Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 25 de setembro de 2019

PRESOS DOIS ACUSADOS DE MATAR O PADRE CASEMIRO

 

VIOLÊNCIA
 
Presos dois acusados de matar padre Casemiro
 
Outros dois suspeitos estão sendo procurados pela polícia. Depois do crime, os bandidos pularam o muro da igreja e, com mochilas cheias de produtos do roubo, fugiram usando transporte público

 

» SARAH PERES
» JÉSSICA EUFRÁSIO

Publicação: 25/09/2019 04:00

Alessandro de Anchieta Silva, 18 anos, não tem passagens registradas na polícia e é desempregado. Mora em Valparaíso de Goiás.


Antônio Willyan Almeida Santos, 32 anos, tem passagens na polícia (homicídio e tráfico de drogas) e é oriundo 
de Januária, Minas Gerais. (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Alessandro de Anchieta Silva, 18 anos, não tem passagens registradas na polícia e é desempregado. Mora em Valparaíso de Goiás. Antônio Willyan Almeida Santos, 32 anos, tem passagens na polícia (homicídio e tráfico de drogas) e é oriundo de Januária, Minas Gerais.

 


 (Ed Alves/CB/D.A Press)  


Delegado Rossetto:  
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(na casa), o que iam fazer e as ferramentas do padre%u201D. 
Ao lado, objetos recuperados pela polícia (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Delegado Rossetto: – Eles (os bandidos) sabiam o que tinha ali (na casa), o que iam fazer e as ferramentas do padre – . Ao lado, objetos recuperados pela polícia

 



Agentes da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) ainda procuram outros dois envolvidos no latrocínio — roubo seguido de morte — que vitimou o padre Kazimierz Wojno, 71 anos, mais conhecido como Casemiro. Ontem, os investigadores prenderam, em Valparaíso de Goiás, dois suspeitos, identificados como Alessandro de Anchieta Silva, 18 anos, e Antônio Willyan Almeida Santos, 32. Eles teriam participado do assassinato por asfixia do padre, no último sábado. Os investigadores desconfiam que o crime tenha acontecido porque o religioso teria reconhecido um dos bandidos.

Alessandro chegou algemado em um carro descaracterizado da Polícia Civil, por volta das 15h. O veículo foi escoltado por uma equipe da Divisão de Operações Especiais (DOE) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA). Ele foi ouvido por um delegado plantonista da 2ª DP, durante a tarde de ontem. Antônio foi encontrado horas depois. Com eles, a polícia apreendeu dois notebooks e outros possíveis pertences do padre Casemiro.

A polícia chegou aos suspeitos por meio de provas científicas e técnicas obtidas pelos institutos de Identificação e de Criminalística. O crime, segundo explica o delegado-chefe da 2ª DP, Laércio Rossetto, à frente das investigações, envolveu requintes de crueldade. Ainda não há informações sobre o que havia no cofre, uma vez que o conteúdo não foi recuperado.

Por volta das 18h40, após Casemiro celebrar a missa das 17h de sábado na Paróquia Nossa Senhora da Saúde (702 Norte), o padre seguia para a casa paroquial, onde morava, e foi rendido e subjugado. Pouco tempo depois, José Gonzaga da Costa, 39 anos, um dos caseiros da igreja, foi rendido.
 
Crueldade
 
Os criminosos amarraram as duas vítimas nos pés e nas mãos. Gonzaga levou um soco de Alessandro e chegou a ficar sob a mira de uma arma de fogo. Enquanto isso, os criminosos se dividiram entre os dois andares da casa e aproveitaram para abrir o cofre, que fica no térreo do imóvel. O padre foi assassinado em seguida. “A forma que o arame foi passado no pescoço da vítima indica que eles apertaram muito, e não tinha como não saber que isso causaria a morte”, comentou Rossetto, ao destacar a intenção de matar o religioso.

Por volta das 21h40, câmeras de segurança das vias próximas à igreja mostram quatro homens pulando um dos muros que cercam o terreno da paróquia. Levaram todos os objetos roubados em mochilas e pegaram transporte público. À polícia, o caseiro afirmou que foi vendado e que não chegou a ver o crime, mas ouviu o momento em que o padre comentou: “Não é necessário fazer isso”. À polícia, o caseiro contou a versão de que conseguiu tirar a fita adesiva que cobria a boca e uma venda, sobre os olhos, friccionando o rosto em uma parede. Em seguida, ele se arrastou, mesmo amarrado, até a obra, onde gritou por socorro. “Ele prestou depoimento duas vezes na delegacia.

Contudo, ainda há inconsistências no relato. Para comprovar a versão, pedimos para que ele passasse por exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) para constatar algum ferimento pela fricção na parede”, detalhou.
 Rossetto reafirmou a possibilidade de que o crime tenha sido premeditado. “Está claro que eles tinham todo o controle do que seria feito. A casa tem dois andares, então, eles dividiram o trabalho entre si, com dois em cada andar. Eles sabiam o que tinha ali (na casa), o que iam fazer e as ferramentas do padre. Os objetos (roubados) ainda não foram encontrados e esperamos que a Justiça emita mandados de busca e apreensão”, afirmou.

O investigador acrescenta que o padre costumava trabalhar em uma pequena oficina na casa; por isso, o barulho no imóvel não chamou atenção. “Alessandro admite (o crime). Só não está sendo contundente quando diz que não queria a morte do padre, mas ele estava com arma de fogo e ajudando no crime”, comentou o policial. Os agentes buscam a arma usada no crime e um dos envolvidos, considerado foragido, identificado como Daniel Souza da Cruz, 29.

Rossetto esclarece que ainda procuram informações para chegar ao quarto envolvido no esquema. “Em depoimento, o Alessandro disse que não conhecia o ‘de menor’. Ou seja, consideramos, em primeiro momento, que se trate de um adolescente”, finalizou.


Sobre o crime

» Estimativa é de que ocorreu entre as 18h40 e as 20h40, pois, antes disso, o padre celebrou a missa e esteve com fiéis.
 
» Após o fim da missa, o religioso retornou à casa, mas, próximo dali, havia uma obra, onde teria sido rendido e subjugado.
 
» Pouco tempo depois, os criminosos fizeram uma segunda vítima, um caseiro da igreja que mora lá há mais 
de 20 anos. Ambas as vítimas foram amarradas nos pés e nas mãos.
 
» No caso do padre, teve requintes de crueldade, pois passaram arame liso no pescoço (usado em construção)
 
» Um dos bandidos foi muito violento, estava usando um revólver na hora do crime e também luvas.

» Ele deu um soco na boca do 
segundo caseiro, que confirmou ter ficado na mira de uma arma 
de fogo durante todo o crime.
 
» Após 21h40, os autores do crime deixam a casa e o terreno da igreja e pulam o muro que circunda a igreja (apesar das imagens ruins, 
quatro pessoas são vistas).
 
Jornal Impresso
 

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