Renato Souza
Jorge Vasconcellos
Publicação: 08/11/2019 04:00
"Não é a prisão após segunda instância que resolve esses problemas (de criminalidade), que é panaceia para resolver a impunidade, evitar prática de crimes ou impedir o cumprimento da lei penal – Dias Toffoli, presidente do STF
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Depois de cinco sessões de julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu, por seis votos a cinco, a execução da prisão após condenação em segunda instância. Com isso, a Corte retrocedeu ao entendimento que vigorou entre 2009 e 2016, impondo um retrocesso no combate à corrupção e um duro revés à Operação Lava-Jato. Pelo menos 38 réus investigados pela força-tarefa devem ser liberados, de acordo com levantamento do Ministério Público Federal do Paraná. O efeito da decisão é imediato, e assim que a ata do julgamento for publicada, advogados poderão solicitar a liberação de condenados que estão presos em decorrência de sentença tomada em segundo grau. Entre os beneficiados, está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (leia reportagem na página ao lado).
Além do petista, milhares de presos devem ser soltos para aguardar recursos ao STJ e ao STF. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a decisão atinge 4.895 detentos em todos os estados. Entre os condenados na Lava-Jato que podem ser liberados em razão do entendimento do Supremo estão o ex-ministro José Dirceu, condenado a oito anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em contratos da Petrobras; o ex-gerente da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier; o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, além do ex-diretor da Petrobras Renato Duque e do pecuarista José Carlos Bumlai.
Em nota publicada logo após o julgamento, a força-tarefa da Lava-Jato declarou que o entendimento do STF prejudica o combate à corrupção e favorece a impunidade. “A decisão do Supremo deve ser respeitada, mas, como todo ato judicial, pode ser objeto de debate e discussão. Para além dos sólidos argumentos expostos pelos cinco ministros vencidos na tese, a decisão de reversão da possibilidade de prisão em segunda instância está em dissonância com o sentimento de repúdio à impunidade e com o combate à corrupção, prioridades do país”, destacou um trecho do texto.
Procuradores da Lava-Jato lembraram que a grande quantidade de recursos possíveis no sistema jurídico brasileiro resulta, inclusive, na prescrição de crimes. “A existência de quatro instâncias de julgamento, peculiar ao Brasil, associada ao número excessivo de recursos que chegam a superar uma centena em alguns casos criminais, resulta em demora e prescrição, acarretando impunidade. Reconhecendo que a decisão impactará os resultados de seu trabalho, a força-tarefa expressa seu compromisso de seguir buscando justiça nos casos em que atua”, emendou a nota.
O presidente da Associação Nacional do Ministério Público (Conamp), Victor Hugo Azevedo, lamentou o desfecho do julgamento. “Reafirmo a preocupação do Ministério Público brasileiro com o provável retrocesso jurídico, que dificulta a repressão a crimes, favorecendo a prescrição de delitos graves, gerando impunidade e instabilidade jurídica”, ressaltou.
O ministro Edson Fachin, relator dos casos da Lava-Jato no Supremo, afirmou que os trabalhos relacionados à operação vão continuar normalmente na Corte. “Não creio que seja suficiente apenas culpar o sistema de processo penal pelas circunstâncias suscitadas neste julgamento. A relatoria dessa operação vai continuar a fazer o que tem de fazer, que é promover a responsabilização, quando for o caso, e a absolvição, quando for o caso.”
Toffoli
O ministro Dias Toffoli, que desempatou o placar, rebateu críticas de que a medida vai gerar impunidade e destacou que cada magistrado deve avaliar a situação do preso quando receber o pedido de liberdade. “No Brasil, mais de 300 mil pessoas estão presas por condenação em primeira instância. E continuarão presas, pois são pessoas perigosas”, disse o presidente da Corte, defendendo que condenados sejam presos logo após julgamento no Tribunal do Júri, que atua em casos de crimes hediondos, ou seja, dolosos contra a vida. Esse assunto ainda será analisado pelo plenário do Supremo.
Votaram a favor da prisão após condenação em segunda instância os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Os contrários à detenção antes de apresentar todos os recursos possíveis foram Marco Aurélio (relator), Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello, além de Toffoli.
Após o resultado, apoiadores do ex-presidente Lula que estavam na Praça dos Três Poderes soltaram fogos de artifício, e o barulho pôde ser ouvido dentro do tribunal. A Polícia Militar reforçou a segurança.
Respeito
No julgamento, a ministra Cármen Lúcia pediu que visões contrárias sejam respeitadas. “Quem gosta de unanimidade é ditadura. Democracia é plural, sempre. Diferente não é errado apenas por não ser mero reflexo”, frisou. Ela declarou que conhece os problemas do sistema penal do país, mas que a precariedade não pode servir como fundamento para não aplicar a lei. De acordo com a magistrada, derrubar a possibilidade de prisão em segunda instância aumenta a impunidade. “Se não se tem a certeza de que a pena será imposta, de que será cumprida, o que impera não é a incerteza da pena, mas a certeza ou pelo menos a crença na impunidade.”
O ministro Gilmar Mendes destacou que mesmo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), considerado a terceira instância, é possível anular a pena de uma pessoa condenada nas instâncias inferiores. “O STJ pode corrigir fatos sobre a culpabilidade do agente, alcançando, inclusive, a dosimetria da pena”, disse.
Saiba mais
Três ações
O julgamento encerrado ontem foi sobre o mérito de três ações, movidas pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), PCdoB e Patriota, que tratam sobre a execução antecipada de pena. As ações pediam que fosse confirmada a validade do artigo 283 do Código de Processo Penal, que prevê o trânsito em julgado — quando todos os recursos jurídicos são esgotados — como necessário para estabelecer as condições da prisão. Esse dispositivo foi incluído pelo Congresso Nacional em 2011.
Mudança de posição
O julgamento de ontem marcou a segunda vez que Toffoli mudou de posição sobre o tema. Em fevereiro de 2016, ele admitiu a prisão após condenação em segunda instância. Depois, passou a defender uma solução intermediária — de se aguardar uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Agora, o presidente do Supremo votou pelo trânsito em julgado.
4.895
Número de presos que podem ser beneficiados pela decisão, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
Contra a prisão
Ricardo Lewandowski
Rosa Weber
Marco Aurélio Mello
Celso de Mello
Gilmar Mendes
Dias Toffoli
A favor da prisão
Edson Fachin
Alexandre de Moraes
Luís Roberto Barroso
Luiz Fux
Cármen Lúcia
» RENATO SOUZA
Publicação: 07/11/2019 04:00
ANNA RUSSI
MARIA EDUARDA CARDIM
Publicação: 06/11/2019 04:00
Bolsonaro e Guedes seguiram a pé do Palácio do Planalto para o Senado
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Thays Martins
Publicação: 05/11/2019 04:00
Deborah Fortuna
Publicação: 04/11/2019 04:00
"Eu sou a única transgênero, negra, favelada licenciada em matemática da América Latina de que se tem notícia. Muitas meninas queriam ter a oportunidade que eu tive e infelizmente não tiveram"
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» Hellen Leite
Publicação: 03/11/2019 04:00
MARIANA FRAGA
Publicação: 02/11/2019 04:00
Com a vitória sobre a Angola por 2 x 0, ontem, em Goiânia, gols de Talles Magno e Gabriel Veron, a Seleção Brasileira termina a fase de grupo do Mundial Sub-17 em primeiro no A e retornará a Brasília para disputar as oitavas de final, quarta-feira, às 20h, no Bezerrão. A arena tem laços de família com o dono da camisa 9 verde-amarela. Autor de um gol na vitória por 3 x 0 sobre a Nova Zelândia na última terça-feira , o centroavante Kaio Jorge, 17, brilhou no mesmo palco em que o pai dele atuou por cinco meses na temporada de 2001 com o uniforme do Gama.
Jorge Ramos, 41, passou pelo clube candango numa era dourada. O Gama disputava a Série A do Campeonato Brasileiro. Jorge Ramos dividiu o vestiário com o zagueiro Márcio Santos, campeão da Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, e o goleiro Ronaldo Giovanelli, ídolo do Corinthians. O ex-atacante ficou apenas cinco meses no clube. Tempo suficiente para deixar o nome marcado na equipe devido a uma estreia convincente.
No primeiro jogo, Jorge Ramos marcou três gols na vitória contra o Juventude de Mato-Grosso, pela Copa-Centro Oeste. Também conquistou o Candangão e participou do início do Brasileirão. Durante a competição, sofreu contusão e não seguiu no Gama.
Reportagem do Correio em 2001 mostrava o desafio do pai de Kaio
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Após 18 anos, Jorge Ramos voltou ao Gama e ao estádio Bezerrão. Desta vez, para sentar-se nas arquibancadas e torcer pelo filho — o atacante Kaio Jorge, camisa 9 da Seleção Sub-17. "Quando descobri que ele iria jogar o Mundial Sub-17 no Gama, eu falei: 'Você vai jogar em um estádio onde eu fiz gols. Vamos ver se você balança as redes lá e ele até riu'. Para mim, está sendo um privilégio pisar aqui na cidade de novo. Agora, em busca de outro sonho realizado, que é ver o meu filho jogando”, comemora Jorge Ramos.
O gol do filho saiu. Henri lançou Veron pela direita, e o camisa 7 deu assistência para Kaio Jorge fazer seu primeiro gol na competição. "Ele falou muito bem do Gama, do time e da cidade. Fiquei muito feliz de ter feito gol no estádio em que ele jogou, sensação única, e espero fazer mais gols”, projeta Kaio, um dos trunfos do time para a etapa de mata-mata.
