Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 23 de dezembro de 2021

FUTEBOL - OS 4 MELHORES VETERANOS DE 2021

Os 4 melhores veteranos do futebol de 2021

Cristiano Ronaldo, artilheiro do Italiano, lidera lista com jogadores acima dos 34 anos; Chiellini, campeão da Euro com a Itália, aparece logo em seguida na relação que conta com dois brasileiros
 
Ranking do GLOBO ajuda a contar 2021 Foto: Arte

Cristiano Ronaldo, aos 36 anos, está definitivamente naquele grupo de jogadores que são chamados de veteranos. Sem que isso seja uma ofensa. Mas seus números ignoram os efeitos do tempo, e o canto do cisne antes da aposentadoria dá sinais de que será longo, do tamanho da história que o português ainda escreve no futebol. Ele foi escolhido pela equipe de esportes do GLOBO como o maior destaque do futebol mundial com idade acima dos 34 anos. Confira a lista:

Retrospectiva O GLOBO: Os 7 melhores atletas olímpicos de 2021

1. Cristiano Ronaldo (Juventus e Manchester United / Portugal)

O português não conquistou títulos de expressão. Só não passou em branco porque venceu a Copa da Itália. Mas o jogador acumula 45 gols em 2021, mais do que fez em 2019 e 2020. Se a variante Ômicron não atrapalhar, ele ainda terá duas partidas para fazer pelo Manchester United antes da folha do calendário virar.

Seu principal feito foi ter terminado a última edição do Campeonato Italiano no topo da artilharia, à frente de Lukaku, destaque da campeã Internazionale. Pela seleção, iniciou a Eurocopa com a ambição de conquistar o bicampeonato europeu. Mas sua equipe não deu sorte nos cruzamentos. Avançou para as oitavas em um grupo difícil, com Alemanha e França, mas na sequência encontrou a Bélgica. Acabou eliminado, mas seus cinco gols fizeram com que fosse o principal goleador da competição.
Cristiano Ronaldo se recusa a envelhecer em campo Foto: DANIEL LEAL / AFP
Cristiano Ronaldo se recusa a envelhecer em campo Foto: DANIEL LEAL / AFP

 

2. Chiellini (Juventus / Itália)

O zagueiro estava prestes a fazer 37 anos quando capitaneou a Itália na conquista da Eurocopa, um título gigantesco para uma seleção mais do que tradicional, que amargou decadência desde que não se classificou para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

A conquista teve sabor de redenção para os da sua geração, marcados pelo fracasso nas Eliminatórias de 2017. Deu a volta por cima ao servir de sustentação para a renovação promovida pelo técnico Roberto Mancini. Na Juventus, conquistou a Copa da Itália, um título de consolação depois de o time perder a hegemonia de nove anos no Italiano.

Chiellini foi o capitão da Itália no título europeu Foto: - / AFP
Chiellini foi o capitão da Itália no título europeu Foto: - / AFP

 

3. Thiago Silva (Chelsea / Brasil)

Tantos anos à frente da zaga do badalado Paris Saint-Germain sem que fosse campeão da Champions parecia indicar que o zagueiro estava fadado a não levantar o troféu de clubes mais importante do mundo. Mas Thiago Silva se transferiu para o Chelsea e teve papel fundamental na conquista, que veio após vitória sobre o favorito Manchester City.

 

Aos 37 anos, mesmo estreante, deu conta do nível da Premier League, principal competição nacional de clubes do mundo. Segue bem também na seleção brasileira. Foi vice-campeão da Copa América e ajudou o Brasil a se classificar com antecedência para a Copa do Qatar. Só não vai ao Mundial em caso de problemas físicos.

Thiago Silva é destaque na liga nacional mais forte do mundo Foto: PETER CZIBORRA / Action Images via Reuters
Thiago Silva é destaque na liga nacional mais forte do mundo Foto: PETER CZIBORRA / Action Images via Reuters

 

4. Hulk (Atlético-MG)

Completa o grupo de veteranos, Hulk. Aos 35 anos, o atacante chegou ao Atlético-MG e, mesmo com o currículo vitorioso na Europa, veio sob desconfiança de parte da torcida, pelo fato de praticamente não ter atuado no futebol brasileiro antes de desbravar o futebol no exterior.

Pois bem: o jogador foi completamente dominante na sua temporada de estreia na terra natal. Foi campeão brasileiro, da Copa do Brasil e do Campeonato Mineiro. Foi também o artilheiro do Brasileiro e da Copa do Brasil. Eleito o melhor jogador da temporada.

Hulk foi o melhor jogador do Brasil em 2021 Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP
Hulk foi o melhor jogador do Brasil em 2021 Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP
 

O Globo quarta, 22 de dezembro de 2021

MISS MUNDO 2021: APÓS SURTO DE COVID-19, CONCURSO É REMARCADO PARA 2022

Miss Mundo 2021: Após surto de Covid-19, concurso é remarcado para março de 2022

23 candidatas ao prêmio foram infectadas; a representante brasileira na disputa é Caroline Teixeira
Com adiamentos por conta da pandemia, a vencedora do Miss Mundo 2019, Toni-Ann Singh, ainda é detentora da coroa Foto: Reprodução/Instagram
Com adiamentos por conta da pandemia, a vencedora do Miss Mundo 2019, Toni-Ann Singh, ainda é detentora da coroa Foto: Reprodução/Instagram
 
 

PORTO RICO — O Miss Mundo 2021 foi remarcado para 16 de março do próximo ano após o concurso ser adiado na semana passada, horas antes da final, por conta de um surto de Covid-19. Ao todo, 15 funcionários da organização do evento ficaram doentes, bem como 23 das 97 candidatas ao prêmio.

Em comunicado, a organização informou que Porto Rico foi mantido como o país onde será realizada a final.

"Ficamos impressionados com o paio que tivemos por aqui. Agora a contagem regressiva e o planejamento para a final começaram", celebrou Julia Morley, presidente do concurso, em comunicado.

Caroline Teixeira é a representante brasileira no Miss Mundo 2021 Foto: Reprodução/Instagram
Caroline Teixeira é a representante brasileira no Miss Mundo 2021 Foto: Reprodução/Instagram

 

A representante brasileira na disputa é Caroline Teixeira, que não testou positivo e retornou para o Brasil dias após o cancelamento. No Instagram, ela disse que estará ainda mais preparada para a competição no ano que vem.

 
"Terei a oportunidade de voltar mais forte, mais preparada e amadurecida. O mundo Miss, em minha vida, iniciou durante a pandemia, desde a minha coroação como Miss Brasília via Zoom e nomeação como Miss DF e Miss Brasil, com eventos sem público", escreveu.

A edição de 2021 seria a 70ª do evento e teria apresentação do cantor inglês Peter Andre, da modelo porto-riquenha Stephanie Del Valle e do cantor e ator mexicano Fernando Allende. O concurso do ano passado foi cancelado devido à pandemia, o que significa que a vencedora de 2019, a jamaicana Toni-Ann Singh, continua sendo a detentora da coroa. Há dois anos, o Brasil ficou no Top 5 da disputa, mas o país não ganha o concurso há cinco décadas.


O Globo terça, 21 de dezembro de 2021

ESPORTES: SAIBA QUANTO OS PRINCIPAIS CLUBES DO BRASIL FATURARAM EM PREMIAÇÃO ESTE ANO

Saiba quanto os principais clubes do Brasil faturaram em premiação este ano; Palmeiras lidera a lista

Atrás do campeão da Libertadores, aparece o Atlético-MG, que conquistou a tríplice coroa com o Brasileirão, Copa do Brasil e Campeonato Mineiro
Palmeiras é o atual campeão da Libertadores Foto: JUAN MABROMATA / AFP
Palmeiras é o atual campeão da Libertadores Foto: JUAN MABROMATA / AFP
 

O Palmeiras é o clube brasileiro que mais lucrou em 2021 com a conquista de títulos. O  faturamento foi mais de R$ 168 milhões.

A quantia principal veio do tricampeonato da Libertadores rendeu US$ 22,5 milhões ao clube (R$ 129,2). Além disso, o clube paulista também recebeu R$ 29,7 milhões pela terceira colocação do Campeonato Brasileiro.

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Os vices na Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Paulista somaram quase R$ 8 milhões em premiação. Já a queda na terceira fase da Copa do Brasil rendeu em torno de R$ 1,7 milhão.

O Atlético-MG, com três títulos na temporada, também faturou alto no ano: foram R$ 145 milhões em premiações — R$ 33 milhões no Brasileirão, R$ 71,15 milhões na Copa do Brasil e R$ 40,9 milhões pela campanha até a semifinal da Libertadores. O Campeonato Mineiro, também vencido pelo Galo, não premia o vencedor.

O primeiro clube carioca nesta lista de premiações é o Flamengo, que venceu o Campeonato Carioca e a Supercopa do Brasil. Foram cerca de R$ 128,4 milhões ao clube.

O Athletico-PR, campeão da Copa Sul-Americana e vice da Copa do Brasil, fechou o ano com cerca de R$ 88 milhões em premiação —US$ 6,8 milhões (cerca de R$ 37 milhões) pelo título da Copa Sul-Americana e R$ 38,15 milhões pelo vice da Copa do Brasil, enquanto o 14º no Brasileirão rendeu R$ 12,8 milhões em prêmios.

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Já o São Paulo, que conquistou do Campeonato Paulista, fechou o ano com quase R$ 56 milhões em premiações.

Foram R$ 3,5 milhões pelo título estadual, US$ 5,55 milhões (R$ 31,7 milhões) pela campanha até as quartas de final da Libertadores, quase R$ 8 milhões na Copa do Brasil e R$ 13,7 milhões por terminar a competição no 13º lugar no Brasileirão.


O Globo segunda, 20 de dezembro de 2021

MUSEU EM TEERÃ REVELA OS CARRÕES QUE OS XÁS DIRIGIAM ANTES DE REVOLUÇÃO IRANIANA

Museu em Teerã revela os carrões que os xás dirigiam antes da Revolução Iraniana

Coleção de automóveis de luxo da antiga família real persa é exposta pela primeira vez
O Mercedes Benz 500K de 1934, que Adolf Hitler deu de presente ao xá Reza Xá Pahlavi, é uma das estrelas do novo Museu Histórico do Automóvel do Irã, em Teerã Foto: ATTA KENARE / AFP
O Mercedes Benz 500K de 1934, que Adolf Hitler deu de presente ao xá Reza Xá Pahlavi, é uma das estrelas do novo Museu Histórico do Automóvel do Irã, em Teerã Foto: ATTA KENARE / AFP

RIO - Um carro construído exclusivamente para um pequeno príncipe aprender a dirigir. Um outro cujo valor equivalia a um oitavo do orçamento nacional. E mais um, presenteado por Hitler. Essas são algumas das histórias contadas no novo Museu Histórico do Automóvel Irã, que vem atraindo a atenção pela exposição dos veículos de luxo que um dia pertenceram à família real persa.

A frota, de dar inveja ao qualquer magnata de hoje em dia, foi um dos tesouros mais bem guardados do país desde que a Revolução Iraniana, de 1979, tirou de circulação a dinastia do xá Mohammad Reza Pahlavi. Centenas de veículos de luxo ficaram armazenados em depósitos, sob os cuidados da organização chamada Bonyad Mostazafan, ou "Fundação dos Oprimidos", responsável pelo confisco das propriedades da família real.

 

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Agora, 55 carros, dois ônibus e quatro motocicletas — uma das quais já foi dirigida por Farah Diba, a última imperatriz e viúva do xá — estão expostos no novo museu, que abriu as portas há algumas semanas, num espaço na zona industrial de Teerã, perto de onde funcionam as fábricas de automóveis da capital. Mais de uma centena de veículos ainda estão sendo restaurados, e podem fazer parte da mostra no futuro.

— Consideramos que esses carros são parte da herança cultural iraniana. Eles pertencem ao povo, não à família real — disse o diretor do museu, Mohammed Faal, à agência de notícias AFP. — Não importa quem é o dono desses carros, eles pertencem à nação iraniana, não a um rei em particular. Adoramos admirar a beleza do carro levando em consideração sua história e apreciamos os esforços de seus fabricantes e designers.

A atração pela opulência de uma família real tão menosprezada pelo atual regime tem se refletido em números. Desde sua inauguração, há cerca de dois meses, aproximadamente 20 mil pessoas já foram ver de perto a exposição, um número maior do que o de visitantes mensais do Museu Nacional do Irã, o mais importante do país.

As pessoas querem apreciar carros que são verdadeiras obras de arte. Como é o caso do Pierce-Arrow "Modelo A", de 1930. Na época, quando foi comprado pelo primeiro monarca da dinastia, Reza Xá Pahlavi, era o carro mais caro fabricado nos Estados Unidos. O preço pago foi de US$ 30 mil, o equivalente a um oitavo do orçamento do Estado do Irã na época.

 

Com seu para-choque e seus faróis dianteiros folheados a ouro, e brasão imperial fixado nas portas, o carro foi usado pelo xá Mohammad Reza durante cerimônias, incluindo seu casamento com sua segunda esposa Soraya e no funeral de seu pai Reza Xá.

O Rolls-Royce Silver Ghost Model A, de 1922, tentou ser recuperado pela família real iraniana já no exílio, mas a justiça britânica deu ganho de causa ao regime da Revolução de 1979 Foto: ATTA KENARE / AFP
O Rolls-Royce Silver Ghost Model A, de 1922, tentou ser recuperado pela família real iraniana já no exílio, mas a justiça britânica deu ganho de causa ao regime da Revolução de 1979 Foto: ATTA KENARE / AFP

Veja as fotos:Havana, em Cuba, agora tem um novo museu dedicado a Fidel Castro

Luxo também não falta no Rolls-Royce Silver Ghost preto, fabricado em 1922, que foi objeto de uma inusitada disputa judicial nos primeiros meses após a revolução. Seis meses antes da derrubada da monarquia pelo regime que atualmente é comandado pelos aiatolás, o carro havia sido enviado para à Rolls-Royce para reparos. Do exílio, a família Pahlavi exigiu que a fábrica devolvesse o automóvel a eles. Mas um tribunal britânico decidiu que o veículo pertencia ao Estado iraniano, e determinou que ele voltasse para Teerã.

Outro item bastante popular da coleção é o Mercedes 500 K Autobahn Kurier 1934, que o então chanceler alemão Adolf Hitler deu de presente para Reza Xá. Mas o carro não é valioso exatamente por isso, mas porque é o último de seu modelo ainda existente. Os outros cinco fabricados pela Mercedes foram destruídos durante a Segunda Guerra Mundial.

 
 

Segundo Faal, a montadora chegou a pedir ao governo iraniano que cedesse o carro para seu museu, na Alemanha. Como ele está em exposição em Teerã, chaga-se à conclusão de que a resposta foi não.

Desenvolvido em conjunto por Mercedes-Benz, Porsche e Volkswagen, o esportivo MPV, de 1972, é outra joia da exposição do novo museu, dedicado aos carros clássicos da família real iraniana Foto: ATTA KENARE / AFP
Desenvolvido em conjunto por Mercedes-Benz, Porsche e Volkswagen, o esportivo MPV, de 1972, é outra joia da exposição do novo museu, dedicado aos carros clássicos da família real iraniana Foto: ATTA KENARE / AFP

Da indústria automobilística germânica saiu outra peça rara da coleção iraniana, o MPV Tehran. Esse monoposto esportivo, pintado de laranja e preto, foi fabricado em 1972 por uma improvável união entre Mercedes, Porsche e Volkswagen. As montadoras, querendo agradar o xá persa, decidiram criar um modelo único, especialmente para o príncipe herdeiro, Reza, aprender a dirigir aos 12 anos de idade.

Entre as inovações do carro está o fato de ele ter duas chaves. Uma, feita de prata, limita o motor potente a suaves 30 quilômetros por hora. A outra, em ouro, permite que o veículo gire a 170 km / h. Uma potência que só foi freada pelos aiatolás.


O Globo domingo, 19 de dezembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: ROTA DAS DELÍCIAS LÍQUIDAS

 

A rota das delícias líquidas do Rio Gastronomia

Os bebes também se destacam no maior evento da área do país, que temrina neste domingo (19) no Jockey
A Stella Artois long neck com ou sem glúten custa por R$ 12, mas a dica é comprar o combo com quatro unidades por R$ 40 e compartilhar Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
A Stella Artois long neck com ou sem glúten custa por R$ 12, mas a dica é comprar o combo com quatro unidades por R$ 40 e compartilhar Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
 

Maior feira gastronômica do país, há onze edições o Rio Gastronomia reúne dezenas de possibilidades de comes e bebes em um espaço democrático e rico em sabores. Mas erra quem pensa que as bebidas ficam relegadas ao papel de coadjuvantes no evento. Há cada vez mais opções para todos os gostos e bolsos.

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Para diminuir o consumo de plástico, algumas bebidas são vendidas junto com o Eco Copo Retornável (R$ 8 cada), como as caipirinhas. O cliente pode levar para casa ou devolver no estande que fica ao lado da entrada/saída do evento.

Bar do Palco (Colorado e Red Bull) - Logo à direita da entrada, em frente ao gramado do palco, as cervejas custam de R$ 15 (Colorado Ribeirão 330ml) a R$ 25 (opções com 600ml). Há outro espaço da marca próximo à roda-gigante. Já o Red Bull custa R$ 16 é tem cinco opções de sabor. O energético também é vendido em outras estações, com e sem drinks.

 

Bar Stella Artois - A long neck com ou sem glúten custa por R$ 12, mas a dica é comprar o combo com quatro unidades por R$ 40 e compartilhar. As cervejas são servidas no balde com gelo, que pode ser levado para as mesas. O espaço também oferece  cerveja Beck's (R$ 15, 330 ml), sucos Do Bem (R$ 6), refrigerantes (R$ 8), água com e sem gás (R$ 5) e espumantes Chandon baby (R$ 55), brut 750ml (R$ 120) e rosé 750ml (R$ 135).

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Wine Bar Grand Cru - Logo ao lado dos auditórios, o espaço e o porto seguro dos amantes de vinhos no Rio Gastronomia. A novidade do segundo fim de semana do evento é a venda vinhos em taça (R$ 25 a R$ 30 + a taça de acrílico por R$ 5 na primeira compra). Na ala das garrafas, há opções de brancos e rosé a partir de R$ 75 e tintos começando em R$ 110.

Para diminuir o consumo de plástico, algumas bebidas são vendidas junto com o Eco Copo Retornável Foto: Alex Ferro / O Globo
Para diminuir o consumo de plástico, algumas bebidas são vendidas junto com o Eco Copo Retornável Foto: Alex Ferro / O Globo

Bar da Caipirinha - Bem central, a estação conta com caipirinhas feitas na hora com limão, morango, lima da Pérsia ou abacaxi (R$ 20). Também é possível tomar drinques com Red Bull por R$ 35 cada. Em ambos os casos é necessário comprar o copo do evento (R$ 8), que pode ser devolvido na saída.

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Bar Amázzoni + Lillet - São dois pontos de venda de três drinks com Amázzoni gin, por R$ 30 ou R$ 40 cada. Logo ao lado, vale conferir os clássicos coquetéis com Lillet (R$ 30) ou comprar a garrafa do aperitivo francês por R$ 130.

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio de Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ, iFood e Loft, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.

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Confira a programação

Auditório Senac

13h: “Lidando com carnes à moda italiana”, com Nello Garaventa (Grado).

14h30: “Ceia bossa nova”, com Paula Prandini (Empório Jardim) e Vera Saboya (Ateliê Culinário).

16h: “Cozinhando com produtos locais”, com Rafa Costa e Silva (Lasai).

17h30: “Panetone caseiro”, com Adriano Amarante (João Padeiro & Co).

19h: “Os 40 anos do Guimas”, com a família Mascarenhas.

 
 

Auditório Santander Brasil de Sabores

13h30: “Do mangue ao mar”, com Léo Abreu. Oferecimento GNT.

15h: “Brasileiro sabe comer ceviche? Adaptações da receita ao paladar nacional”, com Checho Gonzales (Mescla — SP).

16h30: “A influência oriental na mesa do brasileiro”, com Lucio Vieira (Lilia) e Raul Ono (Naga).

18h: “A força da mulher na cozinha”, com Dani Rosa (Ganic Lab) e Monique Gabiatti (Cozinha Bistrô).

19h30: “Receita afetiva”, com Rodrigo Guimarães.

Show :Fica Comigo (15h) e Samba Independente dos Bons Costumes (20h).

Já comprou o seu ingresso?

As entradas custam R$ 65  e estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Crianças de até 10 anos não pagam. Roda-gigante: R$ 15 (individual) e R$ 50  (para quatro pessoas).

Os melhoresSaiba mais sobre os vencedores do Prêmio Rio Show de Gastronomia

Desconto:

Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma 2ª entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no riogastronomia.com.

 
 

Cuidado redobrado:

Os protocolos sanitários das autoridades de saúde serão seguidos. Será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.

Onde:

Jockey Club Brasileiro. Praça Santos Dumont 31, Gávea.

Horários:

Do meio-dia às 23h.


O Globo sábado, 18 de dezembro de 2021

TURISMO: NOVA RODA-GIGANTE E MAIS - CINCO ATRAÇÕES EM FOZ DO IGUAÇU ALÉM DAS CATARATAS

Nova roda-gigante e mais: cinco atrações em Foz do Iguaçu além das cataratas

Cidade no oeste do Paraná oferece passeios que vão de usina hidrelétrica a museu de cera
A nova Yup Star Foz, a roda-gigante de 88 metros de altura com vista para o Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu Foto: Divulgação
A nova Yup Star Foz, a roda-gigante de 88 metros de altura com vista para o Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu Foto: Divulgação
 
 

RIO - Visita o Parque Nacional do Iguaçu, com suas mundialmente famosas cataratas, será sempre o programa mais imperdível de Foz do Iguaçu. Mas a cidade, no oeste do Paraná, vem aumentando constantemente seu leque de atrações turísticas para além das quedas d'água.

A mais recente deles é a Yup Star Foz, roda-gigante que abre ao público geral nesta sexta-feira, 17 de dezembro. Ela se junta a outros programas, como visitas a refúgios ecológicos e viveiros com inúmeros pássaros, à passeios em carros esportivos e selfies com a rainha da Inglaterra.

Abaixo, confira cinco atrações de Foz do Iguaçu que vão além das cataratas e do parque nacional.

Yup Star Foz

Com 88 metros de altura, a novíssima roda-gigante inaugurada no último dia 15, se junta à sua "gêmea" carioca, a Yup Star Rio, no topo do ranking das rodas-gigantes mais altas do Brasil. Ambas são operadas pelo grupo Gramado Parks, que decidiu unificá-las com a mesma marca, Yup Star - até a última quarta-feira, estrutura carioca se chamava Rio Star.

Leia também:conheça a a maior roda-gigante do mundo, em Dubai

Assim como acontece na atração carioca, o passeio dura cerca de 20 minutos. A roda-gigante está aberta diariamente, das 12h às 20h, e custa R$ 70 (estudantes, idosos e crianças até 12 pagam meia, e moradores da cidade, R$ 49). Ingressos em yupstar.com.br/foz.

Parque das Aves

Tucano num dos viveiros do Parque das Aves, uma das atrações turísticas mais populares de Foz do Iguaçu Foto: Wikiedia / Creative Commons / Reprodução
Tucano num dos viveiros do Parque das Aves, uma das atrações turísticas mais populares de Foz do Iguaçu Foto: Wikiedia / Creative Commons / Reprodução

Nas matas do Parque Nacional do Iguaçu é possível ver uma grande variedade de pássaros, mas para vê-los de perto, e até ter a chance de tirar uma foto com uma bela arara no braço, o melhor a se fazer é visitar o Parque das Aves, uma das atrações off-cataratas mais tradicionais de Foz do Iguaçu.

São cerca de 1.500 aves de 140 espécies diferentes, quase todas originárias da Mata Atântica, mais da metade delas resgatadas de criações irregulares ou de situação de tráfico ou maus tratos. Os pássaros ocupam cinco viveiros enormes, pelos quais os visitantes caminham, e que recriam o ambiente natural desses animais. Nesses espaços é possível ver tucanos e harpias bem de perto, e até se assustar com araras em voos rasantes sobre suas cabeças.

Aberto diariamente, das 9h às 17h. O ingresso custa R$ 60. Idosos, estudantes e professores, entre outros grupos, pagam meia, e crianças até oito anos de idade entram de graça. Ingressos em parquedasaves.com.br.

Dreams Park Show

Circuito de arvorismo Dino Adventure, uma das atrações do complexo temático Dreams Park Show, em Foz do Iguaçu Foto: Reprodução
Circuito de arvorismo Dino Adventure, uma das atrações do complexo temático Dreams Park Show, em Foz do Iguaçu Foto: Reprodução

Num só lugar é possível passear entre dinossauros, tirar foto ao lado de celebridades e tomar um drinque num bar com temperatura negativa. O complexo do grupo Dreams (que está presente também em Gramado, Canela e Olímpia) conta com seis atrações temáticas, que costumam agradar toda a família.

O Vale dos Dinossauros conta com 30 bonecos animatrônicos que reproduzem em tamanho real, com movimentos e sons, os répteis pré-históricos. Dentro dele fica o Dino Adventure, um circuito de arvorismo, com trilhas e tirolesa, que passa por entre as feras. Outra atração bastante concorrida é o museu de cera Dreamland, com mais de cem estátuas de personagens da cultura pop, astros da música, da televisão, do esporte e do cinema, além de figuras históricas, chefes de estado e políticos. De Messi a Marilyn Monroe, de Homer Simpson a Homem-Aranha, está todo mundo ali.

 
 

Olímpia:parques aquáticos, resorts gigantes e até dinossauros na "Orlando brasileira"

Já na atração Maravilhas do Mundo, a graça é posar ao lado de 50 réplicas (em escala menor, evidentemente) de cartões-postais como a Torre de Pisa, o Castelo da Cinderela e a Estátua da Liberdade. Para amantes de carros, o programa imperdível é o Dreams Motor Show, que conta com carros e motos dos mais variados modelos - alguns automóveis estão disponíveis para voltinhas em alta velocidade, seja com o visitante dirigindo ou sentado no banco do carona, ao lado de um piloto profissional. Por fim, há o Dreams Ice Bar, um ambiente que destoa completamente do clima úmido e quente de Foz do Iguaçu. Dentro do bar, onde bancos, copos e paredes são feitos de gelo, os termômetros marcam até -15°C.

É possível pagar entrada separadamente para cada atração, dependendo do interesse do visitante, no valor de R$ 94 (inteira). Mas há diversas opções de combo, incluindo um passaporte que dá direito a todas as atrações custa R$ 199 no site do complexo: dreamsparkshow.com.br.

Itaipu Binacional

As visitas são feitas em parte a bordo de ônibus que percorrem parte da extensão da enorme barragem, uma das marcas registrada de Itaipu. Foto: Eduardo Maia / O Globo
As visitas são feitas em parte a bordo de ônibus que percorrem parte da extensão da enorme barragem, uma das marcas registrada de Itaipu. Foto: Eduardo Maia / O Globo

Ao lado das Cataratas do Iguaçu, a hidrelétrica de Itaipu é a atração mais conhecida da cidade. Fundamental para a geração de energia elétrica para boa parte do Brasil (e do Paraguai), a usina é também uma atração turística excelente. E não apenas para apaixonados por engenharia ou curiosos em geral.

A visitação às instalações da usina pode ser feita em dois passeios. O "Itaipu Panorâmica" oferece apenas uma visão externa, ainda assim bastante informativa, com direito a vistas privilegiadas do vertedouro e do topo da barragem. Já o tour "Itaipu Especial" leva o visitante para dentro da usina, e mostra detalhes de seu funcionamento. Este, no entanto, está suspenso temporariamente por conta da pandemia.

 

Para conhecer o lado natural da usina, vale visitar o Refúgio Biológico Bela Vista, que funciona dentro do terreno de Itaipu. Ali, o visitante pode observar animais de 50 espécies, como jaguatiricas, quatis, jacarés, urubus-reis, serpentes e até onças. A visita consiste numa caminhada de dois quilômetros pelo local, com quase mil espécies de plantas, criado para preservar a fauna e a flora durante a formação do reservatório da usina.

O passeio panorâmico custa R$ 46 e o do Refúgio Biológico, R$ 35. As informações sobre horários estão no site turismoitaipu.com.br.

Marco das Três Fronteiras

Visitantes no Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu Foto: Nilton Acássio Rolin / Reprodução
Visitantes no Marco das Três Fronteiras, em Foz do Iguaçu Foto: Nilton Acássio Rolin / Reprodução

Por muitos anos, o ponto em que Brasil, Paraguai e Argentina se encontram era apenas um obelisco, com pintura nas cores da bandeira do Brasil. Mas recentemente o Marco das Três Fronteiras passou por uma repaginação, e se tornou um ponto mais interessante de visitar.

Um dos pontos mais concorridos pelos visitantes é o mirante, sobretudo no fim da tarde, graças à vista espetacular para o pôr do sol. Vale caminhar também pela reprodução de uma missão jesuítica construída ali, que representa tão bem essa parte da história comum entre os três países. No largo principal, onde está o mirante e a fonte, costumam acontecer apresentações de dança que retratam as tradições culturais dos três países.

Para uma experiência completa, não deixe de almoçar ou jantar no Cabeza de Vaca, o charmoso restaurante que homenageia o conquistador espanhol Álvar Nuñez Cabeza de Vaca, o primeiro europeu a descrever as Cataratas do Iguaçu e a explorar o curso do Rio da Prata.

A entrada no complexo custa R$ 40. Informações e venda de ingressos no site marcodastresfronteiras.com.br.


O Globo sexta, 17 de dezembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: CHEFS INDICAM SEUS PRATOS PREFERIDOS

É pule de dez! Chefs indicam seus pratos preferidos no Rio Gastronomia

Craques da cozinhha dão o mapa da mina para não se perder em meio a tanta gostosura
O chef Ricardo Lapeyre, do Escama, com seu disputado croquete de polvo Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
O chef Ricardo Lapeyre, do Escama, com seu disputado croquete de polvo Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
 

É preciso ter maturidade para não querer sair comendo tudo o que a vista e o olfato alcançam no Rio Gastronomia. Para ninguém se perder em meio a tanta gostosura no Jockey Club, perguntamos aos chefs que já passaram por lá, o que eles indicam para matar a fome.

Um petisco, no entanto, chamou a atenção de vários deles: o croquete de polvo (R$ 25) do Escama, de Ricardo Lapeyre.

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— Tudo o que eu comi no Escama estava bom. Mas o croquete estava maravilhoso. Coisa que quem é de boteco gosta — indica Mariana Rezende, do Bar da Frente, um dos pilares mais gostosos da Liga dos Botecos.

A inspiração do croquete, que entrou há pouco no cardápio do restaurante, veio das viagens de fim de semana que o chef faz para uma fazenda no interior do estado.

 

— Todo domingo eu parava em um restaurante de estrada para comer croquete. Fiquei com isso na cabeça e resolvi testar um de polvo, que, na minha receita, leva ainda linguiça portuguesa, brócolis e bechamel, além do caldo do cozimento do molusco — explica Lapeyre, retribuindo o elogio a um dos petiscos mais emblemáticos do Bar da Frente. — Minha indicação é o porquinho de quimono (R$ 18, duas unidades), do Bar da Frente, servido na Liga dos Botecos.

O chef Pedro Bennoliel se delicia com a tarta de queso com coulis de morango do Venga Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
O chef Pedro Bennoliel se delicia com a tarta de queso com coulis de morango do Venga Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo

Outra fã declarada do porquinho de quimono do Bar da Frente, Dandara Batista, do Afro Gourmet, indica, além do croquete, a bolonhesa de polvo (R$ 38) de lá. Referência em comida africana, a chef dá também a dica de quem curte comida nordestina.

— Gostei muito do rubacão (R$ 25), do Café do Alto, do Polo de Santa Teresa, no quiosque do Polo da Prefeitura —  compartilhou a chef, dando mais detalhes do garimpo. — Eles fizeram com arroz vermelho, nata, carne de sol e queijo coalho.

Chef e curador das atrações do auditório Santander Brasil de Sabores, Pedro Benoliel elegeu como imperdível a tarta de queso e coulis de morango (R$ 25), do Venga!, mas disse que não abre mão do arroz de rabada (R$ 29,50) de Katia Barbosa, servido no quiosque da Katita, nem do bolinho de bacalhau com queijo Serra da Estrela (R$ 20, cada), da Gruta de Santo Antônio — um hit de outras edições do evento.

 
 
O chef paulistano Paulo Yoller com o kobun (R$ 25), do Pabu Izakaya: o pão no vapor com maionese, cebolinha e picles, com três opções de recheio Foto: Bruno Kaiuka / Agência O Globo
O chef paulistano Paulo Yoller com o kobun (R$ 25), do Pabu Izakaya: o pão no vapor com maionese, cebolinha e picles, com três opções de recheio Foto: Bruno Kaiuka / Agência O Globo

De passagem pelo Rio para a oficina criativa Burger Class Rio X SP, o chef paulistano Paulo Yoller, o nome e o talento à frente do Meats, curtiu o pastel de bobó camarão com pimenta biquinho (R$ 25), do Escama, com camarão e creminho nas medidas certas, e no penne alla vodka (R$ 35), com molho de tomate apimentado e vodca, do Gero. Segundo ele, irrepreensível. Mas, se tivesse direito a apenas um pedido em todo o evento seria o kobun (R$ 25), do Pabu Izakaya, o pão no vapor com maionese, cebolinha e picles, com três opções de recheio: frango crocante, barriga de porco cozida em shoyu adocicado ou berinjela marinada no misso:

— Melhor rango do festival. Impossível não se apaixonar. Eles conseguem trazer a personalidade incrível deles pra dentro da comida, não tem como não se apaixonar.

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Yasser Régis, do Ex-Touro, fecha com Yoller na dica do Pabu, e acrescenta a sua lista o arroz de bacalhau (R$ 36) e a barriga de porco (R$ 32) do Artagão, o bolinho de arroz (R$ 10) e o sanduíche de costela no bafo no brioche (R$ 25), da Liga dos Botecos e o pirarucu fresco com risoto de tucupi com jambu (R$ 35), do Sult.

"A lasanha do Sult está imperdível, perfeita e com um croc único", afirma Marcelo Barcellos, do Barsa Foto: Bruno Kaiuca /Agência O Globo
"A lasanha do Sult está imperdível, perfeita e com um croc único", afirma Marcelo Barcellos, do Barsa Foto: Bruno Kaiuca /Agência O Globo

Outro prato do Sult também está entre os preferidos dos chefs.

— A lasanha do Sult (R$ 30) está imperdível, perfeita e com um croc único — elegeu Marcelo Barcellos, do Barsa.

Pedro de Artagão sugere o passeio completo com bolinho de bacalhau da Gruta de Santo Antônio, porquinho de quimono, do Bar da Frente, na Liga dos Botecos, e o sushi de wagyu A5 (R$ 40), do Naga. Mas e a sobremesa?

— Obviamente, terminar tudo com o bolo de chocolate do Irajá (R$28) — disse o chef, citando uma de suas criações mais famosas e sucesso inabalável no Rio Gastronomia.

Erik Nako, do Pabu, vai mais além e dá uma dica de entrada e prato principal: bolinho de jiló com linguiça (R$ 5, cada), da Katita, e moqueca de pirarucu, do Gosto da Amazônia, com receitas de Fréderic Monnier.

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O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio de Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ, iFood e Loft, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.

 
 

Confira a programação desta sexta-feira

Auditório Senac

15h: A doceria francesa: três versões de crème brûlée, com Didier Labbé (Didier Restaurante).

16h30: Comida pós-praia, com Joana Carvalho (Proa) e Roberta Ciasca (Miam Miam e Brota).

18h: Amázzoni, sua história, produtos e quem da vida ao nosso gin, co m Leo Blacck. Oferecimento Amázzoni.

Auditório Santander Brasil de Sabores

15h30: Temperos da mesa brasileira, com Andressa Cabral (Yaya Comidaria Pop Brasileira).

17h: A evolução da coquetelaria, com Jonas Aisengart (Quartinho) e Anderson Santos (Liz Cocktails).

18h30: Cocadinhas de toucinho do céu, com Gisela Abrantes, Juliana Jucá e o Grupo de Pesquisa e Inovação Cozinha Senac RJ. Oferecimento Senac RJ.

Zona Sul - Aulas com experts

17h: Rafael Cavalieri.

18h: Dionisio Chaves.

19h: Dionisio Chaves.

Casa Villarino Bar Senac

15h: Guirlanda de Natal, om os instrutores do Senac Fábio Fernandes e Maria Luiza.

17h: Muito além do café arábica: bebendo robustas amazônicos, com Pedro Foster, barista e torrefador da Fuzz Cafés.

19h: Bobó de abóbora com farofa especial, com David Bispo, Bar do David.

Show

Às 20h, Festa Ploc.

Já comprou o seu ingresso?

As entradas custam R$ 55 (sex, ou R$ 27,50, a meia) e R$ 65 (sáb e dom, ou R$ 32,50, a meia) e estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Crianças de até 10 anos não pagam. Roda-gigante: R$ 15 (individual) e R$ 50  (para quatro pessoas).

 
 

Os melhoresSaiba mais sobre os vencedores do Prêmio Rio Show de Gastronomia

Desconto:

Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma 2ª entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no riogastronomia.com.

Cuidado redobrado:

Os protocolos sanitários das autoridades de saúde serão seguidos. Será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.

Onde:

Jockey Club Brasileiro. Praça Santos Dumont 31, Gávea.

Horários:

Sex, das 14h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 23h. Até 19 de dezembro.


O Globo quinta, 16 de dezembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: FEIRA DE PRODUTORES É DICA CERTA DE ACHADOS PARA SE DELICIAR OU PRESENTEAR COM MUITO SABOR

Feira de Produtores do Rio Gastronomia é dica certa de achados para se deliciar ou presentear com muito sabor

São cachaças, geleias, molhos, café, cogumelhos. Confira o que encontrar
As coxinhas de morango (R$ 25) da Doçuras da Suely: bombons com recheio da fruta e "massa" a gosto do freguês: brigadeiro, leite ninho, coco ou amendoim Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
As coxinhas de morango (R$ 25) da Doçuras da Suely: bombons com recheio da fruta e "massa" a gosto do freguês: brigadeiro, leite ninho, coco ou amendoim Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
 

Já é Natal no Rio Gastronomia! Voltinha indispensável no evento, a Feira de Produtores é a oportunidade de conhecer de perto o que está sendo feito no estado do Rio, levar um pouquinho do evento para casa e colocar em dia a lista de presentes para surpreender nas celebrações de fim de ano. Selecionamos alguns destaques dos quase 30 participantes desta edição.

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De Lumiar, em Friburgo, os molhos da Mistura Fina fazem sucesso pela forma e conteúdo. Os rótulos coloridos e arrojados chamam atenção para sabores como o barbecue de goiabada e o abacaxi com pimenta (R$ 30). As geleias que fazem mais sucesso são de morango, morango com pimenta e amora (R$ 25, cada).  

Artesanal e de produção familiar, o café Iranita vem de Purilândia, alto Noroeste do estado. São três opções: especial torrado e moído, especial em grãos (R$ 25, 250g) e o microlote (R$ 40, 250g). O mais legal são os extras: colher dosadora (R$ 30), caneca pequena (R$ 12) e caneca com coador de pano (R$ 25).

 
No Cogu Cogumelos, a sensação é a ecobag "Cogumelo is the new picanha" (R$ 20) Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
No Cogu Cogumelos, a sensação é a ecobag "Cogumelo is the new picanha" (R$ 20) Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo

Para comer lá porque ninguém é de ferro, a dica são as coxinhas de morango (R$ 25) da Doçuras da Suely. Cada bombom tem, em média, 90g. O recheio é sempre um morango. A "massa" fica a gosto do freguês: brigadeiro, leite ninho, coco ou amendoim.

Na barraquinha do Cogu Cogumelos, de Minas, com posto avançado no Cadeg, os tipos que passam longe das gôndolas de supermercados são mais procurados, como o hiratake e o cardoncello (R$ 28, 200g, cada). Mas o must have é mesmo a ecobag "Cogumelo is the new picanha" (R$ 20).

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Entre as compotas (R$30), geleias (R$ 28) e antepastos (R$ 28) do Sítio Humaytá, em Secretário, uma novidade chama atenção. É a geleia de limão siciliano, mais cítrica, que vai bem até como calda de sorvete. Para presente, a dica são os potes de cerâmica personalizados (R$ 60).

Depois atrair olhares gulosos com a goiabada com manjericão, Barão chega com outra novidade de dar cambalhota na imaginação de quem gosta de se aventurar na cozinha, um molho defumado de jabuticaba feito com pimenta e tomilho para ser usado com carnes mais untuosas e mesmo em infusões etílicas (R$ 30, cada).

A geleia de limão siciliano do do Sítio Humaytá Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo
A geleia de limão siciliano do do Sítio Humaytá Foto: Bruno Kaiuca / Agência O Globo

Para lembranças líquidas, as dicas são os lançamentos da Cachaça 7 Engenhos e da Fazenda Soledade.  Da fazenda Soledad, a novidade é o blend de cinco madeiras (R$ 110): Ipê, Pau-Brasil, Umburana, Bálsamo e Jequitibá. 

Já da 7 Engenhos, a que faz o rótulo do Claude Troisgros, apresenta a Redentor (R$ 200), uma parceria com o Santuário Cristo Redentor (que dá pinta na vista do Rio Gastronomia), em comemoração aos 90 anos do monumento, uma das 7 Maravilhas do mundo moderno.

Para finalizar, o Licorelle (R$ 79), uma espécie de limoncello, só que feito com cachaça Werneck, com laranjas frescas, ideal para acompanhar sobremesas, um café ou mesmo puro. 

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As entradas custam R$ 55 (qui e sex, ou R$ 27,50, a meia) e R$ 65 (sáb e dom, ou R$ 32,50, a meia) e estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Crianças de até 10 anos não pagam. Roda-gigante: R$ 15 (individual) e R$ 50  (para quatro pessoas).

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Desconto:

Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma 2ª entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no riogastronomia.com.

 
 

Cuidado redobrado:

Os protocolos sanitários das autoridades de saúde serão seguidos. Será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.

Onde:

Jockey Club Brasileiro. Praça Santos Dumont 31, Gávea.

Horários:

Qui e sex, das 14h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 23h. Até 19 de dezembro.


O Globo quarta, 15 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: A BARRIGA (DE PORCO) PERFEITA PARA O VERÃO

A barriga (de porco) perfeita para o verão

Corte suíno é inspiração para chefs, de tira-gosto a prato principal
No D’Heaven, a carne é servida com minibatatas, alho confit, picles de mostarda, purês de maçã verde e de cebola queimada Foto: Divulgação / Vitor Faria
No D’Heaven, a carne é servida com minibatatas, alho confit, picles de mostarda, purês de maçã verde e de cebola queimada Foto: Divulgação / Vitor Faria
 

A menos de um mês do início do verão, a busca pela barriga perfeita não precisa necessariamente passar pela academia de ginástica. No Rio, uma nova tendência em bares e restaurantes tem exercitado o paladar do freguês. Untuosa e suculenta, a barriga de porco é um dos cortes suínos mais saborosos e ganha espaço nos cardápios em diferentes versões, do tira-gosto ao prato principal. Vale cada caloria.

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Valorizando a produção local e focado na cozinha de ingredientes, o chef Lucio Vieira tem sempre uma sugestão da iguaria do momento para incrementar o menu do dia (R$ 92, com couvert, entrada, principal e sobremesa) do Lilia, no Centro. Sua criação mais recente traz o corte cozido lentamente e defumado, servido com purê de banana e picles de nabo. Equilíbrio perfeito em uma só garfada.

 

— Como o teor de gordura é alto, a barriga transporta muito bem o sabor dos ingredientes trabalhados nela e harmoniza com contrastes, o que é ótimo para elaborar pratos — explica ele, que trabalha o corte no fogo a 60° por 12 horas. — É um corte que aceita bem notas mais doces e frutadas, como o tradicional porco com abacaxi. No Lilia, pegamos as cascas de banana usadas na sobremesa com o nabo, que tem um sabor mais ardidinho.

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O ingrediente também tem espaço cativo em outra casa de Lucio, o charmoso Labuta Bar, também no Centro. Resgatando os ares boêmios da Rua do Senado, o lugar aposta em toda a positividade da barriga, seja para acompanhar a cervejinha ou no PF de cada dia. Na hora do almoço, uma das opções mais esperadas no letreiro que exibe o menu é a barriga de porco com creme de milho. A partir das 15h, quando entra o cardápio de petiscos, a pedida é o torresmo de barriga (R$ 18).

De decoração atrevida, o Canton, em Copacabana, transborda irreverência, inclusive no cardápio. No restaurante de comida peruana com sotaque chinês, a carne de porco aparece em diferentes pratos. Mas o grande sucesso é uma receita feita com o corte da barriga, o Siu Yok (R$ 54). São 200g de barriga de porco crocante que chegam à mesa com pãozinho cozido no vapor, molho hoisin, picles e alface para serem montados a gosto do freguês.

 
 

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Da Zona Norte, o Costelas é um especialista no tema. Na edição de 2019 do Rio Gastronomia, vendeu barriga que nem pipoca — literalmente. Um dos petiscos mais desejados daquele ano, a pipoca de barriga de porco com tempero de lemon pepper surgiu meio que por acaso, com o incômodo do cozinheiro em desperdiçar uma parte tão suculenta das peças das costelas que trabalhava.

— Ficava incomodado com aquela quantidade que sobrava. Comecei a fazer torresmo, mas ficava igual a todo mundo. Passei a cortar em cubos menores e deu certo — conta Rodrigo Mendes, que decidiu investir num tempero diferente também. — Fui testando até chegar nas raspas dos limões siciliano e taiti, alho desidratado, pimenta do reino e sal, que é a base do lemon pepper.

O petisco ainda reina absoluto no botequim que está de casa novíssima, na Tijuca, e vende o prato em porções de 150g (R$ 19,90), temperadas apenas depois de fritas.

Figurinha fácil nos botequins da cidade, a barriga inspira mais de uma opção do cardápio da Liga dos Botecos, um hub que une Bar do Momo, Cachambeer, Botero e Bar da Frente, com sedes em Botafogo e mais recentemente no Flamengo.

 
 

Uma que arranca suspiros quando desfila pelo salão é um petisco com nome de biscoito: o palmier de porco, crocante e tenro, feito da barriga marinada, pode brilhar sozinho (R$ 38) ou na tábua porquinho de diversões (R$ 94,90), que leva ainda pipocas de porco, porquinhos de quimono, croquetes de joelho de porco e pastéis de pancetta, com molhos de mostarda de abacaxi, barbecue e creme de limão.

No Boteco Rainha, no Leblon, o torresmo de barriga (R$ 32) parece ter sido matematicamente diagramado pelo chef Pedro de Artagão para ter as quantidades precisas de gordura e carne em cada quadradinho, além da capa pururucada sequinha por fora. Ainda que a porção seja farta, sempre fica aquele gostinho de quero mais.

Um dos carros-chefes da dB House: molhadinha por dentro, mas sem perder o croc jamais Foto: Divulgação / Tomás Rangel
Um dos carros-chefes da dB House: molhadinha por dentro, mas sem perder o croc jamais Foto: Divulgação / Tomás Rangel

Todo trabalhado no carisma, o torresmo de barriga à pururuca (R$ 59) da dB House é um dos carros-chefes do cardápio da casa especializada em carnes, com unidades na Barra e na Taquara. Molhadinha por dentro, mas sem perder o croc jamais, a peça de cerca de 400g é servida com molho barbecue artesanal.

Aberto há um ano em Laranjeiras, o QSeFood tem como lema ser lugar de comida feliz. E para se chafurdar de alegria, tem o De Tudo um Porco, a versão de feijão com arroz, acompanhados de barriga de porco com limão e batata frita da casa servidas nas panelinhas (R$ 32,90).

 
 

Pedida certeira no executivo do D’Heaven (R$ 79, com entrada e sobremesa), um dos três restaurante da chef Heaven Dehaye, na Barra, a barriga de porco é servida pururucada, com minibatatas, cebolinha dourada, alho confit, picles de mostarda, purês de maçã verde e de cebola queimada.

Conhecidos como barrinhas de cereal, os torresmos de barriga (R$ 12, cada) do Bode Cheiroso são praticamente uma lenda urbana. É que assim que são anunciados, somem como num passe de mágica. São edições limitadas. A dica é dar plantão por lá ou ficar de olho no Instagram do bar. É, ninguém disse que seria fácil.


O Globo terça, 14 de dezembro de 2021

RÉVEILLON: RIO TERÁ FOGOS, GENTE NA PRAIA E HOTÉIS LOTADOS, MAS NÃO TERÁ RÉVEILLON, DIZ PREFEITO

 

Rio terá fogos, gente na praia e hotéis lotados, mas não terá réveillon, diz prefeito

 

Em fevereiro deverá haver desfile de escolas de samba, bandas e blocos de rua, mas não carnaval

 

 

A suspensão do réveillon do Rio é mais ou menos como a quarentena de cinco dias para estrangeiros que chegam ao Brasil: as autoridades fingem que existe, parte da população acredita e a vida segue (ou não). Juntando tudo, o verão da Ômicron promete. A nova variante já tomou caipirinha no posto 4, aplaudiu o por do sol no Arpoador e foi assaltada no calçadão. O ladrão já está tossindo.


O Globo segunda, 13 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: TRADITO DE PIRARUCU NO RIO GASTRONOMIA - RECEITA AZEITADA PARA O VERÃO

 

Receita azeitada para o verão: tiradito de pirarucu no Rio Gastronomia

Lorena Abreu e Marcelo Scofano apresentam espécie de carpaccio do peixe da Amazônia
Lorena Abreu e Marcelo Scofano ensinam a receita de tiradito de pirarucu Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
Lorena Abreu e Marcelo Scofano ensinam a receita de tiradito de pirarucu Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
 

Quer uma receita leve, refrescante e prática para o verão? Lorena Abreu e Marcelo Scofano, experts em comida saudável e azeites, respectivamente, do Zona Sul, deram a dica perfeita em sua aula no domingo (12) no Auditório Santander Brasil de Saboes do Rio Gastronomia: tiradito de pirarucu, espécie de carpaccio do peixe (não confundir com ceviche!).

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Tendo como ingrediente principal o que chamaram de bacalhau amazônico, a dupla aproveitou para incentivar o consumo consciente:

— Nós, como consumidores, temos o dever de olhar para os produtos sustentáveis. O pirarucu da Amazônia não é um peixe de cativeiro, seu manejo sustentável é feito pelas populações ribeirinhas —  defendeu Scofano.

O tiradito de pirarucu: receita leve para o verão que se aproxima Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
O tiradito de pirarucu: receita leve para o verão que se aproxima Foto: Alex Ferro / Agência O Globo

 

Lorena aproveitou para sugerir a inclusão do prato na ceia de Natal:

 

—  É perfeito para nosso clima. Sua carne firme e macia é muito versátil. Descobri recentemente que dá até para fazer torresmo com a barriga —  disse a chef, grávida de um menino, Artur.

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Para a receita, eles adicionaram uma emulsão de manga, o que confere uma nota adocicada, gengibre, salsa criola (cebola roxa marinada com azeite, limão, pimenta dedo-de-moça e coentro) e raspas de cítricos (pode ser de limão tahiti, siciliano, laranja, tangerina, o que tiver em casa).

Scofano chamou atenção para a importância da escolha do azeite (para a receita sugere o Andorinha da Bela Gil, de características florais), um alimento ancestral de extrema importância funcional.


O Globo domingo, 12 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: COMIDINHAS POR ATÉ R$20 NO RIO GASTRONOMIA

Economizar sem perder o sabor: opções de comidinhas por até R$ 20 no Rio Gastronomia

Do bolinho de arroz com calabresa à porção de linguicinha Black Angus: veja o que você pode encontrar nos restaurantes, quiosques e bikes do evento por este preço
Bolinho de arroz com calabresa. Lívia Ganem saboreou o petisco da Liga dos Botecos Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
Bolinho de arroz com calabresa. Lívia Ganem saboreou o petisco da Liga dos Botecos Foto: Alex Ferro / Agência O Globo
 

O que você comeria neste domingo com R$ 20? Bom, se você for hoje ou do dia 16 até 19 de dezembro ao Rio Gastronomia pode lamber os dedos e ainda voltar para casa com um trocado. Entre os 45 quiosques de bares e restaurantes badalados da cidade, food-trucks e bikes, é possível gastar no máximo duas notas de dez reais. Caso da cerimonialista Lívia Ganem. Gulosa declarada, ela veio ao maior evento do gênero do país acompanhada da mãe, do irmão e da afilhada, mas sem querer gastar muito. A saída? Comprar um petisco aqui e outro ali e dividir, como fizeram com o bolinho de arroz (R$ 10), da Liga dos Botecos.

— Aqui tem muita comida boa a preços em conta. Mas é sempre bom experimentar primeiro. Se gostar, repete — dá a dica Lívia.

E, para quem tem fome de novidade como a cerimonialista e pretende conhecer o máximo de comidinhas que estão no Rio Gastronomia até o próximo domingo, montamos um roteiro com tudo abaixo de R$ 20.

Doutora Brownie: Marmitinha de brownie (R$ 15), confeitada com vários tipos de brigadeiro. Browniedim (R$ 17), uma combinação de brownie com pudim.

Giuseppe Grill: Linguiça de costela de boi Black Angus (R$ 19, duas unidades) ou linguiças defumadas (R$ 16, quatro unidades).

Katita: Bolinho de jiló com linguiça (R$ 5).

Las Empanadas: São seis sabores, todos a R$ 10: carne, carne picante, queijo e cebola, frango e requeijão, integral de berinjela e de chocolate.

Com preço convidativoRio Gastronomia tem dicas de 45 cardápios

Liga dos Botecos: Porquinho de quimono (R$ 18, duas unidades): massa de harumaki com costelinha suína e requeijão com ervas e molho agridoce. Bolinho de arroz recheado com queijo calabresa (R$ 10) e pastel de camarão com creme de limão (R$ 12).

Mamma Jamma: Brownie de chocolate com Nutella (R$ 12).

MIA Cookies: Cookies tradicional, Ninho & Nutella, M&M's, Red Velvet, triplo chocolate, Nutella, noir e manteiga de amendoim (R$ 12, 100g, cada).

Naga: Churros Matchá (R$ 10): churros crocantes com cobertura de chá-verde.

Nolita: Cone de brigadeiro (R$ 16).

Pabu Izakaya: Brownie de chocolate e gergelim (R$ 10).

Talho Capixaba: Empadas de queijo, frango, palmito ou alho-poró (R$ 15, duas unidades). Torta integral de banana ou maçã (R$ 15) e éclair de chocolate, creme ou café (R$ 15).

Venga: Gazpacho de melancia: sopa fria de tomate e melancia (R$ 19).

 

 

 

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio de Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ, iFood e Loft, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.

Domingo, 12

Auditório Senac

13h: O menu degustação com João Diamante.

14h30: Comes e bebes do Zazá Bistrô, com Pedro Lacerda e Rausley Cler.

16h: As canjas do Imperador, com Roland Villard e David Mansaud (Casa Marambaia).

17h30: Duas versões do pirarucu selvagem de manejo, com Ricardo Lapeyre (Escama) e Fabiana Pinheiro (Sallva Bar e Ristorante — DF). Oferecimento Gosto da Amazônia.

19h: Receitas afetivas,  com Rodrigo Guimarães e Bruna Martins, do Mestre do Sabor.

Os melhoresSaiba mais sobre os vencedores do Prêmio Rio Show de Gastronomia

Auditório Santander Brasil de Sabores

13h30: Sabores do Brasil, com Lorena Abreu e Marcelo Scofano. Oferecimento Zona Sul.

15h: Brunch: o novo café da manhã dos brasileiros com influência dos ingredientes nacionais, com Eduardo Araújo (Café 18 do Forte) e Meguru Baba (Coltivi).

16h30: A recente história da alta gastronomia baiana, com Fabrício Lemos e Lisiane Arouca (Origem – BA).

Zona Sul - Aulas com experts

16h: Risoto de verão: com abobrinha e atum marinado, com Piero Cagnin.

17h: Risoto de verão: com abobrinha e atum marinado, com Piero Cagnin.

18h: Cerveja e gastronomia, as combinações mais incríveis, com José Padilha.

19h: Cerveja e gastronomia, as combinações mais incríveis, com José Padilha.

Casa Villarino Bar Senac

14h: Bentô cake (mini bolo), com os instrutores do Senac Lais Almeida e Fabiana de Jesus

16h: Cozinha Vegana, saborosa e criativa, com os instrutores do Senac Gisele Santos e Patricia Barros

18h: Harmonizando com cafés especiais, com a instrutora do Senac Priscila Soares

 

Já comprou o seu ingresso?

As entradas custam R$ 55 (qui e sex, ou R$ 27,50, a meia) e R$ 65 (sáb e dom, ou R$ 32,50, a meia) e estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Crianças de até 10 anos não pagam. Roda-gigante: R$ 15 (individual) e R$ 50  (para quatro pessoas).

Desconto:

Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma 2ª entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no riogastronomia.com.

Cuidado redobrado:

Os protocolos sanitários das autoridades de saúde serão seguidos. Será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.

Onde:

Jockey Club Brasileiro. Praça Santos Dumont 31, Gávea.

Horários:

Qui e sex, das 14h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 23h. Até 19 de dezembro.


O Globo sábado, 11 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: QUANTO TEMPO DURA NA GELADEIRA COMIDA COZIDA?

 

Quanto tempo dura na geladeira a comida cozida?

Alimentos já preparados tendem a se manter bons por mais tempo em condições adequadas de refrigeração do que alimentos crus
Saiba acondicionar os alimentos crus e cozidos na geladeira Foto: Freepik
Saiba acondicionar os alimentos crus e cozidos na geladeira Foto: Freepik
 

MADRID - Esta é uma questão muito importante, não só para a nossa saúde individual, mas também para evitar o enorme desperdício de alimentos que ocorre no mundo desenvolvido. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que jogamos fora 1,3 bilhão de toneladas de comida por ano. Essa perda de alimentos limita a capacidade da sociedade de alimentar de forma sustentável uma população em crescimento, além de ser um problema ético, uma vez que mais de um bilhão de pessoas (11% da população) passam fome no mundo.

O desprezo massivo pelos recursos e seu impacto ambiental tornaram a redução do desperdício de alimentos uma importante estratégia de mitigação ambiental e uma das metas atuais de desenvolvimento sustentável.

Bem-estar: Como está seu cocô?

Os cidadãos europeus, por exemplo, são os primeiros a desperdiçar alimentos na cadeia alimentar, uma vez que 53% dos resíduos provêm das famílias, seguidos da indústria alimentar (19%) e dos serviços de catering e restaurantes (12%). Alguns hábitos alimentares atuais, como comprar mais comida do que o necessário, servir porções excessivas nos pratos, jogar sobras no lixo, conservar mal os alimentos ou descartar fora os produtos embalados quando o prazo de validade já passou, contribuem para os números exorbitantes de desperdício alimentar na União Europeia.

A correta conservação dos alimentos é, em muitos casos, a melhor forma de minimizar o desperdício.

O tempo de cada alimento na geladeira Foto: Editoria de Arte
O tempo de cada alimento na geladeira Foto: Editoria de Arte

Os alimentos frescos deterioram-se com o tempo devido à ação de organismos vivos, à ação físico-química do meio ambiente e à atividade biológica dos próprios alimentos. Esta deterioração implica na redução das características organolépticas (sabor, cheiro, etc.) e do valor nutricional, além de comprometer a segurança microbiológica dos alimentos.

Para a correta preservação de muitas comidas, o frio é a melhor opção, pois retarda os processos biológicos que permitem a proliferação de bactérias e outros microrganismos responsáveis por sua degradação. Por isso, em muitos casos, recomenda-se manter esses produtos na geladeira ou mesmo congelá-los quando seu consumo não for imediato. Em outros casos, o armazenamento refrigerado é totalmente contraindicado, como no caso da banana, cujo amadurecimento ótimo ocorre à temperatura ambiente (15-20°C) enquanto o armazenamento refrigerado leva à perda de sabor e aceleração de sua degradação.

 
 

Evite a contaminação cruzada

O principal objetivo do cozimento de alimentos é modificar suas propriedades físico-químicas e suas características organolépticas para torná-los digeríveis e eliminar possíveis microrganismos presentes nos alimentos crus. Ao cozinhar, lembre-se de que cada técnica os afeta de forma diferente do ponto de vista nutricional. Após o preparo, uma vez que o vapor dos alimentos tenha evaporado, cubra-os e guarde-os na geladeira. Não devem ser deixados fora da geladeira para esfriar completamente, pois o aumento da temperatura pode favorecer o crescimento de micro-organismos.

Quando temos grandes quantidades de preparos, como guisados e assados de carne, para acelerar o seu resfriamento devem ser divididos em porções menores. Não é recomendável sobrecarregar o refrigerador com alimentos quentes, pois isso aumentará a temperatura geral do aparelho e a possibilidade de crescimento de bactérias nos pratos.

