Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 21 de agosto de 2019

SEQUESTRO NA PONTE RIO-NITERÓI

 


VIOLÊNCIA
 
 
Sniper do Bope mata sequestrador de ônibus
 
Motivos da ação ainda não foram esclarecidos. Rapaz que manteve 37 passageiros presos no meio da Ponte Rio-Niterói, por quatro horas, estava com uma arma falsa, uma faca e gasolina. Governador de estado comemorou ação da polícia

 

» Cristiane Noberto*

Publicação: 21/08/2019 04:00

William Augusto Silva foi atingido, na perna, quando saiu do veículo. Depois, recebeu mais seis tiros (Ricardo Cassiano/Agência O Dia/AFP)  

William Augusto Silva foi atingido, na perna, quando saiu do veículo. Depois, recebeu mais seis tiros

 



O sequestro de um ônibus com 37 pessoas na Ponte Rio-Niterói terminou, ontem com o sequestrador morto por um sniper do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do estado. Nenhum passageiro ficou ferido.

A ação começou de madrugada, em um ônibus da Viação Galo Branco, que partiu de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, em direção ao centro da capital fluminense. Por volta das 5h, Willian Augusto da Silva, 20 anos, tomou o ônibus e obrigou o motorista a enviesar o veículo nas pistas da ponte. A operação policial começou por volta das 5h40 e a agonia teve fim às 9h, quando Willian foi atingido com seis tiros pelo atirador de elite do Bope, no momento em que desceu do ônibus e jogou um casaco para os policiais. A direção do Hospital Municipal Souza Aguiar confirmou a morte dele às 9h33, por parada cardiorrespiratória.

Foram quatro horas de terror, segundo os passageiros. Com uma arma, uma faca e gasolina, o sequestrador, apesar de afirmar que não queria ferir ninguém nem o dinheiro deles, distribuiu o combustível em garrafas Pet pelo ônibus. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) conduziu a operação. Segundo informações da corporação, a arma que o rapaz portava era falsa.

Hans Moreno, um dos reféns no ônibus, declarou a jornalistas que estava aliviado por ter saído daquela situação. “O sequestrador parecia bem arquitetado, tinha todos os objetos bem-feitos, chegou com as coisas armadas, mas afirmava que não queria nada das vítimas, queria R$ 30 mil do estado”, disse.

Comemoração

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), comemorou a ação policial ao descer de um helicóptero na ponte, após a ação policial, o que causou um certo mal-estar nos presentes. Durante a coletiva de imprensa, explicou que sua comemoração foi pela ação bem-sucedida da polícia em salvar 37 vidas, e não pela morte de alguém.

Witzel não mediu elogios à equipe e destacou que a ação só foi possível porque a polícia não teve nenhuma interferência. “Lamento a morte ocorrida e fico feliz com as 37 vidas salvas. Temos muito trabalho para combater a violência e proteger a população. Estamos no caminho certo”, escreveu no Twitter. O governador afirmou que, se preciso, entrará com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que tenha entendimento jurisdicional a questão de abater pessoas com fuzil na mão, mesmo que não estejam utilizando.

Na avaliação do ex-secretário Nacional de Segurança, coronel José Vicente da Silva, os policiais agiram corretamente. Segundo ele, o contexto gerenciado pelo comandante do Bope não pode ser feito por um amador, o negociador tem a função de fazer o indivíduo desistir da ação. “Quando o sequestrador pôs o corpo para fora do veículo, ele não poderia voltar mais, pois se a polícia permitisse isso, voltaria todo o drama. A polícia tinha que fazer tudo o que podia ser feito, e, como o policial não podia pular em cima dele, por conta da distância, o tiro era a melhor opção”, disse.

O coronel explicou que a ação do sniper deve anular o potencial agressivo do indivíduo. Isso significa imobilizar de alguma forma para retirar o potencial de perigo. Em última opção, o tiro na cabeça. “Essa decisão não é do sniper, a decisão dele é somente o ponto e quando. Quem dá o aval é o comandante da operação, que no caso era o coronel Nunes”, afirmou.

Em casos de assaltos, onde o assaltante pode pegar um refém para conseguir fugir, a polícia pode tentar negociar e quase sempre a negociação é bem-sucedida. “Casos como esses (do sequestro na ponte) são perigosíssimos para os reféns e para os policiais. É uma pessoa perigosa, que pode matar inocentes. Os policiais devem ter isso em mente”, disse.

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira


  • Chacina de Unaí: condenado fica solto

    O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF) impediu a prisão de Hugo Alves Pimenta, condenado em 2ª instância de Justiça por participação no caso conhecido como a chacina de Unaí. Em 2004, quatro servidores do Ministério do Trabalho foram assassinados, no Entorno do Distrito Federal, durante a fiscalização sobre trabalho escravo. A decisão, tomada na semana passada, foi divulgada ontem. Hugo foi condenado a 31 anos e seis meses de prisão pela acusação de ser um dos intermediários dos assassinatos, encomendados por um fazendeiro. O ministro entendeu que o réu deve responder em liberdade até que a Primeira Turma da Corte analise o mérito do caso.

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