O reencontro com a antiga casa de Jorge Ramos rendeu outra surpresa: a estrutura. O ex-atacante elogiou o estádio e o centro de treinamento do atual campeão candango. “Está totalmente diferente. Antes não existiam tantas arquibancadas ao redor, apenas uma. Agora, está mais bonito, padrão Fifa, coisa de primeiro mundo. O pessoal do Gama está de parabéns, e torço para que possam subir logo para a Série C e ir galgando divisões até chegar à A”, afirmou o patriarca da família.
"Quando descobri que ele (Kaio Jorge) iria jogar o Mundial Sub-17 no Gama, eu falei: 'Você vai jogar em um estádio onde eu fiz gols. Vamos ver se você balança as redes lá, e ele até riu'. Para mim, está sendo um privilégio pisar aqui na cidade de novo. Agora, em busca de outro sonho realizado, que é ver o meu filho jogando”
Jorge Ramos, ex-jogador do Gama, pai do centroavante Kaio Jorge da Seleção Sub-17
"Ele falou muito bem do Gama, do time e da cidade. Fiquei muito feliz de ter feito gol no estádio em que ele jogou, sensação única, e espero fazer mais"
OS ESTRAGOS DO SARAMPO
Publicação: 01/11/2019 04:00
Irlam Rocha Lima
Publicação: 31/10/2019 04:00
Áurea Martins
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Cris Pereira
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Fanta Konate
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» JULIANA ANDRADE
Publicação: 30/10/2019 04:00
Local onde será erguido novo bloco da Casa Azul Felipe Augusto
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Orquestra formada por alunos locais tocou na cerimônia de aniversário da instituição
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» LUIZ OLIVEIRA*
* Estagiário sob a supervisão de Marina Mercante
Publicação: 29/10/2019 04:00
Maioria dos encontros ocorre na biblioteca, local que também serviu de ambiente para ensaio fotográfico
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O projeto foi idealizado pela professora Margareth Alves
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Escola tem mural grafitado com personalidades negras
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Publicação: 28/10/2019 04:00
Donald Trump assiste à caçada, na Casa Branca: "Foi brutal", narrou
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» WALDER GALVÃO
Publicação: 27/10/2019 04:00
Mariana Machado
Publicação: 26/10/2019 04:00
Ana Paula Bernardes e Tino Freitas: autores lançam livro infantil cheio de riquezas criativas
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Visite Roedores de Livros, biblioteca comunitária. Shopping Popular de Ceilândia, QNM 11 - Área Especial, Lote 3, Torre A - Ceilândia Sul. Aberta de quarta a sábado, das 9h às 12h.
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Publicação: 25/10/2019 04:00
Na opinião de Rosa Weber, a Constituição estabelece que a pena só deve ser aplicada após esgotados todos os recursos
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» Renato Souza
» Augusto Fernandes
Publicação: 24/10/2019 04:00
Magistrados estão divididos sobre a questão. Decisão da Corte poderá afetar condenações feitas em decorrência das investigações da Operação Lava-Jato
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» Renato Souza
Publicação: 23/10/2019 04:00
Publicação: 20/10/2019 04:00
É cada vez mais comum encontrar trabalhadores seniores no mercado de trabalho. Muitos criam coragem para começar outra carreira. Outros decidem continuar na labuta. Há ainda os que permanecem ativos por necessidade financeira. A dificuldade enfrentada, muitas vezes, é o preconceito: 69% das empresas não contrataram
profissionais com mais meio século de vida em 2109, segundo pesquisa
Como se reinventar para o trabalho depois dos 50
MATHEUS FERRARI
Publicação: 19/10/2019 04:00
Membros do Veteran Car compartilham a paixão por automóveis
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Fusca, Vemaguet e Gordini são alguns dos modelos que circulavam pelas vias da recém-fundada capital do país, nos anos de 1960
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RENATO SOUZA
LUÍS CALCAGNO
Publicação: 18/10/2019 04:00
Supremo analisa ações movidas pela OAB e pelos partidos Patriota e PCdoB. Julgamento começou ontem, mas resultado só sai na próxima semana
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Em memorial encaminhado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que derrubar a possibilidade de prisão de réus após a condenação em segunda instância, que começou a ser julgada ontem, representaria um “triplo retrocesso” no sistema jurídico, que atingiria, inclusive, a credibilidade depositada pela sociedade brasileira na Corte. O documento é assinado pelo vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada, que deve falar em nome do Ministério Público Federal (MPF) na sessão do STF da próxima quarta-feira.
De acordo com a Procuradoria, mudar a atual jurisprudência do tribunal — que permite a prisão após condenação em segunda instância — seria um retrocesso para o sistema de precedentes do Judiciário, que perderia “em estabilidade e segurança jurídica e teria sua seriedade posta em xeque”. A mudança seria prejudicial também “para a persecução penal no país, que voltaria ao cenário do passado e teria sua efetividade ameaçada por processos infindáveis”, recursos protelatórios e “penas massivamente prescritas”. Por fim, seria ruim “para a própria credibilidade da sociedade na Justiça e na Suprema Corte, como resultado da restauração da sensação de impunidade”, sustenta a PGR.
Código
No julgamento iniciado ontem, os 11 ministros da Corte analisam três ações diretas de constitucionalidade que contestam a prisão em segunda instância. Elas pedem a validação do artigo 285 do Código de Processo Penal, que afirma que “ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva”.
As ações foram apresentadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelos partidos Patriota e PCdoB. Ao abrir a sessão, o presidente do Tribunal, ministro Dias Toffoli, tentou amenizar a polêmica criada em torno do caso. Sem citar diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — um dos que poderão ser beneficiados pela eventual mudança no entendimento do Supremo — Toffoli declarou que o julgamento não tem como objetivo afetar “nenhuma situação particular”.
Na sessão de ontem, falaram advogados das instituições que entraram com as ações e representantes de entidades que se declararam e foram aceitas pelo tribunal como interessadas no tema. Na próxima semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) devem se manifestar no plenário, e, por fim os ministros revelarão seus votos.
Encarceramento
O advogado Héracles Marconi, que representa o Patriota, destacou que a legenda, que defendia o encarceramento apenas depois de examinados todos os recursos possíveis, mudou de opinião e, agora, entende que a prisão em segunda instância é um mecanismo para combater a criminalidade. “Na ação penal nº 470 (processo do mensalão) houve um único grau de jurisprudência. Na Lava-Jato, houve um duplo grau. Uma pessoa, da qual não vou falar o nome, foi condenada e está presa. Houve a quebra de um paradigma. É preciso ter uma resposta satisfatória desta Corte aos anseios da sociedade”, disse.
Atuando pelo Conectas, organização que luta pela proteção aos direitos humanos, a advogada Silvia Souza, expressou visão contrária, afirmando que a prisão antes do fim do processo prejudica as pessoas mais pobres e, principalmente, as de pele negra. “Um debate tão sério quanto a relativização da presunção de inocência tem sido pautado como se afetasse apenas os condenados de colarinho-branco, quando, na verdade, nós sabemos muito bem que o aparato penal do Estado se endereça aos pretos, pobres e periféricos”, sustentou.
O advogado Juliano Breda, da OAB, afirmou que o Código de Processo Penal recebeu a chancela do Poder Legislativo, a quem pertence a atribuição de criar leis e regulamentar os artigos da Carta Magna. “O entendimento da OAB é no sentido de reafirmação da Constituição, da independência e da liberdade do poder Legislativo”, disse.
Tuíte incômodo
Uma mensagem postada em uma rede social do presidente Jair Bolsonaro ajudou a aumentar a tensão no julgamento do STF sobre as prisões em segunda instância. “Aos que questionam, sempre deixamos clara nossa posição favorável em relação à prisão em segunda instância. Proposta de emenda à Constituição que se encontra no Congresso Nacional sob relatoria da deputada federal Carol de Toni”, dizia um post publicado no Twitter do presidente. Tempos depois, o conteúdo foi apagado. Filho do presidente, o vereador carioca Carlos Bolsonaro assumiu a autoria da mensagem. “Eu escrevi o tweet sobre segunda instância sem autorização do presidente. Me desculpem todos! A intenção jamais foi atacar ninguém! Apenas expor o que acontece na Casa Legislativa!”, afirmou.
Análise da notícia
Se eles tiverem razão, o mundo está errado
» Plácido Fernandes Vieira
Há uma gritante contradição entre o notório saber jurídico de meia dúzia de ministros ditos garantistas do STF e de juristas de, praticamente, todo o planeta. Um exemplo disso, citado pelo fórum que reúne juízes criminais brasileiros, são os 153 países que integram a Organização das Nações Unidas (ONU). Em todos eles, alertaram os magistrados em nota, condenados cumprem pena após condenação em primeira ou segunda instância. O problema, dirão alguns, é que a Constituição Federal, no inciso LVII do artigo 5º, estabelece que a presunção de inocência de um réu só acaba quando esgotado o último recurso no Supremo. No mesmo artigo 5º, mais adiante, o inciso que trata especificamente de prisão, o LXI, aponta em sentido oposto ao que entendem as sumidades. Vamos aos fatos.
Basta saber ler para compreender o que diz o inciso LXI: “Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei”. Simplificando: só se pode prender uma pessoa no caso de flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de uma juíza ou juiz. Prestem bem atenção: não fala em esperar recurso ao STF para determinar a prisão. Agora, voltando ao “entendimento” dos supremos garantistas: que trecho da Constituição estabeleceria a presunção de inocência até o último recurso no STF? Eles alegam que está no inciso LVII. Será?
Vejam o que dispõe o inciso LVII: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Para os tais garantistas estarem certos, o inciso LXI teria de ser declarado inconstitucional. Mas o fato é que eles estão errados. Não há contradição na Constituição. Como assim? Explico: é que nem o STJ nem o STF julgam crimes cometidos por pessoas sem foro privilegiado. Logo, o trânsito em julgado de ações penais desse tipo de réu se esgotam na segunda instância. É assim no mundo inteiro. Em todos os países da ONU. E é isso que está na nossa Constituição. E no Brasil sempre foi assim, com exceção de um breve momento, entre 2009 e 2016, em que sinto até vergonha de contar. Mas vamos à história.