Alimentos cozidos não devem ser armazenados na geladeira junto com alimentos crus, para evitar contaminação cruzada direta. Alimentos cozidos podem ser recontaminados por meio de vegetais ou carnes cruas, como frango. Aquecê-los na hora do consumo e ou colocá-los no micro-ondas não é suficiente para eliminar a possível carga poluente. Por esse motivo, recomenda-se colocar os alimentos cozidos nas bandejas superiores da geladeira, para evitar pingos dos crus, que ficam mais bem armazenados em recipientes fechados e localizados nas bandejas inferiores para evitar completamente o contato entre eles.

Uma vez que, quando cozinhamos os alimentos, estamos eliminando possíveis microrganismos presentes neles, os alimentos cozidos tendem a durar mais tempo em condições de refrigeração adequadas do que os alimentos crus.

Carnes cozidas geralmente precisam de temperaturas de refrigeração entre 1ºC e 4°C, e podem ser mantidas na geladeira por um período de um a quatro dias, dependendo do tipo de carne, do teor de gordura e da forma como a carne é preparada. Especificamente, caldos de carne, recomenda-se mantê-los refrigerados por no máximo dois dias. Frutos do mar e peixes cozidos podem ser mantidos refrigerados por três a quatro dias, sendo os mais perecíveis aqueles com maior teor de gordura.

No caso de vegetais cozidos, recomenda-se que sejam resfriados e secos, e mantidos por três a cinco dias na geladeira, pois a presença de água pode acelerar sua degradação. Já os ovos cozidos podem ser mantidos refrigerados por até no máximo uma semana, desde que a integridade da casca não seja alterada. Lembrando que com o passar dos dias, a clara endurece, modificando sua textura. No caso de ovos cozidos sem casca, devem ser mantidos frios por um período máximo de 24 horas.


O Globo sexta, 10 de dezembro de 2021

BRASILEIRÃO - PREMIAÇÃO: QUANTO CADA CLUBE GANHOU COM A CLASSIFICAÇÃO FINAL

Premiação do Brasileirão: quanto cada clube ganhou com a classificação final

Última rodada promoveu mudanças na tabela e definiu a quantia que cada clube receberá pelo desempenho
Campeão, o Atlético-MG ficou com o maior prêmio Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Campeão, o Atlético-MG ficou com o maior prêmio Foto: Lucas Figueiredo/CBF
 

As brigas pela Libertadores e contra o rebaixamento deixaram o torcedor em estado de nervos ao longo da última rodada do Brasileiro. Mas, para os clubes, estas não são as únicas definições que importam. A premiação por desempenho também é um atrativo. E, com o desfecho do campeonato, já é possível saber quanto cada um embolsou.

Conheça:Os nove brasileiros que vão à Libertadores e o que se pode esperar deles

Cada posição na tabela vale uma quantia diferente em termos de premiação. Um valor que varia de R$ 11 milhões (destinado ao 16º colocado) a R$ 33 milhões (para o campeão). Apenas os quatro últimos não têm direito a esta receita.

Grêmio:Rebaixado, clube vai reduzir gastos, mas ainda assim deverá ter o elenco mais caro da Série B

Este valor é equivalente à terceira parcela do contrato de televisionamento. Em vigor desde a edição de 2019, o modelo prevê o pagamento em três cotas. A primeira, de 40% do total, é compartilhada igualmente entre os 20 participantes. A segunda, de 30%, é distribuída conforme o número de jogos transmitidos de cada time. A última, também de 30%, varia com a classificação fina

 

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Veja a lista de prêmios em dinheiro e leia as observações no fim:

  • Atlético-MG: R$ 33 milhões
  • Flamengo: R$ 31,3 milhões
  • Palmeiras: R$ 29,7 milhões
  • Fortaleza: R$ 28 milhões
  • Corinthians: R$ 26,4 milhões
  • Bragantino: R$ 24,7 milhões
  • Fluminense: R$ 23,1 milhões
  • América-MG: R$ 21,4 milhões
  • Atlético-GO: R$ 19,8 milhões
  • Santos: R$ 18,1 milhões
  • Ceará: R$ 15,5 milhões
  • Internacional: R$ 14,6 milhões
  • São Paulo: R$ 13,7 milhões
  • Athletico: R$ 12,8 milhões
  • Cuiabá: R$ 11,9 milhões
  • Juventude: R$ 11 milhões

Palmeiras, Santos, Athletico-PR, Ceará, Bahia, Chapecoense e Fortaleza podem apresentar alguma variação na premiação final do campeonato por terem assinado com a Turner para transmitir seus jogos na TV fechada. As demais equipes possuem contrato com a Rede Globo (TV aberta, Premiere e SporTV).


O Globo quinta, 09 de dezembro de 2021

CNEMA: AMOR, SUBLIME AMOR, VERSÃO DE SPIELBERG ATUALIZA ROMANCE PROIBIDO ENTRE BRANCO E HISPÂNICA EM NY NOS ANOS 1950

 

'Amor, sublime amor': versão de Spielberg para musical atualiza romance proibido entre branco e hispânica na NY dos anos 1950

Filme estreia nesta quinta (9); em lançamento, diretor lamentou ausência de Stephen Sondheim, letrista de "West Side story" e mais tarde compositor da Broadway, morto em novembro
Ariana DeBose como Anita e David Alvarez como Bernardo em 'West Side Story' Foto: Niko Tavernise / Agência O Globo
Ariana DeBose como Anita e David Alvarez como Bernardo em 'West Side Story' Foto: Niko Tavernise / Agência O Globo
 

“Esta noite não é o que eu antecipava”, lamentou Steven Spielberg em 29 de novembro, no Lincoln Center de Nova York. A casa lotada, e o evento transmitido ao vivo também para o lotadíssimo teatro Zanuck, no coração dos estúdios Twentieth Century, em Los Angeles, marcava a primeira exibição de “Amor, sublime amor”, a versão spielberguiana de “West Side Story”, clássico da Broadway e de Hollywood.

Deveria ser uma noite de festa, mas Spielberg estava claramente emocionado — havia, nas suas palavras, uma poltrona vazia na casa.

— Sou muito grato a todos vocês, mas temos uma imensa ausência: a de Stephen Sondheim — disse Spielberg, controlando sua emoção ao lembrar o compositor, que morreu dia 26. — Como eu poderia imaginar que ele nos deixaria no momento em que começa a jornada deste filme? As letras incríveis de “Amor, sublime amor” puseram Stephen no mapa, mudando não só sua carreira mas todo o mapa da Broadway, reinventando o musical e o teatro. Como Ben Johnson disse sobre Shakespeare, Sondheim não é para nossos tempos, é para a eternidade.

O Lincoln Center era o lugar exato para mostrar às comunidades de cinema e teatro a nova versão da peça de 1957 (que foi levada aos cinemas em 1961, com Richard Beymer e Natalie Wood interpretando o casal Tony e Maria). A história de 2021 começa nas ruínas de um quarteirão de moradias modestas, demolidas em nome da arte e do dinheiro: nos anos pós-guerra de fato o Upper West Side, bairro de latinos e imigrantes de todo tipo, foi demolido para dar lugar a prédios de luxo, e ao próprio Lincoln Center.

Na visão de Spielberg, a história dos anos 50 — um Romeu e Julieta marcado não pela rivalidade entre famílias, mas por gangues de imigrantes brancos e de porto-riquenhos — ecoa nos dias de hoje.

— O tema de grupos de pessoas que não se entendem e se toleram é algo tão antigo quanto a Humanidade — comparou ele. — As diferenças entre os Sharks e os Jets de 1957 eram profundas. Mas não são tão profundas como as que temos hoje. As diferenças de hoje são imensas e alimentaram nosso roteiro. Num certo sentido, a história ficou ainda mais focada em divisões raciais do que nas divisões territoriais da primeira versão desta narrativa, que foi a peça.

 

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“Amor, sublime amor” entrou na vida de Spielberg muito cedo. Ele conta que foi o primeiro disco de um musical que a família comprou e deixava que as crianças ouvissem (“Foi a trilha da minha infância”). A superposição das crises geradas por questões como racismoe xenofobia (“não apenas nos Estados Unidos, mas ao redor do mundo”, diz ele), inspirou sua “tremenda ousadia” de interpretar o mundo criado por quatro grandes artistas:

— Sondheim, autor das letras; Arthur Laurents, que pegou uma obra-prima de Shakespeare e colocou sua essência nas ruas de Nova York; Leonard Bernstein, que compôs uma trilha ao mesmo tempo doída, linda, emotiva e viva, tão viva! Ela não pode ser descrita, precisa ser ouvida. Minha ousadia foi colocar o tema na realidade que estamos vivendo, mantendo o mundo desses quatro nos anos 1950.

Longo trajeto

A retomada de “Amor, sublime amor” veio dos executivos da 20th Century, animados especialmente pela paixão de Rita Moreno — uma das estrelas do filme de 1961 — que se tornou uma das produtoras da nova versão, na qual ganhou um papel especial. O projeto começou em 2014 e tomou forma quatro anos depois, quando o dramaturgo Tony Kushner, premiado autor de “Angels in America”, entregou o roteiro e Spielberg assumiu a direção logo depois.

Kushner, ter liberdade para mudar a ordem das canções e elementos da trama, inclusive o desenvolvimento de personagens secundários (como a dona da lojinha, que era um homem na versão da peça e do filme de 1961, e agora é o papel de Rita Moreno). Na questão do elenco, ter prioridade para atores novos.

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O elenco veio de várias sessões de testes abertos —fora Rita Moreno, Ansel Elgort (Tony), Corey Stoll (tenente Schrank) e David Alvarez (Bernardo), todos são atores e dançarinos de começo de carreira, estreando em grande escala. Entre eles, a youtuber Rachel Zeigler, filha de colombianos e poloneses, com uma carreira em escolas e circuitos teatrais do interior, e que agora rouba cada cena como a nova Maria (e já está contratada para ser a nova Branca de Neve num filme da Disney).

As filmagens, em 2019, foram divididas entre as ruas do Harlem e de New Jersey, e sets construídos nos Steiner Studios, no Brooklyn. Durante todo o tempo, Spielberg contou com a parceria e a presença de Stephen Sondheim.

— Ele foi uma parte essencial da nossa versão de “Amor, sublime amor” —diz Spielberg. —Da primeira versão do roteiro até todas as sessões de gravação das músicas, ele estava conosco, sem falta. Ouvindo com os olhos fechados, ele ficava em transe. Em transe total, o rosto mudando a cada compasso. Muitas vezes, eu percebia que estava olhando para ele em vez de estar vendo os atores, porque as reações de Stephen refletiam exatamente o que todos estavam interpretando. Nossa amizade foi selada com nosso trabalho em “Amor, sublime amor”.


O Globo quarta, 08 de dezembro de 2021

BRASILEIRÃO - O GLOBO ELEGE AS 10 MAIORES REVELAÇÕES DO BRASILEIRÃO 2021; CONFIRA A LISTA

O GLOBO elege as 10 maiores revelações do Brasileirão 2021; confira a lista

André, do Fluminense, foi eleito o melhor sub-23 da competição
O GLOBO elege as 10 maiores revelações do Brasileirão 2021; confira a lista Foto: Editoria de Arte
O GLOBO elege as 10 maiores revelações do Brasileirão 2021; confira a lista Foto: Editoria de Arte
 

A máxima segundo a qual o futebol é dinâmico resume bem a temporada de André. No primeiro semestre, o meio-campista chegou a ficar três meses sem jogar, o que levou o Fluminense a cogitar emprestá-lo a clubes da Série B, onde ganharia rodagem. Mas o rio mudou seu curso quando o experiente Hudson sofreu uma grave lesão, abrindo a brecha para o jovem de 20 anos seguir no elenco e, aos poucos, conquistar seu espaço. Do Fla-Flu de julho, quando marcou o gol da vitória tricolor, até a titularidade cativa com o técnico Marcão, André mostrou as credenciais que fazem dele a maior revelação do Campeonato Brasileiro de 2021, segundo a equipe de Esportes do GLOBO e analistas de futebol convidados.

 

 

 

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Capitão da badalada Geração de Ouro de Xerém — safra de onde também saíram Marcos Paulo, João Pedro e outras joias —, André caiu nas graças da torcida na campanha que deverá ver o Fluminense confirmado na próxima Libertadores. Essa transformação se deu após a mudança de Roger Machado por Marcão no comando do time. A revelação admite que seu estilo de jogo “encaixou melhor” com a proposta do atual comandante. Há dois meses, André estendeu seu contrato com o tricolor até o fim de 2024.

— André é um jogador muito forte, que esconde muito bem a bola, tem uma saída apoiada muito boa. Faz um movimento que poucos fazem. Tem tudo para se firmar como um dos grandes do futebol brasileiro — disse Marcão. 

Para este ranking de revelações, elaborado pelo GLOBO pelo quinto ano seguido, foram considerados apenas os jogadores sub-23, que disputaram ao menos um terço das partidas desta Série A e que não haviam feito volume superior de jogos em edições anteriores.

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A turma de 2021 se destacou pela solidez, apesar da pouca idade. Não são necessariamente estrelas badaladas, prometidas prematuramente por dezenas de milhões de euros a clubes europeus, mas talentos consistentes, acionados regularmente na temporada. É o caso de Vanderson, segundo colocado do ranking e uma das poucas boas notícias de um Grêmio que caminha para a segunda divisão. O lateral participou de 30 partidas neste Brasileirão, muitas delas como titular.

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O pódio se completa com o talento mais jovem da lista: o zagueiro Kaiky, de 17 anos, mais um Menino da Vila. Ele disputou 15 partidas com a camisa do Santos nesta Série A e tem aproveitado a oportunidade como titular nesta reta final. 

As outras revelações

André é o quinto jogador a ser eleito a revelação do Brasileirão pelo GLOBO e o segundo a sê-lo com a camisa do Fluminense, depois de Pedro, hoje no Flamengo, levar a melhor em 2018.

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O primeiro escolhido, em 2017, foi o meio-campista Arthur, um dos destaques do Grêmio campeão da Libertadores sob o comando de Renato Gaúcho. Apesar dos 21 anos à época, o jogador era o “dono” do meio-campo — tanto que chamou a atenção do Barcelona, para onde se transferiu. A jornada na Europa, porém, tem sido de altos e baixos, agora no banco da Juventus.

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O futuro de Pedro, eleito no ano seguinte, também envolveu uma passagem pelo Velho Continente: ele foi vendido à Fiorentina, da Itália, mas logo depois repassado por empréstimo ao Flamengo, que adquiriria seus direitos em definitivo e o transformaria em 12º jogador e sombra de Gabigol.

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No rubro-negro, Pedro tem a companhia de Michael, a revelação de 2019 enquanto defendia o Goiás. Recomendado por Jorge Jesus, o atacante teve dificuldades em seu primeiro ano no Flamengo, mas brilhou, enfim, nos últimos meses de 2021, durante a criticada gestão de Renato Gaúcho.

 

Já no ano passado, a principal revelação do campeonato foi o palmeirense Gabriel Menino. Depois da convocação para a seleção brasileira e do ouro olímpico em Tóquio, o versátil jogador — que atua no meio e na lateral direita — tentará recuperar o prestígio perdido com o técnico Abel Ferreira nesta temporada. 

(Votaram Alexandre Lozetti, Ana Thaís Matos, Bernardo Coimbra, Bruno Marinho, Carlos Eduardo Mansur, João Pedro Fonseca, Leonardo Miranda, Marcello Neves, Martín Fernandez, Paulo Vinícius Coelho, Rafael Oliveira, Tatiana Furtado e Vitor Seta)


O Globo terça, 07 de dezembro de 2021

MILA MOREIRA SE ENCANTOU: SE MORER AMANHÃ, JÁ FIZ TUDO O QUE QUERIA, DISSE A ATRIZ

 

Mila Moreira: 'Se morrer amanhã, já fiz tudo o que queria', disse atriz

 

Mila Moreira em sua casa, num registro de 2003: 'Vivo bem, namoro, me divirto'

 

 

A sociedade questiona mulheres que não têm filhos. É como se a pessoa a partir de certa idade precisasse, constantemente, explicar por que motivos não se tornara mãe. A atriz Mila Moreira, que faleceu nesta segunda-feira, aos 75 anos, encarava esse tipo de pergunta durante entrevistas de forma bastante direta, dizendo que não teve filhos por opção e era muito feliz assim. Da mesma forma, desde o início da conservadora década de 1980, Mila já exaltava sua individualidade ao afirmar que não dependia de estar acompanhada para se sentir bem.

Mila Moreira: Relembre a trajetória da atriz, que faleceu nesta segunda

- Descobri que é muito importante ficar só, embora também saiba que nunca se deve dizer "desta água não beberei". Eu já bebi todas. Algumas foram remédios, com outras me envenenei. Mas quero curtir minha liberdade, viver minha carreira, minha casa, as viagens. Sem compromisso afetivo. Ando muito pouco exigente com meu conceito de felicidade. Ser feliz é estar vivo. O resto acontece naturalmente. Até o amor - disse a atriz ao GLOBO em agosto de 1982, aos 36 anos, quando estava no ar na novela "Elas por elas", de Cassiano Gabus Mendes.

 

Mila Moreira na época da novela 'Marron Glacê', em 1979
 

 

Três anos depois, em setembro de 1987, Mila interpretava Mumu Soares Sampaio em "Bambolê", a sua nona novela desde que havia deixado a carreira nas passarelas para se tornar atriz, nos anos 1970. Diante de uma pergunta que a fez refletir sobre os rumos tomados por sua vida, ela afirmou que nunca deixava de se questionar sobre isso, mas se considerava feliz com suas escolhas.

Mila Moreira: Atriz se afastou da TV devido a síndrome do pânico

- Eu me questiono sem parar e, às vezes, penso se não estaria melhor com os filhos que nunca tive, embora já tenha me casado. Também não fiz faculdade, só me formei em Contabilidade, e me pergunto se não seria bom voltar a estudar. Mas, em compensação, se eu não seguisse o caminho que segui, jamais teria viajado tanto. Tudo na vida tem duas mãos, é preciso abdicar de uma, e eu acho ótima a vida que escolhi. Além disso, sou otimista e me considero feliz. Aliás, tenho horror a gente negativa. Estar viva, ter saúde e trabalhar já é um privilégio.

Em 2010, aos 64 anos, quando interpretava uma guru da moda na novela "Ti ti ti", Mila continuava com a postura de autoconfiança e sem arrependimentos diante da vida. De acordo com uma entrevista à "Revista da TV", do GLOBO, a atriz vinha lidando de forma tranquila com as dores e as delícias do envelhecimento.

 

Mila Moreira e Tony Ramos durante troca de presentes no Natal de 1979

 

 

- Cuido da pele, sem exagero. Sou magra, mas tenho flacidez. Por isso, faço ginástica - contou, sem saudosismo: - Eu tive o meu tempo e brilhei. Fui ótima modelo e sigo como atriz. Vivo bem, namoro, me divirto. Tenho amigos que envelhecem comigo, brincamos com a própria terceira idade. É o ciclo da vida. Como dizia para a mamãe, se eu morrer amanhã, já fiz tudo o que queria. Só me entristece ver quem ainda perde tempo com bobagem. “Tomorrow is another day” é a melhor frase do mundo.

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Seis anos mais tarde, a artista nascida em São Paulo, filha de pais portugueses, vivia Gioconda Moretto Ferrari, a Gigi, na novela "Lei do Amor'. Àquela altura, após quase 30 produções para a TV e com a experiência de seis casamentos (ela já foi casada com o ator Luís Gustavo, o produtor musical Ronaldo Bôscoli e o designer Hans Donner, entre outros), a artista parecia ainda mais convicta a respeito dos caminhos que tomara na vida.

- Como não tive filhos, sempre foi fácil casar. Pensei em ter, mas estava sempre trabalhando e viajando. Não conseguiria criá-los, acho que criança tem que ter mãe. Além disso, nunca me senti segura financeiramente. Quando comecei não se ganhava o dinheiro que se ganha hoje.

 

Mila Moreira em 1982 com o ator Luís Gustavo, com quem foi casada

O Globo segunda, 06 de dezembro de 2021

FUTEBOL - MARACANÃ TERÁ GRAMADO HÍBRIDO EM 2022

 

Maracanã terá gramado híbrido para suportar 2022; saiba os detalhes

Estádio ficará fechado por 80 dias após fim do Brasileiro; possível ida do Vasco para concessão não é recomendada por CEO
Maracanã trocará gramado Foto: Divulgação
Maracanã trocará gramado Foto: Divulgação
 
 

O Maracanã ficará fechado por cerca de 80 dias, após o fim do Campeonato Brasileiro. A empresa que gere o estádio vai reformar o campo de jogo para a temporada de 2022. A principal novidade será a inclusão de grama sintética.

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O material artificial fará companhia ao gramado natural, que também sofrerá mudanças. A instalação de rolos de grama, prática em voga desde 2013, quando o estádio foi reaberto, deixará de acontecer. A ideia é voltar a plantar mudas no campo de jogo.

De acordo com Severiano Braga, CEO do Maracanã, a proporção será de 90% de grama natural e o restante de sintética, a ser “costurada” pela empresa suíça “GrassMax Systems”. A grama natural, plantada, possui capacidade de recuperação mais rápida depois das partidas do que o gramado de rolo. Para completar, a inclusão da grama sintética aumentará a qualidade da grama natural, uma vez que as perfurações no solo para a “costura” do gramado artificial criam pequenos canais que aumentam a absorção de água e nutrientes. 

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A reforma do gramado deverá custar entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões, dinheiro que sairá do caixa da empresa responsável pela gestão do estádio, criada por Flamengo e Fluminense depois que os clubes assumiram a concessão do palco das finais das Copas do Mundo de 1950 e 2014. A ideia é finalizar o trabalho a tempo de o Maracanã receber a decisão do Campeonato Carioca de 2022.

—Vamos retirar entre 10cm e 15cm de terra. Depois, vamos entrar com a areia, fazer o caimento, e realizar o plantio da grama. Em seguida, é colocar água, adubo e esperar crescer — explicou Braga.

Sobrecarregado

A intervenção visa diminuir os problemas com o gramado do Maracanã. O campo é alvo de críticas recorrentes devido ao seu estado.

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Entre algumas dificuldades estruturais — parte do gramado passa cinco meses por ano na sombra e a falta de sol atrapalha o crescimento da grama—, o que mais atenta contra a qualidade do campo de jogo é a maratona de partidas a que ele é submetido.

Segundo Severiano Braga, o Maracanã recebeu 70 partidas em 2021. O número é grande por ser onde Flamengo e Fluminense mandam suas partidas. São Januário, casa do Vasco, e Nilton Santos, estádio do Botafogo, receberam na temporada 45 e 48 jogos, respectivamente, no levantamento da empresa que gere o estádio.

 
 

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Quando comparado a estádios estrangeiros, a diferença é ainda maior: Camp Nou, casa do Barcelona, recebeu 22 partidas em 2021. O Anfield, estádio do Liverpool, 25. Isso ajuda a explicar a diferença na qualidade do gramado.

Já sobrecarregado com Flamengo e Fluminense, o Maracanã pode receber partidas do Vasco em 2022. O clube de São Januário deseja participar da nova gestão do estádio: o Governo do Estado do Rio vai abrir licitação para definir quem ficará com a concessão do estádio pelos próximos 20 anos.

— Já está difícil manter o campo bom com a quantidade de jogos atual. Eu não recomendo que mais um time jogue no Maracanã. Essa estrutura que vamos instalar vai suportar a carga que temos hoje. Mais jogos do que já temos será um absurdo, via prejudicar demais a qualidade do espetáculo — afirmou Severiano Braga.


O Globo domingo, 05 de dezembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: COMEÇA NA QUINTA-FEIRA, COOM PREÇOS CONVIDATIVOS E DICAS DE 45 CARDÁPIOS

 

Rio Gastronomia 2021: Com preço convidativo, edição começa na quinta-feira com dicas de 45 cardápios

Evento no Jockey terá aulas com estrelas da cozinha, shows de grandes nomes da música brasileira, feiras de pequenos produtores e atividades para a criançada
Novidade. Ricardo Lapeyre, chef do Escama, serve arroz de bacalhau do Laguiole (R$ 38): homenagem à antiga casa Foto: Tomás Rangel / Divulgação
Novidade. Ricardo Lapeyre, chef do Escama, serve arroz de bacalhau do Laguiole (R$ 38): homenagem à antiga casa Foto: Tomás Rangel / Divulgação
 

Aulas com estrelas da cozinha, shows de grandes nomes da música brasileira, feiras de pequenos produtores, atividades para a criançada. É variado o cardápio da 11ª edição do Rio Gastronomia, o maior evento do gênero no país, de volta ao Jockey entre 9 e 12 e 16 e 19 de dezembro. Neste menu, claro, também entram os comes e bebes de cerca de 45 bares, restaurantes, food-trucks e bikes badalados que vão levar suas criações ao Pião do Prado. Nesta parte mais apetitosa do programa, fique de olho no prato Rio Gastronomia, sugestão especial de cada participante servida por R$ 25.

Ingressos à venda para o 11º Rio Gastronomia:garanta o seu

Nesta aguardada volta ao formato presencial, o visitante tem a oportunidade de provar receitas que fazem a fama da gastronomia carioca a preços atraentes.

Alguns campeões de edições anteriores estão de volta: sucesso em 2019 no Píer Mauá, a portuguesa Gruta de Santo Antônio, casa de reputação merecida em Niterói, atingiu a formidável marca de doze mil bolinhos de bacalhau servidos em um único dia. O petisco é vendido por dúzia (R$ 35) e na versão recheada com queijo Serra da Estrela (R$ 20 a unidade).

 

Bolo de chocolate imbatível

Presença assídua no evento, o chef Pedro de Artagão reúne hits próprios, como o torresmo de barriga (R$ 32) do Boteco Rainha e o imbatível bolo quente de chocolate com brigadeiro do Irajá (R$ 28), que teve 3,5 mil unidades vendidas em 2018.

Nomeado recentemente patrimônio cultural imaterial do Rio, o bolinho de feijoada teve sua receita compartilhada pela criadora Kátia Barbosa na edição de 2013. O quitute chegou a ter duas mil porções vendidas em um dia, e será atração do Katita, nova marca da chef, por R$ 6.

Rio Gastronomia 2021:conheça a programação gratuita com aulas de chefs

Além dos veteranos, há estreantes como o QuiQui, concorrido quiosque em São Conrado, e o Yayá, negócio da chef Andressa Cabral com a yabassê (cozinheira dos orixás) Carmem Virgínia. O QuiQui serve comidinhas de sabor praiano, como pastel de bobó de camarão (R$ 25, duas unidades), e o segundo, dedicado à comida popular e preta brasileira, divide espaço com delícias do Meza Bar, outro endereço de Andressa. Tem mini acarajé (R$ 35) e “burrito” de língua na cerveja preta com batata (R$ 25).

Aberto este ano, o Escama, casa de frutos do mar do chef Ricardo Lapeyre, também estreia nessa lista.

— A cidade sentiu falta do Rio Gastronomia, estou muito feliz com essa volta. Já participei algumas vezes à frente do Laguiole, mas é uma alegria debutar com o Escama — diz Lapeyre, que vai preparar o arroz de bacalhau do Laguiole (R$ 38), homenagem à sua antiga casa.

 

Ao vivoconheça as atrações musicais do Rio Gastronomia 2021

Já comprou o seu ingresso?

Os bilhetes do segundo lote custam R$ 50 (quinta e sexta) e R$ 60 (sábado e domingo). Os ingressos estão à venda pelo site ingressocerto.com/riogastronomia. Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, mediante uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma segunda entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes do GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no site do Ingresso Certo.

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ, iFood e Loft, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.


O Globo sábado, 04 de dezembro de 2021

URCA COMPLETA 100 ANOS EM 2022, E LIVRO COMEMORATIVO DÁ INÍCIO AOS FESTEJOS

 

Urca completa 100 anos em 2022 e livro comemorativo dá início aos festejos

Até 1921, a urbanização da região se resumia a uma via, a Avenida Pasteur. Nem o nome 'Urca' existia
Bairro completa 100 anos em 2022 e livro comemorativo dá início aos festejos Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo
Bairro completa 100 anos em 2022 e livro comemorativo dá início aos festejos Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo
 

RIO — O Rio nasceu por lá, tal como aprendemos na escola, mas os primeiros cariocas, acossados pelos índios, donos da terra, logo buscaram pouso mais seguro nas alturas do Morro do Castelo. Na primeira metade do século passado, os dois primeiros focos de ocupação da cidade se aproximaram mais uma vez: restos da derrubada do histórico monte no Centro acabaram usados no aterro onde, em 1922, se ergueu um novo bairro. A Urca, nascida sobre as águas da baía, e no local de fundação da cidade, está a caminho dos 100 anos.

 Até 1921, a urbanização da região se resumia a uma via, a Avenida Pasteur. Nem o nome “Urca” existia. No ano seguinte o bairro como hoje conhecemos — com monumentos naturais emoldurando um dos recantos mais charmosos da cidade — ganhou vida. Toda essa trajetória da ocupação urbana na entrada da Baía, onde Estácio de Sá criou uma pequena vila fortificada aos pés do Morro Cara de Cão em 1º de março de 1565, batizada então como São Sebastião do Rio de Janeiro, começa a ser resgatada para o centenário do bairro. Os festejos, capitaneados pela Associação de Moradores da Urca (Amour), seguirão ao longo dos meses. Até janeiro, por exemplo, é possível se inscrever no Concurso de Pintura do Centenário da Escola de Educação Física do Exército e da Urca.

Nestes primeiros 100 anos, o bairro ganhou características próprias, como a proximidade com a natureza e a vocação turística. Só o Bondinho Pão de Açúcar — que surgiu antes do bairro, em 1912 — recebeu em novembro 78 mil visitantes. A Urca concentra ainda o maior complexo de escalada urbana do Brasil, com cerca de 350 vias, além da trilha mais percorrida do Rio, a do Morro da Urca, que sai da Pista Claudio Coutinho. Por ela chegam a passar mais de 20 mil pessoas por mês. Degradada no passado, hoje é um exemplo no Brasil de manejo de trilha de visitação intensa:

— Hoje a vida está totalmente recuperada por causa da parceria entre o Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e Urca e o Bondinho, que adotou a trilha e a Pista Claudio Coutinho — explica Delson Queiroz, diretor da Federação de Esportes de Montanha do Rio de Janeiro (Femerj) e representante da entidade no Conselho Consultivo do Monumento Nacional Pão de Açúcar, que integra área patrimônio da humanidade declarada pela Unesco.

 

Pelo bairro, também começou no Rio, e no país, a popularização do va’ a, ou canoa polinésia. O primeiro clube do esporte, o Rio Va’ a, que começou suas atividades em 2001 e está baseado na Praia da Urca, segue atuante como associação sem fins lucrativos. Recebe, inclusive, crianças da Escola Municipal Minas Gerais para aulas de educação física.

—A Urca acolheu tão bem o esporte que as canoas viraram parte da paisagem. O bairro é um lugar à parte, onde os moradores se conhecem e as pessoas se cumprimentam nas ruas. Me lembra cidades do interior da Feança— comenta Nicolas Bourlon, francês de Marselha, um dos pioneiros da canoa polinésia aqui e que vive com a família na Urca.

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Uma das lutas dos moradores é preservar o clima de tranquilidade: no primeiro semestre deste ano, a Urca registrou apenas 9 roubos, ou 0,03% dos casos na capital. Para efeito de comparação, Botafogo teve 366 ocorrências no período. O cenário local é outro atrativo. Com casas de diferentes estilos, em parte preservadas, além de prédios baixos, abriga edifícios históricos, como o antigo Hospício dos Alienados D. Pedro II, hoje campus da UFRJ.

 

— É um bairro residencial, a maioria dos prédios não tem garagem. É importante um olhar diferenciado para a Urca, que tem um monumento natural e respira cultura. Na farmácia te conhecem pelo nome e no mercadinho ainda é possível comprar fiado — diz a presidente da Amour, Juliana Freire, antes de ressaltar que nem tudo são flores: — Hoje nós ficamos chateados com a confusão na mureta. Todo mundo pode desfrutar desse bairro encantador, onde Carmen Miranda se lançou para o mundo, no Cassino da Urca. Mas o que não queremos é bagunça.

 

Mureta

A famosa mureta à beira-mar, em alguns trechos chamada de “pobreta” (pela turma levar sua bebida ou comprar de camelô), é um ponto de encontro no pôr do sol para gente de toda a cidade. De frente para ela, na Avenida Portugal,vive o Rei Roberto Carlos, que outro dia virou notícia ao enguiçar no bairro seu Audi vermelho.

— O fato de poder tomar cerveja ao ar livre é o que me traz para cá. E sou da mureta e da pobreta — brincava o mineiro Geraldo Rocha, há 15 anos no Rio, enquanto comia um pastel de camarão do Bar Urca, Patrimônio Cultural Carioca.

Feirante na Urca, Mariana Silveira, que tem uma barraquinha de shitake e outros produtos, gosta de desfrutar com a namorada de Uberaba, em Minas, o mar, sempre limpo, da Praia Vermelha e o silêncio da mata:

— Para mim, a Urca é o interior dentro da cidade. É um lugar de grande sossego para andar de bicicleta e de segurança. Aqui, estrangeiros e o cotidiano se integram.

A educadora Martha Serra, há 35 anos bairro, conta que há famílias desde a fundação da Urca, cujo nome vem do morro, que lembraria uma antiga embarcação holandesa assim chamada. Martha é uma que fica de olho em qualquer legislação urbanística proposta que possa afetar o seu “quintal”. Moradores estão sempre em vigilância:

— Faz parte da gente esse amor pela Urca — resume.

 


O Globo sexta, 03 de dezembro de 2021

BRASILEIRÃO - TÍTULO DO ATLÉTICO-MG TEM GOSTO DE REPARAÇÃO HISTÓRICA

 

Título do Atlético-MG tem gosto de reparação histórica, mas diz mais do futuro do que sobre o passado alvinegro

Galo chega ao troféu nacional 50 anos depois do primeiro e vislumbra anos promissores com novo estádio e maior receita
 
Pedro Souza / Atletico

A imagem de Hulk com o braço direito erguido e punho cerrado prestando reverência ao ex-atacante Reinaldo, que assistia a tudo de olhos marejados da tribuna do Mineirão, domingo passado, é um dos momentos simbólicos da campanha do bicampeonato brasileiro do Atlético-MG, sacramentado nesta quinta-feira com virada sobre o Bahia por 3 a 2. Trata-se de uma justa homenagem ao ídolo que imortalizou o gesto de resistência, craque da melhor geração já formada pelo Galo, mas que não conquistou taças relevantes além das divisas de Minas Gerais.

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O título brasileiro que chega agora, exato meio século depois do primeiro, tem um sabor inegável de reparação histórica, depois de escorrer entre os dedos inúmeras vezes — sobretudo na geração liderada por Reinaldo nos anos 1970 e 1980. Mas, mais importante que isso, dá indicativos de um futuro que se desenha promissor — que é o maior desejo do atleticano. Não à toa, a torcida quebrou recordes seguidos de público no novo Mineirão, aguarda ansiosa pela inauguração do novo estádio e, ontem, lotou as ruas para festejar, da sede administrativa, em Lourdes, à Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte.

 — O Atlético fez por merecer, é o melhor time do campeonato, Hulk é o melhor jogador. O Atlético, que foi tão prejudicado.... Agora, chega o momento da justiça esportiva, esse título vem para corrigir muita coisa — desabafa ao GLOBO o ex-atacante Reinaldo, hoje com 64 anos.

Há razão para esse inconformismo de décadas, tanto de Reinaldo quanto do torcedor atleticano. Depois do título de 1971, conquistado por um time sem estrelas, mas de atletas operários — do goleiro Renato ao ponta Tião, passando por Dario —, a torcida do Atlético viu florescer uma geração talentosa de João Leite, Toninho Cerezo, Marcelo Oliveira, Paulo Isidoro e, claro, Reinaldo, que elevou as expectativas por uma nova taça. E tudo parecia convergir para isso já em 1977, quando o Galo ficou invicto em 20 partidas, com larga vantagem sobre o São Paulo, mas acabou perdendo a taça para o tricolor, nos pênaltis, diante de 102 mil torcedores no Mineirão — e sem Reinaldo, suspenso.

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Essa derrota foi um ponto de inflexão na história atleticana. Três anos depois, o time voltou à decisão, desta vez derrotado pelo Flamengo de Zico. Na final, o Atlético acabou com três expulsos pelo árbitro José de Assis Aragão, entre eles Reinaldo — um sentimento de injustiça alimentado pelos alvinegros até hoje, que ganharia força com a eliminação pelo mesmo rubro-negro na Libertadores-1981.

Nos últimos anos, o Atlético chegou à glória com um título heroico da Libertadores e um da Copa do Brasil sobre o maior rival. Na conquista continental, contou com a estrela de Cuca, que voltou ao clube este ano para levá-lo ao tão sonhado bicampeonato brasileiro. Ontem, ele foi questionado se já se considerava o maior técnico da história alvinegra e invocou o passado ao responder:

— Maior é o Telê. Se eu ficar em segundo, em terceiro, está bom — disse se referindo ao treinador de 1971, de quem promete repetir a promessa religiosa de ir a pé de Belo Horizonte até a Igrejinha do Pires, em Congonhas (MG).

Cereja do bolo

Mas se engana quem pensa que o torcedor alvinegro hoje olha apenas pelo retrovisor.

— A sensação da torcida é que estamos com time muito promissor, temos projeto, pretensões — diz Reinaldo.

Na segunda-feira, um evento na Arena MRV detalhou os planos de inauguração do novo estádio para 38 mil torcedores. Será aberto em 25 de março de 2023 e o primeiro jogo, um amistoso contra um europeu, está previsto para 19 de maio. É o trunfo para estabelecer um novo patamar de faturamento, capaz de aplacar a dívida crescente e seguir atraindo estrelas como Hulk (que marcou um ontem), atletas valorizados no cenário nacional (caso de Keno, que fez os outros dois) e continental (Nacho, Alonso, Zaracho ou Savarino).

 
 

E a Supercopa?Saiba quem será o adversário do Atlético-MG caso conquiste também a Copa do Brasil

Das inúmeras frases que expressam o amor que o atleticano sente pelas cores do clube talvez a mais lembrada seja a do escritor Roberto Drummond, o autor de Hilda Furacão, que escreveu certa vez que “se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante a tempestade, o atleticano torce contra o vento”. O que o torcedor mais deseja, após sair de uma fila de meio século, é que esses ventos sigam soprando — mas que continuem a favor do Galo.

 

O Globo quinta, 02 de dezembro de 2021

NOEMI GERBELLLI SE ENCANTOU: MORRE A DIRETORA OLÍVIA DE CARROSSEL

Morre a atriz Noemi Gerbelli, a diretora Olívia de ‘Carrossel’

A informação foi confirmada pela sobrinha da atriz. Gerbelli parte aos 68 anos

PG
Pedro Grigori
postado em 02/12/2021 00:55
 
 (crédito: Divulgação/SBT)
(crédito: Divulgação/SBT)

A atriz Noemi Gerbelli, mais conhecida por ter interpretado a diretora Olívia na novela Carrossel, do SBT, faleceu na noite desta quarta-feira (1º/11). A informação foi confirmada pela sobrinha dela, a atriz Vanessa Gerbelli, em uma postagem do Instagram.

Até a publicação desta matéria não havia sido divulgado a causa da morte da atriz.

 

O Globo quinta, 02 de dezembro de 2021

MINA MONA MONA, FEIRA DE ARTE E GASTRONOMIA , REUNE MULHERES CIS E TRANS DO RIO

Mina Mana Mona, feira de arte e gastronomia, reúne mulheres cis e trans no Rio

Evento acontece no próximo domingo, a partir das 15h, na nova sede da associação cultural Despina
Evento vai reunir 17 artistas de diferentes identidades Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
Evento vai reunir 17 artistas de diferentes identidades Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
 
 

Ao olhar para a história da própria família, a artista visual Mayara Velozo puxou o fio de uma rede de matriarcas. Avós, tias e mães trabalhavam com roupas e costura, numa relação que se revelou um rico material de base para a sua produção artística. “Uso o tecido como suporte para explorar a memória”, resume a moça, que combina tramas e panos para produzir parte de suas obras.

O histórico familiar reverbera também na maneira como Mayara enxerga o ofício. “Encaro a união entre mulheres como a possibilidade de criar o próprio nicho, enquanto o mercado ainda nos exclui”, afirma. Nada mais natural, portanto, que ela seja uma das 17 artistas participantes da Mina Mana Mona, que acontece no próximo domingo, a partir das 15h, na nova sede da associação cultural Despina (@despina.rio), em Santa Teresa.

Consuelo é diretora artística do espaço Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
Consuelo é diretora artística do espaço Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo

 

Diretora artística do espaço, Consuelo Bassanesi descreve o evento como uma feira de artes, ativismos, publicações e roupas, mas reconhece que é também um posicionamento político, ao promover a união de mulheres de todas as identidades. “Nossos projetos sempre incluíram pessoas LGBTQIAP+”, diz. “Acreditamos que a história do ativismo feminista é construída juntamente com pessoas trans e não-binárias.”

A artista Yuki Hayashi posa com a produtora cultural Naomi Savage Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo
A artista Yuki Hayashi posa com a produtora cultural Naomi Savage Foto: Maria Isabel Oliveira / Agência O Globo

 

Fundada em 2013, a Despina funcionava, até no ano passado, na Rua do Senado, onde abrigava exposições, residências artísticas e cineclubes. Agora, acaba de reabrir as portas no novo endereço, num imóvel compartilhado com o Espaço Mova, este voltado à dança. “Unimos forças para dar continuidade a projetos artísticos num momento em que tantos espaços foram fechados na cidade”, ressalta Consuelo, lembrando que a programação inclui bar e comidinhas veganas da KuzinhaNEM, projeto gastronômico da CasaNem, voltada ao acolhimento da população LGBTIAP+.

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Se o mote é agregar, Yuki Hayashi, que estará no evento com o coletivo de moda Fudida Silk, formado por travestis, afirma que a premissa cai como uma luva em tempos de ódio. “Sempre nos abraçamos e nunca houve um espaço de disputa entre nós (mulheres trans e cis). Se uma subir e a outra continuar numa situação vulnerável, não adianta.”


O Globo quarta, 01 de dezembro de 2021

SERRA GAÚCHA GANHARÁ UMA DISNEYLÂNDIA DO VINHO

 

Serra Gaúcha ganhará uma Disneylândia do Vinho

Be Wine, maior empreendimento enoturístico que o Brasil já viu, será construído ao custo de R$ 300 milhões
Divulgação Foto: Divulgação
Divulgação Foto: Divulgação
 

O brasileiro mergulhou de cabeça no vinho. Se volto a afirmar isso é porque assombra-me o ritmo insano de inaugurações de vinícolas e lojas especializadas em diversos estados. Há dias descobri que vem aí algo ainda maior: em 2022 começa, no Vale dos Vinhedos, ao lado de Bento Gonçalves, a construção da Be Wine — maior empreendimento enoturístico que o país já viu — a um custo de R$ 300 milhões.

 

Trata-se de uma aposta da gigante Wyndham (grupo com 9 mil hotéis no mundo) e quatro sócios locais. Em 60 mil metros quadrados de terreno no Vale dos Vinhedos, a Be Wine construirá numa encosta, em forma de terraços, 421 apartamentos com vista para bosques e vinhas — mas irá muito além disso. A Disneylândia vínica incluirá parquinhos com monitores e um museu do vinho hi-tech cuja zona sensorial permitirá tocar e cheirar os diferentes terroirs do mundo. Serão vários restaurantes, inclusive um suspenso na cobertura. Lá do alto enófilos poderão descer a escadaria em caracol que ligará os 12 (12!) andares da “maior adega vertical do mundo”.

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A “dança das águas” da fonte que enfeitará a entrada (coreografias de jatos e luzes como as de Las Vegas e da Disney) e o jardim suspenso também, prometem, será “a maior” (do mundo ?). O gigantismo do projeto e o fato de os sócios serem neófitos não assusta Maria Carolina Pinheiro, VP de novos negócios da Wyndham.

— Analisamos a localização e ficou claro que a demanda existe. Pode escrever: a gente acredita que não vai ser o único Be Wine, vão fazer um segundo, um terceiro e assim por diante.

Serão 36 meses de obra até poderem receber os primeiros hóspedes. A ver se tudo que foi prometido sairá do papel. Enquanto isso, famosas vinícolas vizinhas recebem enoturistas a todo vapor. A Miolo cofundou o maior hotel do vale, o Spa do Vinho; a Casa Valduga tem pousada própria; e ambas vendem pacotes de degustações e visitas. Ainda que esteja a anos-luz de Bordeaux ou Napa, com a chegada da Be Wine, o Vale dos Vinhedos cimentará sua fama de meca nacional do vinho.


O Globo terça, 30 de novembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: CONHEÇA AS ATRAÇÕES MUSICAIS

 

Ao vivo: conheça as atrações musicais do Rio Gastronomia

Atrações musicais encerram os oito dias de programação do 11º Rio Gastronomia, no Jockey Club de 9 a 19 de dezembro
A cantora Teresa Cristina: com repertório do melhor do samba na sexta-feira, dia 10 de dezembro Foto: Ricardo Nunes / Divulgação
A cantora Teresa Cristina: com repertório do melhor do samba na sexta-feira, dia 10 de dezembro Foto: Ricardo Nunes / Divulgação
 

Falta pouco. Após a edição virtual inédita do ano passado, o Rio Gastronomia, maior evento do gênero no país, volta ao formato presencial, agora no Pião do Prado, área nobre, ampla e aberta do Jockey Club Brasileiro, de 9 a 12 e de 16 a 19 de dezembro. Nesse reencontro com o público, o evento vai reunir aulas, bate-papos e degustações com chefs estrelados de todo o Brasil, além de convidados internacionais. A programação inclui filiais dos melhores restaurantes, bares, foodtrucks e bikes da cidade, feira de cachaças e de produtores do estado e programação infantil. E, para coroar cada dia, música da melhor qualidade.
Rio Gastronomia 2021:conheça a programação gratuita com aulas de chefs
Como já é tradição, entre provinhas de receitas e ensinamentos dos chefs, os visitantes do Rio Gastronomia 2021 vão curtir shows com grandes nomes da música brasileira. As noites no Jockey serão embaladas por muito samba, MPB, rock e outros gêneros, sempre a partir das 20h. Sucesso em edições anteriores realizadas no Píer Mauá e no próprio Jockey, as atrações musicais costumam entreter o público em uma grande celebração para encerrar os trabalhos. Em apresentações antológicas, já passaram pelos palcos do Rio Gastronomia artistas como Sandra de Sá, Alceu Valença, Jorge Aragão, Mart’nália, Moacyr Luz e Evandro Mesquita.
Na edição deste ano, marco da retomada das atividades culturais na cidade, quem inaugura os trabalhos é Geraldo Azevedo. Na noite de abertura, quinta, 9 de dezembro, o artista pernambucano com mais de meio século de trajetória vai desfiar no violão sucessos de seu repertório. A lista vai das baladas “Dia branco” e “Caravana” a forrós e xotes como “Moça bonita”. O músico divide parte do repertório com o cantor e compositor paulistano Marcelo Jeneci, craque da sanfona, em participação especial.
Ingressos à venda para o 11º Rio Gastronomia:garanta o seu
Rainha das “lives” durante a quarentena, Teresa Cristina sobe ao palco no dia seguinte, sexta (10/12), para defender o espetáculo “Um Sorriso Negro”. Ao vivo, a cantora resgata sambas inesquecíveis de artistas como Jovelina Pérola Negra, Candeia e Wilson Moreira. Com uma banda toda formada por mulheres, ela vai lembrar clássicos do naipe de “Alvorada”, de Cartola, “Zé do Caroço”, hino do repertório de Leci Brandão, e “Quantas lágrimas”, pérola da Velha Guarda da Portela, além da canção que dá nome ao show, tema dos compositores Adilson Barbado e Jorge Portela imortalizado na voz de Dona Ivone Lara.
— Estou feliz de estar no Rio Gastronomia por reencontrar o público e também por tocar de novo com as meninas. Faz muito tempo que não fazemos esse show, por causa da pandemia. Vai ser muito importante estar com esse grupo e tocar esse repertório feito especialmente para falar sobre o povo preto. Todas as canções são de compositores negros e, com isso, unimos a história do negro e a história do samba, que já são misturadas —diz a cantora.

Diogo Nogueira: atração da quinta-feira, dia 16 de dezembro, o músico apresenta o show 'Samba de verão' Foto: Marcos Hermes
Diogo Nogueira: atração da quinta-feira, dia 16 de dezembro, o músico apresenta o show 'Samba de verão' Foto: Marcos Hermes


Outro rosto conhecido que se multiplicou por lives durante a pandemia, o cantor Diogo Nogueira, que agitou o público no Píer Mauá em 2016, volta a se apresentar no Rio Gastronomia no dia 16, na abertura da segunda semana de programação. O músico vai mostrar seu novo show, “Samba de Verão”, que celebra e renova as tradições da velha guarda unindo sambas antológicos e canções inéditas. No repertório, calcado na trilogia de álbuns “Sol”, “Céu” e “Lua”, novidades como “Bota pra tocar Tim Maia” e “Ouro da mina” dividem espaço com sucessos perenes, a exemplo de “Pé na areia” e “Clareou”, além de versões para os clássicos da batucada “Alma boêmia”, “Verdade Chinesa” e “Deixa eu te amar”.
O primeiro fim de semana é para matar as saudades do Carnaval: no sábado (11) o irreverente bloco Toca Rauuul! apresenta releituras de canções consagradas e “lados B” de Raul Seixas. Representando as diversas fases e facetas do ícone do rock brasileiro, os músicos vestidos a caráter entoam clássicos como “Maluco beleza”, “Gita”, Aluga-se” e “Não pare na pista” em ritmo de frevo, marchinha, maracatu, ska, reggae, baião e funk. No domingo (12) a vez é do Bangalafumenga agitar a pista com suas conhecidas versões que unem funk, samba e outros ritmos brasileiros, além de músicas autorais do recém-lançado EP “Essa é pra Você!”, como “Maracatu embolado”.
No dia 17 (quinta), a Festa PLOC promete transportar o público direto para os anos 80, com hits saudosos daquela década.

Geraldo Azevedo: o intérprete pernambucano abre os trabalhos ao vivo, no dia 9 de dezembroFoto: Divulgação/Flora Pimentel
Geraldo Azevedo: o intérprete pernambucano abre os trabalhos ao vivo, no dia 9 de dezembro Foto: Divulgação/Flora Pimentel



A programação conta ainda com Max Viana, Max de Castro e Léo Maia. Eles se reúnem no projeto “Filhos da Música”, tributo aos seus pais — respectivamente, Djavan, Wilson Simonal e Tim Maia —, no dia 18. Na despedida, com direito a canja do sambista El Pavuna, o grupo Samba Independente dos Bons Costumes fecha a noite de domingo (19) com repertório cheio de suingue, que vai do partido alto ao pagode, passando por jongo e samba de roda.
Além dos shows, os visitantes vão assistir de perto a seus chefs preferidos na programação de aulas. Também estão convidados a provar quitutes conhecidos a preços atraentes, passear pelas feiras de cachaça e de pequenos produtores.
O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy, Coca-Cola e Sebrae, apoio Secretaria de Turismo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ e iFood, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio

 


O Globo segunda, 29 de novembro de 2021

FLAMENGO: SAÍDA DE RENATO GAÚCHO DEVE SER OFICIALIZADA ANTES DO TREINO

 

Elenco do Flamengo não 'segura' Renato Gaúcho e saída deve ser oficializada antes do treino

Treinador não deve fechar a temporada pelo rubro-negro e não fará resistência à demissão
Renato Gaúcho deve deixar o Flamengo nesta segunda-feira Foto: AGUSTIN MARCARIAN / REUTERS
Renato Gaúcho deve deixar o Flamengo nesta segunda-feira Foto: AGUSTIN MARCARIAN / REUTERS
 
 

O elo com os jogadores, que ainda mantinha Renato Gaúcho “vivo” nas últimas semanas antes da final da Libertadores, se fragilizou em função dos últimos resultados, e a saída deve ser consumada antes do treino desta segunda-feira. A atividade está marcada para 14h30 e um posicionamento da diretoria em conversas particulares com o técnico está previsto para a parte da manhã.

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O apoio dos jogadores e do departamento de futebol se da na intenção de que Renato seja preservado das últimas partidas do Brasileiro já que não ficará para 2022. No clube há o entendimento de que a cobrança exclusiva sobre o técnico não se faz justa.

 

A diretoria deve chegar a um acordo para interromper o contrato de Renato, que vai até 31/12, e o técnico não fará questão de criar resistência.

Despedida antecipada

A cena dos atletas do elenco do Flamengo em jantar com o técnico Renato Gaúcho e as respectivas famílias no Uruguai, sem a presença de membros da diretoria, após a perda do título da Libertadores, foi o sinal claro do fim do casamento entre clube e treinador. Nem o vice de futebol Marcos Braz nem o presidente Rodolfo Landim estiveram no encontro, que serviu como uma espécie de despedida.

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A saída ficou desenhada desde o vestiário do estádio Centenário até o voo de volta ao Rio, momentos em que Renato se mostrou bastante abatido. Único dirigente a falar após o vice-campeonato, o vice de futebol Marcos Braz, que também está sob pressão na diretoria, será o responsável por conversar com Renato sobre sua saída para que haja um comum acordo. O técnico também sabe e entende que o ciclo se encerrou após pouco mais de três meses, muitas goleadas e outras tantas decepções.

O clube dará início a um processo de reformulação que promete ir além da troca de comando.


O Globo domingo, 28 de novembro de 2021

LIBERTADORES: ANDREAS, RENATO E PREGUIÇA,- FLAMENGUISTAS APONTAM VILÕES DO VICE DA LIBERTADODES

Andreas, Renato e preguiça: Na saída do Centenário, flamenguistas apontam vilões do vice da Libertadores

Possibilidade de demissão do técnico conforta os rubro-negros
Renato Gaúcho é um dos alvos da insatisfação da torcida rubro-negra em Montevidéu Foto: Agustin Marcarian/Reuters
Renato Gaúcho é um dos alvos da insatisfação da torcida rubro-negra em Montevidéu Foto: Agustin Marcarian/Reuters
 

Na saída do Estádio Centenário após a derrota para o Palmeiras por 2 a 1, neste sábado, na final da Copa Libertadores, torcedores do Flamengo manifestaram chateação com o time como um todo, mas definiram o técnico Renato Gaúcho e o meia Andréas Pereira, além da falta de vontade, como os culpados pela derrota.

Marcos Braz não banca Renato Gaúcho:"Que o Flamengo acabe com dignidade o Campeonato Brasileiro"

- Tem horas em que parece que falta um pouco de vontade, principalmente dos caras que já têm um nome, parece que já não querem mostrar serviço. O time não jogou nada, olha o Filipe Luís no primeiro gol, uma bola nas costas dele, Bruno Henrique também não jogou nada – reclamou o empresário Bernardo Castro.

Renato Gaúcho:'Tenho contrato até o dia 30, e a decisão é da diretoria'

O Palmeiras saiu à frente no placar no primeiro tempo de jogo em Montevidéu, com gol de Raphael Veiga em contra-ataque. Gabigol deixou tudo igual na etapa final, e o campeão da América em 2021 foi definido na prorrogação, em que Deyverson balançou a rede para o Alviverde.

- É o Renato Gaúcho, é jogador mole, preguiçoso. Eles não merecem mais a nossa torcida – desabafou Luciano Ramiro, visivelmente contrariado com o desempenho da equipe carioca.

 

Mais calmo, mas bastante revoltado com o treinador rubro-negro, o flamenguista Sergio Mineiro, que vive no Paraguai, abordou o que considera ser a parte positiva da derrota e de um ano sem títulos.

- O Renato vem insistindo no lado direito com Everton Ribeiro e Isla, e todo mundo já viu que não está dando certo. Outra coisa é que o Andreas já não estava bem, e não falo isso só porque ele errou no segundo gol, ele não deu volume de marcação. Mas o meu consolo é que o Renato vai embora, é o consolo neste ano frustrante e sem títulos – afirmou.

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A saída da torcida do Flamengo do Centenário se deu de maneira tranquila e sem confusões. Pouco mais de meia hora depois do apito final, o setor reservado aos rubro-negros já estava vazio, e poucos ainda transitavam pelos arredores.

 
 

- A gente planeja, vem cheio de sonhos, sai de longe, de Castanhal, no Pará, mas não deu certo. Depois que empatou, eu fiquei muito otimista. A gente viveu isso em 2019, uma virada em dois minutos, mas desta vez os caras acharam um gol, partiram para a retranca e a catimba e foram campeões. Agora é pensar na volta para casa, mas tenho três dias para curtir a cidade com a esposa e esfriar a cabeça – disse Rodrigo Carvalho ao lado da esposa, Juliana.

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Quem também já está pensando na volta para casa é o estudante João Pires. Com voz baixa, perceptivelmente abatido após o revés do Fla, ele quer chegar o quanto antes a Brasília.

O time do Flamengo estava desorganizado. O Palmeiras atacou duas vezes e fez os dois gols. Não tem como deixar de pôr na conta do Andreas (Pereira), mas também está muito na conta do Renato. Fica difícil engolir a derrota, dá vontade de voltar para casa logo. Vamos torcer para a viagem passar o mais rapidamente possível – admitiu.


O Globo sábado, 27 de novembro de 2021

VERÃO 2022: DEPOIS DE UM LONGO PERÍODO EM CASA, BUMBUM DEVE SER A ESTRELA DO PRÓXIMO VERÃO

Depois de um longo período em casa, bumbum deve ser a estrela do verão 2022

Região ainda tem direito a tratamentos inovadores para tratar flacidez, celulite e manchas
Depois de um longo período em casa, bumbum deve ser a estrela do verão 2022 Foto: Shutterstock
Depois de um longo período em casa, bumbum deve ser a estrela do verão 2022 Foto: Shutterstock
 

Ok, em pleno 2021, falar de projeto verão é meio demodê. Mas estar em paz com as suas curvas, não. E depois de quase dois anos escondido em casa por conta da pandemia, é capaz de o bumbum precisar de uns retoques para voltar às areias. “Hoje, a principal queixa é flacidez. Com o envelhecimento, os glúteos ficam ‘achatados’ e perdem firmeza. O que há de mais moderno é o tratamento em multicamadas, do músculo até a epiderme, o que antes não era possível”, diz o dermatologista Alessandro Louza Alarcão, de Goiânia, que atende no Rio duas vezes por mês, na clínica Juliana Neiva. “Muitas querem aumentar essa parte do corpo – e isso promete ser o boom da estação”.

O médico destaca o uso de bioestimuladores, para mais colágeno, e também de preenchedores de ácido hialurônico, para maior volume. “A vantagem dessa substância é ser biocompatível e reabsorvível, com duração de até um ano e meio”. Para quem não está confortável com a celulite, é hora de tratar derme e epiderme, eliminando as irregularidades. “Podemos usar ultrassom micro e macrofocado ou microagulhamento profundo associado à radiofrequência. E também laser de picossegundos e os fracionados, para dar mais viço”, explica Alarcão. Mas o médico faz um alerta: “Não vale esquecer da alimentação. Os principais inimigos são o açúcar, o estresse, o sol”.

Firmador Empina Bumbum, Feito Brasil, R$ 229 (feitobrasil.com) Foto: Divulgação
Firmador Empina Bumbum, Feito Brasil, R$ 229 (feitobrasil.com) Foto: Divulgação

Para simplesmente dar um up, é possível injetar um grande volume de ácido hialurônico, próprio para a área, e de bioestimuladores – no procedimento conhecido como Boom Booster. O tratamento, com anestesia local, tem até duas sessões. “A área pode ficar um pouco dolorida e com alguns hematomas por uma semana”, diz Igor Manhães, dermatologista na Clínica Les Peaux, no Rio de Janeiro.

A tendência é mesmo combinar procedimentos para melhores resultados. “Sobre a pele do glúteo é possível atuar com radiofrequência e bioestimuladores à base de ácido polilático, que estimulam a síntese de colágeno, deixando a pele mais firme e tratando a celulite”, diz o cirurgião plástico Luciano Esteves, da clínica Libert, no Rio. Ondas acústicas também são indicadas. “O resultado é duradouro e não deixa o problema voltar como antes”, explica a dermatologista Valéria Campos, de São Paulo.

