Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense quarta, 26 de janeiro de 2022

CULTURA: SÉRIE EM QUADRINHOS APRESENTA A FORÇA DOS ORIXÁS

Roteirista Alex Amir apresenta força dos orixás em série de quadrinhos

Quadrinho 'Orixás, os nove eguns' dá às entidades e seres encantados deste lado da América do Sul o mesmo tratamento que as outras divindades pop ganham na cultura de massa

Jo
Juliana oliveira
postado em 26/01/2022 06:24
 
 (crédito:  Alex Amir/Divulgação)
(crédito: Alex Amir/Divulgação)

"Senhor dos raios e trovões e fonte de inspiração para os seus guerreiros". Poderia ser o deus nórdico Thor ou o grego Zeus, entretanto essa descrição é de Xangô, entidade afro-brasileira oriunda de ancestrais divinizados trazidos pelos povos africanos escravizados no Brasil e incorporados a manifestações religiosas de matriz africana. A similaridade entre o panteão afro-brasileiro e outras divindades míticas e religiosas é extensa e pouco conhecida, mas artistas nacionais têm lançado obras que jogam luz ao rico acervo nacional e revelam o potencial artístico para assimilação na cultura pop.

O roteirista Alex Mir, 46 anos, é um dos nomes que enveredou pelo acervo local da cosmogonia africana e está com uma nova edição da história em quadrinhos Orixás, Os Nove Eguns, pela editora Peirópolis. Com desenhos de Alex Rodrigues, Mir apresenta Xangô como uma divindade em conflito e atormentado entre a glória e a guerra, um argumento ético que cai bem para os deuses antropomórficos.

O roteirista dá às entidades e seres encantados deste lado da América do Sul o mesmo tratamento que as outras divindades pop ganham na cultura de massa. "É muito legal trabalhar com esse tema, porque as pessoas começam a perceber que Xangô é tão poderoso, forte e carismático quanto Thor. Os orixás podem ser tão heróis como qualquer outra divindade", defende.

Apaixonado por quadrinhos desde a infância, antes dos 18 anos criou um universo de heróis legitimamente brasileiros: Os defensores da pátria. Embora o nome soe jocoso para o atual contexto político, o argumento era oportuno, um grupo de jovens notáveis com habilidades extraordinárias personificando os melhores atributos e desafios das unidades federativas do Brasil. Essa foi a primeira incursão de Mir na busca por elementos tipicamente nacionais. "Em 2007, consegui publicar, de forma autônoma. Como cada herói representava um estado brasileiro, o da Bahia era um orixá, escolhi Ogun. Toda a narrativa tinha inspiração em quadrinhos norte-americanos. Depois dessa publicação, ficou a ideia e comecei a procurar material sobre orixás e divindades da religiosidade brasileira", explica.

Em 2008, Alex entrou em contato com quadrinistas amigos e apresentou o roteiro de A separação do céu e da terra, a partir da mitologia africana. "Mandei um e-mail para o editor da revista e a partir daí fizemos mais dois trabalhos. Em 2009, entrei num projeto de financiamento cultural em São Paulo e inscrevemos um projeto sobre os orixás. O trabalho contava toda cosmogonia africana, desde a criação dos deuses até a criação da terra", diz. A partir daí, Alex fixou um dos seus principais nichos de trabalho.

A obra foi distribuída em todo o território nacional, em escolas estaduais, e, ao participar de uma edição da Comic Com, recebeu o retorno de professores, religiosos e leitores, que simplesmente se sentiram fisgados por esse outro universo do fantástico. "Percebi que havia muita procura, então, trabalhei em novas edições".

Em 2011, ele publicou Orixás do orum aiê; em 2015, foi a vez de Orixás o dia do silêncio. Dois anos depois veio um dos trabalhos de maior reconhecimento do escritor, o Orixás em guerra, um compilado de histórias de guerras enfrentadas pelas divindades, que rendeu, em 2018, o Troféu HQMix. Prêmio repetido em 2019, dessa vez de Orixás Renascimento, publicado em 2018 com histórias de Iroco e Oxum.

Em 2019, foi a vez de Orixás Ikú, em que narrava a história da Morte, que se apaixona. O trabalho conquistou o Ângelo Agostinho, um importante reconhecimento no segmento de quadrinhos. Em 2020, veio Orixás Os Nove Eguns, que só foi lançado em 2021, mesmo ano em que desenvolveu Orixás A revolta dos Eguns, a ser lançado este ano.

"Eu tenho visto esse tipo de abordagem crescer. Pessoas como André Diniz, que trabalha muito com a africanidade e outros autores estão trazendo essa abordagem e, nos quadrinhos, o tema pode crescer muito", analisa. Apesar das boas perspectivas ele reconhece que o preconceito é um entrave. "Felizmente, estamos vendo a coisa acontecer e as pessoas vendo e lendo a história dos orixás, independentemente de credos, de consumir como cultura, transmídia. Aos poucos, começam a perceber que não é o bicho de sete cabeças e que é muito interessante, como a mitologia nórdica e a japonesa. A africana sempre veio correndo por fora, mas as coisas estão mudando", acredita.


Correio Braziliense terça, 25 de janeiro de 2022

VÔLEI FEMININO: BRASÍLIA ENFRENTA FLAMENGO E BUSCA PRIMEIRO TRIUNFO NO RETURNO DA SUPERLIGA

Brasília enfrenta Flamengo e busca primeiro triunfo no returno da Superliga

Pelo torneio feminino, as comandadas do técnico Rogério Portela jogarão fora de casa, nesta terça-feira (25/1), às 19h

JM
Júlia Mano*
postado em 24/01/2022 21:19 / atualizado em 24/01/2022 21:21
 
 (crédito: @guerreirofotografia)
(crédito: @guerreirofotografia)

O Brasília Vôlei desembarca na Cidade Maravilhosa nesta terça-feira (25/1). As comandadas do técnico Rogério Portela enfrentarão o Sesc Flamengo pela terceira rodada do returno da Superliga Feminina. A bola sobe às 19h e terá transmissão pela plataforma de streaming Canal Vôlei Brasil. As equipes entram no Ginásio Hélio Maurício, no Rio de Janeiro (RJ), com derrotas na bagagem.

Ao todo, o Brasília Vôlei venceu quatro jogos na Superliga e sofreu nove derrotas. Dessa forma, somou 13 pontos e está na nona colocação da tabela.

No primeiro turno, as equipes se encontraram no Ginásio Sesi Taguatinga, em 9 de novembro, pela terceira rodada. Na ocasião, as cariocas anotaram 3 sets a 0, mas encararam o jogo duro das candangas em parciais de 18/25, 22/25 e 21/25.

Proximidade na tabela

 (crédito: Paula Reis/Flamengo)
crédito: Paula Reis/Flamengo

Seis pontos e duas posições na tabela separam as candangas das cariocas. O time comandado pelo técnico Bernardinho acumula o mesmo número de triunfos e derrotas: seis. Assim, somou 19 pontos e ocupa a sétima colocação.

Apesar do retrospecto positivo para o Sesc Flamengo, o time chega de uma derrota e de uma partida adiada. As cariocas retornariam às quadras em 7 de janeiro, depois do recesso para as festas de fim de ano. No entanto, ocorreu um surto de covid-19 no elenco e o duelo contra o Sesi Bauru foi adiado. A retomada dos treinos também sofreu complicações.

O retorno da equipe de Bernardinho às quadras ocorreu na última sexta-feira (21), diante do Osasco. O clássico do vôlei brasileiro foi válido pela segunda rodada do returno e acabou com o triunfo das paulistas, por 3 sets a 1.

*Estagiária sob a supervisão de Fernando Brito

 


Correio Braziliense segunda, 24 de janeiro de 2022

ENSINO: MAIOR REDE DE ESCOLAS BILÍNGUE CANADENSE INAUGURA NOVAS UNIDADES EM BRASÍLIA

Maior rede de escolas bilíngue canadense inaugura duas novas unidades em Brasília

Localizadas na Asa Norte e Sudoeste, os novos espaços da Maple Bear oferecem ensino bilíngue de ponta em uma metodologia inovadora

Apresentado por  
postado em 24/01/2022 02:00
 
 (crédito:  Victor Kobayashi)
(crédito: Victor Kobayashi)

A maior rede de escolas bilíngues do mundo, a Maple Bear, chega com mais duas novas escolas em Brasília: uma localizada na Asa Norte e a outra no Sudoeste. Os novos espaços oferecem salas de aula amplas e arejadas, materiais manipulativos (recursos de apoio ao trabalho pedagógico, como blocos, brinquedos etc.) e centros de aprendizagem, para que os alunos, ao mesmo tempo em que realizam atividades divertidas e estimulantes, busquem conhecimento.

A nova sede Maple Bear, na Asa Norte, está localizada em um terreno de 11 mil m² no setor de Grandes Áreas Norte 916 e contará com mais de 6 mil m² de área construída para os segmentos de Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 e 2. Já no Sudoeste, a unidade está localizada na quadra EQSW 303/304, onde, também, serão oferecidos Educação Infantil e Ensino Fundamental 1. Além das novas escolas, já em operação em 2022, a Maple Bear também terá, no próximo ano, duas escolas adicionais a serem inauguradas na Asa Sul e em Águas Claras. 

 


Correio Braziliense domingo, 23 de janeiro de 2022

COMUNIDADE: PROJETO PROMOVE A CULTURA EM SOBRADINHO POR MEIO DA ARTE PRODUZIDA POR MULHERES

 

Projeto promove a cultura em Sobradinho por meio da arte produzida por mulheres

Clara, Duda, Nicole, Fernanda e Luanna formam o coletivo Sobradinho Artístico desde 2020 e promovem a arte local, priorizando mulheres e moradores da região administrativa

AI
Ana Isabel Mansur
postado em 23/01/2022 06:00 / atualizado em 23/01/2022 06:30
 
Em pé: Letícia, Luanna, Nicole, Clara e Priscila — integrante do Coletivo Andanças, parceiro do projeto. Agachadas: Fernanda e Duda. Iniciativa promove reconhecimento feminino em áreas diversas das artes -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Em pé: Letícia, Luanna, Nicole, Clara e Priscila — integrante do Coletivo Andanças, parceiro do projeto. Agachadas: Fernanda e Duda. Iniciativa promove reconhecimento feminino em áreas diversas das artes - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Se a expressão "fazer arte", usada para criticar atitudes ligadas ao universo infantil, fosse adaptada para descrever o coletivo Sobradinho Artístico, o ideal seria dizer "ser arte." Desde meados de 2020, Clara Caldeiras, Eduarda Siqueira, Fernanda Maria Avelar, Luanna Rodrigues e Nicole Cristina Vasconcelos, moradoras de Sobradinho, promovem eventos culturais na região para divulgar a arte dos moradores da cidade, dando prioridade para o trabalho de mulheres. O conjunto nasceu de maneira orgânica e foi a sequência lógica do crescimento das jovens, que têm entre 18 e 20 anos e estão mergulhadas desde a pré-adolescência no universo cultural e artístico.

"O projeto começou de forma totalmente despretensiosa, na intenção de ser apenas um evento na casa da Nicole. No final, acabou virando uma feira expositiva", conta Clara, poeta natural de São Gonçalo (RJ) e moradora de Sobradinho desde 2020. "Tínhamos contato com muitos artistas da cidade, que vinham à minha casa. E pensamos: por que não juntar essa galera toda?", complementa Nicole, multiartista, grafiteira, pintora e produtora. Elas, então, tiveram a ideia de montar um coletivo de mulheres. "Para trazer essa noção de união para Sobradinho, mostrando um pouco da arte de cada pessoa, com a missão de representar todo mundo", completa Nicole.

Efervescência

O pano de fundo da cidade, a única do DF em uma região serrana, é indissociável tanto da vida das artistas quanto da origem do coletivo. Apesar do clima marcado por temperaturas mais baixas do que o registrado nas outras partes da capital federal — justamente pela localização geográfica — o calor da efervescência cultural de Sobradinho influenciou a decisão de incentivar a arte local.

 "Tanto quem é daqui, quanto pessoas de fora sempre falaram que, historicamente, Sobradinho é uma cidade extremamente artística, com muitos eventos culturais e lar de grandes artistas", observa Duda, que é dançarina profissional há seis anos. "(Criar o coletivo tem) um pouco de ancestralidade, de saber a força que a gente tem, de ver os jovens da nossa bolha e nossos amigos reunidos, de ter esse projeto de fomentar e de ver todo mundo crescer junto", completa a jovem.

Clara relembra que, ao chegar ao DF, viu uma potência artística grande, principalmente entre mulheres. "Mas também percebi que faltava algo realmente sólido, que fizesse com que a visibilidade dos artistas fosse ainda maior", explica, e destaca que o peso artístico da capital federal é imenso. "Depois que percebemos que realmente faltava um lugar de reuniões, resolvemos mergulhar nessa aventura", relata Clara.

O grupo busca honrar a tradição, o legado e a chama artística de Sobradinho
O grupo busca honrar a tradição, o legado e a chama artística de Sobradinho(foto: Arquivo pessoal)

 

Acolhimento

De mãos dadas com o destaque local, está o enfoque na produção feminina. "Vemos muitas mulheres na cena, mas, ao mesmo tempo, não são tantas assim. O cenário artístico de Sobradinho tem poucas reconhecidas, em todas as áreas", aponta Fernanda, escritora com livro de poesias publicado. "Como somos mulheres e artistas, entendemos a importância de nos unir e tentar dar moral e apoio umas às outras. Temos muitas mulheres fazendo artes incríveis sem ter o reconhecimento merecido", defende a artista.

Segundo ela, ser artista é difícil, mas ser mulher artista é ainda mais. O grupo tenta, então, dar o máximo de suporte que consegue. Apesar de serem independentes e não terem muitos recursos, elas fazem o possível "para que mulheres se sintam acolhidas e a cena não seja predominantemente masculina".

Duda ressalta que, mesmo sendo um projeto feminino, a participação de homens não é proibida. "Na maioria das coisas, se não em todas, é só nós por nós, não temos essa dependência", frisa. Nicole complementa a amiga e ressalta que o intuito do coletivo, desde o princípio, é trabalhar com a categoria, principalmente na organização dos projetos. "É importante passar a visão das minas fazendo o corre independente pela arte e pela nossa cidade", afirma a jovem.

 

Segunda edição da feira do Sobradinho Artístico, em novembro, reuniu cerca de 70 pessoas no ginásio da cidade: coletividade
Segunda edição da feira do Sobradinho Artístico, em novembro, reuniu cerca de 70 pessoas no ginásio da cidade: coletividade(foto: Arquivo pessoal )

 

Programação

As artistas organizaram, de maneira completamente autônoma, o primeiro evento do Sobradinho Artístico em agosto do ano passado, em uma casa da cidade. "Foi em uma garagem grande, com palco, mas era um local pequeno para o tanto de gente que se interessou e se inscreveu", lembra Luanna, artista plástica e pintora. Ela também acrescenta que o processo de inscrição é feito por meio de preenchimento de formulário. "Disponibilizamos palco para as apresentações e mesa e espaço para as exposições. As pessoas puderam montar o próprio espaço como queriam", continua Luanna.

Durante dois dias, ocorreu a primeira feira que chegou a reunir 40 artistas, entre cantores, expositores, dançarinos, pintores, fotógrafos, escritores e artesãos. O sucesso foi tanto que o segundo evento veio apenas três meses depois, no Ginásio de Esportes de Sobradinho 2, com 27 expositores e mais de 70 pessoas na plateia. Nicole conta que, após o primeiro evento, muitos artistas se interessaram, inclusive de fora de Sobradinho. "A segunda edição teve gente do Gama, Paranoá, Cidade Ocidental (GO) e Valparaíso (GO)", anima-se a jovem. "Demos prioridade para quem não tinha participado da primeira", completa Luanna.

Segundo ela, o evento é uma oportunidade para se conhecer artistas, mas o grupo também faz questão de levar aqueles cujos trabalhos elas apreciam.

Próximos passos

As artistas planejam a terceira edição da feira do Sobradinho Artístico para o primeiro trimestre deste ano. "Ainda não sabemos se será presencial ou virtual, mas o projeto é fazer em março", relata Luanna. Segundo Nicole, a ideia do grupo é, antes, fazer eventos para arrecadar fundos para a exposição. "Queremos fazer um leilão on-line, no fim de fevereiro, para vender alguns quadros de artistas de Sobradinho", detalha. O evento de março deve ocorrer na parte externa do ginásio de Sobradinho 2. "Ali é mesmo o nosso lugar", completa Nicole.

Além dos eventos, o coletivo pretende alcançar o público por meio das plataformas digitais. "Queremos movimentar mais nosso Instagram. Temos um projeto de entrevistas com alguns artistas daqui e de outros lugares também, representando o DF, de maneira geral, e o Entorno", planeja Fernanda. Quando perguntadas a respeito de levar o projeto para outros lugares, inclusive fora do Distrito Federal, elas não escondem a animação. 

"Tem muita coisa que a gente não imagina ainda. Eu, com certeza, faria uma conexão com algum grupo de outra cidade", admite Nicole. "Nunca foi falado, mas temos a intenção, sim. Se acontecer, se pudermos levar para fora e espalhar a ideia, fazer, por exemplo, uma conexão com São Gonçalo, com certeza. A ideia é que seja um projeto ligado a nós, mas sem ser nosso, para ser tudo uma coisa só", deseja Fernanda. Como numa espécie de escola, Clara defende a ampliação do projeto e arremata: "Foi a partir do Sobradinho Artístico que passei a me considerar uma artista de verdade, fora que meu senso de cultura e união se amplificou. Aprendi a valorizar a arte local e a perceber como a arte salva", reflete a artista. 


Correio Braziliense sábado, 22 de janeiro de 2022

CANDANGÃO 2022: VEJA DETALHES DO TORNEIO E DOS TIMES PARTICIPANTES

Guia do Candangão 2022 — veja detalhes do torneio e dos times participantes

Principal competição do Distrito Federal começa neste sábado (22/1) com dez clubes envolvidos. Novidades na organização do torneio elevam expectativa por uma edição histórica

DQ
Danilo Queiroz
JM
Júlia Mano*
VP
VICTOR PARRINI*
postado em 21/01/2022 19:29 / atualizado em 21/01/2022 19:40
 
 (crédito: Pedro Brandão/@iampedrobrandao/Candangão)
(crédito: Pedro Brandão/@iampedrobrandao/Candangão)

Modificado para ter disputa mais intensa nos gramados e sob uma nova nomenclatura para ser rentável financeiramente, o Campeonato Candango de 2022 entra em cena recheado de novidades e com a expectativa de, enfim, ser uma das melhores edições do certame local. De sábado (22/1) até 2 de abril, dez clubes da elite fazem a bola rolar nas canchas da capital federal e se enfrentam em busca do status de ser o melhor time do futebol do Distrito Federal. No esquenta do torneio, o Correio apresenta seu guia da competição com detalhes dos participantes.

Ao contrário dos últimos anos, quando passou por polêmicas de manipulação de resultados e regulamentos que deixavam a disputa inicial monótona, o formato da competição (leia mais no fim do guia) promete deixar as coisas quentes em campo dos primeiros aos últimos jogos. Em nove rodadas, Brasília, Brasiliense, Capital, Ceilândia, Gama, Luziânia, Paranoá, Santa Maria, Taguatinga e Unaí jogam entre si com o principal objetivo de chegar ao quadrangular semifinal. O fantasma do rebaixamento rodeia os concorrentes com a garantia de levar dois para a divisão de acesso.

Fora de campo, a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) se esforçou para dar uma identidade para o Candangão antes mesmo de a bola rolar. Com identidade visual definida e repleta de referência à capital federal, o torneio local começa com o troféu de campeão apresentado, algo visto poucas vezes na história da competição. Neste ano, com os naming rights vendidos para o Banco de Brasília (BRB), o certame também irá recompensar financeiramente os melhores times da temporada. Mais do que isso, o patrocínio com a instituição pública tenta resgatar a credibilidade do futebol regional.

Mesmo com problemas para liberar todos os estádios do Distrito Federal — somente o Mané Garrincha, o Abadião, o JK e o Defelê serão opções no quadradinho, além de Serra do Lago, Diogão e Urbano Adjuto no Entorno —, as arquibancadas voltaram a pulsar com os torcedores. Com a pandemia de covid-19, o futebol local passou quase dois anos sendo disputado com portões fechados. A última rodada com venda de ingressos foi no longínquo 8 de março de 2020. Neste ano, pelo menos nas primeiras rodadas, o grito de incentivo dos torcedores está garantido.

Disputado em uma janela de dois meses e meio devido ao calendário apertado ofertado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Campeonato Candango entra na reta de partida com a real expectativa de ser diferenciado. Pelos motivos citados e diversos outros relacionados às expectativas em torno do desempenho das equipes, os torcedores locais esperam uma temporada repleta de emoção nos gramados da capital federal. Resta ver se, desta vez, o torneio de 2022 entregará tudo o que promete para, enfim, ser a melhor edição de todos os tempos.

Leia a introdução de cada participante e clique no link para saber mais detalhes do seu time do coração!

BRASÍLIA

Dono de oito canecos do Campeonato Candango, o Brasília retorna à elite do Distrito Federal após cinco anos atolado na segunda divisão. Em 2021, o Colorado foi vice-campeão do Segundinha, ficando atrás apenas do Paranoá. Agora, na volta ao mais alto escalão do futebol local, o Colorado espera retomar os caminhos de glórias e vitórias. Para isso, repatriou o técnico Luís Carlos Souza, campeão da Copa Verde pelo clube em 2014.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Colorado para a disputa

BRASILIENSE

Atual campeão candango, o Brasiliense abre os trabalhos de 2022 com o status de franco favorito ao troféu local. A campanha na edição anterior do torneio caseiro, a manutenção de parte do elenco e o investimento em peças novas são os principais trunfos da equipe comandada pelo técnico Reinaldo Gueldini, técnico de larga experiência no futebol local e que, mais uma vez, participará do torneio à beira do gramado.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Jacaré para a disputa

CAPITAL

Em busca da consolidação no cenário local, a experiência é a principal aposta do Capital para a disputa do Campeonato Candango. A Coruja investiu em peças importantes como o zagueiro Emerson, tricampeão pelo Gama, o conhecido atacante Rafael Grampola, o volante Sandy, ex-Brasiliense, além do técnico Vilson Tadei, dono dos últimos três canecos do torneio mais importante do Distrito Federal.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Coruja para a disputa

CEILÂNDIA

Atual vice-campeão candango, o Ceilândia inicia a nova temporada do torneio local com sede para se manter entre os principais times do Distrito Federal. Para isso, aposta no planejamento. O plantel alvinegro se apresentou no reformado Centro de Treinamento Cidade do Gato, em 14 de dezembro. Ao todo foram cinco semanas de preparação para o primeiro compromisso do ano: o Campeonato Candango.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Gato Preto para a disputa

GAMA

Maior campeão do Distrito Federal com 13 títulos, o Gama encara o Campeonato Candango como trivial para a sua sequência nos próximos anos. Devido à campanha na edição anterior do torneio local, o alviverde não conseguiu garantir vaga na Série D do Brasileiro deste ano. Portanto, chegar à final da competição caseira — único compromisso alviverde na temporada — é de extrema importância, pois pode garantir fôlego ao clube durante a árdua caminhada.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Periquito para a disputa

LUZIÂNIA

Bi-campeão do futebol do Distrito Federal, o Luziânia começa a temporada sob dúvidas de sua torcida. Nos dias que antecederam o início do Campeonato Candango, o clube enfrentou problemas durante a preparação, mas garante que chegará forte para briga com os principais clubes do torneio local. Para isso, a meta da equipe do entorno do Distrito Federal é buscar evoluir jogo a jogo.

Clique e veja o elenco e outros detalhes do Igrejinha para a disputa

PARANOÁ

Com o status de campeão da segunda divisão candanga, o Paranoá retorna à elite local almejando grandes feitos e, enfim, finalizar o efeito sanfona. Aquele que faz o time subir para a elite, mas amargar o rebaixamento logo em seguida. Comandada pelo técnico Klésio Moraes, a Cobra Sucuri iniciou a preparação para o principal torneio do Distrito Federal ainda em dezembro — dois meses após o título da divisão de acesso — para ter um futuro melhor.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Cobra Sucuri para a disputa

SANTA MARIA

Após passar por maus bocados na temporada 2021 e flertar com o rebaixamento, o Santa Maria quer ter mais tranquilidade no novo ano. A Águia chega para a edição de 2022 do Campeonato com a expectativa interna de surpreender positivamente. O time foi totalmente reformulado para disputar a competição local e começou os trabalhos da pré-temporada ainda em outubro.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Águia grená para a disputa

TAGUATINGA

Após bater na trave dois anos consecutivos e cair nas quartas de finais, o Taguatinga vai chegar para o Campeonato Candango de 2022 com um nome de peso na beira do gramado. Em dezembro de 2021, o time azul e branco anunciou a contratação do técnico Luiz Carlos Prima. O clube renovou também todo o restante da comissão técnica para levar mais experiência para o Centro de Treinamento Ninho da Águia.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Águia azul e branca para a disputa

UNAÍ

O esquadrão mineiro chega em 2022 para mais uma participação no Campeonato Candango. Agora sob a batuta do técnico Guiba, o Unaí almeja crescimento no cenário. Figurinha carimbada na elite local, a equipe pensa em chegar à fase derradeira da competição para expandir as possibilidades de título. Após ventilar um sonho impossível de contar com o atacante Diego Costa, ex-Atlético-MG, o clube coloca os pés no chão para mostrar o que sabe nas quatro linhas do gramado.

Clique e veja o elenco e outros detalhes da Periquito mineiro para a disputa

 

Taça do principal torneio de clubes do Distrito Federal será disputada por dez clubes entre 26 de janeiro e 2 de abril
Taça do principal torneio de clubes do Distrito Federal será disputada por dez clubes entre 26 de janeiro e 2 de abril(foto: Pedro Brandão/@iampedrobrandao/Candangão)

Regulamento

O principal torneio do Distrito Federal promete uma disputa quente e com fortes emoções. Diferente da edição anterior, o Candangão 2022 contará com 10 clubes e terá uma primeira fase mais enxuta, com nove rodadas, em formato todos contra todos. Os quatro melhores avançarão ao quadrangular semifinal, realizado em jogos de ida e volta, enquanto os dois piores da etapa inicial amargarão o rebaixamento. Por fim, o grande campeão da capital federal será conhecido após dois jogos.

Além da glória local, o Candangão é vital para as equipes, pois garante calendário nacional para a temporada seguinte. O campeão carimba vaga direta para a Série D do Campeonato Brasileiro, enquanto o vice jogará a fase preliminar da quarta divisão. Os dois mais bem colocados da competição caseira também ganham o direito de disputar a Copa Verde e Copa do Brasil do próximo ano.

Transmissão

Em 2022, o Campeonato Candango mudará de casa na TV aberta. Após um acordo da Federação de Futebol do Distrito Federal com a Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD), o torneio local será transmitido na TV Distrital, o canal da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A expectativa é a veiculação de uma partida, sempre nas tardes de sábado. O jogo da 1ª rodada será entre Ceilândia e Gama, às 15h30. Depois, na quarta-feira (26/1), o clássico entre Gama e Brasiliense será a atração, às 20h.

Campeonato Candango 2022
1ª rodada
22 de janeiro (sábado)
15h30 Capital x Taguatinga (JK)
15h30 Ceilândia x Gama (Abadião)

 

15h30 Brasiliense x Paranoá (Abadião)
15h30 Luziânia x Brasília (Serra do Lago)
15h30 Unaí x Santa Maria (Urbano Adjuto)

*Estagiários sob a supervisão de Danilo Queiroz

 


Correio Braziliense sexta, 21 de janeiro de 2022

CLIMA: CALOR E POUCA CHUVA NO DF

 

Calor e pouca chuva! Tempo deve se manter firme no DF

Temperatura máxima deve chegar na casa dos 31°C nesta sexta-feira (21/1) e o sol deve permanecer durante todo o fim de semana.

CB
Correio Braziliense
postado em 21/01/2022 10:30
 
 (crédito: Pedro Marra/CB/D.A Press)
(crédito: Pedro Marra/CB/D.A Press)

O sol deve continuar dando as caras no Distrito Federal nesta sexta-feira (21/1). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o tempo vai permanecer quente e as chances de pancadas de chuvas em áreas isoladas são pequenas, podendo acontecer no período da tarde.

Estabilidade no fim de semana

O meteorologista do Inmet Olívio Bahia afirma que o sábado e o domingo devem seguir a mesma tendência, ficando com a máxima de 31°C. “O fim de semana vai ser bem parecido com esta sexta-feira (21/1). O tempo deve ser bom pela manhã e permanecerá até o início da tarde, onde as chances de chuvas aumentam um pouco. Mas nada que possa atrapalhar o brasiliense”, disse.

Para o fim de semana, Olívio informou que a umidade mínima deve subir um pouco, chegando a 30%. A máxima deve permanecer em torno de 95%. “Mesmo com os baixos números de umidade, não é costume que os brasilienses sintam a diferença nessa época do ano. Isto porque esses dados não permanecem durante dias consecutivos, como acontece no período de seca”, ressalta.

Mesmo assim, o meteorologista alerta que “a intensidade da radiação ultravioleta nessa época do ano é muito alta. Por isso, recomenda-se àqueles que andam muito na rua utilizar protetor solar e tomar bastante líquidos”.


Correio Braziliense quinta, 20 de janeiro de 2022

FORRÓ: VEM AÍ O 1º FESTIVAL ONLINE DE FORRÓ DO DISTRITO FEDERAL

 

Vem aí o 1º Festival Online de Forró do Distrito Federal

Iniciativa da Associação de Forrozeiros do Distrito Federal (Asforró-DF) é uma forma de matar a saudade do arrasta-pé

PA
Pedro Almeida *
postado em 20/01/2022 06:00
 
Transmissão on-line traz o melhor do forró do DF -  (crédito:  Divulgação)
Transmissão on-line traz o melhor do forró do DF - (crédito: Divulgação)

Após o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ter declarado, em dezembro de 2021, o forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, a comemoração não poderia ser diferente: os forrozeiros brasilienses trataram de reunir a zabumba, a sanfona e o triângulo no 1º Festival Online de Forró do Distrito Federal na Cidade de Ceilândia. A festa, em formato virtual, vai até 19 de fevereiro, sempre às sextas e sábados, e pode ser acompanhada no YouTube.

Se o sertão era tema, a partida da terra amada também seria. Quando o presidente Juscelino Kubitschek, em 1960, fundou a nova capital brasileira, o êxodo nordestino rumo à cidade de oportunidades e esperança foi inevitável. Em Brasília, Ceilândia se tornou reduto dos novos moradores. "Quem tem o forró na veia e sai do Nordeste, não larga o ritmo em hipótese alguma", conta Marques Célio, presidente da Associação de Forrozeiros do Distrito Federal (Asforró-DF). A associação foi criada em 2004, mas alavancou somente em 2011, quando Marques tomou a frente.

O trabalho do cearense Marques Célio ganhou reconhecimento de Dominguinhos, um dos ícones do gênero, que veio a Brasília meses antes da morte, em 2013. A Asforró-DF, hoje, é referência no trabalho de manter viva essa vertente musical brasileira por excelência. Projetos em escolas, aulas e apoio a músicos locais são algumas das atuações.

Entre os projetos da associação, o evento Encontro dos Forrozeiros, que nasceu em 2007, era o carro-chefe. Sempre em dezembro, os trios, formação tradicional do estilo, se encontravam para festejar. O evento era data marcada no calendário dos músicos brasilienses, mas, em 2020, a pandemia impediu a realização. Para 2021, com o anúncio do reconhecimento do forró pelo Iphan, Marques não poderia deixar passar em branco e idealizou o formato on-line para matar a saudade do arrasta-pé. Nasceu, então, o Festival Online de Forró do Distrito Federal na Cidade de Ceilândia, um show on-line com os 42 trios associados à Asforró-DF. A celebração convida os forrozeiros a sintonizarem as telas, afastarem o sofá e festejarem em segurança.

On-line no canal Marques Asforró-DF, no Youtube. Dias 21 e 22 de janeiro e 4, 5 e 19 de fevereiro, sempre às 20h. 

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco.


Correio Braziliense quarta, 19 de janeiro de 2022

INSTRUÇÃO: A IMPORTÂNCIA DA SEGUNDA LÍNGUA NAS ESCOLAS

Ao vivo: A importância da segunda língua nas escolas

 

Apresentado por  
postado em 18/01/2022 18:00
 
 (crédito: Acervo Maple Bear)
(crédito: Acervo Maple Bear)

AO VIVO hoje às 18h
Especial Volta às Aulas 2022

 

Para dar o pontapé inicial ao projeto Volta às Aulas 2022, nesta terça-feira (18/1) a partir das 18h, o Correio promove uma live com o tema "A importância do ensino bilíngue na formação do aluno do século XXI". A transmissão vai abordar o importante papel do ensino de uma segunda língua para as crianças e contará com a presença da diretora da escola Maple Bear Sudoeste, Áurea Bartoli, e da diretora da Escola Maple Bear Asa Norte, Cristina Albernaz. A mediação será da subeditora de Saúde, Ciência e Tecnologia do Correio Braziliense, Carmem Souza.

Convidadas:
Áurea Bartoli | Diretora da Escola Maple Bear Sudoeste
Cristina Albernaz | Diretora da Escola Maple Bear Asa Norte

Moderadora:
Carmem Souza | Subeditora de Saúde, Ciência e Tecnologia do Correio Braziliense


Patrocínio: Maple Bear
Realização: Correio Braziliense


Correio Braziliense terça, 18 de janeiro de 2022

CONHEÇA A HISTÓRIA DE QUEM LUTA NAS RUAS PARA SOBREVIVER

Vulnerabilidade: conheça histórias de quem luta nas ruas para sobreviver

Crise sanitária provoca aumento de vendedores ambulantes e pedintes, que buscam ajuda e sustento nos semáforos da cidade

EH
Edis Henrique Peres
postado em 18/01/2022 06:00
 
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Percorrendo as ruas do Distrito Federal é possível encontrar vários vendedores ambulantes em semáforos da capital. Debaixo de sol e chuva, eles lutam para conseguir a renda e garantir o sustento dos filhos. Para ouvir as histórias dessas pessoas, a equipe do Correio percorreu diversos pontos da capital Federal. Uma das pessoas entrevistadas foi Luiz Pereira dos Santos, 63 anos, e morador do Recanto das Emas. Há pouco mais de dois meses, Luiz sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) enquanto vendia amendoins, e até hoje sofre com as sequelas. "Meu médico disse que eu não poderia ir para a rua, mas não tem jeito, preciso garantir a renda", conta.

Pela manhã, a esposa de Luiz o ajuda a enrolar os amendoins para as vendas. "Meu foco é garantir a educação dos meus filhos. Um deles tem 17 e outro 18 anos. Quando eles tiverem encaminhados, eu quero voltar para Ipameri, em Goiás, onde moro, para sair desse sofrimento. Aqui, eu vivo de aluguel, e só não passo mais dificuldades porque recebo o valor da casa que tenho em Goiás. A minha aposentadoria ainda está em análise do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e, por enquanto, não tenho nem o auxílio-doença", conta.

Apesar dos desafios, Luiz garante: "A gente é servo de Deus e coloca a nossa confiança Nele. Tem muita gente que ajuda, que compra os amendoins, deixa algum valor acima como doação. Mas é uma vida difícil", confessa.

Especialista em psicologia social e professora de serviço social, Adelina Moreira destaca que o Estado precisa atuar com políticas públicas para orientar a população sobre os seus direitos. "As ações devem vir do Estado como intervenção dessa realidade. O que precisa para as pessoas saírem de uma situação de vulnerabilidade é o investimento em política social. Essas ações devem proporcionar uma melhora no acesso à renda, inclusão à saúde e à educação. E devem ser políticas intersetoriais, de forma que uma caminhe com a outra. Eu não posso ter elas isoladas, elas devem ser interligadas", aponta.

Desafios

Próximo à rodoviária do Plano Piloto, o Correio conversou com outro vendedor ambulante. Pedro Henrique Ramos, 33, morador de Samambaia, costuma chegar por volta das 8h em um dos semáforos da região. "A pandemia mudou muito as coisas. A vida não está fácil: nem emprego, nem renda aqui. Estou nesse ponto desde 2016. Comecei vendendo água, mas agora vendo pipoca, que é algo que as pessoas compram com mais facilidade", aponta.

No entanto, tem dias que, para conseguir o dinheiro necessário, Pedro trabalha mais de 12h. "Na semana passada, eu estava precisando de dinheiro, e cheguei aqui às 7h e fiquei até as 23h20. Agora mesmo, como quero conseguir o dinheiro do aluguel, eu pretendo ficar até tarde, para conseguir o valor e não atrasar o pagamento", conta. Às 15h, o vendedor só tinha arrecadado R$ 25.

Pai de dois filhos, um de 4 anos outro de 6 meses, Pedro caminha entre os carros com um isopor em mãos que explica a situação de desempregado e o pedido de ajuda. "As coisas estão difíceis porque tudo aumentou, antes a pipoca era mais barata, agora, precisamos vender muito para ter pouco lucro", afirma.

Na QNG de Taguatinga, próximo ao Batalhão da Polícia Militar, Rose Ferreira, 35, moradora da cidade, também luta pelo bem estar dos filhos. "Tenho duas adolescentes, de 17 e 16 anos, e um menino de 9 anos. Meu foco é dar oportunidade para eles estudarem. Eu não tive essa chance, mas quero que eles tenham futuro, que possam crescer. Sempre pego no pé deles para terem boas notas, se dedicarem e verem a importância da escola", conta.

A trabalhadora confessa: "não quero essa realidade para meus filhos, de trabalhar debaixo de sol e chuva o tempo todo. Quero que eles tenham oportunidades, que consigam algo melhor. Agora, tudo está muito difícil devido ao alto preço das coisas. Antes, a água era bem mais barata para a gente comprar, então, conseguíamos ter um lucro melhor. Mas hoje, tudo aumentou", diz.

Intervenção

Especialista em políticas públicas e agente socioeducativo, Ravan Leão destaca que a Constituição estabelece a liberdade laboral. "Sobretudo no campo artístico não existem limitações para o trabalho laboral. A não ser os casos de trabalho infantil, pois crianças não podem trabalhar em semáforo, e, acima de 16 anos, só podem ter emprego como menor aprendiz", explica. Ravan destaca que "quando essa situação de trabalho se dá por uma necessidade social, é necessário que haja a intervenção da assistência social, que é um direito das pessoas ter seguridade social.

O agente socioeducativo avalia que o caminho a ser tomado é mostrar que há serviços que podem auxiliar essas pessoas, como sistemas de profissionalizações. "O cenário do DF não tem estatísticas claras de qual o número e o porquê das pessoas estarem nessa situação. Mas percebe-se uma necessidade de oferecer auxílio à sociedade, não de maneira a manter a pessoa na pobreza, mas de promover uma melhor condição socioeconômica", pontua.

Suporte

Questionado, o Governo do Distrito Federal (GDF) afirmou que conta com 28 equipes de abordagem social, e que a profissionalização é uma prática constante nas casas de passagem, conforme ocorrido nos alojamentos provisórios mantidos pelo DF em 2021. "A documentação civil básica é direito de todos os brasileiros e é gratuita a primeira emissão dos seguintes documentos: certidão de nascimento, identidade, CPF, título de eleitor e certidão de óbito. É papel de todas as unidades da assistência social orientar e garantir os meios para que todas as pessoas atendidas tenham os seus documentos", ressalta.

"As unidades do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) procedem os atendimentos para o público em geral. O cidadão que precisar dos serviços do Cras deve entrar em contato pelo disque 156 ou pelo site www.sedes.df.gov.df e fornecer as informações solicitadas", complementa.

O governo também pondera que há 14 restaurantes comunitários no DF que servem refeições a R$ 1, de segunda a sábado, de 11h às 14h. Além disso, o governo destaca que a Secretaria de Trabalho oferta vários cursos de qualificação profissional para pessoas em situação de vulnerabilidade. "Fábrica Social, Jornada da Mulher Empreendedora, realizado nas regiões administrativas com menor renda per capita, além do Capacitar e do Renova-DF. A secretaria disponibiliza cursos e palestras de recolocação profissional gratuitas para grupos vulneráveis realizados em abrigos, presídios e unidades de internações. A pasta já cadastrou, qualificou e viabilizou a empregabilidade para mais de 700 guardadores e lavadores de veículos", finaliza.


Correio Braziliense segunda, 17 de janeiro de 2022

ARTES CÊNICAS: FRANÇOISE FORTON SE ENCANTOU - ATORES E DIRETORES LEMBRAM CONVIVÊNCIA COM A ATRIZ, QUE MORREU AOS 64 ANOS

Atores e diretores de Brasília lembram convivência com Françoise Forton

Françoise Forton, que morreu domingo, deixou a cidade cedo, mas sempre se considerou e se apresentou na condição de atriz brasiliense

SF
Severino Francisco
postado em 17/01/2022 08:52
 
 (crédito: Montenegro & Raman / Divulgação)
(crédito: Montenegro & Raman / Divulgação)

Françoise Forton foi a primeira estrela de Brasília a levar o nome da cidade para o país. Ela se mudou de Brasília para o Rio de Janeiro em busca de espaço para viver como atriz, mas nunca deixou de se apresentar como candanga. Tinha, inclusive, o título de embaixadora de Brasília. A atriz lutava contra um câncer desde 1989, quando a doença foi diagnosticada, ela participava das gravações da novela Tieta. Françoise estava internada há quatro meses para tratamento, mas não resistiu e morreu, domingo (16/1), aos 64 anos, no Rio de Janeiro.

Começou a fazer teatro amador com o Teatro Equipe de Brasília, dirigido por Donato Donai, contou a atriz, em entrevista ao Correio, em 2018. Forton tinha 7 anos e fazia teatro infantil na Escola Parque e participava de montagens de autos de Natal nas cidades satélites. Desfilava pela barraca de Brasília na Festa dos Estados: "Mas nunca fui modelo e manequim, sempre fui atriz", comentou.

A primeira participação em peça profissional ocorreu aos 11 anos, em Brasília, com a peça Édipo rei. No final, entravam as personagens de duas meninas que eram as filhas do personagem interpretado por Paulo Autran e Françoise era uma delas: "Sou fruto de uma Brasília em que a cultura fervilhava", disse a atriz ao Correio: "Tive muitos privilégios, como ver o Teatro Bolshoi na Concha Acústica."

No primeiro filme, um curta para a BBC de Londres chamado Françoise dream, ela flanava meio que bailando por Brasília para mostrar a cidade. Era uma atriz completa: interpretava, cantava e dançava. Fez balé durante 12 anos com Norma Lillia, que foi madrinha do seu primeiro casamento. Estudou canto coral na Universidade de Brasília (UnB).

Pianista

Quando morava por aqui, existiam dois blocos grandes em uma das entradas da UnB. Eram utilizados pelos professores da universidade que davam aulas para os jovens, mas também havia uma ligação com o Departamento de Música. "Comecei a fazer piano com Don Anísio, grande professor, um dos maiores concertistas que temos", contou Françoise ao Correio.

Ela conheceu Dulcina de Moraes em cena e a achou fantástica. Mas aproveitou absorveu ainda mais os conhecimentos, quando se tornou aluna da primeira turma da Faculdade Dulcina de Moraes.

Foi um aprendizado essencial em sua formação. Dulcina era um teatro completo. Sempre lecionou com tanta ingenuidade, com tanta verdade. Possível somente àqueles que amam, verdadeiramente, o teatro, lembrava Françoise.

Mas ela teve de sair de Brasília para se desenvolver e para expandir o campo de trabalho. Era uma época em que a UnB não tinha curso de artes cênicas, não havia como estudar, fazer teatro e viver como atriz. No entanto, o amor por Brasília permaneceu vivo. Ela ganhou o título de Cidadã Brasília Honra ao Mérito e o de embaixadora de Brasília, reunindo 19 pessoas que falam da cidade mundo afora. Ela dizia que só não morava em Brasília por falta de condições de trabalho. Se considerava, legitimamente candanga.

Ela fez mais de 40 novelas, entre elas, TietaPor amorO clone e Amor à vida. Atuou, também, em peças de teatro e em filmes. Estreou na televisão aos 12 anos, na novela A última valsa. Retornou a Brasília, não apenas para rever os amigos, mas, também, para participar de projetos. Um dos últimos foi o musical Nós sempre teremos Paris. Embora morasse no Rio de Janeiro, ela estava perto de Brasília, dos amigos, dos colegas de faculdade. Sempre que retornava à cidade visitava os lugares favoritos: "O Lago Paranoá é o meu xodó. Minha carteira de identidade é de Brasília, não abro mão disso", afirmou em entrevista ao Correio.

Depoimentos

"Além de grande amiga, Françoise era uma atriz excelente. Produziu muito no teatro, na televisão, em aulas, como professora. Então, fará uma falta muito grande por tudo que fez aqui. Ela foi a nossa primeira estrela. Levou o nome de Brasília, muito cedo, nacionalmente. Virou uma estrela de Brasília. E ela sempre fez a questão de dizer que ela era daqui. E isso nos orgulhou muito pela qualidade do trabalho dela. Foi uma pessoa muito presente em Brasília, apesar de ter ido muito cedo. O Fernando Villar e eu estávamos trabalhando para que ele obtivesse o título de notório saber pela Universidade de Brasília. Primeiro porque ela merecia e, depois, porque ajudaria a ela na carreira de professora. Ela, realmente, entendia da profissão de atriz."

João Antônio, ator, diretor e professor aposentado da UnB

"Sou da mesma geração dela. Eu a conheci antes de ela ir para o Rio fazer Marcelo Zona Sul. Fui reencontrá-la na primeira turma do curso de teatro da Dulcina de Moraes, quando voltou a morar em Brasília durante um tempo. Dirigi Françoise em uma versão de Pedro e o Lobo. Depois, nos reencontramos em São Paulo quando trabalhamos com Antonio Abujamra. Ela era uma pessoa muito amiga, muito ligada a todos nós que fazíamos teatro. Era uma pessoa ligada às artes desde criança. É de uma das primeiras gerações que cresceu artista em Brasília. E saiu daqui para ser Françoise Forton. No entanto, nunca se afastou da cidade. Sempre esteve por perto de Brasília."


Correio Braziliense domingo, 16 de janeiro de 2022

SAÚDE: CUIDADO COM OS ESCORPIÕES! SAIBA O QUE FAZER NO CASO DE UMA PICADA

 

Cuidado com os escorpiões! Saiba o que fazer em caso de uma picada

Em balanço feito pela Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), em 2021, foram registradas 921 ocorrências relacionadas a esse aracnídeo.

CS
Carlos Silva*
postado em 16/01/2022 07:01 / atualizado em 16/01/2022 08:24
 
 (crédito: Fotos: Arquivo Pessoal)
(crédito: Fotos: Arquivo Pessoal)

Mais do que água e lama, as chuvas no Distrito Federal costumam trazer, também, companhias pouco afáveis: os escorpiões. Neste período, aumentam os registros desses aracnídeos em setores urbanos. Um balanço feito pela Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), em 2020, computou 1.303 chamados de moradores que tiveram contato com o animal. Em 2021, houve uma queda no número de ocorrências, foram 921 até outubro. A redução, no entanto, não significa menor ameaça.

Rodrigo Basílio, professor de biologia do Colégio Objetivo, complementa que eles entram nas residências buscando alimentos. "Por causa do grande fluxo de águas nas galerias pluviais, que abrigam baratas, um dos principais alimentos desses artrópodes. Consequentemente, aumenta o seu grau de reprodução. Reparem que a quantidade de baratas também aumenta em períodos chuvosos e essas são um um dos principais alimentos dos escorpiões", relaciona.

A autônoma Raquel de Oliveira Rodovalho, 25 anos, moradora de Taguatinga, pode dizer que a espécie é "de casa". A jovem conta que, em sua residência, próxima ao Parque Ecológico Saburo Onoyama, encontrou escorpiões em mais de uma ocasião. A primeira foi em janeiro de 2021. "Eu fui pegar algo embaixo da pia, quando vi que tinha um lá", relata. O encontro marcante a deixou mais atenta. "Não sei por onde entraram. Olhei todos os cantos. Depois disso, comecei a tampar os ralos e possíveis entradas na casa", descreve. Apesar dos esforços, dois dias depois, ela se deparou com outro escorpião, dessa vez no quarto. "Eu estava fazendo uma faxina e fui arrastar os móveis. E, debaixo do armário, tinha vários amontoados", narra. A jovem também menciona que o contato feito com a Zoonoses não surtiu efeito. "Liguei para a Zoonoses e falei o que estava acontecendo; a atendente disse que iria repassar para equipe vir, mas eles nunca apareceram", acrescenta.

Perigo constante

Para o pedreiro Alan Garcia Paiva, morador de Planaltina, os escorpiões são companhia o ano todo. O contato tão frequente fez uma vítima em setembro do ano passado. Sua filha, de 19 anos, foi picada por um escorpião e teve de ser hospitalizada. "Ela foi picada na cama assim que acordou de manhã. Levamos ao Hospital Regional de Planaltina (HRP), onde ela tomou os remédios", lembra. De acordo com o pedreiro, o Bairro Nossa Senhora de Fátima, onde mora, passa por diversos problemas de estrutura, que podem estar agravando a infestação. "Aqui onde moramos não tem asfalto nem iluminação pública. Também tem um lixão aqui perto, com placa proibido jogar lixo, mas ninguém respeita", relata.

Outro morador de Planaltina que tem receio dos animais é o recepcionista Cláudio Pádua, 47. "Já achamos três escorpiões aqui em casa, perto das plantas. Sempre em época de chuvas. Por sorte, não picou ninguém", denuncia. Um dos animais foi encontrado em dezembro do ano passado e outros dois logo no início deste ano. O recepcionista também conta que eles nunca apareceram nos cômodos da casa, mas ainda oferecem risco. "Sempre aparecem no quintal, nunca vimos dentro de casa, nos cômodos. Mas tememos muito pelo nosso cachorro, que, por pouco, não foi picado", explica. Apesar de ter ligado diversas vezes para a Zoonoses, ele afirma que nunca foi atendido, o jeito foi adotar uma medida paliativa por conta própria. "Mandamos fazer uma dedetização, mas temos medo de eles se esconderem nos sapatos e roupas, e sermos picados", preocupa-se.

O professor e biólogo do Centro Universitário de Brasília (Ceub)Fabrício Escarlate explica que o avanço da ocupação humana impacta no habitat dos escorpiões. "À medida que as áreas urbanas aumentam, alguns vão entrar no ambiente, que é completamente estranho, desconfortável e perigoso para eles também", explica.

Riscos

Por serem animais venenosos, escorpiões oferecem risco à população. No DF, o tipo amarelo é o mais comum. O animal também pode ser encontrado em várias regiões do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná etc. Ele tem hábitos noturnos e vive em locais quentes, úmidos e escuros. Considerado o mais venenoso da América do Sul — seu veneno é neurotóxico e age no sistema nervoso periférico.

A picada de escorpião pode ser letal, dependendo das condições da pessoa que foi ferroada, como peso, idade, alergias e outras patologias. Os que correm mais riscos são idosos e crianças. A Secretaria de Saúde do DF recomenda que "quem sofrer um acidente por animal peçonhento deve procurar a emergência dos hospitais ou as UPAs". De acordo com o órgão, todas estão aptas para atender esse tipo de paciente.

Como pedir socorro

Em caso de aparecimento de escorpiões, é possível entrar em contato com a Vigilância Ambiental pelos números 160 e 2017-1344 ou pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com para agendamento da inspeção. Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência e faz a coleta dos animais existentes, com busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais.

A Secretaria de Saúde também recomenda que certos cuidados sejam tomados para evitar o aparecimento de escorpiões em residências e outras áreas urbanas, como vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha; reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas; telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques; telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos tapados; manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados; manter limpos quintais e jardins.


