EUA no Rio é de 8h às 17h, e a recomendação é que os solicitantes cheguem 15 minutos antes do horário agendado.
Uma vez aprovado o pedido, o prazo para entrega do passaporte com a permissão de entrada, pelo correio, é de até dez dias.
Quem precisa apenas renovar o visto tem um caminho mais fácil. Em muitos casos, o solicitante é dispensado de entrevista, e é possível fazer o processo todo de maneira virtual, sem precisar comparecer presencialmente nas dependências do consulado. Para isso, é preciso que o visto esteja válido ou tenha expirado há menos de 48 meses — esse benefício, aliás, vale até 31 de dezembro de 2021, e é uma extensão do prazo anterior, que era de 12 meses.
Mas há algumas condições para que se possa entrar nessa "fila rápida", segundo explica Caitlin Meyers:
— O solicitante não teve ter tido nenhum problema nos processos anteriores, como ter o visto negado ou cancelado, ter sido impedido de entrar nos EUA ou sido expulso do país. O visto também precisa ser para a mesma categoria do anterior.
Para entrar no país
As vacinas aceitas
Para entrar nos Estados Unidos, viajantes maiores de 18 anos devem estar vacinados, há pelo menos duas semanas, com as duas doses (ou dose única) de qualquer vacina aprovada integralmente ou para uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em outras palavras, todas as vacinas aplicadas no Brasil (Oxford/AstraZeneca, Coronavac, Pfizer e Janssen). Os Estados Unidos, diferentemente de muitos outros países, também aceitarão a entrada de pessoas vacinadas com dois tipos de imunizantes diferentes.
No comprovante, é preciso constar o nome do passageiro, a data de nascimento (essas informações devem ser idêntias às do passaporte e do visto), o nome do imunizante e as datas de administração das doses.
De acordo com a vice-cônsul no Rio, os agentes de imigração nos Estados Unidos aceitarão os comprovantes em papel, desde que estejam legíveis e identificados como documentos oficiais. Mas ela orienta consultar, com antecedência, a companhia aérea, responsável pela primeira checagem do comprovante, ainda em solo brasileiro.
Testagem
Todos os passageiros, incluindo crianças de até 17 anos (que estão isentas do comprovante de vacinação), devem apresentar um teste PCR negativo para o novo coronavírus feito até 72 horas antes de embarque.
Não é preciso refazer o teste na chegada ao país, nem no momento do desembarque, nem dias depois. Mas o viajante brasileiro precisa lembrar que, para voltar ao país de origem, precisa apresentar outro teste negativo. Se for PCR, feito até 72 horas antes do embarque. Se for antígeno, 24 horas antes da viagem.
Seguro de saúde
Os Estados Unidos não exigem seguro de saúde para a entrada de viajantes brasileiros. Mas como o país não oferece tratamento gratuito e exige que a pessoa fique isolada, às suas próprias custas, enquanto durar a infecção, é prudente que o turista contrate um serviço com cobertura especial para caso de Covid-19.
Passaporte de imunidade
O tema "passaporte da imunidade" é uma das grandes polêmicas no país desde que a vacinação contra a Covid-19 começou. Estados como Nova York e Califórnia adotam a medida, e em cidades como Nova York e São Francisco, por exemplo, só se pode frequentar locais fechados, como bares, restaurantes, casas de shows e teatros, com comprovante de vacinação. Em outros, como a Flórida, os governos declararam guerra ao "passaporte", inclusive proibindo empresas privadas de exigirem. Na maioria dos estados, porém, a exigência fica por conta do estabelecimento.
Para brasileiros, que, de qualquer maneira, precisarão estar vacinados para entrar no país, essa discussão não tem muito impacto prático. O certificado em inglês gerado pelo aplicativo Conecte SUS tem sido aceito nos lugares que exigem a comprovação.
O Globo segunda, 08 de novembro de 2021
RIO GASTRONOMIA: VENDA DE INGRESSOS COMEÇA HOJE
De volta ao presencial: venda de ingressos para a 11ª edição do Rio Gastronomia começa hoje
O evento, o maior do gênero no país, estará de volta ao Jockey, de 9 a 19 de dezembro. Programação reúne aulas, quiosques de bares e restaurantes, mercado de produtores e shows
Carol Zappa
07/11/2021 - 03:30 / Atualizado em 08/11/2021 - 10:00
RIO — Depois de um ano de espera, começa nesta segunda (8-11) a venda de ingressos para o Rio Gastronomia. De volta ao formato presencial, com todos os cuidados para receber de maneira segura os visitantes, o maior evento do gênero no país ocupa o Jockey Club Brasileiro, na Gávea, de 9 a 12 e de 16 a 19 de dezembro. Em 2020, por conta da pandemia, o aguardado encontro anual com chefs e novidades do universo gastronômico aconteceu de forma virtual, em uma plataforma digital com aulas-show, lives e muita notícia.
Em sua 11ª edição, após quatro anos de festa no Píer Mauá, o Rio Gastronomia retorna ao Jockey, palco do evento de 2012 a 2015. O ponto, no entanto, é novo e nobre: o Pião do Prado, com 31 mil metros quadrados de área ao ar livre, no meio da pista de corrida, cercado pelo cenário de cartão-postal que inclui o Cristo Redentor.
— O Rio Gastronomia presencial retorna em um momento importante para a cidade. Nosso foco, além de movimentar o setor de eventos e fomentar negócios para bares, restaurantes, foodtrucks e pequenos produtores, é promover um grande reencontro para o nosso público — celebra Andressa Amaral, gerente de projetos especiais da Editora Globo.
O evento é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy e Coca-Cola, apoio de Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul e Sesc RJ, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.
O pontapé inicial para a festa é a cerimônia de entrega, restrita a convidados, do Prêmio Rio Show de Gastronomia.
— É uma celebração do melhor da mesa carioca, que ganhará uma edição especial do Rio Show, no dia 10 de dezembro, com os vencedores e matérias com dicas e novidades do setor — conta Inês Amorim, editora do Rio Show.
Espalhada por oito dias, a programação inclui encontros com chefs, filiais das melhores cozinhas da cidade, feiras de cachaça e de pequenos produtores e shows.
As inscrições para as cerca de 60 aulas gratuitas, em dois espaços, serão feitas no próprio evento. Curadora do auditório Senac, a crítica gastronômica do GLOBO Luciana Fróes procurou prestigiar ao máximo os chefs do Rio.
— Foi um ano duro. E veio a ideia de aulas em pares, multiplicando a presença desses heróis da gastronomia carioca. Há duplas de chefs amigos, mas de cozinhas distintas, como o Elia Schramm, da Babbo Osteria, e o Bruno Katz, do Nosso. Ou que nunca haviam trabalhado juntas, como Paula Prandini, do Empório Jardim, e Vera Saboya, do Ateliê Culinário — diz a jornalista.
Campeões de audiência e parceiros, Claude Troisgros e Kátia Barbosa já confirmaram presença. No auditório Santander, sob curadoria do chef Pedro Benoliel, vão se reunir cozinheiros prestigiados de todo o Brasil, como Fabrício Lemos (BA), Saulo Jennings (PA) e Caio Soter (MG).
A premiada Janaína Rueda (SP) e o português Diogo Rocha são nomes de projeção internacional que também marcarão presença no evento.
Com tanto papo sobre comida, quando bater a fome é só degustar receitas queridinhas dos cariocas, de lugares como Lasai, Irajá, Venga!, Espírito de Porco e muitos outros. Shows completam a programação para o dia acabar feliz. Só falta você.
Tudo o que você precisa saber
Ingressos: As vendas começam amanhã, às 10h, no site www.ingressocerto.com. Os bilhetes do primeiro lote custam R$ 40 (quinta e sexta) e R$ 50 (sábado e domingo). Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma segunda entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes de O GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no site oficial.
Cuidado redobrado: Todos os protocolos sanitários indicados pelas autoridades de saúde e vigentes durante a realização do evento serão seguidos. Além disso, será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.
Aulas com chefs: Em dois auditórios, os principais nomes da gastronomia carioca e convidados de fora do Rio se encontrarão para conversar sobre o cenário atual e apostas para o futuro, além de receitas, histórias e segredos. As inscrições serão feitas uma hora antes da atividade. Entre os confirmados para as 60 aulas estão o chef Claude Troisgros e sua fiel escudeira Jessica Trindade; Kátia Barbosa, ao lado da filha Bianca; e muito mais: Roland Villard, Rafa Costa e Silva (Lasai), Elia Schramm (Babbo Osteria), Bruno Katz (Nosso), Nathalie Passos (Naturalie), João Diamante, Morena Leite (Capim Santo), Nello Garaventa (Grado), Andressa Cabral (Yayá Comidaria Brasileira), Ricardo Lapeyre (Escama) .
Outras cozinhas: Também desembarcam por aqui craques como o chef português Diogo Rocha, do Mesa de Lemos, dono de uma estrela no Guia Michelin; Paulo Machado, do Mato Grosso do Sul, representante da culinária do Pantanal; a paulista Janaína Rueda, à frente do Dona Onça e da premiada Casa do Porco, dando dicas de merenda escolar saudável e prática; o baiano Fabrício Lemos, à frente do badalado Origem, de Salvador; e o paraense Saulo Jennings, falando sobre a cozinha do Tapajós, entre outros.
Comes e bebes: Como já é tradição, quem for ao evento vai poder provar algumas das receitas mais consagradas da cidade, em quiosques de restaurantes estrelados e endereços tradicionais — e de quebra bater um papo com os chefs, que costumam bater ponto no local. Estarão lá o imperdível bolo de chocolate e brigadeiro do Irajá, do chef Pedro de Artagão; o concorrido bolinho de bacalhau da Gruta de Santo Antônio, de Niterói , além de novidades de casas como Lasai, Guimas, Venga!, Gero Panini, Nolita, Teva, Mama Jamma, Escama e Talho Capixaba.
Dias de feira: Para levar um pouquinho do Rio Gastronomia para casa,é só passar nas feiras de pequenos produtores, com delícias do interior do estado — entre queijos, geleias, conservas e doces —, e de cachaças, com os melhores rótulos de alambiques fluminense
Shows: Sempre ao fim do dia, grandes nomes da música brasileira se apresentam ao vivo. Geraldo Azevedo abre a série, no dia 9, com participação de Marcelo Jeneci. Nos dias seguintes, as atrações serão a sambista Teresa Cristina (10/12), os blocos Toca Rauuul! (11/12) e Bangalafumenga (12/12), o cantor Diogo Nogueira (16/12) e o projeto Filhos da Música (18/12) , em que os irmãos Max de Castro e Simoninha, ao lado de Max Viana, lembram sucessos dos pais Wilson Simonal e Djavan. Na saideira, dia 19, tem Samba Independente dos Bons Costumes com participação de El Pavuna.
O Globo domingo, 07 de novembro de 2021
TURISMO: O MAIOR NAVIO DO MUNDO DEIXA PORTO FRANCÊS E FAZ SUA PRIMEIRA VIAGEM
Maior navio do mundo deixa porto francês e faz sua primeira viagem
Com destino à cidade francesa de Marselha, 'Wonder of the Seas' receberá últimos retoques antes de ser inaugurado
Com agências internacionais
06/11/2021 - 16:22 / Atualizado em 07/11/2021 - 09:37
O maior navio do mundo, o "Wonder of the Seas", deixou o porto francês de Saint-Nazaire, nesta sexta-feira, e partiu para a cidade francesa de Marselha, onde é esperado na terça-feira para os últimos retoques. A maior embarcação, da Royal Caribbean International, está prevista para ser inaugurada em março 2022.
O navio de 362 metros de comprimento e 66 de largura poderá receber até 9.000 pessoas - incluindo 2.300 membros da tripulação - em 16 andares.
O "Wonder of the Seas" foi desenvolvido inicialmente para o mercado chinês, que se afastou dos cruzeiros internacionais com a crise da Covid-19. Reorientado para os clientes dos Estados Unidos no Caribe, foi necessário mudar todas as placas e passar do mandarim para o inglês.
A embarcação deve sair de Fort Lauderdale, na Flórida, no dia 4 de março de 2022 com destino às ilhas do Caribe Leste e Oeste, devendo passar por Cozumel, no México; Philipsburg, em St. Maarten; San Juan, em Puerto Rico; além da ilha privativa da Royal Caribbean, nas Bahamas.
Em maio, o navio vai para o Mar Mediterrâneo com embarques em Roma e Barcelona, passando pelas regiões de Palma de Mallorca, na Espanha, e Capri, na Itália.
O Globo sábado, 06 de novembro de 2021
MARÍLIA MENDONÇA: VELÓRIO DEVE ATRAIR 100 MIL FÃS HOJE EM GOIÂNIA
Marília Mendonça: velório deve atrair 100 mil fãs hoje em Goiânia
Primeiros fàs chegaram às 22h desta sexta-feira ao Goiânia Arena, local da cerimônia de despedida da cantora, que deve ser enterrada às 17h30
GOIÂNIA- Com expectativa de que cerca de 100 mil pessoas compareçam ao velório da cantora Marília Mendonça neste sábado, a Goiânia Arena começou a receber os primeiros fãs da sertaneja já na noite desta sexta-feira. Considerada o maior fenômeno musical da atualidade, Marília morreu na queda de um avião de pequeno porte que a levava para um show em Caratinga, Minas Gerais. O velório, que começa às 8h, será aberto ao público em geral das 13h às 16h. As primeiras e últimas horas do velório serão exclusivas para família e amigos. Às 17h30, Marília será enterrada no cemitério Parque Memorial, também na capital goiana.
Marília Mendonça viajava em um avião de pequeno porte, modelo Beech Aircraft. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião estava em situação regular e tinha autorização para circulação de táxi aéreo. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está apurando as circunstâncias do acidente. Na noite de ontem, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que o avião atingiu um cabo da rede elétrica.
Desde às 22h, as primeiras movimentações começaram a ocorrer diante do local onde a cantora que arrastou multidões será velada. Mulheres de diferentes idades foram as primeiras a chegar e montar vigília diante do estádio, embaladas por canções que tocavam em seus celulares. Acompanhada da filha e do irmão, Laene Rodrigues, de 32 anos, dirigiu por mais de 100 quilômetros para ir de Morrinhos a Goiânia na noite de sexta para aguardar o velório da ídola.
MARÍLIA MENDONÇA MORRE EM QUEDA DE AVIÃO PRÓXIMO A PIEDADE DE CARATINGA (MG); VEJA FOTOS
Fã da cantora desde o início da carreira, a vendedora se emociona ao contar que as canções de Marília embalaram momentos variados de sua vida e afirma que se sentiu representada quando a cantora apareceu no cenário musical inclusive por sua aparência:
— Quando vi Marília, me senti representada. Ela representava as gordinhas, que sempre sofreram preconceito — lembrou, se lamentando em seguida por não ter conseguido ir a uma apresentação da cantora: — Nunca fui em um show dela. Nunca a vi em um show, mas vou vê-la em um caixão.
Um ponto que une diversas admiradoras é a identificação com as letras de Marília e um elogio pela sinceridade da artista. Nas palavras delas, uma pessoa do "povão", sempre disposta a atender com carinho os fãs:
— Acho que o principal é a verdade que ela passa nas músicas dela — diz a empresária Letícia Prado, de 41 anos, explicando a origem da sua admiração.
Com um cobertor para passar a noite diante do local do velório, Jessica Oliveira, de 30 anos, destava que Marília cantava o que outros artistas não têm "coragem" de dizer:
— Ela fala por muitas, o que muitas não tem coragem de falar — afirma, citando o sucesso "Infiel", música que incluiu Marília nas paradas de sucesso: — Muitas mulheres que estavam passando pelo fim de um relacionamento (se identificam). Quando passei por uma crise em meu casamento quase me acabei de chorar e beber ouvindo Marília Mendonça.
MARÍLIA MENDONÇA: FÃS CHEGAM DE MADRUGADA PARA ENTERRO DA CANTORA EM GOIÂNIA
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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) decretou luto oficial de três dias no estado e, em uma rede social, publicou a estimativa de que até 100 mil pessoas compareçam ao velório. Ele estará junto com a família da cantora quando o corpo de Marília chegar à capital goiana no serviço aéreo estadual, no aeroporto de Goiânia. Segundo Caiado, a expectativa é que ela chegue na cidade entre 10h e11h e siga em cortejo no carro dos bombeiros até a Goiânia Arena.
O Globo sexta, 05 de novembro de 2021
GASTRONOMIA: RECEITAS E SABORES DO NORTE
Receitas e sabores do Norte: cresce o número de representantes da comida paraense na cidade
Do sorvete ao hambúrguer com carne de tambaqui, saiba onde encontrar no Rio o melhor da culinária paraense
Carol Zappa
05/11/2021 - 07:29 / Atualizado em 05/11/2021 - 07:41
Jambu, tucupi, maniçoba, tacacá, bacuri, pirarucu. Com influências indígenas e portuguesas, a culinária paraense é uma das mais ricas e originais do país. Desde 2015, a capital Belém detém o título de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido pela Unesco, integrando uma lista de cidades que buscam desenvolvimento de maneira sustentável e socialmente justa. Muito além do açaí, já velho conhecido dos cariocas, os sabores do Norte têm conquistado cada vez mais adeptos. Nos últimos tempos, a cidade ganhou novos representantes dessa cozinha e casas tradicionais deram uma bela renovada. - Por ser uma comida muito bem temperada, as pessoas acabam descobrindo outros sabores e temperos que não têm muito hábito de comer. A pimentinha de cheiro e a chicória, que são ervas nossas, deixam o prato muito saboroso. É uma comida de muito afeto. Acho que é daí que vem o sucesso – diz Adriana Veloso, cozinheira e sócia do Pescados na Brasa, boteco no Riachuelo que vem atraindo gente de todos os cantos da cidade e celebra dois anos este fim de semana com uma festa na rua. Dois clássicos dessa gastronomia, o Arataca, fundado em 1955 em Copacabana, e o Tacacá do Norte, desde 1973 no Flamengo, expandiram recentemente seus domínios para outros bairros ou em espaços ampliados, com ares mais joviais e novidades nos cardápios. Os sócios do segundo abriram ainda a Blaus, sorveteria que prima pelas frutas amazônicas e daquela região.
Conheça abaixo seis endereços onde provar as delícias típicas da região.
Arataca Há 66 anos em Copacabana, o pequeno ponto de ambiente simples e mesinhas na calçada ganhou uma filial mais arrojada no Jardim Botânico. Misto de empório e restaurante com sabores do Pará e da Amazônia, a casa de teto de sapê e decoração rústica, com peças marajoaras nas paredes, é comandada pelos irmãos Matheus e Luccas, netos do fundador Acir Rodrigues, que faleceu este ano de Covid-19. Aviador, o mineiro de Barbacena, apaixonado pelos sabores daquela região, foi um dos primeiros a trazer ao Rio a cerveja e o refrigerante Cerpa. No novo endereço, delícias como casquinha de caranguejo (R$ 28,00), filhote com molho de camarão rosa, farofa e chips de macaxeira (R$ 65,00, individual, ou R$ 110,00, para dois), e pato no tucupi (R$ 55,00 ou R$ 100, para dois), ganham a companhia de cervejas artesanais e drinques com frutas e especiarias amazônicas, assinados por Jonny Paes. O agreste é um gim-tônica com suco de cupuaçu, limão siciliano e hortelã (a partir de R$ 25,00, com gim Arapuru). A partir do dia 15, entra em cartaz, toda sexta, um festival da Amazônia, com pedidas como bolinho de pirarucu (R$ 35,00) e torta de cupuaçu (R$ 18,00). Na lojinha, logo na entrada, há bombons de cupuaçu, açaí e bacuri, cajuína, doces e cachaça de jambu. Rua Lopes Quintas, 147, Jardim Botânico – 3280-0392. Diariamente, das 11h às 22h.
Amazônia Soul O cardápio da lanchonete e as prateleiras da lojinha são abastecidas por ingredientes trazidos do Norte por Eduardo Castilho, filho do criador da marca, o publicitário paraense Carlos Castilho Jr. Além do autêntico açaí, orgânico e sem conservantes (R$ 16,90, 180g), há sugestões como pastel de queijo com jambu (R$ 12,90) e o tradicional tacacá, feito com goma de tapioca, tucupi, jambu e camarão seco (R$ 31,90). Para um passeio pelos sabores da região, o menu degustação da Amazônia reúne caranguejo society, vatapá e maniçoba, espécie de feijoada paraense feita com folha de maniva (folha da mandioca brava) cozida por 7 dias, no lugar do feijão (R$ 77,90). O empório ganhou recentemente uma expansão, com reforço de novas cachaças de jambu da Amazônia, geleias de cupuaçu e bacuri, biscoitos de castanha e farinhas especiais. Rua Teixeira de Melo, 37, Ipanema - 2247-1028. Diariamente, do meio-dia às 21h.
ASA Açaí Filho de Ana Castilho, chef e dona do Aprazível, o geógrafo e músico João Hermeto percorre a região amazônica mapeando cooperativas e associações familiares agroflorestais, de onde se originam os insumos que servem de base às receitas. O açaí, adoçado naturalmente (R$ 14,50, o pequeno) pode ser saboreado com a granola da casa, desenvolvida com engenheiros da UFRJ com treze ingredientes. A tapioca é preparada com recheios como caranguejo ao tamarindo (R$ 23,00), camarão com fruta pupunha (R$ 26,00) e banana com chocolate do Xingu, canela e paçoca de baru (R$ 19,00). Há pratos mais consistentes, como a caldeirada de pirarucu com tucupi e fruta pupunha, finalizada com leite de castanha de caju e servida com arroz de coco e farofa crocante de dendê (R$ 55,00). Em fevereiro, a casa ganhou um novo ponto na Barra. Rua Jardim Botânico, 67, Jardim Botânico – 3563-9179 e 98849-4541. Diariamente, das 8h às 20h. Avenida das Américas, 8445 (loja 108-A), Barra – 3349-7960. Diariamente, das 9h às 21h
Blaus Fundada há três décadas em Belém, a sorveteria ganhou no início do ano um quiosque no Downtown, pouco depois do primeiro ponto em Botafogo, ao lado do Tacacá do Norte, dos mesmo donos. Frutas amazônicas, como açaí, taperebá e tucumã, além de combinações como maria izabel (bacuri com geleia artesanal de cupuaçu e biscoito champanhe) abastacem os sorvetes de textura cremosa (a partir de R$ 14,90 no copinho). Outra sugestão é o cascão de sorvete de castanha com tapioca e flocos de arroz (R$ 20,90, uma bola; R$ 29,90, duas bolas). Receita autoral e inédita, o waffle paraense é feito com massa de farinha de tapioca, castanha do Pará e cumaru, com cobertura de manteiga e mel ou geleia (R$ 27,00), mas também pode ser combinado com uma bola de sorvete. Av. das Américas, 500, bloco 8, Barra (Downtown). Diariamente, das 10h às 22h
Pescados na Brasa Em Belém, sua terra natal, Adriana Veloso trabalhou como garçonete, caixa e gerente em restaurantes. Seu sonho era abrir uma peixaria, como são chamados os restaurantes de peixes por lá. Calhou de ser aqui, no Riachuelo, onde ela comanda a cozinha desse concorrido boteco com mesas na calçada, tecidos de chita, bandeiras de times locais e muito alto astral ao lado do marido, Júnior (que cuida da brasa), e da filha Gabrielly. Neste domingo (7), a casa completa dois anos e ganha uma festa ao ar livre, com muita comida típica, carimbó e roda de samba. Aproveite para experimentar as novidades do cardápio: pastéis de caranguejo ou camarão com jambu e de cupuaçu com castanha (R$ 9,90 cada) e o tambaburguer, um hambúrguer de tambaqui com maionese de jambu, alface, tomate e cebola caramelizada no tucupi, servido com chips de batata doce (R$ 35,90). Mas não deixe de provar a especialidade: os peixes preparados na brasa, como o pirarucu, acompanhado por arroz de camarão, pirão e farofa (R$ 129,90, para dois). Para bebericar, caipirinha de limão com... jambu, claro (R$ 17,90). Rua Vitor Meireles, 92, Riachuelo – 2239-9540 e 99359-4753. Ter. a sáb., das 11h às 21h. Dom., das 11h às 18h.
Tacacá do Norte Gourmet Parada obrigatória para quem busca os sabores típicos da região, o tradicional e diminuto ponto no Flamengo (onde a clientela consumiaunhas de caranguejo e a clássica receita que batiza a casa em um balcão) ganhou um anexo, com salão espaço e refrigerado, além de uma loja da sorveteria Blaus, dos mesmos sócios. O cardápio também ganhou reforços, como bolinho de piracuí, uma farinha de peixe, com molho de pimenta de cheiro (R$ 9,00), e pratos mais consistentes, a exemplo da chapa mista paraense, reunião de pirarucu, carne, charque, filé de filhote e camarão rosa, com dois acompanhamentos à escolha, como arroz de tucupi com jambu (R$ 110,00, meia porção, ou R$ 160,00). Ali, o açaí é servido puro, batido ou com acompanhamentos salgados, como camarão seco (R$ 38,90) ou pirarucu frito (R$ 46,90). Rua Barão do Flamengo, 35, lojas O e R, Flamengo – 2205-7545 e 2225-4359. Seg. a sáb., das 9h às 22h. Dom., das 9h às 20h
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo quinta, 04 de novembro de 2021
FÓRMULA 1: INTERLAGOS ESPERA 170 MIL PESSOAS EM TRÊS DIAS DE GP SÃO PAULO
Fórmula 1: Interlagos espera 170 mil pessoas em três dias de GP São Paulo
GP deve ser o evento com maior público no país em 2021
Maurício Xavier
04/11/2021 - 03:00
SÃO PAULO — Com a liberação da capacidade total de público, a organização da etapa brasileira da Fórmula 1 espera receber até 170 mil pessoas no circuito de Interlagos, em São Paulo, entre 12 e 14 de novembro. Será provavelmente o evento com maior número de espectadores no país neste ano. A estimativa é uma aposta de Alan Adler, novo CEO do GP, que ontem participou do lançamento da prova e da vistoria da pista ao lado do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
— Em 2019 registramos um público de 150 mil pessoas, e a expectativa agora é superar esses números, mesmo com as dificuldades trazidas pela pandemia. Vivemos neste ano um cenário em que não sabíamos se teria a corrida, ou se teria espectadores, ou se teria capacidade reduzida, ou se teríamos de adotar protocolos especiais — declarou Adler.
De fato, o Grande Prêmio seguirá as determinações impostas pelo governo estadual. Para quem tem mais de 12 anos, será exigida a comprovação de aplicação de pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus. Para os maiores de 5 anos, será necessário apresentar um teste negativo de Covid-19. Além disso, todos deverão usar máscaras.
O Brasil chegou a ficar ameaçado de perder o GP durante as negociações nos últimos meses. A confirmação ocorreu após a assinatura de um novo contrato de cinco anos — renováveis por mais cinco —, em que a prefeitura de São Paulo se comprometeu a pagar R$ 20 milhões por ano à organizadora da F1, a Liberty Media. Além disso, a prefeitura desembolsou outros R$ 10 milhões com obras de manutenção e readequação do circuito, que ficou fechado durante boa parte dos últimos dois anos. O novo acordo também levou à mudança do nome de Grande Prêmio Brasil para Grande Prêmio São Paulo. O objetivo é trazer mais visibilidade e investimentos à cidade.
A maior novidade será a “sprint race” no sábado, uma “mini-corrida” que serve como tomada de tempo para a prova de domingo. O formato estreou neste ano e Interlagos será a terceira pista a recebê-lo, depois de Silverstone (Inglaterra) e Monza (Itália).
O Globo quarta, 03 de novembro de 2021
VALÉRIA VALENSSA: AOS 5O ANOS, ATRIZ FAZ BALANÇO - NUNCA ME CONSIDEREI UM SÍMBOLO
Aos 50 anos, Valéria Valenssa faz balanço: 'Nunca me considerei um símbolo'
Eterna Globeleza fez duas festas para celebrar a data
Gilberto Júnior
03/11/2021 - 08:11 / Atualizado em 03/11/2021 - 08:34
Valéria Valenssa comemorou a chegada aos 50 anos com duas festa. A primeira foi, em São Paulo, foi no dia 5 de outubro, data que a eterna Globeleza faz aniversário. A segunda, no Rio, foi na segunda-feira. Em ambas ocasiões, ela vestiu looks assinados por Henrique Filho.
"Nos tempos em que estamos passando, celebrar a vida é um privilégio. Meu coração foi tomado por uma enorme gratidão, por poder estar com saúde e em segurança com minha família. A idade não me trouxe perdas. Ganho, na verdade, todos os dias a possibilidade incrível de ser minha melhor versão", disse Valéria, tida como um dos maiores sex symbols do Brasil. "Sei que pode parecer estranho, mas nunca me considerei um símbolo. A exposição do meu corpo era algo relacionado ao meu trabalho. Porém, me sinto lisonjeada com o carinho e respeito das pessoas com os meus 30 anos de carreira."
O Globo terça, 02 de novembro de 2021
GASTRONOMIA: DIA DO SUSHI - CONHEÇA UM FEITO COM CARNE WAGYU, QUE CUSTA R$ 900,00 O QUILO, AGORA À VENDA NO BRASIL
No Dia do Sushi, conheça um feito com carne wagyu, que custa R$ 900 o quilo, agora à venda no Brasil
Trio de sushis, com dois de carne bovina e um de peito de pato, custa R$ 150 em restaurante com casas no Rio e em São Paulo
Luciana Fróes
31/10/2021 - 23:01
Comum não é, tradicional também não, mas os sushis feitos com carnes vermelhas começam a entrar na roda. E não estamos falando do rosado atum, mas de carne bovina mesmo. No Japão, eles apareceram em 2008, nas mais de 20 mil casas de carnes espalhadas pelo país, as "yakiniku", a versão de churrascaria dos japoneses. Semana passada os "yakisushi" fizeram sua estreia no Brasil na filial carioca do restaurante Naga, que tem outras cinco unidades em São Paulo. Ideia de Raul Ono, o sushiman chefe, que explica que só foi possível aderir à novidade com a chegada no mercado brasileiro da carne de wagyu A5, um tipo de gado comum do Japão, de carne marmorizada, com veios de gordura, que desmancham na boca. Ou seja, não é com qualquer carne bovina que se faz um yakisushi.
- Tudo faz sentido, uma junção de Oriente com o Ocidente, mas sem fugir muito das raízes e da culinária japonesa. O wagyu é um tipo de gado do Japão - diz o nissei Raul Ono.
No prato, três sushis fora de série: um com a fatia de waguy A5, supermarmorizada, que é importada do Japão (em torno de R$ 900 o quilo); outro com wagyu nacional (menos veios de gordura, mas muito saborosa) e o outro com fatia de magret de pato, outra carne muito consumida entre os orientais. O trio custa R$ 150, e as peças das carnes não são totalmente cruas.
- Nós selamos a parte de baixo, para o óleo da carne impregnar no arroz shari, os grãos temperados dos sushis - explica o sushiman Marcel Nagayama, do clã Naga, que provou no Japão e a versão de sushi de carne bovina. - É raro porque sai caro para eles também. Mas servem. É o que chamamos de cozinha contemporânea japonesa.
Outro sushimam do Rio, Nao Hara, há algum tempo testou um sushi com foie gras, e funcionou. Mas carne bovina, ainda não usou.
- Estou fazendo uma espécie de sashimi. Sirvo as fatias finas de wagyu, que vão para a mesa com uma pedra vulcânica quente, para dar uma leve grelhada - diz Nao, do Kitchen Asian Food Com séculos de história e tradição, a familía sushi segue se remoçando e se adaptando aos novos tempos. E por falar em tempo, hoje é o dia mundial do sushi. Mexam os pauzinhos e saiam em campo. E ficamos combinados assim.
O Globo segunda, 01 de novembro de 2021
NELSON FREIRE SE ENCANTOU: PIANISTA MORRE AOS 77 ANOS DE IDADE
Morre o pianista Nelson Freire, aos 77 anos
Músico era considerado um dos grandes do século XX
O Globo
01/11/2021 - 09:29 / Atualizado em 01/11/2021 - 10:13
Morreu na madrugada desta segunda-feira o pianista Nelson Freire, aos 77 anos, no Rio de Janeiro. Segundo a empresária do músico, ele estava em casa, na Joatinga.
Nascido em Boa Esperança, Minas Gerais, em 1944, Nelson era considerado um dos maiores pianistas do século XX. Descrito como '"tímido", de "caráter discreto", começou a dedilhar no piano aos 3 anos de idade, ao observar a irmã. Por isso, seus pais se mudaram para o Rio quando ele tinha 5, em busca de professoras para o jovem prodígio, que começou a estudar com Nise Obino e Lúcia Branco.
Aos 14, tocando Chopin e Beethoven com maestria, ganhou uma bolsa do governo JK para estudar em Viena, na Áustria, após participar de um concurso internacional.
A partir daí, Freire fez carreira na Europa, conquistando, aos 19, o primeiro lugar no Concurso Internacional Vianna da Motta, em Lisboa. Cinco anos depois, estreou com a Orquestra Filarmônica de Nova York. Chegou a ganhar da revista "Time" o título de “um dos maiores pianistas desta ou de qualquer outra geração”. Trabalhou em todas as grandes cidades da Europa e Estados Unidos, com os maiores regentes do século XX.
— Ainda tenho muito a conquistar. Progredir. Se um artista achar que conquistou tudo, parou — disse ele, em entrevista ao GLOBO, em 2014.
Nelson gravou diversos álbuns, sendo o último, "Encores", lançado em outubro de 2019 pela Decca. Só por essa gravadora, são 22 álbuns, desde 1983.,com gravações de Chopin, Schumann, Brahms e Beethoven.
— Não ouço nem durante nem depois meus discos. Ja tem uns cinco anos isso, foi acontecendo aos poucos. Porque se ouço, fico querendo mudar — disse o pianista ao GLOBO em 2001.
Em 2003, o pianista foi tema de um documentário feito pelo cineasta João Moreira Salles. "Nelson Freire" venceu o prêmio de melhor documentário do Grande Cinema Brasil daquele ano e contou com a participação da pianista argentina Martha Argerich, de quem ele era muito amigo desde a década de 1960. Em 2016, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O Globo domingo, 31 de outubro de 2021
BRASILEIRÃO - FLAMENGO VENCE ATLÉTICO-MG POR 1 X 0
Vitória aumenta chance de título do Flamengo, mas Atlético-MG segue com probabilidade de 90%
Rubro-negro aumenta para 7% as chances de ficar com a taça. Mesmo derrotado, Galo tem larga vantagem na ponta, de acordo com a ferramenta do GLOBO Bola de Cristal do Brasileirão
Marcello Neves
30/10/2021 - 21:24 / Atualizado em 31/10/2021 - 09:34
A luta de Flamengo e Atlético-MG pelo título do Campeonato Brasileiro segue intensa na reta final. A vitória rubro-negra por 1 a 0, neste sábado, no confronto direto no Maracanã, fez o clube aumentar a sua chance de ficar com a taça. Mas o Galo segue amplamente favorito, de acordo com a ferramenta do GLOBO Bola de Cristal do Brasileirão.
Agora o Flamengo tem 7% de chances de ficar com o título. Enquanto o Atlético-MG diminuiu a sua porcentagem, mas segue com 90,2%. O Palmeiras, que ainda joga na rodada, tem 1,7% de chance de ser campeão, enquanto o Fortaleza tem 0,70%.
Completam o ranking: o Bragantino com o,36%, o Corinthians com 0,006 e o Internacional com 0,001%.
A partida era encarada como uma decisão pelo Flamengo, que, além do Galo, superou sete desfalques neste sábado. Com o resultado, o time de Renato Gaúcho chegou aos 49 pontos, e está a 10 do líder Atlético-MG - mas com três jogos adiados a disputar, enquanto a equipe de Cuca tem uma rodada adiada.
O Globo sábado, 30 de outubro de 2021
BRASILEIRÃO - ATLÉTICO PODE CHEGAR AOS 98% DE CHANCES DE TÍTULO SE VENCER FLAMENGO
Atlético-MG pode chegar aos 98% de chance de título se vencer Flamengo; só vitória interessa ao rubro-negro
Empate no Maracanã também é bom negócio para a equipe de Cuca
O Globo
30/10/2021 - 06:00
Neste sábado, Atlético Mineiro e Flamengo fazem confronto com clima de decisão pelo Brasileirão. Jogando no Maracanã, às 19h, O rubro-negro aposta algumas das suas últimas fichas no confronto direto para resguardar suas chances de título, enquanto o galo tenta encostar as mãos na taça na viagem ao Rio.
A partida promete ser uma espécie de final de campeonato para o Atlético. Se o galo vencer o rubro-negro, pode chegar aos 98,7% de chances de ficar com o título, contra 0,55% do Palmeiras — que "torce" pelo Flamengo na rodada —, 0,48% dos cariocas e 0,2% do Fortaleza.
As contas são do professor Gilcione Nonato Costa, do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O cálculo, é claro, não leva em consideração os outros jogos da rodada.
— Para o Atlético, o empate e a vitória praticamente definem o campeonato. Com uma vitória do Flamengo, as chances do Atlético diminuem, mas permanecem altas e o campeonato continua — diz o professor.
Só a vitória interessa ao Flamengo
Neste momento, o Atlético é líder com campeonato, com 59 pontos. O Flamengo ocupa a quinta colocação, com 46. Vale lembrar que a equipe de Renato Gaúcho tem dois jogos a menos em relação aos comandados de Cuca. Se o rubro-negro vencer, pode ir a 7,4% de chances de ficar com o título, contra 89,6% de chances do Galo, em cenário que tem também o Palmeiras com 2% e o Fortaleza com 0,8%.
Já o empate, como explicou o professor, favorece muito mais os mineiros. Com um ponto para cada lado, o Atlético pode chegar 96%, ontra apenas 1,9% do Flamengo, 1,4% do Palmeiras e 0,6% do Fortaleza. Promessa de confronto eletrizante na capital carioca.
O Globo sexta, 29 de outubro de 2021
CARDÁÇIO ANIMAL: ENDEREÇOS PARA VISITAR E COMER COM OS PETS
Cardápio animal: seis endereços para visitar e comer com os pets
De cerveja a coxinha e picolé: bares, restaurantes, padarias, cafés e sorveterias oferecem menus especiais e outros mimos para clientes de quatro patas
Carol Zappa
29/10/2021 - 08:56
Quando a pandemia obrigou todo mundo a ficar em casa, os animais de estimação foram a melhor (e às vezes única) companhia de muita gente. Agora que acomeçamos a ensaiar uma retomada das ruas, muitos buscam lugares onde possam ir com seus amigos caninos ou felinos. Mais que apenas aceitar a sua permanência no local, bares, restaurantes e outros estabelecimentos gastronômicos oferecem mimos e até cardápios pensados especialmente para os bichanos. - A ideia é que os pets se sintam tão confortáveis quanto os donos. Percebemos que a maioria das casas que se dizem pet friendly só aceitam que leve o bichinho e oferecem água. Por aqui quisemos integrar ainda mais os cães e gatos no espaço - conta Gabriela Motta, gerente geral do QCeviche!, em Copacabana, que tem pratos do chef peruano Manuel Velazquez adaptados para clientes de quatro patas. Reduto de petiscos criativos e batidas saborosas na Praça da Bandeira, a Noo Cachaçaria foi agraciada recentemente com o Selo Pet Friendly, criado em dezembro de 2020 pelo governo do estado para destacar lugares adequados para humanos e seus bichinhos. Por lá, eles também têm direito a quitutes especiais e até uma cervejinha. As regras de boa convivência estão fixadas na parede. - Só não pode subir na mesa nem latido contínuo, e devem sair de hora em hora para dar uma volta, pois tem cão que não curte ficar muito tempo parado – explica a sócia Vanessa Marzano, tutora de dois cachorros.
Conheça outros lugares onde os pets são mais que bem-vindos:
Gato Café Na cafeteria temática, os felinos inspiram da decoração ao cardápio, cheio de biscoitinhos, sanduíches e bebidas em formato ou com desenhos de gatinhos. Além de um espaço reservado aos bichinhos residentes à espera de lar adotivo (com acesso pago e monitorado), onde os humanos também interagem em aulas de yoga semanais, há também uma área de convivência amigável, ao ar livre, onde os clientes podem levar seus bichinhos, de cães a gatinhos acostumados a passear. Rua das Palmeiras, 26, Botafogo – 3283-5469. Ter. a dom., das 10h às 19h
Gelateria Piemonte Além das receitas cremosas para humanos, inspiradas nos sabores da região que a batiza, a sorveteria da família italiana Coladangelo, recém-chegada a Copacabana, tem uma linha de picolés para cachorros. O Dog-lé é feito com fruta e água de coco, nos sabores manga, banana e coco (R$ 6,00 cada). Rua Siqueira Campos, 128, loja A, Copacabana – 97152-6015. Seg. a sáb., das 11h às 19h. Dom., das 11h às 18h.
João Padeiro & Co Cachorros também são bem-vindos na padaria artesanal de Botafogo: a loja foi a primeira do gênero a receber o selo Pet Friendly, oferecido pela Subsecretaria Estadual de Proteção Animal (RJPET). - O selo fez muita diferença porque algumas pessoas acham que é proibida a entrada de animais no comércio de alimentos e a chancela do Estado torna essa convivência mais tranquila – diz o sócio e padeiro Adriano Amarante. E se o aroma dos concorridos pães de fermentação natural saindo do forno também fisgar os amigos caninos, é certo que eles ganhem umas mordidas. - Tem cliente fiéis de quatro patas que literalmente arrastam seus donos para a padaria, só para ganhar um pedacinho de pão – conta Adriano. Rua Arnaldo Quintela, 102, Botafogo – 3518-2445. Ter. a sex., das 13h às 18h. Sáb., das 10h às 13h.
Noo Cachaçaria No bar da praça da Bandeira, cachorros e outros bichinhos não são apenas bem-vindos na área externa e no salão, com água e caminha à disposição e ossinho de brinde: eles desfrutam de um menu próprio. A sócia Vanessa Marzano prepara petiscos divertidos como cãoxinha de frango com massa de batata-doce, orégano, azeite e fubá; almôndega de carne com batata-doce, ovo e farinha de aveia; e cãocrete de fígado de galinha, batata-baroa, ovo e azeite. Cada pedida custa R$ 5,60 e é servido com duas unidades. Tem até cerveja para os mais animadinhos, a Cãolorado (R$ 14,90), nos sabores frango ou carne, além de biscoitinhos e ossos saborizados. Rua Barão de Iguatemi, 358, Praça da Bandeira – 99726-8608. Qua. e qui., do meio-dia às 22h. Sex. e sáb., do meio-dia às 23h. Dom., das 9h às 17h.
Padaria Pet Criada há 10 anos em São Paulo, a rede acaba de chegar ao Rio com quiosques no Botafogo Praia Shopping e no Nova América. Ali, os quitutes para os “aumigos” e “amicats” vão muito além dos biscoitinhos: tem desde pães, cupcakes, sorvetes e docinhos a cerveja e café. Uma caixinha de pipoca em sabores como picanha e nuttybavarian sai a R$ 12,50. Para grandes celebrações, tem até bolo de aniversário para os gatinhos, de salmão e camomila, que ainda vem com uma vela de patinha, por R$ 27,20. Rua Praia de Botafogo, 400 (Botafogo Praia Shopping) – 99829-2030. Seg. a sáb., das 10h às 22h. Dom., das 13h às 21h.Av. Pastor Martin Luther King Júnior, 126, Del Castilho (Shopping Nova América) – 97842-9449. Seg. a sáb., das 10h às 22h. Dom., das 13h às 21h.
QCeviche! Especialidade no restaurante peruano instalado há poucos meses no térreo do hotel Mercure Rio, de frente para a Praia de Copacabana, o lomo saltado (R$ 65,00), um filé mignon salteado com tomate e cebola, servido com batatas coradas e arroz, foi adaptado para os clientes caninos: a carne é servida crua, só com arroz e sem temperos (R$ 34,00, mas a receita também pode ser personalizada). Carro-chefe local, o ceviche também ganha uma versão para gatos (embora os felinos quase não saiam de casa), com tilápia cortadinha, pelo mesmo valor. Av. Atlântica, 2554, Copacabana – 3545-5100. Diariamente, do meio-dia às 15h e das 19h às 23h.
O Globo quinta, 28 de outubro de 2021
HALLOWEEN: LISTA DE GOSTOSURAS TEMÁTICAS PARA CELEBRAR A DATA
Halloween: uma lista de gostosuras temáticas para celebrar a data
Múmia com recheio de creme, cupcake com chapéu de bruxa e rosquinhas de monstro são algumas das doçuras que podem tornar mais divertido o Dia das Bruxas
Carol Zappa
28/10/2021 - 00:19
Gostosuras ou travessuras? Embora seja mais popular nos Estados Unidos e em países anglo-saxões, o Halloween, celebrado no dia 31 de outubro, já foi incorporado por aqui – é o nosso Dia das Bruxas. É tradição lá fora que crianças (e adultos) sigam pelas ruas fantasiadas batendo de porta em porta para pedir doces. Criada pelo povo celta séculos atrás, na véspera do Dia de Todos os Santos, a data é também uma boa desculpa para comer guloseimas. Aqui, docerias entram no clima com criações horripilantemente deliciosas, para pedir em casa ou provar in loco mesmo.
Ateliê Rafaela Panisset A doceira de Niterói vende macarons temáticos de múmia, abóbora, vampiro e outros personagens assustadores em sabores como doce de leite, limão e nozes (R$ 6,50 cada ou R$ 155,00 a caixa com 25). Para quem quiser montar uma mesa caprichada ou receber convidados, a dica é a caixa surpresa com um minibolo de brigadeiro e 16 bombons temáticos (R$ 200,00) ou o kit festa, para 5 pessoas (R$ 310,00): o pedido inclui um bolo de brigadeiro e cobertura de buttercream decorado, 10 bem-casados de doce de leite, 10 macarons e 25 docinhos. Ela entrega no Rio também. Encomendas até quinta (28): 97519-9055 (WhatsApp). Confira o site AQUI. Instagram: @rafaelapanisset
Casa Afagá De sexta (29) a domingo (31), a confeitaria terá uma programação especial de Halloween. No cardápio, criações como o bolo de fantasminhas com massa de laranja e recheio de ganache de chocolate de laranja e cream cheese (R$ 19,90 a fatia); o minibolo na lancheira com decorações temáticas, nos sabores redvelvet ou devil’scake (R$ 50,00 cada); cupcakes sangrentos de red velvet (R$ 8,40); e pumpkinspicelatte (R$ 12,40, 240ml), um café com leite e calda de abóbora. Além das delícias, a casa estará toda decorada e no sábado (30), às 18h, acontece um concurso de fantasias. O vencedor ganha R$100 reais em compras no local. Rua Uruguai 141 – Andaraí. Sex. esáb., das 10h30 às 20h. Dom., das 9h às 14h.
Louzieh Doces Finos Especializada em bolos e docinhos de casamento, Louzier Lessa criou uma linha temática para a data. São bombons de fantasminhas recheados de amendoim, de bruxas com Nutella e brigadeiros ao leite com chapéus de feiticeiro, entre outros. Cada docinho custa R$ 7,00 e a caixa com 35, decorada a caráter, sai a R$ 350. Rua Visconde de Pirajá, 444, loja 119, Ipanema. Encomendas: 99494-8667 e 3298-7213.
Raph’s Pâtisserie À frente do negócio, Raphaela Severiano Ribeiro criou uma edição especial de doces e bolos deliciosamente assustadores. Há brigadeiros (R$ 4,90) e cupcakes (R$ 18,90) decorados com chapéus de bruxa, monstrinhos e vassouras, além de nakedcakes: o spooky, de chocolate com três recheios, enfeitado com abóboras e olhinhos, custa R$ 370,00 (o médio). Encomendas: 99919-1326.Instagram: @raphspatisserie
Poison Donuts Nas bikes estacionadas no Méier, as concorridas rosquinhas ganham uma divertida edição especial de Halloween no domingo (31). Entre as sugestões, tem de múmia com recheio de creme bavarian, chocolate ao leite e chocolate branco; cemitério com creme e pedacinhos de Ovomaltine, chocolate ao leite e balas de minhoca; e Frankenstein com chocolate branco colorido, marshmallow e recheio de geleia de frutas vermelhas. Cada um custa R$ 8,00. Pausadas desde agosto, as entregas voltarão em breve. Rua Dias da Cruz, em frente ao nº 216; Rua Adriano, em frente ao nº 79, Méier. Seg. a sáb., a partir das 13h (até acabarem os donuts).
American Cookies Recém-chegada ao Shopping Nova América, a rede de Brasília especializada no biscoito americano serve, de sexta (29) a domingo (31), a sobremesa Ice Blood Cookie (R$ 14,90). Trata-se de um biscoito coberto por bola de sorvete com “vidros” de açúcar e calda sangrenta de frutas vermelhas. Av. Pastor Martin Luther King Júnior, 126, Del Castilho (Shopping Nova América). Seg. a sáb., das 10h às 22h. Dom., das 13h às 21h.
DIA DAS BRUXAS
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O Globo quarta, 27 de outubro de 2021
LIBERTADORES: VITÓRIA DO PALMEIRAS TRAZ DUAS GRANDES NOTÍCIAS
Análise: vitória do Palmeiras traz duas grandes notícias a um mês da final da Libertadores
Alta de Gustavo Scarpa e Luiz Adriano reencontrando o caminho das redes pode ser decisivo para o duelo diante do Flamengo, em Montevidéu
Marcello Neves
25/10/2021 - 23:31 / Atualizado em 26/10/2021 - 07:05
Faltando pouco mais de um mês para a final da Libertadores, o Palmeiras, aos poucos, vai reencontrando o caminho das vitórias. Nesta segunda-feira, bateu o Sport por 2 a 1 no Allianz Parque, mas a boa notícia vai além do resultado. O técnico Abel Ferreira está conseguindo resgatar duas peças que podem ser decisivas diante do Flamengo, no dia 27 de novembro, em Montevidéu: o meia Gustavo Scarpa e o atacante Luiz Adriano.
Antes, porém, precisa tomar cuidado com a desatenção. Um contra-ataque, e aos três minutos o Sport já estava em vantagem no placar: após roubada de bola, Luciano Juba foi lançado em profundidade, cruzou e viu Leandro Barcia chegar pela direita para finalizar e fazer 1 a 0, após a confirmação do VAR. Diante do Flamengo, ainda mais em uma final de Libertadores, pode custar (muito) caro.
É difícil fazer qualquer análise tática sobre a postura das equipes após o tento porque tudo fluiu de maneira pouco natural. O Sport se retrancou e o Palmeiras administrou a partida em um ataque contra a defesa. Mas individualmente, Scarpa e Luiz Adriano se mostraram boas opções.
Inicialmente, Abel seguiu com a opção pelas bolas em velocidade com Rony e Dudu — que levaram perigo, é verdade —, mas que em determinado momento se mostraram exageradas. A sensação de que faltava repertório foi evidente. Até que o segundo ponto de mudança entrou em campo: Gustavo Scarpa.
O meia foi um poço de criatividade que estava faltando nesta equipe do Palmeiras. Responsável por organizar jogadas, acertar bons passes e arriscar finalizações. Scarpa estar no banco com tantos atletas tendo caído de produção é algo que só Abel Ferreira pode explicar. Nesta segunda-feira, mostrou que ele pode ser importante em Montevidéu.
Scarpa, aliás, é o jogador da Série A com mais passes pra gol na temporada: 17 no total. O garçom deu assistência para Luiz Adriano marcar e só não teve a da virada de Felipe Melo computada porque Willian desviou no meio do caminho. Ainda sim, teve papel fundamental na vitória. Veja a lista de líderes de assistências da temporada:
Gustavo Scarpa - 17
Artur - 14
Arrascaeta e Vitinho (Flamengo) - 13
Hulk - 12
Aliás, Luiz Adriano ter marcado é o terceiro ponto importante para o Palmeiras. Nesta equipe que sente a falta de um finalizador, tê-lo de volta marcando gols é fundamental. Receber os aplausos da torcida ao ser substituído também é importante.
Falta um mês para a final da Libertadores e o Palmeiras tem problemas de sobra. Ainda sim, há a sensação de que um caminho está sendo traçado. Se vai dar certo ou não, fica a cargo de Abel Ferreira e da execução dos jogadores.
O Globo terça, 26 de outubro de 2021
ANA MARIA BRAGA: DIRETORA DO MAIS VOCÊ DETALHA ACIDENTE COM A APRESEENTADORA
Diretora do ‘Mais você’ detalha acidente de Ana Maria Braga
Ana Maria Braga (Foto: TV Globo)
Ana Maria Braga está internada desde ontem após sofrer uma queda em sua casa. Segundo a diretora geral do “Mais você”, Vivi De Marco, o acidente ocorreu logo após Ana Maria acordar:
- Ela acordou ontem e desceu para a cozinha, onde escorregou e caiu. Bateu forte a cabeça, e, por isso, os filhos foram logo com ela para fazer uma tomografia. O Dr. Buzaid (médico) foi vê-la no fim do dia e viu que a pressão estava baixa, então ela está lá em observação e tomando os remédios necessários – conta Vivi, ressaltando que ela está com o corpo dolorido, mas bem.
Questionada sobre uma previsão de retorno da apresentadora ao “Mais você”, a diretora afirma:
- Vamos ver se a gente consegue segurá-la em casa esta semana.
Fabricio Battaglini e Talitha Morete apresentaram o programa nesta segunda-feira e falaram sobre o acidente de Ana Maria logo no início.
- A Ana levou um tombo em casa ontem, mas felizmente está tudo bem e ela fez questão de mandar um recado pedindo pra que a gente explicasse tudo muito bem - disse Fabricio.
Talitha acrescentou:
- Eu já começo mandando um beijo pra Ana que está assistindo a gente lá do hospital, onde ficou internada pra ficar em observação. Ela caiu na cozinha, chão escorregadio. A cozinha é o local da casa onde mais acontecem quedas! E nesse momento ela bateu a cabeça. E com isso não se brinca. Esse é um acidente doméstico muito comum.
Battaglini, então, concluiu:
- Quedas são comuns em qualquer fase da vida. A Ana não fraturou nada e nem se cortou, mas era preciso um exame mais minucioso, então ela fez uma tomografia. E, mesmo assim, o Dr. Buzaid, que chegou ao hospital só no fim da tarde, achou melhor mantê-la em observação. Eu também mando um beijo pra você, Ana. Nós estamos aqui desejando que você se recupere logo".
O Globo segunda, 25 de outubro de 2021
GASTRONOMIA: HOJE É DIA DO MACARRÃO - SAIBA ONDE COMEMORAR
Hoje é Dia do Macarrão: saiba onde comemorar
Sugestões à moda italiana, à moda oriental, em versões veganas ou no delivery – façam as suas apostas
O Globo
25/10/2021 - 09:45 / Atualizado em 25/10/2021 - 09:50
Em 1995, Roma, capital da Itália, abrigou o primeiro Congresso Mundial do Macarrão. No encontro de grandes fabricantes foi sacramentada a data festiva: 25 de outubro tornou-se o Dia do Macarrão. Presente nas culturas mais diversas mundo afora, a massa teria surgido na China (há registros de até dois séculos antes de Cristo), mas ganhou nova nacionalidade a partir do século XIII, trazida para a Itália pelo viajante Marco Polo. Hoje, é patrimônio mundial. Conheça a seguir 16 sugestões para saborear a data em grande estilo.