Os especialistas salientam também que a atividade física não pode ser deixada de lado, já que é essencial para ter aumento de massa muscular e diminuição do percentual de gordura no corpo. Porém, algumas tecnologias podem potencializar os treinos. “O CMSlim consegue fortalecer a musculatura, inclusive do bumbum, com HI-EMT (Treinamento Eletromagnético Muscular de Alta Intensidade)”, conta a média Luciana Caldas, da Clínica ASLC, em São Paulo. O aparelho turbina os resultados da malhação em 30 minutos, ao estimular diretamente o músculo, que se remodela, ganhando tônus – e ainda queima gordura

Sérum Uniformizador, Sallve, R$ 89,90 (sallve.com.br) Foto: Diuvlgação
Sérum Uniformizador, Sallve, R$ 89,90 (sallve.com.br) Foto: Diuvlgação

Mesmo se você for adepta só da malhação, dá para ligar o turbo. É essa a intenção do método e.body. “São 20 minutos de treino funcional com eletroestimulação, que equivalem a duas horas de academia, para queimar até 350 calorias, com uma contração muscular muito melhor e intensa”, explica Marijana Marjanovic, fundadora da ebody. Um colete e faixas (nos braços, nas coxas e nos glúteos) estimulam profundamente a musculatura enquanto são realizados agachamentos, avanços, abdominais.

Finalmente, se o problema for manchinhas na região, na clínica Juliana Piquet, no Rio, o novo laser Lavieen é o queridinho do momento. “Ele pode ser usado no rosto e corpo para tratar manchas e linhas finas, e ser associado a peelings manipulados, deixando a pele hidratada e macia”, diz Juliana.


O Globo sexta, 26 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: DE UMBIGO DE PORCO A FORMIGA, PRATOS IMPERDÍVEIS

 

De umbigo de porco a formiga, pratos imperdíveis nos sete restaurantes brasileiros na lista dos melhores da América Latina

Salada de cogumelos da reserva dos yanomamis, caramelos puxa-puxa, favada e romanesco estão entre opções para experimentar nas casas que entraram para o ranking local promovido pelo The World’s 50 Best
Umbigo de porco do restaurante A Casa do Porco Foto: Divulgação/Mauro Holanda
Umbigo de porco do restaurante A Casa do Porco Foto: Divulgação/Mauro Holanda
 

O Brasil emplacou esta semana sete restaurantes na lista dos melhores da América Latina, ranking promovido anualmente pelo The World’s 50 Best. Mas, nesta edição, que não à toa levou o adendo de “Passado e futuro”, por conta da pandemia, o sistema de seleção mudou, o que alterou os resultados recentes que as casas vêm tendo, já que as mais novas levam desvantagem se forem considerados votos de anos atrás: o critério foi acumulativo, a soma dos últimos oito anos. A seguir, veja pratos para não perder nas melhores casas do país segundo o ranking, que teve restaurantes de São Paulo, Rio e Curitiba.

D.O.M.

De Alex Atala, SP (3º lugar). O cardápio costuma mudar, mas alguns hits não saem de cena. É torcer para ter a salada de cogumelos da reserva dos yanomamis, uma experiência única. Ou as vieiras que chegam com caju e tutano. Tem também o crispy de tapioca com lagostins e as formigas do Alto Solimões, com gostinho de capim-limão. Não custa pouco: para duas pessoas, com menu degustação harmonizado e até sete pratos, pode passar dos R$ 2 mil. Vale muito, tudo. (11) 3081-4599.

Alex Atala Foto: Reprodução do site do D.O.M.
Alex Atala Foto: Reprodução do site do D.O.M.

 

Projeto de de R$ 300 milhões:  Serra Gaúcha ganhará uma Disneylândia do Vinho

Maní

De Helena Rizzo, SP (7º lugar). Helena foi eleita a melhor chef mulher do mundo em 2014 e, em 2013, seu Maní entrou na lista dos melhores do planeta. No rol dos imperdíveis, estão o polvo na brasa com arroz de chorizo, grão de bico e aioli de açafrão (R$ 115) e o arroz negro com leite de castanha, hommus de castanha e banana da terra (R$ 61). (11) 97473-8994.

Casa do Porco

De Jefferson e Janaina Rueda, SP ( 11º lugar). Na edição The World’s 50 Best deste ano, o espaço foi o único brasileiro da lista mundial, chegando em 17º lugar. Original, com porcos criados soltos na fazenda da família, em São José do Rio Pardo, a casa está estreando cardápio novo. Vale experimentar as novidades, mas não se esqueça do Porco San Zé, assado por até oito horas (R$ 69). A degustação inclui o novo umbigo de porco com azeite de urucum, que é apoteótico. Custa R$ 185, com seis etapas. (11) 3258-2578.

Lasai

De Rafa Costa e Silva, RJ (22º lugar). O chef da casa que já marcou seu lugar entre as melhores do mundo troca sempre as atrações do cardápio-surpresa. Podem vir coisas como a batata-baroa com barriga de porco curada e creme de castanhas, espetacular, e o peixe marinado com couve-flor colorida, romanesco (só vejo ali) e caldo de peixe. Para fechar? Caqui com creme ácido e manjericão. O menu custa R$ 425. Se harmonizado, são mais R$ 250 por pessoa. Dê a si mesmo esse presente. Inesquecível. (21) 3449-1834.

 
 

Mocotó

De Rodrigo Oliveira, SP ( 23º lugar). O chef, premiado e televisivo, define sua cozinha como sertaneja. Grave esse nome: favada, a fava amarela cozida lentamente com linguiça, bacon e carne-seca (R$ 33,90). A moqueca vem com caju, banana da terra, maxixe, abóbora, folhas e é servida com arroz e farofa crocante de castanha e coco queimado (R$ 59,90). O café gelado cremoso com grãos do Alto Paranaíba (MG) é para sair cantando. (11) 2951-3056.

Oteque

De Alberto Landgraf, RJ (41º lugar). O sucesso e as premiações do chef e seu Oteque foram meteóricos. Com três anos de abertura, já exibe estrela Michelin. Se tiver que apontar o melhor dali, pulo logo para a sobremesa: a caixinha com caramelos amanteigados puxa-puxa. Mas no menu do chef há sempre gratíssimas surpresas. Ostras servidas com picles de maçã-verde; a lagosta glaceada montada no prato como uma pintura; a garoupa com pinole e uma colherada de ossetra ou a beterraba com porco curado, castanha de caju e um inusitado fermento seco. O menu com oito etapas (e mais café e beliscos) custa R$ 550, sem vinho. (21) 3486-5758.

Manu

De Manu Buffara, PR (49º lugar). Manu colocou Curitiba no mapa gastronômico mundial com a sua cozinha espetacular, onde privilegia insumos e tradições de seu estado. Criações para não perder: a couve-flor com castanha e bottarga; os morangos com algas e a ambrosia de priprioca com sorvete de iogurte e tuille de maracujá. O menu degustação custa R$ 385. Uma experiência e tanto. (41) 3044-4395.


O Globo quinta, 25 de novembro de 2021

BRASILEIRÃO - FLUMINENSE LEVA A MELHOR SOBRE O INTER E SE APROXIMA DA LIBERTADORES

 

Análise: Fluminense aposta no pragmatismo e se arrisca, mas leva a melhor sobre o Inter e se aproxima da Libertadores

Gol de Fred aos 3 minutos muda os rumos da partida e mostra um Internacional que não sabe ter a bola
Fred chegou ao 101º gol pelo Fluminense no Brasileiro Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Fred chegou ao 101º gol pelo Fluminense no Brasileiro Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo

A vitória do Fluminense por 1 a 0 sobre o Internacional, no Maracanã, pode ser considerada o triunfo o pragmatismo. Com um gol logo aos 3 minutos de jogo, os tricolores se apegaram a este resultado e moldaram sua atuação em torno dele. O técnico Marcão não teve vergonha de abrir mão do protagonismo da partida, mesmo com seu time jogando em casa, e apostou. Um risco que funcionou e deixou sua equipe mais próxima da vaga na Libertadores.

Bola de Cristal do Brasileirão: Ferramenta do GLOBO mostra chances de título, risco de queda e outros dados do seu time

Foram três pontos que parecem até mais, já que foi um duelo entre concorrentes diretos. Em sétimo, o Fluminense chegou aos 51 e abriu quatro para o Internacional, que vem logo atrás. Na briga por uma vaga na Libertadores, a importância de se manter nesta colocação e ainda ampliar a diferença para seus perseguidores é grande. Afinal, neste momento apenas o G7 é certo. Isso porque Flamengo ou Palmeiras, segundo e terceiro colocados, ficarão com uma das vagas de campeão do torneio continental, abrindo mais uma no Brasileiro.

O caminho tricolor, no entanto, ainda é duro. No domingo, visitará ninguém menos que o líder Atlético-MG, embalado com a proximidade do título. Uma semana depois, vai a Salvador enfrentar o desesperado Bahia, que ocupa o Z4.

O gol que definiu o comportamento das duas equipes foi marcado por Fred, em pênalti marcado pela arbitragem após a bola bater no braço de Bruno Méndez. Foi o 101º do centroavante pelo Fluminense no Brasileiro. Ele se igualou a Pelé como quarto maior artilheiro por uma única equipe.

A partir daí, o Fluminense compactou suas linhas em frente à grande área e esperou o Internacional atacar. Acostumada a jogar de forma reativa, a equipe gaúcha claramente não soube lidar com a nova realidade. Teve 69% de posse e finalizou 11 vezes a gol contra seis do rival (apenas uma certa).

O que mais se viu foram os colorados rodando a bola em frente à área tricolor sem saber como infiltrar, o que só conseguiram com lançamentos pelo alto. Na única boa chance que criaram, Marcos Felipe fez grande defesa em cabeçada de Cuesta e salvou.


O Globo quarta, 24 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: GRUPO REPAGINA O IPANEMA INN, QUE CHEGA COM RESTAURANTE BEM PRAIANO

Depois de dar cara nova ao Hotel Arpoador, grupo repagina o Ipanema Inn, que chega com restaurante bem praiano

A sustentabilidade foi outro fio condutor na nova fase do três estrelas
Camarões com cuscuz do Quitéria Café Foto: Eduardo Magalhães
Camarões com cuscuz do Quitéria Café Foto: Eduardo Magalhães
 

Uma repaginada solar e jovial aos 45 anos. Depois de 14 meses fechado, o hotel Ipanema Inn reabre cheio de novidades. As mudanças começam no ambiente, agora bem claro, repleto de plantas, cores quentes e luminárias de papel criadas por Thomaz Velho. Sem falar no lançamento do Quitéria Café, um restaurante tipicamente carioca, daquele que toma-se café da manhã na varanda e vai ficando, ficando até a hora do jantar.

A varanda convidativa do Quitéria Café Foto: Eduardo Magalhães
A varanda convidativa do Quitéria Café Foto: Eduardo Magalhães

O projeto, lindo, foi pensado pelo proprietário Daniel Gorin que, ao lado do irmão Marcelo, comanda a nova fase do Grupo Arpoador, que tem ainda o hotel Arpoador. A ideia principal foi integrar mais salão e entrada do hotel e colocar tudo de cara para a rua. Fica difícil passar pela Rua Maria Quitéria e não sentir vontade de entrar de tão sedutor que o espaço ficou. A sustentabilidade foi outro fio condutor na nova fase do três estrelas. “Uma experiência genuinamente carioca e verdadeiramente sustentável. Com esse olhar cuidadoso, implementamos princípios, design e uso de materiais naturais em nossos espaços, colocamos a saúde e o bem-estar no centro da nossa cultura de hospedagem”, diz Daniel.

 
O bun tem tudo para ser um hit Foto: Eduardo MagalhãesO bun tem tudo para ser um hit Foto: Eduardo Magalhães

O novo cardápio, criado por Alê Maidana, chef executiva do grupo, é recheado de ingredientes locais, clima praiano e comfort food. Prometem ser hit o super saudável muesli de aveia orgânica descansada por oito horas em leite de coco caseiro, acompanhado por chia, nuts, frutas frescas e secas; o divertido hot dog de camarão, com salsicha feita na casa com o crustáceo; e o frango à parmegiana acompanhado por um purê de batatas inesquecível.

É só chegar.


O Globo terça, 23 de novembro de 2021

ADMIRÁVEL GADO NOVO: POR QUE O CLÁSSICO DE ZÉ RAMALHO QUE CAIU NO ENEM CONTINUA ATUAL?

 

'Admirável gado novo': Por que o clássico de Zé Ramalho que caiu no Enem continua atual?

 

Zé Ramalho em 1978, antes do lançamento de 'Admirável gado novo'

 

 

O Brasil era governado pela ditadura militar quando Zé Ramalho lançou "Admirável gado novo", faixa de seu segundo disco, "A peleja do diabo com o dono do céu", em 1979. Na época, 15 anos após o golpe de 1964, o país já rumava para a "abertura lenta, gradual e segura" conduzida pelos generais. A censura prévia não era mais implacável como havia sido na gestão de Emílio Médici (1969-1974), e os artistas se sentiam um pouco mais livres para manifestar suas críticas. Foi nesse contexto que o cantor paraibano divulgou, aos 30 anos de idade, uma de suas letras mais políticas, usada como referência para uma questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. 

Sob influência de elementos considerados subversivos pelos homens de farda, como o compositor Geraldo Vandré e o filósofo Aldous Huxley, o poeta nascido em Brejo da Cruz oferece, em "Admirável gado novo", uma crítica à exploração das massas e à manipulação promovida pelo sistema para deixar a população alienada e conformada com o estado das coisas. A mensagem é bastante direta: o autor abre dizendo que "Esta é a canção do povo marcado/Do povo feliz", e segue com versos como "Vocês que fazem parte dessa massa/Que passa dos projetos do futuro", até se mostrar tão irônico quanto enfático: "Êh, oô, vida de gado/Povo marcado eh/Povo feliz".

 

Questão do Enem que usou 'Admirável gado novo' como referência

 

 

O nome da canção deixa óbvia a inspiração na distopia literária "Admirável mundo novo", do britânico Huxley. A obra, um clássico de 1938, imagina uma massa popular controlada por um governo autoritário com o uso da droga "soma", que, introduzida durante o sono, mantém as pessoas felizes e conformistas, evitando qualquer tipo de revolta ou conflito. É um povo sem vontade própria, que se submete sem queixas ao controle das autoridades, como um rebanho. O conceito, usado hoje para criticar apoiadores fanáticos de Jair Bolsonaro, motivou a expressão "Vida de gado", que aparece no grudento refrão de "Admirável gado novo" e, em 1979, sublinhava o conformismo da sociedade brasileira diante de um governo repressor.  

Enem 2021: Músicas que caíram na prova representam 'coração do Brasil'

Anos antes de seu lançamento, a letra dificilmente seria aprovada pela censura do regime militar. Mas 1979 foi o ano da aprovação da Lei da Anistia, que encejou o retorno ao Brasil de artistas e intelectuais exilados. O país começava a vislumbrar a volta da democracia, prometida pelo general João Figueiredo ao assumir a Presidência da República. A canção "Apesar de você", de Chico Buarque, um hino contra a ditadura proibido em 1971, havia deixado a lista de músicas proscritas. Ainda assim, Ramalho contou que recebeu telefonemas anônimos após o lançamento de "Admirável gado novo". "Ameaçavam-me dizendo que eu deveria parar de fazer letras políticas", disse ele ao GLOBO em 1996.

 

Zé Ramalho em 1983, quando lançou o álbum 'Orquídea negra'
 

A música fez sucesso ao ser divulgada, mas estava meio esquecida quando, 25 anos depois, foi incluída na trilha sonora da novela "Rei do gado", da TV Globo. A versão original da faixa era tocada durante as cenas de trabalhadores sem-terra que lutavam pela reforma agrária. Patrícia Pillar interpretava a personagem principal desse núcleo. Nas entrevistas sobre aquele resgate de seu trabalho, o cantor paraibano se mostrava feliz: "Tirando o lado romântico, a questão dos sem-terra é a trama mais importante da novela, e 'Admirável gado novo' é uma música de luta, de guerrilha. Ela foi feita em função da repressão do povo brasileiro. A letra é atual porque fala do conformismo do nosso povo", afirmou Ramalho ao GLOBO. 

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Hoje aos 72 anos de idade, o compositor ficou satisfeito mais uma vez quando soube que parte da letra escrita há mais de quatro décadas, quando ele ainda começava sua carreira, fora reproduzida no Enem numa questão de interpretação, que pedia ao candidato para indicar qual o comportamento social criticado pelos versos do autor paraibano. "É uma prova de que essa letra contém situações sociais e políticas atualizadas, acho que para sempre. Desde que o conceito de 'atualizada' refere-se à situação também 'para sempre' do povo brasileiro", escreveu ele em uma nota divulgada pelo site "G1".


O Globo segunda, 22 de novembro de 2021

RIO SHOW: CINCO BARES ONDE TODO DIA É DIA DE ROCK

 

Cinco bares onde todo dia é dia de rock

Cena roqueira da cidade volta a promover shows covers e festas concorridas, com espaço ainda para o rock experimental
The Rock Bar, no Jardim Botânico Foto: Alexandre Cassiano
The Rock Bar, no Jardim Botânico Foto: Alexandre Cassiano
 

Aumenta que isso aí é rock n’roll, já dizia Celso Blues Boy. Depois de mais de um ano e meio sem poder se esbaldar numa pista de dança, os cariocas voltam a ocupar as casas de shows e boates da cidade. A lista de boas opções para fãs de rock inclui casa no Jockey com mesa de sinuca e bela área externa, a volta dos shows num dos redutos roqueiros da cidade e, em breve, até um museu dedicado ao gênero. Confira.

The Rock Bar

O nome não deixa dúvidas. Funcionando dentro do Jockey Club, no Jardim Botânico, com uma bela área externa e mesas de sinuca, a casa recebe o público com um repertório que vai de clássicos do gênero a hits contemporâneos e BRock dos anos 1980. Hoje quem sobe ao palco é a banda Pepper Spray, com tributo a Red Hot Chilli Peppers, e sábado tem Purano tocando Pearl Jam. Mas a festa tem dia para acabar: a casa fecha neste fim de semana. Depois, abre dia 4 para a comemoração de cinco anos de atividades e só retoma a temporada em 25 de dezembro.

Jockey Club. Rua Jardim Botânico 1.011 (96686-1987 / 97577-2525). Qui a sáb, a partir das 20h. Shows às 23h. Grátis (até 21h), R$ 30 (ingresso) e R$ 60 (com consumação). Ingressocerto ou na bilheteria.

Bar Bukowski

Bar Bukowski, em Botafogo Foto: Divulgação
Bar Bukowski, em Botafogo Foto: Divulgação

Referência na cena roqueira carioca, o Bukowski, em Botafogo, voltou a receber shows na semana passada e comemora hoje seus 24 anos com uma dobradinha musical. Às 22h30, Rodrigo Santos (ex-Barão Vermelho) toca sucessos do rock nacional, seguido pela banda Black Circle (cover do Pearl Jam, aprovada pelo próprio Eddie Vedder). No sábado, tem The Mendes Trio. As apresentações acontecem em um palco com isolamento da plateia, e ainda não há previsão para as pisas de dança voltarem.

— Por enquanto, tem lounge. Pista ao pé da letra, lotada, só depois que estiver liberado o não uso de máscara em ambientes fechados — adianta o sócio Eduardo Mazzei.

Rua Álvaro Ramos 270, Botafogo. Qui, às 19h (só bar). Sex e sáb, a partir das 19h. R$ 13 (até 23h) e R$ 18.

Buffallos Bar

Na Zona Norte do Rio, a casa tem shows aos sábados e, a partir de dezembro, também nas sextas-feiras. Amanhã, apresentação da banda The Smiths Cover Brasil e Joint Vision, que homenageia Joy Division.

— Recebemos uma galera de toda parte do Rio e até da Baixada Fluminense. É muito gratificante ver as pessoas felizes e prestigiando o rock — celebra o dono Pedro Gonzalez.

Rua Arquias Cordeiro 316, Méier (97229-1121). Sáb, a partir das 20h.R$12.

Centro Cultural Rock Experience

Centro Cultural Rock Experience, na Lapa Foto: Divulgação
Centro Cultural Rock Experience, na Lapa Foto: Divulgação

Uma imersão na cultura roqueira é a proposta do espaço, que ocupa um casarão de quatro andares na Lapa. Sextas e sábados, há shows de covers, além de um karaokê dentro de um estúdio profissional. Hoje a atração é a banda Insulto (que toca Matanza), seguida da festa Growl. Amanhã é a vez de a Psycho Attack (System of a Down). Semana que vem o local ganha mais um palco e a Galeria do Rock, uma espécie de museu.

— O objetivo é criar um centro dedicado à música e celebrar a memória do rock — conta Marcelo Reis, que assumiu o imóvel do antigo Rio Rock & Blues Club em março.

Rua Riachuelo 20, Lapa (97888-5663). Sex e sáb, a partir das 19h . R$ 25.

Audio Rebel

Prestigiando a música experimental e independente, o espaço Audio Rebel recebe bandas autorais de rock e outros estilos, como jazz e MPB, de quinta a domingo. Neste sábado, quem agita o público são as bandas Acid Drop e Canella Seca. No domingo, a casa recebe Os Estudantes e Judy And The Outsiders.

 
 
Audio Rebel.

R. Visconde de Silva 55, Botafogo (98896-5972).  Qui a dom, de 20h a 22h30. Ingresso antecipado R$25 ou R$30 pelo site sympla ou no local.


O Globo domingo, 21 de novembro de 2021

TURISMO: BRASILEIROS VACINADOS COM DUAS DOSES DE CORONAVAC PODERÃO ENTRAR NO CANADÁ

Brasileiros vacinados com duas doses de Coronavac poderão entrar no Canadá

Medida passa a valer a partir de 30 de novembro e imunização completa deve ter ocorrido até 14 dias antes da viagem
O Castelo de Frontenac, um dos símbolos em Quebec City, no Quebec, Canadá Foto: Barberon-Ana / Divulgação
O Castelo de Frontenac, um dos símbolos em Quebec City, no Quebec, Canadá Foto: Barberon-Ana / Divulgação
 

RIO - A partir de 30 de novembro, turistas brasileiros vacinados com as duas doses de Coronavac poderão entrar no Canadá sem quarentena, assim como já acontece, desde setembro, com os imunizados com AstraZeneca, Pfizer, Janssen e Moderna. O Canadá segue os passos de outros países, como o Reino Unido, que também passou a permitir a entrada de pessoas que tomaram a vacina.

A Coronavac, desenvolvida pela chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantã, não será a única novidade na lista de vacinas aprovadas pelo governo canadense. Na mesma data, serão admitidos viajantes imunizados com Sinopharm e a Covaxim, do laboratório indiano Bharat Biotech. Todas vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para ser considerado completamente vacinado, conforme exigem as autoridades canadenses, o viajante precisa ter tomado a segunda dose (ou a dose única, no caso da Janssen) há pelo menos 14 dias antes do embarque. Um combinado de duas doses de vacinas diferentes (dentre as aprovadas) também é aceito.

O viajante precisa também apresentar um teste molecular negativo para Covid-19 feito até 72 horas antes do embarque. Também 72 horas antes do embarque, é preciso inserir o comprovante de vacinação (que pode ser a versão em inglês gerada pelo Conecte SUS) e outras informações de saúde no aplicativo ArriveCAN, que é gratuito e sem o qual não será possível sequer embarcar para o Canadá. Todas as informações estão neste site do governo do Canadá.


O Globo sábado, 20 de novembro de 2021

LAZER: DEZ ATIVIDADES PARA FAZER NO RIO DE JANEIRO NO FINAL DE SEMANA

 

Dez atividades para fazer no Rio de Janeiro no fim de semana

Show de Jards Macalé, exposição do Ziraldo e a volta do Baile Charme no Viaduto de Madureira são destaques na programação
Espetáculo 'Cazas de Cazuza' Foto: Divulgação
Espetáculo 'Cazas de Cazuza' Foto: Divulgação
 

A agenda do fim de semana está recheada de atrações em comemoração ao Dia da Consciência Negra por toda a cidade. As opções vão desde a volta do Baile Charme no Viaduto de Madureira e da roda de samba A Gloriosa, na Glória, até apresentações de dança organizadas pelo Grupo Cultural AfroReggae. Tem ainda inauguração da exposição "Terra à vista e pé na Lua", com obras de Ziraldo, e a apresentação da ópera-rock "Cazas de Cazuza". No Circo Voador, Jards Macalé comanda a casa. Confira a programação:

Rio é rua:  Uma lista de novos bares para você curtir na retomada

Show

Jards Macalé

Jards Macalé Foto: Leonardo Aversa : Leo Aversa / Leo Aversa
Jards Macalé Foto: Leonardo Aversa : Leo Aversa / Leo Aversa

Antigo amigo da casa, Jards Macalé retorna à lona da Lapa com o show de seu álbum “Besta fera”, indicado ao prêmio Grammy Latino 2019 de melhor álbum de música popular brasileira. O carioca apresenta ainda os clássicos dos seus mais de 50 anos de estrada.

Circo Voador: Rua dos Arcos s/nº, Lapa - 2533-0354. Sex, 22h. R$ 100.

Festival Polifonia

Bandas que têm lotado shows na reabertura em São Paulo, Terno Rei e Tuyo tocam no Festival Polifonia, no Vivo Rio, domingo (a partir de R$ 50). O evento, que dá espaço para artistas em ascensão na cena independente, tem ainda Romero Ferro, Clarissa, o rapper Felipe Flip e um show especial com expoentes do lo-fi brasileiro, gênero que explodiu nos últimos anos.

Vivo Rio: Av. Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo - 2272-2901. Dom, 16h. Classificação 16 anos. A partir de R$ 100.

Concertos

Festival Ópera na Tela

'O palácio encantado' Foto: Divulgação
'O palácio encantado' Foto: Divulgação

Uma tela gigante montada no Parque Lage exibe grande óperas até quarta-feira (24). Um dos destaques da programação é a récita “O palácio encantado”, de Luigi Rossi, que foi encenada pela primeira vez no século XVII, em Roma, e depois ficou esquecida durante 380 anos na biblioteca do Vaticano até ser redescoberta pelo maestro Leonardo Garcia Alarcon. A obra será exibida na segunda-feira (22).

Parque Lage: Rua Jardim Botânico 414, Jardim Botânico - 2334-4088. Até 24 de novembro, a partir das 19h. R$ 28. Programação completa no site http://operanatela.com/2021/.

Noite

Baile Charme de Madureira

Baile Charme retorna ao Viaduto de Madureira Foto: Divulgação
Baile Charme retorna ao Viaduto de Madureira Foto: Divulgação

 

 

Depois de quase dois anos sem passinhos, um dos bailes blacks mais antigos do Rio volta ao Viaduto de Madureira para celebrar o Dia da Consciência Negra. Batidas de hip-hop, R&B, neo soul, mid back e New Jack vão invadir a pista com os DJS residentes Fernandinho, Michell e Vig, além de convidados.

Viaduto Negrão de Lima, Madureira. (21) 99919-5942 (Leno) ou (21) 96475-2020 (DJ Michell). Sáb, 22h. Ingresso R$ 25 antecipado via sympla ou R$ 30 na hora. Classificação: 18 anos.

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Teatro

'Cazas de Cazuza'

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A ópera-rock que fez sucesso em 2000 — assistida por 80 mil espectadores e sua trilha virou CD e está no streaming —, volta à cena reformulada. O musical em tributo a Cazuza mostra a história de oito personagens que têm o cotidiano permeado por temas como sexo, drogas, amor e preconceito, também presentes nas 20 músicas de Cazuza que costuram a trama, como “Ideologia” e “Brasil”.

Vivo Rio: Av. Infante Dom Henrique, 85, Aterro do Flamengo - 2272-2901.  Sáb, 21h. R$ 80.

Dança

Grupo AfroReggae

Como parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, o Grupo Cultural AfroReggae apresentará três companhias de dança: CIA Canm, Cia Laboratório de Arte Negra em Movimento, criada em 2012, com o Manifesto ELEKÔ, a Cia L2C2, “Dulce Ìyá mi – Dulce minha mãe”, e Grupo Makala, com A Viagem das Eborás.

 

Teatro Prudential: Rua do Russel, 804, Glória - 3553-3557. Sáb, 11h. Ingressos R$40 via sympla ou no local.

Eventos

Roda de samba 'A Gloriosa'

Marca registrada da tradicional Feira Livre da Glória, a roda volta a animar o público com sambistas de primeira sob o comando do Mestre Paulão 7 Cordas. Com a retomada dos eventos ao ar livre, a Gloriosa, que já acontece há 10 anos no mesmo local, traz, além do samba, uma área gastronômica diversificada.

Feira da Glória: Av. Augusto Severo. Dom, a partir das 15h.

Exposição

'Terra à vista e pé na Lua'

Com personagens icônicos criados por Ziraldo, como Menino Maluquinho e a série Zeróis, em painéis de até dois metros de altura, a exposição propõe um passeio pela aventura humana rumo ao desconhecido, da chegada dos europeus ao Brasil às conquistas espaciais. A mostra inicia as celebrações do centenário do museu, em 2022. Até 20 de fevereiro.

Museu Histórico Nacional: Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro - 3299-0324. Qui a sáb, das 10h às 16h. Grátis.

Infantil

‘Bem no meio’

Peça 'Bem no meio' Foto: Rê Duarte/DuHarte Fotografia
Peça 'Bem no meio' Foto: Rê Duarte/DuHarte Fotografia

Idealizado pela multiartista Karen Acioly, o espetáculo conta a história de Bem, uma menina que consegue entrar e sair dos livros. Com música do compositor francês Camille Rocailleux, a apresentação mistura o canto lírico e a literatura à dança e à projeção digital. Participação especial do coro infantil da UFRJ. Nas sessões presenciais, o público poderá assistir a performance do elenco interagindo com as projeções. Nas sessões contemplativas, o espetáculo acontece em formato cinemópera (cinema + ópera + instalação).

 
 

Oi Futuro: Rua Dois de Dezembro 63, Flamengo - 3131-3060. Sessões presenciais: 21 (11h30) e 27 (16h) de novembro. Sessões contemplativas: todos os fin de semana, de 28 de novembro a 19 de dezembro, às 15h, 16h, 17h. Agendamento obrigatório pelo email bemnomeio.operainfantil@gmail.com. Grátis.

Museu do Pontal

A nova sede do museu na Barra oferece programação infantil ao longo do fim de semana com "visita musicada" pelas exposições do museu, especializado em arte popular, e um baú de brinquedos a ser explorado. Neste sábado, em comemoração ao Dia da Consciência Negra, os pequenos poderão ainda participar de uma aula de capoeira (10h) e da contação de histórias das culturas africanas (15h).

Museu do Pontal: Avenida Celia Ribeiro da Silva Mendes, 3.300, Barra. Qui a dom, das 9h30 às 18h. Contribuição voluntária. Programação completa no Instagram @museudopontal e no site http://www.museudopontal.org.br/.


O Globo sexta, 19 de novembro de 2021

FERNANDA NOBRE: ATRIZ COMENTA VIDA SEXUAL NA PANDEMIA

 

Fernanda Nobre comenta vida sexual na pandemia: 'Só adolescentes continuam excitados nesse cenário'

Prestes a entrar no ar em "Um lugar ao sol", atriz fala sobre identificação com personagem empoderada e casamento com o diretor José Roberto Jardim
A atriz Fernanda Nobre Foto: Divulgação/Giselle Dias
A atriz Fernanda Nobre Foto: Divulgação/Giselle Dias
 

Prestes a entrar no ar com uma participação na novela das nove, “Um lugar ao sol”, da TV Globo, Fernanda Nobre avisa que se identifica bastante com a personagem, Maria Fernanda. “É uma mulher livre de moralismos”, diz.

A moça chegará à trama na próxima semana para revelar ao personagem de Cauã Reymond que teve um filho dele. "Ela é julgada pela família como se estivesse querendo dinheiro. Mas, na verdade, quer o apoio paterno, a presença do pai para o filho", conta.

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Ao falar sobre os pontos de identificação com a personagem, Fernanda ressaltou o fato de Maria Fernanda ter decidido sozinha ter o filho. "Ela entendeu que não dependia de ninguém para isso. Muitas mulheres tomam decisões parecidas. É claro que isso requer uma segurança financeira e emocional. Mas acho admirável observar como é uma escolha da mulher."

 

Casada com o diretor José Roberto Jardim na vida real, a atriz também comentou como a pandemia impactou na vida a dois. “Só adolescentes continuam sentindo tesão nesse cenário. Por mais que o casal tenha intimidade e se dê bem, passamos por algo muito forte. Natural interferir no sexo”, reconhece.

Quanto ao casamento em si, Fernanda afirma que ela e o marido ficaram ainda mais unidos. "Passar por tudo esse período juntos foi como uma renovação", comenta. "Houve desgastes, mas nada que configurasse uma crise." 


O Globo quinta, 18 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: ONDE COMER O CLÁSSICO PÃOZINHO BAO

 

Receita que vem da China: onde comer o clássico pãozinho bao

A massa fofinha, cozida no vapor, ganha recheios dos mais diversos em negócios da cidade
Quitéria Café, no térreo do hotel Ipanema Inn: três sugestões de bao no cardápio Foto: Eduardo Magalhães / Divulgação
Quitéria Café, no térreo do hotel Ipanema Inn: três sugestões de bao no cardápio Foto: Eduardo Magalhães / Divulgação
 

Quem é fã da culinária oriental já deve conhecer o bao – ou bun, como é chamado em inglês. O pãozinho chinês cozido no vapor, de massa fofinha e levemente adocicada, pode ter diversos recheios e formatos – o mais comum por aqui é o sanduichinho em meia-lua, iguaria típica nas ruas de Taiwan. Popularizado pelo chef David Chang no nova-iorquino Momofuku Noodle Bar, o pequeno notável logo virou febre pelo mundo e, ultimamente, tem ganhado espaço em outras cozinhas, além das asiáticas.
- O bao é divertido, gostoso e permite brincar com as variações – defende o chef argentino Gonzalo Vidal, que prepara três versões fixas e outras volantes no bar da pousada Casas Brancas, em Búzios.
Para quem quiser se aventurar em casa, a Tudo Bao, criada há dois anos por duas estudantes de comunicação, mistura ingredientes asiáticos e tropicais (como teriyaki de melado) em eventos como Junta Local e Feira Hype, e vende os pãezinhos congelados por delivery (peça pelo Instagram: @tudo.bao).

11º Rio Gastronomia, de 9 a 19 de dezembro:garanta seu ingresso

Saiba onde provar o acepipe aqui no Rio:

Bão Culinária Afetiva: o recheio de pancetta é sugestão na casa em Copacabana Foto: Divulgação
Bão Culinária Afetiva: o recheio de pancetta é sugestão na casa em Copacabana Foto: Divulgação

Bão Culinária Afetiva
Aberto só para delivery, em julho, o negócio de inspiração italiana e sotaque mineiro comandado pelo chef Kiko Faria (com passagens por casas como Gero e Quadrifoglio) ganhou uma mesa do chef com apenas oito lugares no salão. Presencialmente, é servido um menu degustação (R$ 185,00), mas para receber em casa as sugestões são à la carte. Nessa ala, entra em cena o bun recheado com pancetta (ou barriga de porco) crocante, picles de legume e aïoli de abacate (R$ 32,50, duas unidades). Outras receitas com o petisco podem entrar nas criações diárias do chef.
Rua Raimundo Correa, 10, sobreloja 201, Copacabana – 99812-9976.

Haru Sushi Bar
Para começar os trabalhos no pequeno restaurante japonês conhecido pelos preparos cuidadosos, é boa pedida a porção com dois bunstonkatsu (R$ 32,50). Os pãezinhos chegam recheados com porco crocante empanado, sunomono, picles de cebola-roxa e wasabi com nori(alga marinha).
Rua Raimundo Correia, 10, Copacabana – 2547-6867. Ter. a dom., do meio-dia às 23h30.

Kitchen Asian Food
Servido na panelinha de bambu, como manda a tradição, o sanduichinho é uma das estrelas do asiático contemporâneo na Marina da Glória, recheado de costelinha bovina temperada e desfiada, com chutney de abacaxi (R$ 33,00).
Av. Infante Dom Henrique, s/nº, loja 101, Aterro do Flamengo – 4042-6161 e 98685-5555 (WhatsApp). Seg. a qui., do meio-dia às 23h. Sex. e sáb., do meio-dia às 23h30. Dom., do meio-dia às 21h.

Dupla de bao com porco crocante, chutney de manga, picles de pepino e aïoli de sriracha (R$ 40,00): no cardápio do Manabu Sushi Foto: Leandro Nakamura / Divulgação
Dupla de bao com porco crocante, chutney de manga, picles de pepino e aïoli de sriracha (R$ 40,00): no cardápio do Manabu Sushi Foto: Leandro Nakamura / Divulgação

Manabu Sushi
No japonês moderninho embaixo do hotel Fairmont, no Posto 6 da Praia de Copacabana, o chef André Alves prepara a dupla de bao, com porco crocante, chutney de manga, picles de pepino e aïoli de sriracha (R$ 40,00).
Av. Atlântica, 4240, Copacabana – 99422-1586. Ter. e qua., das 19h à meia-noite. Qui. e sex., das 19h à 1h. Sáb., das 13h à 1h; Dom., do meio-dia às 20h.

Pato com Laranja
No gastrobar em Ipanema, a chef Andrea Tinoco serve o bun em pares, com recheio de pato confit com teriyaki e legumes (R$ 32,00), alem de uma opção vegana feita com burger de cereal, cogumelos, tomate, rúcula e aïoli de castanha de caju (R$ 25,00). Em dezembro, entra em cartaz uma variação com barriga de porco.
Rua Visconde de Pirajá, 539, Ipanema – 2540-8380. Diariamente, das 6h à 1h.

Quitéria Café
No térreo do hotel Ipanema Inn, o espaço foi reinaugurado há pouco repaginado, após mais de um ano fechado. Com forte vocação para brunch, o cardápio assinado pela chef argentina Alê Maidana traz comidinhas para qualquer hora do dia. Servido a partir das 11h, o bao aparece em três versões, sempre em duplas: frango frito (R$ 36,00), barriguinha de porco (R$ 34,00) ou cogumelos shimeji (R$ 35,00).
Rua Maria Quitéria, 27, Ipanema – 2267-4603. Diariamente, das 7h às 22h.

Drinqueria Zaya: o bao recheado pode acompanhar as sugestões da carta Foto: Divulgação
Drinqueria Zaya: o bao recheado pode acompanhar as sugestões da carta Foto: Divulgação

Zaya
Com cardápio assinado pelo chef Ricardo Lapeyre, do Escama, a novata drinqueria no Leblon traz finger foods (ou comidinhas para degustar com as mãos) para acompanhar os coquetéis criados pelo premiado mixologista argentino Tato Giovannoni. Na lista dos comes, o bao aparece em duas versões: recheada de barriga de porco bem macia com temperos asiáticos, ou vegana, com berinjela empanada e maionese verde de abacate. Cada dupla vem também com picles de pepino e cebola-roxa e custa R$ 38,00.
Rua Dias Ferreira, 64, loja A, Leblon. Ter. a sáb., das 18h às 2h. Dom., das 14h às 23h.

74 Snack Bar
Vale pegar a estrada até Búzios para provar as criações do argentino Gonzalo Vidal na pousada Casas Brancas. No bar de comidinhas, com direito a pôr-do-sol na Orla Bardot, ele prepara três recheios diferentes para o bao: cogumelos ao teriyaki (R$ 36,00), peixe crocante e camarão empanado (R$ 42,00 cada opção).
Rua Alto do Humaitá, 10, Búzios – (22) 2623-1458. Qua. a dom., das 17h às 23h.

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy e Coca-Cola, apoio de Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul, Sesc RJ e iFood, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.


O Globo quarta, 17 de novembro de 2021

BRITNEY SPEARS: VOCÊS SALVARAM MINHA! VIDA

 

'Vocês salvaram minha vida', diz Britney Spears sobre fãs

Cantora fez vídeo para comentar fim da tutela de 13 anos
Britney Spears Foto: Steve Granitz / WireImage
Britney Spears Foto: Steve Granitz / WireImage
 

Na sexta-feira, Britney Spears finalmente viu o fim de sua tutela, que jpa durava 13 anos. Como forma de agradecimento, a cantora fez um vídeo em que cita a importância do movimento Free Britney para tal decisão e ainda fala sobre o que fará depois esse período de privação de seus direitos.

"Sou agradecida por estar onde estou e por ter as chaves do meu carro, de ser independente e ser como uma mulher. Ser capaz de ver dinheiro em espécie, era algo que eu não via há muito tempo. Ser capaz de comprar velas. São coisas pequenas mas que fazem uma diferença enorme", disse a estrela num trecho.

E ela continuou: "Não estou aqui para ser vítima. Eu vivi com vítimas a minha vida inteira quando eu era criança, por isso saí da minha casa e eu trabalhei por 20 anos e dei muito duro. Estou aqui para ser ativa para as pessoa com deficiências reais e doenças reais. Eu sou uma mulher muito forte e eu imagino o que o sistema tem feito para essas pessoas. Espero que minha história tenha um impacto e faça algumas mudanças no sistema corrupto".


O Globo terça, 16 de novembro de 2021

ANIMAÇÃO: BOB CUSPE, DESENHO BRASILEIRO, CHEGA AOS CINEMAS

 

Premiado no 'Oscar da animação', desenho brasileiro 'Bob Cuspe' chega aos cinemas

Filme traz cartunista Angeli refletindo sobre sua obra e personagem punk revoltado com autor; Bonequinho aplaude
Filme de Bob Cuspe, personagem de Angeli Foto: reprodução
Filme de Bob Cuspe, personagem de Angeli Foto: reprodução
 

Quem assiste à animação “Bob Cuspe — Nós não gostamos de gente” ganha três filmes em um.

Ele é um documentário em que o cartunista Angeli reflete sobre sua obra, explica influências sobre suas criações e lembra sua relação com personagens clássicos como a ninfomaníaca alcoólatra Rê Bordosa.

Ele é, também, uma espécie de road movie em que o revoltado Bob Cuspe tenta deixar a cabeça de seu criador para encontrá-lo e tirar satisfação sobre a decisão de sua morte.

E, por fim, ele é uma epifania punk em que não importa o que pensam Angeli ou Bob Cuspe. A ideia é sentar na frente da tela e deixar o caos fluir como música.

Dirigido por Cesar Cabral, “Bob Cuspe” foi lindamente produzido em animação stop-motion com bonecos de massa de modelar. Em seu lado documental, o filme traz depoimentos de Angeli e de pessoas próximas, como sua mulher, a arquiteta Carolina Guaycuru, e a amiga e também cartunista Laerte — todos emprestando suas vozes ao filme, mas representados por bonecos. Logo no início, Angeli diz que se incomoda quando se torna repetitivo e coloca para tocar na vitrola a música “Chiclete com banana”, de Jackson do Pandeiro, o mesmo título da famosa revista dos anos 80 de que Angeli foi cofundador.

 Mais à frente, Laerte analisa o trabalho do amigo: “Ele está dando um passo em direção a uma maturidade artística. O traço dele tem se transformado, quase como uma forma de vida diferente, como uma lagarta que se transforma em crisálida para se transformar em borboleta”.
 
Em paralelo, Bob Cuspe (voz de Milhem Cortaz) e os Irmãos Kowalski (voz de Paulo Miklos) tentam deixar o casulo da criação para se encontrar com Angeli. No caminho, enfrentam miniaturas mutantes de Elton John e esbarram com o guru Rhalah Rhikota (voz de André Abujamra), outras referências à obra clássica do autor.

O resultado é uma mistura muito bem equilibrada pelo roteiro — o que levou “Bob Cuspe” a vencer a Mostra Contrechamp , no Festival de Annecy, o principal do mundo para animações. Afinal, como diz o personagem, punk is not dead.


O Globo segunda, 15 de novembro de 2021

LITERATURA: TRÊS NOVAS ANTOLOGIAS REVIVEM A ERA DE OURO DA CRÔNICA, DE RUBEM BRAGA A ANTÔNIO MARIA

 

Três novas antologias revivem era de ouro da crônica, dos 'sabiás' de Rubem Braga a Antônio Maria

Os livros 'Os sabiás da crônica', 'Vento vadio' e 'A fina flor de Stanislaw Ponte Preta' trazem os cronistas que brilharam nos anos 1950 e 1960 e remetem à produção atual democratizada na internet
Os cronistas Foto: Arte sobre fotos de arquito
Os cronistas Foto: Arte sobre fotos de arquito
 

RIO — Nunca mais haverá um time como esse. Rubem BragaPaulo Mendes CamposVinicius de MoraesFernando Sabino, Carlinhos de Oliveira, Sérgio Porto, Antonio Maria... Nascidos na primeira ou segunda década do século XX, todos se firmaram na imprensa em 1950 e 1960, iniciando o que se considera hoje uma era de ouro da nossa crônica. Aliás, uma não. A Era de Ouro da Crônica.

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Três novos lançamentos traçam um panorama original dessa produção, que ainda ecoa nos dias de hoje. “Os sabiás da crônica” (Autêntica) reúne pela primeira vez os nomes citados acima (com exceção de Antonio Maria), num intercâmbio que costura a diversidade de vozes em uma espécie de romance de formação. “A fina-flor de Stanislaw Ponte Preta” (Companhia das Letras) concentra-se, como o título indica, no heterônimo de Sérgio Porto. Por fim, “Vento vadio” (Todavia) traz nada menos do que 132 textos inéditos de Antonio Maria, um cronista ainda pouco editado em livro.

Publicados quase que simultaneamente, as antologias nos ajudam a entender uma época e o seu contraste com a atualidade. A síntese mais famosa dessa geração é uma foto feita em 1967, na cobertura de Rubem Braga, e que estampa a capa e serve de mote para “Os sabiás da crônica”, projeto idealizado pela editora Maria Amélia Mello. É a imagem de um outro Brasil, em preto e branco: os cronistas que hoje aparecem na antologia posam de terno e gravata para a câmera para celebrar o início da editora Sabiá, fundada por Sabino e Braga.

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Os “sabiás” já são bem conhecidos em edições individuais. Só que um sabiá sozinho não faz verão, como lembra o organizador do livro, Augusto Massi. Na nova publicação, que amarra 15 textos de cada autor, eles acabam “conversando” entre si. Em determinado momento, Fernando Sabino lembra de quando emprestou uma crônica a Braga, em um dia em que faltou inspiração ao amigo. Anos depois, quando chegou a vez de Sabino ficar sem ideias e pedir ajuda, Braga lhe devolveu a mesma crônica. Massi, aliás, montou a antologia de forma com que o último texto de cada autor contivesse uma deixa para o outro retomar.

A leitura do conjunto também enfraquece o clichê de que estes cronistas se limitaram ao impressionismo despolitizado. Ao escrever sobre uma apresentação de Bidu Sayão, Braga se espanta com a falta de negros no Teatro Santa Isabel, que ironicamente possui uma placa em bronze celebrando a abolição. Ele encerra a crônica com uma frase que registra o mesmo que os discursos antirracistas da atualidade: “Velho Nabuco, há muitas abolições a fazer ainda”. Até mesmo a postura festiva e bon vivant do grupo pode ser vista como uma forma de resistência em tempos sombrios.

— Esses autores não paralisaram, continuaram tentando viver e ser feliz enquanto a felicidade desaparecia na ditadura — lembra Massi. — Fico feliz que esses três livros sobre a geração de ouro saiam agora, porque a situação daquela turma era semelhante à desses jovens cronistas de hoje. Nomes como Gregorio Duviver e Antonio Prata, que vão para a linha de frente com bom humor e ironia.

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Como “capital da crônica”, o Rio é o cenário máximo dos três livros. A cidade possibilitou a efervescência de “sabiás”, e não apenas por suas características culturais e geográficas. Foi justamente nos anos 1950 que surgiu uma nova expansão de revistas. Havia ainda 20 jornais diários, alguns com duas edições.

— A época trouxe uma mudança no jornalismo, que abriu espaço para que o leitor pudesse respirar com os cronistas — diz Álvaro Costa e Silva, organizador de “A fina flor de Stanislaw Ponte Preta”. — Se você comparar com o texto dos jornais e revistas da época, os cronistas praticamente usam e escrevem em outra língua.

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Sete décadas depois, o ritmo da vida mudou, mas os leitores continuam “respirando” com os cronistas. Os sabiás contemporâneos agora têm a concorrência das redes sociais, em que todo mundo é um cronista em potencial com seus “textões”. Muitos dos novos cronistas, inclusive, vieram de lá.

— Tudo interfere na crônica, e com certeza o cinematógrafo e o carro fizeram com que aumentasse a diferença do texto de João do Rio, que viveu essas urbanidades, para o de José de Alencar — diz Joaquim Ferreira dos Santos, cronista que viveu essa atividade antes da internet e que continua a vivendo nas páginas do GLOBO. — Seja no papel, seja numa plataforma digital, é preciso atualizar os verbos dessa conversa com quem lê.

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Para Joaquim, os assuntos dos sabiás foram substituídos por uma pauta “em que a violência e a brutalidade dos tempos são vencedoras”.

— Ódio não dá crônica, dá artigo, discurso, manifesto — diz.

Menino de Copacabana, Sérgio Porto criou Stanislaw Ponte Preta para fazer o retrato dos costumes da Zona Norte. Hoje, talvez muitos o acusassem, de forma simplória, de não ter lugar de fala para retratar os tipos que povoam suas crônicas. A explosão dos textos em blogs e redes sociais, vale lembrar, ajudaram a dar visibilidade a vozes que vieram de espaços periféricos — e que agora retratam outras realidades. É o caso de cronistas como Anderson França, sucesso no Facebook com seus textos sobre a periferia do Rio. Ou José Falero, que acaba de reunir no livro “Mas em que mundo tu vive?” crônicas sobre a vida na periferia porto-alegrense originalmente publicadas na rede.

— Na internet tivemos um espaço que historicamente não conseguíamos — diz. — Não é apenas uma mudança tecnológica, mas de paradigma, que ajudou a crônica e a literatura como um todo a se renovarem e se tornarem mais plurais.

Trechos

De Vinicius de Moraes para Antônio Maria: “Nós éramos os reis da noite. Não havia condição de não nos encontrarmos. Eu tinha conhecido você através de Caymmi, uma noite em que havia festa em minha casa, aí pelo verão de 1950 (...). Não posso esquecer a noite em que Caymmi, convidado por mim, trouxe você a reboque. Eu avaliei seu pé-direito, seu carão de lua e seu corpanzil de lutador de catch — e fui tudo”.

 

De Antônio Maria para Rubem Braga: “Homens e mulheres sabem, de cor, vários trechos de suas crônicas e gostam de repeti-los, em êxtase, o que encabula um pouco o autor, obrigando-o a levar o copo à boca para cobrir o rosto. Dança mal e é razoavelmente desafinado. Mas gosta de música e sabe distinguir o que é bom do que não serve”.

De Fernando Sabino para Paulo Mendes Campos: “A primeira vez que o vi, ele já era um rapazinho, cabelo caído na testa — e já de copo na mão: o Paulinho, ‘perdido na dramaticidade existencial da poesia’. E eu, outro rapazinho, perdido na dramaticidade existencial da prosa. Numa festa em casa do cônsul inglês em Belo Horizonte, eu havia buscado com a namorada o recanto de uma varanda deserta, para ver se lhe furtava um beijo. E dei com ele ali, copo na mão, sozinho, a conversar consigo mesmo e a atrapalhar-nos com a sua presença indiscreta. Tive de adiar o beijo”.

De Paulo Mendes Campos para Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta): “Era no tempo da gravata, dos sapatos lustrosos, dos cabelos bem-aparados. Sérgio era impecável na sua aparência e só os íntimos o conheciam por dentro, e o por dentro dele era bem simples: uma ágil comicidade de raciocínio e uma pronta sensibilidade diante de todas as coisas que merecem o desgaste do afeto. Anos mais tarde, ele me diria, queixoso: ‘O diabo é que pensam que eu sou um cínico e ninguém acredita que eu sou um sentimentalão’”.

De Sérgio Porto para Vinicius de Moraes: “Como, minha senhora? A senhora não acredita que Vinicius seja uma porção? Azar o seu, dona. Um dia ainda se fará um programa de televisão com Vinicius ao violão, acompanhando outro Vinicius que canta, junto com um quarteto vocal de Vinicius. Sem videoteipe. Quem tem razão é Tia Zulmira, quando diz que, se Vinicius de Moraes fosse um só, não seria Vinicius de Moraes, seria Vinicio de Moral”.

O Globo domingo, 14 de novembro de 2021

BRASILEIRÃO - ENCONTRO ENTRE RENATO GAÚCHO E ROGÉRIO CENI EXPÕE DIFICULDADE DO FLAMENGO EM MANTER PERFIL TÉCNICO

Encontro entre Renato Gaúcho e Rogério Ceni expõe dificuldade do Flamengo em manter perfil de técnico

Jogo contra o São Paulo neste domingo pelo Brasileiro coloca frente a frente formas diferentes de comando, que se alternam desde 2019 no clube
 

O encontro de Renato Gaúcho com Rogério Ceni hoje, no jogo contra o São Paulo, às 16h, pelo Brasileiro, opõe não somente o atual e o último técnico do Flamengo. É o retrato dos diferentes estilos de treinadores nos quais o rubro-negro apostou nos últimos anos, sem conseguir manter um perfil. Foram cinco em três anos, entre Abel Braga até Domènec Torrent, mas só Jorge Jesus fez sucesso.

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Assim como Ceni, campeão do Brasileiro de 2020, Renato pode sair contestado mesmo se conquistar a Libertadores, mas os pontos em comum não vão muito além. Os ex-jogadores, que reconhecidamente carregam certa soberba, ilustram perfis distintos de profissionais que passaram pelo Ninho do Urubu, segundo relatos obtidos pelo GLOBO nos bastidores do clube.

 

Ao analisar o conteúdo dos trabalhos apresentados, Ceni se assemelha mais a Jorge Jesus e deixa os outros treinadores em outro grupo. O hoje técnico do São Paulo tem como legado no Rio a imagem de estudioso, com variações de treinamentos — até porque teve mais tempo para tal. Mister e Ceni, cada um no seu estilo, eram ranzinzas, mas atentos a detalhes.

Centralizador como Jesus, Ceni só não teve autoridade nem habilidade para lidar com um grupo de estrelas. No início, chamou os jogadores para próximo de si, mas depois de um tempo não conseguiu mais contrariá-los e perdeu o vestiário. O técnico se aproximava de quem ele queria, mas não dava muita abertura, tinha pouca paciência e não era nada político. As entrevistas coletivas costumavam revelar estes traços.

Língua da bola

Renato, por sua vez, fala a língua do mundo da bola. Ainda que esse idioma seja hoje mais rebuscado com a parte tática pouco explorada nas conversas e vídeos que o técnico apresenta, ele nunca está isolado. Após a vitória sobre o Bahia, destacou o bom ambiente no dia a dia. A relação com os atletas é boa, a “resenha” está sempre em dia, mas às vezes o técnico passa um ar de estar perdido nas ideias — sobretudo para membros do departamento de futebol.

 

Com Dome ocorreu algo parecido, mas com contornos diferentes. O catalão não teve capacidade de colocar em prática ideias muito boas. Ficou com muita teoria e acabou confundindo os jogadores. Foi bem visto ao delegar funções e defender a comissão do clube no momento de troca de profissionais. Só que acabou exaltado internamente apenas por ser gente boa. Legado semelhante ao de Abel Braga no começo da atual gestão, mas o brasileiro ficou mal visto pelas entrevistas.

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A postura nos microfones e no dia a dia fez Ceni ser questionado pela comissão técnica do clube e pela direção por seu comportamento. Enquanto Renato Gaúcho, mesmo tendo cobrado recentemente o departamento médico, conseguiu agregar um pouco mais e blinda a todos nas entrevistas. Chamou o grupo para trabalhar por um objetivo em comum.

A missão de Renato passou mais por obter resultados em meio a um calendário apertado e de muitas lesões. E o técnico demonstra mais habilidade para se segurar até o fim da temporada do que os últimos antecessores. No entanto, já há uma sensação unânime no Flamengo de que o treinador não é o melhor que o clube pode ter — seja olhando para o futuro ou para um passado recente de glórias.

Time mais forte

O Flamengo começará a entrosar de vez, contra o São Paulo, a sua zaga titular para a final da Copa Libertadores contra o Palmeiras, no dia 27, em Montevidéu. O zagueiro Rodrigo Caio volta ao time e fará dupla com David Luiz, que segue entre os principais e terá sequência após boa atuação na vitória sobre o Bahia.

O técnico Renato Gaúcho também terá o retorno de Everton Ribeiro, que cumpriu suspensão. Por outro lado, Filipe Luís não viajou e, com isso, Ramon será mantido na esquerda.

Do lado direito, Matheuzinho volta ao time no lugar de Rodinei, uma vez que Isla está com a seleção do Chile nas Eliminatórias. O treinador também promoverá o retorno de Willian Arão e Michael entre os titulares.

 

O Globo sábado, 13 de novembro de 2021

RIO SHOW: FESTIVAL EXIBE ÓPERAS CONSAGRADAS, NO PARQUE LAGE, EM SUPERTELÃO

Festival exibe óperas consagradas no Parque Lage em super telão

Balé 'O corcunda de Notre Dame' e récita 'O palácio encantado', de Luigi Rossi, são alguns destaques da programação
Cena do balé 'O corcunda de Notre Dame'. Foto: Divulgação
Cena do balé 'O corcunda de Notre Dame'. Foto: Divulgação
 

Óperas internacionais num telão ao ar livre: essa é a proposta da sexta edição do festival Ópera na tela, em cartaz no Parque Lage até 24 de novembro. O evento, que também tem programação em streaming, põe o público em espreguiçadeiras diante de uma tela gigante que vai exibir 11 récitas europeias, uma Gala do Teatro Alla Scala de Milao com cantores consagrados e o balé "O corcunda de Notre Dame", da Ópera de Paris, com coreografia do Roland Petit.

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Cena de
Cena de "A Rivedere le stelle", ópera que será exibida no Parque Lage, domingo. Foto: Divulgação

Neste fim de semana, o festival exibe um recital com a soprano belga Anne-Catherine Gillet, às 19h, e, na sequência, às 20h, a "A Rivedere le stelle", do Teatro Alla Scala de Milão. Por conta da pandemia, o teatro teve de cancelar a sua tradicionalnoite de gala em celebração a Santo Ambrósio, padroeiro da cidade. O espetáculo aconteceu de portas fechadas e foi transmitido ao vivo na televisão pública italiana, sendo reprisado depois na França e na Alemanha. Alguns dos cantores mais prestigiados do mundo estão em cena, como Ildar Abdrazakov, Sonya Yoncheva, Roberto Alagna, Piotr Beczala e Benjamin Bernheim. 

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Baseado no romance de Victor Hugo, o balé "O corcunda de Notre Dame", reencenado por Luigi Bonino com coreografia de Roland Petit, tem exibição marcada para sexta-feira que vem (19), às 19h. Outro destaque da programação é "O palácio encantado", de Luigi Rossi, encenada pela primeira vez em 1642, em Roma. A récita ficou esquecida durante 380 anos na biblioteca do Vaticano, sendo redescoberta pelo maestro Leonardo Garcia Alarcon. A nova encenação criada pela Ópera de Dijon, com 16 solistas, diversos coros e dezenas de bailarinos, será exibida na tela do Parque Lage no dia 22 de novembro, às 19h.

Parque Lage: Rua Jardim Botânico 414, Jardim Botânico - 2334-4088. De 13 a 24 de novembro, a partir das 19h. R$ 28. Programação completa no site http://operanatela.com/2021/.

 


O Globo sexta, 12 de novembro de 2021

MANU GAVASSI LANÇA DISCO APÓS QUATRO ANOS

Manu Gavassi lança disco após quatro anos e diz: 'Quase desisti de ser cantora'

O disco está disponível em todas as plataformas digitais de áudio a partir desta sexta-feira (12) e o álbum visual tem lançamento dia 26 de novembro no Disney +
Manu Gavassi lança álbum "Gracinha" Foto: Gabriela Schmidt / Divulgação
Manu Gavassi lança álbum "Gracinha" Foto: Gabriela Schmidt / Divulgação

“Cansei de fazer gracinha”, canta Manu Gavassi na música de abertura de seu novo álbum (não por acaso, intitulado “Gracinha”). O disco está disponível nas plataformas digitais de áudio a partir de hoje. Todas as nove músicas foram compostas por Manu, num álbum que tem participações especiais de nomes como Tim Bernardes e Alice et Moi. Para ela, o trabalho é uma libertação de todas as críticas e amarras que a moldaram até aqui. A artista conta que, enquanto gravava a faixa de abertura, por exemplo, acabou caindo no choro.

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— Quase desisti de ser cantora diversas vezes porque me convenci de que eu não era boa. Eu moldei minha carreira baseada em críticas e acreditei em todas elas. Na terceira vez em que fui gravar “Gracinha”, o Lucas (Silveira, produtor) disse para eu perder o controle. E eu falei: “Eu não perco o controle”. Isso foi um soco na minha cara, porque vi o quanto estava me limitando por medo. Esse desbloqueio me fez chorar.

 A música, “Gracinha”, com um ar de jazz antigo, fala sobre o meio do entretenimento, sobre assumir personagens, sobre exposição e a necessidade de agradar. A artista diz que se deixou levar pelo processo de criação, pelas melodias e pelas letras que foram surgindo e soltou a voz sem medo.