Correio Braziliense sábado, 15 de janeiro de 2022

LITERATURA: THIAGO DE MELLO SE ENCANTOU - POETA MORRE AOS 95 ANOS

 

Morre, aos 95 anos, o poeta Thiago de Mello, grande defensor da floresta

Thiago de Mello era um grande defensor da floresta e dos direitos humanos. Lutou contra a ditadura e celebrou a liberdade e a verdade no poema 'Os estatutos do homem'

NM
Nahima Maciel
postado em 14/01/2022 11:30 / atualizado em 14/01/2022 11:40
 
 (crédito: Reprodução da internet)
(crédito: Reprodução da internet)

Uma das vozes mais importantes na defesa da Amazônia, o poeta Thiago de Mello morreu nesta sexta-feira, aos 95 anos. A informação foi confirmada pela editora Global, que publicou nota sobre o poeta e ativista nas redes sociais. "É com grande pesar que comunicamos a morte do autor Thiago de Mello, aos 95 anos. Grande tradutor, ensaísta e um dos nomes mais influentes e respeitados da poesia brasileira, Mello ficou conhecido como um ícone da literatura regional e sua perda será sentida não apenas pela sua família e aqui na Global, mas em todo o país", diz a nota.

Thiago de Mello nasceu em Barreirinha (AM), em 1926, e se engajou na luta política e na defesa da natureza ao longo de toda a carreira. É dele o poema Os estatutos do homem, publicado em 1964, no qual defende a verdade, a vida e a natureza. Além do engajamento político e ambiental, Thiago de Mello também era grande defensor dos direitos humanos.

Ao longo de mais de 60 décadas de carreira, ele publicou 12 livros de poesia e oito de prosa. O poeta lutou contra a ditadura e, por isso, acabou perseguido e exilado. Viveu na Argentina, em Portugal e no Chile, onde conheceu e  fez amizade com o Nobel Pablo Neruda.  

Confira a nota da Editora Global:

"É com grande pesar que comunicamos a morte do autor Thiago de Mello, aos 95 anos. Grande tradutor, ensaísta e um dos nomes mais influentes e respeitados da poesia brasileira, Mello ficou conhecido como um ícone da literatura regional e sua perda será sentida não apenas pela sua família e aqui na Global, mas em todo o país.

O autor, que nasceu em Barreirinha, Amazonas, em 30 de março de 1926, tem também a luta política, o lirismo, a natureza, as relações de família e os amores como facetas marcantes em sua obra.

Preso durante a ditadura militar (1964-1985), exilou-se no Chile, encontrando em Pablo Neruda um amigo e colaborador. Da amizade veio a decisão de traduzirem os poemas um do outro.

Publicou, entre outros livros, Faz Escuro mas Eu Canto, Acerto de Contas, Como Sou, Melhores Poemas e Amazonas – Pátria da Água. Suas obras foram traduzidas para mais de trinta idiomas.

É hora de celebrar seu legado e se apoiar no seu lirismo para manter sua memória viva.

A Global deseja forças para sua família neste momento tão difícil."


Correio Braziliense sexta, 14 de janeiro de 2022

TEATRO: *ZUMBI NÃO MORREU* ABORDA ARTE, CULTURA E RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS

"Zumbi não morreu" aborda arte, cultura e religiões de matrizes africanas

Grupo Obará, que atua há 10 anos no DF, convida população para conversar sobre as lutas negras em evento que acontecerá no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, de 18 a 23 de janeiro

BL
Bruna Lessa*
postado em 14/01/2022 06:00 / atualizado em 14/01/2022 06:15
 
apresentação grupo obará -  (crédito: Grupo Cultural Obará/Divulgação)
apresentação grupo obará - (crédito: Grupo Cultural Obará/Divulgação)

"Tudo aquilo que germina, floresce e cresce está atrelado ao Odu. Tudo que precisa ser positivado precisa passar pelo caminho do Odu Obará", ensina George Angelo, líder grupo cultural cujo nome foi inspirado em Odu Obará, uma força que remete ao caminho da prosperidade, abundância e satisfação pessoal. A partir desses valores é que se formou e prosperou, em Brasília, o Grupo Cultural Obará.

Em 2022, o Obará promove pela primeira vez o seminário 'Zumbi não morreu', que acontece no Espaço Cultural Renato Russo, de 18 a 23 de janeiro, pela manhã (das 9h às 12h) e à noite (das 16h às 22h). O evento busca celebrar a cultura e a arte negra através debates, oficinas, apresentações, intervenções, apresentação de livros e exposições culturais.

A importância dos aparelhos culturais e temas correlatos, como sustentabilidade, direito à cidade e empreendedorismo estão entre as pautas mais relevantes previstas para o debate. Estão confirmadas palestras de João Jorge, presidente do grupo Olodum; do professor Nelson Inocêncio, da Universidade de Brasília e de sacerdotes de religiões de matrizes africanas de diversos estados do Brasil, mestres da cultura tradicional, músicos, artistas, profissionais da saúde e parlamentares. O lançamento do livro "Fala Negão, o Discurso sobre Igualdade" de João Jorge; também faz parte da programação. 

Para George Angelo, esta é uma oportunidade de fazer ecoarem as vozes do povo negro, extrapolando datas específicas como o feriado da Consciência Negra, em 20 de novembro. Tais ocasiões, segundo ele, já não satisfazem a urgente necessidade de debate sobre a arte negra e as religiões de matrizes africanas, que permeiam a cultura brasileira. 

O professor Nelson Inocêncio, cuja presença no evento está confirmada, pontua que o seminário é uma oportunidade para conversar sobre as lutas, a resistência e a re-existência da população negra. "Hoje falamos sobre movimento sociais, mas temos que saber exatamente do que estamos falando, então penso que a oportunidade do seminário com esse chamamento, dizer que o Zumbi não morreu, é dizer que as nossas lutas históricas ainda estão ai", pontua.

O Obará está presente em 14 escolas públicas do Distrito Federal, na Universidade de Brasília (UnB) e no Centro de Dança da W3 Norte. São cerca de 19 professores formados nas oficinas oferecidas pelo projeto.

O link do formulário para as inscrições no evento pode ser encontrado no perfil do instagram @projetobara. O seminário também pode ser acompanhado pelo YouTube.


Correio Braziliense quinta, 13 de janeiro de 2022

JÚLIA HORTA: BRASÍLIA ME DEU RÉGUA, COMPASSO E TESOURINHA

 

Júlia Horta: “Brasília me deu régua, compasso e tesourinha”

Publicado em Séries

Atriz brasiliense que está na série Amor dos outros, Júlia Horta fala sobre o início da carreira, em Brasília, e conta como a comédia a ajudou na carreira

“Sou formada da união de Brasília, da união dos 4 estados dos meus avós e dos muitos estados de que Brasília se constitui. Brasília me deu régua, compasso e tesourinha (risos)”. Assim se apresenta a atriz Júlia Horta, que vive Sandra na série Amor dos outros, em cartaz no streaming CineBrasilTV.

Júlia começou ainda criança, aos 10 anos, na escolinha de atividades no Centro Olímpico da UnB e depois passou por escolas tradicionais como o teatro Mapati e a cia. de teatro infantil Néia e Nando, além de se encantar com os Melhores do Mundo logo cedo. “Brasília me deu o interesse por interpretar, por criar outras vidas”, afirma a atriz, formada na UnB.

“O teatro, com a UnB deixou de ser um deslumbre de criança e eu comecei a entender a arte, a criar a partir de referências. Eu sou muito fã da Universidade Brasília, tenho professoras que seguiram sendo minhas parceiras de trabalho, minhas amigas e minhas referências de vida e de estudo”, completa.

Foto: Chico Rasta/ Divulgação. Ao lado de Catarina Saibro, em Amor dos outros

O resultado, para nosso orgulho, está no ar. Sandra, personagem vivida por Júlia, é uma moça que sai do interior, se casa com o caminhoneiro Eurípedes (Vandré Silveira) e vive um dilema. Para conquistar o sonho da casa própria, ela, ingênua e religiosa, trabalha como camareira num motel e esconde isso do marido.

“Para além do casamento e da sua amiga, Michele (Catarina Saibro), a Sandra vai da igreja para casa. Então tudo que ela sabe está nesses universos. Quando ela vê a casa que ela quer comprar, um mundo se abre pra ela e desperta a Sandra sonhadora. Ela tem mais vergonha de estar ganhando dinheiro trabalhando no motel do que se sente mal por estar mentindo”, justifica a atriz.

Antes da série, Júlia pôde ser vista no prêmio Multishow de Humor em 2017. Apesar de a vitória não ter sido dela, a experiência foi positiva e acabou sendo o embrião para Amor dos outros e ainda a ajudou a se sentir mais à vontade na frente das câmeras e não no palco. “O tempo da televisão é um, o do teatro é outro. Sobre isso ainda aprendo muito. Mas foi a primeira vez que vi acontecer a televisão. Foi mágico”, lembra.


Correio Braziliense quarta, 12 de janeiro de 2022

CRIADORES DE CONTEÚDO BRASILEIRO GANHAM RELEVÂNCIA INTERNACIONAL

 

Criadores de conteúdo brasileiros ganham relevância internacional

Sucesso consagrado nas redes, criadores de conteúdo brasileiros ganham relevância com o público português e decidem investir nesse mercado mais amplo

Criadores de conteúdo brasileiros ganham relevância internacional

Sucesso consagrado nas redes, criadores de conteúdo brasileiros ganham relevância com o público português e decidem investir nesse mercado mais amplo

PI
Pedro Ibarra
postado em 12/01/2022 06:00
 
Camila Loures lotou livraria em Lisboa -  (crédito:  Tawan Santos/Divulgação)
Camila Loures lotou livraria em Lisboa - (crédito: Tawan Santos/Divulgação)

As redes sociais são uma potência no Brasil. O público brasileiro é um dos que mais utiliza a internet no mundo e, por isso, esse espaço é um celeiro de novos talentos para o entretenimento brasileiro. O país forjou vários criadores de conteúdo que passam da casa de dois dígitos de milhão em número de seguidores. Esse alcance, contudo, é muito maior que apenas o cenário nacional, os influenciadores brasileiros têm tido impacto em outros países e estão em um processo de "conquistar o mundo"

O caso mais recente se deu por conta de uma matéria do jornal português Diário de Notícias. A jornalista responsável reclamava que crianças portuguesas estavam falando um português abrasileirado. "Dizem grama em vez de relva, autocarro é ônibus, rebuçado é bala, riscas são listras e leite está na geladeira em vez de no frigorífico", escreveu no texto publicado em novembro. O fato foi visto como um problema, e o principal culpado foi criador de conteúdo brasileiro Luccas Neto, extremamente popular entre o público infantil.

 O que foi tratado como um sinal de alerta para pais portugueses, no Brasil virou piada. Internautas fizeram memes e ironizaram a preocupação com o que os lusos atestavam como "má influência". Luccas Neto, o epicentro de toda discussão, porém, não seguiu todo o processo. "Não consegui acompanhar toda a repercussão no Brasil com os memes, brincadeiras e comentários, pois tirei uns dias para descansar com a minha família", conta o criador de conteúdo ao Correio.

Contudo, ele não se vê influenciando nenhuma criança de forma errada e se sente muito preparado para fazer o trabalho que tem feito há anos. "Eu trabalho com muita responsabilidade, apoiado em uma equipe formada também por pedagogos. Além disso, absorvo todos os comentários com muito respeito e atenção, sempre me colocando atento ao diálogo", explica. Neto também adianta que está trabalhando para atender ainda melhor o próprio público estrangeiro, com um processo de dublagem do canal previsto para 2022. "A ideia é que seja dublado para o espanhol, inglês, hindu e português de Portugal para atender todo esse público de diferentes países que estão assistindo aos meus conteúdos", afirma o profissional.

Luccas Neto é um fenômeno, apenas no YouTube ele possui 36,5 milhões de inscritos, Já lançou 13 longas, tem carreira na literatura, com livros infantis, ilustrados e almanaques. O último lançamento do criador de conteúdo, que também é ator, diretor, cantor e empresário, foi o longa O hotel mágico 2, lançado em plataformas on-demand. "Espero continuar o meu trabalho e alcançar cada vez mais as pessoas com as nossas histórias e conteúdos", almeja o artista.

O Brasil no mundo

"O Brasil é um gigante nas redes e está disparado na frente dos demais países da América Latina quando o assunto é influenciar, servindo de inspiração para challenges, trends, memes, desafios e conteúdos que possam ser consumidos nas redes. Então, é comum que influencers brasileiros atinjam públicos de outros países", afirma Jr. César, empresário de influenciadores digitais brasileiros. "De olho nesta fatia internacional, nosso escritório já está com uma base em Portugal e com um planejamento de atuação específico para Europa", pontua.

A influencer, contada para participar do BBB22, Camila Loures, também fez um público expressivo em Portugal. A criadora descobriu que conquistava fãs por meio dos comentários que recebia nas redes sociais. Por isso, decidiu que faria um lançamento do próprio livro, Camila Loures: vida de popstar, em uma livraria em Lisboa, mas sem muita expectativa. "Pensei: 'vai dar umas 300 pessoas e está ótimo!' Só que não. Quando meu empresário me enviou o vídeo de como estava o shopping, eu não acreditava, quase 3 mil pessoas. Isso porque tivemos que encerrar as senhas. Ali, a ficha caiu de que são milhares de fãs naquele país", lembra. "É gratificante demais ver a galera curtindo o meu trabalho e quebrando a barreira do virtual, ainda mais em outro país.As possibilidades são infinitas, e o nosso conteúdo, literalmente, ultrapassa fronteiras", completa.

 

Correio Braziliense terça, 11 de janeiro de 2022

MÚSICA: GRUPO DE RAP FORMADO POR ESTUDANTES DO DF LANÇA CLIPE NAS REDES

 

Projeto MTV: grupo de rap formado por estudantes do DF lança clipe nas redes

Canção 'Quando o sol brilhar' foi a escolhida pelos jovens para representar a esperança dos moradores da periferia. Projeto MTV oferece cursos de audiovisual para alunos da rede pública do D

JC
Júlia Cândido*
postado em 11/01/2022 06:00
 
Ana Cecília e Helen Rosa: clipe produzido por estudantes do DF -  (crédito: Atitude Feminina/Divulgação)
Ana Cecília e Helen Rosa: clipe produzido por estudantes do DF - (crédito: Atitude Feminina/Divulgação)

grupo de rap Atitude Feminina lança o videoclipe Quando o sol brilhar, produzido por alunos de escola pública do Paranoá. O clipe faz parte do Projeto MTV, que oferece cursos de audiovisual para alunos da rede pública do DF. O videoclipe está disponível no canal do grupo no YouTube.

Ana Cecília e Helen Rosa, integrantes do grupo Atitude Feminina, participaram de um projeto que oferece oficinas de audiovisual para alunos da rede pública do Distrito Federal, lançado em dezembro de 2021.

A canção Quando o sol brilhar foi a escolhida do grupo para representar a esperança de um futuro melhor para os jovens que moram nas periferias do Brasil, com uma mensagem de luta e otimismo, porém sem perder a visão da realidade e as injustiças sociais que esses jovens enfrentam diariamente.

O Atitude Feminina voltou recentemente à mídia quando o rapper Japão, do Viela 17, compartilhou em suas redes sociais uma conversa com a cantora sertaneja Marília Mendonça, na qual falavam sobre a possibilidade de ela cantar em seus shows uma música do Atitude Feminina e a importância de reconhecer o trabalho e o ativismo do grupo.

"Eu me senti muito feliz, porque os jovens da periferia terão cursos gratuitos de edição, câmera, entre outros", conta a integrante Ana. "Para mim, é uma mistura de sentimentos. Amor, família, realização, é denúncia, dar voz para a periferia, sabe? O Atitude Feminina é sobre isso, e eu sei que quem nos escuta também sente tudo isso", completa Helen, a outra integrante.

Moradoras de São Sebastião, uma das cidades periféricas do DF, tentam passar em suas letras o máximo de informações sobre direitos das mulheres, tendo como exemplo a canção Rosas, e também conscientizando os jovens de que a criminalidade não é o caminho correto, na música De que vale o crime?.

*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco 


Correio Braziliense segunda, 10 de janeiro de 2022

SEGURANÇA PÚBLICA: DISTRITO FEDERAL REGISTRA O MENOR NÚMERO DE ASSASSINATOS EM 22 ANOS

 

Distrito Federal registra o menor número de assassinatos em 22 anos

As tentativas de homicídios também apresentaram queda na capital: os números passaram de 706 para 581. Em relação aos latrocínios (roubo seguido de morte), a diminuição foi de 32,2%, com 32 casos, em 2020, e 22, no ano passado

DD
Darcianne Diogo
postado em 10/01/2022 05:51 / atualizado em 10/01/2022 05:53
 
A Polícia Militar prendeu em flagrante, em 2021, mais de 8 mil suspeitos -  (crédito: Sargento Wander PMDF/Divulgação)
A Polícia Militar prendeu em flagrante, em 2021, mais de 8 mil suspeitos - (crédito: Sargento Wander PMDF/Divulgação)

O número de homicídios no Distrito Federal é o menor dos últimos 22 anos (de 2000 a 2021). O dado faz parte do Balanço Anual da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), o qual o Correio teve acesso em primeira mão. Entre janeiro e dezembro de 2021, 337 pessoas morreram vítimas de crimes violentos letais intencionais (CVLIs) — homicídios (feminicídio), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Comparado ao mesmo período de 2020, quando registraram-se 411 assassinatos, houve redução de 18%. O levantamento traz dados coletados em grupo de 100 mil habitantes e, nesse caso, o DF registrou 10 homicídios em 2021, índice mais baixo desde 1977, que houve 14/100 mil.

As tentativas de homicídios apresentaram queda na capital do país de 2020 para o último ano: os números diminuíram de 706 para 581, com 125 casos a menos. Em relação aos latrocínios (roubo seguido de morte), a queda foi de 32,2%, de 32 ocorrências, em 2020, para 22 no ano passado.

Secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo atribui a redução aos esforços concentrados no programa DF Mais Seguro. "O trabalho integrado das forças de segurança, bem como o uso da tecnologia e do trabalho de inteligência, foi essencial para os resultados positivos", destaca. O decreto da criação do DF Mais Seguro foi publicado em março de 2021 no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), com o objetivo de definir estratégias e planos de ação prioritários e as áreas de segurança prioritária (ASP), alvos das intervenções em regiões pré-delimitadas como as mais sensível, além de modernizar os sistemas de atendimento de emergências e ampliar o sistema de videomonitoramento urbano.

De acordo com o secretário, uma das medidas estratégicas implementadas pela SSP para conter a criminalidade foi, desde o início de 2021, a estipulação de metas e a cobrança de resultados até 2022. Segundo o chefe da pasta, o objetivo era fechar o ano passado com a taxa de 15,8 mortes violentas intencionais para cada 100 mil habitantes. O resultado, no entanto, foi bem melhor: 10,9/100 mil (-31%).

Ações das forças

Os crimes contra o patrimônio (CCPs), que são os roubos a transeunte, veículos, transporte coletivo, comércio, residência e furto em veículo, marcaram queda de 11,2% ano passado no comparativo a 2020. O roubo em transporte coletivo, por exemplo, registrou redução de 923 para 633 ocorrências em um ano (-31,45%). Houve queda, ainda, nos roubos a transeunte, de 15,4%, e nos roubos a residências, veículos e comércios, de 6,5%, 8,3% e 1,8%, respectivamente. Com base nos dados, isso representa 3,4 mil casos a menos.

Em todo o ano de 2021, a Polícia Militar (PMDF) retirou das ruas mais de 1,5 mil armas de fogo e prendeu mais de 8 mil suspeitos em flagrante por crimes diversos. "Tivemos um ano excepcional, de muito trabalho, e isso se refletiu na redução da criminalidade. Ampliamos nossa comunicação, inteligência e videomonitoramento, mas o empenho e compromisso dos policiais militares, que atenderam cerca de 500 mil ocorrências ano passado, fizeram a diferença", avalia o comandante-geral da corporação, coronel Márcio Vasconcelos.

Destaque nacional pelo alto percentual de resolução de homicídios, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, no ano passado, 6,6 mil mandados de prisão e deflagrou 802 operações. De acordo com o diretor-geral da PCDF, delegado Robson Cândido, o enfrentamento ao tráfico de drogas e ao crime organizado, o cumprimento de mandados, o combate massivo aos crimes contra as mulheres e os praticados pela internet refletem diretamente na diminuição dos crimes letais contra a vida. "A PCDF segue ao lado do cidadão, se reinventando e se aprimorando em inteligência policial e investigação", ressalta o delegado.

Feminicídios

Em 2021, houve aumento no número de feminicídios comparado a 2020 (24 contra 17). Em 2019, 32 mulheres foram assassinadas por questões de gênero. Para combater crimes dessa natureza, a SSP-DF implementou o programa Mulher Mais Segura, que disponibiliza o Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP) — trata-se de um método de acompanhamento pioneiro no país, em que, além do agressor receber a tornozeleira, a vítima é acompanhada por meio de um aparelho móvel. Vinculado ao Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob), da SSP/DF, ao ser acionado, o aplicativo emite um chamado de forma prioritária na tela do computador do despachante do Ciob, que encaminha, imediatamente, uma viatura da PM ao local.

Uma delegacia da mulher foi inaugurada no ano passado, além da possibilidade de a vítima registrar o boletim de ocorrência de maneira on-line. Em 2021, as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam 1 e 2) registaram 876 flagrantes relacionados à Lei Maria da Penha. No mesmo período, foram feitas cerca de 23 mil visitas familiares do Programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), da PMDF, que é um policiamento especializado para casos de violência doméstica.

Quatro perguntas para

Júlio Danilo, secretário de Segurança Pública do DF

O caso Lázaro teve muito repercussão em 2021. Qual a avaliação do senhor sobre o uso de inteligência e recursos para a identificação imediata do criminoso?

O Distrito Federal tem se destacado no cenário nacional pela capacidade de elucidação de homicídios. Isso tem sido essencial para retirar criminosos de circulação e para impedir a reincidência, ou mesmo, que estes autores se tornem vítimas. Temos um plantão específico de perícia criminal para crimes contra a vida, com policiais especialistas para, entre outras medidas, assegurar a integridade da cena do crime e para a coleta qualificada de informações. No caso do Lázaro, por exemplo, a identificação se deu em menos de 24 horas. Isso foi essencial para o cerco dos policiais do DF e de Goiás, que impediu que ele fugisse para outras regiões do país.

Sobre os homicídios, a maioria deles são por acerto de contas entre criminosos? Como evitar esse tipo de crime e como isso é trabalhado pela SSP?

Trabalhamos para que nenhuma pessoa seja vítima de crimes violentos no DF, independentemente de antecedentes ou não. Porém, os dados mostram que quem se envolve em atividades criminosas está mais sujeito a ser autor ou vítima desses crimes. Por isso, o trabalho integrado das forças de segurança tem sido importante, tanto na retirada de armas das ruas, diminuindo o grau de letalidade dos criminosos, quanto na qualidade da investigação, para que os autores sejam identificados, julgados e presos, reduzindo, então, a reincidência.

Algo que pode ter contribuído para a queda nos homicídios foi o funcionamento das delegacias 24 horas. Isso vai ser aprimorado?

A retomada do funcionamento das delegacias que não funcionavam 24 horas foi uma conquista importante do governo Ibaneis Rocha, que, desde o início, deu total autonomia ao secretário e à SSP/DF para a coordenação das políticas de segurança pública do DF. Temos um concurso para a Polícia Civil em andamento e, com isso, esperamos reforçar mais o excelente trabalho realizado pela corporação. Hoje, a marca da segurança pública é a integração, o aprimoramento da gestão, com metas, monitoramento e avaliação de resultados e o uso da tecnologia e da inteligência.

Em relação aos feminicídios, houve aumento de 2020 para 2021. Para 2022, há projetos para combater esse tipo de crime? Quais?

A violência doméstica é um problema que tem que ser enfrentado por todas as esferas da sociedade, com transparência e integração. Em 2020, tivemos uma redução de quase 50% deste crime em relação a 2019. Sabíamos que 2021 seria um desafio frente a esses números e, infelizmente, tivemos sete crimes a mais. Mas nosso trabalho não é só pela redução em si. É para que nenhum crime dessa natureza aconteça. Lançamos, em março, o Mulher Mais Segura, que reúne uma série de iniciativas da SSP/DF e das forças de segurança, entre elas uma tecnologia inovadora no Brasil, que monitora, simultaneamente, vítima e agressor, impedindo que ambos se encontrem. Para 2022, temos que aperfeiçoar ainda mais o trabalho integrado entre os diversos órgãos do poder público e da sociedade. Em dezembro, o governo do DF criou a Rede Distrital de Proteção à Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar. Esse mecanismo oficializa nossas ações conjuntas e permite que a gente siga avançando com nossas políticas de prevenção, acolhimento e combate a todo tipo de violência de gênero.


Correio Braziliense domingo, 09 de janeiro de 2022

CELEBRIDADES: PAOLA POSTA FOTO EM NORONHA, E SEGUIDORES SE DERREREM

 

Paolla Oliveira posta foto em Noronha e seguidores se derretem

A atriz publicou a imagem em seu perfil no Instagram nesta sexta-feira (7)

CS
Cecília Sóter
postado em 07/01/2022 13:02
 
 (crédito: Reprodução/Instagram)
(crédito: Reprodução/Instagram)

De férias em Fernando de Noronha, a atriz Paolla Oliveira está curtindo ao lado de amigos e do namorado Diogo Nogueira.

Aproveitando a sexta-feira ensolarada, Paolla compartilhou com seus seguidores uma linda foto em frente a um dos pontos icônicos do arquipélago, o Morro do Pico.

Na legenda, a atriz colocou apenas um coração verde. Nos comentários, uma chuva de elogios feitos por fãs e amigos.

“Musaaa”, declarou a dupla Simone e Simaria. “Até a natureza se manifesta perante tamanha perfeição”, "Perfeição divina", "Que mulher", "Linda", escreveram alguns seguidores.


Correio Braziliense sábado, 08 de janeiro de 2022

CINEMA: SIDNEY POITIER SE ENCANTOU - ASTRO MORRE AOS 94 ANOS

 

Morre Sidney Poitier, o astro que revolucionou o cinema negro

À frente de longas como 'Uma voz nas sombras' e 'No calor da noite', Poitier, primeiro protagonista negro a vencer um Oscar, marcou a telona

RD
Ricardo Daehn
postado em 07/01/2022 13:23 / atualizado em 07/01/2022 13:25
 
Sidney Poitier: símbolo da resistência negra -
Sidney Poitier: símbolo da resistência negra -

Personalidade indissociável na quebra da corrente racista, por meio da atuação no cinema, o ator Sidney Poitier morreu, aos 94 anos. As causas ainda não foram divulgadas. Foi com o Oscar pelo longa Uma voz nas sombras que, em 1963, Poitier se tornou o primeiro astro negro vencedor do Oscar de melhor ator. Quatro anos depois, ele — que teve a carreira formulada na Broadway — foi projetado em longas como Adivinhe quem vem para jantar e o definitivo No calor da noite.

Pai de seis filhas, Poitier deixou viúva Joanna Shimkus, num casamento que atravessou 45 anos. Além de ator, entre os anos de 1970 e 1990, ele se arriscou, com sucesso apenas comercial, atrás das telas comandando, em especial, comédias estreladas pelo colega Gene Wilder. Foram oito direções de longas. Há vinte anos, Poitier estava distante da atuação no audiovisual. Ele chegou a ser representante das Bahamas, em posição diplomática, no Japão.


Correio Braziliense sexta, 07 de janeiro de 2022

TEATRO: FESTIVAL CONVIDA VAI PREPARAR ARTISTAS PARA O RETORNO AOS PALCOS

 

Festival Convida vai preparar artistas para o retorno aos palcos

Nomeado Convida LAB — Aceleração de Bandas do Distrito Federal, evento capacitará músicos que se preparam para o retorno das apresentações presenciais. Festival Convida ofertará cursos e oficinas para artistas locais

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 07/01/2022 06:00
 
Lyndon, músico que participa do projeto  -  (crédito:  Arquivo Pessoal)
Lyndon, músico que participa do projeto - (crédito: Arquivo Pessoal)

O Festival Convida, que ocorre há duas décadas, chega à 21ª edição com nova denominação e novos propósitos. Nomeado Convida LAB — Aceleração de Bandas do Distrito Federal, o evento, coordenado pelos produtores artistas Fábio Pedroza e Eli Moura, dará oportunidade a músicos que se preparam para o retorno presencial aos palcos, ao oferecer, gratuitamente, oficinas de capacitação. Inicialmente, houve um processo seletivo, realizado em dezembro último, com mais de 90 inscritos, durante o qual a curadoria selecionou nove semifinalistas, que foram presenteados com vídeos de avaliação, exibidos nas redes sociais do festival.

A curadoria foi formada por Ana Morena (musicista e produtora do FestivalDoSol), Marta Carvalho (produtora cultural), Kelton (músico e produtor musical), Caio Chaim (advogado de direitos autorais e músico) e os sócios do Covida LAB Fábio Pedroza (ex-baixista da banda Móveis Coloniais de Acaju) e Eli Moura.

Dos nove pré-selecionados, os curadores escolheram cinco: Lydon, Ryck, Ralé Xique, Flor Furacão, Caleba Brasil e Trança. Eles irão participar do laboratório, que terá início na segunda quinzena deste mês. De acordo com a produção, algumas atividades terão formato presencial e outras poderão ser on-line. Segundo Pedroza, essas atividades servirão de preparação para um show presencial, que ocorrerá no início de fevereiro, em local ainda não definido.

Correio Braziliense quinta, 06 de janeiro de 2022

CARNAVAL 2022: DF NÃO TERÁ CARNAVAL DE RUA, DIZ O GOVERNADOR IBANEIS ROCHA

DF não terá carnaval de rua em 2022, diz Ibaneis Rocha

Segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB) informou ao Correio, um decreto está sendo preparado para proibir as festas públicas. Secretário de Cultura afirmou que festas privadas também sofrerão alterações pelo decreto

SS
Samara Schwingel
postado em 06/01/2022 09:32 / atualizado em 06/01/2022 09:51
 
 (crédito: Renato Alves/ Agência Brasilia)
(crédito: Renato Alves/ Agência Brasilia)

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou ao Correio, na manhã desta quinta-feira (6/1), que o DF não terá carnaval em 2022. Segundo o chefe do Executivo local, um decreto está sendo preparado sobre o assunto.

O secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, informou à reportagem que as festas privadas de carnaval também sofrerão alterações pelo decreto. 

 


Correio Braziliense quarta, 05 de janeiro de 2022

CARNAVAL 2022: CARNAVAL DE RUA DO RIO É CANCELADO

 

Carnaval de rua do Rio é cancelado

Em live pela internet, o prefeito Eduardo Paes afirmou que "não será possível" promover o carnaval de 2022 nos moldes tradicionais

AE
Agência Estado
postado em 04/01/2022 19:22
 
 (crédito: Edson Lopes Jr/ Prefeitura de São Paulo)
(crédito: Edson Lopes Jr/ Prefeitura de São Paulo)

Os blocos de carnaval não vão desfilar pelas ruas do Rio de Janeiro neste ano, ainda em razão da pandemia de covid-19. A decisão de cancelar as exibições foi tomada em consenso durante reunião promovida no final da tarde desta terça-feira entre os representantes dos principais blocos, o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

Em live pela internet logo após a reunião, o prefeito Eduardo Paes afirmou que "não será possível" promover o carnaval de 2022 nos moldes tradicionais: "Acabei de ter uma reunião com o pessoal dos blocos de rua e a gente comunicou a eles que o carnaval de rua nos moldes que eram feitos até 2020 não acontecerá em 2022. Infelizmente, e eu falo como prefeito que gosta do carnaval e como cidadão, isso não será possível".

A Ambev, empresa que patrocinaria o carnaval de rua do Rio, havia cobrado da prefeitura uma posição sobre a realização ou não dos desfiles até a próxima quarta-feira, dia 5.


Correio Braziliense terça, 04 de janeiro de 2022

ECOLOGIA: CAPIVARAS SÃO DONAS DO PEDAÇO NO PARQUE ECOLÓGICO DE ÁGUAS CLARAS

 

Capivaras são as donas do pedaço no Parque Ecológico de Águas Claras

Cerca de 10 capivaras circulam pelo Parque de Águas Claras. Elas divertem os frequentadores e fazem parte da paisagem

CS
Carlos Silva*
postado em 04/01/2022 06:23 / atualizado em 04/01/2022 08:26
 
 (crédito: Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O Parque Ecológico de Águas Claras abriga vários animais e, próximo à lagoa do parque, é possível ver cágados, patos, gansos, saguis e muito mais. Mas são as capivaras que roubam a cena e chamam a atenção de quem passa pelo local. A equipe de reportagem do Correio contou cerca de 10 no parque, na tarde de ontem. Apesar do aumento da presença dos animais, o essa visitação dos bichos não é recente no local.

O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) reforça esse ponto, destacando a aparição dos animais como reflexo do alcance do objetivo do parque. "O Parque Ecológico Águas Claras é uma Unidade de Conservação do Distrito Federal que tem por objetivo garantir a preservação, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural formando um banco genético, por conservar as amostras de organismos vivos, tais como plantas e animais. Por este motivo, a aparição de capivaras é um indicativo positivo de que aquele ambiente está cumprindo com o papel para o qual foi criado", afirma o órgão.

A dona de casa Fernanda Costella, 41 anos, moradora de Águas Claras, frequenta o parque há cerca de três anos com o marido e as filhas, Carolina, 8 anos, e Letícia, 2 anos. A visitante também relata que as capivaras já apareceram diversas vezes, mas não representaram perigo. "É bem tranquilo, elas ficam na delas. É só ninguém perturbá-las. Estão no habitat delas", relata. No entanto, a moradora de Águas Claras alerta àqueles que têm animais para que cuidem e não os deixem atacar as capivaras. "É importante prender o seu animalzinho, porque elas estão ali se alimentando no habitat delas sem incomodar ninguém, mas elas podem se assustar e de repente reagir", adverte.

A presença dos animais foi tão comentada que não atraiu somente a atenção dos brasilienses, mas também de quem visita a capital. O fisioterapeuta Rodrigo Barbosa, 38, veio de Ituiutaba (MG) para passar o réveillon com a família em Águas Claras e não deixou de ir ao parque. "Sempre que visitamos Brasília, temos o costume de vir ao parque ecológico para fazer uma caminhada e ver os animais", explica. O visitante também ressaltou que é importante a presença dos animais no local, já que é raro ver situações assim, principalmente em grandes centros urbanos. "Acho interessante, pois nos aproxima da vida animal, uma vez que quem mora na cidade não tem o costume de avistar esse animais, principalmente soltos assim na natureza", afirma.

Cuidado

As capivaras chamam a atenção de quem passa, mas é preciso ter cuidado ao se aproximar delas. O professor do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em zoologia André F. Mendonça recomenda não se aproximar demais, já que ferimentos causados pelos animais podem se agravar. "O principal cuidado que os visitantes devem ter é não chegar perto, nem acuá-las e nunca feri-las. No caso de ferimento é muito importante que a pessoa vá a um hospital para que seja avaliado por um médico. Pois, como são animais silvestres que estão associados a corpos d'água, existe uma chance maior de o ferimento infeccionar", explica.

Outro ponto levantado pelo professor foi o cuidado com os pets, pois os conflitos entre animais domésticos e silvestres podem causar sérios danos aos envolvidos. "É importante ressaltar que, no caso de avistarem uma ou mais capivaras, é importante que os animais (domésticos) estejam presos ou que seja colocada uma coleira (neles). O perigo é que o animal de estimação, principalmente cachorros, pode atacar. O resultado, em qualquer hipótese desse evento, é potencialmente ruim pois um dos animais ou os dois podem sair feridos ou, em casos mais graves, vir a óbito devido aos ferimentos", esclarece.

O professor também alerta para o risco de ataques das capivaras. Apesar de serem calmos, os roedores podem se tornar agressivos em certas situações. "Em condições normais, as capivaras são animais bastante tímidos e que fogem com a aproximação de pessoas. Entretanto, como todo animal silvestre, as capivaras irão se tornar agressivas se forem acuadas ou agredidas. Um grupo de capivaras é formado, normalmente, por um macho, várias fêmeas e filhotes. Desta forma, como são animais sociais como nós, caso uma fêmea ou filhote sejam agredidos ou acuados, outro membro do grupo pode atacar para defender", adverte.

O Ibram também ressaltou que, em relação a animais domésticos, é importante cuidar para que não entrem em conflito com as capivaras, pois, assim também evitam que eles levem para casa carrapatos dos roedores. "A capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela (Amblyomma cajennense), que transmite a doença Febre Maculosa Brasileira (FMB). O carrapato pode ser encontrado também em cavalos e outros animais de grande porte, cães, aves domésticas, roedores e na capivara. Porém, na história do DF, há o registro de apenas três casos da doença, sendo que o último registro ocorreu em 2016. Em nenhum deles o infectado foi a óbito", explica o órgão. Uma maneira de não ter contato com o parasita é evitar área de vegetação densa e utilizar nos animais produtos de proteção e coleira.


Correio Braziliense segunda, 03 de janeiro de 2022

GASTRONOMIA: 2021 FOI O ANO DO HAMBÚRGUER. VENDAS CRESCERAM 140%, ASSIM COM HAMBURGUERIAS

2021 foi o ano do hambúrguer. Vendas cresceram 140%, assim como hamburguerias

Versões clássicas e releituras do sanduíche garantem a preferência dos consumidores e o investimento em espaços especializados

LS
Liana Sabo
postado em 03/01/2022 06:00 / atualizado em 03/01/2022 09:07
 
 (crédito: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)

As razões são diversas, mas especialmente a pandemia levou o hambúrguer para outro patamar. Nenhum segmento alimentício teve mais sucesso no sistema de franchising do país, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Também o aplicativo de delivery IFood notou que o número de hamburguerias cadastradas na plataforma aumentou 104% entre março de 2020 e março de 2021, enquanto as vendas de burgers cresceram 140% no mesmo período.

Furacão

Com o avanço da vacinação e a retomada do comércio, o atendimento ficou mais explícito e logo surgiram mais pontos de venda daquele alimento que é, sem dúvida, o furacão do ano. Apaixonada pela carne Beef Passion desde que a provou em seu Ancho Bistrô de Fogo, na 306 Sul, a chef Renata Carvalho nunca teve receio de manusear as chamas seguindo a técnica que havia apreendido com o grande chef argentino Francis Malmann. Daí para fazer hambúrguer foi um pulo.

Há três anos surgiu o Ricco Burger e mais dois espaços focados no delivery: o Pega & Vaza na 206 Norte e na QI 23 do Lago Sul. A proposta, no entanto, não parou por aí e se estendeu para Águas Claras. "Queremos abraçar e atender o público fiel da região, ficar mais perto da galera que sempre se desloca para degustar nossos hambúrgueres", afirmou a chef ao abrir, no começo de dezembro, a quarta unidade em frente ao supermercado Dia a Dia. Destaque para o tradicional Carne e Queijo, feito com pão da La Boulangerie, 150g de carne Beef Passion assada na parrilla, queijo e maionese da casa (R$ 36) e o Trufado, que difere do primeiro ao levar maionese trufada, chips de parma, telha de parmesão e ruculetas, que são talos de rúcula crocantes. (R$ 42).

Igualmente brasiliense, o 389 Burger nasceu em Planaltina, em 2016, e o nome com números vem do prefixo dos telefones fixos da região. Com o cardápio totalmente desenvolvido pelo criador Aquiles França Monteiro, formado em gastronomia pelo Iesb, a marca usa pão de cebola e um blend 100% Angus de fraldinha e costela, tendo como acompanhamentos batata rústica, chips de mandioca e onion rings, entre outros. Durante a greve dos caminhoneiros, quando faltou combustível, "a gente teve aquela aflição e até um certo medo de fechar as portas, mas foi ali que a gente se reinventou e teve a ideia de fazer a entrega a cavalo. Depois daquilo, muitas portas se abriram", conta Aquiles, que foi procurado por três investidores e o grupo toca mais três operações: Sobradinho, Formosa e 307 Norte. Há pouco tempo, lançou um projeto de franquias.

Irmã da Outback e Abraccio, mais uma marca americana Bloomin's Brands, uma das maiores empresas de restaurantes casuais do mundo, a Aussi Grill trouxe para Brasília o seu conceito sweet and spicy em um menu focado em proteínas de frango, que mistura ingredientes frescos com um toque de picância e um leve dulçor. O carro-chefe é o Smoked HM Chicken Sandwich (R$ 26) de peito de frango empanado, frito e crocante, servido com alface, tomate, picles, maionese defumada e finalizado com molho de mostarda adocicado no pão brioche. No combo, você paga R$ 45,90 pelo sanduíche mais refri em lata e batatas fritas da casa, em formato de chips, crocantes e temperadas, levemente apimentadas e avinagradas, acompanhadas de molho aioli, uma delícia.

A história

Símbolo do fast food, o hambúrguer chegou ao Brasil em meados dos anos 50. Para quem acha que se trata de uma invenção americana, é só ver o nome da iguaria: teria sido batizada em razão da chegada de imigrantes alemães, vindos da cidade de Hamburgo, aos Estados Unidos. Também não foram os alemães que a criaram. No século 13 na Mongólia, os cavaleiros que saíam para o combate colocavam uma peça de carne crua embaixo da sela do cavalo para amaciar. O próprio suor do animal temperava a carne com sal. Essa é a explicação dada para a origem do tartar, especialidade de carne moída crua que ganhou o nome por ter surgido entre as tropas belicosas dos povos tártaros.

Daí os marinheiros alemães que conheceram a técnica passaram a cozinhar a carne crua, dando lugar ao burger, o saboroso bife apreciado em todo o planeta, a ponto de já ter o Dia Mundial do Hambúrguer, comemorado em 28 de maio.

 


Correio Braziliense domingo, 02 de janeiro de 2022

ANO NOVO, VIDA NOVA: DICAS E SIMPATIAS PARA UM CICLO MELHOR

Ano novo, vida nova: dicas e simpatias para um ciclo melhor

Rituais e simpatias são alguns dos elementos mais usados na chegada de um novo ano. Mesmo quem não acredita em nada disso pode apostar para encarar 2022 com otimismo

por Ailim Cabral
postado em 02/01/2022 08:00
 
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A virada de 2021 para 2022 teve um gostinho especial. A energia do recomeço veio com ainda mais força, e a perspectiva de dias melhores preenche até mesmo os corações mais receosos. A esperança, com o auxílio da terceira dose da vacina, permite novos planos, sonhos e inspira mudanças positivas.

Mas e quanto aos mais céticos, que não acreditam em energias espirituais e, ainda assim, desejam um ano mais próspero? As crenças não devem limitar os sonhos e desejos de libertação. Pequenos hábitos, como ouvir uma música gostosa ao acordar, acompanhado de uma xícara de chá quentinho, podem mudar todo o seu o dia. E até seu ano.

Para a bióloga e terapeuta Carla Moreira Ramos, 42 anos, todo fim e início de ano são marcados pelo sentimento de renovação. "Ninguém quer virar o ano e ter a mesma vida de antes, por melhor que tenha sido. Todos procuram e esperam alguma mudança. Mas, para isso, é preciso abrir espaço para o novo", afirma.

Carla ressalta que, embora 2022 já tenha começado e os rituais de virada preparados e feitos, a mudança principal vem de dentro e precisa durar o ano inteiro para que realmente faça diferença. Fã de organização e de Marie Kondo (especialista na área), há quase uma década Carla inicia todo ano com uma limpeza geral na casa, nos armários e em todos os seus objetos. Para ela, é um ritual de desapego e preparação para novas vivências.

Para a bióloga, ao eliminar o que não usa mais em casa, incluindo objetos de cozinha e decoração, ela sente que se prepara para tirar de sua mente e seu coração o que não faz mais bem. "É sobre eliminar tudo o que não faz sentido. Ao longo da vida, acumulamos itens que, com o tempo, deixam de fazer sentido, mas não queremos desapegar pelo que significou um dia. Ao mesmo tempo, queremos o novo, que só virá se abrirmos espaço", afirma.

Carla gosta de usar a técnica ensinada por Marie Kondo em seu livro e programa, avaliando que tipo de sentimento seus objetos trazem. Se não for alegria, é hora de doar ou jogar fora. Ao ritualizar o processo de organização da casa e dos armários, ela acredita que prepara também sua mente. "Fico mais leve, não fico entulhada, nem de coisas nem de sensações, sentimentos e hábitos que não combinam mais comigo ou que eu não quero continuar cultivando."

O processo é intuitivo e começa nos últimos meses do ano, perpetuando-se até janeiro. Limpar todos os sapatos, inclusive as solas, e passar as roupas que vai manter também ajudam a bióloga a se sentir preparada para novos desafios.

O simbolismo e a mente

Em seus estudos sobre a mente humana, Carla percebeu o quanto o simbolismo pode ser uma influência positiva para quem busca por mudanças. "Muitas vezes, queremos uma mudança em nós e não sabemos por onde começar. Fazer algo mais concreto, como renovar o guarda-roupa, acaba sendo o início de todo esse processo de organização da mente." Ela acredita que, percebendo ser capaz de organizar seu espaço físico, seu cérebro entende que você está apto também a organizar sua vida emocional e suas ideias e decisões.

A psicóloga ressalta a importância de seguir uma rotina e cumprir as metas a que se propõe. Isso traz uma sensação de dever cumprido e evita a frustração consigo mesmo. Vencer metas é um estímulo a continuar com as mudanças positivas, enquanto não cumpri-las aumenta a sensação de fracasso e insatisfação pessoal. "É importante, porém, investir em metas possíveis. Não adianta querer fazer muitas coisas e não levar adiante. É mais seguro escolher metas mais atingíveis e, conforme vencê-las, adicionar outras", explica Fernanda.

Porém, antes de investir nas mudanças, a psicóloga sugere uma autoavaliação baseada em autoconhecimento. Ao se conhecer e compreender, é possível avaliar o que se deseja e como conquistar. "Para mudar, é preciso entender primeiro o que se quer manter e o que se quer deixar para trás. E isso varia de pessoa para pessoa."

A massoterapeuta Iara Carvalho Guimarães, 34 anos, e a analista de recursos humanos Maysa Martins, 42, são do time espiritualista e apostaram em rituais especiais na noite do dia 31 de dezembro.

 

Iara Carvalho: "Quando agimos com a caridade, o resultado é bom"
Iara Carvalho: "Quando agimos com a caridade, o resultado é bom"(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

 

Iara passou a virada em casa e acendeu uma vela de sete dias para seu anjo protetor, além de preparar uma mistura de mel, água e canela para atrair prosperidade e ofertar rosas brancas a Oxalá e a Jesus Cristo, para a abertura de seus caminhos. Este ano, segundo as crenças de Iara, será regido por Iemanjá, e ela passou a noite vestida de azul, para atrair as boas energias da orixá.

Mas a massoterapeuta não se agarra apenas às forças espirituais. Ela acredita que é necessário fazer a sua parte para garantir um ano melhor. Durante todo o mês de dezembro, investiu na saúde física e mental, evitando inclusive ter contato com notícias e situações negativas.

Ela sugere que mesmo quem não tem religião ou não acredita em nada mantenha pensamentos positivos nos primeiros dias do ano, atraindo para si o que deseja. Enfeitar a casa com flores ou mesmo oferecer uma a um desconhecido, doar algo que não usa mais ou fazer o bem ao próximo são alguns dos gestos que Iara considera universais.

"Independentemente de rituais e crenças, quando agimos com a caridade do nosso coração, o resultado só pode ser bom. E para completar, uma frase que me toca que é não sofra com o passado, não anseie pelo futuro, viva o presente", completa.

Ervas e proteção

Maysa, assim como Iara, é umbandista e tem nos banhos de ervas um dos rituais preferidos de início de ano. A analista de recursos humanos segue também as orientações de sua religião, com preceitos como orações e agrados aos orixás e entidades.

 

Maysa Martins: "Limpo os móveis e uso água de alfazema para remover as energias negativas"
Maysa Martins: "Limpo os móveis e uso água de alfazema para remover as energias negativas"(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

 

Nas duas últimas semanas de cada ano, ela acende velas de sete dias para agradecimento e proteção. Na última semana, Maysa faz uma faxina na casa, limpando de dentro para fora e despachando a sujeira para longe. Em seguida, vem uma limpeza de fora para dentro, com essências de alfazema, rosa branca e água de arroz, com o intuito de atrair as boas energias. 

"Limpo também os móveis e uso água de alfazema para remover as energias negativas. É uma limpeza dupla, física, removendo a sujeira mesmo, e espiritual, removendo impurezas e energia parada", explica. O mesmo acontece com as roupas. Ela doa o que não usa mais, estimulando a caridade e o auxílio ao próximo, e abrindo espaço para o novo. 

Quando está na praia ou perto de uma cachoeira na noite do dia 31 para o dia primeiro, Maysa toma um banho na água corrente ou no mar, garantindo assim uma limpeza espiritual. Ela também costuma ofertar rosas brancas a Iemanjá e reforça a importância de oferendas orgânicas, que não deixem resíduos na natureza. "Na Umbanda, temos uma preocupação muito grande com o meio ambiente, então cada vez mais estimulamos essa consciência com relação às oferendas que deixamos para os orixás."

Este ano, a virada foi em Brasília e, para garantir a renovação, Maysa investiu em um banho de ervas e acendeu uma vela para seu anjo da guarda. Ela preparou também um altar com flores e fez diversas orações em agradecimento. Com o banho em dia e a vela acesa desde o dia 31, agora Maysa espera pelo dia 20, em que comemora o orixá Oxossi.

Além dos rituais em busca da abertura de caminhos, agradecimento e proteção, Maysa carrega sempre consigo um amuleto — uma guia de proteção sempre lavada com ervas e que garante que ela esteja acompanhada de energias benéficas.

Este ano, assim como em 2021, Maysa fez uma prece de agradecimento no dia 31. Apesar de ter sofrido com a perda de alguns parentes de amigos, como o pai de sua melhor amiga, ela não perdeu nenhum familiar para a covid-19. "É uma prece muito especial, de agradecimento, e também enviando boas energias para quem precisa e está sofrendo."


Correio Braziliense sábado, 01 de janeiro de 2022

CHUVA NA BAHIA: DF SOMA MAIS DE 36 TONELADAS DE DOAÇÕES PARA VÍTIMAS DA CHUVA NA BAHIA

 

DF soma mais de 36 toneladas de doações para vítimas da chuva na Bahia

Aqueles que tiverem interesse em contribuir com a Campanha de Ajuda Humanitária, podem entregar os donativos até este domingo (2/1)

Ad
Arthur de Souza
postado em 01/01/2022 09:54 / atualizado em 01/01/2022 09:55
 
 
 
 (crédito: Manu Dias/Governo da Bahia/Divulgação)
(crédito: Manu Dias/Governo da Bahia/Divulgação)

A Campanha de Ajuda Comunitária aos atingidos pelas chuvas no sul do estado da Bahia, que é coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) e tem apoio da Defesa Civil e das forças de segurança pública, já arrecadou mais de 36 toneladas de alimentos e roupas, além de nove mil litros de água potável para doação.

Todo o material arrecadado até o momento está passando por triagem no Centro de Capacitação Física do Corpo de Bombeiros e, a partir da próxima terça-feira (4), será levado pelas forças de segurança até o estado da Bahia.

A SSP-DF destaca que não existe possibilidade de doações em dinheiro, por Pix, depósitos, transferências e outros. Só são permitidas doações de itens de primeira necessidade, que devem ser feitas nos quartéis e delegacias.

*Com informações da Agência Brasília


Correio Braziliense sexta, 31 de dezembro de 2021

ANO NOVO: VEJA O QUE ABRE E FECHA NA VÉSPERA E NO FERIADO

Ano novo: veja o que abre e fecha na véspera e no feriado

Serviços públicos do Distrito Federal terão os horários de funcionamento alterados no dia 31 de dezembro e no dia 1° de janeiro

 

 

 (crédito: Alex Ribeiro/Divulgação)
(crédito: Alex Ribeiro/Divulgação)

Na véspera da virada do ano e no dia 1º de janeiro, o funcionamento de serviços públicos será alterado devido à data comemorativa. Os pontos turísticos, por exemplo, terão horários de visitação reduzidos. Não haverá vacinação no sábado (1°/1), nem atendimento no Hemocentro de Brasília, nas policlínicas e nos ambulatórios.

Os transportes públicos também vão funcionar com horários reduzidos. Os ônibus circularão normalmente, com tabela horária de dia útil na sexta-feira (31/12). Já no sábado (1°/1), a tabela horária será de feriado. Os horários e itinerários podem ser visualizados em www.dfnoponto.semob.df.gov.br.

Confira o que abre e fecha no Distrito Federal nesta sexta-feira (31/12) e no sábado (1°/1):

 

– Na Hora
31 de dezembro: aberto até as 14h
1º de janeiro: fechado

– Procon
31 de dezembro: das 8h às 14h
1º de janeiro: fechado

– CEB
Funciona normalmente nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro. As equipes de manutenção da CEB trabalham 24 horas, nos sete dias da semana, e não param em nenhum feriado

– Caesb
31 de dezembro: o expediente será até o meio-dia
1º de janeiro: as equipes de manutenção trabalharão em regime de plantão, sem atendimento remoto
Agência Virtual, app, site e telefone 115 funcionam ininterruptamente

– Centro Integrado 18 de Maio
31 de dezembro: funciona até 14h
Demandas urgentes: atendimento por meio do telefone (61) 98314 0636.

– Conselhos Tutelares
31 de dezembro: funcionam até 14h
Emergências: atendimento por meio dos telefones 125 (número gratuito) ou (61) 3213 0657/3213 0763/3213 0766

– Unidades Básicas de Saúde (UBSs)
31 de dezembro: as UBS funcionam até às 14h
1º de janeiro: estarão fechadas

– Vacinação
31 de dezembro: será possível vacinar nas salas de vacina e nos postos de vacinação até as 12h
1º de janeiro: não haverá expediente

– Ambulatórios e policlínicas
31 de dezembro: ficam abertos até as 14h
1º de janeiro: estarão fechados

Funciona de forma ininterrupta, 24 horas por dia todos os dias da semana

– Farmácias de alto custo
31 de dezembro: serão distribuídas senhas até 12h e essas farmácias funcionarão até as 14h
1º de janeiro: não abrem

– Hemocentro
31 de dezembro: aberto das 7h15 às 12h
1º de janeiro: não abre

– Emergências
Todas as emergências dos hospitais regionais e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionam 24 horas por dia

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atende de forma ininterrupta pelo telefone 192

– Centros de Atenção Psicossocial (Caps)
Do tipo III, voltados ao atendimento de retaguarda e articulação em rede, estarão com atendimento 24 horas por dia. Os outros Caps, dos tipos I e II, funcionarão até as 14h, no dia 31 e não abrem no dia 1º de janeiro.

– Delegacias
Todas as delegacias do DF funcionam 24 horas, em regime de plantão

– Transporte público
31 de dezembro: os ônibus circularão normalmente, com tabela horária de dia útil. Haverá reforço de viagens nas linhas mais procuradas para atender o fechamento do comércio

– Metrô
31 de dezembro: funciona das 5h30 às 21h
1º de janeiro: funciona das 7h às 19h

– Detran
31 de dezembro: abre das 7h às 14h
1º de janeiro: não abre
Os serviços on-line, disponíveis por meio do aplicativo e do Portal de Serviços do Detran-DF, funcionarão normalmente, todos os dias da semana

– BRB
31 de dezembro: abre ao público das 9h às 11h
1º de janeiro: não abre

31 de dezembro: aberto das 9h às 17h
1º de janeiro: aberto das 9h às 17

– Jardim Botânico
31 de dezembro: funciona das 9h às 12h
1º de janeiro: fechado
Os dois restaurantes não vão funcionar em nenhum dia

– Planetário de Brasília
31 de dezembro: não abre
1º de janeiro: não abre
A partir do dia 02 de janeiro de 2022, o Planetário de Brasília estará aberto ao público de terça-feira a domingo, incluindo feriados distritais ou nacionais, das 9 às 21h

– Pró-Vítima
31 de dezembro: núcleos funcionam até 14h.
Plantão: (61) 98314 0622

31 de dezembro: fechado
1º de janeiro: fechado

– Centro Cultural Três Poderes (exceto Panteão)
31 de dezembro: aberto das 9h às 12h
1º de janeiro: fechado
Dia 2: aberto das 9h às 17h

– Memorial dos Povos Indígenas
31 de dezembro: aberto das 9h às 12h
1º de janeiro: fechado
Dia 2: aberto das 9 às 17h

– Biblioteca Nacional de Brasília
31 de dezembro: aberto das 9h às 12h
1º de janeiro: fechado

31 de dezembro: fechado
1º de janeiro: fechado
Dia 2: aberto das 9h às 17h

– Espaço Cultural Renato Russo
31 de dezembro: aberto das 9h às 14h
1º de janeiro: fechado
Dia 2: aberto das 12h às 20h

– Museu Vivo da Memória Candanga
31 de dezembro: aberto até às 14h
1º de janeiro: fechado

– Eixão do lazer
Dias 1º e 2 de janeiro: impedido o trânsito de veículos das 8h às 18h

Aberta todos os dias, 24 horas

– Casa da Mulher Brasileira
31 de dezembro: das 7h às 14h
1º de janeiro: fechada

– Ceam e Nafavd
31 de dezembro: das 8h às 14h
1º de janeiro: fechados

– Espaço Empreende Mais Mulher I e II
31 de dezembro: das 8h às 12h
1º de janeiro: fechados

31 de dezembro: o comércio funcionará até 19h. Lojas de rua e de shoppings fecharão às 15h.
1° de janeiro: fechados


Correio Braziliense quinta, 30 de dezembro de 2021

ANO DELAS: RELEMBRE 10 ATLETAS BRASILEIRAS QUE BRILHARAM EM 2021

 

Ano delas: Relembre 10 atletas brasileiras que brilharam em 2021

O Correio apresenta a lista com as brasileiras que deixaram a sua marca no esporte durante o ano. A maioria escreveu a história que as colocaram no panteão do esporte nas Olimpíadas de Tóquio

JM
Júlia Mano*
postado em 30/12/2021 09:30
 
 (crédito: LOIC VENANCE  /  BONAVENTURE/AFP  /  ALE CABRAL/CPB)
(crédito: LOIC VENANCE / BONAVENTURE/AFP / ALE CABRAL/CPB)

Nos gramados, nas pistas, nos tatames, nas águas e nas quadras, diversas mulheres do Brasil fizeram história ao superarem seus desafios pessoais e os que surgiram com a pandemia de covid-19. A consagração de muitas veio na Terra do Sol Nascente, durante as Olimpíadas de Tóquio-2020. Até mesmo os Jogos foram marcados pela maior participação feminina. As conquistas delas reacenderam uma chama de esperança na população que enfrentou um ano difícil, além de permitir que muitas meninas pudessem se identificar com as grandes mulheres que deixaram sua marca em 2021.

Antes de abrir a lista, o Correio faz uma menção honrosa à Miraildes Maciel Mota. Neste ano, Formiga deu adeus à Seleção Brasileira. Eternizada com a camisa canarinho número oito, a jogadora se despediu durante o Torneio Internacional de Manaus, que ocorreu em novembro, e deixou um legado de coragem, força e muita determinação.

A meio-campista acumulou recordes durante a sua passagem pela Seleção. É a atleta, entre homens e mulheres, que mais esteve em Copas do Mundo (sete no total). Com a convocação para as Olimpíadas do Japão, a baiana soma a mesma quantidade de participação nos Jogos. Também é a brasileira com mais jogos com a camisa canarinho. No entanto, para além de números, Formiga foi uma importante jogadora para o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil e no mundo, com o seu brilhantismo em campo.

 

Rayssa Leal

 

 LAKE HAVASU CITY, ARIZONA - OCTOBER 30: Rayssa Leal of Brazil stands with the 1st place trophy after winning the Womens Finals of the 2021 SLS Championship Tour: Lake Havasu at Rotary Park on October 30, 2021 in Lake Havasu City, Arizona.   Jamie Squire/Getty Images/AFP (Photo by JAMIE SQUIRE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
LAKE HAVASU CITY, ARIZONA - OCTOBER 30: Rayssa Leal of Brazil stands with the 1st place trophy after winning the Womens Finals of the 2021 SLS Championship Tour: Lake Havasu at Rotary Park on October 30, 2021 in Lake Havasu City, Arizona. Jamie Squire/Getty Images/AFP (Photo by JAMIE SQUIRE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)(foto: Getty Images via AFP)

 

Conhecida como Fadinha, Rayssa Leal encantou a todos com o seu carisma durante as Olimpíadas de Tóquio-2020 e se tornou uma estrela do esporte mundial. Segundo o perfil Twitter Brasil, a skatista foi a 4ª atleta mais comentada do país na rede social e a única feminina na lista. A maranhense de 13 anos é também a brasileira mais jovem a integrar a delegação olímpica e a subir no pódio dos Jogos representando o país.

Rebeca Andrade

 

Baile de favela, de MC João, ganhou o mundo com a ginasta Rebeca Andrade
Baile de favela, de MC João, ganhou o mundo com a ginasta Rebeca Andrade(foto: Lionel Bonaventura/AFP)

 

Embalada pela música Baile de Favela, de MC João, na apresentação nas Olimpíadas de Tóquio-2020, Rebeca Andrade colocou o seu nome na história da ginástica artística do Brasil. Com a performance, que resultou na prata, a paulista foi a primeira brasileira a subir no pódio dos Jogos. Pouco depois, a ginasta sagrou-se campeã no salto.

As conquistas na Terra do Sol Nascente marcam a superação de Rebeca. A ginasta sofreu lesão, passou por três cirurgias no joelho e, antes de Tóquio, ficou oito meses afastada. Se os Jogos tivessem ocorrido em 2020, como estavam marcados inicialmente, a atleta teria ficado de fora. Depois das Olimpíadas, Rebeca ainda conquistou o mundial no salto e foi vice nas barras assimétricas.

O esforço de Rebeca e a perseverança para continuar no esporte também foram reconhecidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A ginasta foi eleita a melhor atleta do ano durante o Prêmio Brasil Olímpico.

Bia Zaneratto

 

15/06/2019 Credito : Assessoria / CBF - Treino da Seleção Feminina no Stade Jean Jacques. A meio-campista Bia Zaneratto
15/06/2019 Credito : Assessoria / CBF - Treino da Seleção Feminina no Stade Jean Jacques. A meio-campista Bia Zaneratto(foto: Assessoria / CBF)

 

Beatriz Zaneratto foi o grande nome da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino de 2021. A atacante atuou pelo vice-campeão, Palmeiras, somente na primeira fase (de pontos corridos). O tempo, entretanto, foi o suficiente para marcar 13 gols em 15 jogos e conquistar a artilharia do torneio.

A jogadora precisou deixar o Palestra quando o contrato de empréstimo chegou ao fim, em agosto. A atacante precisou retornar ao clube chinês Wuhan Xinjiyuan, onde conquistou a Superliga Chinesa.

Ao lado do atacante Hulk, do campeão brasileiro masculino Atlético-MG, Bia Zaneratto foi a jogadora que mais recebeu troféus no Prêmio Brasileirão. Foram três no total: melhor atacante; craque do campeonato; e artilheira.

Vic Albuquerque

 

 Crédito: Bruno Teixeira/Agencia Corinthians. Victoria Albuquerque
Crédito: Bruno Teixeira/Agencia Corinthians. Victoria Albuquerque(foto: Bruno Teixeira/Agencia Corinthians)

 

A brasiliense Vic Albuquerque termina 2021 com a tríplice coroa. Pelo Corinthians, a jogadora conquistou os títulos de campeã do Campeonato Brasileiro, da Libertadores Feminina e do Campeonato Paulista.

A camisa 17 ainda se sagrou a artilheira do Timão na temporada. A meia-atacante esteve em campo em 42 jogos e marcou 26 gols. Vic também foi eleita a melhor jogadora de agosto do Brasileirão Feminino e a craque da 3ª rodada do Paulistão.

Ana Marcela

 

Ana Marcela Cunha em ação no Lago Paranoá, no Campeonato Brasileiro de 2011. Atleta deve retornar à capital federal para maratona em setembro
Ana Marcela Cunha em ação no Lago Paranoá, no Campeonato Brasileiro de 2011. Atleta deve retornar à capital federal para maratona em setembro(foto: Carlos Silva/CB/D.A Press)

 

A nadadora Ana Marcela Cunha rebatizou as águas com o seu nome em 2021. A baiana conquistou a medalha que lhe faltava na maratona aquática: a reluzente dourada olímpica.

As Olimpíadas de Tóquio-2020 foram a redenção da brasileira, que não conseguiu passe para Londres-2012 e passou despercebida na Rio-2016. No entanto, a atleta desembarcou na Terra do Sol Nascente com 66 medalhas de Mundiais.

A baiana encerrou os compromissos do ano com a conquista do quinto título Mundial para a sua prestigiada estante. Na última sexta-feira (17/12), a Federação Internacional de Natação coroou Ana Marcela, pela sétima vez, como a melhor do mundo na maratona aquática.

Carol Santiago

 

Maria Carolina Santiago
Maria Carolina Santiago(foto: CHARLY TRIBALLEAU AFP)

 

Maria Carolina Gomes Santiago se tornou a mulher com mais conquistas em uma única edição dos Jogos Paralímpicos. A nadadora conquistou cinco medalhas nas Paralimpíadas de Tóquio-2020, formou um pódio completo e quebrou recorde.

Na Terra do Sol Nascente, Carol Santiago foi campeã três vezes, ao subir no lugar mais alto do pódio das categorias 50m livre S13, 100m livre S12 e 100m peito SB12 (neste, quebrou recorde paralímpico). A pernambucana ainda pendurou no pescoço a prata no revezamento 4x100m livre misto até 49 pontos e o bronze nos 100m costas S12.

Beth Gomes

 

Beth Gomes conquistou a 99ª medalha de ouro do Brasil no lançamento de disco, na classe F52
Beth Gomes conquistou a 99ª medalha de ouro do Brasil no lançamento de disco, na classe F52(foto: Wander Roberto/CPB)

 

A atleta paralímpica Elizabeth Rodrigues Gomes, ou simplesmente Beth Gomes, foi um dos grandes nomes de superação das Paralimpíadas de Tóquio-2020, ao derrubar a barreira do etarismo. A brasileira dedicou a vida ao esporte e, aos 56 anos, veio a dourada conquista.

Beth sagrou-se campeã do lançamento de disco na classe F52 e quebrou recorde paralímpico ao atingir a marca de 17,62m, na primeira tentativa. A atleta tem esclerose múltipla. O primeiro surto da doença a tirou do vôlei, o segundo do basquete em cadeira de rodas.

Antes dos Jogos, a paulista sofreu o terceiro surto, que paralisou o lado esquerdo de seu corpo. Com isso, teve que ser reclassificada e deixou o arremesso de peso. No entanto, a “Fênix”, como ficou conhecida pela perseverança, se encontrou no lançamento de disco e renasceu das cinzas, assim como o pássaro da mitologia grega.

Luisa Stefani e Laura Pigossi

 

Luisa Stefani e Laura Pigossi tiveram inspiração em Minas para alcançar o feito histórico
Luisa Stefani e Laura Pigossi tiveram inspiração em Minas para alcançar o feito histórico(foto: Rafael Bello/COB)

 

Oito dias antes da abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a dupla, que representou o Brasil no tênis, recebeu a tão esperada ligação de que iriam participar do maior evento esportivo do mundo.

À época, Luisa e Laura sequer estavam no mesmo continente. Pigossi estava no Cazaquistão, participando de um torneio, e Stefani em casa, nos Estados Unidos.

A dupla chegou de surpresa na capital japonesa para escrever os seus nomes no rol do esporte ao conquistar a primeira medalha olímpica do Brasil na modalidade. As brasileiras batalharam até o último momento contra as adversárias russas, que saíram na frente no início do duelo. Com a virada histórica, Luisa e Laura subiram no pódio e penduraram o bronze no pescoço.

Mayra Aguiar

 

Mayra Aguiar conquista terceiro bronze consecutivo em Olimpíadas
Mayra Aguiar conquista terceiro bronze consecutivo em Olimpíadas(foto: Jack Guez/AFP)

 

A judoca entrou para a história do esporte brasileiro ao pendurar a medalha de bronze no peito nas Olimpíadas de Tóquio-2020. Com o pódio, a gaúcha se tornou a primeira brasileira a conquistar três medalhas olímpicas individuais em edições seguidas dos Jogos (Londres-2012 e Rio-2016).

A medalha conquistada na Terra do Sol Nascente teve um significado diferente: superação. Mayra passou 16 meses fora dos tatames, antes dos Jogos de Tóquio. A judoca sofreu contusão, passou por cirurgia e ainda enfrentou as consequências da pandemia no mundo dos esportes.

Na capital do Japão, a gaúcha viu o sonho dourado ir embora, na fase de classificação. Com isso, a judoca caiu na repescagem, onde conseguiu se reerguer para disputar o bronze.


*Estagiária sob a supervisão de Danilo Queiroz


Correio Braziliense quarta, 29 de dezembro de 2021

HORÓSCOPO 2022: CONFIRA O QUE OS ASTROS REVELAM PARA CACA SIGNO

Horóscopo 2022: Confira o que os astros revelam para cada signo

Não se importa com um spoiler? Então já se adiante e fique sabendo o que os astros revelam para o próximo ano

CB
Correio Braziliense
postado em 29/12/2021 06:00
 
Chegou a hora de olhar o que te espera em 2022 -  (crédito: Pixabay/Reprodução)
Chegou a hora de olhar o que te espera em 2022 - (crédito: Pixabay/Reprodução)

Sem dúvidas, 2021 não foi um ano fácil. Entre tantos desafios, é seguro dizer que grande parte da população brasileira deseja encerrar este ciclo e entrar com tudo em um novo ano. Mas a grande dúvida é: como será 2022?

Vale lembrar que Mercúrio será o planeta regente. Isso significa a chegada de muita inteligência, tecnologia e comunicação. Porém, é uma fase em que será necessário usar todo o jogo de cintura para realizar os objetivos.

 

Preparado? Confira as previsões de cada signo para 2022:

Áries (21/03 a 20/04)

O nativos de Áries vão se dar bem. As previsões astrológicas para 2022 dizem que o responsável por isso será Mercúrio, planeta regente do ano. Eles vão passar a ter mais clareza em suas ideias e consequentemente, expressar melhor isso. Vão ter mais luz na hora da tomada de decisões importantes que afetam sua vida, e sabedoria para colocar essas decisões em prática.

Touro (21/04 a 20/05)

Em 2022 vão descobrir que dentro deles existem algumas questões complexas para serem trabalhadas. O desenvolvimento e evolução desses nativos dependerão completamente deles mesmos. As ideias, projetos e racionalidade que vão abrir espaço pra isso. Então, sonhe alto e mire longe. Isso porque as previsões astrológicas para 2022 dizem que o aprendizado é consequência da necessidade de sair da zona de conforto. A transformação pode ser dolorosa no começo, porém, gloriosa no fim.

Gêmeos (21/05 a 20/06)

As nativas de Gêmeos são regidas por Mercúrio, planeta que será regente de 2022. Isso significa que o ano para elas será muito bom. A capacidade intelectual da geminiana será evidenciada, e como consequência novos projetos e oportunidades surgirão no caminho. As geminianas gostam de mudança e intensidade, vivendo altos e baixos. As previsões astrológicas para 2022 dizem que mudanças diferentes acontecerão. Essas nativas se tornam mais racionais, ainda mais em seus relacionamentos. Isso já é diferente da forma como elas vivem a vida normalmente. Mesmo assim, o foco será na vida profissional.

Câncer (21/06 a 22/07)

A regência de Mercúrio em 2022 trará bons frutos. Por ser o planeta da comunicação, todos os signos vão ser afetados nesse sentido. Porém, os cancerianos deixam um pouco a desejar na forma de expressar o que sentem. Então, aflorar seu lado comunicativo com a influência de Mercúrio será uma parte importante do processo de autoconfiança. As previsões astrológicas para 2022 também indicam um trânsito de Júpiter por peixes. Essa movimentação inspira confiança em relação a todas as áreas da vida. Logo, realizar seus sonhos e procurar por oportunidades fica mais fácil.

Leão (23/07 a 22/08)

O ano será mais focado para o amadurecimento de seus relacionamentos. Isso já vem acontecendo e sendo estimulado desde 2021, mas é um processo longo. Pode ser que os nativos se vejam buscando deixar os compromissos mais sérios, compartilhando a vida a longo prazo. A previsão astrológica para 2022 deixa um alerta sobre a escolha, é necessário pensar bem em quem decide incluir assim em sua vida. Outro ponto importante no ano dessas nativas será a Era de Aquário. Alguns padrões podem ser rompidos, abrindo espaço para um engajamento maior na procura por bons resultados profissionais. Algumas reviravoltas em relação à carreira podem rolar, mas com uma luz de colocar tudo em outro nível.

Virgem (23/08 a 22/09)

A previsão astrológica para 2022 diz que os nativos devem aproveitar os estímulos que a regência de Mercúrio enviará. Por ser o planeta da comunicação, a inteligência e a forma de expressão vão ganhar um gás. Isso é ótimo. Vão aprender a dar mais visibilidade para os resultados de seus projetos. Porém, a ressalva é para que você lembre que os detalhes são importantes , mas não são tudo. Analise sempre todo o contexto.

Libra (23/09 a 22/10)

A regência de 2022 vai ajudar o crescimento intelectual dos nativos de libra. Sabe aquelas habilidades e projetos que você sempre quis investir? O momento será esse. Porém, o alerta é para não deixar a vontade de criar se transformar em ansiedade porque isso pode atrapalhar seu caminho. Além disso, a previsão astrológica para 2022 diz que Júpiter em Peixes abre espaço para emoções não tão verdadeiras, impulsionadas por terceiros. Procure ter um controle maior sobre seus pensamentos e como eles afetam seu dia a dia.

Escorpião (23/10 a 21/11)

A previsão de 2022 para o signo de escorpião fala muito de criatividade. Isso está atrelado diretamente à vida profissional. Os escorpianos vão se sentir mais à vontade para expressar suas ideias no trabalho e com isso, vão conquistar novos projetos. É sempre importante lembrar que para todo o trabalho, existe recompensa. 

Sagitário (22/11 a 21/12)

Se prepare para um ano cheio de novidades. Porém, a iniciativa tem que surgir. Se você está incomodado com sua vida ou com alguma questão específica, não pode ficar esperando a mudança vir como um milagre. Você mesmo deve correr atrás disso. Outro ponto a ser observado são os assuntos familiares. Pode ser que alguns problemas venham a acontecer, mas flexibilidade e diálogo serão as soluções.

Capricórnio (22/12 a 20/01)

Os capricornianos são conhecidos pela praticidade e por acima de tudo, valorizar seu trabalho. A correria diária é o que traz alegria. Com Júpiter posicionado em Peixes, chegou a hora de experimentar algo novo e diferente. Pode ser uma energia que gere desconforto. A previsão astrológica para 2022 diz que esse desconforto será necessário para pontos determinantes da nova personalidade que a capricorniana está construindo. Você está se tornando uma pessoa mais forte e mais criativa, principalmente na sua vida profissional. Para novos projetos, será necessário abrir mão de alguns programas e até pessoas.

Aquário (21/01 a 18/02)

A previsão astrológica para 2022 diz que o principal desafio de Aquário será desconstruir aquilo que eles mesmos construíram. Novas situações vão surgir em seu caminho para testar seus próprios pensamentos. Se você quer mesmo caminhar para frente, não adianta ter as mesmas atitudes que te levam para trás.
A influência de Júpiter em Peixes combinada com Mercúrio também diz que sua intuição será mais aflorada. Isso deve também ser levado em conta em seu processo de autoconhecimento.

Peixes (19/02 a 20/03)

Os acontecimentos no ano serão muito influenciados por Júpiter e Mercúrio. Enquanto Mercúrio ajudará nas questões intelectuais, Júpiter entra em cena posicionado em Peixes para melhorar a sensibilidade. Isso significa que a união desses planetas farão com que o equilíbrio seja encontrado. A previsão astrológica para 2022 diz que o ano será com muita atividade em grupo. A dica é aprender a impor limites e lidar com eles.


Correio Braziliense terça, 28 de dezembro de 2021

COPA DO BRASIL 2022: CBF DIVULGA DATAS E TABELA BÁSICA

CBF divulga datas e tabela básica da Copa do Brasil de 2022

A competição nacional terá oito fases no total, com início no fim de fevereiro e finais marcadas para outubro.

AE
Agência Estado
postado em 27/12/2021 10:07 / atualizado em 27/12/2021 10:44
 
 (crédito: Thais Magalhães/CBF)
(crédito: Thais Magalhães/CBF)

A CBF divulgou as datas e a tabela básica da Copa do Brasil da temporada 2022. A competição nacional terá oito fases no total, com início no fim de fevereiro e finais marcadas para outubro.

As duas primeiras fases vão seguir o mesmo formato, com jogos únicos. A primeira terá 80 clubes, dos quais 40 estarão na etapa seguinte. Os jogos de ida e volta vão começar na terceira fase, no mês de abril, nos dias 20 e 21.

Entre a 4ª e a 6ª fases, os confrontos serão definidos por sorteio. Na prática, todos os clubes poderão se enfrentar. A quarta etapa da competição será realizada em 11 e 12 de maio. A quinta, equivalente às oitavas de final, terá jogos entre junho e julho: 22/06, 23/06, 13/07 e 14/07.

As quartas de final começam em julho e terminam no mês seguinte (27/07, 28/07 e 17/08 e 18/08), enquanto as semifinais serão disputadas nos dias 24/08 e 14/09. Quase um mês depois, os finalistas vão decidir o título da Copa do Brasil em 12/10 e 19/10. Desta forma, a competição será finalizada um mês antes do início da Copa do Mundo, do Catar, cuja abertura está marcada para 21 de novembro.


Correio Braziliense segunda, 27 de dezembro de 2021

RÉVEILLON: SIMPATIAS PARA O ANO NOVO - SAIBA AS COMIDAS QUE TRAZEM MUITA SORTE NA VIRADA

Simpatias para o ano novo: saiba as comidas que trazem muita sorte na virada

Todo mundo já sabe as cores de roupas para atrair determinados desejos na virada, mas não se engane: além do vestuário, a ceia também está carregada de energia para 2022

RN
Ronayre Nunes
postado em 27/12/2021 06:00
 
Lentilha é um dos alimentos que trazem sorte na virada -  (crédito:  Muito bom/CB/Reprodução/D.A Pr)
Lentilha é um dos alimentos que trazem sorte na virada - (crédito: Muito bom/CB/Reprodução/D.A Pr)

Depois de um 2021 bem difícil, o 2022 chega com muitas expectativas de um ano melhor. E agora que já ficou (bem) claro que nenhuma sorte deve ser desperdiçada, tem gente apostando tudo para atrair um próximo ano cheio de energias positivas.

“O segredo está na escolha dos ingredientes e também na preparação. É importante estar com o pensamento positivo, almejando boas energias e transmitindo vibrações poderosas” aconselha Juliana.

Agora é só passar no supermercado e aproveitar o apetite:

Lentilha

Entre as comidas que trazem sorte para o ano novo, uma das mais famosas é a lentilha. Ela é sem dúvida, um dos alimentos para o ano novo mais populares na ceia. Presente em quase todas as mesas das famílias brasileiras, este grão se assemelha a moedas e, por isso, é o símbolo mais popular de fartura e riqueza.

Romã

Não pode faltar a romã entre as comidas que trazem sorte para o ano novo. Ela simboliza fertilidade e prosperidade, além de florescimento, crescimento e abundância. frutas para ceia de ano novo. Vale lembrar que a simpatia com romã no ano novo também está fortemente associada ao Dia de Reis (comemorado no dia 6 de janeiro), pois a data marca o início de um novo tempo no ano que se iniciou. Pela tradição você deve guardar três sementes secas de romã. Mas não se esqueça: elas devem ser levadas na carteira durante todo o ano.

Uva

A uva é uma das mais importantes frutas para ceia de ano novo. Comer uva no réveillon carrega grande simbolismo. Acredita-se que esse alimento pode trazer prosperidade e paz, por isso não pode faltar na ceia. O costume das uvas como comidas que trazem sorte para o ano novo tem origem na Espanha. Lá as pessoas comem 12 uvas à meia-noite e guardam os caroços na carteira durante todo o ano.

Carne de porco

Entre as comidas que trazem sorte para o ano novo, a carne suína também está presente em muitas ceias. Peças como o pernil costumam ser o ingrediente principal da mesa. Isto se tornou comum pois o porco simboliza progresso. Além disso, a figura do animal inteiro colocado sobre a mesa — os famosos leitões — traz a energia da abundância. Por isso, o porco é um dos alimentos para o ano novo que não podem faltar na sua lista.

Peixe

Se você gosta de carne, outra ideia de comida que traz sorte para o ano novo é o peixe. Ele também representa o progresso que se deseja alcançar no ano que está começando. Além disso, ele também é um dos principais símbolos relacionados com a história de Jesus Cristo. Dessa forma, ele também representa prosperidade e fartura.

Maçã

A maçã simboliza o sucesso, principalmente no amor. Por isso, é utilizada para alcançar um ano de conquistas positivas e felicidade. Para alcançar os benefícios dessa fruta durante a ceia de ano novo, basta dar uma mordida à meia-noite em uma maçã bem vermelha.

Frutas Secas

Pêssego, figo, amêndoas, nozes, avelã e tâmara costumam ser frutas bem tradicionais no Natal. Por simbolizarem sorte e fartura, essas frutas também passaram a fazer parte da ceia de ano novo, seja em forma cristalizada ou seca.


Correio Braziliense domingo, 26 de dezembro de 2021

NATAL 2021: FRUTAS DA ÉPOCA DECORAM CEIA E SÃO RICAS EM NUTRIENTES

Frutas da época decoram a ceia e são ricas em nutrientes

Além de lindas e versáteis, as espécies tradicionalmente usadas nas ceias de fim de ano são ricas em nutrientes

CM
Carolina Marcusse*
postado em 26/12/2021 08:00
 

A época de festas é um período em que muitas famílias preparam banquetes para receber pessoas próximas. Neles, estão incluídas frutas, seja em cestas próprias para decorar a mesa, seja nas receitas típicas. Porém, mais que parte da decoração ou dos preparos, essas frutas típicas de dezembro têm uma série de nutrientes e tendem a ser mais acessíveis.

Carla destaca que, durante as festas de fim de ano, as mais consumidas são ameixa nacional, maçã, manga, lichia, pêssego, uva fresca, uva-passa, damasco, figo, cereja, framboesa, melancia e romã. Algumas pessoas costumam comprar e consumir por superstições e simpatias, a exemplo da romã, que representa prosperidade. Diz a lenda que quem a ingerir na hora da virada e guardar suas sementes na carteira atrairá dinheiro o ano todo.


As frutas vermelhas, além do simbolismo, são ricas em uma série de nutrientes, como vitaminas A, E, C e até K, no caso da amora. Além disso, têm, naturalmente, propriedades antioxidantes, importantes no caso dos exageros comuns da época. E, como toda fruta, são ricas em fibras, que ajudam no bom funcionamento do sistema digestivo como um todo, auxiliando tanto quem tem problemas de constipação quanto quem não tem. Para comprá-las mais em conta, uma opção são os sacos com as frutas congeladas, que apresentam preços abaixo dos das vendidas na prateleira e são práticas para conservar e usar em receitas.

Andréia Arantes, 42, consome as frutas com frequência e gosta muito, principalmente por aumentar a saciedade e pela quantidade de fibra presente no alimento. Por isso, conta que costuma aproveitar preços mais em conta devido ao período da safra para comprar mais unidades. Ela as usa no preparo de batidas e sucos ou no de caldas de frutas vermelhas para usar em sobremesas. Também são excelentes itens decorativos. "Amo receber pessoas com uma bela cesta e comidas deliciosas. E as frutas desta estação deixam a mesa linda, além de serem supergostosas."

Desidratadas

 

Crédito: Twitter/reprodução. frutas secas.  É preciso não exagerar nas frutas desidratas, pois há uma maior concentração de açúcar
Crédito: Twitter/reprodução. frutas secas. É preciso não exagerar nas frutas desidratas, pois há uma maior concentração de açúcar(foto: Twitter/CB/Reprodução/D.A Press)

 

As frutas secas são muito comuns no período e estão cada vez mais presentes em lojas naturais. Atualmente, há uma enorme variedade de frutas secas. O processo de desidratação se estende até mesmo para alguns legumes, como batatas. As mais comuns da época são as polêmicas uvas-passas, que são adicionadas no arroz, no salpicão, na farofa e nos pratos principais. Contudo, outras também são comuns, principalmente adicionadas a misturas de nozes e castanhas, como damasco, goji berry e banana.

Um alerta importante quando se trata desses alimentos está relacionado à moderação, pois, após desidratadas, todos os nutrientes ficam mais concentrados, assim como a quantidade de açúcar. Por isso, a nutricionista Carla Rios afirma que deve existir um cuidado com esses níveis. Além disso, ela explica que estas têm uma maior tendência à presença de fungos por causa da conservação, principalmente quando comercializadas a granel, em que ficam estocadas por um grande período e mais expostas. A recomendação é de que a compra seja feita em estabelecimentos de confiança e, preferencialmente, que elas estejam em saquinhos fechados.

 


Correio Braziliense sábado, 25 de dezembro de 2021

RÉVEILLON: VIRADA COM RISOTO NA CHAPADA DOS VEADEIROS

 

Virada com risoto na Chapada dos Veadeiros

 

 

Publicado em Sem categoria

Há dez anos que Alexandre Tirulin promove Réveillon na sua risoteria Santo Cerrado, onde tem uma das mais belas vistas da Chapada dos Veadeiros, na Vila de São Jorge. Este ano, o prato ganhou nomes sugestivos inspirados na energia de renovação do Ano-Novo, como Saúde e Sorte de filé de pernil finalizado com abacaxi em cubos caramelizados, queijo parmesão e manteiga, acompanhado de farofa de lentilha e bacon; Sempre para frente feito com espumante inclui morangos, uva, polvo e camarão finalizado no parmesão e manteiga; e Paz e Amor, o risoto vegano preparado com arroz negro, cogumelos paris e shitake, finalizado com crispy de alho-poró. Você pode conferir o cardápio completo no instagram @santocerrado ou informações pelo celular (61) 99974-1150. Os pratos são feitos pelos chefs Kety Louzeiro e Paulinho Lima.

 

Publicado em Sem categoria

Há dez anos que Alexandre Tirulin promove Réveillon na sua risoteria Santo Cerrado, onde tem uma das mais belas vistas da Chapada dos Veadeiros, na Vila de São Jorge. Este ano, o prato ganhou nomes sugestivos inspirados na energia de renovação do Ano-Novo, como Saúde e Sorte de filé de pernil finalizado com abacaxi em cubos caramelizados, queijo parmesão e manteiga, acompanhado de farofa de lentilha e bacon; Sempre para frente feito com espumante inclui morangos, uva, polvo e camarão finalizado no parmesão e manteiga; e Paz e Amor, o risoto vegano preparado com arroz negro, cogumelos paris e shitake, finalizado com crispy de alho-poró. Você pode conferir o cardápio completo no instagram @santocerrado ou informações pelo celular (61) 99974-1150. Os pratos são feitos pelos chefs Kety Louzeiro e Paulinho Lima.

 

Publicado em Sem categoria
 

Há dez anos que Alexandre Tirulin promove Réveillon na sua risoteria Santo Cerrado, onde tem uma das mais belas vistas da Chapada dos Veadeiros, na Vila de São Jorge. Este ano, o prato ganhou nomes sugestivos inspirados na energia de renovação do Ano-Novo, como Saúde e Sorte de filé de pernil finalizado com abacaxi em cubos caramelizados, queijo parmesão e manteiga, acompanhado de farofa de lentilha e bacon; Sempre para frente feito com espumante inclui morangos, uva, polvo e camarão finalizado no parmesão e manteiga; e Paz e Amor, o risoto vegano preparado com arroz negro, cogumelos paris e shitake, finalizado com crispy de alho-poró. Você pode conferir o cardápio completo no instagram @santocerrado ou informações pelo celular (61) 99974-1150. Os pratos são feitos pelos chefs Kety Louzeiro e Paulinho Lima.


Correio Braziliense sexta, 24 de dezembro de 2021

NATAL 2021: LEMBRANÇAS ESPECIAIS NESTA VÉSPERA DE NATAL

Lembranças especiais nesta véspera de Natal

Ler é tudo de bom. Hoje, se estiver em dúvida qual presente dar para uma criança, lembre-se que um livro é sempre uma boa opção

RF
Roberto Fonseca
postado em 24/12/2021 06:00 / atualizado em 24/12/2021 08:51
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Ela foi uma das primeiras autoras com quem tive contato no mundo das letras. Premiada, com mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 17 países, a escritora tem como marca a leveza nos textos infantis, com uma musicalidade incomum, e o estilo desafiador nas obras voltadas para o público adulto. Falo da carioca Ana Maria Machado, que completa 80 anos nesta véspera de Natal.

Tenho recordação especial por dois livros de Ana Maria Machado. O primeiro é Bisa Bia, Bisa Bel. Uma história que rememora o passado e imagina um futuro melhor de uma garotinha ao criar um relacionamento imaginário com a bisavó e, a seguir, com sua futura bisneta. Lembro-me do livro com carinho porque quando li era muito apegado ao meu avô, Pedro, responsável pela minha paixão pelo futebol e pelo Vasco da Gama. Sinto enormes saudades daqueles fins de tardes, quando chegava da escola e ficávamos ouvindo, pelas ondas do rádio, notícias do futebol carioca. Café e pão torrado eram obrigatórios naquela resenha diária. Vovô nos deixou em 1995 — e a nostalgia volta com tudo no Natal.

Outro livro especial é Bento que bento é o frade. A obra foi escrita no ano que nasci, em 1977. O título faz referência ao nome de uma brincadeira que, em alguns lugares do Brasil, é chamada de boca do forno. Brincando, a protagonista — que não gostava de ser mandada e acreditava que podia fazer tudo o quisesse — aprende sobre a importância do convívio em sociedade, sempre em busca do dialógo e do amadurecimento de ideias. Em tempos de tão grande polarização política, como a que vivemos hoje no Brasil, é uma leitura mais que atual. Ouvir um argumento contrário é sempre válido. Só nos faz bem como pessoa.

Ler é tudo de bom. Hoje, se estiver em dúvida qual presente dar para uma criança, lembre-se que um livro é sempre uma boa opção. Ela pode ficar de cara virada, na expectativa de um brinquedo, mas saberá depois agradecer.


Correio Braziliense quinta, 23 de dezembro de 2021

VOLEIBOL: BRASÍLIA RECEBERÁ FINAIS DA SUPERLIGA FEMININA

Brasília receberá as finais da Superliga Feminina de Vôlei

Com equipes nas categorias masculina e feminina, a capital federal será palco para as decisões do vôlei entre as mulheres, previstas para 22 e 29 de abril

VP
VICTOR PARRINI*
postado em 22/12/2021 20:19
 
 (crédito: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
(crédito: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)

Brasília se planeja para receber mais um grande evento esportivo de relevância nacional. Em 2022, a capital do país será palco para as finais da Superliga Feminina de Vôlei. A informação foi publicada pelo portal Esportes Brasília e confirmada pelo Correio.

“As finais acontecerão em Brasília. Eu articulei com a Confederação e ela apresentará, em janeiro, o plano de trabalho à SEL”, afirmou.
A Superliga Feminina de Vôlei ainda está na fase classificatória, com encerramento previsto para 11 de março de 2022. As quartas de finais estão agendadas para os dias 18, 25 e 29 março. As semifinais ocorrem em 1º, 8 e 15 de abril. A grande decisão deve acontecer em 22 e 29 de abril. Em caso de jogo desempate, a briga pelo título será em 6 de maio.

Apesar da confirmação de que a decisão será em Brasília, o palco das disputas derradeiras ainda não foi definido. A tendência é que o Ginásio Nilson Nelson abra as portas para os confrontos finais.


Correio Braziliense quarta, 22 de dezembro de 2021

NATAL: SAIBA COMO VAI FUNCIONAR O COMÉRCIO NO DF NESTE FIM DE ANO

 

Saiba como vai funcionar o comércio no DF neste fim de ano

Na véspera de Natal as lojas ficam abertas até às 19h. No dia 31/12 comércio fica aberto até às 15h

RN
Renata Nagashima
postado em 22/12/2021 08:49
 
 (crédito: ItaúPower/Divulgação)
(crédito: ItaúPower/Divulgação)

Faltando alguns dias para o Natal, os comércios de entrequadras e shoppings do Distrito Federal vão funcionar com horário especial para atender a demanda dos brasilienses nessas últimas duas semanas de 2021.

No entanto, no dia 24/12, véspera de Natal, o comércio de entrequadras e de shoppings do da capital funcionará somente até às 19h. Os horários foram confirmados pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista).

 Na semana que antecede o Ano Novo, o esquema deve se repetir, mas as lojas vão fechar mais cedo, às 15h e não abrirão no dia 1º de janeiro.

De acordo com o Sindivarejista, cabe ao sindicato do comércio e ao Sindicato dos Empregados no Comércio o estabelecimento de regras para o funcionamento do comércio nos fins de semana e feriados, o que é feito todos anos através de uma Convenção Coletiva de Trabalho firmada entre as duas entidades.


Correio Braziliense terça, 21 de dezembro de 2021

TELEVISÃO: ESPECIAL DA GLOBO COMEMORA OS 70 ANOS DA NOVELA BRASILEIRA
SUSANA VIEIRA E CAROLINA DIECKMANN

Especial da Globo comemora os 70 anos da novela brasileira

Publicado em Programas

70 anos esta noite promete emocionar os noveleiros com a presença de nomes como Betty Faria, Susana Vieira, Tony Ramos e Lima Duarte, entre outros

A Globo presta uma homenagem a uma verdadeira paixão nacional nesta terça-feira (21/12). O especial 70 anos esta noite relembra as 7 décadas da telenovela brasileira. Com texto de George Moura e direção de Henrique Sauer, o programa dará voz à novela, personagem vivida por Jéssica Ellen.

Nessa viagem passaremos por momentos marcantes projetados num telão, com direito a reencontros emocionantes. Assim, Susana Vieira e Carolina Dieckmann relembrarão Senhora do destino em que foram mãe e filha; Betty Faria e Francisco Cuoco reviverão o par romântico de Pecado capital; Nívea Maria e Giovanna Antonelli conversam sobre os desafios da mocinha; e Adriana Esteves e Glória Pires sobre os das vilãs.

Além disso, Tony Ramos e Antonio Fagundes receberão uma homenagem especial. E Lima Duarte e Fernanda Montenegro terão papel de destaque. Não poderia ser diferente.

Tony Ramos e Antonio Fagundes

“Vamos contar a história desses 70 anos fazendo um mix de imagens de arquivos e encontros de atores e atrizes, que geraram conversas sobre o que faz a novela tão popular e longeva até os dias de hoje. Vamos ter também, a própria novela, em uma narração em off, contando sua história, em primeira pessoa, através dos ingredientes fundamentais que estão presentes nela”, explica Henrique no material de divulgação.

“A ideia do Especial é propor um mergulho emocional na memória do espectador e na memória de quem fez e faz a novela. São histórias que retratam o Brasil, outros mundos e culturas. Um passaporte para a viagem afetiva e um mergulho vertical nas raízes brasileiras. Por isso ela tem essa trajetória tão longeva e continua com essa força avassaladora”, afirma George Moura.


Correio Braziliense segunda, 20 de dezembro de 2021

NATAL: CHEFS SUGEREM RECEITAS GOSTOSAS E BARATAS PARA A CEIA

 

Chefs sugerem receitas gostosas e sem pesar no bolso para a ceia

Pedimos a chefs da cidade para preparar sugestões para a ceia natalina cheias de sabor e mais em conta. Confira as receitas

CM
Carolina Marcusse*
postado em 19/12/2021 08:00 / atualizado em 19/12/2021 11:06
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

A alta dos preços dos alimentos tem assustado muitos consumidores, que buscam alternativas mais baratas para o dia a dia que, mesmo poupando, não percam em valor nutritivo e em sabor. Neste final de ano, muitas famílias têm tido essa preocupação com os pratos da ceia comemorativa, pois os itens, que já costumam ser caros, estão com valores ainda mais altos.

Com as proteínas vegetais com valores altos, a nutricionista Fernanda Vargas atenta para s possibilidade de colocar mais preparações à base de vegetais em posição de protagonismo. Investir no aproveitamento integral dos alimentos e em vegetais cozidos ou refogados, saladas elaboradas e, principalmente, em leguminosas, como grão-de-bico, soja, lentilha e feijões, trazem variedade, além de auxiliar na redução do valor final do custo da preparação. Esses grupos podem ser incluídos como acompanhamentos ou incorporados em saladas tradicionais, acrescentando proteínas e outros nutrientes importantes ao prato. 

Outro ponto interessante quando a preocupação é manter o prato saboroso, é apostar nos temperos, como alho, cebola, alecrim, pimentas, cúrcuma, noz-moscada e sal, além de colocar alimentos para marinar em molhos no dia anterior para incorporar o gosto e potencializando o sabor. A nutricionista também recomenda uma busca de preços, principalmente em feiras, comprando de pequenos produtores, que, usualmente, têm preços mais acessíveis. E cuidado com ingredientes congelados, pois boa parte de seu peso pode ser formado de água e dar a falsa impressão de que o produto está barato.

Frango assado ao creme de ervas

 

Frango assado ao creme de ervas, do chef  Rodrigo Melo, do Cantucci Osteria, Inforno Burger e Grano &Oliva Pizzeria
Frango assado ao creme de ervas, do chef Rodrigo Melo, do Cantucci Osteria, Inforno Burger e Grano &Oliva Pizzeria(foto: Cantucci Osteria/Divulgação)

 

Receita do Chef Rodrigo Melo, do Cantucci Osteria, Inforno Burger e Grano & Oliva Pizzeria

Ingredientes

1 Frango Inteiro

3 xícaras de creme de leite fresco ou leitelho (leite de manteiga) 

2 dentes de alho, ligeiramente esmagados

1 colher de sopa de pimenta-preta

1 colher de sopa de sal

Modo de preparar

Bata o creme de leite fresco no liquidificador até separar a parte sólida da líquida. Coe e utilize somente o líquido.

Amarre as coxas do frango para que ele fique no formato correto

Aqueça o forno a 200 graus. Retire o frango da marinada e coloque em uma grade para que o excesso possa escorrer. Forre uma assadeira com papel alumínio e coloque o frango na assadeira. Regue com as 2 colheres de sopa de óleo restantes. Asse por 45 minutos e depois reduza o fogo para 125 graus. Continue assando até dourar bem e até que o suco escorra claro quando o frango for perfurado onde a perna se junta à coxa, depois de cerca de mais 20 minutos.

Coloque o frango em uma tábua e deixe descansar por 10 minutos antes de cortá-lo em pedaços para servir.

Especial Natalino de Frango

 

Frango assado ao creme de ervas, do chef Dudu Camargo
Frango assado ao creme de ervas, do chef Dudu Camargo(foto: Dudu Camargo/Divulgação)

 

Receita do chef Dudu Camargo, do Dudu Bar

Ingredientes

1kg de coxa e sobrecoxa

1 unidade cenoura

1 talo de salsão

1 unidade de cebola

100ml de vinho branco

Azeite, sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparar

Tempere a coxa e a sobrecoxa com todos os ingredientes cortados de forma rústica.

Adicione o vinho branco e tempere com sal e pimenta-do-reino, deixe marinar de um dia para o outro.

Coloque na assadeira coberto por papel alumínio, em forno a 200 graus, por uma hora. Depois, retire o papel alumínio, aumente o fogo e deixe dourar.

Molho Branco

Ingredientes

25g de farinha de trigo

1 cebola média

1 litro de leite quente

50g de manteiga

Modo de fazer

 

Coloque a cebola para dourar na manteiga, acrescente a farinha de trigo e vá adicionando o leite aos poucos até ficar cremoso. Acrescente noz moscada, sal e mostarda a gosto.

Arroz

Ingredientes

1 colher de sobremesa de manteiga

1 cebola inteira grande

200g de ervilha fresca

1kg de arroz cozido

Salsinha e cebolinha a gosto

6 ovos

Modo de fazer

Abra os ovos, rasgue na frigideira, acrescente a ervilha fresca, o arroz cozido, a salsinha e a cebolinha

Prove e corrija o sal, se preciso

Finalize com batata palha

Farofa

Ingredientes

1 colher de sopa de manteiga

1 cebola inteira grande com corte Juliana

1 colher de sopa de azeite

300g de farinha de mandioca

Salsinha, cebolinha e sal a gosto

Modo de fazer

Coloque a manteiga para dourar, acrescente a cebola Juliana, a uva-passa, a farinha, a salsinha e a cebolinha. Corrija o sal, se preciso, e regue com azeite.

Arroz divino Jesus

 

Arroz divino Jesus, do chef Divino Barbosa, do Santé 13
Arroz divino Jesus, do chef Divino Barbosa, do Santé 13(foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

 

Receita do chef Divino Barbosa, do Santé 13 

Ingredientes

3kg de arroz branco

1,5kg de filé de peixe branco (tilápia, pescada, badejo, robalo ou pirarucu)

150g de azeitona preta

150g de cenoura

150g de lentilha

150g de pimentão vermelho

150g de pimentão amarelo

150g de uvas-passas pretas

200g de parmesão

40g de alho limpo processado

Salsinha, cebolinha e sal a gosto

Modo de preparar

Prepare o arroz como de costume, deixando bem soltinho e não muito cozido.

Limpe o filé de peixe de sua preferência, retirando toda espinha. Tempere apenas com sal, coloque em uma forma, leve ao forno a 180 graus e deixe assar de um jeito que fique com as postas bem firme. Retire do forno, espere esfriar e, depois, desconstrua em pedaços médios.

Pegue outra panela um pouco maior do que a que foi usada no arroz, coloque no fogo e adicione óleo. Em seguida, doure o alho, coloque a cebola roxa e mexa bem até que ela doure. Coloque os legumes e refogue, desligue o fogo, coloque o arroz e misture tudo, inclusive a cebolinha e a salsinha.

*Essa receita serve tranquilamente 20 convidados

* Sugestão para acompanhamento: salada mix de folhas com frutas e ovos cozidos ao molho de mostarda, limão azeite e mel.

Torta dois amores com morango

 

Torta dois amores com morango, da confeiteira Isabela Vitorino
Torta dois amores com morango, da confeiteira Isabela Vitorino(foto: Isabela Vitorino/Divulgação)

 

Receita da confeiteira Isabela Vitorino

Ingredientes

Base de biscoito

300g de oreo sem o recheio

15g de água

Recheio

395g de leite condensado

Cobertura

100g de chocolate

60g de creme de leite

Decoração

2 caixinhas de morangos

Modo de preparar

Base de biscoito

Coloque essa massinha em uma forma de fundo removível e preencha todo o fundo e laterais da forma.

Leve para gelar por 2 horas antes de colocar os recheios.

Recheio

Coloque todos os ingredientes em uma panela de fundo grosso, leve ao fogo para cozinhar e engrossar, mexendo com uma espátula. Quando o recheio estiver desgrudando do fundo da panela, desligue e leve para gelar.

Cobertura

Leve o chocolate para derreter em banho-maria ou no micro-ondas.

Após derretido, é só adicionar o creme de leite e misturar para ficar homogêneo.

Reserve em temperatura ambiente.

Montagem

Desenforme a torta, coloque o recheio previamente gelado ou em temperatura ambiente e, depois, a cobertura de chocolate.

Decore com morangos frescos.


Correio Braziliense domingo, 19 de dezembro de 2021

NATAL: O CLIMA DE NATAL INVADE A TELEVISÃO COM ESPECIAIS NA TV ABERTA

 

O clima de Natal invade a televisão com especiais na TV aberta

 

Especiais de fim de ano vão desde o tradicional show de Roberto Carlos a programas do MasterChef com famosos, passando por uma homenagem aos 70 anos da novela no país
 
 

Os especiais de fim de ano são uma tradição da televisão brasileira. Sem inovar muito, as emissoras de televisão aberta apostam em shows musicais, em episódios de reality shows que fazem sucesso durante o ano e em repetecos inevitáveis como Família Record e Roberto Carlos especial. De qualquer forma, é como o Natal: você adora mesmo sabendo o que vai comer e as piadas que vai ouvir.