É MASSA!
DA ITÁLIA
Alloro al Miramar De frente para a Praia de Copacabana, o chef Michele Petenzi, italiano da Lombardia, oferece opções variadas para celebrar o Dia do Macarrão. Três atraentes dicas do cardápio são rigatoni com molho de tomate, ricota fresca, berinjela e parmesão (R$ 59), linguine com vôngoles, bottarga e limão (R$ 72) e tagliatelle com ragu à bolonhesa (R$ 66). Avenida Atlântica, 3668, Copacabana (Miramar Hotel by Windsor) - 2195-6213. Seg. a sex., do meio-dia às 23h. Sáb. e dom., das 12h30 às 23h.
Babbo Osteria Na cozinha do Laguiole, o chef conquistou uma cobiçada estrela no Guia Michelin. Agora, tem um restaurante para chamar de seu: na recém-inaugurada Babbo Osteria, as massas são preparadas com ingredientes frescos e um toque afetivo de casa da nonna. São bons resultados dessa combinação o Pomodoro & burrata (R$ 49), reunião de espaguete ao molho pomodoro, basílico e burrata; e o Funghi & tartufo (R$ 74), nhoque de batata dourado com cogumelos e salsa de trufas. Rua Barão da Torre, 632, Ipanema. Seg. a qua., do meio-dia às 16h e das 19h às 23h. Qui., do meio-dia às 16h e das 19h à meia-noite. Sex. e sáb. do meio-dia às 16h e das 19h à 1h. Dom., do meio-dia às 18h.
Cantina da Praça O reduto de massas frescas em frente à Praça General Osório tem cozinha comandada pelo chef Rogerio Germano. Pelo salão, decorado com utensílios de cozinha e uma bandeira da Itália, entre outras curiosidades, desfilam receitas como o calderone di Fettucine ao formagio, massa preparada na panela de parmesão, flambada e servida com creme fresco (R$ 49), e o Tagliolini Verdi, massa de espinafre gratinada com presunto de Parma e creme de leite, perfumados por azeite trufado (R$ 59). Rua Jangadeiros, 28, Ipanema - (21) 32589540 e (21) 980290083 (Goomer e Whatsapp). De dom. a qui., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia à 1h. iFood
D’Amici A conhecida matriz, no Leme desde 1999, ganhou uma irmã caçula na Barra, aos cuidados do chef Jessé Valentim – com passagem pelo Grupo Fasano e uma temporada de aprimoramento profissional na região italiana da Úmbria. Nos dois endereços, as dicas para festejar o Dia do Macarrão são Parppadelle com Gamberi al vino bianco (R$ 105), massa artesanal com camarões ao vinho branco, e Ravioli di burrata (R$ 83), massa artesanal recheada de burrata ao molho de tomates frescos e manjericão. Rua Antônio Vieira, 18, Leme - (21) 2543-1303. Seg. a sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom., do meio-dia às 21h. Rua Aléssio Venturi, Barra da Tijuca - (21) 3796-5738 e (21) 99001-7774. Ter. a sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom., do meio-dia às 19h.
Da Brambini Endereço conhecido na orla do Leme, a casa completou três décadas de vida em agosto. Massas à italiana são a especialidade local. Entre as diversas opções no cardápio, a receita de Fusilli integral com brócolis (R$ 61) foi a primeira sugestão vegetariana do restaurante. Outras pedidas: Capellini com camarões, rúcula e tomate seco (R$ 106), Papardelli ao molho de açafrão com camarão e abobrinha (R$ 108), Espaguete com vôngoles (R$ 90), Espaguete com lagostins e camarões (R$ 106), Penne ao molho de salmão, flambado na vodca (R$ 79), Farfalle com tiras de filé no seu próprio molho (R$ 76) e Rigatoni alla Norma, ao molho de tomates, berinjela e ricota defumada (R$ 76). Av. Atlântica, 514B, Leme - 2275-4346. Dom. a qui., do meio-dia às 23h. Sex. e sáb., do meio-dia à meia-noite.
Gero Hoje instalada à beira-mar, no térreo do Hotel Fasano, o restaurante aos cuidados do chef Luigi Moressa oferece requintadas receitas de massa. É o caso do penne com bacalhau, tomate fresco, alcaparra e azeitonas pretas (R$ 128) e do spaghetti alla carbonara, preparado com parmesão, guanciale (bochecha de porco) e gema de ovo (R$ 102). Av. Vieira Souto, 80, Ipanema (Hotel Fasano Rio de Janeiro) - 21 3202-4000. De seg. a qui., do meio-dia às 15h e das 19h às 23h. Sex. e sáb., do meio-dia às 16h das 19h à meia-noite. Dom., do meio-dia às 22h.
Giuseppe Grill Leblon Em homenagem ao italiano Giuseppe, negócio mais antigo do restaurateur Marcelo Torres, a casa de carnes no Leblon tem a seção “Paste Giuseppe”. Nessa ala, um destaque requisitado é o spaghetti per Mariana (R$ 96), receita de massa fresca e camarões médios puxados no alho e no azeite, misturada a rúcula, pimenta dedo-de-moça e molho de mascarpone. Av. Bartolomeu Mitre, 370, Leblon - 2249-3055 e 99591-5277 (whatsapp). Seg. a qui., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 23h.
Grado Nos dois andares da casa charmosa no Jardim Botânico, o chef Nello Garaventa prepara de forma artesanal e diariamente as massas frescas servidas no seu menu de três cursos. Na etapa principal aparecem sugestões como o tonnarelli com cavaca, massa longa fresca com açafrão preparada com martini e molho de três tomates com o crustáceo; e o pappardelle (mais largo) com ragu de bochecha de boi e fonduta de parmesão. O menu fechado, com entrada, prato e sobremesa, custa a partir de R$ 184,00. Rua Visconde de Carandaí, 31, Jardim Botânico - 99435-8386. Ter. a sex., das 19h às 23h. Sáb., das 12h30 às 16h30 e das 19h às 23h. Dom., das 12h30 às 17h.
Mortadella's Surgido no Flamengo e recentemente transferido para o bochicho de Botafogo, o negócio do chef Thiago Freitas inspira-se no próprio nome para sugerir uma pedida de Dia do Macarrão: no Carbonara de mortadela (R$ 32,90), o preparo clássico tem o guanciale, a bochecha de porco, substituído pelo carro-chefe local. Rua Arnaldo Quintela, 51 loja B, Botafogo - 3264-7848. Ter. a qui. e dom., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia às 2h.
Nido Ristorante Rudy Bovo, o chef veneziano que toca os trabalhos neste endereço no Leblon, sugere o spaghetti ala gricia (R$ 72). A receita leva pecorino romano, pimenta-do-reino e guanciale (tipo de bacon italiano não defumado feito com bochecha de porco). Avenida General San Martin, 1011, Leblon - 2512-9021 / 2259-7696/ 99677-0523/ 98211-0841. Ter. e qua., das 19h às 23h59. Qui. e sex., do meio-dia às 16h e das 19h às 23h59. Sáb., do meio-dia às 23h59. Dom., do meio-dia às 20h.
DO ORIENTE
Kimura Com dois endereços na cidade, o restaurante de culinária japonesa participa dos festejos do Dia do Macarrão com uma temporada de yakissobas, de segunda, 25 de outubro, ao dia 31. As novidades no cardápio são seis variações em torno da receita. A lista inclui os preparos de camarão (R$ 38,32), de salmão (R$ 36,72) e de frutos do mar (R$ 40,72), com macarrão temperado, legumes, camarão, lula e salmão. Rua Gonzaga Bastos, 56, Tijuca – 3173-7003. De seg. a qui., do meio-dia às 23h30. Sex. e sáb., do meio-dia à 0h30. Av. Pastor Martin Luther King Júnior, 126 - Loja 154, Del Castilho (Shopping Nova América) – 3173-7003. Seg. a sáb., do meio-dia às 23h. Dom., do meio-dia às 21h.
Yusha Comandante da rede Best Fork – Giuseppe Grill, Nolita, Xian –, o restaurateur Marcelo Torres levou à Barra este negócio de inspiração japonesa, com abertura para outras escolas da gastronomia asiática. No Dia do Macarrão, as pedidas são o Pad thai (R$ 136) e o Yakissoba de carne (R$ 58). O primeiro, um clássico tailandês, é preparado com massa de arroz, camarões VG, ovos, amendoim e molho apimentado. Para finalizar, brotos de coentro. Representante do Japão, o Yakissoba leva massa tradicional com molho oriental, mix de legumes e carne bovina em lâminas. Av. das Américas, 3900, Barra da Tijuca (shopping VillageMall) - 3553-3421. Seg. a sáb., do meio-dia às 23h. dom., do meio-dia às 22h.
VEGETARIANOS
Teva Daniel Biron é o chef à frente do negócio definido como um “restaurante e bar de vegetais”. Para celebrar a data, a sugestão de prato principal no cardápio é o espaguete de palmito pupunha, preparado com cogumelos sauté, molho de castanha de caju e alho negro, ervilhas e azeite trufado. A receita é servida por R$ 64. Av. Henrique Dumont, 110, loja B, Ipanema – 3253-1355 e 21 99150-6044. Ter. a sex., do meio-dia às 16h e das 18h à meia-noite. Sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom., do meio-dia às 22h.
Vegan Vegan Tradicional no ramo vegano da gastronomia, a casa funciona há quase duas décadas em uma sossegada transversal à Rua Real Grandeza. À frente do negócio desde o início, a chef e nutricionista Thina Izidoro apresenta uma receita de massa sem glúten, novidade no cardápio de primavera-verão: o penne ao molho de castanha defumado, acompanhado de creme de castanha de caju, é finalizado com tofu defumado e raspinhas de limão (R$ 44,90). Rua Hans Staden, 30, Botafogo - 2286-7078. Seg. a sáb., das 11h30 às 15h.
SÓ NO DELIVERY
Malu Mello À frente do frente do catering que leva seu nome, a chef Malu Mello prepara massas sob encomenda. Entre os mais pedidos do catering, o ravióli ao molho napolitano ganha um toque de manteiga de ervas e nozes na finalização (R$ 140, porção para duas pessoas). Encomendas: WhatsApp (21) 98195-8805 ou direct no Instagram @malucmello_catering
Vó Vidal O “seu” Vidal, ou Silvério, fundador da confeitaria Itajaí e avô dos irmãos Pedro e Ana Luiza Vidal, deu cara à sanduicheria fundada pela dupla. Agora a vez é da avó Izabel, matriarca da família e inspiração para o negócio exclusivo de delivery. Aberta no início do ano, a Vó Vidal tem, na ala das massas, pedidas como o Talharim aos 3 queijos (R$ 38,90), finalizado com alho confit, o Talharim à bolonhesa (R$ 37,90), com tomate-cereja, alho confit e manjericão, e o Penne picadinho (R$ 39,90), com picadinho de carne ao molho de vinho e farofa panko de alho. Delivery: 3439-7719 (Zona Sul) e 3259-7692 (Barra da Tijuca) ou pelo iFood. @vo.vidal
O Globo domingo, 24 de outubro de 2021
FUTEBOL: FLUMINENSE TRANSFORMA 2021 NO ANO COM MAIS VITÓRIAS SOBRE O FLAMENGO
Fluminense transforma 2021 no ano com mais vitórias sobre Flamengo na história do clássico
Tricolor venceu quatro partidas oficiais pela primeira vez ao derrotar o Rubro-Negro neste sábado
Marcello Neves
23/10/2021 - 20:57 / Atualizado em 23/10/2021 - 22:28
A rivalidade entre Fluminense e Flamengo ganhou mais um importante capítulo neste sábado, após a vitória tricolor no Maracanã por 3 a 1. Isso porque nunca na história o Fluminense venceu tantas vezes o rival rubro-negro em jogos oficiais em um mesmo ano como em 2021: foram quatro triunfos no total.
Ao todo, os quatro jogos são válidos pelo Brasileiro de 2020, o Campeonato Carioca de 2021 e os dois jogos do Brasileiro de 2021. Tal situação só foi possível porque o calendário foi alterado devido aos adiamentos por causa da pandemia da Covid-19.
RENATO GAÚCHO: O CRAQUE, O TÉCNICO, O CARIOCA DE ALMA E OFÍCIO
Em 2021, o placar é de 4 a 1 para o Fluminense. Além das quatro triunfos já citados, o rubro-negro venceu a partida de volta do Campeonato Carioca. Também houve empate na ida da final do Estadual.
O Globo sábado, 23 de outubro de 2021
GASTRONOMIA: CURRY JAPONÊS
Receitas de Curry japonês: cinco endereços para provar a iguaria
Celebrado no Japão, o karê, versão nipônica do curry indiano, é servido aqui na sua forma mais conhecida, uma espécie de cozido, mas também em outras saborosas opções
Carol Zappa
22/10/2021 - 11:33 / Atualizado em 22/10/2021 - 12:42
Entre os pratos mais populares e apreciados na culinária japonesa, o karê é uma adaptação do curry de origem indiana, amplamente difundido na Ásia. Seu preparo mais conhecido é em forma de ensopado, típica comida afetiva das famílias nipônicas – estima-se que, em média, uma pessoa consuma 73 pratos com curry por ano no Japão. Ou seja, ele está presente nas mesas japonesas mais de uma vez por semana. Mistura de ervas e especiarias, o condimento foi introduzido na terra do sol nascente na Era Meiji (1869-1913) por comerciantes ingleses e, ao longo dos anos, foi sendo adaptado ao estilo japonês – mais grosso, um pouco menos picante e preparado com carne de porco e vegetais. Quentinhas e reconfortantes, as tradicionais receitas à base da iguaria – ideais para esses dias mais friozinhos que teimam em se demorar na primavera carioca – estrelam dois festivais e inspiramvariações irresistíveis pela cidade. No Azumi, a chef e proprietária Alissa Ohara promove o Mês do Karê, em parceria com representantes do governo japonês no Brasil. Normalmente, ela costuma preparar a cada fim do mês uma panelada de karê, que rende 20 porções, mas em outubro a produção tem sido diária. - O curry é o prato mais democrático do Japão. Meus pais faziam sempre em casa, se sentiam confortáveis. Existem até casas especializadas só em curry lá – conta Alissa, filha do fundador do restaurante, Isao Ohara. Recém-aberto, o sushibar do supermercado Zona Sul do Jardim Botânico foge do trivial ao oferecer pratos quentes e especialidades menos batidas. Neste fim de semana, sábado, 23, e domingo, 24 de outubro, o chef Carlos Ohata realiza um Festival de Karê em quatro versões. Saiba onde mais provar a receita japonesa.
AZUMI Na casa em Copacabana, espécie de embaixada gastronômica do Japão, Alissa Ohara oferece um menu especial até o fim de outubro. Versão mais conhecida, o Karê raisu (que é o curry com arroz, verduras e carne de porco ou de boi) ganha releitura com milanesa de porco, o Tonkatsucurry (R$ 65,00). Há ainda variações, como o Ebi furai curry (R$ 75,00), preparado com arroz, curry de vegetais, porco e cinco milanesas de camarão, e o Torikara age curry (R$ 60,00), no qual o curry com arroz é acompanhado de frango frito no gengibre. Rua Viveiros de Castro, 127, Copacabana – 2295-1098 e 98169-1879. Ter. a qui., das 19h às 23h. Sex. a dom., do meio-dia às 16h e das 19h às 23h.
HARU SUSHI BAR Pequenino e nada ordinário, o restaurante meio escondido em Copacabana se esmera em preservar a cultura nipônica em receitas que buscam referência nas tradições. O karê aparece por lá na versão original, com arroz, carne de porco e vegetais (R$ 36,90), e em forma de tonkatsu, com os mesmos ingredientes, mas com a carne suína empanada (R$ 48,00). No delivery, ele entra no recheio do korokke, um croquete de ragu de porco com batata (R$ 20,90, duas unidades), mas também pode ser preparado no salão, a pedidos. Rua Raimundo Correia, 10, Copacabana – 2547-6867. Ter. a dom., do meio-dia às 23h30.
NAGA No elegante endereço de alta gastronomia, o condimento japonês tempera uma entradinha vegetariana: o tofu à milanesa (R$ 28,00) traz cubos do “queijo” de soja com curry empanados na farinha panko e servidos com molho tonkatsu. Avenida das Américas, 3900, loja 302, Barra (Village Mall) – 3252-2698. Seg. a sáb., do meio-dia às 23h. Dom.,do meio-dia às 22h.
KITCHEN ASIAN FOOD De frente para a Baía de Guanabara, o asiático contemporâneo na Marina da Glória comandado pelo nipo-carioca Nao Hara oferece opções cruas e pratos quentes. Da segunda ala, o salmão cozido em baixa temperatura com especiarias é servido sobre leite de curry amarelo com mix de pimentões (R$ 75,00). Av. Infante Dom Henrique, S/N, Glória – 4042-6161 e 98685-5555. Seg. a qui., do meio-dia às 23h. Sex. e sáb., do meio-dia às 23h30. Dom., do meio-dia às 21h.
SUSHIBAR DO ZONA SUL Novidade no supermercado Zona Sul da Pacheco leão, no Jardim Botânico, o sushibar é comandado pelo experiente chef Carlos Ohata, que passou por casas como Minimok, Soy e Nakombi, em São Paulo. No sábado (23) e no domingo (24), a partir das 11h, ele oferece quatro versões do autêntico karêraisu, acompanhadas por arroz branco japonês e gengibre em conserva: com frango ou porco empanado (R$ 39,00 cada), carne bovina ou camarão (R$ 45,00 cada). Rua Pacheco Leão, 16, Jardim Botânico. Sáb., das 11h às 22h. Dom., das 11h às 20h.
O Globo sexta, 22 de outubro de 2021
BRANDON LEE: COMO FOI O TIRO ACIDENTAL QUE MATOU O ATOR DURANTE A GRAVAÇÃO DE O CORVO
Brandon Lee: Como foi o tiro acidental que matou o ator durante gravação de 'O corvo'
Faltavam apenas três dias para o fim das gravações do filme "O corvo". Brandon Lee já tinha atuado em quase todas as suas cenas quando, no dia 31 de março de 1993, uma tragédia aconteceu. Naquela quinta-feira, o filho do mestre das artes marciais Bruce Lee rodaria uma sequência de flashback mostrando o momento em que seu personagem, o herói gótico Eric Draven, entra num apartamento e flagra sua noiva sendo espancada e estuprada por bandidos.
No filme, baseado na HQ de mesmo nome, Draven é um músico assassinado que retorna ao mundo dos vivos para se vingar da sua morte e de sua amada. Portanto, a cena do flashback é crucial para a história. Durante a ação, o protagonista deveria ser alvejado e morto por um criminoso interpretado pelo ator Michael Massee, usando um revolver Smith & Wesson calibre 44 carregado com balas de festim. Foi nesse momento em que ocorreu algo inesperado.
É muito comum, em sets de filmagem o uso de armas verdadeiras com balas de festim, que são cartuchos sem projétil com uma quantidade de pólvora duas vezes maior do que o normal, para gerar um efeito de impacto. Entretanto, a equipe de produção do filme havia carregado o revólver com balas falsas, das quais os profissionais haviam removido a pólvora para que, se a arma fosse filmada de perto, a munição pareceria de verdade. Porém, a equipe se esqueceu de remover uma parte da base da bala chamada primer, que funciona como um isqueiro, promovendo a igninção da munição. Este pode ter sido o maior erro envolvido.
Em algum momento antes da cena do tiro, o revólver foi acionado. Ainda que não houvesse pólvora, a ponta perfurante foi separada do casing, ou seja, do corpo da bala, e ficou presa no cano do revólver. Antes da gravação do flashback, quando o personagem deveria levar um tiro a quatro metros de distância, o Smith & Wesson foi carregado com balas de festim, que contam com o primer e um volume grande de pólvora.
Acontece que a produção não verificou a arma com cuidado e, portanto, quando Michael Massee puxou o gatilho, a bala de festim foi acionada e projetou a ponta da bala que tinha ficado presa no cano com a mesma força de um tiro normal, alvejando Brandon Lee no abdôme.
O Globo quinta, 21 de outubro de 2021
ESCRITORA MOÇAMBICANA PAULINA CHIZIANE VENCE O PRÊMIO CAMÕES
Escritora moçambicana Paulina Chiziane vence Prêmio Camões: 'É o resultado de muita luta'
Autora é publicada no Brasil pela Companhia das Letras e pela Dublinense; júri destacou preocupação de seus livros com 'os problemas da mulher moçambicana e africana'
Ruan de Sousa Gabriel
20/10/2021 - 14:08 / Atualizado em 20/10/2021 - 15:45
A escritora moçambicana Paulina Chiziane, de 66 anos, venceu a 33ª edição do Prêmio Camões, a mais prestigiosa honraria conferida a escritores lusófonos, patrocinada pelos governos do Brasil e de Portugal. O anúncio foi feito pela Biblioteca Nacional no início da tarde desta quarta-feira (20). O último brasileiro a levar o Camões foi Chico Buarque, em 2019.
Composto por seis intelectuais lusófonos — Jorge Alves de Lima e Raul Cesar Gouveia Fernandes (Brasil), Carlos Mendes de Souza e Ana Maria Martinho (Portugal), Tony Tcheka (Guiné-Bissau) e Teresa Manjate (Moçambique) —, o júri destacou o "reconhecimento acadêmico e institucional" que a obra de Chiziane tem recebido, a preocupação de seus livros com "os problemas da mulher moçambicana e africana" e a "construção de pontes entre a literatura e outras artes". A escritora receberá um prêmio de 100 mil euros, divididos entre os governos do Brasil e de Portugal.
OS 13 ESCRITORES BRASILEIROS GANHADORES DO PRÊMIO CAMÕES
João Cabral de Melo Neto (1990)
O poeta João Cabral de Melo Neto foi o primeiro brasileiro a ganhar o Prêmio Camões de Literatura, em 1990, já na segunda edição. Seu primeiro livro, “Pedra do Sono”, foi escrito em 1942. Sua obra mais conhecida é “Morte e Vida Severina”, de 1966
Rachel de Queiroz (1993)
Rachel de Queiroz, a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1977, foi também a primeira a ganhar o Prêmio Camões, em 1993. Entre suas muitas obras estão “O Quinze” e “Memorial de Maria Moura”. Além de romancista, teve também prolífica carreira como tradutora e jornalista.
Jorge Amado (1994)
O baiano Jorge Amado, um dos autores mais adaptados para televisão, cinema e teatro no Brasil, foi premiado em 1994. São dele obras populares como “Dona Flor e seus dois maridos”, “Tieta do agreste“, “Gabriela, cravo e canela”, “Teresa Batista cansada de guerra” e “Tenda dos milagres”.
Antonio Candido (1998)
O intelectual e estudioso de literatura Antonio Candido de Mello e Souza ganhou o Camões em 1998. Sua principal obra é “Formação da literatura brasileira”.
Autran Dourado (2000)
Autor de “Ópera dos mortos” e “A barca dos homens”, Autran Dourado recebeu o Prêmio Camões em 2000. Além de romancista, Autran escreveu ainda contos, ensaios e obras de crítica literária.
Rubem Fonseca (2003)
Criador do personagem Mandrake e um dos mais populares escritores de contos do país, Rubem Fonseca foi homenageado com Prêmio Camões em 2003. Entre seus romances, os mais conhecidos são "O Caso Morel", "Bufo & Spallanzani" e "Agosto".
Lygia Fagundes Telles (2005)
A escritora paulista Lygia Fagundes Telles ganhou o Camões em 2005. Hoje com 89 anos, é autora dos romances “Ciranda de pedra” e “As meninas”.
João Ubaldo Ribeiro (2008)
O advogado, escritor, jonalista, roteirista e professor João Ubaldo Ribeiro foi o vencedor em 2008. É autor de obras populares como “Sargento Getúlio“, “O Sorriso do lagarto“, “Casa dos budas ditosos“ e “Viva o povo brasileiro”.
Ferreira Gullar (2010)
O poeta Ferreira Gullar, um dos fundadores do neoconcretismo, foi agraciado com o Prêmio Camões em 2010. Uma das principais figuras da literatura nacional desde a década de 1950, ganhou no ano passado o Prêmio Jabuti de Ficção pelo livro “Em alguma parte alguma“.
Dalton Trevisan (2012)
Em 2012 foi a vez de Dalton Trevisan, o recluso escritor curitibano, um dos principais contistas do Brasil, autor de mais de 40 obras, como "O vampiro de Curitiba", "Pico na veia", "Cemitério de elefantes" e o recente "O anão e a ninfeta".
Alberto da Costa e Silva (2014)
O poeta, diplomata e historiador brasileiro Alberto da Costa e Silva, um dos principais especialistas na cultura e na história da África, recebeu o prêmio em 2014. Suas missões diplomáticas no continente permitiram obras como “A enxada e a lança: a África antes dos portugueses” (1992) e “A manilha e o libambo: a África e a escravidão” (2002).
Raduan Nassar (2016)
Raduan Nassar, autor dos romances "Lavoura arcaica" e "Um copo de cólera", foi escolhido por unanimidade pelo júri do Prêmio Camões de 2016. No início dos anos 80, abandonou a literatura e passou a se dedicar à agricultura.
Chico Buarque (2019)
Chico Buarque, autor dos romances "Leite derramado" e "Budapeste", foi escolhido por unanimidade na edição de 2019. Além de seus livros, o júri levou em consideração as letras de suas músicas - fato inédito na história do prêmio.
Chiziane foi a primeira escritora moçambicana a publicar um romance e é um das autoras africanas mais conhecidas internacionalmente. No Brasil, ela tem livros publicados pela Companhia das Letras ("Niketche") e pela Dublinense ("O alegre canto da perdiz"). "Niketche" acomapanha a trajetória de Rami, que, após descobrir que o marido tem várias amantes, decide conhecer cada uma delas. Já "O canto alegre da perdiz" retrata a vida atribulada de Delfina, dividida entre um marido negro e um amante branco. Ao GLOBO, Chiziane disse que recebeu a notícia do Camões com "espanto".
— Não contava com isso. Recebi a notícia e disse: "Meu Deus! Eu já não contava com essas coisas bonitas!" É muito bom. Esse prêmio é resultado de muita luta. Não foi fácil começar a publicar sendo mulher e negra — diz ela, que é a primeira mulher africana a ganhar o Camões. — Depois de tantas lutas, quando achei que já estava tudo acabado, vem esse prêmio. O que eu posso dizer? É uma grande alegria.
Pioneira
Nascida em 1955, em Maputo, numa família protestante onde se falava diversas línguas, como chope e ronga, Chiziane aprendeu português numa escola católica. Estudou linguística na Universidade Eduardo Mondlane, mas não chegou a se formar.
Nos anos 1970, participou ativamente da Frente de Libertação de Moçambique (Fremilo), que lutava contra o domínio colonial português. Abandonou a política em favor da literatura após se desiludir comos rumos tomados pelo Fremilo após a independência, conquistada em 1975.
Chiziane começou a publicar contos na imprensa em 1984. Em 1990, lançou seu primeiro romance, "Balada de amor ao vento", ainda inédito no Brasil. Seus livros discutem temas como a poligamia na cultura moçambicana e os conflitos civis que se sucederam à independência. Em 2016, anunciou sua intenção de abandonar a literatura.
— Nem sabia que "Balada de amor ao vento" era um romance. Para mim, era só uma história — conta.
Além do prêmio em dinheiro, o vencedor do Prêmio Camões recebe um diploma assinado pelos presidentes do Brasil e de Portugal. Até hoje, Chico Buarque não recebeu seu diploma. À época, o presidente Jair Bolsonaro deixou claro que a assinatura não era uma prioridade: “Eu tenho prazo? Então 31 de dezembro de 2026, eu assino”. Chico, inimigo do bolsonarismo, comemorou: "Ganhei o segundo Camões". Segundo a Biblioteca Nacional, Chico já recebeu o dinheiro, mas a cerimônia, marcada inicialmente para o 25 de abril do ano passado (feriado da Revolução dos Cravos em Portugal) foi desmarcada duas vezes devido à pandemia e deve ocorrer em 2022. Não se sabe se Bolsonaro vai ou não assinar o diploma de Chico.
O Prêmio Camões de Literatura foi criado em 1988, pelos governos brasileiro e português, com o objetivo de consagrar um autor de língua portuguesa cuja obra tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural lusófono. A tradição manda alternar a premiação entre autores brasileiros, portugues e luso-africanos. No ano passado, o premiado foi o português Vítor Manuel de Aguiar e Silva. Em 2022, o Camões deve ser concedido um brasileiro.
Ao longo de 33 edições, o prêmio contemplou nomes como Antonio Lobo Antunes, Mia Couto e José Saramago, além dos brasileiros Jorge Amado, Autran Dourado, João Cabral de Mello Neto, Rubem Fonseca, João Ubaldo Ribeiro, Ferreira Gullar, Alberto Costa da Silva e Raduan Nassar.
O Globo quarta, 20 de outubro de 2021
MULHERES DE TRADICIONAL FAMÍLIA CARIOCA COMANDAM PRODUÇÃO DE CACHAÇA ORGÂNICA
Mulheres de tradicional família carioca comandam produção de cachaça orgânica no interior do Rio
Localizada na Fazenda das Palmas, a Pindorama começou a fazer sucesso inicialmente na Inglaterra, na Espanha e em Portugal, onde a família carioca possui uma quinta e passa grande parte do ano
Joana Dale
20/10/2021 - 03:30 / Atualizado em 20/10/2021 - 09:10
Luiza e Joana Almeida Braga, mãe e filha, nunca foram grandes consumidoras de bebida alcoólica. Uma tacinha de champanhe numa festa ou uma caipirinha num almoço especial, e olhe lá. Mas, agora, as duas comandam a produção da cachaça que está dando o que falar aqui e lá fora. A Pindorama (primeiro nome do Brasil, que significa terra das palmeiras em tupi-guarani) começou a fazer sucesso inicialmente na Inglaterra, na Espanha e em Portugal, onde a família carioca possui uma quinta e passa grande parte do ano. Só há poucos meses chegou a endereços do eixo Rio-São Paulo. “Nunca tinha tomado um copinho de cachaça na vida, até minha caipirinha era de vodca”, conta Luiza. Joana emenda: “O fato é que os brasileiros não valorizam a cachaça. Queremos mudar esse quadro com um produto de alto nível”.
A história começou uma década atrás, quando o banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, que morreu em janeiro, aos 94 anos, adquiriu a centenária Fazenda das Palmas, no interior do Rio, e a família descobriu que havia um alambique na propriedade. E não era um alambique qualquer, era o segundo mais antigo do Rio. A estrutura foi totalmente reformada, a cana-de-açúcar começou a ser plantada e a cachaça, destilada. “Foi o último projeto de que o Braga participou ativamente, então guardamos carinho especial. Ele gostava de uma caipirinha de limão com cachaça”, comenta a viúva.
Atualmente, são produzidos 20 mil litros no caldeirão original do alambique da Fazenda das Palmas, propriedade aberta a visitação e hospedagem. A plantação de cana é em regime de agrofloresta. Grande parte continua indo para a Europa. No Rio, está nos bares dos hotéis Fasano e Arpoador e no quiosque Delamare, na Praia de Ipanema. Até o fim do ano, a família pretende lançar a versão envelhecida.
O Globo terça, 19 de outubro de 2021
GLÓRIA MENEZES CELEBRA ANIVERSÁRIO EM CASA, AO LADO DOS FILHOS
Glória Menezes celebra aniversário em casa, ao lado dos filhos: 'Bem, graças a Deus'
Atriz, que completa 87 anos, segue no Rio de Janeiro; a amigos e familiares, ela ainda não comenta sobre a cerimônia que deseja realizar para Tarcísio Meira
O Globo
18/10/2021 - 23:01
Glória Menezes vai comemorar o aniversário, nesta terça-feira (19/10), ao lado dos três filhos — Tarcísio Filho, de seu casamento com Tarcísio Meira, e João Paulo Brito e Maria Amélia Brito, frutos do antigo relacionamento com Arnaldo Brito. A atriz, que completa 87 anos, celebrará a data com um almoço em família, dentro de casa.
Desde agosto, Glória vive na residência que mantinha com o marido na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Devido à pandemia de Covid-19, ela quase não sai de casa. De acordo com Tadeu Lima, assistente pessoal da atriz, Glória ainda não comenta sobre a ida ao sítio da família, no interior de São Paulo, onde ela deseja homenagear Tarcísio e lançar as cinzas do marido.
— Ela está bem, graças a Deus — afirma Tadeu, acrescentando que a atriz já lida de maneira mais tranquila com a tristeza profunda pela perda do marido, vítima do coronavírus.
Luta contra Covid
Tarcísio Meira morreu em agosto, aos 85 anos, após cinco dias internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em tratamento contra a Covid-19. Glória Menezes, atriz com quem ele foi casado por 59 anos, também foi internada no mesmo hospital, mas com sintomas leves. Os dois se casaram em 1962 e, em 1964, tiveram seu único filho, Tarcísio Filho.
TARCÍSIO MEIRA E GLÓRIA MENEZES: O CASAL DA TV BRASILEIRA
Dois meses após a morte de Tarcísio, Glória Menezes segue uma rotina tranquila ao lado da prole. A atriz costuma dar voltas pelo condomínio onde reside e eventualmente vai ao salão de beleza. Ela não comenta com ninguém sobre a possibilidade de voltar a trabalhar.
— Às vezes ela chora, às vezes toca no nome dele (de Tarcísio), lembrando coisas, dizendo que "a esta hora ele estaria ali sentado fazendo isso e aquilo". Tudo está muito vivo na memória — afirmou Tadeu, em relato recente ao GLOBO.
O Globo segunda, 18 de outubro de 2021
GASTRONOMIA: CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE FESTIVAIS DE GASTRONOMIA PELO BRASIL
Confira a programação de festivais de gastronomia pelo Brasil; hoje começa o Fartura, que nasceu em Minas
Agenda tem eventos em grandes capitais e também em lugares menores, como Paraty e Arraial d'Ajuda
O Globo
16/10/2021 - 10:02
Preparem os garfos. As próximas semanas estão recheadas de festivais gastronômicos para agradar a todos os paladares em diversas regiões do país, com reconhecidos chefs nacionais e locais. A programação é um convite para pegar a estrada e partir em um roteiro de novos sabores. Confira.
Reunindo 120 chefs brasileiros em restaurantes de Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre, Belém, Brasília e Fortaleza, o Festival Fartura Gastronomia Du Brasil propõe um intercâmbio de experiências e sabores de todo o país.
Grandes nomes como Renata Vanzetto (Ema), Carla Pernambuco (Carlota), Mara Salles (Tordesilhas), Tássia Magalhães (Nelita), Rodrigo Oliveira (Balaio), Morena Leite (Capim Santo), Luiz Filipe Souza (Evvai), Felipe Schaedler (Banzeiro) e Marcelo Corrêa Bastos (Lobozó) abrirão suas cozinhas para chefs convidados, com quem assinam menus criados com exclusividade para o evento, nos dias 20, 21, 22 e 23.
Carolina Daher, curadora do Fartura Brasil, destaca que o festival celebra a diversidade da gastronomia brasileira.
— Essa cultura toda, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, é nossa, brasileira, de todos nós. Poder reunir ingredientes e pessoas em uma cozinha, em torno de um fogão, é muito mágico. Uma das coisas que nos une como povo é a comida, e o Fartura é uma grande festa cultural gastronômica — conta Daher.
Entre as inovações que o público poderá experimentar, estão o palmito fermentado com Beurre Blanc, tucupi e queijo Tulha do menu que Caio Soter e Thomas Troisgros assinam juntos para O Jardim, de Belo Horizonte, e o guacamole de carangueijo com feijão verde que os chefs Victor Dimitrow, Sergio Jucá e Lira Muller preparam no Peti, em São Paulo. Tem ainda a sobremesa de cupuaçu com sorvete de cacau, azeite de limão e crumble de coco e amburana que Manu Buffara, do Paraná, leva para o Capim Santo de Morena Leite, em menu também assinado por Thiago Castanho.
Além de jantares presenciais, o festival conta ainda com uma programação on-line, que começa neste sábado (16) e vai até o dia 24. São oferecidas gratuitamente aulas e receitas de mestres como Agnes Farkasvolgyi, Caio Soter, Ariani Malouf, Adriano Vilhena (Senac) e Mauro de Paula (Senac). Para descontrair, há também shows musicais e peças teatrais disponíveis nas plataformas do Projeto Fartura (www.farturabrasil.com.br). Outra iniciativa é a Mercearia Fartura, com produtos à venda de pequenos produtores em uma vitrine virtual.
— Um dos pilares do Fartura é a democratização da gastronomia e, neste momento em que ainda não conseguimos voltar totalmente para a rua, o escape que encontramos para alcançar mais gente foi o ambiente on-line, com um pouco do que a gente fazia na rua agora pela telinha — compartilha a curadora.
Veja a programação de cada dia do festival:
Quarta-feira, 20/10
São Paulo
- Renata Vanzetto, do Ema (SP), recebe Millena Barros, do Viella Pizzeria (TO), e Pedro Bagattoli, do Restaurante Catarinense (RO).
Quinta-feira, 21/10
São Paulo
- Carla Pernambuco, do Carlota Bistrô (SP), recebe Onildo Rocha, do Cozinha Roccia (PB), e Martina Caminha, do Chez Martina Bistrô (AM).
- Mara Salles, do Tordesilhas (SP), recebe Edinho Engel, do Restaurante Manacá (SP), e Izanelda Magalhaes, do Jannu’s Bistrô (AC).
- Alex Sandro da Silva, do Tasca da Esquina (SP), recebe Cristóvão Laruça, do Caravela (MG).
- Tassia Magalhães, do Nelita (SP), recebe Dan Duarte, do Dona Divina (SE).
Belém
- Paulo Anijar, do Santa Chicória (PA), recebe Caetano Sobrinho, do Caê (MG).
Belo Horizonte
- Caio Soter, do O Jardim (MG), recebe Thomas Troisgros, do Le Blond (RJ).
- Carlos Kristensen, do Hashi (RS), recebe Pedro Siqueira, do Puro (RJ)
Porto Alegre
- Vinicius Braun, do Dry Moments (RS), recebe Rafael Pires, do Mia Restaurante (MG).
Sexta-feira, 22/10
São Paulo
- Almoço: Manuelle Ferraz, do A Baianera (SP), recebe Danilo Dias, do Flor de Vinagreira (MA), e Marcelo Cotrim, do Cotrim Gastronomia (MT).
- Rodrigo Oliveira, do Balaio (SP), recebe Flavio Trombino, do Xapuri (MG), e João Diamante, do Na minha casa (RJ).
- Morena Leite, do Capim Santo (SP), recebe Thiago Castanho, do Bayuca (PA), e Manu Buffara, do Manu (PR).
- Luiz Felipe Souza, do Evvai (SP), recebe Dedê Cesco (MS) e Geane Gomes Nunes (AP).
- Checho Gonzales, do Mescla (SP), recebe Junior Marinho, do Juá (GO), e Alessandro Eller (ES).
- Felipe Schaedler, do Banzeiro (SP), recebe André Saburó, do Quina do Futuro (PE), e Lia Quinderé, da Sucre (CE).
- Victor Dimitrow, do Peti (SP), recebe Sergio Jucá (AL) e Lira Muller, do Delira Praia (PI).
- Marcelo Corrêa Bastos, do Lobozó (SP), recebe Marcelo Petrarca, do Bloco C (DF), e Antonio Costaguta, do El Topaddor (RS).
- Janine Moreira, do Jesuíno Brilhante (SP) recebe Hélio Araújo (RO) e Adriana Lucena (RN).
Belém
- Saulo Jennings, da Casa do Saulo (PA). recebe César Santos, do Oficina do Sabor (PE).
- Prazeres Quaresma, do Saldosa Maloca (PA). recebe Ian Baiocchi, do Iz (GO).
Fortaleza
- Ivan Prado, do Mayu (CE), recebe Pedro Franco, do Tereze (RJ).
Brasília
- Luiza Jabour, do Almeria (DF), recebe Henrique Gilberto, da Cozinha Tupis (MG).
- Marco Espinoza, do Sagrado Mar (DF), recebe Giovanna Grossi, do Animus Restaurante (SP).
Porto Alegre
- Leonardo Magni, do Mandarinier (RS), recebe Léo Gonçalves, do Uru (CE).
- Raphael Dittrich e Gabriela Zilio, do Restaurante Eat Kitchen (RS), recebem Thyago Guarany, do Mirakuru Street Food (PA).
Sábado, 23/10
São Paulo
- Alberto Mori, Kurâ (SP), recebe Fabricio Lemos, do Origem (BA), e Alysson Muller, do Rosso (SC).
Belém
- Roberto Satoshi, do Sushi RO (PA), recebe Murakami, do Murakami (SP).
Nazareno Alves, do Point do Açaí (PA), recebe Vania Krekniski, do Limoeiro (PR).
Belo Horizonte
- Guilherme Melo, do Nuuu (MG), recebe Pedro Godoy, do Arvo Restaurante (PE).
- Agnes Farkasvolgyi, do Casa da Agnes (MG), recebe Ariani Malouf, do Mahalo (MT).
- Ju Duarte, do Cozinha Santo Antônio (MG), recebe Daniela Martins, do Lá em Casa (PA).
Fortaleza
- Van Régia, do Culinária da Van (CE), recebe Artur Dornelles, do Alegrete (RS).
- Marco Gil, do Mangue Azul (CE), recebe Américo Piacenza, do Cantina Piacenza (MG).
- Marina Araújo, do Chamego (CE), recebe Diogo Sabião, do Niá (RO).
- Rafael Martins, do Illa Mare (CE), recebe André Castro, do Authoral (DF).
Brasília
- Diego Brada, do Conca (DF), recebe Ricardo Dornelles, do A Firma Bar (RS).
- Thiago Paraíso, do Ouriço (DF), recebe Deocleciano Brito, (AC).
- Ronny Peterson, do Aroma (DF,) recebe Diego Freire, do Tríade (CE).
Porto Alegre
- Marcelo Schambeck, do Capincho (RS), recebe Gil Guimarães, do Casa Baco (DF).
3º Festival Gastronômico de Paraty
Grandes nomes da cozinha brasileira e muita comida gostosa se encontram na cidade histórica no sul do Rio de Janeiro entre os dias 5 e 7 de novembro. Nesta edição do Festival Gastronômico de Paraty, os restaurantes participantes terão de criar pratos criativos com sementes, um dos principais ingredientes ao redor do mundo. A intenção do festival é valorizar os pequenos produtores locais e fortalecer sua relação com os chefs de cozinha e o público. O evento traz ainda aulas gratuitas, rodas de conversa e palestras, além de lives de chefs da cena gastronômica do país. Mais informações em www.festivalgastronomicodeparaty.com.
20º Festival Gastronômico de Búzios
Com cardápios atendendo a todos os paladares, o Festival Gastronômico de Búzios reúne 14 restaurantes com menu especiais que serão servidos das 12h à meia-noite. O evento acontece em todas as sextas-feiras e sábados do mês de novembro no Porto da Barra, pólo gastronômico e cultural. Os participantes podem aproveitar ainda atividades culturais nos ateliês locais e, pela primeira vez, a corrida Búzios Running, no Clube Aretê, nos dias 6 e 13 de novembro das 7h às 13h.
3º Festival Esquina do Mundo em Arraial d’Ajuda
O paraíso turístico de Arraial d'Ajuda, em Porto Seguro, recebe o Festival Esquina do Mundo entre os dias 13 e 30 de novembro, trazendo muita inovação e criatividade. O tema desta edição é a Cozinha Fusion: uma união cultural através da comida. Dentro das categorias prato principal, lanches ou petiscos, sobremesas e drinks, os restaurantes participantes devem apresentar uma nova receita misturando técnicas, ingredientes e escolas gastronômicas de diferentes etnias. Saiba mais em gastronomiadajuda.com.br.
4º Festival Gastronômico Sabores de Santo Antônio de Jesus
Para celebrar os sabores marcantes do estado, a cidade de Santo Antônio de Jesus, considerada a capital do Recôncavo Baiano, é palco do Festival Gastronômico Sabores de SAJ entre os dias 18 e 30 de novembro. Com o tema “gastronomia de raiz", os chefs participantes criaram pratos com ingredientes típicos locais, como a mandioca, um clássico da culinária baiana.
O Globo domingo, 17 de outubro de 2021
GASTRONOMIA: PÃO NOSSO DE CADA DIA
Pão nosso de cada dia: uma lista de fornadas para todos os gostos
Focaccia, baguette, ciabatta, croissant, brioches: no Dia do Pão, saiba onde provar essas e outras delícias
Carol Zappa
16/10/2021 - 11:08 / Atualizado em 17/10/2021 - 10:21
Nos longos meses de isolamento social devido ao coronavírus, ele foi uma boa companhia – pode-se dizer até que vivemos uma pãodemia, com o perdão do trocadilho. Muita gente começou a fazer pão em casa, novas (e ótimas) padarias artesanais surgiram ou se aprimoraram (de endereços fixos ou só para entregas), com receitas cada vez mais caprichadas. A história desse alimento ancestral remonta a 12 mil atrás: teria surgido na Mesopotâmia, junto com o cultivo do trigo. Os antigos egípcios o usavam até mesmo como moeda, para pagar salários. Ao Brasil, ele teria sido trazido pelos portugueses – o primeiro registro que se tem por aqui do seu consumo é na carta de Pero Vaz Caminha. Neste sábado, 16 de outubro, é comemorado o Dia Mundial do Pão (a data foi criada em Nova York, pela União dos Padeiros e Confeiteiros). Que tal celebrar com um bom pão quentinho? Tem para todos os gostos: conheça um pouquinho mais sobre alguns diferentes tipos e saiba onde encontrar boas fornadas.
Nos longos meses de isolamento social devido ao coronavírus, ele foi uma boa companhia – pode-se dizer até que vivemos uma pãodemia, com o perdão do trocadilho. Muita gente começou a fazer pão em casa, novas (e ótimas) padarias artesanais surgiram ou se aprimoraram (de endereços fixos ou só para entregas), com receitas cada vez mais caprichadas. A história desse alimento ancestral remonta a 12 mil atrás: teria surgido na Mesopotâmia, junto com o cultivo do trigo. Os antigos egípcios o usavam até mesmo como moeda, para pagar salários. Ao Brasil, ele teria sido trazido pelos portugueses – o primeiro registro que se tem por aqui do seu consumo é na carta de Pero Vaz Caminha. Neste sábado, 16 de outubro, é comemorado o Dia Mundial do Pão (a data foi criada em Nova York, pela União dos Padeiros e Confeiteiros). Que tal celebrar com um bom pão quentinho? Tem para todos os gostos: conheça a seguir um pouquinho mais sobre alguns diferentes tipos e saiba onde encontrar boas fornadas.
PÃO NOSSO DE CADA DIA
BAGUETE Ícone francês (apesar da enorme variedade no país), o pão de forma alongada e casca crocante teve sua origem, reza a lenda (ou uma delas), nos tempos de Napoleão. Antes disso, os pães eram redondos, para melhor conservação, mas conta-se que a forma de varinha foi inventada pelos padeiros do militar para que seus soldados pudessem carregá-lo nos bolsos. A baguete começou a ganhar popularidade fora de Paris entre as duas guerras mundiais, mas foi após a segunda que se espalhou realmente, e hoje concorre ao título de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade pela Unesco. Uma boa baguete deve ser leve e bem aerada por dentro. Uma curiosidade: a maior baguete do mundo, com 122,4 metros, foi preparada em 2015 durante uma feira em Milão, e entrou para o Guiness Book.
Onde provar:
Farro A padaria em Copacabana, com nome emprestado do cereal cultivado desde o Egito antigo, prepara quatro tipos de baguetes de longa fermentação: além da tradicional (R$ 13,00, com 450g), há também as versões integral, multigrãos ou calabresa (R$ 15,00 cada). - É um pão versátil e macio, perfeito para receber em casa – diz Marcela Amaral, sócia e filha do padeiro da casa, que ganha este mês uma filial no mesmo bairro, no Posto 6. Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 630, Copacabana – 3593-7905. Seg. a sáb., das 7h às 20h
Talho Capixaba Com mais de 25 receitas em fornadas diárias, o veterano da panificação de fermentação natural no Rio prepara a baguete tradição (R$ 43,70 o quilo), um pão rústico feito com farinha importada, seguindo os moldes rigorosos e processos tradicionais dos exemplares franceses. É ótimo para acompanhar frios, patês e queijos. Avenida Ataulfo de Paiva, 1022, Leblon – 2512-8760. Diariamente, das 7h às 21h. Rua Marquês de São Vicente, 10, Gávea – 2422- 1270. Diariamente, das 7h às 22h.
CAMPAGNE Do francês campestre, esse pão rústico (também chamado de campanha por aqui), mistura de farinhas, fermento, sal e água, foi consumido durante séculos nas aldeias da França. Usualmente de formato redondo, eram assados em fornos comunitários e distribuídos entre os moradores das vilas.
Onde provar:
Araucária Fornecedora de diversos restaurantes e sucesso na Junta Local, a padaria virtual começou a entregar em casa durante a pandemia, de quarta a sábado. Aqui, a receita francesa ganha uma quantidade generosa de centeio alemão, o que confere um aroma intenso e adocicado e notas picantes e frutadas na boca (R$ 20,00, 500g). - É o pão preferido do padeiro, puro ou acompanhando terrines, patês de campanha ou caponatas – diz João Pessanha, um dos sócios. Instagram: @araucariapaes
La Bicyclette Concorrido no café da manhã, o ponto no Jardim Botânico (que acaba de ganhar uma filial na Barra) prepara o pão à moda tradicional, assado na pedra, depois de longa fermentação (de 24h a 36h). Um exemplar custa R$ 17,00. - Um bom campagne deve ter crosta crocante e dourada, miolo macio e alvéolos (as cavidades ou bolhas), sinal de uma boa fermentação – define o padeiro francês Henri Forcellino. Rua Pacheco Leão, 320, Jardim Botânico – 3256-9052 e 99531-5010. Ter. a sex., das 8h30 às 21h. Sáb. e dom., das 8h30 às 20h. Avenida Érico Veríssimo, 970, Barra – 2499-7395. Ter. a sáb., das 8h30 às 20h. Dom., das 8h30 às 19h
CIABATTA Caçula entre criações ancestrais, um dos pães mais populares da Itália data de 1982. Isso mesmo. Embora alguns acreditem que sua origem vem lá dos Monges Franciscanos que há 800 anos preparavam uma receita mais “molhadinha”, especialistas garantem que ela foi criada no fim do século passado por uma padeiro da região do Vêneto, Arnaldo Cavallari, que buscava uma alternativa às baguetes francesas. Traduzido para o português, seu nome significa chinelo ou pantufa, talvez por sua forma alongada, larga e achatada. De massa umedecida, casca crocante e miolo cheio de alvéolos, é perfeita para sanduíches.
Onde provar:
Filone Ideia do suíço radicado no Brasil Félix Optiz, da quarta geração de padeiros, a loja virtual entrega na Zona Sul, Centro, Barra e parte da Zona Norte de segunda a sábado. Sua ciabatta artesanal de longa fermentação (R$ 18,00, 400 gramas) é leve e macia, com um toque de azeite extravirgem. Instagram: @filonepadaria
FOCACCIA De origem italiana, típica de Gênova, é regada com bastante azeite e achatada, quase como uma pizza, mas com miolo fofinho e aerado. Seu nome vem do latim focus, que se refere a cozinhar na lareira. O segredo é o ponto da massa: liso e grudento, vai parecer que deu errado – mas a boa focaccia é bem úmida. A receita tradicional é salpicada por sal grosso e alecrim, mas pode ter outras combinações saborosas.
Onde provar:
Dianna Bakery Na charmosa lojinha na Tijuca, inspirada nas confeitarias nova-iorquinas, a versão tradicional com alecrim e sal grosso (R$ 19,00, 450 gramas) é preparada diariamente. Às terças e sextas entra em cena a focaccia de azeitonas pretas e, às quintas e sábados, a de calabresa (R$ 21,00 cada). Rua Santo Afonso, 445, Tijuca - 3597-4777. Ter. a sex., das 9h às 19h. Sáb., das 21h às 16h
Pão do Dude Durante a pandemia, o chef Eduardo Lyra, o Dude, deixou a cozinha para se dedicar a uma paixão antiga: a panificação. Da cozinha instalada na garagem do pai, ele passou a produzir fornadas artesanais. Seguindo a tradição italiana, sua focaccia leva apenas farinha, água, sal, azeite extravirgem e leveduras naturalmente presentes no ambiente. A massa é cravejada com tomatinhos sweetgrape e azeitonas Azapa (R$ 29,00, 550g). 99671-5062 (WhatsApp) / Instagram: @paododude
CROISSANT Sinônimo de viennoiserie (receita de massa folhada que traz uma combinação entre confeitaria e panificação), o pãozinho em formato de meia-lua, de massa bastante amanteigada e levemente adocicada, popularizou-se na França, mas sua origem é, na verdade, austríaca. Mais precisamente de Viena, onde era conhecido desde o século XIII pelo nome de kipferl. A rainha Maria Antonieta é quem teria introduzido a iguaria típica de sua terra natal em solo francês.
Hoop Bakery Quando começou a enveredar pela panificação artesanal, Gabriel Audi não gostava de croissant – até provar um de verdade. Correu atrás de aprender a receita, fez cursos e hoje leva três dias para preparar os pãezinhos. - Apesar de ser o que mais me dá trabalho, a massa tem que ficar descansando e é aberta manualmente, com rolo, tem a temperatura certa da manteiga, é o que mais gosto de fazer hoje – confessa o padeiro. Somente para entregas, às quintas e sextas, o trio é vendido a R$ 28,00 (depois disso, o avulso sai a R$ 10,00), junto com derivados como pai nau chocolate e pain aux raisins (passas). 99547-5396 (WhatsApp) ou Instagram: @hoopbakery
João Padeiro & Co Preparada diariamente no charmoso sobrado em Botafogo, a massa do croissant tradicional (R$ 9,00), elogiadíssimo por chefs e clientes, serve de base para outros recheios, como Nutella ou amêndoas (R$ 15,00 cada), e ainda variações como o novato cruffin de pistache (R$ 17,00), uma mistura de croissant e muffin com recheio de creme e crocante de pistache. - O segredo do nosso croissant é a receita original francesa feita com amor e com farinha francesa Bagatelle e manteiga Président – entrega o sócio e padeiro Adriano Amarante. Rua Arnaldo Quintela, 102 – 3518-2445, Botafogo. Ter. a sex., das 13h às 18h. Sáb., das 10h às 13h.
BRIOCHE Fofinho e com leve dulçor, mistura de farinha, fermento, leite, muitos ovos e uma quantidade generosa de manteiga, este surgiu na Normandia no século XVI, mas sua massa remonta à Idade Média, quando se preparavam bolos parecidos ao que hoje conhecemos. Dizem até que, indiretamente, foi responsável pela queda da Bastilha, na França, depois que a rainha Maria Antonieta (ela novamente) teria dito, às vésperas da revolução, a célebre frase em resposta ao fato de que o povo nem conseguia comprar pão: “Que comam brioches”!
Onde provar:
Bicho Pão Um dos carros-chefes da padaria do Catete, o brioche (R$ 12,00, 320g) é presença certa no balcão. Com miolo bem fofinho, leva em média 48h de fermentação e serve de base para um delicioso pão na chapa, rabanada e pão rústico de milho. Rua Andrade Pertence, 33, Catete – 3497-3695 e 98005-5689. Ter. a sex., das 14h às 20h. Sáb., das 9h às 19h. Dom., das 9h às 13h.
