Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 21 de julho de 2022

ENOLOGIA: VINÍCOLAS DA SERRA GAÚCHA OFERECEM DE PIQUENIQUE NO PARREIRAL A DEGUSTAÇÃO COM OS OLHOS VENDADOS

Por Cláudia Meneses

 

 

Serra Gaúcha: vinícolas oferecem de piquenique no parreiral a degustação com os olhos vendados
Experiência única: o edredom no parreiral da Cristofoli é uma das experiências de maior sucesso da vinícola Divulgação / Foto de Emerson Ribeiro
 

Paisagens lindas, bons vinhos, comida regional saborosa, mergulho na história e na cultura. Se você quer mais um motivo para visitar pela primeira vez ou novamente a Serra Gaúcha, agora tem: vinícolas apresentam novas experiências que combinam um pouco disso tudo com degustações. Algumas têm provas apenas com vinhos premium, além de verdadeiras e divertidas aulas que começam nos parreirais, passam por adegas e salas de barricas e terminam à mesa, com taças cheias à sua frente.

Na Miolo, os tintos da coleção os Sete Lendários são oferecidos em degustação — Foto: Cláudia Meneses / Agência O Globo

Na Miolo, os tintos da coleção os Sete Lendários são oferecidos em degustação — Foto: Cláudia Meneses / Agência O Globo

 

Na Miolo, no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, a novidade é o Roteiro dos Sete Lendários 2020 (R$ 280 por pessoa), safra que foi considerada a melhor do país, e tem como ponto alto a prova de sete vinhos premiados da marca feitos em pontos diferentes do país. Todos os rótulos degustados são tintos: o Miolo Testardi Syrah, o Merlot Terroir, o Lote 43, o Quinta do Seival Castas Portuguesas, o Sebrumo, o Sesmarias e o Vinhas Velhas.

O visitante é recebido por um enólogo e inicia o trajeto no vinhedo modelo, com cerca de 40 variedades de uvas. Percorre depois o interior da vinícola, onde são vistas antigas pipas de madeira onde a Miolo fazia seus primeiros vinhos, há 33 anos. As atrações seguintes são os tanques de aço inox onde as uvas são fermentadas hoje e a cave de barricas, feitas de carvalho francês ou americano, onde os vinhos descansam até o engarrafamento. Dali, o destino é a sala vip da vinícola para a degustação, acompanhada por tábua de frios e queijos. Para finalizar, a ida à loja para comprinhas.

 

 

Piquenique ao lado do vinhedo

 

Outra experiência na Miolo é o Wine Garden, um wine bar a céu aberto, com um cenário diferente a cada estação (olhe a previsão do tempo se você pretende fazer). A entrada custa R$ 45, com valor revertido em consumo. Um wine truck perto do vinhedo Lote 43 (onde a vinícola começou) atende os visitantes. No inverno, a atração ganha o brilho e o calor de uma fogueira. Oferece também um piquenique (a partir de R$ 329,90) com comidinhas e venda de vinhos e espumantes em taça. A cesta de piquenique (para duas pessoas) vem com itens como uma garrafa de Miolo seleção rosé; castanhas e nozes; damascos, tâmaras e ameixas secas; queijos; geleia; cestinha de pães; salame e copa; pães de queijo, empanadas de carne; e cupcake.

 

 

A vinícola tem ainda a tradicional visita guiada em que são apresentados a história, o vinhedo modelo, tanques, barricas, caves de espumantes e de envelhecimento. Ao final, há degustação de vinhos e visita à loja de vinhos.

 

Três ambientes na Aurora

 

Em Pinto Bandeira, o vinhedo é o cenário para piqueniques — Foto: Divulgação

Em Pinto Bandeira, o vinhedo é o cenário para piqueniques — Foto: Divulgação

 

Outro gigante brasileiro, a Aurora, que recebe apaixonados por vinhos desde 1967, oferece experiências em três unidades, com visitas e degustações. A novidade fica por conta do piquenique em Pinto Bandeira (R$ 280, para duas pessoas), aos sábados e domingos, tendo como palco os jardins, ladeados de vinhedos, com degustação de vinho ou espumante.       

Já no Vale dos Vinhedos, há visitação e degustações orientadas, como a harmonizada com chocolates (R$ 60), com o Reserva Tannat com chocolate 40% cacau; Pequenas Partilhas Cabernet Franc com chocolate amargo 54% menta; o espumante Moscatel Rosé com drágeas de cereja com uva passa; e o Colheita Tardia com chocolate branco e damasco.

Para quem quer conhecer a única cantina na zona urbana de Bento Gonçalves, a pedida é a matriz da cooperativa, com visita diária e gratuita, a cada 15 minutos. No roteiro, a história da marca fundada em 1931 por 16 famílias e que hoje conta com 1.092 associados. Como atrações, o corredor das bandeiras dos países importadores e enormes pipas feitas de araucária e grápia. Pode-se ainda fazer a visita com um minicurso de degustação, que dura duas horas (R$50 por pessoa)

 

Cantinas históricas

 

Já a Dal Pizzol, em Faria Lemos, integra o roteiro das cantinas históricas, que reúne propriedades rurais que retratam a vida dos imigrantes italianos que chegaram no século XIX ao Brasil. Orgulhosa de seu passado e com muita beleza para se admirar, ela tem uma programação que pode ser atraente também para quem viaja com crianças.