Dez anos atrás, o STF mudou a jurisprudência ao analisar o caso de um fazendeiro rico que deu cinco tiros num homem que, supostamente, estava “cantando” a mulher dele, no meio de um evento agropecuário no interior de Minas. Resultado: o fazendeiro ficou impune. O período de “exceção jurídica”, felizmente, durou pouco. Em 2016, o então ministro Teori Zavascki explicitou o absurdo da situação e convenceu colegas do STF a reconduzirem o Brasil ao rol dos países civilizados. Mas, no meio do caminho, condenaram e prenderam Lula... Sim, é isso: nessa celeuma toda não existe nenhuma sapiência jurídica inalcançável a reles mortais. O objetivo é um só: destruir a tal da Lava-Jato, aquela operação de combate ao crime que ousou prender bandidos de colarinho branco.
FUX E BARROSO VEEM RETROCESSO NO FIM DA PRISÃO EM 2ª INSTÂNCIA
RENATO SOUZA
Publicação: 17/10/2019 04:00
Na sessão de hoje falarão apenas defensores e opositores da prisão em segunda instância. Votos dos magistrados só serão conhecidos na próxima semana
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Um dia antes do início do julgamento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se mantém ou não a possibilidade de que réus sejam presos após serem condenados em segunda instância, dois ministros da Corte adiantaram seus votos e disseram que a eventual mudança no entendimento da Corte representaria um retrocesso, favorecendo a impunidade. “A execução da pena depois de condenação em segunda instância funciona como um desincentivo para a criminalidade”, disse Luiz Fux. Para Luís Roberto Barroso, “os criminosos de colarinho-branco e os corruptos” serão os principais beneficiados, caso o STF modifique a jurisprudência sobre o assunto.
Os 11 ministros do Supremo se reúnem hoje a partir das 14 horas para analisar três ações que questionam a validade da prisão após a condenação dos réus em duas instâncias da Justiça. O julgamento será um dos mais importantes da história do STF. Uma eventual mudança do entendimento do tribunal pode beneficiar milhares de detentos em todo o país, inclusive condenados na Lava-Jato por crimes como lavagem de dinheiro e corrupção. Um deles é o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que cumpre pena em Curitiba desde abril de 2018. O presidente do STF, Dias Toffoli, porém, adiantou que o julgamento não terminará hoje.
Nessa primeira etapa, ocorrerão as chamadas sustentações orais dos defensores da prisão em segunda instância e dos que são contrários a ela. Além de advogados representando os autores das ações e da Procuradoria-Geral da República (PGR), falarão também representantes de organizações que demonstraram interesse no julgamento. Dez organizações foram aceitas e tentarão moldar a opinião dos magistrados. Os votos dos ministros serão conhecidos somente a partir da próxima quarta-feira, quando o STF voltará a se reunir.
Para Luís Roberto Barroso, a prisão em segunda instância é fundamental para combater práticas criminosas. Segundo ele, nos últimos anos, o país “consagrou um ambiente de impunidade para a criminalidade do colarinho-branco”, o que fez com que o momento da prisão fosse sendo atrasado pelo Poder Judiciário.
“Primeiro, era primeiro grau, depois passou a poder executar depois do segundo grau. Em 2009, quando o direito penal chegou no andar de cima, mudou-se a jurisprudência para impedir a execução depois do segundo grau. Os efeitos foram devastadores para o país e para a advocacia”, disse Barroso. “Para a advocacia criminal, porque passou a impor aos advogados, por dever de ofício, o papel indigno de interpor recurso descabido atrás de recurso descabido, para não deixar o processo acabar. Portanto, a mudança melhorou o país, estimulou a colaboração premiada, permitiu que se desbaratassem as redes de corrupção”, completou.
Barroso observou, ainda, que, no caso dos condenados por crimes violentos, em muitos casos se justificará a manutenção da prisão preventiva, mesmo que a prisão em segunda instância seja derrubada. “Portanto, no fundo, uma mudança no entendimento da Corte vai favorecer os criminosos de colarinho-branco e os corruptos”, disse.
Luiz Fux salientou que a jurisprudência até agora mantida pelo STF segue padrões internacionais. Ele lembrou que a Justiça brasileira é lenta, e que atrasar o cumprimento da pena pode resultar em prejuízos para o ordenamento jurídico. “No Brasil, as decisões demoram muito para se solidificar. Eu considero que haverá um retrocesso se a jurisprudência for modificada. Além disso, em todos os países, a mudança de jurisprudência só ocorre depois de muitos anos, porque tem que se manter íntegra, estável e coerente”, afirmou.
O defensor-público-geral do Rio de Janeiro, Rodrigo Pacheco, que tambémparticipará da sessão de hoje, afirmou que, desde que foi permitida a prisão em segunda instância, foram prejudicadas as pessoas mais pobres. De acordo com ele, 25% de todos os habeas corpus apresentados no STJ têm sido acolhidos, o que revela falhas nas instâncias anteriores. “Temos que acabar com o mito de que a revogação da possibilidade de prisão em segunda instância só beneficia réus da Lava-Jato. As pessoas carentes que estão presas também têm acesso aos tribunais superiores”, disse.
Convulsão social
Em meio ao clima de expectativa pelo julgamento do STF, umcomentário feito em uma rede social pelo general Eduardo Villas Boas chamou a atenção.“Experimentamos um novo período em que as instituições vêm fazendo grande esforço para combater a corrupção e a impunidade, o que nos trouxe — gente brasileira — de volta a autoestima e a confiança”, disse. “É preciso manter a energia que nos move em direção à paz social, sob pena de que o povo brasileiro venha a cair outra vez no desalento e na eventual convulsão social.”
Plenário dividido
Veja como deve ser o voto de cada ministro, segundo posições manifestadas em julgamentos anteriores e declarações públicas:
Contra a prisão em 2ª instância:
Gilmar Mendes
Ricardo Lewandowski
Marco Aurélio Mello
Celso de Mello
Dias Toffoli (defende prisão após confirmação da condenação pelo STJ)
Rosa Weber
A favor:
Luís Roberto Barroso
Luiz Fux
Edson Fachin
Votos indefinidos:
Cármen Lúcia
Alexandre de Moraes
Possibilidades de resultado:
1 — STF mantém a prisão a partir de condenação em 2ª instância
2 — Ministros decidem que a prisão deve ocorrer após condenação no STJ
3 — Réu passa a ser preso somente ao final do processo, depois que todos os recursos forem analisados
Análise da notícia
A culpa é da Lava-Jato?
Plácido Fernandes Vieira
O viés que predispõe ministros do STF a determinar o fim da prisão em segunda instância não está no inciso LVII, do artigo 5º da Constituição. O objetivo primeiro, já ficou claro diante da ira pública de ministros da Corte, é destruir a Lava-Jato, a operação de combate à corrupção que ousou condenar e prender bandidos do colarinho-branco no país. O efeito colateral da decisão será transformar o Brasil numa espécie de paraíso da impunidade. Fortalecerá, também, o lucrativo negócio das grandes bancas advocatícias contratadas a peso de ouro — muitas vezes, com dinheiro surrupiado dos cofres públicos — para manter os intocáveis longe da cadeia. Privilegia-se, assim, o crime em detrimento da sociedade, que é quem mais sofre com a falta que esse dinheiro faz a hospitais, escolas, estradas, segurança.
No julgamento, ministros poderiam poupar o Brasil dos enfadonhos discursos em que jorra “notável saber jurídico”, às vezes invocando até a Bíblia, para defender o indefensável. Ninguém precisa de tanta sabedoria para entender o que dispõe o inciso LVII, do artigo 5º da Constituição. Basta ser alfabetizado. Lá está escrito: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. Agora, prestem atenção: nem o STF nem o STJ julgam processos de réus sem foro privilegiado. É incumbência da primeira e da segunda instâncias. Logo, são nessas instâncias que o processo transita em julgado.
A partir daí, o que há são recursos extraordinários. E, na maioria das vezes, meramente protelatórios. Tanto é assim que, em países como os Estados Unidos, por exemplo, raramente um caso dessa natureza se estende além da primeira e da segunda instância. A Suprema Corte só é acionada em casos que envolvam desrespeito à Constituição.
Tem mais: o inciso que dispõe sobre prisão é outro: o LXII, do mesmo artigo 5º da Carta Magna. E o que diz? “Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.” Trocando em miúdos: a prisão pode ocorrer quando houver flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada do juiz. É o que ocorre, entende o ministro Luiz Fux, no caso do ex-presidente Lula. Mas como demover meia dúzia de supremos enfurecidos com a Lava-Jato do retrocesso que se avizinha e que envergonhará o Brasil perante o mundo?
