Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo segunda, 10 de outubro de 2022

PORTUGAL: DEPOIS DOS MOTOBOYS, MOTOTÁXIS CHEGAM ÀS RUAS DO PAÍS

 

Por Gian Amato

 

Moto do aplicativo Ixat à beira do Rio Douro, no Porto
Moto do aplicativo Ixat à beira do Rio Douro, no Porto Divulgação/Ixat

Depois dos motoboys brasileiros, chegou a vez dos mototáxis nas ruas de Portugal. A alternativa de transporte existe em todo Brasil, mas é tradicionalmente associada ao Rio de Janeiro, de onde veio a inspiração para o português Tiago Lousada criar o aplicativo Ixat.

— Morei no Rio de Janeiro, no Recreio, e peguei mototáxi algumas vezes durante um ano. Em Portugal nem havia algo assim naquele tempo. Sequer para pedir comida — disse Lousada ao Portugal Giro.

Isso aconteceu em 2003. Desde então, Lousada pensou em replicar a ideia em Portugal, mas arquivou o projeto. Quando foi morar em Angola, há cerca de dois anos, e viu a versão africana dos mototáxis que chamaram sua atenção no Rio, resolveu retomar seus planos. Lançou o Ixat na última sexta-feira.

— É inédito em Portugal um aplicativo de mototáxi. Somos um marketplace, que faz a conexão entre mototaxistas e passageiros — disse ele, que fundou a empresa em sociedade com Elisabete Anjos Oliveira, responsável jurídica.

A criação do Ixat teve a contribuição de parte dos milhares dos motoboys brasileiros, que são maioria nas plataformas digitais em Portugal. Segundo Lousada, ele conversou com estes trabalhadores e recebeu dezenas de pré-inscrições.

Inicialmente, serão 100 mototaxistas. Os brasileiros e portugueses dominam a nova plataforma de maneira equilibrada.

— É quase metade para cada lado. E os brasileiros, quando conversamos, diziam para começar já com o aplicativo, porque nossas condições são mais interessantes para eles — contou Lousada.

Os mototaxistas que já são motoboys ou devem estrear no serviço de transporte via aplicativo querem o mesmo: independência. Eles recusam o contrato de trabalho para continuar freelancers, indo de encontro aos planos do governo.

— Ninguém terá contrato com a gente, os mototaxistas são livres. Trabalham quando quiserem e quantas horas acharem necessárias. Conseguem saber de imediato a origem, o destino e o valor da corrida — disse Lousada, sem revelar o valor da comissão da empresa, que divulgou em comunicado ser a “mais baixa do mercado”.

Não existe em Portugal uma licença específica para mototáxis, o que ainda deve ser regulamentado. Para se associar à empresa, o mototaxista precisa ter moto, ser maior de 25 anos e possuir carteira de habilitação há três. Também são obrigatórios dois capacetes e seguros da moto e dos ocupantes.

O serviço está previsto para funcionar em todo o país, mas com maior presença no Algarve, Lisboa e Porto. Nas maiores cidades, os engarrafamentos são constantes neste período de retomada pós-pandemia de Covid-19.

— Criamos a plataforma para melhorar a mobilidade e partilhar os lucros com os mototaxistas. Não queremos ficar ricos — diz Lousada, que fechou parceria com um grupo para tentar disseminar o uso de motos elétricas.

A start-up sediada em Gaia, cidade vizinha ao Porto, recebeu € 100 mil (R$ 509 mil) de um investidor e planeja ampliar o campo de atuação. Atualmente, além de mototáxis, começa fazendo a entrega de pequenos objetos.

— Nosso diferencial para os carros de aplicativos é a rapidez. E não é caro usar o mototáxi, custa € 6 (R$ 30) a tarifa base, mais € 0,60 por km. E o serviço de entrega sai por € 3 a tarifa base e € 0,55 por km. Nosso público é o estudante que não tem carteira e prefere viajar a comprar um carro. E o profissional que sai de uma reunião para outra e nunca acha vaga para estacionar — aposta Lousada.


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