— Durante esse processo (de construção do álbum) resolvi não me julgar e, pela primeira vez, em muitos anos, soltar a minha voz, que é um músculo que eu quase atrofiei sendo cantora, olha que boicote. Foi uma libertação — conta Manu.

Manu Gavassi lança álbum "Gracinha" Foto: Gabriela Schmidt / Divulgação
Manu Gavassi lança álbum "Gracinha" Foto: Gabriela Schmidt / Divulgação

 

Influenciada pela irmã, Catarina, a artista usou referências do pop francês na construção das músicas. Após tornar-se “obcecada” pelo gênero, convidou artistas franceses, como Alice et Moi e Thibaud Van Hooland, para participarem do disco. Apesar de se interessar pela estética, pela França e músicos de lá, Manu se diverte ao contar que não tem muita intimidade com a língua e a única frase falada por ela no álbum saiu de um desenho animado:

— Eu preciso aprender, tomar vergonha na minha cara (risos). Eu brinco e falo “omelette du fromage’, que eu aprendi no “O laboratório de Dexter”, mas é a única frase em francês que eu falo no álbum.


O Globo quinta, 11 de novembro de 2021

AUTOMOBILISMO: NO BRASIL, LEWIS HAMILTON DIZ QUE QUER VER NEYMAR JOGAR PELA SELEÇÃO

No Brasil, Lewis Hamilton diz que quer ver Neymar jogar pela seleção e se mostra por dentro do esporte brasileiro

Piloto inglês chegou a São Paulo nesta quarta-feira para o GP de Interlagos
Max Verstappen e Lewis Hamilton se cumprimentam no pódio do GP dos EUA: holandês chegou em primeiro, à frente do inglês Foto: Chris Graythen / AFP
Max Verstappen e Lewis Hamilton se cumprimentam no pódio do GP dos EUA: holandês chegou em primeiro, à frente do inglês Foto: Chris Graythen / AFP
 

Já no Brasil, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, mostrou que anda por dentro do esporte brasileiro. Fã declarado do piloto Ayrton Senna, o heptacampeão afirmou já ter programa para quinta-feira depois de trabalhar no seu carro: assistir ao amigo Neymar em campo contra a Colômbia, pelas eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar.

O piloto, que desembarcou em São Paulo nesta quarta-feira, já conversou com o amigo brasileiro, que também está na cidade para a partida na Arena Corinthians. Fora o futebol, tem outra modalidade chamando a atenção de Hamilton.

– Eu sempre gostei de jogar futebol no videogame e sempre escolhi o Brasil. Meu irmão joga Fifa, e ele sempre escolhe a Inglaterra, então eu fico com o Brasil. Sempre tem os jogadores mais talentosos, e quando venho aqui percebo essa paixão. Mas sei  que o Brasil também tem surfistas incríveis, o Gabriel Medina e o Ítalo Ferreira. Gosto de assistir grandes esportistas pois são inspiradores – disse Hamilton em entrevista coletiva promovida pela Petronas, patrocinadora da Mercedes. 

Hamilton lamenta não ter mais tempo para aproveitar o país. Ele contou que já foi chamado algumas vezes para passar o Natal no Brasil.

– Queria voltar para o Natal... – afirmou o piloto.

No fim de semana, o inglês tentará evitar que Max Verstappen amplie a vantagem no campeonato a quatro corridas do fim. Hamilton reconhece que essa é uma das temporadas mais disputadas da Fórmula 1.

– Todos os anos são empolgantes, é sempre um momento diferente, há desafios diferentes. Mas este ano, os times estão super competitivos e temos uma batalha acirrada com outro time muito forte – declarou.


O Globo quarta, 10 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: AULAS DO RIO GASTRONOMIA 2021 - CHEFS RENOMADOS, RECEITAS SABOROSAS E MUITA HISTÓRIA

 

Aulas do Rio Gastronomia 2021: chefs renomados, receitas saborosas e muita história

De 9 a 19 de dezembro no Jockey, maior evento do gênero no país está de volta com encontros inéditos e uma programação inspirada
Culinária tropical brasileira: tema da aula da chef Morena Leite, do restaurante Capim Santo, no Rio Gastronomia 2021, sábado, dia 18 de dezembro, no Jockey Club Foto: Divulgação
Culinária tropical brasileira: tema da aula da chef Morena Leite, do restaurante Capim Santo, no Rio Gastronomia 2021, sábado, dia 18 de dezembro, no Jockey Club Foto: Divulgação
 

Está chegando a hora de matar as saudades: depois de uma edição diferente, com aulas, lives e bate-papos virtuais em plataforma digital, o Rio Gastronomia aporta no Jockey Club Brasileiro de 9 a 12 e de 16 a 19 de dezembro, com programação farta - e presencial. Em sua 11ª edição, o maior evento do gênero no país volta a reunir alguns dos principais craques da gastronomia em encontros saborosos, espalhados pelos oito dias do festival. Os ingressos já estão à venda no Ingresso Certo.
Sempre de quinta-feira a domingo, o público vai poder assistir de perto a seus chef favoritos, participar de degustações e conhecer estrelas da cozinha de todo o país e até internacionais, que vão compartilhar receitas, histórias e visões sobre o cenário gastronômico atual em cerca de 60 aulas gratuitas, distribuídas em dois espaços, com aproximadamente 1 hora de duração. As inscrições poderão ser feitas no próprio evento: as senhas serão distribuídas 1 hora antes de cada sessão.
Um dos nomes mais disputados pelo público todos os anos, o chef Claude Troisgros abre a programação no auditório SENAC no dia 9 de dezembro, às 17h, ao lado de Jessica Trindade, seu braço-direito no Chez Claude e espécie de “Batista na versão feminina”, como brinca a curadora do espaço e crítica gastronômica do GLOBO Luciana Fróes, em referência a seu fiel escudeiro. Na agenda, há forte presença de chefs cariocas, cozinhando em duplas em celebrações de amizade ou em encontros inéditos. Presente em todas as edições do evento, a chef Katia Barbosa vai dividir o palco com a filha Bianca no dia 11 de dezembro, para preparar um bobó vegetariano que vai dar o que falar.
— Estou muito feliz de participar mais uma vez, e estar com a Bianca é muito bacana, ela dá um toque de modernidade na comida brasileira tradicional. Vamos falar sobre PANC (plantas alimentícias não convencionais), que no Rio ainda são muito pouco usadas. Vai ser divertido — promete a chef.
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Também há convidados de fora do Rio e até do país, como Paulo Machado, embaixador da culinária pantaneira, e o chef português Diogo Rocha, dono de 1 estrela Michellin com seu Mesa de Lemos, no Dão, de cozinha contemporânea com raízes locais, ambos no dia 10 de dezembro. Ou a paulista Janaína Rueda, do Dona Onça e da premiada Casa do Porco, único restaurante brasileiro entre os 20 melhores do mundo na lista mais recente do “The World’s 50 Best Restaurants”. Janaína vai falar sobre merenda escolar no dia 18 de dezembro.
No auditório Santander, a curadoria do chef Pedro Benoliel vai promover o encontro de diversos chefs do Brasil. Nesse cenário já estão confirmados nomes prestigiados como Saulo Jennings, da Casa do Saulo, no Pará, que vai falar sobre a cozinha do Tapajós no dia 10 de dezembro; Fabrício Lemos, do Origem, em Salvador, traçando um panorama recente da alta gastronomia baiana no dia 12; e os mineiros Rodolfo Mayer (Angatu), Flávio Trombini (Xapuri) e Caio Soter (O Jardim), nos dia 10 (os dois primeiros) e 11. Tem muito mais.



Confira a programação das aulas:

Dia 9/12

17h – Claude Troisgros e Jessica Trindade – Auditório SENAC
17h30 – Queijos e vinhos, brasileiros! Com Daniel Martins (Queijo com Prosa) e LaisAoki (Oteque) – Auditório Santander
18h30 – De Veneza a Istambul, duas cidades únicas e fascinantes unidas pela cozinha mediterrânea. Com Piero Cagnin e José Raimundo Padilha (Zona Sul) – Auditório SENAC

Dia 10/12

15h –A comida do Pantanal: macarrão quebrado e frito de tropa. Com o chef Paulo Machado – Auditório SENAC
15h30 – Burger Class Rio x SP. Oficina criativa com Yasser Régis (Ex-Touro) e Paulo Yoller (Meats) – Auditório Santander
16h30 – Aula com o chef português Diogo Rocha (Mesa de Lemos – Dão) – Auditório SENAC
17h – Minas, cozinha de tradição e vanguarda. Com os chefs Rodolfo Mayer (Angatu) e Flávio Trombino (Xapuri) – Auditório Santander
18h – Segredos de coquetelaria e confeitaria. Com os chefs Elia Schramm (BabboOsteria) e Bruno Katz (Nosso) – Auditório SENAC

Dia 11/12

 

13h30 – Insights: inovação e o mercado de orgânicos no Brasil, com Fred Orgânicos e Danni Camilo - Auditório Santander
15h – A cozinha do Tapajós – Pará. Com o chef Saulo Jennings (Casa do Saulo) - Auditório Santander
16h – Cozinha afetiva a quatro mãos. Com Nathalie Passos (Naturalie) e Manu Zappa (Prosa na Cozinha) – Auditório SENAC
17h30 – Um bobó que vai dar o que falar. Com Katia Barbosa e Bianca Barbosa – Auditório SENAC
18h – Cozinha mineira criativa. Com o chef Caio Soter (O Jardim – Belo Horizonte) - Auditório Santander

Dia 12/12

13h – João Diamante ensina: berinjela laqueada com melado e cuscuz nordestino, sagu com capim limão e manga – Auditório SENAC
13h30 – Sabores do Brasil. Com Lorena Abreu e Marcelo Scofano (Zona Sul/Extra) - Auditório Santander
14h30 – Comes e bebes do Zazá Bistrô. Com Pedro Lacerda e RausleyCler – Auditório SENAC
15h – Brunch: o novo café da manhã dos brasileiros com a influência dos ingredientes nacionais. Com Eduardo Araúo (Café 18 do Forte) e Meguru Baba (Coltivi) - Auditório Santander
16h – As canjas do imperador: três versões assinadas pelos chefs Roland Villard e David Mansaud (Casa Marambaia) – Auditório SENAC
16h30 – A recente história da alta gastronomia baiana com Fabrício Lemos (Origem – Salvador) - Auditório Santander
17h30 – Gosto da Amazônia: receitas com pirarucu. Com os chefs Ricardo Lapeyre (Escama) e Fabiana Pinheiro (Sallva Bar e Ristorante, Brasília) – Auditório SENAC
19h – Receitas afetivas com Rodrigo Guimarães e a mineira Bruna Martins, a dupla do Mestre do Sabor – Auditório SENAC

Dia 16/12

15h – Cristiano Ramalho (Bistrô da Casa) e o fotógrafo de gastronomia Tomás Rangel – Auditório SENAC
15h30 – A cozinha do sertão cuiabano. Com Ariani Malouf (Mahalo Cozinha Criativa – Cuiabá) - Auditório Santander
16h30 – Comida de rua coreana. Com o chef Emerson Kim (SpicyFish) – Auditório SENAC
18h – Pão natalino da SlowBakery – Auditório SENAC

Dia 17/12

15h – A doceria francesa: duas versões de creme brulê. Com o chef Didier Labbé (Didier Bistrot) – Auditório SENAC
15h30 – Temperos da mesa brasileira e suas origens. Com Andressa Cabral (YayaComidaria Pop Brasileira) - Auditório Santander
16h30 – Aula com a chef Joana Carvalho (Proa) e o mergulhador profissional Francisco Lofreddi – Auditório SENAC
17h – A evolução da coquetelaria e seu consumo no Brasil. Com Jonas Eisengart (Quartinho) e Anderson Santos (Liz Cocktails) - Auditório Santander

Dia 18/12
13h30 – Gosto da Amazônia. Manejo do pirarucu selvagem: a Amazônia sustentável ao alcance de todos. Com João Vitor Campos-Silva - Auditório Santander
14h30 – Culinária tropical brasileira versão vegana. Com a chef Morena Leite (Capim Santo – SP) – Auditório SENAC
15h – Redescobrindo ingredientes: o que o Brasil tem de melhor. Com o chef Rafa Gomes (Itacoa) - Auditório Santander
16h – Truques para fazer o carbonara perfeito. Com o chef Michele Petenzi (Alloro al Miramar) – Auditório SENAC
16h30 – O verdadeiro farmtotable brasileiro com Rodrigo Bellora (Vale Rústico – RS) - Auditório Santander
17h30 – Panetone caseiro do João Padeiro & Cia. Com Adriano Amarante e Pedro Kessler – Auditório SENAC
19h – Dicas de merenda escolar saudável e prática. Com Janaína Rueda (Casa do Porco e Dona Onça – SP) – Auditório SENAC

Dia 19/12

13h – Lidando com carnes à italiana: ragu de “quinto quarto” com polenta. Com o chef Nello Garaventa (Grado) – Auditório SENAC
14h30 – Ceia de Natal original. Com Paula Prandini (Empório Jardim) e Vera Saboya (Ateliê Culinário) – Auditório SENAC
15h – Brasileiro sabe comer ceviche? Adaptações da receita ao paladar nacional. Com o chef Checho Gonzalez (Mescla – SP) - Auditório Santander
16h – Aula com o chef Rafa Costa e Silva (Lasai) – Auditório SENAC
16h30 – Alê D’Agostino (APTK – SP) - Auditório Santander
19h – Aula Guimas 40 anos – Auditório SENAC

O Rio Gastronomia é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy e Coca-Cola, apoio de Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul e Sesc RJ, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria doSindRio.


O Globo terça, 09 de novembro de 2021

VIAGEM AOS ESTADOS UNIDOS: DO VISTO ÀS VACINAS, O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A VOLTA AO PAÍS

 

Viagem aos EUA: do visto às vacinas, o que você precisa saber sobre a volta ao país

Fronteiras reabrem neste 8 de novembro, mesma data em que consulados no Brasil retomam as entrevistas
A Estátua da Liberdade, em Nova York Foto: BJOERN KILS / REUTERS
A Estátua da Liberdade, em Nova York Foto: BJOERN KILS / REUTERS
 

RIO - Fechadas para turistas que viajam do Brasil desde meados de março de 2020, as fronteiras dos Estados Unidos reabrem nesta segunda-feira, 8 de novembro. Mesma data em que os serviços consulares americanos voltam a realizar entrevistas para emissão de vistos de entrada.

Se a aceitação de todas as vacinas contra a Covid-19 aplicadas no Brasil é um ponto positivo, por outro lado quem ainda não tem visto deve ter paciência, já que o atendimento volta de maneira mais lenta do que antes da pandemia, e tendo que processar entrevistas agendadas há meses. O prazo de espera pode variar, e, em alguns casos, chegar a até quase um ano.

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A seguir, confira algumas informações importantes para quem pretende viajar aos Estados Unidos a partir deste mês.

 
 

O visto

Para tirar o documento

As entrevistas para emissão de vistos voltam a acontecer nesta segunda-feira, 8 de novembro, nas seções consulares de Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Recife. Vale destacar que, durante a pandemia, os consulados continuaram abertos, atendendo aos cidadãos estadunidenses e viajantes brasileiros que precisavam de vistos emergenciais por razões de saúde, familiares ou de estudo. E o sistema de marcação de entrevistas também permaneceu funcionando, o que fez com que muita gente já tenha conseguido reservar datas (algumas até meados de 2022) para o atendimento.

Apesar da alta demanda represada, a vice-cônsul dos EUA no Rio, Caitlin Meyers, garante que o órgão está se esforçando para reduzir o tempo de espera.

— Recomendamos que o solicitante olhe constantemente o nosso site (br.usembassy.gov), porque é possível remarcar a data da entrevista. Então, à medida que mais vagas são criadas, o solicitante poderá antecipar sua entrevista — explica.

Fronteiras: Veja 40 países abertos ou que anunciaram reabertura para viajantes brasileiros

De acordo com a vice-cônsul, a retomada do atendimento presencial ao grande público acontecerá seguindo protocolos de segurança, que incluem obrigatoriedade do uso de máscaras, disponibilidade de álcool em gel nas dependências dos consulados e redução no número de pessoas permitidas dentro das salas de espera, para evitar maior aglomeração. Esta última medida poderá deixar o atendimento ainda mais lento no primeiro momento.

— O atendimento em novembro de 2021 com certeza vai ser diferente do que era em fevereiro de 2020. Por precaução, haverá uma limitação no número de pessoas dentro da sala de espera, o que fará com que haja menos vagas por dia. Mas à medida que os números da Covid-19 nas cidades diminuam, essa limitação poderá ser revista — diz.

Fora isso, o procedimento para o pedido do visto permanece o mesmo. É preciso preencher o formulário DS-160 pelo site ais.usvisa-info.com/pt-br/niv, pagar a taxa de US$ 160 (equivalente a R$ 886, e que tem validade até setembro de 2023), e, só depois, marcar a data da entrevista e da ida ao Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (Casv). O horário de funcionamento do Consulado Geral dos EUA no Rio é de 8h às 17h, e a recomendação é que os solicitantes cheguem 15 minutos antes do horário agendado. 

Uma vez aprovado o pedido, o prazo para entrega do passaporte com a permissão de entrada, pelo correio, é de até dez dias.

 

Para renovar

Quem precisa apenas renovar o visto tem um caminho mais fácil. Em muitos casos, o solicitante é dispensado de entrevista, e é possível fazer o processo todo de maneira virtual, sem precisar comparecer presencialmente nas dependências do consulado. Para isso, é preciso que o visto esteja válido ou tenha expirado há menos de 48 meses — esse benefício, aliás, vale até 31 de dezembro de 2021, e é uma extensão do prazo anterior, que era de 12 meses. 

 

Mas há algumas condições para que se possa entrar nessa "fila rápida", segundo explica Caitlin Meyers:

— O solicitante não teve ter tido nenhum problema nos processos anteriores, como ter o visto negado ou cancelado, ter sido impedido de entrar nos EUA ou sido expulso do país. O visto também precisa ser para a mesma categoria do anterior.

Para entrar no país

As vacinas aceitas

Para entrar nos Estados Unidos, viajantes maiores de 18 anos devem estar vacinados, há pelo menos duas semanas, com as duas doses (ou dose única) de qualquer vacina aprovada integralmente ou para uso emergencial pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em outras palavras, todas as vacinas aplicadas no Brasil (Oxford/AstraZeneca, Coronavac, Pfizer e Janssen). Os Estados Unidos, diferentemente de muitos outros países, também aceitarão a entrada de pessoas vacinadas com dois tipos de imunizantes diferentes.

Vacina e viagem: Especialista esclarece dúvidas sobre imunização e critérios usados por países para receber visitantes

No comprovante, é preciso constar o nome do passageiro, a data de nascimento (essas informações devem ser idêntias às do passaporte e do visto), o nome do imunizante e as datas de administração das doses.

De acordo com a vice-cônsul no Rio, os agentes de imigração nos Estados Unidos aceitarão os comprovantes em papel, desde que estejam legíveis e identificados como documentos oficiais. Mas ela orienta consultar, com antecedência, a companhia aérea, responsável pela primeira checagem do comprovante, ainda em solo brasileiro.

 
 

Testagem

Todos os passageiros, incluindo crianças de até 17 anos (que estão isentas do comprovante de vacinação), devem apresentar um teste PCR negativo para o novo coronavírus feito até 72 horas antes de embarque.

Não é preciso refazer o teste na chegada ao país, nem no momento do desembarque, nem dias depois. Mas o viajante brasileiro precisa lembrar que, para voltar ao país de origem, precisa apresentar outro teste negativo. Se for PCR, feito até 72 horas antes do embarque. Se for antígeno, 24 horas antes da viagem.

Seguro de saúde

Os Estados Unidos não exigem seguro de saúde para a entrada de viajantes brasileiros. Mas como o país não oferece tratamento gratuito e exige que a pessoa fique isolada, às suas próprias custas, enquanto durar a infecção, é prudente que o turista contrate um serviço com cobertura especial para caso de Covid-19.

Passaporte de imunidade

O tema "passaporte da imunidade" é uma das grandes polêmicas no país desde que a vacinação contra a Covid-19 começou. Estados como Nova York e Califórnia adotam a medida, e em cidades como Nova York e São Francisco, por exemplo, só se pode frequentar locais fechados, como bares, restaurantes, casas de shows e teatros, com comprovante de vacinação. Em outros, como a Flórida, os governos declararam guerra ao "passaporte", inclusive proibindo empresas privadas de exigirem. Na maioria dos estados, porém, a exigência fica por conta do estabelecimento.

 
 

Para brasileiros, que, de qualquer maneira, precisarão estar vacinados para entrar no país, essa discussão não tem muito impacto prático. O certificado em inglês gerado pelo aplicativo Conecte SUS tem sido aceito nos lugares que exigem a comprovação.


O Globo segunda, 08 de novembro de 2021

RIO GASTRONOMIA: VENDA DE INGRESSOS COMEÇA HOJE

 

De volta ao presencial: venda de ingressos para a 11ª edição do Rio Gastronomia começa hoje

O evento, o maior do gênero no país, estará de volta ao Jockey, de 9 a 19 de dezembro. Programação reúne aulas, quiosques de bares e restaurantes, mercado de produtores e shows
RS RIO GASTRONOMIA - Rio de Janeiro - 17/08/2014 - Área externa do Rio Gastronomia. (Foto : Cecília Acioli/Ag O Globo) Foto: Cecília Acioli
RS RIO GASTRONOMIA - Rio de Janeiro - 17/08/2014 - Área externa do Rio Gastronomia. (Foto : Cecília Acioli/Ag O Globo) Foto: Cecília Acioli
 

RIO — Depois de um ano de espera, começa nesta segunda (8-11) a venda de ingressos para o Rio Gastronomia. De volta ao formato presencial, com todos os cuidados para receber de maneira segura os visitantes, o maior evento do gênero no país ocupa o Jockey Club Brasileiro, na Gávea, de 9 a 12 e de 16 a 19 de dezembro. Em 2020, por conta da pandemia, o aguardado encontro anual com chefs e novidades do universo gastronômico aconteceu de forma virtual, em uma plataforma digital com aulas-show, lives e muita notícia.

Em sua 11ª edição, após quatro anos de festa no Píer Mauá, o Rio Gastronomia retorna ao Jockey, palco do evento de 2012 a 2015. O ponto, no entanto, é novo e nobre: o Pião do Prado, com 31 mil metros quadrados de área ao ar livre, no meio da pista de corrida, cercado pelo cenário de cartão-postal que inclui o Cristo Redentor.

— O Rio Gastronomia presencial retorna em um momento importante para a cidade. Nosso foco, além de movimentar o setor de eventos e fomentar negócios para bares, restaurantes, foodtrucks e pequenos produtores, é promover um grande reencontro para o nosso público — celebra Andressa Amaral, gerente de projetos especiais da Editora Globo.

 O evento é realizado pelo jornal O GLOBO, com apresentação do Senac RJ, cidade-anfitriã Invest.Rio | Prefeitura RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Stella Artois, Naturgy e Coca-Cola, apoio de Gosto da Amazônia, Aspen Pharma, Amázzoni Gin, Água Pouso Alto, Supermercado Zona Sul e Sesc RJ, ticketeria oficial Ingresso Certo e parceria de SindRio.

O pontapé inicial para a festa é a cerimônia de entrega, restrita a convidados, do Prêmio Rio Show de Gastronomia.

— É uma celebração do melhor da mesa carioca, que ganhará uma edição especial do Rio Show, no dia 10 de dezembro, com os vencedores e matérias com dicas e novidades do setor — conta Inês Amorim, editora do Rio Show.

Espalhada por oito dias, a programação inclui encontros com chefs, filiais das melhores cozinhas da cidade, feiras de cachaça e de pequenos produtores e shows.

As inscrições para as cerca de 60 aulas gratuitas, em dois espaços, serão feitas no próprio evento. Curadora do auditório Senac, a crítica gastronômica do GLOBO Luciana Fróes procurou prestigiar ao máximo os chefs do Rio.

— Foi um ano duro. E veio a ideia de aulas em pares, multiplicando a presença desses heróis da gastronomia carioca. Há duplas de chefs amigos, mas de cozinhas distintas, como o Elia Schramm, da Babbo Osteria, e o Bruno Katz, do Nosso. Ou que nunca haviam trabalhado juntas, como Paula Prandini, do Empório Jardim, e Vera Saboya, do Ateliê Culinário — diz a jornalista.

 

Campeões de audiência e parceiros, Claude Troisgros e Kátia Barbosa já confirmaram presença. No auditório Santander, sob curadoria do chef Pedro Benoliel, vão se reunir cozinheiros prestigiados de todo o Brasil, como Fabrício Lemos (BA), Saulo Jennings (PA) e Caio Soter (MG).

A premiada Janaína Rueda (SP) e o português Diogo Rocha são nomes de projeção internacional que também marcarão presença no evento.

Com tanto papo sobre comida, quando bater a fome é só degustar receitas queridinhas dos cariocas, de lugares como Lasai, Irajá, Venga!, Espírito de Porco e muitos outros. Shows completam a programação para o dia acabar feliz. Só falta você.

Tudo o que você precisa saber

Ingressos: As vendas começam amanhã, às 10h, no site www.ingressocerto.com. Os bilhetes do primeiro lote custam R$ 40 (quinta e sexta) e R$ 50 (sábado e domingo). Outra opção é o ingresso solidário Mesa Brasil Sesc RJ com 30% de desconto, fazendo uma doação de R$ 10 ou R$ 5 revertida em alimentos para o projeto. Na compra do ingresso para um dia, assinantes O GLOBO ganham uma segunda entrada. Mais informações sobre descontos para assinantes de O GLOBO e Valor Econômico, alunos Senac RJ e clientes Santander estão no site oficial.

Cuidado redobrado: Todos os protocolos sanitários indicados pelas autoridades de saúde e vigentes durante a realização do evento serão seguidos. Além disso, será exigido o passaporte da vacina, com documento de identificação.

 

Aulas com chefs: Em dois auditórios, os principais nomes da gastronomia carioca e convidados de fora do Rio se encontrarão para conversar sobre o cenário atual e apostas para o futuro, além de receitas, histórias e segredos. As inscrições serão feitas uma hora antes da atividade. Entre os confirmados para as 60 aulas estão o chef Claude Troisgros e sua fiel escudeira Jessica Trindade; Kátia Barbosa, ao lado da filha Bianca; e muito mais: Roland Villard, Rafa Costa e Silva (Lasai), Elia Schramm (Babbo Osteria), Bruno Katz (Nosso), Nathalie Passos (Naturalie), João Diamante, Morena Leite (Capim Santo), Nello Garaventa (Grado), Andressa Cabral (Yayá Comidaria Brasileira), Ricardo Lapeyre (Escama) .

Outras cozinhas: Também desembarcam por aqui craques como o chef português Diogo Rocha, do Mesa de Lemos, dono de uma estrela no Guia Michelin; Paulo Machado, do Mato Grosso do Sul, representante da culinária do Pantanal; a paulista Janaína Rueda, à frente do Dona Onça e da premiada Casa do Porco, dando dicas de merenda escolar saudável e prática; o baiano Fabrício Lemos, à frente do badalado Origem, de Salvador; e o paraense Saulo Jennings, falando sobre a cozinha do Tapajós, entre outros.

Comes e bebes: Como já é tradição, quem for ao evento vai poder provar algumas das receitas mais consagradas da cidade, em quiosques de restaurantes estrelados e endereços tradicionais — e de quebra bater um papo com os chefs, que costumam bater ponto no local. Estarão lá o imperdível bolo de chocolate e brigadeiro do Irajá, do chef Pedro de Artagão; o concorrido bolinho de bacalhau da Gruta de Santo Antônio, de Niterói , além de novidades de casas como Lasai, Guimas, Venga!, Gero Panini, Nolita, Teva, Mama Jamma, Escama e Talho Capixaba.

Dias de feira: Para levar um pouquinho do Rio Gastronomia para casa,é só passar nas feiras de pequenos produtores, com delícias do interior do estado — entre queijos, geleias, conservas e doces —, e de cachaças, com os melhores rótulos de alambiques fluminense

Shows: Sempre ao fim do dia, grandes nomes da música brasileira se apresentam ao vivo. Geraldo Azevedo abre a série, no dia 9, com participação de Marcelo Jeneci. Nos dias seguintes, as atrações serão a sambista Teresa Cristina (10/12), os blocos Toca Rauuul! (11/12) e Bangalafumenga (12/12), o cantor Diogo Nogueira (16/12) e o projeto Filhos da Música (18/12) , em que os irmãos Max de Castro e Simoninha, ao lado de Max Viana, lembram sucessos dos pais Wilson Simonal e Djavan. Na saideira, dia 19, tem Samba Independente dos Bons Costumes com participação de El Pavuna.

 


O Globo domingo, 07 de novembro de 2021

TURISMO: O MAIOR NAVIO DO MUNDO DEIXA PORTO FRANCÊS E FAZ SUA PRIMEIRA VIAGEM

Maior navio do mundo deixa porto francês e faz sua primeira viagem

Com destino à cidade francesa de Marselha, 'Wonder of the Seas' receberá últimos retoques antes de ser inaugurado
Novo navio da Royal Caribbean Cruise (RCCL) deixa estaleiro em Saint-Nazaire, oeste da França Foto: AFP
Novo navio da Royal Caribbean Cruise (RCCL) deixa estaleiro em Saint-Nazaire, oeste da França Foto: AFP
 
 

O maior navio do mundo, o "Wonder of the Seas",  deixou o porto francês de Saint-Nazaire, nesta sexta-feira, e partiu para a cidade francesa de Marselha, onde é esperado na terça-feira para os últimos retoques. A maior embarcação, da Royal Caribbean International, está prevista para ser inaugurada em março 2022.

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O navio de 362 metros de comprimento e 66 de largura poderá receber até 9.000 pessoas - incluindo 2.300 membros da tripulação - em 16 andares.

O "Wonder of the Seas" foi desenvolvido inicialmente para o mercado chinês, que se afastou dos cruzeiros internacionais com a crise da Covid-19.  Reorientado para os clientes dos Estados Unidos no Caribe, foi necessário mudar todas as placas e passar do mandarim para o inglês.

A embarcação deve sair de Fort Lauderdale, na Flórida, no dia 4 de março de 2022 com destino às ilhas do Caribe Leste e Oeste, devendo passar por Cozumel, no México; Philipsburg, em St. Maarten; San Juan, em Puerto Rico; além da ilha privativa da Royal Caribbean, nas Bahamas.

Em maio, o navio vai para o Mar Mediterrâneo com embarques em Roma e Barcelona, passando pelas regiões de Palma de Mallorca, na Espanha, e Capri, na Itália.


O Globo sábado, 06 de novembro de 2021

MARÍLIA MENDONÇA: VELÓRIO DEVE ATRAIR 100 MIL FÃS HOJE EM GOIÂNIA

Marília Mendonça: velório deve atrair 100 mil fãs hoje em Goiânia

Primeiros fàs chegaram às 22h desta sexta-feira ao Goiânia Arena, local da cerimônia de despedida da cantora, que deve ser enterrada às 17h30
 

GOIÂNIA- Com expectativa de que cerca de 100 mil pessoas compareçam ao velório da cantora Marília Mendonça neste sábado, a Goiânia Arena começou a receber os primeiros fãs da sertaneja já na noite desta sexta-feira. Considerada o maior fenômeno musical da atualidade, Marília morreu na queda de um avião de pequeno porte que a levava para um show em Caratinga, Minas Gerais. O velório, que começa às 8h, será aberto ao público em geral das 13h às 16h. As primeiras e últimas horas do velório serão exclusivas para família e amigos. Às 17h30, Marília será enterrada no cemitério Parque Memorial, também na capital goiana.

Marília Mendonça viajava em um avião de pequeno porte, modelo Beech Aircraft. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião estava em situação regular e tinha autorização para circulação de táxi aéreo. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está apurando as circunstâncias do acidente. Na noite de ontem, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) informou que o avião atingiu um cabo da rede elétrica.

Desde às 22h, as primeiras movimentações começaram a ocorrer diante do local onde a cantora que arrastou multidões será velada. Mulheres de diferentes idades foram as primeiras a chegar e montar vigília diante do estádio, embaladas por canções que tocavam em seus celulares. Acompanhada da filha e do irmão, Laene Rodrigues, de 32 anos, dirigiu por mais de 100 quilômetros para ir de Morrinhos a Goiânia na noite de sexta para aguardar o velório da ídola.

Leia mais:Cemig confirma que avião com Marília Mendonça atingiu cabo de linha de energia

 

Fã da cantora desde o início da carreira, a vendedora se emociona ao contar que as canções de Marília embalaram momentos variados de sua vida e afirma que se sentiu representada quando a cantora apareceu no cenário musical inclusive por sua aparência:

— Quando vi Marília, me senti representada. Ela representava as gordinhas, que sempre sofreram preconceito — lembrou, se lamentando em seguida por não ter conseguido ir a uma apresentação da cantora: — Nunca fui em um show dela. Nunca a vi em um show, mas vou vê-la em um caixão.

 

Repercussão:Famosos reagem a morte de Marília Mendonça

Um ponto que une diversas admiradoras é a identificação com as letras de Marília e um elogio pela sinceridade da artista. Nas palavras delas, uma pessoa do "povão", sempre disposta a atender com carinho os fãs:

— Acho que o principal é a verdade que ela passa nas músicas dela — diz a empresária Letícia Prado, de 41 anos, explicando a origem da sua admiração.

 

 

Com um cobertor para passar a noite diante do local do velório, Jessica Oliveira, de 30 anos, destava que Marília cantava o que outros artistas não têm "coragem" de dizer:

— Ela fala por muitas, o que muitas não tem coragem de falar — afirma, citando o sucesso "Infiel", música que incluiu Marília nas paradas de sucesso: — Muitas mulheres que estavam passando pelo fim de um relacionamento (se identificam). Quando passei por uma crise em meu casamento quase me acabei de chorar e beber ouvindo Marília Mendonça. 

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) decretou luto oficial de três dias no estado e, em uma rede social, publicou a estimativa de que até 100 mil pessoas compareçam ao velório. Ele estará junto com a família da cantora quando o corpo de Marília chegar à capital goiana no serviço aéreo estadual, no aeroporto de Goiânia. Segundo Caiado, a expectativa é que ela chegue na cidade entre 10h e11h e siga em cortejo no carro dos bombeiros até a Goiânia Arena.


O Globo sexta, 05 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: RECEITAS E SABORES DO NORTE

 

Receitas e sabores do Norte: cresce o número de representantes da comida paraense na cidade

Do sorvete ao hambúrguer com carne de tambaqui, saiba onde encontrar no Rio o melhor da culinária paraense
Degustação amazônica: sugestão para provar um pouco de tudo no Amazônia Soul Foto: Divulgação
Degustação amazônica: sugestão para provar um pouco de tudo no Amazônia Soul Foto: Divulgação
 
 
 

Jambu, tucupi, maniçoba, tacacá, bacuri, pirarucu. Com influências indígenas e portuguesas, a culinária paraense é uma das mais ricas e originais do país. Desde 2015, a capital Belém detém o título de Cidade Criativa da Gastronomia, concedido pela Unesco, integrando uma lista de cidades que buscam desenvolvimento de maneira sustentável e socialmente justa. Muito além do açaí, já velho conhecido dos cariocas, os sabores do Norte têm conquistado cada vez mais adeptos. Nos últimos tempos, a cidade ganhou novos representantes dessa cozinha e casas tradicionais deram uma bela renovada.
- Por ser uma comida muito bem temperada, as pessoas acabam descobrindo outros sabores e temperos que não têm muito hábito de comer. A pimentinha de cheiro e a chicória, que são ervas nossas, deixam o prato muito saboroso. É uma comida de muito afeto. Acho que é daí que vem o sucesso – diz Adriana Veloso, cozinheira e sócia do Pescados na Brasa, boteco no Riachuelo que vem atraindo gente de todos os cantos da cidade e celebra dois anos este fim de semana com uma festa na rua.
Dois clássicos dessa gastronomia, o Arataca, fundado em 1955 em Copacabana, e o Tacacá do Norte, desde 1973 no Flamengo, expandiram recentemente seus domínios para outros bairros ou em espaços ampliados, com ares mais joviais e novidades nos cardápios. Os sócios do segundo abriram ainda a Blaus, sorveteria que prima pelas frutas amazônicas e daquela região.

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Conheça abaixo seis endereços onde provar as delícias típicas da região.

Bolinhos de pirarucu do Arataca: tradição em Copacabana, a casa ganhou endereço também no Jardim Botânico Foto: Divulgação
Bolinhos de pirarucu do Arataca: tradição em Copacabana, a casa ganhou endereço também no Jardim Botânico Foto: Divulgação

Arataca
Há 66 anos em Copacabana, o pequeno ponto de ambiente simples e mesinhas na calçada ganhou uma filial mais arrojada no Jardim Botânico. Misto de empório e restaurante com sabores do Pará e da Amazônia, a casa de teto de sapê e decoração rústica, com peças marajoaras nas paredes, é comandada pelos irmãos Matheus e Luccas, netos do fundador Acir Rodrigues, que faleceu este ano de Covid-19. Aviador, o mineiro de Barbacena, apaixonado pelos sabores daquela região, foi um dos primeiros a trazer ao Rio a cerveja e o refrigerante Cerpa. No novo endereço, delícias como casquinha de caranguejo (R$ 28,00), filhote com molho de camarão rosa, farofa e chips de macaxeira (R$ 65,00, individual, ou R$ 110,00, para dois), e pato no tucupi (R$ 55,00 ou R$ 100, para dois), ganham a companhia de cervejas artesanais e drinques com frutas e especiarias amazônicas, assinados por Jonny Paes. O agreste é um gim-tônica com suco de cupuaçu, limão siciliano e hortelã (a partir de R$ 25,00, com gim Arapuru). A partir do dia 15, entra em cartaz, toda sexta, um festival da Amazônia, com pedidas como bolinho de pirarucu (R$ 35,00) e torta de cupuaçu (R$ 18,00). Na lojinha, logo na entrada, há bombons de cupuaçu, açaí e bacuri, cajuína, doces e cachaça de jambu.
Rua Lopes Quintas, 147, Jardim Botânico – 3280-0392. Diariamente, das 11h às 22h.

Tacacá: a receita típica é uma das atrações do Amazônia Soul Foto: Divulgação
Tacacá: a receita típica é uma das atrações do Amazônia Soul Foto: Divulgação

Amazônia Soul
O cardápio da lanchonete e as prateleiras da lojinha são abastecidas por ingredientes trazidos do Norte por Eduardo Castilho, filho do criador da marca, o publicitário paraense Carlos Castilho Jr. Além do autêntico açaí, orgânico e sem conservantes (R$ 16,90, 180g), há sugestões como pastel de queijo com jambu (R$ 12,90) e o tradicional tacacá, feito com goma de tapioca, tucupi, jambu e camarão seco (R$ 31,90). Para um passeio pelos sabores da região, o menu degustação da Amazônia reúne caranguejo society, vatapá e maniçoba, espécie de feijoada paraense feita com folha de maniva (folha da mandioca brava) cozida por 7 dias, no lugar do feijão (R$ 77,90). O empório ganhou recentemente uma expansão, com reforço de novas cachaças de jambu da Amazônia, geleias de cupuaçu e bacuri, biscoitos de castanha e farinhas especiais.
Rua Teixeira de Melo, 37, Ipanema - 2247-1028. Diariamente, do meio-dia às 21h.

Tapioca de caranguejo: uma das dicas do ASA Açaí, com lojas na Barra e no Jardim Botânico Foto: Erik Barros Pinto / Divulgação
Tapioca de caranguejo: uma das dicas do ASA Açaí, com lojas na Barra e no Jardim Botânico Foto: Erik Barros Pinto / Divulgação

ASA Açaí
Filho de Ana Castilho, chef e dona do Aprazível, o geógrafo e músico João Hermeto percorre a região amazônica mapeando cooperativas e associações familiares agroflorestais, de onde se originam os insumos que servem de base às receitas. O açaí, adoçado naturalmente (R$ 14,50, o pequeno) pode ser saboreado com a granola da casa, desenvolvida com engenheiros da UFRJ com treze ingredientes. A tapioca é preparada com recheios como caranguejo ao tamarindo (R$ 23,00), camarão com fruta pupunha (R$ 26,00) e banana com chocolate do Xingu, canela e paçoca de baru (R$ 19,00). Há pratos mais consistentes, como a caldeirada de pirarucu com tucupi e fruta pupunha, finalizada com leite de castanha de caju e servida com arroz de coco e farofa crocante de dendê (R$ 55,00). Em fevereiro, a casa ganhou um novo ponto na Barra.
Rua Jardim Botânico, 67, Jardim Botânico – 3563-9179 e 98849-4541. Diariamente, das 8h às 20h. Avenida das Américas, 8445 (loja 108-A), Barra – 3349-7960. Diariamente, das 9h às 21h

Blaus: a sorveteria criada há 30 anos no Pará tem um posto avançado na Barra Foto: Agência Belê / Divulgação
Blaus: a sorveteria criada há 30 anos no Pará tem um posto avançado na Barra Foto: Agência Belê / Divulgação

Blaus
Fundada há três décadas em Belém, a sorveteria ganhou no início do ano um quiosque no Downtown, pouco depois do primeiro ponto em Botafogo, ao lado do Tacacá do Norte, dos mesmo donos. Frutas amazônicas, como açaí, taperebá e tucumã, além de combinações como maria izabel (bacuri com geleia artesanal de cupuaçu e biscoito champanhe) abastacem os sorvetes de textura cremosa (a partir de R$ 14,90 no copinho). Outra sugestão é o cascão de sorvete de castanha com tapioca e flocos de arroz (R$ 20,90, uma bola; R$ 29,90, duas bolas). Receita autoral e inédita, o waffle paraense é feito com massa de farinha de tapioca, castanha do Pará e cumaru, com cobertura de manteiga e mel ou geleia (R$ 27,00), mas também pode ser combinado com uma bola de sorvete.
Av. das Américas, 500, bloco 8, Barra (Downtown). Diariamente, das 10h às 22h

Novidade no Pescados na Brasa: o 'tambaburguer', um hambúrguer de tambaqui com maionese de jambu, alface, tomate e cebola caramelizada no tucupi Foto: Berg Silva / Divulgação
Novidade no Pescados na Brasa: o 'tambaburguer', um hambúrguer de tambaqui com maionese de jambu, alface, tomate e cebola caramelizada no tucupi Foto: Berg Silva / Divulgação

Pescados na Brasa
Em Belém, sua terra natal, Adriana Veloso trabalhou como garçonete, caixa e gerente em restaurantes. Seu sonho era abrir uma peixaria, como são chamados os restaurantes de peixes por lá. Calhou de ser aqui, no Riachuelo, onde ela comanda a cozinha desse concorrido boteco com mesas na calçada, tecidos de chita, bandeiras de times locais e muito alto astral ao lado do marido, Júnior (que cuida da brasa), e da filha Gabrielly. Neste domingo (7), a casa completa dois anos e ganha uma festa ao ar livre, com muita comida típica, carimbó e roda de samba. Aproveite para experimentar as novidades do cardápio: pastéis de caranguejo ou camarão com jambu e de cupuaçu com castanha (R$ 9,90 cada) e o tambaburguer, um hambúrguer de tambaqui com maionese de jambu, alface, tomate e cebola caramelizada no tucupi, servido com chips de batata doce (R$ 35,90). Mas não deixe de provar a especialidade: os peixes preparados na brasa, como o pirarucu, acompanhado por arroz de camarão, pirão e farofa (R$ 129,90, para dois). Para bebericar, caipirinha de limão com... jambu, claro (R$ 17,90).
Rua Vitor Meireles, 92, Riachuelo – 2239-9540 e 99359-4753. Ter. a sáb., das 11h às 21h. Dom., das 11h às 18h.

Tacacá do Norte Gourmet
Parada obrigatória para quem busca os sabores típicos da região, o tradicional e diminuto ponto no Flamengo (onde a clientela consumiaunhas de caranguejo e a clássica receita que batiza a casa em um balcão) ganhou um anexo, com salão espaço e refrigerado, além de uma loja da sorveteria Blaus, dos mesmos sócios. O cardápio também ganhou reforços, como bolinho de piracuí, uma farinha de peixe, com molho de pimenta de cheiro (R$ 9,00), e pratos mais consistentes, a exemplo da chapa mista paraense, reunião de pirarucu, carne, charque, filé de filhote e camarão rosa, com dois acompanhamentos à escolha, como arroz de tucupi com jambu (R$ 110,00, meia porção, ou R$ 160,00). Ali, o açaí é servido puro, batido ou com acompanhamentos salgados, como camarão seco (R$ 38,90) ou pirarucu frito (R$ 46,90).
Rua Barão do Flamengo, 35, lojas O e R, Flamengo – 2205-7545 e 2225-4359. Seg. a sáb., das 9h às 22h. Dom., das 9h às 20h

 

O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.


O Globo quinta, 04 de novembro de 2021

FÓRMULA 1: INTERLAGOS ESPERA 170 MIL PESSOAS EM TRÊS DIAS DE GP SÃO PAULO

 

Fórmula 1: Interlagos espera 170 mil pessoas em três dias de GP São Paulo

GP deve ser o evento com maior público no país em 2021
Hamilton e Vettel disputam a liderança no último GP disputado em São Paulo, em 2019 Foto: RICARDO MORAES / Reuters
Hamilton e Vettel disputam a liderança no último GP disputado em São Paulo, em 2019 Foto: RICARDO MORAES / Reuters
 
 

SÃO PAULO — Com a liberação da capacidade total de público, a organização da etapa brasileira da Fórmula 1 espera receber até 170 mil pessoas no circuito de Interlagos, em São Paulo, entre 12 e 14 de novembro. Será provavelmente o evento com maior número de espectadores no país neste ano. A estimativa é uma aposta de Alan Adler, novo CEO do GP, que ontem participou do lançamento da prova e da vistoria da pista ao lado do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

— Em 2019 registramos um público de 150 mil pessoas, e a expectativa agora é superar esses números, mesmo com as dificuldades trazidas pela pandemia. Vivemos neste ano um cenário em que não sabíamos se teria a corrida, ou se teria espectadores, ou se teria capacidade reduzida, ou se teríamos de adotar protocolos especiais — declarou Adler.

 De fato, o Grande Prêmio seguirá as determinações impostas pelo governo estadual. Para quem tem mais de 12 anos, será exigida a comprovação de aplicação de pelo menos uma dose da vacina contra o coronavírus. Para os maiores de 5 anos, será necessário apresentar um teste negativo de Covid-19. Além disso, todos deverão usar máscaras. 

O Brasil chegou a ficar ameaçado de perder o GP durante as negociações nos últimos meses. A confirmação ocorreu após a assinatura de um novo contrato de cinco anos — renováveis por mais cinco —, em que a prefeitura de São Paulo se comprometeu a pagar R$ 20 milhões por ano à organizadora da F1, a Liberty Media. Além disso, a prefeitura desembolsou outros R$ 10 milhões com obras de manutenção e readequação do circuito, que ficou fechado durante boa parte dos últimos dois anos. O novo acordo também levou à mudança do nome de Grande Prêmio Brasil para Grande Prêmio São Paulo. O objetivo é trazer mais visibilidade e investimentos à cidade.

F1: GP de São Paulo tem data alterada; entenda o porquê

A maior novidade será a “sprint race” no sábado, uma “mini-corrida” que serve como tomada de tempo para a prova de domingo. O formato estreou neste ano e Interlagos será a terceira pista a recebê-lo, depois de Silverstone (Inglaterra) e Monza (Itália).

 


O Globo quarta, 03 de novembro de 2021

VALÉRIA VALENSSA: AOS 5O ANOS, ATRIZ FAZ BALANÇO - NUNCA ME CONSIDEREI UM SÍMBOLO

Aos 50 anos, Valéria Valenssa faz balanço: 'Nunca me considerei um símbolo'

Eterna Globeleza fez duas festas para celebrar a data
Valéria Valenssa: look de São Paulo Foto: @VATANABECRUZ
Valéria Valenssa: look de São Paulo Foto: @VATANABECRUZ
 

Valéria Valenssa comemorou a chegada aos 50 anos com duas festa. A primeira foi, em São Paulo, foi no dia 5 de outubro, data que a eterna Globeleza faz aniversário. A segunda, no Rio, foi na segunda-feira. Em ambas ocasiões, ela vestiu looks assinados por Henrique Filho.

Valéria Valenssa: look de São Paulo Foto: @VATANABECRUZ
Valéria Valenssa: look de São Paulo Foto: @VATANABECRUZ

 

Valéria Valenssa: look do Rio Foto: @jourbenifotografia
Valéria Valenssa: look do Rio Foto: @jourbenifotografia

 

"Nos tempos em que estamos passando, celebrar a vida é um privilégio. Meu coração foi tomado por uma enorme gratidão, por poder estar com saúde e em segurança com minha família. A idade não me trouxe perdas. Ganho, na verdade, todos os dias a possibilidade incrível de ser minha melhor versão", disse Valéria, tida como um dos maiores sex symbols do Brasil. "Sei que pode parecer estranho, mas nunca me considerei um símbolo. A exposição do meu corpo era algo relacionado ao meu trabalho. Porém, me sinto lisonjeada com o carinho e respeito das pessoas com os meus 30 anos de carreira."


O Globo terça, 02 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: DIA DO SUSHI - CONHEÇA UM FEITO COM CARNE WAGYU, QUE CUSTA R$ 900,00 O QUILO, AGORA À VENDA NO BRASIL

No Dia do Sushi, conheça um feito com carne wagyu, que custa R$ 900 o quilo, agora à venda no Brasil

Trio de sushis, com dois de carne bovina e um de peito de pato, custa R$ 150 em restaurante com casas no Rio e em São Paulo
Sushi de Wagyu do restaurante Naga: carne, importada, custa R$ 900, o quilo Foto: Filico / Divulgação
Sushi de Wagyu do restaurante Naga: carne, importada, custa R$ 900, o quilo Foto: Filico / Divulgação
 

Comum não é, tradicional também não, mas os sushis feitos com carnes vermelhas começam a entrar na roda. E não estamos falando do rosado atum, mas de carne bovina mesmo. No Japão, eles apareceram  em 2008, nas mais de 20 mil  casas de carnes espalhadas pelo país, as   "yakiniku", a versão de churrascaria dos japoneses.  Semana passada os "yakisushi" fizeram sua estreia no Brasil na filial carioca do restaurante Naga, que tem outras cinco unidades em São Paulo. Ideia de Raul Ono, o sushiman chefe, que explica que só foi possível aderir à novidade com a chegada no mercado brasileiro da carne de wagyu A5, um tipo de gado comum do Japão, de carne marmorizada, com veios de gordura, que desmancham na boca. Ou seja, não é com qualquer carne bovina que se faz um yakisushi.

 

Sushi de Wagyu Nacional, Wagyu A5 e Magret de pato, servido no Naga, no Rio de Janeiro e em São Paulo Foto: Tomás Rangel / Divulgação
Sushi de Wagyu Nacional, Wagyu A5 e Magret de pato, servido no Naga, no Rio de Janeiro e em São Paulo Foto: Tomás Rangel / Divulgação


-  Tudo faz sentido, uma junção de Oriente com o Ocidente, mas sem fugir muito das raízes e da culinária japonesa. O wagyu é um tipo de gado do Japão - diz o nissei Raul Ono.

 No prato, três sushis fora de série: um com a fatia de waguy A5, supermarmorizada, que é importada do Japão (em torno de R$ 900 o quilo); outro com wagyu nacional (menos veios de gordura, mas muito saborosa) e o outro com fatia de magret de pato, outra carne muito consumida entre os orientais. O trio custa  R$ 150, e as peças das carnes não são totalmente cruas.

- Nós selamos a parte de baixo, para o óleo da carne impregnar no arroz shari, os grãos temperados dos sushis - explica o sushiman  Marcel Nagayama, do clã Naga, que provou  no Japão e a versão de sushi de carne bovina. -  É raro porque sai caro para eles também. Mas servem. É o que chamamos de cozinha  contemporânea japonesa.

Bluefin:O peixe mais caro do mundo

Outro sushimam do Rio,  Nao Hara,  há algum tempo testou um sushi com foie gras, e funcionou. Mas carne bovina, ainda não usou.

-  Estou fazendo uma espécie de sashimi. Sirvo as fatias finas de wagyu, que vão  para a mesa com uma pedra vulcânica quente, para dar uma leve grelhada - diz Nao, do Kitchen Asian Food
Com séculos de história e tradição, a familía sushi segue se remoçando e se adaptando aos novos tempos. E por falar em tempo, hoje é o dia mundial do sushi.  Mexam os pauzinhos e saiam em campo. E ficamos combinados assim.


O Globo segunda, 01 de novembro de 2021

NELSON FREIRE SE ENCANTOU: PIANISTA MORRE AOS 77 ANOS DE IDADE

 

Morre o pianista Nelson Freire, aos 77 anos

Músico era considerado um dos grandes do século XX
Nelson Freire Foto: Divulgação
Nelson Freire Foto: Divulgação
 
 

Morreu na madrugada desta segunda-feira o pianista Nelson Freire, aos 77 anos, no Rio de Janeiro. Segundo a empresária do músico, ele estava em casa, na Joatinga.

Nascido em Boa Esperança, Minas Gerais, em 1944, Nelson era considerado um dos maiores pianistas do século XX. Descrito como '"tímido", de "caráter discreto", começou a dedilhar no piano aos 3 anos de idade, ao observar a irmã. Por isso, seus pais se mudaram para o Rio quando ele tinha 5, em busca de professoras para o jovem prodígio, que começou a estudar com Nise Obino e Lúcia Branco.

 

Aos 14, tocando Chopin e Beethoven com maestria, ganhou uma bolsa do governo JK  para estudar em Viena, na Áustria, após participar de um concurso internacional.

A partir daí, Freire fez carreira na Europa, conquistando, aos 19, o primeiro lugar no Concurso Internacional Vianna da Motta, em Lisboa. Cinco anos depois, estreou com a Orquestra Filarmônica de Nova York. Chegou a ganhar da revista "Time" o título de  “um dos maiores pianistas desta ou de qualquer outra geração”. Trabalhou em todas as grandes cidades da Europa e Estados Unidos, com os maiores regentes do século XX. 

— Ainda tenho muito a conquistar. Progredir. Se um artista achar que conquistou tudo, parou — disse ele, em entrevista ao GLOBO, em 2014.

Nelson gravou diversos álbuns, sendo o último, "Encores", lançado em outubro de 2019 pela Decca.  Só por essa gravadora, são 22 álbuns, desde 1983.,com gravações de Chopin, Schumann, Brahms e Beethoven.

— Não ouço nem durante nem depois meus discos. Ja tem uns cinco anos isso, foi acontecendo aos poucos. Porque se ouço, fico querendo mudar — disse o pianista ao GLOBO em 2001.

Em 2003, o pianista foi tema de um documentário feito pelo cineasta João Moreira Salles. "Nelson Freire" venceu o prêmio de melhor documentário do Grande Cinema Brasil daquele ano e contou com a participação da pianista argentina Martha Argerich, de quem ele era muito amigo desde a década de 1960. Em 2016, recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).


O Globo domingo, 31 de outubro de 2021

BRASILEIRÃO - FLAMENGO VENCE ATLÉTICO-MG POR 1 X 0

Vitória aumenta chance de título do Flamengo, mas Atlético-MG segue com probabilidade de 90%

Rubro-negro aumenta para 7% as chances de ficar com a taça. Mesmo derrotado, Galo tem larga vantagem na ponta, de acordo com a ferramenta do GLOBO Bola de Cristal do Brasileirão
Mauricio Isla e Hulk: jogo com cara de decisão colocou o Flamengo de novo na disputa do título Foto: ALEXANDRE LOUREIRO / REUTERS
Mauricio Isla e Hulk: jogo com cara de decisão colocou o Flamengo de novo na disputa do título Foto: ALEXANDRE LOUREIRO / REUTERS

A luta de Flamengo e Atlético-MG pelo título do Campeonato Brasileiro segue intensa na reta final. A vitória rubro-negra por 1 a 0, neste sábado, no confronto direto no Maracanã, fez o clube aumentar a sua chance de ficar com a taça. Mas o Galo segue amplamente favorito, de acordo com a ferramenta do GLOBO Bola de Cristal do Brasileirão.

Bola de cristal:Ferramenta do GLOBO mostra chances de título, risco de queda e outros dados do seu time

Agora o Flamengo tem 7% de chances de ficar com o título. Enquanto o Atlético-MG diminuiu a sua porcentagem, mas segue com 90,2%. O Palmeiras, que ainda joga na rodada, tem 1,7% de chance de ser campeão, enquanto o Fortaleza tem 0,70%.

— Foto: Reprodução
— Foto: Reprodução

Completam o ranking: o Bragantino com o,36%, o Corinthians com 0,006 e o Internacional com 0,001%.

A partida era encarada como uma decisão pelo Flamengo, que, além do Galo, superou sete desfalques neste sábado. Com o resultado, o time de Renato Gaúcho chegou aos 49 pontos, e está a 10 do líder Atlético-MG - mas com três jogos adiados a disputar, enquanto a equipe de Cuca tem uma rodada adiada.


O Globo sábado, 30 de outubro de 2021

BRASILEIRÃO - ATLÉTICO PODE CHEGAR AOS 98% DE CHANCES DE TÍTULO SE VENCER FLAMENGO

 

Atlético-MG pode chegar aos 98% de chance de título se vencer Flamengo; só vitória interessa ao rubro-negro

Empate no Maracanã também é bom negócio para a equipe de Cuca
Com Galo mais próximo da taça, Flamengo tenta seguir na disputa no Maracanã Foto: Editoria de Arte
Com Galo mais próximo da taça, Flamengo tenta seguir na disputa no Maracanã Foto: Editoria de Arte
 
 

Neste sábado, Atlético Mineiro e Flamengo fazem confronto com clima de decisão pelo Brasileirão. Jogando no Maracanã, às 19h, O rubro-negro aposta algumas das suas últimas fichas no confronto direto para resguardar suas chances de título, enquanto o galo tenta encostar as mãos na taça na viagem ao Rio.

Bola de Cristal:  Ferramenta do GLOBO mostra chances de título, risco de queda e outros dados do seu time

A partida promete ser uma espécie de final de campeonato para o Atlético. Se o galo vencer o rubro-negro, pode chegar aos 98,7% de chances de ficar com o título, contra 0,55% do Palmeiras — que "torce" pelo Flamengo na rodada —, 0,48% dos cariocas e 0,2% do Fortaleza.

Leia mais:Flamengo e Atlético-MG fazem final 'possível' repleta de ingredientes de rivalidade

As contas são do professor Gilcione Nonato Costa, do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O cálculo, é claro, não leva em consideração os outros jogos da rodada.

 — Para o Atlético, o empate e a vitória praticamente definem o campeonato. Com uma vitória do Flamengo, as chances do Atlético diminuem, mas permanecem altas e o campeonato continua — diz o professor.

Só a vitória interessa ao Flamengo

Neste momento, o Atlético é líder com campeonato, com 59 pontos. O Flamengo ocupa a quinta colocação, com 46. Vale lembrar que a equipe de Renato Gaúcho tem dois jogos a menos em relação aos comandados de Cuca. Se o rubro-negro vencer, pode ir a 7,4% de chances de ficar com o título, contra 89,6% de chances do Galo,  em cenário que tem também o Palmeiras com 2% e o Fortaleza com 0,8%.

Já o empate, como explicou o professor, favorece muito mais os mineiros. Com um ponto para cada lado, o Atlético pode chegar 96%, ontra apenas 1,9% do Flamengo, 1,4% do Palmeiras e 0,6% do Fortaleza. Promessa de confronto eletrizante na capital carioca.


O Globo sexta, 29 de outubro de 2021

CARDÁÇIO ANIMAL: ENDEREÇOS PARA VISITAR E COMER COM OS PETS

 

Cardápio animal: seis endereços para visitar e comer com os pets

De cerveja a coxinha e picolé: bares, restaurantes, padarias, cafés e sorveterias oferecem menus especiais e outros mimos para clientes de quatro patas
Lomo saltado, receita típica no QCeviche!: preparo adaptado para clientes caninos Foto: Divulgação
Lomo saltado, receita típica no QCeviche!: preparo adaptado para clientes caninos Foto: Divulgação
 

Quando a pandemia obrigou todo mundo a ficar em casa, os animais de estimação foram a melhor (e às vezes única) companhia de muita gente. Agora que acomeçamos a ensaiar uma retomada das ruas, muitos buscam lugares onde possam ir com seus amigos caninos ou felinos. Mais que apenas aceitar a sua permanência no local, bares, restaurantes e outros estabelecimentos gastronômicos oferecem mimos e até cardápios pensados especialmente para os bichanos.
- A ideia é que os pets se sintam tão confortáveis quanto os donos. Percebemos que a maioria das casas que se dizem pet friendly só aceitam que leve o bichinho e oferecem água. Por aqui quisemos integrar ainda mais os cães e gatos no espaço - conta Gabriela Motta, gerente geral do QCeviche!, em Copacabana, que tem pratos do chef peruano Manuel Velazquez adaptados para clientes de quatro patas.
Reduto de petiscos criativos e batidas saborosas na Praça da Bandeira, a Noo Cachaçaria foi agraciada recentemente com o Selo Pet Friendly, criado em dezembro de 2020 pelo governo do estado para destacar lugares adequados para humanos e seus bichinhos. Por lá, eles também têm direito a quitutes especiais e até uma cervejinha. As regras de boa convivência estão fixadas na parede.
- Só não pode subir na mesa nem latido contínuo, e devem sair de hora em hora para dar uma volta, pois tem cão que não curte ficar muito tempo parado – explica a sócia Vanessa Marzano, tutora de dois cachorros.

