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Donald Trump assiste à caçada, na Casa Branca: "Foi brutal", narrou
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A milhares de quilômetros da Síria, na Sala de Crises da Casa Branca, o presidente americano, Donald Trump, contou que testemunhou o fim do líder do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Bagdadi, por meio de um vídeo ao qual “assistiu vidrado”. Conversando com os jornalistas, o mandatário afirmou que era “como se estivesse vendo um filme”. A ação dos soldados de elite começou com oito helicópteros voando a baixa altura no escuro e terminou duas horas depois, com um dos homens mais procurados do mundo encurralado, pouco antes de explodir a si mesmo.
Trump contou que Bagdadi estava sob vigilância há duas semanas. Assim que a localização do terrorista foi confirmada, a incursão das forças especiais começou a ser executada no sábado. Além dos helicópteros, havia barcos e aviões. Primeiro, os militares tiveram que cruzar o território hostil vindo de um local não revelado no noroeste da Síria, voando por aproximadamente 70 minutos. “Havia uma possibilidade de ficarmos sob um fogo incrível”, narrou o presidente. “Quando chegaram ao destino, o inferno desatou”, descreveu. Nove pessoas, incluindo os filhos e as esposas do líder do EI, morreram na operação. Nenhum soldado foi ferido, segundo Trump.
PrisioneirosO presidente continuou, dizendo que, ao chegar ao prédio onde o terrorista estava, os militares foram “recebidos com muito fogo”. Onze crianças que supostamente eram mantidas prisioneiras foram retiradas com vida. “E então veio a informação de que todos estavam esperando. ‘Senhor, só resta uma pessoa no prédio. Estamos seguros de que está no túnel tentando escapar, mas é um túnel sem saída’”, relatou Trump. Tratava-se de Bagdadi. “Foi brutal”, resumiu o mandatário. “Ele chegou ao fim do túnel enquanto nossos cachorros lhe perseguiam. Explodiu seu colete, matando a si mesmo e aos três meninos (os filhos do extremista)”, narrou Trump.
Bagdadi já foi dado como morto diversas outras vezes. Para garantir que, de fato, ele morreu agora, os soldados pegaram amostras do corpo mutilado do líder para fazer a identificação do DNA antes de irem embora. “Ele não morreu como um herói, morreu como um covarde, chorando, gemendo e gritando e levando três meninos para morrer com ele. Ele sabia que o túnel não tinha saída.”