A Copa Libertadores da América, oficialmente Conmebol Libertadores, anunciou, nesta segunda-feira (9/5), mudanças importantes no Código Disciplinar. A entidade, por meio de documento enviado às associações nacionais, confirmou a implementação de punições mais severas em caso de racismo e discriminação por orientação sexual, idioma, crença ou origem.
O nível da punição varia de acordo com a origem da discriminação. Se um torcedor cometer racismo, por exemplo, o clube para o qual ele torce pode ser multado. Caso o ato criminoso parte de um jogador, a sanção será a suspensão temporária das partidas oficiais.
Casos recorrentes de racismo nas partidas da Libertadores
A decisão de alterar as punições surgiu após sete registros de racismo presenciados durante os jogos da terceira e quarta rodadas das Copas Libertadores e Sul-Americana.
Há cerca de duas semanas, em 27 de abril, um torcedor do Boca Juniors foi preso depois de fazer atos racistas para a torcida do Corinthians, imitando um macaco. Ele foi levado à 24ª Delegacia de Polícia de São Paulo e solto após pagar fiança. Agora, a Conmebol, com essas punições, visa evitar que situações semelhantes fiquem impunes.
A entidade afirmou ainda, por meio do comunicado, que observou todos esses episódios com "com preocupação o número de infrações cometidas por torcedores em relação à discriminação, especificamente o racismo". Além disso, declararam repúdio a qualquer tipo de comportamento discriminatório e reafirmaram o propósito de estabelecer espaços livres de violência.