Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense domingo, 08 de maio de 2022

DIA DAS MÃES: ARTE E MATERNIDADE INDIVISÍVEIS - HISTÓRIAS DO CORAÇÃO DE MÃE DE ARTISTA

Arte e maternidade indivisíveis: histórias do coração de mãe artista

No dia delas, o Correio ouviu personagens da cidade para falar da interação com os filhos quando arte e vida não se separam

IR
Irlam Rocha Lima
RD
Ricardo Dahen
postado em 08/05/2022 06:00
 
Eliana e Naira Carneiro em cena na companhia Os Buriti -  (crédito: Jane Pini/Divulgação)
Eliana e Naira Carneiro em cena na companhia Os Buriti - (crédito: Jane Pini/Divulgação)

Os filhos de mães artistas sentem a pulsação da arte desde desde a gestação na barriga materna. E, quando existe vocação, a arte e a vida se abraçam de maneira indivisível. Na passagem do Dia das Mães, o Correio ouviu mães e filhas sobre essa rica interação, sem excluir as que questionam a idealização da figura feminina.

Em 1995, o espetáculo Os Buriti dançam bamboo estreitou laços entre Naira e Eliana. À época, aos seis anos, numa compra de tecidos para um espetáculo, Eliana foi surpreendida pelo rompante da filha: "Me meti no meio, e defini meu figurino", diverte-se Naira, ao relembrar da traquinagem. Sempre nutrida por arte, "na barriga da mãe, ou mesmo, sendo amamentada", Naira destaca, na obra conjunta, espetáculos como O marajá sonhador, no repertório da jornada pelos palcos, fortalecida pela presença de Guian, filho de Eliana.

No aprimoramento da eterna busca pela arte, com questionamentos, adesão a poéticas, subversão e interpretações da realidade, Eliana Carneiro se viu lapidada pela vivência. "O que alimenta a arte é a dignidade, são as trocas nos afetos e no que vêm dos encontros", pontua Eliana.

Até chegar à parceria igualitária e de muita sintonia com os filhos, a diretora, atriz e dançarina Eliana moldou e redimensionou projetos artísticos. "Além do desenvolvimento de uma linguagem e de uma pesquisa, com os filhos tão maravilhosos que tenho, percebi que me ensinaram tanta coisa, fui agraciada. Vivi uma transformação artística, a partir do momento em que minha filha, aos seis anos, decidiu entrar em cena: comecei a contar histórias para ela e para todas as crianças. Ela foi minha grande inspiração, junto com meu filho, que tem um talento incrível", explica Eliana.

 

Orgulho

Depois de muitos espetáculos solo, nas décadas de 1980 e 1990, Felícia Johansson, que sempre se afirmou uma "autora atriz", com ampla pesquisa de linguagem  em textos performáticos, equilibrou "orgulho e preocupação", quando do mergulho nas artes, feito pela filha Clarisse. Há seis anos, Clarisse é atriz do  Teatro Oficina, liderado por José Celso Martinez Corrêa. O receio da mãe foi o de ver Clarisse atuante "num país que não aposta nada em arte".

Assim como "fazia parte da educação" (ao lado da irmã Eliana, em criança), Felicia percebeu a filha, desde criança, interessada nos bastidores, na lida com maquiagem e afins. Professora de teatro da UnB, Felicia, que, nos anos 1980, brilhou ao lado de Hugo Rodas, celebra os ciclos da vida, ao ter sido espectadora da filha em obras como Punaré e Baraúna (também com Rodas). "Numa parceria, é a forma de ficar perto." Felicia conta da aposta no audiovisual, com projetos como a série Planetelle, de ficção científica. Além de prêmio no Webfest Rio, Planetelle foi destaque no Canadá e na Coreia do Sul.

Com  percepção dos atributos da mãe, Clarisse não poupa elogios ao encaminhamento recebido por Felicia, sempre atenta, em especial, ao quesito humor. "Ela é minha parceira e mestra, na vida e na arte, me ensinando a viver e a trabalhar com integridade, leveza e humor. Grande coração de mãe", conta.

Em ritmo de samba

 Edênia Lucas de Paiva, a Tia Edênia, carioca radicada em Ceilândia, 57 anos, é compositora há três décadas, ligada ao samba. Autora de sambas gravados pelo cantor Milsinho, entre os quais Novo jardim e Meu dilema; e pelo grupo Amor Maior e registrado no álbum-coletânea Sementes de Brasília II, ela compôs também samba-enredo para a escola Capela Imperial. "Acredito que o fato de eu ser compositora influiu para que meu filho tenha se tornado sambista. Ele é baixista do grupo Deu Vibe, no qual atua também como produtor."

Enquanto isso, Janette Dornelas atua em outra vertente da música. É uma cantora que pertence à geração do rock de Brasília, contemporânea e amiga de Cássia Eller, com que participou do coro da ópera Porgy and bess, de George Gershwin e do musical Veja você Brasília, de Oswaldo Montenegro. No momento,  atua como cantora lírica em montagens de óperas e faz shows como intérprete de MPB, por rock e jazz. "Fiquei feliz quando percebi o interesse das minhas filhas pela música. Hoje, me orgulho das duas. A Sophia Dornellas, que é cantora lírica, está radicada no Rio de Janeiro; enquanto a Bruna Torre optou pelo rock, como vocalista da banda Mirante."

Cassia Portugal, carioca radicada em Brasília, é cantora de MPB há 25 anos. Se apresenta no circuito de casas noturnas brasilienses e em eventos particulares. Recentemente, participou do programa televisivo The Voice Brasil. Tem um disco lançado e está gravando outro. "Minha filha Rebeca Abdo atua no mercado do teatro musical, já tendo trabalhado com Deto Montenegro e Túlio Guimarães. Atualmente, mora em Toronto, no Canadá. Me vejo como uma autêntica mãe-coruja".

As mães artistas estão presentes também no chorinho. Gabriela Tunes é flautista de choro há 10 anos.  Costuma se apresentar em duo com o filho, o bandolinista Tiago Tunes, de quem foi a grande incentivadora e com quem gravou vídeos disponíveis nas plataformas digitais."Tiago é líder de um trio e de um quinteto, com o qual gravou um EP. Com esses grupos, ele toca no Clube do Choro, Feitiço das Artes e em outros bares do circuito das casas noturnas", conta.