» RENATO SOUZA
Publicação: 16/10/2019 04:00
Decisão da Corte pode permitir a soltura de milhares de presos, segundo Fonajuc. Ministro Alexandre de Moraes diz que medida não teria tanto impacto
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PODER
Renato Souza
Luiz Calcagno
Publicação: 15/10/2019 04:00
Especialistas acreditam que tribunal deve modificar posição que passou a adotar desde 2016, mas alcance do julgamento vai depender do teor da decisão que será tomada pelos 11 ministros
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» Marcelo Abreu
Especial para o Correio*
Publicação: 14/10/2019 04:00
Desde 2013, festividade recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco. Expectativa do Dieese é movimentar, até o fim do mês, R$ 1 bi na capital paraense
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Há oito anos, Richard Miranda percorre 3,7 km de joelhos até a Basílica, e, ao lado, o bombeiro Hadren Moura, evangélico, trabalhando como voluntário
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Iasmin, de nove meses, vestida de anjo, nos braços da avó, Lurdinha de Souza
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HELLEN LEITE
MARIA EDUARDA CARDIM
Publicação: 13/10/2019 04:00
Irmã Dulce dedicou a vida para ajudar os necessitados e era considerada santa por muitos desde 1950
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Publicação: 12/10/2019 04:00
» Ana Maria da Silva*
» Geovana Oliveira*
* Estagiárias sob supervisão de José Carlos Vieira
Publicação: 11/10/2019 04:00
Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida
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Priscila Aparecida: "Ela é o canal da graça"
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Suelene Aparecida andou ajoelhada 392 metros no Santuário Nossa Senhora Aparecida (SP)
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Graziela Aparecida e Júlio César: "Temos que agradecer a ela por estar ao nosso lado"
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DARCIANNE DIOGO*
Publicação: 10/10/2019 04:00
Cerca de 60 pessoas celebraram ontem o ato simbólico de hasteamento da Bandeira da Paz: espiral que se transforma em Sol
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Definir o significado de paz pode ser uma tarefa complexa. Muitas pessoas associam o termo apenas a calma, tranquilidade e ausência de conflitos, mas não imaginam a pluralidade da palavra. O conceito ganhou até entidade própria: a Embaixada da Paz. O projeto, fundado e presidido pela atriz e escritora Maria Paula Fidalgo, visa promover iniciativas que contribuem para o avanço da cultura de paz, dar visibilidade a ações voluntárias e ajudar cidadãos em situação de vulnerabilidade social.
Ontem, mais de 60 pessoas, entre participantes da iniciativa, convidados e autoridades públicas se reuniram no Jardim Botânico para celebrar o ato simbólico de hasteamento da Bandeira da Paz e oficializar a fundação da entidade. A imagem do balsão representa uma espiral, que se transforma em Sol. “O contrário de paz é estagnação; então, a nossa entidade nasce com esse propósito de fazer com que as pessoas saiam da zona de conforto e venham praticar o bem”, destaca Maria Paula.
A solenidade começou com a apresentação da Orquestra Reciclando Sons, formada por estudantes da Cidade Estrutural e idealizada pela maestrina Rejane Pacheco. Uma das músicas tocadas foi em homenagem a Maria Paula. “É tão lindo encontrar em alguém o desejo de fazer o bem. Sua luz vai me fazer vencer”, diz um dos trechos.
A atriz Maria Paula é fundadora e presidente da Embaixada da Paz
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CAROLINE CINTRA
Publicação: 09/10/2019 04:00
Quando soube que poderia pilotar um dos carros, Laura correu para o mais alto deles e se divertiu com o pai, José Gleisson
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Evento de lançamento dos carrinhos contou com a presença do Detran-DF, que montou um cenário de pista
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Frota tem quatro carros elétricos conduzidos pelas crianças, dois guiados por controle remoto e três não motorizados
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Adriana Izel
Publicação: 08/10/2019 04:00
CAROLINE CINTRA
Publicação: 07/10/2019 04:00
Três das 40 mulheres que participaram da coletânea Nossa história, nosso milagre!
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JÉSSICA EUFRÁSIO
Publicação: 06/10/2019 04:00
Ana Arruda (D) com equipe: "A sombra do funcionalismo público às vezes intimida pessoas criativas para a área do empreendedorismo"
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Cristiane (E), Crislene e Alexandre investem em modelo de apoio a novos negócios, no Guará
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CAROLINE CINTRA
Publicação: 05/10/2019 04:00
Em meio a latidos, miados e cantos de pássaros, louvores e orações eram entoados pelos donos dos pets já na entrada da igreja
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Ana Christina Yida aproveitou para levar as calopsitas de estimação
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Irlam Rocha Lima
Publicação: 04/10/2019 04:00
Quinteto Violado revisitará projetos como Berra boi e Missa do vaqueiro
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» ALAN RIOS
» MARIANA MACHADO
» WALDER GALVÃO
Publicação: 03/10/2019 04:00
Juiz Paulo Rogério Santos Giordano lê a sentença contra Adriana Villela: 32 anos de prisão pelo assassinato do pai, José Guilherme, e 32 pelo da mãe, Maria Villela
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Após a condenação, a arquiteta não esboçou qualquer reação: abraço da filha, Carolina, e do irmão, Augusto
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João Romariz*
Gabriel Escobar*
Publicação: 02/10/2019 04:00
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CAROLINE CINTRA
Publicação: 01/10/2019 04:00
Estudantes lotaram o auditório: esforços para aperfeiçoar a escrita
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A professora de português e editora de Opinião, Dad Squarisi, bateu um papo com os alunos e apresentou dicas para escrever bem
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Publicação: 30/09/2019 04:00
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Os veterinários do Zoo aguardam resultados de exames histopatólogicos para apontar a causa da morte
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Adriana Izel
Enviada especial
Publicação: 29/09/2019 04:00
EDUCAÇÃO
Publicação: 28/09/2019 04:00
Os amigos Artur, Igor, Natália e Júlia, do Colégio Ideal, em Taguatinga, sonham em trabalhar com tecnologia de ponta: "Acredito que isso que estamos fazendo agora é uma prévia daquilo que podemos produzir daqui a algumas décadas", avalia Artur.
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» JORGE VASCONCELLOS
Publicação: 27/09/2019 04:00
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A maioria dos ministros da Corte entende que delatado tem o direito de apresentar as alegações finais em processos após os delatores
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Emilly Behnke
Thiago Cotrim*
Publicação: 26/09/2019 04:00
Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 1,2 milímetros de chuva entre 19h e 20h de ontem
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"É graça de Deus uma chuva dessa", disse a cabeleireira Josefa Leite
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Mesmo desprevenida, Flaviana de Jesus comemorou o fim da estiagem
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» SARAH PERES
» JÉSSICA EUFRÁSIO
Publicação: 25/09/2019 04:00
Alessandro de Anchieta Silva, 18 anos, não tem passagens registradas na polícia e é desempregado. Mora em Valparaíso de Goiás. Antônio Willyan Almeida Santos, 32 anos, tem passagens na polícia (homicídio e tráfico de drogas) e é oriundo de Januária, Minas Gerais.
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Delegado Rossetto: – Eles (os bandidos) sabiam o que tinha ali (na casa), o que iam fazer e as ferramentas do padre – . Ao lado, objetos recuperados pela polícia
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FIFA THE BEST
Politicamente correto
Inclusão da pessoa com deficiência, ativismo LGBT, racismo e fair play: como os temas da festa de gala podem ter ajudado a entidade máxima do futebol a minimizar a imagem manchada por denúncias de corrupção
MARCOS PAULO LIMA
MAÍRA NUNES
Publicação: 24/09/2019 04:00
» EMILLY BEHNKE
» WALDER GALVÃO
Publicação: 23/09/2019 04:00
Corpo do sacerdote foi encontrado perto da casa paroquial, que está em obras
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"Foi um crime cruel. Não havia a menor necessidade de ceifar a vida dele. Poderiam tê-lo prendido em um cômodo"
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Tristeza e pesar eram nítidos nos fiéis que compareceram à igreja ontem
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Padre Casemiro era conhecido pelo gênio forte e pelo sotaque
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O padre João Firmino
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A fiel Ceoliles Gaio, aposentada
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Casemiro ajudou a construir a igreja
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Adriana Izel
Publicação: 22/09/2019 04:00
Elza Soares canta sobre as mazelas e controvérsias do Brasil em Planeta fome
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Cenário apocalíptico faz parte do primeiro clipe do disco lançado na última quinta-feira
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Irlam Rocha Lima
Publicação: 21/09/2019 04:00
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» Mariana Machado
» Geovana Oliveira*
» Thais Umbelino*
» Thiago Cotrim*
Publicação: 20/09/2019 04:00
"Eu não estou conseguindo dormir direito e, à tarde, fica difícil estudar" Thássya Silva, com a amiga Jeniffer Moreira
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Desde o início da seca, o pôr do sol na capital federal rende belas imagens, como essa na Torre de TV
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Irlam Rocha Lima
Publicação: 19/09/2019 04:00
Fernando César: "Pixinguinha não podia estar fora dessa celebração"
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» CAROLINE CINTRA
Publicação: 18/09/2019 04:00
A paisagista Dalissandra Moreira está há quatro dias acompanhando o filho internado com desidratação
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A auxiliar de enfermagem Betânia Ribeiro precisou levar o filho Leonardo Júnior três vezes ao médico
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Moradora de Santa Maria, Marta Pereira foi ao Hmib buscar atendimento para o filho de 1 ano e 4 meses
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» JÉSSICA EUFRÁSIO
» WALDER GALVÃO
Colaborou Alexandre de Paula
Publicação: 17/09/2019 04:00
O cortejo com o corpo da bombeira Marizelli (no detalhe) passou pela Avenida Samdu Norte, que precisou ser parcialmente interditada até o Cemitério de Taguatinga
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» EMILLY BEHNKE
Publicação: 16/09/2019 04:00
Alécio, analista de sistemas, e o amigo Eber: selfie com o ipê-branco
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Ana Clara Santos (E) acredita que o branco dá mais leveza para a cidade
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» Ana Dubeux
» Ana Maria Campos
» Denise Rothenburg
» Rodolfo Costa
Publicação: 15/09/2019 04:00
"Sou vice-presidente do presidente Bolsonaro. Então, não compete a mim, publicamente, tecer críticas a ele. Estaria sendo desleal e canalha se fizesse isso. Então, todas as vezes que discordo de alguma coisa dele, eu falo em particular"
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"Se o presidente for candidato à reeleição e quiser que eu vá com ele, muito bem. Se ele precisar de outra pessoa para compor uma chapa mais forte, ok"
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"Não existe mais espaço para isso (retrocesso político). Vocês têm que entender que, em determinados momentos da história, isso funcionou. Hoje, não funciona mais"
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"O Congresso não está comprado por um mensalão. E também não está cooptado moralmente em um toma lá da cá"
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» Ana Dubeux
» Ana Maria Campos
» Leonardo Cavalcanti
Publicação: 14/09/2019 04:00
E presidente da República?
