Duas décadas depois da morte da freira, Irmã Dulce continua sendo referência de acolhida na área da saúde e educação. Os números da obra da beata impressionam. Atualmente, o Hospital Santo Antônio, nascido de um galinheiro do convento em 1949, abriga um dos maiores complexos de saúde com atendimento 100% feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com 21 núcleos e cerca de 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais realizados por ano.
Conhecido como o “coração” da Osid (Obras Sociais da Irmã Dulce), o hospital dispõe de residências médicas, ensino de enfermagem, centro de pesquisa clínica e um comitê de ética em pesquisa. São 38 especialidades médicas de atendimento, exames laboratoriais e de bioimagem, internação, cirurgias de alta complexidade e reabilitação. A organização administra ainda o Hospital da Criança da Bahia, o Hospital do Oeste, o Hospital Eurídice Sant’Anna, o Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho e o Centros de Atendimento à Saúde.
Recentemente, a Osid foi reconhecida como uma das cem melhores ONGs do Brasil e a melhor da região Nordeste, entre 1.700 instituições. “Para nós, a Irmã Dulce tem dois legados importantes, um no sentido prático e de atendimento na saúde e na educação, e outro no sentido espiritual, da fé e da relação que ela tinha com as pessoas. É uma santa da nossa época e o exemplo que ela deixou é impressionante”, diz Sérgio Lopes, assessor corporativo das Organizações Irmã Dulce. Ele lembra que o principal legado que a freira deixou foi o compromisso com os pobres. “Nossa maior marca é a missão de amar e de servir. O traço de humanização que conseguimos imprimir aqui é uma das coisas que mais queremos cultivar. Todos os profissionais são herdeiros dessa missão de Irmã Dulce”, ressalta.