Maternidade tematizada

A pintora Clarice Gonçalves sempre teve sua arte atravessada pela socialização e sexualidade femininas, bem como os papéis de gênero. Mãe há oito anos, nove se for contado o período da gravidez, a maternidade vem sendo algo trabalhado na sua arte. Em 2019, ela fez uma exposição no Museu Nacional da República, chamada Matriz, só com obras que falam da maternidade. "Agora meu trabalho está fluindo para uma outra vertente, mas que também vem desse lugar da maternidade e acho que sempre virá. Ser mãe é para sempre", pontua a artista. "Para mim, ser mãe deveria ser um marcador social, assim como raça, classe e gênero, porque é um fator de empobrecimento, depressão e exaustão e acaba sendo uma forma de tirar a mulher do meio social e político".

Apesar da romantização da maternidade, a qual a artista considera nociva num contexto em que a mulher mãe passa por tantas dificuldades, a melhor parte de ser mãe, para ela, é observar o cerne do ser humano e como se dá o desenvolvimento social de uma pessoa. "A criança não nasce machista, preconceituosa ou odiando. Com trabalho árduo e contínuo de tentar explicar esse mundo que não faz o menor sentido para uma criança, você vê que é possível desenvolver pessoas com mentalidades diferentes, com abertura, com consciência diferente dessa baseada no medo religioso e no ódio ao diferente. Eu me sinto no topo da revolução." Clarice também ressalta que é impossível controlar o que o filho vai ser, por causa da convivência com a sociedade, embora ela dê e ensine o melhor para ele.

 

 


Correio Braziliense sexta, 06 de maio de 2022

ALIMENTAÇÃO: COMER BEM E EM HORÁRIOS REGULARES É A RECEITA PARA VIVER MAIS, DIZ PESQUISA

Comer bem e em horários regulares é a receita para viver mais, diz pesquisa

Essa é a combinação que, em ratos, resulta em aumento da longevidade em 35%, mostra pesquisa dos Estados Unidos. Nos testes, as cobaias seguem uma dieta pobre em calorias e se alimentam à noite, quando estão mais ativas

VS
Vilhena Soares
postado em 06/05/2022 06:00]
 
 
 (crédito: Ana Rayssa/Esp. CB)
(crédito: Ana Rayssa/Esp. CB)

A receita para viver mais pode ser bem simples: comer menos e em horários regulares, segundo pesquisadores estadunidenses. Em um estudo feito com ratos, os especialistas observaram que os animais que ingeriram uma dieta de calorias reduzidas, com refeições feitas no período do dia em que eram mais ativos, tiveram uma vida mais longa e saudável. Detalhes do trabalho foram apresentados na última edição da revista Science.

No estudo, os autores relatam que, nos últimos anos, surgiram muitos planos populares de emagrecimento baseados no jejum intermitente, em que é necessário ficar sem comer durante longos períodos diários (de seis a oito horas) ou em dias alternados. A equipe resolveu estudar essa estratégia, mas, em vez de focar na perda de peso, avaliou os efeitos em relação à longevidade. "Resolvemos desvendar os efeitos do consumo de calorias em um horário controlado e avaliar se ele influenciava na quantidade de tempo vivido pelas cobaias. Por isso, realizamos um estudo aprofundado, que durou quatro anos", detalha, em comunicado à imprensa, Joseph Takahashi, pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes.

No experimento, Takahashi e colegas alimentaram centenas de ratos por meio de máquinas eletrônicas. Os equipamentos controlaram o horário e a quantidade de ração fornecida durante toda a vida útil das cobaias, que foram divididas em três grupos. Uma parte podia comer o quanto quisesse, outra parcela tinha as calorias restritas em 30% a 40% e uma terceira comeu refeições menos calóricas apenas durante à noite, período em que os roedores eram mais ativos. Nesse último caso, houve um intervalo de pelo menos 12 horas entre as refeições.

Os cientistas constataram que apenas uma dieta reduzida em calorias prolongou a vida dos animais em 10%, mas alimentá-los apenas à noite prolongou a vida em 35%. "Essa combinação — dieta de calorias reduzidas com horário noturno de alimentação — acrescentou nove meses extras à vida média típica dos animais, que é de dois anos", enfatizam os autores. O artigo mostra, ainda, que a alimentação restrita a períodos noturnos melhorou algumas alterações genéticas relacionadas à idade, impedindo expressões gênicas associadas à inflamação.

Não houve mudança no peso corporal entre o grupo de camundongos que se alimentou em horários regulares e as cobaias que ingeriram os alimentos sem restrição de tempo. "No entanto, encontramos essas diferenças profundas na expectativa de vida", frisa Takahashi. Para os cientistas, os dados obtidos reforçam resultados de estudos que avaliaram os efeitos do jejum intermitente em relação à perda de peso. "Esses planos de regime podem não acelerar a perda de peso em humanos, como relataram pesquisas recentes, mas podem trazer benefícios à saúde que se somam a uma vida útil mais longa", avalia.


Correio Braziliense quinta, 05 de maio de 2022

DIA DAS MÃES: COMERCIANTES ESTÃO OTIMISTAS

Comerciantes estão otimistas com as vendas para o Dia das Mães

Consumidores devem gastar 50% a mais neste período."A cadeia produtiva está funcionando 100%", afirma Sebastião Abritta, presidente do Sindivarejista

RN
Renata Nagashima
postado em 05/05/2022 05:48 / atualizado em 05/05/2022 05:49
 
 
 Isabel Rodrigues, Rafaela Turquye e Margonete: dia de presentes -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Isabel Rodrigues, Rafaela Turquye e Margonete: dia de presentes - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Se, para o comércio, o Dia das Mães é a segunda melhor data para o comércio, para o consumidor, a data marca o momento de homenagear a mulher que o trouxe à vida ou lhe mostrou o mundo. No Distrito Federal, a estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF) é que os consumidores gastem até 50% a mais que o ano passado com os mimos para as mães. O valor médio do presente deve saltar de R$ 114,96 para R$ 174,95.

 Se alguns preferem surpreender a mãe, a militar Mariana de Lima Esteves, 24 anos, fez o movimento oposto. Levou a mãe Rosângela Soares Lima, 52, para lanchar e, em seguida, para escolher o presente exatamente como queria. "Vimos sapatos e escova de cabelo, coisas que ela realmente vai usar. Nada de panela!", brincou. "Eu quero ficar bonita", completou a mãe.

Apesar de gostar de fazer surpresa, a jovem esse ano optou por comprar o presente com a mãe para a escolha certeira. "Compra surpresa, às vezes, não é o que agrada tanto. Então, como ela merece o melhor, nada mais juntos que ela mesma escolher", afirmou Mariana. O segredo para conseguir um bom presente, e em conta, para a militar é pesquisar. "Olhei bastante antes, vi várias coisas e achei promoções muito boas."