Moro seria um bom presidente?
Também não cabe a mim fazer essa especulação, que é política e foge da minha especialidade.
Como era a relação da força-tarefa de Curitiba com a equipe da PGR? Havia divergências?
Como em todo trabalho havia, por vezes, discordâncias sobre qual o melhor caminho para atingir o interesse público, mas, em geral, elas foram equacionadas. Dentro da própria equipe, muitas vezes discordamos, o que é saudável. O importante é que todos atuem sempre nos limites da lei, da ética e do interesse público.
Há uma desconfiança por parte de pessoas que acompanham a Lava-Jato de que autoridades norte-americanas interferiram na investigação da Lava-Jato. Ao longo dos últimos cinco anos houve troca de informações com autoridades norte-americanas?
Vejo essa desconfiança na forma de teorias da conspiração, em blogues que ligam a Lava-Jato à CIA ou a interesses estrangeiros. Inventam todo tipo de maluquice. Agora, um dos traços marcantes da Lava-Jato foi a cooperação interna, entre órgãos, e internacional, com mais de 50 países, sempre com respeito à soberania de cada um. A cooperação com a Suíça, por exemplo, permitiu alcançar documentos de contas bancárias usadas para pagar e receber propinas. Trabalhar com as autoridades americanas foi importante para obter documentos bancários e recuperar recursos desviados. A Lava-Jato forneceu também provas de corrupção para vários países da América Latina.
O que espera do seu futuro?
O que me preocupa é o futuro do país, onde meus filhos vão viver. Falam que a prioridade é a questão econômica, mas fecham os olhos para o fato de que só teremos uma economia forte no médio e no longo prazo se enfrentarmos o capitalismo de compadrio e a grande corrupção política brasileira. O compadrio é uma face perversa de um sistema extrativista, em que parte das elites desviam dinheiro e empobrecem a nação, como disseram Daron Acemoglu e James Robinson no livro Por que as nações fracassam. Nosso sistema eleitoral é capturado pelo dinheiro, como mostra o recente livro de Bruno Carazza. A corrupção grassa, reformas anticorrupção estão na gaveta, o combate à corrupção está se esfacelando e está sendo criado um clima favorável à impunidade.
Em que o senhor busca inspiração e força para enfrentar essa fase?
Na minha fé, no meu propósito de servir ao país e de reduzir o sofrimento humano e a miséria que a corrupção causa, e em exemplos de pessoas que, ao longo da história, lutaram por décadas contra injustiças históricas e arraigadas.
Houve pedido para empresas investigadas na Lava-Jato doarem para um instituto que apoia o combate à corrupção?
Isso nunca ocorreu. Ao longo da operação, vários cidadãos que não conheço me perguntaram como poderiam apoiar a causa anticorrupção. Indiquei que essas pessoas procurassem entidades apartidárias em que confio, como a Transparência Internacional, o Instituto Mude e o Observatório Social. Se eles ofereceram ajuda e se ela foi aceita, isso é um assunto deles, dos cidadãos e das entidades.
Ao aceitar o cargo no governo Bolsonaro, o ex-juiz Sergio Moro abalou a imagem da Operação Lava-Jato?
Creio que já respondi a essa questão anteriormente ao falar sobre o ministro.
O ministro Gilmar Mendes chamou a força-tarefa da Lava-Jato de “organização criminosa para investigar pessoas”. O que acha disso? Gilmar Mendes também se referiu à força-tarefa como falsos heróis. O que diz sobre isso?
Nunca pretendemos ser heróis nem buscamos esse título. Além disso, essa história de heróis é péssima, porque os cidadãos se veem como espectadores ou mesmo vítimas e ficam passivamente esperando que os heróis resolvam o problema. Contudo, apenas a sociedade pode mudar o país. Quanto às agressões injustas do ministro Gilmar, não vou ficar trocando ofensas com ele. Acredito que a sociedade saberá discernir o que está acontecendo.
Em mensagem aos colegas, o senhor disse que defendeu o
respeito à lista tríplice, mas a indicação de Augusto Aras deve se consolidar e é hora de trabalhar pelo MP. É um voto de confiança?
Seria mais democrática e transparente a indicação de um dos nomes constantes na lista tríplice. Mas a realidade é que foi indicado um nome de fora da lista. Sem um trabalho coordenado com o PGR, a Lava-Jato não funciona. Quase todos os nossos acordos batem em alguém com foro. Nossos casos acabam lá. E as decisões do STF serão fundamentais para nossas investigações e processos. O novo PGR está se propondo a fazer um bom trabalho na Lava-Jato, designou ótimos colegas que já atuavam lá até recentemente, e têm condições para isso. Vamos cobrar isso dele, mas também precisamos fazer nossa parte, precisamos colaborar. É preciso ter uma atitude construtiva para que o Ministério Público alcance os melhores resultados em prol da sociedade.
» CAROLINE CINTRA
Publicação: 13/09/2019 04:00
Chocolate ganhou uma ducha de água fria
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LAGO PARANOÁ
» ALAN RIOS
Publicação: 12/09/2019 04:00
Vista encanta brasilienses: sintonia entre natureza e arquitetura
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Hoje coberta por água, a área já foi ocupada por casas da Vila Amaury
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Foto de 1970 mostra Lago Paranoá com banhistas, mas ainda sem prédios ao fundo
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Nadadores amenizam a seca do Cerrado com mergulhos no espelho d'água
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O casal Marcelo dos Santos e Dayane Santos aproveita o lago: "Meu refúgio!", diz ele
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Ambiente calmo e contato com o meio ambiente são atrativos do aniversariante do dia
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» ALAN RIOS
Publicação: 11/09/2019 04:00
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Guarda-chuva passou a servir como guarda-sol durante a seca
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A empresa de Simone mudou a carga horária para evitar que garis trabalhem sob o Sol da tarde
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Policiais da patrulha com bicicletas reforçaram o protetor solar e passaram a trabalhar com medidor de pressão para cuidados com quem passa mal na seca
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» Cida Barbosa
Publicação: 10/09/2019 04:00
Darcianne Diogo*
Juliana Andrade
Thais Moura*
Thiago Cotrim*
Publicação: 08/09/2019 04:00
As arquibancadas, instaladas na Esplanada dos Ministérios, ficaram lotadas de brasilienses e pessoas de outros estados que vieram prestigiar a tradicional parada, protagonizada pelos militares
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O casal Ana Cláudia e Paulo Souza, com o filho: amor à pátria
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O militar Kelvin Rocha (E) foi ver a Esquadrilha da Fumaça
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Joice, Magda e Francisco vestiram preto: protesto contra o governo e em defesa da Amazônia
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Publicação: 06/09/2019 04:00
Neymar não entra em campo desde a vitória do Brasil por 2 x 0 sobre o Catar, em junho, em Brasília
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Irlam Rocha Lima
Publicação: 05/09/2019 04:00
» DARCIANNE DIOGO*
» GEOVANA OLIVEIRA*
Publicação: 04/09/2019 04:00
Ronaldo Nunes aproveita o lago com a família
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O Lago Paranoá é uma ótima opção para quem quer fugir do calor
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Seca em Brasília
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» DARCIANNE DIOGO*
» THIAGO COTRIM*
Publicação: 03/09/2019 04:00
Gabriela e Marcelina não perdem tempo em registrar o florido de Brasília
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ALAN RIOS
ISA STACCIARINI
Publicação: 02/09/2019 04:00
Centenas de pessoas se reuniram para a caminhada, que teve início em frente à Feira Permanente, parou na 16ª Delegacia de Polícia e terminou na administração da cidade |
Paloma Oliveto
Publicação: 01/09/2019 04:00
A morte prematura da escritora Fernanda Young, há uma semana, surpreendeu muitas pessoas que, nas redes sociais, comentaram com estranheza sobre a causa do falecimento: uma crise de asma. Afinal, essa é uma doença comum, que afeta 235 milhões de indivíduos globalmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O que poucos sabem é que, todos os dias, de três a seis brasileiros morrem em decorrência dessa condição crônica, a quarta causa de internações no país. Boa parte desses óbitos poderia ser evitada caso os pacientes não negligenciassem o tratamento.
Embora o controle da asma seja bastante eficaz, uma pesquisa recente, que contou com participação da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), indicou que 73% dos pacientes não seguem todas as recomendações médicas, e 47% admitem não utilizar os medicamentos com regularidade. As causas apontadas no estudo foram alto custo dos remédios e dificuldade de encontrá-los na rede pública. Um reflexo da falta de adesão ao tratamento é que 91% dos casos de asma no país não estão controlados.
Além das causas citadas na pesquisa, o pneumologista Paulo Pitrez, presidente do Grupo Brasileiro de Asma Grave (BraSa) e coordenador institucional de pesquisa do Hospital Moinhos do Vento, diz que a desinformação é um dos entraves para a adesão aos medicamentos. “Quem tem pressão alta ou diabetes precisa do tratamento contínuo. Com a asma alérgica ou não alérgica, é o mesmo. Só que, culturalmente, as pessoas acham que não precisam usar os remédios todos os dias”, afirma. Esquecer de usar os medicamentos, aceitar os sintomas e medo dos efeitos colaterais são outros motivos apontados por Pitrez.
O tratamento padrão da doença é o corticoide inalatório associado ao broncodilatador. Ao seguir corretamente as recomendações, os pacientes se veem livres dos sintomas da doença, como tosse, chiado no peito e falta de ar. Mas, segundo o pneumologista Roberto Stirbulov, chefe clínico da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e professor da Faculdade de Ciências Médicas da instituição, muita gente confunde corticoide inalatório e oral. “O inalatório é extremamente seguro, com pouquíssimos efeitos colaterais”, diz. A forma inalatória, que contém microgramas da substância, é a prescrita para 90% dos pacientes que, de acordo com Stirbulov, não precisam se preocupar em utilizar o remédio diariamente.