Rosso D'Inverno: vinho e o calorzinho de uma lareira na Dal Pizzol — Foto: Divulgação

Rosso D'Inverno: vinho e o calorzinho de uma lareira na Dal Pizzol — Foto: Divulgação

 

Agora na estação mais fria do ano, está em cartaz o Rosso D’Inverno (R$ 180). É uma degustação de quatro rótulos selecionados pelo enólogo, entre eles uma edição especial, harmonizados com comidinhas regionais. Ela dura uma hora e meia e é feita em ambiente com lareira e manta.

Já para quem quer bancar o “master of wine”, a pedida é a degustação às cegas (R$ 140). O participante é convidado a vendar os olhos com para explorar seus sentidos e usar a imaginação. São degustados quatro rótulos, um deles de uma safra especial. Inclui taça e bandana; além de um tour guiado. A duração é de duas horas e requer ao menos dois adultos.

O tour do lugar vai atrair os que buscam um belo visual e estão acompanhados de pequenos. Essa visitação guiada pelaDal Pizzol, que tem um lago, animais como pavões, área verde, um vinhedo com uvas de vários países, além de objetos históricos usados na produção do vinho. É contada a história da família, que veio de Treviso na Itália, em 1878, e da vinícola. São degustados cinco rótulos durante o passeio.

Na jovem vinícola Cristofoli, também nesta rota, em Faria Lemos, imperdivel é o almoço harmonizado ao ar livre, servido no jardim. Os pratos são preparados pela família Cristofoli e combinados com os vinhos da marca. No cardápio, pratos da cozinha regional, como nhoque com molho de salame fresco ou ossobuco com polenta mole e, de sobremesa, bolo de maçã, com pedaços de chocolate, nozes e frutos secos com sorvete de passas na grappa. Ainda neste semestre, entrará em operação um restaurante no meio do vinhedo.

Outro programa concorrido é o edredom nos parreirais, um piquenique no meio do vinhedo com comidinhas regionais (tábuas de frios, brusquetas, espetinho caprese, focaccia, entre outros), combinadas com uma garrada de vinho ou espumante da marca. Antes, há uma degustação orientada dos vinhos e espumantes para escolha do rótulo que se vai beber no vinhedo.

 

 

Produtos regionais

 

Pizzato: aposta em frios de produtores locais para hamonizar com os rótulos da casa — Foto: Foto de Rodi Goulart

Pizzato: aposta em frios de produtores locais para hamonizar com os rótulos da casa — Foto: Foto de Rodi Goulart

A Pizzato também foi fundada em Bento Gonçalves, no Vale dos Vinhedos, por descendentes de italianos que vieram no fim do século XIX para o Sul. A casa tem duas propostas de degustação dos vinhos da marca harmonizados com produtos da região. Um deles é a harmonização com queijos regionais gaúchos e seis rótulos (R$230, para duas pessoas), acompanhados de pães e azeite produzido no estado. Ou a de seis produtos de charcutaria, também com seis vinhos Pizzato. Acompanham pães e azeite. Pode ser feita uma mista também (queijos e charcutaria)

Outro programa é uma degustação vertical (a partir de R$ 1.000), muito comum no mundo dos apaixonados por vinhos. São provadas diferentes colheitas de um mesmo rótulo das linhas Pizzato ou Fausto,sob a batuta de um profissional da vinícola. As opções duram de uma hora e meia a duas horas, com agendamento.

 

Tudo começou no porão

 

A novata Tenuta Foppa & Ambrosi, criada em 2017 por dois amigos que concretizaram um sonho de abrir uma vinícola focada no segmento premium, tem degustações de diferentes linhas de vinhos, de segunda-feira a sábado. O projeto é de Lucas Foppa e Ricardo Ambrosi. Para sede, eles reformaram uma casa de pedra em Garibaldi com 120 anos, que já foi queijaria, mercearia e marmoraria. Acidade é conhecida como a capital do espumante no Brasil e também fica no Vale dos Vinhedos, a 15 minutos de Bento Gonçalves.

 
Degustação na jovem vinícola Tenuta Foppa & Ambrosi, no porão de casa centenária — Foto: Foto de Anderson Pagani

Degustação na jovem vinícola Tenuta Foppa & Ambrosi, no porão de casa centenária — Foto: Foto de Anderson Pagani

Os dois, que produziram seu primeiro vinho no porão, recebem os visitantes e contam sua história, que incluiu até trabalho no Napa Valley, na Califórnia. Uma opção de experiência é a G.O.A.T. (a partir de R$ 400), em referência ao vinho batizado com a sigla, que significa "greatest of all time” (o melhor de todos os tempos). Bebem-se nove vinhos, acompanhados de presunto cru maturado 12 meses Gran Nero.

Outro programa é o domingo com o enólogo, uma visita conduzida por um dos fundadores da casa, que narram sua trajetória e como é a elaboração dos vinhos. São provados os ícones da vinícola: Brazilian Collection, Cultura, Insólito, Goat, e vinhos diretamente das barricas. O preço é de R$ 500 por pessoa, com mínimo de quatro inscritos e agendamento prévio.

 

Pitstops com vinhos

 

A Courmayeur, que tem mais de 40 anos de produção de vinhos, também fica em Garibaldi. Aqui se destaca a experiência batizada de Cela da Cave (a partir de R$ 85). Nela, a produção de vinhos e a propriedade, que é cheia de placas com frases inspiradoras, são reveladas em um percurso com cinco paradas. Cada uma dá direito a uma taça de vinho. Outras opções são almoço harmonizado e piquenique. O espaço possui ainda bistrô, o jardim La Fermata, loja e recreação.


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