Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo sábado, 10 de setembro de 2022

REINO UNIDO: CHARLES III É OFICIALMENTE PROCLAMADO REI

 

Por André Duchiade

 

Charles III é oficialmente proclamado rei
 

O rei Charles III foi formalmente proclamado para seu o novo cargo na manhã deste sábado, em uma cerimônia altamente coreografada que começou com tons graves e sombrios pela morte da rainha e foi concluída com exaltações vivazes à ascensão do novo soberano.

 Charles se tornou o novo soberano britânico automaticamente com a morte da mãe, Elizabeth II, na quinta-feira, mas seu novo papel foi oficialmente proclamado neste sábado a partir das 10h (6h de Brasília )em uma cerimônia no Palácio de St. James. A coroação, porém, ainda vai demorar meses.

Pela primeira vez, a cerimônia de proclamação no palácio, uma residência real da dinastia dos Tudor perto do Palácio de Buckingham, foi televisionada. O evento foi realizado em duas partes. A primeira incluiu uma reunião do Conselho Privado do rei, composto por um grupo de conselheiros do monarca que normalmente atingiram altos níveis de cargos públicos.

Lá estavam todos os ex-primeiros-ministros britânicos vivos — Tony Blair, David Cameron, Gordon Brown, Theresa May e Boris Johnson — o líder da oposição, Keir Starmer, e também a nova premier do país, Liz Truss, empossada pela rainha Elizabeth II na terça-feira, dois dias antes de sua morte no Castelo de Balmoral, na Escócia, o último compromisso público da monarca.

Durante essa cerimônia, da qual o novo rei não participou, o Conselho de Adesão o proclamou o novo soberano britânico. Em seguida, o conselho aprovou formalmente vários arranjos necessários ao próximo reinado.

Na segunda parte da cerimônia, o rei Charles III se reuniu com o Conselho Privado e fez seu juramento e quatro declarações públicas tradicionais, também feitas por gerações de monarcas antes dele.

— É meu mais doloroso dever anunciar a vocês a morte de minha amada mãe, a rainha. Eu sei o quão profundamente vocês e toda a nação, e acho que posso dizer que o mundo inteiro, se solidarizam comigo pela perda irreparável que todos sofremos — disse Charles III. — Estou profundamente ciente desta grande herança e dos deveres e pesadas responsabilidades de soberania que agora me passaram. Ao assumir essas responsabilidades, devo me esforçar para seguir o exemplo inspirador que me foi dado ao defender o governo constitucional e buscar a paz, a harmonia e a prosperidade dos povos dessas ilhas e dos reinos e territórios da Comunidade Britânica em todo o mundo.

Charles acrescentou que "ao cumprir a pesada tarefa que me foi confiada, à qual dedico o que me resta da minha vida, eu oro pela orientação e ajuda do Deus Todo-Poderoso.”

As declarações de posse — pessoais e políticas — no passado teriam acontecido em uma cerimônia fechada com o texto publicado posteriormente na London Gazette, o registro oficial do governo.

Charles também fez um juramento para defender a Igreja da Escócia. O encontro inclui uma litania de proclamações oficiais para o rei Charles III assinar, incluindo uma que torna o dia do funeral da rainha um feriado em todo o Reino Unido. Após a sua assinatura, também assinaram documentos assumindo seus novos papéis Camilla, a rainha consorte, e William, o príncipe de Gales.

Rei Charles III fazendo seu juramento oficial — Foto: Reprodução

Rei Charles III fazendo seu juramento oficial — Foto: Reprodução

A proclamação foi feita a partir da varanda do Palácio de St. James pelo rei de armas da Jarreteira, o principal conselheiro real para temas cerimoniais e heráldicos. O cargo existe desde 1415, e atualmente é ocupado por David White.

O texto lido foi o mesmo para o Conselho de Adesão, e emprega um vocabulário em desuso:

— Considerando que agradou a Deus Todo-Poderoso chamar à sua misericórdia nossa falecida soberana rainha Elizabeth II, de abençoada e gloriosa memória, por cujo falecimento a coroa da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte é única e legitimamente concedida ao príncipe Charles Philip Arthur George — declarou White. — Nós, portanto, os senhores espirituais e temporais deste reino, e membros da Câmara dos Comuns, juntamente com outros membros do Conselho Privado de sua falecida majestade e representantes dos reinos e territórios, vereadores, cidadãos de Londres e outros, com uma voz e consentimento de língua e coração publicamos e proclamamos que o príncipe Charles Philip Arthur George, vem agora, pela morte de nossa falecida soberana de memória feliz, tornar-se nosso único suserano legal e feliz, Charles III.

O rei de armas da Jarreteira, David White, lê a proclamação de Charles III da varanda do Palácio de St. James — Foto: Daniel Leal/AFP

O rei de armas da Jarreteira, David White, lê a proclamação de Charles III da varanda do Palácio de St. James — Foto: Daniel Leal/AFP

White então exclamou:

— Deus salve o rei!

Os membros do Coldstream Guards — a mais antiga tropa de infantaria de elite do Exército britânico em atuação e que faz a guarda do Palácio de Buckingham — tiraram seus longos chapéus pretos de pele de urso e exclamaram três vezes:

— Hip-hip, húrra!

Os membros da Colstream Guards tiram seus chapéus de pele de urso para celebrar a ascensão do novo rei — Foto: Daniel Leal/AFP

Os membros da Colstream Guards tiram seus chapéus de pele de urso para celebrar a ascensão do novo rei — Foto: Daniel Leal/AFP

Uma procissão então saiu pelas ruas de Londres, com arautos encarregados de transmitir a proclamação por todo o país.

Após a leitura da Proclamação Principal da sacada do Palácio de St. James, as tropas do rei efetuaram disparos de 41 armas no Hyde Park e de 62 armas na Torre de Londres para marcar a ascensão de Charles III.

A pompa e a cerimônia têm resquícios de uma época antiga, e os procedimentos, consagrados na lei, remetem às fundações do Estado britânico moderno.

A segunda proclamação foi feita na Bolsa de Valores, na City, o centro financeiro de Londres, uma hora depois. A fanfarra soou e houve então um pedido de silêncio. O oficial de armas Tim Duke, que liderava os arautos, leu a mesma proclamação, e novamente houve o grito de “Deus salve o rei!”. A fanfarra tocou o primeiro verso do hino britânico, e três novos vivas foram dedicados a Charles, antes dos aplausos do público.

As bandeiras foram hasteadas a pleno mastro após a proclamação principal, depois de serem hasteadas a meio mastro desde que a morte da rainha foi anunciada no final da tarde de quinta-feira. Elas ficarão 26 horas a pleno mastro, e então serão abaixadas novamente uma hora após as proclamações no domingo. (Com The New York Times)


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