Essa, porém, não é a realidade de boa parte dos pacientes que tem a forma grave da doença. A Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde estima que 5% deles se encaixam nesse perfil. Provavelmente devido a uma alteração genética não hereditária, o tratamento convencional não surte efeito e, mesmo utilizando doses altíssimas de corticoide oral — ele é 100 vezes mais forte que o inalatório — todos os dias, a doença permanece sem controle.
Imunobiológicos
Nos últimos anos, esses pacientes têm sido beneficiados por uma classe de medicamentos que também vêm sendo utilizados no tratamento de outras doenças, os imunobiológicos. “Para o tratamento do processo inflamatório que não responde adequadamente à terapêutica tradicional, uma nova classe de medicamentos foi desenvolvida, os anticorpos monoclonais. Os anticorpos sintetizados em laboratórios bloqueiam proteínas no corpo que estão envolvidas na resposta inflamatória da asma, diminuindo essa inflamação e tendo um grande impacto no tratamento da doença”, diz o médico Pedro Bianchi, membro do Departamento Científico de Asma da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
O pneumologista Roberto Stirbulov explica que os anticorpos monoclonais atuam de maneira precisa, tendo como alvo as substâncias que estão no início da cascata inflamatória característica da asma. “Eles bloqueiam todo o processo inflamatório, agindo em fatores específicos. É a medicina de precisão”, afirma. De acordo com a médica Zuleid Mattar, presidente da Associação Brasileira de Asmáticos de São Paulo (Abra-SP), no universo de pacientes de asma grave (5% dos casos da doença no país), 3,6% podem se beneficiar desse tratamento, por terem um perfil clínico e molecular ideal “A asma não é uma única doença, então, fazemos hoje a fenotipagem para saber quem são os candidatos”, conta.
O problema é o preço. No Brasil, há três medicamentos imunobiológicos aprovados para asma e, segundo o presidente do BraSa, Paulo Pitrez, uma dose custa de R$ 2,5 mil a R$ 12 mil. As aplicações, subcutâneas, podem ser quinzenais, mensais ou bimestrais, dependendo do remédio e de cada caso. “Os pacientes só conseguem acesso quando entram na Justiça”, lamenta. Nenhum anticorpo monoclonal para tratamento da asma grave consta da lista de medicamentos de alto custo do Sistema Único de Saúde.
“De três a seis pessoas morrem de asma diariamente no Brasil, mas parece que ninguém enxerga isso, só quando acontece com uma celebridade”, lamenta Zuleid Mattar. “É uma falta de sensibilidade muito grande. A vida das pessoas que conseguem esse tratamento muda substancialmente. Sem falar que uma única internação já paga o que se gastaria com um ano de tratamento”, afirma. De acordo com a médica, o número de internações de pacientes de asma grave é 20 vezes maior, considerando a população em geral.
Os médicos também ressaltam que o uso contínuo do corticoide oral — única opção para quem tem asma grave e não tem acesso aos imunobiológicos — pode provocar o surgimento de outras doenças crônicas, como diabetes, insuficiência renal e osteoporose, entre outras. “Os imunobiológicos não são para todo mundo, são para uma minoria, aqueles que podem morrer de uma doença tratável”, lamenta Paulo Pitrez.
Consulta pública
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) abriu consulta pública para a incorporação, no Sistema Único de Saúde, de uma substância imunobiológica para tratamento da asma grave, o omalizumabe. A recomendação preliminar da comissão foi não favorável à inclusão do anticorpo na lista dos medicamentos de alto custo, mas a sociedade pode opinar, dizendo se concorda ou não com o órgão. “A recomendação da Conitec demonstra uma falta de sensibilidade. Inúmeras pesquisas internacionais mostram os benefícios dos imunobiológicos para a asma grave”, critica a médica Zuleid Mattar, presidente da Associação Brasileira de Asmáticos de São Paulo (Abra-SP). É possível acessar a consulta pública na página www.facebook.com/www. abrasaopaulo.org.
"Quem tem pressão alta ou diabetes precisa do tratamento contínuo. Com a asma alérgica ou não alérgica, é o mesmo. Só que, culturalmente, as pessoas acham que não precisam usar os remédios todos os dias”
» ANA VIRIATO
» ISA STACCIARINI
» PEDRO CANGUÇU*
» THAIS UMBELINO*
* Estagiários sob supervisão de Renato Alves
Publicação: 31/08/2019 04:00
À tarde, alunos e educadores saíram pelas ruas da cidade pedindo o um basta na violência
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No começo da noite, grupo acendeu velas em frente à escola onde ocorreu o assassinato
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CANOAGEM
Fernando Brito
Publicação: 30/08/2019 04:00
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Dono de uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio, no ano que vem, Ezequias conquistou ontem o título brasileiro na prova do C1 1.000m
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Um dos objetivos do torneio é chamar a atenção dos mais novos
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» ALAN RIOS
» ANA VIRIATO
» SARAH PERES
» WALDER GALVÃO
Publicação: 29/08/2019 04:00
Dezenas de mulheres se reuniram no fim da tarde de ontem na Rodoviária do Plano Piloto para pedir mais segurança
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RODOLFO COSTA
Publicação: 28/08/2019 04:00
O presidente com governadores: "A questão ambiental tem de ser conduzida com racionalidade"
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A reunião do presidente Jair Bolsonaro com oito governadores e um vice-governador da Amazônia Legal foi, politicamente, um sucesso para o governo. Dos nove estados que compõem a região, o Palácio do Planalto calcula que conseguiu apoio de, pelo menos, seis chefes de Executivos locais para endossar a narrativa nacionalista contra uma suposta manifestação do presidente da França, Emmanuel Macron, de colocar em xeque a soberania brasileira sobre a Amazônia, ao sugerir um “status de internacionalização” no território. Leituras feitas por interlocutores avaliam que o governo federal conquistou apoio e argumentos para encaminhar ao Congresso propostas de desburocratização e flexibilização da política ambiental, a fim de promover o desenvolvimento sustentável.
Pela manhã, Bolsonaro retomou o embate com Macron, acenou que aceitaria os 20 milhões de euros oferecidos pelo G-7 se o presidente francês se retratasse sobre tê-lo chamado de “mentiroso” e sugerido a “internacionalização” da Amazônia. Na reunião com os governadores, disse não ter nada contra a cúpula das sete maiores potências econômicas mundiais, e, sim, contra “um presidente” que “está reverberando qual é a sua intenção”. Sinalizou, ainda, que caberá ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, definir se o Brasil pode “fazer frente” à França em uma eventual transgressão à soberania nacional.
Na reunião com os chefes de Executivos estaduais, Bolsonaro ganhou respaldo na queda de braço contra Macron. Um dos apoiadores foi o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), que classificou o presidente francês como um concorrente dos produtos agrícolas brasileiros e disse que ele “surfa nas cinzas da Amazônia”. Outros no entanto, priorizaram um discurso mais diplomático. “Acho que estamos perdendo muito tempo com Macron. (...) Temos de cuidar dos nossos problemas e sinalizar para o mundo a diplomacia ambiental, que é fundamental para o agronegócio”, ponderou o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). O chefe do Executivo maranhense, Flávio Dino (PCdoB), frisou que “um discurso antiambientalista” não constrói saída adequada à preservação dos interesses nacionais, “na medida em que pode expor o Brasil a sanções comerciais”.
Do encontro, os governadores não levaram para casa compromissos concretos do governo federal. Mas o Planalto mudou o tom em relação ao Fundo Amazônia, sinalizando que vai mantê-lo. Anunciou que, até quinta-feira, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, irá à região amazônica para se reunir com governadores a fim de consolidar “agendas conjuntas”, propostas pelos gestores estaduais e condensadas pelo Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, como mudar a gestão do Fundo Amazônia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o Banco da Amazônia, que, segundo sustenta o presidente do comitê, o governador do Amapá, Waldez Goés, tem maior presença e estrutura no território.
Indígenas
Entre as falas dos gestores estaduais, Bolsonaro tomou a palavra e disse que, diferentemente de outros governos, na atual gestão estão “congelados” estudos sobre novas reservas — ambientais, quilombolas ou indígenas. Lendo informações em um papel, informou que só na Amazônia Legal estão certificados, em trâmite legal de demarcação, 936 territórios quilombolas. “No tocante a reservas indígenas, em fase final, são 54 novas áreas, e, também, para alguns meses, mais 314 áreas indígenas”, afirmou.
O discurso foi respaldado pela ampla maioria dos chefes de Executivo. O vice-governador do Acre, Wherles Rocha (PSDB), disse que o estado dispõe de 14% de área aberta, possível de ser explorada, e que dos 86% restantes não se pode fazer nada. O governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), sustentou que os 22,5 milhões de hectares do estado são divididos em 46,7% de terra indígena e 20% de unidade de conservação e estação ecológica. “Se retirarmos as áreas do Incra, do Exército e as áreas dos municípios, sobram apenas 20% para o estado. Desses 20%, 80% é reserva legal. (...) Ou seja, o estado fica impedido de produzir, trabalhar e preservar o meio ambiente também”, criticou.
Já o governador de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), frisou que, no estado, só 33% das terras são utilizadas. “E temos lá reservas, várias, também”, afirmou. O governador de Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), defendeu que os indígenas possam explorar suas terras e ganhar receitas com o pedágio da possível concessão de uma ferrovia que passaria por meio de uma terra indígena.
