Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quinta, 22 de agosto de 2019

ALCEU VALENÇA: ALCEU É MUITO

 

ENTREVISTA / ALCEU VALENÇA
 
 
Alceu é muito!
 
O multiartista se apresenta hoje no festival Na Praia. O show será Estação da luz, com sucessos e canções em homenagem à capital

 

Nicole Mattiello*

Publicação: 22/08/2019 04:00

O cantor ganhou uma HQ que conta a história do seu disco Vivo (Celso Hartkopf/Divulgação)  

O cantor ganhou uma HQ que conta a história do seu disco Vivo

 

 
Um eterno menino que não gosta de descansar nem sonha em se aposentar. “Me faz um favor? troca o senhor por ‘você’?”, pediu Alceu Valença, e quebrou o gelo das formalidades logo no início da entrevista ao Correio. O cantor se apresenta hoje no festival Na Praia com o show Estação da luz, em que toca sucessos da carreira e músicas que homenageiam a capital.
 
Alceu trilha os caminhos da arte há mais de 40 anos. Cantor, compositor, escritor, ator, cineasta, fez um pouco de tudo: tem 31 discos, um livro e um filme, “fui até galã de filme, menina!”, conta sobre o longa pernambucano de 1974, A noite do espantalho, de Sérgio Ricardo. Referência na cultura brasileira, recentemente ganhou uma HQ, feita por André Valença e Celso Hartkopf, que conta a história do disco Vivo.
 
Anunciação, Cavalo de pau, La belle de jour, Tropicana… com sucessos que estão na ponta da língua de muitos fãs da sua música, Alceu Valença tem carreira extensa e cheia de “causos”. O artista contou um pouco mais sobre sua história na música.
 
Alceu Valença diz ter amor por cantar e fazer show, e não pensa em se aposentar (Antonio Melcop/Divulgação)  

Alceu Valença diz ter amor por cantar e fazer show, e não pensa em se aposentar

 

 
Sempre sonhou em ser cantor?
Nunca sonhei essas coisas não. Quando era garoto, com uns 5 anos de idade, participei de um festival na minha terra, e o prêmio era uma caixa de sabonete. Depois eu vim aprender a tocar violão com uns 15, 16 anos de idade, e aí pronto. Quando estudei em Harvard, era uma época de muitos hippies, e eu tocava numa pracinha por lá, eles adoravam, e eu também me amarrava. Depois disso minha carreira começou mesmo, com convites para shows, para cantar e mostrar meu som.
 
 
Você inspira muitos artistas, isso não é segredo. Mas quem te inspirou no início da carreira? 
Na minha casa o meu pai não queria que eu fosse artista, porque ele achava muito difícil sobreviver desse negócio de arte, então não existia som na minha casa, só um rádio. As minhas referências primeiro foram os cantos do sabiá, a música que tinha nos pés de capim quando o vento soprava, as vozes dos locutores na rádio, as músicas que tocavam na época, sem que eu escolhesse. Uma mistura doida que funcionou.
 
 
Qual é a sua obra mais importante? 
Todas. Obra é como filho, você já viu pai gostar mais de algum filho do que outro? Claro que tem uma música ou outra que nunca foi ao ar, que fica guardada no baú. Aí vira uma relação distante, como um filho que vai morar fora, que a gente passa muito tempo sem ver e sem conversar. Mas todas são importantes.
 
 
Quais mudanças percebe no ramo da música comparando quando começou com agora?
A internet, com certeza. A internet favoreceu muita gente (artistas) que já estava estabelecida, ao mesmo tempo que ocultou outros. A minha carreira foi muito favorecida, tenho uns 60 milhões de visualizações nas plataformas. Mas sabe, tem o lado ruim. Estamos vivendo em um mundo dominado por uma cultura de algoritmos que nos apresentam um menu daquilo que a gente deve comer. Eu prefiro a comida da Dedé (cozinheira que trabalha em sua casa), não escolho em menu.
 
 
Como fica o descanso? O que o você faz para descansar? 
Eu odeio descansar. Agora, há um cansaço muito grande que é das viagens, mas quando eu chego ao Rio de Janeiro eu fico com vontade de cair na rua. A senhora estrada é minha vida. Não tiro férias, penso em fazer show o tempo todo. Mas, às vezes, passo um tempo em Portugal, caminho pelas ruas de Lisboa, adoro andar nas ladeiras e colinas… Esse é o meu descanso.
 
 
E como é a relação com o público de Brasília?
É maravilhosa. Faço show aqui desde o início da minha carreira, e adoro o clima como um todo. O clima da cidade, do público… Fiz até música em homenagem. Não é brincadeira, não.
 
*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira
 
 
 
Show Estação da Luz, de Alceu Valença
Hoje, a partir das 18h no Na Praia (Concha Acústica, Orla do Lago Paranoá). Ingressos: R$ 161 (inteira) e R$ 81 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 16 anos.
 
Jornal Impresso

Escreva seu comentário

Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros