Vini Jr. é recebido por Neymar: eles são os principais nomes de gerações diferentes que se uniram na seleção brasileira — Foto: Lucas Figueiredo/CBF
São jogadores no auge das carreiras: com longa experiência no futebol europeu, alguns deles multicampeões por clubes, já experimentados na seleção brasileira. Seis deles estiveram na Copa da Rússia — Alisson, Danilo, Casemiro, Fred, Coutinho e Neymar.
A caminho do Mundial do Catar, os trintões proporcionam aos mais jovens a passagem de bastão que nem sempre existiu da melhor forma na seleção. Neymar é o caso mais emblemático disso, talvez na história da amarelinha. Ao ser lançado como referência ainda aos 18 anos em 2010, sem o respaldo de jogadores que deixaram de frequentar o grupo antes do imaginado, casos de Ronaldinho, Kaká, Robinho e Adriano.
Casemiro líder
A despeito do peso inquestionável dos veteraníssimos Daniel Alves e Thiago Silva, emerge como referência desse grupo o volante Casemiro. O simples fato de ter sido ele o escolhido para falar sobre o pequeno atrito ocorrido entre o grupo da seleção e o então presidente da CBF, Rogério Caboclo, no caso da realização da Copa América do ano passado, sinaliza o tamanho do jogador dentro do vestiário.
O volante do Real Madrid acaba exercendo o papel, tanto no clube espanhol, quanto na seleção brasileira, de alguém que tenta controlar as expectativas criadas em torno de Rodrygo e, principalmente, Vini Jr, ambos de apenas 21 anos.
Tecnicamente falando, quem oferece a maior guarida para esses jogadores é Neymar. Rumo à sua terceira Copa do Mundo, talvez a última, se continuar com a ideia de se aposentar da seleção depois do Mundial, o camisa 10, ao entrar em campo, é quem canaliza as maiores responsabilidades em termos de atuação.
Além disso, em termos táticos, Neymar tem migrado para a criação das jogadas do Brasil. Acaba atuando mais em função dos mais jovens do que o contrário, quando a seleção tem a bola. Na goleada sobre a Coreia do Sul, Neymar ocupou muito a faixa intermediária ofensiva e encontrou bons passes em diagonal para os jogadores que avançavam pelas pontas. No ocasião, Lucas Paquetá e Raphinha.
— Por mais que seja pouco tempo de trabalho que a gente tenha juntos, cada um conhece bem o outro dentro das suas características. O Ney consegue entender meu estilo, o estilo do Vini, o Paquetá entende o do Ney e assim por diante — explicou o atacante Raphinha.
O grande desafio dos trintões será se manterem bem fisicamente para a competição no Oriente Médio. Neymar, por exemplo, vive às voltas com problemas de lesão. Ontem, postou nas redes sociais imagens de hematomas no pé direito. Ainda assim, isso não deve ser problema a ponto de tirá-lo do jogo contra o Japão.
Além de Vini Jr, outra provável mudança na seleção em relação aos titulares contra a Coreia do Sul será a entrada de Guilherme Arana no lugar de Alex Sandro na lateral esquerda. Eder Militão participou de parte do treino no lugar de Thiago Silva, ao lado de Marquinhos na defesa.