Apesar da inflação, mas com crescimento registrado nas vendas da Páscoa, cerca de 57% dos lojistas entrevistados pela Fecomércio acreditam que as vendas para o Dia das Mães este ano serão melhores do que no ano passado e apostam em um aumento efetivo nas vendas de 26% em relação a 2021. Em termos de faturamento, a data só perde para o Natal.

A funcionária pública Eduarda Santos Bernardes, 27, neste ano vai homenagear a avó, afinal, mãe é quem cria. "Mesmo tendo minha mãe, mas foi minha avó que me criou desde pequena. Ela é o meu referencial em tudo", disse. Na hora de escolher o presente de Dia das Mães e de aniversário, já que as datas são próximas, ela optou por algo que fosse útil e que a avó estivesse precisando. "Eu comprei uma sandália confortável, pois ela tem problema no pé. Acho que vai gostar bastante", contou.

Criatividade 

Economista do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), William Baghdassarian reforça que o segredo é ter consciência na hora de comprar um presente compatível com a sua renda. "O grande problema é que as pessoas, às vezes, querem dar um presente, que a mãe certamente merece, mas  o presente é incompatível com o que essa pessoa ganha. Aí acaba ficando apertada o ano todo. Então, a maior dica é dar um presente que seja compatível com o que você ganha, porque não adianta também se apertar demais e depois ficar prejudicado com isso", explicou.

Baghdassarian aconselha que uma boa saída é ser criativo na hora de presentear. "Uma demonstração de amor ou uma presença maior na vida da mãe é muito mais importante que o presente", afirmou. Por isso, para o economista, nesse momento de inflação alta, é uma boa oportunidade para que as pessoas repensem o que seria mais significativo para as mães, além de coisas materiais. "Às vezes, a pessoa pode fazer algo que a mãe gosta, como um prato ou um ato de carinho. Eu acho que o gesto é muito mais importante do que o valor do presente", completou.

Margonete é a típica mãe que ama agradar os filhos e dá a cada momento simples, motivo para se fazer uma festa. Agora, é a vez de as filhas homenagearem a mãe. "Ela gosta de comemoração. É aquela pessoa que para tudo e todo mundo arruma uma mesa especial. Tudo é festa com ela. Então é legal, nessa data, a gente poder fazer por ela também", acrescentou Rafaele.

 


Correio Braziliense quarta, 04 de maio de 2022

POVOS INDÍGENAS: MEMORIAL DOS POVOS INDÍGENAS RECEBE EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA BRASIL KRAHÔ

Memorial dos Povos Indígenas recebe exposição fotográfica ‘Brasil Krahô

DC
Davi Cruz*
postado em 04/05/2022 06:00
 
 
 
 (crédito: Leopoldo Silva/Divulgação)
(crédito: Leopoldo Silva/Divulgação)

A partir de amanhã, o Memorial dos Povos Indígenas recebe a exposição fotográfica Brasil Krahô — Filhos do Cerrado, do fotojornalista Leopoldo Silva. A mostra reúne mais de 70 fotografias inéditas dos povos Krahô, tiradas entre os anos de 2010 e 2018, com intuito de trazer elementos da cultura indígena e proporcionar visibilidade a esses povos.

"Sou fotógrafo a vida inteira, então minha paixão é a fotografia", lembra Leopoldo, que adiciona a importância que confere ao povo Krahô. "Quando os conheci, uniu essas duas paixões", acrescenta.


Correio Braziliense terça, 03 de maio de 2022

DIREITO DO CONSUMIDOR: PROCON-DF SUSPENDE VENDA DO WHOPPER COSTELA PELO BURGR KING

Procon-DF suspende venda do Whopper Costela pelo Burger King

A decisão foi tomada após as notícias envolvendo a falta da carne suína na composição do hambúrguer. Na semana passada, Procon-DF proibiu a venda do McPicanha, do McDonald's

CG
Camilla Germano
postado em 02/05/2022 17:05 / atualizado em 02/05/2022 17:10
 
 (crédito: Reprodução/Instagram @burgerkingbrasil)
(crédito: Reprodução/Instagram @burgerkingbrasil)

O Procon-DF, órgão de defesa do consumidor do Distrito Federal, decretou, na tarde desta segunda-feira (2/5), a proibição do comércio do Whopper Costela, do Burger King, após indícios de que ele não tem o corte da carne em sua composição.

Ainda segundo o órgão, a informação sobre a composição do lanche não é clara na publicidade e pode induzir o consumidor ao erro, podendo se caracterizar como publicidade enganosa.

Para Marcelo Nascimento, diretor-geral do Procon, se a informação não está clara para o consumidor ela pode ser considerada uma publicidade enganosa. "Mais uma vez, vemos uma grande rede cometendo infração grave na publicidade de seus produtos. No caso do Burger King, a forma como o nome ‘costela’ é utilizado e como é feita a publicidade do sanduíche levam o consumidor a entender se tratar de sanduíche feito de costela, e não que contém apenas aroma de costela. Se não está claro para o consumidor, é publicidade enganosa”, defendeu.

Com a medida, o Burger King não poderá vender o hambúrguer até a correção da publicidade e pode sobre pena de sanções e multa, além da apreensão dos produtos ou interdição do funcionamento das lojas da rede.

Vale lembrar que o órgão também proibiu a venda do McPicanha, do McDonald’s, na quinta-feira (28/4), após uma denúncia um consumidor "que alegava que o produto anunciado não teria o corte de carne — no caso, picanha —, em sua composição".

Ao Correio, o Burger King comentou o caso e informou que o lançamento do Whopper Costela sempre trouxe com clareza a composição do hambúrguer presente no sanduíche. Até a última atualização desta matéria, ainda não foi feito nenhum pronunciamento oficial sobre a decisão do Procon-DF.

Veja o posicionamento do Burguer King na íntegra:

“A transparência para com os nossos clientes é um valor fundamental e inegociável para o Burger King. Nesse sentido, em relação ao Whopper Costela, a rede ressalta que o produto, feito de paleta suína, leva em sua composição aroma de costela 100% natural sem qualquer ingrediente artificial. Além disso, reforça que desde o lançamento do produto sempre trouxe com clareza em sua comunicação e em todos os materiais e peças publicitárias, cardápios e materiais oficiais de marca a composição do hambúrguer presente no sanduiche - feito com carne de porco (paleta suína) e sabor de costela.

A marca ainda reforça que alinhado aos seus compromissos de sustentabilidade assumidos o produto Whopper Costela é 100% livre de quaisquer corantes, conservantes e aromatizantes artificiais.

A marca se mantém à disposição de seus clientes por meio de seus canais de contato para tirar dúvidas e prestar esclarecimentos sobre esse e quaisquer outros produtos de seu portfólio.”