Primavera dos Pães No negócio aberto no início do ano em Laranjeiras, os pães são cortados na hora no balcão e vendidos por peso – a ideia é comprar e levar pra casa. Macio, o provençal (R$ 17,00) é um brioche vegano, mais achatadinho, rico em azeite de oliva e que não leva ovos ou manteiga no preparo. Rua Ipiranga, 51, Laranjeiras – 99222-0003. Ter. a sex., das 15h às 20h.
PÃO DE FORMA Par ideal para aquele misto-quente, o pão quadradinho feito a partir do cozimento da massa doce da farinha de trigo foi criado em 1912 pelo americano Otto Frederick Rohwedder. Com a industrialização a pleno vapor, ele inventou uma máquina para cortar o pão em fatias iguais, mais tarde acoplada a uma embaladora para garantir sua conservação por mais tempo. Mas sua produção em larga escala mundial só começou nos anos 1930. Hoje, para nossa alegria, foi “adotado” por padeiros que se esmeram em desenvolver versões artesanais.
Onde provar:
The SlowBakery Por trás da premiada e inventiva padaria, com matriz em Botafogo e unidades em Ipanema e Jardim Botânico, Rafa Brito Pereira transforma o clássico de todo lar em um surpreendente pão de forma de fermentação 100% natural. União de farinhas branca e de sêmola, buttermilk (leitelho), mel e manteiga, é macio e bem levinho. Rua General Polidoro, 25, Botafogo. Ter. a sex., das 8h às 17h. Sáb., das 8h às 16h. Rua Maria Angélica, 113, loja G, Jardim Botânico. Ter. a sex., das 11h às 19h30. Sáb., das 10h às 18h. Rua Visconde de Pirajá, 365, loja B, Ipanema. Ter. a sáb., das 10h30 às 18h.
CINNAMON ROLL Um clássico americano, esse pãozinho doce, enrolado em formato espiral e recheado de canela e açúcar, tem na verdade origem sueca. Preparado desde a década de 1920, tem até uma data para chamar de sua por lá: 4 de outubro é celebrado o dia do Kanelbulle.
Onde provar:
Sova O negócio que surgiu em pequenas feiras e para entregas por encomenda cresceu e ganhou no fim do ano passado uma charmosa loja em Copacabana. Da ala açucarada, o enroladinho amanteigado com açúcar e canela (R$ 12,00) ganha calda especial de laranja. Rua Xavier da Silveira, 34, Copacabana – 2147-7158. Ter. a qui., das 8h às 22h. Sex. e sáb., das 8h às 23h. Dom., das 8h às 13h.
Alvéole Queridinho na padaria artesanal da Barra, o rolinho feito com massa de brioche e recheio de canela e açúcar mascavo (R$ 8,00), bem fofinho, costuma perfumar o ambiente. Por lá ganha até uma versão salgada: o xis-roll tem o mesmo preparo, mas recheio de mussarela e parmesão, com uma pitada de orégano. Shopping Downtown, Barra – 97246-2185. Ter. a qui., das 10h às 19h. Sex., das 10h às 21h. Sáb., das 18h às 22h.
SOURDOUGH/LEVAIN As palavras da moda em matéria de panificação (em inglês e francês) na verdade se referem ao tipo de fermento usado, o natural, não ao tipo de pão, que pode ser branco, integral, multigrãos, com recheios, e infinitas variações. “Esse tipo de fermento, além de trazer complexidade de aroma e sabor, traz mais acidez ao pão e aumenta consideravelmente sua longevidade, mesmo sem aditivos químicos”, explica o padeiro Gabriel Landa, da Alvéole.
Onde provar:
ArtesanosBakery Embaixador da farinha Irati, feita a partir de trigo “de origem”, desenvolvido nacionalmente no Paraná, o padeiro Ricardo Rocha prepara a partir dela seu sourdough rústico (R$ 36,00, 1kg). - Costumo dizer que é um pão que não tem nada, mas tem tudo. É feito apenas com farinha, água e sal, mas é riquíssimo em sabor e história. O segredo é a dedicação ao processo. Tempo, temperatura, umidade do ar e nossa própria energia influenciam no resultado da massa – acredita Ricardo. Avenida Genaro de Carvalho, 1435, Recreio - 96691-0169. Diariamente, das 7h às 23h.
O Globo sábado, 16 de outubro de 2021
SHOW DE BARÃO VERMELHO, GABRIEL O PENSADOR E ANA CAROLINA
Shows de Barão Vermelho, Gabriel o Pensador e Ana Carolina são destaques do fim de semana
Agenda de 15 a 21/10 tem ainda Ira!, Kiko Zambianchi e Dinho Ouro Preto no Festival Rock Brasil 40 anos
O Globo
15/10/2021 - 04:30
MPB, rock, samba ou rap? Qualquer que seja a resposta, há um show este fim de semana para chamar de seu. A programação musical dos próximos dias inclui Ana Carolina cantando seus maiores hits, Toninho Geraes interpretando músicas que foram sucesso na voz de Martinho da Vila e Zeca Pagodinho, apresentação gratuita de Gabriel o Pensador em Niterói e alguns dos maiores nomes do rock brasileiro, como Barão Vermelho e Ira!, no Centro. Para todos, um aviso: decreto do prefeito Eduardo Paes publicado nesta quinta-feira (14) no Diário Oficial do Município determina que não é mais obrigatório o resultado do exame negativo feito até 48h para eventos-teste. Mas a apresentação do comprovante de vacinação continua obrigatória.
Ana Carolina
A cantora passeia pelos maiores hits de sua carreira, como “Garganta”, “Elevador” e “Quem de nós dois”, e apresenta canções de seu último álbum “Fogueira em alto mar”, além de interpretar sucessos de Rita Lee, Seu Jorge e Guilherme Arantes. Tem ainda uma pandeirada com Thiago Anthony e Leo Reis de tirar o fôlego. As vendas acontecerão apenas para mesas inteiras de 2, 3 ou 4 lugares, não sendo possível a compra unitária de ingresso.
Vivo Rio: Av. Infante Dom Henrique 85, Flamengo. Sex (15), às 22h. Sáb (16), às 21h. R$ 250 via Eventim. 18 anos.
"Aretha Franklin Tribute"
A banda FourPlusOne interpreta os maiores sucessos da cantora, ícone da música negra norte-americana. No repertório, estão canções que foram imortalizadas ao longo de mais de 60 anos de carreira como “I say a little prayer”, “Respect”, “Think” e “A natural woman”.
Teatro Prudential: Rua do Russel 804, Glória. Qui e sex (dia 21), às 20h. R$ 80 presencial e R$ 15 ( on-line), via Sympla.
Arlindinho
Filho do consagrado sambista Arlindo Cruz, o cantor e compositor apresenta o show “Pagode do Arlindinho”, com um repertório que inclui os sucessos “Você é espinho, não é uma flor”, “Num sonho lindo”, “Frasco pequeno” e “Meu filho”.
Bar do Zeca Pagodinho: Shopping Vogue Square. Av. das Américas 8585, Barra. (3030-9097). Qua, 20h30. R$ 30
Festival Rock Brasil 40 anos
O evento do CCBB que reúne shows, peças teatrais, filmes e exposições para celebrar o rock brasileiro dos anos 1980 promove, nos finais de semana, apresentações ao ar livre, numa grande área junto à Pira Olímpica, na Candelária. Sábado: Orquestra Petrobras Sinfônica (17h30), Ira! (18h45), George Israel (20h10) e Barão Vermelho (21h). Domingo: Orquestra Petrobras Sinfônica (17h30), Kiko Zambianchi (18h45), Fernando Magalhães (20h10) e Dinho Ouro Preto (21h). Segundo novo decreto do prefeito Eduardo Paes, não é mais preciso fazer teste de Covid-19, mas a apresentação do comprovante de vacinação continua obrigatória.
Centro Cultural Banco do Brasil: Rua Primeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Dom, seg e qua, das 9h às 19h e qui a sáb, das 9h às 20h. Programação gratuita, espetáculos teatrais (R$ 30) e pocket shows (R$ 30): www.eventim.com.br. Ingressos para os show ao ar livre (a partir de R$ 60): www.ingressocerto.com.
ID: Niterói
Braço musical do evento ID : Rio — que oferece, hoje e amanhã, palestras, talks e mesas redondas gratuitas sobre moda, cultura e empreendedorismo, além de desfiles, no Reserva Cultural Niterói —, o evento promove shows até domingo. Sexta: Felipe Roale (16h), Luiza Reis (18h), Blood Mary (20h), Felipe Roale (21h). Sábado: Felipe Roale (16h), Thalita Pertuzatti (18h), O Zunido (19h30), Rodrigo Santos (20h30), Felipe Roale (21h). Domingo: Felipe Roale (16h), Mira Callado (18h), Hexotria (19h), Gabriel O Pensador (20h30).
Reserva Cultural Niterói: Av. Visconde do Rio Branco 880, São Domingos, Niterói. De 15 a 17 de outubro. A entrada também é gratuita, mas é preciso reservar ingressos no site Sympla, no qual é possível checar toda a programação.
Feirinha da Pavuna e DJ Goranmo
Em uma conexão entre Zona Norte e Zona Sul, a tradicional roda de samba Feirinha da Pavuna se apresenta na Feirinha do Sérgio Porto, no Humaitá, após quase um ano sem subir aos palcos. O evento, que reúne música, artesanato e gastronomia, conta ainda com o DJ Goranmo, do Baile do Ademar. A entrada é gratuita.
Espaço Cultural Sérgio Porto: Rua Humaitá 163 (entrada pela Rua Visconde e Silva). Sáb, das 10h às 17h. DJ Goranmo, das 10h30 às 12h. Feirinha do Pavuna, das 13h às 14h30 e das 15h às 16h30. Retirada de ingressos pelo Sympla.
Francis Hime, Hugo Pilger e Olivia Hime
O programa Sala Jazz traz o espetáculo do compositor e pianista Francis Hime, que apresenta grandes obras da MPB acompanhado da voz de Olivia Hime e de Hugo Pilger no violoncelo como convidados especiais.
Sala Cecília Meireles: Rua da Lapa 47, Centro. Sex, às 19h. R$ 40, à venda na bilheteria (seg a sex, 13h a 18h) ou no site Sympla.
Toninho Geraes
Autor de sucessos como "Mulheres" (Martinho da Vila), "Seu balancê" (Zeca Pagodinho) e "Me leva" (Agepê), o cantor e compositor mineiro Toninho Geraes faz show no tradicional reduto do samba Renascença Clube.
Renascença Clube: Rua Barão de São Francisco 54, Andaraí. Dom, das 18h às 22h. R$ 25 via Sympla.
Márcio Gomes
O cantor romântico está de volta ao Imperator com seu show "Eternas canções", que traz homenagens a artistas como Nelson Gonçalves, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Agnaldo Timóteo e Amália Rodrigues.
Teatro Imperator: Rua Dias Cruz 170, Méier. Qua, 16h. R$ 60. Ingressos na bilheteria ou pelo site Eventim.
Marcelo D2
A aguardada volta dos shows no Circo Voador será com show de Marcelo D2, que esgotou ingressos para os dias 22 e 23 num piscar de olhos, levando à abertura de um show extra na quinta-feira (21). O rapper apresenta, pela primeira vez ao vivo, o álbum "Assim tocam os meus tambores". Até dezembro, estão programadas ainda apresentações de Paralamas, Céu, Chico César e Geraldo Azevedo na lona da Lapa.
Circo Voador: Rua dos Arcos, Lapa. Qui (21), às 19h. Sex (22) e sáb (23), às 23h30 (esgotados). R$ 180, via Eventim ou na bilheteria (pagamento em dinheiro): Ter a qui, das 12h às 19h; sex, das 12h a 0h; sáb, das 14h a 0h; e sempre 2h de cada evento. Classificação 18 anos.
Música no Museu
A apresentação do Trio Caxangá traz ritmos do Nordeste no evento "Sons do Brasil", que celebra a diversidade musical brasileira das cinco regiões do país.
Centro Cultural Parque das Ruínas: Rua Murtinho Nobre 169, Santa Tereza. Sáb, às 11h.
Orquestra Petrobras Sinfônica – "Mix Bahia"
Clássicos que embalam os foliões carnavalescos agora ganham arranjo sinfônico, sob regência de Carlos Prazeres, em uma live gratuita. Releituras de sucessos como "Baianidade nagô", "Faraó" e os hits do grupo de axé É o Tchan fazem parte do repertório “Mix Bahia Sinfônico”.
O Globo sexta, 15 de outubro de 2021
AUTOBOL: A BRINCADEIRA VIOLENTA QUE SE TORNOU UMA FEBRE NO RIO DURANTE OS ANOS 1970
Autobol: A brincadeira violenta que se tornou uma febre no Rio durante os anos 1970
Formado por quatro modelos Volkswagen 1600, o forte elenco do Botafogo estava invicto, depois de conquistar o primeiro e o segundo turno da competição. Mas o Fluminense entraria em campo disposto a estragar a festa do rival. No jogo anterior, contra o Flamengo, o tricolor exibira um carro com para-choque feito de viga de navio. O reforço permitiu ao automóvel destruir quase todos os veículos rubro-negros, garantindo a vitória do time das Laranjeiras. Para não ser vítima de massacre parecido, o Botafogo instalou o mesmo material em todos os seus carros.
A partida no campo do Horto Florestal, na Zona Sul do Rio, decidiria o terceiro turno do Campeonato Carioca de Autobol de 1974. Como vencera os dois primeiros, o Botafogo conquistaria o título da competição se derrotasse o Fluminense.
Quando o árbitro deu início ao confronto, às 16h daquele domingo, 17 de novembro, havia tensão no ar. O Fluminense chegou apresentando sua estratégia de destruir os carros adversários. Logo, o Botafogo perdeu dois veículos titulares e ficou sem reservas. Mesmo assim, impôs seu jogo, vencendo a partida por 3 a 1, com dois gols de José Luís e um do artilheiro da competição, Ronaldo César Coelho. O título do Campeonato Carioca de Autobol levou até certa alegria aos torcedores do alvinegro, que passaria a década de 1970 sem nenhum troféu no futebol convencional.
O autobol foi uma pequena febre no Rio. No mundo atual, o esporte seria certamente criticado devido aos riscos envolvidos e ao desperdício, já que nenhum carro resistia a mais do que quatro partidas antes de ir parar no ferro-velho. Porém, há mais de 40 anos, quando a sociedade vivia como sem muita noção de seu impacto no planeta, ninguém parecia se importar com a destruição de automóveis às custas de um jogo que não raramente causava capotagens, incêndios e, claro, hospitalizações.
O "esporte" fora criado pelos britânicos, após Segunda Guerra Mundial. Mas não tinha prosperado no Reino Unido porque havia muitas regras. Cada carro tinha sua pista, de onde não podia sair. A bola corria no meio, e o motoristas tinha que mantê-la em sua faixa do campo. Se a bola passasse para a pista do lado, era a vez de o veículo rival tentar dominá-la para atacar. Já no Brasil, onde os veículos circulavam livremente pelo campo, e os motoristas podiam se chocar com os adversários, o esporte caiu nas graças da elite endinheirada, com direito a cobertura nos jornais e na TV. Até mesmo emissoras estrangeiras, como a britânica BBC e a americana CBS vieram ao Rio para filmar e produzir reportagens sobre a modalidade.
A idéia chegou ao país nos últimos anos da década de 1960, quando a fábrica de bolas de futebol Drible fez uma bola de couro de bufalo de 1,20m de diâmetro e 12kg de peso, para comemorar um jogo da seleção brasileira. Depois, a invenção ficaria guardada na fábrica em São Paulo até 1970, quando um grupo de Taubaté a pediu emprestada para um esporte singuiar: futebol de cavalos. Teria sido um "sucesso" — o estádio local estava cheio —, mas a imensa bola assustava muito os animais, e um dos jogadores saiu da disputa com uma das patas quebradas.
Sem função, a bola gigante acabou sendo trazida ao Rio pelo produtor José Maria Adami, que procurou o médico Mário Tourinho, seu conhecido. O traumatologista vinha conversando animadamente com amigos sobre a possibilidade de criar um futebol de automóveis. A idéia brotara em sua cabeça quando ele dirigia na Avenida Atlântica, em Copacabana, e uma bola escapda de uma "pelada" na praia veio na direção de seu carro. Para espanto geral, Tourinho arremeteu o veículo de encontro à bola, que voltou diretamente para as mãos dos rapazes na areia. Orgulhoso com seu "chute" perfeito, o médico decidiu elevar o nível da brincadeira.
A primeira exibição ocorreu no intervalo de uma partida do Campeonato Carioca de 1970, no campo da Associação Atlética Portuguesa, na Ilha do Governador, onde Tourinho deu voltas no gramado dominando a bola gigante à frente de seu velho Hillman. Os jornais do dia seguinte deram mais destaque à apresentação do que ao monótono jogo entre Vasco e Portuguesa. Animado, o médico comprou 11 carros velhos e chamou os amigos, que atuaram em pelo menos quatro partidas naquele ano. Em 1971, outras foram realizadas, e o sucesso foi tal que a Prefeitura de Vitória convidou os times para uma exibição na cidade, capital do Espírito Santo.
Os pilotos aceitaram o convite, mas não levaram seus automóveis. Na hora do jogo, com o estádio lotado e a torcida inquieta, o prefeito não viu outra solução para evitar o cancelamento a não ser emprestar carros oficiais do município para a disputa. Os prejuízos para os cofres públicos foram grandes e, com o derrame de dinheiro dos jogos anteriores, bancados pelos próprios participantes, a situação levou à paralisação das atividades até o ano seguinte.
Apenas partidas esporádicas foram disputadas até que, em 1973, os entusiastas do esporte no Rio formaram uma federação que contou com a adesão de América, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Os jogos começaram no campo do Colégio Santo Inácio, em Botafogo, mas os padres da tradicional escola ficaram impressionados com a violência envolvida nos confrontos, que por conta disso foram levados para o campo do Horto Florestal, perto do Jardim Botânico. A cada partida realizada, o público aumentava. Algumas rendas de bilheteria superavam até as vendas de ingressos para partidas do campeonato de futebol jogado com os pés.
Em 1974, a superioridade de Fluminense e Botafogo era explicada principalmente pela potência de seus carros e as alterações na carroceria. Veículos de pouca força — Renaults velhos, Gordinis e Dauphines —, usados inicialmente nas partidas, receberam reforços na lataria ou foram substituídos por outros mais robustos. Na final do primeiro turno, o alvinegro surpreendeu ao entrar em campo com quatro Volkswagen 1600 de quatro portas — modelo que, anos mais tarde, receberia o apelido de Zé do Caixão. O Fluminense, com quatro Gordinis, perdeu de goleada, mas aprendeu a lição e também trocou sua frota.
As alterações nos carros eram feitas quase sempre numa oficina no Grajaú que, de tão procurada, passou a atender apenas aos adeptos do autobol. O para-choques era reforçado com suportes de ferro. As portas eram soldadas, e os vidros, retirados. Para evitar incêndios, toda a fiação elétrica dispensável era removida. Ficavam apenas os fios da bateria e da bobina. Mesmo assim, alguns carros foram destruídos pelo fogo, tamanha era a violência de alguns choques ou capotagens. Quando o automóvel ficava imprestável, o dono da tal oficina no Grajaú vendia a carroceria para um ferro-velho e ficava com o motor.
O autobol tinha suas regras. Não era permitido usar a marcha à ré na disputa de bola e nem bater num carro que estivesse sem a bola. De resto, tudo liberado. Uma das artimanhas era se aproveitar da indecisão e do medo do adversário para dominá-lo em campo. Um piloto, dono de labarotários, tinha a técnica de quebrar a suspensão de outros carros e dar trombadas nas portas para atemorizar os adversários. Já um produtor de televisão era perito na condução da bola, driblando adversários com desvios rápidos. E um corretor da bolsa de valores era o motorista mais temido, por gostar de provocar acidentes que, muitas vezes, deixavam feridos. Muitos adeptos, aliás, desistiam das disputas devido aos seus riscos.
Em 1976, a falta de campos e de patrocinadores interrompeu as competições. Além disso, a crise do petróleo que afetou o mundo em meados daquela década chegou com força no Brasil, levando a ditadura militar a proibir provas de automobilismo no país. Aquilo representou o fim do autobol.
O Globo quinta, 14 de outubro de 2021
BETTY FARIA: MOSTRA GRATUITA CELEBRA 80 ANOS DA ATRIZ
Mostra gratuita celebra 80 anos de Betty Faria com clássicos e raridades
CCBB exibe, a partir de terça-feira (12), 11 filmes, incluindo 'Bye bye Brasil'; também há sessões on-line
Carmem Angel
11/10/2021 - 04:30
Com 26 filmes e mais de 50 novelas no currículo, a atriz Betty Faria é um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira. Para celebrar seus 80 anos e sua trajetória no cinema, a artista será protagonista de uma mostra gratuita com 11 filmes, desde sua estreia nas telonas em “O beijo” (1964), passando pelo sucesso “Bye bye Brasil’’(1980) e o raríssimo “Monstros de babaloo”(1970).
A programação do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) inaugura nesta terça-feira (12) com os longas “Chega de saudade” (às 15h10) e “O bom burguês” (às 17h20). A sessões são presenciais, mas os títulos "Perfume de gardênia" (1992) e “Marlene de Souza” (2004) também podem ser vistos on-line pela plataforma Eventim.
A mostra "Betty Faria 80 Anos" resgata a filmografia da atriz, que perpassa a própria história do audiovisual brasileiro. Segundo o curador Leandro Pardí, esta é uma oportunidade de ver a versatilidade da artista em todas as fases de sua carreira cinematográfica.
— A Betty Faria sempre esteve à frente de seu tempo, se colocando na vanguarda artística e trazendo temas sociais relevantes de uma forma brilhante, com uma linguagem própria. Ela participou de várias frentes, que vão desde grandes sucessos de bilheteria até o cinema marginal e filmes experimentais — afirma Pardí, que é ex-coordenador da Cinemateca Brasileira.
A programação inclui ainda “Um trem para as estrelas” (1987), “O casal” (1975), “Jubiabá” (1986), “Bens confiscados” (2004), "As sete faces de um cafajeste" (1968), "Romance da empregada" (1987), "A lei do cão (1967)" e o longa “A estrela sobe” (1974), que será exibido em uma rara cópia em 35mm.
Além dos filmes, um bate-papo com a lenda do cinema sobre lembranças, bastidores e audiovisual brasileiro será exibido na quinta-feira (14), às 16h20. Já no dia 18, às 12h40, uma palestra com as diretoras Marina Person e Djin Sganzerla põe em foco o protagonismo feminino no cinema no país.
Para encerrar a mostra, uma aula gratuita com o cineasta Sergio Silva resgata a memória do audiovisual no dia 1º de novembro, às 14h. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail mostrabettyfaria@gmail.com.
Serviço: Rua Primeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Dom, seg e qua, das 9h às 19h e qui a sáb, das 9h às 20h. De 12 de outubro a 1º de novembro. Grátis. Ingressos devem ser retirados pelo site eventim.com.br. Programação completa em ccbb.com.br/rio-de-janeiro/programacao/betty-faria-80-anos/
O Globo quarta, 13 de outubro de 2021
ELIMINATÓRIAS: SELEÇÃO BRASILEIRA DEVE GERF MUDANÇAS PARA O JOGO CONTRA O URUGUAI
Seleção brasileira deve ter mudanças para jogo contra o Uruguai
Destaque contra Venezuela e Colômbia, Raphinha pode aparecer na vaga de Gabigol no ataque
O Globo
12/10/2021 - 23:52 / Atualizado em 13/10/2021 - 00:08
O Brasil deve ter alterações no time que vai iniciar a partida desta quinta-feira, às 21h30, contra o Uruguai na Arena Amazônia, em Manaus. No treino comandado nesta terça-feira, Tite esboçou um time com a entrada de Raphinha no lugar de Gabigol.
Além do atacante do Leeds, que se destacou nas duas partidas anteriores, contra Venezuela e Colômbia, Emerson Royal pode aparecer na lateral direita, no lugar de Danilo, e Lucas Verissimo treinou na vaga de Marquinhos na zaga. No gol, Éderson deve substituir Alisson.
O possivel time do Brasil contra o Uruguai: Éderson, Emerson Royal, Lucas Verissimo, Thiago Silva e Alex Sandro; Fabinho, Fred e Lucas Paquetá; Raphinha, Gabriel Jesus e Neymar.
O Brasil lidera as Eliminatórias sul-americanas com 28 pontos. O Uruguai está em quarto com 16.
O Globo terça, 12 de outubro de 2021
CRISTO REDENTOR: MISSA E LANÇAMENTO DE MEDALHAS E SELOS COMEMORATIVOS MARCAM CELEBRAÇÃO DOS 90 ANOS DO MONUMENTO
Missa e lançamentos de medalha e selos comemorativos marcam celebração dos 90 anos do Cristo Redentor
Cerimônia transferida para a Catedral Metropolitana, por causa do mau tempo, teve presença de autoridades
Lucas Altino
12/10/2021 - 09:41 / Atualizado em 12/10/2021 - 10:06
RIO — Transferida por causa da chuva, a missa de celebração aos 90 anos do Cristo saiu do alto do Corcovado e foi realizada na Catedral Metropolitana. A festividade teve presença de autoridades, como o prefeito Eduardo Paes, o governador Cláudio Castro, e o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
Segredos:Nove lendas e curiosidades sobre o Cristo Redentor O primeiro ato foi o lançamento da Medalha Comemorativa dos 90 Anos do Cristo Redentor e do Bloco Postal Especial em Homenagem ao Monumento do Cristo Redentor. O conjunto de selos postais é composto por quatro obras originais do artista brasileiro Oskar Metsavaht.
CRISTO REDENTOR, O MAIOR CARTÃO-POSTAL DO BRASIL
Em seguida, iniciou se a Santa Missa, celebrada pelo arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. Numa analogia entre a nebulosidade por vezes encontrada no Cristo e os períodos turbulentos no Rio e no país devido à Pandemia da Covid-19, Dom Orani afirmou que o momento é de um olhar de esperança e otimismo, em função da campanha de imunização. — Nós cariocas aprendemos a olhar para o Redentor muitas vezes coberto de nuvens, mas sabemos que a imagem está ali. Ainda estamos num momentode pandemia, mas com olhar de otimismo por causa da imunização. Assim, as nuvens tenebrosas do ano passado vão diminuindo. O Arcebispo da cidade também destacou a vocação da cidade como acolhedora, em referência aos braços abertos do Cristo, num atributo que deve ajudar o país a enfrentar o momento de "polarização, rancor e ódio".
Faça o quiz:Teste seus conhecimentos sobre o Cristo Redentor — A cidade tem o símbolo do Brasil, e isso nos traz muita responsabilidade em suscitar o que os braços abertos significam, uma cidade acolhedora e a cordialidade de seu povo. Nessa celebração de 90 anos, iremos nos comprometer a ajudar o Brasil, para que cada vez se acolha mais e construa mais pontes. Os braços abertos falam além de toda religião, ideologia, nacionalidade e línguas -— discursou Dom Orani, que chegou a saudar o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante sua fala. — Queremos dar nossa contribuição para construirmos um país, estado e município mais justos.
A presença do ministro Joaquim Leite ganhou relevância maior por causa do contexto recente, de rusgas entre o Ministério do Meio Ambiente, mais especificamente o ICMBio e a Arquidiocese do Rio. As duas partes travam uma disputa pelo aumento do controle sobre o Cristo. Enquanto o ICMBio é responsável pela Floresta da Tijuca, Paineiras e acessos ao corcovado, a Igreja cuida do Santuário e do monumento propriamente. No final do ano passado, o Ministério do Meio Ambiente pediu a desocupação das antigas lojas do Cristo, para protesto dos lojistas, que alegam possuir acordos direto com a Arquidiocese, que defende ter a prerrogativa da ingerência sobre o assunto. Mas o governo federal realizou um chamamento público para seleção de novas operadoras das lojas, o que vem sendo questionado na justiça.
Livro:Perto dos 90 anos, Cristo Redentor ganha biografia Outro capítulo do entrevero aconteceu em setembro, quando o Padre Omar, reitor do Cristo, foi barrado por fiscais do ICMBio enquanto tentava acessar o santuário para a realização de uma missa. A Arquidiocese registrou boletim de ocorrência após o caso.
— Venho aqui transmitir a mensagem do presidente da República, para trazer uma solução definitiva para a área do Santuário do Cristo. Com apoio da Mitra vamos achar essa solução — prometeu o ministro.
O prefeito Eduardo Paes destacou a importância do monumento não só para o Rio como para o país:
— O Cristo é uma bússola para a cidade. Como disse o Dom Orani, reprenta cordialidade do povo. Tem um simbolismo muito forte não só para o Rio como para o Brasil.
Para o governador Cláudiio Castro, o monumento é também um símbolo de fé:
— Cristo representa a fé e a resiliência que precisamos ter nesse momento de retomada e, se Deus quiser, de fim de pandemia. É um momento de esperança, reconstrução e de uma nova vida — destacou.
O Globo segunda, 11 de outubro de 2021
APARECIDA: SAIBA COMO FAZER UM PASSEIO VIRTUAL NO FERIADO DE 12 DE OUTUBRO
Saiba como fazer um passeio virtual por Aparecida no feriado de 12 de outubro
Plataforma de turismo digital terá tour guiado pela cidade, e site do santuário oferece imagens em 360° da Basílica
O Globo
11/10/2021 - 04:30
RIO - Excursões em ônibus, caravanas em carros, motos, cavalos e até a pé. Muitos são os jeitos de visitar Aparecida para participar dos eventos ligadas a Nossa Senhora em 12 de outubro, o dia da padroeira do Brasil. Mas, graças à tecnologia, a romaria agora pode ser também virtual.
Essa é a proposta do site Turismo Virtual no Brasil que fará um passeio on-line no feriado desta terça-feira, às 19h30min. O tour digital acontecerá através de uma videoconferência via aplicativo Zoom, e será apresentado pela guia de turismo Rosana Garcia, que mora e trabalha em Aparecida.
— Nesse passeio nós não vamos somente visitar o santuário de Nossa Senhora Aparecida, como também vamos conhecer a cidade. Vamos apresentar os melhores lugares para visitar, a gastronomia, a, claro, a história da basílica, que é muito ligada à cidade de Aparecida. Vamos falar sobre casos, histórias, curiosidades dos fiéis, as romarias que acontecem — explica a CEO da plataforma, Maria da Luz Cobo.
O ingresso do passeio virtual custa R$15 por pessoa e pode ser comprado através do site turismovirtualnobrasil.com.br. O pagamento pode ser feito via PIX ou transferência bancária. O tour dura uma hora e meia e usará recursos visuais, como fotos e vídeos, como apoio para as explicações da guia. Durante o percurso, a comunicação com a guia acontece via chat, mas no final há um momento para troca de impressões e dúvidas.
— É a primeira vez que estamos trazendo Aparecida na plataforma. Por ser um destino muito pedido pelo público, pensamos em proporcionar essa viagemde forma virtual e, quem sabe, até despertar a curiosidade e a vontade de conhecer de forma presencial no futuro — diz.
A Turismo Virtual no Brasil é uma entre tantas iniciativas surgidas durante a pandemia, enquanto guias de turismo buscavam uma alternativa de atuação durante a paralização das viagens. A plataforma foi criada há pouco mais de um ano e meio e foca em tours on-line por destinos brasileiros. Há outros serviços semelhantes, mas com propostas diferentes, como o site Viajar de Casa, que conecta passageiros a guias espalhados por diversos países pelo mundo, ou o projeto Conexão Baré, que realiza visitas virtuais a aldeias indígenas na Amazônia também por meio de videoconferências.
Visita virtual ao santuário
Além do passeio guiado on-line, há mais caminhos para visitar Aparecida sem sair de casa. Um deles é o site a12.com/360, da administração do Santuário Nacional de Aparecida, que tem imagens em 360° de mais de 50 espaços, seja nos templos dedicados à santa, seja em outros atrativos da cidade.
É possível ver detalhes do santuário, como o nicho onde a imagem de Nossa Senhora é guardada dentro da Basílica, o altar central, as capelas, a Sala das Promessas, a Tribuna Bento XVI (visitada pelo então papa em 2007) e até o campanário.
Fora do santuário, dá para visitar locais marcantes, como a Basílica Histórica, o Memorial Redentorista, o Centro de Apoio ao Romeiro e o Porto Itaguaçu, o ponto do Rio Paraíba do Sul onde três pescadores encontraram a imagem de Nossa Senhora em 1717.
O site tem outros ambientes para quem quer participar da vida religiosa do Santuário Nacional de maneira virtual. É possível, por exemplo, rezar o terço, acender uma vela, ter acesso à liturgia diária, colocar uma intenção para as missas e cessar a Bíblia de Aparecida on-line. E também acompanhar as celebrações do Altar Central e de outras duas capelas.
O Globo domingo, 10 de outubro de 2021
GASTRONOMIA: TORTA BASCA - APRENDA A FAZER
No Dia da Sobremesa, aprenda a fazer a torta basca, o doce da vez
Chef ensina receita que aprendeu na Espanha e, ao prepará-la no Rio, conquistou fãs como Claude Troisgros e Felipe Bronze
Carol Zappa
09/10/2021 - 03:00 / Atualizado em 09/10/2021 - 10:00
Parece um cheesecake, mas não é. Tendência gastrômica do ano _ não só no Brasil, mas em todo mundo, como noticiou o jornal The New York Times_ a torta basca é uma versão espanhola da sobremesa americana, mas é mais cremosa, menos doce e sem a base de massa da prima famosa. No Dia da Sobremesa, aprenta a receita compartilhada pela chef Thábata Tubino, que conheceu o doce durante uma viagem à Espanha, onde é chamada de tarta de queso, e, ao prepará-lo no Rio, conquistou fãs como os chefs Claude Troisgros e Felipe Bronze
JÁ PROVOU O CHEESECAKE BASCO?
Receita de 'tarta' de queijo basca
por Thábata Tubino, criadora do Da Thábata (12 fatias)
Ingredientes
1 kg de cream cheese em temperatura ambiente 6 ovos em temperatura ambiente 300 ml de creme de leite 350 g de açúcar 1 colher de sopa de farinha de trigo peneirada, ou amido para glúten free
Pré-aqueça o forno a 200ºC e forre uma assadeira grande (em torno dos 23 centímetros) com duas camadas de papel manteiga. Em uma tigela, bata o cream cheese até ficar cremoso. Coloque a batedeira em velocidade mínima e adicione aos poucos o creme de leite até que a mistura fique homogênea. Repita o mesmo procedimento com o açúcar. Adicione os ovos um a um, integrando bem cada unidade à massa. Por fim, coloque a colher de sopa de farinha (ou amido para a versão sem glúten) e misture. Asse por cerca de 55 minutos. Se após 40 minutos a torta estiver dourada o suficiente, cubra a assadeira com papel alumínio para que termine de assar sem queimar. Retire do forno e deixe esfriar fora da geladeira.
Dica: Coloque na geladeira de um dia para o outro!
OS IRMÃOS DIEGO E DANIELE HYPÓLITO VÃO TRABALHAR NO CIRCO
Os irmãos Diego e Daniele Hypólito vão trabalhar no circo
Dos dois maiores ginastas brasileiros serão estrelas de espetáculo que estreia neste sábado (9) no Reder Circus, na Barra da Tijuca
O Globo
08/10/2021 - 12:31 / Atualizado em 08/10/2021 - 12:58
Dois dos maiores nomes da ginástica olímpica brasileira, Diego e Daniele Hypólito vão levar seu talento para o circo. Os irmãos serão as estrelas de "Abracadabra", um espetáculo inédito que estreia neste sábado (9) no Reder Circus, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
— Minha performance vai se basear na minha parte de saltos na ginástica e tem também um lado artístico, que está sendo um grande desafio. Estou empolgado e ansioso, porque é algo muito novo para mim e terei que vencer minha timidez no palco — revela Diego.
Medalista olímpico (foi prata na Rio 2016) e bicampeão mundial de solo, o atleta diz que a estreia sob a lona vem em boa hora:
— O circo é para todos, e é muito importante conseguirmos levar felicidade ao público em meio a uma pandemia que trouxe tantas perdas.
Diego e Daniele, que é vice-campeã mundial no solo e dona de nove medalhas em Jogos Pan-americanos, se apresentam juntos.
— Estar no circo é voltar a ser criança, lembrar coisas boas da vida. Essa é minha primeira vez no picadeiro e estou bem animada para fazer algo junto com o meu irmão. Espero que o espetáculo seja mágico e leve esperança para as famílias — comemora Daniele.
Além do número dos ginastas, o espetáculo tem trapezistas, malabaristas, acrobatas, bailarinos, músicos e uma nova atração chamada Globo da Vida, com oito motocicletas. Um telão gigante e um picadeiro próximo ao público para uma maior interatividade completam o espetáculo, que é embalado por uma orquestra ao vivo.
— Eu sempre levei o circo para o teatro e, agora, eu faço o inverso. O circo é a mãe de todas as artes, é um lugar que permite um reencontro com nós mesmos, sem censuras. Nos faz perceber nosso percurso até aqui e nos leva a pensar no rumo da nossa prosa. Todo mundo sai do circo um pouco super-herói — acredita o produtor Frederico Rede, criador e anfitrião do espetáculo e diretor teatral.
Serviço: Tivoli Park. Av. Ayrton Senna 3000, Barra. Sáb (9-10), dom (10-11) e ter (12-10), às 15h, 17h30 e 20h. Seg (11), às 20h. Ingressos a partir de R$ 120 (inteira) pelo site sympla.
O Globo sexta, 08 de outubro de 2021
GASTRONOMIA: CONHEÇA A SOBREMESA DA VEZ - TORTA BASCA INVADE A CIDADE
Conheça a sobremesa da vez: prima do cheesecake, torta basca invade a cidade
À moda espanhola, torta de queijo cremosa por dentro e queimadinha por fora vira hit e ganha novas variações
Carol Zappa
08/10/2021 - 09:33
Deu no New York Times: o cheesecake basco é o sabor do ano. Apontada pelo jornal americano como uma das tendências gastronômicas de 2021, a versão espanhola do doce, também conhecida por lá como tarta de queso, ganhou popularidade nos anos 90 no bar de tapas La Viña, em San Sebastian. Mas só recentemente se espalhou pelo mundo e chegou com representantes à altura por aqui. Mais cremosa, menos doce e sem a base de biscoito de sua congênere americana, a torta de queijo basca tem laterais e topo tostados, quase caramelizados, resultado das altíssimas temperaturas do forno em que é assada. Também não leva a tradicional calda de frutas – mas pode ganhar outras coberturas.
Na pandemia, a receita, preparada com cream cheese, nata, ovos, açúcar e pouquíssima (ou nenhuma) farinha, ganhou negócios especializados por aqui pelas mãos de chefs experientes ou doceiros de primeira viagem – caso da produtora de TV e teatro Thábata Tubino. Pioneira nessa onda em terras cariocas, ela resgatou as anotações de uma viagem à Espanha, onde provou a torta, para criar o Da Thábata. A receita típica, em novas versões e sabores, ganhou espaço também no cardápio de lojas e restaurantes consagrados. Pegando carona no Dia da Sobremesa, comemorado neste sábado, 9 de outubro, saiba onde provar essa delícia.
Ama Boleria Bolos e brigadeiros são os carros-chefes do negócio capitaneado por Bianca Obadia, mais um surgido em tempos pandêmicos. A torta de queijo à moda ibérica foi criada para as festas de fim de ano, mas ganhou espaço fixo no cardápio. - Queria uma cheesecake no meu cardápio, mas que fugisse do óbvio. Pesquisando, descobri essa maravilha! Corri atrás das receitas mais tradicionais e adaptei algumas coisas para minha versão. Depois que começamos a vender, foi um sucesso. Muitos não conhecem, mas depois que provam ficam apaixonados – conta a doceira, que manda junto com a torta uma geleia de morango caseira, para quem preferir acrescentar uma cobertura. Custa R$ 180,00, com 23 cm de diâmetro, e serve cerca de 15 fatias. Encomendas (com 2 dias de antecedência): 97954-7921 (WhatsApp). No Instagram: @amaboleria
Basca.RJ Como muita gente, o uruguaio Esteban Rovira, ex- subchefe do elegante Pérgula, no Copacabana Palace, teve que se reinventar durante a pandemia. Neto de catalães, morou na Espanha por cinco anos – três deles em Bilbao, no País Basco. Foi lá que teve contato com a torta, que ficou na sua memória afetiva. - Nunca cheguei comer a original, do La Viña, mas morando lá provei várias outras. É uma sobremesa excepcional, muito popular no País Basco, e agora no resto do mundo – conta o chef. Depois de testar diversas receitas, chegou ao ponto ideal: alta, fofinha e bem cremosa, com a crosta queimadinha, como um suflê. Lançada em maio, a Basca.RJ vende hoje aproximadamente 70 unidades por semana da torta, que sai a R$ 90,00. Usando a mesma técnica, Esteban acaba de criar uma nova versão, adaptando uma receita italiana: o tiramisù. A novata tem base de biscoito champanhe de café, é recheada de creme de mascarpone e coberta por cacau em pó. E não para por aí: sua próxima investida é uma variação com queijo da Canastra e noz-pecã caramelizada. Promete.
Encomendas: 98116-4460 (WhatsApp). No Instagram: @basca.rj
Da Thábata
Em uma viagem à Espanha em 2018, a produtora gaúcha ThábataTubino conheceu e se apaixonou pela receita, que trouxe na bagagem. Durante a pandemia, resolveu resgatar suas anotações para levar um pouquinho de afeto aos amigos em isolamento. Fez tanto sucesso que o hobby virou negócio: prestes a completar um ano, o Da Thábata conquistou fãs como os chefs Claude Troisgros e Felipe Bronze, que se encantaram pela iguaria, e inaugura no dia 29 uma loja no Shopping da Gávea. Ali, além da versão tradicional, que não leva farinha (R$ 89,00, a pequena com 15 cm, e R$ 185,00, a grande de 22 cm), serão vendidos também outros sabores, recém-criados: chocolate Callebaut ao leite (R$ 129,00 e R$ 229,00); trufada, com 70% cacau; e a bascafé, com extrato de café da casa (ambas a R$ 139,00 e R$ 239,00), além da opções sem açúcar ou lactose. Para quem quiser variar, Thábata criou também coberturas de caramelo salgado e goiabada rústica, vendidas em potinhos. Outra novidade exclusiva do espaço será a versão em sorvete, criada em parceria com a Vero Gelateria. Por enquanto, as entregas são feitas de quarta a sábado e os pedidos devem ser feitos até as 15h do dia anterior.
Meio sem querer, o chef Nello Garaventa acabou entrando na onda. Preparado no forno a lenha do restaurante italiano, o cheesecake queimadinho por fora com miolo quase derretido entrou como opção no menu fixo (R$ 184,00, com entrada, prato e sobremesa) em junho do ano passado, a pedidos de sua mulher e sócia, Lara Atamian. - Provei na Inglaterra e pirei. Acho básico e diferente ao mesmo tempo. Levamos um tempo tentando desenvolver aqui, sem seguir nenhuma receita, por tentativa e erro mesmo, até chegar ao ponto que a gente achava ideal – lembra Lara, que acabou mirando numa tendência. – Ainda falei pro Nello que ia ser o novo petit-gâteau – brinca.
Rua Visconde de Carandaí, 31, Jardim Botânico - 99435-8386. Ter. a sex., das 19h às 23h. Sáb., das 12h30 às 16h30 e das 19h às 23h. Dom., das 12h30 às 17h.
Kurt Na tradicional confeitaria fundada há quase oito décadas pelo alemão Kurt Deichmann (1907-2000) e tocada por sua sobrinha, Evelyn, os clássicos doces e tortas de sua terra natal abrem espaço para essa criação espanhola, que acaba de chegar à vitrine. Preparada seguindo à risca a receita original, com a superfície tostadinha e textura aveludada, a torta basca (R$ 170,00, com 20 cm) é vendida diariamente na charmosa lojinha do Leblon também em fatia (R$ 19,00). Mas vale o aviso: é bom reservar, pois a produção é limitada e a procura está alta. Rua General Urquiza, 117, loja B, Leblon – 2294-0599 e 2512-4943. Seg. a sex., das 8h às 19h. Sáb., das 9h às 18h.
La Villa O restaurante de cozinha francesa também incorporou a receita do país vizinho no menu, servida como sobremesa com chutney de morango por cima (R$ 34,00). “Culpa” do sócio Gregoire Fortat, que quis evocar uma memória afetiva da infância. - Minha família estava passeando em Biarritz, na costa basca francesa, e fomos para San Sebastian, do outro lado da fronteira, só para comer essa torta de queso – lembra. Rua Álvaro Ramos, 408, Botafogo - 2542-2771. Ter., qua. e dom., do meio-dia às 16h. Qui. a sáb., do meio-dia às 23h.IFood.
Mäska Com passagens pelos estrelados Noma, em Copenhague, e Eleven, em Lisboa, o chef Pedro Coronha está atento às tendências. Tanto que incluiu sua versão da sobremesa da moda no menu do recém-aberto restaurante de cozinha contemporânea com toques orientais. - Durante muito tempo a torta clássica com massa embaixo foi a mais querida. A versão espanhola tem cremosidade por dentro e uma caramelização por fora que beira o queimado, sem o amargo – tanto que em inglês chamam de “burnt basque cheesecake”. A maioria dos chefs passou a estudar a fórmula por essa obsessão pelo ponto. Por ser uma receita simples, mas ao mesmo tempo bem técnica, quis reproduzir da nossa maneira – explica o chef. No Mäska, a basque cheesecake é servida com sorvete de framboesa, também feito na casa (R$ 29,00).
Rua Rua Joana Angélica, 159, Ipanema - 99997-0250. Dom. a ter., do meio-dia às 23h. Qua. a sáb., do meio-dia à meia-noite.
JÁ PROVOU O CHEESECAKE BASCO?
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O Globo quinta, 07 de outubro de 2021
GASTRONOMIA: CASA DO PORCO É O 17° MELHOR RESTAURANTE DO MUNDO
A Casa do Porco é o 17º melhor restaurante do mundo
Espaço subiu 22 posições no ranking criado pela revista 'Restaurant'
O Globo
06/10/2021 - 10:46 / Atualizado em 06/10/2021 - 12:10
A Casa do Porco, na capital paulista, é o 17º melhor restaurante do mundo, de acordo com o "The World's 50 Best Restaurants 2021", ranking criado pela revista britânica "Restaurant", considerado o Oscar da gastronomia mundial. O restaurante, dos sócios Jefferson e Janaína Rueda, é o único brasileiro na lista. Em 2019, o espaço tinha ficado na 39º posição. O restaurante dinamarquês Noma ocupa a primeira posição, mesma colocação que esteve em 2010, 2011, 2012 e 2014. A cerimônia aconteceu na Antuérpia, Bélgica, nessa terça-feira.
"Muito felizes e emocionada. A ficha ainda não caiu. Fico mais feliz ainda que o reconhecimento da Casa do Porco veio primeiro do Brasil, desde o primeiro dia tivemos público e apoio dos brasileiros. Um reconhecimento interno. Sempre fomos muito divulgados dentro do nosso país. Esse prêmio é para todos nós. A cozinha do nosso país está entre as coisas que temos de melhor. E que nos próximos anos possamos ter mais brasileiros na lista mundial também", diz Janaína.
A publicação descreveu o menu do espaço como "uma celebração do porco em inúmeras formas".
Confira a lista completa do 50 Best:
1 - Noma em Copenhague, Dinamarca 2 - Geranium em Copenhague, Dinamarca 3 - Asador Etxebarri em Atxondo, Espanha 4 - Central em Lima, Peru 5 - Disfrutar em Barcelona, Espanha 6 - Frantzén em Estocolmo, Suécia 7 - Maido em Lima, Peru 8 - Odette em Singapura 9 - Pujol na Cidade do México, México 10 - The Chairman em Hong Kong, China 11 - Den em Tóquio, Japão 12 - Steirereck em Viena, Áustria 13 - Don Julio em Buenos Aires, Argentina 14 - Mugaritz em San Sebastian, Espanha 15 - Lido 84 em Gardone Riviera, Itália 16 - Elkano em Getaria, Espanha 17 - A Casa do Porco em São Paulo, Brasil 18 - Piazza Duomo em Alba, Itália 19 - Narisawa em Tóquio, Japão 20 - Diverxo em Madri, Espanha 21 - Hiša Franko em Kobarid, Eslovênia 22 - Cosme em Nova York, EUA 23 - Arpège em Paris, França 24 - Septime em Paris, França 25 - White Rabbit em Moscou, Ríssia 26 - Le Calandre em Rubano, Itália 27 - Quintonil na Cidade do México, México 28 - Benu em São Francisco, EUA 29 - Reale em Castel di Sangro, Itália 30 - Twins Garden em Moscou, Rússia 31 - Restaurant Tim Raue em Berlim, Alemanha 32 - The Clove Club em Londres, Reino Unido 33 - Lyle's em Londres, Reino Unido 34 - Burnt Ends em Singapura 35 - Ultraviolet by Paul Pairet em Xangai, China 36 - Hof Van Cleve em Kruishoutem, Bélgica 37 - SingleThread em Healdsburg, EUA 38 - Boragó em Santiago, Chile 39 - Florilège em Tóquio, Japão 40 - Sühring em Bangkok, Tailândia 41 - Alléno Paris au Pavillon Ledoyen em Paris, França 42 - Belcanto em Lisboa, Portugal 43 - Atomix em Nova York, EUA 44 - Le Bernardin em Nova York, EUA 45 - Nobelhart & Schmutzig em Berlim, Alemanha 46 - Leo em Bogotá, Colômbia 47 - Maaemo em Oslo, Noruega 48 - Atelier Crenn em São Francisco, EUA 49 - Azurmendi em Larrabetzu, Espanha 50 - Wolfgat em Paternoster, África do Sul
Janaína Rueda nasceu num cortiço no Brás
Paulistana nascida num cortiço no Brás, Janaína precisou ser fera para, ainda menina, se virar na selva do centro paulistano. Adolescente, ganhava dinheiro como ambulante, vendendo iogurte batido com frutas e beirute recheado de salpicão de frango. Depois, fez de tudo um pouco, de hostess de balada a vendedora de bijuteria e corretora de terrenos no interior paulista (seu Fusca era o escritório).
Trabalhava com marketing de bebidas quando conheceu o chef Jefferson Rueda, com quem se casou. E não recolheu as garras: cercada por cozinheiros profissionais por todos os lados, não se deixou intimidar e apostou no próprio tempero ao abrir, em 2008, o Bar da Dona Onça, que passou a congestionar a calçada do icônico Edifício Copan, de Oscar Niemeyer, no Centro de São Paulo.
Sucesso de pratos como feijoada com tartar de banana e galinhada com gema curada fez mais do que garantir o lugar de Janaina entre os chefs paulistanos. O Bar da Dona Onça foi o primeiro passo para ela se tornar uma espécie de embaixadora da cidade e, depois, da gastronomia brasileira. Com o marido, construiu um pequeno império que se restringe a uma área de poucos quarteirões na região da República, mas tem repercussão dentro e fora do país. O casal tem ainda A Casa do Porco e o Hot Pork, de cachorro-quente, e a Sorveteria do Centro.
O Globo quarta, 06 de outubro de 2021
GASTRONOMIA: PIZZA PARA TODOS OS GOSTOS - CRESCIMENTO DO DELIVERY INSPIRA NOVAS RECEITAS
Pizza para todos os gostos: crescimento do delivery inspira novas receitas
Campeãs absolutas de entregas em tempos de pandemia, as redondas multiplicam-se por novos negócios e cardápios com receitas inventivas
Carol Zappa
06/10/2021 - 07:57
Difícil achar comida mais “comfort” que a boa e velha pizza – líder nos pedidos de delivery em tempos de pandemia. Mas ninguém precisa cair na mesmice: no último ano, novos negócios entraram em cena, com pedidas para todos os gostos. Há empreitadas dedicadas exclusivamente a entregas e outras em pontos fixos. De estilo napolitano, com muito molho de tomate fresco e azeite, ou inspiradas nas versões nova-iorquinas, de massa fina, para comer com as mãos, combinações fora do lugar comum e receitas consagradas ganharam o topo das redondas – ou quadradas, em alguns casos. Veganos não ficam de fora e, entre as tendências mais recentes, ganharam espaço os preparos de fermentação natural. Não à toa, padarias artesanais são responsáveis por algumas das melhores dicas da cidade. - É uma evolução natural do pão, mas com a pizza você pode brincar mais – diz Guilardo Rocha, que deu uma pausa na sua panificação, a Pedra e Oliva, para se dedicar à Locale, recém-aberta em Copa. Há mais novidades saindo do forno – literalmente. À frente da Artesanos Bakery, que este mês ganha nova unidade no Recreio, o padeiro Ricardo Rocha se certificou como pizzaiolo napolitano e trouxe da Itália um forno a lenha feito à mão para fabricar a autêntica pizza servida por lá, com insumos italianos e certificado da Associazione Verace Pizza Napoletana (AVPN).
VARIAÇÕES EM TORNO DA PIZZA
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
ESCOLHA A SUA PIZZA!
SÓ DELIVERY:
Ramiro. Novidade em Copa, a pizza do chef Bruno Magalhães (Botero, Liga dos Botecos) foi pensada para chegar em casa sem perder a textura ou a temperatura. Bordas gordinhas chamuscadas, como manda a tradição napolitana, podem (e devem) ser mergulhadas no molho de burrata e manjericão, servido à parte. As receitas do pizzaiolo Agaciano Rodrigues (ex Bráz e Capricciosa) chegam em sabores clássicos, diferentões e veganos, em quatro tamanhos, do pequeno (25 cm) ao giga (40 cm). Prove: a Croque monsieur, com molho de tomate, mussarela, presunto, requeijão, mostarda Dijon e parmesão (R$ 49,90 a R$ 79,90). Dica doce, a banofee, com mousse de cream cheese, banana e doce de leite com flor de sal custa R$ 39,90 (a pequena). Tel - 99409-1972. Ifood e próprio.
Bastarda. O chef Pedro de Artagão (à frente de negócios como Irajá, Boteco Rainha e Azur) levou seis meses para chegar no ponto ideal das redondas de sua nova empreitada, à moda das oferecidas em Nova York, fininhas e crocantes por baixo. Prove: Picada de abelha, com calabresa defumada, cebola-roxa, pimenta dedo-de-moça chamuscada e mel sobre molho de tomate e mussarela (R$ 55,00, com 30 cm, e R$ 75,00, 40 cm). Pedidos pelo Instagram @bastardapizza ou Rappi.
Pizzaria do Bairro: Redondas sem firulas, de sabor caseiro, fininhas e bem crocantes (quase um biscoito), a preços camaradas, no tamanho único de 35 cm. Chegou a Laranjeiras há pouco, mas a ideia é espalhar por outros bairros. Este mês entram em cena novos sabores. Prove: Margherita clássica (R$ 44,00) e, em breve, sardella, com pasta de pimentões e aliche, mussarela de búfala, tomatinhos, azeitona roxa, azeite de alho e manjericão (R$ 52,00). Tel - 2551-1000. Delivery próprio.
