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Praia mais famosa da Tailândia, Maya Bay foi reaberta ao público em janeiro de 2022, com restrição de visitação — Foto: Athit Perawongmetha/Reuters
Um dos símbolos deste novo momento é Maya Bay, o ponto mais famoso do litoral tailandês, que, depois de ter servido de cenário para o filme “A praia” (2000), com Leonardo DiCaprio, passou por uma explosão turística, até precisar ser fechado totalmente em 2018, para a recuperação de seu frágil ecossistema. Acredita-se que cerca de 50% de seus corais tenham sido destruídos pelas âncoras das embarcações que paravam.
Em 1º de janeiro, a pequena enseada foi reaberta à visitação, mas com novas regras. Agora, barcos turísticos não são mais permitidos, e o acesso se dá por um novo píer, construído na praia vizinha de Loh Samah, a uma curta caminhada de distância. Serão permitidos até três mil visitantes por dia, sendo 300 por vez, e os banhistas poderão ficar apenas na areia ou entrar no mar dentro de uma faixa de 50 metros.
No estande da Tailândia na ILTM Latin America, principal feira do turismo de luxo do país, que aconteceu na última semana, em São Paulo, o representante do turismo na América do Sul, Jefferson Santos, afirmou que a pandemia ajudou o país a reavaliar que tipo de visita quer promover:
— Antes, parte importante dos turistas na Tailândia era de países vizinhos, sobretudo a China, que passavam pouco tempo e iam embora. Agora, é clara a ideia de substituir as visitas mais curtas e rápidas por aquelas que valorizem mais a experiência e o contato com a cultura tailandesa.
Banho nos elefantes
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Criança turista alimenta um elefante num dos santuários dedicados à preservação da espécie na Tailândia — Foto: Divulgação / TATLA
Um exemplo dessa nova abordagem passa pelos elefantes. Presentes não apenas nas florestas, mas também na vida da sociedade tailandesa, os maiores animais terrestres do continente por muitos anos vêm sendo explorados também como atrativos turísticos.
Em vez de passeios no lombo dos elefantes, os viajantes estão sendo incentivados a conhecer santuários eticamente responsáveis, muitos com elefantes resgatados de práticas de maus-tratos. Nesses lugares, o turista “adota” um animal e, durante um dia, participa de seus cuidados, da alimentação ao banho. E passando por momentos, digamos, inesquecíveis.
Estes santuários estão espalhados por todo o país. Entre os mais conhecidos e próximos a importantes destinos turísticos da Tailândia estão o Elephant Nature Park, na histórica cidade de Chiang Mai, no Norte; o Phuket Elephant Sanctuary, no movimentado balneário, no Sul do país; e ElephantsWorld, em Kanchanaburi, a duas horas de Bangkok.
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Quarto de frente para o Rio Chao Phraya do hotel cinco estrelas Capella Bangkok, aberto no final de 2020 — Foto: Divulgação
Outra maneira de mergulhar na cultura tailandesa, claro, é por meio de sua gastronomia. Para Candy Krajangsri, executiva de Marketing da Autoridade Turística da Tailândia, também presente da ILMT Latin America, quem viaja para o país pensando que encontrará apenas comida condimentada e apimentada costuma se surpreender.
— Nossa comida é tão diversa como o próprio país, e quem prova dela quer sempre repetir a dose, nem que seja em casa. Tanto que um dos programas que mais têm crescido nos últimos tempos é o das aulas de culinária para turistas — comentou.
As novas regras
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O famoso Buda dourado de 18 metros de altura do templo Wat Phra Yai, na cidade de Pattaya, Tailândia — Foto: Manan Vatsyayana / AFP
Antes da pandemia, o turismo representava 12% do PIB Tailandês — que foi de US$ 501 bilhões. A reabertura aos visitantes internacionais vem acontecendo em fases, desde meados de 2021, quando destinos turísticos como Phuket começaram a receber visitantes. Em outubro, mais regiões reabriram, como Bangkok e Pattaya, conhecida, entre outras coisas, pelo Buda dourado de 18 metros de altura do templo Wat Phra Yai.
A mais recente fase começou agora em maio. Nela, viajantes com a vacinação completa precisam apenas preencher o formulário eletrônico Thailand Pass (tp.consular.go.th), onde devem incluir o certificado de vacinação e um seguro de saúde com uma cobertura mínima de US$ 10 mil (antes, era de US$ 20 mil).
Já os não vacinados podem entrar sob duas condições. Se apresentarem um PCR negativo feito com 72 horas de antecedência, não precisarão fazer quarentena nem teste na chegada. Quem não apresentar este teste deve ficar em isolamento no hotel após o desembarque, e precisa fazer um exame após cinco dias para ser liberado.