Correio Braziliense segunda, 02 de maio de 2022

CULTURA: EXPOSIÇÃO DO CORREIO NO CCBB EMOCIONA PÚBLICO COM VIAGEM PELA HISTÓRIA

 

Exposição do Correio no CCBB emociona público com viagem pela história

A exposição multimídia "Brasília 61 + 1 anos de história" apresenta a transformação da capital do país ao longo dos anos por meio das capas do jornal Correio Braziliense. Mostra encanta quem passa pelo CCBB

SP
Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 02/05/2022 06:00
 
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Os brasilienses podem experimentar uma bela viagem pelo tempo na história da capital do país, e ver as inúmeras conquistas e mudanças de Brasília desde a inauguração, em 21 de abril de 1960. Na exposição "Brasília 61 1 anos de história", a transformação da cidade é contada por meio das capas publicadas no Correio Braziliense ao longo dos aniversários da cidade. Uma experiência única, surpreendente e saudosista que pode ser conferida no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

"Vim ao CCBB apenas para ver a exposição, relembrar o passado e conhecer a história de Brasília contada pelo Correio Braziliense. Ao ver as capas, me senti conectado à cidade e às minhas lembranças. Senti-me extremamente saudosista ao procurar capas marcantes em minha vida, como o ano da minha chegada", explica Julio Cesar.

O servidor apreciou a exposição acompanhado da namorada, Claudia Moraes, 48. Nascida e criada em Brasília, ela também reviveu memórias afetivas com a capital do país. "Para mim, é um momento especial, pois consigo olhar cada capa e ver como a cidade mudou ao longo dos anos. E eu vivi parte dessa mudança", salienta.

Durante a exposição, o casal fez questão de procurar a capa de 2022 do aniversário de Brasília, quando oficializaram o namoro. Julio conta o itinerário do passeio: "queríamos ver a capa de quando cheguei, a do aniversário da minha namorada e, claro, a do nosso aniversário de relacionamento. Tiramos fotos em cada uma delas."

A moradora do Cruzeiro Kenia Aguiar, 45, descreve o mesmo sentimento de nostalgia ao "viajar" pela história de Brasília e relembrar as mudanças da cidade ao longo dos anos. "A capas me trazem um sentimento muito forte de nostalgia, pois revivo toda a minha infância e adolescência. Passa um filme na memória das mudanças arquitetônicas e a expansão de Brasília", relata a brasiliense Kenia, que foi acompanhada da filha, a estudante Geovana Machado, 19.  

Visite

Exposição Brasília 61 + 1 anos de história

No CCBB Brasília, de 21 de abril a 20 de maio de 2022

» Endereço: SCES, Trecho 2, Lote 22, Brasília, DF

» Telefone: 61 3108-7600

» Site: bb.com.br/cultura

» Twitter/@ccbb_df

» Instagram/ccbbbrasilia

» YouTube/Bancodobrasil 


Correio Braziliense domingo, 01 de maio de 2022

MATERNIDADE: POR QUE OS BEBÊS CHORAM? ENTENDA E APRENDA A RECONHECDR OS MOTIVOS

Por que os bebês choram? Entenda e aprenda a reconhecer os motivos

A musicista (e mãe) australiana Priscilla Dunstan desenvolveu um método que classifica o choro do bebê em cinco tipos, tendo como base os reflexos da criança

JA
Jéssica Andrade
postado em 30/04/2022 13:59 / atualizado em 30/04/2022 17:07
 
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

"Porque os bebês choram tanto?” Se você é pai, mãe - ou já viajou de avião com crianças - certamente já se fez essa pergunta. O choro de um bebê pode ser desesperador. Principalmente quando não se sabe a causa ou como ajudar a criança. O resultado é uma família inteira estressada e frustrada.

Dayane dos Anjos, consultora em amamentação e idealizadora do canal Manual do Recém-Nascido, explica que o choro é a única forma de comunicação do bebê e pode ter diversas causas. "O bebê pode chorar por vários motivos: fome, sede, sono, calor, frio, refluxo, fralda suja, posição desconfortável, e até por necessidades fisiológicas como gases, vontade de fazer cocô ou precisar arrotar", diz Dayane.

 Segundo a consultora de amamentação, para entender a demanda do bebê, é preciso observar como o ele está chorando: o som que ele faz, a movimentação da boca, o jeito que ele se comporta.

'No início, pode parecer que todos os choros são iguais e fica difícil diferenciá-los, mas tudo bem. Com o tempo vamos conhecendo o nosso bebê e tendo mais facilidade para interpretá-lo", afirma Dayane.

 

A empresária Flávia Cecílio e os filhos Lucca, de 12 anos, e Noah, de 4 meses.
A empresária Flávia Cecílio e os filhos Lucca, de 12 anos, e Noah, de 4 meses.(foto: Rafael Medeiros/ Reprodução)

 

"Sei que fatores naturais e ambientais como fome, frio, calor, fralda e barulho talvez sejam incômodos para o bebê. E a reação é o choro”, diz Cecílio, ao contar que gosta de ler e buscar informações sobre os temas que envolvem a prole.

Para a especialista em amamentação, Flávia está certa. "Um exemplo prático é quando o bebê está com fome, ele chora apontando a linguinha para o céu da boca, e emite o som 'nhé'. Ele faz assim porque são sinais do reflexo de sucção. Mas junto com isso também tem a expressão corporal: o recém-nascido procura o seio da mãe com a boca e até suga as mãos”, explica Dayane.

"O choro é um ato comunicativo e não deve ser ignorado. A criança usa para se comunicar. É normal que, após atendida, a criança cesse o choro. Não é normal o choro intermitente. Caso a criança seja atendida e continue chorando, é importante buscar ajuda para verificar se não há outras causas", alerta a fonoaudióloga.

Atualmente Flávia já começa a entender as demandas de Noah, pois, aos 4 meses, mãe e filho já interagem bem. “Porém, confesso que ainda estamos no processo de conhecimento”, diz a empresária.

A mãe de Lucca e Noah conta que já se desesperou em alguns momentos, depois de tentar todas as alternativas que conhecia, sem sucesso. “Senti-me impotente e desesperada por vê-lo chorar e nada que eu fazia, resolvia”, desabafa.

