Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 04 de setembro de 2019

MUITA ÁGUA PARA COMPENSAR A SECA

 

Muita água para compensar a seca
 
Com níveis de umidade que chegam a 15% e temperaturas que atingem os 33ºC, é preciso dar atenção especial ao corpo: hidratação, exercícios moderados e cuidados com o sol fazem parte da cartilha brasiliense nesta época do ano

 

» DARCIANNE DIOGO*
» GEOVANA OLIVEIRA*

Publicação: 04/09/2019 04:00

Ronaldo Nunes aproveita o lago com a família (Minervino Junior/CB/D.A Press)  

Ronaldo Nunes aproveita o lago com a família

 

 
O tempo seco e o calor intenso que atingem a capital estão longe de acabar. O Distrito Federal completou 93 dias sem chuva e, ao que tudo indica, as precipitações seguem sem previsão, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segunda foi o dia mais seco do ano. A umidade relativa do ar registrou 13% na estação do Gama. Ontem, a umidade chegou a 15% (a segunda menor do ano) e, ao longo desta semana, deve variar entre 15% e 25%. “As temperaturas continuarão altas, variando entre 30°C e 32°C, e o céu com poucas nuvens”, explicou Heráclio Alves, meteorologista do Inmet. Mas é no período de estiagem que os brasilienses aproveitam para sair de casa e curtir o clima.
 
As amigas Márcia Vieira, 54 anos, e Glória Marinho, 56, não se desanimaram com o calorão. Para fugir do clima quente, elas resolveram tomar um sorvete e aproveitaram para colocar o papo em dia. As duas servidoras públicas aposentadas mantêm uma rotina de exercícios físicos intensos. Mas, por conta do tempo seco, há um mês Márcia decidiu dar uma pausa nas atividades. “Eu pedalava toda semana no Eixão, principalmente aos domingos, mas comecei a passar muito mal devido ao calor. Estava sentindo minha garganta muito seca e meus lábios estavam rochosos”, conta.
 
Para não ficar parada, ela começou a se exercitar em uma bicicleta ergométrica, que fica no quarto da casa. “Comprei um umidificador e coloquei no cômodo. É confortável, e o ar fica fresco”, diz. A aposentada Glória Marinho mora em Brasília há mais de 20 anos. A paraibana diz que nunca teve problemas com as temperaturas da capital, mas tem se precavido. “Procuro sempre ir à academia bem no início da manhã, por volta das 8h. Além disso, busco usar roupas com tecidos leves e claros, pois me sinto mais refrescada”, afirma. Outra alternativa para as amigas é optar por alimentos saudáveis e menos gordurosos. “Sempre busco tomar muito suco natural de frutas, comer mais verduras e evitar as massas”, ressalta Glória.
 
O militar aposentado Ronaldo Nunes Pereira, 54, escolheu o Lago Paranoá como destino para fugir do calor. Ele é brasiliense, mas admite que ainda não se acostumou com a secura da capital. “Apesar de ter nascido aqui, fui criado no Rio Grande do Norte, e lá a umidade nunca ficou abaixo dos 20%. Venho para ao lago toda semana, e, para mim, é uma boa opção para amenizar e aliviar a quentura”, argumenta.
 
O cozinheiro Emídio Paulo Miranda, 33, também escolheu o Lago Paranoá para se refrescar. Ele trabalha em um restaurante na 104 Sul e, no momento do intervalo, aproveita a orla. “É uma hora que tenho para fugir da rotina estressante e aproveito para tomar um banho, ainda mais nesse clima seco”, diz.

O Lago Paranoá é uma ótima opção para quem quer fugir do calor (Minervino Junior/CB/D.A Press)  

O Lago Paranoá é uma ótima opção para quem quer fugir do calor

 


Seca em Brasília  (Ed Alves/CB/D.A Press)  

Seca em Brasília

 



Cuidados com a saúde
 
Secura nos olhos, sangramento no nariz e ressecamento da pele são alguns dos sintomas causados pela baixa umidade, e os cuidados devem ser redobrados. “Na época da seca, a maioria das doenças respiratórias piora, pois os poluentes do ar atingem as vias”, explica Licia Stanvani, pneumologista do Hospital Brasília.
 
Segundo a especialista, em dias de baixa umidade, é preciso manter o corpo hidratado, especialmente aqueles que têm doença alérgica respiratória, como asma, ou pulmonar. “Pessoas que estão em algum desses quadros estão mais suscetíveis a desenvolverem uma gripe ou resfriado mais rápido. Para evitar a desidratação, o ideal é usar soro fisiológico nas narinas, lavar o rosto e usar manteiga de cacau nos lábios”, orienta.
 
Reforçar a alimentação saudável, rica em frutas e verduras, com ingestão frequente de líquidos, também é necessário para manter o bom rendimento nas atividades do dia a dia no período da seca. “Algumas frutas, como melancia, melão e mamão podem ajudar bastante na hidratação do corpo, pois elas têm um ótimo percentual de água. Além disso, temos as hortaliças, como o pepino e a abóbora”, comenta o Guilherme Theodoro, professor de nutrição do Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb).
 
O nutricionista alerta, ainda, para o alto consumo de sódio que, segundo ele, pode comprometer o organismo e ajudar no processo de desidratação. “Deve-se evitar os alimentos processados, como salgadinhos, biscoitos e congelados, e dar preferência às comidas preparadas em casa”, destaca.
 
Tempo para exercícios
 
Para os que gostam de praticar atividades físicas, é preciso definir o horário certo para se exercitar, como indica o educador físico Welbert Lucas. Segundo ele, caminhadas podem ser uma boa alternativa de exercício, desde que sejam feitas no início da manhã ou no fim do dia. “Nesse período, é preciso diminuir os exercícios ao ar livre ou em ambientes fechados sem uma boa climatização. Não podemos esquecer que a hidratação é fundamental e o cuidado deve ser redobrado, então, ingerir 35ml de água por quilo corporal é o ideal. Também podemos lembrar das bebidas isotônicas, que previnem a desidratação e são constituídas por alguns nutrientes e sais minerais”, afirma.
 
*Estagiárias sob supervisão de Nahima Maciel
 
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