Os “presentes” para o público começam a ser abertos neste domingo (19/12) mesmo, com o especial Juntos a magia acontece 2, na Globo, após Temperatura máxima. O primeiro Juntos a magia acontece, em 2019, emocionou ao trazer o Natal de uma família negra, com direito a Milton Gonçalves de Papai Noel. Este ano, estamos novamente acompanhados da família Santos. O arco da ação é a busca de Caio (Pedro Guilherme), vizinho do clã e amigo de Letícia (Gabriely Mota), pelo pai. O menino foi criado apenas pela mãe Solange (Jessica Ellen). Tio de Letícia, André (Fabrício Boliveira), vai ajudar na busca. Heloisa Jorge e Luciano Quirino completam o elenco.

“O público poderá renovar esperanças com trajetórias repletas de descobertas. Acreditar nos laços que regem os encontros afetivos, ver os personagens se entregarem à intuição, correndo atrás de seus desejos, impulsionando-os através de sua persistência e de seu empenho em realizá-los”, afirma a diretora Patrícia Pedrosa em material de divulgação do especial.

Segunda e terça-feira, sempre às 22h45, a Record entra na brincadeira mais tradicional do Natal: o amigo oculto. Já tradicional, o Família Record reúne apresentadores, atores e jornalistas da casa para uma troca de presentes. A cantora Paula Fernandes ficará a cargo da música e Carolina Ferraz e Igor Rickli serão os apresentadores. Participam da brincadeira os apresentadores Adriane Galisteu, Ana Hickmann, César Filho, Felipe Bronze, Renata Alves, Rodrigo Faro, Sabrina Sato, Ticiane Pinheiro, Christina Lemos, Luiz Bacci, Roberto Cabrini e Sérgio Aguiar e os atores Adriana Garambone, Carlo Porto, Juliano Laham e Ângelo Paes Leme. Será que algum desafeto vai ter que presentear o coleguinha?

A emoção vai tomar conta da tela da Globo após Um lugar ao sol. O especial 70 anos esta noite vai celebrar o setentenário da novela brasileira. A ideia é relembrar momentos marcantes por meio de depoimentos e de reencontros, como o de Fernanda Vasconcellos e Lilia Cabral, mãe e filha em Páginas da vida (2007); Francisco Cuoco e Betty Faria, inesquecíveis em Pecado capital (1975); e os atores Tony Ramos e Antonio Fagundes. Nomes como Susana Vieira, Glória Pires, Nívea Maria, Rodrigo Lombardi e Lima Duarte também estão na homenagem. O especial será narrado em primeira pessoa pela própria novela, para quem Jessica Ellen empresta a voz. Na internet a pergunta que não quer calar é como (e se) a Globo vai contar a história da telenovela sem passar por Regina Duarte.

Um pé na cozinha

Um dos destaques da programação deste ano, o MasterChef deu a volta por cima depois de duas temporadas ruins. Para comemorar, nada melhor do que cozinhar. Terça-feira, às 22h, o programa desafia duplas de famosos em diferentes provas. Adriana Birolli e Toni Garrido enfrentam Negra Li e Felipe Titto para ver quem faz o melhor hambúrguer e Bia e Branca Feres tentam fazer uma receita natalina melhor do que a de Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro. No dia 28, a fórmula se repete com as provas de prato comemorativo com carne (Dudu Nobre e Cafu x Paula Fernandes e Gustavo Mioto) e pizza (Duda e Leda Nagle x Ronnie e Leo Von)

Ano passado, a pandemia de covid-19 nos privou de um dos mais tradicionais especiais de fim de ano. Mas este ano, Roberto Carlos está de volta, no show intitulado Reencontro, quarta-feira, após Um lugar ao sol. No palco, Roberto terá a companhia da banda regida pelo maestro Eduardo Lages. A lista de convidados é extensa: Jota Quest, Erasmo Carlos, Wanderléia, Fafá de Belém, Liah Soares, Zezé di Camargo & Luciano, Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo, Sandy e Lucas Lima e o coral Resgate para a vida. O repertório é o que a gente conhece e adora: EmoçõesAlém do horizonte e É preciso saber viver certamente serão cantadas.

No mesmo dia, Adriane Galisteu comanda, na Record, às 22h45, uma edição festiva do reality show Power couple. Cinco casais terão que cumprir a prova do homem, a prova da mulher e a prova do casal para tentar levar para casa o prêmio de R$ 30 mil. Participam da brincadeira: Renata Alves e Diego Gonzaga​, Maurício Mattar e Shay Dufau, Naldo Beny e Ellen Cardoso, Regis e Kelly Danese e MC Coringa e Manoela Alcântara.

Dia 24, às 22h45, quase Natal e a Band exibe o show Natal luz. Gravado no Lago Joaquina Rita Bier, em Gramado (RS), o especial comandado por Daniel Boaventura terá apresentação musical de Felipe Araújo, Luiza Possi e Bryan Behr. Além disso, veremos um trecho do espetáculo Natalis – A criação, que junta Natal e circo.

Na semana que vem, a Record relembra os maiores casos policiais do ano em Cidade alerta – Grandes casos. A fuga de Lázaro Barbosa nos arredores de Brasília, a morte de MC Kevin e a prisão de Jennifer, mãe da bebê Isis Helena, são alguns deles. A apresentação é de Luiz Bacci.

Já no dia 30, às 22h45, a Record une o romantismo do cantor Leonardo e o molejo do grupo de samba Raça Negra. Sob a apresentação de Sabrina Sato, o especial trará canções como Talismã, Pense em mim, Cheia de manias e Quando te encontrei.


Correio Braziliense sábado, 18 de dezembro de 2021

TRADICIONAIS ZEBRINHAS VOLTAM A CIRCULAR EM QUATRO BAIRROS DO DF

Tradicionais zebrinhas voltam a circular em quatro bairros do DF

A partir desta sexta-feira (17/12), 12 miniônibus com as cores tradicionais passam nas asas Sul e Norte, no Cruzeiro e no Sudoeste. Até fevereiro, quantidade de linhas deve subir de três, em operação atualmente, para 12

CB
Correio Braziliense
postado em 17/12/2021 15:09 / atualizado em 17/12/2021 17:44
 
 (crédito: Edílson Rodrigues/CB/D.A Press)
(crédito: Edílson Rodrigues/CB/D.A Press)

Três linhas de ônibus com as cores tradicionais dos famosos “zebrinhas” voltaram a circular, na manhã desta sexta-feira (17/12), em quatro bairros de Brasília. Os micro-ônibus que circulam nas linhas do Serviço de Transporte Vizinhança com listras brancas e vermelhas estão operando, inicialmente, nas linhas 0.031, 0.032 e 0.006.

As cores do zebrinha foram aprovadas em outubro pelo Conselho do Transporte Público Coletivo do DF, por meio de uma resolução. De acordo com o visual aprovado, os veículos têm uma faixa branca até a altura dos faróis, e na parte superior predomina a cor vermelha com algumas listras brancas.

A previsão é de que, até fevereiro de 2022, todos os ônibus que atendem as 12 linhas do Transporte Vizinhança (0.006, 0.007, 0.011, 0.016, 0.022, 0.023, 0.024, 0.025, 0.030, 0.031, 0.032 e 0.035) passem a operar com as novas cores – atualmente, esses veículos são verdes ou amarelos.

 
 

 

Ônibus conhecido como zebrinha voltará a circular no DF
Ônibus conhecido como zebrinha voltará a circular no DF(foto: Secretaria de Transporte e Mobilidade)

 

Percursos

Ao todo, 46 veículos circulam na área central do DF como parte do Serviço de Transporte Vizinhança. As linhas passam pela Asa Sul, Asa Norte, Esplanada dos Ministérios, Cruzeiro, Octogonal, Sudoeste e os setores de Autarquias, Bancário e Comercial, além de duas linhas que vão até o Aeroporto.

Itinerários

0.006 – Cruzeiro / Sudoeste / W3 Sul / Octogonal
0.031 – Circular – W3 Sul – Norte / L2 Norte – Sul (Esplanada)
0.006 – Circular / Terminal Asa Sul / L2 Sul-Norte (Esplanada) / W3 Norte-Sul

Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade


Correio Braziliense sexta, 17 de dezembro de 2021

NATAL SOLIDÁRIO: AÇÃO PARA COLETA DE BRINQUEDOS SERÁ REALIZADA PELO SLU

 

Natal Solidário: ação para coleta de brinquedos será realizada pelo SLU

Caminhões com iluminação natalina percorrerão o DF para receber as doações, nesta sexta-feira (17/12), às 19h. A iniciativa é do Serviço de Limpeza Urbana e ocorrerá até o dia 28 de dezembro

RM
Rafaela Martins
postado em 16/12/2021 22:41
 
 (crédito: Divulgação/SLU)
(crédito: Divulgação/SLU)

Com objetivo de arrecadar brinquedos para crianças que vivem em situação de vulnerabilidade, o Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU) promoverá uma ação chamada “Natal Solidário” na sexta-feira (17/12), a partir das 19h, em frente à fonte que fica localizada na Torre de TV.

De acordo com o diretor-presidente do SLU, Sílvio Vieira, o objetivo é mostrar que os veículos também coletam amor e carinho. “A ideia é chamar a atenção para a campanha com os nossos caminhões enfeitados e mostrar que os nossos garis também coletam amor, carinho e alegria. Os brinquedos vão deixar o fim de ano de muitas crianças mais feliz”, disse.

Um cronograma do percurso dos caminhões será disponibilizado no site do SLU para que a população se prepare e entregue os brinquedos. A campanha vai até terça-feira (28/12).

Para a superintendente regional da Sustentare Saneamento, Rejane Costa, este tipo de ação reforça o espírito natalino. “Poder levar alegria para as crianças e uma mensagem de fé, amor e esperança para as pessoas por meio da música ou da beleza dos caminhões iluminados, deixa toda a nossa equipe motivada”, contou.


Correio Braziliense quinta, 16 de dezembro de 2021

NATAL E RÉVEILLON: RESTAURANTES DO DF ESPERAM FIM DE ANO GORDO COM ALTA NAS VENDAS

 

Restaurantes do DF esperam fim de ano gordo com alta nas vendas

Sindicato avalia que, em 2021, o faturamento do setor chegue a 80% do valor registrado antes da pandemia da covid-19. Empresários estão otimistas e já percebem uma mudança no comportamento dos clientes

SS
Samara Schwingel
postado em 16/12/2021 06:00
 
 (crédito: Fotos: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Fotos: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Os bares e restaurantes do Distrito Federal esperam que, ao fim deste ano, o faturamento alcance cerca de 80% do valor registrado em 2019, antes da pandemia da covid-19. O número de dezembro deve ser 10% maior do que o arrecadado no mês anterior. A estimativa é do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) e considera, principalmente, as vendas de ceias para as comemorações de fim de ano. Para quem atua no ramo, a expectativa é de que este período seja o início de uma recuperação mais consolidada.

Segundo Jael da Silva, presidente do Sindhobar, as comemorações de fim de ano são datas muito aguardadas pelo setor. "As ceias são boas referências pois, aqueles que se preparam para essas vendas, com certeza terão mais faturamento em relação aos outros", considera. Ele afirma que a categoria vai demorar para voltar ao mesmo patamar de antes da crise sanitária, mas que se aproxima da normalidade a cada ano que passa. "Raríssimos estabelecimentos conseguiram voltar ao faturamento de 2019. Mas, ano passado estávamos com 70% ou 75% do valor e, este ano, esperamos chegar a 80%", detalha.

O otimismo do sindicato reflete nos trabalhadores do setor. Fernanda Aranha, 32 anos, é proprietária do restaurante Chocolate Glacê e recebe encomendas de ceias de Natal e ano-novo. Em 2021, ela afirma que recebeu mais clientes novos e percebe que as pessoas estão se reunindo mais que no ano passado. "Estamos percebendo uma procura bem maior. Acredito que as famílias vão se reunir em maior quantidade este ano, porque a gente recebeu muito pedido de ceias para mais pessoas", relata. A empresária prevê que este fim de ano pode ser a consolidação de uma recuperação. "Ainda temos um rombo muito grande por causa da pandemia, mas esperamos ter uma arrecadação de cerca de 30% maior do que a do ano passado e que chegue, sim, a uns 80% do patamar de antes da crise", complementa.

Proprietário do restaurante Cantucci, Rodrigo Melo, 31, está ainda mais esperançoso. Com a junção das encomendas e das reservas presenciais, ele espera ultrapassar os valores de 2019. "Antes da pandemia, eu não trabalhava com entregas. Agora, juntando tudo, espero ter uma receita 30% acima de 2020 e superar os patamares de 2019", diz. Porém, para isso, Rodrigo precisou adaptar o cardápio do estabelecimento. "Com os altos custos dos alimentos, tivemos de nos virar para manter os preços para os clientes. Então, adaptamos alguns pratos para não termos prejuízos ou baixa procura", explica.

Quem trabalha como autônomo ou com pequenos negócios também prevê uma melhora no cenário econômico e de arrecadação. Cheni Louredo, 38, cozinha para ceias de fim de ano há quatro anos e, em 2020, com a pandemia, teve uma queda de 50% na receita. A autônoma conta que, este ano, ainda com vagas abertas para receber pedidos, já conseguiu receber 30% a mais do que no ano passado. "Não está dentro do que costumava ser antes da covid, mas é uma recuperação boa, considerando o ano passado, que foi péssimo. Estamos recebendo pedidos para grupos maiores", comenta. Para 2022, Cheni acredita que a arrecadação será ainda maior. "As coisas estão começando a voltar ao normal", diz.

Dicas

Gerente de atendimento personalizado do Sebrae-DF, Ricardo Robson afirma que, para quem está começando agora, é micro empreendedor ou autônomo, há algumas etapas que precisam ser feitas para melhorar as vendas. "As pessoas que estão movimentando esse tipo de serviço, identificaram uma demanda, uma oportunidade. Elas têm de observar o serviço sobre a perspectiva do cliente, o que ele gostaria de ter, não tem e vai fazer com que ele procure esse tipo de serviço. Assim se consegue estruturar melhor o trabalho", explica.

Além disso, é importante planejar a quantidade a ser vendida. "A questão toda é planejamento. Saber quais são os custos fixos, os variáveis e quais serão os impostos a pagar. O Sebrae tem algumas consultorias para ficar mais claro se há prejuízo ou lucro no negócio", comenta. Ricardo também explica que é preciso pensar em estratégias para atrair clientes. "Na hora que conheço meu público, sei se ele utiliza as redes sociais ou outro mecanismo que eu tenha que buscar para ter mais atenção", conclui.

Colaborou Yasmim Valois, estagiária sob a supervisão de Adson Boaventura


Correio Braziliense quarta, 15 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: ISABELLA CONFIRMA FAVORITISMO E VENDE O MASTERCHEF
 

Isabella confirma favoritismo e vence o MasterChef

Publicado em Reality show

Atriz se destacou com menu vegano na grande final do MasterChef. O jovem Eduardo ficou em segundo lugar e Kelyn, em terceiro

Uma das melhores temporadas do MasterChef nos últimos anos chegou ao fim nesta terça-feira (14/12). Confirmando o favoritismo, Isabella levou o título, deixando Eduardo em segundo lugar e Kelyn, em terceiro.

A decisão dos jurados não foi fácil. Helena Rizzo, Erick Jacquin e Henrique Fogaça ressaltaram que os menus completos (entrada, prato principal e sobremesa) estavam em um nível parelho. “Tivemos que procurar detalhes em cada prato”, disse Jacquin.

Isabella foi desde o início da temporada uma das participantes mais ousadas. Na final, não foi diferente. A atriz ex-Malhação fez um menu vegano. Logo no preparo da entrada, Isabella mostrou que estava nervosa e acabou se cortando e perdendo tempo, elemento precioso na cozinha do MasterChef. Na avaliação dos chefs, o tartar de abacate, melão e pepino com granita de tomate verde e folha de arroz estava quase perfeito, pecando apenas por falta de acidez.

No prato principal, Isabella optou por nhoque de mandioquinha, caldo de tucupi, lascas de mandioquinha, pupunha e farofa. Animada, a menina ouviu Jacquin chamar a receita de “poesia”. A sobremesa da campeã foi o momento mais tenso. Deveria ser proibido fazer sorvete na final, para a saúde do telespectador. No final das contas, o sorvete de cupuaçu, coco crocante, cuscuz de tapioca e espuma de coco deu certo, apesar das críticas ao empratamento.

“Saio outra Isabella, melhor como cozinheira e como mulher”, disse Isabella, que lembrou as avós e a mãe, grandes inspirações dela na cozinha.

Menu do Eduardo

Eduardo batizou o menu dele de Jovem clássico e buscou referências na cozinha francesa. O rapaz estava concentrado e apresentou uma boa entrada: lagostin com creme de arroz com alho e vinagrete de tomate. Apesar do estranhamento inicial dos jurados, o prato agradou.

Antes mesmo de servir o prato principal, Eduardo ouviu Fogaça chamar a receita de esquisita. Mas o menino é técnico e isso conquistou Helena Rizzo. A crítica ao prato foi somente referente ao excesso de gordura no tempura de flor de abobrinha que acompanhava uma bela flor de prejereba com abobrinha ao molho cítrico. Talvez a sobremesa tenha sido o ponto baixo do menu de Eduardo. A sablé crocante, creme diplomata de cumaru e creme de bacuri com cachaça apresentou falhas de textura e apresentação.

No final do programa, levou Jacquin (e o blogueiro) às lágrimas se declarando ao francês e agradecendo pela participação.

Menu da Kelyn

Com pratos representativos do centro-sul brasileiro, Kelyn era a mais nervosa dos três e isso refletiu em alguns momentos, como o esquecimento de pegar banana para a entrada e encaixar mal o copo do liquidificador na sobremesa. A entrada dela ー vieras de palmito, ovas de bottarga, caldo de tucupi e cogumelos yanomami ー estava apimentada demais e foi alvo de críticas.

Como prato principal, Kelyn serviu um tambaqui na brasa com terrine de arroz, pirão de caldo de piranha que dividiu os jurados. Jacquin disse que estava “perfeito”, Fogaça apontou erro no ponto de cozimento do peixe e Helena achou que faltava sal na receita. Para terminar, ela apresentou aos jurados sorvete de pequi, tuile de mel e cumaru e creme de bauru, coco e couilis de maracujá. O doce foi o ponto alto do menu dela.


Correio Braziliense terça, 14 de dezembro de 2021

NATUREZA: ENGUIA, UMA ESPÉCIE DE 70 MILHÕE DE ANOS AMEAÇADA PELO HOMEM

 

Enguia, uma espécie de 70 milhões de anos ameaçada pelo homem

A ganância do homem por este peixe, alvo de um importante mercado clandestino

AF
Agência France-Presse
postado em 14/12/2021 08:55
 
 (crédito: Behrouz MEHRI / AFP)
(crédito: Behrouz MEHRI / AFP)

Tóquio, Japão- Abundante durante muito tempo no mundo inteiro, a ponto de ser considerada prejudicial, e enguia se vê ameaçada, em perigo de extinção, pela ganância do homem por este peixe, alvo de um importante mercado clandestino.

Como a enguia é percebida?


Em poucas décadas, "passamos de pensar que a enguia era prejudicial a temer por seu futuro", disse o ecologista marinho francês Eric Feunteun.

Nos anos 1960, "a enguia era abundante em todos os cursos de água, estuários", afirma o especialista.

E as enguias, suas crias, não tinham valor. "Minha avó tinha um café em Nantes, perto de Loire, e às vezes os clientes com menos dinheiro traziam para ela um balde de enguias para pagar o café", lembra.

Sua forma de serpente provocou uma reputação ruim na Europa e foi acusada, equivocadamente, de comer os salmões.

Apenas em 2007 a União Europeia obrigou os países membros a adotar planos de gestão da enguia. Em 2010 proibiu a exportação das enguias.

Embora suas capturas tenham caído para menos de 10% dos números registrados na década de 1960, a enguia europeia é a espécie mais ameaçada, à frente da japonesa e da americana.

O que provoca a queda da população?


"A pesca profissional foi acusada de estar na origem deste declínio (...) mas os motivos são múltiplos", diz Feunteun, que cita a poluição ou a mudança das correntes devido ao aquecimento global.

"Destruímos o habitat da enguia, foi isso que realmente a matou", afirma Andrew Kerr, presidente do grupo Susteinable Eel (Enguia Sustentável). A Europa perdeu três quartos de suas zonas úmidas em menos de um século e tem várias represas hidrelétricas que afetam suas migrações".

Como salvar a espécie?


Vários sistemas foram testados: de programas de restauração do habitat, repovoamento, adaptações de barragens hidrelétricas ou sistemas para melhorar a rastreabilidade da enguia, cuja escassez alimenta um lucrativo tráfico ilegal para a Ásia, onde é muito valorizada.

"Há esforços, mas às vezes mal orientados", disse Feunteun, que critica que muitos são voltados para a pesca. "É um erro. Como este animal é pescado e existe uma economia por trás, a espécie nos interessa. Se ninguém pescar, quem dará o alarme?".

Como funciona o negócio ilegal?


O tráfico anual de enguias da Europa para a Ásia equivale a três bilhões de euros (3,4 bilhões de dólares), de acordo com alguns cálculos.

A Susteinable Eel calcula que 23% das enguias europeias são exportadas ilegalmente a cada ano para a Ásia, principalmente a China. "É o maior crime contra a fauna do planeta", afirma Andrew Kerr.

Além disso, é um negócio com "muito mais margem do que o tráfico de drogas ou de armas", indica. A enguia comprada por 0,1 euro de um pescador europeu acaba sendo vendida depois de desenvolvida como enguia por 10 euros na Ásia.

Reprodução artificial?


Pesquisadores japoneses tentam desde 1960 reproduzir artificialmente enguias, que não se reproduzem em cativeiro.

"Atualmente, quase 100% das enguias que consumimos são enguias capturadas na natureza e criados em aquicultura", diz Ryusuke Sudo, especialista da Agência Japonesa de Pesca.

Mas o custo de criá-las artificialmente é "muito alto" devido às baixas taxas de reprodução e ao longo tempo de desenvolvimento, afirma Sudo.

A enguia pode desaparecer?


"É uma família que existe há 60-70 milhões de anos, que sobreviveu aos dinossauros e que, paradoxalmente, é muito pouco diversificada", com apenas 19 espécies e subespécies, explica Feunteun.

Mas a sobrevivência da espécie está "ameaçada pela pressão humana: 70 milhões de anos de existência e 40 anos de declínio", resume o especialista.

Mas ele mantém as esperanças: "é uma espécie que mostrou nas crises climáticas anteriores que conseguiu retornar a partir de poucos indivíduos".

 


Correio Braziliense segunda, 13 de dezembro de 2021

NATAL: CONHEÇA A HISTÓRIA DE COLECIONADOR DE PRESÉPIOS NO DF

 

Já é Natal! Conheça histórias de colecionadores de presépios no DF

Representação da vinda de Jesus ao mundo, os presépios de Natal encantam pela beleza e simplicidade. Há quem os colecione e quem mantém a tradição anual de montá-los

LS
Liana Sabo
PG
Pablo Giovanni*
postado em 13/12/2021 06:00
 
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O presépio é a representação visual mais democrática do mundo cristão. Não importa a idade ou a classe social das pessoas, não importa a época ou o local de comemoração do Natal; o interesse único é destacar Jesus. A palavra vem do latim e significa estábulo. Quem fez o primeiro presépio foi São Francisco de Assis, em 1223. Ele vivia no meio dos pobres e construiu um presépio de argila, dentro de uma gruta, para mostrar visualmente como se deu o nascimento do Salvador.

A criação do presépio ocorre no primeiro domingo de advento (são quatro os domingos, depois do último vem o Natal). Ele é desmontado após a visita dos três reis magos a Belém, que ocorreu no dia 6 de janeiro, considerado Epifania, palavra grega que significa revelação, a partir da qual houve o conhecimento da vinda de Jesus como rei do mundo, visitado pelos astrólogos que lhe ofereceram presentes (ouro, incenso e mirra). Essa tradição é seguida nos quatro cantos do planeta e, a cada ano, é renovada com enorme fervor, como revela o médico Júlio Cesar do Amaral, de 63 anos. "Desde os quatro anos de idade, eu monto o presépio que aprendi com minha mãe e sempre me empolgo muito", conta. Ele pertence a uma pioneiríssima família mineira: o pai veio para Brasília em 1957, para trabalhar com Israel Pinheiro, na Novacap.

Na casa do pediatra com especialização em pneumologia, na QI 15 do Lago Sul, o presépio ocupa amplo espaço ao lado do pinheiro, mas há dois anos, quando a sala estava em reforma, a lapinha ficou restrita a um canto sobre o balcão da cozinha. "Nunca, porém, deixei de montá-lo", diz o médico, que acrescentou à clássica representação da natividade meia dúzia de miniaturas de casas e uma igrejinha, produzidas em barro pelas artesãs do Vale do Jequitinhonha (MG). A "vila" está disposta num patamar mais elevado, representando Belém. Quando o anjo Gabriel quebrou, há três anos, Júlio César saiu à procura de outra imagem,  encontrada na Feira Rosa Mística, realizada no centro comercial Gilberto Salomão.

Para o médico, que se considera "doido por presépio", a montagem não oferece nenhuma dificuldade. Sobre uma mesa de centro, ele usou caixas de papelão envoltas em papel pardo e cobertas por tecido tipo saco de estopa, com o qual modelou uma gruta onde distribuiu as peças. Sem a presença da mãe, Rachel Teixeira Neves do Amaral, ex-professora de artes plásticas e literatura na Escola Classe, que faleceu em janeiro aos 89 anos, o Natal terá um toque de saudade. "Tudo muda quando se perde alguém", diz Júlio, para quem "construir presépio é uma maneira de evangelizar". A família, formada pela mulher, Ivete, e os filhos, Carol e Leonardo, médico como o pai, aplaude.

Coleção

A professora Débora Dalla Barba de Seixas, que leciona na Escola Classe 304 Sul há quase 30 anos, coleciona presépios desde os 17 anos, quando comprou o primeiro, feito de juta, no bazar de Natal da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Brasília (CECLB), onde congrega. Atualmente, são cerca de 25, de vários tipos de material: argila, feltro, madeira, palha, estopa, laminado além de vidro, como o que foi montado dentro de um recipiente vazio de perfume pelo artista plástico cearense dono da grife Elias miniaturas.

Ao casar com Lawrence de Seixas, funcionário do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a educadora conheceu outros costumes na celebração do Natal, que começa não mais ao entardecer da véspera, como era praxe em sua casa, mas à 0h do dia 25 de dezembro, com farto jantar precedido pela oração em família. Distribuídas sobre os móveis da sala, as miniaturas são delicadas testemunhas da fé no Salvador do mundo, enquanto do lado de fora, exuberantes enfeites natalinos ornam o bloco D da 106 Sul.

Foi a síndica Suely de Roure, ex-prefeita da quadra, quem providenciou a recuperação de um lindo presépio no jardim de fronte ao prédio, onde havia sumido a imagem do menino. Neste ano, a sagrada família está completa, comemora Luan de Jesus, de 27 anos, auxiliar de serviços gerais, que trabalha no bloco há oito anos. Morador do Riacho Fundo 2, ele vai comemorar o Natal em família e, claro, com um pequeno presépio, garantiu.

Tradição

De tanto montar presépios, dona Arminda Moreira, 89 anos, sempre tenta mudar um pouco a decoração de anos anteriores para não repetir o cenário do nascimento de Jesus, mas sempre contando a história como manda o rito. "A tradição eu aprendi na igreja. Comecei a montar o meu presépio, comprei os personagens e montei bem pequenininho, porque não dá pra bater de frente com as da igrejas, que são gigantes. É uma honra todo ano montar. Sempre mudo um pouco a decoração ao redor, e até coloco uns piscas-piscas", diz. Para ela, o nascimento de Cristo tem que ser comemorado ao lado de familiares. "Coloco o personagem do menino Jesus do dia 24 ao dia 25 de dezembro, que é o dia em que Jesus nasceu. Pela pandemia, ano passado não nos reunimos em família. Esperamos que toda a família venha este ano para a comemoração do nascimento de Jesus", pontuou.

A tradição na casa da família da professora Cristiana Silveira, 40 anos, nunca é esquecida, sendo seguida fielmente por anos. "É uma tradição antiga da minha família, e a qual não pode ser esquecida. Desde muito cedo, aprendi seguindo as orientações litúrgicas, que devemos montá-lo sempre no primeiro domingo do advento, ou seja, no primeiro domingo do mês de dezembro, e desmontá-lo no dia 6 de janeiro (Dia dos Reis Magos)", disse. "Não pode faltar no nosso presépio algumas peças principais, como o Menino Jesus, que é o filho de Deus; a Virgem Maria, também conhecida por nós católicos como a virgem santíssima que intercede junto a Jesus por nós; e São José, o protetor das famílias e pai adotivo de Jesus Cristo. Montamos o presépio todos os anos, pois essa linda representação da Natividade de Jesus Cristo faz com que nosso lar viva o verdadeiro espírito do Natal", complementou.

 

*Estagiário sob a supervisão de Adson Boaventura


Correio Braziliense domingo, 12 de dezembro de 2021

CINEMA: FILME SAUDADE DO FUTURO MOSTRA MOMENTOS HISTÓRICOS CO BRASIL, PORTUGAL E CABO VERDE

 

Filme Saudade do futuro mostra momentos históricos do Brasil, Portugal e Cabo Verde

Saudade do futuro busca sinais da cultura flagrados em eventos cruciais, como a colonização portuguesa, o fascismo e a escravidão

NG
Naum Giló*
postado em 12/12/2021 06:00 / atualizado em 12/12/2021 06:00
 
O longa Saudade do futuro será exibido neste domingo (12/12) no Festival de Brasília  -  (crédito: Still/Divulgação )
O longa Saudade do futuro será exibido neste domingo (12/12) no Festival de Brasília - (crédito: Still/Divulgação )

Entre Portugal, Brasil e Cabo Verde, o documentário Saudade do futuro, que será exibido no Festival de Brasília do Cinema hoje, busca traços da cultura da saudade flagrados em momentos históricos cruciais, como a colonização portuguesa, o fascismo, a escravidão, as ditaduras e a violência do Estado. A obra é a estreia de Anna Azevedo como diretora solo de longa-metragem e opta pelo formato de conversas registradas entre os personagens (não há entrevistas formais, para a câmera). No Festival de Brasília de 2016, Anna recebeu os prêmios de Melhor Direção (júri oficial), Melhor Filme (prêmio do público) e Prêmio Canal Brasil pelo curta O homem-livro.

O filme traz relatos de personagens oriundos dos três países lusófonos separados pelo mar, uma presença constante no longa, unindo todas as histórias. A jornada se inicia em Portugal, de onde saíam grandes contingentes de homens para o ciclo da pesca do bacalhau, quando os trabalhadores ficavam cerca de seis meses embarcados na costa gelada do Atlântico Norte, sem pisar em terra. A atividade era o sustentáculo econômico dos 20 anos de guerra colonial na África, que resultaram na queda do Estado Novo português (1933 a 1974) e na independência de suas ex-colônias no continente.

"O Estado fazia encobrir as saudades com a intenção de a gente esquecer de casa. Havia qualquer jogo no ar que nos fazia esquecer. Havia música. Música e bagaços (álcool)", recorda o pescador bacalhoeiro Guilherme Piló. Em Caxinas, localizado nos arredores de Porto (Portugal), mulheres cultivam a tradição do traje preto como forma de viver o luto pelos maridos que morreram durante a pesca do bacalhau. A impossibilidade de velar o corpo físico traz outras nuances para o processo de superação das perdas, sofrimento semelhante ao que os familiares dos desaparecidos políticos durante a ditadura militar no Brasil são acometidos.

"Na ditadura, até sentir saudade era perigoso", relata Victoria Grabois, que perdeu o pai, o marido e o irmão na Guerrilha do Araguaia, desaparecidos. A ativista do grupo Tortura Nunca Mais troca impressões sobre a saudade gerada pela ação do tripé violência-política-polícia com a advogada Marinete Silva, mãe da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018, no Rio de Janeiro, e Dalva Correa, cujo filho Thiago foi assassinado pela Polícia Militar em 2003, no Morro do Borel, também no Rio.

Entre os personagens brasileiros, também tem o Martinho da Vila, que lembra da saudade dos africanos arrancados dos seus territórios originários para serem escravizados no lado de cá do Atlântico. No Brasil atual, Anna Azevedo joga luz no sentimento que dá título ao documentário. "No Brasil que volta ao mapa da miséria, a saudade que grita é a do futuro de paz e prosperidade que nos escapou. Mas não se trata de um filme desesperançoso. 'O que a juventude conquistou, foi conquistado, não tem volta', diz uma personagem", lembra a diretora. Indígenas guarani também dão suas impressões sobre o tema. "Quanto à cultura indígena, é outra forma de lidar com a vida, outra cultura. O senhor Ramon, da nação Guarani, está nos falando de um sentimento de ausência, de falta, e que se aproxima do que chamamos de saudade no português".

O documentário tem sua última parada em Cabo Verde, onde o tema saudade é atravessado pela questão de gênero. "Durante muito tempo, a mulher ficou refém desse cais. Hoje, já não é mais a mulher que fica à espera. Muitas vezes, ela é a mulher que vai", lembra a escritora Vera Duarte. Na Comunidade dos Rabelados de Espinho Branco, mantém-se a tradição do batuko, um ritmo ancestral tocado por mulheres e proibido durante o período colonial, acusado de ser sensual.


O vírus tem cura?

Encerrando as exibições do Festival de Brasília do Cinema, o média-metragem Abdzé wede'õ vai mostrar a situação do povo Xavante, de Mato Grosso, durante o período de pandemia e denunciar a ação de ONG's que angariaram verbas em prol da saúde indígena, ajuda que nunca chegou às comunidades. Gravado entre março e setembro de 2020, a obra é comandada por Divino Xavante. "O filme foi uma decisão do povo Xavante. Viajei por várias comunidades, retratando a situação delas, bem como o luto pela morte de vários anciões, detentores de saberes tradicionais importantes da nossa cultura", detalha o cineasta.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco


Correio Braziliense sábado, 11 de dezembro de 2021

FESTIVAL CONEXÃO SERTANEJA OCORRE NESTA SÁBADO NO ESTÁDIO SEREJÃO

Gratuito: Festival "Conexão Sertaneja" ocorre neste sábado no Estádio Serejão

A dupla Diego e Ray e os cantores Nego Rainner e Eduarda Nunes são algumas das atrações

CB
Correio Braziliense
postado em 10/12/2021 19:25
 
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

Neste sábado (11/12), ocorre o evento "Conexão Sertaneja", no estacionamento do Estádio Serejão, em Taguatinga. O evento gratuito é aberto ao público e começa a partir das 17h.

Vale lembrar que, apesar do evento ser gratuito, será exigido comprovação de vacinação contra a covid-19.

O projeto é realizado pelo Instituto de Desenvolvimento, Inclusão Social e Cultura (IDISC) em parceria com a Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur).

Confira a programação completa abaixo: 

 

Estádio Serejão é palco para o festival "Conexão Sertaneja" neste sábado 11/12
Estádio Serejão é palco para o festival "Conexão Sertaneja" neste sábado 11/12(foto: Divulgação)

 

Serviço

  • No Estacionamento do Estádio Serejão (Taguatinga)
  • Sábado (11/12)
  • Entrada GRATUITA
  • É obrigatório a apresentação da carteira de vacinação.

Correio Braziliense sexta, 10 de dezembro de 2021

NATAL: EM BUSCA DE AJUDA, FAMÍLIAS BATALHAM PARA SOBREVIVER NAS RUAS DE BRASÍLIA

Em busca de ajuda, famílias batalham para sobreviver nas ruas de Brasília

Durante o fim de ano, famílias de várias regiões migram para o centro de Brasília na tentativa de conseguir doações como roupas, alimentos e outros itens básicos para sobreviver

EH
Edis Henrique Peres
postado em 10/12/2021 06:00
 
Pessoas carentes que migram para áreas verdes do DF para pedir cestas e alimentos -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Pessoas carentes que migram para áreas verdes do DF para pedir cestas e alimentos - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A capital do Brasil poderia ser conhecida pela cidade dos contrastes. A pobreza, às vezes, mora bem perto das regiões ricas. Na 601 Norte, próximo ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), um grupo de moradores enfrenta o desafio de depender de materiais recicláveis e doações para sobreviver. Em barracas de madeira e lona, famílias inteiras se abrigam.

Isabela mora há dois anos no assentamento próximo ao Iate Clube, mas vem para a 601 Norte, pois o local é mais fácil de conseguir as doações de alimentos e roupas. "Aqui a gente precisa muito de calçado, roupa, comida. Também de cobertor, porque choveu e molhou o que a gente tinha e não dá para secar, então, está bem difícil. Material escolar também é bom. Tudo que a pessoa puder doar, já ajuda", avalia.

Durante o tempo que a equipe de reportagem se juntou aos moradores para conversar, a família conseguiu um único pequi para colocar no arroz. "Ao menos vai dar um gosto", garantiu a mulher. O sonho de Isabela é ser contemplada com uma casa do governo. "No ano que vem, eu queria ter uma casa ou, quem sabe, ter condições de pagar um aluguel. Tirar meus filhos dessa vida. Não quero que eles vivam aqui não. Uma casinha ao menos. Tanta gente ganha muito sem nem precisar. E a gente aqui. Tento há anos uma moradia. Nunca fui contemplada", afirma.

Para alimentar o fogão a lenha, o marido de Isabela, Francimar dos Santos, 35, trouxe pedaços de madeira. "Trabalho com recicláveis, que dá para ajudar a juntar um pouco de dinheiro. Mas tenho fé de que Deus vai tirar a gente dessa. O Deus que a gente crê é um Deus vivo", acrescenta.

  •  09/12/2021. Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Pessoas carentes que migram para áreas verdes do DF para pedir cestas e alimentos. Ana Maria Paiva dos Santos.
    Ana Maria: "Estamos precisando de um carrinho de bebê usado"Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
     
  • Isabela:"Tem gente que acha que estamos aqui porque queremos"Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press
 

Religiosidade

Quem também partilhava o almoço era Ana Maria Paiva, 43. Devota, usava brincos de Nossa Senhora Aparecida. "Se a gente não se apega com Deus, não sobra nada. É Ela que vai proteger a gente com o manto sagrado", ressalta. Ana diz que os planos para 2022 é conseguir doações para melhorar de vida com os netos.

"Estamos precisando muito de um carrinho de bebê usado, o que temos aqui está amarrado com cordinha. O bebê tem 2 meses de vida e, além dele, tenho quatro netos. Eu só queria dar uma condição melhor para eles. Tenho um barraquinho de madeira descendo lá para baixo, agora estou tentando reunir doações de janela, porta, vaso, qualquer coisa assim, já serve. No ano que vem, eu quero deixar ele arrumado", salienta.

Apesar das dificuldades, o grupo não deixou de lado o espírito de Natal e se reuniu para decorar uma pequena árvore à beira da via da Asa Norte. Eles reforçam: "Não podemos ser gananciosos". Pela manhã, um carro parou e deixou uma sacola de roupas para os moradores. Não houve briga entre eles. "Aqui é assim, se cabe em mim, fica comigo, se é uma roupa que cabe nela fica com ela. Tudo é dividido. Da mesma forma, se a gente sabe que caberia em uma amiga, a gente vai lá e leva", garante Ana.

Auxílio

Questionada sobre as ações realizadas para mitigar esse tipo de problema social, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) disse que, por meio do Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas), os bolsões de concentração de população em situação de rua do DF são acompanhados. "As equipes fazem a abordagem, na qual apresentam os serviços, programas e projetos. Pelos dados de outubro, 2.328 pessoas se autodeclaram em situação de rua no DF. O Seas é um serviço que atende pessoas em situação de rua nos espaços públicos do DF e realiza ações para identificar situações de risco social", detalha.

Segundo a pasta, atualmente há 28 equipes de abordagem social. "O contato de acolhimento pode ser acionado pelo telefone 3773-7606. É importante destacar, porém, que a Sedes não retira compulsoriamente pessoas em situação de rua. O trabalho visa ao convencimento por meio da apresentação dos serviços da Política de Assistência Social. Em 2020, o GDF lançou o Programa Prato Cheio que concede o valor, por seis meses, de R$ 250 para aquisição de produtos alimentícios.

Atualmente, são 38 mil beneficiários. Outro aporte financeiro que o GDF lançou recentemente para a população mais vulnerável da capital federal é o Cartão Gás, no valor de R$100, que atende 70 mil famílias. Além disso, os 14 Restaurantes Comunitários da cidades fornecem alimentação, de segunda a sábado, das 11h às 14h, ao custo de R$1. As pessoas em situação de rua podem retirar suas refeições de forma gratuita", informa.

Humildade

Na avenida próximo à Universidade de Brasília (UnB), Cristina*, 21, vive com os dois filhos de 4 anos e 4 meses. A pandemia bagunçou os planos da jovem que tinha voltado a estudar no Ensino de Jovens e Adultos (EJA) em 2020. "A gente aqui precisa das coisinhas de criança, fralda, essas coisas. Mas também de produtos de higiene", informa. A moradora, apesar dos desafios, garante: "No ano que vem vou voltar a estudar, terminar o EJA e talvez conseguir algo melhor. Estou esperando ser sorteada nos programas de casa própria do governo".

Maria de Fátima Ribeiro, 34, mora em um barraquinho de madeira no assentamento de Santa Luzia, mas teve o botijão de gás roubado e, atualmente, passa os dias com o neto no barraco de lona próximo a Casa do Estudante da UnB. "Queria conseguir ganhar um botijão de gás para ter meu fogão, isso era o que mais precisava nesse momento. Porque as pessoas levaram o que eu tinha e agora não ficou nada. Mas roupa e alimento também a gente precisa. Na verdade, tudo que a gente ganha é bem-vindo. Aqui mesmo é bem difícil conseguir água, porque nem todo mundo que a gente pede nos recebe", lamenta.

Apesar dos desafios, Maria pontua: "Para o próximo ano não tem muito o que pedir além de muita saúde. Nada de luxo, nem que a gente esteja sentado em um meio fio, mas se tiver todo mundo feliz, é o que importa", finaliza.

*Nome fictício a pedido da entrevistada


Correio Braziliense quinta, 09 de dezembro de 2021

NATAL: AINDA HÁ TEMPO DE ADOTAR CARTA DO PAPAI NOEL DOS CORREIOS

 

Ainda dá tempo de adotar carta do Papai Noel dos Correios

No Distrito Federal, as pessoas que desejam tornar-se padrinhos têm até sexta-feira (10/12) para adotar uma das cartinhas que ainda estão disponíveis

AM
Ana Maria Pol
postado em 09/12/2021 10:11 / atualizado em 09/12/2021 10:12
 
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

Aqueles que quiserem adotar a carta de uma criança na campanha Papai Noel dos Correios deste ano ainda têm tempo. No Distrito Federal, as pessoas que desejam tornar-se padrinhos têm até sexta-feira (10/12) para adotar uma das cartinhas que ainda estão disponíveis. Neste ano, a adoção dos pedidos das crianças está sendo feita de forma híbrida, pela internet e também em postos presenciais.

A moradora do Noroeste, Renata Machado Santos, 43 anos, é analista de sistemas e conta que se tornou madrinha das cartinhas há cerca de dez anos. Ela conta que decidiu fazer parte da iniciativa após se comover com as mensagens das crianças. "Não tem como não se sensibilizar com a franqueza, a sinceridade das crianças, a magia de ver que elas acreditam que o papai noel está do outro lado”, diz.

De acordo com Renata, algumas das cartas são cômicas. “Tem algumas cartas super engraçadas, as crianças não têm filtro. Algumas comentam, inclusive, que não se comportaram muito bem, mas sempre estão lá, pela magia que a carta proporciona”, explica. Neste ano, a analista de sistemas recebeu uma missão maior, e tornou-se uma “super madrinha”. “Fiquei com a missão de conectar ainda mais pessoas às cartas de Natal”, explica.

Para Renata, o novo posto é a oportunidade de apresentar um novo projeto social para as pessoas. “Algumas estão dispostas, mas não entendem como isso pode ser feito. O Correios vem com o papel de conexão. É o momento que a criança vê que tem gemte que ouve, nota, e nós, como sociedade, vemos que temos capacidade de tornar desse sonho real. São crianças que têm o mesmo sonho que a gente, a diferença é que elas não têm as mesmas condições”, explica.

Adote!

Além das cartinhas de crianças da sociedade, desde 2010 os alunos de escolas públicas são convidados a também expressarem seus desejos ao Papai Noel. Neste ano, o Correios recebeu 3.500 cartas da Secretaria de Educação do DF, e em torno de 800 cartas da sociedade, que são de crianças em situação de vulnerabilidade social, cursando até o 5º ano, que possuem até 10 anos de idade.

Para adotar uma dessas cartas, basta acessar o site do Correios ou ir até um ponto de adoção na sua cidade. Os presentes na casa do Papai Noel, na Universidade do Correios, serão entregues até sábado (11/12). Para quem vai deixar os presentes em algumas das agências participantes da campanha, deverá entregar até sexta-feira (10/12).


Correio Braziliense quarta, 08 de dezembro de 2021

O DESCARTE IRREGULAR DE LIXO PODE GERAR MULTAS, ALÉM DE TRAZER GRANDES TRANSTORNOS À POPULAÇÃO

 

O descarte irregular de lixo pode gerar multas, além de trazer grandes transtornos à população

A má prática provoca acúmulo de resíduos nas bocas de lobo, causando enchentes durante épocas de chuvas

Apresentado por
 
postado em 06/12/2021 18:25 / atualizado em 06/12/2021 18:30
 
 (crédito: iStock)
(crédito: iStock)

Jogar lixo na rua é crime, podendo gerar multa para quem lançar restos de qualquer natureza em locais como vias, praças, jardins e logradouros públicos no Distrito Federal. Entretanto, a população ainda insiste na prática que pode causar muitos transtornos, principalmente nas épocas de chuva.

Segundo a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal - Adasa, quando os resíduos sólidos são descartados de maneira incorreta acabam causando problemas ambientais e de saúde pública. O acúmulo desses resíduos em vias e logradouros públicos atraem vetores de doenças e no período de chuva podem obstruir os sistemas de drenagem de águas pluviais, contribuindo com a ocorrência de enchentes, muito comuns em algumas áreas do DF.

 

"Por esses motivos, é importante que os cidadãos armazenem adequadamente os resíduos sólidos gerados em suas residências e os disponibilizem para coleta pelo Serviço de Limpeza Urbana - SLU"Adasa

 

Em 2020, foram recolhidas pelo poder público 603 mil toneladas de entulho em logradouros e vias públicas, como mostram dados do SLU, monitorados pela Adasa. Esse dado demonstra que é necessário uma maior conscientização da população em relação aos locais adequados para dispor seus resíduos. O DF Legal é o órgão responsável pela fiscalização da disposição de resíduos em locais inapropriados.

Constantemente, a Adasa promove campanhas que visam conscientizar os brasilienses de que o seu comportamento é fundamental para o pleno funcionamento do sistema de drenagem urbana. Atualmente, a agência reguladora apresenta a campanha “O descarte consciente evita enchente”, onde é apresentada a importância do descarte correto do lixo doméstico.

A ação propõe uma reflexão sobre o papel coletivo da população no escoamento da água que, sendo afetado pelo descarte irregular do lixo, pode acarretar riscos ao meio ambiente, gerando transtorno durante as épocas de chuva no DF.

Segundo a Adasa, ocorrências de entupimento de bocas de lobo por lixo doméstico têm sido comuns em Ceilândia, assim como já ocorreram casos de obstrução decorrentes de restos de obras no Plano Piloto.

Sobre a Adasa - Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal

Criada em 2004, a Adasa foi a primeira agência brasileira de regulação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário e, simultaneamente, de regulação e gerenciamento dos usos da água.

Hoje, a área de atuação da agência compreende, além de diversos usos da água e saneamento básico, que engloba o esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, a fiscalização de energia e a distribuição de gás canalizado de petróleo e seus derivados. Por delegação da União, energia elétrica, petróleo e seus derivados devem ser fiscalizados por meio de convênio com as agências reguladoras federais.

Por isso, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal - Adasa proporciona campanhas permanentes que visam conscientizar a população de que seu comportamento é fundamental para o pleno funcionamento do sistema de drenagem urbana, promovendo ações nas ruas, escolas, mídias, entre outros.

Você pode conferir o vídeo da campanha “O descarte consciente evita enchente” acessando o link e saber mais sobre as ações e regulação do serviço público de drenagem urbana no DF acessando o site da Adasa.

 


Correio Braziliense terça, 07 de dezembro de 2021

ARTE DO GRAFITE TRANSFORMA PARADAS DE ÔNIBUS NA W3 SUL

 

Arte do grafite transforma paradas de ônibus na W3 Sul

Grupo de 27 grafiteiros e grafiteiras foram contemplados por meio do edital W3 Arte Urbana, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF e transformaram a avenida em um grande painel de arte

CB
Correio Braziliense
postado em 06/12/2021 18:20
 
Os grafiteiros foram selecionados por meio de edital para pintar a W3 Sul -  (crédito: Daniel Marques / Secretaria de Cultura e Economia Criativa )
Os grafiteiros foram selecionados por meio de edital para pintar a W3 Sul - (crédito: Daniel Marques / Secretaria de Cultura e Economia Criativa )

A W3 Sul foi cenário de transformação no último fim de semana. Um grupo de 27 grafiteiros e grafiteiras pintaram as paradas de ônibus da avenida abordando diversos temas escolhidos pelos próprios artistas. A ação faz parte do projeto de revitalização do local e tem apoio da Secretaria de Estado do Governo do Distrito Federal, Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade e Secretaria de Projetos Especiais e Administração Regional do Plano Piloto.

edital obteve número recorde de inscrições desde o lançamento da política de valorização do grafite, em 2018. Foram 208 candidatos, sendo 83 mulheres e 12 classificadas para a fase final. O projeto faz parte de uma série de ações que têm como objetivo diminuir o preconceito contra o grafite e mostrar às pessoas, por meio da arte, o seu papel de transformação social e espacial.


Correio Braziliense segunda, 06 de dezembro de 2021

BRASÍLIA ENTRA NO CLIMA DE NATAL, COM DECORAÇÃO DE ENCHER OS OLHOS

 

Com decorações de encher os olhos, Brasília entra no clima de Natal

Em diversos pontos do Distrito Federal, é possível ver decorações natalinas. Conheça alguns deles

BL
Bruna Lessa*
postado em 06/12/2021 06:00
 
Decoração de Natal na quadra 304 Norte. Local costuma ser bastante visitado neste período do ano -  (crédito: Fotos: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
Decoração de Natal na quadra 304 Norte. Local costuma ser bastante visitado neste período do ano - (crédito: Fotos: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Natal está se aproximando e as decorações começam a preencher a cidade. As restrições provenientes da pandemia vêm diminuindo e, com isso, as pessoas aproveitam para caprichar nos cenários que agora podem, ainda com certas limitações, receber mais admiradores em vários pontos de Brasília. Alguns locais já são conhecidos pela tradição das decorações natalinas.

Ao passar pelo local, a estudante Tainá Alves, 23 anos, parou para observar a estrutura. Ela destacou que a decoração traz uma boa sensação para as pessoas, com os enfeites e as luzes. "E acho importante, principalmente, nessa época de pandemia, em que o clima está tão tenso", conta Tainá.

A Igreja São Miguel Arcanjo e Santo Expedito é outro ponto que costuma ser bastante visitado neste período do ano. A paróquia fica na Entrequadra 303/304 Norte e, desde 2013, recebe a montagem de um presépio com estátuas em tamanho real para a celebração do nascimento de Jesus. Para o diácono da Paróquia São Miguel, Paulo Fontenele Figueira, o Natal não deve ser visto como um evento comercial, e sim como um tempo de alegria, fortalecimento da fé e esperança de um mundo mais solidário e fraterno. 

Há 20 anos, a Casa do Papai Noel, em Taguatinga, tem sido decorada no mês de dezembro. Aproximadamente 4,5 mil pessoas já visitaram o local ao longo dos anos. Por causa da pandemia, a casa não será aberta para visitação, mas Antônio Eustáquio Teixeira, conhecido como "Seu Toinho", faz questão de decorar a residência e os arredores para celebrar o Natal.