Os cinco tipos de choro, segundo Priscilla Dunstan:

Causa Comportamento Som
Fome Baseado no reflexo da sucção. O bebê encosta a língua no céu da boca “Neh”
Gases O bebê comprime a caixa torácica e o abdome como se estivesse a expulsar algo fora do corpo “Eh” ou “awh”

Desconforto

Um choro mais frequente e constante. Pode ser fralda suja, calor, frio, posição desconfortável, ambiente irritante, anseio pelo colo
“heh”
Sono A boca do bebê fica com um aspecto oval, como se fosse um bocejo “awh” ou “owh”
Dor ou cólica Um choro mais forte, mais irritado, mais agudo e demonstra nas expressões do bebê sofrimento “eairh”

 

 



Correio Braziliense sexta, 29 de abril de 2022

CONSUMIDOR: PROCON PROÍBE VENDA DE McPICANHA NO DISTRITO FEDERAL; ENTENDA O CASO

Procon proíbe venda de McPicanha no Distrito Federal; entenda o caso

A decisão foi tomada após uma denúncia de um consumidor, que alegava que o produto anunciado não teria o corte de carne — no caso, picanha —, em sua composição

Td
Talita de Souza
PG
Pablo Giovanni*
postado em 28/04/2022 18:33 / atualizado em 28/04/2022 18:46
 
 
 (crédito: McDonald's Brasil/Divulgação)
(crédito: McDonald's Brasil/Divulgação)

O Procon-DF, órgão de defesa do consumidor do Distrito Federal, decretou, na tarde desta quinta-feira (28/4), a proibição do comércio da nova linha de sanduíches do McDonald’s: McPicanha. De acordo com o órgão, a decisão foi tomada após uma denúncia de um consumidor, "que alegava que o produto anunciado não teria o corte de carne — no caso, picanha —, em sua composição".

"Na publicidade não há informação clara de que o hambúrguer contém qualquer porcentagem do corte bovino picanha. Então, a forma como o McDonald’s usa o nome 'picanha' em seu produto e na divulgação da campanha publicitária do sanduíche induzem ao entendimento de um produto composto pelo corte de carne picanha”, explica o diretor-geral do Procon, Marcelo Nascimento, em comunicado publicado nesta tarde.

 "Isso induz o consumidor ao erro e se caracteriza como publicidade enganosa", acrescenta o diretor. Para o órgão, a atitude do McDonald’s caracteriza publicidade enganosa, proibida pelo artigo 37 do Código de Defesa do Consumidor.

De acordo com o inciso 1 do referido artigo, "é enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços".

Em nota, a Arcos Dourados Comércio de Alimentos, razão social do McDonald’s no Brasil, informou que trabalha para realizar os pedidos do Procon. "A empresa já está trabalhando para esclarecer os questionamentos levantados pelo Procon, dentro do prazo concedido", escreveram. 

 

McDonald’s admite que sanduíches da linha não são feitos de picanha

O McDonald’s admitiu, nesta quarta (27/4), que o hambúrguer dos sanduíches são "produzidos com diferentes cortes de carne bovina", após a página no Instagram Coma com os Olhos ameaçar a empresa de processo no Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) por propaganda enganosa.

A empresa ainda diz lamentar "que a comunicação criada sobre os novos produtos possa ter gerado dúvidas" e informou que "haverá novas peças destacando a composição dos sanduíches de maneira mais clara". O sanduíche custa R$ 37,90.

A rede de fast food McDonald’s foi notificada, nesta quinta-feira (28/4), pelo Procon de São Paulo após a empresa admitir que a nova linha da marca, a McPicanha, não é feita de picanha.

O órgão de defesa ao consumidor afirma, em comunicado, que a Arcos Dourados Comércio de Alimentos, razão social do McDonald’s no Brasil, deverá, até a próxima segunda-feira (2/5), "apresentar a tabela nutricional dos sanduíches, atestando a composição de cada um dos ingredientes (carne, molhos, aditivos, dentre outros)".

Denúncia foi feita a partir de informações de funcionários

A primeira denúncia pública feita pelo caso foi feita pelo blog Comer com os Olhos, em 19 de abril. Em uma publicação no perfil do Instagram do canal, um memorando interno compartilhado por funcionários da rede foi exposto, no qual os colaboradores são orientados sobre a nova linha, que é um relançamento de uma antiga, a Picanha do Méqui.

No documento, os funcionários são avisados de que "os sanduíches Novos Picanhas utilizarão carne de Tasty". “Esse sanduíche passará a utilizar carne 3.1. Finalize os estoques de carne PIC antes de usar a carne 3:1”, diz um trecho do memorando.

“De forma estratégica, deixaram uma informação extremamente relevante fora dessa divulgação. A tal carne de Picanha, internamente chamada de Carne Pic, foi descontinuada. E desde o dia 5/4/2022, todos os restaurantes da rede foram notificados pela matriz que deveriam passar a usar a carne 3.1, ou seja, a carne da linha Tasty”, escreveu o blog na denúncia.


Correio Braziliense quinta, 28 de abril de 2022

DESTAQUE DA UnB: CONHEÇA A PRIMEIRA INDÍGENA DOUTORA EM ANTROPOLOGIA

Destaques da UnB: conheça a primeira indígena doutora em antropologia

Conheça a história da professora Eliane Boroponepa Monzilar, 43 anos, que lutou para resgatar a cultura do seu povo, da etnia Umutina, e hoje tem o doutorado em antropologia pela UnB. É uma referência no país sobre comunidades indígenas

AM
Ana Maria Pol
postado em 28/04/2022 06:00
 
 (crédito:  Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

Os obstáculos enfrentados pelas mulheres na luta pela igualdade de oportunidades são uma realidade, mas que é combatida com vigor em diferentes segmentos sociais e profissionais. O acesso às universidades é um exemplo dessa batalha, em que foram conquistadas importantes vitórias. Em 60 anos, a Universidade de Brasília (UnB) acompanha o avanço do protagonismo feminino. Espaços, que antes eram tradicionalmente dominados pelos homens, passaram a ter mulheres em posições de destaque. Entre os técnicos administrativos da instituição, 51% são mulheres, e com alto grau de qualificação. Na graduação, elas respondem por 50% da ocupação das vagas de estudantes, sendo que dos 131 cursos, 72 têm como maioria alunas.

 

  • 2022. Crédito: UnB/Divulgação. Cidades. UnB 60 anos. Mulheres na UnB. A professora Eliane Boroponepa Monzilar, 43 anos, lutou para devolver o orgulho da cultura do seu povo através dos estudos e tornou-se a primeira mulher indígena a ter o título de doutorado em Antropologia pela UnB.UnB/Divulgação

  • Desde a infância, Eliane Boroponepa, 43 anos, sentia falta de ver a cultura indígena abordada na escola. Decidida a dar voz ao seu povo, ela seguiu o caminho acadêmico e hoje dá aulas em uma escola na comunidade de UmutinaUnB/Divulgação
 
 Correio foi conhecer a trajetória de mulheres destemidas que fizeram história na UnB e se tornaram referência acadêmica no Brasil e no mundo. Na edição de hoje, conversamos com a indígena Eliane Boroponepa Monzilar, 43 anos, que lutou para devolver o orgulho da cultura do seu povo por meio dos estudos.