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Conheça outros lugares onde os pets são mais que bem-vindos:

Gato Café: a casa em Botafogo tem uma área só para felinos Foto: Divulgação
Gato Café: a casa em Botafogo tem uma área só para felinos Foto: Divulgação

Gato Café
Na cafeteria temática, os felinos inspiram da decoração ao cardápio, cheio de biscoitinhos, sanduíches e bebidas em formato ou com desenhos de gatinhos. Além de um espaço reservado aos bichinhos residentes à espera de lar adotivo (com acesso pago e monitorado), onde os humanos também interagem em aulas de yoga semanais, há também uma área de convivência amigável, ao ar livre, onde os clientes podem levar seus bichinhos, de cães a gatinhos acostumados a passear.
Rua das Palmeiras, 26, Botafogo – 3283-5469. Ter. a dom., das 10h às 19h

Gelateria Piemonte
Além das receitas cremosas para humanos, inspiradas nos sabores da região que a batiza, a sorveteria da família italiana Coladangelo, recém-chegada a Copacabana, tem uma linha de picolés para cachorros. O Dog-lé é feito com fruta e água de coco, nos sabores manga, banana e coco (R$ 6,00 cada).
Rua Siqueira Campos, 128, loja A, Copacabana – 97152-6015. Seg. a sáb., das 11h às 19h. Dom., das 11h às 18h.

João Padeiro, em Botafogo: primeira casa a receber o selo Pet Friendly, oferecido pela Subsecretaria Estadual de Proteção Animal (RJPET) Foto: Divulgação
João Padeiro, em Botafogo: primeira casa a receber o selo Pet Friendly, oferecido pela Subsecretaria Estadual de Proteção Animal (RJPET) Foto: Divulgação

João Padeiro & Co
Cachorros também são bem-vindos na padaria artesanal de Botafogo: a loja foi a primeira do gênero a receber o selo Pet Friendly, oferecido pela Subsecretaria Estadual de Proteção Animal (RJPET).
- O selo fez muita diferença porque algumas pessoas acham que é proibida a entrada de animais no comércio de alimentos e a chancela do Estado torna essa convivência mais tranquila – diz o sócio e padeiro Adriano Amarante.
E se o aroma dos concorridos pães de fermentação natural saindo do forno também fisgar os amigos caninos, é certo que eles ganhem umas mordidas.
- Tem cliente fiéis de quatro patas que literalmente arrastam seus donos para a padaria, só para ganhar um pedacinho de pão – conta Adriano.
Rua Arnaldo Quintela, 102, Botafogo – 3518-2445. Ter. a sex., das 13h às 18h. Sáb., das 10h às 13h.

Noo Cachaçaria: o endereço na Praça da Bandeira tem até cerveja para os clientes de quatro patas Foto: Divulgação
Noo Cachaçaria: o endereço na Praça da Bandeira tem até cerveja para os clientes de quatro patas Foto: Divulgação

Noo Cachaçaria
No bar da praça da Bandeira, cachorros e outros bichinhos não são apenas bem-vindos na área externa e no salão, com água e caminha à disposição e ossinho de brinde: eles desfrutam de um menu próprio. A sócia Vanessa Marzano prepara petiscos divertidos como cãoxinha de frango com massa de batata-doce, orégano, azeite e fubá; almôndega de carne com batata-doce, ovo e farinha de aveia; e cãocrete de fígado de galinha, batata-baroa, ovo e azeite. Cada pedida custa R$ 5,60 e é servido com duas unidades. Tem até cerveja para os mais animadinhos, a Cãolorado (R$ 14,90), nos sabores frango ou carne, além de biscoitinhos e ossos saborizados.
Rua Barão de Iguatemi, 358, Praça da Bandeira – 99726-8608. Qua. e qui., do meio-dia às 22h. Sex. e sáb., do meio-dia às 23h. Dom., das 9h às 17h.

Padaria Pet
Criada há 10 anos em São Paulo, a rede acaba de chegar ao Rio com quiosques no Botafogo Praia Shopping e no Nova América. Ali, os quitutes para os “aumigos” e “amicats” vão muito além dos biscoitinhos: tem desde pães, cupcakes, sorvetes e docinhos a cerveja e café. Uma caixinha de pipoca em sabores como picanha e nuttybavarian sai a R$ 12,50. Para grandes celebrações, tem até bolo de aniversário para os gatinhos, de salmão e camomila, que ainda vem com uma vela de patinha, por R$ 27,20.
Rua Praia de Botafogo, 400 (Botafogo Praia Shopping) – 99829-2030. Seg. a sáb., das 10h às 22h. Dom., das 13h às 21h.Av. Pastor Martin Luther King Júnior, 126, Del Castilho (Shopping Nova América) – 97842-9449. Seg. a sáb., das 10h às 22h. Dom., das 13h às 21h.

QCeviche!
Especialidade no restaurante peruano instalado há poucos meses no térreo do hotel Mercure Rio, de frente para a Praia de Copacabana, o lomo saltado (R$ 65,00), um filé mignon salteado com tomate e cebola, servido com batatas coradas e arroz, foi adaptado para os clientes caninos: a carne é servida crua, só com arroz e sem temperos (R$ 34,00, mas a receita também pode ser personalizada). Carro-chefe local, o ceviche também ganha uma versão para gatos (embora os felinos quase não saiam de casa), com tilápia cortadinha, pelo mesmo valor.
Av. Atlântica, 2554, Copacabana – 3545-5100. Diariamente, do meio-dia às 15h e das 19h às 23h.


O Globo quinta, 28 de outubro de 2021

HALLOWEEN: LISTA DE GOSTOSURAS TEMÁTICAS PARA CELEBRAR A DATA

Halloween: uma lista de gostosuras temáticas para celebrar a data

Múmia com recheio de creme, cupcake com chapéu de bruxa e rosquinhas de monstro são algumas das doçuras que podem tornar mais divertido o Dia das Bruxas
Louzieh Doces: a loja especializada em docinhos para casamento criou uma linha temática de Dia das Bruxas Foto: Filico / Divulgação
Louzieh Doces: a loja especializada em docinhos para casamento criou uma linha temática de Dia das Bruxas Foto: Filico / Divulgação
 

Gostosuras ou travessuras? Embora seja mais popular nos Estados Unidos e em países anglo-saxões, o Halloween, celebrado no dia 31 de outubro, já foi incorporado por aqui – é o nosso Dia das Bruxas. É tradição lá fora que crianças (e adultos) sigam pelas ruas fantasiadas batendo de porta em porta para pedir doces. Criada pelo povo celta séculos atrás, na véspera do Dia de Todos os Santos, a data é também uma boa desculpa para comer guloseimas. Aqui, docerias entram no clima com criações horripilantemente deliciosas, para pedir em casa ou provar in loco mesmo.

Ateliê Rafaela Panisset
A doceira de Niterói vende macarons temáticos de múmia, abóbora, vampiro e outros personagens assustadores em sabores como doce de leite, limão e nozes (R$ 6,50 cada ou R$ 155,00 a caixa com 25). Para quem quiser montar uma mesa caprichada ou receber convidados, a dica é a caixa surpresa com um minibolo de brigadeiro e 16 bombons temáticos (R$ 200,00) ou o kit festa, para 5 pessoas (R$ 310,00): o pedido inclui um bolo de brigadeiro e cobertura de buttercream decorado, 10 bem-casados de doce de leite, 10 macarons e 25 docinhos. Ela entrega no Rio também.
Encomendas até quinta (28): 97519-9055 (WhatsApp). Confira o site AQUI. Instagram: @rafaelapanisset

Casa Afagá: a confeitaria vai ter programação especial de sexta (29) a domingo (31) Foto: Divulgação
Casa Afagá: a confeitaria vai ter programação especial de sexta (29) a domingo (31) Foto: Divulgação

Casa Afagá
De sexta (29) a domingo (31), a confeitaria terá uma programação especial de Halloween. No cardápio, criações como o bolo de fantasminhas com massa de laranja e recheio de ganache de chocolate de laranja e cream cheese (R$ 19,90 a fatia); o minibolo na lancheira com decorações temáticas, nos sabores redvelvet ou devil’scake (R$ 50,00 cada); cupcakes sangrentos de red velvet (R$ 8,40); e pumpkinspicelatte (R$ 12,40, 240ml), um café com leite e calda de abóbora. Além das delícias, a casa estará toda decorada e no sábado (30), às 18h, acontece um concurso de fantasias. O vencedor ganha R$100 reais em compras no local.
Rua Uruguai 141 – Andaraí. Sex. esáb., das 10h30 às 20h. Dom., das 9h às 14h.

Louzieh Doces Finos
Especializada em bolos e docinhos de casamento, Louzier Lessa criou uma linha temática para a data. São bombons de fantasminhas recheados de amendoim, de bruxas com Nutella e brigadeiros ao leite com chapéus de feiticeiro, entre outros. Cada docinho custa R$ 7,00 e a caixa com 35, decorada a caráter, sai a R$ 350.
Rua Visconde de Pirajá, 444, loja 119, Ipanema. Encomendas: 99494-8667 e 3298-7213.

Raph’s Pâtisserie: cupcakes transformados em bruxinhas Foto: Divulgação
Raph’s Pâtisserie: cupcakes transformados em bruxinhas Foto: Divulgação

Raph’s Pâtisserie
À frente do negócio, Raphaela Severiano Ribeiro criou uma edição especial de doces e bolos deliciosamente assustadores. Há brigadeiros (R$ 4,90) e cupcakes (R$ 18,90) decorados com chapéus de bruxa, monstrinhos e vassouras, além de nakedcakes: o spooky, de chocolate com três recheios, enfeitado com abóboras e olhinhos, custa R$ 370,00 (o médio).
Encomendas: 99919-1326.Instagram: @raphspatisserie

Poison Donuts
Nas bikes estacionadas no Méier, as concorridas rosquinhas ganham uma divertida edição especial de Halloween no domingo (31). Entre as sugestões, tem de múmia com recheio de creme bavarian, chocolate ao leite e chocolate branco; cemitério com creme e pedacinhos de Ovomaltine, chocolate ao leite e balas de minhoca; e Frankenstein com chocolate branco colorido, marshmallow e recheio de geleia de frutas vermelhas. Cada um custa R$ 8,00. Pausadas desde agosto, as entregas voltarão em breve.
Rua Dias da Cruz, em frente ao nº 216; Rua Adriano, em frente ao nº 79, Méier. Seg. a sáb., a partir das 13h (até acabarem os donuts).

Ice Blood, biscoito com sorvete e calda "sangrenta": sugestão no American Cookies Foto: Samir Félix / Divulgação
Ice Blood, biscoito com sorvete e calda "sangrenta": sugestão no American Cookies Foto: Samir Félix / Divulgação

American Cookies
Recém-chegada ao Shopping Nova América, a rede de Brasília especializada no biscoito americano serve, de sexta (29) a domingo (31), a sobremesa Ice Blood Cookie (R$ 14,90). Trata-se de um biscoito coberto por bola de sorvete com “vidros” de açúcar e calda sangrenta de frutas vermelhas.
Av. Pastor Martin Luther King Júnior, 126, Del Castilho (Shopping Nova América). Seg. a sáb., das 10h às 22h. Dom., das 13h às 21h.

 


O Globo quarta, 27 de outubro de 2021

LIBERTADORES: VITÓRIA DO PALMEIRAS TRAZ DUAS GRANDES NOTÍCIAS

 

Análise: vitória do Palmeiras traz duas grandes notícias a um mês da final da Libertadores

Alta de Gustavo Scarpa e Luiz Adriano reencontrando o caminho das redes pode ser decisivo para o duelo diante do Flamengo, em Montevidéu
Palmeiras vence mais uma Foto: Divulgação/Palmeiras
Palmeiras vence mais uma Foto: Divulgação/Palmeiras
 

Faltando pouco mais de um mês para a final da Libertadores, o Palmeiras, aos poucos, vai reencontrando o caminho das vitórias. Nesta segunda-feira, bateu o Sport por 2 a 1 no Allianz Parque, mas a boa notícia vai além do resultado. O técnico Abel Ferreira está conseguindo resgatar duas peças que podem ser decisivas diante do Flamengo, no dia 27 de novembro, em Montevidéu: o meia Gustavo Scarpa e o atacante Luiz Adriano.

Antes, porém, precisa tomar cuidado com a desatenção. Um contra-ataque, e aos três minutos o Sport já estava em vantagem no placar: após roubada de bola, Luciano Juba foi lançado em profundidade, cruzou e viu Leandro Barcia chegar pela direita para finalizar e fazer 1 a 0, após a confirmação do VAR. Diante do Flamengo, ainda mais em uma final de Libertadores, pode custar (muito) caro.

É difícil fazer qualquer análise tática sobre a postura das equipes após o tento porque tudo fluiu de maneira pouco natural. O Sport se retrancou e o Palmeiras administrou a partida em um ataque contra a defesa. Mas individualmente, Scarpa e Luiz Adriano se mostraram boas opções.

Inicialmente, Abel seguiu com a opção pelas bolas em velocidade com Rony e Dudu — que levaram perigo, é verdade —, mas que em determinado momento se mostraram exageradas. A sensação de que faltava repertório foi evidente. Até que o segundo ponto de mudança entrou em campo: Gustavo Scarpa.

O meia foi um poço de criatividade que estava faltando nesta equipe do Palmeiras. Responsável por organizar jogadas, acertar bons passes e arriscar finalizações. Scarpa estar no banco com tantos atletas tendo caído de produção é algo que só Abel Ferreira pode explicar. Nesta segunda-feira, mostrou que ele pode ser importante em Montevidéu.

Scarpa, aliás, é o jogador da Série A com mais passes pra gol na temporada: 17 no total. O garçom deu assistência para Luiz Adriano marcar e só não teve a da virada de Felipe Melo computada porque Willian desviou no meio do caminho. Ainda sim, teve papel fundamental na vitória. Veja a lista de líderes de assistências da temporada:

  • Gustavo Scarpa - 17

  • Artur - 14

  • Arrascaeta e Vitinho (Flamengo) - 13

  • Hulk - 12

Aliás, Luiz Adriano ter marcado é o terceiro ponto importante para o Palmeiras. Nesta equipe que sente a falta de um finalizador, tê-lo de volta marcando gols é fundamental. Receber os aplausos da torcida ao ser substituído também é importante.

Falta um mês para a final da Libertadores e o Palmeiras tem problemas de sobra. Ainda sim, há a sensação de que um caminho está sendo traçado. Se vai dar certo ou não, fica a cargo de Abel Ferreira e da execução dos jogadores.


O Globo terça, 26 de outubro de 2021

ANA MARIA BRAGA: DIRETORA DO MAIS VOCÊ DETALHA ACIDENTE COM A APRESEENTADORA

 

Diretora do ‘Mais você’ detalha acidente de Ana Maria Braga

 
 
Ana Maria Braga (Foto: TV Globo)
 
Ana Maria Braga (Foto: TV Globo)

 

Ana Maria Braga está internada desde ontem após sofrer uma queda em sua casa. Segundo a diretora geral do “Mais você”, Vivi De Marco, o acidente ocorreu logo após Ana Maria acordar:

- Ela acordou ontem e desceu para a cozinha, onde escorregou e caiu. Bateu forte a cabeça, e, por isso, os filhos foram logo com ela para fazer uma tomografia. O Dr. Buzaid (médico) foi vê-la no fim do dia e viu que a pressão estava baixa, então ela está lá em observação e tomando os remédios necessários – conta Vivi, ressaltando que ela está com o corpo dolorido, mas bem.

 Questionada sobre uma previsão de retorno da apresentadora ao “Mais você”, a diretora afirma:

- Vamos ver se a gente consegue segurá-la em casa esta semana. 

Fabricio Battaglini e Talitha Morete apresentaram o programa nesta segunda-feira e falaram sobre o acidente de Ana Maria logo no início.

- A Ana levou um tombo em casa ontem, mas felizmente está tudo bem e ela fez questão de mandar um recado pedindo pra que a gente explicasse tudo muito bem - disse Fabricio.

Talitha acrescentou:

- Eu já começo mandando um beijo pra Ana que está assistindo a gente lá do hospital, onde ficou internada pra ficar em observação. Ela caiu na cozinha, chão escorregadio. A cozinha é o local da casa onde mais acontecem quedas! E nesse momento ela bateu a cabeça. E com isso não se brinca. Esse é um acidente doméstico muito comum.

Battaglini, então, concluiu:

- Quedas são comuns em qualquer fase da vida. A Ana não fraturou nada e nem se cortou, mas era preciso um exame mais minucioso, então ela fez uma tomografia. E, mesmo assim, o Dr. Buzaid, que chegou ao hospital só no fim da tarde, achou melhor mantê-la em observação. Eu também mando um beijo pra você, Ana. Nós estamos aqui desejando que você se recupere logo".


O Globo segunda, 25 de outubro de 2021

GASTRONOMIA: HOJE É DIA DO MACARRÃO - SAIBA ONDE COMEMORAR

 

Hoje é Dia do Macarrão: saiba onde comemorar

Sugestões à moda italiana, à moda oriental, em versões veganas ou no delivery – façam as suas apostas
Capellini com camarão: um clássico no Da Brambini, no Leme Foto: Tomas Rangel / Divulgação
Capellini com camarão: um clássico no Da Brambini, no Leme Foto: Tomas Rangel / Divulgação
Em 1995, Roma, capital da Itália, abrigou o primeiro Congresso Mundial do Macarrão. No encontro de grandes fabricantes foi sacramentada a data festiva: 25 de outubro tornou-se o Dia do Macarrão. Presente nas culturas mais diversas mundo afora, a massa teria surgido na China (há registros de até dois séculos antes de Cristo), mas ganhou nova nacionalidade a partir do século XIII, trazida para a Itália pelo viajante Marco Polo. Hoje, é patrimônio mundial. Conheça a seguir 16 sugestões para saborear a data em grande estilo.



DA ITÁLIA

Alloro al Miramar
De frente para a Praia de Copacabana, o chef Michele Petenzi, italiano da Lombardia, oferece opções variadas para celebrar o Dia do Macarrão. Três atraentes dicas do cardápio são rigatoni com molho de tomate, ricota fresca, berinjela e parmesão (R$ 59), linguine com vôngoles, bottarga e limão (R$ 72) e tagliatelle com ragu à bolonhesa (R$ 66).
Avenida Atlântica, 3668, Copacabana (Miramar Hotel by Windsor) - 2195-6213. Seg. a sex., do meio-dia às 23h. Sáb. e dom., das 12h30 às 23h.

Pão nosso de cada dia: fornadas para todos os gostos

Babbo Osteria
Na cozinha do Laguiole, o chef conquistou uma cobiçada estrela no Guia Michelin. Agora, tem um restaurante para chamar de seu: na recém-inaugurada Babbo Osteria, as massas são preparadas com ingredientes frescos e um toque afetivo de casa da nonna. São bons resultados dessa combinação o Pomodoro & burrata (R$ 49), reunião de espaguete ao molho pomodoro, basílico e burrata; e o Funghi & tartufo (R$ 74), nhoque de batata dourado com cogumelos e salsa de trufas.
Rua Barão da Torre, 632, Ipanema. Seg. a qua., do meio-dia às 16h e das 19h às 23h. Qui., do meio-dia às 16h e das 19h à meia-noite. Sex. e sáb. do meio-dia às 16h e das 19h à 1h. Dom., do meio-dia às 18h.

Cantina da Praça
O reduto de massas frescas em frente à Praça General Osório tem cozinha comandada pelo chef Rogerio Germano. Pelo salão, decorado com utensílios de cozinha e uma bandeira da Itália, entre outras curiosidades, desfilam receitas como o calderone di Fettucine ao formagio, massa preparada na panela de parmesão, flambada e servida com creme fresco (R$ 49), e o Tagliolini Verdi, massa de espinafre gratinada com presunto de Parma e creme de leite, perfumados por azeite trufado (R$ 59).
Rua Jangadeiros, 28, Ipanema - (21) 32589540 e (21) 980290083 (Goomer e Whatsapp). De dom. a qui., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia à 1h. iFood

Ravioli di burrata: servido nas duas unidades do D'Amici Foto: Filico / Divulgação
Ravioli di burrata: servido nas duas unidades do D'Amici Foto: Filico / Divulgação

D’Amici
A conhecida matriz, no Leme desde 1999, ganhou uma irmã caçula na Barra, aos cuidados do chef Jessé Valentim – com passagem pelo Grupo Fasano e uma temporada de aprimoramento profissional na região italiana da Úmbria. Nos dois endereços, as dicas para festejar o Dia do Macarrão são Parppadelle com Gamberi al vino bianco (R$ 105), massa artesanal com camarões ao vinho branco, e Ravioli di burrata (R$ 83), massa artesanal recheada de burrata ao molho de tomates frescos e manjericão.
Rua Antônio Vieira, 18, Leme - (21) 2543-1303. Seg. a sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom., do meio-dia às 21h.
Rua Aléssio Venturi, Barra da Tijuca - (21) 3796-5738 e (21) 99001-7774. Ter. a sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom., do meio-dia às 19h.

Da Brambini
Endereço conhecido na orla do Leme, a casa completou três décadas de vida em agosto. Massas à italiana são a especialidade local. Entre as diversas opções no cardápio, a receita de Fusilli integral com brócolis (R$ 61) foi a primeira sugestão vegetariana do restaurante. Outras pedidas: Capellini com camarões, rúcula e tomate seco (R$ 106), Papardelli ao molho de açafrão com camarão e abobrinha (R$ 108), Espaguete com vôngoles (R$ 90), Espaguete com lagostins e camarões (R$ 106), Penne ao molho de salmão, flambado na vodca (R$ 79), Farfalle com tiras de filé no seu próprio molho (R$ 76) e Rigatoni alla Norma, ao molho de tomates, berinjela e ricota defumada (R$ 76).
Av. Atlântica, 514B, Leme - 2275-4346. Dom. a qui., do meio-dia às 23h. Sex. e sáb., do meio-dia à meia-noite.

Gero
Hoje instalada à beira-mar, no térreo do Hotel Fasano, o restaurante aos cuidados do chef Luigi Moressa oferece requintadas receitas de massa. É o caso do penne com bacalhau, tomate fresco, alcaparra e azeitonas pretas (R$ 128) e do spaghetti alla carbonara, preparado com parmesão, guanciale (bochecha de porco) e gema de ovo (R$ 102).
Av. Vieira Souto, 80, Ipanema (Hotel Fasano Rio de Janeiro) - 21 3202-4000. De seg. a qui., do meio-dia às 15h e das 19h às 23h. Sex. e sáb., do meio-dia às 16h das 19h à meia-noite. Dom., do meio-dia às 22h.

Giuseppe Grill Leblon
Em homenagem ao italiano Giuseppe, negócio mais antigo do restaurateur Marcelo Torres, a casa de carnes no Leblon tem a seção “Paste Giuseppe”. Nessa ala, um destaque requisitado é o spaghetti per Mariana (R$ 96), receita de massa fresca e camarões médios puxados no alho e no azeite, misturada a rúcula, pimenta dedo-de-moça e molho de mascarpone.
Av. Bartolomeu Mitre, 370, Leblon - 2249-3055 e 99591-5277 (whatsapp). Seg. a qui., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 23h.

Grado
Nos dois andares da casa charmosa no Jardim Botânico, o chef Nello Garaventa prepara de forma artesanal e diariamente as massas frescas servidas no seu menu de três cursos. Na etapa principal aparecem sugestões como o tonnarelli com cavaca, massa longa fresca com açafrão preparada com martini e molho de três tomates com o crustáceo; e o pappardelle (mais largo) com ragu de bochecha de boi e fonduta de parmesão. O menu fechado, com entrada, prato e sobremesa, custa a partir de R$ 184,00.
Rua Visconde de Carandaí, 31, Jardim Botânico - 99435-8386. Ter. a sex., das 19h às 23h. Sáb., das 12h30 às 16h30 e das 19h às 23h. Dom., das 12h30 às 17h.

Receita de carbonara: com um toque diferente no Mortadella's, recém-chegado a Botafogo Foto: Divulgação
Receita de carbonara: com um toque diferente no Mortadella's, recém-chegado a Botafogo Foto: Divulgação

Mortadella's
Surgido no Flamengo e recentemente transferido para o bochicho de Botafogo, o negócio do chef Thiago Freitas inspira-se no próprio nome para sugerir uma pedida de Dia do Macarrão: no Carbonara de mortadela (R$ 32,90), o preparo clássico tem o guanciale, a bochecha de porco, substituído pelo carro-chefe local.
Rua Arnaldo Quintela, 51 loja B, Botafogo - 3264-7848. Ter. a qui. e dom., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia às 2h.

Spagheti alla gricia: sugestão do chef veneziano Rudy Bovo no menu do Nido, no Leblon Foto: Tomas Rangel / Divulgação
Spagheti alla gricia: sugestão do chef veneziano Rudy Bovo no menu do Nido, no Leblon Foto: Tomas Rangel / Divulgação

Nido Ristorante
Rudy Bovo, o chef veneziano que toca os trabalhos neste endereço no Leblon, sugere o spaghetti ala gricia (R$ 72). A receita leva pecorino romano, pimenta-do-reino e guanciale (tipo de bacon italiano não defumado feito com bochecha de porco).
Avenida General San Martin, 1011, Leblon - 2512-9021 / 2259-7696/ 99677-0523/ 98211-0841. Ter. e qua., das 19h às 23h59. Qui. e sex., do meio-dia às 16h e das 19h às 23h59. Sáb., do meio-dia às 23h59. Dom., do meio-dia às 20h.

DO ORIENTE

Kimura
Com dois endereços na cidade, o restaurante de culinária japonesa participa dos festejos do Dia do Macarrão com uma temporada de yakissobas, de segunda, 25 de outubro, ao dia 31. As novidades no cardápio são seis variações em torno da receita. A lista inclui os preparos de camarão (R$ 38,32), de salmão (R$ 36,72) e de frutos do mar (R$ 40,72), com macarrão temperado, legumes, camarão, lula e salmão.
Rua Gonzaga Bastos, 56, Tijuca – 3173-7003. De seg. a qui., do meio-dia às 23h30. Sex. e sáb., do meio-dia à 0h30.
Av. Pastor Martin Luther King Júnior, 126 - Loja 154, Del Castilho (Shopping Nova América) – 3173-7003. Seg. a sáb., do meio-dia às 23h. Dom., do meio-dia às 21h.

Yakissoba de carne: macarrão à moda oriental no Yusha, no Shopping VillageMall Foto: Gabriel Mendes / Divulgação
Yakissoba de carne: macarrão à moda oriental no Yusha, no Shopping VillageMall Foto: Gabriel Mendes / Divulgação

Yusha
Comandante da rede Best Fork – Giuseppe Grill, Nolita, Xian –, o restaurateur Marcelo Torres levou à Barra este negócio de inspiração japonesa, com abertura para outras escolas da gastronomia asiática. No Dia do Macarrão, as pedidas são o Pad thai (R$ 136) e o Yakissoba de carne (R$ 58). O primeiro, um clássico tailandês, é preparado com massa de arroz, camarões VG, ovos, amendoim e molho apimentado. Para finalizar, brotos de coentro. Representante do Japão, o Yakissoba leva massa tradicional com molho oriental, mix de legumes e carne bovina em lâminas.
Av. das Américas, 3900, Barra da Tijuca (shopping VillageMall) - 3553-3421. Seg. a sáb., do meio-dia às 23h. dom., do meio-dia às 22h.

VEGETARIANOS

No Teva: pedidas vegetarianas dominam o cardápio Foto: Divulgação
No Teva: pedidas vegetarianas dominam o cardápio Foto: Divulgação

Teva
Daniel Biron é o chef à frente do negócio definido como um “restaurante e bar de vegetais”. Para celebrar a data, a sugestão de prato principal no cardápio é o espaguete de palmito pupunha, preparado com cogumelos sauté, molho de castanha de caju e alho negro, ervilhas e azeite trufado. A receita é servida por R$ 64.
Av. Henrique Dumont, 110, loja B, Ipanema – 3253-1355 e 21 99150-6044. Ter. a sex., do meio-dia às 16h e das 18h à meia-noite. Sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom., do meio-dia às 22h.

Vegan Vegan
Tradicional no ramo vegano da gastronomia, a casa funciona há quase duas décadas em uma sossegada transversal à Rua Real Grandeza. À frente do negócio desde o início, a chef e nutricionista Thina Izidoro apresenta uma receita de massa sem glúten, novidade no cardápio de primavera-verão: o penne ao molho de castanha defumado, acompanhado de creme de castanha de caju, é finalizado com tofu defumado e raspinhas de limão (R$ 44,90).
Rua Hans Staden, 30, Botafogo - 2286-7078. Seg. a sáb., das 11h30 às 15h.

SÓ NO DELIVERY

Malu Mello
À frente do frente do catering que leva seu nome, a chef Malu Mello prepara massas sob encomenda. Entre os mais pedidos do catering, o ravióli ao molho napolitano ganha um toque de manteiga de ervas e nozes na finalização (R$ 140, porção para duas pessoas).
Encomendas: WhatsApp (21) 98195-8805 ou direct no Instagram @malucmello_catering

Massas da Vó Vidal: novo negócio de delivery da turma do Seu Vidal Foto: Alex Woloch / Divulgação
Massas da Vó Vidal: novo negócio de delivery da turma do Seu Vidal Foto: Alex Woloch / Divulgação

Vó Vidal
O “seu” Vidal, ou Silvério, fundador da confeitaria Itajaí e avô dos irmãos Pedro e Ana Luiza Vidal, deu cara à sanduicheria fundada pela dupla. Agora a vez é da avó Izabel, matriarca da família e inspiração para o negócio exclusivo de delivery. Aberta no início do ano, a Vó Vidal tem, na ala das massas, pedidas como o Talharim aos 3 queijos (R$ 38,90), finalizado com alho confit, o Talharim à bolonhesa (R$ 37,90), com tomate-cereja, alho confit e manjericão, e o Penne picadinho (R$ 39,90), com picadinho de carne ao molho de vinho e farofa panko de alho.
Delivery: 3439-7719 (Zona Sul) e 3259-7692 (Barra da Tijuca) ou pelo iFood. @vo.vidal


O Globo domingo, 24 de outubro de 2021

FUTEBOL: FLUMINENSE TRANSFORMA 2021 NO ANO COM MAIS VITÓRIAS SOBRE O FLAMENGO

 

Fluminense transforma 2021 no ano com mais vitórias sobre Flamengo na história do clássico

Tricolor venceu quatro partidas oficiais pela primeira vez ao derrotar o Rubro-Negro neste sábado
John Kennedy comemora o primeiro gol do Fluminense na vitória por 3 a 1 sobre o Flamengo, no Maracanã Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
John Kennedy comemora o primeiro gol do Fluminense na vitória por 3 a 1 sobre o Flamengo, no Maracanã Foto: Guito Moreto / Agência O Globo
 
 

A rivalidade entre Fluminense e Flamengo ganhou mais um importante capítulo neste sábado, após a vitória tricolor no Maracanã por 3 a 1. Isso porque nunca na história o Fluminense venceu tantas vezes o rival rubro-negro em jogos oficiais em um mesmo ano como em 2021: foram quatro triunfos no total.

Bola de Cristal: Ferramenta do GLOBO mostra chances de título, risco de queda e outros dados do seu time

Ao todo, os quatro jogos são válidos pelo Brasileiro de 2020, o Campeonato Carioca de 2021 e os dois jogos do Brasileiro de 2021. Tal situação só foi possível porque o calendário foi alterado devido aos adiamentos por causa da pandemia da Covid-19.

Em 2021, o placar é de 4 a 1 para o Fluminense. Além das quatro triunfos já citados, o rubro-negro venceu a partida de volta do Campeonato Carioca. Também houve empate na ida da final do Estadual.


O Globo sábado, 23 de outubro de 2021

GASTRONOMIA: CURRY JAPONÊS

 

Receitas de Curry japonês: cinco endereços para provar a iguaria

Celebrado no Japão, o karê, versão nipônica do curry indiano, é servido aqui na sua forma mais conhecida, uma espécie de cozido, mas também em outras saborosas opções
Tofu à milanesa: sugestão de entrada no Naga Foto: Tomas Rangel / Divulgação
Tofu à milanesa: sugestão de entrada no Naga Foto: Tomas Rangel / Divulgação
 
 

Entre os pratos mais populares e apreciados na culinária japonesa, o karê é uma adaptação do curry de origem indiana, amplamente difundido na Ásia. Seu preparo mais conhecido é em forma de ensopado, típica comida afetiva das famílias nipônicas – estima-se que, em média, uma pessoa consuma 73 pratos com curry por ano no Japão. Ou seja, ele está presente nas mesas japonesas mais de uma vez por semana. Mistura de ervas e especiarias, o condimento foi introduzido na terra do sol nascente na Era Meiji (1869-1913) por comerciantes ingleses e, ao longo dos anos, foi sendo adaptado ao estilo japonês – mais grosso, um pouco menos picante e preparado com carne de porco e vegetais.
Quentinhas e reconfortantes, as tradicionais receitas à base da iguaria – ideais para esses dias mais friozinhos que teimam em se demorar na primavera carioca – estrelam dois festivais e inspiramvariações irresistíveis pela cidade. No Azumi, a chef e proprietária Alissa Ohara promove o Mês do Karê, em parceria com representantes do governo japonês no Brasil. Normalmente, ela costuma preparar a cada fim do mês uma panelada de karê, que rende 20 porções, mas em outubro a produção tem sido diária.
- O curry é o prato mais democrático do Japão. Meus pais faziam sempre em casa, se sentiam confortáveis. Existem até casas especializadas só em curry lá – conta Alissa, filha do fundador do restaurante, Isao Ohara.
Recém-aberto, o sushibar do supermercado Zona Sul do Jardim Botânico foge do trivial ao oferecer pratos quentes e especialidades menos batidas. Neste fim de semana, sábado, 23, e domingo, 24 de outubro, o chef Carlos Ohata realiza um Festival de Karê em quatro versões. Saiba onde mais provar a receita japonesa.

Faça em casa:a receita clássica de Karê do Azumi

AZUMI
Na casa em Copacabana, espécie de embaixada gastronômica do Japão, Alissa Ohara oferece um menu especial até o fim de outubro. Versão mais conhecida, o Karê raisu (que é o curry com arroz, verduras e carne de porco ou de boi) ganha releitura com milanesa de porco, o Tonkatsucurry (R$ 65,00). Há ainda variações, como o Ebi furai curry (R$ 75,00), preparado com arroz, curry de vegetais, porco e cinco milanesas de camarão, e o Torikara age curry (R$ 60,00), no qual o curry com arroz é acompanhado de frango frito no gengibre.
Rua Viveiros de Castro, 127, Copacabana – 2295-1098 e 98169-1879. Ter. a qui., das 19h às 23h. Sex. a dom., do meio-dia às 16h e das 19h às 23h.

O karê do Haru Sushi Bar, em Copacabana: versão empanada Foto: Divulgação
O karê do Haru Sushi Bar, em Copacabana: versão empanada Foto: Divulgação

HARU SUSHI BAR
Pequenino e nada ordinário, o restaurante meio escondido em Copacabana se esmera em preservar a cultura nipônica em receitas que buscam referência nas tradições. O karê aparece por lá na versão original, com arroz, carne de porco e vegetais (R$ 36,90), e em forma de tonkatsu, com os mesmos ingredientes, mas com a carne suína empanada (R$ 48,00). No delivery, ele entra no recheio do korokke, um croquete de ragu de porco com batata (R$ 20,90, duas unidades), mas também pode ser preparado no salão, a pedidos.
Rua Raimundo Correia, 10, Copacabana – 2547-6867. Ter. a dom., do meio-dia às 23h30.

NAGA
No elegante endereço de alta gastronomia, o condimento japonês tempera uma entradinha vegetariana: o tofu à milanesa (R$ 28,00) traz cubos do “queijo” de soja com curry empanados na farinha panko e servidos com molho tonkatsu.
Avenida das Américas, 3900, loja 302, Barra (Village Mall) – 3252-2698. Seg. a sáb., do meio-dia às 23h. Dom.,do meio-dia às 22h.

Salmão ao leite de curry amarelo: no cardápio do Kitchen Asian Food Foto: Landau / Diivulgação
Salmão ao leite de curry amarelo: no cardápio do Kitchen Asian Food Foto: Landau / Diivulgação

KITCHEN ASIAN FOOD
De frente para a Baía de Guanabara, o asiático contemporâneo na Marina da Glória comandado pelo nipo-carioca Nao Hara oferece opções cruas e pratos quentes. Da segunda ala, o salmão cozido em baixa temperatura com especiarias é servido sobre leite de curry amarelo com mix de pimentões (R$ 75,00).
Av. Infante Dom Henrique, S/N, Glória – 4042-6161 e 98685-5555. Seg. a qui., do meio-dia às 23h. Sex. e sáb., do meio-dia às 23h30. Dom., do meio-dia às 21h.

SUSHIBAR DO ZONA SUL
Novidade no supermercado Zona Sul da Pacheco leão, no Jardim Botânico, o sushibar é comandado pelo experiente chef Carlos Ohata, que passou por casas como Minimok, Soy  e Nakombi, em São Paulo. No sábado (23) e no domingo (24), a partir das 11h, ele oferece quatro versões do autêntico karêraisu, acompanhadas por arroz branco japonês e gengibre em conserva: com frango ou porco empanado (R$ 39,00 cada), carne bovina ou camarão (R$ 45,00 cada).
Rua Pacheco Leão, 16, Jardim Botânico. Sáb., das 11h às 22h. Dom., das 11h às 20h.


O Globo sexta, 22 de outubro de 2021

BRANDON LEE: COMO FOI O TIRO ACIDENTAL QUE MATOU O ATOR DURANTE A GRAVAÇÃO DE O CORVO

Brandon Lee: Como foi o tiro acidental que matou o ator durante gravação de 'O corvo'

 

Brandon Lee: Ator morreu alvejado durante gravação de 'O Corvo'

 

Faltavam apenas três dias para o fim das gravações do filme "O corvo". Brandon Lee já tinha atuado em quase todas as suas cenas quando, no dia 31 de março de 1993, uma tragédia aconteceu. Naquela quinta-feira, o filho do mestre das artes marciais Bruce Lee rodaria uma sequência de flashback mostrando o momento em que seu personagem, o herói gótico Eric Draven, entra num apartamento e flagra sua noiva sendo espancada e estuprada por bandidos. 

No filme, baseado na HQ de mesmo nome, Draven é um músico assassinado que retorna ao mundo dos vivos para se vingar da sua morte e de sua amada. Portanto, a cena do flashback é crucial para a história. Durante a ação, o protagonista deveria ser alvejado e morto por um criminoso interpretado pelo ator Michael Massee, usando um revolver Smith & Wesson calibre 44 carregado com balas de festim. Foi nesse momento em que ocorreu algo inesperado.

É muito comum, em sets de filmagem o uso de armas verdadeiras com balas de festim, que são cartuchos sem projétil com uma quantidade de pólvora duas vezes maior do que o normal, para gerar um efeito de impacto. Entretanto, a equipe de produção do filme havia carregado o revólver com balas falsas, das quais os profissionais haviam removido a pólvora para que, se a arma fosse filmada de perto, a munição pareceria de verdade. Porém, a equipe se esqueceu de remover uma parte da base da bala chamada primer, que funciona como um isqueiro, promovendo a igninção da munição. Este pode ter sido o maior erro envolvido.

Em algum momento antes da cena do tiro, o revólver foi acionado. Ainda que não houvesse pólvora, a ponta perfurante foi separada do casing, ou seja, do corpo da bala, e ficou presa no cano do revólver. Antes da gravação do flashback, quando o personagem deveria levar um tiro a quatro metros de distância, o Smith & Wesson foi carregado com balas de festim, que contam com o primer e um volume grande de pólvora.

Acontece que a produção não verificou a arma com cuidado e, portanto, quando Michael Massee puxou o gatilho, a bala de festim foi acionada e projetou a ponta da bala que tinha ficado presa no cano com a mesma força de um tiro normal, alvejando Brandon Lee no abdôme.

 

Brandon Lee: O ator caracterizado como Eric Draven, de 'O Corvo'

O Globo quinta, 21 de outubro de 2021

ESCRITORA MOÇAMBICANA PAULINA CHIZIANE VENCE O PRÊMIO CAMÕES

 

Escritora moçambicana Paulina Chiziane vence Prêmio Camões: 'É o resultado de muita luta'

Autora é publicada no Brasil pela Companhia das Letras e pela Dublinense; júri destacou preocupação de seus livros com 'os problemas da mulher moçambicana e africana'
A escritora moçambicana Paula Chiziane, vencedora do Prêmio Camões Foto: Divulgação
A escritora moçambicana Paula Chiziane, vencedora do Prêmio Camões Foto: Divulgação
 

A escritora moçambicana Paulina Chiziane, de 66 anos, venceu a 33ª edição do Prêmio Camões, a mais prestigiosa honraria conferida a escritores lusófonos, patrocinada pelos governos do Brasil e de Portugal. O anúncio foi feito pela Biblioteca Nacional no início da tarde desta quarta-feira (20). O último brasileiro a levar o Camões foi Chico Buarque, em 2019.

Composto por seis intelectuais lusófonos — Jorge Alves de Lima e Raul Cesar Gouveia Fernandes (Brasil), Carlos Mendes de Souza e Ana Maria Martinho (Portugal), Tony Tcheka (Guiné-Bissau) e Teresa Manjate (Moçambique) —, o júri destacou o "reconhecimento acadêmico e institucional" que a obra de Chiziane tem recebido, a preocupação de seus livros com "os problemas da mulher moçambicana e africana" e a "construção de pontes entre a literatura e outras artes". A escritora receberá um prêmio de 100 mil euros, divididos entre os governos do Brasil e de Portugal.

 

Chiziane foi a primeira escritora moçambicana a publicar um romance e é um das autoras africanas mais conhecidas internacionalmente. No Brasil, ela tem livros publicados pela Companhia das Letras ("Niketche") e pela Dublinense ("O alegre canto da perdiz"). "Niketche" acomapanha a trajetória de Rami, que, após descobrir que o marido tem várias amantes, decide conhecer cada uma delas. Já "O canto alegre da perdiz" retrata a vida atribulada de Delfina, dividida entre um marido negro e um amante branco. Ao GLOBO, Chiziane disse que recebeu a notícia do Camões com "espanto".

— Não contava com isso. Recebi a notícia e disse: "Meu Deus! Eu já não contava com essas coisas bonitas!" É muito bom. Esse prêmio é resultado de muita luta. Não foi fácil começar a publicar sendo mulher e negra — diz ela, que é a primeira mulher africana a ganhar o Camões. — Depois de tantas lutas, quando achei que já estava tudo acabado, vem esse prêmio. O que eu posso dizer? É uma grande alegria.

Pioneira

Nascida em 1955, em Maputo, numa família protestante onde se falava diversas línguas, como chope e ronga, Chiziane aprendeu português numa escola católica. Estudou linguística na Universidade Eduardo Mondlane, mas não chegou a se formar.

Nos anos 1970, participou ativamente da Frente de Libertação de Moçambique (Fremilo), que lutava contra o domínio colonial português. Abandonou a política em favor da literatura após se desiludir comos rumos tomados pelo Fremilo após a independência, conquistada em 1975.

'Anos de chumbo':  Chico Buarque lança primeiro livro de contos e mostra obra coesa ao retratar Brasil atual

Chiziane começou a publicar contos na imprensa em 1984. Em 1990, lançou seu primeiro romance, "Balada de amor ao vento", ainda inédito no Brasil. Seus livros discutem temas como a poligamia na cultura moçambicana e os conflitos civis que se sucederam à independência. Em 2016, anunciou sua intenção de abandonar a literatura.

— Nem sabia que "Balada de amor ao vento" era um romance. Para mim, era só uma história — conta.

Além do prêmio em dinheiro, o vencedor do Prêmio Camões recebe um diploma assinado pelos presidentes do Brasil e de Portugal. Até hoje, Chico Buarque não recebeu seu diploma. À época, o presidente Jair Bolsonaro deixou claro que a assinatura não era uma prioridade: “Eu tenho prazo? Então 31 de dezembro de 2026, eu assino”. Chico, inimigo do bolsonarismo, comemorou: "Ganhei o segundo Camões". Segundo a Biblioteca Nacional, Chico já recebeu o dinheiro, mas a cerimônia, marcada inicialmente para o 25 de abril do ano passado (feriado da Revolução dos Cravos em Portugal) foi desmarcada duas vezes devido à pandemia e deve ocorrer em 2022. Não se sabe se Bolsonaro vai ou não assinar o diploma de Chico.

O Prêmio Camões de Literatura foi criado em 1988, pelos governos brasileiro e português, com o objetivo de consagrar um autor de língua portuguesa cuja obra tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural lusófono. A tradição manda alternar a premiação entre autores brasileiros, portugues e luso-africanos. No ano passado, o premiado foi o português Vítor Manuel de Aguiar e Silva. Em 2022, o Camões deve ser concedido um brasileiro.

Ao longo de 33 edições, o prêmio contemplou nomes como Antonio Lobo Antunes, Mia Couto e José Saramago, além dos brasileiros Jorge Amado, Autran Dourado, João Cabral de Mello Neto, Rubem Fonseca, João Ubaldo Ribeiro, Ferreira Gullar, Alberto Costa da Silva e Raduan Nassar.

 


O Globo quarta, 20 de outubro de 2021

MULHERES DE TRADICIONAL FAMÍLIA CARIOCA COMANDAM PRODUÇÃO DE CACHAÇA ORGÂNICA

Mulheres de tradicional família carioca comandam produção de cachaça orgânica no interior do Rio

Localizada na Fazenda das Palmas, a Pindorama começou a fazer sucesso inicialmente na Inglaterra, na Espanha e em Portugal, onde a família carioca possui uma quinta e passa grande parte do ano
EL EXCLUSIVO Rio de Janeiro (RJ) 16/09/2021 Cachaça Pindorama - Sócias, mãe e filha, Luiza Eugênia Konder e Joana Almeida Braga, responsáveis pela Cachaça Pindorama. Foto Ana Branco / Agencia O Globo Foto: Ana Branco / Agência O Globo
EL EXCLUSIVO Rio de Janeiro (RJ) 16/09/2021 Cachaça Pindorama - Sócias, mãe e filha, Luiza Eugênia Konder e Joana Almeida Braga, responsáveis pela Cachaça Pindorama. Foto Ana Branco / Agencia O Globo Foto: Ana Branco / Agência O Globo
 

Luiza e Joana Almeida Braga, mãe e filha, nunca foram grandes consumidoras de bebida alcoólica. Uma tacinha de champanhe numa festa ou uma caipirinha num almoço especial, e olhe lá. Mas, agora, as duas comandam a produção da cachaça que está dando o que falar aqui e lá fora. A Pindorama (primeiro nome do Brasil, que significa terra das palmeiras em tupi-guarani) começou a fazer sucesso inicialmente na Inglaterra, na Espanha e em Portugal, onde a família carioca possui uma quinta e passa grande parte do ano. Só há poucos meses chegou a endereços do eixo Rio-São Paulo. “Nunca tinha tomado um copinho de cachaça na vida, até minha caipirinha era de vodca”, conta Luiza. Joana emenda: “O fato é que os brasileiros não valorizam a cachaça. Queremos mudar esse quadro com um produto de alto nível”.

 
 
 
Sócias, mãe e filha, Luiza Eugênia Konder e Joana Almeida Braga, responsáveis pela Cachaça Pindorama Foto: Ana Branco / Agência O Globo
Sócias, mãe e filha, Luiza Eugênia Konder e Joana Almeida Braga, responsáveis pela Cachaça Pindorama Foto: Ana Branco / Agência O Globo

A história começou uma década atrás, quando o banqueiro Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, que morreu em janeiro, aos 94 anos, adquiriu a centenária Fazenda das Palmas, no interior do Rio, e a família descobriu que havia um alambique na propriedade. E não era um alambique qualquer, era o segundo mais antigo do Rio. A estrutura foi totalmente reformada, a cana-de-açúcar começou a ser plantada e a cachaça, destilada. “Foi o último projeto de que o Braga participou ativamente, então guardamos carinho especial. Ele gostava de uma caipirinha de limão com cachaça”, comenta a viúva.

Atualmente, são produzidos 20 mil litros no caldeirão original do alambique da Fazenda das Palmas, propriedade aberta a visitação e hospedagem. A plantação de cana é em regime de agrofloresta. Grande parte continua indo para a Europa. No Rio, está nos bares dos hotéis Fasano e Arpoador e no quiosque Delamare, na Praia de Ipanema. Até o fim do ano, a família pretende lançar a versão envelhecida.


O Globo terça, 19 de outubro de 2021

GLÓRIA MENEZES CELEBRA ANIVERSÁRIO EM CASA, AO LADO DOS FILHOS

Glória Menezes celebra aniversário em casa, ao lado dos filhos: 'Bem, graças a Deus'

Atriz, que completa 87 anos, segue no Rio de Janeiro; a amigos e familiares, ela ainda não comenta sobre a cerimônia que deseja realizar para Tarcísio Meira
Glória Menezes em casa, com um celular na mão: atriz completa 87 anos Foto: Reprodução / Instagram
Glória Menezes em casa, com um celular na mão: atriz completa 87 anos Foto: Reprodução / Instagram
 

Glória Menezes vai comemorar o aniversário, nesta terça-feira (19/10), ao lado dos três filhos — Tarcísio Filho, de seu casamento com Tarcísio Meira, e João Paulo Brito e Maria Amélia Brito, frutos do antigo relacionamento com Arnaldo Brito. A atriz, que completa 87 anos, celebrará a data com um almoço em família, dentro de casa.

No dia a dia:  Glória Menezes chora e lembra das coisas que Tarcisio fazia o tempo todo, conta assessor

Desde agosto, Glória vive na residência que mantinha com o marido na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Devido à pandemia de Covid-19, ela quase não sai de casa. De acordo com Tadeu Lima, assistente pessoal da atriz, Glória ainda não comenta sobre a ida ao sítio da família, no interior de São Paulo, onde ela deseja homenagear Tarcísio e lançar as cinzas do marido.

— Ela está bem, graças a Deus — afirma Tadeu, acrescentando que a atriz já lida de maneira mais tranquila com a tristeza profunda pela perda do marido, vítima do coronavírus.

Luta contra Covid

Tarcísio Meira morreu em agosto, aos 85 anos, após cinco dias internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em tratamento contra a Covid-19. Glória Menezes, atriz com quem ele foi casado por 59 anos, também foi internada no mesmo hospital, mas com sintomas leves. Os dois se casaram em 1962 e, em 1964, tiveram seu único filho, Tarcísio Filho.

Dois meses após a morte de Tarcísio, Glória Menezes segue uma rotina tranquila ao lado da prole. A atriz costuma dar voltas pelo condomínio onde reside e eventualmente vai ao salão de beleza. Ela não comenta com ninguém sobre a possibilidade de voltar a trabalhar.

— Às vezes ela chora, às vezes toca no nome dele (de Tarcísio), lembrando coisas, dizendo que "a esta hora ele estaria ali sentado fazendo isso e aquilo". Tudo  está muito vivo na memória — afirmou Tadeu, em relato recente ao GLOBO.


O Globo segunda, 18 de outubro de 2021

GASTRONOMIA: CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE FESTIVAIS DE GASTRONOMIA PELO BRASIL

 

Confira a programação de festivais de gastronomia pelo Brasil; hoje começa o Fartura, que nasceu em Minas

Agenda tem eventos em grandes capitais e também em lugares menores, como Paraty e Arraial d'Ajuda
'Da terra ao mar': medalhão de mignon ao molho de Malbec com camarões acompanhado de farofa de alho e batatas rústicas, do Bar do Gordo, participa do 20º Festival Gastronômico de Búzios. Foto: Fabio Rossi
'Da terra ao mar': medalhão de mignon ao molho de Malbec com camarões acompanhado de farofa de alho e batatas rústicas, do Bar do Gordo, participa do 20º Festival Gastronômico de Búzios. Foto: Fabio Rossi
 

Preparem os garfos. As próximas semanas estão recheadas de festivais gastronômicos para agradar a todos os paladares em diversas regiões do país, com reconhecidos chefs nacionais e locais. A programação é um convite para pegar a estrada e partir em um roteiro de novos sabores. Confira.

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Festival Fartura Gastronomia Du Brasil

Festival Fartura Gastronomia Du Brasil. Foto: Divulgação
Festival Fartura Gastronomia Du Brasil. Foto: Divulgação

Reunindo 120 chefs brasileiros em restaurantes de  Belo Horizonte, São Paulo,  Porto Alegre, Belém, Brasília e Fortaleza, o Festival Fartura Gastronomia Du Brasil propõe um intercâmbio de experiências e sabores de todo o país.

Grandes nomes como Renata Vanzetto (Ema), Carla Pernambuco (Carlota), Mara Salles (Tordesilhas), Tássia Magalhães (Nelita), Rodrigo Oliveira (Balaio), Morena Leite (Capim Santo), Luiz Filipe Souza (Evvai), Felipe Schaedler (Banzeiro) e Marcelo Corrêa Bastos (Lobozó) abrirão suas cozinhas para chefs convidados, com quem assinam menus criados com exclusividade para o evento, nos dias 20, 21, 22 e 23.

 Carolina Daher, curadora do Fartura Brasil, destaca que o festival celebra a diversidade da gastronomia brasileira.

— Essa cultura toda, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, é nossa, brasileira, de todos nós. Poder reunir ingredientes e pessoas em uma cozinha, em torno de um fogão, é muito mágico. Uma das coisas que nos une como povo é a comida, e o Fartura é uma grande festa cultural gastronômica — conta Daher.

Entre as inovações que o público poderá experimentar, estão o palmito fermentado com Beurre Blanc, tucupi e queijo Tulha do menu que Caio Soter e Thomas Troisgros assinam juntos para O Jardim, de Belo Horizonte, e o guacamole de carangueijo com feijão verde que os chefs Victor Dimitrow, Sergio Jucá e Lira Muller preparam no Peti, em São Paulo. Tem ainda a sobremesa de cupuaçu com sorvete de cacau, azeite de limão e crumble de coco e amburana que Manu Buffara, do Paraná, leva para o Capim Santo de Morena Leite, em menu também assinado por Thiago Castanho.

Além de jantares presenciais, o festival conta ainda com uma programação on-line, que começa neste sábado (16) e vai até o dia 24. São oferecidas gratuitamente aulas e receitas de mestres como Agnes Farkasvolgyi, Caio Soter, Ariani Malouf, Adriano Vilhena (Senac) e Mauro de Paula (Senac). Para descontrair, há também shows musicais e peças teatrais disponíveis nas plataformas do Projeto Fartura (www.farturabrasil.com.br). Outra iniciativa é a Mercearia Fartura, com produtos à venda de pequenos produtores em uma vitrine virtual.

— Um dos pilares do Fartura é a democratização da gastronomia e, neste momento em que ainda não conseguimos voltar totalmente para a rua, o escape que encontramos para alcançar mais gente foi o ambiente on-line, com  um pouco do que a gente fazia na rua agora pela telinha — compartilha a curadora.

Veja a programação de cada dia do festival:

Quarta-feira, 20/10

São Paulo

- Renata Vanzetto, do Ema (SP), recebe Millena Barros, do Viella Pizzeria (TO), e Pedro Bagattoli, do Restaurante Catarinense (RO).

Quinta-feira, 21/10

São Paulo

- Carla Pernambuco, do Carlota Bistrô (SP), recebe Onildo Rocha, do Cozinha Roccia (PB), e Martina Caminha, do Chez Martina Bistrô (AM).

- Mara Salles, do Tordesilhas (SP), recebe Edinho Engel, do Restaurante Manacá (SP), e Izanelda Magalhaes, do Jannu’s Bistrô (AC).

- Alex Sandro da Silva, do Tasca da Esquina (SP), recebe Cristóvão Laruça, do Caravela (MG).

- Tassia Magalhães, do Nelita (SP), recebe Dan Duarte, do Dona Divina (SE).

Belém

- Paulo Anijar, do Santa Chicória (PA), recebe Caetano Sobrinho, do Caê (MG).

Belo Horizonte

- Caio Soter, do O Jardim (MG), recebe Thomas Troisgros, do Le Blond (RJ).

- Carlos Kristensen, do Hashi (RS), recebe Pedro Siqueira, do Puro (RJ)

Porto Alegre

- Vinicius Braun, do Dry Moments (RS), recebe Rafael Pires, do Mia Restaurante (MG).

Sexta-feira, 22/10

São Paulo

- Almoço: Manuelle Ferraz, do A Baianera (SP), recebe Danilo Dias, do Flor de Vinagreira (MA), e Marcelo Cotrim, do Cotrim Gastronomia (MT).

- Rodrigo Oliveira, do Balaio (SP), recebe Flavio Trombino, do Xapuri (MG), e João Diamante, do Na minha casa (RJ).

- Morena Leite, do Capim Santo (SP), recebe Thiago Castanho, do Bayuca (PA), e Manu Buffara, do Manu (PR).

- Luiz Felipe Souza, do Evvai (SP), recebe Dedê Cesco (MS) e Geane Gomes Nunes (AP).

- Checho Gonzales, do Mescla (SP), recebe Junior Marinho, do Juá (GO), e Alessandro Eller (ES).

- Felipe Schaedler, do Banzeiro (SP), recebe André Saburó, do Quina do Futuro (PE), e Lia Quinderé, da Sucre (CE).

- Victor Dimitrow, do Peti (SP), recebe Sergio Jucá (AL) e Lira Muller, do Delira Praia (PI).

- Marcelo Corrêa Bastos, do Lobozó (SP), recebe Marcelo Petrarca, do Bloco C (DF), e Antonio Costaguta, do El Topaddor (RS).

- Janine Moreira, do Jesuíno Brilhante (SP) recebe Hélio Araújo (RO) e Adriana Lucena (RN).

Belém

- Saulo Jennings, da Casa do Saulo (PA). recebe César Santos, do Oficina do Sabor (PE).

- Prazeres Quaresma, do Saldosa Maloca (PA). recebe Ian Baiocchi, do Iz (GO).

Fortaleza

- Ivan Prado, do Mayu (CE), recebe Pedro Franco, do Tereze (RJ).

Brasília

- Luiza Jabour, do Almeria (DF), recebe Henrique Gilberto, da Cozinha Tupis (MG).

- Marco Espinoza, do Sagrado Mar (DF), recebe Giovanna Grossi, do Animus Restaurante (SP).

Porto Alegre

- Leonardo Magni, do Mandarinier (RS), recebe Léo Gonçalves, do Uru (CE).

- Raphael Dittrich e Gabriela Zilio, do Restaurante Eat Kitchen (RS), recebem Thyago Guarany, do Mirakuru Street Food (PA).

 
 

Sábado, 23/10

São Paulo

- Alberto Mori, Kurâ (SP), recebe Fabricio Lemos, do Origem (BA), e Alysson Muller, do Rosso (SC).

Belém

- Roberto Satoshi, do Sushi RO (PA), recebe Murakami, do Murakami (SP).

Nazareno Alves, do Point do Açaí (PA), recebe Vania Krekniski, do Limoeiro (PR).

Belo Horizonte

- Guilherme Melo, do Nuuu (MG), recebe Pedro Godoy, do Arvo Restaurante (PE).

- Agnes Farkasvolgyi, do Casa da Agnes (MG), recebe Ariani Malouf, do Mahalo (MT).

- Ju Duarte, do Cozinha Santo Antônio (MG), recebe Daniela Martins, do Lá em Casa (PA).

Fortaleza

- Van Régia, do Culinária da Van (CE), recebe Artur Dornelles, do Alegrete (RS).

- Marco Gil, do Mangue Azul (CE), recebe Américo Piacenza, do Cantina Piacenza (MG).

- Marina Araújo, do Chamego (CE), recebe Diogo Sabião, do Niá (RO).

- Rafael Martins, do Illa Mare (CE), recebe André Castro, do Authoral (DF).

Brasília

- Diego Brada, do Conca (DF), recebe Ricardo Dornelles, do A Firma Bar (RS).

- Thiago Paraíso, do Ouriço (DF), recebe Deocleciano Brito, (AC).

- Ronny Peterson, do Aroma (DF,) recebe Diego Freire, do Tríade (CE).

Porto Alegre

- Marcelo Schambeck, do Capincho (RS), recebe Gil Guimarães, do Casa Baco (DF).

