Desde que começou a ser comercializada no mundo, há dois meses, a Myrkl já está disponível para envio a 18 países por meio do site oficial. Consumidores de lugares como Austrália, Nova Zelândia, Alemanha e França já podem garantir a pílula, lista que contará com o Brasil até o fim de novembro.
A caixa, com 30 unidades, é vendida no Reino Unido pelo valor de 30 libras, o que na cotação comercial desta terça-feira equivale a cerca de 180 reais – seis reais por comprimido, sem contar com o frete. De acordo com a De Faire Medical, a dose indicada é de duas pílulas antes da bebida alcoólica.
A Myrkl promete quebrar o álcool no intestino antes que ele chegue ao fígado, reduzindo assim a metabolização da substância e a quantidade na corrente sanguínea. Isso porque o fígado quebra a molécula do álcool em ácido acético e acetaldeído, que são os responsáveis no dia seguinte pelo mal-estar, além de sobrecarregar o órgão.
No entanto, a pílula também reduz os efeitos da bebida no cérebro, característicos da embriaguez, então não é indicada àqueles que desejam beber em busca das sensações provocadas pelo álcool. Além disso, atua apenas sobre doses moderadas.
A pílula chegou a ser testada em um estudo, publicado na revista científica Nutrition and Metabolic Insights, em junho, que acompanhou 24 participantes. Eles tomaram dois comprimidos entre uma e 12 horas antes de ingerir duas doses de destilado. Em comparação com outro grupo, que não recebeu o suplemento, foi observada uma redução de 70% do álcool no sangue uma hora após as bebidas.
O produto era anunciado pela De Faire Medical como “o primeiro na história a quebrar o álcool de forma efetiva”. Porém, teve que reavaliar a propaganda devido às normas britânicas referentes à divulgação de suplementos alimentícios.
Uma série de relatos nas redes sociais e publicados por jornalistas britânicos que experimentaram o produto apontam de fato benefícios em impedir sintomas incômodos do álcool após a ingestão de baixas doses. Porém, há quem não tenha observado efeitos significativamente relevantes, e alguns especialistas criticam a evidência científica por trás da pílula pelo baixo número e diversidade dos participantes.