Toinho destaca que a decoração é uma tradição que o acompanha há muito tempo. "Minha mãe decorava a casa para comemorar o aniversário dela e o Natal", explica. O projeto começou como uma pequena comemoração e hoje é praticamente um ponto turístico", diz Antônio. A equipe de Seu Toinho aceita doações de alimentos não perecíveis, roupas e brinquedos. O que for arrecadado será doado a entidades sociais que atendem crianças no DF. 

Comemorações

O Natal pode ter significados diferentes de acordo com a crença de cada um, mas é certo que a data celebra um momento de alegria. A cidade, que fica cheia de cores vibrantes, reforça esse sentimento. Muitas comunidades no DF se unem para celebrar a data especial com lindas decorações em prédios e ruas.

No Sudoeste, na SQSW 101, por exemplo, a decoração natalina é algo recorrente há alguns anos. Em 2019, a prefeitura da quadra identificou a importância de se celebrar o Natal e, ainda, observou que a decoração atua diretamente na autoestima, na esperança e no bem-estar dos moradores.

Para a prefeita comunitária da quadra e síndica do bloco D, Máira Coelho, a decoração reaviva o espírito natalino. "É como uma luz que acende em nossos corações, lembrando que devemos ter esperança por dias melhores", acredita.

A iniciativa conta com o auxílio de síndicos e apoiadores da quadra. Também são promovidas diversas atividades, inclusive a chegada do Papai Noel, que conta com apoio do Corpo de Bombeiros do DF. A arquiteta e paisagista Natacha Nelz Xavier, 36, mora na quadra e destaca que a decoração é capaz de contar histórias e trazer memórias boas e afetivas para diversas gerações de uma família. 

Na Asa Norte (SQN 303), a prefeitura tem a tradição de comemorar o nacimento de Jesus, ou seja, a celebração é pautada em costumes cristãos. A data tem sido a maior festividade do local e, no início de dezembro, no primeiro sábado ou sexta do mês, é feita a inauguração natalina, que envolve a decoração da entrada e das principais áreas, assim como os condomínios da quadra.

A decoração da quadra também conta com uma árvore de mais de 12 metros de altura e o trenó do Papai Noel. Jesus é saudado ao som do violino de Rafael Oliveira, e um Papai Noel passa por todos os blocos da quadra.

Para Martha Borges, síndica do bloco C na SQSW 101, no Sudoeste, a decoração traz à tona o espírito natalino, remete a momentos da infância, à família e a diversas coisas boas. "O Natal reacende a questão da esperança, da paz e da felicidade. Eu adoro o Natal e enfeitar a casa", destaca.

Presépio

Presente em diversas decorações, o presépio teria sido montado pela primeira vez por São Francisco de Assis com a intenção de explicar, de forma clara, às pessoas o que teria acontecido na noite do nascimento de Jesus. De acordo com fontes históricas, o primeiro presépio teria sido feito por volta de 1223 d.C, mas só após o século 18 que a tradição se tornaria popular e entraria nas casas das pessoas.

No calendário cristão, o presépio deve ser montado no primeiro domingo do Advento, nas quatro semanas que antecedem o Natal, o que significa a preparação para a chegada de Jesus. O cenário se mantém até o dia 6 de janeiro, que seria a data em que os Três Reis Magos visitaram o menino Jesus. Em alguns locais, o presépio fica montado até o dia 8 de janeiro, data conhecida como o batizado de Cristo.

Existem presépios de vários tamanhos, com peças de madeira, argila ou metal. Mas ele é basicamente constituído pelo menino Jesus, Maria, José, animais, anjo, estrela de Belém, Reis Magos e a manjedoura.

*Estagiária sob a supervisão de Adson Boaventura

 


Correio Braziliense domingo, 05 de dezembro de 2021

N ATAL: PAPAIS NOÉIS CONTAM DO COTIDIANO NOS SHOPPINGS

 

Rotina intensa e histórias: Papais Noéis contam do cotidiano nos shoppings

Por quase dois meses, eles dedicam a vida para levar esperança e alegria à criançada

RN
Renata Nagashima
postado em 05/12/2021 06:00 / atualizado em 05/12/2021 10:11
 
 (crédito:  Crédito: Jéssica Marschner/CB )
(crédito: Crédito: Jéssica Marschner/CB )

O Papai Noel é um dos símbolos natalinos mais vistos durante dezembro, e o mais querido pelas crianças. Segundo a lenda,ele mora no Polo Norte com a Mamãe Noel, com suas renas e elfos mágicos e distribui presentes na noite da véspera de Natal. Mas, por aqui, a história é um pouco diferente. Durante 40 dias, bondosos velhinhos se dedicam a alegrar a criançada e a tentar despertar o otimismo entre os adultos. Engana-se quem acha que a rotina é fácil.

"A rotina é intensa, mas muito gratificante" garante Edson. A jornada diária nos shoppings é de oito horas, mas o Noel também tem demandas que nos são solicitadas fora desse ambiente, atendendo in company, escolas e famílias que fazem suas festas e sempre gostam de contar com a presença do mensageiro da esperança para alegrar a criançada e os adultos. Mas tudo isso, como disse o pensador e filósofo chinês Confúcio: trabalhe com o que você ama e nunca mais precisará trabalhar na vida, para Edson, trabalhar é um prazer.

A preparação ocorre durante o ano inteiro, e Edson considera o trabalho um grande dom. "Acredito que devemos ter algumas características, mas, na minha opinião, a principal delas deve ser o acolhimento. Nele está todo o poder de mantermos vivo, nas crianças e até em adultos, o motivo de eles virem todos os anos ao nosso encontro", acrescenta. Para ele, a melhor parte é a reação das crianças ao se depararem com um Papai Noel de verdade. "Podemos dizer que é um misto de emoções, que vão desde a pura perplexidade e alegria até o receio e a desconfiança. Tem criança que os olhos ficam em puro brilho. Aí é uma delícia e uma emoção para o Noel também!"

Histórias engraçadas não faltam. Edson recorda que na última semana pediu para as noeletes segurarem a fila para que ele arrumasse rapidamente o cabelo e o gorro. "Foi necessário retirar o gorro por alguns segundos e recolocá-lo em seguida", relata. Reza a lenda que o gorro é o que  guarda o mágico poder de fazer o trenó, puxado pelas renas, voar. "Então, uma menininha que me viu tirá-lo saiu da fila correndo e foi lá me advertir, dizendo que o Noel jamais poderia ficar sem ele. Pediu que eu o recolocasse imediatamente. Caso contrário, meu trenó cairia. Atendi prontamente o pedido e salvei meu trenó e minhas as renas", acrescenta. 

Rotina intensa

Em 2013, a jornada de Pedro Marcos Villas Boas, 56, como papai noel começou por acaso. "Foi algo que aconteceu de forma natural", conta. Aposentado da Polícia Militar, ele decidiu deixar a barba crescer e chamou a atenção de uma vizinha que fez o convite para um trabalho como Noel. "Mergulhei de cabeça. Eu não tinha facilidade de trabalhar com criança, tinha receio de não dar certo, mas fui. No começo, achei que era furada, mas meu coração foi amaciado". Ser Papai Noel despertou um outro lado de Marcos que nem ele conhecia.

A preparação é intensa, os cuidados com a barba duram 12 meses. "Todo dia 24 de dezembro eu tiro e deixo crescer de novo, sempre com muito cuidado", revela. Por ainda ter a barba escura, ele também precisa ir ao salão para se transformar e fazer a alegria da criançada, que se emociona ao encontrar um Papai Noel, com barba e tudo mais. Em novembro, começa a maratona de Natal. São quase 50 dias consecutivos trabalhando, mas Marcos garante que, apesar do cansaço, os pequeninos têm o poder de recarregar as energias do bom velhinho. "O sorriso das crianças tem esse poder de revigorar, a gente nem lembra que está cansando vendo o brilho no olhar delas", assume.

Gratidão é a palavra que o Noel usa para descrever a época do ano que mais ama. Para ele, o Natal sempre foi muito importante. "Além de dar e ganhar presente, é lembrar às pessoas o quanto são importantes. Vivo o Natal e ajudo os outros a serem felizes. O sentimento é muito gratificante." Neste ano, o Natal tem um significado diferente e veio para trazer novos sentimentos. "A pandemia ainda não acabou, mas sentimos a melhora. Este ano damos muito mais valor ao pouco que temos e a esse contato mínimo com as crianças."

Noel por amor 

A carreira de Adailton José dos Santos, 67 anos, começou com uma brincadeira. "Minha esposa era diretora de uma escola e resolveu fazer uma festa do pijama para os 800 alunos, em Taguatinga, e pediu que eu me vestisse de papai noel. Eu gosto demais de criança e acabei me apaixonando pelo papel", relata. Desde 2007, todos os anos o aposentado se dedica à profissão de arrancar sorrisos da criançada.

Apesar de desgastante, ele diz que espera ansiosamente todos os anos pelo Natal. "Às vezes a criança chega com problemas pesados e descarrega na gente. Então tem que ter muito preparo emocional e disposição, porque são mais de 40 dias nessa rotina intensa. Mas é uma coisa que só me dá prazer, nunca me decepcionou", garante.

Durante os 14 anos como Papai Noel, o que não faltam são histórias para contar, algumas engraçadas: "Já tirei oito crianças da chupeta", conta com orgulho. Há também momentos marcantes em que Adailton precisou conter as lágrimas, como da vez que uma criança de 7 anos o chamou para conversar e disse que o sonho dele era dormir numa cama. "Na hora, foi um baque enorme, fiquei com olhos marejados e isso me fez refletir. A gente dá valor em tão pouca coisa na vida e a criança tinha o sonho de dormir em uma cama", diz emocionado.

Tocado com o pedido, o Noel pediu que o menino escrevesse uma cartinha com o endereço e no dia seguinte foi realizar o sonho da criança. "Quando ele me chamou para conversar, eu disse que se pudesse contribuir em alguma coisa pra realizar o sonho dele, estaria às ordens. Então, foi isso que fiz. Comprei uma cama, um colchão e um jogo de lençol e mandei entregar. Afinal, ser Papai Noel também é realizar sonhos", afirma.


Correio Braziliense sábado, 04 de dezembro de 2021

JULIETTE GANHA TÍTULO DE MULHER DO ANO EM 2021 PELA GQ BRASIL

Um cacto? Juliette ganha título de Mulher do Ano 2021 pela 'GQ Brasil'

No anúncio do título, a revista definiu a advogada — e milionária — como uma pessoa "por quem você tem carinho de graça"

Td
Talita de Souza
postado em 03/12/2021 16:02 / atualizado em 03/12/2021 16:16
 
Além de se tornar milionária pelo BBB e se lançar como cantora, com números expressivos de streaming, Juliette agora é a mulher do ano pela 'GQ Brasil' -  (crédito: Pedro Dimitrow/GQ Brasil)
Além de se tornar milionária pelo BBB e se lançar como cantora, com números expressivos de streaming, Juliette agora é a mulher do ano pela 'GQ Brasil' - (crédito: Pedro Dimitrow/GQ Brasil)

Poucas pessoas tiveram um ano tão produtivo quanto Juliette. Apenas em 2021, a advogada se tornou milionária após ganhar a última edição do BBB, dona de um dos fãs clubes mais poderosos do mundo digital, realizou um sonho de cantora e, agora, conquistou o título de Mulher do Ano, concedido pela revista GQ Brasil.

Para a GQBrasil, o “jeito despojado” da artista remete a uma proximidade ao público, “de quem poderia ser aquela vizinha, colega de escritório ou conhecida de balada por quem você tem carinho de graça”.

Juliette comemorou o título, que foi anunciado no dia do aniversário da milionária, nesta sexta-feira (3/12). “Fico feliz porque me vejo nesse lugar de representar mulheres normais, com conflitos e dilemas reais. Isso faz com que o prêmio não seja só meu, mas de todas que, diariamente, enfrentam e vencem suas guerras”.

Nas redes sociais, ela agradeceu a revista pelo título. “Minha gente, que presente de aniversário!”, escreveu. A artista também é uma das 11 capas da edição de dezembro da revista, que começa a circular nas bancas de jornais e revistas do país a partir desta sexta-feira (3/12), junto aos outros escolhidos no prêmio Men of the year.

A notícia foi recebida pelos fãs com entusiasmo, que logo colocaram "Juliette Mulher do Ano" entre os assuntos mais comentados do Twitter. “Esse ano não teve pra ninguém mesmo. O ano foi dela. Bateu recorde no BBB. Bateu recorde nas redes sociais. Entrou na música batendo recorde. Vão ter que aturar. Foguete não tem ré”, disse um usuário.

“Juliette atraiu para si um universo de fãs e amigos apenas demonstrando quem era, a sua essência sem máscaras, mostrou que mesmo as tristezas podem ser a preparação para coisas maravilhosas em nossas vidas e tem todinho para si o adjetivo de luz”, frisou outro.

 

Correio Braziliense sexta, 03 de dezembro de 2021

GASTRONOMIA: FIM DO CARPE DIEM - ESQUINA DA 104 SUL ABRIGARÁ NOVO EMPREENDIMENTO GASTRONÔMICO DA FAMÍLIA JABOUR

 

 

Esquina de cima da 104 Sul abrigará novo empreendimento gastronômico da família Jabour

Publicado em Sem categoria

A esquina de cima da 104 Sul, que por 30 anos abrigou o Carpe Diem, cujas portas se cerraram no último fim de semana com uma concorrida (e já saudosa) feijoada, será ocupada em 2022 por outra grife descendente da tradicional e muito querida dos brasilienses: Sweet Cake, o grupo da Família Jabour, que em quase três décadas (em abril completa 29 anos), já deu seis filhotes, até com outros nomes. Agora, se prepara para o mais ambicioso salto na sétima unidade: um mix de restaurante, empório, casa de vinho e padaria inspirado nos moldes do Italy, centro gastronômico que reúne, na capital paulista, diversas operações da culinária italiana em um só lugar.

“Por enquanto é a Casa sem Nome”, brinca Guto Jabour, ao informar que “precisa muito amadurecer a ideia sobre o que iremos desenvolver numa grande área de mais de mil metros quadrados – 700 só de varanda e restaurante com 150 lugares – contando com a cozinha”. Quem estará a frente do negócio é a segunda geração do clã Simone e Celso Jabour, fundadores da Sweet Cake, quando os três filhos ainda eram crianças. Guto e Luiza, casados respectivamente com Bianca Gregório e Thiago Lyra, tocam o restaurante Almeria, instalado há quase um ano no Clube de Golfe.

Os quatro jovens, todos com menos de 30, irão se ocupar a partir da próxima semana — quando Fernando La Rocque entregar as chaves do imóvel, cujo ponto o quarteto adquiriu — da reforma que planejam estar terminada no mês de maio. “Será uma evolução do Almeria com comida de estilo mediterrâneo em fusão com a cozinha brasileira”, arremata Guto Jabour, que atua com Bianca na gestão, enquanto a irmã Luiza, que comanda as caçarolas, irá em janeiro com Thiago para a França, onde se formou, e a outros países europeus, garimpar ideias para a nova empreitada.

Conselho de pai

Depois de diminuir a equipe para enfrentar o período mais difícil da lockdown, os Jabour estão a todo o vapor empregando quase 300 pessoas no império que se consolida e irá “para 400 colaboradores”. Começou em 1993 com uma loja na QI 21 do Lago Sul; a segunda funciona na 412 Sul e a terceira Sweet Cake abriu as portas no começo do ano na 408 Norte. Na mesma QI 21, há o restaurante Terroir, da chef Gabriela Jabour, enquanto o irmão Guto com duas sócias administra o Wine Garden, no Pontão. A sexta operação é o Almeria, prestes a ser reprisado com muito mais intensidade no coração da Asa Sul. Sobre ele, Celso Jabour advertiu: “Trata-se de um comércio que absorve muito, poderá crescer e vocês têm de ter em mente que, após um fim de semana estrondoso, segunda-feira também abrirá as portas”.

 


Correio Braziliense quarta, 01 de dezembro de 2021

UM NOVO ENSINO MÉDIO NO IDEAL

Um novo Ensino Médio no Ideal

Empresa que completou duas décadas de atuação em 2021 se prepara para o futuro com a implementação do novo Ensino Médio no ano que vem

Apresentado por  
 
postado em 22/10/2021 14:39 / atualizado em 29/11/2021 10:48
 
 (crédito: Acervo Ideal)
(crédito: Acervo Ideal)

Muita coisa mudou no panorama da educação em vinte anos. Se pegarmos apenas os dois últimos como exemplo: quem diria que os estudantes aprenderiam em casa, por causa de uma circunstância excepcional como a pandemia, em modo virtual? Mas essa é apenas uma das transformações. Desde que surgiu em 2001, ainda como um pré-vestibular, a escola vem crescendo sem deixar de lado suas raízes.

A principal novidade para o próximo ano letivo, que praticamente bate à nossa porta, é a implementação do novo Ensino Médio, devido a uma alteração na Lei de Diretrizes da Educação Nacional. A partir do primeiro ano do ensino médio o estudante terá uma organização curricular que contemple uma formação comum: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Isso significa a oferta de diferentes possibilidades de escolha, os itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional.

 

"Queremos que o novo ensino médio traga um pouco de protagonismo e autonomia para o aluno. Em sala de aula, sempre escutamos ‘por que tenho que estudar essa matéria se não vou trabalhar com isso?’. Claro que a gente precisa dar a formação completa, mas o estudante vai poder escolher, à parte, o que ele quer estudar. E quando ele escolhe o que gosta, o que quer, ele se engaja muito mais"Rani Cocenza, coordenadora do fundamental anos finais, do ensino médio do Colégio Ideal e professora de biologia.


 

Os objetivos dessa mudança são garantir a oferta de educação de qualidade a todos e aproximar as escolas da realidade das novas demandas e complexidades do mundo de trabalho e da vida em sociedade. “É como se a gente trouxesse um pouco do gostinho do futuro para mais cedo na escola. O novo ensino médio permite a vivência, estudar matérias diferentes do que estava acostumado na grade e experimentar”, completa Rani.

Aluno do nono ano do ensino fundamental, Arthur Vieira, de 14 anos, tem boas expectativas para a mudança. “Vai ser muito bom poder se aprofundar nas áreas que a gente não tem muito contato, como investigação criminal, educação financeira e empreendedorismo. Os itinerários vão ajudar a decidir qual pode ser minha profissão”, avalia.

Além dessa novidade, o aluno do Ideal continuará com uma preparação exclusiva para as provas desta fase, com foco no ENEM e do PAS, bem como no vestibular da Universidade de Brasília (UnB). Destacando-se as monitorias, os simulados, os plantões de dúvidas e aulas com objetivo de fixar os conteúdos estudados.

A experiência fica completa com a participação em projetos socioculturais com foco no senso crítico, na solidariedade, na amizade e em valores muito importantes aos adolescentes, como propõe o Laboratório Inteligência de Vida, uma aula semanal para aprender habilidades socioemocionais.

Por falar em atividades extracurriculares que complementam o que é aprendido em sala de aula, o Colégio Ideal tem um cardápio recheado. São pelo menos 30 iniciativas diferentes. Por exemplo, o projeto de voluntariado Na Real, a Liga do Esporte, clube de xadrez, ciclo de palestras e muito mais.

O Ideal contava com sete unidades no Distrito Federal e, este ano, abriu uma nova unidade na Asa Norte. As matrículas para 2022 já estão abertas. Maiores informações no site oficial e nas redes sociais.

 

Colégio Ideal

Site: https://idealbsb.com.br/

Endereços e números para contato:

Águas Claras - Araribá
Rua Araribá, lote 01
(61) 3973-3003

Águas Claras – Jequitibá
Av. Jequitibá, lote 325
(61) 3968-9424

Águas Claras – Manacá
Rua Manacá, lote 2, bloco 2
(61) 3547-7341

Asa Norte
SGAN 916
(61) 9 9698-5387

Jardim Botânico
Av. do Sol, quadra 9, lote A.E 5, Res. Jardins do Lago
(61) 3254-5760

Taguatinga – QNG 09
QNG 9, lote 1 e QNG 11, lote 2
(61) 3965-5005

Taguatinga – QNG 26
A.E Nº 26 - Setor G Norte
(61) 3041-6047

Taguatinga – QNG 31
A.E Nº 31 - Setor G Norte
(61) 3771-2650


Correio Braziliense terça, 30 de novembro de 2021

RÉVEILLON: GDF VAI DEFINIR NESTA SEMANA SE HAVERÁ EVENTOS NA CAPITAL

GDF vai definir nesta semana se haverá eventos de Réveillon na capital

Ao Correio, o Secretário de Cultura afirmou que a pasta acompanha a evolução da cepa Ômicron. O governador Ibaneis Rocha (MDB) informou que, por enquanto, não pensa em suspender as comemorações de fim de ano

SS
Samara Schwingel
postado em 30/11/2021 10:28
 
 (crédito: Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Antonio Cunha/Esp. CB/D.A Press)

O Governo do Distrito Federal (GDF) deve decidir sobre a realização ou não do Réveillon ainda esta semana. A dúvida sobre a comemoração voltou após o surgimento de uma nova cepa da covid-19, a ômicron. Por enquanto, a variante não foi confirmada no Brasil e nem no DF. Ao Correio, o secretário de Cultura Bartolomeu Rodrigues afirmou que a pasta acompanha a evolução da cepa e deve tomar uma decisão sobre o ano novo nos próximos dias. Já o governador Ibaneis Rocha (MDB) considerou que, por enquanto, não pensa em suspender as festas.

Há cerca de uma semana, o chefe do Executivo local anunciou que a Cultura preparava uma festa com, pelo menos, cinco palcos e shows na capital federal. Na época, Ibaneis afirmou que o avanço da vacinação e a queda dos índices da pandemia eram favoráveis para as comemorações.

Nesta segunda-feira (29/11), a taxa de transmissão da covid-19 voltou a cair no Distrito Federal, após quatro aumentos consecutivos. O número está em 0,81, valor ligeiramente menor do que o registrado anteriormente, de 0,82. O índice de contágio indica a reprodução da pandemia, e o resultado de ontem aponta que cada 100 brasilienses com a doença podem infectar, em média, outros 81.

A média móvel de mortes está a 7,2 — 22% menor do que o dado de 15 de novembro, 14 dias atrás. O cálculo para as infecções alcançou 100,2 — queda de 21,9% na comparação com o mesmo período.

 
 

A média móvel de mortes está a 7,2 — 22% menor do que o dado de 15 de novembro, 14 dias atrás. O cálculo para as infecções alcançou 100,2 — queda de 21,9% na comparação com o mesmo período.


Correio Braziliense segunda, 29 de novembro de 2021

CENTENÁRIO DE JOSÉ ORNELLAS: EX-GOVERNADOR DO DF COMEMORA 100 ANOS DE VIDA NESTA TERÇA-FEIRA, 30.11

 

Ex-governador do DF José Ornellas comemora 100 anos nesta terça-feira

José Ornellas esteve no comando da capital federal entre 1982 e 1985. Nesta terça-feira (30/11), celebra 100 anos de vida

RN
Renata Nagashima
postado em 29/11/2021 06:00
 
O segredo da longevidade com a esposa Zely e a filha Vera: amor pela família e por exercícios -  (crédito: Arquivo pessoal)
O segredo da longevidade com a esposa Zely e a filha Vera: amor pela família e por exercícios - (crédito: Arquivo pessoal)

Governador do Distrito Federal entre os anos de 1982 e 1985, José Ornellas de Souza Filho, conhecido como Zé Ornellas, comemora 100 anos, nesta terça-feira (30/11). Nascido no Rio de Janeiro, o oficial do Exército chegou ao DF em 1973, com 51 anos, designado para um trabalho provisório, de oito meses, na Subsecretaria de Educação do Ministério da Educação e Cultura. Em pouco tempo já estava apaixonado pela capital e decidiu ficar na cidade.

Durante seu mandato, o ex-governador criou a Vila São José, em Brazlândia, urbanizou Planaltina e fez as obras de captação fluvial em Ceilândia, principalmente no Setor O. "Ele fazia reuniões comunitárias em todas as cidades: administrador, secretários e comunidade, ao final, apresentava as propostas de trabalho e as realizava", recorda Jair Tedeschi, ajudante-de-ordem de Ornellas durante o mandato.

Em abril de 1985, Ornelas deixou o governo de Brasília. Em outubro de 1990, filiou-se ao Partido Liberal (PL) e foi eleito deputado distrital. Em agosto de 1993, licenciou-se do mandato para ocupar o cargo de secretário da Indústria, Comércio e Desenvolvimento do Distrito Federal, no governo de Joaquim Roriz (1991-1994). De volta à Câmara Legislativa após oito meses à frente da secretaria, candidatou-se à reeleição, uma vez mais pela legenda liberal, no pleito de outubro de 1994, não obtendo votação suficiente para garantir-lhe o retorno àquela casa.

"Fui eleito e indicado para ser o Segundo Secretário da Mesa Diretora, responsável pela administração da Câmara. A esta altura, eu e minha família já estávamos gostando de Brasília. E foi nessa época que recebi o convite para ser o Assessor da Presidência da Federação do Comércio. Aceitei e lá fiquei até os 90 anos", relata José Ornellas.


Correio Braziliense domingo, 28 de novembro de 2021

ENEM: ESTUDANTES ENCARAM SEGUNDO DIA DE PROVA NESTE DOMINGO

 

Estudantes encaram segundo dia de prova do Enem neste domingo

Serão aplicadas provas de Ciências da Natureza e Matemática

GC
Gabriela Chabalgoity*
GB
Gabriela Bernardes*
postado em 28/11/2021 06:00 / atualizado em 28/11/2021 08:24
 
Orientação para participantes que apresentarem sintomas é não comparecer ao local de prova. Prazo para solicitar reaplicação do exame começa na segunda (29) -  (crédito: Foto ilustrativa)
Orientação para participantes que apresentarem sintomas é não comparecer ao local de prova. Prazo para solicitar reaplicação do exame começa na segunda (29) - (crédito: Foto ilustrativa)

Com um índice de abstenção em 26%, o Exame Nacional de Ensino Médio entra hoje no segundo dia. Serão aplicadas provas de Ciências da Natureza e Matemática. No primeiro dia do Enem, cerca de 2,3 milhões de candidatos compareceram às provas, em mais de 1,7 mil municípios.

De acordo com o ministro da Educação Milton Ribeiro, o percentual de abstenção foi baixo. Para especialistas, no entanto, com o menor Enem dos últimos tempos — cerca de 3,1 milhões de estudantes se inscreveram, o menor número de candidatos desde 2005 — a ausência de mais de 800 mil estudantes tem um impacto significativo. "Não dá para considerar uma evasão de 26% como algo muito bom, pelo contrário. Ele foi menor do que os outros anos, mas quando você compara a base total de alunos, nós tivemos muito mais alunos fazendo Enem e buscando perspectiva de estudo em anos anteriores", comenta o professor Francisco Borges, mestre em Políticas Públicas para Educação e consultor da Fundação FAT.

Nas últimas semanas, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) se viu diante de uma crise ocasionada pela debandada de servidores e denúncias de censura e assédio. A primeira fase de testes, realizada no último fim de semana, mostrou que o temido desequilíbrio do certame — com as denúncias de vetos a questões e censura de alguns assuntos, havia a preocupação de um direcionamento nos temas das provas — não se concretizou

 

Para Borges, a pouca interferência do governo nos questionamentos da prova comprova que a instabilidade no Inep decorre de divergências ideológicos. "A crise no Inep é uma crise política, ela não é técnica. O efeito do Enem foi ínfimo, mas a gente tem um presidente que é 'bravateiro' e acaba trazendo insegurança para as necessidades do país. Nós estamos falando hoje do Enem, mas nós podíamos estar falando do Bolsa Família, por exemplo", disse.

Borges teme que a constante inconsistência da prova, além de trazer desesperança aos jovens, os afaste do mercado de trabalho. "A gente tem que perceber qual é a importância desse processo na vida do país. Três milhões de brasileiros que estão participando deste ano, quando sete e oito poderiam estar fazendo o Enem, mostra que nós estamos com quase 5 milhões de jovens desesperançosos para continuar estudando, e se não vão continuar estudando como é que vai ser a perspectiva de trabalho para eles na frente?", afirmou o especialista.

Estratégia no exame

No segundo dia de provas do Enem, os candidatos responderão a 45 questões de Ciências da Natureza e 45 questões de Matemática.

O professor Fredão, coordenador do colégio Pódion, indicou algumas dicas. Primeiro, ele recomenda começar a leitura pelo comando, olhar as alternativas e só então ler o texto base. "Isso vai ajudar o candidato a economizar tempo na prova, pois ele vai ler o texto já buscando o que será pedido no comando", diz.

Segundo passo: sublinhar as principais informações do texto, especialmente as numéricas e de unidades de medida, para não esquecer de considerar essas informações indispensáveis do texto durante os cálculos.

Em seguida, estabelecer uma estratégia para cada etapa da prova: começo, meio e fim. "Por qual componente vou começar?", "O que farei quando o cansaço bater?", "No final da prova, qual componente devo priorizar?". "Todas essas reflexões devem ser feitas pelo candidato antes da prova e devem se basear em tudo o que ele aprendeu fazendo simulados no modelo Enem e provas antigas", complementa.

Ele chama a atenção, ainda, para a necessidade do candidato se lembrar que o modelo de correção da prova envolve a Teoria de Resposta ao Item (TRI). "Não basta acertar muitos itens. Espera-se que o candidato acerte os itens mais fáceis e intermediários, antes de acertar os difíceis. Por isso, se o candidato perceber que uma questão parece difícil, com muitos cálculos, interpretação complicada ou de um tópico normalmente complicado, como combinatória e logaritmo, ele deve pular essas questões em um primeiro momento, voltando nelas ao final da prova", conclui.

* Estagiárias sob supervisão de Carlos Alexandre de Souza

 


Correio Braziliense sábado, 27 de novembro de 2021

LITERATURA: DAD SQUARISI, JORNALISTA DO CORREIO, LANÇA LIVRO NESTE SÁBADO (27/11)

 

A Brasília de Dad: jornalista do Correio lança livro neste sábado (27/11)

Novo livro da professora é diferente dos quais costuma escrever, sobre a língua portuguesa, e abre espaço para uma obra sobre a cidade que ganhou seu coração

CC
Caroline Cintra
postado em 27/11/2021 06:00
 
 (crédito:  Carlos Vieira/CB)
(crédito: Carlos Vieira/CB)

Conhecida e prestigiada pelos livros e aulas de língua portuguesa e redação profissional, a professora, jornalista e editora de Opinião do Correio, Dad Squarisi, amplia o leque de criações e lança, hoje, a obra Maravilhas de Brasília — capital dos brasileiros. No exemplar, ela destaca o cerrado, as águas, o céu, o Plano Piloto, os monumentos, o paisagismo e o brasiliense como sendo as sete maravilhas da capital federal. Cheio de ilustrações e curiosidades, o livro é um passeio pela cidade para quem ainda não a conhece e um presente para quem vive nela e a ama.

Autora de 33 livros, em sua maioria de língua portuguesa e redação, Dad conta que a ideia de escrever sobre Brasília a acompanha há muito tempo. "Quando viajo e digo que sou de Brasília, dizem que 'ninguém é perfeito' ou fazem cara feia, como se a cidade fosse só a Praça dos Três Poderes, política. Esquecem que é uma cidade que tem povo, criança, escolas, hospitais, pessoas que trabalham, pessoas especiais", disse. Ela ressalta que a obra não é apenas para os brasilienses, mas para todos os brasileiros. "Brasília é um patrimônio da humanidade, um museu a céu aberto. Tem maravilhas aqui que não são encontradas em outras cidades, e todos precisam conhecer", declara a escritora.

 No livro, Dad dá vida às sete maravilhas de Brasília. Todos têm voz: os animais, o cerrado, as plantas. Nele, é contada a história da capital federal desde a construção até os dias atuais. "Brasília era conhecida como cabeça, tronco e rodas. Hoje, é cabeça, tronco e pernas. Porque, com o fechamento das pistas aos finais de semana, o Eixão do Lazer e a W3 do Lazer, as pessoas que moram aqui começaram a aproveitar a cidade com as próprias pernas, a irem para a rua a pé", afirma.

Desafio

Para a escritora, escrever Maravilhas de Brasília — capital dos brasileiros foi desafiador, pois foge dos gêneros que costuma trabalhar. "É maravilhoso fazer algo novo. Tem um infantojuvenil com mitologia e fábulas e outro com depoimentos de pessoas que passaram por transplante de medula óssea. São 30 entrevistas com transplantados. Sou uma das depoentes, pois já passei pelo procedimento. A gente fica em isolamento e queria fazer as entrevistas para o jornal, mas decidi fazer um livro", conta.

 

Lançamento

 (crédito: Divulgação)
crédito: Divulgação

Maravilhas
de Brasília — capital dos brasileiros

Quando: Hoje

Onde: Livraria da Travessa, no CasaPark

Horário: a partir das 18h

Entrada: gratuita

Livro: R$ 25

Os interessados podem adquirir um exemplar no site da Editora Contexto ou da Amazon e em outras livrarias


Correio Braziliense sexta, 26 de novembro de 2021

HORÓSCOPO DO DIA: CONFIRA O QUE OS ASTROS REVELAM PARA ESTA SEXTA (26.11)

Horóscopo do dia: confira o que os astros revelam para esta sexta (26/11)

Veja o horóscopo por Oscar Quiroga para desvendar esta sexta-feira, 26 de novembro, de acordo com cada signo

OQ
Oscar Quiroga
postado em 26/11/2021 06:00
 
 (crédito: Pixabay/Reprodução)
(crédito: Pixabay/Reprodução)

Alma e personalidade

Data estelar: Lua Vazia das 13h24 até 23h13, quando ingressa em Virgem.

Se nossas almas, vida interior, e nossas personalidades, vida exterior, funcionassem em convergência, seríamos todos fisicamente vigorosos, emocionalmente vibrantes e intelectualmente colossais.

Porém, a maior parte do tempo, alma e personalidade estão dissociadas, e isso não é resultado de complicações extraterrestres, mas de uma íntima decisão de negligenciarmos as orientações inequívocas que a voz da alma nos oferece, para nos lançarmos à aventura de experimentar os encantos e dores da existência formal da personalidade. E, depois de quebrarmos a cara por insistir em nossos erros, nos lembramos da voz da alma e dizemos a nós mesmos: Bem que eu pensei!

Não há vantagem em lembrar da voz da alma a posteriori, o assunto é confiar nela e a testar na experiência.

ÁRIES (nascimento entre 21/3 a 20/4)

O entusiasmo há de se converter em método, porque se não houver movimentos práticos, esse entusiasmo se converterá em frustração e decepção. Você tem todos os ingredientes em suas mãos, faça acontecer agora.

TOURO (nascimento entre 21/4 a 20/5)

Os tormentos interiores não são eternos, e você, com firme vontade, pode encurtar essa dinâmica. É impossível deixar de sentir emoções desencontradas, mas é possível escolher quanto tempo estacionar nelas.

GÊMEOS (nascimento entre 21/5 a 20/6)

Sossegue, pelo menos por um momento, para recuperar o fôlego e depois continuar sua jornada. Sossegue um pouco para enxergar tudo com distanciamento e objetividade e, assim, tomar decisões mais sábias pela frente.

CÂNCER (nascimento entre 21/6 a 21/7)

A segurança conquistada há de servir de fundamento para você continuar se aventurando na vida, porque, que sentido teria sua alma estacionar numa zona de conforto que, com o tempo, se transformaria em prisão?

LEÃO (nascimento entre 22/7 a 22/8)

Nem sempre o personagem principal dos acontecimentos é você, e deveria estar tudo bem com isso, porque, inclusive, a situação ajudaria você a se retirar de cena, descansar e planejar melhor os próximos movimentos.

VIRGEM (nascimento entre 23/8 a 22/9)

Logo mais será hora de você tomar algumas iniciativas que definam o caminho. Você não precisa definir toda sua vida pela frente, mas, pelo menos, definir alguns assuntos que estão pendentes, e que podem ser concluídos.

LIBRA (nascimento entre 23/9 a 22/10)

Em algum momento a alma cansa. Cansa de aguentar pessoas chatas, cansa de se sacrificar e receber ingratidão por isso, cansa do mundo em geral, cansa porque cansa. Esse cansaço precisa ser metabolizado com sabedoria.

ESCORPIÃO (nascimento entre 23/9 a 21/11)

O que você puder fazer contando apenas com seu esforço e empenho é o que servirá de fundamento para que as pessoas possam agregar algo interessante, colaborando e ajudando. Complete sua jornada, e depois peça ajuda.

SAGITÁRIO (nascimento entre 22/11 a 21/12)

Da ideia à prática, a solução nem sempre é encontrada na velocidade em que isso acontece, porque em muitos casos isso seria pura e simples precipitação. Da ideia à prática teria de haver um tempo de amadurecimento.

CAPRICÓRNIO (nascimento entre 22/12 a 20/1)

Os tormentos interiores se dissipam e sua alma consegue enxergar o panorama com mais clareza e, principalmente, mais leveza também. Sem leveza e desprovida de alegria, a alma só pode se atormentar. Nada além.

AQUÁRIO (nascimento entre 21/1 a 19/2)

O entendimento nem sempre é possível, e a coisa toda degringola em conflito rapidamente. Isso passa, e se você não ficar remoendo demais sobre os argumentos conflitantes, provavelmente passará sem deixar marca alguma.

PEIXES (nascimento entre 20/2 a 20/3)

Nem sempre é suficiente você dar conta do recado, porque isso acostuma você a prescindir da ajuda e colaboração das pessoas. Parece bom, mas não é, porque tudo que de bom poderia acontecer vem através da colaboração.

 


Correio Braziliense quinta, 25 de novembro de 2021

FUTEBOL FEMININO: FORMIGA FAZ ÚLTIMO JOGO PELA SELEÇÃO BRASILEIRA

 

Despedida de uma lenda: Formiga faz último jogo pela Seleção Brasileira

A meia-campista do Brasil fará sua última aparição com a camisa canarinho nesta quinta-feira (25), em duelo contra a Índia, pelo Torneio Internacional de Futebol Feminino

JM
Júlia Mano*
postado em 24/11/2021 20:39 / atualizado em 25/11/2021 00:16
 
 (crédito: Sam Robles/CBF)
(crédito: Sam Robles/CBF)

A partida de estreia da Seleção Feminina no Torneio Internacional contra a Índia, nesta quinta-feira (25), ficará marcada pelo adeus de Formiga à camisa canarinho. A jogadora, de 43 anos, entrou em campo para representar o país pela primeira vez aos 17 anos. Nesses mais de 20 anos vestindo o manto brasileiro, acumulou recordes, conquistou importantes títulos e contribuiu com a transformação do futebol feminino no Brasil e no Mundo.

Formiga afirmou, em algumas ocasiões, que teve o apoio de sua mãe, quando começou a jogar futebol, aos 12 anos. Enquanto os seus irmãos só permitiam que ela participasse dos babas se eles também estivessem em campo. Porém, isso nunca a impediu de jogar sozinha, mas depois apanhava pela desobediência.

A meia-campista também teve que escutar pessoas chamarem ela de “mulher-macho” e falarem que ia engravidar cedo por estar sempre cercada de meninos. Mas, felizmente, todo o preconceito não a impediu de insistir no seu sonho, para a sorte de milhões de torcedores brasileiros, que puderam ver uma das maiores futebolistas da história em ação.

A passagem majestosa pela Seleção

Formiga dedicou exatamente 26 anos à Seleção Brasileira. A jogadora fez sua primeira aparição na Copa do Mundo Feminina de 1995, na Suécia, que também foi a segunda edição do torneio. Na ocasião, a meia-campista pegou emprestado as camisas da conquista do tetra de Romário, de Bebeto e de Dunga. O Brasil teve uma participação tímida e ficou para trás ainda na fase de grupos.

A meia-campista soma a mesma quantidade de participações em Olimpíadas. Com a convocação para Tóquio-2020, juntou-se ao velejador Robert Scheidt no topo do ranking de brasileiros que mais estiveram nos Jogos Olímpicos. Formiga ainda conquistou duas vezes a medalha de prata, em Atenas-2004 e Pequim-2008.

Em 2019, ultrapassou Cafu ao se tornar a atleta com mais jogos pela Seleção Brasileira. Formiga se despede da sua emblemática camisa canarinho número oito com 29 gols e 233 jogos.

No Torneio Internacional de 2016, em Manaus, a jogadora ensaiou a sua despedida. Com uma vitória de 5 a 3 sobre a Itália, a meia-campista se aposentou em uma partida com muitas homenagens dedicadas a ela. Em 2018, desistiu da aposentadoria para voltar a vestir a camisa canarinho na Copa América. E, mais uma vez, a torcida brasileira teve a sorte de poder ver Formiga nos gramados por mais alguns anos - e em televisão aberta.

Programe-se

Torneio Internacional de Futebol Feminino
Brasil x Índia
Data: 25/11, às 22h (de Brasília)
Local: Arena da Amazônia (Manaus - AM)
Transmissão: SporTV

*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima


Correio Braziliense quarta, 24 de novembro de 2021

CARTÃO DE VACINA CONTRA A COVID-19 SERÁ OBRIGATÓRIO EM EVENTOS NO DISTRITO FEDERAL

 

Cartão de vacina contra a covid-19 será obrigatório em eventos no Distrito Federal

A medida serve para a entrada em eventos esportivos, festas e festivais. O decreto foi publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (24/11)

EH
EDIS HENRIQUE PERES » JÚLIA ELEUTÉRIO
postado em 24/11/2021 08:19 / atualizado em 24/11/2021 10:02
 
 (crédito:  Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)

Inconformado com o ritmo de vacinação contra a covid-19 no Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) mudou de estratégia. Em um decreto publicado na edição desta quarta-feira (24/11), no Diário Oficial, o chefe do Executivo decidiu que, na capital, só podem participar de eventos esportivos, festas e festivais, aqueles que apresentarem o cartão de vacina com a imunização completa

As pistas de dança estão liberadas, assim como o uso de guardanapos de tecido, oferta de itens de uso coletivo, como cafezinho e alimentos para degustação. Sabe aquela marcação no chão para delimitar a distância entre uma pessoa e outra nas filas? Pois bem, isso também é desnecessário a partir de hoje. 

Por outro lado, nem pense em sair por aí sem máscaras em ambientes fechados. O uso continua obrigatório nestes casos, assim como a utilização de álcool em gel, necessidade de distanciamento físico — reduzido de dois para um metro— e higienização dos ambientes.

Em relação a fiscalização, será feita apenas pelos servidores da Secretaria de Proteção de Ordem Urbanística (DF Legal) e da Vigilância Sanitária. Estão fora da força-tarefa os integrantes da Polícia Civil, do Detran, DER, da Secretaria de Agricultura e da Diretoria de Fiscalização Tributária da Secretaria de Economia. 

Confira o que muda

Eventos esportivos

  • Ficam excluídas da apresentação do comprovante de vacinação as pessoas que não podem tomar a vacina em virtude de orientações das autoridades sanitárias, mediante comprovação da impossibilidade;
  • Os locais de competição e treinamento deverão ser previamente desinfetados e higienizados antes do uso;
  • Nas competições esportivas realizadas em ambiente fechado, somente os atletas em jogo e a arbitragem terão permissão para permanecer sem máscaras no tempo das competições;
  • A verificação e fiscalização dos cartões de vacinação do público que adquirir o ingresso ficará sob responsabilidade da entidade organizadora do evento e, nos casos de arenas ou ginásios ou estádios concedidos aos particulares, também da concessionária que administra o local
Casas e estabelecimentos de festas
  • Autorização para casamento, batizados, aniversários e afins;
  • Talheres higienizados em embalagens individuais (ou talheres descartáveis), além de manter os pratos, copos e demais utensílios protegidos;
  • Priorizar o uso de sachês individuais;
  • Organizar o fluxo de circulação de pessoas nos corredores e nas entradas e saídas, assegurando o distanciamento mínimo; e
  • Nas apresentações de música ao vivo, em ambientes fechados, os integrantes da banda devem usar máscaras, com exceção dos vocalistas e instrumentistas que executam instrumentos musicais de sopro.

Correio Braziliense terça, 23 de novembro de 2021

ENTENDA COMO E QUEM PODE SER BENEFICIADO COM OS PROGRAMAS PRATO CHEIO CARTÃO GÁS

Entenda como e quem pode ser beneficiado com os programas Prato Cheio e Cartão Gás

Os programas sociais do GDF Prato Cheio e Cartão Gás já auxiliaram muitas famílias desde o início da pandemia. Apenas o programa de auxílio para comprar alimentação já alcançou 100 mil famílias; o auxílio Gás, mais de 70 mil

Apresentado por  
postado em 23/11/2021 07:00
 
 (crédito: Renato Raphael/Sedes )
(crédito: Renato Raphael/Sedes )

Programas sociais têm sido de extrema importância para auxiliar famílias em vulnerabilidade social a passarem pelos momentos de dificuldade impostos pela pandemia. Os programas Prato Cheio e Cartão Gás são dois dos programas criados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) como medida de enfrentamento das consequências sociais e econômicas decorrentes dos efeitos da covid-19. Desde sua implementação, o Prato Cheio já ajudou mais de 100 mil famílias e o Cartão Gás auxiliou mais de 70 mil. Entenda como os programas funcionam e quais famílias têm direito de acesso.

Vigente desde agosto deste ano, o Programa Cartão Gás já beneficiou mais de 70 mil famílias que moram na capital. O benefício de caráter emergencial consiste na concessão de auxílio financeiro, em parcelas sucessivas a cada dois meses no valor de R$ 100,00, para aquisição do gás de cozinha, o GLP de 13kg. A assistência, que pretende durar 18 meses, deve contemplar cada família com, pelo menos, nove auxílios.

Com o objetivo de auxiliar famílias que estão passando por dificuldades em adquirir gêneros alimentícios, o Programa Prato Cheio concede um cartão bancário com crédito de R$250 reais por mês para ajudá-las a sair da situação de insegurança alimentar e nutricional. Para cada família o programa tem a duração de ciclos de seis meses. Após o término do período é necessário que o chefe de família cadastrado procure novamente o CRAS para uma nova avaliação e pedido de retorno ao programa.

Segundo as orientações da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), a vantagem do programa é a de que “por meio de um cartão bancário, o beneficiário pode fazer a escolha de alimentos, de acordo com a sua preferência e necessidade, para compor uma alimentação saudável que atenda aos hábitos e costumes da família”. Um outro benefício, em relação à economia da cidade, ao comprar alimentos no comércio perto de casa, o Prato Cheio ajuda a “promover a movimentação da economia local gerando emprego e renda para aquela localidade”.

Quem pode ser contemplado com os benefícios

Famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e inscritas no Cadastro Único (CadÚnido), moradores do DF e que tenham idade igual ou superior a 16 anos podem ser atendidas com os cartões. Para ter direito ao cartão Prato Cheio ainda é necessário comprovar que está em situação de insegurança alimentar.

Após inscrição no CadÚnido e solicitação de inclusão no programa, é preciso aguardar a ligação do CRAS agendando atendimento. Questionada a respeito de uma possível demora na inclusão aos programas, a SEDES explicou que o atendimento socioassistencial pode

realmente levar um pouco mais de tempo pois “requer uma escuta qualificada das demandas do cidadão, necessitando muitas vezes, inclusive, de visitas domiciliares”.

Para saber se foi contemplado ou quando e onde buscar o cartão, acesse o site GDF Social. Em caso de dúvidas ou reclamações é possível entrar em contato com a Secretaria por meio da ouvidoria, no telefone 162.

Como fazer a utilização do dinheiro

Para utilização do valor disponível no cartão Prato Cheio, é possível adquirir alimentos no comércio mais próximo de sua residência. O cartão Gás funciona na função débito em estabelecimentos cadastrados pelo governo. É possível consultar a lista de empresas parceiras do programa aqui.

Cadastro Único

Para ter acesso aos programas sociais disponibilizados pelo GDF é necessário que as famílias estejam cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico). O sistema é um registro que permite ao governo saber quem são e como vivem as famílias de baixa renda no Brasil. Para participar é necessário ter o cadastro sempre atualizado. O cadastramento não é feito pela internet. É preciso ir até o setor responsável pelo Cadastro Único em cada cidade para se inscrever.

No Distrito Federal o cadastro é realizado por meio dos 29 Centros de Referência de Assistência Social (Cras), dos 12 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), dos 16 Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, dos dois Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centros Pop) e uma Unidade de Proteção Social (UPS 24 horas), além das unidades de acolhimento.

Para evitar aglomerações, é necessário realizar agendamento. Para mais informações acesse o site da Sedes. Após agendamento a família deve aguardar a Secretaria entrar em contato informando horário, local e data de atendimento.

Na última semana, o GDF anunciou a abertura de mais 14 pontos de locais de atendimento do Cras, “montados em regiões de maior vulnerabilidade do Distrito Federal, reforçando o trabalho que já é executado pelas unidades socioassistenciais e órgãos parceiros”. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES), “o Cras é a porta de entrada para o cidadão acessar a proteção social básica, assim como outras políticas públicas”.

Ainda segundo a Secretaria, de acordo com dados analisados até setembro de 2021, o DF tem atualmente 186.862 famílias inscritas no Cadastro Único.


Correio Braziliense segunda, 22 de novembro de 2021

NOVEMBRO AZUL: HOMEM PRECISA SE CUIDAR

 

Homem precisa se cuidar

Campanha Novembro Azul completa 10 anos de criação pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, conscientizando e alertando sobre os riscos do câncer de próstata

Apresentado por  
postado em 18/11/2021 16:01 / atualizado em 18/11/2021 20:10
 
  -  (crédito: Acervo Bradesco Seguros)
- (crédito: Acervo Bradesco Seguros)

Vergonha, silêncio, preconceito, medo. São sintomas de um estigma cultural que acomete boa parte dos milhões de homens brasileiros, por se sentirem embaraçados ao tocar no tema câncer de próstata. Um tabu que vem sendo quebrado com a boa arma da informação. E é propagando informações que o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) completa 10 anos de criação da campanha Novembro Azul, chamando a atenção para os cuidados com a saúde física e mental do homem, para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de próstata é o mais comum entre os homens, e representa (29%) dos diagnósticos de tumores malignos em homens no país.

Os médicos alertam que os exames de diagnóstico devem começar a partir dos 45 anos. Quanto mais velho, mais a doença avança. Não há ação, medicamento ou alimento que previna. É letal, sem sintomas na fase inicial da doença, e pode espalhar-se por todo o corpo. Mas, por ser silencioso, o câncer de próstata se for descoberto no início tem todas as chances de tratamento - daí a relevância de se fazer, o quanto antes, exames de sangue (psa) e o toque retal. Porque é no exame de rotina que pode ser detectado.

A recomendação é mais impactante para os negros, que têm o dobro de chances de desenvolver o câncer de próstata, segundo estudos no Brasil e no exterior. Se o Brasil tem a segunda maior população negra do mundo, atrás da Nigéria, dar ênfase à essa informação é fundamental. Outro grupo de forte risco é quem tem histórico familiar da doença, que também necessita iniciar os exames aos 45 anos. Aos demais homens, a recomendação é iniciar a investigação da doença aos 50 anos.

"Nosso olhar está voltado a crianças, adolescentes e adultos jovens, pois temos que mudar as estatísticas negativas", afirma a presidente do LAL e idealizadora do Novembro Azul, Marlene Oliveira. Ela destaca que o Instituto não se limita a falar de saúde do homem somente neste mês. Mas que os ventos do Novembro Azul estimulem, cada vez mais, a mudança de comportamento masculino o ano inteiro, na direção da necessidade dos cuidados com o corpo e a mente, da infância ao envelhecimento.

 

"Não é só uma campanha de conscientização, é um movimento que tem o papel de mobilizar o debate sobre políticas públicas dedicadas à saúde do homem brasileiro."Marlene Oliveira, presidente do LAL e idealizadora do Novembro Azul, em discurso no Senado, em audiência que celebrou os 10 anos da campanha.

 

Atuar como uma voz ativa junto aos gestores e formuladores de políticas públicas é uma atividade constante do Instituto Lado a Lado pela Vida para estimular mudanças positivas que ajudem a melhorar a saúde no Brasil, tanto no SUS (Sistema Único de Saúde) como na saúde suplementar.