PARA CONHECER:
Locale. Depois de alguns meses só no delivery, o pequeno ponto abriu as portas no mês passado em Copacabana, onde funcionou a Amarena Gelateria, da família de um dos sócios.. Não há pressa: com trigo moído na hora, malte e melado, as massas de longa fermentação levam até 72h no preparo e são montadas com insumos de pequenos produtores. As receitas, de tamanho individual, são inspiradas na cultura italiana e ganham a companhia de uma novidade mensal. Servidas de sexta a domingo, tanto na casa quanto para entrega, podem ser encomendadas em qualquer dia. Prove: Parmigiana, com berinjela grelhada e defumada em pasta, molho de tomate da casa, queijo cacciocavallo, parmesão e manjericão (R$ 42,00). Rua Barata Ribeiro, 516, Copacabana. 99244-8100 (WhatsApp). Sex a dom, 18h às 22h. Delivery próprio.
Gero Panini. Instalada no casarão onde funcionou por anos o Gero, em Ipanema, essa versão mais casual do grupo Fasano oferece bons sanduíches e pizzas à moda napolitana, preparadas em forno a lenha em tamanho e sabores recém-chegados ao cardápio. Prove: Salsiccia e friarielli, com muçarela de búfala, passata de tomate, linguiça de lombo e brócolis italiano (R$ 58,00), receita típica de Nápoles. Rua Aníbal de Mendonça, 157, Ipanema. Tel. – 2239-8158. Seg a qui, do meio-dia às 15h e das 19h à meia-noite. Sex, do meio-dia às 15h e das 19h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 23h.
Oggi Pizza Napoletana. O atraente espaço aberto há menos de um ano no Leblon entrega ótimas redondas de massa fininha e macia e borda alta, preparadas com farinha italiana no forno a lenha em receitas criativas. Tamanho individual. Prove: Gaetano manfredi, feliz combinação de molho de tomate, mussarela, batatinhas assadas, pancetta, tomate-cereja, alho confitado, ervas e vinho tinto (R$ 48,90, individual), e a receita de burrata inteira, coberta por pesto, rúcula e tomatinhos assados (R$ 56,90). Rua Aristides Espínola, 101, Leblon. Ter a dom, a partir das 18h. Ifood e Rappi.
Suburbanos. Criada no Recreio por dois primos em 2019, a marca já ganhou dez lojas híbridas, com balcão e salões pequeninos e delivery forte – Grajaú e Taquara foram inauguradas há menos de um mês. Decoração e receitas seguem o estilo nova-iorquino, com massa fofa e coberturas generosas. Prove: Bacon com cream cheese e alho-poró, sobre molho de tomate e mussarela (R$ 79,90, com 10 pedaços). Rua Teodoro da Silva, 335, Grajaú (mais 9 endereços). Tel - 2421-7000. Dom a seg, meia-noite às 4h30 e 17h às 23h59. Ter 17h às 23h59. App próprio e site www.suburbanos.com.br.
VEGANAS
Santa Pizza. Após 5 anos em Santa Teresa, as famosas pizzas desceram a ladeira e se instalaram há três meses em um casarão em Laranjeiras, que passou a oferecer também releituras interessantes de pratos clássicos no almoço, além de salgados. Entre as redondas, a novidade é a pizza vegana, de massa fininha aberta na mão e queijo sem ingredientes de origem animal, à base de polvilho, leite de coco e cevada, com diversas coberturas. Prove: a de abobrinha, que leva ainda um ingrediente secreto, ou a de brócolis com alho torrado (R$ 63,00 a média, com 35 cm, e R$ R$ 73,00 a grande, 40 cm). Rua Ipiranga, 67, Laranjeiras. Tel - 3971-0244 e 98949-9138 (WhatsApp). Ter a sex, 18h às 23h. Sáb. e dom. 13h às 16h e 18h às 23h. Delivery só à noite.
Vegane. As massas de longa fermentação ou integrais, com borda modelada à mão, preparadas com ingredientes de origem 100% vegetal, aportaram no último semestre em Copa. Queijos, bacon e ovo ganham versões à base de plantas. Prove: a que leva o nome da casa, com mussarela de castanha de caju, presunto defumado vegetal, palmito, cogumelo-de-paris marinado e orégano (R$ 75,00, 35 cm). Rua Miguel Lemos, 99, Copacabana. 97429-0440. Ter a qui e dom, 18h às 22h30. Sex e sáb, 18h às 23h30. Delivery próprio.
DA PADARIA:
Alvéole. Antes servidas a cada 15 dias, as pizzas de fermentação natural ganharam lugar fixo no cardápio diário, ao lado dos pães. Criações doces acabam de entrar em cartaz. Prove: Carmelita, com lascas de chocolate branco, avelãs e caramelo salgado (R$ 38,00, pequena). Shopping Downtown, bloco 9, loja 102, Barra. Tel - 97246-2185. App próprio.
Sova. No charmoso ponto, que começou com vendas por encomenda e em feiras, entram em cena a partir das 17h deliciosos discos de 26 cm de fermentação natural, também vendidos congelados. Prove: Choripan, linguiça artesanal de pernil e molho chimichurri (R$ 38,00). Rua Xavier da Silveira, 34, Copacabana. 2147-7158. Ter a qui, 8h às 22h. Sex e sáb. 8h às 23h. Dom 8h às 13h. App próprio e Ifood.
Bicho Pão. De quarta a sábado, a partir das 15h, o baiano Cassio Vieira inclui nas fornadas as saborosas pizzas al taglio, cortadas em pedaços retangulares. Prove: Marguerita com pesto de basilicão (R$ 14,90). Rua Andrade Pertence 33, Catete. Tel - 3497-3695 e 98005-5689. Ter a qui, 14h às 20h. Sáb. 9h às 19h. Dom. 9h às 13h. Ifood.
O Globo terça, 05 de outubro de 2021
OUTUBRO ROSA: AS MULHERES QUE FIZERAM DO LAÇO DE FITA O SÍMBOLO DO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA
Outubro Rosa: As mulheres que fizeram do laço de fita o símbolo do combate ao câncer de mama
Penelope Laingen era mulher de um alto diplomata que estave entre os 52 americanos mantidos reféns no Irã por radicais muçulmanos durante 444 dias, entre 1979 e 1981, após a Revolução Islâmica. Em meio à angústia que se espalhou pelos Estados Unidos naquela crise, ela decidiu manifestar sua esperança prendendo uma fita amarela em torno do carvalho diante de sua casa, em Bethesda, no estado de Maryland. Então aos 48 anos, Penelope tinha criado o grupo de apoio às famílias dos reféns e começou a promover, durante entrevistas, o laço de fita amarelo como ícone do sentimento de uma nação que queria a libertação dos raptados. Não demorou até que o símbolo se espalhasse pelo país.
Penelope fora Inspirada pela música "Tie a yellow ribbon 'round the ole oak tree" (prenda uma fita amarela em volta do velho carvalho). Gravada em 1973 por Toni Orlando and Dawn, a canção foi escrita do ponto de vista de um presidiário que, ao fim de sua pena, pediu à amada para usar a fita como o sinal de que ela o aceitaria de volta. A ideia teria origem no século XIX, quando muitas mulheres, supostamente, usavam laços amarelos no cabelo enquanto seus maridos lutavam na Guerra Civil Americana (1861 - 1865). A mulher do diplomata sequestrado, no entanto, não imaginava que seu gesto inspiraria, no futuro próximo, outras campanhas de conscientização sobre temas como o câncer de mama e a Aids.
Na década de 80, não havia campanhas sobre câncer de mama, e a doença era cercada de tabus e estigmas. Foi quando Charlotte Haley, moradora de Simi Valley, Los Angeles, decidiu mudar isso. Sua irmã mais velha e sua filha sofriam de câncer de mama. Ela começou um movimento local, reivindicando mais investimentos em pesquisa e promovendo autoexame e testes de imagem. Como símbolo, criou um pequeno laço de fita pêssego, sua cor favorita, para as pessoas prenderem junto à lapela. A ideia era que outras pessoas perguntassem: "Por que você está usando essa fita?". Assim, o assunto ganharia circulação. Charlotte distribuía o lacinho em cartões onde se lia: "Fita de conscientização do câncer de mama: Junte-se a esse movimento. Ajude-nos a acordar os legisladores e a América usando essa fita".
Em 1991, as fitas vermelhas simbolizando a conscientização sobre a Aids ganhavam fama nacional, impulsionadas por um coletivo de artistas de Nova York chamado Visual Aids. Aquele sucesso motivou Charlotte a turbinar seu lacinho cor-de-pêssego. Com ajuda da família, ela confeccionou e enviou cartões com fitas pelo correio para cerca de 40 mil destinatários. Até que um dia o telefone em sua casa tocou. Era Alexandra Penney, editora da "Self Magazine", revista de grande circulação nos EUA, que queria usar o ícone numa campanha nacional contra o câncer de mama. Temendo ver sua ideia associada a uma empreitada comercial, a moradora do subúrbio de Los Angeles disse "não". Mas isso não impediu os planos da revista.
Alexandra Penney assumira a publicação após a morte de Phyllis Starr, fundadora da revista, vítima do câncer de mama. Decidida a homenagear sua antecessora, e sabendo que a doença causava sofrimento por todo o mundo, a editora não desistiria. Só precisava de uma fita diferente para sua campanha. Foi assim que o símbolo com a cor atual chegou ao grande público.
Em 1991, fitas cor-de-rosa foram distribuídas durante a Komen New York City Race For The Cure, corrida de rua anual promovida, em outubro, pela Susan G. Komen for the Cure, uma grande organização de combate ao câncer de mama nos Estados Unidos. Porém, os souvernirs eram um detalhe naquele evento, que acontece até hoje. Foi o modelo criado pela "Self Magazine" que realmente ganhou o país todo com a publicação da edição especial da revista dedicada ao câncer de mama, em outubro de 1992. Penney conseguira a adesão de grandes empresas da indústria dos cosméticos para distribuir exemplares da revista juntamente com as fitas cor-de-rosa nos balcões de suas lojas. Foi sucesso instantâneo.
"Tenho certeza de que vocês todos já viram a fita vermelha simbolizando a conscientização sobre a Aids em muitas lapelas. Agora, existe a fita cor-de-rosa para a conscientização sobre o câncer de mama", escreveu a editora naquela edição histórica da revista.
Hoje, o laço cor-de-rosa é um símbolo conhecido globalmente, que pode ser visto adornando de peças de roupas a grandes campanhas publicitárias de conscientização ao longo do ano todo, mas, principalmente, em outubro. Por isso, chamamos este mês de outubro rosa. Empresas de diversas áreas, publicações e organizações de saúde como o Instituto Nacional do Câncer (Inca) recorrem a esse ícone para chamar atenção para o câncer de mama, divulgando pesquisas sobre o assunto, exortando mulheres a fazer o autoexame e a marcar exames de imagem periódicos para diagnosticar a doença ainda em seu estágio inicial, quando é muito mais fácil combatê-la.
De acordo com especialistas, a pandemia de Covid-19 levou a uma redução grave no número de mulheres procurando unidades de saúde para fazer exames. Por isso, este mês, a Sociedade Brasileira de Mastologia lançou a campanha "Quanto antes, melhor", que reforça a necessidade de um estilo de vida saudável, para afastar os riscos da doença, e a importância da realização de exames periódicos, com o objetivo de identificar a eventual formação de um tumor em seu estágio inicial. No Brasil, mais de 30% dos diagnósticos acontecem em estágio avançado, o que torna o tratamento muito mais complicado.
O Globo segunda, 04 de outubro de 2021
BRASILEIRÃO - APÓS VITÓRIA, VASCO AUMENTA CHANCES MATEMÁTICAS DE ACESSO À SÉRIE A
Após vitória, Vasco aumenta chances matemáticas de acesso à Série A
Antes da rodada, time tinha 9%, agora aparece com 14,4%, segundo o Departamento de Matemática da UFMG
O Globo
03/10/2021 - 21:32 / Atualizado em 03/10/2021 - 21:38
Basta olha para a tabela da Série B para entender a vibração dos jogadores e da torcida do Vasco após a vitória por 2 a 1 sobre o Confiança, neste domingo. O time precisa tirar cinco pontos de diferença para o bloco formado por Botafogo, Goiás e CRB, todos com 48 pontos, que figuram em 3º, 4º e 5º lugares, respectivamente. A equipe também pegou o elevador nos cálculos matemáticos.
Antes da 28ª rodada, o Vasco tinha 9,1% de chances de subir para a Série A. Agora, são 14,4%. Ainda bem longe dos adversários logo à frente. O CRB, por exemplo, tem 55,4%; o Goiás, 61,8%; e o Botafogo, 66,4%, segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
É um longo caminho a percorrer, mas o time de Diniz terá 10 jogos para tirar a diferença e manter a boa sequência: três vitórias consecutivas. O grupo está confiante.
— Desde que o Diniz chegou, a gente só fala no acesso. Vamos subir porque estamos com um jogo qualificado e conseguimos regularidade. A gente sempre ganhava uma ou duas, mas agora embalou. Se Deus quiser vai ser só vitória – disse o meio-campo Gabriel Pec, o melhor do Vasco na vitória deste domingo.
O Globo domingo, 03 de outubro de 2021
ALEXANDRE BORGES FALA DA CARREIRA E DO FILHO COM JULIA LEMMERTZ
Alexandre Borges fala da carreira e do filho com Julia Lemmertz
- Eu tenho muita gratidão. Olha com quanta gente já trabalhei. Atores maravilhosos. A vida foi bastante generosa comigo. Fiz praticamente uma novela a cada ano. Tem coisa pela frente ainda. Quero me dedicar ao teatro e à poesia (ele tem feito leituras, principalmente em comunidades do Rio e de São Paulo, e participado de ações para doação de cestas básicas). E vou começar a cantar também, né? Quem sabe fazer uma rifa de alguns CDs e trocar por cesta básica? - brinca.
Alexandre se refere à repercussão de sua participação como cantor no "The masked singer Brasil", em que interpretou a Onça Pintada. Após ser eliminado, ele contou no "Encontro com Fátima Bernardes" que a mãe foi a única a saber o segredo. Nem mesmo o filho, o rapper Miguel (ele assina Migué), de 21 anos, teve conhecimento:
- Eu não contei. Depois, ele me elogiou. Disse: "Pô, pai, arrasou". Somos muito amigos. Hoje em dia, ele tem uma agenda lotada. A gente tem que ficar no pé (para encontrar). Mas eu entendo. Ele está em busca das coisas dele, dos sonhos dele, da independência. Um dia li uma coisa que me deu um insight, um conto zen. Ele diz que os pais são o arco e os filhos, a flecha. Você tem que ser um arco firme, que vai esticando, dando impulso. Aí Deus, a vida solta flecha. Ela vai para o futuro, para a frente. O arco já serviu para o que tinha que ser feito. A gente já teve a fase de ficar grudado. Dá uma saudade, né? Daquele bebê, daquela criança. Mas a vida é assim. A flecha tem que ir para frente. Eu vou estar sempre aqui.
Miguel é filho de Alexandre com a atriz Julia Lemmertz, com quem foi casado por 22 anos. Ele agora está solteiro:
- Estou em busca. Cadê meu amor? Eu ando na rua, na academia... Em algum lugar ela está. É gostoso ter uma parceira, alguém com quem dividir as coisas. Lógico que, depois de um casamento tão longo, não sei como vai ser. Morar junto, casar mesmo... Depende muito. Quando você se apaixona, já era. A razão vai para o ralo. A pessoa diz: "Nunca mais vou casar". Aí vira a esquina, o cupido dá uma flechada certeira e tudo vai por água abaixo. O ser humano sempre busca o amor, não só o romântico, mas o fraternal, por si próprio... É o que nos move.
Uma das pesquisas mais recorrentes no Google sobre Alexandre Borges diz respeito à sua idade. Ao saber dessa informação, o ator, de 55 anos, se diverte:
- Acho que as pessoas pensam: "Vamos ver a idade que esse coroa tem". Espero que falem: "Nossa, está enxuto". Me sinto cheio de vitalidade, garra, força de vontade e paixão. Acho que é por trabalhar com arte, algo tão dinâmico e imprevisível. Você nunca tem certeza de nada. Só o público vai te dar certeza se o trabalho pegou ou não. Acho que, como a gente sempre começa tudo de novo, isso me traz uma vitalidade.
Alexandre Borges é pai de Miguel, de 21 anos (Foto: Reprodução)
O Globo sábado, 02 de outubro de 2021
SOMOS MARSHALL: A TRAGÉDIA DE AVIÃO QUE MATOU UM TIME DE FUTEBOL AMERICANO, EM 1970
'Somos Marshall': A tragédia de avião que matou um time de futebol americano, em 1970
Os treinadores de futebol americano Red Dawson e Gail Parker conversavam com tranquilidade enquanto compravam amendoim cozido numa lanchonete de beira de estrada, na área rural da Virginia Ocidental, nos EUA, quando receberam uma notícia devastadora. O voo 932 da Southern Airways, que levava jogadores, comissão técnica e dezenas de torcedores do time da Universidade Marshall havia caído quando começava a se aproximar do aeroporto, matando todas as 75 pessoas a bordo.
Era novembro de 1970. A equipe voltava de um jogo na Carolina do Norte, quando a tragédia aconteceu. Dawson e Parker faziam parte da comissão técnica e também tinham ido à partida, mas voltavam para casa de carro. Eles ficaram em choque. Foi o pior desastre já ocorrido com um time esportivo americano até hoje. Algo semelhante à queda do voo da Chapecoense, na Colômbia, em 2016.
O avião tinha 37 jogadores do Marshall University Thundering Herd, oito membros da equipe técnica e 25 torcedores, além de cinco tripulantes. O time retornava após sofrer uma derrota por 17 a 14 para o East Virginia Pirates, em Greenville. O elenco não costumava viajar de avião, já que a maioria dos jogos fora de casa ocorria a distâncias que podiam ser percorridas de ônibus. A universidade quase abriu mão daquele voo também, mas, no fim das contas, decidiu fretar o Douglas DC-9-30, com dois motores, da Southern Airways, para ir a Greenville.
A tragédia aconteceu na aterrissagem, às 7h36 do dia 14 de novembro de 1970. A aeronave se chocou com árvores numa colina perto do Tri-State Airport, na Virginia Ocidental, e explodiu em chamas. Uma investigação sobre o caso concluiu, no ano seguinte, que o desastre fora causado por um misto de condições meteorológicas ruins, falha humana e problemas técnicos no sistema de altimetria.
A catástrofe gerou comoção nacional e devastou a população na cidade de Huntington, onde fica a universidade, e em seus arredores. Setenta crianças perderam ao menos um dos pais no acidente. O reitor da instituição cogitou cancelar o programa de futebol americano, mas foi convencido a mantê-lo por técnicos, estudantes e torcedores do time. Nas semanas seguintes, uma força tarefa conseguiu montar um novo elenco com jogadores da divisão júnior e até mesmo com atletas de outros esportes, solidários ao luto na comunidade.
A equipe formada, batizada de Young Thundering Heard, viveu momentos de glória enquanto carregava para todos os jogos o sentimento de que representavam as vítimas da tragédia. Mas o time perdeu mais jogos do que venceu na temporada de 1971. Aquele, porém, era o início de uma recuperação que começou a se consolidar em 1984, quando o Thundering Heard teve sua primeira temporada vitoriosa. Nos anos 90, o time conquistou títulos importantes no circuito universitário, incluindo dois campeonatos nacionais, em 1992 e 1996, este último sem perder nenhum jogo.
Lançado em 2000, o documentário "Ashes do glory" remonta a tragédia de 1970 e narra o recomeço e a superação do time. A produção recebeu um Emmy de melhor documentário esportivo. Em 2006, veio a público o filme "Somos Marshall", inspirado na mesma trajetória de recuperação da equipe, com Matthew McConaughey na pele do treinador Jack Lengyel e Mathew Fox interpretando o técnico William Red Dawson. O longa é exibido nesta sexta-feira, na "Sessão da tarde".
O Globo sexta, 01 de outubro de 2021
DIA DO VEGETARIANISMO: CONHEÇA DEZ CARDÁPIOS IMPERDÍVEIS
Dia do vegetarianismo: conheça dez cardápios imperdíveis
Do árabe ao hambúrguer, do petisco ao japonês, passando por alta gastronomia, descubra o melhor da cozinha vegetariana na cidade
Pedro Tinoco
01/10/2021 - 01:47 / Atualizado em 01/10/2021 - 09:10
O vegetarianismo é um regime alimentar que exclui os produtos de origem animal. Há quem, em graus variados, adote este caminho por questões éticas, de proteção aos animais, de saúde, de respeito ao meio ambiente e até de boa convivência em sociedade – sim, aqueles boizinhos no pasto provocam muito desperdício, mas essa é outra história. Tudo bem, muito justo, mas também é possível abraçar a prática porque a melhor gastronomia avança nesse sentido a cada dia. Boa prova desta tendência é a variedade de saborosas sugestões que se encontram nos cardápios da cidade hoje, 1º de outubro, quando se celebra o Dia Mundial do Vegetarianismo. Experimente!
RECEITAS VEGANAS DE ENCHER OS OLHOS
Amir No tradicional árabe da Praça do Lido, em Copacabana, uma pedida para dividir é o vegetariano Amir (R$ 68), reunião de babaganouch (pasta de berinjela) ou homus (pasta de grão-de-bico), salada fatouch, berinjela frita, duas unidades de faláfel, duas de folha de uva enrolada, arroz com lentilha e cebola frita. Outra opção, o sanduíche de falável (com homus, cebola, tomate, salsa, alface, picles, nabo em conserva e molho tahine) pode vir no pão árabe (R$ 21) ou no no pão folha (R$ 31). Tem muito mais: explore o cardápio à vontade. Rua Ronald de Carvalho, 55, Copacabana – 2275-5596/2542-7039. De dom. a qui., do meio-dia às 23h. Sex. e sáb. do meio-dia à meia-noite. Delivery próprio (telefone ou app) e iFood.
Encarnado Burger Pedro Mattos, o criador à frente da chapa, inventou o Desencarnado Burger (R$ 32): no brioche fofinho entram burger do futuro (feito de carne vegetal), azeite defumado artesanal e sour cream, além de cebola-roxa para garantir o toque crocante. Rua Gomes Carneiro, 132, Ipanema (Ipanema Harbour) - 96988-6858. Ter., das 17h às 23h. Qua. a dom., do meio-dia às 23h. @encarnadoburger
Ganic Lab Na pioneira lanchonete “plant based” não entram produtos de origem animal – o cardápio não abre exceção sequer para lactose ou ovos. Uma pedida interessante, o BBQ Ganic (R$ 26,90) é o sanduíche mais pedido da casa: no recheio do brioche vegano entram blend de berinjela maçaricada, queijo e cebola caramelada, além de uma generosa quantidade de molho barbecue preparado com abacaxi, picles de pepino, alface e tomate. Avenida Rodolfo Amoedo, 341, loja anexo, Jardim Oceânico, Barra da Tijuca – 99574-5610. Ter. a dom., das 10h às 22h.
Liga dos Botecos Bruno Magalhães comanda esse recanto em Botafogo que ostenta uma seleção imbatível de petiscos de outros quatro conhecidos balcões da cidade: Bar do Momo, Cachambeer, Bar da Frente e Botero. Para celebrar o Dia Mundial dos Vegetarianos, entra em cena o saboroso guacamole de jiló (R$ 29,90), receita com pasta feita do fruto de sabor amargo e inconfundível, mais cebola-roxa picada, tomate, coentro, pimenta dedo-de-moça e limão. A ideia é passar nos nachos de massa de pastel e beliscar sem pressa. Rua Álvaro Ramos, 170, Botafogo - 3586-2511. Ter.a sex., das 11h às 23h. Sáb. e dom. das 11h30 às 23h. Delivery no Instagram: @ligadosbotecos
Naga Dentro do VillageMall, o sofisticado endereço do grupo paulistano Nagayama une ousadias contemporâneas e tradição. No meio do caminho, uma dica de aperitivo é a pipoca de berinjela, cortada em cubos, em massa crocante, servida com maionese de wasabi artesanal e leite. O tira-gosto é servido por R$ 25. Av. das Américas, 3900, Barra da Tijuca (VillageMall) - 3252-2698. Seg. a sáb., do meio-dia às 23h. Dom., do meio-dia às 22h.
Naturalie Bistrô Na cozinha da chef Nathalie Passos, formada no Natural Gourmet Institute, em Nova York, ganham destaque ingredientes orgânicos e sazonais, garimpados de pequenos produtores e entregues diariamente. É assim que é feita a moqueca da banana da terra e palmito, acompanhada de arroz integral e farofa de dendê (R$ 49,50). Nathalie diverte-se quando alguém acha que a receita leva peixe: “são as algas que usamos no caldo e tornam o sabor ainda mais interessante”, conta. Rua Visconde de Caravelas, 11, Botafogo - 2537-7443. De seg. a sáb., das 11h30 às 16h. iFood e Rappi.
.Org Tati Lund, a chef e proprietária, formou-se em nutrição pela UFRJ e, em seguida, aprimorou sua vocação no Natural Gourmet Institute, em Nova York. No seu cardápio vegano, receitas de bela apresentação são de comer com os olhos e, claro, agradam outros sentidos. Dica de prato principal, o Arroz do Norte reúne feijão de Santarém, jerimum, jambu, banana, salsa de pimenta, farofinha de cúrcuma e molho de maracujá (R$ 70). Opção de sobremesa que, de tão bonita, dá quase pena de comer, o trio de tarteletes (R$ 36) traz quitutes de cacau e mousse de maracujá, de pecan e frutas vermelhas e de paçoca, caramelo e coco queimado. Av. Olegário Maciel, 175, Barra da Tijuca - 2493-1791 e 97121-0070. De seg. a sáb., do meio-dia às 15h30. Ifood
Po’Boys Soul Food Novidade no circuito gastronômico da cidade, o negócio do chef Pedro Attayde inspira-se na tradição dos sanduíches de Nova Orleans, no Sul dos Estados Unidos. A versão preparada para o Dia do Vegetarianismo é o veggie bahn mi (R$ 26,90), sanduba de couve-flor tostada no azeite de curry, pasta de tomate assado, pepino fresco, picles artesanal de cenoura, maionese de chilli e coentro fresco, tudo isso recheando uma baguete fresquinha e crocante. Qua. a dom., das 18h às 23h. Delivery por telefone (97603-8003) e no Instagram (@poboysbr)
Ráscal O conhecido reduto de bufê farto e serviço à la carte oferece preparos de inspiração mediterrânea. Na ala vegetariana, prove o bowl feito com polpeta de feito com polpeta de legumes, mix de folhas, quinoa com cenoura e pupunha, grão-de-bico com espinafre, abóbora assada, abobrinha grelhada e salada grega, acompanhado de molho de azeite, limão e sal. O pedido aparece no bufê (R$ 86 durante a semana; R$ 96 sábados, domingos e feriados), mas também é oferecido em porção individual (R$ 62). Av. Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon (Shopping Leblon) - 2259-6437. Seg, do meio-dia às 15h. Ter. a sex., do meio-dia às 15h30. Sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom. e feriados, do meio-dia às 22h30. Dom. a qui., das 19h às 22h30. Sex. e véspera de feriados, das 19h às 23h30.
Teva O seitan, proteína isolada do glúten, foi desenvolvido na culinária asiática no século VI e, desde então, é aproveitado como um versátil substituto da carne. Tradicionalmente, o ingrediente rico em fibras e proteínas é obtido através do enxágue e do cozimento da massa de trigo, para remover o amido e trazer como resultado uma substância de consistência densa – que, devidamente temperada, pode metamorfosear-se em bife, hambúrguer e embutido, entre outras opções. No restaurante e bar de vegetais Teva, em Ipanema, aposte no seitan à milanesa, ao molho béarnaise, acompanhado de arroz maluco, batata palha e couve kale refogada com alho (R$ 58). Av. Henrique Dumont, 110, loja B, Ipanema - 3253-1355 e 99150-6044. Ter. a sex., do meio-dia às 16h e das 18h à meia-noite. Sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom., do meio-dia às 22h. iFood e delivery próprio
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo quinta, 30 de setembro de 2021
DE HOTEL-BUTIQUE A CHARRETES ELÉTRICAS, O QUE HÁ DE NOVO EM PETRÓPOLIS
De hotel-butique a charretes elétricas, o que há de novo em Petrópolis
Com jardim de Burle Marx e restaurante estrelado, Casa Marambaia é um dos destaques do ano na cidade da Região Serrana
Marcelo Balbio
30/09/2021 - 04:30
PETRÓPOLIS - Poucos minutos de carro separam a estrada de Corrêas da sede da Casa Marambaia. Ao cruzar o portão de entrada e atravessar uma pequena ponte, o visitante avista o casarão da fazenda, uma propriedade dos anos 1940, e se vê num vale rodeado por montanhas e pelo verde. O hotel-butique, a 15 minutos do Centro de Petrópolis, é uma das novidades que surgiram na Região Serrana do Rio este ano, na contramão das dificuldades impostas pela pandemia.
Aberto em janeiro, o lugar que pertenceu a Odete Monteiro e tem jardins de seu então amigo Burle Marx vem se juntar a outros do segmento de luxo, um aposta na exclusividade e na alta gastronomia, nicho ainda pouco explorado na serra. São oito suítes e um restaurante principal, com cardápio assinado por Roland Villard e David Mansaud e cozinha comandada pela chef Bruna Mello. A aposta na gastronomia tem se mostrado certeira, como reflete o movimento de não hóspedes no almoço e jantar, e o menu elaborado pelos chefs franceses ganha agora sua primeira atualização.
UM PASSEIO PELA ZONA RURAL DE PETRÓPOLIS, ENTRE CACHOEIRAS E SÍTIOS DE ORGÂNICOS
O cardápio tem novos itens como cassoulet tradicional cozido no forno (com confit de pato e porco assado) de prato principal e mantém outros do anterior, como a entrada de gaspacho de agrião, maçã crua e salmão curado. Além disso, realiza sempre na terceira sexta-feira do mês o Jantar Imperial (o próximo é no dia 15 de outubro), com menu inspirado nos banquetes promovidos por Dom Pedro II.
Para hóspedes, além de aconchegos das suítes que incluem móveis de época, amenities Bvlgari e vista para parte da Serra dos Órgãos, há uma estrutura para lazer (piscina, fazendinha, trilhas para cavalgadas e caminhadas), esporte (academia, quadra de tênis) e atrações de puro deleite. Isso inclui passear por lagos e cachoeiras e pelos jardins agora recuperados de Burle Marx, com direito a um painel de azulejos criado pelo artista que é um convite para imagens no Instagram. Não que faltem cenários ou detalhes na decoração para fotos.
Outras joias na cidade imperial
Charretes elétricas nas ruas
A prefeitura começou a testar, no último fim de semana, o modelo de charrete elétrica que será adotado em definitivo a partir de novembro. Ela substitui as antigas vitórias, carruagens puxadas por tração animal, sobretudo cavalos, e que foram proibidas em 2018. O veículo em teste está circulando, inicialmente, às sextas, sábados e domingos, das 10h às 18h, pelo circuito turístico do centro histórico. Até o final de novembro chegarão mais três unidades.
Museu Imperial
Desde 30 de junho, o público já pode visitar as duas alas (direita e esquerda) do museu. O acesso está liberado também aos jardins, à loja, à cafeteria e ao Pavilhão das Viaturas. Na ala direita, está em cartaz até fevereiro de 2022 a exposição temporária “Observando arte: um olhar sobre a pinacoteca do Museu Imperial”, que ocupa três salas e traz 42 obras, em sua maioria, pinturas a óleo do século XIX. Atividades como o Sarau Imperial e o espetáculo “Som e luz”, no entanto, continuam suspensas. As visitas ao museu precisam ser agendadas pelo telefone (24) 2233-0345, de segunda a sexta, das 9h às 17h.
Palácio Quitandinha
Após um ano e três meses fechado, este antigo hotel-cassino reabriu suas portas em 1º de junho, com uma exposição sobre a história do local, e capacidade para até 150 pessoas por vez, dentro do prédio e no lago em frente. Há também visitas guiadas, para grupos de até dez pessoas (agendamento pelo telefone (24) 2245-2020.
Casa de Petrópolis
Inaugurado em dezembro de 2020, o centro cultural, que funciona na famosa Casa dos Sete Erros, está com a exposição de fotografias “Do real ao imaginário” em cartaz até 7/11. A agenda de concertos pode ser conferida em culturacasadepetropolis.com.br.
Agenda gastronômica
Até domingo (3/10) acontece o festival Serra Serata — Tutti a Tavola, no qual restaurantes e pizzarias criam cardápios especiais para homenagear a herança italiana em Petrópolis.
O Globo quarta, 29 de setembro de 2021
LIBERTADORES: FLAMENGO NA FINAL DARÁ A RENATO ESCUDO CONTRA CRÍTICAS INTERNAS E EXTERNAS
Libertadores: Flamengo na final dará a Renato escudo contra críticas internas e externas
Treinador tem respaldo intacto do departamento de futebol, mas há alguns questionamentos após rodízio e queda de qualidade
Diogo Dantas
29/09/2021 - 07:03 / Atualizado em 29/09/2021 - 07:48
Com as voltas de Arrascaeta e Filipe Luís, recuperados de lesão, o técnico Renato Gaúcho poderá enfim escalar o Flamengo ideal pela primeira vez, nesta quarta-feira, na segunda partida da semifinal da Libertadores, contra o Barcelona (EQU).
A classificação para a decisão dará ao treinador um escudo mais forte contra críticas internas e externas que têm se avolumado em função da queda de desempenho da equipe na briga pelas três frentes de disputa na temporada.
Apesar do total respaldo do departamento de futebol pelo trabalho do técnico e de toda a comissão, sobretudo em relação ao rodízio de jogadores, poupados para não se lesionarem, há questionamentos no clube.
Parte da diretoria entende que seria possível manter a força máxima para não deixar de pontuar no Brasileiro. E vê o trabalho de Renato como um passo atrás em relação ao que o Flamengo já jogou com técnicos anteriores.
No Conselho do Futebol, há entendimento que para disputar as três frentes, será necessário lançar mão do elenco ainda mais reforçado na última janela de transferências. O respaldo é total, apesar de todos admitirem que o time de fato oscilou.
A cada coletiva de Renato em que o treinador fala que o Flamengo vai tropeçar, o coro com críticas a um discurso que não se aceita no clube que pretende ganhar tudo aumenta, desde as redes sociais, até os grupos de conselheiros e dirigentes.
No entanto, o técnico e o departamento de futebol se sustentam nos números excelentes desde a troca de comando. A vaga na final da Libertadores ainda comprovará a tese de Renato de que é importante pensar na frente, para que o Flamengo tenha chance de ganhar todos os torneios. No Brasileiro, o entendimento é que há mais de 20 jogos em disputa para recuperar.
O Globo terça, 28 de setembro de 2021
DICA DO DIA: UMA RECEITA DE HAMBÚRGUER POR TROISGROS E BATISTA
Dica do dia: uma receita de hambúrguer por Troisgros e Batista
No maior bom humor, os parceiros na cozinha ensinam a preparar hambúrguer com tartare de beterraba na nova temporada do 'Que Marravilha! Delivery'
O Globo
28/09/2021 - 08:19
O bom humor é o mais evidente truque de cozinha que os chefs e bons amigos Claude Troisgros e Batista compartilham diante das câmeras. Não importa o que eles, juntos nas gravações de Que Marravilha! Delivery, estejam preparando, a alegria com que pilotam panelas, facas e outros talheres é sempre contagiante. Na segunda temporada do programa, com exibição de episódios inéditos toda terça-feira, às 22h, no GNT, Troisgros e Batista variam o cardápio sem perder a ternura – a série é uma homenagem aos entregadores, que trabalham todo dia para levar comida para a clientela. Em um do novos episódios de Que Marravilha! Delivery, os renomados (e bem-humorados) chefs presenteiam o entregador Rodrigo Marcelino, o “Marcelino do Passinho”, com um saboroso hambúrguer de carne Angus com tartare de beterrada. Um toque especial é a salada fresquinha, cortada na hora na horta vertical que abastece a cozinha de Claude Troisgros.
- Hoje a gente vai fazer uma comida que a gente gosta de fazer -, anuncia, sorridente, o chef francês. Depois de assistir ao vídeo, confira a receita lá embaixo e faça você também – em casa!
O vídeo:
A receita:
HAMBúRGUER & TARTARE DE BETERRABA
Tempo de preparação: 1h40 Dificuldade: média Rendimento: 04 unidades
MOLHO TARTARE
4 colheres sopa maionese 2 colhes sopa ketchup 50ml água fria 1 cebola picada caramelada no azeite 1 colher sopa de mini-alcaparras ½ pimenta dedo-de-moça picada salsa picada sal
Misture tudo
BETERRABA
02 beterrabas grandes 100 ml vinagre balsâmico 2 colheres sopa mel 1 colher sopa azeite sal, pimenta do moinho
Cozinhe as beterrabas com pele na água com sal, por 30 a 40 minutos. Descasque, corte em fatias de 1 centímetro de espessura e coloque em um tabuleiro. Tempere com sal e pimenta do moinho, coloque mel, vinagre balsâmico e um pouco de água do cozimento da beterraba. Regue com azeite e asse o forno a 180º por 30 a 40 minutos. Ao esfriar, pique na faca e misture ao molho tartare.
HAMBÚRGUER
04 hambúrgueres Sal, pimenta do moinho Temperar e grelhar os hambúrgueres
PARA SERVIR
4 pães de gergelim para hambúrguer 4 folhas de alface de todos os tipos Folhas de hortelã 4 fatias bacon Seara Crisp Azeite extravirgem
Levar pão e hambúrguer ao forno por 5 minutos. Montar da seguinte maneira: pão, molho tartare, hambúrguer grelhado, tartare de beterraba, bacon crisp, alfaces e hortelã temperados com azeite e outra fatia de pão.
O Globo segunda, 27 de setembro de 2021
BRASILEIRÃO - FEITO DE FRED, RECOMPENSA DE LUIZ HENRIQUE E SUSTOS INOPORTUNOS NA VITÓRIA DO FLUMINENSE
Análise: Feito de Fred, recompensa de Luiz Henrique e sustos inoportunos na vitória do Fluminense
Tricolor bate time reserva de Bragança Paulista, vai a 31 pontos e cola de vez na briga por uma vaga na Libertadores
Vitor Seta
26/09/2021 - 19:50 / Atualizado em 27/09/2021 - 00:28
A tarde deste domingo, no Maracanã, foi de Fred, que marcou seu 155º gol, ultrapassou Romário e se isolou na segunda colocação na lista dos maiores artilheiros da história do Brasileirão — Dinamite é o primeiro, com 190. Mas o nome da vitória por 2 a 1 do Fluminense sobre o Bragantino foi o atacante Luiz Henrique, que iniciou a jogada do primeiro gol e marcou o segundo, um golaço.
A vitória levou o Flu aos 32 pontos, um a menos que que o Corinthians, que abre o G6. O tricolor segue firme na briga por uma vaga na Libertadores.
— Luiz está sendo o jogador mais importante nosso. Está se desenvolvendo muito. Tem potencial para ser o melhor do Campeonato Brasileiro. É um prazer jogar com um talento desse — disse Fred, rasgando elogios ao atacante de 20 anos, eleito o melhor da partida.
A boa fase de Luiz Henrique tem dedo do técnico Marcão, que vem apostando no jovem desde que reassumiu o comando do Fluminense. Desde que ganhou a primeira oportunidade, entrando no segundo tempo do empate contra o Juventude, no último dia 2, não saiu mais da equipe. Retribuiu bem as chances: marcou contra Chape, São Paulo e Cuiabá.
Ontem, voltou a mostrar que foi uma escolha certeira: roubou bola no meio, arrancou em velocidade e enfiou para Nonato cruzar na medida para Fred abrir o placar. Depois, já no fim do primeiro tempo, tirou dois marcadores da jogada com um bonito drible e fuzilou o ângulo de Julio César para fazer 2 a 0. As jogadas foram a cereja do bolo de uma grande primeira etapa em que foi perigo constante nas arrancadas e finalizações pela ponta.
Marcão, que fazia sua sétima partida na atual passagem pelo Flu, chegou a marca importante: o 16º jogo de invencibilidade em Brasileiros pelo tricolor. Superou Muricy Ramalho, de quem já havia igualado o recorde de 15 no empate contra o Cuiabá, na última segunda-feira.
Sustos no segundo tempo
Jogando com uma equipe reserva, recheada de garotos, o Bragantino se poupava para o segundo jogo da semifinal da Copa Sul-Americana, na próxima quarta-feira, contra o Libertad. Em meio a uma visível falta de entrosamento, foi presa fácil para um Flu ávido pelo ataque que, além das chegadas perigosas pelas pontas, finalizava bem de média distância. Julio César precisou fazer linda defesa para evitar gol de Yago Felipe ainda no primeiro tempo.
Já com 2 a 0 no placar, o tricolor voltou do intervalo com as linhas mais recuadas, e a bola passou a ficar mais com a equipe paulista. Assim como contra o Cuiabá, o adversário, que pouco havia chegado, ganhou campo e volume de jogo. No pouco espaço que recebeu, marcou com Helinho, um golaço da entrada da área, tipo de finalização em que o Braga mais levou perigo ao longo da partida.
O susto acordou o Fluminense, que ganhou força ofensiva com as boas entradas de Jhon Arias, Gabriel Teixeira e Bobadilla.
Enquanto a aposta de Marcão em Luiz Henrique segue dando certo, a proposta de jogo ainda rende sustos. Ontem, as substituições funcionaram e o Flu ficou mais com a bola no ataque, freando o ímpeto do Bragantino pelo empate. É natural que a equipe não mantenha a mesma intensidade, mas ter mais a bola parece a melhor saída para que o tricolor não sofra na metade finais das partidas e não sangre com desatenções contra adversários mais fortes.
— A gente sabia que eles iam arriscar. Estavam perdendo de 2 a 0, teriam que tentar chegar ao nosso gol. Íamos ter que encontrar soluções para sair. Jogos se apresentam dessa maneira, a gente faz movimento contrário para manter equipe forte — avaliou o treinador.
O Globo domingo, 26 de setembro de 2021
ESPETÁCULOS: CASAS E CAUSOS DE BAMBAS, COM FILHAS E NETAS DE CANDEIA, ZÉ KÉTI, CARTOLA E CLEMENTINA DE JESUS
Casas e causos de bambas: filhas e netas de Candeia, Zé Kéti, Cartola e Clementina de Jesus cantam sucessos dos mestres
Show no Theatro Municipal de Niterói terá repertório de clássicos, como 'O sol nascerá', 'A voz do morro' e 'Marinheiro só', além de sambas-enredos antológicos
Chico Otávio
25/09/2021 - 04:30
A poderosa voz de Clementina de Jesus virava um sussurro, quase inaudível, quando a cantora acudia um dos sete netos, que passava mal. Ela o levava para o quarto, na casa de Inhaúma, Zona Norte do Rio, deitava a cabeça em seu colo e rezava baixinho, evocando a fé católica reforçada pelas religiões de matriz africana. Fazia repetidas vezes o sinal da cruz com uma das mãos e com a outra fingia que jogava algo fora, até o neto adormecer.
— Não sei o que acontecia, mas eu acordava me sentindo bem — recorda-se a cantora Vera de Jesus, uma das netas.
Em 27 anos de convívio com a avó, que morreu em 1987, Vera abarrotou um baú de histórias que até hoje a emocionam. As tradicionais festas no sopé da Igreja da Penha, onde Clementina comandava a música na barraca da família ao lado do Parque Shangai, as peixadas de segundas-feiras, depois que ela escolhia o peixe na feira, a parreira enorme na casa de três quartos, em Inhaúma, as constantes visitas de músicos famosos — uma vez, Milton Nascimento chegou carregando um skate, que daria a uma criança.
Vera ainda não sabe qual das muitas histórias vai escolher para contar, neste sábado, no Theatro Municipal de Niterói, durante o show das Matriarcas do Samba. Vai decidir na hora. Ela é uma das quatro artistas do grupo, que conta ainda com Nilcemar Nogueira, neta de Cartola, Geisa Ketti, filha de Zé Kéti, e Selma Candeia, filha de Candeia. A apresentação, que intercala músicas com histórias extraídas da memória das cantoras, é um mergulho no fundo dos quintais e na intimidade dos pais e avós, ícones da música popular.
Com a voz apurada no terreiro doméstico, as herdeiras vão cantar 25 músicas, entre as quais clássicos como “O sol nascerá” (Cartola e Elton Medeiros), “Me alucina” (Candeia), “A voz do morro” (Zé Kéti) e “Marinheiro só” (Clementina de Jesus). Sambas-enredos antológicos, como “Ilu ayê” (Portela) e “História pra ninar gente grande” (Mangueira), e sambas de terreiro também estão no roteiro.
— Escolhemos as músicas mais afetivas e que fizessem sentido na trajetória de cada um. Clementina é a memória ancestral. Cartola, o cotidiano na favela, a forma de viver feliz, na pobreza. Candeia, os excluídos nas escolas de samba, que foram apropriadas pelas organizações. Já o samba do morro se unindo ao asfalto, com consciência política, é Zé Kéti — explica Nilcemar.
Elas cantam juntas e separadas e, antes de passar a vez para a outra, contam histórias. Esse momento é pura improvisação, com passagens da vida que até hoje produzem lágrimas e gargalhadas, principalmente quando os casos convergem para Nelson Cavaquinho, amigo dos artistas.
Geisa lembra que Zé Kéti convidou Nelson para batizá-la. Panelões de feijoada já fumegavam na cozinha da casa de Bento Ribeiro, enquanto a família e convidados aguardavam o padrinho na igreja.
— Nove, dez, onze horas, meio-dia, e nada de o padrinho aparecer. Meu pai, irritado, resolveu voltar para casa e servir a feijoada sem batizado. Só no meio da tarde, Nelson apareceu. E teve de enfrentar a revolta do meu pai: “Como você pode fazer isso comigo”. Nelson desculpou-se: “Zé, atrasei porque estava acabando uma música. Ouça: “Tire o seu sorriso do caminho. Que eu quero passar com a minha dor” — conta.
Depois de cantar a obra-prima “A flor e o espinho”, Nelson estava perdoado.
Ao ouvir a história, Nilcemar emendou com outra. Ela disse que, certa ocasião, o avô prestigiava um samba de compositores, no Centro, quando o cantor começou uma música que lhe soou conhecida. “Peraí, essa música é minha”, protestou Cartola. “Não, é minha”, rebateu o cantor. Eles ficaram nessa queda de braço até cair a ficha de Cartola: a música era parceria com Nelson Cavaquinho. Como conhecia os hábitos do amigo, foi cobrá-lo do constrangimento.
— Meu avô recordava-se, ao risos, da explicação de Nelson: “Cartola, só vendi a minha parte”. Eles continuaram muito amigos, sempre juntos, mas não fizeram outra parceria — diverte-se.
O quintal da casa da Rua Mapendi 58, em Jacarepaguá, também ocupa lugar de destaque na história. Era lá que Candeia, já em cadeira de rodas, recebia pelo menos três vezes por semana. De vez em quando dava de cara com os visitantes antes de tomar o café
— Tinha gente que chegava às seis da manhã, vinda da boemia, e começava a tocar no portão, como Casquinha— lembra a filha de Candeia.
Quem ouve as matriarcas cantarem e contarem se sente um pouco no quintal dessas casas lendárias.
Onde: Theatro Municipal de Niterói. Rua Quinze de Novembro 35. Quando: Sáb, às 19h. Quanto: R$ 40 (Sympla).
O Globo sábado, 25 de setembro de 2021
BRASILEIRÃO - VASCO VOLTA A VENCER
Análise: Vasco volta a vencer em sua pior atuação com Diniz, mas arbitragem e gramado roubam a cena
Expulsão de Léo Matos e anulação de um gol do Brusque interferiram no desenrolar da partida
Rafael Oliveira
25/09/2021 - 00:19 / Atualizado em 25/09/2021 - 00:26
Depois de dois empates frustrantes, o Vasco conseguiu sua primeira vitória com Fernando Diniz. Num jogo marcado por erros de arbitragem e pelo péssimo estado do gramado do Augusto Bauer, os cruz-maltinos derrotaram o Brusque por 1 a 0 e ganharam um fôlego na luta pelo acesso.
A vitória magra permitiu ao Vasco chegar aos 37 pontos. Neste momento, está a sete do G4. Mas ainda restam mais jogos para completar a rodada. Na segunda, o time já volta a campo contra o Goiás, em São Januário.
O jogo ainda confirmou o bom momento de Nenê neste retorno ao clube. Autor do gol, o meia já marcou dois em três partidas e confirmou que pode ajudar o Vasco em sua caminhada.
Mas o maior destaque da partida não foi nenhum jogador em campo. E sim a arbitragem, que interferiu diretamente no resultado. Primeiro, exagerou ao expulsar Leo Matos aos 43 da etapa inicial. E, dois minutos depois, anulou o gol do Brusque numa falha grotesca. Ao traçar as linhas de marcação para saber se Jhon Cley estava em condições no início da jogada, os operadores do VAR usaram o jogador errado como referência.
Ainda que seja difícil analisar qualquer atuação nestas condições, foi possível notar dois problemas no time do Vasco. Um deles apareceu já nos primeiros minutos da partida: a já tradicional dificuldade de lidar com a bola aérea em sua área. Logo aos 5, o Brusque chegou a abrir o placar numa jogada iniciada em cobrança de escanteio. Mas a arbitragem invalidou o lance (aí, sim, acertadamente). E este não foi o único sufoco passado pelos cruz-maltinos neste tipo de situação ao longo da partida.
Para completar, o Vasco pecou em insistir com seu estilo num gramado em que, nitidamente, ele não é possível de ser praticado. Sem velocidade, a bola não ajudou a estratégia de jogo de muitos toques. Os números do primeiro tempo, quando o time jogou com 11 jogadores, deixam isso nítido. Sem conseguir infiltrar na área do Brusque, a equipe foi para o intervalo com apenas uma finalização (sem perigo, de Leo Matos).
A expulsão do lateral-direito mudou o cenário da partida, e Fernando Diniz soube aproveitar este novo cenário. Recuou as linhas, fechou a defesa e passou a esperar por uma oportunidade de contra-ataque. E ela veio. Aos 10, Zeca levantou pela direita na direção de Nenê, que concluiu de primeira. A partir daí, foi só segurar a pressão do Brusque para garantir a vitória.
O Globo sexta, 24 de setembro de 2021
GASTRONOMIA: RECEITAS DE PRIMAVERA - SUBIME ESTAÇÃO DAS FLORES
Receitas de primavera: sublime estação das flores
O inverno foi embora no início do último dia 22, abrindo caminho para a estação que costuma emprestar colorido especial aos cardápios da cidade
O Globo
24/09/2021 - 07:46 / Atualizado em 24/09/2021 - 08:22
O dente-de-leão é docinho, tem gosto próximo do mel. Já a capuchinha exibe um sabor mais ardido. A presença das flores na gastronomia, e não só enfeitando a mesa, vem de longe e ganha força a cada primavera. A mixologista Jessica Sanchez dá três dicas para quem quer se aventurar por este universo: 1) Tenha certeza de que está diante de flores realmente comestíveis e orgânicas. As flores recebem tratamento especial para este fim, não se pode usar qualquer uma. 2) Pesquise. Não se trata só de estética, as flores têm sabor. 3) Quanto menor a flor, maiores as chances de compor de forma acertada um prato ou drinque.
- No início colocava só por estética, depois passei a comer e vejo que algumas têm sabores incríveis – opina a chef Nathalie Passos, do Naturalie Bistrô. Saiba, a seguir, o que Jessica, Nathalie e outros profissionais da cozinha carioca prepararam para a primavera que acaba de chegar.
COMER, BEBER, FLORIR
Casa Camolese Uma das pioneiras atrações do complexo gastronômico instalado no Jockey Club, o misto de restaurante, cervejaria artesanal e bar tem carta de drinques aos cuidados do especialista Thiago Politi. É criação dele o Jardim suspenso (R$ 35), reunião de gim, frutas vermelhas com calda de flores do campo, espuma de hibisco e perfume de toranja. Rua Jardim Botânico, 983/989, Jardim Botânico – 3514 8200 e 99881-0584. Ter. a qui., do meio-dia às 22h30. Sex. e sáb., do meio-dia às 23h. Dom., do meio-dia às 19h30. iFood e Rappi.
Maguje O ambiente espaçoso, com varanda agradável e vista para o Cristo, fica dentro do Jockey Club. No cardápio, uma criação recente sob as bênçãos da primavera é a salada de bacalhau com grão-de-bico, cebola-roxa, azeitona preta, manjericão, laranja, tomate, azeite e ervas (R$ 46). Na sobremesa, enfeitado por uma flor, o sorvete de creme com coulis de frutas vermelhas e crumble do dia custa R$ 23. Rua Jardim Botânico, 1003, Jardim Botânico (Jockey Club) - 99895-2032. Ter. a qui., das 17h à meia-noite. Sex., das 17h à 1h. Sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 23h.
Manabu Inaugurado este ano, à beira da Praia de Copacabana, o restaurante japonês batizado em homenagem ao artista plástico Manabu Mabe (1924-1997) decora com flores quase todos os pratos do seu cardápio. É o caso da dupla de bao (R$ 40), tradicional pão asiático cozido no vapor com porco crocante, chutney de manga, picles de pepino e aïoli de sriracha, típico molho de pimenta tailandês. Outra dica florida do chef André Alves é a barriga suína frita, servida com sunomono e sweet chilli (R$ 34, quatro unidades). Avenida Atlântica, 4240, Copacabana – 99422-1586. Ter. a sex., das 19h à meia-noite. Qui. e sex., das 19h à 1h. Sáb., das 13h à 1h. Dom., do meio-dia às 20h. iFood
Naturalie Bistrô A estação é particularmente inspiradora para Nathalie Passos. A chef e fundadora do prestigiado restaurante de cozinha vegetariana aproveita o momento e capricha no uso de flores comestíveis. Nessa linha, uma novidade do cardápio é a cafta de cogumelos e feijão, servida na companhia de tabule de quinoa e coalhada da casa temperada com páprica (R$ 49,90), além de salada colorida e vinagrete do dia. Também recém-chegado, o creme de baroa com cogumelos grelhados, ladeado por salada de feijão-branco, tomate e picles de cebola-roxa (R$ 48,90), leva flores que combinam com os tons de seus ingredientes. Na ala das sobremesas, a novidade de primavera é a leve e refrescante mousse de tapioca com farelo de amêndoas e fruta fresca (R$ 25,60). Rua Visconde de Caravelas, 11, Botafogo –2537-7443. Seg. a sáb., de 11h30 às 16h. Ifood e Rappi
Tokkuri Jessica Sanchez, mixologista premiada, é dona de dois negócios na Barra da Tijuca: o bar Vizinho, no complexo Vogue Square, e este reduto de cozinha japonesa. No segundo endereço, a dona da empreitada mostra seu talento no Nitecap (R$ 32), um drinque preparado com vodca, flor de hibisco, shrub de morangos (redução natural da fruta com toque ácido), óleo de tangerina e limão. Avenida Afonso Arinos de Melo Franco, 222, Barra da Tijuca (Barra Prime Office). Ter. a sáb., do meio-dia às 15h e das 18h30 às 23h. Dom., do meio-dia às 15h e das 18h às 22h.
