Quer conhecer uma cidade com um dos climas mais atípicos do mundo, onde (quase) nunca chove? É só considerar Lima como destino de sua próxima viagem. O curioso fenômeno meteorológico da capital peruana ocorre devido à sua localização entre a costa do Oceano Pacífico e a Cordilheira dos Andes, o que dificulta a formação de nuvens carregadas. De dezembro a março, o mormaço é certo. E, nos outros meses se vê, quando muito, uma leve garoa.
A geografia colabora para manter pontos turísticos como a Huaca Pucllana, um sítio arqueológico de argila preservado desde os anos 700 depois de Cristo. Ele fica em meio a prédios contemporâneos do bairro de Miraflores, onde se encontra outro atrativo favorecido pela falta de chuva: o Larcomar, um shopping a céu aberto com vista para o mar.
Situado numa área nobre de Lima, Miraflores é um dos bairros mais indicados para hospedagem da capital do Peru. Ali estão bons restaurantes, pontos turísticos, como o famoso Parque del Amor, com mosaicos coloridos que remetem aos de Antoni Gaudí em Barcelona, e o recém-inaugurado Parque Chino.
Lima, no Peru, tem farta hotelaria, gastronomia atraente e ganha investimento no turismo
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Vizinho de Miraflores, Barranco tem arte, boemia e gastronomia.
— Se o viajante gosta de arquitetura, tem palácios lindos, construções do século XX. Se gosta de arte, há museus, como o de arte contemporânea (MAC) e o Pedro de Osma, um casarão de estilo francês que pertencia à família do filantropo, que colecionava objetos de arte dos séculos XVI ao XVIII. E um dos restaurantes que fazem sucesso por aqui é o Isolina, com comidas típicas — informa o guia turístico Carlos Falconí.
O Centro Histórico de Lima, onde está localizada a Plaza Mayor ou Plaza de Armas, decretada Patrimônio Mundial pela Unesco, tem recebido um olhar atento do governo.
— Ruas do entorno da praça têm sido pavimentadas e vão virar calçadões — conta Pablo Torres, guia da prefeitura.
Quarenta e uma quadras serão pavimentadas, ganhando nova sinalização e rampas de acesso para pessoas com deficiência. Há a intenção de atrair mais turistas para Lima, que por anos serviu apenas de passagem para quem tinha foco em Cusco e Machu Picchu.
Trunfo à mesa
Conhecida como a capital gastronômica da América do Sul, Lima tem os ceviches como carros-chefes. É possível encontrar a iguaria em mercados municipais ou em restaurantes sofisticados, que propõem ainda outras combinações de cortes de peixe com ingredientes locais. Um exemplo é o tiradito de salmón con leche de tigre, prato do restaurante La Vista, do hotel JW Marriott, em Miraflores.
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Tiradito de Salmón con leche de tigre, do restaurante La Vista, do JW Marriott — Foto: Divulgação
Quem pisa no país pela primeira vez também não pode deixar de experimentar o pisco, a bebida obtida da fermentação do mosto de uvas. Um drinque feito com ela custa 39 soles (cerca de R$ 52) no restaurante Maras, do hotel The Westin Lima, em San Isidro. Para ter a melhor sensação ao beber, alguns garçons orientam:
— No primeiro gole, é importante bochechar, em seguida engolir e, devagar, puxar o ar para dentro da boca — orienta um funcionário do bar El Salar, no Westin.
Para relaxar
Sendo um importante foco de turismo no continente, Lima conta com uma boa oferta hoteleira, com a presença de grupos internacionais como o Marriott, que oferece ótimas opções na cidade.
Um deles é o The Westin, cujo destaque entre os serviços de bem-estar é seu Heavenly Spa (veja fotos abaixo). Em 17 salas, são oferecidos tratamentos restauradores e relaxantes, entre eles massagens em piscinas termais.
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Heveanly Spa, do The Westin Lima Hotel, em San Isidro — Foto: Divulgação
Já o Sheraton, localizado no centro histórico, é indicado para viagens empresariais ou de delegações: tem 437 quartos, além de amplas salas para conferências e reuniões.
O JW Marriott tem uma localização privilegiada, em frente ao calçadão e ao mar da Costa Verde, um bufê caprichado no restaurante La Vista e o JW Market, uma delicatessen com opções especiais de café, pioneira na rede.
Documentos exigidos
Turistas brasileiros não precisam de passaporte nem de visto para aterrissar em Lima. Apenas o RG (em bom estado) já serve como identificação.
Mas alguns documentos têm sido exigidos por conta da pandemia: um documento (“declaración jurada”) informando que o passageiro não tem sintomas de Covid-19, que o viajante preenche no site djsaludviajero.minsa.gob.pe/dj-salud, além do comprovante de vacinação com a primeira dose de reforço de vacina inclusa.
Ao chegar ao Aeroporto Internacional Jorge Chávez, que fica em Callao (a 11 km de Lima), o viajante também precisará informar o endereço de onde ficará hospedado e qual será a data de saída do país.
*A repórter viajou a convite da Marriott International