3º Festival Gastronômico de Paraty

Bolo de amendoim com creme inglês do Peró Restaurante. Foto: Divulgação
Bolo de amendoim com creme inglês do Peró Restaurante. Foto: Divulgação

Grandes nomes da cozinha brasileira e muita comida gostosa se encontram na cidade histórica no sul do Rio de Janeiro entre os dias 5 e 7 de novembro. Nesta edição do Festival Gastronômico de Paraty, os restaurantes participantes terão de criar pratos criativos com sementes, um dos principais ingredientes ao redor do mundo. A intenção do festival é valorizar os pequenos produtores locais e fortalecer sua relação com os chefs de cozinha e o público. O evento traz ainda aulas gratuitas, rodas de conversa e palestras, além de lives de chefs da cena gastronômica do país. Mais informações em www.festivalgastronomicodeparaty.com.

 
 

20º Festival Gastronômico de Búzios

Entrada de salada de folhas verdes, maçã verde salicórnia e camarões, do restaurante A.Mar, participa do 20º Festival Gastronômico de Búzios. Foto: Fabio Rossi
Entrada de salada de folhas verdes, maçã verde salicórnia e camarões, do restaurante A.Mar, participa do 20º Festival Gastronômico de Búzios. Foto: Fabio Rossi

 

Com cardápios atendendo a todos os paladares, o Festival Gastronômico de Búzios reúne 14 restaurantes com menu especiais que serão servidos das 12h à meia-noite. O evento acontece em todas as sextas-feiras e sábados do mês de novembro no Porto da Barra, pólo gastronômico e cultural. Os participantes podem aproveitar ainda atividades culturais nos ateliês locais e, pela primeira vez, a corrida Búzios Running, no Clube Aretê, nos dias 6 e 13 de novembro das 7h às 13h.

3º Festival Esquina do Mundo em Arraial d’Ajuda

Arraial d’Ajuda, na Bahia. Foto: Divulgação
Arraial d’Ajuda, na Bahia. Foto: Divulgação

O paraíso turístico de Arraial d'Ajuda, em Porto Seguro, recebe o Festival Esquina do Mundo entre os dias 13 e 30 de novembro, trazendo muita inovação e criatividade. O tema desta edição é a Cozinha Fusion: uma união cultural através da comida. Dentro das categorias prato principal, lanches ou petiscos, sobremesas e drinks, os restaurantes participantes devem apresentar uma nova receita misturando técnicas, ingredientes e escolas gastronômicas de diferentes etnias. Saiba mais em gastronomiadajuda.com.br.

4º Festival Gastronômico Sabores de Santo Antônio de Jesus

Para celebrar os sabores marcantes do estado, a cidade de Santo Antônio de Jesus, considerada a capital do Recôncavo Baiano, é palco do Festival Gastronômico Sabores de SAJ entre os dias 18 e 30 de novembro. Com o tema “gastronomia de raiz", os chefs participantes criaram pratos com ingredientes típicos locais, como a mandioca, um clássico da culinária baiana.


O Globo domingo, 17 de outubro de 2021

GASTRONOMIA: PÃO NOSSO DE CADA DIA

 

Pão nosso de cada dia: uma lista de fornadas para todos os gostos

Focaccia, baguette, ciabatta, croissant, brioches: no Dia do Pão, saiba onde provar essas e outras delícias
A focaccia do Pão do Dude: negócio do chef Eduardo Lyra Foto: Rodrigo Azevedo / Divulgação
A focaccia do Pão do Dude: negócio do chef Eduardo Lyra Foto: Rodrigo Azevedo / Divulgação
 

Nos longos meses de isolamento social devido ao coronavírus, ele foi uma boa companhia – pode-se dizer até que vivemos uma pãodemia, com o perdão do trocadilho. Muita gente começou a fazer pão em casa, novas (e ótimas) padarias artesanais surgiram ou se aprimoraram (de endereços fixos ou só para entregas), com receitas cada vez mais caprichadas. A história desse alimento ancestral remonta a 12 mil atrás: teria surgido na Mesopotâmia, junto com o cultivo do trigo. Os antigos egípcios o usavam até mesmo como moeda, para pagar salários. Ao Brasil, ele teria sido trazido pelos portugueses – o primeiro registro que se tem por aqui do seu consumo é na carta de Pero Vaz Caminha. Neste sábado, 16 de outubro, é comemorado o Dia Mundial do Pão (a data foi criada em Nova York, pela União dos Padeiros e Confeiteiros). Que tal celebrar com um bom pão quentinho? Tem para todos os gostos: conheça um pouquinho mais sobre alguns diferentes tipos e saiba onde encontrar boas fornadas.

Um drinque a céu aberto:os cinco novos terraços da cidade

Nos longos meses de isolamento social devido ao coronavírus, ele foi uma boa companhia – pode-se dizer até que vivemos uma pãodemia, com o perdão do trocadilho. Muita gente começou a fazer pão em casa, novas (e ótimas) padarias artesanais surgiram ou se aprimoraram (de endereços fixos ou só para entregas), com receitas cada vez mais caprichadas. A história desse alimento ancestral remonta a 12 mil atrás: teria surgido na Mesopotâmia, junto com o cultivo do trigo. Os antigos egípcios o usavam até mesmo como moeda, para pagar salários. Ao Brasil, ele teria sido trazido pelos portugueses – o primeiro registro que se tem por aqui do seu consumo é na carta de Pero Vaz Caminha. Neste sábado, 16 de outubro, é comemorado o Dia Mundial do Pão (a data foi criada em Nova York, pela União dos Padeiros e Confeiteiros). Que tal celebrar com um bom pão quentinho? Tem para todos os gostos: conheça a seguir um pouquinho mais sobre alguns diferentes tipos e saiba onde encontrar boas fornadas.



BAGUETE
Ícone francês (apesar da enorme variedade no país), o pão de forma alongada e casca crocante teve sua origem, reza a lenda (ou uma delas), nos tempos de Napoleão. Antes disso, os pães eram redondos, para melhor conservação, mas conta-se que a forma de varinha foi inventada pelos padeiros do militar para que seus soldados pudessem carregá-lo nos bolsos. A baguete começou a ganhar popularidade fora de Paris entre as duas guerras mundiais, mas foi após a segunda que se espalhou realmente, e hoje concorre ao título de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade pela Unesco. Uma boa baguete deve ser leve e bem aerada por dentro. Uma curiosidade: a maior baguete do mundo, com 122,4 metros, foi preparada em 2015 durante uma feira em Milão, e entrou para o Guiness Book.

Onde provar:

Baguete na Farro: em Copacabana Foto: Jorge Jardim / Divulgação
Baguete na Farro: em Copacabana Foto: Jorge Jardim / Divulgação

Farro
A padaria em Copacabana, com nome emprestado do cereal cultivado desde o Egito antigo, prepara quatro tipos de baguetes de longa fermentação: além da tradicional (R$ 13,00, com 450g), há também as versões integral, multigrãos ou calabresa (R$ 15,00 cada).
- É um pão versátil e macio, perfeito para receber em casa – diz Marcela Amaral, sócia e filha do padeiro da casa, que ganha este mês uma filial no mesmo bairro, no Posto 6.
Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 630, Copacabana – 3593-7905. Seg. a sáb., das 7h às 20h

Talho Capixaba
Com mais de 25 receitas em fornadas diárias, o veterano da panificação de fermentação natural no Rio prepara a baguete tradição (R$ 43,70 o quilo), um pão rústico feito com farinha importada, seguindo os moldes rigorosos e processos tradicionais dos exemplares franceses. É ótimo para acompanhar frios, patês e queijos.
Avenida Ataulfo de Paiva, 1022, Leblon – 2512-8760. Diariamente, das 7h às 21h. Rua Marquês de São Vicente, 10, Gávea – 2422- 1270. Diariamente, das 7h às 22h.

CAMPAGNE
Do francês campestre, esse pão rústico (também chamado de campanha por aqui), mistura de farinhas, fermento, sal e água, foi consumido durante séculos nas aldeias da França. Usualmente de formato redondo, eram assados em fornos comunitários e distribuídos entre os moradores das vilas.

Onde provar:

Araucária
Fornecedora de diversos restaurantes e sucesso na Junta Local, a padaria virtual começou a entregar em casa durante a pandemia, de quarta a sábado. Aqui, a receita francesa ganha uma quantidade generosa de centeio alemão, o que confere um aroma intenso e adocicado e notas picantes e frutadas na boca (R$ 20,00, 500g).
- É o pão preferido do padeiro, puro ou acompanhando terrines, patês de campanha ou caponatas – diz João Pessanha, um dos sócios.
Instagram: @araucariapaes

La Bicyclette
Concorrido no café da manhã, o ponto no Jardim Botânico (que acaba de ganhar uma filial na Barra) prepara o pão à moda tradicional, assado na pedra, depois de longa fermentação (de 24h a 36h). Um exemplar custa R$ 17,00.
- Um bom campagne deve ter crosta crocante e dourada, miolo macio e alvéolos (as cavidades ou bolhas), sinal de uma boa fermentação – define o padeiro francês Henri Forcellino.
Rua Pacheco Leão, 320, Jardim Botânico – 3256-9052 e 99531-5010. Ter. a sex., das 8h30 às 21h. Sáb. e dom., das 8h30 às 20h. Avenida Érico Veríssimo, 970, Barra – 2499-7395. Ter. a sáb., das 8h30 às 20h. Dom., das 8h30 às 19h

CIABATTA
Caçula entre criações ancestrais, um dos pães mais populares da Itália data de 1982. Isso mesmo. Embora alguns acreditem que sua origem vem lá dos Monges Franciscanos que há 800 anos preparavam uma receita mais “molhadinha”, especialistas garantem que ela foi criada no fim do século passado por uma padeiro da região do Vêneto, Arnaldo Cavallari, que buscava uma alternativa às baguetes francesas. Traduzido para o português, seu nome significa chinelo ou pantufa, talvez por sua forma alongada, larga e achatada. De massa umedecida, casca crocante e miolo cheio de alvéolos, é perfeita para sanduíches.

Onde provar:

Ciabatta, a
Ciabatta, a "caçula" entre os pães mais tradicionais: no delivery da Filone Foto: Studio Cromo / Divulgação

Filone
Ideia do suíço radicado no Brasil Félix Optiz, da quarta geração de padeiros, a loja virtual entrega na Zona Sul, Centro, Barra e parte da Zona Norte de segunda a sábado. Sua ciabatta artesanal de longa fermentação (R$ 18,00, 400 gramas) é leve e macia, com um toque de azeite extravirgem.
Instagram: @filonepadaria

FOCACCIA
De origem italiana, típica de Gênova, é regada com bastante azeite e achatada, quase como uma pizza, mas com miolo fofinho e aerado. Seu nome vem do latim focus, que se refere a cozinhar na lareira. O segredo é o ponto da massa: liso e grudento, vai parecer que deu errado – mas a boa focaccia é bem úmida. A receita tradicional é salpicada por sal grosso e alecrim, mas pode ter outras combinações saborosas.

Onde provar:

Dianna Bakery
Na charmosa lojinha na Tijuca, inspirada nas confeitarias nova-iorquinas, a versão tradicional com alecrim e sal grosso (R$ 19,00, 450 gramas) é preparada diariamente. Às terças e sextas entra em cena a focaccia de azeitonas pretas e, às quintas e sábados, a de calabresa (R$ 21,00 cada).
Rua Santo Afonso, 445, Tijuca - 3597-4777. Ter. a sex., das 9h às 19h. Sáb., das 21h às 16h

Pão do Dude
Durante a pandemia, o chef Eduardo Lyra, o Dude, deixou a cozinha para se dedicar a uma paixão antiga: a panificação. Da cozinha instalada na garagem do pai, ele passou a produzir fornadas artesanais. Seguindo a tradição italiana, sua focaccia leva apenas farinha, água, sal, azeite extravirgem e leveduras naturalmente presentes no ambiente. A massa é cravejada com tomatinhos sweetgrape e azeitonas Azapa (R$ 29,00, 550g).
99671-5062 (WhatsApp) / Instagram: @paododude

CROISSANT
Sinônimo de viennoiserie (receita de massa folhada que traz uma combinação entre confeitaria e panificação), o pãozinho em formato de meia-lua, de massa bastante amanteigada e levemente adocicada, popularizou-se na França, mas sua origem é, na verdade, austríaca. Mais precisamente de Viena, onde era conhecido desde o século XIII pelo nome de kipferl. A rainha Maria Antonieta é quem teria introduzido a iguaria típica de sua terra natal em solo francês.

Hoop Bakery
Quando começou a enveredar pela panificação artesanal, Gabriel Audi não gostava de croissant – até provar um de verdade. Correu atrás de aprender a receita, fez cursos e hoje leva três dias para preparar os pãezinhos.
- Apesar de ser o que mais me dá trabalho, a massa tem que ficar descansando e é aberta manualmente, com rolo, tem a temperatura certa da manteiga, é o que mais gosto de fazer hoje – confessa o padeiro.
Somente para entregas, às quintas e sextas, o trio é vendido a R$ 28,00 (depois disso, o avulso sai a R$ 10,00), junto com derivados como pai nau chocolate e pain aux raisins (passas).
99547-5396 (WhatsApp) ou Instagram: @hoopbakery

Croissant doce do João Padeiro & Co: em Botafogo Foto: Divulgação
Croissant doce do João Padeiro & Co: em Botafogo Foto: Divulgação

João Padeiro & Co
Preparada diariamente no charmoso sobrado em Botafogo, a massa do croissant tradicional (R$ 9,00), elogiadíssimo por chefs e clientes, serve de base para outros recheios, como Nutella ou amêndoas (R$ 15,00 cada), e ainda variações como o novato cruffin de pistache (R$ 17,00), uma mistura de croissant e muffin com recheio de creme e crocante de pistache.
- O segredo do nosso croissant é a receita original francesa feita com amor e com farinha francesa Bagatelle e manteiga Président – entrega o sócio e padeiro Adriano Amarante.
Rua Arnaldo Quintela, 102 – 3518-2445, Botafogo. Ter. a sex., das 13h às 18h. Sáb., das 10h às 13h.

BRIOCHE
Fofinho e com leve dulçor, mistura de farinha, fermento, leite, muitos ovos e uma quantidade generosa de manteiga, este surgiu na Normandia no século XVI, mas sua massa remonta à Idade Média, quando se preparavam bolos parecidos ao que hoje conhecemos. Dizem até que, indiretamente, foi responsável pela queda da Bastilha, na França, depois que a rainha Maria Antonieta (ela novamente) teria dito, às vésperas da revolução, a célebre frase em resposta ao fato de que o povo nem conseguia comprar pão: “Que comam brioches”!

Onde provar:

Bicho Pão
Um dos carros-chefes da padaria do Catete, o brioche (R$ 12,00, 320g) é presença certa no balcão. Com miolo bem fofinho, leva em média 48h de fermentação e serve de base para um delicioso pão na chapa, rabanada e pão rústico de milho.
Rua Andrade Pertence, 33, Catete – 3497-3695 e 98005-5689. Ter. a sex., das 14h às 20h. Sáb., das 9h às 19h. Dom., das 9h às 13h.

Primavera dos Pães
No negócio aberto no início do ano em Laranjeiras, os pães são cortados na hora no balcão e vendidos por peso – a ideia é comprar e levar pra casa. Macio, o provençal (R$ 17,00) é um brioche vegano, mais achatadinho, rico em azeite de oliva e que não leva ovos ou manteiga no preparo.
Rua Ipiranga, 51, Laranjeiras – 99222-0003. Ter. a sex., das 15h às 20h.

PÃO DE FORMA
Par ideal para aquele misto-quente, o pão quadradinho feito a partir do cozimento da massa doce da farinha de trigo foi criado em 1912 pelo americano Otto Frederick Rohwedder. Com a industrialização a pleno vapor, ele inventou uma máquina para cortar o pão em fatias iguais, mais tarde acoplada a uma embaladora para garantir sua conservação por mais tempo. Mas sua produção em larga escala mundial só começou nos anos 1930. Hoje, para nossa alegria, foi “adotado” por padeiros que se esmeram em desenvolver versões artesanais.

Onde provar:

The SlowBakery
Por trás da premiada e inventiva padaria, com matriz em Botafogo e unidades em Ipanema e Jardim Botânico, Rafa Brito Pereira transforma o clássico de todo lar em um surpreendente pão de forma de fermentação 100% natural. União de farinhas branca e de sêmola, buttermilk (leitelho), mel e manteiga, é macio e bem levinho.
Rua General Polidoro, 25, Botafogo. Ter. a sex., das 8h às 17h. Sáb., das 8h às 16h. Rua Maria Angélica, 113, loja G, Jardim Botânico. Ter. a sex., das 11h às 19h30. Sáb., das 10h às 18h. Rua Visconde de Pirajá, 365, loja B, Ipanema. Ter. a sáb., das 10h30 às 18h.

CINNAMON ROLL
Um clássico americano, esse pãozinho doce, enrolado em formato espiral e recheado de canela e açúcar, tem na verdade origem sueca. Preparado desde a década de 1920, tem até uma data para chamar de sua por lá: 4 de outubro é celebrado o dia do Kanelbulle.

Onde provar:

Cinnamon roll do Sova: o negócio de entregas por encomenda ganhou ponto físico em Copacabana Foto: Filtro de Barro / Divulgação
Cinnamon roll do Sova: o negócio de entregas por encomenda ganhou ponto físico em Copacabana Foto: Filtro de Barro / Divulgação

Sova
O negócio que surgiu em pequenas feiras e para entregas por encomenda cresceu e ganhou no fim do ano passado uma charmosa loja em Copacabana. Da ala açucarada, o enroladinho amanteigado com açúcar e canela (R$ 12,00) ganha calda especial de laranja.
Rua Xavier da Silveira, 34, Copacabana – 2147-7158. Ter. a qui., das 8h às 22h. Sex. e sáb., das 8h às 23h. Dom., das 8h às 13h.

Alvéole
Queridinho na padaria artesanal da Barra, o rolinho feito com massa de brioche e recheio de canela e açúcar mascavo (R$ 8,00), bem fofinho, costuma perfumar o ambiente. Por lá ganha até uma versão salgada: o xis-roll tem o mesmo preparo, mas recheio de mussarela e parmesão, com uma pitada de orégano.
Shopping Downtown, Barra – 97246-2185. Ter. a qui., das 10h às 19h. Sex., das 10h às 21h. Sáb., das 18h às 22h.

SOURDOUGH/LEVAIN
As palavras da moda em matéria de panificação (em inglês e francês) na verdade se referem ao tipo de fermento usado, o natural, não ao tipo de pão, que pode ser branco, integral, multigrãos, com recheios, e infinitas variações. “Esse tipo de fermento, além de trazer complexidade de aroma e sabor, traz mais acidez ao pão e aumenta consideravelmente sua longevidade, mesmo sem aditivos químicos”, explica o padeiro Gabriel Landa, da Alvéole.

Onde provar:

Sourdough rústico: nas fornadas do Artesanos Bakery, no Recreio Foto: Gabriel Ávilla / Divulgação
Sourdough rústico: nas fornadas do Artesanos Bakery, no Recreio Foto: Gabriel Ávilla / Divulgação

ArtesanosBakery
Embaixador da farinha Irati, feita a partir de trigo “de origem”, desenvolvido nacionalmente no Paraná, o padeiro Ricardo Rocha prepara a partir dela seu sourdough rústico (R$ 36,00, 1kg).
- Costumo dizer que é um pão que não tem nada, mas tem tudo. É feito apenas com farinha, água e sal, mas é riquíssimo em sabor e história. O segredo é a dedicação ao processo. Tempo, temperatura, umidade do ar e nossa própria energia influenciam no resultado da massa – acredita Ricardo.
Avenida Genaro de Carvalho, 1435, Recreio - 96691-0169. Diariamente, das 7h às 23h.

 


O Globo sábado, 16 de outubro de 2021

SHOW DE BARÃO VERMELHO, GABRIEL O PENSADOR E ANA CAROLINA

Shows de Barão Vermelho, Gabriel o Pensador e Ana Carolina são destaques do fim de semana

Agenda de 15 a 21/10 tem ainda Ira!, Kiko Zambianchi e Dinho Ouro Preto no Festival Rock Brasil 40 anos
Barão Vermelho. Foto: Divulgação/Marcos Hermes
Barão Vermelho. Foto: Divulgação/Marcos Hermes
 

MPB, rock, samba ou rap? Qualquer que seja a resposta, há um show este fim de semana para chamar de seu. A programação musical dos próximos dias inclui Ana Carolina cantando seus maiores hits, Toninho Geraes interpretando músicas que foram sucesso na voz de Martinho da Vila e Zeca Pagodinho, apresentação gratuita de Gabriel o Pensador em Niterói e alguns dos maiores nomes do rock brasileiro, como Barão Vermelho e Ira!,  no Centro.  Para todos, um aviso: decreto do prefeito Eduardo Paes publicado nesta quinta-feira (14) no Diário Oficial do Município determina que não é mais obrigatório o resultado do exame negativo feito até 48h para eventos-teste. Mas a apresentação do comprovante de vacinação continua obrigatória.

Ana Carolina

A cantora passeia pelos maiores hits de sua carreira, como “Garganta”, “Elevador” e “Quem de nós dois”, e apresenta canções de seu último álbum “Fogueira em alto mar”, além de interpretar sucessos de Rita Lee, Seu Jorge e Guilherme Arantes. Tem ainda uma pandeirada com Thiago Anthony e Leo Reis de tirar o fôlego. As vendas acontecerão apenas para mesas inteiras de 2, 3 ou 4 lugares, não sendo possível a compra unitária de ingresso.

 
Vivo Rio: Av. Infante Dom Henrique 85, Flamengo. Sex (15), às 22h. Sáb (16), às 21h. R$ 250 via Eventim.  18 anos.

"Aretha Franklin Tribute"

A banda FourPlusOne interpreta os maiores sucessos da cantora,  ícone da música negra norte-americana. No repertório, estão canções que foram imortalizadas ao longo de mais de 60 anos de carreira como “I say a little prayer”, “Respect”, “Think” e “A natural woman”.

Teatro Prudential: Rua do Russel 804, Glória. Qui e sex (dia 21),  às 20h. R$ 80 presencial e R$ 15 ( on-line), via Sympla.

Arlindinho

Filho do consagrado sambista Arlindo Cruz, o cantor e compositor apresenta o show “Pagode do Arlindinho”, com um repertório que inclui os sucessos “Você é espinho, não é uma flor”, “Num sonho lindo”, “Frasco pequeno” e “Meu filho”.

Bar do Zeca Pagodinho: Shopping Vogue Square. Av. das Américas 8585, Barra. (3030-9097). Qua, 20h30. R$ 30

Festival Rock Brasil 40 anos

O evento do CCBB que reúne shows, peças teatrais, filmes e exposições para celebrar o rock brasileiro dos anos 1980 promove, nos finais de semana, apresentações ao ar livre, numa grande área  junto à Pira Olímpica, na Candelária.  Sábado:  Orquestra Petrobras Sinfônica (17h30), Ira! (18h45), George Israel (20h10) e Barão Vermelho (21h). Domingo: Orquestra Petrobras Sinfônica (17h30), Kiko Zambianchi (18h45), Fernando Magalhães (20h10) e Dinho Ouro Preto (21h).  Segundo novo decreto do prefeito Eduardo Paes, não é mais preciso fazer teste de Covid-19, mas a apresentação do comprovante de vacinação continua obrigatória.

Centro Cultural Banco do Brasil: Rua Primeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Dom, seg e qua, das 9h às 19h e qui a sáb, das 9h às 20h. Programação gratuita, espetáculos teatrais (R$ 30) e pocket shows (R$ 30): www.eventim.com.br. Ingressos para os show ao ar livre (a partir de R$ 60): www.ingressocerto.com.

ID: Niterói

Braço musical do evento ID : Rio — que oferece, hoje e amanhã, palestras, talks e mesas redondas gratuitas sobre moda, cultura e empreendedorismo, além de desfiles, no Reserva Cultural Niterói —, o evento promove shows até domingo.  Sexta: Felipe Roale (16h), Luiza Reis (18h), Blood Mary (20h), Felipe Roale (21h). Sábado: Felipe Roale (16h), Thalita Pertuzatti (18h), O Zunido (19h30), Rodrigo Santos (20h30), Felipe Roale (21h). Domingo: Felipe Roale (16h),  Mira Callado (18h), Hexotria (19h), Gabriel O Pensador (20h30).

Reserva Cultural Niterói: Av. Visconde do Rio Branco 880, São Domingos, Niterói. De 15 a 17 de outubro.  A entrada também é gratuita, mas é preciso reservar ingressos no site Sympla, no qual é possível checar toda a programação.

Feirinha da Pavuna e DJ Goranmo

Em uma conexão entre Zona Norte e Zona Sul, a tradicional roda de samba Feirinha da Pavuna se apresenta na Feirinha do Sérgio Porto, no Humaitá, após quase um ano sem subir aos palcos. O evento, que reúne música, artesanato e gastronomia, conta ainda com o DJ Goranmo, do Baile do Ademar. A entrada é gratuita.

Espaço Cultural Sérgio Porto: Rua Humaitá 163 (entrada pela Rua Visconde e Silva). Sáb, das 10h às 17h. DJ Goranmo, das 10h30 às 12h. Feirinha do Pavuna, das 13h às 14h30 e das 15h às 16h30. Retirada de ingressos pelo Sympla.

Francis Hime, Hugo Pilger e Olivia Hime

O programa  Sala Jazz traz o espetáculo do compositor e pianista Francis Hime, que apresenta grandes obras da MPB acompanhado da voz de  Olivia Hime e de Hugo Pilger no violoncelo como convidados especiais.

Sala Cecília Meireles: Rua da Lapa 47, Centro.  Sex, às 19h. R$ 40, à venda na bilheteria (seg a sex, 13h a 18h) ou no site Sympla.

Toninho Geraes

Autor de sucessos como "Mulheres" (Martinho da Vila), "Seu balancê" (Zeca Pagodinho) e "Me leva" (Agepê), o cantor e compositor mineiro Toninho Geraes faz show no tradicional reduto do samba Renascença Clube.

Renascença Clube: Rua Barão de São Francisco 54, Andaraí. Dom, das 18h às 22h. R$ 25 via Sympla.

Márcio Gomes

O cantor romântico está de volta ao Imperator com seu show "Eternas canções", que traz homenagens a artistas como Nelson Gonçalves, Ângela Maria, Cauby Peixoto, Agnaldo Timóteo e Amália Rodrigues.

Teatro Imperator: Rua Dias Cruz 170, Méier. Qua, 16h. R$ 60. Ingressos na bilheteria ou pelo site Eventim.

 
 

Marcelo D2

A aguardada volta dos shows no Circo Voador será  com show de Marcelo D2, que esgotou ingressos para os dias 22 e 23 num piscar de olhos, levando à abertura de um show extra na quinta-feira (21). O rapper apresenta, pela primeira vez ao vivo, o álbum "Assim tocam os meus tambores". Até dezembro, estão programadas ainda apresentações de Paralamas, Céu, Chico César e Geraldo Azevedo na lona da Lapa.

Circo Voador: Rua dos Arcos, Lapa. Qui (21), às 19h. Sex (22) e sáb (23), às 23h30 (esgotados). R$ 180, via Eventim ou na bilheteria (pagamento em dinheiro): Ter a qui, das 12h às 19h; sex, das 12h a 0h; sáb, das 14h a 0h; e sempre 2h de cada evento. Classificação 18 anos.

Música no Museu

A apresentação do Trio Caxangá traz ritmos do Nordeste no evento "Sons do Brasil", que celebra a diversidade musical brasileira das cinco regiões do país.

Centro Cultural Parque das Ruínas: Rua Murtinho Nobre 169, Santa Tereza. Sáb, às 11h.

Orquestra Petrobras Sinfônica – "Mix Bahia"

Clássicos que embalam os foliões carnavalescos agora ganham arranjo sinfônico, sob regência de Carlos Prazeres, em uma live gratuita. Releituras de sucessos como "Baianidade nagô", "Faraó" e os hits do grupo de axé É o Tchan fazem parte do repertório “Mix Bahia Sinfônico”.


O Globo sexta, 15 de outubro de 2021

AUTOBOL: A BRINCADEIRA VIOLENTA QUE SE TORNOU UMA FEBRE NO RIO DURANTE OS ANOS 1970

 

Autobol: A brincadeira violenta que se tornou uma febre no Rio durante os anos 1970

 

Autobol: Motoristas podiam jogar seus carros contra rivais em disputa por bola

 

 

Formado por quatro modelos Volkswagen 1600, o forte elenco do Botafogo estava invicto, depois de conquistar o primeiro e o segundo turno da competição. Mas o Fluminense entraria em campo disposto a estragar a festa do rival. No jogo anterior, contra o Flamengo, o tricolor exibira um carro com para-choque feito de viga de navio. O reforço permitiu ao automóvel destruir quase todos os veículos rubro-negros, garantindo a vitória do time das Laranjeiras. Para não ser vítima de massacre parecido, o Botafogo instalou o mesmo material em todos os seus carros.

Quando o árbitro deu início ao confronto, às 16h daquele domingo, 17 de novembro, havia tensão no ar. O Fluminense chegou apresentando sua estratégia de destruir os carros adversários. Logo, o Botafogo perdeu dois veículos titulares e ficou sem reservas. Mesmo assim, impôs seu jogo, vencendo a partida por 3 a 1, com dois gols de José Luís e um do artilheiro da competição, Ronaldo César Coelho. O título do Campeonato Carioca de Autobol levou até certa alegria aos torcedores do alvinegro, que passaria a década de 1970 sem nenhum troféu no futebol convencional.

 

Autobol: Carro virado após capotar durante partida

 

 

O autobol foi uma pequena febre no Rio. No mundo atual, o esporte seria certamente criticado devido aos riscos envolvidos e ao desperdício, já que nenhum carro resistia a mais do que quatro partidas antes de ir parar no ferro-velho. Porém, há mais de 40 anos, quando a sociedade vivia como sem muita noção de seu impacto no planeta, ninguém parecia se importar com a destruição de automóveis às custas de um jogo que não raramente causava capotagens, incêndios e, claro, hospitalizações.

Carro anfíbio: O fusquinha que navegou pelo espelho d'água da Lagoa

O "esporte" fora criado pelos britânicos, após Segunda Guerra Mundial. Mas não tinha prosperado no Reino Unido porque havia muitas regras. Cada carro tinha sua pista, de onde não podia sair. A bola corria no meio, e o motoristas tinha que mantê-la em sua faixa do campo. Se a bola passasse para a pista do lado, era a vez de o veículo rival tentar dominá-la para atacar. Já no Brasil, onde os veículos circulavam livremente pelo campo, e os motoristas podiam se chocar com os adversários, o esporte caiu nas graças da elite endinheirada, com direito a cobertura nos jornais e na TV. Até mesmo emissoras estrangeiras, como a britânica BBC e a americana CBS vieram ao Rio para filmar e produzir reportagens sobre a modalidade. 

A idéia chegou ao país nos últimos anos da década de 1960, quando a fábrica de bolas de futebol Drible fez uma bola de couro de bufalo de 1,20m de diâmetro e 12kg de peso, para comemorar um jogo da seleção brasileira. Depois, a invenção ficaria guardada na fábrica em São Paulo até 1970, quando um grupo de Taubaté a pediu emprestada para um esporte singuiar: futebol de cavalos. Teria sido um "sucesso" — o estádio local estava cheio —, mas a imensa bola assustava muito os animais, e um dos jogadores saiu da disputa com uma das patas quebradas. 

 

Autobol: Capacetes, vidros removidos e portas soldadas

 

 

Sem função, a bola gigante acabou sendo trazida ao Rio pelo produtor José Maria Adami, que procurou o médico Mário Tourinho, seu conhecido. O traumatologista  vinha conversando animadamente com amigos sobre a possibilidade de criar um futebol de automóveis. A idéia brotara em sua cabeça quando ele dirigia na Avenida Atlântica, em Copacabana, e uma bola escapda de uma "pelada" na praia veio na direção de seu carro. Para espanto geral, Tourinho arremeteu o veículo de encontro à bola, que voltou diretamente para as mãos dos rapazes na areia. Orgulhoso com seu "chute" perfeito, o médico decidiu elevar o nível da brincadeira.

Gávea: O circuito no Rio que inaugurou o automobilismo no Brasil

A primeira exibição ocorreu no intervalo de uma partida do Campeonato Carioca de 1970, no campo da Associação Atlética Portuguesa, na Ilha do Governador, onde Tourinho deu voltas no gramado dominando a bola gigante à frente de seu velho Hillman. Os jornais do dia seguinte deram mais destaque à apresentação do que ao monótono jogo entre Vasco e Portuguesa. Animado, o médico comprou 11 carros velhos e chamou os amigos, que atuaram em pelo menos quatro partidas naquele ano. Em 1971, outras foram realizadas, e o sucesso foi tal que a Prefeitura de Vitória convidou os times para uma exibição na cidade, capital do Espírito Santo.

Os pilotos aceitaram o convite, mas não levaram seus automóveis. Na hora do jogo, com o estádio lotado e a torcida inquieta, o prefeito não viu outra solução para evitar o cancelamento a não ser emprestar carros oficiais do município para a disputa. Os prejuízos para os cofres públicos foram grandes e, com o derrame de dinheiro dos jogos anteriores, bancados pelos próprios participantes, a situação levou à paralisação das atividades até o ano seguinte.

 

Autobol: Partida disputada em agosto de 1974

 

Apenas partidas esporádicas foram disputadas até que, em 1973, os entusiastas do esporte no Rio formaram uma federação que contou com a adesão de América, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Os jogos começaram no campo do Colégio Santo Inácio, em Botafogo, mas os padres da tradicional escola ficaram impressionados com a violência envolvida nos confrontos, que por conta disso foram levados para o campo do Horto Florestal, perto do Jardim Botânico. A cada partida realizada, o público aumentava. Algumas rendas de bilheteria superavam até as vendas de ingressos para partidas do campeonato de futebol jogado com os pés.

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Em 1974, a superioridade de Fluminense e Botafogo era explicada principalmente pela potência de seus carros e as alterações na carroceria. Veículos de pouca força — Renaults velhos, Gordinis e Dauphines —, usados inicialmente nas partidas, receberam reforços na lataria ou foram substituídos por outros mais robustos. Na final do primeiro turno, o alvinegro surpreendeu ao entrar em campo com quatro Volkswagen 1600 de quatro portas — modelo que, anos mais tarde, receberia o apelido de Zé do Caixão. O Fluminense, com quatro Gordinis, perdeu de goleada, mas aprendeu a lição e também trocou sua frota. 

Autobol: Jogo entre Botafogo e Fluminense durante campeonato de 1974

 

 

As alterações nos carros eram feitas quase sempre numa oficina no Grajaú que, de tão procurada, passou a atender apenas aos adeptos do autobol. O para-choques era reforçado com suportes de ferro. As portas eram soldadas, e os vidros, retirados. Para evitar incêndios, toda a fiação elétrica dispensável era removida. Ficavam apenas os fios da bateria e da bobina. Mesmo assim, alguns carros foram destruídos pelo fogo, tamanha era a violência de alguns choques ou capotagens. Quando o automóvel ficava imprestável, o dono da tal oficina no Grajaú vendia a carroceria para um ferro-velho e ficava com o motor.

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O autobol tinha suas regras. Não era permitido usar a marcha à ré na disputa de bola e nem bater num carro que estivesse sem a bola. De resto, tudo liberado. Uma das artimanhas era se aproveitar da indecisão e do medo do adversário para dominá-lo em campo. Um piloto, dono de labarotários, tinha a técnica de quebrar a suspensão de outros carros e dar trombadas nas portas para atemorizar os adversários. Já um produtor de televisão era perito na condução da bola, driblando adversários com desvios rápidos. E um corretor da bolsa de valores era o motorista mais temido, por gostar de provocar acidentes que, muitas vezes, deixavam feridos. Muitos adeptos, aliás, desistiam das disputas devido aos seus riscos.

Em 1976, a falta de campos e de patrocinadores interrompeu as competições. Além disso, a crise do petróleo que afetou o mundo em meados daquela década chegou com força no Brasil, levando a ditadura militar a proibir provas de automobilismo no país. Aquilo representou o fim do autobol.

 

Autobol: Carro com as rodas para o alto após capotagem, em 1974

O Globo quinta, 14 de outubro de 2021

BETTY FARIA: MOSTRA GRATUITA CELEBRA 80 ANOS DA ATRIZ

Mostra gratuita celebra 80 anos de Betty Faria com clássicos e raridades

CCBB exibe, a partir de terça-feira (12), 11 filmes, incluindo 'Bye bye Brasil'; também há sessões on-line
"Bye bye Brasil"(1980), com Betty Faria. Foto: Divulgação
"Bye bye Brasil"(1980), com Betty Faria. Foto: Divulgação
 

Com 26 filmes e mais de 50 novelas no currículo, a atriz Betty Faria é um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira. Para celebrar seus 80 anos e sua trajetória no cinema, a artista será protagonista de uma mostra gratuita com 11 filmes, desde sua estreia nas telonas em “O beijo” (1964), passando pelo sucesso “Bye bye Brasil’’(1980) e o raríssimo “Monstros de babaloo”(1970).

A programação do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) inaugura nesta terça-feira (12) com os longas “Chega de saudade” (às 15h10) e “O bom burguês” (às 17h20). A sessões são presenciais, mas  os títulos "Perfume de gardênia" (1992) e “Marlene de Souza” (2004) também podem ser vistos  on-line pela plataforma Eventim.

Betty Faria em cena do filme "Bye Bye Brasil" Foto: Reprodução
Betty Faria em cena do filme "Bye Bye Brasil" Foto: Reprodução

A mostra "Betty Faria 80 Anos" resgata a filmografia da atriz, que perpassa a própria história do audiovisual brasileiro. Segundo o curador Leandro Pardí, esta é uma oportunidade de ver a versatilidade da artista em todas as fases de sua carreira cinematográfica.

 — A Betty Faria sempre esteve à frente de seu tempo, se colocando na vanguarda artística e trazendo temas sociais relevantes de uma forma brilhante, com uma linguagem própria. Ela participou de várias frentes, que vão desde grandes sucessos de bilheteria até o cinema marginal e filmes experimentais — afirma Pardí, que é ex-coordenador da Cinemateca Brasileira.

A programação inclui ainda “Um trem para as estrelas” (1987), “O casal” (1975), “Jubiabá” (1986), “Bens confiscados” (2004), "As sete faces de um cafajeste" (1968), "Romance da empregada" (1987), "A lei do cão (1967)" e o longa “A estrela sobe” (1974), que será exibido em uma rara cópia em 35mm.

"A Estrela Sobe" (1974). Foto: Divulgação
"A Estrela Sobe" (1974). Foto: Divulgação

Betty Faria:'Sou uma sobrevivente de droga, sexo e rock and roll'

Além dos filmes, um bate-papo com a lenda do cinema sobre lembranças, bastidores e audiovisual brasileiro será exibido na quinta-feira (14), às 16h20. Já no dia 18, às 12h40, uma palestra com as diretoras Marina Person e Djin Sganzerla põe em foco o protagonismo feminino no cinema no país.

Para encerrar a mostra, uma aula gratuita com o cineasta Sergio Silva resgata a memória do audiovisual no dia 1º de novembro, às 14h. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail mostrabettyfaria@gmail.com.

Serviço: Rua Primeiro de Março 66, Centro — 3808-2020. Dom, seg e qua, das 9h às 19h e qui a sáb, das 9h às 20h. De 12 de outubro a 1º de novembro. Grátis. Ingressos devem ser retirados pelo site eventim.com.br. Programação completa em ccbb.com.br/rio-de-janeiro/programacao/betty-faria-80-anos/


O Globo quarta, 13 de outubro de 2021

ELIMINATÓRIAS: SELEÇÃO BRASILEIRA DEVE GERF MUDANÇAS PARA O JOGO CONTRA O URUGUAI

Seleção brasileira deve ter mudanças para jogo contra o Uruguai

Destaque contra Venezuela e Colômbia, Raphinha pode aparecer na vaga de Gabigol no ataque
Raphinha deve ser titular contra o Uruguai Foto: Lucas Figueiredo/CBF / Lucas Figueiredo/CBF
Raphinha deve ser titular contra o Uruguai Foto: Lucas Figueiredo/CBF / Lucas Figueiredo/CBF
 

O Brasil deve ter alterações no time que vai iniciar a partida desta quinta-feira, às 21h30, contra o Uruguai na Arena Amazônia, em Manaus. No treino comandado nesta terça-feira, Tite esboçou um time com a entrada de Raphinha no lugar de Gabigol.

Além do atacante do Leeds, que se destacou nas duas partidas anteriores, contra Venezuela e Colômbia, Emerson Royal pode aparecer na lateral direita, no lugar de Danilo, e Lucas Verissimo treinou na vaga de Marquinhos na zaga. No gol, Éderson deve substituir Alisson.

O possivel time do Brasil contra o Uruguai: Éderson, Emerson Royal, Lucas Verissimo, Thiago Silva e Alex Sandro; Fabinho, Fred e Lucas Paquetá; Raphinha, Gabriel Jesus e Neymar.

O Brasil lidera as Eliminatórias sul-americanas com 28 pontos. O Uruguai está em quarto com 16.


O Globo terça, 12 de outubro de 2021

CRISTO REDENTOR: MISSA E LANÇAMENTO DE MEDALHAS E SELOS COMEMORATIVOS MARCAM CELEBRAÇÃO DOS 90 ANOS DO MONUMENTO

Missa e lançamentos de medalha e selos comemorativos marcam celebração dos 90 anos do Cristo Redentor

Cerimônia transferida para a Catedral Metropolitana, por causa do mau tempo, teve presença de autoridades
Dom Orani comanda a celebração na Catedral Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Dom Orani comanda a celebração na Catedral Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
 

RIO —  Transferida por causa da chuva, a missa de celebração aos 90 anos do Cristo saiu do alto do Corcovado e foi realizada na Catedral Metropolitana. A festividade teve presença de autoridades, como o prefeito Eduardo Paes, o governador Cláudio Castro, e o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

Segredos:Nove lendas e curiosidades sobre o Cristo Redentor
O primeiro ato foi o lançamento da Medalha Comemorativa dos 90 Anos do Cristo Redentor e do Bloco Postal Especial em Homenagem ao Monumento do Cristo Redentor. O conjunto de selos postais é composto por quatro obras originais do artista brasileiro Oskar Metsavaht.

Em seguida, iniciou se a Santa Missa, celebrada pelo arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta. Numa analogia entre a nebulosidade por vezes encontrada no Cristo e os períodos turbulentos no Rio e no país devido à Pandemia da Covid-19, Dom Orani afirmou que o momento é de um olhar de esperança e otimismo, em função da campanha de imunização.
—  Nós cariocas aprendemos a olhar para o Redentor muitas vezes coberto de nuvens, mas sabemos que a imagem está ali. Ainda estamos num momentode pandemia, mas com olhar de otimismo por causa da imunização. Assim, as nuvens tenebrosas do ano passado vão diminuindo.
O Arcebispo da cidade também destacou a vocação da cidade como acolhedora, em referência aos braços abertos do Cristo, num atributo que deve ajudar o país a enfrentar o momento de "polarização, rancor e ódio".

Faça o quiz:Teste seus conhecimentos sobre o Cristo Redentor
— A cidade tem o símbolo do Brasil, e isso nos traz muita responsabilidade em suscitar o que os braços abertos significam, uma cidade acolhedora e a cordialidade de seu povo. Nessa celebração de 90 anos, iremos nos comprometer a ajudar o Brasil, para que cada vez se acolha mais e construa mais pontes. Os braços abertos falam além de toda religião, ideologia, nacionalidade e línguas -—  discursou Dom Orani, que chegou a saudar o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante sua fala. —  Queremos dar nossa contribuição para construirmos um país, estado e município mais justos.


A presença do ministro Joaquim Leite ganhou relevância maior por causa do contexto recente, de rusgas entre o Ministério do Meio Ambiente, mais especificamente o ICMBio e a Arquidiocese do Rio. As duas partes travam uma disputa pelo aumento do controle sobre o Cristo. Enquanto o ICMBio é responsável pela Floresta da Tijuca, Paineiras e acessos ao corcovado, a Igreja cuida do Santuário e do monumento propriamente.
No final do ano passado, o Ministério do Meio Ambiente pediu a desocupação das antigas lojas do Cristo, para protesto dos lojistas, que alegam possuir acordos direto com a Arquidiocese, que defende ter a prerrogativa da ingerência sobre o assunto. Mas o governo federal realizou um chamamento público para seleção de novas operadoras das lojas, o que vem sendo questionado na justiça.

Livro:Perto dos 90 anos, Cristo Redentor ganha biografia
Outro capítulo do entrevero aconteceu em setembro, quando o Padre Omar, reitor do Cristo, foi barrado por fiscais do ICMBio enquanto tentava acessar o santuário para a realização de uma missa. A Arquidiocese registrou boletim de ocorrência após o caso.

— Venho aqui transmitir a mensagem do presidente da República, para trazer uma solução definitiva para a área do Santuário do Cristo. Com apoio da Mitra vamos achar essa solução — prometeu o ministro.

O prefeito Eduardo Paes destacou a importância do monumento não só para o Rio como para o país:

— O Cristo é uma bússola para a cidade. Como disse o Dom Orani, reprenta cordialidade do povo. Tem um simbolismo muito forte não só para o Rio como para o Brasil.

Para o governador Cláudiio Castro, o monumento é também um símbolo de fé:

— Cristo representa a fé e a resiliência que precisamos ter nesse momento de retomada e, se Deus quiser, de fim de pandemia. É um momento de esperança, reconstrução e de uma nova vida — destacou.


O Globo segunda, 11 de outubro de 2021

APARECIDA: SAIBA COMO FAZER UM PASSEIO VIRTUAL NO FERIADO DE 12 DE OUTUBRO

 

Saiba como fazer um passeio virtual por Aparecida no feriado de 12 de outubro

Plataforma de turismo digital terá tour guiado pela cidade, e site do santuário oferece imagens em 360° da Basílica
A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo Foto: Eduardo Carmim / Photo Premium / Agência O Globo
A Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, São Paulo Foto: Eduardo Carmim / Photo Premium / Agência O Globo
 

RIO - Excursões em ônibus, caravanas em carros, motos, cavalos e até a pé. Muitos são os jeitos de visitar Aparecida para participar dos eventos ligadas a Nossa Senhora em 12 de outubro, o dia da padroeira do Brasil. Mas, graças à tecnologia, a romaria agora pode ser também virtual.

Essa é a proposta do site Turismo Virtual no Brasil que fará um passeio on-line no feriado desta terça-feira, às 19h30min. O tour digital acontecerá através de uma videoconferência via aplicativo Zoom, e será apresentado pela guia de turismo Rosana Garcia, que mora e trabalha em Aparecida.

— Nesse passeio nós não vamos somente visitar o santuário de Nossa Senhora Aparecida, como também vamos conhecer a cidade. Vamos apresentar os melhores lugares para visitar, a gastronomia, a, claro, a história da basílica, que é muito ligada à cidade de Aparecida. Vamos falar sobre casos, histórias, curiosidades dos fiéis, as romarias que acontecem — explica a CEO da plataforma, Maria da Luz Cobo.

 
Missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), em 12 de outubro de 2020 Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
Missa na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP), em 12 de outubro de 2020 Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

Leia mais:conheça os roteiros virtuais criados por guias de turismo brasileiros espalhados pelo mundo

O ingresso do passeio virtual custa R$15 por pessoa e pode ser comprado através do site turismovirtualnobrasil.com.br. O pagamento pode ser feito via PIX ou transferência bancária. O tour dura uma hora e meia e usará recursos visuais, como fotos e vídeos, como apoio para as explicações da guia. Durante o percurso, a comunicação com a guia acontece via chat, mas no final há um momento para troca de impressões e dúvidas.

— É a primeira vez que estamos trazendo Aparecida na plataforma. Por ser um destino muito pedido pelo público, pensamos em proporcionar essa viagemde forma virtual e, quem sabe, até despertar a curiosidade e a vontade de conhecer de forma presencial no futuro — diz.

A Turismo Virtual no Brasil é uma entre tantas iniciativas surgidas durante a pandemia, enquanto guias de turismo buscavam uma alternativa de atuação durante a paralização das viagens. A plataforma foi criada há pouco mais de um ano e meio e foca em tours on-line por destinos brasileiros. Há outros serviços semelhantes, mas com propostas diferentes, como o  site Viajar de Casa, que conecta passageiros a guias espalhados por diversos países pelo mundo, ou o projeto Conexão Baré, que realiza visitas virtuais a aldeias indígenas na Amazônia também por meio de videoconferências.

 
 

Visita virtual ao santuário

Além do passeio guiado on-line, há mais caminhos para visitar Aparecida sem sair de casa. Um deles é o site a12.com/360, da administração do Santuário Nacional de Aparecida, que tem imagens em 360° de mais de 50 espaços, seja nos templos dedicados à santa, seja em outros atrativos da cidade.

É possível ver detalhes do santuário, como o nicho onde a imagem de Nossa Senhora é guardada dentro da Basílica, o altar central, as capelas, a Sala das Promessas, a Tribuna Bento XVI (visitada pelo então papa em 2007) e até o campanário.

Leia também:conheça monumentos religiosos no Brasil e no mundo sem sair de casa

Fora do santuário, dá para visitar locais marcantes, como a Basílica Histórica, o Memorial Redentorista, o Centro de Apoio ao Romeiro e o Porto Itaguaçu, o ponto do Rio Paraíba do Sul onde três pescadores encontraram a imagem de Nossa Senhora em 1717.

O site tem outros ambientes para quem quer participar da vida religiosa do Santuário Nacional de maneira virtual. É possível, por exemplo, rezar o terço, acender uma vela, ter acesso à liturgia diária, colocar uma intenção para as missas  e cessar a Bíblia de Aparecida on-line. E também acompanhar as celebrações do Altar Central e de outras duas capelas.


O Globo domingo, 10 de outubro de 2021

GASTRONOMIA: TORTA BASCA - APRENDA A FAZER

No Dia da Sobremesa, aprenda a fazer a torta basca, o doce da vez

Chef ensina receita que aprendeu na Espanha e, ao prepará-la no Rio, conquistou fãs como Claude Troisgros e Felipe Bronze
Torta basca da confeitaria Da Thábata Foto: Divulgação/Lipe Borges
Torta basca da confeitaria Da Thábata Foto: Divulgação/Lipe Borges
 

Parece um cheesecake, mas não é. Tendência gastrômica do ano _ não só no Brasil, mas em todo mundo, como noticiou o jornal The New York Times_ a torta basca é uma versão espanhola da sobremesa americana,  mas é mais cremosa, menos doce e sem a base de massa da prima famosa.  No Dia da Sobremesa, aprenta a receita compartilhada pela chef Thábata Tubino, que  conheceu o doce durante uma viagem à Espanha, onde é chamada de tarta de queso, e, ao prepará-lo no Rio, conquistou fãs como os chefs Claude Troisgros e Felipe Bronze

Receita de 'tarta' de queijo basca

por Thábata Tubino, criadora do Da Thábata
(12 fatias)

Da Thábata: a empreitada de Thábata Tubino vai virar loja no Shopping da Gávea Foto: Lipe Borges / Divulgação
Da Thábata: a empreitada de Thábata Tubino vai virar loja no Shopping da Gávea Foto: Lipe Borges / Divulgação



Ingredientes

1 kg de cream cheese em temperatura ambiente
6 ovos em temperatura ambiente
300 ml de creme de leite
350 g de açúcar
1 colher de sopa de farinha de trigo peneirada, ou amido para glúten free

Pré-aqueça o forno a 200ºC e forre uma assadeira grande (em torno dos 23 centímetros) com duas camadas de papel manteiga. Em uma tigela, bata o cream cheese até ficar cremoso. Coloque a batedeira em velocidade mínima e adicione aos poucos o creme de leite até que a mistura fique homogênea. Repita o mesmo procedimento com o açúcar. Adicione os ovos um a um, integrando bem cada unidade à massa. Por fim, coloque a colher de sopa de farinha (ou amido para a versão sem glúten) e misture. Asse por cerca de 55 minutos. Se após 40 minutos a torta estiver dourada o suficiente, cubra a assadeira com papel alumínio para que termine de assar sem queimar. Retire do forno e deixe esfriar fora da geladeira.

Dica: Coloque na geladeira de um dia para o outro! 

Em aulas gratuitas, chefs ensinam mais de 40 receitas: baixe o e-book do Rio Gastronomia


O Globo sábado, 09 de outubro de 2021

OS IRMÃOS DIEGO E DANIELE HYPÓLITO VÃO TRABALHAR NO CIRCO

Os irmãos Diego e Daniele Hypólito vão trabalhar no circo

Dos dois maiores ginastas brasileiros serão estrelas de espetáculo que estreia neste sábado (9) no Reder Circus, na Barra da Tijuca
Bicampeão mundial no solo, Diego Hypolito conquistou medalha de prata na Olimpíada de 2016, no Rio Foto: Reprodução / Instagram
Bicampeão mundial no solo, Diego Hypolito conquistou medalha de prata na Olimpíada de 2016, no Rio Foto: Reprodução / Instagram

— Minha performance vai se basear na minha parte de saltos na ginástica e tem também um lado artístico, que está sendo um grande desafio. Estou empolgado e ansioso, porque é algo muito novo para mim e terei que vencer minha timidez no palco — revela Diego.

Medalista olímpico (foi prata na Rio 2016) e bicampeão mundial de solo, o atleta diz que a estreia sob a lona vem em boa hora:

— O circo é para todos, e é muito importante conseguirmos levar felicidade ao público em meio a uma pandemia que trouxe tantas perdas.

 

Diego e Daniele, que é vice-campeã mundial no solo e dona de nove medalhas em Jogos Pan-americanos, se apresentam juntos.

Daniele Hypolito Foto: Pedro Kirilos / O Globo
Daniele Hypolito Foto: Pedro Kirilos / O Globo

— Estar no circo é voltar a ser criança, lembrar coisas boas da vida. Essa é minha primeira vez no picadeiro e estou bem animada para fazer algo junto com o meu irmão. Espero que o espetáculo seja mágico e leve esperança para as famílias — comemora Daniele.

Além do número dos ginastas, o espetáculo tem trapezistas, malabaristas, acrobatas, bailarinos, músicos e  uma nova atração chamada Globo da Vida, com oito motocicletas.  Um telão gigante e um picadeiro próximo ao público para uma maior interatividade completam o espetáculo, que é embalado por uma orquestra ao vivo.

— Eu sempre levei o circo para o teatro e, agora, eu faço o inverso. O circo é a mãe de todas as artes, é um lugar que permite um reencontro com nós mesmos, sem censuras. Nos faz perceber nosso percurso até aqui e nos leva a pensar no rumo da nossa prosa. Todo mundo sai do circo um pouco super-herói — acredita o produtor Frederico Rede,  criador e anfitrião do espetáculo e diretor teatral.

Serviço: Tivoli Park. Av. Ayrton Senna 3000, Barra. Sáb (9-10), dom (10-11) e ter (12-10), às 15h, 17h30 e 20h. Seg (11), às 20h.  Ingressos a partir de R$ 120 (inteira)  pelo site sympla.


O Globo sexta, 08 de outubro de 2021

GASTRONOMIA: CONHEÇA A SOBREMESA DA VEZ - TORTA BASCA INVADE A CIDADE

 

Conheça a sobremesa da vez: prima do cheesecake, torta basca invade a cidade

À moda espanhola, torta de queijo cremosa por dentro e queimadinha por fora vira hit e ganha novas variações
Bascafé: uma das variações em torno da receita oferecidas no Da Thábata Foto: Lipe Borges / Divulgação
Bascafé: uma das variações em torno da receita oferecidas no Da Thábata Foto: Lipe Borges / Divulgação
 

Deu no New York Times: o cheesecake basco é o sabor do ano. Apontada pelo jornal americano como uma das tendências gastronômicas de 2021, a versão espanhola do doce, também conhecida por lá como tarta de queso, ganhou popularidade nos anos 90 no bar de tapas La Viña, em San Sebastian. Mas só recentemente se espalhou pelo mundo e chegou com representantes à altura por aqui. Mais cremosa, menos doce e sem a base de biscoito de sua congênere americana, a torta de queijo basca tem laterais e topo tostados, quase caramelizados, resultado das altíssimas temperaturas do forno em que é assada. Também não leva a tradicional calda de frutas – mas pode ganhar outras coberturas.

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Na pandemia, a receita, preparada com cream cheese, nata, ovos, açúcar e pouquíssima (ou nenhuma) farinha, ganhou negócios especializados por aqui pelas mãos de chefs experientes ou doceiros de primeira viagem – caso da produtora de TV e teatro Thábata Tubino. Pioneira nessa onda em terras cariocas, ela resgatou as anotações de uma viagem à Espanha, onde provou a torta, para criar o Da Thábata. A receita típica, em novas versões e sabores, ganhou espaço também no cardápio de lojas e restaurantes consagrados. Pegando carona no Dia da Sobremesa, comemorado neste sábado, 9 de outubro, saiba onde provar essa delícia.

Ama Boleria
Bolos e brigadeiros são os carros-chefes do negócio capitaneado por Bianca Obadia, mais um surgido em tempos pandêmicos. A torta de queijo à moda ibérica foi criada para as festas de fim de ano, mas ganhou espaço fixo no cardápio.
- Queria uma cheesecake no meu cardápio, mas que fugisse do óbvio. Pesquisando, descobri essa maravilha! Corri atrás das receitas mais tradicionais e adaptei algumas coisas para minha versão. Depois que começamos a vender, foi um sucesso. Muitos não conhecem, mas depois que provam ficam apaixonados – conta a doceira, que manda junto com a torta uma geleia de morango caseira, para quem preferir acrescentar uma cobertura. Custa R$ 180,00, com 23 cm de diâmetro, e serve cerca de 15 fatias.
Encomendas (com 2 dias de antecedência): 97954-7921 (WhatsApp). No Instagram: @amaboleria


Basca.RJ: a receita já ganhou uma versão de tiramisù no negócio de encomendas do chef uruguaio Esteban Rovira Foto: Divulgação
Basca.RJ: a receita já ganhou uma versão de tiramisù no negócio de encomendas do chef uruguaio Esteban Rovira Foto: Divulgação

Basca.RJ
Como muita gente, o uruguaio Esteban Rovira, ex- subchefe do elegante Pérgula, no Copacabana Palace, teve que se reinventar durante a pandemia. Neto de catalães, morou na Espanha por cinco anos – três deles em Bilbao, no País Basco. Foi lá que teve contato com a torta, que ficou na sua memória afetiva.
- Nunca cheguei comer a original, do La Viña, mas morando lá provei várias outras. É uma sobremesa excepcional, muito popular no País Basco, e agora no resto do mundo – conta o chef.
Depois de testar diversas receitas, chegou ao ponto ideal: alta, fofinha e bem cremosa, com a crosta queimadinha, como um suflê. Lançada em maio, a Basca.RJ vende hoje aproximadamente 70 unidades por semana da torta, que sai a R$ 90,00. Usando a mesma técnica, Esteban acaba de criar uma nova versão, adaptando uma receita italiana: o tiramisù. A novata tem base de biscoito champanhe de café, é recheada de creme de mascarpone e coberta por cacau em pó. E não para por aí: sua próxima investida é uma variação com queijo da Canastra e noz-pecã caramelizada. Promete.

Encomendas: 98116-4460 (WhatsApp). No Instagram: @basca.rj

Receita de chocolate: atração no Da Thábata, que vai ganhar loja no Shopping da Gávea Foto: Catarina / Divulgação
Receita de chocolate: atração no Da Thábata, que vai ganhar loja no Shopping da Gávea Foto: Catarina / Divulgação

Da Thábata

Em uma viagem à Espanha em 2018, a produtora gaúcha ThábataTubino conheceu e se apaixonou pela receita, que trouxe na bagagem. Durante a pandemia, resolveu resgatar suas anotações para levar um pouquinho de afeto aos amigos em isolamento. Fez tanto sucesso que o hobby virou negócio: prestes a completar um ano, o Da Thábata conquistou fãs como os chefs Claude Troisgros e Felipe Bronze, que se encantaram pela iguaria, e inaugura no dia 29 uma loja no Shopping da Gávea. Ali, além da versão tradicional, que não leva farinha (R$ 89,00, a pequena com 15 cm, e R$ 185,00, a grande de 22 cm), serão vendidos também outros sabores, recém-criados: chocolate Callebaut ao leite (R$ 129,00 e R$ 229,00); trufada, com 70% cacau; e a bascafé, com extrato de café da casa (ambas a R$ 139,00 e R$ 239,00), além da opções sem açúcar ou lactose. Para quem quiser variar, Thábata criou também coberturas de caramelo salgado e goiabada rústica, vendidas em potinhos. Outra novidade exclusiva do espaço será a versão em sorvete, criada em parceria com a Vero Gelateria. Por enquanto, as entregas são feitas de quarta a sábado e os pedidos devem ser feitos até as 15h do dia anterior.

