Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo terça, 28 de junho de 2022

DIVAS DA MPB: CLAUDETTE SOARES, DÓRIS MONTEIRO E ELIANA PITTMAN

 

Por Silvio Essinger — Rio de Janeiro

 

'Você chegava e cantava... Hoje não tem mais canja', diz Claudette Soares, que canta com Dóris Monteiro e Eliana Pittman
A cantoras Eliana Pittman, Claudette Soares (ao centro) e Dóris Monteiro Divulgação/Fátima Cabral
 

Dóris Monteiro, a diva original do sambalanço, diz não ser a favor dessa modernidade de as pessoas quererem “fazer tudo por celular e e-mail”. Mas aceitou o convite para participar de uma entrevista por Zoom juntamente com Claudette Soares e Eliana Pittman, com quem divide hoje o palco do Teatro Riachuelo, no Centro do Rio, no show “As divas do sambalanço”.

 Idealizado por Thiago Marques Luiz, o espetáculo homenageia um estilo dançante e popular da música brasileira, especialmente no começo dos anos 1960, nascido do encontro do samba, do jazz e dos ritmos caribenhos. Era o som por excelência dos bailes cariocas, com canções suingadas e divertidas, que teve como expoentes o organista Ed Lincoln, seus crooners Orlandivo e Silvio César, e cantores como Dóris, Elza Soares e Miltinho.

— Era um movimento tão lindo, que aconteceu depois da bossa nova, e que ninguém lembrou de fazer um show ou um disco em homenagem — lamenta Claudette, de 84 anos, que começou a cantar bem jovem, foi batizada de Princesinha do Baião e mais tarde modernizaria o sambalanço ao gravar “Se você quiser, mas sem bronquear”, de Jorge Ben.

Dóris, de 87, confirma:

 

— Eu e Claudette sempre gravamos sambalanço. Lancei “Samba de verão” (dos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle) em 1964, meses depois, os Cariocas e João Donato gravaram.

Eliana, por sua vez, debutou nos palcos adolescente, quando Claudette e Dóris já estavam a toda nas boates de Rio e São Paulo, e o sambalanço começava a perder força. Mas não ficou de todo de fora do estilo.

— Eu cantava Orlandivo e Osvaldo Nunes. E o show foi revelador, pois Thiago descobriu que eu tinha gravado o “Samba de molho”, do Hélton Menezes (em 1965) — lembra a cantora, que fez sucesso nos anos 1970, ganhou o título de Rainha do Carimbó e hoje se desdobra como atriz nas séries “Sob pressão” (Globoplay) e “A sogra que te pariu” (Netflix).

Das três, Claudette é a que mais sente saudade da noite dos anos 1960.

 

— Cantei com todos os grandes músicos. Você entrava em qualquer casa no Rio ou São Paulo e tinha um grande pianista. Existiam as canjas, você chegava e cantava. Hoje não tem mais — lamenta.

A partir da esquerda, as cantoras Eliana Pittman, Claudette Soares e Dóris Monteiro — Foto: Divulgação/Fátima Cabral

A partir da esquerda, as cantoras Eliana Pittman, Claudette Soares e Dóris Monteiro — Foto: Divulgação/Fátima Cabral

Sobre o show, dizem que se completam em cena.

— Somos completamente diferentes. A Eliana com aquele estilo jazzístico, a Dóris com aquele balanço e aquela suavidade... e eu um pouquinho metida, querendo fazer uns balancinhos a mais — brinca Claudette.

No palco, elas passam a limpo o repertório do álbum “As divas do sambalanço”, gravado ao vivo em 2019 e que teve a turnê interrompida pela pandemia, com pérolas como “Bolinha de sabão”, “Samba toff”, “Tamanco no samba”, “Mas que nada”, “Só danço samba” e “Bolinha de papel”.

 

— Com a memória musical do brasileiro, as músicas que cantamos no show são surpresas — ironiza Eliana.

Claudette completa:

— Mas a nossa vingança é estarmos vivas para cantá-las!


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