NA SERRA Casa Marambaia Na serra, o hotel boutique instalado em um belo casarão da década de 40 é cercado de jardins desenhados por Burle Marx. Neste cenário, o restaurante, aberto para não hóspedes, fica aos cuidados dos chefs franceses Roland Villard e David Mansaud. No cardápio, a ala das sobremesas traz o colorido Le bouquet (R$ 39), receita de chocolate e cupuaçu, enfeitada com flores e um curioso “vaso de plantas” comestível. Rua Dr. Agostinho Goulão, 2098, Corrêas – (24) 2236-3650.
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo quinta, 23 de setembro de 2021
GASTRONOMIA: DIA DO SORVETE - UMA LISTA DE DOCES SUGESTÕES PARA REFRESCA SEU DIA
Dia do Sorvete: uma lista de doces sugestões para refrescar seu dia
A data comemorativa, que chega junto com a primavera, é a desculpa perfeita para celebrar a vida com doces gelados
O Globo
23/09/2021 - 09:22
Em mais uma daquelas efemérides para tirar todo mundo da dieta, nesta quinta-feira, dia 23 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Sorvete. Como ele chega juntinho com o início da primavera, iniciada oficilamente na recente quarta, 22, anunciando a elevação das temperaturas, trata-se de uma desculpa e tanto para aproveitar a data e celebrar a vida na companhia de uma bela sobremesa geladinha. A seguir, conheça sugestões em cartaz em doze endereços da cidade.
Amélie Creperie
Com uma unidade recém inaugurada num charmoso casarão na Rua Arnaldo Quintela, em Botafogo – há outras cinco espalhadas por Barra, Ipanema e Gávea –, a casa de sotaque francês especializada nas galetes (crepes de trigo-sarraceno típicos da região da Bretanha) serve, para a sobremesa, o sacre coeur (R$ 32). Trata-se de uma versão doce com chocolate meio amargo, pera confit, sorvete de creme com macadâmia e amêndoas laminadas.
Rua Arnaldo Quintela, 94, Botafogo – 3496-9656. Dom. a qua., das 18h às 23h. Qui. a sáb., das 18h à meia-noite.
American Cookies
Unidade no Shopping Nova América da rede brasiliense especializada no biscoito de origem americana, o ponto lança a campanha Ice Cream Day. Apenas nesta quinta, dia 23 de setembro, o cliente poderá adicionar uma bola de sorvete de creme ao pedido de qualquer sabor de cookie pagando somente R$ 1 a mais. Triplo chocolate (R$ 12) e Jack Daniel’s (massa de cacau com uísque e chocolate branco, recheado de brigadeiro; R$ 13) estão entreas opções de cookie.
Shoppig Nova América Office 3000: Avenida Pastor Martin Luther King Júnior, 126, Del Castilho. Seg à sáb., das 10h às 22h. Dom., das 13h às 21h.
Aprazível
Restaurante brasileiro instalado num agradável casarão em Santa Teresa, propriedade da chef Ana Castilho e seus filhos, João e Pedro Hermeto, a casa serve uma sobremesa na medida para celebrar a data. Batizada de morango do amor (R$ 38), reúne morango orgânico flambado com suco de laranja e Cointreau, sorbet de morango com cupuaçu, suspiro e creme de leite batido.
Rua Aprazível, 62, Santa Teresa – 96741-3850, 98491-4353 e 2508-91740. Qua. a sáb., do meio-dia às 22h. Dom., do meio-dia às 16h.
ASA Açaí
A sigla no início do nome, que significa Ação Sustentável da Amazônia, aponta a missão da empresa: proporcionar uma experiência autêntica da Floresta Amazônica, com ingredientes orgânicos e forte DNA sustentável. Um exemplo é a linha de sorbets florestais, preparados com frutas de sabores únicos, sem leite. Entre as pedidas é possível escolher graviola, cupuaçu, cacau ou manga com tucumã (R$ 19 o pote de 500 mililitros).
Avenida das Américas, 8445, loja 108, Barra – 3349-7960. Todos os dias, das 9h às 21h. Delivery: iFood e WhatsApp 21 98849-4541.
Rua Jardim Botânico, 67, Jardim Botânico – 3563-9179 / 98849-4541. Todos os dias, das 8h às 20h. Delivery: iFood e WhatsApp 21 98849-4541.
Belga Wafel
Casa especializada em waffles – o nome na fachada, esrito com um "f" mesmo, como na Bélgica, não deixa dúvidas –, sugere uma pedida tentadora. Batizada como sem medo de ser feliz (R$ 45), a pedida para celebrar o Dia do Sorvete consiste em três disquinhos de wafel nos sabores baunilha, especiarias e chocolate, regados por cobertura e servidos com uma bola de sorvete.
Rua Barão de Ipanema, 94, loja 103, Copacabana – 99594-4293. Seg. a sáb., das 9h às 20h.
Blaus
Sabores das frutas amazônicas são o carro-chefe da sorveteria mais famosa de Belém do Pará. Para celebrar a data, a marca, que tem duas unidades no Rio, aposta nos sabores típicos da região, a exemplo do sundae de chocolate com sorvete de tapioca e calda de morango (R$ 22). Outro caminho é decidir pelo cascão (1 bola a R$ 16) ou pelos copinhos (a partir de R$ 12), que podem comportar sabores como açaí, maria izabel (de bacuri com geleia artesanal de cupuaçu e biscoito champagne), milho e taperabá.
Avenida das Américas, 500, bloco 8. Todos os dias, das 10h às 22h. Delivery: Ifood, UberEats e Whatsapp 21 99918-7902.
Rua Barão do Flamengo, 35, Flamengo - 2225-7342. Todos os dias, das 10h às 22h. Delivery: Ifood e UberEats.
De Lamare
No recém-inaugurado quiosque em Ipanema, os chefs Lelena Cesar e Lucas Lemos resgatam um clássico da infância que reúne, na mesma sobremesa, duas comemorações: o dia do sorvete e o da banana, celebrado no dia 22 de setembro. Sugestão da carta de sobremesas, a banana split da casa (R$ 38) chega à mesa como manda a tradição. No recipiente oval, traz três bolas de sorvete (morango, creme e chocolate) cobertas por caldas de morango, de chocolate e de caramelo, mais chantilly e cereja no topo, ladeadas por fatias da fruta.
Avenida Vieira Souto, s/nº (altura da Rua Rainha Elizabeth). Ter. a qui., do meio-dia às 22h. Sex. e sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom., do meio-dia às 22h.
Eme Arte e Gastrô
Para a data, o chef Bottino Natale preparou um delicioso crocante de chocolate belga, feito de casquinha de harumaki com 'surpresinha do chef': bolo de chocolate amargo com iogurte e mousse de chocolate. Acompanha uma bola de sorvete e caramelo de frutas vermelhas (R$ 26).
Rua do Carmo, 55, 1º piso, Centro – 99989-3408. Seg. a sex., do meio-dia às 17h.
Liga dos Botecos
O endereço que conjuga num mesmo cardápio especialidades de quatro dos melhores botequins da cidade (Bar da Frente, Bar do Momo, Botero e Cachambeer) também entrou nas comemorações. Sugestão que promete agradar principalmente os pequenos, o toca world consiste numa taça contendo algodão doce, marshmallow, canudinhos de biscoito e uma farta bola de sorvete de chocolate por cima, tudo regado por calda de chocolate.
Álvaro Ramos, 170, Botafogo – 3586-2511. Ter. a sex., das 11h às 23h. Sáb. e dom., das 11h30 às 23h.
Páreo
O endereço de cardápio variado dentro do Jockey Club é comandado pelo chef Marcones Deus. Um clássico de seu repertório, a banana da casa (R$ 29) consiste numa espécie de carpaccio de bananas caramelizadas pousadas sobre uma cama de creme inglês que, para coroar, recebe uma bola de sorvete de creme polvilhado com canela. Espalhada por amplo espaço, a casa conta ainda com vista para a Pedra da Gávea e o Maciço da Tijuca.
Rua Mário Ribeiro, 410, Leblon (Jockey Club Brasileiro) – 2512-7115 e 99843-8813. Ter. a sex., das 18h à meia-noite. Sáb. e dom., do meio-dia à 1h.
Sorvete Brasil
Na lojas de Ipanema ou Itaipava, comprando uma bola, o cliente leva a segunda de brinde (1 bola R$ 15). Outra sugestão para o Dia do Sorvete é a Torta Doce Mel, assinada pelo Chef Diego Barcellos. A sugestão é uma deliciosa massa de pão de mel recheada com sorvete de doce de leite e cobertura de ganache de chocolate meio amargo (Mini, R$ 26,00, média, R$ 145,00).
Rua Maria Quitéria, 74, Ipanema – 2247-8404. Ter. a dom., do meio-dia às 18h. Delivery: 21 98884-8404 (Whatsapp).
Espaço Luiz Salvador: Estrada União e Indústria, 10.588, Itaipava – Ter., do meio-dia às 18h. Qua. e qui., das 10h às 18h. Sex. e sáb., das 10h às 19h. Dom., das 10h às 18h. Delivery: 21 98884-8404 (Whatsapp).
Stuppendo
Filial da tradicional sorveteria com matriz em São Paulo, inaugurada em junho na Barra, a unidade carioca apresenta novidades com toques primaveris no cardápio. São quatro sabores de pegada refrescante e leve, já antevendo o verão que se aproxima. Abacaxi com hortelã e melancia são duas das receitas recém-chegadas. Duas outras são isentas de açúcar, mas cheias de sabor: goiaba e coco. O copinho pequeno custa R$ 16 e a taça com três bolas sai a R$ 28.
BarraShopping: Avenida das Américas, 4.666, loja 155, nível Lagoa – 3420-5900 e 97114-3353. Seg. a sáb., das 10h às 23h. Dom., do meio-dia às 22h. Delivery: iFood, Uber Eats e Rappi.
Tragga Grelhados Premium
Depois de desfrutar das deliciosas carnes na brasa ao estilo argentino – a cozinha é comandada pelo chef hermano Adair Herrera – entregue-se às sobremesas. Duas sugestões da carta chegam acompanhada de sorvete de baunilha: a panqueca de doce de leite (R$ 32), que oferece um delicioso contraste do recheio quente com o gelado, e os churros de tapioca e coco polvilhado com açúcar e canela, acompanhados de doce de leite e sorvete (R$ 34).
Rua Capitão Salomão, 74, Humaitá – 3507-2235 e 97969-0490. Seg. a qui., do meio-dia às 16h e das 18h à 0h. Sex. e sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 23h. Delivery: iFood.
Shopping Vogue Square: Avenida das Américas, 8585, Barra – 98355-0386. Seg. a qua., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 23h. Delivery: iFood.
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo quarta, 22 de setembro de 2021
ARGENTINA REABRIRÁ FRONTEIRAS PARA BRASILEIROS A PARTIR DE 1º DE OUTUBRO
Argentina reabrirá fronteiras para brasileiros a partir de 1º de outubro
Restrições de viagens serão derrubadas primeiro para países vizinhos, sem exigência de quarentena
Eduardo Maia
21/09/2021 - 10:54 / Atualizado em 21/09/2021 - 11:56
RIO - A ministra da Saúde argentina, Carla Vizzotti, e o novo chefe de gabinete da presidência, Juan Manzur, anunciaram na manhã desta segunda-feira o fim de diversas medidas sanitárias de controle ao novo coronavírus. Entre elas, a reabertura das fronteiras terrestres com países vizinhos a partir de 1º de outubro.
De acordo com o comunicado, viajantes de países vizinhos poderão entrar na Argentina po terra, sem a necessidade de fazer quarentena. Os voos com estes países, como o Brasil, também poderão ser retomados, mas disso depende a autorização dos governadores de cada província. Já os demais viajantes internacionais terão a entrada permitida a partir de 1º de novembro.
Para entrar na Argentina, estrangeiros em geral deverão apresentar comprovante de vacinação com as duas doses (ou dose única) aplicadas há pelo menos duas semanas antes da chegada. Também será obrigatório apresentar teste PCR negativo para Covid-19 feito até 72 horas antes da viagem, e fazer um novo teste PCR de cinco a sete dias após a chegada.
Pessoas que não estiverem com a vacinação completa ou menores de idade ainda não imunizados serão submetidos a quarentena, com um teste após sete dias.
De acordo com o governo argentino, assim que se atingir a porcentagem de 50% da população com a vacinação completa, não será mais obrigatório apresentar os resultados de testes para a entrar no país.
Outras importantes medidas foram anunciadas nesta segunda-feira. Entre elas o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre, exceto em áreas com aglomeração de pessoas. A proteção facial continua sendo obrigatória em locais fechados, como salas de aula, teatros, cinemas, lojas e escritórios). Também foi anunciada a retomada total das atividades econômicas. Casas de festas, boates e eventos com mais de mil pessoas poderão funcionar com 50% da capacidade e exigência de vacinação completa dos presentes.
América do Sul quase liberada para viagem
Dos principais destinos internacionais de brasileiros (e mercados para a indústria turística nacional), a Argentina ainda era o único que permanecia fechado ou sem estipular uma data para a reabertura. Com esse anúncio, fica determinado que, a partir de novembro, todos os países da América do Sul estarão abertos aos turistas vindos do Brasil.
O Uruguai abrirá suas fronteiras naquela data, para vacinados, sem a necessidade de quarentena. Pessoas com a imunização completa já podem entrar no Peru, e serão aceitas no Chile a partir de 1º de outubro. Mas lá, assim como no Paraguai, será necessário fazer uma quarentena. Quem desembarca no Equador também está sujeito a um período de até dez dias de isolamento social obrigatório.
Quem ainda não tiver vacinado poderá entrar sem restrição na Colômbia, na Bolívia (onde a contratação de um seguro viagem especial para Covid-19 é obrigatório) e na Venezuela (onde há testagem obrigatória na checagem, e quarentena para quem tiver resultado positivo).
O Globo terça, 21 de setembro de 2021
ROCK IN RIO CARD: O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA COMPRAR SEU INGRESSO
Rock in Rio Card: o que você precisa saber para comprar seu ingresso
Pré-venda oficial do festival começa nesta terça-feira, às 19h, e não deve durar muito
Luccas Oliveira
21/09/2021 - 00:01
Após revelar as atrações principais de quatro dos sete dias de festival (veja aqui o line-up), o Rock in Rio abre nesta terça-feira, às 19h, sua pré-venda oficial para a edição de 2022, marcada para 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro, no Parque Olímpico da Barra.
A venda dos Rock in Rio Cards, que dão direito a um dia de evento a ser escolhido pelo comprador entre 23 de novembro de 2021 a 1º de abril de 2022, será feita pelo site “Ingresso.com”.
Tradicionalmente, há uma intensa correria virtual para garantir os ingressos — em 2018, o lote com 198 mil cards foi vendido em menos de duas horas. Por isso, preparamos um guia com dicas e informações fundamentais para você não perder seu lugar no principal festival do país.
Deixe seu cadastro em dia
Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que só poderá comprar ingressos para o festival pela internet. Não haverá ponto de venda físico. E o site para isso é o https://rockinrio.ingresso.com/. Outra coisa: é necessário ter cadastro na plataforma do Ingresso.com. Para evitar sustos, é recomendável já lembrar seu login e senha ou, caso não tenha, fazer o cadastro. Preferencialmente, deixe sua conta logada no navegador minutos antes.
Como toda pré-venda do Rock in Rio, há um limite de ingressos para cada CPF. Para esta fase, cada cliente pode comprar até quatro Cards, que dão direito a um dia de festival. Para a modalidade de meia-entrada, apenas um ingresso por CPF. É possível usar o mesmo cartão de crédito em diferentes CPFs, que, obrigatariamente, pedem diferentes cadastros no Ingresso.com.
Quanto custa o ingresso
Cada Rock in Rio Card custa R$ 545, preço de inteira. Com a meia-entrada prevista por lei, sai por R$ 272,50. Há ainda a possibilidade de um desconto (não cumulativo com a meia) de 15% para clientes que efetuarem o pagamento com os cartões de crédito Itaucard ou Credicard. Assim, o Card fica R$ 463,25. Diferentemente da meia, o desconto para clientes Itaú pode ser usado nos quatro ingressos.
Vale lembrar que só há um setor aberto para vendas no Rock in Rio: o gramado.
Formas de pagamento e parcelamento
Além do desconto, clientes que comprarem com cartões de crédito Itaucard ou Credicard também podem parcelar os ingressos em até oito vezes sem juros. Para os demais cartões, é possível parcelar em até seis vezes, e há a possibilidade de compra por boleto bancário à vista.
Quais são as vantagens do Rock in Rio Card
Além de garantir com quase um ano de antecedência seu lugar no Rock in Rio 2022, o Card permite que você tenha prioridade na escolha do dia que irá ao festival. Assim, não corre o risco de deixar de ver seu artista favorito por conta de uma grande demanda na abertura da venda geral. A partir do dia 23 de novembro de 2021, os clientes podem ativar seus Cards para os dias de preferências, e essa modalidade fica aberta até 1º de abril de 2022.
Não, para 2022 o Rock in Rio adotou ingressos 100% digitais. Não haverá ingressos físicos. As entradas estarão disponíveis no cadastro do Ingresso.com. No futuro, o festival vai detalhar todas as informações de como baixar seu ingresso no seu smartphone e receber o código para acesso ao evento.
Quais são as atrações já confirmadas?
O Rock in Rio anunciou quatro dos sete headliners do festival no ano que vem. Iron Maiden (2/9), Post Malone (3/9), Justin Bieber (4/9) e Dua Lipa (11/9) encerrão o Palco Mundo em seus respectivos dias. Para ver as outras atrações, clique aqui.
Fique atento e tenha paciência
Caso você seja muito ansioso, tem gente que já abre a página https://rockinrio.ingresso.com/ uns 10 minutos antes do horário oficial, e fica atualizando até aparecer a opção de comprar. Tudo bem, mas prepare-se para possíveis filas virtuais e problemas técnicos no site por conta da grande procura. Caso esgote, ainda tem a venda geral, com uma cota maior, cuja data será anunciada no futuro. A Cidade do Rock comporta mais de 100 mil pessoas por dia.
O Globo segunda, 20 de setembro de 2021
DIPLOMACIA: TRÊS DIPLOMATAS NEGROS BRASILEIROS OCUPAM POSTOS EM WASHINGTON, PELA PRIMEIRA VEZ
Pela primeira vez, três diplomatas negros brasileiros ocupam postos em Washington
Minoria na carreira, eles entraram no Itamaraty pelo Programa de Ação Afirmativa; o trio trabalha na Embaixada do Brasil nos EUA e na missão brasileira na Organização dos Estados Americanos (OEA)
Fabiola Góis, especial para O GLOBO
20/09/2021 - 04:30 / Atualizado em 20/09/2021 - 08:38
WASHINGTON — De diferentes regiões brasileiras, três diplomatas de carreira negros protagonizam um feito histórico em uma das capitais mais estratégicas para o Itamaraty, a dos EUA. Pela primeira vez, esses afrodescendentes, minoria na carreira diplomática, servem na embaixada brasileira e na missão do Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, onde o abolicionista Joaquim Nabuco foi o primeiro embaixador brasileiro, em 1905.
Marise Ribeiro Nogueira, 56, Jackson Luiz Lima Oliveira, 51, e Ernesto Batista Mané Júnior, 38, entraram no Itamaraty pelo Programa de Ação Afirmativa (PAA) coordenado pelo Instituto Rio Branco. Criado em 2002, o PAA foi o primeiro de inclusão racial da Esplanada dos Ministérios, fruto de compromissos assinados pelo Brasil durante a III Conferência Mundial contra o Racismo, em Durban, na África do Sul, em 2001. Por meio de concurso público, o PAA seleciona candidatos negros para receberem uma bolsa anual de R$ 30 mil para pagar as despesas com a preparação para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD).
A SEMANA EM IMAGENS PELO MUNDO
Como o Itamaraty não pede declaração de etnia àqueles que ingressam na carreira diplomática, não há um total oficial de negros diplomatas – estimativas indicam que seriam apenas 5% de um total de 1.537 na ativa. No entanto, a identificação por etnia dos alunos do Instituto Rio Branco passou a existir a partir do PAA e também entre os admitidos com base na lei de 2014 que estabeleceu reserva de 20% das vagas nos concursos públicos para candidatos negros. De 2002 a 2014, 20 candidatos beneficiados com a bolsa ingressaram no instituto, e 32 candidatos negros foram aprovados no concurso de 2014 a 2020. Destes, 27 foram em vagas reservadas na lei de cotas e cinco nas vagas destinadas à ampla concorrência, disse o ministério.
A carioca Marise Nogueira foi a primeira bolsista do programa, em 2002, aprovada no CACD. Por causa dele, a diplomata pôde reduzir sua jornada de trabalho no Rio e intensificar os estudos. Filha de uma agente administrativa e de um torneiro mecânico, Nogueira se formou em medicina e, com ajuda de bolsas, estudou inglês, francês e fez mestrado. Atualmente, ela ocupa a função de conselheira —dois níveis abaixo do cargo de embaixadora — na embaixada em Washington. Para ela, o fato de haver três diplomatas negros na capital americana indica que valeu a pena investir no programa de ação afirmativa:
— Nosso encontro em Washington é resultado de uma política pública que vem dando certo. Ao apoiar a diversidade de sua representação por meio de programas como a Bolsa Prêmio de Vocação para a Diplomacia para Afrodescendentes, o governo valoriza a identidade do povo brasileiro, busca reparar desigualdades e reitera o compromisso de promover a igualdade racial — afirmou.
Jackson Lima nasceu em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, e percorreu uma trajetória de muito esforço para conseguir a bolsa e passar no concurso. Era professor de português/inglês em Salvador quando decidiu mudar de profissão. Sem base em Economia, precisou pagar professores particulares para garantir uma boa classificação. Para o pagamento, usou recursos da bolsa do PAA.
— Sem o incentivo do governo, jamais teria condições de passar no concurso. Nem eu nem todos os demais negros que foram aprovados. O Estado tem o dever moral de corrigir o descompasso da igualdade racial no Brasil e, ao mesmo tempo, aproveitar para aumentar a diversidade do quadro de diplomatas — afirmou Lima.
Nos últimos quatro anos, o diplomata serviu na Nigéria, na Zâmbia e foi assessor no Departamento da África do Itamaraty. Em Washington, atua na OEA, tratando de temas relacionados ao desenvolvimento integral. Também cursa mestrado na Universidade George Mason sobre paz e resolução de conflitos.
Natural de João Pessoa e filho de um imigrante da Guiné-Bissau e de uma brasileira, Ernesto Mané Jr. é doutor em Física Nuclear pela Universidade de Manchester, no Reino Unido. Desde que ingressou na carreira diplomática, há sete anos, ele vem aliando a física com a diplomacia em seu trabalho. Por isso, foi designado para trabalhar no setor político da embaixada em Washington na área de desarmamento e não-proliferação de armas de destruição em massa. Ele também acompanha a política de segurança dos Estados Unidos para a região da Ásia-Pacífico.
— O que diria Joaquim Nabuco, um abolicionista convicto e primeiro embaixador do Brasil nos EUA, ao ver três diplomatas negros servindo a nosso país em um posto tão estratégico? — pergunta.
Para a embaixadora Sônia Regina Guimarães Gomes, ex-diretora do Departamento de Administração e ex-Coordenadora do Comitê Gestor de Gênero e Raça do Itamaraty, em que Marise, Jackson e Ernesto foram colaboradores, a presença dos três diplomatas em Washington demonstra maturidade da sociedade brasileira. “Abraçar a diferença faz a diferença. Eles abrem portas e caminhos e mostram que é possível o jovem negro ascender a postos de destaque”, afirmou.
O Globo domingo, 19 de setembro de 2021
TURISMO: LARGO SÃO FRANCISCO DA PRAINHA IRA POINT COM SAMBA E CHIRRASQUINHO
Largo São Francisco da Prainha vira point com samba e churrasquinho
Mesas ao ar livre e serenatas às avessas, com músicos ou DJs na sacada de sobrado, são carro-chefe de bar no Centro do Rio
Carmem Angel
18/09/2021 - 04:30
Aos pés do Morro da Conceição, na região central do Rio de Janeiro, um novo point cultural e gastronômico conquistou os cariocas. Rodeado por casarões antigos de fachadas coloridas, o Largo de São Francisco da Prainha se enche de vida ao cair da noite, com mesinhas espalhadas pela praça e apresentações musicais gratuitas que acontecem na sacada do sobrado onde funciona o Bafo da Prainha.
Pela varandinha já passaram nomes como Moyseis Marques, Fabiola Machado (do grupo Moça Prosa) e Silvia Duffrayer (do Samba Que Elas Querem), além dos DJs Mustafá e Doni. Hoje, quem dá o ritmo da Prainha é o DJ Júlio Himself, a partir das 14h. No domingo, é a vez do cantor e compositor Moacyr Luz, às 18h, em um show intimista: apenas voz e violão.
A serenata às avessas foi a solução encontrada pelo dono do bar, o produtor cultural Raphael Vidal — que vem se dedicando à retomada da vida cultural da região e também está à frente do bar Casa Porto, que funciona num sobrado vizinho — para atrair o público em busca de lazer ao ar livre e, ao mesmo tempo, garantir o distanciamento e evitar aglomerações. Além disso, as vendas acontecem apenas para quem está sentado, e é proibido circular sem máscara. Dentro da casa, não há mesas, apenas a sacada e a cozinha.
Na contramão do fechamento de diversos estabelecimentos durante a pandemia, o Bafo da Prainha foi inaugurado em abril, com as serenatas promovidas de quarta a domingo, está cada vez mais concorrido.
Amanhã não deve ser diferente, espera o sambista Moacyr Luz, que tocará sucessos de seu repertório como “Vida da minha vida”, “Estranhou o quê” e “Saudades da Guanabara”, mas também está pronto para pedidos da plateia. — O Largo da Prainha é um lugar que o Rio redescobriu, uma paisagem linda. Tudo que o carioca gosta — celebra o criador do tradicional Samba do Trabalhador. No domingo seguinte, é a cantora Elisa Addor que sobe ao “palco” .
Fora a música, o carro-chefe do Bafo da Prainha é o churrasquinho feito no tambor de latão. O cardápio, aliás, é uma homenagem à comida de rua do subúrbio carioca, com nomes divertidos. Pratos como sacaralho (pão com maionese de alho-poró, R$9,90), galeto suingue (defumado no bafo, com acompanhamentos, R$29,90) e várzea da Prainha (opção vegana, R$14,90) estão entre as opções.
Largo de São Francisco da Prainha, 15, Saúde — 99815-1568. Qua a dom, de 11h às 23h.
O Globo sábado, 18 de setembro de 2021
VELHA GUARDA FAZ SHOW EM HOMENAGEM AOS 120 ANOS DE PAULO DA PORTELA
Velha Guarda faz show em homenagem aos 120 anos de Paulo da Portela
Evento teste em homenagem a fundador da escola terá lugar marcado e transmissão ao vivo neste sábado (18).
Carmem Angel
17/09/2021 - 04:30 / Atualizado em 17/09/2021 - 18:31
Depois de mais de um ano sem receber público, a quadra da Portela reabre suas portas neste sábado (18) em grande estilo, com show da Velha Guarda em homenagem aos 120 anos de nascimento de Paulo da Portela, fundador da escola.
A apresentação —que acontece durante a tradicional feijoada e terá transmissão ao vivo pelo canal da agremiação no YouTube —celebra tanto o legado do fundador da Azul e Branco quanto a trajetória do grupo comandado pelo bamba Monarco e por Tia Surica. Os sambistas Manacéia e Zé Keti, cujos centenários de nascimento são comemorados este ano, também serão lembrados durante a tarde.
— Paulo lutou para tirar o samba da marginalidade. Foi um ferrenho defensor da cultura popular e um dos responsáveis pelo reconhecimento e a oficialização dos desfiles, em 1935. Ele colocou os sambistas para andar bem vestidos, na linha — conta Monarco, 88 anos.
O integrante da Velha Guarda, que diz saber tudo sobre Paulo da Portela (“Se tivesse um concurso pra ver quem fala mais do Paulo, eu ganharia com o pé nas costas. Em todo samba que eu canto, eu falo dele”), lembra ainda de sua contribuição para a participação das mulheres no samba. — Ele era muito educado e respeitador. Ia pedir permissão a seus pais e buscar uma por uma para desfilarem. Depois, as levava em casa.
Pérolas de Paulo da Portela, como “Cocorocó” e “Ouro, desça do seu trono”, estão no roteiro da apresentação, que também inclui clássicos do repertório da Velha Guarda, entre eles “Passado de glória”, “Coração em desalinho “ e “Falsa alegria”.
A festa será um evento teste, seguindo todos os protocolos determinados pela Prefeitura. Para garantir o distanciamento, os ingressos são limitados e serão vendidos apenas mesas e camarotes. Além disso, todos terão que apresentar o comprovante de vacinação.
— É uma expectativa muito grande, uma saudade de rever os amigos. Mas precisamos respeitar as regras, ainda mais lidando com pessoas de idade avançada — reforça Sérgio Procópio, integrante da Velha Guarda e ex-presidente da Portela, que também tem histórias de Paulo da Portela na manga. —Ele não chegava à casa de ninguém de mãos vazias, presenteava com música. “O quitandeiro” foi escrita para uma festa.
Quadra da Portela: Rua Clara Nunes 81, Oswaldo Cruz – Sáb, a partir das 13h (feijoada) e 15h (show). Ingressos R$ 80 (mesa para quatro), R$ 400 (camarote inferior, para 15 pessoas) e R$ 500 (camarote superior, para 15). Venda: 3217-1604, das 9 às 17h.
O Globo sexta, 17 de setembro de 2021
DIOGO NOGUEIRA APRESENTA SAMBA DE VERÃO, COM PRESENÇA DE PAOLLA OLIVEIRA
Diogo Nogueira apresenta 'Samba de verão', com presença de Paolla Oliveira
Músico faz mistério se vai cantar 'Flor de Caña', que compôs para a namorada, em show na Barra
O Globo
17/09/2021 - 00:30
O sambista carioca Diogo Nogueira sobe ao palco da Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, pela primeira vez com o show “Samba de verão” nesta sexta-feira (17), às 22h. Para atender às normas sanitárias, o espaço, que tem capacidade para 14 mil pessoas, recebeerá no máximo 1.950 pessoas.
A atriz Paolla Oliveira também vai estar por lá prestigiando o namorado, que recentemente compôs para ela a canção "Flor de caña", em parceria com Rodrigo Leite e Cauique. Ainda é um mistério se o artista vai cantar a declaração de amor no show, assim como "Jangadeiro" (parceria com Inácio Rios), a preferida de Paolla de seu repertório.
O projeto “Samba de verão” une os álbuns “Sol”, “Céu” e “Lua”, reproduzindo no palco o visual da Baía de Guanabara, para fazer os fãs entrarem no clima da estação preferida dos cariocas.
No repertório, novas músicas como “Bota pra tocar Tim Maia”, “Ouro da mina” e a recente parceria com Moacyr Luz “Cadê?”. O público vai ouvir ainda os clássicos "Alma boêmia", "Deixa eu te amar" e "Verdade chinesa" na voz do carioca, além de seus sucessos “Pé na areia”, “Clareou” e “Sou eu”.
— A ideia inicial do projeto nasceu como uma homenagem ao subúrbio do Rio de Janeiro, ao Fundo de Quintal, a Beth Carvalho e Zeca Pagodinho, que fizeram história. Resolvi trazer um pouco desse universo celebrando esses grandes nomes e convidando também jovens compositores que têm esses artistas como referência — conta Diogo. A nova geração do samba é representada no projeto através de letras de Mingo Silva, Mosquito, Gabrielzinho do Irajá e Juninho Thybau.
Com a pandemia, o projeto se transformou e acabou se concretizando no início deste ano com a gravação de um show sem público em uma balsa, em Niterói, com a silhueta das montanhas do Rio de Janeiro ao fundo.
Mesmo durante o isolamento, o artista não parou. Diogo se tornou referência das lives e até surpreendeu o público com suas habilidades culinárias. O gosto pela cozinha fez ele lançar ainda um livro digital com suas receitas preferidas e, recentemente, chegou a participar do "Master Chef", como convidado e cozinheiro de honra.
— Ainda vivemos um momento muito difícil, com a pandemia e a situação política. O povo precisa de amor e alegria, e a música é uma forma de proporcionar isso. É a música que sempre vai fazer a diferença e trazer essa força — aponta o sambista — A gente tá com muita saudade de dividir o palco com o público. Agora, vamos seguir os protocolos, mas também nos divertir e cair para dentro, porque tem muito 'Samba de verão' pra gente apresentar pelo Brasil.
Para garantir o distanciamento, a área interna da Arena foi adaptada e a arquibancada terá assentos marcados. Outra opção são os camarotes para até 12 pessoas ou lounges fechados para quatro pessoas. Os ingressos estão disponíveis somente online através do site ticket 360. O uso de máscaras é obrigatório.
Jeunesse Arena: Av. Emb. Abelardo Bueno, 3.401, Barra da Tijuca – (21) 2430-1750. Sexta, 22h. Ingressos a partir de R$ 50 via ticket 360. Classificação etária: 18 anos.
O Globo quinta, 16 de setembro de 2021
AFROTURISMO: OS PASSEIOS QUE AJUDAM A REDESCOBRIR A HISTÓRIA DO BRASIL
Nos caminhos do afroturismo: os passeios que ajudam a redescobrir a história do Brasil
Do Maranhão ao Paraná, o tours sobre hernça negra crescem no país, com agências especializadas e novos roteiros
Eduardo Maia
16/09/2021 - 04:30 / Atualizado em 16/09/2021 - 07:59
RIO - O nome do bairro da Liberdade, em São Paulo, nada tem a ver com a colônia japonesa. Assim como Curitiba não foi construída apenas por imigrantes europeus. E no Maranhão, existe o maior quilombo urbano do Brasil. Estas e outras curiosidades são o pontapé para muitas histórias que vêm à tona em passeios guiados focados na herança afro-brasileira, cada vez mais comuns em todo o país.
Do Paraná ao Maranhão, o afroturismo tem ampliado seu espaço, seja nas regiões centrais e históricas, seja em zonas periféricas e cidades do interior. Comandados por pessoas negras, esses tours e experiências contam, ou recontam, a história dos lugares a partir de suas perspectivas e memórias, ajudando a revelar um passado muitas vezes camuflado.
Tambores em São Luís do Maranhão
Novos roteiros estão prontos para serem lançados, como o Quilombo Cultural, desenvolvido pela Secretaria municipal de Turismo de São Luís do Maranhão e previsto para 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra.
— Quem visita o centro histórico até entra em contato com a cultura negra, através de apresentações e museus — conta o secretário municipal de turismo, Saulo Santos. — Mas queremos mostrar o lugar onde essas expressões são realmente vividas.
O local é o Quilombo Urbano da Liberdade, formado por quatro bairros próximos ao Centro (Liberdade, Camboa, Vila Goreth e Fé em Deus) povoados por pessoas de regiões do interior com forte influência afro-brasileira, e que levaram consigo suas crenças e manifestações culturais.
O roteiro passará por terreiros de Tambor de Mina, uma religião de matriz africana tradicional do Maranhão, bares de reggae, barracões de bumba meu boi e grupos de tambor de crioula, entre outros. Poderá ser feito por conta própria ou com agências.
Olinda além do casario
No mesmo mês, a agência Guia Negro (guianegro.com.br) pretende lançar um passeio em Olinda, em Pernambuco. O tour será uma parceria com o Afoxé Alafin Oyó, grupo cultural com forte atuação no carnaval local. A ideia é mostrar um outro lado da história, menos presente nos livros escolares, e incluir novos atores, como donos de restaurantes negros.
— Nossa ideia é mostrar que o lugar não tem apenas igrejas, casario colonial e histórias dos tempos dos holandeses. Tem uma herança africana muito forte, da música à gastronomia — explica Guilherme Soares Dias, um dos fundadores da Guia Negro.
São Paulo: da Liberdade ao Grajaú
A empresa (antiga Black Bird Viagens) nasceu em 2018 com o projeto Caminhada São Paulo Negra, na capital paulista. A proposta sempre foi mostrar a herança negra em bairros que ficaram ligados a outras populações, como a região do Bixiga, tradicionalmente associada à imigração italiana, mas que é um importante polo da cultura afro-brasileira em São Paulo, sendo, inclusive, berço da escola de samba Vai-Vai. E a Liberdade, cujo nome vem da rebelião por melhores salários liderada pelo cabo negro Francisco José das Chagas, executado ali em 1821, muito antes da chegada dos japoneses.
Ainda na região central, há uma caminhada inspirada pelo abolicionista Luis Gama. Mas, em breve, a agência ao Grajaú, na Zona Sul, bem longe do vão do Masp ou do Pátio do Colégio, mas perto da cultura negra moderna paulistana.
Em Salvador, um trem à beira-mar
Este ano, a agência estabeleceu atividades também na Bahia. Na capital, o primeiro passeio foi a Caminhada Salvador Negra, a partir do Pelourinho, num roteiro que busca resgatar o protagonismo negro na cidade. Uma das paradas é a sede da Sociedade Protetora dos Desvalidos, organização fundada por homens negros livres em 1832 e que ajudava, entre outras coisas, a comprar alforria para pessoas escravizadas.
Há ainda passeios em zonas mais periféricas, como o do Subúrbio Ferroviário, onde se chega num trem à beira-mar, e que inclui a travessia de ferry boat entre os bairros Plataforma e Ribeira. Já no roteiro pelo Curuzu, os visitantes sobem (ou descem?) a ladeira para conhecer o Ilê Ayê, a estátua de Nelson Mandela e a tradição das tranças. E, por fim, o roteiro Passa Uma Tarde Em Itapuã mostra um lado mais afro da praia imortalizada por Toquinho e Vinícius, com destaque para a bela Lagoa de Abaeté.
Maceió: heranças que não se resumem a Palmares
Se Salvador é mais que Pelourinho, Alagoas não se resume a Palmares. É o que ensina o passeio Andança Negra Maceió, da agência Alagoas Cultural (facebook.com/alagoascultura). Nele, o visitante aprende sobre a influência afro-brasileira na cultura e na gastronomia, e escuta histórias de resistência, como a Quebra de Xangô, um evento de intolerância religiosa que resultou na destruição de diversos terreiros de cultos de matriz africana no estado, em 1912.
O passeio, que está suspenso por causa da pandemia, tem também uma versão carnavalesca, com foco nos ritmos populares que caracterizam a festa alagoana, como o bumba meu boi, que, ali, é uma tradição de fevereiro.
— Queremos retornar em dezembro, se a vacinação permitir. E vamos tirar do papel nosso passeio para a Serra da Barriga e Palmares, que íamos começar a operar quando começou a pandemia — diz Jéssica Conceição, uma das sócias.
Curitiba negra
No mesmo compasso de espera pela queda no número de casos está a dupla Mel e Candiero, responsáveis pela Linha Preta (inhapretacuritiba.wixsite.com/linha-preta), um tour sobre a história negra de Curitiba. Em cerca de duas horas e meia, o passeio passa por mais de 20 pontos, como a estátua “Águas para o morro”, que contam como africanos e seus descendentes foram importantes para o desenvolvimento da cidade, antes mesmo da chegada dos imigrantes europeus.
— O primeiro poeta da cidade era negro, a festa mais popular, por mais de de 200 anos, era a coroação dos reis do congo. Tivemos aqui personagens incríveis, como Maria Águeda, uma mulher negra e livre, que enfrentou os poderosos da região em 1804, além da primeira engenheira negra do Brasil, Enedina Alves Marques e dos próprios irmãos André e Antônio Rebouças, que projetaram a estação ferroviária e a ferrovia Curitiba-Paranaguá — conta Candiero.
Falando na cidade litorânea, ela é um dos possíveis futuros destinos dos novos tours temáticos planejados por Mel e Candiero. Eles pretendem expandir a Linha Preta para algo maior, as Trilhas Afro Paranaenses, passando por cidades históricas do Paraná, como Castro, onde fica a Fazenda Capão Alta, famosa por uma grande revolta de escravizados em 1864.
Rio de Janeiro do jongo e do samba
No Rio, a pandemia fez a agência Sou + Carioca (soumaiscarioca.com.br) se adaptar, seja criando tours virtuais, seja reduzindo para dez pessoas os grupos presenciais. A agência é uma referência em afroturismo na cidade, e tem o tour pela Pequena África, na zona portuária, seu carro-chefe. Mas desenvolveu também passeios pelos bairros de Madureira e do Estácio, pontos fundamentais para entender a herança negra na cidade a partir do jongo e das escolas de samba.
— A gente usa o patrimônio público e a rua para abordar assuntos como racismo estrutural e desigualdade social. O turismo é uma ferramenta muito boa para isso — explica a sócia Gabriela Palma.
O Globo quarta, 15 de setembro de 2021
GASTRONOMIA: O REDESCOBRIMENTO - UMA SELEÇÃO DE BARES QUE REPRESENTAM A NOVA CENA PORTUGUESA NO RIO
O redescobrimento: uma seleção de bares que representam a nova cena portuguesa na cidade
Inspirados nas tascas contemporâneas lisboetas, novos endereços cariocas revisitam a tradicional culinária da terrinha
O Globo
15/09/2021 - 08:15 / Atualizado em 15/09/2021 - 08:16
A chegada da família Real ao Rio, em 1808, e a transferência da sede do império de Lisboa para cá, transformou radicalmente a vida na então modesta cidade colonial, que viu explodir a população local. Para dar conta da freguesia que se avolumava nas ruas, multiplicaram-se casas de pasto, armazéns, petisqueiras, leiterias e tabernas de nomes engraçados, bem ao estilo lusitano. No cardápio, entraram em cena iscas de fígado, tripas, cozidos e outros repastos típicos da terrinha, quase sempre adaptadas à oferta de insumos locais.
Sabores portugueses se mesclariam aos saberes indígenas e africanos formando as bases da cozinha carioca, um “feat” culinário que dominaria o gosto local por toda primeira metade do século XIX. Heranças deste tempo ainda estão vivas em endereços centenários, como o Nova Capela e o Rio Minho, e em outros mais “jovens”, a exemplo do À Marisqueira (fundado em 1952) e do Adegão Português (já com quase seis décadas de vida).
Apesar da tradição, parte integrante da cultura carioca, uma lufada de bares inspirados nas tascas portuguesas — ou em suas versões contemporâneas — está dando novos ares à tradicional culinária da terrinha, um movimento que acompanha o desabrochar do país ibérico para o mundo.
— Há algum tempo conversávamos sobre o novo cenário gastronômico lisboeta e cogitamos até levar uma das casas do grupo para lá. Passamos alguns dias na terrinha e a pesquisa foi tão inspiradora que pensamos ‘em vez de ir para Portugal, por que não trazer Portugal para cá?’, lembra Erik Nako, sócio da Tasca Miúda, aberta no ano passado, e de outros endereços cariocas, como o japonês Pabu Izakaya.
Novata da turma, a Sardinha Taberna Portuguesa aportou no baixo Leblon há um mês por obra de patrícios que cá vivem. “Uma imersão na cultura e culinária lusitana” é o que eles propõem. A casa leva para a região o conceito das pitorescas tabernas portuguesas que encontramos pelas vielas do Bairro Alto, em Lisboa, ou na zona Ribeirinha do Porto.
— O Sardinha é original e autêntico. Servimos pratos nunca antes confeccionados por aqui. Queremos que nossos clientes se sintam em Portugal mesmo estando no coração do Leblon — resume Gonçalo Carvalho, natural de Coimbra e sócio da casa.
A seguir, conheça uma seleção de bares que representam a nova cena lusitana na cidade.
Bar Ora Pois
Mais novo da lista, trata-se de um bar inspirado nas tascas lisboetas mais contemporâneas. Inaugurado na Barra no mês passado, conta ainda com uma ampla varanda de frente para o mar. No cardápio de comes, uma sugestão que uniu dois clássicos num quitute tentador: bolinho de arroz de pato com queijo da Serra da Estrela (R$ 31, seis unidades). Aind ano abre-alas é possível pedir a clássica açorda de bacalhau (R$ 39).
Rua Professor Coutinho Fróis, 10, Barra – 3798-2852. Seg. a qui., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 22h.
Boteco Rainha
Empreitada mais recente do chef Pedro de Artagão, a casa inaugurada no ano passado é inspirada nos botequins à moda portuguesa. Escabeche de sardinha (R$ 28) e punheta de bacalhau (R$ 40) fazem bons começos na companhia de um vinho, que pode ser o branco do Alentejo Ares de Medeiros (R$ 104). Clássicos cariocas com pegada lusitana também entram em cena. É o caso do caldinho de frutos do mar (R$ 18). Para compartilhar a refeição entre até três pessoas, o arroz de polvo sai a R$ 108.
Rua Dias Ferreira, 247, Leblon – 3598-8714. Ter. a dom. das 11h às 01h.
Mercearia da Praça
Charmoso misto de empório e bistrô de sotaque português, a casa serve saborosas especialidades desde 2016. Uma leva de receitas recém-chegadas inclui as pataniscas de bacalhau servidas com legumes e aïoli de coentro (R$ 38,90), uma sugestão para começar. Adiante, o cardápio traz releituras de clássicos, como pappardelle à francesinha (R$ 52,90), massa fresca com tiras de filé-mignon, ragu de linguiça toscana e molho à base de cerveja, ou espaguete à bulhão pato (R$ 62,90), um espaguete com camarões selados, azeite, coentro, alho, pimenta e vinho branco.
Rua Jangadeiros, 28, Ipanema - 3986-1400. Seg. a dom. do meio-dia à meia-noite.
Sardinha Taberna Portuguesa
Da trilha sonora aos jogos do campeonato português de futebol passando nas TVs, tudo lembra a terrinha. No cardápio há pedidas pouco vistas por aqui, como o bife à portugália, filé-mignon ao molho de cerveja com ovo estrelado e batata frita (R$ 59,90). Outra tradição, o bifana, um sanduíche de porco marinado em vinho e mostarda (R$ 19,90) é outra dica entre os comes. Para bebeer, a carta inclui, entre outras sugestões, o Coimbra gin (R$ 33), preparado com a clássica amêndoa amarga, gim, limão e cerveja.
Rua Aristides Espínola, 101, Leblon. Qua. e qui., das 18h às 23h. Sex., das 18h à 1h. Sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 23h.
Tasca Miúda
Inaugurada há um ano, a convidativa casa recebe a clientela em salão com paredes de ladrilhos e videiras penduradas no teto. Comece explorando o capítulo de conservas, seção que sugere acepipes como vinagrete de frutos do mar (R$ 34; 100 gramas). A ala de entradas quentes reserva outras delícias, como a saborosa alheira ao murro coberta por ovo estrelado (R$ 34). Entre os pratos principais, há sete receitas com bacalhau, a exemplo do arroz meloso com brócolis, azeitona, farofa de pão e natas (R$ 69). Não deixe de provar os drinques, cheios de referências à terrinha. Na carta, o preparo batizado como Funchal é legal reúne bourbon, vinho madeira seco, vermouth e bitters (R$ 32).
Rua Humberto de Campos, 827, loja B, Leblon – 3518-0810. Dom. a qua. do meio-dia às 23h. Qui. a sáb. do meio-dia à meia-noite.
Tasca É Giro
Com unidades no badalado Boxx, em Botafogo, e no Taste Lab, no NorteShopping, a casa é empreitada dos sócios da Tasca do Filho d’Mãe, outra casa de sotaque português, no Vogue Square. Entre os quitutes típicos há bolinho de bacalhau tradicional (R$ 9,90) ou recheado de queijo da Serra da Estrela (R$ 19,90). Opção mais consistente, o porco galego traz pernil com queijo, guarnecido de batata ao murro e arroz de brócolis (R$ 39,90).
Rua São João Batista, 26, Botafogo. Ter. a sáb. do meio-dia às 22h. Dom. do meio-dia às 18h.
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo terça, 14 de setembro de 2021
GASTRONOMIA: ALESSANDRA MONTAGNE - CONHEÇA A CHEF BRASILEIRA QUE CONQUISTOU PARIS PELA BOCA
Conheça a chef brasileira que conquistou Paris pela boca
Nascida da comunidade do Vidigal, no Rio, Alessandra Montagne abre segundo restaurante na França e colhe elogios do badalado Alain Ducasse
10/09/2021 - 04:56 / Atualizado em 10/09/2021 - 13:14
“Nasci no Morro do Vidigal, minha mãe tinha 16 anos e meu pai largou a gente — uma história bem brasileira…”, conta a chef Alessandra Montagne, de sorriso largo e olhar doce. Sua saga, com múltiplos capítulos doídos, a levou à França 22 anos atrás para aprender francês. Foi faxineira até conseguir transformar seu grande amor — a cozinha —em profissão. Depois de anos de aprendizado e trabalho, em junho ela inaugurou o Nosso, seu segundo restaurante parisiense. Sucesso total!
Alain Ducasse há pouco esteve lá almoçando, sozinho. Um dos mais famosos e premiados chefs do mundo, ele diz que adora a cozinha de Alessandra, de 44 anos. “Comi muito bem. Ela é um dos maiores talentos brasileiros aqui na França, sabia?”
O Nosso desponta entre os destaques da enxurrada de inaugurações que vem injetando vida e euros em Paris. Há restaurantes novos para todos os gostos e bolsos. Enquanto a Grande Brasserie é o que o nome implica, com menus fixos de clássicos franceses a 24 euros, o Café l’Apérouse cobra caríssimo por uma comidinha média, decoração bela e badalo.
O mesmo Ducasse fã da garota carioca que conquistou os franceses pela boca abriu há pouco um suntuoso restaurante no Palácio de Versalhes. Vai estrear em novembro um pop-up com outro superstar, o catalão Albert Adrià (ex-El Bulli) no museu do Quai Branly. O antigo magazine La Samaritaine — depois de anos fechado e de um restauro de muitos milhões de euros — renasceu lindo, cheio de grifes da moda e restaurantes transados. O último andar do lindo edifício é todo dedicado a comes e bebes, e no térreo há um corner cujo menu mistura street food e… caviar! Logo ao lado, em um hotel luxuoso inaugurado dia 7, o chef Arnaud Donckele — nova estrela da França, com três estrelas Michelin — estreou um restaurante gastronômico e uma brasserie.
“A gente consegue sentir uma energia forte no ar, os chefs estão todos loucos para cozinhar e receber as pessoas”, diz Alessandra, esfuziante. Depois da tormenta, o sol brilha como nunca em Paris.
O Globo segunda, 13 de setembro de 2021
GASTRONOMIA: MIOJO TURBINADO
Miojo gourmet: chefs dão receitas para turbinar o macarrão instantâneo
Com requeijão e carne-seca, à carbonara, oriental e até com lagosta, sugestões criadas por especialistas
Luciana Fróes
10/09/2021 - 04:34
A soberania do macarrão — seja talharim, espaguete, farfalle, fusilli, fresco ou seco — está por um fio no prato do brasileiro. E esse fio tem nome e sobrenome: Miojo Nissin, massa instantânea que vem comendo pelas beiradas e abocanhando uma fatia expressiva do mercado. No ano passado, 2,5 bilhões de porções de macarrão instantâneo — principalmente de Miojo, que praticamente virou sinônimo do ingrediente — foram consumidas pelos brasileiros, 11% a mais do que em 2019, segundo a Associação Mundial de Macarrão Instantâneo.
MIOJO EM VERSÕES CAPRICHADAS
Há quem torça o nariz, mas é fato que, por menos de R$ 2 o pacote, ele é hoje onipresente na dieta do brasileiro — seja pela praticidade (o presidente Bolsonaro é fã, leva até em viagens), seja pela queda do poder aquisitivo. A disparada no consumo — com média anual de 12 porções per capta! — nos levou a integrar o ranking dos dez maiores consumidores desse tipo de massa instantânea, inventada em 1958.
Pouco depois, em 1965, ela chegou ao Brasil. O resto é história, contada até em livro — de receitas. As chefs Luiza Hoffman (Figo Restaurante) e Morena Leite (Capim Santo) dão sugestões de preparo com a massa instantânea no recém-lançado “Miojo”. E nem é o primeiro: em 2012, outra ação de marketing da empresa já reuniu 14 chefs renomados: “Miojo — Receitas e histórias” (Editora Bocatto) teve participação de Carla Pernambuco (Carlota), Emmanuel Bassoleil (Skye) e Erick Jacquin (La Brasserie Erick Jacquin), entre outros. Tem até ele caramelizado com laranja e foie gras. Imagine só... No novo livro, tem receita com lagosta.
— Quando adolescente, acampei em Trancoso com amigos. Surgiu um pacote de Miojo, que resolvi fazer com as lagostas que nós mesmos pegamos. Não tinha água pra cozinhar a massa, então usei água do mar. E ficou ótimo! — conta Morena Leite.
Rafael Cavaliere, chef corporativo do grupo TT Burguer — que também tem memória afetiva com Miojo em acampamento — , acha que está rolando uma “miojomania”. Tanto que criou a hashtag #pimpmymiojo, uma série de vídeos em que aparece, ao lado de Jimmy Ogro, ensinando a fazer versões turbinadas dos sabores oficiais.
— O nome é uma brincadeira com o “Pimp my ride”, um programa de TV em que especialistas transformam carros detonados em máquinas incríveis — conta Jimmy Ogro.
Alexandra Forbes: Conheça a chef carioca que conquistou Paris pela boca
Criadas por Cavaliere (@gastroesporte), lá estão versões como à moda putanesca, puxado no tomate e na pimenta; com uma fonduta de requeijão e crocante de carne-seca; com feijões, três texturas diferentes de bacon e crispy de couve; e o clássico carbonara, ainda sem nome.
— Não sei se chamo de miojonara ou carbonojo — brinca Cavaliere.
Sócio e chef do Pabu, KoBa e da Maria e o Boi, Luiz Petit não é dos mais entusiastas da massa, mas admite que, quando o momento é de sufoco, seja financeiro ou de fome, ela pode ser providencial.
— O David Chang, do Momofuku (restaurante estrelado de Nova York), fazia miojo caccio e peppe. Então, acho que rende um caldo sim. É só fazer uma investida na geladeira e aproveitar o que estiver dando bobeira: cebola, alho, um caldo com os legumes, pingos de shoyu...
O belga Frèdéric de Mayer também tem sua dica.
—Dar uma pegada oriental funciona bem, com camarões, um toque agridoce, gengibre, coentro, raspas de limão e uma farofa crocante de gergelim — ensina o dono da Frédéric Epicerie, no Leme.
Já Lucio Meira, chef do Lilia e do Labuta, admite que não dispensa o tempero pronto.
— Não tem nada melhor do que chegar em casa de madrugada e fazer um Miojo. Vou no basicão mesmo, mas quando tenho em casa, ponho cogumelos, cebolinha, óleo de gergelim... Mas uso o temperinho que vem, acho gostosão, cheio de glutamato— conta, rindo.
Polêmico ou não, ele é fio para toda obra, hora e bolso. Sinais dos tempos.
Receitas #pimpmymiojo, de Rafael Cavalieri e Jimmy Ogro
Miojo com requeijão e carne-seca
Ingredientes (para 2)
2 pacotes de Miojo galinha caipira
400ml de creme de leite fresco
200g de requeijão
100g de queijo granapadano
150g de carne-seca dessalgada e desfiada
200ml de óleo
Sal e pimenta do reino a gosto
10g de cebolinha
Modo de preparo
Fonduta de requeijão: Em uma panela reduza o creme de leite pela metade. Entre com o granapadano e o requeijão e mexa com um fouet até a mistura se tornar homogênea.