 

  • Acervo Bradesco Seguros

     

Cuide do que é seu

 

Fundado em 2008, o Instituto LAL é a única organização social brasileira dedicada, simultaneamente, às duas principais causas da mortalidade - o câncer e as doenças cardiovasculares - além de intenso trabalho relacionado à saúde do homem.

Entre as ações para celebrar os 10 anos de chamamento do Novembro Azul, uma bem cuidada campanha na mídia em geral trouxe o tema: “Cuide do que é Seu”. Criou o 0800 do Homem (0800222 2224), um canal telefônico em que é possível tirar dúvidas, receber orientações sobre saúde e ser ouvido. “Não se trata de uma consulta, mas de uma escuta para orientar e esclarecer e, também, para ouvir as angústias”, esclarece Marlene. É mais um canal de comunicação reforçado pelo LAL, que em 2020, em plena pandemia do covid-19, que afastou ainda mais o público em geral de hospitais e postos de saúde, registrou 7,4 mil atendimentos via WhatsApp. Cerca de 45% dos contatos foram de homens em busca de informações sobre sexualidade, impotência, lesões nos genitais e câncer de próstata.

O serviço 0800 pode encorajar o cuidado com a saúde e reduzir o tabu com o exame de toque retal, que ainda impede 10% dos homens brasileiros a buscarem diagnóstico sobre essa doença, segundo recente pesquisa do Instituto. O levantamento mostra que 62% vão ao médico quando têm sintomas, de qualquer doença, insuportáveis. Enquanto 53% buscam a internet para saber sobre sintomas leves.

“O exame do toque retal não causa incômodo e é muito rápido. Não dá tempo de sentir desconforto. Quem não quer fazer o exame é porque tem uma barreira interior, que vem de anos”, diz José Romildo Lima, aposentado, 70 anos, que faz o exame anualmente.

Paciente 360

Outra novidade do LAL é uma ação inédita em parceria com a plataforma Paciente 360, um canal interativo e humanizado de apoio aos que enfrentam o diagnóstico do câncer de próstata.

Ao acessar a plataforma Paciente 360 pelo portal do Instituto, o internauta participa de uma simulação de uma situação real, apresentada por atores, que reproduz a vivência de um paciente que recebeu o diagnóstico de câncer de próstata e está acompanhado da esposa, na sala de espera de um consultório médico fictício. Nessa interação, é possível perceber, inclusive, as sensações e os sentimentos de quem recebeu o diagnóstico de câncer de próstata.

A presidente do LAL tem enfatizado a importância da educação para a prevenção de doenças do homem que podem ser evitadas, desmistificando, por exemplo, a crença de que quem tem tempo e necessidade de ir ao médico é a mulher. “Nosso trabalho tem, a cada ano, ampliado sua voz junto aos mais jovens, com ações em escolas e junto a prefeituras. Temos que investir, fortemente, em educação para a saúde, para que tenhamos uma nova geração de homens atentos aos cuidados com seu corpo e sua mente e não é só falar de câncer de próstata no Novembro Azul, mas orientar sobre outras doenças que podem ser evitadas com mudanças de atitudes”, explica Marlene. E lembrar que algumas enfermidades por causas genéticas podem ser menos agressivas, se diagnosticadas de forma precoce, com o autocuidado masculino.

 

  • Acervo Bradesco Seguros

  •  
  • Acervo Instituto Lado a Lado
  

Maior letalidade

Marlene destaca alguns dados do estudo “10 respostas sobre a saúde do homem”, feito pelo Núcleo de Pesquisa do LAL, com apoio da Gillette, que ouviu 1,8 mil homens em idades de 18 a 65 anos, no Brasil, Argentina, Colômbia e México. Segundo o levantamento, 77% dos brasileiros estão informados sobre a importância do exame de toque, mas a parcela de latino-americanos é menor, (55%), o que mostra a força do Novembro Azul no Brasil em informar a população. No entanto, ter conhecimento ainda não faz com que a ação seja efetiva, pois apenas 37% dos brasileiros fizeram o exame e ainda pior, 43% dos que têm idade acima de 45 anos afirmaram que o médico não recomendou.

Em relação à possibilidade do negro ter mais chance de ser acometido pela enfermidade e ter três vezes mais chance de morrer pela doença, 86% dos brasileiros desconhecem a informação. E entre os latinos, 93% acham que tais riscos são falsos, ou não têm a menor ideia sobre o assunto.

Os dados da pesquisa sinalizam o impacto positivo da campanha no Brasil, mas há muito a fazer e há espaço para ela se expandir regionalmente, passo que o Instituto já começou a trilhar.

Ela destaca alguns dados de levantamento “10 respostas sobre a saúde do homem”, feito pelo Núcleo de Pesquisa do LAL com 1,8 mil homens em idades de 18 a 65 anos, no Brasil, Argentina, Colômbia e México. Segundo o estudo, somente 37% dos brasileiros fizeram o exame de toque retal recentemente, sendo que a maioria não fez ou por desinformação ou por falta de recomendação do seu médico. A clínica ou o consultório médico são visitados por 62% dos brasileiros e 73% dos latino-americanos, mais quando sentem incômodos do que por prevenção.

Nota-se que ainda há bastante desinformação, quando 13% dos entrevistados no país acham que o câncer de próstata mata poucos homens. E outros 20% dizem nada saber a respeito. Entre os latinos, o percentual é maior, pois 26% não sabem e 18% acreditam que a letalidade é pequena. Em relação à possibilidade do negro ter mais chance de ser acometido pela enfermidade e ter três vezes mais chance de morrer pela doença, 86% dos brasileiros desconhecem a informação. E entre os latinos, 93% acham que tais riscos são falsos, ou não têm a menor ideia sobre o assunto.


Correio Braziliense domingo, 21 de novembro de 2021

ENEM: DF TEM REFORÇO E MUDANÇAS EM HORÁRIOS DO TRANSPORTE PÚBLICO

 

Enem: DF tem reforço e mudanças em horários do transporte público

A Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) ampliou o horário de funcionamento para os dois domingos de prova

CB
Correio Braziliense
postado em 21/11/2021 06:00 / atualizado em 21/11/2021 07:49
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

Devido ao primeiro dia de prova do Exame Nacional do ensino Médio (Enem), que acontece hoje, o transporte público do Distrito Federal vai ter mudanças no horário de funcionamento. Com reforço na frota de linhas de ônibus, a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) determinou que, nas duas datas — 21 e 28 de novembro —, os ônibus extras que passam pelos locais de prova começarão a circular às 9h30.

No Distrito Federal, 82.761 estudantes devem realizar a prova, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Destes, 78.761 farão a prova na versão impressa e 4.000, na versão digital.

A prova terá quatro áreas de conhecimento. Hoje, o exame terá questões de linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias. No próximo domingo (28/11), os alunos vão responder perguntas sobre ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. Ao todo, os dois dias somam 180 questões objetivas. Os estudantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo a partir de uma situação-problema.

Ontem, na véspera do primeiro dia de prova, 150 alunos do colégio Sigma, da 910 Norte, acompanharam um aulão presencial no auditório da escola, das 8h às 12h20, como forma de preparação para a prova de hoje. Os estudantes revisaram o conteúdo de Ciências Humanas, uma das disciplinas presentes no primeiro dia de prova do exame.

Com o desejo de cursar Direito, Arthur Romano, 17, tem uma rotina puxada de estudos. Há dois meses, ele faz cursinho de manhã no Sigma e outro curso on-line à noite. "Estou me sentindo bem confiante, fazendo algumas provas antigas também. Deu para fazer bastantes questões, até porque o Enem tem muito o costume de cobrar assuntos incomuns", argumenta o estudante.

Diretora do Sigma da 910 Norte e professora de redação, Carol Darolt acredita que a redação deste ano será com algum tema de preocupação social. Segundo ela, mais importante do que o aluno ficar preocupado com o tema, é fazer um bom texto, independentemente do assunto. "Eles precisam ter tranquilidade para fazer leitura da frase temática, coletânea, conseguir elaborar um bom plano de texto, pensar no repertório sociocultural, que é importante na prova, e montar uma boa proposta de intervenção", analisa.

Ao todo, oito professores lecionaram durante o encontro com os jovens. O aulão foi transmitido pelo canal do YouTube do colégio Sigma, aberto para o público geral e alunos da instituição que optaram por acompanhar a aula de forma on-line.


Correio Braziliense sábado, 20 de novembro de 2021

GASTRONOMIA: CAMARADA CAMARÃO TERÁ RESTAURANTE EM BRASÍLIA

 

GRELHADOS DO CHEF PRATO PARA 3 PESSOAS. CRÉDITO: CAMARÃO CAMARADA/DIVULGAÇÃO

Quem vem do mar! Camarada Camarão, grife pernambucana, terá restaurante em Brasília

Publicado em restaurantes de frutos do mar

Desta vez está certa a vinda do Camarada Camarão, grife pernambucana nascida na praia de Boa Viagem, em 2005, que há 10 anos estava de olho para fincar em Brasília a primeira unidade fora do Recife. Na ocasião, esta coluna chegou a noticiar as tratativas em curso que tinham como objetivo instalar a marca na sede da Agepol, trecho 2 do Setor de Clubes Sul, onde havia acabado de fechar as portas um restaurante de comida mineira.

Com um investimento de R$ 9 milhões, está quase concluída no Shopping ID a obra do novo restô que será a maior unidade da rede com uma área total de 2mil m2, sendo 100m2 exclusiva para crianças, espaço para eventos com duas salas menores reservadas e outras quatro que podem receber até 120 pessoas.

“Brasília sempre esteve em nossos planos, pois tem um grande mercado consumidor e gente do Brasil circulando pela cidade. Estaremos em um shopping que é uma referência na boa gastronomia e a nossa expectativa é muito grande para essa nova atuação”, declarou Sylvio Drummond, CEO do Grupo Drumattos, a holding responsável não só pelo Camarada Camarão, mas também pela rede de fast food Camarão e Cia.

A intenção dos proprietários é abrir a casa em meados de dezembro. Para tanto, buscam imprimir velocidade na finalização da obra a cargo da Execut Engenharia, que vem sendo acompanhada por Drummond, um dos executivos. A ambientação é informal e rústica, porém elegante e decorada com motivos marítimos, presente em todas as lojas da rede, que deverá totalizar 16 unidades ainda este ano com Brasília e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Para 2022, há contratos fechados que permitirão chegar a 25 unidades no país, informa Sylvio.

Comida farta

Se é grande a expectativa do grupo, não é menor que a do público que já conhece a casa de visitas às capitais do Nordeste. A analista jurídica Sara Maria está contando os dias para provar outra vez o pastel de camarão, que degustou em João Pessoa. “Os pratos são muito
fartos e têm preços bons”, comenta a brasiliense.

O prato Brisa do mar também serve 3 pessoas. Crédito: Camarada Camarão/Divulgação

Além do crustáceo, que dá nome à rede e comparece em diversas versões, há polvo, lagosta e peixes no cardápio desenvolvido pelo chef francês François Schmitt, que mora há 25 anos no Brasil. Destaque para os pratos Brisa do mar (R$ 199), que serve três pessoas e Grelhados do chef (R$ 369), mix de camarão e lagosta também para três pessoas.

À frente da operação brasiliense está Eduardo Lira, que por muitos anos tocou a loja Camarão e Cia no Conjunto Nacional e é ele quem vai comandar todas as etapas, como o Happy Hour Camarada, que se realiza todos os dias, inclusive fins de semana e feriados, das 17h às 20h, com chope, drinques e uísque (exceto a garrafa) pela metade do preço, além de petiscos com preços especiais.


Correio Braziliense sexta, 19 de novembro de 2021

PREVISÃO DO TEMPO: NEBULOSIDADE E PANCADAS DE CHUVA PERMANECEM NO FIM DE SEMANA NO DF

Previsão do tempo: nebulosidade e pancadas de chuva permanecem no fim de semana

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os próximos dias serão marcados por chuvas e trovoadas no Distrito Federal. Nesta sexta-feira (19/11) a umidade relativa do ar pode variar entre 95% e 60%

RM
Rafaela Martins
postado em 19/11/2021 08:27
 
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Com o fim de semana à vista, a sexta-feira (19/11) traz uma prévia do temporal esperado para sábado e domingo. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o dia será marcado por chuvas, trovoadas e rajadas de vento no Distrito Federal. As pancadas devem ocorrer no período da tarde e da noite. Durante a manhã, a previsão é de chuva em pontos isolados. Com o tempo mais ameno, a umidade relativa do ar pode variar entre 95% e 60%.

Além disso, o Inmet declarou o Estado Laranja para o DF. Vale ressaltar que o alerta indica perigo potencial provocado por tempestades, com rajadas de vento de 60km/h a 100km/h, e grande volume de chuva (entre 50mm e 100mm). Para esta sexta, o instituto prevê temperatura máxima de 26ºC no centro da capital federal. A mínima registrada até o momento foi de 17ºC.

 
 

Como se proteger?

O brasiliense que está nas ruas precisa tomar cuidado. Para isso, o Correio preparou algumas dicas que podem te ajudar durante esse período chuvoso. Confira:

-Em caso de rajadas de vento: não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas. Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
-Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.
-Caso precise de mais informações, acione a Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros Militar (telefone 193).


Correio Braziliense quinta, 18 de novembro de 2021

NEGROS SÃO MAIORIA NO MERCADO DE TRABALHO DO D, MAS A TAXA DE DESEMPREGO AINDA É ALTA

Negros são maioria no mercado de trabalho do DF, mas taxa de desemprego ainda é alta

Os dados são do Boletim Populações Negras, da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), recebida em primeira mão pelo Correio, e divulgada pela Secretaria do Trabalho na manhã desta quinta-feira (18/11)

AM
Ana Maria Pol
postado em 18/11/2021 10:31
 
 (crédito: Gomez)
(crédito: Gomez)

A passos curtos, a luta pela valorização da população negra na escassez de trabalho tem ganhado novos capítulos na história do Distrito Federal. Essa é a síntese do Boletim Populações Negras, da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), recebida em primeira mão pelo Correio, e divulgada pela Secretaria do Trabalho na manhã desta quinta-feira (18/11). O levantamento mostra que, no primeiro semestre de 2021, a força de trabalho da capital federal era majoritariamente negra. A taxa de participação da população negra de 14 anos e mais na força de trabalho era de 67,1%, enquanto a da parcela não negra ficou situada em 61%.

Nisso, destaca-se que, a concentração de desemprego entre o público negro foi persistente em duas faixas etárias, segundo o boletim: a de jovens entre 18 e 24 anos, e a de adultos jovens, entre 30 e 39 anos. Juntos, os segmentos agregavam mais da metade dos desempregados negros no 1º semestre de 2021 (51,5%), um patamar inferior ao identificado no 1º semestre de 2020 (54%).

Sob a perspectiva da inserção no domicílio, as pessoas que ocupavam as posições de filho e de chefe no domicílio preponderam dentre os desempregados negros do Distrito Federal e corresponderam a 71,3% deste contingente, no 1º semestre de 2021. A proporção em desemprego para as pessoas que ocupavam a posição de filhos era de 48,8% e a de chefes de famílias, 22,5%, no mesmo período de pesquisa, mostrando que os chefes de família foram os mais penalizados no período inicial da pandemia.

Diferencial

A realidade é que as dificuldades causadas pela chegada da covid-19 acentuaram os efeitos da crise econômica. Mas o crescimento e generalização do desemprego recaiu de forma diferente nos trabalhadores que apresentaram diferenciais. No DF, destacaram-se trabalhadores que tinham experiência anterior de trabalho no conjunto de desempregados - de 67,9%, no 1º semestre de 2019, para 71,2%, no 1º semestre de 2020. Nos primeiros seis meses de 2021, este percentual médio ficou em 71,7%.

No comparativo do 1º semestre de 2021, a proporção de desempregados com trajetória ocupacional anterior no contingente negro alcançou 72,6%, resultado de continua ascensão das dificuldades para estes trabalhadores. Uma situação diferente do que ocorreu com a população não negra, cuja participação dos trabalhadores experientes dentre os desempregados apresentou recuo em 2021, na comparação com o ano anterior.

Tempo de procura por trabalho

Para esse público, a busca por um novo emprego tornou-se algo difícil, uma vez que o desemprego de longa duração virou uma característica histórica do mercado de trabalho brasileiro, algo que vem se agravando nos últimos anos, segundo a pesquisa da Codeplan. O tempo médio despendido pelos desempregados do DF na culpa por uma ocupação ficou na faixa de 54 semanas, durante o 1º semestre de 2021, o que reforça a ideia de dificuldade do mercado de trabalho para restabelecer as condições anteriores à pandemia.

Considerando as classes de tempo de procura por trabalho, no 1º semestre de 2021, 61,4% dos desempregados levavam acima de seis meses procurando por trabalho, sendo 37,2% de 6 a 12 meses e 24,2% mais de um ano. Esses percentuais foram superiores aos verificados no 1º semestre de 2019, 30,6% e 23,0%, respectivamente.


Correio Braziliense quarta, 17 de novembro de 2021

CAIXA INICIA PAGAMENTOS DO AUXÍLIO BRASIL NESTA QUARTA-FEIRA

 

Caixa inicia pagamentos do Auxílio Brasil nesta quarta-feira

No pagamento do auxílio emergencial no começo do ano, filas foram registradas nas agências -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

 

Programa social que substitui o Bolsa Família começa a funcionar hoje com parcela média de R$ 224,41. Valor de R$ 400 prometido por Bolsonaro depende da aprovação da PEC dos Precatórios pelo Senado

 

 Auxílio Brasil, novo programa de transferência de renda do governo federal, começa a ser pago hoje para cerca de 14,6 milhões de famílias. Nessa primeira fase, que vai até dezembro, as parcelas do novo programa terão valor médio de R$ 224,41 e só estão disponíveis para aqueles que já eram beneficiários do Bolsa Família. O governo espera incluir outros 2,5 milhões de famílias até o fim do ano, totalizando mais de 17 milhões, mas depende, ainda, da aprovação da PEC dos Precatórios, que deve enfrentar dificuldades no Senado.

Quem não está no CadÚnico deve ir a um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para ser incluído na base de dados, o que não garante que o cadastrado receberá os valores. O Ministério da Cidadania será responsável pelos trâmites relacionados à análise de cadastro, junto à Dataprev. Já a Caixa Econômica Federal fará os pagamentos.

 Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, a CEF apenas receberá os dados para pagamento, assim como ocorria com o Auxílio Emergencial. "Nós recebemos todo mês a base das pessoas que receberão os benefícios. Nós já recebemos o Auxílio Brasil e amanhã (hoje) normalmente começa o pagamento", disse, em coletiva transmitida ontem.

 

pri-1711-auxilio-brasil
pri-1711-auxilio-brasil(foto: Thiago Fagundes)

 

Ele também revelou que o aplicativo Caixa Tem, que funciona como uma espécie de conta poupança para os benefícios do governo, agora exibirá aos usuários o valor das parcelas do Auxílio Brasil a receber. "Nós temos uma novidade dentro do canal do Caixa Tem — que é a maior operação bancária digital do Brasil. Já é possível consultar o benefício e as parcelas. Isso é muito importante. Quão seja, todos os beneficiários do Auxílio Brasil podem, pelo Caixa Tem, consultar os benefícios, as parcelas. Isso é uma novidade, nós não tínhamos antes para o Auxílio Emergencial", disse Guimarães.

As demais funções do aplicativo, o pagamento de boletos e contas, transferência de valores, compras com cartão de débito virtual e QR Code e saque sem cartão estão mantidas. Os beneficiários também poderão utilizar o aplicativo Auxílio Brasil, que já está disponível para Android. Até ontem, o número de downloads ultrapassava os 10 milhões na plataforma. Através do novo app, é possível consultar o benefício e as parcelas, ver mensagens sobre o benefício, calendário de pagamento e outras informações sobre o programa.

O presidente da Caixa também revelou que as agências do banco voltarão ao horário de atendimento normal a partir da próxima semana. "Nós voltaremos no dia 23, terça-feira, ao horário normal. Até agora nós estávamos abrindo às 8h. No ano passado, a Caixa abriu 22 sábados. Neste momento, estamos voltando ao normal abrindo às 10h", afirmou.


Correio Braziliense terça, 16 de novembro de 2021

BRASÍLIA TEM A SEGUNDA GASOLINA MAIS CARA DO BRASIL

Brasília tem a segunda gasolina mais cara do Brasil

Preço médio do combustível comum chegou a R$ 7,21, entre 7 e 13 de novembro. No período, perdeu só para o Rio: R$ 7,23

IM
Israel Medeiros
postado em 16/11/2021 06:00
 
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O Distrito Federal está com a segunda gasolina mais cara do país. Na semana passada, o preço médio do combustível comum no DF chegou a R$ 7,214 o litro, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os dados levam em consideração os preços em 47 postos pesquisados, entre 7 a 13 de novembro. A capital federal só perde para o Rio de Janeiro, que teve, no mesmo período, média de R$ 7,237.

Para quem tem automóvel flex e pode optar por abastecer com álcool, a situação não está muito melhor. Quando o assunto é o preço do etanol, o DF também está no alto das unidades da Federação com preço mais caro: média de R$ 6,22/litro. O Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro aparecem no ranking como primeiro e segundo colocados, respectivamente: média de R$ 6,943 e R$ 6,246 cada.

 
 

Ginástica orçamentária

Os altos preços e as perspectivas de novos reajustes pela Petrobras têm levado os moradores de Brasília a rever seu orçamento e até considerar alternativas de transporte. É o que conta o dentista Irlam da Costa, de 29 anos.

"Tem que tirar o orçamento de outras coisas para poder pagar a gasolina, senão deixa o carro na garagem. Não tem como economizar, porque vai num posto e está um preço; procura outro, e o preço está maior ainda", afirmou Costa.

"Está caro, mas, infelizmente, tem que usar gasolina. Uso o carro todo dia, trabalho com ele. Todos os dias eu rodo cerca de 600km", afirmou.

Em 2021, a Petrobras fez 15 reajustes no preço da gasolina nas refinarias — quatro foram reduções — e outros 12 no etanol — três reduções. A alta acumulada este ano é de 74% para o derivado de petróleo e de 61,7%, para o etanol. O último reajuste da estatal foi em 25 de outubro, quando o litro da gasolina teve alta de 7,04% nas refinarias e o diesel, 9,15%. O presidente Jair Bolsonaro anunciou que, para a próxima semana, há a possibilidade de haver nova mexida no preço, mas a Petrobras não confirma.

Para Paulo Tavares, presidente do Sindicombustíveis-DF, a falta do produto em postos pelo país tem contribuído para a disparada nos preços. Conforme salientou, o setor está em adequação dos estoques para conseguir suprir a demanda, algo que deve demorar 60 dias. Sobre a possibilidade de um novo reajuste pela Petrobras em breve, ele alertou que os preços continuam abaixo do que deveria ser.


Correio Braziliense segunda, 15 de novembro de 2021

ENSINO PÚBLICO DO DF LUTA CONTRA O ABANDONO ESCOLAR NA PANDEMIA

 

Ensino público do DF luta contra o abandono escolar na pandemia

Além dos danos diretos causados aos jovens que interromperam os estudos durante a crise sanitária, o mercado de trabalho costuma rejeitar a mão de obra daqueles que não concluíram o ensino médio

EH
Edis Henrique Peres
postado em 15/11/2021 06:00 / atualizado em 15/11/2021 08:16
 
 (crédito:  Minervino Júnior/CB)
(crédito: Minervino Júnior/CB)

A crise sanitária do novo coronavírus dificultou o acesso ao ensino dos estudantes do Distrito Federal. Alguns alunos não tiveram como continuar os estudos devido a problemas como falta de acesso à tecnologia e internet ou pela necessidade de se tornarem provedores da renda familiar de suas casas. Com isso, o abandono escolar se fez presente nas unidades de ensino, e professores se mobilizaram na tentativa de resgatar os alunos de volta para as escolas. Além dos danos imediatos de perda educacional, especialistas avaliam que a falta de formação pode resultar em aumento do desemprego nos próximos anos.

Para o coordenador, o caminho é uma busca ativa das escolas pelos alunos que abandonaram o ensino. "É preciso ocorrer articulação com a assistência social, o conselho tutelar e entender porque o aluno não está voltando às aulas. Vale lembrar que a evasão afeta toda a sociedade. Ela é o fantasma da educação, pois representa o pior cenário. É preferível um aluno com dificuldades na escola, do que totalmente fora dela. Sem falar que a escolaridade tem uma relação muito forte com a renda: quanto menos escolaridade, mais difícil é adentrar no mercado formal de trabalho e mais impactos da violência e criminalidade essa pessoa pode sofrer", destaca Ivan.

A Secretaria de Educação disse que as escolas realizam busca ativa "por meio de contato com os pais ou responsáveis". "Por isso, é muito importante que mantenham os dados de contato sempre atualizados na escola. Mudou de endereço, telefone, e-mail, WhatsApp: avisa a escola", orienta a pasta.

Segundo a secretária de Educação Hélvia Paranaguá, a pasta ainda está fazendo o levantamento, mas alguns dados já apontam a desistência, principalmente de crianças em situação de vulnerabilidade social. "Há muitos meninos do ensino médio que foram trabalhar porque o pai ficou desempregado. Alguns que recebiam o bolsa família e outros programas sociais não retornaram à escola e vamos fazer uma busca ativa para trazê-los de volta. Antes, a presença escolar era fundamental para o recebimento do benefício, como nesse período não houve essa exigência, eles evadiram e abandonaram a escola", disse, em entrevista ao CB.Poder — programa do Correio em parceria com a TV Brasília — no último dia 3.

Busca ativa

Quem enfrentou o desafio de encontrar os alunos foi o Centro de Ensino Médio (CEM) 03 do Gama. Rosilene Nóbrega, diretora da unidade de ensino, conta que a escola possui 1.315 alunos matriculados, e que no começo da pandemia sofreu o impacto de cerca de 35% de abandono entre os estudantes. "Esse período foi complicado porque os nossos alunos ficaram desmotivados, outros não tinham acesso à internet ou celular, além daqueles que tiveram que trabalhar para ajudar os pais. A escola montou uma força-tarefa para ir atrás deles. Ligamos nos contatos, mas a maioria estava desatualizada. Então, começamos a ir diretamente nos endereços, mas como muitos pais moravam de aluguel e tinham perdido o emprego, vários tinham se mudado", relata.

Apesar das dificuldades, a escola conseguiu trazer de volta grande parte dos estudantes. "De setembro de 2020 até o fim do ano, reduzimos o abandono de 35% para 23%. Este ano, continuamos o nosso trabalho e diminuímos o índice para 12%. Continuamos o nosso papel para mostrar ao aluno que ele deve voltar à escola. Para isso, buscamos dar condições para que esse retorno aconteça. Durante o ensino remoto, por exemplo, fizemos campanhas para arrecadar celulares usados e entregar os aparelhos para os estudantes que não tinham. O nosso foco é não perder nenhum aluno, e nosso esforço valeu a pena, porque 14 alunos nossos conseguiram ingressar na UnB (Universidade de Brasília) pelo PAS (Programa de Avaliação Seriada)", conta.

Retorno

Vinicius Alves Soares, 17 anos, morador do Gama e estudante do terceiro ano do ensino médio, foi um dos estudantes do CEM 3 que buscou orientação na escola para retornar aos estudos. Em 2020, mesmo com a pandemia, Vinícius revela que participou bastante das aulas. "Cheguei a trabalhar em 2020, mas participei do ensino remoto", relata. A dificuldade veio em 2021, quando Vinícius começou a trabalhar o dia inteiro. "Trabalhei como ajudante de serragem, e era o dia todo no serviço. Por isso foi difícil conciliar os estudos. Antes de voltar (a estudar), eu cheguei a ir na escola para verificar se compensava eu tentar continuar os estudos", detalha.

"A escola me falou que eu ainda conseguiria me formar se me esforçasse bastante, entregasse as atividades e não faltasse mais. Acabei saindo do emprego para conseguir me dedicar. Ainda não sei o que quero estudar na faculdade, mas venho tentando ser jogador de futebol. Ainda assim, quero terminar os estudos para garantir a faculdade depois", pondera.

O estudante do terceiro ano do ensino médio explica: "não foi algo que eu decidi, simplesmente chegava o horário da escola e eu não conseguia ir, porque tinha que entrar mais cedo no serviço ou tinha chegado muito tarde em casa, estava muito cansado. E o horário não dava para conciliar. Mas agora eu estou buscando voltar, e a escola vem tentando ajudar". Marcos Paulo, também conhecido Daiki Zi, confessa o sonho de ser cantor. “Comecei agora a trabalhar com música, sou cantor e compositor. Montei um estúdio com o meu irmão, a gente faz rap/trap”, se anima.

Professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), Catarina Almeida Santos destaca que falta amparo do Estado para os estudantes. "Muitos estão abandonando a escola para buscar uma forma de sobrevivência. O Estado precisa fornecer condições para que o aluno permaneça na escola sem passar fome. Não é que o aluno queira deixar os estudos, mas ele não tem opção. Foram vários os relatos de estudantes de 14 anos deixando a escola para ir trabalhar na construção civil, o que é trabalho infantil. O que precisa ser feito é estabelecer políticas que garantam renda mínima para que eles não precisem escolher entre estudar ou se alimentar", frisa.

Catarina também destaca o perigo da redução da idade mínima de trabalho. "A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 18 quer permitir que jovens de 14 anos comecem a trabalhar. Primeiro que já temos milhões de pessoas desempregadas, então não é necessário que jovens nessa faixa-etária assumam empregos, pois já temos mão de obra disponível. O foco deles trabalharem é porque são jovens e acabam recebendo menos e sendo explorados", destaca.

Danos

A evasão escolar se reflete no mercado de trabalho. Simone Gontijo, professora do Instituto Federal de Brasília (IFB) e doutora em educação, avalia que o preço da "exclusão da juventude do contexto escolar é alto, e é pago por todo o país". "Os pais tiveram perda de emprego ou diminuição do salário, e os jovens precisaram ocupar postos de trabalho. O aluno passa por essa necessidade urgente de sobrevivência; é praticamente uma exclusão do estudante do processo escolar. Ele não sai da escola por vontade própria e acaba indo para um trabalho desqualificado, que não tem os direitos legais do trabalhador garantido", ressalta.

Matheus Silva de Paiva, economista e coordenador do curso de economia da Universidade Católica de Brasília (UCB), destaca que um dos maiores problemas do mercado de trabalho é a falta de qualificação. "Os empresários reclamam muito da falta de mão de obra qualificada. Eles até querem empregar, têm vontade de contratar, mas a pessoa não dura muito tempo, pois não dá conta do serviço. É terrível para os jovens abandonarem as escolas, porque vai na contramão do que os empresários estão precisando", salienta.


Correio Braziliense domingo, 14 de novembro de 2021

COMÉRCIO DO DF SE PREPARA PARA O NATAL E ESPERA CRESCIMENTO NAS VENDAS

Comércio do DF se prepara para o Natal e espera crescimento nas vendas

Venda de árvores, pisca-pisca e presépio deve movimentar o fim de ano. Sindivarejista estima alta nas vendas de 10% a 12% nesses itens este ano

CM
Cibele Moreira
postado em 14/11/2021 06:00
 
 (crédito: Fotos:  Carlos Vieira/CB/D.A Press)
(crédito: Fotos: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Faltando pouco mais de um mês para o Natal, os brasilienses começam a busca por itens natalinos. Árvores, pisca-pisca, papai-noel, presépio e outros artigos decorativos devem movimentar a economia local neste fim de ano. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), há uma expectativa de aumento de 10% a 12% nas vendas desses produtos em 2021, quando comparado com o mesmo período de 2020. Uma boa perspectiva para o setor que sofreu durante o período de pandemia.

Presidente do Sindivarejista, Edson de Castro prevê que a liquidação de produtos e promoções serão os principais atrativos do comércio, com um fluxo de 95% das compras por cartão de crédito. "Estamos com uma expectativa excelente. Os empresários estão muito confiantes para este ano. Agora, no início de novembro, o movimento ainda está pequeno. Estamos apenas começando", afirma.

Gerente de uma loja de artigos de decoração para casa, na Feira dos Importados, Viviane Xavier, 34 anos, conta que percebeu um aumento nas vendas de fim de ano. "Por incrível que pareça, 2020 foi um dos nossos melhores faturamentos na loja. E já estamos superando o fluxo de procura neste ano", ressalta. Para ela, uma das coisas que tem contribuído para esse cenário são os preços. "Conseguimos segurar, mesmo com a crise, não repassamos o valor para o cliente. Isso ajuda muito", argumenta Viviane.

Moradora do Guará, Rayanne Araújo Bastos, 29, destaca que esta é a primeira vez vai decorar a casa para o fim de ano. "Sempre temos o costume de reunir a família no dia de Natal, mas não montamos a árvore e essas coisas. Agora, com a minha sobrinha pequena, de 2 anos, queremos criar memórias deste período natalino", relata. "Estamos pesquisando os preços, vendo como vamos fazer ainda", finaliza a empresária.

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio), José Aparecido Freire, pondera que o dólar, a alta da inflação e do combustível são os grandes vilões para o setor neste fim de ano. "Isso atrapalha bastante, mas estamos com uma perspectiva positiva para 2021. Devemos chegar no mesmo patamar de vendas do registrado no segundo semestre de 2019", adianta. De acordo com Freire, a Black Friday deve impulsionar o segmento. "Esperamos entrar em 2022 com muita coisa boa", finaliza.


Correio Braziliense sábado, 13 de novembro de 2021

ALTERNATIVAS PARA FAZER O DF CRESCER

 

Alternativas para fazer o DF crescer
 
 
Para descolar economia do serviço público, especialistas sugerem mais investimentos em outros setores, como tecnologia e construção civil. Saídas envolvem novos olhares para o desenvolvimento

 

Publicação: 13/11/2021 04:00


O secretário de Economia do Distrito Federal, André Clemente, afirmou nesta semana que há um plano estratégico em andamento para descentralizar do setor público as atividades do sistema econômico local. Esse segmento representa, atualmente, 46,1% da composição do produto interno bruto (PIB) referente ao grupo de serviços (leia abaixo). Para o chefe da pasta, o peso da administração pública poderia levar a capital do país ao colapso. Especialistas na área divergem desse entendimento, mas apontam o investimento em outras áreas do setor produtivo como uma eventual saída.
 
À reportagem, Clemente detalhou o posicionamento — expresso no evento Correio Talks, na última quarta-feira. “Despende-se muito com pagamento da folha de servidores. Gastando consigo mesmo, o governo não tem capacidade de investimento e expansão. E o dinheiro para de circular da forma que deveria: por meio de consumo privado, pagamento de impostos, entre outros”, afirma. O risco do colapso, segundo o secretário, decorre da possibilidade de haver mais dispêndios que receita. “A máquina pública é essencial, mas não pode ‘matar’ o resto da economia. Não que não seja necessário (o funcionalismo público), mas não pode ser o principal componente da matriz econômica. É isso que precisamos mudar”, defende.
 
Presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-DF), César Bergo comenta que a proposta do secretário é antiga. “Há muito tempo, sabe-se que é preciso buscar uma solução. Do jeito que está, não dura muito tempo”, acredita. Ele avalia que a capital federal não conseguirá abrir mão por completo do serviço público, mas considera necessária a inversão do modelo atual. Para isso, ele defende a busca por alternativas. Entre os ramos promissores estariam a tecnologia e a construção civil. “São áreas que promovem um ciclo de geração de empregos e arrecadação de impostos. Com investimento em obras, há abertura de vagas. Um empurra o outro. Mas, na busca por essa solução, não podemos cometer erros de tentar trazer para Brasília polos que a cidade não comporta”, frisa o economista.
 
Dionyzio Klavdianos, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), afirma que o setor será necessário para auxiliar no crescimento econômico. Ele entende que o ramo permite fazer o sistema girar, além de movimentar os mercados comercial e imobiliário. “Em uma cidade com essa área forte, é muito provável que haja outras indústrias ativas, porque geramos demanda. É um exemplo de como a área pode ajudar a economia”, reforça.
 
Para o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF), Eduardo Aroeira, a construção civil depende pouco do governo. Por isso, representa uma saída de migração econômica. Neste ano, inclusive, a expectativa é de que a arrecadação do setor supere todos os resultados da série histórica, iniciada em 2007. “Para as vendas, a expectativa é de que chegue à casa dos R$ 3 bilhões, o que será recorde para o mercado nos últimos sete anos”, calcula.
 
A fim de trazer mais tecnologia para o DF, na próxima semana, representantes do governo distrital receberão os fundadores do Web Summit, evento sobre o tema que reúne desde grandes empresas a pequenos negócios do setor. A intenção é promover uma edição na capital federal. “Temos uma excelente rede hoteleira e muitos espaços para sediar o Web Summit no Brasil, que movimentará milhões na economia local”, ressalta o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gilvan Máximo.
 
Além dessa proposta, a pasta informou em nota que tem ao menos dois outros projetos voltados para incentivar a área. Tratam-se dos programas Wi-Fi Social — que oferece internet gratuita em pontos públicos da cidade — e o Vem DF, que disponibiliza carros elétricos aos funcionários do Executivo local.
 
Contraponto
 
Para o economista Newton Marques, o Distrito Federal se estruturou, ao longo dos anos, de modo dependente do serviço público, que responde por cerca de 60% do capital em circulação. No entanto, ele lembra que, apesar da estabilidade salarial dos servidores, o setor pode representar um risco em situações de crise, caso haja congelamentos ou até enxugamento da máquina pública. “Se o funcionalismo for definhando, a economia, de certa forma, também vai. Se pararem de comprar, por exemplo, devido a uma crise, toda a parcela que eles representam será prejudicada”, opina.
 
Em complemento, ele ressalta que a máquina pública precisa atender a uma demanda de pessoas de outras unidades da Federação que se mudam para o DF devido à função pública e acabam por morar e se aposentar na capital do país. “Por esses fatores, seria interessante ter uma troca de foco. Mas não é algo simples de ser feito. Precisa ser muito bem pensado e com planejamento. Uma das primeiras discussões, por sinal, é saber as limitações ambientais, energéticas e de abastecimento para entender quais tipos de atividades e indústrias podem ser implementadas aqui”, acrescenta Newton Marques. 
 
Roberto Piscitelli, professor de finanças públicas da Universidade de Brasília (UnB), pontua que a ideia de descentralização do funcionalismo não garante melhorias para a economia. “Há serviços bons tanto no setor público quanto no privado, assim como há maus exemplos em ambas as áreas”, destaca. Para ele, neste momento, é necessário desenvolver formas de fortalecer a administração distrital. “O prazo de 2030 é muito perto. É daqui a nove anos. Na minha visão, não temos essa perspectiva de colapso.”
 
O professor afirma que o Estado não precisa ter lucros, mas, sim, meios de atender a população com qualidade. “Devem-se prestar os serviços de que os habitantes carecem. É recomendável que o governo tenha recursos para investir, mas ter mais ou menos gastos com o funcionalismo público não é mérito ou demérito para ninguém”, argumenta Piscitelli, para quem a visão sobre servidores serem um peso e que, sem eles, a economia seria melhor é “pura ideologia”.


Cinco medidas


Caminhos que podem auxiliar no desenvolvimento de outras áreas do setor produtivo

» Facilitar o acesso a benefícios econômicos e fiscais;

» Diminuir impostos para o funcionamento de empresas;

» Oferecer oportunidades de crédito e linhas para fomento;

» Favorecer a logística para acesso e distribuição dos produtos;

» Garantir segurança jurídica para a abertura de novos negócios.

Fontes: Eliseu Silveira, advogado de direito público, e Valdir Oliveira, superintendente do Sebrae-DF

Correio Braziliense sexta, 12 de novembro de 2021

IMUNIZAÇÃO ALCANÇA 70% DO PÚBLICO-ALVO

 

Imunização alcança 70% do público-alvo
 
Taxa da população acima de 12 anos que completou ciclo vacinal com duas doses contra a covid-19 alcançou 70,2% ontem. Secretaria de Saúde promoverá, em 20 de novembro, Dia D para alcançar público que não procurou postos de atendimento

 

CIBELE MOREIRA

Publicação: 12/11/2021 04:00

O Distrito Federal ultrapassou, ontem, a marca de 70% da população acima dos 12 anos totalmente imunizada contra a covid-19. A próxima meta da Secretaria de Saúde (SES-DF) é alcançar, ao menos, 95% do público-alvo com as duas aplicações ou a vacina de dose única. Para isso, a pasta prepara uma força-tarefa em pontos estratégicos da capital. A ação, marcada para 20 de novembro, ocorrerá em 10 regiões administrativas, nos pontos de grande circulação de pessoas. O objetivo é alcançar quem, por algum motivo, ainda não compareceu às unidades básicas de saúde (UBS) ou aos postos drive-thru.
Os registros da SES-DF contabilizam 257.717 brasilienses nessa condição, quantitativo que engloba mais de 57 mil adolescentes entre 12 e 17 anos — 20% do total de pessoas nessa faixa etária no DF. Para atingir o público não alcançado até o momento, o novo mutirão ocorrerá em duas frentes. A primeira terá equipes volantes nas ruas para atender a população com mais de 18 anos que não iniciou o ciclo vacinal. Os mais novos deverão se dirigir a UBSs específicas, onde haverá aplicação de imunizantes da Pfizer/BioNTech e das doses de reforço — segunda (D2) e terceira (D3).
Os locais e horários de funcionamento dos pontos volantes estão em fase de definição. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, afirmou que os administradores regionais vão repassar à SES-DF os endereços dos respectivos pontos de maior circulação de pessoas nos fins de semana. Com essas informações, a pasta detalhará onde os profissionais atuarão. Mesmo assim, a previsão é de que o atendimento ocorra perto das UBSs. “Dessa forma, se um adolescente passar por nossas equipes (volantes), ele poderá ser direcionado para receber a vacina na unidade mais próxima”, destacou Valero, em coletiva de imprensa ontem.
Planejamento
Na avaliação da pasta, o momento é ideal para a promoção de uma iniciativa desse porte. A secretaria tem doses suficientes para fazer a busca ativa, segundo o subsecretário, e planeja ampliar o alcance da campanha de imunização contra a covid-19 no DF com mais ações desse tipo. “Minha expectativa é de que cheguemos, minimamente, a 95% da população vacinada. Assim, teremos uma cobertura vacinal ideal”, ressaltou Divino Valero. “Quanto mais pessoas vacinarmos, mais conseguiremos garantir que, se houver uma terceira onda, por exemplo, ela não passe de uma marola.”
O Dia D terá mais de 100 profissionais da saúde, mobilizados em cerca de 30 pontos de aplicação dos imunizantes. As regiões administrativas que contarão com a força-tarefa são: Ceilândia, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Planaltina, Plano Piloto, Samambaia, Santa Maria, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Taguatinga.
Na ação volante, as equipes vão orientar quem está no prazo para tomar a segunda dose, bem como orientar idosos e profissionais de saúde que completaram o ciclo vacinal há, no mínimo, seis meses a procurar uma UBS. Quem estiver apto a receber a primeira dose (D1) será vacinado no posto móvel. Basta apresentar documento com foto e número do CPF. O sistema que fará o cruzamento de dados para fins de cadastro e controle do público atendido é o mesmo usado atualmente pela SES-DF.
Até ontem, a capital federal tinha 2.265.422 milhões de pessoas vacinadas com a D1. Desse total, 1.693.199 concluíram o ciclo — 70,2% do público com mais de 12 anos, parcela apta a receber as doses. Para a infectologista Ana Helena Germoglio, o ritmo de vacinação do DF melhorou nos últimos meses. “O grande problema que existe é na faixa dos adultos jovens. Uma parcela não buscou as doses por achar que a situação está resolvida ou por pensar que, caso pegue a covid-19, não vai desenvolver a forma grave da doença”, avalia a médica, que defende campanhas frequentes de busca ativa. 
Dos pacientes internados atualmente nos hospitais de campanha, 80% não tomaram sequer a D1. Os outros 20% estão com ciclo vacinal incompleto. “Os números só confirmam a importância da imunização. E, se as pessoas continuarem não se vacinando, poderemos ter uma variante nova e novos surtos da doença”, destaca Ana Helena.
 
Três perguntas para
 
Wildo Navegantes, professor de epidemiologia da Universidade de Brasília (UnB)
 
Como você avalia o ritmo de vacinação contra a 
covid-19 no DF?
O ritmo atual de vacinação, seja com a primeira ou a segunda dose para quaisquer idades, não passa de 1% ao dia em uma unidade federativa relativamente pequena. A oferta de vacina precisa chegar às casas das pessoas, pois, a comunidade nem sempre tem condições de buscar pontos drive-thru ou centros de saúde, seja pela falta de transporte ou de tempo. As estratégias de visitas às casas seria o ideal, com um “arrastão da vacina” nas comunidades. Além disso, faltam negociações com associações, sindicatos e entidades para que essas instituições negociem meios de dinamizar a oferta das vacinas para funcionários, para o público em eventos, para escolas.
 
Será possível um réveillon sem máscara?
O olhar da ciência me propõe que recomendemos cautela. Estamos em pleno espalhamento da variante Delta no DF, a cobertura vacinal não é tão alta, e o fluxo de pessoas de outros países permanece. Os voos estão cheios, pois somos um hub com trânsito nacional e internacional de pessoas, devido ao fato de se tratar da capital do país. Recomendo paciência, prudência, máscaras, álcool em gel, vacinas. O vírus não vai dar trégua se não nos ajudarmos. A situação está crítica na Turquia, em algumas partes dos Estados Unidos... A pandemia não acabou.
 
Para 2022, a população pode esperar o retorno à vida pré-crise sanitária?
Espero que tenhamos aprendido com a pandemia. Por que não usar máscara se você estiver com sinais de gripe? Por que não continuar higienizando as mãos? Por que, ao tossir, não colocar o canto do braço flexionado à frente da boca? Por que ir para uma sala de aula, por exemplo, sem que os envolvidos estejam obrigatoriamente vacinados? Temos de nos preocupar com todos. Meu direito de não me vacinar não é maior que o direito de proteger os demais. Espero que tenhamos aprendido que o cuidado de si e das pessoas passa por mudanças de hábitos. Se voltarmos ao que era antes, será como não termos aprendido nada. 
 
Transmissão estabilizada
A taxa de transmissão da covid-19 no Distrito Federal se mantém estável. Ontem, o indicador ficou em 0,69 pelo segundo dia consecutivo. O resultado é o menor registrado neste e demonstra que cada grupo de 100 infectados pelo novo coronavírus é capaz de transmiti-lo para, em média, outros 69 indivíduos.
No entanto, o DF apresentou leve crescimento na quantidade de casos da doença. O mais recente boletim epidemiológico diário divulgado pela Secretaria de Saúde registrou 146 novos casos da covid-19 — sete a mais que os confirmados na quarta-feira. Apesar da soma de ontem, a média móvel referente aos últimos sete dias teve queda de 41,8% na comparação com o verificado duas semanas antes. O total de infecções chegou a 516.340.
Em relação às mortes, a pandemia fez 10.947 vítimas na capital federal. Nove delas entraram para a estatística da pasta ontem, após a confirmação dos óbitos — ocorridos entre 7 de setembro e 10 de novembro. A média móvel também fechou a quinta-feira em queda e foi 38,9% menor que a de 14 dias antes.  
 
2,26 milhões
Pessoas com mais de 12 anos vacinadas com a primeira dose
 
1,69 milhão
Público acima de 12 anos que completou o ciclo vacinal
 
257 mil
Brasilienses não tomaram qualquer dose contra a covid-19 

Correio Braziliense quinta, 11 de novembro de 2021

APOSTA NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Aposta nas micro e pequenas empresas

 

Publicação: 11/11/2021 04:00


Representando o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Nacional, Valdir Oliveira abriu a apresentação no Correio Talks em defesa do papel do setor privado como motor do desenvolvimento na capital federal. “Temos de nos desvincular do Estado provedor”, sentenciou. No entanto, lembrou que a pandemia trouxe, como consequência, “um grande empobrecimento da população”, além de impactos para os micro e pequenos negócios. “Tem muita gente passando fome no Brasil, e Brasília não está fora desse problema”, alertou.
 
Para Valdir, a reconstrução econômica passa, obrigatoriamente, pela distribuição de renda. Nesse contexto, ele lembrou que os negócios menores concentram 52% dos empregos no Brasil e 27% do produto interno bruto (PIB) do país. “Apostar nelas (micro e pequenas empresas) é apostar na distribuição de renda”, reforçou.
 
No sentido da reconstrução da economia, o representante do Sebrae apontou caminhos. Um deles envolve fazer de Brasília um polo de inovação em ciência e tecnologia, por meio do incentivo à vocação do Distrito Federal para ser um “grande distribuidor do Brasil” — devido à posição geográfica da capital do país, vantajosa para o setor de logística. Além disso, Valdir Oliveira fez dois pedidos ao secretário de Economia do DF, André Clemente: mais linhas de crédito para fomento e aceleração da desburocratização para o ambiente de negócios.
 Formalização
O superintendente do Sebrae no DF aproveitou o evento para destacar as dificuldades que microempresários enfrentaram na hora de obter recursos emergenciais oferecidos pelos pelos governos federal e local em virtude da crise sanitária. “Nossas microempresas não tiveram condições de acessar crédito na pandemia. Pelas circunstâncias, elas acabaram meio abandonadas”, lamentou. O pedido por mais linhas levou em conta a situação pela qual esse setor passou: “(Sem crédito para fomento), nossos pequenos negócios não conseguirão sobreviver”.
 
Ao longo do debate, o gestor citou o problema dos trabalhadores informais e os diferenciou daqueles que chamou de “oportunistas”. Para combater o problema, Valdir sustentou a necessidade de investimentos na formalização, mas sem perseguições. “Ninguém quer combater o informal, que só quer sobreviver; quer combater o oportunista, aquele que para um caminhão enorme nos lagos (Sul e Norte), nas regiões mais ricas, e tiram (do veículo) móveis de R$ 10 mil para vender (aos moradores), enquanto nossas lojas estão sofrendo”, exemplificou.
 
Por fim, o porta-voz do Sebrae lembrou que o DF tem, atualmente, cerca de 350 mil negócios legalizados, com CNPJ registrado. Desses, a maioria — cerca de 200 mil — representa microempresários individuais (MEIs). Entre o restante, aproximadamente 100 mil são microempresas, e o restante (50 mil), são pequenas, médias e grandes. “Apostar nesses pequenos negócios é apostar no desenvolvimento do DF”, concluiu.

Correio Braziliense terça, 09 de novembro de 2021

CAPA DA EDIÇÃO DE 09.11.21

Jornal Impresso


Correio Braziliense segunda, 08 de novembro de 2021

BRASILEIRÃO: TEVE FESTA NO MINEIRÃO

Jornal Impresso

 

Teve festa no Mineirão
 
 
Atlético-MG derrota o América e continua sua arrancada rumo ao título. Em um estádio lotado, com mais de 60 mil torcedores, Galo vence clássico por 1 x 0, gol do lateral-esquerdo Guilherme Arana

 

Publicação: 08/11/2021 04:00

O Atlético-MG deu mais um passo rumo ao título do Campeonato Brasileiro. O Galo venceu o clássico contra o América-MG por 1 x 0, gol de Guilherme Arana, no segundo tempo. O Mineirão recebeu o maior público desta temporada no futebol brasileiro. Com a vitória, o Atlético-MG chegou aos 65 pontos e abriu 12 pontos de vantagem para o Flamengo, agora terceiro colocado (com dois jogos a menos). O Palmeiras, que bateu o Santos, tem 55, e voltou à vice-liderança.
 
Já o América-MG caiu uma posição. O Coelho fica no 11° lugar, com 38 pontos. A equipe alviverde foi ultrapassada pelo Athletico-PR, que venceu o Bragantino. Os dois times voltam a campo na próxima quarta-feira. O Atlético recebe o Corinthians, no Mineirão, às 19h. O América joga contra o Sport, na Arena Pernambuco, às 21h30.
 
Atlético e América entraram em campo com novidades. O Galo, sem Jair, Nacho e Diego Costa (o último começou no banco), atuou com três atacantes (Vargas e Savarino foram titulares). No Coelho, Felipe Azevedo assumiu o lugar de Rodolfo. As estratégias foram claras para o duelo. O Atlético, com mais posse de bola, tentava encontrar espaços diante de um América mais fechado, que, por sua vez, apostava nos contra-ataques para decidir as jogadas rapidamente.
 