De etnia Umutina, Eliane cresceu próximo à cidade de Barra dos Bugres, no estado de Mato Grosso, sem acesso às escolas indígenas. A falta de referências do seu povo na educação formal da região fez com que, aos 22 anos, ela deixasse sua terra natal em busca de qualificação e ingressasse na graduação. Em julho de 2019, Eliane se tornou a primeira mulher indígena a ter o título de doutorado em Antropologia pela UnB. "Foi uma oportunidade de colocar em pauta a importância dos saberes e da ciência dos povos indígenas, uma forma de trazer novos autores indígenas para dentro do espaço acadêmico, quebrando paradigmas", defende.

A caminhada foi longa. Antes, Eliane cursou licenciatura em ciências sociais na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e fez especialização em Educação Escolar Indígena. Em 2011, ela tomou ciência do processo seletivo para o mestrado profissional em sustentabilidade junto a povos e terras tradicionais da UnB, decidiu se inscrever na seleção e foi aprovada. A experiência rendeu uma dissertação que transformou-se em um livro, publicado em 2018. Em 2014, ela ingressou — graças ao sistema de cotas para indígenas — no doutorado do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UnB, que resultou na tese: "Aprender o conhecimento a partir da convivência: uma etnografia indígena da educação e da escola do povo Balatiponé-Umutina".

Conquista coletiva

A pesquisa trata da importância da educação pautada nos saberes dos povos tradicionais como instrumento para fortalecer essa cultura, que tem sido vilipendiada desde os primeiros contatos com não indígenas, no século 20 (veja em Saiba Mais). "Eu vejo minha pesquisa, experiência e trajetória como referência. Vejo que foi um processo de conquista, não somente pessoal, mas também coletiva. Por trás da Eliane, existe toda uma comunidade indígena que luta pela sua cultura. A minha tese mostra isso, esse diálogo de parceria entre os povos indígenas e o mundo acadêmico", explica.

Para além da tese, Eliane utilizou de seu conhecimento para contribuir com a manutenção da cultura de seu povo: atualmente, ela é professora em uma escola na comunidade de Umutina. Finalmente ela pode ser a referência que gostaria de ter conhecido na infância. "Sair da aldeia, de um contexto que sempre vivi, onde estão meus parentes e familiares é um desconforto. Ao sair, dei de cara um um novo mundo. E, dentro da universidade, tem a dificuldade pedagógica, dos estudos. É um ritmo diferente", avalia.

Ela garante que mesmo difícil, a jornada foi importante para o seu crescimento como professora. "Vivi encantos ao interagir, conhecer novas culturas e pude me aperfeiçoar pessoalmente, profissionalmente e academicamente. Me aperfeiçoei em vários aspectos, ao conhecer essa diversidade cultural", destaca.

A oportunidade de transitar por diferentes lugares e culturas, durante suas vivências acadêmicas, fez com que Eliane tivesse ainda mais certeza da importância de defender uma educação inclusiva. "Sou a primeira mulher indígena a me tornar doutora e isso é fruto de lutas que colocam em prática as políticas públicas", ressalta. De acordo com a professora, sua formação serve de exemplo, não apenas para os povos indígenas, mas para todos aqueles que são "invisíveis perante a sociedade". "Hoje, vivemos um momento em que nossos direitos e conquistas são violados, mas acredito acredito que as universidades têm feito seu papel. Precisamos reformular, para que esse autores de comunidades como indígenas, quilombolas ou tradicionais possam ter acesso de qualidade ao ensino, assim como eu tive", completa.

 


Correio Braziliense quarta, 27 de abril de 2022

MEMÓRIA: LEVINO DE ALCÂNTARA, SAUDOSO CRIADOR DA ESCOLA DE MÚSICA DE BRASÍLIA, COMPLETA 100 ANOS

Brasília comemora centenário do criador da Escola de Música de Brasília

Passagem do centenário de Levino de Alcântara, o criador da Escola de Música de Brasília, será celebrado, na sexta e no sábado, com uma programação intensa

CB
Correio Braziliense
postado em 27/04/2022 06:00 / atualizado em 27/04/2022 10:07
 
 
 (crédito: Ayrton Pisco/Divulgação)
(crédito: Ayrton Pisco/Divulgação)

A cidade celebrará, no fim de semana, o centenário do maestro Levino de Alcântara, um dos responsáveis por transformá-la num dos polos musicais do país, ao criar a Escola de Música de Brasília (EMB). A instituição, desde a década de 1960, tem formado instrumentistas que se destacam no cenário nacional, com trabalho solo ou como integrantes de grupos e bandas.

 

A Brapo, Brasília Popular Orquestra, é uma das atrações da festa
A Brapo, Brasília Popular Orquestra, é uma das atrações da festa(foto: Arquivo da Orquestra)

 

Para comemorar a data, uma extensa programação gratuita será desenvolvida na sexta-feira e sábado, em três palcos da EMB, localizada na 602 Sul, o projeto Levino, Mil Vozes, que inclui shows, recitais e concertos, com a participação de alunos, professores, ex-alunos e ex-professores, que, sob a coordenação da produtora cultural Naná Maris, se juntaram com entusiasmo, para reverenciar o mestre. Haverá, ainda, a exibição do documentário Levino, dirigido por David Alves Mattos Gui Campos.

Na sexta-feira, às 20h, ocorrerá a abertura no Teatro Levino de Alcântara, com a apresentação do Trio de Música Medieval, Duo2x4, Wilzi Carioca e Moema Craveiro Campos, Paulo André Tavares & Oswaldo Amorim e o grupo Logo Ritmo. Sábado, a partir das 8h30, o Teatro Carlos Galvão receberá recital de música de câmara, show de jazz e de cantores de música popular brasileira e orquestra.

O encerramento, às 20h, no Pátio Brasília, terá como atração a Brasília Popular Orquestra. Manoel Carvalho, fundador e maestro da Brapo, lembra que, ao chegar a Brasília, vindo de Pernambuco, recebeu ótima acolhida de Alcântara, ao tornar-se professor da Escola de Música. "Com o incentivo dele criei na EMB um quarteto de clarineta e um grupo de chorinho; e, posteriormente, a Brasília Popular Orquestra, uma jazz band, que mantenho até hoje."

