Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo domingo, 04 de setembro de 2022

IGREJA CATÓLICA: PAPA FRANCISCO BEATIFICA JOÃO PAULO I, O *PAPA SORRIDENTE*

 

Por AFP — Roma

 

Papa Francisco beatifica João Paulo I, o 'papa sorridente'
O papa Francisco e uma foto de seu antecessor, João Paulo I, durante a cerimônia de beatificação AFP
 

Papa Francisco beatificou, neste domingo em Roma, João Paulo I, conhecido como "o papa sorridente", que em 1978 ocupou o trono de Pedro por 33 dias, em um dos pontificados mais curtos da história.

 Milhares de fiéis, incluindo o presidente italiano Sergio Mattarella, assistiram à missa de beatificação na Praça de São Pedro sob chuva. A missa é a etapa anterior à canonização que eleva um fiel católico falecido à dignidade de santo.

Durante a cerimônia, uma grande tapeçaria representando João Paulo I foi pendurada em uma das paredes da Basílica de São Pedro.

— Com seu sorriso, o Papa Luciani conseguiu transmitir a bondade do Senhor. Uma Igreja de rosto alegre, sereno e sorridente é bela, que nunca fecha suas portas, que não endurece os corações, que não se queixa nem guarda ressentimentos, que não está zangado ou impaciente, que não se apresenta com dureza nem sofre de nostalgia do passado —, disse o Papa Francisco durante a homilia.

Albino Luciani, que assumiu o nome de João Paulo quando foi eleito papa em agosto de 1978, aos 65 anos, era uma figura popular e próxima dos paroquianos.

Na madrugada de 29 de setembro de 1978, uma freira descobriu seu corpo sem vida, sentado na cama, com os óculos e algumas folhas nas mãos. Não foi realizada uma autópsia para confirmar a causa da morte.

O anúncio de sua morte foi cercado de inconsistências e informações falsas e até alimentou a teoria de um assassinato por envenenamento para impedi-lo de colocar ordem nos negócios da Igreja e, em particular, no banco do Vaticano, onde havia sido detectado desvio financeiro .

Mas esta "hipótese da conspiração" deveu-se sobretudo à "comunicação calamitosa" do Vaticano, segundo Christophe Henning, jornalista e autor do livro "Petite vie de Jean Paul Ier" (Vida curta de João Paulo I).

Assim como Henning, muitos especialistas rejeitam essa hipótese, considerando que ela se baseia mais em um conjunto de coincidências do que em elementos tangíveis.

 

Gentil com todos

 

Albino Luciani nasceu em 1912 no norte da Itália, em uma família modesta da classe trabalhadora. Foi seminarista e doutorou-se em Teologia. Em 1969 Paulo VI o nomeou Patriarca de Veneza e em 1973 foi elevado a Cardeal.

Considerado um homem de consenso, ele conseguiu durante seu breve pontificado imprimir um estilo mais simples no exercício de sua missão, embora permanecesse isolado dentro da Cúria, o governo do Vaticano.

Ele defendeu a oposição da Igreja ao aborto e métodos contraceptivos, enquanto iniciava a reforma interna. Muito sensível à pobreza, ele também afirmou a importância de dar um "salário justo" a todos.

Com "grande simplicidade e uma forte fibra pastoral", João Paulo I "humanizou o ofício [papal] e simplificou tudo o que era protocolar", disse Christophe Henning à AFP.

A Irmã Margarita Marín, que ajudou João Paulo I nos aposentos papais, lembra-se de um homem "gentil com todos".

— Ele tratava seus colaboradores com muito respeito, pedindo desculpas por incomodá-los. Nunca o vi ficar impaciente com ninguém —, lembrou a freira na sexta-feira em entrevista coletiva.

A beatificação requer o reconhecimento de um milagre. O atribuído a Albino Luciani é a cura em 2011 em Buenos Aires de uma menina de 11 anos que estava morrendo, mas que se recuperou graças às orações de um padre invocando João Paulo I.

Para ser canonizado, o Vaticano deve reconhecer um segundo milagre.

Entre os papas recentes, foram canonizados os italianos João XXIII (1958-1963) e Paulo VI (1963-1978) e o polonês João Paulo II (1978-2005).


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