Finalizações
 
Nos primeiros 26 minutos, foram 12 finalizações, seis para cada time. O Atlético tinha dificuldades, mas buscava jogadas em  velocidade. O América, sem  infiltrar para chegar na cara de Everson, apostava nas finalizações de longa distância. No fim da etapa inicial, a grande chance. Vargas acionou Hulk e passou para receber. O chileno saiu na cara de Cavichioli, mas o chute raspou na trave.
 
O jogo recomeçou com os dois times intensos em busca do gol. Nos primeiros minutos, foram três grandes chances criadas. O técnico Cuca mexeu no Atlético para dar mais força ofensiva ao time. Savarino deixou o campo para a entrada de Diego Costa. E a substituição surtiu efeito imediato. Vargas arrancou da esquerda para a direita e encontrou Mariano nas costas da defesa. O lateral-direito cruzou, encontrando Diego Costa. O centroavante ajeitou para Hulk, que deixou a bola escapar. Guilherme Arana apareceu, chutou sem chances para Cavichioli e explodiu o Mineirão: 1 x 0 .
 
Depois do gol, o Atlético recuou as linhas, deu a bola para o América e esperou o contra-ataque. O Galo criou boas oportunidades, mas parou no goleiro Matheus Cavichioli. No fim, o Atlético segurou a bola para dar menos chances ao América. Ao apito final, festa da massa, que vê o fim do jejum de 50 anos sem o título brasileiro cada vez mais próximo.

Correio Braziliense domingo, 07 de novembro de 2021

NEY MATOGROSSO: NEY PROVOCADOR

Confira a Capa do Jornal Correio Braziliense do dia 07/11/2021

 

Ney provocador
 
 
 
Retomando as apresentações presenciais e lançando um novo álbum, Ney Matogrosso falou ao Correio sobre sua produção durante a pandemia e a vontade de voltar a Brasília

 

Irlam Rocha Lima

Publicação: 07/11/2021 04:00

Há algum tempo, Ney Matogrosso subverte o processo artístico. Ele sai em excursão e, após maturar suas músicas de trabalho, vai para a gravação do álbum com o repertório das apresentações. Isso ocorreu com Bloco na rua, turnê que gerou CD homônimo, em 2019, e o manteve na estrada até 2020, com a interrupção imposta pela pandemia. Em casa, ao se ver diante de uma quarentena, inquieto, o cantor se debruçou sobre outro projeto. Surgia ali Nu com minha música, o álbum recém-lançado. 
Diante das constantes solicitações, Bloco na rua mantém-se em cartaz e tem apresentações previstas até junho de 2022. Por ter assumido esses compromissos, Nu com minha música não deve ir aos palcos no próximo semestre. Assim, os fãs só poderão ouvir as 12 faixas no Spotify. Posteriormente, o registro sairá no formato físico com encarte, no qual estarão em destaque letras das canções, fotos do ídolo e informações complementares.
Ao contrário do que o título possa sugerir, a capa traz apenas o rosto marcante de Ney. Nos textos de algumas composições, porém, aflora a sensualidade característica do artista. Ele chegou a pedir a Vitor Ramil para escrever nova estrofe de Noturno, que resultou em: “Eu vivo cada segundo/ De cada nova despida/ Tudo é nudez e passagem/ Tudo é visagem e amor/ Eu ouço cada palavra/ De cada frase não dita/ A minha boca era a tua/ A tua boca era minha”. Já em outras, como Faz um carnaval comigo(Pedro Luís e Jade Beraldo), o erotismo é levado às últimas consequências: “Não quero saber da hora/Tá rolando, tá agora/Te devoro, me devora.”O álbum foi antecedido por um EP que trazia Nu com minha música (Caetano Veloso), Miunicórnio azul (Sylvio Rodriguez e Pablo Milanés), Se não for amor eu cegue (Lenine e Lula Queiroga) e Gita (Raul Seixas e Paulo Coelho), que chegou às plataformas digitais no dia 1º de agosto, data em em que Ney comemorou 80 anos.
Todo o repertório ele trouxe de seu baú musical, ao qual recorre sempre que planeja algum show ou disco. Lá, estão bem guardadas canções de diferentes estilos e períodos, descobertas de variadas maneiras. Todas as 12 gravações são inéditas na sua voz. A mais nova delas é Estranha toada, do jovem compositor pernambucano PC Silva, que lhe foi apresentado durante uma festa na casa de Zé Maurício Machline, criador e produtor do Prêmio da Música Brasileira.
Entre as selecionadas estão os clássicos Quase um segundo, balada pop de Herbert Vianna; Espumas ao vento (Aciolly Neto), gravada originalmente por Raimundo Fagner; e Sua estupidez (Roberto e Erasmo Carlos), que Gal Costa registrou no lendário LP Fatal, do começo da década de 1970. A elas se juntam a pouco conhecida Boca (Rafael Rocha) e Sei dos caminhos, precioso resgate da obra do grande Itamar Assumpção.
Com o intuito de oferecer um trabalho que se caracteriza, ainda mais, pela diversidade, Ney Matogrosso convidou Leandro Braga, Marcello Gonçalves, Ricardo Silveira e Sacha Ambach, renomados instrumentistas que o têm acompanhado em diferentes projetos, para criarem arranjos das canções, reunidas em três blocos. Foram eles que escolheram os músicos para, em diferentes formações, acompanharem o cantor. 
Ao Correio, Ney se desnudou, metaforicamente, para falar do processo de criação do novo álbum e do momento de retomada das apresentações.
   Entrevista / Ney Matogrosso
 
Quando você decidiu 
gravar este disco?
Assim que interrompi a turnê do Bloco na rua, por conta da pandemia, voltei para casa e pensei com que me ocuparia durante a quarentena. Então, fui rever a lista de músicas que venho fazendo há algum tempo já pensando num novo disco. A lista é grande e dela fiz a escolha desvinculada de estilos. São canções que ainda não havia gravado, nem cantado em shows.
 
Quais foram as primeira selecionadas?
Nu com minha música, do Caetano; Sua estupidez, de Roberto e Erasmo; e Gita, de Raul Seixas, já estavam na minha mira; assim como Espumas ao vento, que tinha ouvido na voz do Fagner.
 
Ao imprimir suavidade em Sua estupidez, quis diferenciar da interpretação de Gal Costa, 
no CD Fatal?
Não vejo na letra algo que tenha a ver com uma briga, ou desentendimento de um casal, mas, sim, a busca de aconchego. Por isso sugeri o arranjo que me levou a interpretá-la com suavidade.
 
Quando gravou o álbum e por 
que deu como título o nome 
da canção do Caetano?
As gravações ocorreram em junho último e a escolha de Nu com minha música tem a ver com a letra, na qual o Caetano se reporta às turnês, algo tão presente em minha vida, desde o início da carreira, há 50 anos.
 
Como era um projeto de estúdio, com canções inéditas na sua voz, optou por, inicialmente, 
lançar um EP?
Este é o meu primeiro disco pela Sony Music, e o pessoal da gravadora sugeriu que eu lançasse o EP, no dia 1º de agosto, quando completei 80 anos.
 
Você, que perdeu vários amigos durante a epidemia do HIV, como viu a afirmação do Bolsonaro que a vacina pode transmitir aids?
Não consigo entender como uma pessoa que ocupa a Presidência da República é capaz de proferir uma asneira como essa, que só reafirma seu negacionismo e o seu preconceito.
 
Lançar este trabalho no momento em que a cultura vem sendo aviltada não é temerário?
A cultura brasileira é muito forte e supera todos os obstáculos que lhe são impostos. Nesse retorno das atividades artísticas, sabe-se que, com o devido cuidado, as pessoas estão prestigiando os shows, as peças teatrais, os filmes e as exposições.
 
Já retomou a turnê de Bloco na rua?
Retomei com um show em São Paulo e estou com a agenda cheia até junho de 2022. Neste mês, faço apresentações em capitais do Nordeste e, em dezembro, aqui no Rio. Também em dezembro faço um show com renda para o Instituto Cazuza, no Hotel Emiliano, em Copacabana. Quero voltar a Brasília, onde já estive duas vezes com o Bloco na rua.

Correio Braziliense sábado, 06 de novembro de 2021

CAPA DA EDIÇÃO DE 06.11.21

Jornal Impresso


Correio Braziliense sexta, 05 de novembro de 2021

CAPA DA EDIÇÃO DE 05.11.21

Jornal Impresso


Correio Braziliense quinta, 04 de novembro de 2021

CAPA DA EDIÇÃO DE 04.11.21

Jornal Impresso


Correio Braziliense quarta, 03 de novembro de 2021

NOVAS VOZES PARA GRANDES LEGADOS

Jornal Impresso

 

Novas vozes para grandes legados
 
Cantores, como o sambista Péricles (foto) investem em antigos trabalhos, de diversos gêneros, conhecidos nas vozes de artistas famosos e, com novas interpretações, dão longevidade a grandes canções e apresentam as versões às novas gerações.
 
Cantores com trajetórias consolidadas têm investido em releituras de sucessos gravados por outros artistas também famosos

 

Isabela Berrogain*
Pedro Ibarra

Publicação: 03/11/2021 04:00

Cantar canções que fizeram sucesso na voz de outras pessoas pode ser uma grande responsabilidade. Porém, muitos artistas estão entrando nessa empreitada e apostando em releituras de músicas que marcaram época. A aposta nas novas interpretações passa por cantores de diversos gêneros e com trajetórias distintas.
Um dos grandes artistas a investir em releituras foi Péricles. O sambista lançou no final de outubro, o EP Céu lilás - Na estrada, que leva justamente no nome a música para a qual ele deu uma nova versão: Na estrada. Escrita por Nando Reis, Marisa Monte e Carlinhos Brown, mas que ficou conhecida principalmente pela interpretação de Marisa no disco Verde anil amarelo cor de rosa e carvão, de 1994, a canção, agora, ganhou novas vozes na parceria de Péricles e Nando. “Ocorreu de uma forma muito natural, há muito tempo que penso em me atrever a fazer uma releitura dela”, comenta o ex-Exaltasamba, que também disse ter sido uma honra dividir a canção com um dos compositores. “O resultado foi muito além do esperado, fiquei muito feliz. Espero que Nando Reis, Carlinhos Brown e Marisa Monte tenham gostado o tanto que eu gostei”, completa.
Péricles acredita que releituras são formas de dar longevidade às músicas, que chegam aos ouvidos de novas gerações. “A importância dos artistas darem novas roupagens a boas músicas é trazer um fôlego novo às canções que são sucesso. Músicas que volta e meia estão mais no imaginário da galera, só esperando outras versões e outras maneiras de serem cantadas”, explica o cantor. “Grandes canções que ganham uma nova versão, recebem mais fôlego. O que faz com que os antigos lembrem e os mais novos conheçam”, avalia.
“É dar eco. Manter vivo e dar vida nova a um trabalho relevante, a um artista relevante. Que não perde valor nem sentido, mesmo que os tempos mudem. Que até renovam forças, muitas vezes. Não importa o tamanho da sua voz. É quase como fazer a sua parte para melhorar o mundo. É dar prosseguimento. Mostrar e difundir riquezas e belezas nossas”, reflete a cantora Anna Ratto. Assim como o cantor Silva fez com músicas de Marisa Monte e Nando Reis com as de Roberto Carlos, Anna está homenageando um só cantor em seu novo trabalho, Arnaldo Antunes. “É certamente um dos nossos gigantes. Um dos artistas mais potentes, originais e interessantes dos nossos tempos. E de todos. Arnaldo transita, sem se perder, por tantos gêneros musicais. Vai do underground ao popular. É simples e profundo. Verdadeiro. Fala o que a gente sente, pensa, quer e quase pode tocar”, destaca Anna Ratto.
Ela tinha o desejo de fazer um álbum como intérprete há tempos, porém ainda estava esperando achar o artista certo. “Mas, de uns cinco anos para cá, comecei a prestar atenção no trabalho do Arnaldo de um jeito diferente. Uma canção e outra que me chegava, amigos apresentando mais coisas, gente ótima gravando coisas incríveis. Fui vasculhar mais profundamente aquele ‘baú de maravilhas’ e, quando vi, já tinha uma história para contar. Era ele! Estava tomada de paixão”, lembra a intérprete que acha merecido um tributo ao cantor, justamente quando ele faz 60 anos de idade.
Tal qual Péricles, Anna teve a chance de trabalhar com o compositor das músicas que ia revisitar. Ela gravou uma nova versão de Ela é tarja preta ao lado de Antunes. “Digo que é bem mais que a cereja do bolo. Ter Arnaldo é ter um aval precioso para toda uma carreira. A música foi uma das primeiras da minha lista. E uma voz feminina numa música que fala da mulher livre, que abala, mexe com os casais, é dona do seu corpo e desejos, tem valor diferente”, analisa a intérprete. “Foi lindo dividir com ele”, diz.
 
Metáfora
 
Seguindo os passos de artistas como Elis Regina, Gal Costa e Maria Bethânia, a cantora Ana Cañas também tornou-se a voz de composições masculinas. “Eu tenho um amigo compositor que faz uma metáfora que eu acho muito bonita, ele fala que a voz das mulheres, muitas vezes, é um portal para os compositores homens”, compartilha.
Ana lançou, também no fim de outubro, o álbum Ana Cañas canta Belchior. Ao longo de 14 faixas, a artista revisita grandes sucessos do cantor cearense, como Coração selvagem e Sujeito de sorte, sem deixar de lado canções lado B, como Na hora do almoço e Medo de avião. O disco foi fruto de uma live realizada no início de 2020, em que a cantora se aventurou pelo repertório de Belchior. Despretensiosamente, o show virtual acabou colecionando mais de meio milhão de reproduções no YouTube.
“Escolher canções de Belchior é sempre um desafio. Grandes músicas ficam de fora, porque ele é um compositor magistral, escreveu muitas músicas incríveis e que dialogam com o nosso tempo”, pontua. “São canções atuais, que curiosamente foram escritas há quase 50 anos. Então, naquele momento que Belchior escreve o disco Alucinação, por exemplo, ele está em uma moldura de ditadura militar, de cerceamento, de opressão, Ato Institucional número cinco. Aí, quando as pessoas me perguntam o motivo dessas canções serem tão atuais, é inevitável a gente fazer um paralelo com essa distopia de um governo de extrema direita, com o fascismo, com a perda da democracia”, afirma. “Na minha opinião particular, Belchior representa a resistência, a esperança, a reflexão social, o coletivo, a interseção”, opina Ana.
 
*Estagiária sob a supervisão de José Carlos Vieira

Correio Braziliense terça, 02 de novembro de 2021

SEM MÁSCARA AO AR LIVRE A PARTIR DE AMANHÃ

Jornal Impresso

 

Sem máscara ao ar livre a partir de amanhã
 
O brasiliense poderá circular em espaços abertos sem a proteção facial. Mas o GDF adverte que, em locais fechados e transporte público,  o equipamento será obrigatório. A liberação divide a opinião das pessoas e especialistas., Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
 
Uso do item passa a não ser obrigatório em ambientes abertos. GDF avalia mesma medida em locais fechados

 

Samara Schwingel
Pedro Marra

Publicação: 02/11/2021 04:00

A partir de amanhã, os moradores do Distrito Federal não precisarão mais utilizar máscaras faciais em espaços abertos. Por enquanto, a decisão do Governo do Distrito Federal (GDF) não se estende a locais fechados e ao transporte público. Porém, ontem, o governador Ibaneis Rocha (MDB) confirmou ao Correio que avalia desobrigar o uso do item de proteção em locais fechados. Segundo o chefe do Executivo local, a discussão deve avançar internamente no governo ainda em dezembro deste ano, porém, a medida em si deve ficar para o ano que vem.


Por meio da Lei de Acesso à Informação, o Correio apurou que, desde abril do ano passado, 789 pessoas foram multadas no DF pelo não uso da máscara. A utilização do item é obrigatória na capital federal desde 23 de abril de 2020, e a desobediência pode gerar multa de R$ 2 mil a R$ 4 mil. Em outubro deste ano, foram 51 multas. A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF (DF Legal) esclarece que as pessoas que foram multadas pelo não uso de máscaras no DF foram aquelas que se recusaram a colocar ou a receber o item de proteção. Ainda segundo o GDF, o prazo médio para o pagamento de multas aplicadas pela DF Legal é de 30 dias. Entretanto, o infrator pode recorrer a diversas instâncias, o que pode ampliar esse período. Caso não pague a multa, a pessoa tem o cadastro de pessoa física ou jurídica incluso na dívida ativa.


A obrigatoriedade do uso de máscaras gera controvérsias entre os brasilienses. Moradora de Planaltina, Hanna Moura, 21 anos, vai de ônibus ao trabalho de auxiliar administrativa como jovem aprendiz, na Asa Sul, e defende a retirada das máscaras, mas apenas em lugares abertos. “Volto para casa em ônibus lotado. Mesmo com a vacina, a gente pode pegar o vírus. E tem toda a questão de poder infectar os nossos pais, que estão em casa. Mas, ao ar livre, tudo bem não usar. As pessoas estão distantes, cada uma no seu canto. Flexibilizar geral vai virar bagunça”, opina.
Já a promotora de vendas de uma empresa telefônica Anne Caroline, 27, afirma ser contra o uso do item em alguns casos. Ela trabalha na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto e acredita que as máscaras são dispensáveis mesmo em locais com grande circulação de pessoas. “Acho que há ambientes em que precisamos usar, como lugar fechado e em ônibus, principalmente. Não acho necessário ao ar livre. Não sei se aqui (Rodoviária) contamina mais. O meu sistema imunológico está em dia também. Fiz exames de check-up no começo do ano e em outubro para ser admitida na empresa onde trabalho, e estou bem de saúde”, argumenta a moradora de Águas Lindas de Goiás (GO).


A partir de amanhã, as novas regras para o uso de máscaras passam a valer. Assim, a proteção continua sendo obrigatória apenas em locais fechados, como transporte público coletivo, estabelecimentos comerciais, industriais e em áreas comuns de condomínios, por exemplo. Segundo o secretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, o entendimento de ambiente aberto é subjetivo. “Tecnicamente, é onde a pessoa não está restrita a quatro paredes e a um teto, mas, principalmente, é onde se possibilite ter um posicionamento mais distante em relação às outras pessoas e com ventilação natural”, explica. Ele exemplificou que clubes e parques são considerados ambientes abertos (leia mais em Novas regras).


Quedas
Entre domingo e ontem, o DF registrou 198 infecções e nove óbitos por covid-19. Com isso, a média móvel de casos chegou a 199,57, a menor do ano, com uma queda de 62,63% quando comparada ao valor de 14 dias  atrás. A mediana de mortes está em 10,57, o que indica uma variação negativa de 25,25% em relação ao mesmo período. No total, a capital registrou 515.134 casos e 10.886 mortes pela doença desde o início da pandemia.


Apesar da queda apresentada nos dados, o vice-presidente da Sociedade de Infectologia do DF, Alexandre Cunha, afirma que ainda é preciso cautela. Ele explica que a taxa de transmissão, apesar de estar em 0,75, ainda não é ideal. “O índice mostra que a pandemia está em queda, pois, cada 100 pessoas transmitem o vírus para menos de 100. Isso é bom. Mas 75 ainda é um número considerável”, avalia. O infectologista afirma que não há um valor ideal para a taxa, mas que, junto à ocupação das unidades de terapia intensiva (UTIs) voltadas para o tratamento da covid-19, é o índice que deve ser mais observado.


“Não podemos ficar tranquilos enquanto não tivermos uma baixa circulação viral, grande parte da população vacinada e baixa ocupação dos leitos de UTI. É a conjunção ideal. Atualmente, temos motivos de alegria, mas não podemos relaxar”, complementa Alexandre. Para ele, o novo coronavírus deve se tornar endêmico. “Com a circulação baixa, teremos casos esporádicos e poucos graves. Mas, provavelmente, vamos ter que conviver com a covid”, diz.
Os leitos de UTIs covid-19 na rede pública de saúde do DF estavam, ontem, com 47,83% de ocupação. Das 108 UTIs, 44 estavam com pacientes, 48 vagas e 16 bloqueadas. Na rede particular, a taxa era de 59,12%, sendo que dos 179 leitos, 96 estavam ocupados, 67 livres e 16 bloqueados. Na lista de espera, havia quatro pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pela doença.

 

Novas regras

Não é obrigatório:
» Ambientes e locais abertos como parques, bosques, calçadas e clubes

Continua obrigatório:
» Espaços públicos fechados
» Transporte público coletivo
» Estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços
» Áreas de uso comum dos condomínios residenciais e comerciais como adores e corredores entre os blocos e prédios  

 

Ponto crítico

SIM
Hemerson Luz,  infectologista


“Vivemos um momento em que a taxa de transmissão da covid-19 está baixa, demonstrando um controle da pandemia. Além disso, a média móvel vem evoluindo com números cada vez menores, e a taxa de ocupação de UTI está abaixo do nível crítico. Esse cenário demonstra a possibilidade de retirada das máscaras em ambientes abertos. Por outro lado, quando consideramos a maior transmissibilidade da variante delta, o uso da máscara em locais fechados, principalmente em transporte público, ambientes com ventilação inadequada e atividades de saúde, será uma medida necessária, enquanto a vacinação avança, tentando abranger a maior parcela da população possível, para assim alcançar o estado de imunidade coletiva.


Por fim, qualquer medida tomada que tenha impacto na pandemia, aumentando ou diminuindo restrições, poderá ser avaliada após aproximadamente 15 dias. Sendo assim, os números deverão ser acompanhados constantemente, para que decisões possam ser tomadas de acordo com o reflexo na pandemia.


Por ora, discutir o uso da máscara em ambientes fechados é válido, porém a ameaça da variante delta deve ser considerada restritiva. Não há dúvidas que a atual taxa de transmissão e a média móvel cada vez menores permitem a liberação do uso da máscara nos ambientes abertos, sendo necessária uma maior análise para a definição quanto aos ambientes fechados.”


NÃO
Ana Helena Germoglio, infectologista
 
“O Brasil, apesar de ter caminhado muito bem em relação à população vacinada, ainda tem um longo caminho para liberar o uso de máscara com total segurança. Devemos tomar como exemplo alguns países que liberaram o uso de máscara antes do ideal e, logo em seguida, houve identificação de vários surtos locais. Hoje, além de ser algo cientificamente comprovado quanto a sua eficácia, o uso de máscara é simples, relativamente barato, algo que a maior parte da população já está adaptada e que também permite a flexibilização de praticamente todas as outras atividades. Então, não há de se ter pressa em retirar algo que está funcionando muito bem.
Apesar da liberação em locais abertos ser menos problemática, há a necessidade da pessoa avaliar o ambiente ao redor e pensar se realmente é seguro. Então, requer bom senso e, às vezes, é difícil as pessoas utilizarem dele.


Por ser uma medida altamente eficaz, além da vacina, a obrigatoriedade do uso de máscara deve ser a última medida a ser flexibilizada na pandemia, mais ainda quando tivermos muito mais controle da transmissão e estabilização dos casos.”

 


Correio Braziliense segunda, 01 de novembro de 2021

UMA LEMBRANÇA NA MEMÓRIA E NA PELE

Jornal Impresso

 

Uma lembrança na memória e na pele
 
A foto histórica de Jankiel Gonczarowska da construção de Brasília marcou a vida de Sindoval Eneias, 80 anos. Tanto que Lidi, filha dele, tatuou a imagem nas costas. Nesta semana, Sindoval se encontrará com a filha do fotógrafo.  (Jankiel Gonczarowska/Divulgação - Arquivo Pessoal)
 
Sindoval Eneias, homem presente em imagem histórica do início de Brasília, vai se encontrar com a filha de Jankiel Gonczarowska, fotógrafo responsável pelo registro há mais de 60 anos

 

Pedro Ibarra

Publicação: 01/11/2021 04:00

Uma fotografia é ponto de intersecção de histórias de duas famílias distintas. A imagem mostra um ônibus chegando para trazer trabalhadores para construção da nova capital. O fotógrafo, Jankiel Gonczarowska, um apaixonado por Brasília, publicou em uma matéria da revista Manchete em 1957. Contudo, ele não imaginava que também estava mostrando na foto o início da trajetória de um pioneiro.
Gonczarowska, foi um importante fotojornalista que atuou em alguns dos principais jornais do país. Ele tem um extenso trabalho de cobertura política, tendo acompanhado diversos presidentes. A partir de 1956, acompanhou de perto a campanha e a eleição de Juscelino Kubitschek. No ano seguinte, foi designado para fotografar o início das obras de Brasília. Na época, morando no Rio de Janeiro, ficou em uma ponte-aérea entre a antiga e a nova capital. Em uma dessas viagens, registrou um ônibus chegando com trabalhadores.
Essa foto ficou muito famosa, foi pendurada em museus como parte da história de Brasília e esteve em tamanho grande nas paredes do Bar Brasília e Bar da Brahma. Porém é mais importante ainda para uma pessoa, o homem que pode ser visto de pé na porta do ônibus. Sindoval Eneias, na época cobrador da Expresso Planalto e morador de Anápolis, largou tudo para participar da epopeia brasileira. Ao se ver na foto da revista, ficou muito orgulhoso e carregou essa história durante toda vida, se tornando uma imagem muito importante para toda família dele.
“Essa foto nos lembra do por quê de estarmos aqui e como viemos parar na cidade”, conta Lidi Satier, cantora de 40 anos e filha de Sindoval. Ela fala que o pai, atualmente com 80 anos, contou a vida inteira que esteve em uma edição especial da revista Manchete. “Eu fico sempre impressionada com o poder da arte. 64 anos depois da foto ser tirada, minha família sente orgulho de olhar para um fragmento da obra deste fotógrafo e se sente íntima dele”, acrescenta.
A fotografia tem tanta história que, em 2018, ficou marcada para sempre na pele de Lidi. A cantora tatuou o ônibus como homenagem ao pai. “Eu queria dar um presente a ele, e estava sem ideia. Resolvi tatuar a foto. Ele ficou super emocionado! A filha dele carregando a história dele no ombro”, conta.
No entanto, Lidi e Sindoval não sabiam quem era o autor da foto. Até que, um dia, o artista plástico Marcelo Jorge postou nas redes sociais a imagem. Após ser indagado por Lidi, contou que era uma fotografia de Jankiel Gonczarowska e que estaria no livro Brasil - duas décadas, duas capitais, da filha do fotógrafo Sandra Gonczarowska Mussi, que será lançado dia 11 de novembro.
Marcelo colocou as duas em contato. Sandra mora no Canadá desde os anos 1990, mas foi criada em Brasília e resolveu que lançaria o livro na cidade e, junto com o lançamento, aproveitou para marcar um encontro com Lidi e Sindoval. “Eu acho que por essa meu pai não esperava”, brinca Sandra sobre esse encontro inusitado “Fico muito feliz em saber que a fotografia é tão importante para a família dela, tão importante que ela tatuou no corpo próprio corpo”, pontua a filha do fotógrafo falecido em 1988.
“Meu pai é um candango anônimo, apenas mais um que entregou muito suor à construção de Brasília. Muitos veem esta foto e nem têm ideia que o menino mineiro na porta hoje tem 80 anos, teve três filhos, dois netos, e nunca mais saiu da cidade”, destaca Lidi. “Eu me sinto muito feliz, pois , com o lançamento do livro, finalmente vou poder dar ao meu pai uma cópia da foto em boa resolução”, brinca a filha do candango.
Coletânea Inédita
O trabalho apresenta registro fotojornalístico e pessoal de Jankiel Gonczarowska durante a mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília, com fotos da construção da nova capital e desse grande processo de transição na história do Brasil. A primeira parte da obra foca nas imagens da década de 1950 no Rio de Janeiro, enquanto a segunda é da década de 1960 em Brasília. O livro é uma coletânea inédita de fotos tiradas por Jankiel e conta com 171 imagens do acervo do fotógrafo.
Porém a ideia do livro partiu de um agrado para a família. Sandra fez uma edição dos trabalhos do pai para presentear os irmãos. Jankiel teve 13 filhos, porém como morreu no final dos anos 1980, não tendo conhecido boa parte dos netos e bisnetos. O livro era, portanto, para mostrar um pouco mais das imagens feitas por Jankiel para a própria família. Contudo, um dono de editora teve contato com o livro e afirmou que a obra deveria estar nas livrarias.
O livro Brasil- duas décadas, duas capitais terá lançamento 11 de novembro. “Eu vi a importância e orgulho que eu tenho do meu pai, foi lá que eu vi o sentido que meu pai dava para as reportagens”, conta Sandra.
“Estou muito feliz de poder compartilhar não só esse livro, mas a memória e o olhar lindo que ele tinha pelo Rio de Janeiro, por Brasília, pela fotografia e pela arte”, afirma Sandra. Ela aponta que é importante que mais pessoas tenham acesso ao material. “Ele tinha um olhar humano para todas as pessoas que ele fotografava, desde os mais simples nas favelas, até celebridades, grandes políticos, presidentes”, analisa.
 
Monumento baleado
 
Moradores da região de Planaltina divulgaram, nas redes sociais, imagens da Pedra Fundamental — Patrimônio Histórico do Distrito Federal — danificada e com marcas de tiros, ontem. Distante 46,5km do centro de Brasília, a estrutura foi erguida em 1922, no Morro do Centenário, em comemoração ao centenário da Independência. Para Djacyr Ferreira, moradora da região, encontrar o patrimônio deteriorado causa tristeza. “É uma pena que as pessoas estejam destruindo a benfeitoria. Se houvesse fiscalização e uma divulgação desse espaço, acho que seria algo bom para os moradores de Planaltina e turistas. Tem gente que mora por aqui há anos e não sabe que essa pedra existe”, relatou. Ela estava com a amiga Antônia da Silva, 30 anos, que não conhecia o obelisco. Procurado pela reportagem, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) não havia se pronunciado sobre o caso até o fechamento desta edição.

Correio Braziliense domingo, 31 de outubro de 2021

EMPREENDEDORISMO E SOLIDARIEDADE NEGRA

Jornal Impresso

 
Empreendedorismo e solidariedade negra
 
Conheça projetos 
da capital que estimulam integrantes da comunidade negra a abrir o próprio negócio. Cecília Luli e Rosimar Mauand são engajadas no movimento.
 
Projetos na capital têm dado suporte para integrantes da comunidade preta abrirem o próprio negócio. Iniciativas de empoderamento estimulam atuação profissional e fazem crescer a economia criativa do DF

 

Cibele Moreira

Publicação: 31/10/2021 04:00

Uma rede que conecta e fortalece negócios de pessoas pretas. Essa é a premissa do coletivo AfroEmpreendedor, criado em 2015 pelo brasiliense Diogo Reis, 30 anos. O morador de Brazlândia percebeu na própria dificuldade de abrir uma empresa a oportunidade de ajudar outras pessoas que, assim como ele, tem a vontade de empreender. A proposta ganhou força, e atualmente conta com participantes do mundo inteiro que se apoiam e fomentam a produção feita pela população negra. 
Diego ressalta que o início do negócio próprio não é fácil. “Eu quebrei de diversas formas. Do jeito em que você tem que fechar a empresa e fica com um saldo positivo. Da alternativa de encerrar as atividades, vender tudo, para conseguir pagar as dívidas. E também no pior cenário que, mesmo vendendo tudo, ainda fica contas para pagar”, pontua. “Todo esse processo é um caminho árduo. Tem que ter resiliência e persistência”, finaliza o empreendedor que, em agosto de 2019, fundou o Banco Afro — a primeira instituição financeira com a identidade da população negra — criada para atender a demanda da comunidade.
As duas propostas vão contra a um sistema presente na realidade atual. “A sociedade é racista, ela quer manter a comunidade negra na parte braçal. O meu intuito é mudar isso. Dar a oportunidade para que as pessoas pretas possam ter independência e ter condições de abrir um negócio próprio”, afirma Diego. “Se eu ajudo o meu irmão e ele consegue passar isso para a frente, vira uma roda que funciona por si só”, destaca.
Com o AfroEmpreendedor, Diego Reis consolidou uma comunidade, que além de fomentar a produção dos participantes também dá suporte com programas de consultoria e oficinas para quem está iniciando no empreendedorismo. “Meu propósito é mostrar para as pessoas, por meio das consultorias, onde elas estão errando e apontar o melhor caminho para realizar o sonho de abrir um negócio”, destaca.
Ações
E dentro do Banco Afro, essa população encontra um apoio e aporte para dar o passo inicial. “Eu sei o quão difícil é para uma pessoa negra conseguir um crédito em uma instituição bancária. Eu passei por isso. Eu tinha uma loja de tecnologia com um sócio, na época a gente precisava de um crédito para ampliar a empresa. Fiquei um ano tentando junto com o banco e não consegui. O meu sócio, que é uma pessoa branca, vendo a dificuldade foi tentar também. E no dia seguinte, o crédito estava liberado”, relata.
Assim como o coletivo AfroEmpreendedor, o Banco Afro também tem uma vertente social com programas de capacitação para a população em vulnerabilidade social. O Pintar o Bem, em parceria com uma marca de tintas, promoveu durante a pandemia oficinas com técnicas de pintura, com o intuito de propiciar um novo ofício. A ação beneficiou 2 mil pessoas com o auxílio de R$ 600 para que elas pudessem ter condições de iniciar no ramo. O mesmo ocorreu com o projeto Marcenaria do Bem, que ensinou 4 mil pessoas com trabalhos manuais em madeira.
O banco busca ainda ressaltar o pequeno negócio, com uma vitrine virtual para movimentar a economia local, além de ter as operações financeiras com conta digital e oferta de maquininhas de cartão. Atualmente, a instituição tem mais de 50 mil correntistas e a expectativa para o ano de 2022 é crescer ainda mais.
Recorte social
De acordo com um estudo da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan-DF), 56,1% da população brasileira é negra. Os dados são referentes a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2019, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com a maior população afrodescendente, com quase 118 milhões de negros, atrás apenas da Nigéria”, aponta o documento.
Na capital, o quantitativo de pessoas declaradas negras e pardas é ainda um pouco maior, com 57,6% (1.659.947), segundo o levantamento feito em 2018. A maior parte da comunidade negra reside em regiões periféricas do Distrito Federal. O estudo ainda aponta que 31,7% dos homens negros das regiões de baixa renda trabalham por conta própria. A análise confirma o que a Codeplan destacou em 2016, na pesquisa sobre o perfil do afroempreendedor no Distrito Federal. O empreendedor por necessidade.
Comunidade empoderada
Onze mulheres negras do Distrito Federal decidiram se unir com um propósito maior, fazer a diferença na vida de 26 famílias em vulnerabilidade social no Setor de Chácaras Lúcio Costa. O coletivo Mulheres Negras Baobás, criado em dezembro de 2020, tem desenvolvido um trabalho junto a comunidade local com a distribuição de cestas básicas e cestas verdes durante a pandemia, além de promover rodas de conversa e trocas de conhecimento com oficinas empreendedoras.
A professora aposentada e empreendedora Adelina Benedito, 52, levou para o projeto o programa ‘Rainhas Coroadas’ que busca o empoderamento feminino e a elevação da autoestima com turbantes. “A mulher é poderosa independente da cor de pele e textura do cabelo. Eu quero mostrar para elas (mulheres negras), que elas são lindas. Trazer esse resgate do autoamor”, ressalta Adelina que também ensina as amarrações no tecido de malha para a criação dos turbantes. “A proposta é que elas aprendam e possam fazer e vender os acessórios como uma fonte de renda extra”, destaca. Para aquelas que não têm condições de comprar os tecidos, Adelina faz a doação de sacolas com 30 peças para que elas possam revender. O programa ‘Rainha Coroadas’ iniciou em 2003, dentro de escolas públicas de Ceilândia. O objetivo era debater e ressaltar a beleza negra entre as alunas.
Parceira de profissão, a docente Rosimar Mauanda, 52, agrega o coletivo com ações voltadas para as crianças. Com oficina de confecção da boneca abayomi — boneca de pano negra feita com retalhos de tecido —, além de contação de história afro e empoderamento negro. “Eu fazia esse trabalho na Escola Classe 2 do Guará, com contação de história na biblioteca para alunos do Guará, Estrutural e Setor de Chácara Lúcio Costa. Agora estou dando continuidade dentro da comunidade”, conta Rosimar que também é empreendedora com a marca Conexão África com a venda de acessórios e moda afro.
A servidora pública Cecília Luli, 60, atua com a frente política dentro do Mulheres Negras Baobás, promovendo rodas de conversa para debater o bem viver da população negra, o feminismo negro e as lutas contra o racismo. “O nosso trabalho não é de caridade, mas um ato político. A entrega de cesta básicas é uma necessidade, pois quem tem fome tem pressa. Mas temos desenvolvido ações de suporte para essas mulheres. Elas são guerreiras e sabem lutar com as dificuldades da comunidade. A nossa rede é uma troca”, ressalta.

Correio Braziliense sábado, 30 de outubro de 2021

CARNE SUÍNA GANHA MAIS ESPAÇO NO DF

Jornal Impresso

 

Carne suína ganha mais espaço
 
Produtor artesanal radicado em Brasília, o holandês Raymond Gaumans explica, no CB.Agro, por que o mercado de carne de porco é mais acessível e tem potencial para se expandir no país.  (Ed Alves/CB/D.A Press)

 

João Vitor Tavarez

Publicação: 30/10/2021 04:00

[FOTO1]

O mercado de carne suína tem potencial para se expandir no Brasil — e a primeira razão é o preço. “É um produto com valor mais acessível do que a carne bovina”, disse o holandês Raymond Gaumans, produtor artesanal radicado no Distrito Federal.
Porém, nos últimos meses, o custo do produto teve alta significativa, relacionada a impasses comerciais com a China. “O valor da carne suína também subiu bastante, mas a bovina, muito mais”, ressaltou.


Especialista em charcutaria — ramo da indústria alimentícia dedicado ao preparo e venda de produtos de carnes —, Gaumans foi o entrevistado de ontem do programa CB. Agro, parceria entre o Correio e a TV Brasília. O empresário lançou  uma linha de suínos diferente e sem conservantes. Dono da rede Casa do Holandês, com vários pontos em Brasília, ele contou detalhes do empreendimento, que comercializa peças de defumados e cortes especiais de carnes nobres usadas no preparo de pratos finos da gastronomia.


 “Há cerca de três anos, criamos uma linha pura (de carnes). Começamos a produzir, em nossa fábrica, linguiças sem conservantes. Temos um bacon, por exemplo, sem químicos. Usa-se apenas sal e a defumação natural”, afirmou.


“Muitos clientes chegam a nossa loja por indicação de médicos ou nutricionistas, no caso daqueles pacientes que precisam fazer dieta com baixo consumo de carboidratos”, completou. No entanto, Graumans destaca que também há linguiças, salsichas e bacon com conservantes em seu comércio.


 “Algumas pessoas são muito sensíveis aos conservantes. Temos que melhorar a saúde, e isso começa na alimentação”, acrescentou. O produtor ainda explica que o corte especial da carne é feito a partir de uma raça especial de porco, a duroc. “O animal é um pouco marrom, rústico e tem uma gordura intermediária muito saborosa”, detalhou.
Nesse aspecto, era um hábito antigo cozinhar com a gordura do porco (banha). A geração de avós e bisavós que o diga. “Apesar de não vendermos nas lojas, uso em minha casa. É um produto com muito potencial (de venda), pois é mais saudável que o óleo de soja”, disse.


Em relação ao controle sanitário, o especialista falou sobre os cuidados no preparo de carnes. “Nossa empresa passa pelo controle da Secretaria de Agricultura, além de ter um veterinário na fábrica. Também possuímos um selo (de qualidade)”, disse o empresário, que compra a carne de fazendas especializadas na criação de suínos.

*Estagiário sob a supervisão de Odail Figueiredo


Correio Braziliense sexta, 29 de outubro de 2021

AULAS PRESENCIAIS ANIMAM PAPELARIAS

Jornal Impresso

 

Aulas presenciais animam papelarias
 
Setor está animado com a retomada do ensino presencial, reforçado agora pela volta de todos os alunos da rede pública do DF. Segmento espera que faturamento chegue próximo ao período enterior à pandemia. O empresário João Victor está otimista com as vendas.  (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
 
 
O setor, que amargou sérias perdas durante a pandemia, espera atingir resultados semelhantes aos de antes da crise sanitária com a venda de material escolar, agora que todos os alunos da rede pública do DF voltam às unidades de ensino

 

Publicação: 29/10/2021 04:00

Com a volta de 100% dos alunos da rede pública do Distrito Federal ao ensino presencial, o setor de papelarias e livrarias espera alavancar a venda de material escolar. Por conta da pandemia de covid-19, de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindipel), o segmento perdeu cerca de 50% do faturamento mensal. Agora, entre novembro e janeiro de 2022 — período em que os pais costumam adquirir os produtos — a expectativa da entidade é de que o setor retorne ao patamar registrado entre 2019 e 2020.
 
A estimativa é do presidente do Sindipel, José Aparecido. “Devido à pandemia, as escolas acabaram adotando os mesmos livros do ano anterior, e muitos pais e responsáveis não compraram materiais escolares na mesma quantidade em que costumavam comprar antes da crise. Com isso, as papelarias e livrarias não venderam quase nada em 2020 e 2021”, afirma. Além disso, ele se lembra dos períodos em que o comércio, de forma geral, precisou fechar as portas. “Mesmo depois de abertos, o fluxo nos negócios dessa categoria não conseguiu se recuperar bem”, completa.
 
Com as mudanças propostas pelo Governo do Distrito Federal (GDF), José Aparecido acredita que será possível recuperar o que foi perdido. “No período de 2021 e 2022, esperamos retornar ao patamar de antes (da pandemia)”, diz. Para ele, a implementação do Cartão Material Escolar (leia Para saber mais) auxiliou alguns negócios a se manterem. “As empresas que se concentram no Plano Piloto penaram mais, porque o cartão não é muito utilizado na área central de Brasília”, avalia.
 
João Victor dos Santos Dantas, 36 anos, é proprietário da Inova Papelaria há três anos. Localizada na Asa Sul, a empresa sofreu perdas financeiras. “No período de volta às aulas de 2020 para 2021, muitos pais e escolas aproveitaram para utilizar os mesmo materiais que haviam sido comprados no ano anterior e não foram usados”, explica. Com a volta 100% presencial, o empresário está otimista. “A expectativa é muito grande. É de que cresça bastante a procura por materiais escolares e a venda também. Estamos nos preparando”, adianta.
 
O aumento das vendas também é esperado por Rosalete França, 60, dona da papelaria Ciapel, em Sobradinho. “(O cenário) vai ser melhor com as aulas presenciais, com certeza. O movimento em 2020 não foi tão bom assim, quase não vendemos listas completas, porque a maioria estava estudando de casa. Até agora, este ano, não foi de todo ruim e não temos do que reclamar”, pondera a comerciante. Para atrair mais clientes, Rosalete pretende realizar promoções e aumentar os descontos nas compras à vista. “Vamos sortear TVs e celulares. Para pagamentos com dinheiro ou PIX, o desconto vai ser de 12% a 15%”, destaca.
 
Inflação
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro de 2021, itens como uniforme, transporte escolar e artigos de papelaria tiveram alta de 6,39%, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto isso, o volume de vendas em agosto, de livros, jornais e artigos de papelaria teve queda de 6,8%, no DF, quando observado o mesmo mês em 2020. Em relação ao resultado visto em julho deste ano, houve queda de 7,3%, em agosto. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
O economista e coordenador do curso de economia do Centro Universitário Iesb, Riezo Almeida, destaca que o setor não está imune à inflação, que vem assolando o país, com a alta do dólar e dos combustíveis. “Materiais escolares não são diferentes de outros produtos. Como alguns vêm de fora, o cenário apresenta o mesmo problema estrutural. A baixa procura se justifica pela insegurança quanto à confirmação da volta presencial, o que levou a população a deixar as compras para outro momento”, considera.
 
O professor estima que a volta integral aos colégios do DF vai contribuir para a contenção dos valores dos produtos, mas o cenário amplo de inflação deve continuar puxando os preços para cima. “É a lei da oferta e da procura. Com mais demanda por materiais, as fornecedoras vão oferecer mais produtos, e a tendência é diminuir os preços. A inflação, infelizmente, ainda vai continuar, e não vamos voltar aos valores praticados em 2019. Mas haverá mais equilíbrio nos custos, que chegarão a números interessantes tanto para os clientes quanto para os comerciantes”, estima Riezo Almeida.
 
O aumento dos preços levou a servidora pública Márcia Sousa, 47, a reorganizar o planejamento das compras escolares. A moradora do Guará deixará para adquirir o material em janeiro, com o 13º salário. “Com isso, consigo desconto maior, para pagamento em dinheiro. Como compro duas listas de material, os preços ficam bons. Dizem que, mais para frente, os valores ficam mais caros, mas como não tenho como comprar antes, os descontos acabam compensando”, avalia Márcia, cujos filhos tem 11 e 8 anos.
 
 
Todos na escola
O GDF determinou que, em 3 de novembro, os 458,8 mil alunos da rede pública de ensino vão voltar para as salas de aula de forma 100% presencial. Em decreto publicado no Diário Oficial do DF (DODF) na última semana, o governador Ibaneis Rocha (MDB) estabeleceu as regras de funcionamento das unidades escolares. De acordo com o texto, as atividades desportivas devem ser realizadas, preferencialmente, ao ar livre ou em ambientes ventilados. A norma entrou em vigor desde a publicação. 
 
 
Palavra de especialista
 
Cuidados para não se endividar
“Estamos no fim do ano, então estamos próximos ao pagamento do 13º salário, o que pode auxiliar nessas compras de materiais escolares. Porém há algumas ações que podem baratear essa despesa — lembrando que gastos com educação devem sempre estar entre os itens prioritários. A primeira dica é: planejar. Ver o que realmente é necessário e urgente para a volta das aulas presenciais. A segunda dica consiste em pensar em compras coletivas. Ou seja, várias famílias se juntam, uma pessoa fica responsável por fazer as compras escolares e, depois, a conta é dividida. Assim, a chance de desconto é maior e economiza no deslocamento. Por fim, mas não menos importante, é válido rever o orçamento. Pessoas que já estão endividadas devem priorizar pagar as compras à vista. Quem consegue fazer um planejamento de faturas pode optar pelo crédito e por dividir o valor da compra.”
 
Cesar Bergo, presidente do Conselho Regional de Economia do DF
 
 
 
Para saber mais
 
Benefício
O Cartão Material Escolar é um benefício criado em 2020 e concedido a estudantes cujas famílias fazem parte do programa Bolsa Família, do governo federal. O valor é de R$ 320 para a educação infantil e o ensino fundamental, e de R$ 240 para o ensino médio. Em 2021, até o momento, foram beneficiados 78.982 alunos, com investimento de R$ 24,12 milhões. Haverá o pagamento de mais um lote para aqueles que ainda não receberam, em razão de divergências nas bases de dados. Em 2020, foram investidos R$ 33 milhões no atendimento a 106 mil estudantes.
 

Correio Braziliense quinta, 28 de outubro de 2021

BELEZA LIVRE DE PADRÕES

Jornal Impresso

 

Beleza livre de padrões
 
Talita Beda Hostensky, 33 anos, representará Brasília num concurso internacional para misses plus size. Driblar os padrões e aceitar corpo como ele é foram atitudes que mudaram a vida da modelo. 

 (Minervino Júnior/CB/D.A Press)
 
 
 
 
Corpos reais ganham destaque na moda. Talita Beda Hostensky representará o DF em concurso internacional

 

Publicação: 28/10/2021 04:00

Disputar um título de beleza pode parecer um sonho distante para muitas mulheres que não se enxergam dentro de um padrão estético socialmente desejado. Uma realidade que vem mudando com o aumento de segmentos que valorizam diferentes tipos de corpos, e foi justamente esse potencial que atraiu a modelo brasiliense Talita Beda Hostensky, de 33 anos. Moradora do Guará II, ela está de malas prontas para representar o Distrito Federal no concurso Miss Continente Brasil Plus Size, que ocorre na próxima semana, em Salvador — de 4 a 6 de novembro.
 
A competição é o ponto alto de uma carreira que começou há quatro anos, quando ela descobriu que finalmente poderia trabalhar como modelo mesmo não sendo uma mulher magra. Ela desfilará com outras 15 representantes de outros estados. “Sempre quis ser modelo, mas, para mim, era algo totalmente inviável porque eu nunca tive um corpo padrão. Sempre tive aquela coisa de viver de dieta para tentar ser magra, mas não conseguia chegar nesse corpo. Eu cheguei a ficar doente, anêmica, durante esse processo”, lembra. 
Aceitação
 
Encarar a pressão estética para quem deseja brilhar no mundo da moda é uma constante e, com ela, não foi diferente. Após várias frustrações, e um processo de reflexão, Talita começou a acompanhar as carreiras de modelos plus size e percebeu que ela se encaixaria ali. “O começo foi bem difícil, eu acabei tomando um golpe de um book. E isso quebrou minhas pernas, porque eu não tinha dinheiro, na época, e foi meu marido que pagou pelas fotos. Depois desse episódio, pensei em desistir de tudo”, conta. No entanto, o apoio do companheiro, que a incentivou a insistir, e o de uma amiga, que a convidou para o primeiro desfile, a carreira da brasiliense começou a prosperar. 
 
Desde 2019, ela atua como modelo profissional e concilia a atividade com o cargo de gerente comercial que exerce na empresa da família. A trajetória de superação de Talita é acompanhada com vibração pelo seu fã clube particular, composto pelo marido e pela filha Esther Beda, 8, que não escondem o orgulho. 
 
Para Talita, eventos destinados ao mercado o plus size são essenciais. “É preciso normalizar os corpos gordos. O normal não é o 36. Cerca de 60% da população está acima do peso, e como essas pessoas vão comprar uma roupa se elas não se veem representadas nas modelos?”, ressalta. “Ser gorda não é sinônimo de doença e nem a magreza é sinônimo para saúde. Quando eu estava mais magra foi o período em que eu estava mais doente”, finaliza a brasiliense. 
 
Três perguntas / Geisa Izetti Luna
professora do curso de Psicologia do IESB
 
Como o padrão de beleza tem influenciado na auto estima das mulheres?
O padrão de beleza já passou por mudanças bem acentuadas, por exemplo, em relação ao formato do corpo. Para as mulheres, atualmente, verificamos uma transição da “magreza de passarela” para um perfil “magro e musculoso”. Esse perfil passou a ser ultravalorizado, não apenas como expressão de beleza, mas também como potencial para despertar sentimentos e emoções de poder/controle, sucesso, conquista, vitória... Por isso, dizemos que tem relação, não apenas com ela, mas também com a autoimagem — ambos associados a aspectos sociais de pertencimento e de valorização. Nesse ponto de vista, reforçamos a possibilidade de empoderamento independente do formato do corpo que o indivíduo tenha.
 
O que fazer para sair do pensamento que ter um corpo magro é sinônimo de beleza e de saúde?
É preciso entender que conceitos de saúde e beleza são subjetivos e que não podem, portanto, ter como significado a expressão de um único formato de corpo ou qualquer outra coisa na sociedade. Trabalhar esse entendimento individualmente e acrescentar que a diversidade é esperada e biologicamente ressaltada pode ajudar nesse reconhecimento.
 
O universo de modelos plus size enfrenta maior pressão, com muitas mulheres que não se acham bonitas. Como lidar com isso? 
Mudanças no corpo não devem ser impostas pela sociedade, ao contrário, a mulher deve buscar a valorização de si mesma e desenvolver autoestima. Esse é o ponto mais importante.
 
"Cerca de 60% da população está acima do peso, e como essas pessoas vão comprar uma roupa se elas não se veem representadas nas modelos?”
 Talita, modelo

Correio Braziliense quarta, 27 de outubro de 2021

GILBERTO BRAGA SE ENCANTOU: AOS 75 ANOS, MORRE DE ALZHEIMER

Jornal Impresso

Morre Gilberto Braga, o autor que pôs o Brasil na TV

 

Publicação: 27/10/2021 04:00

Braga morreu aos 75 anos: autor de clássicos como Dancin%u2019 Days (João Miguel Júnior/TV Globo - 25/2/15
)  
Braga morreu aos 75 anos: autor de clássicos como Dancin%u2019 Days


A teledramaturgia brasileira perdeu um de seus maiores representantes. Morreu, na noite de ontem, no Rio de Janeiro, o autor de novelas Gilberto Braga, aos 75 anos. Ele sofria de Alzheimer e estava internado no Hospital Copa Star, em Copacabana, Zona Sul carioca, desde 22 de outubro. Não resistiu às complicações de uma infecção sistêmica após uma perfuração no esôfago.