Congresso
Durante a reunião, Bolsonaro ressaltou que o governo vai “buscar soluções”, no Congresso, para o desenvolvimento sustentável, por meio de propostas legislativas que possam flexibilizar o desenvolvimento sustentável e a legalização e a regulamentação do garimpo. “Temos o Parlamento, que nós vamos provocá-lo, com apoio dos senhores. Já conversei também com o (Ronaldo) Caiado (governador de Goiás), com o Hélder (Barbalho). No Rio, a estação ecológica evita que o estado fature alguns bilhões por ano no turismo, no caso de Angra (dos Reis)”, destacou. A questão ambiental, para ele, deve ser administrada com racionalidade. “E não com essa quase selvageria como foi conduzida ao longo dos últimos anos”, disse.
Flávio Dino, no entanto, criticou a proposta. “Precisamos cumprir a legislação, pois ela permite que se separe quem quer produzir nos termos da lei, de modo sustentável, daqueles que têm visão predatória. Essa ideia de mudar a legislação achando que isso vai nos tirar da crise vai, na verdade, aprofundá-la”, analisou.
Dinheiro do Reino Unido
O Brasil aceitou 10 milhões de libras (R$ 50,7 milhões) doados pelo Reino Unido para o combate aos incêndios na Amazônia. A informação é do jornal O Globo. O acerto teria sido feito entre Dominic Raab, secretário de Assuntos Externos do governo Boris Johnson, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Também ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou uma nova mensagem pelo Twitter em apoio ao governo brasileiro sobre os incêndios na Amazônia. Em resposta, o presidente Jair Bolsonaro agradeceu e disse que “os EUA podem contar sempre com o Brasil”.
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Publicação: 27/08/2019 04:00
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Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos Cozinheiro desempregado Casado, tem uma filha de 16 anos Morador do Vale do Amanhecer, em Planaltina
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Genir Pereira de Sousa, 47 anos Auxiliar de cozinha em uma pizzaria de Planaltina Separada, mãe de um homem de 29 anos Nascida em Eliseu Martins (PI) Morava no Paranoá
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Letícia Sousa Curado de Melo, 26 anos Advogada, funcionária terceirizada do Ministério da Educação (MEC) Aluna de pós-graduação na Fundação Escola Superior do MPDFT Casada, tinha um filho de 3 anos Morava no bairro Arapoanga, em Planaltina
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Parentes e amigos de Letícia Souza foram ao local onde o corpo dela foi encontrado, na manhã de ontem, à margem da DF-250
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Vinicius Nader
Publicação: 26/08/2019 04:00
O Brasil perdeu, na madrugada de ontem, a verve crítica, ácida e extremamente contemporânea de Fernanda Young. A atriz, escritora, apresentadora e roteirista teve uma crise de asma no sítio da família, no interior de Minas Gerais, e foi levada para o hospital em Paraisópolis, onde teve paradas respiratória e cardíaca e não resistiu. Fernanda Young tinha 49 anos de idade e deixa o marido e parceiro em muitas obras, Alexandre Machado, com quem teve quatro filhos. O corpo de Fernanda Young foi enterrado, ontem, em São Paulo.
Nascida em Niterói (RJ), Fernanda Young logo mostrou que tinha talento para as letras. O primeiro livro foi escrito aos 17 anos, mas nunca foi publicado. A escritora se preparava para, finalmente, lançar a obra como parte das comemorações pelos 50 anos, em agosto do ano que vem. Atualmente, Fernanda trabalhava em O livro, obra que deixa inacabada e que deve ser lançada postumamente, e nos ensaios da peça Ainda nada de novo, que estrearia em setembro em São Paulo.
Muito ativa, Fernanda nunca foi de fazer uma coisa só. Palavras como multifacetada e multimídia são comumente ligadas a ela, o que deixa claro o quanto a escritora era contemporânea. Essa característica aparecia e até mesmo definia a obra literária iniciada com Vergonha dos pés (1996) e que, extensa, ultrapassou os 10 títulos, entre os quais Tudo o que você não soube (2007) e A mão esquerda de vênus (2016). Temas como feminismo, globalização, relacionamentos ganhavam, na escrita de Fernanda, acidez e ironia.
Televisão
O humor corrosivo e corajoso de Fernanda logo ganhou as telas. Primeiro, como uma das colaboradoras de A comédia da vida privada (1995). Mas, ali, a série era baseada em outro autor (Luis Fernando Veríssimo) e Fernanda não pôde se mostrar por completo.
O telespectador conheceu e se apaixonou de vez por ela com Os normais, série escrita ao lado do marido, Alexandre Machado. Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães davam vida a Vani e Rui, casal que nos divertia e nos levava à reflexão por meio de situações cotidianas. Foram três temporadas — de 2001 a 2003 — de muito sucesso. Tanto que deram origem a dois filmes, também roteirizados pela dupla.
Depois vieram outras comédias, a maioria com êxito e todas com a crítica social embutida. Entre elas, Os aspones (2004) fazia piada com o funcionalismo público, Macho Man (2011) brincava com o novo homem e com empoderamento feminino, e Vade retro (2017), que subvertia ao trazer Tony Ramos como o diabo. Em 2013, Fernanda e Alexandre foram indicados ao Emmy internacional pelo roteiro da comédia Como aproveitar o fim do ano. Recentemente, ela escreveu o seriado Shippados, estrelado por Tatá Werneck e Eduardo Sterblitch e disponibilizado no catálogo do Globo Play, serviço sob demanda da Globo.
Cara a tapa
Falar o que pensa nunca foi um problema para Fernanda Young, o que fazia com que o público, muitas vezes, tivesse a impressão de que estava diante de uma mulher amarga. Mas bastava prestar mais atenção ao sofá do Saia justa — a escritora participou da formação inicial do programa, em 2002 e 2003, ao lado de Marisa Orth, Rita Lee e Mônica Waldvogel — que estava ali o lado doce, tão destacado em depoimentos de amigos e colegas, ainda chocados com a repentina morte de Fernanda ontem.
Na mesma emissora, o GNT, Fernanda comandou talk shows provocadores e engraçados, como Irritando Fernanda Young, no qual ela brincava com a fama de mal-humorada — Fernanda não era de se levar a sério — e Confissões do apocalipse. As atrações foram ao ar entre 2006 e 2010 e em 2012, respectivamente.
Sem medo de se expor e com uma necessária análise crítica apresentada de uma forma sem ser chata ou massante, Fernanda vai fazer falta na televisão e na literatura. “Sou uma mulher de 50 anos que sonhou alto e realizou muito. E estou longe de encerrar a minha jornada nessa orbe! Aos que se interessam: bom proveito. Para os outros: estou pouco me lixando!”, escreveu no sábado em uma rede social.
Repercussão
Colegas e amigos se despediram de Fernanda Young nas redes sociais
"Como eu fui privilegiado em dizer o texto de Fernanda em Vade Retro, seriado que me deu tantas alegrias. Ela era escritora primorosa e pessoa adorável”
Tony Ramos
“Era uma pessoa maravilhosa. Devo boa parte dos melhores anos da minha vida a ela. É uma perda muito grande para o mundo artístico. Vou sentir muita falta”
Luiz Fernando Guimarães
“Fernanda foi uma mulher importante para as artes e para a sociedade. Conseguia fazer rir e pensar com a mesma intensidade”
Fábio Porchat
“O que vai fazer mais falta é a mente inquieta. Ela olhava para tudo que estava acontecendo ao lado e colocava isso no trabalho dela”
Zeca Camargo
“Sua jornada está longe de terminar e vai continuar. Suas palavras são fortes”
Tatá Werneck
“Triste notícia recebi hoje com a morte precoce da Fernanda Young, essa menina talentosa, de humor ácido e de tantos trabalhos excepcionais como escritora, roteirista, atriz, apresentadora, entre outros. Descanse em paz!”
Walcyr Carrasco
“Chocado com essa notícia. Fernanda Young, escritora talentosa, polêmica, divertida, autora (com seu marido Alexandre Machado) da melhor série brasileira até hoje, Os Normais, entre outros trabalhos. Uma pessoa bacana a menos no Brasil.
