A Rumo Logística, empresa vencedora do leilão dos trechos central e sul da Ferrovia Norte-Sul (FNS), assinou o contrato de concessão, ontem, no Porto Seco Centro-Oeste, em Anápolis (GO), cidade que completa hoje 112 anos. A companhia venceu o certame ao oferecer R$ 2,719 bilhões de outorga, um ágio de 100% sobre o valor mínimo de R$ 1,35 bilhão. Os investimentos são estimados em R$ 2,72 bilhões.
O presidente Jair Bolsonaro, os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; e da Agricultura, Tereza Cristina, além do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, participaram da cerimônia com executivos da empresa.
Bolsonaro afirmou que há coisas que não se compra, se conquista: a confiança. “Vocês confiaram em mim. Os empresários da Rumo confiaram na gente. Esta obra aqui não é para empreiteiros, é para empreendedores”, destacou. Ele elogiou seus ministros e disse que as entregas do governo são fruto de um trabalho conjunto. “Esta obra liga quatro regiões do país. Une o Brasil e traz progresso. A obra vai baratear fretes, reduzir consumo de combustíveis. O modal ferroviário é muito bem-vindo”, frisou.
O ministro Freitas cumprimentou a Rumo, por acreditar no Brasil. “É uma entrega importante, que foi pensada no Império de Dom Pedro II e começou no governo de José Sarney, há 32 anos”, afirmou. “É o início de uma transformação. Vamos mudar a matriz de transporte brasileiro, dentro de uma estratégia ferroviária muito sólida. Vamos ver o trem passar com contêineres empilhados, em operação pioneira da Rumo. Carga de Manaus vai ser entregue em Porto Alegre”, destacou.
Espinha dorsal
O trecho da Ferrovia Norte-Sul, concedido por prazo de 30 anos, tem extensão de 1.537km, é a espinha dorsal do sistema ferroviário brasileiro e vai ampliar a conexão da região central do Brasil ao Porto de Santos (SP) e Porto de Itaqui (MA). A concessão será para operar a ferrovia, que está praticamente pronta.