Quem também tomará parte da homenagem ao maestro é Jaime Ernest Dias, que se apresentou como professor de violão da escola. Ele entrou para a instituição como aluno e diz que guarda na memória o quanto Levino de Alcântara, como diretor, se dedicava à instituição. "Me recordo que ele permanecia na escola da manhã à noite, cuidando para que tudo funcionasse bem".

Reverência ao maestro

Davson de Sousa, atual diretor da Escola de Música, revela que está ligado à entidade desde 1980."Filho de Nivaldo de Souza, que, à época, era professor de flauta transversal, entrei para a escola ainda jovem como aluno. Meu pai sempre falava do maestro Levino com grande admiração, pela maneira como ele exercia o cargo de diretor, sempre enérgico, mas com sensibilidade em relação ao funcionamento de todos os setores da EMB". Ele acrescenta: "Desde o começo do mês estamos realizando uma série de eventos para celebrar o centenário do eterno maestro, que culmina com o Levino Mil Vozes, no próximo fim de semana".

Tido como visionário, Levino de Alcântara, passando pela 602 Sul, no final dos anos 1960 observou um terreno sem nenhuma edificação e achou que ali poderia instalar a Escola de Música de Brasília. Ocupou o local, plantou pés de pitanga, para delimitar a área e depois entrou em contato com órgãos da Prefeitura do Distrito Federal, que concordaram que ali fosse instalada a Escola de Música de Brasília, cuja sede ficou pronta em 1974.

Quando se aposentou na EMB em 1985, mudou-se para o Pará, onde criou uma escola de música em Conceição do Araguaia. Já fragilizado por um câncer, esteve em Brasília em 2013 para ser homenageado no cinquentenário do Madrigal. Morreu no ano seguinte.


Correio Braziliense terça, 26 de abril de 2022

TELEVISÃO: SILVIO SANTOS VOLTA AO BRASIL E PODE GRAVAR PROGRAMAS INÉDITOS

 

Silvio Santos volta ao Brasil e pode gravar programas inéditos

Apresentador Silvio Santos estava nos EUA e já foi retocar o visual no salão de beleza

CB
Correio Braziliense
postado em 26/04/2022 10:16
 
 

O apresentador Silvio Santos está de volta ao Brasil. Isso quer dizer que ele pode voltar ao comando de programas inéditos a partir da semana que vem. A ideia é que ele volte aos estúdios, mas o SBT não confirmou a data ainda. O apresentador está longe do auditório há cerca de 8 meses por causa da pandemia de covid-19.

 "Meu amigo voltou!", comemorou Jassa na mensagem que teve curtidas e comentários de famosos como Lívia Andrade, Patrícia Abravanel e Sônia Abrão.


Correio Braziliense segunda, 25 de abril de 2022

CINEMA: MADAME TEIA, FILME DERIVADO DE HOMEM-ARANHA, GANHA DATA DE ESTREIA

Filme derivado de Homem-Aranha ganha data de estreia; confira

"Madame Teia" será dirigido por S.J Clarkson e estrelado por Dakota Johnson e Sydney Sweeney. Personagem foi introduzida no universo dos quadrinhos do Homem Aranha em 1980

CB
Correio Braziliense
postado em 25/04/2022 10:24 / atualizado em 25/04/2022 10:28
 
 
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A Sony Pictures Entertainment revelou que Madame teia, o novo filme do Universo Cinematográfico da Marvel, está previsto para ser lançado no dia 7 de junho de 2023. A produção será dirigida por S.J Clarkson (Os defensores), e será estrelada por Sydney Sweeney (Euphoria) e Dakota Johnson (50 Tons de Cinza).

Ao longo dos anos, ela auxiliou o Aranha em conflitos contra o Duende Macabro, Stegron, Doutor Octopus e a terceira Mulher-Aranha, sua neta Charlotte Witter. Ainda não se sabe qual versão da personagem será vista no filme.


Correio Braziliense sábado, 23 de abril de 2022

ELIMINATÓRIAS: FIFA REMARCA BRASIL X ARGENTINA PARA SETEMBRO, 22

 

Fifa remarca Brasil x , pelas Eliminatórias, para setembroArgentina

A partida válida pela sexta rodada foi interrompida pela Anvisa porque 4 jogadores argentinos haviam desrespeitado as regras sanitárias brasileiras contra a covid-19

AE
Agência Estado
postado em 22/04/2022 20:50 / atualizado em 22/04/2022 21:02
 
 
 (crédito: Nelson Almeida/AFP)
(crédito: Nelson Almeida/AFP)

Chamado de "clássico da Anvisa", o duelo entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022 tem, enfim, uma data. A Fifa decidiu que a partida, que havia sido suspensa em 5 de setembro do ano passado, será realizada no dia 22 de setembro. Falta, ainda, escolher horário e local do confronto, o que ficará a cargo da CBF.

Os cinco minutos daquela partida em setembro do ano passado foram disputados na Neo Química Arena, em São Paulo. Mas não há nada que obrigue a CBF a manter o estádio do Corinthians como palco do duelo.

 A partida válida pela sexta rodada das Eliminatórias foi interrompida aos cinco minutos do primeiro tempo por representantes da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) que entraram no campo devido ao ingresso no País de quatro jogadores argentinos que jogam no Reino Unido e desrespeitaram as regras sanitárias brasileiras contra a covid-19.

Os quatro jogadores da seleção argentina envolvidos na polêmica, Emiliano Buendía, Emiliano Martínez, Giovani Lo Celso e Cristian Romero, foram suspensos por dois jogos por não cumprirem o Protocolo Internacional de Retorno ao Futebol da Fifa.

No entanto, a partida tem relevância pelo fator esportivo, para completar a tabela da classificatória e também porque trata-se de um dos maiores clássicos do futebol mundial. Na ausência de jogos contra rivais europeus, a Argentina é vista como o adversário mais forte para os brasileiros antes da Copa.

Brasil e Argentina jogarão uma outra vez antes de se enfrentarem em setembro. Os rivais fazem um amistoso no dia 11 de junho, na Austrália. O time de Tite também tem amistosos agendados contra Coreia do Sul e Japão, em Junho, e México, em setembro.

A seleção deve se apresentar para a preparação para a Copa do Mundo do Catar no dia 14 de novembro. Os primeiros treinamentos serão na Europa. Depois, a delegação viaja a Doha. A estreia no Mundial será contra a Sérvia, dia 24 de novembro.