Hélio de La Peña
Publicação: 25/08/2019 04:00
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Segundo estudo do IBGE, em 2060, o DF terá a menor taxa de fecundidade do país, e a proporção de idosos para jovens será a segunda maior entre as 27 unidades da Federação
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» BRUNA LIMA
Publicação: 23/08/2019 04:00
Além dos produtos fresquinhos, Helen não abre mão do atendimento
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A banquinha de Claudimar oferece serviço de delivery
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A feirante Luzinei perdeu tudo durante um incêndio na feira onde tinha um box, mas deu a volta por cima
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Há sete anos na 307/308 Sul, Daniel fez do ponto sua segunda casa
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Nicole Mattiello*
Publicação: 22/08/2019 04:00
O cantor ganhou uma HQ que conta a história do seu disco Vivo
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Alceu Valença diz ter amor por cantar e fazer show, e não pensa em se aposentar
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» Cristiane Noberto*
Publicação: 21/08/2019 04:00
William Augusto Silva foi atingido, na perna, quando saiu do veículo. Depois, recebeu mais seis tiros
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Rayssa Brito*
Publicação: 20/08/2019 04:00
Boa leitura: alunos do segundo ano do Centro de Ensino Médio 01 com a professora Leticia Gomes
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JÉSSICA EUFRÁSIO
Publicação: 19/08/2019 04:00
"Tenho atuado com o objetivo de dar mais visibilidade para a cultura daqui, porque é muito rica. É a cidade do meu coração, que me acolheu" Rozeli Costa, 55, artesã
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"Tenho uma relação de amor com Planaltina. É a terra de meus pais, de meus avós. É onde me sinto bem. E é uma cidade que tem vida cultural" Salviano Guimarães, 76 anos, arquiteto, aluno de Oscar Niemeyer
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» Renato Alves
Publicação: 18/08/2019 04:00
Publicação: 17/08/2019 04:00
O ator reencarna Easy rider, 40 anos depois: ícone da contracultura
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» BRUNA LIMA
Publicação: 16/08/2019 04:00
Mercado Sul: patrimônio cultural taguatinguense, que luta para ser preservado
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Abder Paz: "As autoridades reconhecem a importância do espaço como fomentador da cultura"
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Juraci é vocalista e percussionista da banda Som de Papel, que se apresenta sábado
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Virgílio com André Luis: ateliês de artesanato que geram renda e emprego
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CAROLINE CINTRA
WALDER GALVÃO
CRISTIANE NOBERTO*
Publicação: 15/08/2019 04:00
Fila de veículos parados na via S1, em direção ao Congresso Nacional: transtorno durante toda a manhã
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» ALEXANDRE DE PAULA
Publicação: 14/08/2019 04:00
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Segundo a investigação da Polícia Civil, a atuação da organização criminosa é marcada pela violência: assassinato em porta de fórum
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» Irlam Rocha Lima
Publicação: 13/08/2019 04:00
Publicação: 12/08/2019 04:00
A bicampeã mundial Mayra Aguiar venceu a cubana Kaliema Antomarchi no golden score da final
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Irlam Rocha Lima
Publicação: 11/08/2019 04:00
Com o compadre e parceiro Chico Buarque na gravação de Laura
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"Meus 80 anos estão sendo devidamente comemorados com muitos eventos já que a música é um combustível inigualável de nos trazer sentimentos" Francis Hime
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» ALAN RIOS
» DARCIANNE DIOGO*
Publicação: 10/08/2019 04:00
Ana Lúcia relembra momentos marcantes que passou na Asbac
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Piscina olímpica da Asbac
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AABR e o cartão-postal do Lago Paranoá
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Asbac: lazer e esportes na beira do lago |
Churrasqueira na AABR
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Bruno Nunes: "É mais fácil eu cancelar meu plano de saúde do que minha associação"
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Cristiane Baldo e a filha Karina sempre fazem churrasco no clube
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Fabiana Borges: "Meus filhos ficam a semana toda perguntando se vamos ao clube no sábado ou domingo"
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Presidente da AABR, Marcus Alencar
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» WALDER GALVÃO
Publicação: 09/08/2019 04:00
Peritos buscam pistas capazes de explicar o crime: suspeita de que o acusado tenha voltado a usar drogas
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Amigos e parentes se reuniram na casa dos pais do acusado, no Paranoá
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Ricardo Daehn
Publicação: 08/08/2019 04:00
Fabríco Boliveira e Ísis Valverde: nova parceria em Simonal
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ROBERTA PINHEIRO
Publicação: 07/08/2019 04:00
JÉSSICA EUFRÁSIO
Publicação: 06/08/2019 04:00
Carlos Alberto: "Se a pessoa tiver enxames fortes, é possível pagar todo o investimento a partir da primeira colheita"
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Heráclito Sette: "A polinização é a principal função delas (abelhas). E isso permite a manutenção da biodiversidade"
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Publicação: 05/08/2019 04:00
Na maratona aquática, Ana Marcela Cunha ficou com o ouro, e Viviane Jungblut conquistou o bronze: pensamento, agora, é nos Jogos Olímpicos
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Domingo é dia de trabalho. E com bons resultados. Assim foi nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Os brasileiros levaram sete medalhas de ouro e subiram, ao todo 16 vezes ao pódio. O Distrito Federal deu sua contribuição com o segundo lugar de Caio Bonfim nos 20km da marcha atlética. E, de quebra, o país ainda viu a classificação da equipe de hipismo para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano que vem, com a segunda colocação no concurso completo de equitação. A competição em território peruano termina no próximo domingo. No quadro de medalhas, o time verde-amarelo está na segunda colocação, com 22 ouros, 16 pratas e 34 bronzes — 72 medalhas no total. A primeira posição segue com os Estados Unidos.
Um dos destaques do dia foi a baiana Ana Marcela Cunha. A maior vencedora da história das maratonas aquáticas conquistou uma medalha inédita para o Brasil: o ouro da prova de 10km da modalidade, com o tempo de 2h00min51. E teve mais: a brasileira Viviane Jungblut ainda ficou com o bronze. Para Ana Marcela, que já está classificada para os Jogos Olímpicos. “É a primeira prova de 10km depois da classificação olímpica, e a gente começa uma jornada até os Jogos Olímpicos de Tóquio, para a nossa prova que será no dia 5 de agosto de 2020, daqui um ano praticamente”, lembrou a nadadora, que chegou 31s3 à frente da segunda colocada, a argentina Cecilia Biaglioli.
Chloé Calmon superou atleta local para subir no lugar mais alto do pódio
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No fim do dia, o tenista mineiro João Menezes também fez bonito e levou o ouro na final contra o chileno Tomás Barrios. O atleta de 22 anos teve um rival forte, mas conseguiu vencer por 2 sets a 1 (7/5, 3/6 e 6/4). O mineiro se tornou o sexto brasileiro a conquistar a primeira colocação em Jogos Pan-Americanos. O último a ficar com a medalha dourada na competição havia sido Flávio Saretta, em 2007, no Rio de Janeiro.
Canoagem
O domingo também foi muito positivo para o Brasil na canoagem slalom do Pan-Americano, com duplo ouro para Ana Sátila e Pedro Gonçalves. Ela venceu nas categorias C1 e K1 cross, enquanto Pedro Gonçalves subiu no lugar mais alto do pódio no K1 e no K1 cross. E Felipe Borges foi bronze no C1.
Ainda na água, o surfe se despediu de Lima com ótimos resultados. Chloé Calmon levou o ouro na categoria longboard, os famosos pranchões, enquanto Nicole Pacelli, no Stand-Up Paddle (SUP) wave, ficou com o bronze. A modalidade, no total, contribuiu com quatro pódios: na sexta-feira, no SUP race, Lena Ribeiro abocanhou o título e Vinnicius Martins conquistou a prata. Para Chloé, uma superação a mais, afinal, enfrentava Maria Fernanda Reyes, atleta peruana. “Eu sabia que ia ser uma bateria bem disputada, toda a torcida estava a favor da Maria Fernanda. Deixei todos os pensamentos de medalha de lado, entrei com a cabeça fria”, contou a brasileira, líder do ranking da World Surf League (WSL).
Caio Bonfim, atleta de Sobradinho, dedicou a prata para a mulher
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Em Tóquio
E quem disse que uma prata não pode ser comemorada como um ouro? Foi o caso da equipe de hipismo do Brasil, que ficou com o segundo lugar no concurso completo de equitação — uma espécie de triatlo da categoria, com provas de adestramento, cross country e salto. A colocação foi suficiente para dar uma vaga para o time nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano que vem. De quebra, Carlos Parro, montando Quaikin Quious, ficou com o bronze no individual.
O grupo, formado por Rafael Mamprin Losano/Fuiloda G, Marcelo Tosi/Starbucks e Parro, perdeu 122,1 pontos e ficou atrás apenas dos EUA (91,2 pontos perdidos). Somente os dois conjuntos carimbaram o passaporte para Tóquio. O técnico Ademir Oliveira lembrou também do cavaleiro Ruy Fonseca, que sofreu um acidente e teve que ser substituído. “Esse resultado é fruto do trabalho desses meninos, que não mediram esforços para estar aqui e fizeram por merecer”, afirmou Oliveira. O cavalo de Fonseca tropeçou e fez o atleta cair. Ele quebrou três costelas e sofreu fratura do úmero proximal do braço esquerdo, deve passar por cirurgia, mas se encontra estável e consciente.
As medalhas do dia
OURO
» Ana Marcela Cunha (maratona aquática, 10km feminino)
» Ana Sátila (canoagem slalom, C1 feminino)
» Pedro Gonçalves (canoagem slalom, K1 masculino)
» Chloé Calmon (surfe, longboard feminino)
» Ana Sátila (canoagem slalom, K1 cross feminino)
» Pedro Gonçalves (canoagem slalom, K1 cross masculino)
» João Menezes (tênis, individual)
PRATA
» Caio Bonfim (atletismo, marcha atlética 20km)
» Equipe (hipismo, CCE)
BRONZE
» Erica Sena (atletismo, marcha atlética 20km feminino)
» Nicole Pacelli (surfe, SUP wave feminino)
» Viviane Jungblut (maratonas aquáticas, 10km feminino)
» Felipe Borges (canoagem slalom, c1 masculino)
» Carlos Parro (hipismo CCE, individual)
» Conjunto (5 bolas, ginástica rítmica)
» Vôlei masculino
PEDRO CANGUÇU*
RENATA NAGASHIMA*
Publicação: 04/08/2019 04:00
A família Rocha promoveu um encontro só de mulheres no Parque da Cidade: caminhada, lanche e muita diversão ao ar livre
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Acompanhada das filhas, da irmã e das sobrinhas, Gislene Noemia Correia veio do Entorno para um passeio no Zoológico
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» ALAN RIOS
Publicação: 03/08/2019 04:00
Piscina da Asseb é principal atração entre as crianças
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Complexo esportivo tem campeonatos entre sócios na Asseb
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Sergio Luiz Dias (D) e o vice, Jeronimo Barbosa: a Asseb para o sócio
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Crianças moradoras do Itapoã participam de atividades na Asseb
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Aulas de natação movimentam o Previ
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Clara Camarano e Flavia Teixeira: o clube é uma segunda casa
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» CAROLINE CINTRA
Publicação: 02/08/2019 04:00
Em Sobradinho
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Na quadra 13 de Sobradinho, um ipê bastante florido virou ponto turístico da cidade
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Em Águas Claras
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Cristiane Bonjardim foi agraciada com um ipê-amarelo em frente à sua casa: "Dá uma sensação de vida. De algo feito por Deus mesmo"
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No caminho para o trabalho, Vanderléia Alves para e admira a floração
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Simone Kafruni
Publicação: 01/08/2019 04:00