Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense segunda, 07 de outubro de 2019

CÂNCER DE MAMA: PÁGINAS DE SUPERAÇÃO E ESPERANÇA

 

Páginas de superação e esperança
 
 
Outubro é o mês da campanha de prevenção do câncer de mama. Mulheres que venceram a doença contam a experiência em livro

 

CAROLINE CINTRA

Publicação: 07/10/2019 04:00

Três das 40 mulheres que participaram da coletânea Nossa história, nosso milagre!
 (Minervino Júnior/CB/DA.Press)  

Três das 40 mulheres que participaram da coletânea Nossa história, nosso milagre!

 

 
“Viver a vida por mais que esteja difícil. Tentar viver da forma mais leve possível”. As palavras são da professora Suzana 
Mahmud Said, 44 anos. O intuito é incentivar mulheres que descobriram recentemente o câncer de mama. Ela foi diagnosticada com a doença em julho de 2018. Um nódulo no seio direito, que apareceu inicialmente como benigno, trouxe uma das notícias mais difíceis que ouviu na vida. No entanto, preferiu encarar o lado positivo da situação. Com otimismo, fé e apoio da família, a batalha foi vencida. A cura veio neste ano.
 
Suzana lembra que, ao abrir o resultado com o diagnóstico do câncer de mama em casa, os filhos dela, de 12 e 19 anos, começaram a chorar. “Foi nessa hora que percebi que quem tinha de ser forte era eu”, conta. A mãe da professora teve a mesma enfermidade aos 48 anos. Após dois anos de luta, morreu devido a uma metástase. “Quando foi a minha vez, acreditei muito no que os médicos falaram. Como descobri no início, a chance de cura era grande, e eu confiei.”
 
Suzana começou o tratamento e, 14 dias após a primeira sessão de quimioterapia, o cabelo começou a cair. “Ele é nossa moldura. Para nós (mulheres), representa muito poder. Ao perdê-lo, parece que as forças vão embora. Mas, para mim, foi a criação de uma personagem. Antes, fazia progressiva e chapinha o tempo todo, e, de repente, me senti livre disso tudo”, diz. Os meses com câncer a fizeram adotar uma nova rotina. “Comecei a fazer caminhada e corrida. Tinha dia em que eu esquecia a doença. Ver gente na rua ajudou na minha recuperação”, garante.
 
Para a gerente de vendas Suramya Soares, 40, a notícia chegou de forma dura. “O médico abriu o resultado e já avisou que eu perderia o cabelo e teria que tirar uma mama. Disse que não tinha outra forma de me contar aqui. Na hora, fiz até uma brincadeira, porque foi algo que eu não quis acreditar. Não tenho casos na família e não imaginava passar por isso.” Ela lembra que saiu da consulta passando mal. O diagnóstico saiu em 7 de fevereiro de 2018. No mês seguinte, em 13 de março, foi a primeira quimioterapia.
 
“O cabelo começou a cair. Quando vi aquilo, engoli o choro, mas eu não quis raspar e cortei na altura do ombro. Depois de uns dias, minha irmã apareceu careca. Ela raspou antes de mim para me incentivar. Aquilo me deu uma força tão grande. O medo era do preconceito das pessoas, mas foi tranquilo. Foi tão bom tomar banho carequinha”, brinca. Em 21 de novembro do ano passado, Suramya passou pela cirurgia de retirada da mama e, hoje, espera pelo procedimento de reconstrução do órgão. Também está curada.
 
A publicação
 
Parte dos dois relatos estão no livro Nossa história, nosso milagre!, que será lançado na próxima terça-feira, no auditório da Legião da Boa Vontade (LBV). Cada uma escolheu um tema para abordar relacionado à doença. A obra relata o tratamento de 40 mulheres que tiveram ou têm câncer. Mas nem só de narrativas positivas a publicação é feita. Pessoas que perderam alguma parente vítima da doença também contaram a vida antes, durante e após o tratamento.
 
A ideia do livro surgiu depois de uma série de conversas informais entre médico e paciente. A mastologista Thereza Racquel de Mello, durante 11 meses, acompanhou e tratou a professora Rosilda de Souza, que descobriu o câncer em 2018. Após a trajetória, elas tiveram a ideia de escrever um livro que falasse sobre superação. Com a ajuda da oncologista Ludmila Thommen, especialista em câncer de mama, e da residente em mastologia Daniela Omar, Thereza e Rosilda se uniram ao projeto.
 
“Não imaginei que uma das piores coisas que aconteceram na minha vida me trouxesse orgulho depois. Quando tive a doença, chorei demais. Recebi o apoio da minha família, mensagens, cartas de alunos. Tudo isso me dava vontade de ficar boa logo”, destaca a professora. “Em toda consulta, eu falava para a doutora Racquel que estava cansada de ficar em casa. Já tinha assistido a todas as séries. Precisava fazer algo novo. Foi quando ela me chamou para fazer parte desse projeto tão legal, que pode mudar a forma de diversas mulheres verem o câncer de mama”, lembra Rosilda.
 
Para Thereza, a proposta é ajudar outras pacientes a enfrentarem a doença ainda no início e mostrar que existe solução e cura. “Cada história e cada tratamento são diferentes, mas as pacientes se sentem mais confortáveis quando se identificam com as outras.”
 
Outubro Rosa
 
Este mês é voltado para a prevenção do câncer de mama. A oncologista Ludmila Thommen ressalta que o período é marcado como estímulo para as mulheres fazerem exames. Porém, alerta que a saúde feminina deve ser prioridade durante o ano todo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a chance de cura ultrapassa 95% quando o diagnóstico é precoce.
 
“As mulheres precisam ter o hábito de se conhecer. Caso identifiquem algo diferente, devem procurar um médico imediatamente, seja um mastologista, seja um ginecologista. Além disso, fazer os exames todo ano. Vale lembrar que o câncer de mama também pode ser diagnosticado em homens. É mais raro, mas acontece. As pessoas pensam no câncer de mama como algo que leva à morte, mas, não, ele tem cura”, ressalta a médica.
 
 
Lançamento e autógrafos do livro Nossa história, nosso milagre!
8 de outubro (terça-feira). Auditório da Legião da Boa Vontade (LBV) — SGAS 915, Asa Sul. A partir das 19h. Para solicitar o livro, entrar em contato pelo e-mail outubrorosa2019@gmail.com
 
 
 
Hábitos que ajudam a prevenir o câncer de mama
• Alimentar-se de forma saudável
• Amamentar
• Evitar bebidas alcoólicas
• Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de redução hormonal
• Manter o peso corporal adequado
• Praticar atividade física
Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)
 
 
 
Números
• Estimativa de novos casos no Brasil em 2019: 59.700
• 1% do total de registros de câncer de mama no Brasil é diagnosticado em homens
• Uma em cada seis mulheres terá câncer de mama no Brasil
 
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