Crispy de carne-seca: Após dessalgar, cozinhe a carne-seca na panela de pressão por 40 minutos. Desfie e reserve. Esquente o óleo em uma panela e frite por cerca de cinco minutos até ficar bem crocante. Escorra e reserve.
Miojo: Cozinhe o miojo em água fervendo com o tempero seguindo as instruções da embalagem.
Finalização e montagem: Aqueça duas conchas da fonduta em uma frigideira, entre com o miojo e misture bem até ele ficar envolvido pelo molho. Na base do prato coloque mais uma concha da fonduta. Entre com o miojo por cima. Finalize com a carne seca crocante e a cebolinha fatiada.
Lamen de Miojo com bacon e cogumelos
Ingredientes (para 2)
2 unidades de Miojo de bacon
2 unidades de ovo caipira
160g de filé-mignon suíno
20g de cebolinha picada
Caldo de bacon e cogumelos
100g de cebola
100g de cenoura
100g de aipo
200g de bacon
20g de cogumelos secos
1,5l de água
Modo de preparo
Caldo: Refogue os legumes e o bacon picados até começar a ganhar cor. Entre com os cogumelos secos, com a água e com os temperos do miojo sabor bacon. Deixe ferver e em seguida abaixe o fogo. Cozinhe por pelo menos uma hora para apurar o sabor. Coe e reserve.
Ovo mollet: Cozinhe os ovos por sete minutos em água fervente. Retire e coloque em um bowl de água com gelo para interromper o cozimento. Descasque com cuidado e reserve.
Mignon suíno: Tempere com sal e pimenta do reino e sele de maneira uniforme em uma frigideira quente. Deixe descansar, fatie e reserve.
Montagem: Cozinhe o miojo seguindo as instruções da embalagem. Em um prato fundo coloque o caldo e o miojo. Por cima entre com o mignon suíno fatiado, o ovo mollet cortado ao meio e a cebolinha picada.
O Globo domingo, 12 de setembro de 2021
FILM SOBRE ABORTO ILEGAL VENCE O LEÃO DE OURO NO FESTIVAL DE VENEZA
Filme sobre aborto ilegal vence o Leão de Ouro no Festival de Veneza
'L' événement', da francesa Audrey Diwan, chegou a causar mal-estar entre os espectadores do evento
O Globo
11/09/2021 - 15:17 / Atualizado em 11/09/2021 - 18:46
RIO - A história real de uma jovem que decide abortar na França dos anos 1960 foi a grande vencedora 78ª edição do Festival de Veneza. Adaptação do livro autobiográfico de Annie Ernaux, o longa “L´ événement”, da francesa Audrey Diwan causou controvérsia e até um certo mal-estar na plateia, pela crueza de sua direção. Ainda assim, foi escolhido por unanimidade pelo júri presidido pelo cineasta sul-coreano Bong Joon-ho (de “Parasita”), para receber o Leão de Ouro, prêmio máximo do eventom na tarde deste domingo.
Câmera na mão, a diretora mostra de perto as sensações e experiências da protagonista, interpretada pela atriz franco-romena Anamaria Vartolomei, uma das revelações do festival. Ainda que não mostre o aborto de forma gráfica, o longa colocou o assunto em pauta em Veneza com uma visão feminista e intimista. Nos anos 1960, o procedimento ainda era ilegal na França.
“Infelizmente, quando você trabalha com um assunto como o aborto, você sempre está na atualidade”, declarou Audrey Diwan, ao receber o prêmio. Ela sucede a sino-americana Chloé Zhao, vencedora no ano passado por “Nomadland”.
“L Événement” é o segundo filme francês a vencer um grande festival este ano em dois meses — o outro foi “Titane”, de Julia Ducournau, que levou a Palma de Ouro em Cannes.
As produções do Netflix tiveram forte presença na premiação, com os premios de roteiro, direção e júri. As mulheres também brilharam. Além de Diwan, a neozelandesa Jane Campion ficou com o Leão de Prata e o prêmio de melhor direção por “The Power of the Dog”.
ALMODÓVAR E PENÉLOPE CRUZ NA ABERTURA DO FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA
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O prêmio de melhor ator foi uma surpresa. O filipino John Arcilla desbancou o favorito Toni Servillo, um dos rostos mais conhecidos do cinema italiano, e presente em três produções no festival. Arcilla conquistou os jurados por sua atuação no thriller “On the Job 2: The Missing 8”, de Erik Matti, em que encarna um jornalista que investiga o misterioso desaparecimento de seus colegas. O longa será lançado também em formato de mini-série na HBO Asia.
A estrela Penelope Cruz protagonizou um dos momentos mais emocionantes da cerimônia ao homenagear a sogra, Pilar Bardem (mãe de Javier Bardem) em seu discurso. Ela foi escolhida como melhor atriz do festival por seu papel em “Mães paralelas” de Pedro Almodóvar. O longa, que abriu o festival, joga luz nas dezenas de milhares de pessoas desaparecidas durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e as décadas de ditadura comandada pelo general Francisco Franco. Colaboradora frequente de Almodóvar, a atriz espanhola interpreta uma das duas mulheres que dão à luz em um hospital de Madri no mesmo dia.
“E’ stata la mano di dio”, em que o diretor Paolo Sorrentino volta ao trauma da perda dos pais na adolescência, recebeu o Grande Prêmio do Júri. O jovem Flippo Scotti, que encarna o alter ego de Sorrentino, foi laureado com o prêmio Marcello Mastroianni, dedicado a intérpretes em início de carreira.
A atriz americana Maggie Gyllenhaal, por sua vez, venceu o prêmio de melhor roteiro por “The Lost Daughter”, que ela também dirigiu.
O Globo sábado, 11 de setembro de 2021
MOULIN ROUGE: APÓS UM ANO E MEIO, SHOW REABRE EM PARIS
Após um ano e meio, Moulin Rouge reabre em Paris: veja imagens dos shows e dos bastidores
Casa de espetáculos na capital francesa voltou a receber público na sexta-feira
O Globo
11/09/2021 - 04:30
Nunca, desde que foi destruído por um incêndio, em 1915, o Moulin Rouge ficou tanto tempo fechado. Por conta da pandemia de Covid-19, a casa de espetáculos mais famosa de Paris suspendeu as atividades em 12 de março de 2020, e assim permaneceu, por um ano e meio. Até a noite de sexta-feira, 10 de setembro, quando as cortinas voltaram a se abrir.
Desde sua inauguração, o teatro se destaca na paisagem noturna parisiense. A casa, que já recebeu estrelas como Edit Piaf e cujos show de cancã vivem no imaginário popular, é um dos pontos mais conhecidos da cidade, e atrai turistas do mundo inteiro à boêmia Montmartre, nem que seja para uma foto do lado de fora.
VEJA AS IMAGENS DOS ENSAIOS QUE ANTECEDERAM A REABERTURA DO MOULIN ROUGE, EM PARIS, APÓS 18 MESES
A reabertura foi anunciada em grande estilo, ainda em maio, com parte de seu corpo de baile vestido à caráter, apresentando um cancã no Boulevard de Clichy, a a rua em frente ao prédio do moinho vermelho. Sob as saias de cada uma das 12 bailarinas havia números e letras bordados, que formavam a data escolhida para a volta do público: 10 de setembro.
Os preparativos para o retorno começaram ali, envolvendo mais de 60 artistas, equipe técnica e funcionários de diversos setores. Nos últimos dias, dois ensaios completos, que renderam as belas imagens desta fotogaleria, mostraram que estava tudo pronto para o teatro voltar a receber o público.
Pelas normas atuais das autoridades sanitárias parisienses, não há a necessidade de redução na capacidade do público. Mas todos os presentes deverão estar sentados em lugares marcados, rearrumados para garantir algum distanciamento no salão. Para entrar, é preciso comprovar a vacinação completa ou apresentar resultados de testes negativos para a Covid-19 (PCR ou antígeno). E a máscara é obrigatória a todos, exceto para os artistas no palco.
O Moulin Rouge não é o único teatro burlesco a reabrir as portas este mês. Outros endereços muito associados a esse tipo de espetáculo também estão voltando a receber público, como o Crazy Horse, desde o dia 9, e Le Lido, a partir de 16 de setembro.
O Globo sexta, 10 de setembro de 2021
GASTRONOMIA: CONFIRA OS FESTIVAIS GASTRONÔMICOS DE SETEMBRO E OUTUBRO PELO BRASIL
Temporada gourmet: confira os festivais gastronômicos de setembro e outubro pelo Brasil
Da mineira Tiradentes à baiana Juazeiro, eventos com comidas e bebidas se espalham pelo país
Eduardo Maia
10/09/2021 - 04:30 / Atualizado em 10/09/2021 - 08:17
RIO - Para quem gosta da boa mesa, setembro e outubro são bons meses para pegara estrada. De Tiradentes, em Minas Gerais, a Juazeiro, na Bahia, uma série de festivais gastronômicos já estão acontecendo ou estão programados para as próximas semanas, reunindo importantes chefs nacionais e locais e apresentando aos visitantes experiências para ficar na memória.
Como a pandemia ainda não acabou, e cuidados básicos de segurança sanitária ainda são necessários, os eventos precisaram se adaptar aos novos protocolos, e alguns, como o Fartura Tiradentes, acontecerão também de forma on-line. O viajante também precisa prestar redobrada atenção a medidas como usar máscaras sempre que possível, usar álcool em gel e privilegiar locais abertos e espaçosos.
Confira, a seguir, cinco desses festivais gastronômicos de setembro e outubro pelo Brasil
Tiradentes
Em sua 24ª edição, o Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes, realizado pelo projeto Fartura - Gastronomia do Brasil, volta a ter eventos presenciais, mas sem deixar de lado workshops e apresentações on-line, adaptação provocada pela pandemia em 2020 e bem recebida pelo público. De 18 a 26 de setembro, haverá jantares preparados por chefs renomados na cidade histórica de Minas Gerais, além de aulas, palestras e apresentações musicais pela internet.
Nos chamados festins, chefs de seis restaurantes de Tiradentes receberão em suas cozinhas sete importantes nomes da gastronomia brasileira. Em duplas ou trios, irão preparar pratos especiais, servidos nos salões dos restaurantes Mia, UaiThai, Ora, Pacco & Bacco, Gourmeco e Tragaluz, com vagas limitadas. Esses jantares exclusivos acontecerão nos dias 24 e 25 de setembro (sexta e sábado).
As parcerias, organizados pela curadoria do festival, são Matheus Paratella (Tragaluz) e Bel Coelho (Clandestino, de São Paulo); Rafael Pires (Mia) e Roberta Ciasca (Miam Miam, do Rio de Janeiro); Ricardo Martins (Uaithai) e Paulo Shin (Komah, de São Paulo); Felipe Oliveira (Ora) e Jorge Ferreira (Olivia, de Belo Horizonte); Juliana Ferreira (Gourmeco) e Bruna Martins (Birosca, de Belo Horizonte; e Gustavo Baccarini (Pacco & Bacco) com Katia Barbosa (Aconchego Carioca , do Rio) e Ronie Peterson (Senac).
O festival, no entanto, não fica restrito apenas a esses seis restaurantes. Diversos estabelecimentos da cidade participam do evento, criando pratos e menus especiais. Outra parte importante do festival é a Mercearia Fartura, onde produtores mineiros expõe e vendem suas mercadorias. No espaço físico, que ficará no Largo das Forras e funcionará de 17 a 19 e de 24 a 26 de setembro, o público poderá encontrar produtos como café, pé-de-moleque, azeite, geleia, queijo e mel da Serra da Mantiqueira. Já através da loja virtual, será possível comprar diretamente de 18 produtores.
Pela internet, o público poderá participar de 36 cursos virtuais, assistir a 32 shows musicais online, além de acompanhar lives com chefs e figuras importantes da gastronomia. Tudo isso acontece através do site farturabrasil.com.br.
São Lourenço
No sul de Minas, 20 bares, restaurantes e lanchonetes participam da nona edição do Degusta – Festival Gastronômico de São Lourenço (degustasaolourenco.com.br), que começou em 1º de setembro e vai até o dia 30 do mês. Neles, os clientes encontram pratos criados especialmente para o evento.
Quem quiser experimentar o maior número de pratos pode adquirir o Passaporte Premiado, que este ano vai funcionar de forma totalmente digital, com QR Code nos estabelecimentos participantes, onde o público receberá um carimbo a cada prato saboreado. Os que baterem ponto em pelo menos cinco endereços ganham uma caixa de produtos típicos da região.
Os pratos variam das típicas comidas de boteco, como o Infarto Completo (torresminho, linguicinha pura de porco, costelinha suína, calabresa, bacon de pernil e mandioquinha frita), do Frango na Brasa Restaurante, a receitas mais elaboradas, como a Coroa do Cedro (costela de cordeiro assada e banhada na redução do vinho do Porto, com amoras e especiarias, deitado em cama de purê de mandioca com manteiga da Mantiqueira), do restaurante Quinta do Cedro. E, claro, há espaço para combinações mineiríssimas, como o Matula da Villa (pão de queijo de frango com quiabo e maionese de bacon com canudinhos recheados com doce de leite e goiabada para sobremesa), da Villa Jardim Floricultura Café.
Campos do Jordão
A Temporada Sabores e Cervejas da Mantiqueira começou em 8 de setembro e vai até 31 de outubro em Campos do Jordão e Santo Antonio do Pinhal, no estado de São Paulo. O evento reúne os 32 bares, restaurantes, chocolateria e cervejarias artesanais da Associação Cozinha da Mantiqueira.
Os bares e restaurantes criaram pratos e petiscos especialmente para o evento, harmonizando com as cervejas artesanais da região, das cervejarias Baden Baden, Campos do Jordão, Caras de Malte, Gard e Vemaguet67. Os clientes que pedirem os pratos especiais ganharão copos temáticos de cerveja do festival, decorados com imagens de cartões-postais de Campos do Jordão.
Há ainda uma programação de almoços e jantares temáticos, promovidos por alguns restaurantes, como Moringa Mantiqueira, Elio Cucina Speciale, Boa Vista Parrila Grill, Art BBQ e Dona Pinha (este em Santo Antonio do Pinhal).
O festival, como o nome indica, tem grande foco também na cultura cervejeira da região. Na programação há um concurso para eleger o melhor mestre cervejeiro amador e visitação ao circuito das fábricas da Mantiqueira, com degustações e outras experiências. Todas as informações estão no site cervejas.cozinhadamantiqueira.com.br.
A mesma associação promove o Festival Mantiqueira, que este ano será de 16 a 30 de novembro, quando os restaurantes afiliados terão menus com os mais diversos ingredientes produzidos na Serra da Mantiqueira, como azeite, queijos, trufas, cogumelos, geleias, vinhos, cachaça e destilados.
Cabo Frio
Na cidade da Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, é possível dar uma volta ao mundo em 60 restaurantes. Ao menos, é o que promete a programação do Festival Gastronômico de Cabo Frio, cuja edição de 2021 começou em 3 de setembro e vai até 3 de outubro. Com o tema "Uma viagem pelo mundo", a proposta é que cada bar e restaurante apresente um prato especial, com receitas típicas ou inspiradas em outro país.
Um bom exemplo é o prato Caminhos (cavaquinha com molho de queijo e alho-poró gratinada e farofa de baguete na manteiga de laranja, servida na coquille), homenagem do restaurante Picolino ao Caminho de Santiago. Já o bar Limoeiro, se inspirou nos sabores amazônicos para criar a entrada Manaós (bolinhos de banana pacovã recheados com peixe assado e acompanhados por vinagrete de pimenta de cheiro). Países da África, da Ásia e da Oceania também estão presentes.
Todos os pratos, individuais, foram criados exclusivamente para o evento, cujo tema é "Uma viagem pelo mundo", e têm preços fixos. Entradas e petiscos custam R$ 40, pratos principais, R$ 55, e sobremesas, R$ 20. Já pizzas e sanduíches saem a R$ 35.
Quem estiver na cidade no período poderá também participar das palestras e workshops com chefs de cozinha e cozinheiros convidados, que acontecerão no Espaço Gourmet, instalado no Shopping Park Lagos. A programação neste espaço, que voltou em 2021, depois de ficar ausente da edição de 2020, por conta da pandemia, começa nesta sexta-feira, 10 de setembro.
A lista completa dos participantes e a programação do Espaço Gourmet estão no site saboresdecabofrio.com.br.
Juazeiro
Terra natal dos cantores João Gilberto e Ivete Sangalo, e do jogador de futebol Daniel Alves, essa cidade no interior da Bahia quer mostrar que tem boa comida também. De 2 a 17 de outubro, a primeira edição do Festival Gastronômico Sabores de Juazeiro vai reunir 43 restaurantes que servirão ao público mais de cem pratos criados especialmente para o evento.
As receitas foram divididos em quatro categorias: prato principal, comida de boteco, lanches e sobremesa. Por conta da pandemia, nesta primeira edição os pratos poderão ser entregues também pelo serviço de delivery.
Localizado no semiárido baiano, Juazeiro é um dos grandes produtores de gêneros alimentícios da região. A ideia dos organizadores é justamente valorizar os ingredientes locais, como peixes de rio, carne de bode, mandioca, frutas e os vinhos produzidos no Vale do Rio São Francisco. Informações em instagram.com/saboresdejuazeiro.
O Globo quinta, 09 de setembro de 2021
TEATRO COPACABANA PALACE É REINAUGURADO NO RIO
Teatro Copacabana Palace, onde estreou Fernanda Montenegro, é reinaugurado no Rio
Fechado desde 1994, endereço dentro do hotel passou por reformas e será reaberto com musical estrelado por Suely Franco e Vanessa Gerbelli
Gustavo Cunha
09/09/2021 - 04:30
“Reabrir um teatro é renascer um bairro, uma cidade e, sem exagero, um país”, frisa Fernanda Montenegro. Ela se emociona ao saber que o Teatro Copacabana Palace será reinaugurado em novembro, após quase três décadas fechado. Parte das memórias da atriz — e da história das artes cênicas no Brasil — ocupa os assentos da sala fundada em 9 de setembro de 1949, pioneira na Zona Sul carioca e mais conhecida pelo apelido de Teatro Copacabana.
TEATRO COPACABANA PALACE: OS DETALHES DA SALA TOTALMENTE REFORMADA
Inativo desde 1994, o endereço com entrada e bilheteria voltadas para a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, aos fundos do célebre hotel, foi palco para a estreia profissional de Fernanda nos tablados. Em 1950, a então jovem de 21 anos integrou o elenco da peça “Alegres canções na montanha”, ao lado de colegas como Nicette Bruno, Beatriz Segall e, veja só, Fernando Torres, com quem iniciou, nos ensaios, uma união longeva. Embora a montagem tenha sido um fracasso, o nome de Fernanda figurou como destaque positivo entre a crítica. Foi um nascimento artístico, ela relembra.
— Comecei a minha vida no Teatro Copacabana. Depois, foram mais sete peças ali — recorda-se a atriz de 91 anos. — O Teatro Copacabana teve uma luz própria. Grandes e elegantes montagens... E imensos sucessos, sem parar. Fechar um teatro é morrer um pouco. Reabrir um teatro é renascer. Portanto, que bem-vinda é essa reabertura. Esse teatro é um centro cultural de imensa história, de calor humano, de vibração, de uma realidade esperançosa no Brasil. É o que a gente quer de volta.
O Teatro Copacabana que dará as caras ao público é uma peça luxuosa totalmente repaginada. Do extenso foyer à sala revestida em madeira, com capacidade para 332 lugares, o que se vê é um espetáculo de altíssimo valor — a rede Belmond, responsável pela administração, não revela a quantia investida. A peça de estreia em novembro (em data ainda a ser definida) é um musical sobre o próprio hotel.
— O público vai querer assistir às peças e também ao próprio teatro — brinca o engenheiro Paulo Pozzobon, à frente das obras, que ganharam pontapé em 2018.
Gerente geral do hotel, Ulisses Marreiros ressalta que o projeto assinado pelo arquiteto Ivan Rezende “foi além do que seria uma reforma normal de um espaço que já existia”. Fato é que não daria para reconstruir o teatro tal como ele foi erguido. Em 1953, durante uma temporada da peça “Mulheres feias”, com Fernanda Montenegro, um incêndio de grande proporção consumiu a sala, que só foi reaberta, já toda reconfigurada, em 1955.
A versão do teatro do século XXI é mais robusta. Há agora um café ao lado de um hall de entrada, por exemplo. E, por trás dos panos, escondem-se segredos condizentes com este período pandêmico, como o sistema de ar-condicionado importado dos EUA que, afirmam os responsáveis , expele uma substância eficaz para eliminar vírus dos recintos.
— Hoje, não basta criar teatro bonito. É preciso misturar o artesanal com a alta tecnologia — diz a gerente de projetos Taissa Thiry. — Parecia missão impossível, mas deu certo.
Teatro do 'entretenimento elegante'
Chamam a atenção os números por trás da reforma do novo Teatro Copacabana Palace, empreitada que envolveu mais de 600 profissionais e teve acompanhamento permanente de entidades como o Iphan. Entre elementos como oito lustres suntuosos — cinco deles restaurados —, 44 arandelas de cristal, escaiolas (pinturas à mão que imitam pedra), carpetes importados da Turquia e 1.945 metros de tecidos em cores exclusivas para estofados do local, há detalhes que levaram tempo para florescer.
Uma das poucas partes a resistir ao incêndio de 1953, a marquise frontal do teatro foi decapada por três especialistas até que fosse encontrada a cor original dos ornamentos na fachada do imóvel tombado. Nas paredes internas, em pedra ou madeira, profissionais entalharam à mão brasões, figuras geométricas e rosáceas que remetem a outros espaços do Copacabana Palace. Para manter a continuidade do desenho da madeira no revestimento da sala, foram utilizados cerca de 70 mil metros de folhas de pau-ferro.
O protagonismo dado à beleza do teatro, com balcão e camarotes glamourosos, resgata o requinte associado a determinada época, avalia Isabelle Cury, arquiteta vinculada ao Iphan, que acompanhou as obras. No fim da década de 1940, tão logo foi inaugurado (no lugar de uma sala de shows no extinto cassino do hotel), o Teatro Copacabana passou a levar à cena certo “entretenimento elegante”. E assim a sala se notabilizou na então capital federal.
Paulo Autran, Tônia Carrero, Eva Wilma, Jorge Dória, além de Henriette Morineau e sua trupe Os Atores Unidos, foram nomes frequentes no palco nos anos 1950 e 1960. Até que fechasse devido a questões administrativas, o endereço acolheu outros artistas como Renata Sorrah, Marieta Severo, Bibi Ferreira e Nathalia Timberg em espetáculos quase sempre bem-sucedidos comercialmente. Vera Fischer e o elenco da peça “Desejo” foram os últimos a pisar ali.
— O Teatro Copacabana consolidou um tipo de teatro de mercado com alto padrão de produção: eram espetáculos refinados, pensados para uma faixa abrangente do público, e que não faziam nivelamento por baixo — comenta o jornalista e crítico do GLOBO Daniel Schenker, que atualmente realiza uma pesquisa de pós-doutorado sobre o Teatro Copacabana, na UniRio.
A depender da moderna estrutura acústica da sala — e do urdimento de 20 metros, que permite trocas ágeis de cenário, algo raro no Rio —, a programação do teatro continuará a privilegiar montagens arrojadas visual e sonoramente.
A inauguração será marcada pela estreia do inédito “Copacabana Palace — O musical”, com texto de Ana Velloso, Vera Novello e Luis Erlanger, sob direção de Gustavo Wabner e Sergio Módena. Com elenco de 15 atores capitaneado por Suely Franco, Vanessa Gerbelli e Claudio Lins, a produção repassa a história do hotel, da abertura em 1923 aos dias de hoje, com referências a medalhões que estiveram lá, como Carmen Miranda, Frank Sinatra e Louis Armstrong.
— O Copa foi irradiador da nossa cultura, e é isso o que nos interessa na peça — conta Wabner, que idealiza o projeto desde 2016. — Estrearíamos entre 2019 e 2020 em outro local, mas fomos atropelados pela pandemia. Nesse ínterim, aconteceu a feliz coincidência da reabertura do teatro.
O Globo quarta, 08 de setembro de 2021
ALCIONE, FELIZ COM SUCESSO NA BARRA, VAI ABRIR SEGUNDO BAR NO RIO
Feliz com sucesso na Barra, Alcione vai abrir um segundo bar no Rio e já tem previsão para inaugurar; saiba o local e a data
Cantora promete se apresentar no dia da abertura da casa: 'Temos essa intimidade com o público, cantando de pertinho'
Ricardo Ferreira
07/09/2021 - 16:41 / Atualizado em 07/09/2021 - 21:19
Feito de amarula, vodka, xarope de cookie, espuma de chantilly, ovomaltine, água de coco e calda de chocolate, "Meu ébano" (R$ 36) é o drink preferido de Alcione na carta do bar que leva seu nome, na Barra. Xodó da Marrom, a casa foi aberta em novembro do ano passado e decolou, apesar da pandemia. O sucesso foi tanto que, agora, a cantora comemora a abertura de um segundo espaço, com o mesmo nome e nos mesmos moldes: em outubro, será inaugurado o novo Bar da Alcione no lugar onde funcionou, até janeiro do ano passado, o Casarão Ameno Resedá, no Catete.
No pé da ladeira de acesso do Morro Santo Amaro, mais precisamente na Rua Pedro Américo nº 277, o imóvel data do final do século XIX, tem estilo neoclássico e fica a menos de 1 km do Museu da República. Foi totalmente recuperado pelo economista Carlos Lessa, que inaugurou o Ameno Resedá em 2012.
Alcione já mandou avisar: é ela quem vai subir no palco do novo espaço no dia da inauguração, em outubro. A apresentação deve seguir o modelo dos shows intimistas que ela vem fazendo em seu bar na Barra, todas as quintas-feiras de setembro. Na última (2/9), a casa lotou pra ver a Marrom de pertinho.
— Foi muito bom, uma alegria muito grande. O repertório é feito de músicas que as pessoas querem ouvir. Coisas da minha ouvida, e não é pouca coisa, afinal tenho 49 anos de carreira. Procuro atender a todos pra todo mundo ficar feliz — conta a cantora, que tem resgatado boas memórias com os shows "em casa".
— Realmente, no inicio da minha carreira eu rodei por todos aqueles bares da época e era uma energia diferente, uma galera bem perto de mim. E agora de novo, todas as quintas de setembro nós temos essa intimidade com o público, cantando de pertinho. Eu estou muito animada — conclui.
A direção artística de ambas as casas é de Solange Nazareth, irmã e empresária de Alcione.
Bar Alcione: Casa Shopping. Av. Ayrton Senna 2150, Barra da Tijuca – 99707-9497 (WhatsApp). Seg a sex, das 18h à 1h. Sáb e dom, do meio-dia à 1h. Shows da Alcione em setembro: Qui, às 22h. Abertura de Karinah, às 19h30. R$ 80. Não recomendado para menores de 18 anos.
O Globo terça, 07 de setembro de 2021
MANIFESTAÇÕES: PM LANÇA BOMBAS DE G´S PARA DISPERSAR GRUPO QUE SOLTOU FOGOS DE ARTIFÍCIO PRÓXIMO AO ITAMARATY
PM reforça efetivo e dispara bombas de gás para dispersar grupo que soltou fogos de artifício próximo ao Itamaraty
Policiais agiram em via que dá acesso à Praça dos Três Poderes, que está isolada. Atos do 7 de setembro começaram com incidentes registrados na Esplanada dos Ministérios desde o final da noite de segunda-feira
Bruno Góes e André de Souza
07/09/2021 - 09:11 / Atualizado em 07/09/2021 - 10:07
BRASÍLIA - Os atos do 7 de setembro começaram com incidentes registrados na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Pela manhã, a Polícia Militar do Distrito Federal disparou bombas de gás para dispersar um grupo que havia soltado fogos próximo ao Palácio do Itamaraty. Não era permitido entrar com fogos de artifício no local.
O episódio ocorreu numa via que dá acesso à Praça dos Três Poderes, onde há um bloqueio para que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro não cheguem ao Supremo Tribunal Federal (STF). O GLOBO presenciou o momento em que eles foram obrigados a recuar. A Polícia Militar anunciou a convocação de todo o seu efetivo para atuar nos protestos.
Os atos em apoio a Bolsonaro ocorrem em meio a uma forte queda na popularidade do presidente, com alta da inflação, crise energética e com o país sob a pandemia da Covid-19 que já tirou a vida de 580 mil brasileiros.
BRASÍLIA AMANHECE SITIADA POR APOIADORES DO PRESIDENTE PARA ATO ANTIDEMOCRÁTICO NO FERIADO DA INDEPENDÊNCIA
Atos do 7 de setembro começaram com incidentes registrados na Esplanada dos Ministérios desde o final da noite de segunda-feira. Ao longo da Esplanada, caminhões e ônibus estão estacionados. Diversos apoiadores gritam palavras de ordem, principalmente contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. Parte deles carrega faixas com dizeres antidemocráticas. Uma delas defende a intervenção militar no Judiciário e no Legislativo. O apoio a uma intervenção militar é pauta de uma minoria no país. Pesquisas mostram que mais de 70% dos brasileiros defendem a democracia.
Muitas pessoas presentes não usam máscara de proteção. Num outro ponto, um grupo coleta assinaturas para a formação do Aliança pelo Brasil, partido de apoio a Bolsonaro.
Falhas na vistoria da PM
A PM do Distrito Federal afirmou, previamente, que revistaria todos os manifestantes que fossem à Esplanada. Porém, além de não ter feito vistoria nos veículos que adentraram o local na noite de segunda-feira, realiza uma fiscalização falha nesta terça-feira: apenas algumas pessoas que carregavam mochilas ou bolsas estavam sendo vistoriadas. Quem foi à Esplanada sem nada passou direto pela PM. A vistoria também foi desta maneira nos atos de oposição ao governo, que ocorre na Torre de TV, que fica a cerca de três quilômetros da Esplanada.
Durante a madrugada também houve princípio de confusão. Caminhoneiros conseguiram furar bloqueios de acesso à Esplanada e estacionaram num local onde não era permitido. Policiais também não conseguiram impedir a instalação de um acampamento em frente a ministérios e ao Congresso.
Por volta das 22h, um dos filhos do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), chegou ao local, cumprimentou os apoiadores e subiu em um dos caminhões.
No Twitter, o ministro Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), elogiou a ação: "Lindo ver Brasília ser tomada por pessoas de bem. Pessoas ordeiras, que só querem viver num país mais justo, mais livre e mais democrático. Tá bonito de ver!!! Viva o 07 de setembro!!!", escreveu.
O incidente começou por volta das 20h, quando caminhoneiros e outros apoiadores do presidente pressionaram policiais para ultrapassar o bloqueio e conseguiram acesso. Grades de segurança foram derrubadas.
— Houve uma invasão. Em nenhum momento os policiais permitiram a passagem. Eles furaram o bloqueio e desligaram os caminhões. Agora, estamos negociando a saída deles — admitiu o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Julio Danilo.
A segurança na Esplanada é feita pelo governo do Distrito Federal, enquanto os prédios do STF e do Congresso têm segurança própria e recebem apoio do governo do DF. Já o Palácio do Planalto e o Palácio da Alvorada são de responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
O Globo segunda, 06 de setembro de 2021
PATINAÇÃO NO GELO, PEÇAS DE TEATRO E PARQUE DE TRAMPOLINS: ATRAÇÕES INFANTIS PARA CURTIR COM AS CRIANÇAS
Patinação no gelo, peças de teatro e parque de trampolins: atrações infantis para curtir com as crianças
Lista também inclui clássicos da cidade como o AquaRio e o BioParque
O Globo
03/09/2021 - 13:35
Uma tartaruga que faz 100 anos e desafia a bicharada da selva é o mote da peça "Bichos dançantes", da Focus Cia de Dança, que estreia neste sábado no Teatro Prudential. Além do espetáculo, há outras opções de programação infantil, como a patinação no gelo no shopping Barra Garden e o novo parque de trampolins no Casa Shopping. Confira a lista:
'Bichos dançantes'
O espetáculo infantil de Alex Neoral, que assina texto, direção e coreografia, apresenta uma aventura onde oito bichos recebem um desafio de Elisa, uma jabuti que está prestes a completar 100 anos. Artistas como Fernanda Abreu, José Loreto, Lucinha Lins e Mateus Solano fazem as vozes dos animais, interpretados pelos bailarinos da Focus Cia de Dança.
Serviço: Teatro Prudential. Rua do Russel 804, Glória. Temporada de 4 a 26 de setembro. Sáb e dom, às 16h. R$ 40. Livre.
Barra On Ice
A pista de patinação no gelo do Barra Garden oferece circuito livre e aulas para crianças a partir de 5 anos.
Serviço: Shopping Barra Garden. Avenida das Américas 3255, Loja 152, Barra da Tijuca - 3738-5224. Seg a sáb, das 14h às 22h. Dom, das 14h às 21h. R$ 40 (30 minutos) e R$ 50 (1 hora). Ingressos antecipados no site patinacaonogelo.com.br.
Oficina de teatro infantil
Promovidas pelo professor e diretor de teatro Rodrigo de Castro, as aulas tem acompanhamento e supervisão psicológica, com exercícios de respiração, alongamento, concentração e improviso. Para crianças de 6 a 14 anos.
Serviço: Lona Cultural Municipal Elza Osborne. Estrada Rio do A 220, Campo Grande - 2487-6733. Todas as terças de setembro, das 15h às 17h. Grátis.
'Catastrôfe'
Inspirado no livro "O circo Catástrofe", de Benjamim Chaud, o espetáculo da Companhia das Rosas conta a história de uma menina que, sentindo-se sozinha e chateada durante o isolamento social, cria um circo com seus bonecos para se comunicar com seus vizinhos pela janela. Com Erica Stoppel e Luara Bolandini. Direção de Carla Candiotto.
Serviço: Sáb, às 15h, no Facebook (@casadeculturaraulseixas). Dom, às 11h, no Facebook (@Ccampolimpo); e às 14h (@cbutanta). Livre.
Impulso Park
O parque de trampolins oferece circuitos de cama elástica, piscinas de espuma, escaladas, batalha de cotonete, entre outras atrações.
Serviço: Casa Shopping. Avenida Ayrton Senna 2150, Barra da Tijuca – 3030-3686. Ter a sex, das 13h às 22h. Sáb, das 10h às 22h. Dom, das 10h às 20h. A partir de R$ 50. Livre.
AquaRio
O maior aquário da América do Sul reúne mais de 5 mil animais marinhos de 350 espécies, como peixes, tubarões e arraias.
Serviço: Praça Muhammad Ali s/nº, Gamboa - 3900-6670. Ter a sex, das 9h às 16h. Sáb, dom e feriados, das 9h às 17h. A partir de R$ 70. Há promoção casada para visitar o AquaRio e o BioParque no feriado por R$ 99 - mais informações no site aquariomarinhodorio.com.br.
BioParque
Com um novo conceito de integração dos bichos, o novo zoológico do Rio, localizado na Quinta da Boa Vista, tem mais de mil animais de 140 espécies divididos nas seções savana africana, carnívoros, asiáticos, imersão tropical, vila dos répteis, ilha dos primatas, fazendinha, reis da selva e Cerrado.
Serviço: Parque da Quinta da Boa Vista s/nº, São Cristóvão. Ter a dom, de 9h às 16h. R$ 40. Livre.
O Globo domingo, 05 de setembro de 2021
GASTRONOMIA: FELIZ 5782 - RECEITAS TÍPICAS PARA COMEMORAR O ANO NOVO JUDAICO
Feliz 5782: receitas típicas para comemorar o Ano Novo Judaico
Endereços da cidade aceitam encomendas para o Rosh Hashaná, celebrado entre os dias 6 e 8 de setembro
O Globo
02/09/2021 - 09:32 / Atualizado em 03/09/2021 - 13:14
Entre os dias 6 e 8 de setembro os judeus celebram o Rosh Hashaná, o Ano-Novo judaico. A data, repleta de tradições e simbolismos para comemorar, pedir bênçãos e agradecer o ano que se inicia, costuma ser comemorada em família, em torno da mesa, com receitas típicas. Para quem quiser encomendar pedidas como o chalá (se pronuncia "ralá") - símbolo maior da data, o pão redondo representa a continuidade e eternidade, um pedido para um ano sem conflitos -, não faltam bons endereços. Confira.
Miisto de padaria, café e bistrô, a casa aceita encomendas da típica chalá, o pão mais emblemático do Rosh Hashaná, em formato redondo, coberto de amêndoas laminadas. Os pedidos podem ser feitos até sábado, dia 4 de setembro, para entregas ou retiradas nas lojas do Jardim Botânico, a matriz, ou de Ipanema. Pela unidade são pagos R$ 16. Encomendas pelo e-mail comercial@emporiojardimrio.com.br ou pelos telefones 2535-9862 (Jardim Botânico) e 2513-5151 (Ipanema).
Rua Visconde da Graça, 51, Jardim Botânico - 2535-9862. Tdos os dias, das 8h às 19h.
Rua Maria Quitéria, 62, Ipanema - 2513-5151. Todos os dias, das 8h às 17h.
Gutessen
As cestas inéditas que o restaurante judaico criou especialmente para a data esgotaram rapidamente. Mas ainda é possível encomendar itens típicos para celebrar a virada de ano, como a caixa com fludens, docinho que tradicionalmente se presenteia nessa época, com seis (R$ 29) ou nove (R$ 40) unidades. O quitute é uma espécie de rocambole russo, de massa fina e recheio de damasco e passas. Outra opção são os camishbroit (R$ 12,00 por 100 gramas), biscoitos típicos da culinária judaica, feitos de goiabada, castanha, passas e especiarias. Pela chalá, pão-símbolo da data, pagam-se R$ 18. Encomendas até sábado, dia 4 de setembro.
Rua Visconde de Caravelas, 148, Humaitá - 2294-2053 e 3549-2053. Encomendas: 9h às 17h.
Kurt
Um bom ano cheio de alegria e delícias é o que propõe a tradicionalíssima confeitaria. A famosa torta picada de abelha, recheada de creme com uma deliciosa cobertura crocante, ganhou decoração especial para a data e sai a R$ 165. Outra dica são as cestas temáticas com biscoitos, chocolates com temas judaicos, maçã de chocolate e pote de mel (a partir de R$ 104). Emcomendas até domingo, dia 5.
Rua General Urquiza 117, B - Leblon - Rio de Janeiro – 2294-0599 2512-4943. Seg. a sex., das 8h às 19. Sáb., das 9h às 18h.
Leve Brigaderia Natural
A casa especializada em brigadeiros preparou um kit para comemorar o Ano Novo judaico. São doze unidades sortidas do docinho feito à base de tâmaras importadas de Israel, nos sabores tradicional, coco, castanha-de-caju, amendoim, cacau, canela, coco queimado e pistache. Veganos, e isentos de açúcar, glúten, lactose e conservantes, os quitutes custam R$ 54 (o conjunto de doze). Encomendas pelo whatsapp (21) 97291-6144 ou pelo instagram @leve.brigaderia.
Primavera dos Pães
A padaria orgânica em Laranjeiras aceita encomendas até sábado, dia 4 de setembro, do tradicional pão chalá. A massa leve é composta de farinha de trigo, ovos e açúcar orgânicos e a recetia s ecompleta com azeite de oliva, água, sal e gergelim preto. Em formato redondo, especialmente para a celebração do Ano Novo judaico, unidade de 400g sai por R$ 22 (tradicional, com gergelim preto) e R$ 26,40 (com passas e mel). Pedidos pelo whastsapp 99222-0003.
Rua Ipiranga, 51, Laranjeiras - 99222-0003. Ter. a sex., das 14h às 19h.
Talho Capixaba
Com unidades no Leblon e na Gávea, a tradicional casa, misto de delicatessen, padaria e açougue, preparou uma linha especial para o Rosh hashaná. Entre os pedidos figuram o tradicional pão chalá, pão simbólico do povo Judeu, em formato redondo, com gergelim e recheado de passas (R$ 18 a unidade), e o bolo honik (R$ 88,00 o quilo), feito de mel tradicional, café, maçã, canela, nozes, açúcar mascavo e cacau em pó.
Avenida Ataulfo De Paiva, 1022, Leblon – 2512-8760; Rua Marquês de São Vicente, 10, Gávea – 2422-1270.
Sova
A padaria especializada em fermentação natural prepara, sob encomenda, o pão chalá redondo (R$19), representação da continuidade e da eternidade. Os pedidos devem ser feitos até sexta, dia 3 de setembro, e as entregas serão feitas no domingo, dia 05. Pedidos pelo Whatsapp 98506-6489 ou telefone 2147-7158.
Rua Xavier da Silveira, 34, Copacabana – 2147-7158. Ter. a qui. das 8h às 22h. Sex. e sáb., das 8h às 23h. Dom., das 8h às 13h.
The Bakers
Entre as receitas típicas oferecidas há mais de 25 anos pela casa, todas disponíveis o ano todo, estão itens para o jantar, como kneidelech (R$ 49,90, 10 unidades), as bolinhas de matsot acompanhadas de caldo de galinha feito com ervas frescas, arenque marinado com creme de leite e cebola (R$ 54,90; 250 gramas) e klops, o tradicional bolo de frango com especiarias (R$ 44,90; 500 gramas). Na ala doce, uma sugestão é a torta de nozes com damasco em formato hexagonal, embebida em leve calda de vinho Manischewitz (R$ 129,90).
Rua Santa Clara, 86, Copacabana – 3209-1212 (também WhatsApp). Todos os dias, das 9h às 21h.
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo sábado, 04 de setembro de 2021
GASTRONOMIA: DIA DO BACON - DEZ SUGESTÕES PARA COMEMORAR
Dia do bacon: dez sugestões para comemorar
Boa desculpa para beliscar; celebrada no sábado anterior ao Dia do Trabalho nos Estados Unidos, a data cai neste sábado, dia 4 de setembro
O Globo
03/09/2021 - 09:48
A data é celebrada no sábado anterior ao “labour day” – o Dia do Trabalho nos Estados Unidos, por sua vez, sempre é lembrado na primeira segunda-feira de setembro. Feitas as contas, a boa-nova: em 2021, cai neste sábado, 4 de setembro, o festejado Dia do bacon. Carne de porco curada, salgada e defumada, o bacon tem sabor único e uma legião de fãs nem aí para a patrulha do politicamente saudável. A essa turma dedicamos sugestões de receitas e lugares para comemorar a efeméride em grande estilo. Feliz Dia do bacon!
DIA DO BACON: MOMENTO FESTIVO PARA OS FÃS DO PORQUINHO CURADO
Artesanos Bakery
Na padaria especializada em fornadas produzidas com fermentação natural, uma dica para o café da manhã reforçado é o buongiorno (R$ 25), uma fatia de sourdough com manteiga e ovos mexidos finalizada por tiras de bacon caramelado.
Av. Pedro Moura, 150, Recreio dos Bandeirantes - 96691-0169. Ter. a sáb., das 9h às 22h. Dom., das 9h às 15h30.
Bhar Ginteria Descolada
Nos dois endereços do negócio, é boa lembrança do Dia do bacon o Bhar!, hambúrguer preparado no brioche de parmesão, com 180 gramas de blend da casa, mais queijo derretido, maionese artesanal, cebolas empanadas e, claro, bacon (R$ 29,90). O pedido é servido com fritas, mas uma opção extra na mesma linha é a porção de batatas com cheddar e bacon (R$ 35,90).
Av. Brás de Pina 2626, Vista Alegre – 97197-8381. Seg. a qui. e dom., das 18h à meia-noite. Sex. e sáb., das 18h à 1h. Rua Almirante João Cândido, 134-B, Maracanã – 97197-8381. Seg. a qui. e dom., das 17h às 22h. Sex. e sáb., das 18h à 1h. Dom., das 14h às 22h.
Bob Beef
O negócio especializado no delivery tem sete dark kitchens (cozinhas sem atendimento ao público) espalhadas pela cidade. Para acompanhar as variadas sugestões de hambúrguer, uma novidade, em cartaz até do dia 30, é o shake bob de bacon, criação do chef Pablo Lamar. A sugestão (R$ 25, 400 mililitros) tem base de sorvete de baunilha, calda de caramelo salgado com flor de sal e, para completar, crocante de bacon. “O resultado é uma explosão de sabores”, garante o chef. Pedidos podem ser feitos com exclusividade pelo app do iFood.
Delivery: iFood
Boteco do Amaral
Parte do complexo gastronômico Vogue Square, dotado de salão e varanda ao ar livre, o ponto tem cardápio variado para atender do almoço executivo à happy hour. A dica do chef Ítalo Cortês para celebrar o Dia do bacon é o pão com linguiça (R$ 36). Lá, a sugestão é preparada na baguete crocante, com linguiça artesanal, aïoli de leite, compota de cebola e bacon, além de queijo gratinado.
Av. das Américas, 8585, loja 139 (Vogue Square), Barra da Tijuca - 99483-7971. Dom. a qui., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia às 2h.
Clássico Beach Club
Na rede com cinco pontos pela cidade o bacon marca presença em variadas sugestões do cardápio. Aparece no B.B. (R$ 46), hambúrguer com 200 gramas de fraldinha, queijo cheddar, maionese de pimenta defumada, fatias de bacon e cebolas crisp, servido na companhia de fritas rústicas. É misturado à farofinha que guarnece os brochetes, espetos de mignon (R$ 50), polvo (R$ 62) ou frango (R$ 38). E também entra no preparo da salada caesar de frango (R$ 52).
Av. do Pepê, s/nº, Posto 2, Barra da Tijuca - 97437-8750. Diariamente, das 9h às 21h.
Ex-Touro
Grande campeão dos desafios “Rei da chapa”, em que criadores de hambúrgueres artesanais submetem suas receitas ao voto popular, Yasser Regis profissionalizou o negócio na bem-sucedida rede Ex-Touro. Foi em uma dessas disputas, também, que, em 2016, ele usou pela primeira vez a farofa de bacon no hambúrguer. “Minha inspiração veio de uma hamburgueria chamada Usina, em São Paulo. Lá, experimentei a farofa de chorizo”, conta Yasser. A farofa de bacon, mais um acerto em sua carreira, fica especialmente saborosa no Clint Boladão (R$ 43). No pão brioche, o ingrediente divide espaço com 180 gramas de blend Ex-Touro, queijo monterey e maionese de sriracha (uma espécie de molho apimentado). No Mad Max (R$ 43), a receita de pão brioche, 180 gramas de carne, Queijo colby, picles de jalapeño, alface e molho picante se completa com bacon empanado. A propósito: na “semana do bacon” o ingrediente vem em dose dobrada nos pedidos.
Neste fim de semana comemorativo, no sábado, dia 4, e no domingo, dia 5, quem pedir tiras extras de bacon nos sanduíches não vai pagar nada a mais por isso. A promoção vale tanto para consumo no bar quanto para o delivery. Tiras de bacon sequinho podem cair bem, por exemplo, no recheio do porco smash burguer, junto a panceta suína, queijo cheddar, cebola branca e picles de pepino, além de catchup e mostarda caseiros. O smash é servido nas versões simples (R$ 18,90), duplo (R$ 26) e triplo (R$ 32,90). No cardápio da casa em Botafogo, onde o porco reina, o bacon também faz bonito entre os ingredientes da feijoada (R$ 57 nos fins de semana), campeã de vendas, mergulhado junto com linguiça, costela e lombinho. Por lá, aliás, tem bacon até na sobremesa: uma dica para encerrar a refeição traz doce de abóbora com chantilly e pedacinhos de porco defumado (R$ 19).
Rua são Manuel, 43, Botafogo – 2137-4963. Ter. a sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 22h. Delivery: app próprio no site www.porcoamigobar.com.br
Sova – Fermentação Natural
Na “data cívica”, sábado, 4 de setembro, a casa vai oferecer 15% de desconto na compra da pizza de carbonara trufada, coberta de gema de ovo caipira, queijos pecorino, parmesão e grana padano, além de bacon artesanal e azeite trufado (R$ 40). A promoção também é válida para o delivery. As pizzas são preparadas a partir das 17h.
Rua Xavier da Silveira, 34, Copacabana - 2147-7158. Ter. a qui., das 8h às 22h. Sex. e sáb., das 8h às 23h. Dom., das 8h às 13h. Delivery: através do site da casa e no iFood.
Suburbanos Pizza
A cadeia tem dez lojas espalhadas pela cidade, de Copacana ao Méier, de Laranjeiras a Campo Grande, com serviços de delivery, take away, balcão e salão. As celebrações em torno da típica peça de porco curado inspiraram o Festival do bacon: no cardápio da rede, cinco pizzas ganharam coberturas com o ingrediente, também como parte da comemoração, o frete para entregas será grátis. Entre as invenções do pizzaiolo e sócio Rodrigo Molina, a redonda de bacon com cream cheese (R$ 54,90) reúne molho de tomate italiano, muçarela, bacon, cream cheese, alho-poró e orégano. Também têm seus fãs as versões de bacon com brócolis (R$ 51,90), com catupiry (R$ 54,90) e com ovos (R$ 52,90). Os preços são para as pizzas com 6 pedaços. O festival vai até o final do mês.
Delivery: grátis nos pedidos realizados pelo app próprio e pelo tel. 2421-7000. www.suburbanos.com.br
Urukum Lagoa
A pedida para o Dia do bacon leva o nome do restaurante. Servido no brioche de batata, o burguer Urukum (R$ 56) leva 160 gramas de blend de carnes, uma fatia de queijo emmental, picles de maxixe, cebolas carameladas, aïoli de urucum feito na casa e bacon crocante.
Rua Fonte da Saudade, 187, Lagoa - 97675-8666. Diariamente, das 8h às 22h.
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo sexta, 03 de setembro de 2021
GASTRONOMIA: FEIJÃO MACASSAR, MANGALÔ, GUANDU- AS MUITAS VARIEDADES DO GRÃO PREFERIDO DOS BRASILEIROS
Feijão macassar, mangalô, guandu: as muitas variedades do grão preferido dos brasileiros
Versátil, ele dá caldo tanto na comida de botequim quanto na alta gastronomia. ‘Há ingrediente mais democrático?’, exalta a chef Janaína Rueda
Luciana Fróes
03/09/2021 - 05:00
Dez entre dez brasileiros preferem feijão, já cantou Gonzaguinha sobre este grão que é a cara do brasileiro. O país é o maior produtor e consumidor de feijão-comum, o Phaseolus vulgaris L, que de “vulgar” não tem nada, já que traz proteínas, calorias, ferro, cálcio, magnésio, zinco, vitaminas, carboidratos e, ufa, fibras também. Preto, branco, verde, roxo, vermelho, rajado, rosa, mulato, fradinho, fradão, azuki, bolinha, manteiga, amendoim, azuki, guandu, jalo... Fica ao gosto do freguês.
Com cores e predicados mil, o grão foi parar nas manchetes na semana passada. E não só pelo preço nas alturas (aumentou 22% ao longo do ano), mas por uma declaração do presidente Bolsonaro, que chamou de idiota quem diz que é melhor comprar feijão do que fuzil. Bastou para o grão cair nas redes sociais.
FEIJÃO PARA TODA OBRA: QUAL É MELHOR PARA QUE RECEITAS
Mas para um grupo de agricultores da Paraíba, o assunto era outro: eles saudavam o reconhecimento pela Embrapa do grão macassar, um tipo de fradinho brasileiríssimo. E, em Itaboraí, pesquisadores festejavam o resgate do mangalô, que esteve ameaçado de extinção e que volta a ser produzido.
— Estamos trabalhando com os feijões rústicos, que estavam esquecidos e por pouco não desapareceram. É o caso do mangalô — conta Mariella Uzeda, pesquisadora agrobiológica da Embrapa.
São mais de quatro mil variedades de feijões crescendo Brasil afora. E eles estão por aqui há séculos. Em “História da Civilização Brasileira”, Câmara Cascudo conta que os índios Tupi já consumiam o “comandã”, uma variedade do grão, bem antes da chegada dos portugueses.
— Dá para imaginar a minha cozinha sem feijão? — indaga Kátia Barbosa, autora do famoso bolinho de feijoada. — Eu fui criada com angu com feijão, capitão de feijão, tutu de feijão, macarrão com feijão... Temos grãos para toda hora e toda obra: acarajé, os bolinho de feijoada, salada, purê, sopa, baião de dois, cassoulet e por aí vai... Sem feijão, eu não seria a Kátia Barbosa cozinheira.
Para quem diz que ele é pesado e indigesto, Roberta Sudbrack levanta a colher contra essa fama de mau:
— Ele pode resultar em pratos leves e delicados. Já servi com lagostins.
Embalada pelas Frenéticas —que consagraram a já citada música de Gonzaguinha —, Carla Pernambuco, do paulista Carlota, diz que feijão tem gosto de festa. E de fartura e comunhão.
— Feijão exemplifica comida para muitos, prato no centro da mesa, que traz tantos significados e propriedades nutritivas — resume.
Integrante do Ecochefs, grupo que milita por uma alimentação justa e saudável, Ciça Roxo ressalta que é importante manter uma certa “intimidade” com o grão.
— O fradinho não dá caldo, mas dá no acarajé e nas saladas. Já o branco, quando cozido, fica cremoso, tem que ficar de olho no ponto para fazer feijoada. Mas, se passar, rende uma versão de homus — diz Ciça, referindo-se à receita feita com grão-de-bico.
Versatilidade é um dos pontos altos do grão. Nelson Soares, do Sult, usa o feijão-manteiguinha de Santarém para um clássico italiano, pasta fagioli: massa, feijão, linguiça e brócolis.
É de Janaína Rueda, chef dos festejados Casa do Porco e Bar da Onça, em São Paulo, a definição mais substanciosa. Para ela, o feijão é agregador, capaz de unir, na mesma mesa, carnívoros e veganos.
— Há ingrediente mais democrático, versátil, agregador e resistente? Ele nasce até no copo com algodão — exalta Janaína
Às vésperas desse feriado cívico, nosso bom e velho feijãozinho básico, seja a cor que tiver e a receita que vier, merece ser o prato do dia.
Para variar o cardápio
Azuki. É nativo da China, mas consumido por japoneses também. Muito usado na confecção de doces nesses países, mas também fica bom em saladas.
Branco. Por ter muito amido, fica muito macio . É o grão do cassoulet e das feijoadas com frutos do mar.
Carioca. O mais versátil e popular. Quando cozido, fica espesso, ideal para feijoadas, tutu, feijão tropeiro.
Fradinho. Não dá caldo, mas é a base do acarajé, de saladas e ótimo para hambúrguer vegetariano.
Guandu. Mais comum no Nordeste, dá um caldo ralinho, mas cheio de sabor.
Jalo. O caldo fica bem grosso. Daí, volta e meia é usado para engrossar feijoadas. Bom para tutu, tropeiro, baião de dois... Os árabes não passam sem ele.
Manteiga. Fica cremoso quando cozido. Bom para uma feijoada mais leve.
Preto. Usado para a clássica feijoada, rende um caldo grosso. Mais consumido no Rio.
Rosinha. Muito usado na região Centro-Oeste . É a base de um prato emblemático do Pantanal, o feijão gordo (feito na banha). Bom para chilli mexicano.
Vermelho. É o que rende caldos mais encorpados. Sob medida para sopas e também feijoadas.
O Globo quinta, 02 de setembro de 2021
ELIMINATÓRIAS: BRASIL X CHILE - DESFALQUES ABREM BRECHA PARA GABIGOL TER SEQUÊNCIA E MATHEUS CUNHA E SE FIRMAR
Brasil x Chile: desfalques abrem brecha para Gabigol ter sequência e Matheus Cunha se firmar
Dupla é favorita para jogar ao lado de Neymar pelas Eliminatórias
Diogo Dantas
01/09/2021 - 20:35 / Atualizado em 01/09/2021 - 22:40
Setor mais contestado da seleção na Copa América, o ataque do Brasil terá caras novas na rodada tripla das Eliminatórias, que começam hoje, 22h, contra o Chile. A não liberação de jogadores por clubes ingleses vai obrigar o técnico Tite a mudar. Nesse contexto, há expectativa por uma sequência de Gabigol, do Flamengo, que tem sido chamado com regularidade na temporada, mas ainda não entregou o mesmo desempenho que tem no clube, onde marcou 27 gols em 27 jogos.
AS 10 PRINCIPAIS CONTRATAÇÕES DA JANELA DE TRANSFERÊNCIAS EUROPEIA
O atacante tem 1 gol em 271 minutos pela seleção brasileira em 2021. São cinco partidas disputadas na Copa América, apenas uma como titular do início ao fim, contra o Equador. E duas pelas Eliminatórias, diante de Equador e Paraguai. O jogador, que comemorou 25 anos esta semana, disputa posição no comando do ataque com Matheus Cunha, centroavante titular da seleção olímpica. Aos 22, Cunha vive bom momento e foi contratado pelo Atlético de Madrid, da Espanha, antes de ganhar a sua segunda chance na seleção principal.
Sem poder contar com Richarlison, Firmino e Gabriel Jesus, o trio que começou a Copa América como titular, Tite chamou o jovem Vinicius Júnior e o veterano Hulk, 35 anos, que tem 17 gols em 43 jogos no Atlético-MG. Embora não tenha divulgado a equipe, o técnico tem tudo para manter a base entrosada da Copa América. E a ausência do trio que joga na Inglaterra pode resultar em Neymar mais adiantado. O camisa 10 terminou o último torneio sobrecarregado nas atribuições criativas.
Desta forma, o meio-campo ganharia três volantes - Casemiro, Bruno Guimarães e Paquetá, por exemplo - e sobrariam duas vagas no ataque. Tite deixou escapar na coletiva na véspera do jogo que ainda tenta dar a seleção um processo mais refinado na construção do jogo.
— Estamos buscando um processo criativo maior, com mais articuladores. A gente tem feito gols de forma vertical: Neymar é assim, Richarlison, Gabriel Jesus, Gabriel Barbosa. É uma equipe mais vertical — afirmou.
O Globo quarta, 01 de setembro de 2021
PARALIMPÍADA: PAÍS DO FUTEBOL...DE 5 - O QUE EXPLICA A HEGEMONIA DO BRASIL NA MODALIDADE IA
País do futebol...de 5: O que explica a hegemonia do Brasil na modalidade
Todos os títulos paralímpicos foram vencidos pelos brasileiros, que só não conquistaram duas Copas do Mundo
Marcello Neves e Rafael Oliveira
01/09/2021 - 06:00
Existem nomes que são fáceis de o torcedor brasileiro associar com os Jogos Paralímpicos. Na natação, Daniel Dias. No atletismo, Terezinha Guilhermina. No futebol de 5, onde o Brasil se prepara para a semifinal, contra Marrocos, nesta quinta, às 7h30 (de Brasília), basta falar de Ricardinho que gols e medalhas vêm à mente. É o ícone de uma modalidade que nunca deixou o país fora do lugar mais alto do pódio no evento.
Desde que o futebol de 5 foi introduzido no calendário, em Atenas-2004, a seleção foi ouro em todas as edições (quatro no total). Na história dos Jogos, atuou 25 vezes, com 20 vitórias e cinco empates. Além disso, desde o vice-campeonato da Copa do Mundo de 2006, os brasileiros só não ocuparam o topo do pódio em algum torneio na Copa América de 2017, quando perderam na final para a Argentina e interromperam a sequência de 24 títulos seguidos na modalidade.
O BRASIL NAS PARALIMPÍADAS DE TÓQUIO 2020
O sucesso brasileiro passa por uma mistura de talentos, investimento e organização. Mas, antes de tudo, vem a cultura do esporte. Embora ele esteja há apenas 17 anos no programa paralímpico e o primeiro Mundial tenha sido realizado em 1998, a prática no país remonta há cerca de 70 anos.
Desde a década de 1950 há relatos de jogos em instituições voltadas para cegos. Embora o Comitê Paralímpico Internacional considere um torneio de 1986, na Espanha, como o primeiro entre clubes da história, a Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Visuais (CBDV) relata que o Brasil já organizava competições desde 1978. É a entidade quem gere o esporte no país.
— Ela organiza os campeonatos regionais, estaduais e o Brasileiro, nas séries A e B. Atualmente existem 91 equipes cadastradas que participam de todo o calendário de competições — explica Renato Redoválio, professor do Instituto Benjamin Constant, no Rio, e comentarista do SporTV e da TV Globo durante a Paralimpíada.
Destas dezenas de clubes, três formam a base da seleção brasileira que está em Tóquio. Quatro deles atuam juntos na Associação Gaúcha de Futebol para Cegos (Agafuc), de Canoas. Casos do goleiro Luan, de Tiago Paraná, de Ricardinho (eleito três vezes o melhor do mundo) e do artilheiro da Paralimpíada de Tóquio, Nonato. A Associação Maestro da Bola, de Curitiba (do ex-jogador de futebol convencional Ricardinho), e a Associação Paraibana de Cegos (Apace) completam este tripé.
— Todos os atletas da seleção brasieira são profissionais, vivem exclusivamente do futebol de 5. Na Argentina, nossa maior rival, por exemplo, a maioria são amadores — aponta Felipe Menescal, gerente técnico e de eventos da CBDV e que, em Tóquio, atua como coordenador da seleção. — Sem dúvida, a profissionalização da modalidade é um dos pilares que mantém a seleção forte.
O alto nível técnico e de organização do mercado brasileiro atrai, inclusive, atletas de outros países. Como Argentina e Colômbia.
— Se você tem competição nacinal forte vai potencializar a técnica do atleta. E isso se reflete na convocação da seleção — completa Menescal.
A preparação é outro trunfo. Normalmente, os jogadores se reúnem mensalmente no CT paralímpico, em São Paulo. À medida que as principais competições se aproximam, este período chega a ser de dez dias por mês. A cada encontro, dois atletas de linha e um goleiro da seleção sub-23 também são convocados para treinar junto com a equipe principal. Antes da pandemia, a comissão técnica convocava equipes tanto sub-23 quanto sub-15, uma forma de preparar a renovação.
Mais trocas de passes
O país não reina sozinho no esporte sem concorrência. Únicos campeões mundiais além do Brasil (2002 e 2006), os argentinos são a segunda força do esporte. Eles farão a outra semifinal do torneio contra a China, exemplo de evolução no cenário mundial.
— O campeonato argentino é forte, com um trabalho de renovação interessante. Outras seleções que evoluíram foram a chinesa e a japonesa. Também a Tailândia, que começou a jogar futebol de 5 há pouco tempo e já vem dando trabalho no campeonato asiático; e Marrocos, atual campeã africana — aponta Redoválio.
O estilo de jogo também diferencia o Brasil de seus concorrentes. Mesmo com muitos talentos individuais, a seleção não abre mão da coletividade.
— O Brasil em estilo de jogo dferente da maioria dos países. Tem muito toque de bola, passe, o que é mais difícil no futebol de 5. Em geral, o atleta pega a bola, faz uma jogada individual e chuta para o gol. A gente troca passes para desgastar a defesa e conseguir avançar — conclui Menescal.
O Globo terça, 31 de agosto de 2021
GASTRONOMIA: DA TAPIOCA À PAELLA, VEJA AS COMIDAS MAIS INSTAGRAMÁVEIS DE CADA CONTINENTE
Da tapioca à paella, veja as comidas mais 'instagramáveis' de cada continente
Levantamento, feito por um portal holandês, concluiu que o prato mais presente na rede social é a pizza
O Globo
30/08/2021 - 04:30 / Atualizado em 30/08/2021 - 11:56
RIO - Quem nunca fez certamente conhece alguém que é adepto a fotografar, e postar nas redes sociais, pratos de comida. O hábito, claro, é difundido em todo o planeta, e faz parte tanto do cotidiano dos viajantes quanto de quem acabou de preparar algo saboroso (e bonito) em casa. Mas quais seriam os pratos mais 'instagramáveis' do mundo?
Para tirar esta dúvida, o site holandês Thuisbezorgd.nl, especializado em gastronomia, pesquisou, a partir dos pratos mais tradicionais de cada país, quais eram os mais compartilhados no Instagram em julho. A comida que mais aparecia na rede social não chega a surpreender, por ser uma das mais internacionais atualmente: a pizza. Mas, em países como o Brasil, o resultado pode não ser bem o esperado.
Veja, a seguir, alguns dos pratos mais compartilhados no Instagram em cada continente:
Américas
Nada de feijoada, moqueca ou churrasco. O prato mais compartilhado no Instagram no Brasil é a tapioca. De acordo com o levantamento do Thuisbezorgd.nl, a hashtag com essa ancestral panqueca, feita com a farina produzida com a fécula da mandioca, e que pode ter diversos recheios ou até mesmo nenhum, foi compartilhada 1.688.380 vezes.
Se o churrasco não teve vez no Brasil, abocanhou a liderança na Argentina, onde a #asado foi usada 3.004.784 vezes. Outro sucesso continental é o ceviche peruano, com 2.639.893 hashtags, e a arepa, uma queridinha de colombianos e venezuelanos, com 1.549.292 compartilhamentos.
Vêm da América do Norte, no entanto, os dois pratos americanos mais compartilhados no Instagram. O líder no ranking é o hambúrguer, dos Estados Unidos, com mais de 33 milhões de hashtags. Seguido pelos tacos mexicanos, estrelas de mais de 15,4 milhões de postagens na rede.
Europa
A hashtag #pizza pipocou no Instagram nada menos do que 86.380.378 vezes. Claro, nem todas na Itália, seu país de origem, mas o suficiente para fazer da redonda o alimento mais popular daquele país, e também do continente europeu. Bem distante do segundo colocado nessa lista, que é a paella, o prato típico espanhol, citado em 3.325.532.
Entre todas as possibilidades vindas da famosíssima cozinha francesa, nenhum prato se destacou mais que o quiche, com 1.741.246 mensões. Na Inglaterra, por sua vez, não é de se espantar que a hashtag #fishandchips tenha sido utilizada em 1.773.503 postagens.
Outros pratos interessantes, e menos conhecidos fora de suas fronteiras, aparecem nessa lista, como os bolinhos poloneses pierogi, a sopa de beterraba borsh, na Ucrânia, e o macarrão alemão spätzle, os mais "instagramáveis" de seus respectivos países.
África
Se um dia for para Argélia, Marrocos ou Tunísia, não deixe de provar o shakshuka, o prato mais "instagramável" desses países, com 419.159 hashtags. Ele é feito com ovos pochê, molho de tomate picante e pão para acompanhar, e pode ser consumido no café da manhã, almoço e jantar.
Entre os pratos da Nigéria, nenhum é tão popular quanto o arroz jollof , preparado em uma única panela, com uma combinação de arroz de grão longo, tomate, cebola, ervas, vegetais e carne, mencionado em 527.140 hashtags do Instagram.
Na África do Sul, a versão local do churrasco é chamada de braai, um termo que vem do africâner braaivleis, "carne grelhada". E é esse evento gastronômico o mais compartilhado no país através do Instagram, com 556.655 hashtags.
Outros destaques da lista são o frango piri-piri (a ave assada inteira, com tempero picante), em Moçambique, o kuku wa kupaka (frango assado, servido em pedaços num molho picante de coco), no Quênia, e o fufu (massa de carboidrato servida com um caldo grosso de carne, peixe ou tomate), de Gana.
Ásia
Assim como a pizza, o sushi é um prato que representa uma nacionalidade, mas que está espalhador por todo o globo. Por essa grande popularidade, esse ícone da gastronomia japonesa é o mais presente no Instagram, com mais de 45 milhões de hashtags.
Grande sucesso, só que mais restrito à Coreia do Sul, é o tteokbokki. São bolinhos de arroz com molho de pimenta vermelha, ao mesmo tempo doce e picante, que tiveram 3.490.133 menções no Instagram. Pouco mais que o vietnamita pho, um prato popular de comida de rua que consiste em caldo, macarrão de arroz, carne e temperos, com 2.907.538 hashtags.
Biryani, um dos curries mais famosos do mundo, servido com arroz, ocupa o primeiro lugar na lista de pratos mais instagramáveis do Irã. No Instagram, a pesquisa encontrou nada menos que 2.322.453 hashtags.
O levantamento identificou ainda pratos típicos como dal (guisado colorido preparado com lentilhas e especiarias), da Índia, o mapo doufu, (combinado com arroz cozido no vapor e vegetais, com molho picante), da China, e o Pempek (bolo de peixe feito de peixe moído e tapioca, geralmente servido com molho agridoce), da Indonésia.
Oceania
O prato mais instagramável da Austrália é a torta de carne australiana, uma massa folhada recheada com molho e carne picada que foi marcada em 266.868 publicações no Instagram. Ela também pode ter outros recheios, como queijo, carne de crocodilo, vegetais e frutos do mar.
Na Nova Zelândia, o prato mais popular na rede social é o Maori Boil-Up, com um total de 10.205 hashtags. Além da carne de sua escolha, um autêntico Maori Boil-Up geralmente contém kumara, agrião, batata, repolho e cenoura.
O Globo segunda, 30 de agosto de 2021
PARALIMPÍADA: COM 30 MEDALHAS, BRASIL RETOMA A SEXTA POSIÇÃO NO RANKING
Paralimpíada: com 30 medalhas, Brasil retoma sexta posição no ranking
País teve sete atletas subindo ao pódio em Tóquio, com quatro ouros
O Globo
29/08/2021 - 15:33
Neste último domingo, o Brasil se recuperou da pequena queda de desempenho que sofreu e fechou este ponto da competição com 30 medalhas. O dia foi marcado por sete pódios, entre eles, quatro de ouro. Com as conquistas, o País retomou à sexta posição no Top 10, depois de ter caído para oitavo no último sábado.
Na natação, Gabriel Araújo conquistou outra medalha. Primeiro paratleta brasileiro a subir em um pódio em Tóquio-2020, quando foi prata no 100m costas da classe S2 (para atletas com deficiências físicas de alto grau), Gabrielzinho foi ouro; desta vez, nos 200m livre e com folga de distância dos colegas.
Inclusive, o mesmo centro aquático trouxe outro ouro ao País: Carol Santiago levou a melhor na final dos 50m livre da Classe S13, para atletas com deficiências visuais. O pódio quebrou um jejum brasileiro: há 17 anos, uma nadadora não levava o ouro em uma Paralimpíada. Antes de Carol, a última tinha sido Fabiana Sugimori, nos mesmos 50m livre, só que na classe S11, em Atenas-2004.
Também teve bronze na piscina, quando a paranaense Beatriz Borges Carneiro, de 23 anos, chegou em terceiro nos 100m peito classe SB14 (para atletas com deficiência intelectual). Chegou apenas dois centésimos à frente da irmã gêmea, Debora, que levou o quarto lugar.
No judô paralímpico feminino, Alana Maldonado se tornou a primeira medalhista de ouro. A paulista, de 26 anos, que tem apenas 10% da visão, representou a categoria até 70kg e lutou contra na Kaldani, da Geórgia; Alana levou o combate com um waza-ari (golpe no judô) e conquistou sua segunda medalha – também foi prata no Rio-2016.
Ainda nos tatames, Meg Emmerich foi bronze, depois que derrotou Altantsetseg Nyamaa, da Mongólia, com um ippon, em apenas 1m22s de luta.
Outra modalidade que chamou atenção foi o halterofilismo, que, pela primeira vez, teve uma brasileira no ponto mais alto do pódio. Mariana D'Andrea, de 23 anos, levantou 137kg e conquistou o ouro na categoria.
No remo, Renê Campos Pereira conquistou o bronze na modalidade skiff simples PR1M1x, prova de destinada a atletas com nenhuma ou mínima função do tronco. Com 10m03s54, concluiu o trajeto atrás do ucraniano Roman Polianskyi, que fez em 9m48s78, e do australiano Eric Horrie, 10m00s82.
O Globo domingo, 29 de agosto de 2021
SKATE: XODÓ, RAYSSA LEAL É UM FENÔMENO, PO5RQUE, MAIS DO QUE VENCER, SABE SE DIVERTIR COMPETINDO
Análise: Xodó, Rayssa Leal é um fenômeno porque, mais do que vencer, sabe se divertir competindo
Brasileira faturou o segundo título da Street League na carreira ao superar a japonesa Funa Nakayama. Dentro e fora das pistas, ela virou a nova xodó do torcedor brasileiro
Marcello Neves
29/08/2021 - 08:00
Toda e qualquer análise sobre Rayssa Leal é exercício de cautela. Afinal, estamos falando de uma criança (ou adolescente, aos olhos da lei) de 13 anos. Mas é inevitável pensar na velocidade em que a skatista de Imperatriz, no Maranhão, caminha para se tornar um ídolo nacional. Após os Jogos Olímpicos, a modalidade saiu da bolha e assistir a fadinha se tornou um evento, uma experiência onde os torcedores se divertem no sofá de casa assim como ela dentro da pista.
Talvez a melhor parte de assistir a Rayssa seja pelo encantamento que ela causa. É um fenômeno de simplicidade e carisma misturado com talento. De acordo com o Twitter, ela foi a atleta olímpica mais citada na plataforma no mundo todo, sendo a única brasileira no top 5 da rede social e superando nomes como Simone Biles, da ginástica. Neste sábado, seu nome entrou entre os assuntos mais comentados durante a disputa da etapa de Salt Lake City da Street League.
Rayssa talvez seja quem melhor aproveitou a explosão do skate após a Olimpíada. Milhões de seguidores passaram a segui-la no Instagram, seus vídeos no TikTok se tornaram virais. No Twitter, todos querem ser chamados de tio ou tia por ela. Virou um xodó nacional.
Mas esse sucesso também está aliado ao seu talento dentro das pistas. Mesmo com apenas 13 anos, Rayssa é uma unanimidade do street feminino e divide com Pâmela Rosa — quando está fisicamente 100% — o posto de melhor brasileira (e uma das melhores do mundo) da atualidade. Vivemos em um país onde a cobrança por vitórias é algo cotidiano. Venceu, é craque. Perdeu, é ruim. A fadinha também parece ter conseguido furar essa bolha. O importante não são as vitórias, mas torcer por ela. Ganhar é consequência.
Afinal, trata-se de uma adolescente de 13 anos.
Rayssa causou um espanto natural com a forma em que ganhou o título da etapa da SLS. Ela precisava de um 8.3 para vencer. A maior nota da etapa tinha sido 7.2. Na última manobra, na última chance, emplacou um 8.5.
Assim como em outros esportes, o skate precisa muito de uma parte mental forte. Não a toa, a maioria dos skatistas costuma errar nas suas manobras decisivas. Não só porque naturalmente as manobras envolvem um maior grau de dificuldade, mas a execução é afetada pela pressão. Rayssa deu uma demonstração de como controlá-la.
Não se sabe como será o futuro de Rayssa, se vai ganhar medalha em Paris-2024 ou o quanto títulos conquistará na SLS. Talvez este não seja momento destas perguntas serem feitas. O importante é que ela, assim como nós, continuem se divertindo assistindo skate.
Porque talvez a palavra que melhor resuma Rayssa Leal seja diversão.
O Globo sábado, 28 de agosto de 2021
ELIMINATÓRIAS: TITE CONVOCA HULK, GERSON E MAIS SETE
Tite convoca Hulk, Gerson e mais sete para jogos das Eliminatórias
Incerteza sobre a liberação dos que atuam na Inglaterra é o motivo
O Globo
27/08/2021 - 14:49 / Atualizado em 27/08/2021 - 16:51
O técnico Tite convocou mais nove jogadores para as partidas da seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa de 2022. É o número exato de atletas que atuam na Premier League. De acordo com a CBF, o acréscimo na lista se deve às incertezas sobre o futebol inglês liberar os atletas convocados.
São eles:
Goleiros: Everson (Atlético-MG) e Santos (Athletico)
Zagueiro: Miranda (São Paulo)
Meio-campístas: Edenílson (Internacional), Gerson (Olympique Marseille-FRA) e Matheus Nunes (Sporting-POR)
Atacantes: Hulk (Atlético-MG), Malcom (Zenit-RUS) e Vini Jr (Real Madrid-ESP)
Esta nova convocação ocorre num momento em que a Premier League apoia que seus clubes não cedam os jogadores convocados para as seleções sul-americanas. O motivo é o fato de os países do continente estarem na chamada lista vermelha da Inglaterra em relação à pandemia. No momento em que retornassem ao país europeu, eles precisariam cumprir uma quarentena de dez dias, o que os transformaria em desfalques para suas equipes.
Os convocados que atuam na Inglaterra são: Thiago Silva (Chelsea), Richarlison (Everton), Raphinha (Leeds), Alisson, Fabinho e Roberto Firmino (Liverpool), Ederson e Gabriel Jesus (Manchester City) e Fred (Manchester united). Vale destacar que a liga inglesa não é o único problema para as seleções sul-americanas. Espanhóis e italianos também ameaçam não liberar seus jogadores. Logo, a lista de Tite pode sofrer novos desfalques. Mas a convocação de Vinícius Jr, do Real Madrid, é um indício de que a CBF acredita que a La Liga não irá à frente com esta possibilidade.
- Nossa preparação começa daqui a três dias. A gente torna a repetir: Eliminatórias já são a Copa do Mundo para a gente. Por isso, não pudemos esperar mais pela resposta, a não ser estarmos prontos e preparados para esta situação - afirmou Juninho Paulista, coordenador da seleção.
Assim como ja havia sido anunciado na primeira convocação, os times do Brasil que tiveram atletas listados terão suas partidas pela 19ª rodada do Brasileiro adiada. No dia 2 de setembro, a seleção enfrenta o Chile, em Santiago. Depois, fará mais dois jogos em casa. No dia 5 de setembro, o jogo será contra a Argentina, na Neo Química Arena, em São Paulo. O último duelo é contra o Peru, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata.
O Globo sexta, 27 de agosto de 2021
PARALIMPÍADA: PARCEIROS NA BOCHA HÁ NOVE ANOS, PAI E FILHO FAZEM SUA ESTREIA EM JOGOS
Paralimpíada: Parceiros na bocha há nove anos, pai e filho fazem sua estreia em Jogos
Calheiro de Mateus, Oscar dedica sua vida ao filho, nascido com limitação nas articulações que impede seus movimentos
Rafael Oliveira
27/08/2021 - 05:00
A bocha paralímpica conta com um personagem peculiar: o calheiro. É a pessoa que ajeita a canaleta para que o atleta possa empurrar a bola. Somente os participantes da classe BC3 (cadeirantes com o maior grau de comprometimento motor) contam com este auxílio. Uma boa sintonia entre os dois é necessária para o sucesso nas provas. Neste sentido, nenhuma dupla leva tanta vantagem quanto Oscar e Mateus Carvalho. Há nove anos, pai e filho competem juntos. Uma parceria que atingirá seu ponto mais alto nesta sexta, às 23h55 (de Brasília), quando disputarão pela primeira vez uma Paralimpíada.
A participação do calheiro é cercada de restrições. Ele basicamente só pode olhar para o atleta e seguir suas instruções. Circunstâncias que tornam o entrosamento fundamental.
— O Mateus e o pai têm uma afinidade muito grande, principalmente nos jogos. Falam estritamente o necessário. Na verdade, o Oscar só ouve e tem que obedecer os comandos. Eles têm uma capacidade de se entender tão grande que às vezes se comunicam só com o olhar. É muito bonito de se ver — conta Sandra Carvalho, mãe de Mateus e casada com Oscar há 32 anos.
Oscar dedica boa parte de sua rotina ao filho de 28 anos, que nasceu com artrogripose múltipla congênita (doença que limita as articulações dos membros superiores e inferiores). Ele trabalha como agente de trânsito em Uberlândia-MG no turno da madrugada, dorme pela manhã, passa as tardes treinando com Mateus e, à noite, o acompanha nas idas à faculdade — o que não tem ocorrido desde o ano passado devido à suspensão das aulas presenciais.
Os últimos meses aproximaram ainda mais os dois. Mateus é atleta do Clube Desportivo para Deficientes de Uberlândia (CDDU). Com a pandemia, o espaço cedido pela prefeitura foi fechado. Os treinos, então, foram adaptados para a sala de casa, com a metade do tamanho do local anterior.
— Estão praticamente 24h por dia juntos. O assunto entre eles é só bocha — diz Sandra. — Até o final de 2019, todo o material era feito pelo Oscar. Foram umas três calhas para o Mateus. Até que o Comitê Paralímpico Brasileiro deu uma coreana, com a qual ele trabalha hoje. Mas é o Oscar que limpa, lustra e ajeita toda semana. Não deixou de ter esse cuidado.
O Globo quinta, 26 de agosto de 2021
CHICO DIAZ ESTRELA HOMEM ONÇA, ONDE E COA DEBATES PÚBLICOS IMPORTANTES NO BRASIL
Chico Diaz estrela 'Homem onça', que ecoa debates públicos importantes no Brasil
'Ponto forte do filme está em mostrar o reflexo das transformações de uma sociedade no indivíduo', diz Bonequinho, que aplaude longa de Vinícius Reis
André Miranda
26/08/2021 - 03:16
Seria ótimo se tivéssemos muitos Pedros por aí: o personagem de “Homem onça” é daqueles que vivem em função do ideal de uma sociedade justa, cuidadosa com os outros e responsável com o meio ambiente. E não é uma questão de esquerda ou direita, as pessoas não devem ser vistas de forma tão rasa — caráter não tem ideologia, há cretinos de todos os lados. O que torna Pedro único é sua capacidade de acreditar num sonho, mesmo quando o país te arrasta para a desilusão.
Pedro é interpretado por Chico Diaz, e “Homem onça” é dirigido por Vinícius Reis, uma dupla que trabalhou junta no ótimo “Praça Saens Peña” (2008). No bom elenco, aparecem ainda Silvia Buarque, Bianca Byington, Emilio de Mello, Valentina Herszage, Tom Karabachian e Alamo Facó, entre outros.
O filme se alterna entre dois tempos de narrativa: o primeiro, em 1997, mostra o protagonista como chefe de uma equipe de uma estatal, em meio a tensas discussões internas sobre privatização e redução de pessoal; o segundo, atual, acompanha Pedro aposentado, vivendo numa cidade de interior e marcado pelas lembranças do que deu errado no passado.
A trama ecoa debates públicos importantes para as últimas décadas do Brasil, inclusive os dias de hoje. Mas seu ponto forte está em mostrar o reflexo das transformações de uma sociedade no indivíduo. O talentosíssimo Chico Diaz imprime angústias coletivas em seu personagem.
Claro que haverá algum espectador cínico para dizer que “Homem onça” não passa de uma inocente e ingênua fantasia. Mas Pedro é muito real, é um brasileiro com mais dúvidas que certezas e que às vezes até questiona suas próprias convicções. O que o diferencia é a firmeza em se manter fiel a quem ele é.
O Globo quarta, 25 de agosto de 2021
PARALIMPÍADA: BRASIL, PRESENTE DESDE 1972, TORNOU-SE POTÊNCIA ESPORTIVA
Brasil, presente na Paralimpíada desde 1972, tornou-se potência esportiva
Cinco maiores destaques do país na história paralímpica estão na natação, no judô e no atletismo. Nadador Daniel Dias é o maior medalhista, com 14 ouros em 24 pódios no total
Nos últimos anos, o Brasil tem mostrado que se tornou uma potência nos esportes paralímpicos. Mesmo participando da Paralimpíada desde 1972, os resultados mais expressivos só ocorreram na última década. O aumento de investimentos públicos e da iniciativa privada ajudou a difundir mais centros para prática do paradesporto como também a melhorar o rendimento de atletas e proporcionar o aparecimento de super-atletas.
Entre os atletas paralímpicos brasileiros que alcançaram resultados expressivos, conquistaram recordes e medalhas na natação, no atletismo e no judô, e, acima de tudo representam a garra e a coragem de vencer as adversidades, estão:
Clodoaldo Silva
“Clodoaldo Recorde da Silva”, “Clodoágua”, ou “tubarão paralímpico”, essas eram algumas referências dadas ao atleta que conquistou nosso primeiro ouro na história da natação da Paralimpíada, e foi o primeiro de muitos. Clodoaldo Francisco da Silva nasceu em 1º de fevereiro de 1979, em Natal, Rio Grande do Norte. Devido a complicações durante o parto, teve paralisia cerebral, o que comprometeu o movimento de suas pernas e a coordenação motora. Até os 16 anos passou por várias cirurgias, até que seu médico sugeriu que praticasse algum esporte. Aos 17 anos, começou a fazer natação para acelerar seu processo de reabilitação e dois anos depois, em 1998, conquistou três medalhas de ouro em seu primeiro campeonato brasileiro. Já em 2000, representando o Brasil na Paralimpíada de Sidney, ganhou 4 medalhas, 3 de prata e 1 de bronze. Em 2004, na Paralimpíada de Atenas, Clodoaldo levou 7 medalhas para casa, sendo 6 de ouro (50m, 100m, e 200m livre, revezamento 4x50m medley, 50m borboleta e 150m medley individual) e 1 de prata, no revezamento 4x50m livre. Já em Pequim, foram 2 medalhas: prata no revezamento 4 x 50m medley e bronze no revezamento 4 x 50m livre. Na Rio-2016, o nadador conquistou uma prata no revezamento 4x50m livre misto e anunciou sua aposentadoria das piscinas. São 14 medalhas em quatro paralimpíadas. Além de recordes mundiais, o atleta coleciona medalhas de Jogos Parapan-Americanos e Mundiais de paranatação, resultados que fizeram de Clodoaldo um mito das piscinas, com trabalho reconhecido no Brasil e no mundo. Foi eleito o melhor atleta paralímpico pelo Comitê Paralímpico Internacional (CPI), em 2005. Hoje, Clodoaldo se dedica a projetos sociais que incluem palestras motivacionais e apoio à prática da natação para portadores de deficiência. Na cerimônia de abertura da Paralimpíada Rio-2016, o nadador foi o escolhido para acender a pira e dar início aos Jogos.
Daniel Dias
Inspirado pelas conquistas do ídolo Clodoaldo, em Atenas (2004), começou a praticar natação e quatro anos mais tarde, tornou-se o maior medalhista paralímpico da natação masculina. Daniel de Faria Dias nasceu no dia 24 de maio de 1988, em Campinas, São Paulo. Seu parto ocorreu com 37 semanas e Daniel teve má formação dos membros superiores e da perna direita. Com apenas três anos passou por uma cirurgia para poder fazer o uso de próteses. Superou preconceitos na escola, como o apelido de “saci”, aprendeu a tocar bateria e jogar bola. Maior referência da natação brasileira paralímpica na atualidade, Daniel coleciona 24 medalhas em apenas três edições da Paralimpíada, sendo 14 de ouro. Na Rio-2016, após subir no pódio por 9 vezes, Daniel Dias bateu o australiano Matthew Cowdray e se consagrou o maior nadador da história da paralimpíada, conforme reportagem do GLOBO de 18 de setembro de 2016. Daniel continua sendo o melhor atleta paralímpico brasileiro. Além das medalhas e dos recordes mundiais, ganhou prêmios que reconhecem suas expressivas conquistas, como o título de melhor atleta paralímpico do mundo, eleito por duas vezes, e o Laureus, considerado o Oscar do esporte, que recebeu nos anos de 2009, 2013 e 2016.
Ádria Santos
Vem do atletismo a brasileira com maior número de medalhas paralímpicas. Ádria Rocha Santos nasceu no dia 6 de setembro de 1974, em Nanuque, pequena cidade de Minas Gerais. A perda da visão foi gradativa, por conta de uma doença degenarativa chamada retinose pigmentar, até que, em 1994, fica completamente cega. Antes disso, Ádria já havia participado de duas edições dos Jogos Paralímpicos, em Seul (1988), onde conseguiu 2 pratas (100m e 400m rasos) e Barcelona (1992), 1 ouro (100m rasos). Já em Atlanta (1996), foram 3 pratas (100m, 200m e 400m rasos). Sydney (2000), 2 ouros (100m e 200m rasos) e 1 prata (400m rasos). Atenas (2004), 1 ouro (100m rasos), 2 pratas (200m e 400m rasos); e sua última participação nos Jogos foi em Pequim (2008), onde conquistou o bronze (100m rasos). A tetracampeã paralímpica, disputava na classe T11, para atletas com deficiência visual total que correm vendados e com um atleta-guia. Ao todo, foram 13 medalhas conquistadas pela velocista que até hoje é nossa maior medalhista feminina. Na Rio-2016, Ádria Santos foi a subprefeita da Vila Paralímpica e participou do revezamento da tocha em Joinville (SC) e na cerimônia de abertura da Paralimpíada, sendo a responsável por entregar a chama para Clodoaldo Silva, que acendeu a pira.
Alan Fonteles
Fenômeno das pistas, Alan Fonteles Cardoso de Oliveira, ficou mundialmente conhecido ao bater o então melhor do mundo, Oscar Pistorius, nos 200m rasos na Paralimpíada de Londres (2012), como mostra a reportagem publicada no GLOBO de 3 de setembro de 2012. Alan nasceu em 21 de agosto de 1992, na cidade de Marabá, Pará. Teve que amputar as duas pernas ainda bebê, devido a uma septisemia. Ainda criança demonstrou interesse pela corrida, algo que inicialmente era muito doloroso devido à precariedade das próteses que utilizava. Com muita dedicação e aprimoramento de suas próteses, começa a despontar no cenário nacional como velocista. Conquistou medalhas nos Mundiais de paratletismo e em Parapan-Americanos. Em 2008, participou da Paralimpíada de Pequim, conquistando a prata no revezamento 4x100m. A consagração veio nos Jogos Paralímpicos de Londres (2012), quando fez história ganhando o ouro nos 200m rasos, contra o favoritismo de Oscar Pistorius. Atualmente, Alan Fonteles é considerado um dos melhores velocistas do mundo: recordista mundial nos 100m e 200m rasos, corre com próteses de fibra de carbono. Na Rio-2016, ficou abaixo da expectativa e conquistou apenas uma medalha de prata no revezamento 4x100.
Antônio Tenório
Um dos maiores nomes do judô paralímpico, o veterano e tetracampeão Antônio Tenório da Silva participou de seis Jogos Paralímpicos subindo ao pódio em todas as edições. Nasceu em 24 de outubro de 1970, na cidade de São Bernardo do Campo, São Paulo. Aos 13 anos de idade, perdeu a visão do olho esquerdo, quando uma semente de mamona lançada por um estilingue atingiu sua vista. Aos 19, uma infecção na vista direita deixou-o completamente cego. Tenório, que já praticava judô antes de perder a visão, continuou no esporte, chegando a participar de campeonatos regulares, para atletas sem deficiência e então, aos 21 anos, iniciou sua participação em competições paradesportivas. Tenório percorreu uma trajetória de ouro na Paralimpíada. Lutando na classe B1 (cego total sem nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos), Tenório conquistou a medalha de ouro em Atlanta (1996), na categoria até 86 kg; Sydney (2000), na categoria até 90 kg; Atenas (2004) e Pequim (2008), na categoria até 100 kg e em Londres (2012), conquistou a medalha de bronze. Na Rio-2016, ficou com a prata na mesma categoria. No período entre 2007 e 2008, Antônio Tenório participou das gravações do documentário “B1” que fala de sua trajetória como atleta de alto rendimento e o acompanha até o final da Paralimpíada de Pequim. Após a conquista no Rio, Tenório vai estudar com sua equipe a possibilidade de disputar os jogos de Tóquio, em 2020, quando terá quase 50 anos.
* com edição de Gustavo Villela, editor do Acervo O GLOBO, e colaboração de Evelin Azevedo
Maior medalhista. O nadador brasileiro paralímpico Daniel Dias, ouro nos 50m costas, em Londres-2012 Fernando Maia 06/07/2012 / CPB
Vitória. Ádria Santos, a brasileira com o maior número de medalhas no atletismo paralímpico, vibra com a conquista do ouro nos Jogos de Atenas Louisa Gouliamaki 20/09/2004 / EFE
O Globo terça, 24 de agosto de 2021
GASTRONOMIA: CHURRASCO ESPECIAL - CORTES DE CARNE EXCLUSIVOS NOS SALÕES DA CIDADE
Churrasco especial: cortes de carne exclusivos nos salões da cidade
Programa que não sai de moda, churrascarias oferecem pedidas que vão muito além da picanha
O Globo
23/08/2021 - 06:53 / Atualizado em 23/08/2021 - 23:21
A boa influência dos vizinhos Uruguai e Argentina, a multiplicação dos cortes e o surgimento de novas técnicas na hora de assar ou grelhar a carne resultaram em maior variedade para saciar a fome dos adeptos de churrascarias e congêneres. É possível ir além, bem além. Conheça, a seguir, algumas sugestões para variar o cardápio, sem abrir mão do prazer proporcionado pelos cortes na brasa (ou no char broiler...).
Por questões sanitárias, o bufê saiu de cena. O ponto nobre, de cara para a Baía, com vista para o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor, serve rodízio (R$ 188) com dez saladas levadas à mesa, além de carnes e acompanhamentos. A localização privilegiada atrai turistas e locais. Entre as cerca de 20 sugestões de carne, fazem bonito o assado de tiras, o bife de chorizo e uma opulenta costela suína. A lista de guarnições também beira as duas dezenas, com clássicos como farofa de ovos, cebola dorée e polenta frita.
Av. Infante Dom Henrique, s/nº, Aterro do Flamengo – 21 2018-3235. Seg. a sáb., das 12h às 23h, dom. e feriados das 12h às 21h. Reservas podem ser feitas pelo telefone ou pelo e-mail vendas.rj@assador.com.br.
Churrascaria Palace
O endereço clássico em Copacabana completa 70 anos em dezembro. No rodízio (R$ 179 por pessoa), essa longa trajetória conquistou clientes fiéis e perenizou pedidas exclusivas, a exemplo do t-bone de cordeiro, do secreto de porco preto brazuca, da picanha de pato e da paleta de cordeiro ao Douro, em receita especial da casa. Uma invenção local, sucesso há quatro décadas, a picanha borboleta traz a carne dividida ao meio, ladeada pela capa de gordura.
Rua Rodolfo Dantas, 16, Copacabana - 2541-5898. Diariamente, do meio-dia às 23h.
Cortés Asador
Dentro do Shopping Leblon, serve carnes preparadas na brasa servidas na companhia de chimichurri ou do vinagrete da casa. Uma sugestão apetitosa, o bife ancho, com 550 gramas (R$ 168), é boa dica para compartilhar: corte do começo do contrafilé, tem gordura entremeada que garante sabor e maciez. Outra opção é o bife de chorizo, o clássico contrafilé com gordura na borda externa (R$ 94,00).
Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, lojas 410 e 411, Leblon (Shopping Leblon) - 3576-9707. Diariamente, do meio-dia às 22h.
Malta Beef Club
Na empreitada de Marcelo Malta, que ganhou fama na cidade como fornecedor de carnes nobres, a qualidade garantida dos ingredientes é aliada à execução esmerada das receitas. Uma das pedidas da casa, o denver steak (R$ 168, 600 gramas) é um corte do dianteiro do boi, o popular acém, com alto teor de gordura entre as fibras. Para acompanhar, peça o palmito pupunha confit (R$ 47). Outra dica são as sugestões dry aged, processo de maturação a seco que resulta em um sabor único. Atualmente, são servidos dois cortes nesse estilo: o contrafilé com osso (R$ 300) e o porterhouse (R$ 350).
Avenida General San Martin, 359, Leblon. Rua Saturnino de Brito, 84, Jardim Botânico. Ter. a sáb., das 12h às 23h, dom. das 12h às 18h. Reservas e pedidos - tel. 2402-3101.
Tragga
No Humaitá, com filial na Barra, a casa comandada pelo chef argentino Adair Herrera oferece boa variedade de grelhados Premium. A lista traz pedidas como shoulder steak, galeto confit, bacalhau e polvo, além do impressionante tomahawk: 1 quilo de corte extremamente macio, que une o entrecôte à costela, levado à mesa pendurado em uma estrutura de metal e finalizando com maçarico diante do cliente. Sugestão mais recente de volta ao cardápio, e igualmente impressionante, o porterhouse (R$ 229) também une dois tipos de corte na mesma peça – filé-mignon e bife de chorizo. Macia e suculenta, a sugestão, servida com manteiga de alho e cinzas de alecrim, é finalizada com flor de sal.
Rua Capitão Salomão, 74, Humaitá - 3507-2235 e 97969-0490. Seg. a qui., das 12h às 16h e das 18h à meia-oite, sex. e sáb. das 12h à 1h, dom. das 12h às 23h. Avenida das Américas, 8585 (Shopping Vogue Square), Barra - 98355-0386. Seg. a qui., das 12h à meia-noite, sex. e sáb. das 12h à 1h, dom. das 12h às 23h. iFood
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo segunda, 23 de agosto de 2021
BRASILEIRÃO - FLAMENGO E CEARÁ EMPATAM
Análise: Flamengo sem Arrascaeta e Bruno Henrique é um time comum
Dificuldades contra o Ceará provam o acerto do clube nas contratações se ainda quiser brigar em todas as frentes
Diogo Dantas
22/08/2021 - 18:18 / Atualizado em 22/08/2021 - 18:28
Recém-contratados pelo Flamengo, Kenedy e Andreas Pereira ainda não puderam entrar em campo no jogo com o Ceará, neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Mas já poderiam ser muito úteis. As aquisições do clube até aqui na janela de transferências suprem uma lacuna vista na Arena Castelão, com os desfalques de Bruno Henrique e Arrascaeta.
A ausência da dupla, o atacante suspenso, e o meia com desgaste muscular, teve como consequência um ataque menos criativo e potente. O técnico Renato Gaúcho optou por escalar Vitinho e Michael, jogadores com características parecidas às de Arrascaeta e Bruno Henrique, mas qualidade e entrosamento infeior. Resultado: 1 a 1 e atuação fraquíssima.
Justamente por enfrentar um Ceará disposto a incomodar o Flamengo, era necessário ter a figura de Bruno Henrique para as já famosas arrancadas pela ponta esquerda. Normalmente ele é acionado por Arrascaeta, que faz uma excelente temporada, e tem por hábito também atuar entre as linhas de marcação.
O setor criativo ficou a cargo de Vitinho, que veio com a bola de trás pelo lado esquerdo, mas teve dificuldade de encontrar passes e fazer tabelas com Gabigol. Se resumiu a bons arremates à distância, como no gol. Outra opção seria Diego se adiantar um pouco mais. Entretanto, o camisa 10 ficava sobrecarregado na transição desde a defesa, e não atacava muito o campo adversário. Só conduzia a bola para os lados.
A principal solução que o Flamengo encontrou foi trabalhar com os zagueiros e laterais construindo mais, sobretudo pelo lado direito, com Matheuzinho, que substituiu Isla. Até porque, além de Arrascaeta e Bruno Henrique, Arão também foi ausência muito sentida. João Gomes até que tentou, mas se limitou a carregar a bola, e não tanto em pensar o jogo. E teve falhas defensivas graves. Alternativa no setor, Thiago Maia ainda se recupera de Covid-10.
Sem controle do jogo
O setor direito foi bem marcado, especialmente Éverton Ribeiro, e a baixa intensidade desde o ataque deixou o sistema defensivo vulnerável. O gol do Ceará mostrou a dificuldade que o Flamengo teve em sair de seu próprio campo.
Na jogada, a bola é recuada duas vezes para o goleiro Diego Alves. As duas reposições terminam nos pés do Ceará, que pega a defesa do Flamengo saindo e troca passes até Vina entrar na área e finalizar sem ser pressionado pelos zagueiros.
Léo Pereira e Bruno Viana, bem avaliados nos últimos jogos, mais uma vez deram claros sinais de problemas técnicos e de posicionamento. Bruno Viana faz a opção errada na hora de sair para a marcação, indo em direção ao jogador que Matheuzinho já cuidava. Como Léo Pereira ficou pelo caminho, Vina saiu livre na frente do goleiro. Mesmo assim Renato Gaúcho manteve Gustavo Henrique no banco, e só o lançou no pacote de substituições a dez minutos do fim do jogo.
A postura passiva do técnico na beira do gramado deixou claro que o objetivo era não estourar jogadores de olho no Grêmio, quarta-feira, pela Copa do Brasil. No fim do jogo, saíram Diego, Gabi e Ribeiro. Mas a equipe que sobrou apenas brigou para preservar o ponto conquistado.
Pelo histórico recente de atuações, o Brasileiro está em segundo plano no Flamengo. Que rodada após rodada deixa jogadores de fora para trabalhos físicos, o que compromete seu nível de atuação e a pontuação no geral. Falta muito campeonato pela frente e os dois jogos a menos são alento. Mas é hora de decidir se será possível ou não brigar por todas as taças.
O Globo domingo, 22 de agosto de 2021
PARALIMPÍADA: BRASIL MIRA 100º OURO E QUER SEGUIR NO TOP 10
Na Paralimpíada de Tóquio, Brasil mira 100º ouro e quer seguir no top 10; veja destaques
Competição começa na próxima terça-feira, e brasileiros são favoritos em modalidades como atletismo, natação e bocha
Marcello Neves
22/08/2021 - 03:41
Gabriel Bandeira é considerado um fenômeno da natação, mas demorou para ter o seu potencial reconhecido. Mesmo diagnosticado com hiperatividade e déficit de atenção, seguiu competindo na categoria convencional por quase dez anos. Até que seu treinador o colocou para fazer os testes de elegibilidade. Aprovado, deixou de ser um atleta de resultados comuns para se transformar em uma das principais esperanças de medalha e recordes para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que começam na terça-feira com a delegação verde-amarela entre as principais forças. A transmissão será do SporTV e da TV Brasil.
O atleta de 21 anos, que irá competir na classe S14, para pessoas com deficiência intelectual, é uma das esperanças do Comitê Paralímpico Brasileiro para faturar a 100ª medalha de ouro paralímpica, um dos principais objetivos da delegação na terra do sol nascente. Na Rio-2016, foram 14 medalhas douradas. Ou seja, a meta de conquistar 13 em Tóquio é bastante factível. Ainda mais com uma delegação de 260 competidores.
Gabriel disputará seis provas na natação: 100m borboleta, 100m costas, 100m peito, 200m livre, 200m medley e o revezamento 4x100 livre. É favorito em todas elas, tendo quebrado seis recordes das Américas em maio deste ano. Então é difícil não apostar que ele será um dos responsáveis por fazer o Brasil manter o status de potência paralímpica. Desde Pequim-2008, o país não sabe o que é ficar fora do top 10.
— Hoje, o Gabriel está entre os três melhores atletas em todas as provas. E com ele no revezamento (o 4x100 livre misto foi quarto colocado no Mundial), eles também sobem nas brigas pelas medalhas disponíveis, ouro, prata ou bronze — afirmou o técnico da natação, Alexandre Vieira, recentemente, ao ge.
Curiosamente, Tóquio marcará uma passagem de bastão, tendo em vista que ele deve ocupar o lugar deixado por uma lenda. Maior campeão paralímpico do país, Daniel Dias anunciou que irá se aposentar após disputar os Jogos pela quarta vez. A ideia é passar mais tempo com a esposa Raquel e os filhos Asaph, Daniel e Hadassa. Aos 33 anos, ele espera aumentar o currículo de 24 medalhas (14 ouros, sete pratas e três bronzes), mas se vê diante de uma polêmica reclassificação.
A classificação funcional paralímpica define em qual classe cada atleta irá competir de acordo com o grau de deficiência. Em 2019, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) alterou os critérios de avaliação, fazendo com que Daniel Dias tenha que competir com adversário de classes mais altas (menor deficiência). Dono de 14 medalhas paralímpicas, André Brasil foi considerado inelegível para o esporte. A atitude causou revolta entre atletas e confederações de vários países, mas o IPC não voltou atrás.
Modalidades vencedoras
As três modalidades mais vencedoras desde a estreia do Brasil em 1972 são atletismo, natação e bocha. Por isso, é justo que Evelyn Oliveira fosse escolhida como uma das porta-bandeiras da delegação em Tóquio ao lado do velocista Petrúcio Ferreira. A cerimônia de abertura será terça-feira, às 8h (de Brasília). Ela foi campeã de duplas mistas da classe BC3 da bocha na Rio-2016, junto com Antonio Leme e Evani da Silva. Agora aos 44 anos tenta o bicampeonato.
— É uma honra muito grande poder representar todos os atletas. Estava no jantar quando fui chamada para receber o convite. Na hora, até pensei que tinha cometido algum erro. Não esperava participar (risos). Na Rio-2016, mesmo em casa, com a torcida e a nossa família nos apoiando, não éramos os favoritos. Era tudo novidade. Entramos nos divertindo. Quando vimos, estávamos na final e fomos campeões — conta.
Evelyn faz parte da meta atingida pela CPB para participação feminina nos Jogos, de 38%. Em Tóquio, a delegação terá 96 atletas mulheres com deficiência, o que representa 40% da equipe nacional.
O outro porta-bandeira, Petrúcio Ferreira, é um fenômeno da delegação brasileira. Em 2019, o velocista quebrou o recorde mundial dos 100m rasos T47 (para atletas com deficiência nos membros superiores) com a marca de 10s42, a melhor entre todas as classes do atletismo paralímpico.
Dono de três medalhas na Rio-2016, Petrúcio é estrela de algumas das provas mais badaladas do atletismo. Os 100m, assim com nos Jogos Olímpicos, costumam ser uma das atrações do evento.
Além dos recordes, que ele admite o desejo de quebrar, Petrúcio se destaca pelo alto astral: ao lado de Vinícius Rodrigues, Washington Júnior e Thomaz Moraes, faz parte da carismática delegação de atletismo que colocou japonês para dançar funk no aeroporto.
— Penso sim em quebrar recordes, mas quero dar o meu melhor. Os dois (recordes paralímpico e mundial) são meus (risos). É uma meta. Mas independentemente da cor da medalha, quero subir no pódio para dedicar ao meu país, minha família, minha esposa, minha equipe e ao Nordeste — afirma o corredor nascido em São José do Brejo do Cruz, no sertão da Paraíba.
Além do atletismo, outra boa chance de medalha para o Brasil está no futebol de 5. Os números não mentem. O país tentará manter a hegemonia paralímpica, já que sempre foi campeão desde que a modalidade para atletas com deficiência visual entrou no programa, em Atenas-2004. Liderado pelos multimedalhistas Ricardinho e Jefinho, a equipe é a atual campeã mundial.
Como preparação, a seleção brasileira está realizando treinos em território japonês na parte da manhã e na grama sintética sob temperatura de 32°C. A ideia do técnico Fábio Vasconcelos é se adaptar o quanto antes ao calor de Tóquio.
Outra boa perspectiva para o Brasil se manter no top 10 do quadro de medalhas está nas novas modalidades. Se na Olimpíada o país teve sucesso com skate e surfe, agora a vez é do parabadminton e parataekwondo. No segundo, a favorita é Débora Menezes, atual campeã mundial e número 2 do mundo na modalidade.
— Sou muito grata e feliz pela realização de disputar os Jogos Paralímpicos. É uma modalidade nova e peço a torcida de vocês. A expectativa, além da medalha, é deixar um legado para o esporte brasileiro, que sempre proporcionou coisas boas para a minha vida. A modalidade vai estrear e vou estar focada para trazer essa conquista inédita para o Brasil— afirma Débora.
O badminton para pessoas com deficiências é disputado por atletas em cadeira de rodas e andantes, com diferentes limitações. No taekwondo, que é dividido em diversas classes, a luta segue as regras convencionais em três rounds. Quem tiver mais pontos ao fim do último round ven
O Globo sábado, 21 de agosto de 2021
GASTRONOMIA: CRIANÇAS VEGETARIANAS EM ALTA NO PAÍS
Crianças vegetarianas: em alta no país, hábito levanta debates entre pais e médicos
Sociedade Brasileira de Pediatria criou um guia prático sobre vegetarianismo na infância e na adolescência em que alerta para o risco de deficiências nutricionais
Constança Tatsch
21/08/2021 - 04:30
SÃO PAULO — Gabriel Portela de Castro tinha pouco mais de três anos quando avisou aos pais que não queria mais comer carne. Naquela época, reagia simplesmente cuspindo esse tipo de alimento. Hoje, aos 11 anos, ele se transformou em um convicto ovolactovegetariano, ou seja, mantém a rejeição por carne vermelha, peixe ou frango, mas aceita ovos e laticínios.
— Eu não como porque não gosto que maltratem os animais. Meus pais consomem carne, a escolha é deles. No começo, eles pediam para eu comer também, mas, quando entenderam por que eu não queria, pararam de pedir — conta o garoto.
A mãe, a enfermeira Fernanda Portela, diz que a decisão do filho já preocupou muito pelo temor da falta de vitaminas e, por isso, criou o hábito de levar o menino para exames regulares de sangue. Ao longo dos anos a única alteração foi a queda nos níveis de vitamina B12, um composto com papel no sistema nervoso central, presente em abundância nas carnes. Gabriel passou então a tomar suplementos de reposição.
Casos de crianças vegetarianas têm se mostrado cada vez mais comuns nos consultórios de pediatras e nutricionistas. Ainda não há números oficiais que comprovem a tendência, mas é a percepção nítida dos especialistas.
— Temos visto um aumento em nosso dia a dia clínico. Isso tem sido causado principalmente pela troca de informação entre eles que é muito forte — afirma Mauro Fisberg, coordenador do Centro de Excelência em Nutrição e Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi, ligado ao Hospital Sabará, em São Paulo.
O fenômeno é global. Nos Estados Unidos, estima-se que uma em cada 200 crianças sejam vegetarianas, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o CDC. Em Israel, a taxa chega a 20% entre esse grupo.
Início precoce
De acordo com Fisberg, a faixa etária mais comum para o início do vegetarianismo é a partir dos oito anos, mas pode começar bem antes, como no caso de Gabriel. As razões para uma criança ou adolescente se recusar a comer carne são variadas: sustentabilidade, por exemplo dos pais, crenças religiosas, sustentabilidade e, a mais comum, evitar o sofrimento animal.
Qualquer pai ou mãe se questionaria aqui: essa é realmente uma dieta apropriada para quem está em pleno desenvolvimento?
A Sociedade Brasileira de Pediatria criou um guia prático sobre vegetarianismo na infância e na adolescência em que alerta para o risco de deficiências nutricionais, já que os pequenos acabam se limitando a consumir um grupo menor de alimentos. Mas, com o devido acompanhamento de um profissional e a supervisão dos pais, não há perigo em crescer longe de produtos de origem animal.
Deve-se ficar atento sobretudo às deficiências nutricionais. Os casos são individuais e dependem das restrições, que podem excluir carnes, ovos e laticínios ou parte deles. Também é preciso avaliar a dieta da criança ou adolescente como um todo, se contém leguminosas, frutas e grãos.
A nutricionista do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, Bianca Manzoli, ainda alerta para outro aspecto: transtorno alimentar.
