Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 29 de agosto de 2019

RELATOS DE OUTRA POSSÍVEL VÍTIMAS DO ASSASSINO EM SÉRIE

 

Ou você faz o que eu quero, ou morre agora
 
Relato de outra possível vítima de Marinésio dos Santos revela forma de agir parecida com a dos assassinatos de Letícia e Genir. Mulher de 42 anos sofreu abuso sexual, mas escapou ao dar uma joelhada no acusado. Polícia vai retomar investigações de casos antigos

 

» ALAN RIOS
» ANA VIRIATO
» SARAH PERES
» WALDER GALVÃO

Publicação: 29/08/2019 04:00

Dezenas de mulheres se reuniram no fim da tarde de ontem na Rodoviária do Plano Piloto para pedir mais segurança: %u201CNenhuma a menos%u201D  (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)  

Dezenas de mulheres se reuniram no fim da tarde de ontem na Rodoviária do Plano Piloto para pedir mais segurança

 

 
“Eu fiquei dois anos presa, e ele, solto. Quando fui atacada por ele (Marinésio), registrei a ocorrência e não me escutaram. Precisaram morrer duas mulheres para que fossem atrás dele”. O relato feito ao Correio por uma das possíveis vítimas de Marinésio dos Santos Olinto, 41 anos, narra momentos de terror vividos em 25 de setembro de 2017, no Paranoá. A copeira, de 42 anos, que não quis se identificar, integra a lista de mulheres que denunciaram  ter sido atacadas pelo assassino confesso de Letícia Sousa Curado de Melo, 26, e Genir Pereira de Sousa, 47 (veja Sob investigação). Polícia Civil vai retomar investigações desses casos. A barbárie provocou, ontem, o protesto de um grupo de cerca de 50 mulheres na Rodoviária do Plano Piloto (leia ao lado).

Marinésio teve a prisão temporária — com prazo de 30 dias — decretada no último sábado pela suspeita de envolvimento no assassinato de Letícia, advogada e funcionária terceirizada do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Na segunda-feira, ele confessou o crime e declarou ter matado, ainda, Genir. Com a repercussão do caso, a copeira o reconheceu, ao vê-lo na televisão.

A mulher conversou com o Correio na casa dela, após prestar depoimento na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá). Ela conta que, no dia do ataque, esperava o ônibus na parada, por volta de 5h40, quando Marinésio a abordou em um carro vermelho. “Ele desceu e, com uma faca, me obrigou a entrar no veículo. Comecei a chorar e implorar para que ele não fizesse nada comigo, por ter meus filhos. Fui levada até os pinheirais (próximo ao Paranoá Parque)”, relembrou.

Ali, o serial killer teria estuprado a vítima. “Como eu me debatia, ele agarrou o meu pescoço e disse: ‘Ou você faz o que eu quero, ou morre agora’. Foi quando cedi às investidas. Mas, depois que ele acabou, me ameaçou: ‘Você viu bem o meu rosto. Quem grava o meu rosto, morre’”, descreveu. Nessa hora, Marinésio se distraiu e deixou a faca cair. “Dei uma joelhada na barriga dele. Consegui abrir a porta do carro e fugir. Ele tentou vir atrás de mim, mas, como era umas 6h30, e havia movimento na rua, desistiu”, relatou a vítima, que procurou a delegacia e fez o exame de corpo de delito.

Segundo a delegada Jane Klébia, chefe da 6ª DP, o caso dessa vítima se assemelha ao de uma adolescente de 17 anos, também investigado na unidade. “Em ambos os crimes, ele usou um carro vermelho. As abordagens também foram diferentes, ele não se apresentou como motorista de transporte pirata. Mas, sim, usou uma faca para obrigar as mulheres a entrarem no veículo”, detalha a investigadora. Na próxima semana, Marinésio será levado até a delegacia para que as duas vítimas façam o reconhecimento pessoal.
 
Investigação
 
Até o momento, os ataques de Marinésio são investigados pela 31ª DP (Planaltina), pela 6ª DP (Paranoá) e pela Divisão de Repressão a Sequestros (DRS). Desde que instauraram os dois primeiros inquéritos, os delegados responsáveis pelas apurações receberam titulares de unidades de outras cidades, que pretendem desarquivar casos não solucionados marcados pelo mesmo modus operandi do serial killer.

Além disso, a DRS deve interrogar o assassino nos próximos dias. A ideia é verificar se Marinésio está envolvido em desaparecimentos de mulheres. Um dos casos sob análise é o de Gisvania Pereira dos Santos, 33, desaparecida em 6 de outubro do ano passado, em Sobradinho. “O que sabemos é que ele é um predador de mulheres, que esteve envolvido em dois sequestros com morte. Mas é essencial levantar mais dados, até para direcionar melhor as nossas perguntas a ele e colher um depoimento mais concreto e detalhado”, informou o diretor adjunto da Divisão, Luiz Henrique Sampaio.

As três perícias do caso Letícia Curado ainda não foram concluídas. A 31ª DP aguarda o laudo cadavérico, a análise sobre o material genético encontrado na Blazer prata e no local do crime e a avaliação na chácara da cunhada de Marinésio, entre Planaltina e Paranoá.
 
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