Encomendas: www.dathabata.com.br. No Instagram: @dathabata

No restaurante italiano Grado: preparada no forno a lenha Foto: Divulgação
No restaurante italiano Grado: preparada no forno a lenha Foto: Divulgação

Grado

Meio sem querer, o chef Nello Garaventa acabou entrando na onda. Preparado no forno a lenha do restaurante italiano, o cheesecake queimadinho por fora com miolo quase derretido entrou como opção no menu fixo (R$ 184,00, com entrada, prato e sobremesa) em junho do ano passado, a pedidos de sua mulher e sócia, Lara Atamian.
- Provei na Inglaterra e pirei. Acho básico e diferente ao mesmo tempo. Levamos um tempo tentando desenvolver aqui, sem seguir nenhuma receita, por tentativa e erro mesmo, até chegar ao ponto que a gente achava ideal – lembra Lara, que acabou mirando numa tendência. – Ainda falei pro Nello que ia ser o novo petit-gâteau – brinca.

Rua Visconde de Carandaí, 31, Jardim Botânico - 99435-8386. Ter. a sex., das 19h às 23h. Sáb., das 12h30 às 16h30 e das 19h às 23h. Dom., das 12h30 às 17h.

Kurt
Na tradicional confeitaria fundada há quase oito décadas pelo alemão Kurt Deichmann (1907-2000) e tocada por sua sobrinha, Evelyn, os clássicos doces e tortas de sua terra natal abrem espaço para essa criação espanhola, que acaba de chegar à vitrine. Preparada seguindo à risca a receita original, com a superfície tostadinha e textura aveludada, a torta basca (R$ 170,00, com 20 cm) é vendida diariamente na charmosa lojinha do Leblon também em fatia (R$ 19,00). Mas vale o aviso: é bom reservar, pois a produção é limitada e a procura está alta.
Rua General Urquiza, 117, loja B, Leblon – 2294-0599 e 2512-4943. Seg. a sex., das 8h às 19h. Sáb., das 9h às 18h.

Cheesecake basco com chutney de morango: dica de sobremesa no La Villa Foto: Divulgação
Cheesecake basco com chutney de morango: dica de sobremesa no La Villa Foto: Divulgação

La Villa
O restaurante de cozinha francesa também incorporou a receita do país vizinho no menu, servida como sobremesa com chutney de morango por cima (R$ 34,00). “Culpa” do sócio Gregoire Fortat, que quis evocar uma memória afetiva da infância.
- Minha família estava passeando em Biarritz, na costa basca francesa, e fomos para San Sebastian, do outro lado da fronteira, só para comer essa torta de queso – lembra.
Rua Álvaro Ramos, 408, Botafogo - 2542-2771. Ter., qua. e dom., do meio-dia às 16h. Qui. a sáb., do meio-dia às 23h.IFood.

Mäska
Com passagens pelos estrelados Noma, em Copenhague, e Eleven, em Lisboa, o chef Pedro Coronha está atento às tendências. Tanto que incluiu sua versão da sobremesa da moda no menu do recém-aberto restaurante de cozinha contemporânea com toques orientais.
- Durante muito tempo a torta clássica com massa embaixo foi a mais querida. A versão espanhola tem cremosidade por dentro e uma caramelização por fora que beira o queimado, sem o amargo – tanto que em inglês chamam de “burnt basque cheesecake”.
A maioria dos chefs passou a estudar a fórmula por essa obsessão pelo ponto. Por ser uma receita simples, mas ao mesmo tempo bem técnica, quis reproduzir da nossa maneira – explica o chef.
No Mäska, a basque cheesecake é servida com sorvete de framboesa, também feito na casa (R$ 29,00).

Rua Rua Joana Angélica, 159, Ipanema - 99997-0250. Dom. a ter., do meio-dia às 23h. Qua. a sáb., do meio-dia à meia-noite.

 


O Globo quinta, 07 de outubro de 2021

GASTRONOMIA: CASA DO PORCO É O 17° MELHOR RESTAURANTE DO MUNDO

A Casa do Porco é o 17º melhor restaurante do mundo

Espaço subiu 22 posições no ranking criado pela revista 'Restaurant'
Janaina ao lado do marido, o chef Jefferson Rueda Foto: Maria Vargas
Janaina ao lado do marido, o chef Jefferson Rueda Foto: Maria Vargas
 

A Casa do Porco, na capital paulista, é o 17º melhor restaurante do mundo, de acordo com o "The World's 50 Best Restaurants 2021", ranking criado pela revista britânica "Restaurant", considerado o Oscar da gastronomia mundial. O restaurante, dos sócios Jefferson e Janaína Rueda, é o único brasileiro na lista. Em 2019, o espaço tinha ficado na 39º posição. O restaurante dinamarquês Noma ocupa a primeira posição, mesma colocação que esteve em 2010, 2011, 2012 e 2014. A cerimônia aconteceu na Antuérpia, Bélgica, nessa terça-feira.

"Muito felizes e emocionada. A ficha ainda não caiu. Fico mais feliz ainda que o reconhecimento da Casa do Porco veio primeiro do Brasil, desde o primeiro dia tivemos público e apoio dos brasileiros. Um reconhecimento interno. Sempre fomos muito divulgados dentro do nosso país. Esse prêmio é para todos nós. A cozinha do nosso país está entre as coisas que temos de melhor. E que nos próximos anos possamos ter mais brasileiros na lista mundial também", diz Janaína.

A publicação descreveu o menu do espaço como "uma celebração do porco em inúmeras formas".

Confira a lista completa do 50 Best:

1 - Noma em Copenhague, Dinamarca
2 - Geranium em Copenhague, Dinamarca
3 - Asador Etxebarri em Atxondo, Espanha
4 - Central em Lima, Peru
5 - Disfrutar em Barcelona, Espanha
6 - Frantzén em Estocolmo, Suécia
7 - Maido em Lima, Peru
8 - Odette em Singapura
9 - Pujol na Cidade do México, México
10 - The Chairman em Hong Kong, China
11 - Den em Tóquio, Japão
12 - Steirereck em Viena, Áustria
13 - Don Julio em Buenos Aires, Argentina
14 - Mugaritz em San Sebastian, Espanha
15 - Lido 84 em Gardone Riviera, Itália
16 - Elkano em Getaria, Espanha
17 - A Casa do Porco em São Paulo, Brasil
18 - Piazza Duomo em Alba, Itália
19 - Narisawa em Tóquio, Japão
20 - Diverxo em Madri, Espanha
21 - Hiša Franko em Kobarid, Eslovênia
22 - Cosme em Nova York, EUA
23 - Arpège em Paris, França
24 - Septime em Paris, França
25 - White Rabbit em Moscou, Ríssia
26 - Le Calandre em Rubano, Itália
27 - Quintonil na Cidade do México, México
28 - Benu em São Francisco, EUA
29 - Reale em Castel di Sangro, Itália
30 - Twins Garden em Moscou, Rússia
31 - Restaurant Tim Raue em Berlim, Alemanha
32 - The Clove Club em Londres, Reino Unido
33 - Lyle's em Londres, Reino Unido
34 - Burnt Ends em Singapura
35 - Ultraviolet by Paul Pairet em Xangai, China
36 - Hof Van Cleve em Kruishoutem, Bélgica
37 - SingleThread em Healdsburg, EUA
38 - Boragó em Santiago, Chile
39 - Florilège em Tóquio, Japão
40 - Sühring em Bangkok, Tailândia
41 - Alléno Paris au Pavillon Ledoyen em Paris, França
42 - Belcanto em Lisboa, Portugal
43 - Atomix em Nova York, EUA
44 - Le Bernardin em Nova York, EUA
45 - Nobelhart & Schmutzig em Berlim, Alemanha
46 - Leo em Bogotá, Colômbia
47 - Maaemo em Oslo, Noruega
48 - Atelier Crenn em São Francisco, EUA
49 - Azurmendi em Larrabetzu, Espanha
50 - Wolfgat em Paternoster, África do Sul

 
Janaina ao lado do marido, o chef Jefferson Rueda Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
Janaina ao lado do marido, o chef Jefferson Rueda Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

 

Janaína Rueda nasceu num cortiço no Brás

Paulistana nascida num cortiço no Brás, Janaína precisou ser fera para, ainda menina, se virar na selva do centro paulistano. Adolescente, ganhava dinheiro como ambulante, vendendo iogurte batido com frutas e beirute recheado de salpicão de frango. Depois, fez de tudo um pouco, de hostess de balada a vendedora de bijuteria e corretora de terrenos no interior paulista (seu Fusca era o escritório).

Trabalhava com marketing de bebidas quando conheceu o chef Jefferson Rueda, com quem se casou. E não recolheu as garras: cercada por cozinheiros profissionais por todos os lados, não se deixou intimidar e apostou no próprio tempero ao abrir, em 2008, o Bar da Dona Onça, que passou a congestionar a calçada do icônico Edifício Copan, de Oscar Niemeyer, no Centro de São Paulo.

Sucesso de pratos como feijoada com tartar de banana e galinhada com gema curada fez mais do que garantir o lugar de Janaina entre os chefs paulistanos. O Bar da Dona Onça foi o primeiro passo para ela se tornar uma espécie de embaixadora da cidade e, depois, da gastronomia brasileira. Com o marido, construiu um pequeno império que se restringe a uma área de poucos quarteirões na região da República, mas tem repercussão dentro e fora do país. O casal tem ainda A Casa do Porco e o Hot Pork, de cachorro-quente, e a Sorveteria do Centro.


O Globo quarta, 06 de outubro de 2021

GASTRONOMIA: PIZZA PARA TODOS OS GOSTOS - CRESCIMENTO DO DELIVERY INSPIRA NOVAS RECEITAS

 

Pizza para todos os gostos: crescimento do delivery inspira novas receitas

Campeãs absolutas de entregas em tempos de pandemia, as redondas multiplicam-se por novos negócios e cardápios com receitas inventivas
Oggi Pizza Napoletana: uma das sugestões da casa é a receita de burrata, pesto, rúcula e tomatinhos Foto: Divulgação
Oggi Pizza Napoletana: uma das sugestões da casa é a receita de burrata, pesto, rúcula e tomatinhos Foto: Divulgação
 

Difícil achar comida mais “comfort” que a boa e velha pizza – líder nos pedidos de delivery em tempos de pandemia. Mas ninguém precisa cair na mesmice: no último ano, novos negócios entraram em cena, com pedidas para todos os gostos. Há empreitadas dedicadas exclusivamente a entregas e outras em pontos fixos. De estilo napolitano, com muito molho de tomate fresco e azeite, ou inspiradas nas versões nova-iorquinas, de massa fina, para comer com as mãos, combinações fora do lugar comum e receitas consagradas ganharam o topo das redondas – ou quadradas, em alguns casos. Veganos não ficam de fora e, entre as tendências mais recentes, ganharam espaço os preparos de fermentação natural. Não à toa, padarias artesanais são responsáveis por algumas das melhores dicas da cidade.
- É uma evolução natural do pão, mas com a pizza você pode brincar mais – diz Guilardo Rocha, que deu uma pausa na sua panificação, a Pedra e Oliva, para se dedicar à Locale, recém-aberta em Copa.
Há mais novidades saindo do forno – literalmente. À frente da Artesanos Bakery, que este mês ganha nova unidade no Recreio, o padeiro Ricardo Rocha se certificou como pizzaiolo napolitano e trouxe da Itália um forno a lenha feito à mão para fabricar a autêntica pizza servida por lá, com insumos italianos e certificado da Associazione Verace Pizza Napoletana (AVPN).



O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.

ESCOLHA A SUA PIZZA!

SÓ DELIVERY:

Ramiro. Novidade em Copa, a pizza do chef Bruno Magalhães (Botero, Liga dos Botecos) foi pensada para chegar em casa sem perder a textura ou a temperatura. Bordas gordinhas chamuscadas, como manda a tradição napolitana, podem (e devem) ser mergulhadas no molho de burrata e manjericão, servido à parte. As receitas do pizzaiolo Agaciano Rodrigues (ex Bráz e Capricciosa) chegam em sabores clássicos, diferentões e veganos, em quatro tamanhos, do pequeno (25 cm) ao giga (40 cm).
Prove: a Croque monsieur, com molho de tomate, mussarela, presunto, requeijão, mostarda Dijon e parmesão (R$ 49,90 a R$ 79,90). Dica doce, a banofee, com mousse de cream cheese, banana e doce de leite com flor de sal custa R$ 39,90 (a pequena).
Tel - 99409-1972. Ifood e próprio.

Bastarda. O chef Pedro de Artagão (à frente de negócios como Irajá, Boteco Rainha e Azur) levou seis meses para chegar no ponto ideal das redondas de sua nova empreitada, à moda das oferecidas em Nova York, fininhas e crocantes por baixo.
Prove: Picada de abelha, com calabresa defumada, cebola-roxa, pimenta dedo-de-moça chamuscada e mel sobre molho de tomate e mussarela (R$ 55,00, com 30 cm, e R$ 75,00, 40 cm).
Pedidos pelo Instagram @bastardapizza ou Rappi.

Sardella: novidade no cardápio da Pizzaria do Bairro, em Laranjeiras Foto: Divulgação
Sardella: novidade no cardápio da Pizzaria do Bairro, em Laranjeiras Foto: Divulgação

Pizzaria do Bairro: Redondas sem firulas, de sabor caseiro, fininhas e bem crocantes (quase um biscoito), a preços camaradas, no tamanho único de 35 cm. Chegou a Laranjeiras há pouco, mas a ideia é espalhar por outros bairros. Este mês entram em cena novos sabores.
Prove: Margherita clássica (R$ 44,00) e, em breve, sardella, com pasta de pimentões e aliche, mussarela de búfala, tomatinhos, azeitona roxa, azeite de alho e manjericão (R$ 52,00).
Tel - 2551-1000. Delivery próprio.

PARA CONHECER:

Locale: o negócio, surgido como delivery, ganhou um ponto em Copacabana Foto: Diagramação
Locale: o negócio, surgido como delivery, ganhou um ponto em Copacabana Foto: Diagramação

Locale. Depois de alguns meses só no delivery, o pequeno ponto abriu as portas no mês passado em Copacabana, onde funcionou a Amarena Gelateria, da família de um dos sócios.. Não há pressa: com trigo moído na hora, malte e melado, as massas de longa fermentação levam até 72h no preparo e são montadas com insumos de pequenos produtores. As receitas, de tamanho individual, são inspiradas na cultura italiana e ganham a companhia de uma novidade mensal. Servidas de sexta a domingo, tanto na casa quanto para entrega, podem ser encomendadas em qualquer dia.
Prove: Parmigiana, com berinjela grelhada e defumada em pasta, molho de tomate da casa, queijo cacciocavallo, parmesão e manjericão (R$ 42,00).
Rua Barata Ribeiro, 516, Copacabana. 99244-8100 (WhatsApp). Sex a dom, 18h às 22h. Delivery próprio.

Gero Panini. Instalada no casarão onde funcionou por anos o Gero, em Ipanema, essa versão mais casual do grupo Fasano oferece bons sanduíches e pizzas à moda napolitana, preparadas em forno a lenha em tamanho e sabores recém-chegados ao cardápio.
Prove: Salsiccia e friarielli, com muçarela de búfala, passata de tomate, linguiça de lombo e brócolis italiano (R$ 58,00), receita típica de Nápoles.
Rua Aníbal de Mendonça, 157, Ipanema. Tel. – 2239-8158. Seg a qui, do meio-dia às 15h e das 19h à meia-noite. Sex, do meio-dia às 15h e das 19h à meia-noite. Sáb, do meio-dia à meia-noite. Dom, do meio-dia às 23h.

Oggi Pizza Napoletana. O atraente espaço aberto há menos de um ano no Leblon entrega ótimas redondas de massa fininha e macia e borda alta, preparadas com farinha italiana no forno a lenha em receitas criativas. Tamanho individual.
Prove: Gaetano manfredi, feliz combinação de molho de tomate, mussarela, batatinhas assadas, pancetta, tomate-cereja, alho confitado, ervas e vinho tinto (R$ 48,90, individual), e a receita de burrata inteira, coberta por pesto, rúcula e tomatinhos assados (R$ 56,90).
Rua Aristides Espínola, 101, Leblon. Ter a dom, a partir das 18h. Ifood e Rappi.

A clássica versão de calabresa: sucesso na rede Suburbanos Foto: Tomás Rangel / Divulgação
A clássica versão de calabresa: sucesso na rede Suburbanos Foto: Tomás Rangel / Divulgação

Suburbanos. Criada no Recreio por dois primos em 2019, a marca já ganhou dez lojas híbridas, com balcão e salões pequeninos e delivery forte – Grajaú e Taquara foram inauguradas há menos de um mês. Decoração e receitas seguem o estilo nova-iorquino, com massa fofa e coberturas generosas.
Prove: Bacon com cream cheese e alho-poró, sobre molho de tomate e mussarela (R$ 79,90, com 10 pedaços).
Rua Teodoro da Silva, 335, Grajaú (mais 9 endereços). Tel - 2421-7000. Dom a seg, meia-noite às 4h30 e 17h às 23h59. Ter 17h às 23h59. App próprio e site www.suburbanos.com.br.

VEGANAS

Santa Pizza. Após 5 anos em Santa Teresa, as famosas pizzas desceram a ladeira e se instalaram há três meses em um casarão em Laranjeiras, que passou a oferecer também releituras interessantes de pratos clássicos no almoço, além de salgados. Entre as redondas, a novidade é a pizza vegana, de massa fininha aberta na mão e queijo sem ingredientes de origem animal, à base de polvilho, leite de coco e cevada, com diversas coberturas.
Prove: a de abobrinha, que leva ainda um ingrediente secreto, ou a de brócolis com alho torrado (R$ 63,00 a média, com 35 cm, e R$ R$ 73,00 a grande, 40 cm).
Rua Ipiranga, 67, Laranjeiras. Tel - 3971-0244 e 98949-9138 (WhatsApp). Ter a sex, 18h às 23h. Sáb. e dom. 13h às 16h e 18h às 23h. Delivery só à noite.

Vegane. As massas de longa fermentação ou integrais, com borda modelada à mão, preparadas com ingredientes de origem 100% vegetal, aportaram no último semestre em Copa. Queijos, bacon e ovo ganham versões à base de plantas.
Prove: a que leva o nome da casa, com mussarela de castanha de caju, presunto defumado vegetal, palmito, cogumelo-de-paris marinado e orégano (R$ 75,00, 35 cm).
Rua Miguel Lemos, 99, Copacabana. 97429-0440. Ter a qui e dom, 18h às 22h30. Sex e sáb, 18h às 23h30. Delivery próprio.

DA PADARIA:

Cobertura de pastrami: sugestão na Alvéole, no Shopping Downtown Foto: Diagramação
Cobertura de pastrami: sugestão na Alvéole, no Shopping Downtown Foto: Diagramação

Alvéole. Antes servidas a cada 15 dias, as pizzas de fermentação natural ganharam lugar fixo no cardápio diário, ao lado dos pães. Criações doces acabam de entrar em cartaz.
Prove: Carmelita, com lascas de chocolate branco, avelãs e caramelo salgado (R$ 38,00, pequena).
Shopping Downtown, bloco 9, loja 102, Barra. Tel - 97246-2185. App próprio.

Sova. No charmoso ponto, que começou com vendas por encomenda e em feiras, entram em cena a partir das 17h deliciosos discos de 26 cm de fermentação natural, também vendidos congelados.
Prove: Choripan, linguiça artesanal de pernil e molho chimichurri (R$ 38,00).
Rua Xavier da Silveira, 34, Copacabana. 2147-7158. Ter a qui, 8h às 22h. Sex e sáb. 8h às 23h. Dom 8h às 13h. App próprio e Ifood.

Bicho Pão. De quarta a sábado, a partir das 15h, o baiano Cassio Vieira inclui nas fornadas as saborosas pizzas al taglio, cortadas em pedaços retangulares.
Prove: Marguerita com pesto de basilicão (R$ 14,90).
Rua Andrade Pertence 33, Catete. Tel - 3497-3695 e 98005-5689. Ter a qui, 14h às 20h. Sáb. 9h às 19h. Dom. 9h às 13h. Ifood.


O Globo terça, 05 de outubro de 2021

OUTUBRO ROSA: AS MULHERES QUE FIZERAM DO LAÇO DE FITA O SÍMBOLO DO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA

 

Outubro Rosa: As mulheres que fizeram do laço de fita o símbolo do combate ao câncer de mama

 

Outubro Rosa: O laço de fita que se tornou símbolo do combate ao câncer de mama

 

 

Penelope Laingen era mulher de um alto diplomata que estave entre os 52 americanos mantidos reféns no Irã por radicais muçulmanos durante 444 dias, entre 1979 e 1981, após a Revolução Islâmica. Em meio à angústia que se espalhou pelos Estados Unidos naquela crise, ela decidiu manifestar sua esperança prendendo uma fita amarela em torno do carvalho diante de sua casa, em Bethesda, no estado de Maryland. Então aos 48 anos, Penelope tinha criado o grupo de apoio às famílias dos reféns e começou a promover, durante entrevistas, o laço de fita amarelo como ícone do sentimento de uma nação que queria a libertação dos raptados. Não demorou até que o símbolo se espalhasse pelo país.

Alerta: Câncer de mama se tornou forma mais comum da doença no mundo

Penelope fora Inspirada pela música "Tie a yellow ribbon 'round the ole oak tree" (prenda uma fita amarela em volta do velho carvalho). Gravada em 1973 por Toni Orlando and Dawn, a canção foi escrita do ponto de vista de um presidiário que, ao fim de sua pena, pediu à amada para usar a fita como o sinal de que ela o aceitaria de volta. A ideia teria origem no século XIX, quando muitas mulheres, supostamente, usavam laços amarelos no cabelo enquanto seus maridos lutavam na Guerra Civil Americana (1861 - 1865). A mulher do diplomata sequestrado, no entanto, não imaginava que seu gesto inspiraria, no futuro próximo, outras campanhas de conscientização sobre temas como o câncer de mama e a Aids.

 

Penelope Laingen: Fita amarela para pedir liberdade do marido durante crise dos reféns no Irã

 

 

Na década de 80, não havia campanhas sobre câncer de mama, e a doença era cercada de tabus e estigmas. Foi quando Charlotte Haley, moradora de Simi Valley, Los Angeles, decidiu mudar isso. Sua irmã mais velha e sua filha sofriam de câncer de mama. Ela começou um movimento local, reivindicando mais investimentos em pesquisa e promovendo autoexame e testes de imagem. Como símbolo, criou um pequeno laço de fita pêssego, sua cor favorita, para as pessoas prenderem junto à lapela. A ideia era que outras pessoas perguntassem: "Por que você está usando essa fita?". Assim, o assunto ganharia circulação. Charlotte distribuía o lacinho em cartões onde se lia: "Fita de conscientização do câncer de mama: Junte-se a esse movimento. Ajude-nos a acordar os legisladores e a América usando essa fita".

Câncer de mama: Remédios e vida saudável podem reduzir risco da doença

Em 1991, as fitas vermelhas simbolizando a conscientização sobre a Aids ganhavam fama nacional, impulsionadas por um coletivo de artistas de Nova York chamado Visual Aids. Aquele sucesso motivou Charlotte a turbinar seu lacinho cor-de-pêssego. Com ajuda da família, ela confeccionou e enviou cartões com fitas pelo correio para cerca de 40 mil destinatários. Até que um dia o telefone em sua casa tocou. Era Alexandra Penney, editora da "Self Magazine", revista de grande circulação nos EUA, que queria usar o ícone numa campanha nacional contra o câncer de mama. Temendo ver sua ideia associada a uma empreitada comercial, a moradora do subúrbio de Los Angeles disse "não". Mas isso não impediu os planos da revista.

 

Outubro Rosa: Charlotte Haley e o cartão que ela enviava com a fita cor-de-pêssego

 

 

Alexandra Penney assumira a publicação após a morte de Phyllis Starr, fundadora da revista, vítima do câncer de mama. Decidida a homenagear sua antecessora, e sabendo que a doença causava sofrimento por todo o mundo, a editora não desistiria. Só precisava de uma fita diferente para sua campanha. Foi assim que o símbolo com a cor atual chegou ao grande público.

Encontro O GLOBO: Rede de apoio para pacientes é fundamental

Em 1991, fitas cor-de-rosa foram distribuídas durante a Komen New York City Race For The Cure, corrida de rua anual promovida, em outubro, pela Susan G. Komen for the Cure, uma grande organização de combate ao câncer de mama nos Estados Unidos. Porém, os souvernirs eram um detalhe naquele evento, que acontece até hoje. Foi o modelo criado pela "Self Magazine" que realmente ganhou o país todo com a publicação da edição especial da revista dedicada ao câncer de mama, em outubro de 1992. Penney conseguira a adesão de grandes empresas da indústria dos cosméticos para distribuir exemplares da revista juntamente com as fitas cor-de-rosa nos balcões de suas lojas. Foi sucesso instantâneo.

"Tenho certeza de que vocês todos já viram a fita vermelha simbolizando a conscientização sobre a Aids em muitas lapelas. Agora, existe a fita cor-de-rosa para a conscientização sobre o câncer de mama", escreveu a editora naquela edição histórica da revista.

 

Outubro Rosa: Alexandra Penney lançou a campanha do laço rosa em 1992

 Hoje, o laço cor-de-rosa é um símbolo conhecido globalmente, que pode ser visto adornando de peças de roupas a grandes campanhas publicitárias de conscientização ao longo do ano todo, mas, principalmente, em outubro. Por isso, chamamos este mês de outubro rosa. Empresas de diversas áreas, publicações e organizações de saúde como o Instituto Nacional do Câncer (Inca) recorrem a esse ícone para chamar atenção para o câncer de mama, divulgando pesquisas sobre o assunto, exortando mulheres a fazer o autoexame e a marcar exames de imagem periódicos para diagnosticar a doença ainda em seu estágio inicial, quando é muito mais fácil combatê-la.

De acordo com especialistas, a pandemia de Covid-19 levou a uma redução grave no número de mulheres procurando unidades de saúde para fazer exames. Por isso, este mês, a Sociedade Brasileira de Mastologia lançou a campanha "Quanto antes, melhor", que reforça a necessidade de um estilo de vida saudável, para afastar os riscos da doença, e a importância da realização de exames periódicos, com o objetivo de identificar a eventual formação de um tumor em seu estágio inicial. No Brasil, mais de 30% dos diagnósticos acontecem em estágio avançado, o que torna o tratamento muito mais complicado.


O Globo segunda, 04 de outubro de 2021

BRASILEIRÃO - APÓS VITÓRIA, VASCO AUMENTA CHANCES MATEMÁTICAS DE ACESSO À SÉRIE A

Após vitória, Vasco aumenta chances matemáticas de acesso à Série A

Antes da rodada, time tinha 9%, agora aparece com 14,4%, segundo o Departamento de Matemática da UFMG
Torcida do Vasco no Estádio Batistão, em Aracaju, apoiou o time na vitória sobre o Confiança Foto: Rafael Ribeiro/Vasco / Agência O Globo
Torcida do Vasco no Estádio Batistão, em Aracaju, apoiou o time na vitória sobre o Confiança Foto: Rafael Ribeiro/Vasco / Agência O Globo
 

Basta olha para a tabela da Série B para entender a vibração dos jogadores e da torcida do Vasco após a vitória por 2 a 1 sobre o Confiança, neste domingo. O time precisa tirar cinco pontos de diferença para o bloco formado por Botafogo, Goiás e CRB, todos com 48 pontos, que figuram em 3º, 4º e 5º lugares, respectivamente. A equipe também pegou o elevador nos cálculos matemáticos.

Bola de cristal: Ferramenta do GLOBO mostra chances de título, risco de queda e outros dados do seu time

Antes da 28ª rodada, o Vasco tinha 9,1% de chances de subir para a Série A. Agora, são 14,4%. Ainda bem longe dos adversários logo à frente. O CRB, por exemplo, tem 55,4%; o Goiás, 61,8%; e o Botafogo, 66,4%, segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

É um longo caminho a percorrer, mas o time de Diniz terá 10 jogos para tirar a diferença e manter a boa sequência: três vitórias consecutivas. O grupo está confiante.

— Desde que o Diniz chegou, a gente só fala no acesso. Vamos subir porque estamos com um jogo qualificado e conseguimos regularidade. A gente sempre ganhava uma ou duas, mas agora embalou. Se Deus quiser vai ser só vitória – disse o meio-campo Gabriel Pec, o melhor do Vasco na vitória deste domingo.


O Globo domingo, 03 de outubro de 2021

ALEXANDRE BORGES FALA DA CARREIRA E DO FILHO COM JULIA LEMMERTZ

Alexandre Borges fala da carreira e do filho com Julia Lemmertz

ANNA LUIZA SANTIAGO

 
 
 
Alexandre Borges (Foto: Reprodução)
Alexandre Borges (Foto: Reprodução)

 

"Ti-ti-ti", um dos maiores sucessos da carreira de Alexandre Borges, está na reta final do Vale a Pena Ver de Novo, na Globo. Desde o início da pandemia, o ator teve a oportunidade de rever vários outros personagens marcantes, em "Avenida Brasil""Laços de família" e "Haja coração". Ele costumava assistir a cenas ao lado da mãe, Rosa Linda Maria Borges, que morreu no mês passado.

- Eu tenho muita gratidão. Olha com quanta gente já trabalhei. Atores maravilhosos. A vida foi bastante generosa comigo. Fiz praticamente uma novela a cada ano. Tem coisa pela frente ainda. Quero me dedicar ao teatro e à poesia (ele tem feito leituras, principalmente em comunidades do Rio e de São Paulo, e participado de ações para doação de cestas básicas). E vou começar a cantar também, né? Quem sabe fazer uma rifa de alguns CDs e trocar por cesta básica? - brinca.

Alexandre se refere à repercussão de sua participação como cantor no "The masked singer Brasil", em que interpretou a Onça Pintada. Após ser eliminado, ele contou no "Encontro com Fátima Bernardes" que a mãe foi a única a saber o segredo. Nem mesmo o filho, o rapper Miguel (ele assina Migué), de 21 anos, teve conhecimento:

- Eu não contei. Depois, ele me elogiou. Disse: "Pô, pai, arrasou". Somos muito amigos. Hoje em dia, ele tem uma agenda lotada. A gente tem que ficar no pé (para encontrar). Mas eu entendo. Ele está em busca das coisas dele, dos sonhos dele, da independência. Um dia li uma coisa que me deu um insight, um conto zen. Ele diz que os pais são o arco e os filhos, a flecha. Você tem que ser um arco firme, que vai esticando, dando impulso. Aí Deus, a vida solta flecha. Ela vai para o futuro, para a frente. O arco já serviu para o que tinha que ser feito. A gente já teve a fase de ficar grudado. Dá uma saudade, né? Daquele bebê, daquela criança. Mas a vida é assim. A flecha tem que ir para frente. Eu vou estar sempre aqui.

Miguel é filho de Alexandre com a atriz Julia Lemmertz, com quem foi casado por 22 anos. Ele agora está solteiro:

- Estou em busca. Cadê meu amor? Eu ando na rua, na academia... Em algum lugar ela está. É gostoso ter uma parceira, alguém com quem dividir as coisas. Lógico que, depois de um casamento tão longo, não sei como vai ser. Morar junto, casar mesmo... Depende muito. Quando você se apaixona, já era. A razão vai para o ralo. A pessoa diz: "Nunca mais vou casar". Aí vira a esquina, o cupido dá uma flechada certeira e tudo vai por água abaixo. O ser humano sempre busca o amor, não só o romântico, mas o fraternal, por si próprio... É o que nos move.

Uma das pesquisas mais recorrentes no Google sobre Alexandre Borges diz respeito à sua idade. Ao saber dessa informação, o ator, de 55 anos, se diverte:

- Acho que as pessoas pensam: "Vamos ver a idade que esse coroa tem". Espero que falem: "Nossa, está enxuto". Me sinto cheio de vitalidade, garra, força de vontade e paixão. Acho que é por trabalhar com arte, algo tão dinâmico e imprevisível. Você nunca tem certeza de nada. Só o público vai te dar certeza se o trabalho pegou ou não. Acho que, como a gente sempre começa tudo de novo, isso me traz uma vitalidade. 

Alexandre Borges é pai de Miguel, de 21 anos (Foto: Reprodução)
Alexandre Borges é pai de Miguel, de 21 anos (Foto: Reprodução)

O Globo sábado, 02 de outubro de 2021

SOMOS MARSHALL: A TRAGÉDIA DE AVIÃO QUE MATOU UM TIME DE FUTEBOL AMERICANO, EM 1970

'Somos Marshall': A tragédia de avião que matou um time de futebol americano, em 1970

 

Universidade Marshall: O time de futebol americano que sofreu tragédia em 1970

 

 

Os treinadores de futebol americano Red Dawson e Gail Parker conversavam com tranquilidade enquanto compravam amendoim cozido numa lanchonete de beira de estrada, na área rural da Virginia Ocidental, nos EUA, quando receberam uma notícia devastadora. O voo 932 da Southern Airways, que levava jogadores, comissão técnica e dezenas de torcedores do time da Universidade Marshall havia caído quando começava a se aproximar do aeroporto, matando todas as 75 pessoas a bordo.

 Era novembro de 1970. A equipe voltava de um jogo na Carolina do Norte, quando a tragédia aconteceu. Dawson e Parker faziam parte da comissão técnica e também tinham ido à partida, mas voltavam para casa de carro. Eles ficaram em choque. Foi o pior desastre já ocorrido com um time esportivo americano até hoje. Algo semelhante à queda do voo da Chapecoense, na Colômbia, em 2016.

O avião tinha 37 jogadores do Marshall University Thundering Herd, oito membros da equipe técnica e 25 torcedores, além de cinco tripulantes. O time retornava após sofrer uma derrota por 17 a 14 para o East Virginia Pirates, em Greenville. O elenco não costumava viajar de avião, já que a maioria dos jogos fora de casa ocorria a distâncias que podiam ser percorridas de ônibus. A universidade quase abriu mão daquele voo também, mas, no fim das contas, decidiu fretar o Douglas DC-9-30, com dois motores, da Southern Airways, para ir a Greenville.

 

Somos Marshall: Os destroços do avião após queda do time da universidade, em 1970

 

 A tragédia aconteceu na aterrissagem, às 7h36 do dia 14 de novembro de 1970. A aeronave se chocou com árvores numa colina perto do Tri-State Airport, na Virginia Ocidental, e explodiu em chamas. Uma investigação sobre o caso concluiu, no ano seguinte, que o desastre fora causado por um misto de condições meteorológicas ruins, falha humana e problemas técnicos no sistema de altimetria.

A catástrofe gerou comoção nacional e devastou a população na cidade de Huntington, onde fica a universidade, e em seus arredores. Setenta crianças perderam ao menos um dos pais no acidente. O reitor da instituição cogitou cancelar o programa de futebol americano, mas foi convencido a mantê-lo por técnicos, estudantes e torcedores do time. Nas semanas seguintes, uma força tarefa conseguiu montar um novo elenco com jogadores da divisão júnior e até mesmo com atletas de outros esportes, solidários ao luto na comunidade. 

A equipe formada, batizada de Young Thundering Heard, viveu momentos de glória enquanto carregava para todos os jogos o sentimento de que representavam as vítimas da tragédia. Mas o time perdeu mais jogos do que venceu na temporada de 1971. Aquele, porém, era o início de uma recuperação que começou a se consolidar em 1984, quando o Thundering Heard teve sua primeira temporada vitoriosa. Nos anos 90, o time conquistou títulos importantes no circuito universitário, incluindo dois campeonatos nacionais, em 1992 e 1996, este último sem perder nenhum jogo.

Lançado em 2000, o documentário "Ashes do glory" remonta a tragédia de 1970 e narra o recomeço e a superação do time. A produção recebeu um Emmy de melhor documentário esportivo. Em 2006, veio a público o filme "Somos Marshall", inspirado na mesma trajetória de recuperação da equipe, com Matthew McConaughey na pele do treinador Jack Lengyel e Mathew Fox interpretando o técnico William Red Dawson. O longa é exibido nesta sexta-feira, na "Sessão da tarde".


O Globo sexta, 01 de outubro de 2021

DIA DO VEGETARIANISMO: CONHEÇA DEZ CARDÁPIOS IMPERDÍVEIS

Dia do vegetarianismo: conheça dez cardápios imperdíveis

Do árabe ao hambúrguer, do petisco ao japonês, passando por alta gastronomia, descubra o melhor da cozinha vegetariana na cidade
Trio de tarteletes: pedida para a sobremesa no .Org Foto: Tomás Rangel / Divulgação
Trio de tarteletes: pedida para a sobremesa no .Org Foto: Tomás Rangel / Divulgação
 

O vegetarianismo é um regime alimentar que exclui os produtos de origem animal. Há quem, em graus variados, adote este caminho por questões éticas, de proteção aos animais, de saúde, de respeito ao meio ambiente e até de boa convivência em sociedade – sim, aqueles boizinhos no pasto provocam muito desperdício, mas essa é outra história. Tudo bem, muito justo, mas também é possível abraçar a prática porque a melhor gastronomia avança nesse sentido a cada dia. Boa prova desta tendência é a variedade de saborosas sugestões que se encontram nos cardápios da cidade hoje, 1º de outubro, quando se celebra o Dia Mundial do Vegetarianismo. Experimente!



Amir
No tradicional árabe da Praça do Lido, em Copacabana, uma pedida para dividir é o vegetariano Amir (R$ 68), reunião de babaganouch (pasta de berinjela) ou homus (pasta de grão-de-bico), salada fatouch, berinjela frita, duas unidades de faláfel, duas de folha de uva enrolada, arroz com lentilha e cebola frita. Outra opção, o sanduíche de falável (com homus, cebola, tomate, salsa, alface, picles, nabo em conserva e molho tahine) pode vir no pão árabe (R$ 21) ou no no pão folha (R$ 31). Tem muito mais: explore o cardápio à vontade.
Rua Ronald de Carvalho, 55, Copacabana – 2275-5596/2542-7039. De dom. a qui., do meio-dia às 23h. Sex. e sáb. do meio-dia à meia-noite. Delivery próprio (telefone ou app) e iFood.

Receita: aprenda a preparar a moqueca de banana com palmito do Naturalie Bistrô

Desencarnado Burger: versão vegana no cardápio do Encarnado, em Ipanema Foto: Divulgação
Desencarnado Burger: versão vegana no cardápio do Encarnado, em Ipanema Foto: Divulgação

Encarnado Burger
Pedro Mattos, o criador à frente da chapa, inventou o Desencarnado Burger (R$ 32): no brioche fofinho entram burger do futuro (feito de carne vegetal), azeite defumado artesanal e sour cream, além de cebola-roxa para garantir o toque crocante. Rua Gomes Carneiro, 132, Ipanema (Ipanema Harbour) - 96988-6858. Ter., das 17h às 23h. Qua. a dom., do meio-dia às 23h. @encarnadoburger

Ganic Lab
Na pioneira lanchonete “plant based” não entram produtos de origem animal – o cardápio não abre exceção sequer para lactose ou ovos. Uma pedida interessante, o BBQ Ganic (R$ 26,90) é o sanduíche mais pedido da casa: no recheio do brioche vegano entram blend de berinjela maçaricada, queijo e cebola caramelada, além de uma generosa quantidade de molho barbecue preparado com abacaxi, picles de pepino, alface e tomate.
Avenida Rodolfo Amoedo, 341, loja anexo, Jardim Oceânico, Barra da Tijuca – 99574-5610. Ter. a dom., das 10h às 22h.

Guacamole de jiló com nachos de massa de pastel: para beliscar na Liga dos Botecos Foto: Berg Silva / Divulgação
Guacamole de jiló com nachos de massa de pastel: para beliscar na Liga dos Botecos Foto: Berg Silva / Divulgação

Liga dos Botecos
Bruno Magalhães comanda esse recanto em Botafogo que ostenta uma seleção imbatível de petiscos de outros quatro conhecidos balcões da cidade: Bar do Momo, Cachambeer, Bar da Frente e Botero. Para celebrar o Dia Mundial dos Vegetarianos, entra em cena o saboroso guacamole de jiló (R$ 29,90), receita com pasta feita do fruto de sabor amargo e inconfundível, mais cebola-roxa picada, tomate, coentro, pimenta dedo-de-moça e limão. A ideia é passar nos nachos de massa de pastel e beliscar sem pressa.
Rua Álvaro Ramos, 170, Botafogo - 3586-2511. Ter.a sex., das 11h às 23h. Sáb. e dom. das 11h30 às 23h. Delivery no Instagram: @ligadosbotecos

Naga
Dentro do VillageMall, o sofisticado endereço do grupo paulistano Nagayama une ousadias contemporâneas e tradição. No meio do caminho, uma dica de aperitivo é a pipoca de berinjela, cortada em cubos, em massa crocante, servida com maionese de wasabi artesanal e leite. O tira-gosto é servido por R$ 25.
Av. das Américas, 3900, Barra da Tijuca (VillageMall) - 3252-2698. Seg. a sáb., do meio-dia às 23h. Dom., do meio-dia às 22h.

Naturalie Bistrô
Na cozinha da chef Nathalie Passos, formada no Natural Gourmet Institute, em Nova York, ganham destaque ingredientes orgânicos e sazonais, garimpados de pequenos produtores e entregues diariamente. É assim que é feita a moqueca da banana da terra e palmito, acompanhada de arroz integral e farofa de dendê (R$ 49,50). Nathalie diverte-se quando alguém acha que a receita leva peixe: “são as algas que usamos no caldo e tornam o sabor ainda mais interessante”, conta.
Rua Visconde de Caravelas, 11, Botafogo - 2537-7443. De seg. a sáb., das 11h30 às 16h. iFood e Rappi.

Arroz do Norte com feijão de Santarém: prato principal no .Org Bistrô Foto: Tomás Rangel / Diagramação
Arroz do Norte com feijão de Santarém: prato principal no .Org Bistrô Foto: Tomás Rangel / Diagramação

.Org
Tati Lund, a chef e proprietária, formou-se em nutrição pela UFRJ e, em seguida, aprimorou sua vocação no Natural Gourmet Institute, em Nova York. No seu cardápio vegano, receitas de bela apresentação são de comer com os olhos e, claro, agradam outros sentidos. Dica de prato principal, o Arroz do Norte reúne feijão de Santarém, jerimum, jambu, banana, salsa de pimenta, farofinha de cúrcuma e molho de maracujá (R$ 70). Opção de sobremesa que, de tão bonita, dá quase pena de comer, o trio de tarteletes (R$ 36) traz quitutes de cacau e mousse de maracujá, de pecan e frutas vermelhas e de paçoca, caramelo e coco queimado.
Av. Olegário Maciel, 175, Barra da Tijuca - 2493-1791 e 97121-0070. De seg. a sáb., do meio-dia às 15h30. Ifood

Aula com Tati Lund:saborosas receitas com jaca

Po’Boys Soul Food
Novidade no circuito gastronômico da cidade, o negócio do chef Pedro Attayde inspira-se na tradição dos sanduíches de Nova Orleans, no Sul dos Estados Unidos. A versão preparada para o Dia do Vegetarianismo é o veggie bahn mi (R$ 26,90), sanduba de couve-flor tostada no azeite de curry, pasta de tomate assado, pepino fresco, picles artesanal de cenoura, maionese de chilli e coentro fresco, tudo isso recheando uma baguete fresquinha e crocante.
Qua. a dom., das 18h às 23h. Delivery por telefone (97603-8003) e no Instagram (@poboysbr)

Ráscal
O conhecido reduto de bufê farto e serviço à la carte oferece preparos de inspiração mediterrânea. Na ala vegetariana, prove o bowl feito com polpeta de feito com polpeta de legumes, mix de folhas, quinoa com cenoura e pupunha, grão-de-bico com espinafre, abóbora assada, abobrinha grelhada e salada grega, acompanhado de molho de azeite, limão e sal. O pedido aparece no bufê (R$ 86 durante a semana; R$ 96 sábados, domingos e feriados), mas também é oferecido em porção individual (R$ 62).
Av. Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon (Shopping Leblon) - 2259-6437. Seg, do meio-dia às 15h. Ter. a sex., do meio-dia às 15h30. Sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom. e feriados, do meio-dia às 22h30. Dom. a qui., das 19h às 22h30. Sex. e véspera de feriados, das 19h às 23h30.

Seitan à milanesa: proteína vegetal estrela prato no Teva, em Ipanema Foto: Divulgação
Seitan à milanesa: proteína vegetal estrela prato no Teva, em Ipanema Foto: Divulgação

Teva
O seitan, proteína isolada do glúten, foi desenvolvido na culinária asiática no século VI e, desde então, é aproveitado como um versátil substituto da carne. Tradicionalmente, o ingrediente rico em fibras e proteínas é obtido através do enxágue e do cozimento da massa de trigo, para remover o amido e trazer como resultado uma substância de consistência densa – que, devidamente temperada, pode metamorfosear-se em bife, hambúrguer e embutido, entre outras opções. No restaurante e bar de vegetais Teva, em Ipanema, aposte no seitan à milanesa, ao molho béarnaise, acompanhado de arroz maluco, batata palha e couve kale refogada com alho (R$ 58).
Av. Henrique Dumont, 110, loja B, Ipanema - 3253-1355 e 99150-6044. Ter. a sex., do meio-dia às 16h e das 18h à meia-noite. Sáb., do meio-dia à meia-noite. Dom., do meio-dia às 22h. iFood e delivery próprio

O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.


O Globo quinta, 30 de setembro de 2021

DE HOTEL-BUTIQUE A CHARRETES ELÉTRICAS, O QUE HÁ DE NOVO EM PETRÓPOLIS

 

De hotel-butique a charretes elétricas, o que há de novo em Petrópolis

Com jardim de Burle Marx e restaurante estrelado, Casa Marambaia é um dos destaques do ano na cidade da Região Serrana
Em primeiro plano, o jardim de Roberto Burle Marx, que emoldura o visual do prédio principal da Casa Marambaia, hotel-butique em Petropolis Foto: Marcelo Balbio / O Globo
Em primeiro plano, o jardim de Roberto Burle Marx, que emoldura o visual do prédio principal da Casa Marambaia, hotel-butique em Petropolis Foto: Marcelo Balbio / O Globo
 

PETRÓPOLIS - Poucos minutos de carro separam a estrada de Corrêas da sede da Casa Marambaia. Ao cruzar o portão de entrada e atravessar uma pequena ponte, o visitante avista o casarão da fazenda, uma propriedade dos anos 1940, e se vê num vale rodeado por montanhas e pelo verde. O hotel-butique, a 15 minutos do Centro de Petrópolis, é uma das novidades que surgiram na Região Serrana do Rio este ano, na contramão das dificuldades impostas pela pandemia.

Aberto em janeiro, o lugar que pertenceu a Odete Monteiro e tem jardins de seu então amigo Burle Marx vem se juntar a outros do segmento de luxo, um aposta na exclusividade e na alta gastronomia, nicho ainda pouco explorado na serra. São oito suítes e um restaurante principal, com cardápio assinado por Roland Villard e David Mansaud e cozinha comandada pela chef Bruna Mello. A aposta na gastronomia tem se mostrado certeira, como reflete o movimento de não hóspedes no almoço e jantar, e o menu elaborado pelos chefs franceses ganha agora sua primeira atualização.

 

Leia também:turismo rural em Petrópolis combina gastronomia, natureza e atividades ao ar livre

À mesa

O cardápio tem novos itens como cassoulet tradicional cozido no forno (com confit de pato e porco assado) de prato principal e mantém outros do anterior, como a entrada de gaspacho de agrião, maçã crua e salmão curado. Além disso, realiza sempre na terceira sexta-feira do mês o Jantar Imperial (o próximo é no dia 15 de outubro), com menu inspirado nos banquetes promovidos por Dom Pedro II.

Gaspacho de agrião, maçã crua e salmão curado, do novo restaurante do chef Roland Villard na Casa Marambaia, hotel-boutique em Corrêas, em Petrópolis Foto: Leonardo Guimarães / Divulgação
Gaspacho de agrião, maçã crua e salmão curado, do novo restaurante do chef Roland Villard na Casa Marambaia, hotel-boutique em Corrêas, em Petrópolis Foto: Leonardo Guimarães / Divulgação

Para hóspedes, além de aconchegos das suítes que incluem móveis de época, amenities Bvlgari e vista para parte da Serra dos Órgãos, há uma estrutura para lazer (piscina, fazendinha, trilhas para cavalgadas e caminhadas), esporte (academia, quadra de tênis) e atrações de puro deleite. Isso inclui passear por lagos e cachoeiras e pelos jardins agora recuperados de Burle Marx, com direito a um painel de azulejos criado pelo artista que é um convite para imagens no Instagram. Não que faltem cenários ou detalhes na decoração para fotos.

 

Outras joias na cidade imperial 

Charretes elétricas nas ruas

A prefeitura começou a testar, no último fim de semana, o modelo de charrete elétrica que será adotado em definitivo a partir de novembro. Ela substitui as antigas vitórias, carruagens puxadas por tração animal, sobretudo cavalos, e que foram proibidas em 2018. O veículo em teste está circulando, inicialmente, às sextas, sábados e domingos, das 10h às 18h, pelo circuito turístico do centro histórico. Até o final de novembro chegarão mais três unidades.

 

 
O novo modelo de charrete elétrica substitui os carros com tração animal e está em testes no centro histórico de Petrópolis Foto: Divulgação
O novo modelo de charrete elétrica substitui os carros com tração animal e está em testes no centro histórico de Petrópolis Foto: Divulgação

Museu Imperial

Desde 30 de junho, o público já pode visitar as duas alas (direita e esquerda) do museu. O acesso está liberado também aos jardins, à loja, à cafeteria e ao Pavilhão das Viaturas. Na ala direita, está em cartaz até fevereiro de 2022 a exposição temporária “Observando arte: um olhar sobre a pinacoteca do Museu Imperial”, que ocupa três salas e traz 42 obras, em sua maioria, pinturas a óleo do século XIX. Atividades como o Sarau Imperial e o espetáculo “Som e luz”, no entanto, continuam suspensas. As visitas ao museu precisam ser agendadas pelo telefone (24) 2233-0345, de segunda a sexta, das 9h às 17h.

Exposição na ala direita do Museu Imperial, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro Foto: Divulgação
Exposição na ala direita do Museu Imperial, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro Foto: Divulgação

Palácio Quitandinha

Após um ano e três meses fechado, este antigo hotel-cassino reabriu suas portas em 1º de junho, com uma exposição sobre a história do local, e capacidade para até 150 pessoas por vez, dentro do prédio e no lago em frente. Há também visitas guiadas, para grupos de até dez pessoas (agendamento pelo telefone (24) 2245-2020.

O Palácio Quitandinha, um dos cartões-postais de Petrópolis, reabriu ao público em junho, após cerca de um ano e três meses fechado Foto: Bruno Soares / Divulgação
O Palácio Quitandinha, um dos cartões-postais de Petrópolis, reabriu ao público em junho, após cerca de um ano e três meses fechado Foto: Bruno Soares / Divulgação

Casa de Petrópolis

Inaugurado em dezembro de 2020, o centro cultural, que funciona na famosa Casa dos Sete Erros, está com a exposição de fotografias “Do real ao imaginário” em cartaz até 7/11. A agenda de concertos pode ser conferida em culturacasadepetropolis.com.br.

A Casa de Petrópolis Instituto de Cultura: diferenças nos dois lados da fachada renderam o apelido de Casa dos Sete Erros Foto: Divulgação
A Casa de Petrópolis Instituto de Cultura: diferenças nos dois lados da fachada renderam o apelido de Casa dos Sete Erros Foto: Divulgação

 

 

Agenda gastronômica

Até domingo (3/10) acontece o festival Serra Serata — Tutti a Tavola, no qual restaurantes e pizzarias criam cardápios especiais para homenagear a herança italiana em Petrópolis.


O Globo quarta, 29 de setembro de 2021

LIBERTADORES: FLAMENGO NA FINAL DARÁ A RENATO ESCUDO CONTRA CRÍTICAS INTERNAS E EXTERNAS

Libertadores: Flamengo na final dará a Renato escudo contra críticas internas e externas

Treinador tem respaldo intacto do departamento de futebol, mas há alguns questionamentos após rodízio e queda de qualidade
O técnico Felipão Scolari comemora a vitória do Grêmio sobre o Flamengo, no Maracanã, e Renato Gaúcho lamenta Foto: . / .
O técnico Felipão Scolari comemora a vitória do Grêmio sobre o Flamengo, no Maracanã, e Renato Gaúcho lamenta Foto: . / .
 

Com as voltas de Arrascaeta e Filipe Luís, recuperados de lesão, o técnico Renato Gaúcho poderá enfim escalar o Flamengo ideal pela primeira vez, nesta quarta-feira, na segunda partida da semifinal da Libertadores, contra o Barcelona (EQU).

A classificação para a decisão dará ao treinador um escudo mais forte contra críticas internas e externas que têm se avolumado em função da queda de desempenho da equipe na briga pelas três frentes de disputa na temporada.

Bola de cristal:Ferramenta do GLOBO mostra chances de título, risco de queda e outros dados do seu time

Apesar do total respaldo do departamento de futebol pelo trabalho do técnico e de toda a comissão, sobretudo em relação ao rodízio de jogadores, poupados para não se lesionarem, há questionamentos no clube.

Parte da diretoria entende que seria possível manter a força máxima para não deixar de pontuar no Brasileiro. E vê o trabalho de Renato como um passo atrás em relação ao que o Flamengo já jogou com técnicos anteriores.

 No Conselho do Futebol, há entendimento que para disputar as três frentes, será necessário lançar mão do elenco ainda mais reforçado na última janela de transferências. O respaldo é total, apesar de todos admitirem que o time de fato oscilou.

A cada coletiva de Renato em que o treinador fala que o Flamengo vai tropeçar, o coro com críticas a um discurso que não se aceita no clube que pretende ganhar tudo aumenta, desde as redes sociais, até os grupos de conselheiros e dirigentes.

No entanto, o técnico e o departamento de futebol se sustentam nos números excelentes desde a troca de comando. A vaga na final da Libertadores ainda comprovará a tese de Renato de que é importante pensar na frente, para que o Flamengo tenha chance de ganhar todos os torneios. No Brasileiro, o entendimento é que há mais de 20 jogos em disputa para recuperar.


O Globo terça, 28 de setembro de 2021

DICA DO DIA: UMA RECEITA DE HAMBÚRGUER POR TROISGROS E BATISTA

Dica do dia: uma receita de hambúrguer por Troisgros e Batista

No maior bom humor, os parceiros na cozinha ensinam a preparar hambúrguer com tartare de beterraba na nova temporada do 'Que Marravilha! Delivery'
Hambúrguer de Angus com tartare de beterraba: o passo a passo quem ensina é a dupla Troisgros e Batista Foto: Divulgação
Hambúrguer de Angus com tartare de beterraba: o passo a passo quem ensina é a dupla Troisgros e Batista Foto: Divulgação
 

O bom humor é o mais evidente truque de cozinha que os chefs e bons amigos Claude Troisgros e Batista compartilham diante das câmeras. Não importa o que eles, juntos nas gravações de Que Marravilha! Delivery,  estejam preparando, a alegria com que pilotam panelas, facas e outros talheres é sempre contagiante. Na segunda temporada do programa, com exibição de episódios inéditos toda terça-feira, às 22h, no GNT, Troisgros e Batista variam o cardápio sem perder a ternura – a série é uma homenagem aos entregadores, que trabalham todo dia para levar comida para a clientela. Em um do novos episódios de Que Marravilha! Delivery, os renomados (e bem-humorados) chefs presenteiam o entregador Rodrigo Marcelino, o “Marcelino do Passinho”, com um saboroso hambúrguer de carne Angus com tartare de beterrada. Um toque especial é a salada fresquinha, cortada na hora na horta vertical que abastece a cozinha de Claude Troisgros.

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- Hoje a gente vai fazer uma comida que a gente gosta de fazer -, anuncia, sorridente, o chef francês. Depois de assistir ao vídeo, confira a receita lá embaixo e faça você também – em casa!

O vídeo:

Hambúrguer com molho tartare de beterraba, com Claude Troisgros e Batista. Tudo da horta do Que Marravilha!
Hambúrguer com molho tartare de beterraba, com Claude Troisgros e Batista. Tudo da horta do Que Marravilha!


A receita:

HAMBúRGUER & TARTARE DE BETERRABA

Tempo de preparação: 1h40
Dificuldade: média
Rendimento: 04 unidades

MOLHO TARTARE

4 colheres sopa maionese
2 colhes sopa ketchup
50ml água fria
1 cebola picada caramelada no azeite
1 colher sopa de mini-alcaparras
½ pimenta dedo-de-moça picada
salsa picada
sal

Misture tudo

BETERRABA

02 beterrabas grandes
100 ml vinagre balsâmico
2 colheres sopa mel
1 colher sopa azeite
sal, pimenta do moinho

Cozinhe as beterrabas com pele na água com sal, por 30 a 40 minutos. Descasque, corte em fatias de 1 centímetro de espessura e coloque em um tabuleiro. Tempere com sal e pimenta do moinho, coloque mel, vinagre balsâmico e um pouco de água do cozimento da beterraba. Regue com azeite e asse o forno a 180º por 30 a 40 minutos. Ao esfriar, pique na faca e misture ao molho tartare.

HAMBÚRGUER

04 hambúrgueres
Sal, pimenta do moinho
Temperar e grelhar os hambúrgueres

PARA SERVIR

4 pães de gergelim para hambúrguer
4 folhas de alface de todos os tipos
Folhas de hortelã
4 fatias bacon Seara Crisp
Azeite extravirgem

Levar pão e hambúrguer ao forno por 5 minutos. Montar da seguinte maneira: pão, molho tartare, hambúrguer grelhado, tartare de beterraba, bacon crisp, alfaces e hortelã temperados com azeite e outra fatia de pão.


O Globo segunda, 27 de setembro de 2021

BRASILEIRÃO - FEITO DE FRED, RECOMPENSA DE LUIZ HENRIQUE E SUSTOS INOPORTUNOS NA VITÓRIA DO FLUMINENSE

 

Análise: Feito de Fred, recompensa de Luiz Henrique e sustos inoportunos na vitória do Fluminense

Tricolor bate time reserva de Bragança Paulista, vai a 31 pontos e cola de vez na briga por uma vaga na Libertadores
Fred aponta para Luiz Henrique. Recordista, camisa 9 encheu o jovem de elogios Foto: ALEXANDRE LOUREIRO / REUTERS
Fred aponta para Luiz Henrique. Recordista, camisa 9 encheu o jovem de elogios Foto: ALEXANDRE LOUREIRO / REUTERS

A tarde deste domingo, no Maracanã, foi de Fred, que marcou seu 155º gol, ultrapassou Romário e se isolou na segunda colocação na lista dos maiores artilheiros da história do Brasileirão — Dinamite é o primeiro, com 190. Mas o nome da vitória por 2 a 1 do Fluminense sobre o Bragantino foi o atacante Luiz Henrique, que iniciou a jogada do primeiro gol e marcou o segundo, um golaço.

A vitória levou o Flu aos 32 pontos, um a menos que que o Corinthians, que abre o G6. O tricolor segue firme na briga por uma vaga na Libertadores.

— Luiz está sendo o jogador mais importante nosso. Está se desenvolvendo muito. Tem potencial para ser o melhor do Campeonato Brasileiro. É um prazer jogar com um talento desse — disse Fred, rasgando elogios ao atacante de 20 anos, eleito o melhor da partida.

A boa fase de Luiz Henrique tem dedo do técnico Marcão, que vem apostando no jovem desde que reassumiu o comando do Fluminense. Desde que ganhou a primeira oportunidade, entrando no segundo tempo do empate contra o Juventude, no último dia 2, não saiu mais da equipe. Retribuiu bem as chances: marcou contra Chape, São Paulo e Cuiabá.

Ontem, voltou a mostrar que foi uma escolha certeira: roubou bola no meio, arrancou em velocidade e enfiou para Nonato cruzar na medida para Fred abrir o placar. Depois, já no fim do primeiro tempo, tirou dois marcadores da jogada com um bonito drible e fuzilou o ângulo de Julio César para fazer 2 a 0. As jogadas foram a cereja do bolo de uma grande primeira etapa em que foi perigo constante nas arrancadas e finalizações pela ponta.

Marcão, que fazia sua sétima partida na atual passagem pelo Flu, chegou a marca importante: o 16º jogo de invencibilidade em Brasileiros pelo tricolor. Superou Muricy Ramalho, de quem já havia igualado o recorde de 15 no empate contra o Cuiabá, na última segunda-feira.

Sustos no segundo tempo

Jogando com uma equipe reserva, recheada de garotos, o Bragantino se poupava para o segundo jogo da semifinal da Copa Sul-Americana, na próxima quarta-feira, contra o Libertad. Em meio a uma visível falta de entrosamento, foi presa fácil para um Flu ávido pelo ataque que, além das chegadas perigosas pelas pontas, finalizava bem de média distância. Julio César precisou fazer linda defesa para evitar gol de Yago Felipe ainda no primeiro tempo.