— A baixa aceitação da carne pode acontecer nos pequenos pelo que chamamos de recusa alimentar, um tipo de distúrbio. Nesses casos as crianças comem os mesmos alimentos, e a escolha pode envolver textura, cor, cheiro ou sabor. Essas questões podem acontecer por volta dos dois anos, podendo ir até o sexto. Muitas delas recusam a carne, especialmente vermelha, porque é mais fibrosa e demanda mais mastigação.
Para manter a saúde, afirma a especialista, é preciso driblar a monotonia alimentar, sobretudo nessa fase.
— A criança precisa de todos os nutrientes e de uma alimentação mais variada possível. O vegetariano às vezes cai no erro de comer muito carboidrato, gordura e açúcar. Não é só tirar, tem que reintroduzir — explica Manzoli. — Quando recebe uma criança vegetariana, quer a opção venha dela ou da família, cabe ao profissional respeitar a escolha e orientar para que ela se desenvolva bem. Assim, não há prejuízo nenhum.
Falta de nutrientes
Segundo a pediatra Aline Magnino, do Grupo ProntoBaby, a falta de alimentos de origem animal e de laticínios, no caso dos veganos, pode deflagrar deficiência de ferro, vitamina B12, cálcio e zinco, bastante presentes na carne, frango e peixe.
Alimentos ovo-lacto-vegetarianos contêm vitamina B12 em quantidades suficientes para suprir a dose diária recomendada, como certos tipos de queijos, ovos e leites. Esse é o único nutriente que um vegetariano pode precisar suplementar mesmo com uma dieta bem planejada. Os vegetais escuros (como brócolis e couve), frutas secas (como damasco e uva passa), castanhas e sementes (como nozes e sementes de girassol), leguminosas (como feijão e soja) e o alho podem ser boas fonte de cálcio. Cereais, alimentos integrais e oleaginosas são boas fontes de zinco, e os vegetais verdes escuros, cereais, leguminosas, oleaginosas e sementes possuem ótimo teor de ferro.
As substituições, no entanto, devem ser sempre orientadas por um nutricionista, nutrólogo ou pediatra porque muitas vezes os compostos presentes nesses alimentos podem ser absorvidos de formas diferentes pelo organismo.
A suplementação com vitaminas é indicada apenas quando há deficiência nutricional. Assim como não há necessidade de fazer exames o tempo todo. Mas os pais devem observar sinais como falta de apetite, cansaço excessivo, problemas de memória, infecções e mau desempenho na escola.
No caso de jovens veganos, mais uma vez, o cuidado deve ser redobrado, já que as restrições são maiores é o suplemento deve ser diferente do convencional.
O Globo sexta, 20 de agosto de 2021
DRINKS ENGARRAFADOS: DO BALCÃO DO BAR PARA SUA CASA
Drinks engarrafados: do balcão do bar para a sua casa
Impulsionada pela pandemia, a bem-vinda onda dos coquetéis artesanais engarrafados e oferecidos no delivery parece ter vindo para ficar
Fabio Codeço
20/08/2021 - 07:47 / Atualizado em 20/08/2021 - 08:30
Tendência surgida na pandemia, os coquetéis engarrafados para delivery permitem ter à mão as receitas dos melhores bartenders da cidade - em geral é só abrir, colocar no copo, adicionar gelo e beber. O modelo, ao que tudo indica, veio para ficar. Se no lockdown as garrafinhas foram a tábua de salvação de apreciadores de bons drinques em meio à monotonia do confinamento, hoje é possível afirmar que elas se firmaram como um novo hábito de consumo do boêmio carioca.
- Agora que já estamos com os salões abertos novamente, tem cliente que vem ao bar, bebe conosco, mas sai levando sua garrafinha para casa, conta Lelo Forti, sócio do gastrobar Stuzzi e da marca especializada em coquetéis Mixxing.
Se até pouco tempo atrás drinque na garrafa (ou lata) era sinônimo de bebida de baixo preço e qualidade, produzida pela grande indústria e vendida em supermercados, hoje o cenário é outro. Com o aumento no interesse pela alta coquetelaria, e o empurrãozinho dado pela crise sanitária, profissionais começaram a produzir suas receitas com ingredientes artesanais de qualidade e acondicioná-las em embalagens para levar a experiência até a casa do cliente.
Do zip lock as embalagens evoluíram para belas garrafas e a pedida ficou ainda melhor. Já é possível receber em casa coquetéis da maior parte dos melhores bares especializados da cidade. Se o pedido em domicílio não substitui a experiencia no balcão e o tête-à-tête com o barman, não deixa de ser mais um ponto de contato do consumidor com a coquetelaria. Além de uma forma muito cômoda de ter sempre por perto a companhia do seu drinque favorito.
No Liz Cocktails & Co., de Tai Barbin, a linha de engarrafados começou com doze opções. Agora são quatro, três clássicos e um carbonatado. Isso porque, com a reabertura dos salões, manter estoques maiores não seria uma boa ideia.
- O Liz foi pensado sobre os pilares da sustentabildiade. E levamos este conceito para a linha de engarrafados. Quando o cliente devolve a garrafa, ele ganha 5% de desconto na próxima compra. O produto também vai com um saco de algodão reutilizável. Tudo para minimizar o impacto - conta Barbin.
Um dos destaques no boom atual, Sandra Mendes é uma precursora na cidade e já vinha, há tempos, servindo seus coquetéis em garrafinhas com indefectíveis canudinhos de papel listrado. Não por delivery, mas presencialmente, em feiras como a Junta Local. Aí veio a pandemia e o que já era agradável se tornou muito útil.
- No mês que vem faz sete anos que vendo as garrafinhas. Eu era chef de bar ainda quando notei a necessidade das pessoas em terem drinques prontos para fazerem pequenas reuniões em casa, sem a presença de um profissional. Assim comecei o SM Drinks - conta.
Deu tão certo que há cinco anos a mixologista abandonou os balcões para se dedicar exclusivamente à marca, através da qual também comercializa seu vermute artesanal e xaropes para serem usados como insumos nas receitas. Além dos amargos, como rabo de galo, sua carta traz opções mais autorais, a exemplo do tamo rindo, de cachaça, vermute tinto artesanal, tamarindo e limão.
Numa parceria com a Mixxing, a boutique de carnes Açougue Tutano passou a vender um coquetel engarrafado, desenvolvido especialmente para eles, junto com seus cortes de carne. O tutano’s é uma releitura do clássico negroni que ganhou uma original toque de bacon. A festa está completa.
Onde pedir seu coquetel:
Liz Cocktails & Co
Especializada em clássicos, a casa de Tai Barbin oferece uma linha de quatro coquetéis para entregas, incluindo o carbonatado fitzgerald, reunião de gin london dry, limão-siciliano e bitters (R$ 25,00; 275 mililitros). Os outros chegam em lindas garrafas de 375 mililitros e servem quatro coquetéis. O house milk punch (R$ 99) traz blend de runs, mate, especiarias escuras, bitters e limão.
Pedidos por DM no perfil do Instagram @lizcocktails.
Mixxing
A prestigiosa marca que surgiu como escola de coquetelaria e já foi um bar secreto, capitaneada pelos sócios Lelo Forti e Alex Miranda, vende quatro coquetéis clássicos em garrafas de três tamahos diferentes. Criado em 1919 na Itália pelo bartender Fosco Scarselli, moda em boa parte do planeta, o negroni, composto de gim, vermute tinto e bitter italiano em partes iguais exige apenas um copo, gelo e uma fatia de laranja. Tradicional variação, o boulevardier leva Bourbon no lugar do gim. Ambos saem a R$ 55 na garrafa de 200 mililitros.
Pedidos pelo Whatsapp 21 97929-9990.
SM Drinks
Marca da mixologista Sandra Mendes, que há sete anos começou a vender seus drinques em garrafinhas na feira Junta Local, entrega uma linha de dez coquetéis em kits que incluem as guarnições. O tanga, de vodca com licor de laranja, tangerina e limão, sai a R$ 23 (200 mililitros). Ela avisa: nos fins de semana, quem pede seis garrafinhas (plásticas) de 200 ml paga R$ 100. A carta oferece também seu já famoso vermute artesanal (R$ 30; 250 mililitros) e xaropes caseiros (R$ 25; 250 mililitros) para incrementar o drinque em casa ou mesmo fazer um refrigerante artesanal.
Pedidos de terça a domingo pelo Whatsapp 21 981967707 ou por DM no perfil do Instagram @smdrinks
Stuzzi Gastrobar
No badalado bar do Leblon, um hit da nova carta atende pelo nome de Mil & 1 (R$ 35). Preparado com a técnica de clarificação, com bourbon, caramelo salgado, angostura bitter e um toque cítrico, ele chega numa garrafa de vidro e também pode ser solicitado para entregas em casa.
Pedidos pelo Ifood.
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo quinta, 19 de agosto de 2021
LIBERTADORES: FLAMENGO, PALMEIRAS E ATLÉTICO-MG GARANTEM MAIS R$120 MILHÕES COM VAGA NA SEMI
Libertadores: Flamengo, Palmeiras e Atlético-MG garantem mais R$ 120 milhões com vaga na semi; veja quanto cada um já ganhou
Cifras serão ainda mais altas para quem avançar à final, no dia 27 de novembro, no Estádio Centenário, no Uruguai
O Globo
19/08/2021 - 08:38 / Atualizado em 19/08/2021 - 08:45
Os três clubes brasileiros já garantidos nas semifinais da Libertadores somam juntos mais de R$ 120 milhões em premiações pela campanha na competição sul-americana. Esses valores podem fazer a diferença nos cofres dos times, e as cifras serão ainda mais altas para quem conseguir avançar à final, que acontece em jogo único no dia 27 de novembro no Estádio Centenário, no Uruguai. Veja quanto cada clube faturou até agora:
Após golear novamento o Olimpia na última quarta-feira e conquistar a vaga na semi, o Flamengo ganhou uma premiação de R$ 10,6 milhões. Atlético-MG e Pameiras garantiram a mesma quantia após eliminarem o River Plate e o São Paulo, respectivamente. Com a passagem por quatro fases da competição, cada clube recebeu até agora cerca de R$ 40 milhões.
Premiação da Libertadores em 2021:
Fase de grupos da Libertadores: US$ 3 milhões (R$ 15,9 milhões)
Oitavas de final da Libertadores: US$ 1,05 milhão (R$ 5,5 milhões)
Quartas de final da Libertadores: US$ 1,5 milhão (R$ 7,9 milhões)
Semifinal da Libertadores: US$ 2 milhões (R$ 10,6 milhões)
Total: R$ 40 milhões
Quem avançar para a final garante pelo menos mais US$ 6 milhões (R$ 32 milhões) como prêmio pelo vice-campeonato. A Conmebol pagará US$ 15 milhões (R$ 80 milhões) ao campeão da Libertadores de 2021, o que renderá ao clube campeão uma quantia aproximada de R$ 117 milhões, considerando todas as fases.
O Globo quarta, 18 de agosto de 2021
LIBERTADORES: FLAMENGO RECEBE OLIMPIA, COM VANTAGEM RARA, POR VAGA NA SEMIFINAL
Com vantagem rara, Flamengo recebe Olimpia por vaga na semifinal da Libertadores
Time tenta confirmar classificação à semifinal hoje em Brasília depois de abrir larga vantagem fora de casa
Diogo Dantas
18/08/2021 - 03:28
Ao entrar em campo nesta quarta-feira, às 19h15, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, no segundo jogo das quartas de final, contra o Olimpia, o Flamengo tentará consolidar uma marca inédita na Libertadores. Jamais o rubro-negro passou por duas fases eliminatórias da competição sul-americana com tamanha facilidade, representada por sonoras goleadas, como na atual edição.
Em 1991, nas oitavas de final, o Flamengo até teve tranquilidade para fazer 5 a 0 no Deportivo Táchira, da Venezuela, na partida no Maracanã. Porém, no jogo de ida, fora de casa, triunfo foi por 3 a 2. Em 2008, a vantagem mais expressiva veio com gosto amargo na sequência. O rubro-negro derrotou o América, no México, por 4 a 2, mas perdeu por 3 a 0, em casa, e acabou eliminado.
RENATO GAÚCHO: O CRAQUE, O TÉCNICO, O CARIOCA DE ALMA E OFÍCIO
Nem por este placar o Olimpia muda o cenário das quartas de final. Com a vitória do Flamengo por 4 a 1 no Paraguai, o rubro-negro só será eliminado se for superado por 4 a 0 ou três gols de diferença, mas a partir de 5 a 2. Antes, pelas oitavas, o time já sob o comando de Renato Gaúcho despachou o argentino Defensa y Justicia, com 1 a 0 fora de casa, e 4 a 1, no Mané Garrincha.
Time não tira o pé e roda mais
No mata-mata da atual edição, entra em cena a boa relação do novo treinador com a comissão técnica do clube, que ganhou mais importância no trabalho de Renato Gaúcho. Ela permite que o Flamengo dose mais o seu elenco e mantenha o ímpeto ofensivo na maior parte dos 90 minutos. O trabalho passa muito pelo perfil motivador de Renato, que não deixa que os atletas tirem o pé. Com ajustes táticos que deram mais liberdade aos jogadores de ataque, o resultado é uma equipe que procura a movimentação e torna o jogo mais dinâmico, mas correndo certo. O que causa menos desgaste ainda.
Por trás do campo e bola, o departamento médico analisa o nível de cansaço dos atletas antes, durante e depois das partidas, e tem entrado em cena para sacar jogadores desgastados sobretudo quando o placar está bem construído. Tornou-se comum Renato fazer mexidas em atacado, tirando quase meio time, e renovando as energias sem que o Flamengo recue. A estratégia tem servido ainda para manter a confiança em alta de atletas considerados reservas.
O Departamento de Saúde e Alto Rendimento (Desar) entende que, pelo fato de o Renato não ter trazido um preparador, mostra que já veio abastecido de informações e confiando no trabalho feito no clube. Quando chegou no Flamengo, o técnico demonstrou que já sabia um pouco como funcionavam as metodologias. Isso ajudou no rápido entendimento do dia a dia da área de performance do futebol.
O auxiliar Alexandre Mendes, embora preparador físico por formação, não se intromete nas questões físicas e médicas diretamente. O foco é nas partes técnicas e principalmente táticas com o treinador. O resto é tratado diretamente entre Renato e o doutor Márcio Tannure. O técnico escuta muito o gerente de saúde e alto rendimento do futebol.
A comunicação direta ajuda. Com Jorge Jesus ocorria o mesmo. Apesar de uma comissão numerosa, os portugueses dialogavam bem. Além disso, o preparador Mário Monteiro comprou a ideia do Desar e estava alinhado em todos os processos. O mesmo aconteceu na época de Rogério Ceni, e de Danilo Augusto, preparador físico. Com o Dome, por outro lado, a comunicação entre comissões não fluiu, pois seus auxiliares não entendiam muito bem os processos e não passavam as informações da maneira mais correta para o técnico.
Renato age como facilitador
Por conta de sua experiência como técnico e jogador, Renato sabe que os atletas precisam estar bem para produzir o melhor. No caso do momento, Isla foi poupado apesar de o médico do Flamengo dizer que o jogador está bem clinicamente, mas com fadiga muscular. Com isso, ficou combinado que o atleta faria um programa de trabalhos específicos a fim de manter o ritmo intenso de treino, como se estivesse jogando, e fortalecer o que precisar.
A princípio, ideia de Renato era trazer o Isla pra Brasília e não colocar pra jogar. Tannure disse que seria pior para o atleta viajar e não jogar, que “perderia tempo” e "destreinaria". Renato entendeu, o jogador ficou no Rio e iniciou as atividades, sob comando de Roberto Oliveira e Rafael Winick, preparadores físicos do clube. Se tivesse viajado, ficaria o dia todo parado no hotel. Mas agora irá para o CT dar prosseguimento ao planejamento, que inclui ficar fora do compromisso de domingo também, para poder recuperar e ficar inteiro e à disposição na quarta, contra o Grêmio.
A troca tem sido tão interessante, e o técnico tem entendido tão bem a importância dos controles feitos pelo clube, que já começou a “cobrar”. Quando Thiago Maia e Gustavo Henrique testaram positivo pra Covid-19, Renato pediu que fosse feito um programa para cada um, pois temia que ficassem muito tempo parados. O departamento médico enviou aparelhos para a casa dos atletas e preparou uma planilha de treinos, que é comandado de maneira on-line por Rafael Winick.
O Globo terça, 17 de agosto de 2021
GABY AMARANTOS VAI ESTREAR COMO ATRIZ DE NOVELA NA GLOBO
Gaby Amarantos vai estrear como atriz de novela na Globo. Saiba tudo
ANNA LUIZA SANTIAGO
Gaby Amarantos (Foto: João Miguel Júnior/Globo)
Gaby Amarantos vai fazer sua estreia como atriz de novelas na Globo. A cantora, que já gravou participações como ela mesma em algumas produções, agora terá uma personagem em “Além da ilusão”. Na trama das 18h de Alessandra Poggi com direção de Luiz Henrique Rios, ela interpretará uma faxineira que mora numa vila operária e sonha se tornar cantora de rádio. O papel antes seria de Helga Nemetik.
E falando nas mudanças da novela, Isabella Santoni também deixou o elenco. Ela, que entrou substituindo Marina Moschen, agora dará lugar a Debora Ozorio.
Os primeiro capítulos serão gravados em Poços de Caldas, Minas Gerais. A trama estreará no ano que vem, depois de "Nos tempos do Imperador".
O Globo segunda, 16 de agosto de 2021
PARALIMPÍADA: JOGOS NÃO TERÃO PRESENÇA DE PÚBLICO
Paralimpíada não terá presença de público, confirma a organização
Assim como na Olimpíada, alta nos casos de Covid-19 em Tóquiolevaram à medida
O Globo
16/08/2021 - 08:43 / Atualizado em 16/08/2021 - 08:48
A organização da Paralimpíada de Tóquio anunciou nesta segunda-feira que o evento transcorrerá sem a presença de público, tal qual a Olimpíada. O evento será ainda mais restrito em relação a exceções, e a organização pede que o público não compareça a eventos de rua.
A medida tem como base o aumento de infecções pela Covid-19 nas últimas semanas. O número disparou no Japão durante os Jogos, e a organização tenta proteger os atletas, que fazem parte do grupo de risco da doença.
No último domingo, o Japão registrou 17.902 novos casos de Covid-19, com 10 mortes. O país tem 49,6% da população vacinada pelo menos com a primeira dose.
A decisão foi oficializada após uma reunião entre o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, a presidente do comitê organizador de Tóquio-2020 Seiko Hashimoto, a governadora de Tóquio Yuriko Koike e o ministro olímpico Tamayo Marukawa.
A Paralimpíada começa no próximo dia 24 e terá a presença de 4.400 atletas, menos da metade dos cerca de 11 mil presentes na Olimpíada. O evento vai até 5 de setembro.
— Com o número de casos em Tóquio e no Japão, todos que vão aos Jogos precisam permanecer em alerta — diz Parsons.
O Globo domingo, 15 de agosto de 2021
MARIA MAUD: FILHA DE CLÁUDIA ABREU, COMPOSITORA DESDE OS 8 ANOS, LANÇA CARREIRA MUSICAL
Filha de Cláudia Abreu, Maria Maud lança carreira musical: 'Componho desde os 8 anos'
Jovem estreia single na próxima sexta-feira e diz viver o momento mais importante de sua vida
O Globo
14/08/2021 - 04:30
Maria Maud é pura expectativa com o seu primeiro single, “Sempre chega”, que lança na próxima sexta-feira. “Componho desde os 8 anos, e este é o momento mais importante da minha vida”, diz a jovem, de 20 anos.
Filha da atriz Cláudia Abreu e do cineasta José Henrique Fonseca, a moça carrega talento nas veias. "Componho desde os 8 anos, toco violão e piano e faço Comunicação Social na PUC", diz ela, esbanjando versatilidade. "Mas meu foco total está na música agora. Coisas boas vêm por aí."
Ela falou também sobre como lançar este single (ouça um trecho abaixo) é a concretização de um desejo antigo. "Este sonho, de ser cantora, está dentro de mim, desde que me entendo por gente, sempre falou mais alto do que qualquer outra coisa. A música é tudo para mim.
Maria exalta, ainda, o fato de ter uma pessoa da família diretamente envolvida no lançamento. O seu primo Bruno Chelles, do grupo 3030, que participa da música. “Sempre chega” foi produzida por Ariel Donato e promete reunir uma melodia e uma letra daquelas que ficam se repetindo já no primeiro play.
A cantora diz que ainda está se descobrindo musicalmente, embora grave canções desde os 16 anos. "Mas acho que encontrei uma estética para o meu som", diz a jovem, que também planeja um álbum para 2022.
O Globo sábado, 14 de agosto de 2021
LUIZA POSSI: GRÁVIDA DE SET5E MESES, CANTORA CONTA DOMO ENFRENTA DIABETES GESTACIONAL
Grávida de sete meses, Luiza Possi conta como enfrenta diabetes gestacional: 'Não posso comer nenhuma farinha'
Cantora, que lança single em setembro, também falou sobre a "superoportunidade" de ter a educação de dois meninos ao seu alcance
Eduardo Vanini
14/08/2021 - 08:20 / Atualizado em 14/08/2021 - 08:27
Grávida de sete meses, Luiza Possi vivencia este momento de um jeito especial. Gerar um bebê, ela diz, tornou-se muito simbólico, depois da morte de seu pai, Liber Gadelha, que faleceu no começo do ano, após complicações por Covid-19. “Logo que descobri que estava grávida, os sentimentos começaram a mudar dentro de mim. Não dá para ficar totalmente triste quando há uma vida crescendo dentro de você”, afirma a cantora, cujo próximo single falará sobre essa temática e será lançado no dia 2 de setembro.
Matteo, como vai se chamar a criança, é o segundo filho com o diretor Cris Gomes, depois de Lucca, de 2 anos. “Acho uma superoportunidade ter a criação de dois meninos ao meu alcance, já que vamos educá-los com valores feministas e igualitários.”
Com a segunda gravidez, Luiza também se deparou com uma nova situação: ela desenvolveu diabetes gestacional e, por conta disso, precisou aderir a uma dieta rigorosa. "Não posso comer nada que vire carboidrato, açúcar, nenhum tipo de farinha nem batata", detalha.
Segundo ela, não tem sido algo extremamente significantes porque ela "se esbaldou" nos primeiros meses, quando chegava a comer quatro sobremesas por dia. "Engordei 20 quilos nessa primeira fase. Agora não sei mais como está porque peso de costas", brinca.
O Globo sexta, 13 de agosto de 2021
GASTRONOMIA: DELIVERY DE GOSTOSURAS
Delivery de gostosuras: conheça a nova edição do RG na palma da mão
Iniciativa leva até sua casa o melhor da gastronomia fluminense através de restaurantes, food-trucks e pequenos produtores parceiros
O Globo
13/08/2021 - 07:39
Com o sucesso da edição de estreia, em abril, os curadores do Rio Gastronomia colocam no ar nesta sexta, dia 13, mais uma etapa do RG na Palma da Mão. Versão digital de uma das ações mais concorridas (e apetitosas) do maior evento gastronômico do país – barracas de restaurantes com suas receitas mais emblemáticas a preços especiais e a feira de produtores –, a iniciativa vai reunir on-line 82 restaurantes, seis food trucks e 22 pequenos produtores selecionados em parceria com o Sesc-RJ.
Até o dia 29 de agosto, os estabelecimentos e marcas parceiras vão oferecer pelo delivery, por meio da tecnologia Aarim, que "anota" seus pedidos via whatsapp, alguns de seus carros-chefes. A novidade desta edição é a oferta do Prato Rio Gastronomia, em duas opções de preço fixo: R$ 25 e R$ 40.
Para desfrutar dos cardápios é fácil. Basta mandar mensagem, pelo WhatsApp, para o número (21) 2042-0629, e se cadastrar para descobrir os estabelecimentos que entregam em sua região. Clientes Santander e assinantes O GLOBO terão desconto de 10% nos pedidos (não cumulativo). Os pagamentos poderão ser feitos via débito, crédito ou cartão de alimentação BEN.
O cardápio de opções é farto e variado. Entre os participantes estão o recém-inaugurado Yayá Comidaria Pop Brasileira, das chefs Andressa Cabral e Carmen Virgínia, o badalado japonês Gurumê e a rede de hamburguerias O Burguês, que participa com todas as unidades. Na ala dos produtores estão delícias artesanais da Serra, como os queijos do Capril de Ville, e de outras regiões do estado, como a Cachaça Tellura, produzida em Campos dos Goytacazes. Os cardápios e horários dos estabelecimentos podem ser conferidos no site rgnapalmadamao.com.br.
Veja a lista de participantes
Restaurantes: Academia da Cachaça, Bar do Adão, Bar Luiz, Barsa, Beco do Hambúrguer, Biscuit Doces e Salgados, Caju Gastrobar, Casa das Natas, Conversa Fiada, Ella Pizzaria, Escama, Ex-Touro, Frédéric Epicerie, Garota da Urca, Gurumê, L’eclair Shop, Le Terroir, Lievita Pizza & Pães Rústicos, Meza Bar, Naturalie Bistrô, O Burguês, O Fornês, Oggi Pizza Napoletana, Porco Amigo Bar, Porto Frescatto Restaurante, Proa Cozinha Bar, Raze Burguer, Restaurante Via Cervantes, Sabores de Gabriela, Sushimar Gávea, Temakeria e Cia, Venga!, Viasete, Yayá Comidaria Pop Brasileira.
Food-trucks: Carango Burguer, Ceviche da Fabi, El Cozu Cozinha Mexicana, Las Empanadas, Orange Burguer, Vulcano Food Truck.
Produtores: Alemão da Serra, Apiário Mel do Horto, Armazém Sustentável, Arte em Conserva, Cachaça 7 Engenhos, Cachaça Barra Velha, Cachaça de Quinta, Cachaça Engenho D’Ouro, Cachaça Fazenda Soledade, Cachaça Magnífica de Faria, Cachaça Maxcana, Cachaça Tellura, Cachaça Werneck, Café Iranita, Capril de Ville, Capril Rancho Grande, Cogu Cogumelos, Fazendinha José de Carvalho, Frederic Monnier, Oficina de Doces e Mimos, Roseta Comidas Artesanais, Senhora Farofa.
O Rio Gastronomia na Palma da Mão é uma realização de O GLOBO com apresentação do Sesc RJ e Senac RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio da Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto, Getnet e Bacalhau da Noruega, plataforma oficial Aarim e parceria do SindRio.
O Globo quinta, 12 de agosto de 2021
GUIMAS: CONHEÇA AS ORIGENS DO PIONEIRO BISTRÔ CARIOCA
Guimas: conheça as origens do pioneiro bistrô carioca
Atração da série 'Sabor de história', o restaurante no coração do Baixo Gávea inaugurado por dois casais de amigos está a caminho dos 40 anos de funcionamento
O Globo
12/08/2021 - 08:02
Nos dias de hoje qualquer cantinho é bistrô, mas um dos primeiros endereços no Rio de Janeiro a merecer esta definição foi mesmo o Guimas. Dois casais de amigos, Ricardo e Priscila Guimarães e Chico e Tintim Mascarenhas, abriram o negócio em 10 de dezembro de 1981 e o batizaram com as primeiras sílabas de seus respectivos sobrenomes. O restaurante inaugurado sem maiores pretensões está a caminho do 40º aniversário e inspira, com méritos, um episódio de Sabor de história, série do Hub Rio Gastronomia dedicada às empreitadas de comes e bebes mais tradicionais da cidade. A casa no coração do Baixo Gávea atende tanto a boemia local quanto famílias em busca de cardápio aconchegante. No vídeo, o fundador Chico Mascarenhas conta como a toalha de papel sobre as mesas, adotada para economizar com lavanderia, virou marca registrada, enquanto o cardápio imortalizou clássicos como o filé au boursin. Com a satisfação do dever cumprido, Chico, nos últimos tempos, foi passando o bastão para as filhas Bebel e Luisa. Longa vida ao Guimas!
O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.
O Globo quarta, 11 de agosto de 2021
FUTEBOL: MESSI NO PSG - SAIBA COMO VISITAR O ESTÁDIO DO PSG, NOVO CLUBE DO CRAQUE
Messi: saiba como visitar o estádio do PSG, novo clube do craque, em Paris
Parc des Princes é um cartão-postal para amantes do futebol, localizado no sudoeste da capital francesa
O Globo
10/08/2021 - 17:05 / Atualizado em 10/08/2021 - 17:31
RIO - Em mais de 20 anos em Barcelona, Lionel Messi ajudou a transformar o Camp Nou, estádio de seu antigo clube, num dos principais atrativos turísticos da cidade espanhola. Agora, de mudança para Paris, deve provocar efeito similar no Parc des Princes, onde seu seu novo time, o Paris Saint-Germain, é dono do pedaço. Localizado relativamente perto da região central da capital francesa e cheio de história, é um passeio imperdível para amantes do futebol.
Localizado no 16º arrondissement, no sudoeste da cidade, tem capacidade para 45 mil torcedores e foi inaugurado em 1897, como um velódromo para competições de ciclismo, sendo, inclusive, o ponto de chegada da tradicional Tour de France. O estádio passou a receber jogos de futebol em 1905 e, desde então, já foi palco de três decisões da Liga dos Campeões da Europa, de uma Eurocopa (1984) e duas Copas do Mundo (1938 e 1998). Também já sediou a Copa do Mundo de Rugby de 2007.
Seu formato atual vem da reconstrução concluída em 1972. Dois anos depois, a prefeitura de Paris cedeu o estádio ao PSG, que pode, por um período que vai até 2044. Parte dessa história é contada no museu do clube, que faz parte do tour guiado pelo Parc des Princes.
A visita começa justamente pelo chamado History Room, o museu que conta a história do PSG e do estádio. Lá está a sala de troféus, com as conquistas que vão da primeira Copa da França, vencida pelo time em 1982, até as mais recentes — uma coleção que, com a presença de Messi, deve aumentar nos próximos anos.
O passeio continua por uma área de exposição interativa, que mistura projeções e itens históricos, que falam sobre o passado do estádio, momentos marcantes do clube e grandes jogadores que já vestiram a camisa, incluindo os brasileiros Raí, Ronaldinho Gaúcho e Neymar, estrela da equipe atual.
Em seguida, os visitantes passeiam pelos bastidores do estádio, passando por arquibancadas, tribunas, salas VIP, sala de coletiva de imprensa, vestiário e o banco de reservas, de onde podem ver de pertinho o gramado.
O tour, que conta com audioguia em português, inclui ainda o Arcade VR, um espaço com jogos eletrônicos e de realidade virtual, na lojinha do estádio. Ali, é possível ter experiências de realidade virtual, com ajuda de óculos e equipamentos especiais, que permitem bater bola e treinar com jogadores do clube. Será que em breve Messi estará incluído nessa brincadeira?
Durante a pandemia, as visitas têm acontecido com número reduzido de pessoas, que pode variar de acordo com a situação sanitária de Paris. O uso de máscaras é obrigatório, assim como a apresentação de um certificado comprovando a vacinação completa contra Covid-19. O ingresso custa 24,90 euros (crianças de 6 a 13 anos e pessoas maiores de 65 pagam meia). A melhor maneira de chegar até lá é pela linha 9 do metrô, saindo na estação Porte de Saint-Claude.
O Globo terça, 10 de agosto de 2021
UM DRINK NO INVERNO: ESPECIALISTAS INDICAM BEBIDAS PARA DIAS FRIOS
Um drink no inverno: especialistas indicam bebidas para dias frios
Saiba como escolher os vinhos, coquetéis e até cervejas que mais combinam com a estação
O Globo
19/07/2021 - 07:49 / Atualizado em 19/07/2021 - 15:10
Você ainda acha que cerveja só combina com verão e sol quente? Está na hora de rever seus conceitos. A evolução do mercado nos últimos anos, impulsionada pelo surgimento de cervejarias artesanais, levou a um universo amplo de possibilidades. Para cada ocasião há um rótulo adequado. O mesmo vale para os apreciadores de vinhos brancos. Embora também mais associada ao calor, a bebida pode cair muito bem em dias de temperaturas amenas, basta saber escolher. Para ajudar na tarefa de decidir com que bebida ir neste inverno, convocamos três experts para indicar vinhos, cervejas e coquetéis que mais combinam com a estação. Maior teor alcoólico, potência e corpo são regrinhas básicas que valem para qualquer escolha. Confira a seguir as recomendações de quem entende e prepare a taça ou o copo.
Jéssica Sanchez, mixologista e proprietária do Vizinho Gastrobar.
- Inverno combina com sabores mais intensos e de percepção alcoólica mais evidente. Buscamos o oposto dos refrescantes drinques em taça ou copo longo. Destilados mais complexos, os chamados brown spirits, envelhecidos, mais persistentes e mais intensos são os ideais. Eentre os clássicos, dois exemplos são o old fashioned e o negroni. Se quiser variar, procure pelos coquetéis mais fortes, com coloração mais escura e pouco ou nenhum gelo - ensina Jéssica Sanchez.
Na carta do Vizinho Gastro Bar, estabelecimento do qual é proprietária, Jéssica oferece sugestões invernais como o coquetel batizado de into the wild (R$ 36), reunião de cachaça envelhecida com infusão de banana-da-terra, catuaba artesanal e mel fermentado com gengibre. Outra pedida, o error 404 (R$ 32), leva vodca, absinto, licor de cereja, solução de ácido cítrico e bitters.
José Padilha, sommelier de cervejas e consultor do Zona Sul
- Bebidas mais alcoólicas aquecem mais. Não é por acaso que os destilados são chamados bebidas quentes. No caso das cervejas vale notar a maior torrefação do malte. Ela resulta em maior aquecimento alcoólico e traz mais cor à cerveja, deixando-a mais escura. Esse processo traz notas de sabor que vão de café a chocolate amargo - diz Padilha.
Entre os estilos mais recomendados segundo o expert encontram-se Bock, Porter, Stout e Belgian Strong Golden Ale. No Bar do Rio – bar dentro das unidades do mercado na Barão da Torre, em Ipanema, na Dias Ferreira, no Leblon, e na altura do condomínio Santa Mônica Jardins, na Barra – há diversas opções. Colorado Demoiselle (R$ 12,90; 600mililitros) e Wälls Petroleum (R$ 19,90; 375 mililitros) são duas delas.
Jan David, enófilo e sócio do Medusa Urbana Vinhobar
- Vinhos mais encorpados, que acompanham bem pratos como massas, carnes vermelhas e até fondues, são as melhores escolhas. A clássica uva Cabernet Sauvignon é boa pedida por ter bom corpo e taninos presentes. A tannat é outra dica entre as uvas tintas - explica.
Prefere branco?
- Os brancos também podem ser boas opções no inverno, se você buscar os mais encorpados. Uvas com mais estrutura, que envelheçam e amadureçam bem, são as melhores pedidas. A chardonnay é uma delas, pois tem uma presença marcante na boca e que persiste no paladar - sugere Jan David.
Entre as indicações disponíveis na carta do Medusa Urbana Vinhobar estão o tinto Finca Tuira Tannat (R$ 80 a garrafa), do Rio Grande do Sul, e o branco Terranova Chenin Blanc (R$ 18 a taça), produzido no Vale do São Francisco, Bahia. Outro caminho é explorar o wine flight, degustação de três taças de vinhos diferentes que mudam a cada semana. O preço do trio de taças de 60 mililitros varia de R$ 28 a R$ 36.
Onde beber
Bar do Rio. Rua Barão da Torre, 220, Ipanema; Rua Dias Ferreira, 290, Leblon. Avenida das Américas, 3.225, Barra.
Medusa Urbana Vinhobar. Rua das Laranjeiras, 336, loja D, Laranjeiras – 97903-9385. Qua. e qui., das 18h à meia-noite. Sex. e sáb., das 18h à 1h.
Vizinho Gastrobar. Avenida das Américas, 8585, quiosques 3 e 4 (Vogue Square), Barra - 97154-0841.
O Globo segunda, 09 de agosto de 2021
BRASLEIRÃO: FLAMENGO, GOLEADO, SE VÊ EM SITUAÇÃO INÉDITA ÀS VÉSPERAS DA LIBERTADORES
Análise: Goleado, Flamengo de Renato Gaúcho se vê em situação inédita às vésperas da Libertadores
Derrota por 4 a 0 para o Internacional, no Maracanã, põe fim à invencibilidade com o técnico antes de duelo com o Olímpia, pela quartas da competição internacional
Rafael Oliveira
08/08/2021 - 20:41 / Atualizado em 08/08/2021 - 20:55
Até então, o Flamengo de Renato Gaúcho só conhecia a boa fase. Desde a chegada dele, haviam sido sete vitórias em sete jogos. Agora, o time passa por uma situação nova. Neste domingo, não só perdeu a invencibilidade com o técnico como viu ela cair de forma acachapante: uma goleada por 4 a 0 para o Internacional com os jogadores entregues na reta final da partida. Pela primeira vez, terá que reagir. Uma necessidade que surge justamente a três dias do duelo contra o Olímpia, em Assunção, pela Libertadores, o torneio mais importante para a equipe na temporada.
- Somos um time experiente, que sabe o que quer. Sabemos que hoje não deu certo. Mas estamos concentrados e com a confiança lá em cima. (Libertadores) É outra competição - assegurou Éverton Ribeiro. - Temos que ficar atentos com os erros e lutar pela vitória.
Pelo Brasileiro, o Flamengo perdeu a chance de se aproximar do G4. Segue em quinto, com 24 pontos, a quatro do Bragantino. No domingo, tenta se recuperar na competição contra o Sport, em Volta Redonda.
Embora a derrota não tenha nenhum efeito de tragédia no time, que vinha jogando bem nas últimas partidas, ela chama a atenção pela displicência tática. Não é novidade que os times de Diego Aguirre jogam na base do contra-ataque. E é o que o Internacional faz. Mas Renato Gaúcho parecia não saber disso. Não pela derrota em si. Mas pela forma como a defesa rubro-negra foi pega despreparada pelas investidas do rival.
O Flamengo mais uma vez se impôs já nos primeiros minutos. Com um jogo baseado em toques rápidos passando de pé em pé, o time se aproximou com facilidade à meta do rival. Principalmente pela direita, com Isla e Éverton Ribeiro. Os problemas surgiam quando a bola chegava na árrea do Internacional. Ou os jogadores tomavam a decisão errada ou não recebiam na melhor das condições para finalizar.
O resultado se refelte nos números. No primeiro tempo, apesar das seis finalizações, o time só criou uma chance real de gol: uma cabeçada de Bruno Henrique na direção do goleiro Daniel.
Mesmo em crise, os colorados não mudaram seu jeito de atuar. Passivos, deixaram os donos da casa controlar a bola e esperaram pela chance do contra-ataque. A confiança na estratégia foi premiada.
O Inter encontrou um Flamengo muito empenhado em atacar mas, totalmente despreparado para seus contragolpes. Logo, aos 18, embora houvesse cinco marcadores rubro-negros em torno dele, Edenilson encontrou um espaço enorme para avançar e tocar para Yuri Alberto abrir o placar.
O lance não serviu de alerta. Pelo contrário. O time sofreu um apagão, do qual só saiu após levar o segundo gol, também de Yuri Alberto, aos 40.
A impressão é de que, no intervalo, Renato Gaúcho apenas tentou corrigir os problemas de finalização. Porque o Flamengo voltou mais incisivo, mas ainda mais exposto atrás. Aos 8, em mais um contra-ataque, Taison arrancou desde o campo de defesa para fazer o terceiro. Filipe Luís era o único jogador na contenção, o que mostra que nada do que ocorreu no primeiro tempo serviu de lição.
A atuação do Flamengo não foi o único destaque negativo da partida. Com critérios confusos, a arbitragem perdeu o controle da partida. E, aos 15, expulsou Gabigol num excesso de rigor não visto em toda o jogo até então.
O episódio desorganizou ainda mais o Flamengo, que se entregou totalmente. O quarto gol, de Yuri Alberto mais uma vez, é reflexo disso. O atacante recebeu livre pela direita. Só um jogador da linha de marcação o acompanhou. Em vão.
O Globo domingo, 08 de agosto de 2021
OLIMPÍADA: BOXE FEMININO - BIA FERREIRA, COLECIONADORA DE NOCAUTES, CONQUISTA A PRATA
Conheça Bia Ferreira, a medalhista de prata conhecida como colecionadora de nocautes
Pugilista faturou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio e, no dia dos pais, dedicou a Sergipe, com quem deu os primeiros golpes no ringue
Marcello Neves, Marcelo Antonio Ferreira e Rafael Oliveira
08/08/2021 - 02:15 / Atualizado em 08/08/2021 - 02:58
Campeã mundial em 2019 e agora medalhista nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Fazendo jus à expectativa que lhe foi dada, Beatriz Ferreira conquistou o prata da categoria peso-leve ao vencer a irlandesa Kellie Anne Harrington, na madrugada deste domingo. O ouro não veio, mas não apaga a campanha da pugilista de 28 anos que tem o boxe como herança de família.
A pugilista tem o boxe quase como uma instituição que herdou graças ao esforço do pai, que também era lutador. Agora, Raimundo Ferreira, ou Sergipe – como é conhecido – atua apenas como treinador.
— A Bia fica só por conta do boxe. Uma atleta de seleção, como é o caso dela, treina, se alimenta e vai descansar. Assim, pode render muito mais. E como ela luta, não é? — pontua o pai, com compreensível corujice.
Quando Bia Ferreira colocou a luva pela primeira vez, tinha apenas quatro anos e ainda morava em Salvador. Aos 14, se mudou para Juiz de Fora, em Minas Gerais, e, lá, floresceu nos ringues. Já que não podia lutar em competições oficiais, treinava.
Da primeira vez que competiu em um Campeonato Brasileiro, entrou nos 69kg, uma categoria acima da que disputa, contra uma rival que também era mais alta. Beatriz nocauteou a oponente com 30 segundos de luta.
Treinando em São Paulo, com melhores possibilidades de desenvolvimento, começou a entrar em torneios abertos e ser paga. Não demorou muito para ingressar na seleção e participou da Vivência Olímpica da Rio-2016, programa promovido pelo Comitê Olímpico Brasileiro para jovens talentos, em que foi reserva de Adriana Araújo.
De lá para cá, vislumbrou o futuro pódio e despontou nos ringues, colecionando ouros: no Torneio de Belgrado, em 2017; no Pan-Americano de Lima-2019; e no Mundial de Boxe, também em 2019, se consagrando como melhor do mundo na sua categoria.
O CLIQUES INUSITADOS DOS JOGOS OLÍMPICOS DE TÓQUIO
Bia Ferreira tentava faturar o inédito ouro para uma boxeadora brasileira. Das seis medalhas olímpicas da história do país, apenas Robson Conceição e Hebert Conceição subiram no lugar mais alto do pódio, na Rio-2016 e em Tóquio-2020, respectivamente. E só uma delas foi obtida por uma mulher, o bronze de Adriana Araújo em Londres-2012.
O Globo sábado, 07 de agosto de 2021
OLIMPIADA: FUTEBOL MASCULINO - BRASIL VENCE A ESPANHA E É BICAMPEÃO
Olimpíadas: Brasil vence a Espanha e é bicampeão olímpico no futebol masculino
Seleção campeã em 2016 sai na frente, vê a Espanha empatar e volta a ficar em vantagem com Malcom para fazer a festa no fim
Bruno Marinho
07/08/2021 - 10:54 / Atualizado em 07/08/2021 - 11:04
Levou 116 anos, mas o Brasil tomou gosto pela medalha de ouro no futebol masculino. Depois do primeiro título, em 2016, o país se tornou bicampeão neste sábado, nos Jogos de Tóquio. A seleção treinada por André Jardine bateu a Espanha por 2 a 1, em Yokohama, no mesmo estádio onde foi pentacampeão mundial, com gols de Matheus Cunha e Malcom. Oyarzabal fez o gol da Fúria.
Com isso, o Brasil se torna o segundo maior vencedor do torneio olímpico, com dois ouros, atrás apenas de Reino Unido e Hungria, que possuem três medalhas douradas. No número total de idas ao pódio, com sete, o país já lidera no futebol masculino.
A medalha de bronze no futebol masculino nos Jogos de Tóquio ficou com o México, que venceu o Japão por 3 a 1.
O jogo
A partida começou com os espanhóis marcando no campo de defesa do Brasil e a seleção de Jardine com dificuldades para sair jogando. A pressão espanhola pouco se converteu em chances de gol, com exceção de uma bola cruzada na área que Diego Carlos, antes de cortá-la, quase marcou contra.
Aos poucos, o Brasil conseguiu encontrar espaços para fazer a transição para o ataque e o primeiro gol começou a ganhar corpo. Ele poderia ter vindo mais cedo. Unai Simón saiu mal do gol, fez pênalti em Matheus Cunha, mas Richarlison cobrou muito mal, por cima do gol.
Nos acréscimos do primeiro tempo, saiu a bola certeira de Matheus Cunha. Em bola cruzada na área, ele brigou com os zagueiros, conseguiu clarear a finalização e não perdoou: 1 a 0 Brasil.
No segundo tempo, a Espanha foi obrigada a buscar mais o ataque e tentar a virada. O empate não demorou muito a sair. Aos 15 minutos, Oyarzabal bateu de primeira o cruzamento e escreveu 1 a 1 no placar.
Os espanhóis estiveram mais próximos de vencer no tempo normal, com duas bolas na trave no segundo tempo. O time brasileiro sentiu o cansaço e o técnico André Jardine guardou as substituições para a prorrogação.
Malcom foi o primeiro a entrar e colocou o Brasil novamente no domínio das ações. Logo no começo do segundo tempo da prorrogação, recebeu lançamento no contra-ataque e fez na sáida do goleiro espanhol: 2 a 1 Brasil.
O Globo sexta, 06 de agosto de 2021
OLIMPÍADA - VÔLEI FEMININO - ZÉ ROBERTO REVELA CHORO DE TANDARA, COMEMORA RECORDE, E MAIS
Zé revela choro de Tandara, comemora recorde e desabafa sobre trajetória: 'Quando acabar, sentirei um vazio enorme'
Técnico da seleção brasileira chega a sua terceira final olímpica à frente do time feminino
Carol Knoploch, enviada especial
06/08/2021 - 12:58 / Atualizado em 06/08/2021 - 13:02
Técnico da seleção brasileira de vôlei feminino, José Roberto Guimarães comemorou muito a vitória de sua equipe sobre a Coreia do Sul, que classificou as brasileiras à final olímpica. O Brasil encara os Estados Unidos na briga pelo ouro, mas a medalha de prata, já garantida, deu ao país o recorde em Jogos Olímpicos, com 20 conquistadas.
— Todo dia eu olho o quadro de medalhas. Será que a gente vai conseguir colocar uma a mais ali? É importante, sabe? O estar aqui, pensamos que estamos com o dinheiro público. Se estamos aqui, representamos um povo. Quando as coisas não dão certo, precisamos pensar e repensar — avalia o técnico, que ressalta a felicidade pelor ecorde:
— Quando conseguimos essa situação de conseguir passar e a nossa missão estar quase cumprida, dá um alento. Vim aqui para algo, vim aqui por uma causa, e a nossa é representar o nosso país da melhor maneira possível. Tentar uma medalha e deixar um legado para nossas futuras gerações. Quando me disseram que exatamente com a medalha do vôlei conseguimos quebrar esse recorde, fiquei feliz de nós termos colaborado mais uma vez para que as medalhas brasileiras cresçam em número.
Zé chega a sua terceira final olímpica com o time feminino e a quarta na carreira — incluindo os jogos de Barcelona-1992, com a seleção masculina. O treinador de 67 anos desabafou sobre sua trajetória pela seleção.
— Eu sonhava em vestir a camisa do meu país, vocês não imaginam o que era e é para mim representar o país. Não sei o que vai ser quando isso tudo acabar, acho que vou sentir um vazio enorme. Mas pelo menos, quando parar, vou dizer "sabe, eu corri e caminhei um bom caminho".
Tandara
O treinador falou também sobre o caso da oposta Tandara. Pega no exame anti-doping, ele revelou que a atleta chorou muito em conversa particular antes que ela deixasse Tóquio. As conversas com a atleta e com o grupo não foram fáceis, segundo ele.
— Eu recebi a notícia de madrugada e fiquei paralisado. Fui ver os procedimentos que teríamos que tomar. Tinha duas preocupações, ela e o grupo. Logo pela manhã, conversei com ela e ela disse que estava limpa, não tinha tomado nada, falei "então, vamos pensar na sua defesa". Só que ela não podia permanecer, tinha que voltar para o Brasil, uma exigência de toda a organização.
Para o grupo, a notícia também caiu como uma bomba. Mas foi preciso "viver o luto", nas palavras do comandante, e seguir em frente para buscar a medalha.
Foi tenso. Eu só pedi para papai do céu me iluminar, porque é um baque. Disse que era uma coisa complicada que tínhamos conversar, todas me olharam sem acreditar. "Aconteceu, mas nós temos uma causa, temos um jogo para ganhar e tentar realizar nosso sonho".
O Globo quinta, 05 de agosto de 2021
SCARLETT JOHANSSON: PROCESSO DA ATRIZ CONTRA A DISNEY PODE MUDAR AS REGRAS DO JOGO EM HOLLYWOOD
O processo de Scarlett Johansson contra a Disney pode mudar as regras do jogo em Hollywood
Atriz mais bem paga da Meca do cinema enfrenta o gigante do entretenimento em uma batalha pelo futuro da indústria
El País
05/08/2021 - 11:13
Neste ano, a chegada dos grandes lançamentos dos estúdios de Hollywood é especialmente aguardada, como um termômetro de como o setor vai se recuperar após a pausa de 2020 causada pelo coronavírus. No entanto, o grande evento que está abalando os alicerces de Hollywood deve acontecer não nos cinemas, mas nos tribunais: a disputa judicial que a atriz Scarlett Johansson iniciou na semana passada contra a Disney. Em tempos de rápida transformação das plataformas digitais e estúdios, o conflito põe sob os holofotes as tensões entre grandes produtoras e suas estrelas, e seu desfecho pode mudar para sempre as regras do jogo na indústria.
'Prejuízo' de US$ 50 milhões
No processo, a protagonista do último filme da Marvel, "Viúva Negra", alega que seu contrato foi violado com o lançamento do filme no serviço de streaming Disney+, que aconteceu no mesmo dia da estreia nas salas de cinema. Segundo os advogados de Scarlett Johansson, seu acordo com a Marvel Entertainment, da Disney, garantia um lançamento exclusivo no cinema, e seu salário se baseava em grande parte no desempenho de bilheteria do filme. Com a estreia na plataforma, a atriz estima que tenha deixado de ganhar US$ 50 milhões adicionais.
Resposta dura da Disney
A Disney respondeu à denúncia de forma contundente, afirmando que o processo é “especialmente triste e angustiante em seu desrespeito cruel pelos terríveis e prolongados efeitos globais da pandemia Covid-19”. O conglomerado, que obteve um lucro de US$ 65 bilhões em 2020, também revelou que a atriz já recebeu US$ 20 milhões pelo trabalho em "Viúva Negra" e alegou que a estreia digital renderá mais dinheiro para Johansson.
O tom usado pela Disney prepara o cenário para o que será o confronto no tribunal. Especialmente porque contrasta com o entusiasmo do início de julho, após a estreia de Viúva Negra, que representou um lucro de bilheteria de US$ 215 milhões em todo o mundo em seu primeiro fim de semana. Destes, US$ 60 milhões foram coletados exclusivamente pela Disney +, que cobrava de seus assinantes US$ 30 a mais para ver o filme. Analistas estimam que o longa-metragem alcance cerca de US$ 500 milhões.
Onda de processos
O caso gerou reações imediatas no setor. Artistas como Alec Baldwin manifestaram apoio à atriz nas redes sociais e criticaram a posição dos executivos. Dois dias após o processo de Scarlett ser levado ao Tribunal Superior de Los Angeles, o ator Gerard Butler também abriu uma ação contra a produtora Nu Image / Millennium Filmes, alegando não ter recebido tudo que foi combinado pelo filme "Invasão à Casa Branca", lançado em 2013. Butler denuncia que os diretores da empresa não declararam todos os rendimentos que o filme alcançou, estimados em US$ 172 milhões. Segundo os cálculos de um auditor contratado pelo artista, os lucros não declarados representariam um cachê de US$ 10 milhões adicionais.
As principais empresas de mídia têm priorizado seus serviços de streaming em busca de crescimento e estão cada vez mais inserindo conteúdos com alto custo de produção nessas plataformas. A Disney começou a lançar filmes simultaneamente no Disney+ e nos cinemas em parte por causa da pandemia de Covid-19, quando os cinemas estavam fechados ou com capacidade limitada, e em parte para impulsionar seu catálogo no novo serviço.
A estratégia também foi adotada por outros estúdios, que passaram a oferecer suas apostas mais valiosas em suas plataformas. Na vanguarda desse movimento está a WarnerMedia, que opera o serviço de streaming HBO Max, e recentemente decidiu renegociar muitos de seus contratos que estavam vinculados ao desempenho de bilheteria, beneficiando estrelas como Denzel Washington, Gal Gadot e Will Smith. O processo para preparar o caminho para a produção digital custou à empresa US $ 250 milhões com a alteração dos contratos. Resta saber se Scarlett Johansson pode torcer o braço de um gigante.
O Globo quarta, 04 de agosto de 2021
OLIMPÍADA: QUADRO DE MEDALHAS - BRASIL SOBE APÓS OUROS E TEM SUA MELHOR CAMPANHA EM OLIMPÍADAS NO EXTERIOR
Quadro de medalhas: Brasil sobe após ouros e tem sua melhor campanha em Olimpíadas no exterior
Delegação brasileira tem 15 conquistas, além dos pódios assegurados no futebol e dois no boxe
O Globo
04/08/2021 - 03:07 / Atualizado em 04/08/2021 - 09:15
O ouro de Ana Marcela Cunha, na maratona aquática, garantiu uma marca histórica para o Brasil. Com 18 pódios já assegurados, a delegação verde-amarela alcançou seu melhor desempenho em uma Olimpíada fora de casa, superando os Jogos de Londres-2012 e Pequim-2008, quando teve 17 conquistas.
O dia vitorioso do Brasil começou no início da madrugada de terça-feira, com o bronze de Alison dos Santos nos 400m com barreiras na pista de atletismo. Passou pelos ringues, com o bronze de Abner Teixeira no boxe, e pelo mar, com o ouro na vela com Martine Grael e Kahena Kunze. Pela manhã, Thiago Braz trouxe o bronze no salto com vara.
IMAGEM DE ANA MARCELA NADANDO COM PEIXE EM TÓQUIO CHAMA A ATENÇÃO; VEJA FOTOS
Com isso, o Brasil tem agora 15 medalhas no quadro e outras três garantidas (além do futebol e de Beatriz Ferreira, Hebert Conceição também já está na semifinal do boxe). Faltam duas medalhas para ultrapassar a marca histórica da Rio-2016. E os brasileiros têm motivos para acreditar que isso será possível, com boas chances no vôlei, na canoagem individual, com Isaquias Queiroz, e no skate park masculino.
Nesta quarta-feira, o Brasil está na 15ª colocação, com quatro ouros, três pratas e oito bronzes. A liderança segue com China, seguida por Estados Unidos e Japão.
REBECA ANDRADE É PRATA NO INDIVIDUAL GERAL DA GINÁSTICA
Ginasta brasileira Rebeca Andrade mostra sua medalha de prata conquistada na final do individual geral. Foto: COB