Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo segunda, 08 de agosto de 2022

BARCELONA: O MAIS BRASILEIRO DOS EUROPEUS

Por Rodrigo Capelo — Rio de Janeiro (RJ)

 

Barcelona, o mais brasileiro dos europeus
Raphinha no Barcelona Divulgação/Barcelona

Lewandowski estreou pelo Barcelona com um gol, duas assistências e a conquista do primeiro título — o do torneio amistoso Joan Gamper, organizado pelo clube toda pré-temporada. Foi dado o primeiro passo para que o polaco vire símbolo de um novo Barça, com elenco renovado, sob nova direção, que volta a competir pelas principais taças europeias. Pelo menos, é assim que dirigentes como Joan Laporta, atual presidente, querem contar a história.

Os direitos de Lewandowski, aos 33 anos, foram comprados por 45 milhões de euros. E ele não é o único reforço da associação nesta janela de transferências. Também chegam Koundé, por outros 50 milhões, e Raphinha, por mais 48 milhões. Os valores foram apurados pelo Marca e são todos fixos. Com algumas variáveis cumpridas, esses atletas custarão ainda mais, fora os salários. Todos perguntam: como um clube até outro dia quebrado faz tantos investimentos?

 Não custa lembrar que Laporta chegou à presidência, um ano e meio atrás, num cenário incompatível com a fama de potência global. O Barcelona havia passado de 1 bilhão de euros em dívidas, suas receitas tinham sido prejudicadas fortemente pela pandemia, e o fair play financeiro da LaLiga, a liga de clubes da Espanha, impedia que jogadores fossem mantidos. Messi saiu sob esse pretexto. O mau futebol de lá para cá se justificava pela crise financeira.

O cartola optou pela estratégia mais corriqueira da história do futebol. A chegada de craque consagrado como Lewandowski passa a mensagem, para a torcida e para o mercado, de que o Barcelona voltou. Chega de falar em virtual falência, porque essa depressão toda só faz mal à autoestima do torcedor e aos interesses políticos do dirigente no comando. A empolgação venderá ingressos e camisas, o faturamento subirá, e esse aumento, dizem, fechará a conta.

As dívidas ainda estão lá, então Laporta acionou o que chama de palancas – em português, alavancas. A primeira foi a venda de 10% dos direitos de transmissão para a Sixth Street, uma companhia que faz investimentos noutras empresas no mundo todo. O Barça recebe 207,5 milhões de euros agora e cede esse percentual sobre a receita por 25 anos. A segunda palanca foi na mesma linha: 320 milhões de euros por mais 15% dos direitos para a mesma investidora.

Momentaneamente, dá-se o problema por resolvido. Lewandowski cumpre seu papel, além dos gols e das assistências, ao acalmar torcida e imprensa. O balanço financeiro aparecerá com lucro, pois incluirá a venda desses ativos. Enquanto Laporta, amparado pelas aprovações políticas de seus associados para cada operação, ganha tempo para tentar a consagração no presente, apesar de sacrificar o futuro. Este é o Barcelona, o mais brasileiro dos europeus.


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