Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 12 de setembro de 2019

LAGO PARANOÁ: 60 ANOS DE HISTÓRIA

 

LAGO PARANOÁ

60 anos de história
 
Um dos principais pontos turísticos de Brasília carrega mais do que beleza. Em 12 de setembro de 1959, o Lago Paranoá começou a se formar, mas esse é só um aspecto da rica história do local

 

» ALAN RIOS

Publicação: 12/09/2019 04:00

Vista encanta brasilienses: sintonia entre natureza e arquitetura (Minervino Junior/CB/D.A Press)  

Vista encanta brasilienses: sintonia entre natureza e arquitetura

 



Hoje coberta por água, a área já foi ocupada por casas da Vila Amaury (Arquivo/Instituto Histórico e Geográfico do DF)  

Hoje coberta por água, a área já foi ocupada por casas da Vila Amaury

 



Foto de 1970 mostra Lago Paranoá com banhistas, mas ainda sem prédios ao fundo (Arquivo CB/CB/D.A Press)  

Foto de 1970 mostra Lago Paranoá com banhistas, mas ainda sem prédios ao fundo

 



Nadadores amenizam a seca do Cerrado com mergulhos no espelho d%u2019água (Minervino Junior/CB/D.A Press)  

Nadadores amenizam a seca do Cerrado com mergulhos no espelho d'água

 

 
“É fácil compreender que, fechando essa brecha com uma obra de arte, forçosamente a água tornará ao seu lugar primitivo e formará um lago navegável em todos os sentidos, num comprimento de 20 a 25 quilômetros”. A afirmação foi escrita em 1895 pelo francês Auguste François Marie Glaziou, engenheiro e botânico que fez pesquisas na área onde seria construído o Lago Paranoá. Já em 1959, Juscelino Kubitschek fechou a barragem do Paranoá e viu, na presença de uma multidão, o lago começar a se formar. Aquele momento histórico para Brasília, idealizado desde o século XIX, completa hoje 60 anos.
 
Seja para dar um mergulho, ter um dia de tranquilidade com os pés na água, respirar um ar mais úmido ou fotografar o cenário, o brasiliense cultiva um carinho pelo Lago Paranoá. O aniversariante de 12 de setembro recebe visitas constantes, como a de Alan Silva de Carvalho, 33 anos. Morador de Valparaíso (GO), ele garante que, se morasse mais perto, tomaria banho diariamente naquela água. “Gosto porque é um lugar muito tranquilo, que transmite uma paz boa. Nunca vi brigas ou confusões entre os frequentadores”, diz.
 
Mas quem vê a imensidão do lago dificilmente imagina que a história dele também é enorme ou que parte daquele lugar já esteve ocupada por uma população de cerca de cem famílias, como explica Denise Coelho, professora da Secretaria de Educação e especialista do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal. “Muita gente não sabe, mas o Lago Paranoá foi antevisto pelo engenheiro Auguste François durante a segunda Missão Cruls, que, resumidamente, fez uma série de pesquisas no interior do país para descentralizar o desenvolvimento do Brasil dos estados litorâneos”, conta. 

O casal Marcelo dos Santos e Dayane Santos aproveita o lago:  

O casal Marcelo dos Santos e Dayane Santos aproveita o lago: "Meu refúgio!", diz ele

 



Ambiente calmo e contato com o meio ambiente são atrativos do aniversariante do dia (Minervino Junior/CB/D.A Press)  

Ambiente calmo e contato com o meio ambiente são atrativos do aniversariante do dia

 

 
Quando esse ideal precisou sair do papel, o lugar não era o mesmo de séculos atrás. “No fim da década de 1950, muitas pessoas moravam ali, em uma vila que foi chamada de Sacolândia, depois Vila Bananal e, por fim, Vila Amaury.” Os moradores foram transferidos para Sobradinho e Gama, mas, até hoje, mergulhadores encontram pedaços de casas, carros e máquinas no fundo d’água. 
 
Da descrença à realidade
 
Há 60 anos, críticos de Kubitschek chegaram a dizer que construir um lago artificial na nova capital era uma loucura. Adversários políticos e descrentes diziam que a ideia seria um fracasso e que o lago não encheria. “No dia em que o lago atingiu mil metros de altitude, o então presidente mandou um telegrama para os críticos mais ferrenhos com duas palavras: ‘Encheu, viu?’”, lembra Denise. Hoje, as águas que já foram rasas permitem que os frequentadores se molhem dos pés à cabeça, como faz o empresário Marcelo dos Santos, 36. “Esse é o meu refúgio! É bom para a alma e para o corpo”, comemora o morador do Cruzeiro. 
 
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