Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

O Globo quinta, 28 de abril de 2022

TURISMO: UM ROTEIRO PELA COSTA MAYA, O TESOURO A SER DESCOBERTO NO CARIBE MEXICANO

Por Eduardo Maia

 


Viajantes descansam em frente à Laguna de los Siete Colores, em Bacalar, na Costa Maya, Caribe Mexicano — Foto: Ivan Macias / Wikimedia Commons / Reprodução

Viajantes descansam em frente à Laguna de los Siete Colores, em Bacalar, na Costa Maya, Caribe Mexicano — Foto: Ivan Macias / Wikimedia Commons / Reprodução

A melhor base para explorar a Costa Maya é Chetumal, capital do estado de Quintana Roo (o mesmo de Cancún), colada em Belize. Não exatamente pelo charme, que esta cidade de cerca de 170 mil habitantes, e aquele típico vaivém das fronteiras, não tem. E sim pela boa estrutura de meios de hospedagem e serviços turísticos, além da proximidade com as principais atrações da região. Chetumal até tem seus atrativos, como o Museo de la Cultura Maya ou os bares e restaurantes da orla do Boulevard Bahía. Mas são em outras águas que os visitantes normalmente querem mergulhar.

Laguna de los Siete Colores, em Bacalar, na Costa Maya, Caribe Mexicano — Foto: Wikimedia Commons / Reprodução

Laguna de los Siete Colores, em Bacalar, na Costa Maya, Caribe Mexicano — Foto: Wikimedia Commons / Reprodução

Elas ficam em Bacalar, cidadezinha a apenas 40km da capital, banhada por um conjunto de lagos de beleza surreal. O ponto mais conhecido é a Laguna Bacalar, ou Laguna de los Siete Colores, com tons de azul que remetem do Caribe às Maldivas. Com um detalhe: a água é doce. O lugar é muito apreciado para passeios de caiaque, stand-up paddle, catamarã ou veleiro. Ou apenas para curtir o visual a partir de um bar ou restaurante às margens do lago. Há ali também três cenotes onde se pode mergulhar, sendo o Azul o mais popular e de mais fácil acesso.

Cheia de belas casas de veraneio e hotéis charmosos, Bacalar faz parte da rede de Pueblos Mágicos do México, cidadezinhas encantadoras, ricas em história e natureza. Fora d’água, mas às margens de outro lago, o Fuerte San Felipe é a principal atração feita pelo homem por ali. Com suas estruturas de pedra muito bem conservadas até hoje, a instalação militar foi inaugurada em 1729, quando os colonizadores espanhóis se esforçavam para defender o território dos ataques de holandeses, franceses e ingleses. Estas e muitas outras histórias da região estão contadas no museu que funciona dentro do forte.

Um dos vários rostos de pedra esculpidos no Templo de los Mascarones, nas ruínas de Kohunlich, na Costa Maya, no México — Foto: Wikimedia Commons / Reprodução

Um dos vários rostos de pedra esculpidos no Templo de los Mascarones, nas ruínas de Kohunlich, na Costa Maya, no México — Foto: Wikimedia Commons / Reprodução

História é o que não falta também em dois grandes sítios arqueológicos pré-colombianos na região. Cerca de 50km ao norte de Bacalar, as ruínas de Chacchoben guardam resquícios de uma importante cidade maia do século IV, com pirâmides e outras construções, em sua maioria ainda tomadas pela selva. Já as ruínas de Kohunlich, a 60km de Chetumal, bem perto da fronteira com Belize, merecem ser visitadas especialmente pelo Templo de los Mascarones, um conjunto de rostos de pedra numa área cerimonial que teve seu auge entre os séculos III e VII.

No litoral, o principal destino da região é Mahahual, onde, há pouco mais de 20 anos, apenas barcos de pescadores costumavam ser vistos ao longo de sua praia. Hoje a pescaria é outra: o trabalho agora é fisgar os milhares de passageiros que desembarcam diariamente dos navios de cruzeiros que atracam no porto da Costa Maya.

Um dos beach clubs de Mahahual, praia na Costa Maya, Caribe Mexicano — Foto: Eduardo Maia

Um dos beach clubs de Mahahual, praia na Costa Maya, Caribe Mexicano — Foto: Eduardo Maia

O terminal turístico, inaugurado em 2002, é usado por algumas das principais armadoras dos Estados Unidos em seus roteiros pelo Caribe mexicano, como Disney Cruise Line, Norwegian, Carnival, Virgin Voyages e Royal Caribbean. No complexo do porto há um grande shopping, um beach club, um parque aquático que simula ruínas maias e uma atração para quem quer mergulhar com golfinhos. Mas nada disso é melhor que pegar um táxi ou alugar uma bicicleta e escapar para a praia de Mahahual, logo ali ao lado.

 

 

Apesar do grande número de turistas, o lugar não chega a ficar lotado, já que muitos deles contratam passeios para Bacalar ou as ruínas, por exemplo. Sobram, claro, estabelecimentos com aquela cara típica de pega turista. Mas ao longo da orla da cidade é possível encontrar bares, restaurantes e hotéis interessantes, muitos com estruturas de serviço pé na areia, onde se pode passar o dia — há opções de day use a partir de US$ 20 com bebida e comida. Mas se não quiser gastar nada, vale apenas sentar na areia e contemplar este canto ainda cheio de surpresas do Caribe mexicano.


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