Reconhecido internacionalmente, Braga escreveu mais de 30 trabalhos ao longo da carreira na TV Globo, onde trabalhou desde 1972. Criou vilões inesquecíveis. Autor de mais de 20 novelas, conquistou o Emmy Internacional de melhor telenovela, em 2008, com Paraíso Tropical (2007), escrita em parceria com Ricardo Linhares.

Um dos maiores sucessos de Braga foi Vale Tudo, de 1988, protagonizado por Regina Duarte e Antônio Fagundes. O Brasil literalmente parou no último capítulo da trama, que revelaria o assassino de uma das maiores vilãs de todos os tempos, a empresária Odete Roitman, interpretada por Beatriz Segall. Outro marco da teledramaturgia escrito por Braga foi A Escrava Isaura (1976), uma das obras da teledramaturgia brasileira mais vendidas e exibidas no mercado internacional.

Entre os grandes sucessos escritos por Braga, destacam-se Dona Xepa (1977), Dancin’ Days (1978), Água Viva (1980), Brilhante (1991), Rainha da Sucata (1990), O Dono do Mundo ( 1991), Pátria Minha (1994), Celebridade (2003) e Babilônia  (2015), sua última novela produzida para Globo, sob a direção de Dennis Carvalho. As minisséries globais de Braga marcaram gerações, como Anos Dourados (1986), Primo Basílio (1988) e Anos Rebeldes (1992) e Labirinto (1998).

Carioca e formado em Letras na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), Gilberto Braga completaria 76 anos no próximo dia 1º. Perdeu o pai cedo, aos 17 anos e, uma década depois, a mãe. A estreia na Globo, em 1972, foi com a adaptação de A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas, para um “Caso Especial”, com direção de Walter Avancini. A história foi protagonizada por Glória Menezes.

A primeira novela de Braga foi Corrida do Ouro, em 1974, escrita em parceria com Lauro César Muniz e Janete Clair. Braga foi um dos discípulos da autora. Ele sempre dizia que Janete foi a grande fonte de inspiração. O escritor era casado com o decorador Edgard Moura Brasil, companheiro por quase 50 anos.

Logo após o anúncio da morte do autor, vários artistas se manifestaram. “Em 1984, graças a você falamos de racismo em horário nobre. Gilberto era um gênio. Deixa um marco na teledramaturgia brasileira”, escreveu Zezé Motta.

Correio Braziliense terça, 26 de outubro de 2021

O CHÃO SE ABRIU EM VICENTE PIRES: CANO ESTOURA E ABRA CRATERA

 Jornal Impresso

 
 
Cano estoura e abre cratera
 
Uma cratera se formou perto da Feira do Produtor após um cano d'água estourar. O vazamento fez o asfalto ceder. Moradores reclamam dos constantes problemas nas ruas do bairro.

 

EDIS HENRIQUE PERES

Publicação: 26/10/2021 04:00

Um cano d’água estourou e causou uma cratera na esquina entre a Rua 4 e a 4A, próximo a Feira do Produtor, em Vicente Pires. Segundo os moradores, o vazamento começou na noite de domingo e se agravou durante a manhã de ontem. A equipe do Correio esteve no local no momento em que a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) realizava os reparos na rede, por volta das 11h desta segunda.
 
Segundo os responsáveis pela obra, o que causou o dano foi o rompimento de um cano de 125 milímetros de diâmetro. A pressão da água fragilizou o trecho, que desmoronou. Apesar do susto, ninguém se feriu. Na obra de reparo, para evitar novas ocorrências, os funcionários compactaram a terra de 30cm em 30 cm, para que caso haja novos vazamentos o asfalto não volte a ceder. A expectativa da Caesb era concluir a obra até o fim do dia.
 
A moradora de Vicente Pires Weslayany Carvalho, 22 anos e atendente de um comércio da região, relata que o problemas são recorrentes. “Sempre tem muito buraco, muita lama e alagamentos. Isso dificulta bastante a gente vir até o trabalho, por exemplo, porque tem que enfrentar trechos alagados. Nunca me machuquei, mas já vi pessoas se machucando com os alagamentos”, destaca. 
 
Gilberto Camargos, presidente da Associação de Moradores de Vicente Pires e Região, lista os mesmos problemas. O morador opina que as obras não poderiam acontecer agora. “Esse mesmo cano já estourou várias vezes, sendo a última há cerca de quinze dias. Estamos em temporada de chuvas e eles não poderiam fazer as obras agora. O maquinário pesado de drenagem pluvial da rua 4A acaba pressionando os canos, o que causa essas rupturas”, defende. Segundo ele, a população teme as chuvas mais fortes, que podem causar mais danos.
 
O administrador de Vicente Pires, Daniel de Castro, pontua, que as obras estão dentro do cronograma estabelecido pelo governo, e que os problemas são devido ao processo de construção, e não são frequentes. “Ficamos sabendo da ruptura do cano às 7h30 de hoje (segunda), e às 9h a equipe da Caesb já estava no local”, narra.
 
Sobre as obras de drenagem pluvial na Rua 4A, Daniel explica que “são aproximadamente 184 metros da galeria abertos para a obra de encontro das manilhas com o túnel. As obras são necessárias para criar uma caixa de onde a água pode escoar até a bacia da Rua 3. Outro ponto com obras parecidas é a Rua 10B, mas ambas devem ser concluídas até o fim de novembro, antes do começo das chuvas mais fortes”.
 
Em nota enviada ao Correio, a Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF defende que cerca de 95% das redes de drenagem previstas para Vicente Pires estão concluídas. “Os 5% restantes serão executados em novo contrato. Acredita-se que seja a solução definitiva dos problemas de alagamentos que, atualmente, ocorrem somente nos locais onde não há rede de drenagem. Onde as redes de drenagem estão concluídas e em funcionamento, não temos mais esse tipo de problema”, frisa a pasta. 
 
Mais chuvas neste ano
 
De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Olívio Bahia, de 1º a 25 de outubro todas as estações meteorológicas do DF, com exceção do Gama, registraram aumento no volume de chuva, no comparativo com o mesmo período do ano passado. “Diferentemente do esperado, a chuva neste mês iniciou logo nos primeiros dias. Geralmente começa na segunda quinzena. Isso pode refletir em um período mais chuvoso”, ressalta.
 
Na estação de Águas Emendadas, em Planaltina, até as 9h de ontem, o Inmet havia registrado 179.6 milímetros (mm) de chuva, ultrapassando a média do mês, que é de 159.8 mm. No Plano Piloto, as precipitações resultaram 133.2 mm, com 83% do esperado para outubro. No Paranoá, foi 116.6 mm (75%), Brazlândia 98.6 mm (62%) e Gama 62.4 mm (39%), sendo que nas últimas três, o sistema apresentou falha e pode não ter registrado chuva em alguns momentos. Para novembro, a média de chuva esperada sobe para 226 milímetros, e em dezembro vai para 241 mm.
 
Para hoje, a previsão do Inmet é de alta nebulosidade e pancadas de chuvas ocasionais durante todo o dia. À tarde, devido ao aquecimento, as chuvas podem ser mais fortes, com presença de trovoadas e algumas rajadas de vento. O Distrito Federal se mantém em alerta de perigo potencial emitido pelo Inmet, que vale até as 11h de hoje.
 
A temperatura ao longo do dia deve se manter em mínima de 18ºC e máxima de 26ºC. Já a umidade relativa do ar varia entre 100%, devido à alta nebulosidade, e 60%, nas horas mais quentes do dia. Os ventos serão de intensidade fraca. 
 
(Colaborou Cibele Moreira)

Correio Braziliense segunda, 25 de outubro de 2021

BRASILEIRÃO - GALO EM DISPARADA

Jornal Impresso

 

Galo em disparada
 
Atlético-MG aproveita rodada com resultados favoráveis, supera susto inicial no Mineirão e vence o Cuiabá, de virada, por 2 x 1. Resultado deixa time mineiro com onze pontos de frente na primeira colocação

 

DANILO QUEIROZ

Publicação: 25/10/2021 04:00

Clube mineiro foi intenso quando necessário e deu passo importante na busca do título nacional após 50 anos (Pedro Souza/Atlético)  
Clube mineiro foi intenso quando necessário e deu passo importante na busca do título nacional após 50 anos
 
O início da partida entre Atlético-MG e Cuiabá, ontem, assustou os mais de 30 mil torcedores presentes no Mineirão. Um gol contra bizarro de Nathan Silva, no primeiro minuto de jogo, deu indícios de que o time mato-grossense faria mais uma vítima no topo da tabela. Nesta Série A do Campeonato Brasileiro, o Dourado tirou pontos de todos os times do G-6. Apesar do risco inicial, os mineiros mantiveram a conhecida postura para evitar qualquer prejuízo. Na batuta de Hulk, o Galo virou, venceu por 2 x 1, e segue em disparada rumo ao bicampeonato nacional.
 
A rodada foi excelente para o Galo. O tropeço do Flamengo fez o time mineiro abrir 13 pontos para o adversário, que tem dois jogos a menos. O triunfo mineiro deu contornos de decisão para o confronto entre os dois times, no sábado, no Maracanã. Os cariocas precisam vencer para ficarem vivos na briga. Para o alvinegro, somar três pontos pode clarear ainda mais a caminhada para o título. Hoje, são 11 pontos de margem para o vice-líder Fortaleza.
 
No primeiro minuto de jogo, Nathan Silva protagonizou um lance incomum. O zagueiro tentou recuar para Everson, mas o goleiro não alcançou e viu a bola parar na rede. O erro, porém, não acuou o Galo. Aos quatro, em jogada ensaiada de escanteio, Keno tocou para Hulk igualar. Os gols relâmpagos deram um ritmo frenético ao jogo. Melhor, o time mineiro tentava transpor as recuadas linhas defensivas do Cuiabá. Com paciência, teve sucesso. Nos acréscimos, Guilherme Arana clareou jogada na área e cruzou na medida para Jair virar.
 
Hulk quase ampliou no início do segundo tempo. O atacante chutou fraco e o goleiro Walter levou um frango entre as pernas. O lance, porém, foi parado por toque na mão do atacante. Com a bola no pé, o Cuiabá tentou ser incisivo, mas faltou qualidade para furar a linha defensiva do Galo. Os donos da casa chegaram a criar oportunidades. Porém, satisfeitos com o resultado, não faziam questão de acelerar. Consciente, o alvinegro manteve a bola até o apito final e deu mais um passo na direção de encerrar o jejum de 50 anos sem o Brasileirão.
 
“Estou muito feliz pela vitória. Agradeço à torcida, porque estamos no mesmo caminho e vamos conquistar grandes coisas. Com pés no chão, muita humildade, encarando cada jogo uma decisão”, ressaltou Arana. Cuca endossou o discurso. “No meu ponto de vista, é uma diferença curta, porque pode ser de sete pontos e tem confrontos diretos (contra Flamengo e Palmeiras). Eu não me iludo. Sei que é bom ter essa diferença a favor, mas está longe de estar decidido”, completou.

Correio Braziliense domingo, 24 de outubro de 2021

BRASILEIRÃO: CRIA DE XERÉM, JOHN KENNEDY DÁ VITÓRIA DO FLU

Jornal Impresso

Cria de Xerém dá vitória ao Flu
 
John Kennedy brilha, marca duas vezes e ajuda tricolor a vencer o Fla pela quarta vez em 2021

 

DANILO QUEIROZ

Publicação: 24/10/2021 04:00

John Kennedy bate no peito e vibra pela atuação de gala na primeira partida como titular diante do rival estadual (Lucas Merçon/Fluminense F.C.)  
John Kennedy bate no peito e vibra pela atuação de gala na primeira partida como titular diante do rival estadual
 
O Flamengo teve mais a bola no pé, alugou o ataque, mas, em escapadas fatais, o Fluminense garantiu a vitória no clássico carioca, ontem, no Maracanã, por 3 x 1, pela 28ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O triunfo foi o quarto do tricolor sobre o rubro-negro em seis jogos disputados em 2021. Pela segunda vez, o time das Laranjeiras contou com o brilho de uma revelação de Xerém para levar a melhor sobre o rival.
 
O enredo do clássico foi parecido com os últimos jogos entre os times. Mesmo sem finalizar tanto, o Flamengo encaixotou o rival no campo de defesa. Faltou, entretanto, qualidade para criar lances incisivos. No cenário, mais uma vez, quem soube ser letal foi o Fluminense. No primeiro Fla x Flu como titular no time profissional, John Kennedy garantiu a vitória com dois gols, manteve o tricolor em oitavo e derrubou o rubro-negro para a terceira posição.
 
No primeiro tempo, o Fla cercou o Flu e criou duas boas chances. Em uma delas, Matheuzinho carimbou o travessão. Obediente à sua proposta de jogo, o tricolor conteve o ímpeto rubro-negro e buscou jogadas laterais. Em uma delas, John Kennedy escorou cruzamento na área e parou em Diego Alves. No rebote, a revelação completou para o gol. O golpe mexeu com os brios do time de Renato Gaúcho, que manteve a bola, mas não incomodou.
 
A etapa final foi movimentada. O Fla voltou disposto a pressionar e perdeu chances com Andreas Pereira e Everton Ribeiro. Quem marcou, outra vez, foi o Flu. Luiz Henrique cruzou para John Kennedy, a estrela da noite, ampliar. O gol abalou de vez o rubro-negro. Mais solto, o tricolor foi ao ataque. Yago chegou a acertar a trave. Entretanto, em lance de sorte, Renê recolocou o rubro-negro no jogo. O time se lançou ao ataque, mas, desorganizado, pouco fez. No fim, Abel Hernández acertou chute de rara felicidade e liquidou a partida.
 
O resultado fez a festa dos tricolores. No primeiro clássico com torcida mista desde a liberação de público, em setembro, 10.029 torcedores acompanharam o jogo. Ídolo dos dois times, Renato Gaúcho viveu uma cena curiosa. Enquanto os rubro-negros vaiaram a atuação do treinador, os tricolores provocaram e gritaram o nome do técnico, em uma forma irônica de agradecimento.
 
Ovacionado de forma sincera pela torcida do Flu, John Kennedy vibrou pelos dois gols e a noite mágica no Maracanã. O camisa 23 relembrou o período de base, onde se acostumou a ser algoz do rival. “Não tem explicação para isso. É uma emoção muito... Não consigo nem me expressar. Que se repita mais vezes. E que eu me acostume a fazer gols no Flamengo no profissional”, comemorou.


Fortaleza vai a 2º

Quem aproveitou o tropeço do Flamengo foi o Fortaleza. Ontem, o tricolor venceu o time misto do Athletico-PR, em jogo de semifinalistas da Copa do Brasil, por 3 x 0, no Castelão. Lucas Lima, Yago Pikachu e Robson marcaram os gols. Com o resultado, o Leão do Pici segue firme na campanha histórica no Brasileirão. Agora, o time ocupa o segundo lugar, oito pontos atrás do líder Atlético-MG.

Correio Braziliense sábado, 23 de outubro de 2021

A VOLTA DAS CURICACAS

Jornal Impresso

AVOLTA DAS CURICACAS

A grande família do Conic

 
Casal de curicacas e os filhotes fazem a alegria de quem passa na região do centro comercial

 

Renata Nagashima
Marcelo Ferreira

Publicação: 23/10/2021 04:00

6/10 - Os ovos sendo chocados. O casal estava no ninho, cuidando (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)  
6/10 - Os ovos sendo chocados. O casal estava no ninho, cuidando
 
 
“Algazarra faz a curicaca pela manhã. Seu canto alegre acorda todo mundo”, assim a escritora Eulália Martorano Camargo começa seu poema falando do pássaro conhecido pela beleza exótica e canto alto. O som do despertador do Pantanal, apelido carinhoso das curicacas, está em várias regiões do Distrito Federal. Mas foi no Conic que um casal da espécie decidiu fazer morada e está há um ano alegrando o dia a dia de quem passa pelo local.
 
Quem trabalha no Edifício Venâncio 3, do Setor de Diversões Sul (SDS), no Conic, acompanha a família de curicacas desde o ano passado. O casal fez um ninho em frente ao prédio, em um poste de iluminação pública. Os filhotes nasceram, cresceram e seguiram a vida. O casal de curicacas ficou rondando o prédio, esperando a instalação no novo poste para começar mais uma ninhada. Macho e fêmea tiveram mais três filhotes.
 
Porteiro do prédio há 32 anos, Antônio Ferreira de Sousa, 64, tem uma vista privilegiada da janela. Apaixonado pelos animais, ele destaca que a presença dos pássaros é um presente, como um escape da rotina maçante de trabalho. Antônio acompanha o casal desde o ano passado e diz que as aves chegaram, mais ou menos, em agosto de 2020 e se instalaram em um dos postes de iluminação. Depois de alguns dias, decidiram fazer o ninho em outro, onde tiveram os filhotes. “Eu olho para eles todos os dias, e é emocionante. Eu acho a coisa mais linda do mundo. Eles são inteligentes, fazem o ninho direitinho. De manhã um se alonga, igual gente, depois sai para ir buscar comida ou graveto para o ninho. Quando volta, faz um carinho no que ficou e trocam de função. O outro sai em busca de comida para os filhotes. A natureza é perfeita demais”, admira.
 
Logo após os filhotes de curicacas terem saído do ninho, no ano passado, os postes de iluminação foram trocados. Mas, seu Antônio conta que os curicacas não foram embora, ficaram rondando o prédio até poderem se instalar novamente. “A gente admirava o voo deles por aqui, procurando comida. Chegaram a dormir na marquise do prédio, só esperando se instalarem novamente. Quando trocaram as lâmpadas, nós achamos que iriam embora, porque era um modelo mais difícil de fazer ninho, mas elas conseguiram e estão aqui fazendo nossa diversão em mais um ano.”
 
A professora Líria Hirano, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília (UnB), explica que é comum essa espécie se adaptar em um local e permanecer nele até que haja alguma ameaça. “Eles se adaptam ao meio em que estão. Quando escolhem um local para fazer o ninho e percebem que não há predadores, eles ficam lá por muito tempo.”
 
A curicaca (Theristicus caudatus) é um tipo de ave presente em boa parte do território brasileiro — comum de campos abertos, capoeiras, beiras de matas secas, caatingas, cerrados e grandes plantações. Elas costumam instalar-se em locais próximos a lagos, campos com solos pantanosos ou periodicamente alagados. Têm o hábito de viver em pequenos bandos, são diurnas e gostam de planar a grandes alturas. É comum encontrá-las nos gramados do centro de Brasília, onde procuram insetos e larvas para se alimentar.
 
Alimentação
 
Elas comem pequenos lagartos, pequenos roedores, sapos e cobras. “Essa ave tem o bico de foice para facilitar essa alimentação, ela consegue colocar o bico em tocas e na terra para caçar o animal. Na região do DF ela já tem ocorrência natural e aqui na cidade tem muita abundância em alimentos, por isso podem ser encontradas facilmente”, explica. A médica veterinária diz que as curicacas são mais vistas no Parque da Cidade, próximo ao Aeroporto de Brasília e em Taguatinga. Não apresentam nenhum risco para a população.
 
No Conic, o Correio acompanhou a evolução do ninho, os ovos chocando e os filhotes nascendo. Ao que tudo indica, a família fica reunida até os menores terem condições de voar sozinhos. Enquanto isso, os frequentadores do setor comercial apreciam o desenvolvimento e o crescimento das pequenas aves. Observar as aves virou uma tarefa diária de José Heleno, 48, que também é porteiro em um edifício no Conic. “A gente para um pouco para observar durante o dia. Dá uma alegrada, são lindos. É muito interessante como eles trabalham, saem de manhã e nunca voltam com o bico vazio. A gente passa o dia observando como crescem, cada etapa”, conta. “Viraram nossos mascotes. A gente gosta igual bichinho de estimação”, acrescenta.
 

Correio Braziliense sexta, 22 de outubro de 2021

CÂNCER DE MAMA: MAIS DE 90% DAS MULHERES CURADAS

Jornal Impresso

Mais de 90% das mulheres curadas
 
Especialista em câncer de mama destaca que resultado promissor revelado por pesquisa tem relação direta com diagnóstico precoce

 

DANIELLE SOUZA*

Publicação: 22/10/2021 04:00

Integrante titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) e coordenadora do Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, a oncologista Patrícia Schorn afirma que a taxa de cura de pacientes com câncer de mama é superior a 90%, segundo um estudo norte-americano. No entanto, a especialista ressalta que o resultado tem relação com o diagnóstico precoce da doença. Ainda nesse tema, ela abordou a importância da realização de mamografias anuais, não apenas do autoexame; explicou a relação entre o histórico familiar e a enfermidade; e mencionou um tipo de tratamento que previne um dos principais efeitos da quimioterapia: a queda do cabelo. Confira os destaques da entrevista da médica à jornalista Samanta Sallum, ontem, no programa CB.Saúde — parceria do Correio com a TV Brasília.


 (Ed Alves/CB/D.A Press)  



Qual é sua avaliação sobre ao autoexame? Ele continua sendo importante?
Esse é um ponto extremamente importante e delicado, porque esse tempo em que o autoexame veio para a mídia e ficou foi o período em que tivemos muito mais diagnósticos de câncer de mama avançado. Por quê? Porque uma mulher que faz o autoexame está preocupada em achar uma lesão, mas ela não está capacitada para isso. E ela, na maioria das vezes e até por um estímulo da imprensa, acabou substituindo uma coisa pela outra. Passou-se a fazer o autoexame porque é uma rotina muito simples e barata, deixando de ir ao médico e de fazer a mamografia. Onde está a questão disso? A mamografia é um exame que permite a identificação de lesões não palpáveis, milimétricas. Por isso, ela é tão efetiva para a prevenção. Conseguimos ter uma redução da mortalidade para o câncer de mama quando fazemos a mamografia. O autoexame, não. A mulher que percebe um nódulo na mama, já apalpa um tumor, o qual tem, no mínimo, 1 centímetro. Existe uma diferença que chamamos de prognóstica e com valor preditivo completamente diferente entre uma lesão que tem 1 milímetro versus uma lesão que tem 1cm.

A partir de que idade a mulher deve fazer a mamografia? E com que regularidade?
O principal fator de risco é o histórico familiar de câncer de mama. Mulheres que não os tenham devem fazer a mamografia uma vez ao ano, a partir dos 40. Quando identificamos uma que tem fatores de risco, trazemos a data inicial da mamografia para os 35 anos. E vamos imaginar que uma mãe teve câncer de mama aos 38. Então, iniciamos o rastreamento (da saúde) da filha 10 anos antes da idade que a mãe teve o câncer. Nesse caso, a filha passaria a fazer a mamografia a partir dos 28.

O principal fator para desenvolvimento do câncer é a predisposição genética, ou o estilo de vida das últimas décadas acelerou o número de casos?
A maior parte dos cânceres em geral — e o de mama também — não é hereditária. A doença hereditária é essa em que a mãe passa para a filha. Mas todos são genéticos, porque dependem de um erro do DNA celular. E esse erro pode ser programado. Aí, temos a doença hereditária. E ela também pode ser adquirida. Aí, vêm os fatores ambientais, o hábito de vida. Noventa por cento dos cânceres dependem dos nossos hábitos, não da nossa herança genética. Por isso, estimulamos tanto a questão de uma alimentação saudável, de abandono do álcool, do tabaco e (da adoção) de uma prática de exercícios frequentes.

Qual seria o tratamento mais leve e o mais difícil?
O tratamento curativo do câncer de mama é a cirurgia. Acrescentamos à cirurgia, antes ou depois dela, algum protocolo de quimioterapia. Mas não é todo mundo que precisa fazer. E acrescentamos a essa cirurgia também, em algumas situações, a radioterapia. O tratamento mais doloroso ainda é a quimioterapia, sem dúvida. Porque é sistêmico. É uma medicação que entra no organismo e passa por todo o corpo. E ela diminui a imunidade, faz o cabelo cair, permite feridas na boca, diminui muito a qualidade de vida da mulher durante o período terapêutico... Aí, vem o que podemos fazer para diminuir esse mal-estar durante o período de tratamento oncológico, que realmente é o mais doloroso. Uma das coisas que considero fundamental é a autoestima de uma pessoa durante o tratamento. E, hoje, conseguimos durante o período de quimioterapia, em alguns protocolos, preservar o cabelo (da paciente). Isso se dá por meio de uma touca. Chamamos de crioterapia. É uma touca que se resfria a menos de 26°C durante a infusão do quimioterápico, e isso diminui a queda de cabelo até 80% das vezes.

Podemos falar em percentual de cura ou isso também depende da faixa etária e do tipo de câncer?
Há um dado americano, não é um número nacional: mais de 90% das mulheres se cura do câncer de mama. Mas isso vai depender do diagnóstico precoce ou não. Por que insistimos tanto na necessidade de fazer uma mamografia e cuidar da prevenção? Porque sabemos que, quanto menor for o tumor, maior é a chance de cura.

* Estagiária sob supervisão de Jéssica Eufrásio

Correio Braziliense quinta, 21 de outubro de 2021

COPA DO BRASIL: FLAMENGO - EMPATE SALVADOR

Jornal Impresso

Empate salvador
 
Flamengo sai na frente, sofre a virada do Athletico-PR, mas conta com pênalti decisivo no último lance da partida para arrancar 2 x 2 na Arena da Baixada. Decisão da vaga para a final continua aberta

 

DANILO QUEIROZ

Publicação: 21/10/2021 04:00

O atacante Michael foi novamente uma das principais armas do Flamengo na partida de ontem na Arena da Baixada, mas cansou no segundo tempo (Alexandre Vidal/Flamengo)  
O atacante Michael foi novamente uma das principais armas do Flamengo na partida de ontem na Arena da Baixada, mas cansou no segundo tempo


Um jogo de alta voltagem — e com emoção até a última jogada — deixou a briga de Athletico-PR e Flamengo por um lugar na decisão da Copa do Brasil em aberto. Ontem, na Arena da Baixada, em Curitiba, na partida de ida das semifinais do torneio nacional, os dois times alternaram o protagonismo ofensivo durante os 90 minutos. Cada um deles chegou a ficar na frente em algum momento, mas, ao apito final, terminaram empatados, por 2 x 2, com gol salvador de Pedro no fim. Com isso, a definição de quem pega Atlético-MG ou Fortaleza na final ficou para a próxima quarta-feira, no Maracanã.

A intensidade não foi, necessariamente, alto nível dos dois times durante todo o jogo. O Flamengo começou melhor e saiu na frente com Thiago Maia, mas não aproveitou o bom momento para ampliar. Quando cresceu, o Athletico-PR não conseguiu sem efetivo em campo. No segundo tempo, tudo mudou na base da força aérea paranaense e a virada veio em cruzamentos bem finalizados por Pedro Henrique e Renato Kayzer. O rubro-negro voltou a ter a bola, mas não conseguia criar. No desespero, colocou a bola na área e Rodrigo Caio foi derrubado. O VAR marcou e Pedro, com categoria, converteu o pênalti.

O primeiro tempo teve momentos de domínios dos dois times. Melhor na primeira metade, o Flamengo conseguiu abrir o placar aos 15 minutos. Gabigol chutou, a bola desviou em Arão e parou em Thiago Maia. No susto, o volante conseguiu finalizar e marcar. O rubro-negro chegou outras vezes, não aproveitou e passou a dar espaços ao Furacão. Na melhor chance dos paranaenses, Erick desviou cruzamento e Diego Alves fez boa defesa. O Athletico-PR seguiu cercando o time carioca, mas não conseguiu ser incisivo para furar o sistema defensivo adversário.

Na etapa final, porém, o Furacão precisou de apenas dois minutos para ter êxito. Pedro Henrique foi no terceiro andar para desviar escanteio. Inapelável para Diego Alves. Após o gol, o Fla perdeu boas chances com Thiago Maia e Michael. A sequência foi truncada e faltosa até o Athletico-PR virar. Abner cruzou e Kayzer desviou para o gol. Desorganizado, o rubro-negro se lançou para o ataque, mas pouco ameaçou o Santos. O empate veio aos 54, após o VAR flagrar pênalti em Rodrigo Caio. Com sangue-frio, Pedro bateu no meio e garantiu a igualdade no lance derradeiro.

Ao apito final, o sentimento foi distinto. O Athletico-PR lamentou a oportunidade de abrir vantagem em casa, enquanto o Flamengo saiu contente pela chance de definir em casa. Pedro vibrou após jogar com incômodo. “Eu consegui vir para o jogo. Foi uma pancada muito forte que tomei no joelho, ainda tenho uma dorzinha. Eu vim no sacrifício, mas o Flamengo pede isso. Graças a Deus consegui fazer o gol”, destacou o herói da noite rubro-negra em Curitiba.

Renato Gaúcho também se mostrou satisfeito pelo resultado. “A minha equipe arriscou o tempo todo, saímos jogando, conseguimos quebrar a linha defensiva várias vezes. Mas tem hora que fica difícil, a grama sintética dificulta bastante. Essa foi nossa maior dificuldade. Eu tenho que parabenizar a minha equipe, saímos vivíssimos e agora vamos para o Maracanã. Será mais um jogo difícil, mas lá, teremos a nossa torcida”, destacou.

Correio Braziliense quarta, 20 de outubro de 2021

PEDACINHO DE MADAGASCAR NO CERRADO
 
 
Jornal Impresso
Pedacinho de Madagascar no cerrado
 
O tão aguardado Flamboyant chegou junto com a primavera para colorir as ruas do Distrito Federal

» Renata Nagashima

Publicação: 20/10/2021 04:00

A engenheira ambiental Miria Nogueira aproveita a paisagem desta época do ano. Ela destaca que o flamboyant é considerado a árvore símbolo do amor  (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)  
A engenheira ambiental Miria Nogueira aproveita a paisagem desta época do ano. Ela destaca que o flamboyant é considerado a árvore símbolo do amor


A seca foi embora, e o verde prevalece na capital federal. Com a chegada das chuvas, a primavera trouxe de volta o colorido para a vegetação do cerrado e, depois das floradas dos ipês e da festa do jacarandá, chegou a vez dos brasilienses saudarem os flamboyants. O nome, que vem do francês e significa vistoso, chamativo e berrante, é adequado para os tons vívidos de vermelho, laranja e amarelo que decoram a cidade nesta época do ano. As flores da espécie de origem africana formam verdadeiros tapetes naturais nas quadras residenciais e nas vias da cidade, demonstrando que estão adaptadas aos ares do Centro-Oeste.
 
Natural da ilha de Madagascar, os flamboyants chegaram a Brasília na década de 1960, para oferecer sombra e enfeitar o jovem centro político do país. Hoje, a maioria das árvores está concentrada nas quadras 209, 210 e 211 da Asa Sul, além de exemplares no Sudoeste, no Zoológico, na região da Universidade de Brasília (UnB) e no Eixo Monumental.
 
Cuidado e beleza
 
Responsável pela plantação dos primeiros flamboyants na CCSW 3, no Sudoeste, Edmilson Matos, 43 anos, é zelador no mesmo bloco há 22 anos e, desde 1999, tem a preocupação em manter a quadra arborizada. “Eu plantei todas as que ficam nessa região. O pessoal foi comprando as plantas e eu fui cultivando”, conta. Apesar de cuidar de todas as árvores com o mesmo zelo, Edmilson revela que tem um carinho especial pelo flamboyant. “Eu espero o ano todo para vê-los florescer; é a época mais bonita que tem, fica tudo mais vivo e cheio de cores.”
 
Para o zelador, a florada anual deixa os moradores mais unidos. “Me alegra que todos adotaram a árvore, colocaram balanço e um banco ali embaixo. Todo mundo ajuda a cuidar, coloca um adubo, é lindo de ver. É uma coisa comunitária. Os moradores gostam bastante e são empenhados”, orgulha-se.
 
A espécie faz tanto sucesso na quadra, que virou até decoração para festas de aniversários das crianças. “Com a pandemia, as pessoas passaram a fazer mais coisas ao ar livre. Os moradores começaram a fazer comemorações embaixo do flamboyant, foi uma coisa única. É uma alegria ver as pessoas se aproximando da natureza. Meus filhos crescem aqui, brincando e ajudando. Tenho um jardim quase que particular na porta de casa”, comenta Edimilson.


O zelador Edmilson Matos se orgulha de cuidar das espécies de flamboyant da quadra em que trabalha e dos filhos aproveitarem o contato com a natureza (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)  
O zelador Edmilson Matos se orgulha de cuidar das espécies de flamboyant da quadra em que trabalha e dos filhos aproveitarem o contato com a natureza


 
Símbolo do amor
 
Quem também derrama-se pelas cores quentes dos flamboyants é a engenheira ambiental Miria Nogueira, 40. Ela, que escolheu a profissão justamente pela paixão pela natureza, gosta de sair para caminhar e contemplar a flores que decoram o Sudoeste. “Ainda estou de home office, então sair um pouco e ter esse contato com a natureza é importante. Passo horas admirando e tirando fotos”, conta.
 
Ela aponta que, durante esse período de chuvas, o verde das gramas se destaca, contrastando com as flores do flamboyant. “É uma beleza única. Eu gosto muito da natureza e da arborização de Brasília. O flamboyant é considerado a árvore símbolo do amor, além de ser linda tem esse significado forte”, destaca.
 
Origem
 
A engenheira agrônoma do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) Carmen Regina Correia, explica que a espécie exótica foi trazida da África para o Brasil provavelmente pelos portugueses. Segundo a especialista, apesar da beleza, as árvores precisam de atenção na hora de serem plantadas em áreas urbanas. “As raízes são muito superficiais, é uma árvore que não se coloca onde tem pavimento, nem em canteiros de ruas, deve ficar mais em parques. A madeira dela também é resistente, a queda de galho pode causar danos”, alerta.
 
De acordo com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), são cerca de 100 mil delas espalhadas por toda a capital. A maioria está concentrada no Plano Piloto, onde há mais de 50 mil flamboyants. Diferente dos ipês, os flamboyant têm uma floração mais rápida, que dura de 30 a 40 dias. Elas florescem entre outubro e dezembro e podem ser encontradas em três cores: vermelho, laranja e amarelo. A árvore é de médio a grande porte, tem uma copa ampla e pode chegar a 18 metros de altura.
 
Previsão do tempo
 
Com temperaturas mais baixas do que nos dias anteriores, é bom garantir o casaco para o dia de hoje. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura máxima no Distrito Federal ficará em torno de 28ºC, sendo que a mínima registrada deve ficar em 19ºC. A umidade relativa do ar ficará entre 55% e 95%. A previsão do tempo indica que o dia terá muitas nuvens com chuvas isoladas no período da tarde. A noite será de nuvens com pancadas de chuva e trovoadas isoladas.

Correio Braziliense terça, 19 de outubro de 2021

TUDO A SEU TEMPO - TRANSIÇÃO PARA A VIDA ADULTA

Jornal Impresso

Tudo a seu tempo
 
Jovens contam como lidam com obstáculos e dilemas existenciais na transição para a vida adulta

 

» EDUARDO FERNANDES*

Publicação: 19/10/2021 04:00

Arte e autenticidade ajudaram Ediadany Vieira a ter confiança em suas escolhas  (Ed Alves/CB/D.A Press - 24/9/21 )  
Arte e autenticidade ajudaram Ediadany Vieira a ter confiança em suas escolhas
 
A transição para a vida adulta pode vir carregada de frustrações e dos mais diversos desafios. Para muitos jovens, a conclusão do ensino médio marca o início de uma fase com novas responsabilidades e autocobranças. “O padrão, na verdade, é muito idealizado. A vida real não é construída na tela do celular, do computador ou da televisão. Quando você sai disso e vai vivê-la, se frustra por não conseguir realizar as coisas”, observa o professor e antropólogo do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), Rodrigo Augusto.
 
Na avaliação dele, os padrões sociais atuais, muito influenciados a partir das interações pelas redes sociais e pela internet, pressionam os jovens a buscarem um futuro de realizações que, na prática, depende de diferentes fatores, como tempo, investimento, além das conjunturas econômica e social do lugar onde vivem. “Por exemplo, hoje, o contexto econômico e político brasileiro está saindo desse processo pandêmico com um nível de desemprego muito grande. Então, você tem uma sociedade deprimida, no sentido econômico, e com extrema polarização política. Um país em total convulsão e desequilíbrio”, pontua.
 
Uma realidade distante do modelo de felicidade apontado como ideal e que, de acordo com o especialista, gera mais ansiedade entre os jovens. “Olhar para o próprio país e ver que não há projetos e que as condições necessárias para construir algo são escassas, pode afetar a expectativa de futuro e de presente daqueles que ainda estão em busca de um lugar no mundo”, explica.
 
O excesso de autocobrança fez com que Laiane Paiva buscasse a terapia (Arquivo pessoal/CB/D.A Press)  
O excesso de autocobrança fez com que Laiane Paiva buscasse a terapia
 Vida real
 
A jovem Laiane Paiva, 23, se reconhece nesses dilemas. O excesso de cobranças e urgência para conquistar metas e objetivos, fez com que ela passasse por um processo de desgaste até se encontrar profissionalmente. “Eu queria sair da escola e ir direto para faculdade, depois arrumar um emprego na área, ter aquela realização do sonho planejado. Mas, quando você sai do ensino médio, tem um verdadeiro choque. Porque é jogado na vida real de uma vez”, avalia. Ao sair da escola, a jovem afirma que precisou conciliar emprego e faculdade, pois ela queria ter a satisfação de bancar a própria faculdade. A rotina era puxada, e ela adicionava à sua sobrecarga cobranças internas e expectativas de pessoas próximas. Com tanta pressão, os problemas de saúde mental não tardaram. Estudos e trabalho não deixavam tempo para que ela estivesse com a família e amigos.
 
Entretanto, ao observar que antigos colegas de escola seguiam no mesmo frenesi, ela não via os excessos como um sinal de alerta, até que buscou terapia. O acompanhamento foi um grande divisor de águas, um processo de construção diária. “As pessoas pensam que terapia é mágica, só que não é. É um processo que dói, é sofrido e dura anos. Sou muito privilegiada por ter conseguido fazer terapia, ao contrário de muitas pessoas por aí”, reflete.
 
Sonhos próprios
 
Por muito tempo, a vida e os sonhos de Ediadany Vieira, 20, eram norteados pela expectativa da família. “Isso de ter que ser suficiente e ter que fazer alguma coisa que não gosta só para colocar dinheiro na mesa é difícil. É muito cansativo tentar ser bom no que, na real, você nem é”, desabafa.
 
Após passar por muitos caminhos e tentar escrever histórias que não eram compatíveis com suas paixões, Ediá, como é chamada, resolveu assumir as próprias escolhas. Segundo ela, as ancestralidades e muito de sua família ainda a acompanham, mas ela acredita que é preciso gostar verdadeiramente do que se pretende seguir profissionalmente.
 
A mudança e virada de chave vieram assim que a jovem passou a investir mais em seus talentos. Dançarina, cantora e compositora, ela decidiu buscar caminhos que lhe garantissem realização. “Demasiadas vezes me cobrei muito, aí, minha própria arte vem e me acalma. Diversas vezes escrevi coisas atemporais que, quando li, vi que eram para mim”, relata. Para ela, tudo é uma construção, e, apesar de driblar obstáculos, é uma caminhada contínua e encontrou, nas manifestações artísticas, uma maneira de lidar melhor com a autocobrança.
 
Processo
 
Terapeuta familiar e médica hebiatra, Mônica Mulatinho ressalta que a transição enfrentada nessa fase também pode decorrer de processos de maturação que só se concluirão quando o jovem completar 24 anos. “O cérebro amadurece de trás para a frente, a última parte que amadurece é o lóbulo pré-frontal, que os adolescentes têm imaturo e só ficará pronto aos 24 anos”, afirma.
 
De acordo com a especialista, esse período não concluído pode causar dificuldades relacionadas a aspectos como planejamento, empatia, concentração, antecipação de consequência e controle de impulsos. Essas habilidades são alguns dos pontos fracos dos adolescentes durante o ciclo de maturação. A médica ainda alerta que, além da imaturidade, a puberdade e a mudança do corpo são mais difíceis para alguns adolescentes.
 
Formado em gestão pública, Gusttavo Almeida, 21, carrega desde pequeno o sonho de integrar a Polícia Civil do Distrito Federal. Entre a difícil rotina de quase cinco horas de estudos, a autocobrança surge como um obstáculo a mais na vida do jovem concurseiro. Desde criança, ele leva em seu coração a ideia de que somente os estudos poderão levá-lo ao lugar que tanto almeja, embora reconheça que no dia a dia, a busca não é fácil.
 
“As cobranças e as dificuldades aumentam com o passar do tempo, e a solidão acaba fazendo parte da rotina de quem se dedica inteiramente para um sonho, seja ele qual for. No meio da autocobrança, esqueço das pequenas conquistas e das características que tanto admiro, por isso sempre tento me lembrar que sou muito mais que meus erros e defeitos”, diz.
 
Contudo, ele reconhece que precisa enfrentar seus receios sobre o futuro enquanto não consegue a sonhada aprovação. Para seguir motivado, ele sonha em ajudar sua família e se considera um vencedor. Para ele, não deixa de ser uma vitória perseverar. “Quando vejo meu desempenho aumentar a cada dia que passa, tenho certeza que com dedicação e disciplina podemos chegar em qualquer lugar. Antes, eu queria apenas um cargo de agente na PCDF, acabei ficando de fora desse concurso, mas o maior aprendizado que tive foi saber que sou capaz. Agora que eu sei aonde posso chegar, minha meta é ser delegado”, finaliza.
 
Identidade
 
A busca por autoafirmação e para o sentido da vida, além das incertezas causadas ao se depararem com o mundo adulto, são questões clássicas feitas pelos jovens. O psicólogo Emerson Almeida alerta que, neste período, onde a parte cognitiva e psicossocial está em desenvolvimento, essas reflexões existenciais aparecem para muitos como se fosse um ‘soco’, mas pode ser normal dependendo do nível das cobranças.
 
“Uma autocobrança excessiva pode gerar inseguranças, ansiedade, solidão, depressão e, em casos mais graves, sintomas psicóticos”, destaca. O enfrentamento não saudável, para essas pautas relacionadas aos jovens e seu crescimento, pode ser enfrentado com procura especializada na área psicológica. A ajuda profissional é de extrema necessidade, caso os sintomas se agravem e os quadros evoluam sem acompanhamento. 
 
*Estagiário sob a supervisão de Juliana Oliveira


Dicas para amenizar a ansiedade dos jovens
 
» Melhor utilização de redes sociais
» Olhar para si com mais carinho
» Procurar acolhimento da família ou amigos
» Consultar um psicólogo
» Usar o tempo para exercer a criatividade

Correio Braziliense segunda, 18 de outubro de 2021

A PRIMAVERA SOB UM NOVO OLHAR

Jornal Impresso

A primavera sob um novo olhar
 
A nova estação, explica a doula Agne Harizza, é um momento de mudança e reafirmação.
 
Enquanto alguns aproveitam a primavera para admirar a chegada das cores, outros, enxergam que a estação tem um significado a mais. O Correio conversou com brasilienses que se diferem pelos estilos de vida, mas que têm um ponto em comum: as novas perspectivas diante das mudanças e transformações que chegam com a estação

 

Publicação: 18/10/2021 04:00

» Ana Maria Pol
 
Da mesma forma que o inverno é comumente associado ao recolhimento, ar seco, frio e intimismo, a primavera está para o crescimento, florescimento e harmonia. Para aqueles que preferem a estação das cores, é tempo de observar os animais polinizadores, como os beija-flores e as abelhas, que aumentam suas atividades, e fazem crescer o ciclo reprodutivo dos vegetais. Mas, apesar dos favoritismos sazonais, é fácil notar que as mudanças que surgem com as estações têm impacto, também, sobre o humor e comportamentos do ser humano. 
 
De acordo com a psicóloga e professora do Centro Universitário de Brasília (Ceub), Valéria Mori, a primavera vem carregada de um simbolismo que impacta a transformação de vida de algumas pessoas. “Essa estação tem sido representada como o novo. E nós precisamos, muitas vezes, desses símbolos para poder olhar para a vida de um novo lugar, de uma forma diferente. Então esses recursos da natureza facilitam que a gente gere produções simbólicas e emocionais que são facilitadoras, por exemplo, da concretização de planos e da imaginação de novos planos na vida, da aspiração de mudança”, explica. 
 
Segundo Valéria, à priori, a mudança não significa, necessariamente, algo bom ou ruim. “Ela depende da forma que a gente lida com as transformações que fazem parte do viver a vida. A mudança mobiliza, no cotidiano, processos em nós que são extremamente contraditórios e que muitas vezes nos impedem de dar passos em um primeiro momento. Mas essa mesma transformação pode ser introduzida em um caminho que é surpreendente, novo”, diz. 
 
Para a psicóloga, não há fórmula de como o momento deve ser bem vivido. Viver bem, nas palavras dela, implica reconhecer que a vida tem momentos contraditórios, às vezes difíceis, mas também de alegria e prazer. Segundo Valéria, é fundamental sair da ideia de que existe uma felicidade a ser alcançada. "Ela está nos detalhes", esclarece. De acordo com Valéria, as estações do ano mostram isso. “Temos a época das flores, que, em determinado momento, secam e se transformam em outras coisas. Penso que assim é a vida, o cotidiano. Ele é feito de pequenos momentos e alegrias, e que implicam no engajamento e em viver esse cotidiano de uma forma não idealizada. Que eu viva segundo aquilo que ela me apresenta e naquilo que eu reconheço nela”, completa. 
 
Novo sentido
Para a técnica em medicina tradicional chinesa e doula Agne Harizza Satiya Narcizo, 29 anos, os sentidos humanos estão interligados às fases do ano e, no caso da primavera, não é diferente. “O inverno está ligado à água e aos rins; o verão ao coração e intestino delgado; o outono ao metal, pulmão e intestino grosso; e temos a primavera, que está diretamente relacionada ao fígado e vesícula biliar, que tem ligação com o elemento madeira, responsável pelos tendões, e com útero, ou seja, com o renascimento, o brotar da semente, o ímpeto”, diz.
 
De acordo com Agne, na cultura chinesa, o coração faz menção à figura de imperador, e o fígado faz o papel do general, que executa ordens. Quando está desregulado, tem a ver com a raiva, a expressão dele é o "grito", segundo ela. "É preciso fazer o sangue correr nos locais certos, e a primavera é o momento de fortalecer os órgãos, é nela que começamos a plantar para colher depois”, diz. Apesar de poético, Agne diz que é dessa teoria que surge a ideia de que a primavera é tempo novo. “Ela (primavera) vem com a proposta de nascimento, de preparar o terreno e deixá-lo firme para conseguir sobreviver ao inverno”, pontua.  
 
Toda essa ideia vem do conceito de Ying Yang, princípio da filosofia chinesa que visa o equilíbrio entre as forças opostas e, de acordo com a técnica em medicina tradicional chinesa, a primavera dá a oportunidade de a pessoa tentar equilibrar questões pessoais e sentidos. “Trabalhar com o que eu gosto, por exemplo, adianta muito a minha vida", diz. Ela diz que as pessoas que não conseguem sair do trabalho por algum motivo, é preciso buscar esse prazer de outras formas, em busca do equilíbrio emocional e físico.
 
Praticante da medicina oriental há cinco anos, Agne conta que, em seu caso, procura viver o equilíbrio por meio da calmaria, ao cuidar de suas plantas e observar o que a estação traz de novo. Conforme sua fala, a primavera mostra a ela a importância de fazer as coisas com calma. Até chegar à fase de florescer, a semente e a árvore passaram por um processo. A estação, de acordo com ela, mostra que não adianta acelerar ou atrasar processos, o tempo corre como deve. “Sou doula, preciso saber respeitar os processos”, afirma. 
 
Saúde
As mudanças advindas da primavera também interferem, diretamente, na saúde corporal das pessoas, conforme explica a terapeuta ayurvédica Ariadne Hamamoto, 29. “O primeiro fator que vai influenciar o corpo e saúde é o passar do tempo e o ambiente onde se vive”, afirma. Esse local possui qualidades e características físicas que se transformam com o passar das estações e causam certa influência na saúde corporal, ela explica. Para manter o corpo em dia, a terapeuta dá a dica: “Preste atenção na fome em relação ao clima, por exemplo. Quando está quente, nossa capacidade digestiva fica mais fraca, então devemos comer alimentos mais leves e equilibrar de acordo com o ambiente. Já no frio, há retenção de calor no corpo, então ficamos com maior capacidade de digestão. Ou seja, pode-se comer alimentos mais pesados”, exemplifica. 
 
Ariadne explica que a Ayurveda é um conhecimento de origem indiana, que busca manutenção do equilíbrio do indivíduo consigo, com a natureza e com os outros seres. Conhecido como o mais antigo sistema de saúde de que se tem notícia, a terapia ayurveda incentiva, como tratamento para alguma doença ou sintoma, a mudança de estilo de vida. “É feita uma análise personalizada com o paciente, em que considera-se idade, lugar onde nasceu, onde ficou doente, qualidade e estilo de vida, qual rotina e dieta, sintomas apresentados, há quanto tempo eles surgiram”, pontua. 
 
De acordo com a terapeuta, o equinócio da primavera — fenômeno astronômico em que a luz solar incide da mesma forma sobre os dois hemisférios, fazendo com que os dias e as noites tenham a mesma duração — é um marco importante e afeta, diretamente, o funcionamento do corpo dos indivíduos. Isso porque exemplifica um momento de transição. “A primavera sucede o inverno, período que ficou muita coisa guardada. Então é um momento de impulso, criação, potencial e expansão de energia. É um bom período para aprender coisas diferentes, realizar projetos”, completa.

Correio Braziliense domingo, 17 de outubro de 2021

BRASILEIRÃO - VASCO SEGUE SONHANDO COM A ELITE

 Jornal Impresso

 

Vasco segue sonhando com a elite

 

Publicação: 17/10/2021 04:00

Na briga pelo acesso, o Vasco acredita e dá motivos para a torcida também sonhar com o retorno à elite. Ontem, embalado pelos torcedores, o Gigante da Colina derrubou o líder da Série B. Em São Januário, o Vasco fez 2 x 1 sobre o Coritiba, pela 30ª rodada.
 
Assim, o Cruzmaltino se recupera da derrota para o Sampaio Corrêa, na última rodada, e se mantém na corrida pelo acesso. O clube carioca subiu para a sexta colocação, com 46 pontos. No momento, a diferença para o G-4 é de quatro pontos. O Avaí, que tem 50 pontos, ainda joga neste sábado. No pior dos cenários, em caso de vitória catarinense sobre o Confiança, fora de casa, o Gigante da Colina ficará a cinco pontos do Goiás, que tem 51.
 
Após sair na frente e controlar o jogo no primeiro tempo, o Vasco levou um gol-relâmpago na etapa final. Entretanto, conseguiu uma resposta praticamente imediata e fez 2 a 1. Depois, segurou os esforços do Coxa e garantiu uma importante vitória.
 
Na próxima rodada, no domingo, dia 24, o Vasco visita o Náutico, nos Aflitos. Já o Coritiba volta a campo nesta terça-feira e recebe o Sampaio Corrêa, no Couto Pereira.
 
Gols
Aos 18 minutos, Gabriel Pec chutou após bela trama pela direita e o goleiro do Coritiba bateu roupa. O artilheiro do Gigante da Colina não perdoou. Cano pegou o rebote e fez 1 x 0.
 
A segunda finalização do Coritiba encontrou a rede, em um gol-relâmpago no começo da etapa final. Após lançamento pela direita, Ricardo Graça falhou e não conseguiu cortar como queria. A bola se ofereceu para Léo Gamalho. Ele chutou no canto e empatou, aos 16 segundos.
 
O Vasco deu a resposta com dois minutos. Riquelme chutou cruzado e Nenê marcou. A arbitragem marcou impedimento. O VAR demorou quase cinco minutos na checagem do lance, diante de um lance tão ajustado, e validou o gol.

 


Busca


Leitores on-line

Carregando

Arquivos


Colunistas e assuntos


Parceiros