 

Já com 2 a 0 no placar, o tricolor voltou do intervalo com as linhas mais recuadas, e a bola passou a ficar mais com a equipe paulista. Assim como contra o Cuiabá, o adversário, que pouco havia chegado, ganhou campo e volume de jogo. No pouco espaço que recebeu, marcou com Helinho, um golaço da entrada da área, tipo de finalização em que o Braga mais levou perigo ao longo da partida.

O susto acordou o Fluminense, que ganhou força ofensiva com as boas entradas de Jhon Arias, Gabriel Teixeira e Bobadilla.

Enquanto a aposta de Marcão em Luiz Henrique segue dando certo, a proposta de jogo ainda rende sustos. Ontem, as substituições funcionaram e o Flu ficou mais com a bola no ataque, freando o ímpeto do Bragantino pelo empate. É natural que a equipe não mantenha a mesma intensidade, mas ter mais a bola parece a melhor saída para que o tricolor não sofra na metade finais das partidas e não sangre com desatenções contra adversários mais fortes.

— A gente sabia que eles iam arriscar. Estavam perdendo de 2 a 0, teriam que tentar chegar ao nosso gol. Íamos ter que encontrar soluções para sair. Jogos se apresentam dessa maneira, a gente faz movimento contrário para manter equipe forte — avaliou o treinador.


O Globo domingo, 26 de setembro de 2021

ESPETÁCULOS: CASAS E CAUSOS DE BAMBAS, COM FILHAS E NETAS DE CANDEIA, ZÉ KÉTI, CARTOLA E CLEMENTINA DE JESUS

Casas e causos de bambas: filhas e netas de Candeia, Zé Kéti, Cartola e Clementina de Jesus cantam sucessos dos mestres

Show no Theatro Municipal de Niterói terá repertório de clássicos, como 'O sol nascerá', 'A voz do morro' e 'Marinheiro só', além de sambas-enredos antológicos
Vera de Jesus (Neta de Clementina de Jesus ), Geisa Ketti (filha de Zé Kéti), Selma Candeia (filha de Candeia) e Nilcemar Nogueira (neta de Cartola) formam o Matriarcas do Samba Foto: Divulgação/Diego Mendes
Vera de Jesus (Neta de Clementina de Jesus ), Geisa Ketti (filha de Zé Kéti), Selma Candeia (filha de Candeia) e Nilcemar Nogueira (neta de Cartola) formam o Matriarcas do Samba Foto: Divulgação/Diego Mendes
 

A poderosa voz de Clementina de Jesus virava um sussurro, quase inaudível, quando a cantora acudia um dos sete netos, que passava mal. Ela o levava para o quarto, na casa de Inhaúma, Zona Norte do Rio, deitava a cabeça em seu colo e rezava baixinho, evocando a fé católica reforçada pelas religiões de matriz africana. Fazia repetidas vezes o sinal da cruz com uma das mãos e com a outra fingia que jogava algo fora, até o neto adormecer.

— Não sei o que acontecia, mas eu acordava me sentindo bem — recorda-se a cantora Vera de Jesus, uma das netas.

Em 27 anos de convívio com a avó, que morreu em 1987, Vera abarrotou um baú de histórias que até hoje a emocionam. As tradicionais festas no sopé da Igreja da Penha, onde Clementina comandava a música na barraca da família ao lado do Parque Shangai, as peixadas de segundas-feiras, depois que ela escolhia o peixe na feira, a parreira enorme na casa de três quartos, em Inhaúma, as constantes visitas de músicos famosos — uma vez, Milton Nascimento chegou carregando um skate, que daria a uma criança.

Vera ainda não sabe qual das muitas histórias vai escolher para contar, neste sábado, no Theatro Municipal de Niterói, durante o show das Matriarcas do Samba. Vai decidir na hora. Ela é uma das quatro artistas do grupo, que conta ainda com Nilcemar Nogueira, neta de Cartola, Geisa Ketti, filha de Zé Kéti, e Selma Candeia, filha de Candeia. A apresentação, que intercala músicas com histórias extraídas da memória das cantoras, é um mergulho no fundo dos quintais e na intimidade dos pais e avós, ícones da música popular.

Com a voz apurada no terreiro doméstico, as herdeiras vão cantar 25 músicas, entre as quais clássicos como “O sol nascerá” (Cartola e Elton Medeiros), “Me alucina” (Candeia), “A voz do morro” (Zé Kéti) e “Marinheiro só” (Clementina de Jesus). Sambas-enredos antológicos, como “Ilu ayê” (Portela) e “História pra ninar gente grande” (Mangueira), e sambas de terreiro também estão no roteiro.

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— Escolhemos as músicas mais afetivas e que fizessem sentido na trajetória de cada um. Clementina é a memória ancestral. Cartola, o cotidiano na favela, a forma de viver feliz, na pobreza. Candeia, os excluídos nas escolas de samba, que foram apropriadas pelas organizações. Já o samba do morro se unindo ao asfalto, com consciência política, é Zé Kéti — explica Nilcemar.

Elas cantam juntas e separadas e, antes de passar a vez para a outra, contam histórias. Esse momento é pura improvisação, com passagens da vida que até hoje produzem lágrimas e gargalhadas, principalmente quando os casos convergem para Nelson Cavaquinho, amigo dos artistas.

Geisa lembra que Zé Kéti convidou Nelson para batizá-la. Panelões de feijoada já fumegavam na cozinha da casa de Bento Ribeiro, enquanto a família e convidados aguardavam o padrinho na igreja.

— Nove, dez, onze horas, meio-dia, e nada de o padrinho aparecer. Meu pai, irritado, resolveu voltar para casa e servir a feijoada sem batizado. Só no meio da tarde, Nelson apareceu. E teve de enfrentar a revolta do meu pai: “Como você pode fazer isso comigo”. Nelson desculpou-se: “Zé, atrasei porque estava acabando uma música. Ouça: “Tire o seu sorriso do caminho. Que eu quero passar com a minha dor” — conta.

Depois de cantar a obra-prima “A flor e o espinho”, Nelson estava perdoado.

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Ao ouvir a história, Nilcemar emendou com outra. Ela disse que, certa ocasião, o avô prestigiava um samba de compositores, no Centro, quando o cantor começou uma música que lhe soou conhecida. “Peraí, essa música é minha”, protestou Cartola. “Não, é minha”, rebateu o cantor. Eles ficaram nessa queda de braço até cair a ficha de Cartola: a música era parceria com Nelson Cavaquinho. Como conhecia os hábitos do amigo, foi cobrá-lo do constrangimento.

— Meu avô recordava-se, ao risos, da explicação de Nelson: “Cartola, só vendi a minha parte”. Eles continuaram muito amigos, sempre juntos, mas não fizeram outra parceria — diverte-se.

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O quintal da casa da Rua Mapendi 58, em Jacarepaguá, também ocupa lugar de destaque na história. Era lá que Candeia, já em cadeira de rodas, recebia pelo menos três vezes por semana. De vez em quando dava de cara com os visitantes antes de tomar o café

— Tinha gente que chegava às seis da manhã, vinda da boemia, e começava a tocar no portão, como Casquinha— lembra a filha de Candeia.

Quem ouve as matriarcas cantarem e contarem se sente um pouco no quintal dessas casas lendárias.

Onde: Theatro Municipal de Niterói. Rua Quinze de Novembro 35. Quando: Sáb, às 19h. Quanto: R$ 40 (Sympla).


O Globo sábado, 25 de setembro de 2021

BRASILEIRÃO - VASCO VOLTA A VENCER

 

Análise: Vasco volta a vencer em sua pior atuação com Diniz, mas arbitragem e gramado roubam a cena

Expulsão de Léo Matos e anulação de um gol do Brusque interferiram no desenrolar da partida
Nenê marcou o segundo gol em três jogos pelo Vasco Foto: Rafael Ribeiro/Vasco
Nenê marcou o segundo gol em três jogos pelo Vasco Foto: Rafael Ribeiro/Vasco
 

Depois de dois empates frustrantes, o Vasco conseguiu sua primeira vitória com Fernando Diniz. Num jogo marcado por erros de arbitragem e pelo péssimo estado do gramado do Augusto Bauer, os cruz-maltinos derrotaram o Brusque por 1 a 0 e ganharam um fôlego na luta pelo acesso.

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A vitória magra permitiu ao Vasco chegar aos 37 pontos. Neste momento, está a sete do G4. Mas ainda restam mais jogos para completar a rodada. Na segunda, o time já volta a campo contra o Goiás, em São Januário.

O jogo ainda confirmou o bom momento de Nenê neste retorno ao clube. Autor do gol, o meia já marcou dois em três partidas e confirmou que pode ajudar o Vasco em sua caminhada.

Ainda que seja difícil analisar qualquer atuação nestas condições, foi possível notar dois problemas no time do Vasco. Um deles apareceu já nos primeiros minutos da partida: a já tradicional dificuldade de lidar com a bola aérea em sua área. Logo aos 5, o Brusque chegou a abrir o placar numa jogada iniciada em cobrança de escanteio. Mas a arbitragem invalidou o lance (aí, sim, acertadamente). E este não foi o único sufoco passado pelos cruz-maltinos neste tipo de situação ao longo da partida.

Para completar, o Vasco pecou em insistir com seu estilo num gramado em que, nitidamente, ele não é possível de ser praticado. Sem velocidade, a bola não ajudou a estratégia de jogo de muitos toques. Os números do primeiro tempo, quando o time jogou com 11 jogadores, deixam isso nítido. Sem conseguir infiltrar na área do Brusque, a equipe foi para o intervalo com apenas uma finalização (sem perigo, de Leo Matos).

A expulsão do lateral-direito mudou o cenário da partida, e Fernando Diniz soube aproveitar este novo cenário. Recuou as linhas, fechou a defesa e passou a esperar por uma oportunidade de contra-ataque. E ela veio. Aos 10, Zeca levantou pela direita na direção de Nenê, que concluiu de primeira. A partir daí, foi só segurar a pressão do Brusque para garantir a vitória.

O Globo sexta, 24 de setembro de 2021

GASTRONOMIA: RECEITAS DE PRIMAVERA - SUBIME ESTAÇÃO DAS FLORES

Receitas de primavera: sublime estação das flores

O inverno foi embora no início do último dia 22, abrindo caminho para a estação que costuma emprestar colorido especial aos cardápios da cidade
´Bouquet floral' de chocolate e cupuaçu: sobremesa de toque francês no restaurante da Casa Marambaia, na serra Foto: Leonardo Guimarães
´Bouquet floral' de chocolate e cupuaçu: sobremesa de toque francês no restaurante da Casa Marambaia, na serra Foto: Leonardo Guimarães
 

O dente-de-leão é docinho, tem gosto próximo do mel. Já a capuchinha exibe um sabor mais ardido. A presença das flores na gastronomia, e não só enfeitando a mesa, vem de longe e ganha força a cada primavera. A mixologista Jessica Sanchez dá três dicas para quem quer se aventurar por este universo: 1) Tenha certeza de que está diante de flores realmente comestíveis e orgânicas. As flores recebem tratamento especial para este fim, não se pode usar qualquer uma. 2) Pesquise. Não se trata só de estética, as flores têm sabor. 3) Quanto menor a flor, maiores as chances de compor de forma acertada um prato ou drinque.

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- No início colocava só por estética, depois passei a comer e vejo que algumas têm sabores incríveis – opina a chef Nathalie Passos, do Naturalie Bistrô.
Saiba, a seguir, o que Jessica, Nathalie e outros profissionais da cozinha carioca prepararam para a primavera que acaba de chegar.



Casa Camolese
Uma das pioneiras atrações do complexo gastronômico instalado no Jockey Club, o misto de restaurante, cervejaria artesanal e bar tem carta de drinques aos cuidados do especialista Thiago Politi. É criação dele o Jardim suspenso (R$ 35), reunião de gim, frutas vermelhas com calda de flores do campo, espuma de hibisco e perfume de toranja.
Rua Jardim Botânico, 983/989, Jardim Botânico – 3514 8200 e 99881-0584. Ter. a qui., do meio-dia às 22h30. Sex. e sáb., do meio-dia às 23h. Dom., do meio-dia às 19h30. iFood e Rappi.

Maguje
O ambiente espaçoso, com varanda agradável e vista para o Cristo, fica dentro do Jockey Club. No cardápio, uma criação recente sob as bênçãos da primavera é a salada de bacalhau com grão-de-bico, cebola-roxa, azeitona preta, manjericão, laranja, tomate, azeite e ervas (R$ 46). Na sobremesa, enfeitado por uma flor, o sorvete de creme com coulis de frutas vermelhas e crumble do dia custa R$ 23.
Rua Jardim Botânico, 1003, Jardim Botânico (Jockey Club) - 99895-2032. Ter. a qui., das 17h à meia-noite. Sex., das 17h à 1h. Sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 23h.

Dupla de bao, típicos pãezinhos asiáticos: entrada no restaurante Manabu Foto: Leandro Nakamura / Divulgação
Dupla de bao, típicos pãezinhos asiáticos: entrada no restaurante Manabu Foto: Leandro Nakamura / Divulgação

Manabu
Inaugurado este ano, à beira da Praia de Copacabana, o restaurante japonês batizado em homenagem ao artista plástico Manabu Mabe (1924-1997) decora com flores quase todos os pratos do seu cardápio. É o caso da dupla de bao (R$ 40), tradicional pão asiático cozido no vapor com porco crocante, chutney de manga, picles de pepino e aïoli de sriracha, típico molho de pimenta tailandês. Outra dica florida do chef André Alves é a barriga suína frita, servida com sunomono e sweet chilli (R$ 34, quatro unidades).
Avenida Atlântica, 4240, Copacabana – 99422-1586. Ter. a sex., das 19h à meia-noite. Qui. e sex., das 19h à 1h. Sáb., das 13h à 1h. Dom., do meio-dia às 20h. iFood

Naturalie Bistrô
A estação é particularmente inspiradora para Nathalie Passos. A chef e fundadora do prestigiado restaurante de cozinha vegetariana aproveita o momento e capricha no uso de flores comestíveis. Nessa linha, uma novidade do cardápio é a cafta de cogumelos e feijão, servida na companhia de tabule de quinoa e coalhada da casa temperada com páprica (R$ 49,90), além de salada colorida e vinagrete do dia. Também recém-chegado, o creme de baroa com cogumelos grelhados, ladeado por salada de feijão-branco, tomate e picles de cebola-roxa (R$ 48,90), leva flores que combinam com os tons de seus ingredientes. Na ala das sobremesas, a novidade de primavera é a leve e refrescante mousse de tapioca com farelo de amêndoas e fruta fresca (R$ 25,60).
Rua Visconde de Caravelas, 11, Botafogo –2537-7443. Seg. a sáb., de 11h30 às 16h. Ifood e Rappi

Nitecap: drinque servido por Jessica Sanchez no japonês Tokkuri Foto: Vitor Faria / Divulgação
Nitecap: drinque servido por Jessica Sanchez no japonês Tokkuri Foto: Vitor Faria / Divulgação

Tokkuri
Jessica Sanchez, mixologista premiada, é dona de dois negócios na Barra da Tijuca: o bar Vizinho, no complexo Vogue Square, e este reduto de cozinha japonesa. No segundo endereço, a dona da empreitada mostra seu talento no Nitecap (R$ 32), um drinque preparado com vodca, flor de hibisco, shrub de morangos (redução natural da fruta com toque ácido), óleo de tangerina e limão.
Avenida Afonso Arinos de Melo Franco, 222, Barra da Tijuca (Barra Prime Office). Ter. a sáb., do meio-dia às 15h e das 18h30 às 23h. Dom., do meio-dia às 15h e das 18h às 22h.

NA SERRA
Casa Marambaia

Na serra, o hotel boutique instalado em um belo casarão da década de 40 é cercado de jardins desenhados por Burle Marx. Neste cenário, o restaurante, aberto para não hóspedes, fica aos cuidados dos chefs franceses Roland Villard e David Mansaud. No cardápio, a ala das sobremesas traz o colorido Le bouquet (R$ 39), receita de chocolate e cupuaçu, enfeitada com flores e um curioso “vaso de plantas” comestível.
Rua Dr. Agostinho Goulão, 2098, Corrêas – (24) 2236-3650.

O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.


O Globo quinta, 23 de setembro de 2021

GASTRONOMIA: DIA DO SORVETE - UMA LISTA DE DOCES SUGESTÕES PARA REFRESCA SEU DIA

 

Dia do Sorvete: uma lista de doces sugestões para refrescar seu dia

A data comemorativa, que chega junto com a primavera, é a desculpa perfeita para celebrar a vida com doces gelados
A clássica banana split é a dica do novo De Lamare Foto: RODRIGO AZEVEDO FOTOGRAFIA / Divulgação
A clássica banana split é a dica do novo De Lamare Foto: RODRIGO AZEVEDO FOTOGRAFIA / Divulgação
 
 

Em mais uma daquelas efemérides para tirar todo mundo da dieta, nesta quinta-feira, dia 23 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Sorvete. Como ele chega juntinho com o início da primavera, iniciada oficilamente na recente quarta, 22, anunciando a elevação das temperaturas, trata-se de uma desculpa e tanto para aproveitar a data e celebrar a vida na companhia de uma bela sobremesa geladinha. A seguir, conheça sugestões em cartaz em doze endereços da cidade.



Amélie Creperie

Com uma unidade recém inaugurada num charmoso casarão na Rua Arnaldo Quintela, em Botafogo – há outras cinco espalhadas por Barra, Ipanema e Gávea –, a casa de sotaque francês especializada nas galetes (crepes de trigo-sarraceno típicos da região da Bretanha) serve, para a sobremesa, o sacre coeur (R$ 32). Trata-se de uma versão doce com chocolate meio amargo, pera confit, sorvete de creme com macadâmia e amêndoas laminadas.

Rua Arnaldo Quintela, 94, Botafogo – 3496-9656. Dom. a qua., das 18h às 23h. Qui. a sáb., das 18h à meia-noite.

American Cookies

Unidade no Shopping Nova América da rede brasiliense especializada no biscoito de origem americana, o ponto lança a campanha Ice Cream Day. Apenas nesta quinta, dia 23 de setembro, o cliente poderá adicionar uma bola de sorvete de creme ao pedido de qualquer sabor de cookie pagando somente R$ 1 a mais. Triplo chocolate (R$ 12) e Jack Daniel’s (massa de cacau com uísque e chocolate branco, recheado de brigadeiro; R$ 13) estão entreas opções de cookie.

Shoppig Nova América Office 3000: Avenida Pastor Martin Luther King Júnior, 126, Del Castilho. Seg à sáb., das 10h às 22h. Dom., das 13h às 21h.

Aprazível

Restaurante brasileiro instalado num agradável casarão em Santa Teresa, propriedade da chef Ana Castilho e seus filhos, João e Pedro Hermeto, a casa serve uma sobremesa na medida para celebrar a data. Batizada de morango do amor (R$ 38), reúne morango orgânico flambado com suco de laranja e Cointreau, sorbet de morango com cupuaçu, suspiro e creme de leite batido.

Rua Aprazível, 62, Santa Teresa – 96741-3850, 98491-4353 e 2508-91740. Qua. a sáb., do meio-dia às 22h. Dom., do meio-dia às 16h.

Sem leite: sorbet de graviola do ASA Açaí Foto: Rafael Titoneli / Divulgação
Sem leite: sorbet de graviola do ASA Açaí Foto: Rafael Titoneli / Divulgação

ASA Açaí

A sigla no início do nome, que significa Ação Sustentável da Amazônia, aponta a missão da empresa: proporcionar uma experiência autêntica da Floresta Amazônica, com ingredientes orgânicos e forte DNA sustentável. Um exemplo é a linha de sorbets florestais, preparados com frutas de sabores únicos, sem leite. Entre as pedidas é possível escolher graviola, cupuaçu, cacau ou manga com tucumã (R$ 19 o pote de 500 mililitros).

Avenida das Américas, 8445, loja 108, Barra – 3349-7960. Todos os dias, das 9h às 21h. Delivery: iFood e WhatsApp 21 98849-4541.

Rua Jardim Botânico, 67, Jardim Botânico – 3563-9179 / 98849-4541. Todos os dias, das 8h às 20h. Delivery: iFood e WhatsApp 21 98849-4541.

Belga Wafel

Casa especializada em waffles – o nome na fachada, esrito com um "f" mesmo, como na Bélgica, não deixa dúvidas –, sugere uma pedida tentadora. Batizada como sem medo de ser feliz (R$ 45), a pedida para celebrar o Dia do Sorvete consiste em três disquinhos de wafel nos sabores baunilha, especiarias e chocolate, regados por cobertura e servidos com uma bola de sorvete.

Rua Barão de Ipanema, 94, loja 103, Copacabana – 99594-4293. Seg. a sáb., das 9h às 20h.

Sorveteria Blaus aposta em receitas com frutas amazônicas: rede paraense com filial no Rio Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Sorveteria Blaus aposta em receitas com frutas amazônicas: rede paraense com filial no Rio Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo

Blaus

Sabores das frutas amazônicas são o carro-chefe da sorveteria mais famosa de Belém do Pará. Para celebrar a data, a marca, que tem duas unidades no Rio, aposta nos sabores típicos da região, a exemplo do sundae de chocolate com sorvete de tapioca e calda de morango (R$ 22). Outro caminho é decidir pelo cascão (1 bola a R$ 16) ou pelos copinhos (a partir de R$ 12), que podem comportar sabores como açaí, maria izabel (de bacuri com geleia artesanal de cupuaçu e biscoito champagne), milho e taperabá.

Avenida das Américas, 500, bloco 8. Todos os dias, das 10h às 22h. Delivery: Ifood, UberEats e Whatsapp 21 99918-7902.

Rua Barão do Flamengo, 35, Flamengo - 2225-7342. Todos os dias, das 10h às 22h. Delivery: Ifood e UberEats.

De Lamare

No recém-inaugurado quiosque em Ipanema, os chefs Lelena Cesar e Lucas Lemos resgatam um clássico da infância que reúne, na mesma sobremesa, duas comemorações: o dia do sorvete e o da banana, celebrado no dia 22 de setembro. Sugestão da carta de sobremesas, a banana split da casa (R$ 38) chega à mesa como manda a tradição. No recipiente oval, traz três bolas de sorvete (morango, creme e chocolate) cobertas por caldas de morango, de chocolate e de caramelo, mais chantilly e cereja no topo, ladeadas por fatias da fruta.

Avenida Vieira Souto, s/nº (altura da Rua Rainha Elizabeth). Ter. a qui., do meio-dia às 22h. Sex. e sáb., do meio-dia à meia-noite.  Dom., do meio-dia às 22h.

Eme Arte e Gastrô

Para a data, o chef Bottino Natale preparou um delicioso crocante de chocolate belga, feito de casquinha de harumaki com 'surpresinha do chef': bolo de chocolate amargo com iogurte e mousse de chocolate. Acompanha uma bola de sorvete e caramelo de frutas vermelhas (R$ 26).

Rua do Carmo, 55, 1º piso, Centro – 99989-3408. Seg. a sex., do meio-dia às 17h.

Liga dos Botecos

O endereço que conjuga num mesmo cardápio especialidades de quatro dos melhores botequins da cidade (Bar da Frente, Bar do Momo, Botero e Cachambeer) também entrou nas comemorações. Sugestão que promete agradar principalmente os pequenos, o toca world consiste numa taça contendo algodão doce, marshmallow, canudinhos de biscoito e uma farta bola de sorvete de chocolate por cima, tudo regado por calda de chocolate.

Álvaro Ramos, 170, Botafogo – 3586-2511. Ter. a sex., das 11h às 23h. Sáb. e dom., das 11h30 às 23h.

Páreo

O endereço de cardápio variado dentro do Jockey Club é comandado pelo chef Marcones Deus. Um clássico de seu repertório, a banana da casa (R$ 29) consiste numa espécie de carpaccio de bananas caramelizadas pousadas sobre uma cama de creme inglês que, para coroar, recebe uma bola de sorvete de creme polvilhado com canela. Espalhada por amplo espaço, a casa conta ainda com vista para a Pedra da Gávea e o Maciço da Tijuca.

Rua Mário Ribeiro, 410, Leblon (Jockey Club Brasileiro) – 2512-7115 e 99843-8813. Ter. a sex., das 18h à meia-noite. Sáb. e dom., do meio-dia à 1h.

Sorvete Brasil

Na lojas de Ipanema ou Itaipava, comprando uma bola, o cliente leva a segunda de brinde (1 bola R$ 15). Outra sugestão para o Dia do Sorvete é a Torta Doce Mel, assinada pelo Chef Diego Barcellos. A sugestão é uma deliciosa massa de pão de mel recheada com sorvete de doce de leite e cobertura de ganache de chocolate meio amargo (Mini, R$ 26,00, média, R$ 145,00).

Rua Maria Quitéria, 74, Ipanema – 2247-8404. Ter. a dom., do meio-dia às 18h. Delivery: 21 98884-8404 (Whatsapp).

Espaço Luiz Salvador: Estrada União e Indústria, 10.588, Itaipava – Ter., do meio-dia às 18h. Qua. e qui., das 10h às 18h. Sex. e sáb., das 10h às 19h. Dom., das 10h às 18h. Delivery: 21 98884-8404 (Whatsapp).

Novos sabores em cartaz na Stuppendo Foto: Divulgação
Novos sabores em cartaz na Stuppendo Foto: Divulgação

Stuppendo

Filial da tradicional sorveteria com matriz em São Paulo, inaugurada em junho na Barra, a unidade carioca apresenta novidades com toques primaveris no cardápio. São quatro sabores de pegada refrescante e leve, já antevendo o verão que se aproxima. Abacaxi com hortelã e melancia são duas das receitas recém-chegadas. Duas outras são isentas de açúcar, mas cheias de sabor: goiaba e coco. O copinho pequeno custa R$ 16 e a taça com três bolas sai a R$ 28.

BarraShopping: Avenida das Américas, 4.666, loja 155, nível Lagoa – 3420-5900 e 97114-3353. Seg. a sáb., das 10h às 23h. Dom., do meio-dia às 22h. Delivery: iFood, Uber Eats e Rappi.

Tragga Grelhados Premium

Depois de desfrutar das deliciosas carnes na brasa ao estilo argentino – a cozinha é comandada pelo chef hermano Adair Herrera – entregue-se às sobremesas. Duas sugestões da carta chegam acompanhada de sorvete de baunilha: a panqueca de doce de leite (R$ 32), que oferece um delicioso contraste do recheio quente com o gelado, e os churros de tapioca e coco polvilhado com açúcar e canela, acompanhados de doce de leite e sorvete (R$ 34).

Rua Capitão Salomão, 74, Humaitá – 3507-2235 e 97969-0490. Seg. a qui., do meio-dia às 16h e das 18h à 0h. Sex. e sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 23h. Delivery: iFood.

Shopping Vogue Square: Avenida das Américas, 8585, Barra – 98355-0386. Seg. a qua., do meio-dia à meia-noite. Sex. e sáb., do meio-dia à 1h. Dom., do meio-dia às 23h. Delivery: iFood.

O Rio Gastronomia é uma realização do jornal O GLOBO com apresentação do Senac RJ e do Sesc RJ, patrocínio master do Santander, patrocínio de Naturgy e Stella Artois, apoio do Gosto da Amazônia, Água Pouso Alto e Getnet, e parceria do SindRio.


O Globo quarta, 22 de setembro de 2021

ARGENTINA REABRIRÁ FRONTEIRAS PARA BRASILEIROS A PARTIR DE 1º DE OUTUBRO

Argentina reabrirá fronteiras para brasileiros a partir de 1º de outubro

Restrições de viagens serão derrubadas primeiro para países vizinhos, sem exigência de quarentena
Moradora caminha pelo bairro de La Boca, irreconhecível sem os turistas durante a pandemia Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP
Moradora caminha pelo bairro de La Boca, irreconhecível sem os turistas durante a pandemia Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP
 

RIO - A ministra da Saúde argentina, Carla Vizzotti, e o novo chefe de gabinete da presidência, Juan Manzur, anunciaram na manhã desta segunda-feira o fim de diversas medidas sanitárias de controle ao novo coronavírus. Entre elas, a reabertura das fronteiras terrestres com países vizinhos a partir de 1º de outubro.

De acordo com o comunicado, viajantes de países vizinhos poderão entrar na Argentina po terra, sem a necessidade de fazer quarentena. Os voos com estes países, como o Brasil, também poderão ser retomados, mas disso depende a autorização dos governadores de cada província. Já os demais viajantes internacionais terão a entrada permitida a partir de 1º de novembro.

Leia mais:as fronteiras abertas da América Latina para os viajantes brasileiros

Lago Nahuel Huapi, em Bariloche, na Patagônia argentina Foto: Emprotour / Divulgação
Lago Nahuel Huapi, em Bariloche, na Patagônia argentina Foto: Emprotour / Divulgação

Para entrar na Argentina, estrangeiros em geral deverão apresentar comprovante de vacinação com as duas doses (ou dose única) aplicadas há pelo menos duas semanas antes da chegada. Também será obrigatório apresentar teste PCR negativo para Covid-19 feito até 72 horas antes da viagem, e fazer um novo teste PCR de cinco a sete dias após a chegada.

De acordo com o governo argentino, assim que se atingir a porcentagem de 50% da população com a vacinação completa, não será mais obrigatório apresentar os resultados de testes para a entrar no país.

Leia também:Chile reabrirá suas fronteiras para turistas vacinados a partir de 1º de outubro

Outras importantes medidas foram anunciadas nesta segunda-feira. Entre elas o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras ao ar livre, exceto em áreas com aglomeração de pessoas. A proteção facial continua sendo obrigatória em locais fechados, como salas de aula, teatros, cinemas, lojas e escritórios). Também foi anunciada a retomada total das atividades econômicas. Casas de festas, boates e eventos com mais de mil pessoas poderão funcionar com 50% da capacidade e exigência de vacinação completa dos presentes.

América do Sul quase liberada para viagem

Jujuy, no norte da Argentina Foto: Luiza Souto / Agência O Globo
Jujuy, no norte da Argentina Foto: Luiza Souto / Agência O Globo

Dos principais destinos internacionais de brasileiros (e mercados para a indústria turística nacional), a Argentina ainda era o único que permanecia fechado ou sem estipular uma data para a reabertura. Com esse anúncio, fica determinado que, a partir de novembro, todos os países da América do Sul estarão abertos aos turistas vindos do Brasil.

O Uruguai abrirá suas fronteiras naquela data, para vacinados, sem a necessidade de quarentena. Pessoas com a imunização completa já podem entrar no Peru, e serão aceitas no Chile a partir de 1º de outubro. Mas lá, assim como no Paraguai, será necessário fazer uma quarentena. Quem desembarca no Equador também está sujeito a um período de até dez dias de isolamento social obrigatório.

Quem ainda não tiver vacinado poderá entrar sem restrição na Colômbia, na Bolívia (onde a contratação de um seguro viagem especial para Covid-19 é obrigatório) e na Venezuela (onde há testagem obrigatória na checagem, e quarentena para quem tiver resultado positivo).

 


O Globo terça, 21 de setembro de 2021

ROCK IN RIO CARD: O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA COMPRAR SEU INGRESSO

Rock in Rio Card: o que você precisa saber para comprar seu ingresso

Pré-venda oficial do festival começa nesta terça-feira, às 19h, e não deve durar muito
Rock in Rio volta em setembro de 2022 Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Rock in Rio volta em setembro de 2022 Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
 

Após revelar as atrações principais de quatro dos sete dias de festival (veja aqui o line-up), o Rock in Rio abre nesta terça-feira, às 19h, sua pré-venda oficial para a edição de 2022, marcada para 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro, no Parque Olímpico da Barra.

A venda dos Rock in Rio Cards, que dão direito a um dia de evento a ser escolhido pelo comprador entre 23 de novembro de 2021 a 1º de abril de 2022, será feita pelo site “Ingresso.com”.

Fique por dentro:todas as notícias sobre o Rock in Rio

Tradicionalmente, há uma intensa correria virtual para garantir os ingressos — em 2018, o lote com 198 mil cards foi vendido em menos de duas horas. Por isso, preparamos um guia com dicas e informações fundamentais para você não perder seu lugar no principal festival do país.

  

Deixe seu cadastro em dia

Antes de qualquer coisa, é importante lembrar que só poderá comprar ingressos para o festival pela internet. Não haverá ponto de venda físico. E o site para isso é o https://rockinrio.ingresso.com/. Outra coisa: é necessário ter cadastro na plataforma do Ingresso.com. Para evitar sustos, é recomendável já lembrar seu login e senha ou, caso não tenha, fazer o cadastro. Preferencialmente, deixe sua conta logada no navegador minutos antes.

Rock, bebê:Com Iron Maiden, Rock in Rio confirma 'dia do metal'

Número de ingressos por pessoa

Como toda pré-venda do Rock in Rio, há um limite de ingressos para cada CPF. Para esta fase, cada cliente pode comprar até quatro Cards, que dão direito a um dia de festival. Para a modalidade de meia-entrada, apenas um ingresso por CPF. É possível usar o mesmo cartão de crédito em diferentes CPFs, que, obrigatariamente, pedem diferentes cadastros no Ingresso.com.

Quanto custa o ingresso

Cada Rock in Rio Card custa R$ 545, preço de inteira. Com a meia-entrada prevista por lei, sai por R$ 272,50. Há ainda a possibilidade de um desconto (não cumulativo com a meia) de 15% para clientes que efetuarem o pagamento com os cartões de crédito Itaucard ou Credicard. Assim, o Card fica R$ 463,25. Diferentemente da meia, o desconto para clientes Itaú pode ser usado nos quatro ingressos.

Vale lembrar que só há um setor aberto para vendas no Rock in Rio: o gramado.

Formas de pagamento e parcelamento

Além do desconto, clientes que comprarem com cartões de crédito Itaucard ou Credicard também podem parcelar os ingressos em até oito vezes sem juros. Para os demais cartões, é possível parcelar em até seis vezes, e há a possibilidade de compra por boleto bancário à vista.

Quais são as vantagens do Rock in Rio Card

Além de garantir com quase um ano de antecedência seu lugar no Rock in Rio 2022, o Card permite que você tenha prioridade na escolha do dia que irá ao festival. Assim, não corre o risco de deixar de ver seu artista favorito por conta de uma grande demanda na abertura da venda geral. A partir do dia 23 de novembro de 2021, os clientes podem ativar seus Cards para os dias de preferências, e essa modalidade fica aberta até 1º de abril de 2022.

Balada de sábado:Rock in Rio 2022 terá Post Malone, Jason Derulo, Marshmello e Alok

Preciso me preocupar com entrega e retirada?

Não, para 2022 o Rock in Rio adotou ingressos 100% digitais. Não haverá ingressos físicos. As entradas estarão disponíveis no cadastro do Ingresso.com. No futuro, o festival vai detalhar todas as informações de como baixar seu ingresso no seu smartphone e receber o código para acesso ao evento.

 
 

Quais são as atrações já confirmadas?

O Rock in Rio anunciou quatro dos sete headliners do festival no ano que vem. Iron Maiden (2/9), Post Malone (3/9), Justin Bieber (4/9) e Dua Lipa (11/9) encerrão o Palco Mundo em seus respectivos dias. Para ver as outras atrações, clique aqui.

Fique atento e tenha paciência

Caso você seja muito ansioso, tem gente que já abre a página https://rockinrio.ingresso.com/ uns 10 minutos antes do horário oficial, e fica atualizando até aparecer a opção de comprar. Tudo bem, mas prepare-se para possíveis filas virtuais e problemas técnicos no site por conta da grande procura. Caso esgote, ainda tem a venda geral, com uma cota maior, cuja data será anunciada no futuro. A Cidade do Rock comporta mais de 100 mil pessoas por dia.


O Globo segunda, 20 de setembro de 2021

DIPLOMACIA: TRÊS DIPLOMATAS NEGROS BRASILEIROS OCUPAM POSTOS EM WASHINGTON, PELA PRIMEIRA VEZ

 

Pela primeira vez, três diplomatas negros brasileiros ocupam postos em Washington

Minoria na carreira, eles entraram no Itamaraty pelo Programa de Ação Afirmativa; o trio trabalha na Embaixada do Brasil nos EUA e na missão brasileira na Organização dos Estados Americanos (OEA)
Os diplomatas Jackson Lima, Marise Nogueira e Ernesto Mané Jr., com o obelisco do Monumento a Washington ao fundo Foto: Fabíola Góis
Os diplomatas Jackson Lima, Marise Nogueira e Ernesto Mané Jr., com o obelisco do Monumento a Washington ao fundo Foto: Fabíola Góis

Conheça: Biografia resgata história do primeiro embaixador negro do Brasil e joga luzes sobre racismo na diplomacia nacional

Marise Ribeiro Nogueira, 56, Jackson Luiz Lima Oliveira, 51, e Ernesto Batista Mané Júnior, 38, entraram no Itamaraty pelo Programa de Ação Afirmativa (PAA) coordenado pelo Instituto Rio Branco. Criado em 2002, o PAA foi o primeiro de inclusão racial da Esplanada dos Ministérios, fruto de compromissos assinados pelo Brasil durante a III Conferência Mundial contra o Racismo, em Durban, na África do Sul, em 2001. Por meio de concurso público, o PAA seleciona candidatos negros para receberem uma bolsa anual de R$ 30 mil para pagar as despesas com a preparação para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD).

Como o Itamaraty não pede declaração de etnia àqueles que ingressam na carreira diplomática, não há um total oficial de negros diplomatas – estimativas indicam que seriam apenas 5% de um total de 1.537 na ativa. No entanto, a identificação por etnia dos alunos do Instituto Rio Branco passou a existir a partir do PAA e também entre os admitidos com base na lei de 2014 que estabeleceu reserva de 20% das vagas nos concursos públicos para candidatos negros. De 2002 a 2014, 20 candidatos beneficiados com a bolsa ingressaram no instituto, e 32 candidatos negros foram aprovados no concurso de 2014 a 2020. Destes, 27 foram em vagas reservadas na lei de cotas e cinco nas vagas destinadas à ampla concorrência, disse o ministério.

Leia mais:Novos diplomatas homenageiam embaixador morto pela ditadura em cerimônia restrita no Itamaraty

A carioca Marise Nogueira foi a primeira bolsista do programa, em 2002, aprovada no CACD. Por causa dele, a diplomata pôde reduzir sua jornada de trabalho no Rio e intensificar os estudos. Filha de uma agente administrativa e de um torneiro mecânico, Nogueira se formou em medicina e, com ajuda de bolsas, estudou inglês, francês e fez mestrado. Atualmente, ela ocupa a função de conselheira —dois níveis abaixo do cargo de embaixadora — na embaixada em Washington. Para ela, o fato de haver três diplomatas negros na capital americana indica que valeu a pena investir no programa de ação afirmativa:

— Nosso encontro em Washington é resultado de uma política pública que vem dando certo. Ao apoiar a diversidade de sua representação por meio de programas como a Bolsa Prêmio de Vocação para a Diplomacia para Afrodescendentes, o governo valoriza a identidade do povo brasileiro, busca reparar desigualdades e reitera o compromisso de promover a igualdade racial — afirmou.

Itamaraty:Livro conta como ditadura brasileira atuou para derrubar Allende e patrocinar governo a sua semelhança no Chile

Filho de imigrante

Jackson Lima nasceu em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, e percorreu uma trajetória de muito esforço para conseguir a bolsa e passar no concurso. Era professor de português/inglês em Salvador quando decidiu mudar de profissão. Sem base em Economia, precisou pagar professores particulares para garantir uma boa classificação. Para o pagamento, usou recursos da bolsa do PAA.

— Sem o incentivo do governo, jamais teria condições de passar no concurso. Nem eu nem todos os demais negros que foram aprovados. O Estado tem o dever moral de corrigir o descompasso da igualdade racial no Brasil e, ao mesmo tempo, aproveitar para aumentar a diversidade do quadro de diplomatas — afirmou Lima.

Nos últimos quatro anos, o diplomata serviu na Nigéria, na Zâmbia e foi assessor no Departamento da África do Itamaraty. Em Washington, atua na OEA, tratando de temas relacionados ao desenvolvimento integral. Também cursa mestrado na Universidade George Mason sobre paz e resolução de conflitos.

Natural de João Pessoa e filho de um imigrante da Guiné-Bissau e de uma brasileira, Ernesto Mané Jr. é doutor em Física Nuclear pela Universidade de Manchester, no Reino Unido. Desde que ingressou na carreira diplomática, há sete anos, ele vem aliando a física com a diplomacia em seu trabalho. Por isso, foi designado para trabalhar no setor político da embaixada em Washington na área de desarmamento e não-proliferação de armas de destruição em massa. Ele também acompanha a política de segurança dos Estados Unidos para a região da Ásia-Pacífico.

— O que diria Joaquim Nabuco, um abolicionista convicto e primeiro embaixador do Brasil nos EUA, ao ver três diplomatas negros servindo a nosso país em um posto tão estratégico? — pergunta.

Para a embaixadora Sônia Regina Guimarães Gomes, ex-diretora do Departamento de Administração e ex-Coordenadora do Comitê Gestor de Gênero e Raça do Itamaraty, em que Marise, Jackson e Ernesto foram colaboradores, a presença dos três diplomatas em Washington demonstra maturidade da sociedade brasileira. “Abraçar a diferença faz a diferença. Eles abrem portas e caminhos e mostram que é possível o jovem negro ascender a postos de destaque”, afirmou.


O Globo domingo, 19 de setembro de 2021

TURISMO: LARGO SÃO FRANCISCO DA PRAINHA IRA POINT COM SAMBA E CHIRRASQUINHO

Largo São Francisco da Prainha vira point com samba e churrasquinho

Mesas ao ar livre e serenatas às avessas, com músicos ou DJs na sacada de sobrado, são carro-chefe de bar no Centro do Rio
O bar e restaurante Bafo da Prainha fica no Largo de São Francisco da Prainha, região central do Rio. Foto: Divulgação
O bar e restaurante Bafo da Prainha fica no Largo de São Francisco da Prainha, região central do Rio. Foto: Divulgação
 

Aos pés do Morro da Conceição, na região central do Rio de Janeiro, um novo point cultural e gastronômico conquistou os cariocas. Rodeado por casarões antigos de fachadas coloridas, o Largo de São Francisco da Prainha se enche de vida ao cair da noite, com mesinhas espalhadas pela praça e apresentações musicais gratuitas que acontecem na sacada do sobrado onde funciona o Bafo da Prainha.

Pela varandinha já passaram nomes como Moyseis Marques, Fabiola Machado (do grupo Moça Prosa) e Silvia Duffrayer (do Samba Que Elas Querem), além dos DJs Mustafá e Doni. Hoje, quem dá o ritmo da Prainha é o DJ Júlio Himself, a partir das 14h. No domingo, é a vez do cantor e compositor Moacyr Luz, às 18h, em um show intimista: apenas voz e violão.

Acervo O Globo: Veja as transformações da Praça Mauá ao longo dos séculos

Apresentações musicais gratuitas acontecem na sacada do sobrado onde funciona o Bafo da Prainha. Foto: Divulgação
Apresentações musicais gratuitas acontecem na sacada do sobrado onde funciona o Bafo da Prainha. Foto: Divulgação

A serenata às avessas foi a solução encontrada pelo dono do bar, o produtor cultural Raphael Vidal — que vem se dedicando à retomada da vida cultural da região e também está à frente do bar Casa Porto, que funciona num sobrado vizinho — para atrair o público em busca de lazer ao ar livre e, ao mesmo tempo, garantir o distanciamento e evitar aglomerações. Além disso, as vendas acontecem apenas para quem está sentado, e é proibido circular sem máscara. Dentro da casa, não há mesas, apenas a sacada e a cozinha.

Na varanda, na calçada ou na praça:30 restaurantes com mesas ao ar livre

Amanhã não deve ser diferente, espera o sambista Moacyr Luz, que tocará sucessos de seu repertório como “Vida da minha vida”, “Estranhou o quê” e “Saudades da Guanabara”, mas também está pronto para pedidos da plateia. — O Largo da Prainha é um lugar que o Rio redescobriu, uma paisagem linda. Tudo que o carioca gosta — celebra o criador do tradicional Samba do Trabalhador. No domingo seguinte, é a cantora Elisa Addor que sobe ao “palco” .

Churrasquinho servido no Bafo da Prainha. Foto: Divulgação
Churrasquinho servido no Bafo da Prainha. Foto: Divulgação

Fora a música, o carro-chefe do Bafo da Prainha é o churrasquinho feito no tambor de latão. O cardápio, aliás, é uma homenagem à comida de rua do subúrbio carioca, com nomes divertidos. Pratos como sacaralho (pão com maionese de alho-poró, R$9,90), galeto suingue (defumado no bafo, com acompanhamentos, R$29,90) e várzea da Prainha (opção vegana, R$14,90) estão entre as opções.

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Largo de São Francisco da Prainha, 15, Saúde — 99815-1568. Qua a dom, de 11h às 23h.


O Globo sábado, 18 de setembro de 2021

VELHA GUARDA FAZ SHOW EM HOMENAGEM AOS 120 ANOS DE PAULO DA PORTELA

Velha Guarda faz show em homenagem aos 120 anos de Paulo da Portela

Evento teste em homenagem a fundador da escola terá lugar marcado e transmissão ao vivo neste sábado (18).
Velha Guarda da Portela Foto: Divulgação
Velha Guarda da Portela Foto: Divulgação
 

Depois de mais de um ano sem receber público, a quadra da Portela reabre suas portas neste sábado (18) em grande estilo, com show da Velha Guarda em homenagem aos 120 anos de nascimento de Paulo da Portela, fundador da escola.

A apresentação —que acontece durante a tradicional feijoada e terá transmissão ao vivo pelo canal da agremiação no YouTube —celebra tanto o legado do fundador da Azul e Branco quanto a trajetória do grupo comandado pelo bamba Monarco e por Tia Surica. Os sambistas Manacéia e Zé Keti, cujos centenários de nascimento são comemorados este ano, também serão lembrados durante a tarde.

— Paulo lutou para tirar o samba da marginalidade. Foi um ferrenho defensor da cultura popular e um dos responsáveis pelo reconhecimento e a oficialização dos desfiles, em 1935. Ele colocou os sambistas para andar bem vestidos, na linha — conta Monarco, 88 anos.

O integrante da Velha Guarda, que diz saber tudo sobre Paulo da Portela (“Se tivesse um concurso pra ver quem fala mais do Paulo, eu ganharia com o pé nas costas. Em todo samba que eu canto, eu falo dele”), lembra ainda de sua contribuição para a participação das mulheres no samba. — Ele era muito educado e respeitador. Ia pedir permissão a seus pais e buscar uma por uma para desfilarem. Depois, as levava em casa.

Monarco é um dos presentes na roda de samba Foto: Guilherme Leporace / Agência O Globo
Monarco é um dos presentes na roda de samba Foto: Guilherme Leporace / Agência O Globo

Pérolas de Paulo da Portela, como “Cocorocó” e “Ouro, desça do seu trono”, estão no roteiro da apresentação, que também inclui clássicos do repertório da Velha Guarda, entre eles “Passado de glória”, “Coração em desalinho “ e “Falsa alegria”.

A festa será um evento teste, seguindo todos os protocolos determinados pela Prefeitura. Para garantir o distanciamento, os ingressos são limitados e serão vendidos apenas mesas e camarotes. Além disso, todos terão que apresentar o comprovante de vacinação.

— É uma expectativa muito grande, uma saudade de rever os amigos. Mas precisamos respeitar as regras, ainda mais lidando com pessoas de idade avançada — reforça Sérgio Procópio, integrante da Velha Guarda e ex-presidente da Portela, que também tem histórias de Paulo da Portela na manga. —Ele não chegava à casa de ninguém de mãos vazias, presenteava com música. “O quitandeiro” foi escrita para uma festa.

Quadra da Portela: Rua Clara Nunes 81, Oswaldo Cruz – Sáb, a partir das 13h (feijoada) e 15h (show). Ingressos  R$ 80 (mesa para quatro), R$ 400 (camarote inferior, para 15 pessoas) e R$ 500 (camarote superior, para 15). Venda: 3217-1604, das 9 às 17h.

O Globo sexta, 17 de setembro de 2021

DIOGO NOGUEIRA APRESENTA SAMBA DE VERÃO, COM PRESENÇA DE PAOLLA OLIVEIRA

Diogo Nogueira apresenta 'Samba de verão', com presença de Paolla Oliveira

Músico faz mistério se vai cantar 'Flor de Caña', que compôs para a namorada, em show na Barra
Diogo Nogueira. Foto: Divulgação
Diogo Nogueira. Foto: Divulgação
 

O sambista carioca Diogo Nogueira sobe ao palco da Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca, pela primeira vez com o show “Samba de verão” nesta sexta-feira (17), às 22h. Para atender às normas sanitárias, o espaço, que tem capacidade para 14 mil pessoas, recebeerá no máximo  1.950 pessoas.

A atriz Paolla Oliveira também vai estar por lá prestigiando o namorado, que recentemente compôs para ela a canção "Flor de caña", em parceria com Rodrigo Leite e Cauique. Ainda é um mistério se o artista vai cantar a declaração de amor no show, assim como "Jangadeiro" (parceria com Inácio Rios), a preferida de Paolla de seu repertório.

O projeto “Samba de verão” une os álbuns “Sol”, “Céu” e “Lua”, reproduzindo no palco o visual da Baía de Guanabara, para fazer os fãs entrarem no clima da estação preferida dos cariocas.

 Paolla Oliveira sobre Diogo Nogueira:'Ele tem uma luz enorme, poderosa, potente'

No repertório, novas músicas como “Bota pra tocar Tim Maia”, “Ouro da mina” e a recente parceria com Moacyr Luz “Cadê?”. O público vai ouvir ainda os clássicos "Alma boêmia", "Deixa eu te amar" e "Verdade chinesa" na voz do carioca, além de seus sucessos “Pé na areia”, “Clareou” e “Sou eu”.

—  A ideia inicial do projeto nasceu como uma homenagem ao subúrbio do Rio de Janeiro, ao Fundo de Quintal, a Beth Carvalho e Zeca Pagodinho, que fizeram história. Resolvi trazer um pouco desse universo celebrando esses grandes nomes e convidando também jovens compositores que têm esses artistas como referência — conta Diogo. A nova geração do samba é representada no projeto através de letras de Mingo Silva, Mosquito, Gabrielzinho do Irajá e Juninho Thybau.

100 anos de samba:Um passeio pelo gênero ao longo das décadas

Com a pandemia, o projeto se transformou e acabou se concretizando no início deste ano com a gravação de um show sem público em uma balsa, em Niterói, com a silhueta das montanhas do Rio de Janeiro ao fundo. 

Mesmo durante o isolamento, o artista não parou. Diogo se tornou referência das lives e até surpreendeu o público com suas habilidades culinárias. O gosto pela cozinha fez ele lançar ainda um livro digital com suas receitas preferidas e, recentemente, chegou a participar do "Master Chef", como convidado e cozinheiro de honra.

— Ainda vivemos um momento muito difícil, com a pandemia e a situação política. O povo precisa de amor e alegria, e a música é uma forma de proporcionar isso. É a música que sempre vai fazer a diferença e trazer essa força — aponta o sambista — A gente tá com muita saudade de dividir o palco com o público. Agora, vamos seguir os protocolos, mas também nos divertir e cair para dentro, porque tem muito 'Samba de verão' pra gente apresentar pelo Brasil.

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Para garantir o distanciamento, a área interna da Arena foi adaptada e a arquibancada terá assentos marcados. Outra opção são os camarotes para até 12 pessoas ou lounges fechados para quatro pessoas. Os ingressos estão disponíveis somente online através do site ticket 360. O uso de máscaras é obrigatório.

Jeunesse Arena: Av. Emb. Abelardo Bueno, 3.401, Barra da Tijuca – (21) 2430-1750. Sexta, 22h. Ingressos a partir de R$ 50 via ticket 360. Classificação etária: 18 anos.


O Globo quinta, 16 de setembro de 2021

AFROTURISMO: OS PASSEIOS QUE AJUDAM A REDESCOBRIR A HISTÓRIA DO BRASIL

Nos caminhos do afroturismo: os passeios que ajudam a redescobrir a história do Brasil

Do Maranhão ao Paraná, o tours sobre hernça negra crescem no país, com agências especializadas e novos roteiros
Tambor de crioula, manifestação artística tipicamente maranhense, no bairro da Liberdade, em São Luís Foto: Divulgação
Tambor de crioula, manifestação artística tipicamente maranhense, no bairro da Liberdade, em São Luís Foto: Divulgação

Do Paraná ao Maranhão, o afroturismo tem ampliado seu espaço, seja nas regiões centrais e históricas, seja em zonas periféricas e cidades do interior. Comandados por pessoas negras, esses tours e experiências contam, ou recontam, a história dos lugares a partir de suas perspectivas e memórias, ajudando a revelar um passado muitas vezes camuflado.

Tambores em São Luís do Maranhão

Terreiro de tambor de Mina, religião de matriz africana tipicamente maranhense, no bairro da Liberdade, em São Luís Foto: Divulgação
Terreiro de tambor de Mina, religião de matriz africana tipicamente maranhense, no bairro da Liberdade, em São Luís Foto: Divulgação

Novos roteiros estão prontos para serem lançados, como o Quilombo Cultural, desenvolvido pela Secretaria municipal de Turismo de São Luís do Maranhão e previsto para 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra.

— Quem visita o centro histórico até entra em contato com a cultura negra, através de apresentações e museus — conta o secretário municipal de turismo, Saulo Santos. — Mas queremos mostrar o lugar onde essas expressões são realmente vividas.

Turismo responsável:saiba como ser um viajante melhor depois da pandemia

O local é o Quilombo Urbano da Liberdade, formado por quatro bairros próximos ao Centro (Liberdade, Camboa, Vila Goreth e Fé em Deus) povoados por pessoas de regiões do interior com forte influência afro-brasileira, e que levaram consigo suas crenças e manifestações culturais.

O roteiro passará por terreiros de Tambor de Mina, uma religião de matriz africana tradicional do Maranhão, bares de reggae, barracões de bumba meu boi e grupos de tambor de crioula, entre outros. Poderá ser feito por conta própria ou com agências.

Olinda além do casario

No mesmo mês, a agência Guia Negro (guianegro.com.br) pretende lançar um passeio em Olinda, em Pernambuco. O tour será uma parceria com o Afoxé Alafin Oyó, grupo cultural com forte atuação no carnaval local. A ideia é mostrar um outro lado da história, menos presente nos livros escolares, e incluir novos atores, como donos de restaurantes negros.

— Nossa ideia é mostrar que o lugar não tem apenas igrejas, casario colonial e histórias dos tempos dos holandeses. Tem uma herança africana muito forte, da música à gastronomia — explica Guilherme Soares Dias, um dos fundadores da Guia Negro.

São Paulo: da Liberdade ao Grajaú

Caminhada São Paulo Negra pelo bairro da Liberdade Foto: Divulgação
Caminhada São Paulo Negra pelo bairro da Liberdade Foto: Divulgação

A empresa (antiga Black Bird Viagens) nasceu em 2018 com o projeto Caminhada São Paulo Negra, na capital paulista. A proposta sempre foi mostrar a herança negra em bairros que ficaram ligados a outras populações, como a região do Bixiga, tradicionalmente associada à imigração italiana, mas que é um importante polo da cultura afro-brasileira em São Paulo, sendo, inclusive,  berço da escola de samba Vai-Vai. E a Liberdade,  cujo nome vem da rebelião por melhores salários liderada pelo cabo negro Francisco José das Chagas, executado ali em 1821, muito antes da chegada dos japoneses.

Ainda na região central, há uma caminhada inspirada pelo abolicionista Luis Gama. Mas, em breve, a agência ao Grajaú, na Zona Sul, bem longe do vão do Masp ou do Pátio do Colégio, mas perto da cultura negra moderna paulistana.

 
 

Em Salvador, um trem à beira-mar

Passeio da agência Guia Negro pela Lagoa de Abaeté, na região de Itapuã, em Salvador Foto: Divulgação
Passeio da agência Guia Negro pela Lagoa de Abaeté, na região de Itapuã, em Salvador Foto: Divulgação

Este ano, a agência estabeleceu atividades também na Bahia. Na capital, o primeiro passeio foi a Caminhada Salvador Negra, a partir do Pelourinho, num roteiro que busca resgatar o protagonismo negro na cidade. Uma das paradas é a sede da Sociedade Protetora dos Desvalidos, organização fundada por homens negros livres em 1832 e que ajudava, entre outras coisas, a comprar alforria para pessoas escravizadas.

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Há ainda passeios em zonas mais periféricas, como o do Subúrbio Ferroviário, onde se chega num trem à beira-mar, e que inclui a travessia de ferry boat entre os bairros Plataforma e Ribeira. Já no roteiro pelo Curuzu, os visitantes sobem (ou descem?) a ladeira para conhecer o Ilê Ayê, a estátua de Nelson Mandela e a tradição das tranças. E, por fim, o roteiro Passa Uma Tarde Em Itapuã mostra um lado mais afro da praia imortalizada por Toquinho e Vinícius, com destaque para a bela Lagoa de Abaeté.

Maceió: heranças que não se resumem a Palmares

Turistas visitam o Mercado de Artesanato durante o tour Andança Negra Maceió, da agência Alagoas Cultural Foto: JESSICA CONCEICAO / Divulgação
Turistas visitam o Mercado de Artesanato durante o tour Andança Negra Maceió, da agência Alagoas Cultural Foto: JESSICA CONCEICAO / Divulgação

Se Salvador é mais que Pelourinho, Alagoas não se resume a Palmares. É o que ensina o passeio Andança Negra Maceió, da agência Alagoas Cultural (facebook.com/alagoascultura). Nele, o visitante aprende sobre a influência afro-brasileira na cultura e na gastronomia, e escuta histórias de resistência, como a Quebra de Xangô, um evento de intolerância religiosa que resultou na destruição de diversos terreiros de cultos de matriz africana no estado, em 1912. 

 

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O passeio, que está suspenso por causa da pandemia, tem também uma versão carnavalesca, com foco nos ritmos populares que caracterizam a festa alagoana, como o bumba meu boi, que, ali, é uma tradição de fevereiro.

— Queremos retornar em dezembro, se a vacinação permitir. E vamos tirar do papel nosso passeio para a Serra da Barriga e Palmares, que íamos começar a operar quando começou a pandemia — diz Jéssica Conceição, uma das sócias.

Curitiba negra

Os painéis da Praça 19 de Dezembro fazem parte do tour Linha Preta, em Curitiba Foto: Divulgação
Os painéis da Praça 19 de Dezembro fazem parte do tour Linha Preta, em Curitiba Foto: Divulgação

No mesmo compasso de espera pela queda no número de casos está a dupla Mel e Candiero, responsáveis pela Linha Preta (inhapretacuritiba.wixsite.com/linha-preta), um tour sobre a história negra de Curitiba. Em cerca de duas horas e meia, o passeio passa por mais de 20 pontos, como a estátua “Águas para o morro”, que contam como africanos e seus descendentes foram importantes para o desenvolvimento da cidade, antes mesmo da chegada dos imigrantes europeus.

— O primeiro poeta da cidade era negro, a festa mais popular, por mais de de 200 anos, era a coroação dos reis do congo. Tivemos aqui personagens incríveis, como Maria Águeda, uma mulher negra e livre, que enfrentou os poderosos da região em 1804, além da primeira engenheira negra do Brasil, Enedina Alves Marques e dos próprios irmãos André e Antônio Rebouças, que projetaram a estação ferroviária e a ferrovia Curitiba-Paranaguá — conta Candiero.

Falando na cidade litorânea, ela é um dos possíveis futuros destinos dos novos tours temáticos planejados por Mel e Candiero. Eles pretendem expandir a Linha Preta para algo maior, as Trilhas Afro Paranaenses, passando por cidades históricas do Paraná, como Castro, onde fica a Fazenda Capão Alta, famosa por uma grande revolta de escravizados em 1864.

Rio  de Janeiro do jongo e do samba

Gabriela Palma (de branco, sentada à esquerda), sócia da agência Sou + Carioca, guia um grupo pela Gamboa, durante o tour da Pequena África, na Zona Portuária do Rio, antes da pandemia Foto: Leo Henck / Acervo pessoal
Gabriela Palma (de branco, sentada à esquerda), sócia da agência Sou + Carioca, guia um grupo pela Gamboa, durante o tour da Pequena África, na Zona Portuária do Rio, antes da pandemia Foto: Leo Henck / Acervo pessoal

No Rio, a pandemia fez a agência Sou + Carioca (soumaiscarioca.com.br) se adaptar, seja criando tours virtuais, seja reduzindo para dez pessoas os grupos presenciais. A agência é uma referência em afroturismo na cidade, e tem o tour pela Pequena África, na zona portuária, seu carro-chefe. Mas desenvolveu também passeios pelos bairros de Madureira e do Estácio, pontos fundamentais para entender a herança negra na cidade a partir do jongo e das escolas de samba.

— A gente usa o patrimônio público e a rua para abordar assuntos como racismo estrutural e desigualdade social. O turismo é uma ferramenta muito boa para isso — explica a sócia Gabriela Palma.


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