Correio Braziliense sexta, 22 de abril de 2022

CULTURA: PAIXÃO PELA CULTURA GERA AMIGOS DE LUTA E DE POESIA NA CENA ARTÍSTICA DO DF

Paixão pela cultura gera amigos de luta e de poesia na cena artística do DF

Uma afinidade que começou devido à mesma paixão pela cultura. Renato Matos, Lúcia Leão e Vicente Sá, além de amigos, lutam pela cena artística na capital

Edis Henrique Peres

Edis Henrique Peres/CB/DA Press
Vicente Sá (E) e Renato Matos, são amigos e compartilham entre si músicas brasilienses | Foto: Edis Henrique Peres/CB/D.A. Press

Unidos pelo amor à arte, artistas plásticos, poetas e produtores culturais encontraram no companheirismo não apenas um vínculo de amizade sólida, mas também um laço familiar. “Uma relação que foi se construindo e se fortalecendo ao longo do tempo e que hoje faz com que sejamos mais que amigos, somos praticamente irmãos”, define Lúcia Leão, 66 anos, coordenadora do Espaço Cultural Leão da Serra. A amazonense deixou o estado natal para ir estudar no Rio de Janeiro, mas em 1977 se mudou da cidade carioca e veio construir a vida em Brasília. Produtora cultural, ela conta que logo que chegou à capital  conheceu o artista plástico Renato Matos, 70, que nos anos seguintes se tornaria um grande amigo. O também cantor e compositor lembra do começo dessa parceria com orgulho: “Foi ela (Lúcia) que produziu meu primeiro disco. Uma história antiga, mas uma história maravilhosa”.

As idas e vindas dessa amizade uniu um terceiro artista ao grupo: o marido de Lúcia, o poeta Vicente Sá, 65. “Eu conhecia Renato de vista, mas ainda muito pouco. Depois produzimos alguns projetos juntos e, por causa da Lúcia, nossa relação foi se estreitando. Então aconteceu que há cerca de nove anos ele precisava de um local para montar seu ateliê e tínhamos um espaço na propriedade. Agora ele é nosso vizinho”, relata. “Como não é muito longe uma casa da outra, a gente costuma se encontrar para conversar no meio do caminho”, brinca Vicente.

A afinidade garante, inclusive, colaborações em trabalhos artísticos. “Temos músicas que escrevemos juntos, eu e o Renato. É um trabalho que fazemos constantemente. De vez em quando, outros amigos vêm até aqui, de 15 em 15 dias, para compormos algo, em um exercício de produção. Tem dia que dá certo, outros que não tem resultado. Mas com essa prática já temos umas dez músicas escritas. Outras vezes, eu também vou ao ateliê do Renato ver os quadros em que ele está trabalhando. Somos grandes parceiros do trabalho um do outro”, garante Vicente.

Luta pela cultura

Natural de Pedreira, Maranhão, Vicente Sá chegou em Brasília aos 11 anos de idade, em 1968. “Ainda era ditadura. Meus pais vieram para cá porque meu irmão mais velho passou na UnB (Universidade de Brasília) então todo mundo veio junto. Sou o mais novo de 19 irmãos. No fim, Brasília influencia muito o que produzo, porque praticamente me criei aqui, morei em várias regiões administrativas e semanalmente publico crônicas em minhas redes sociais sobre a cidade”, cita.

Lúcia conta que por muito tempo disse que Brasília era uma cidade sem avós. “As pessoas vinham para cá separadas da família, sem ter os parentes mais próximos morando aqui. Então quando você precisava de alguma coisa, que seriam situações que geralmente pedimos ajuda para a nossa mãe, irmã, ou algum familiar, aqui em Brasília contávamos com nossos amigos. Então são esses amigos que vão se tornando essas pessoas com laços profundos, de relações muito sólidas. Os amigos tem que contar com os outros para criar essa rede de solidariedade, e não somente porque somos artistas e enfrentamos desafios parecidos, mas porque somos gente”, defende.

“Uma relação que foi se construindo e se fortalecendo ao longo do tempo e que hoje faz com que sejamos mais que amigos, somos praticamente irmãos”

Lúcia Leão, coordenadora do Espaço Cultural Leão da Serra


Correio Braziliense quinta, 21 de abril de 2022

HOMENAGEM: 21 DE ABRIL - BRASÍLIA E CORREIO COMEMORAM 62 ANOS COM EXPOSIÇÃO NO CCBB

21 de abril: Brasília e Correio comemoram 62 anos com exposição no CCBB

Em exibição até maio, mostra no Centro Cultural Banco do Brasil detalha como se desenvolveram as histórias de Brasília e do Correio, primeiro periódico da cidade. Trajetórias dos dois aniversariantes se entrelaçam e formam, até hoje, uma relação indissociável

AI
Ana Isabel Mansur
postado em 21/04/2022 06:00
 
Mostra gratuita fica disponível ao público na área externa do Centro Cultural Banco do Brasil -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Mostra gratuita fica disponível ao público na área externa do Centro Cultural Banco do Brasil - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Quantas letras cabem em uma cidade? Com quantos papéis se escreve uma história? No caso de Brasília, a resposta passa longe dos oito caracteres que compõem o nome da capital federal. Em relação ao Correio Braziliense, a solução da charada supera, e muito, as capas que contam a trajetória da irmã siamesa do jornal. Em 21 de abril de 1960, nasciam dois protagonistas da história do país que, a partir daquela data, caminhariam lado a lado. Esse emaranhado de memórias será relembrado a partir desta quinta-feira (21/4), na exposição Brasília e Correio Braziliense: 61 + 1 anos de história, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

 

  • 2008 Por ocasião do lançamento do novo site do CorreioCorreio Braziliense/Reprodução
     

Com uma exibição de todas as capas de 21 de abril desde 1960, os aniversariantes se homenageiam e são homenageados, revezando-se no papel de narradores-personagens. A mostra começa nesta quinta-feira (21/4) e segue até 20 de maio, com 62 painéis recheados de conteúdos multimídia e acessíveis por QR codes. "A relação entre o Correio e a cidade é simbiótica", define Guilherme Machado, vice-presidente executivo do jornal. "Foi um compromisso do (jornalista) Assis Chateaubriand com o presidente Juscelino Kubitschek de que a nova capital teria uma estação de televisão (TV Brasília) e um jornal assim que fosse fundada. A promessa foi cumprida, e a ligação é de toda a vida. Tentamos fazer a comemoração aos 60 e 61 anos, mas não foi possível. Agora, aos 62, prestamos essa homenagem."

Diretora de Redação do Correio, Ana Dubeux descreve o jornal como "a primeira página de Brasília" e elenca pontos marcantes da história da capital federal. "A coragem de JK, os gênios de Lucio e de Oscar, o nascimento da UnB (Universidade de Brasília), a formação das cidades do Distrito Federal, a explosão do rock, a ousadia do festival de cinema, a campanha Paz no Trânsito, os escândalos da política, as alegrias e tristezas do brasiliense. Para ver Brasília na intimidade, para entender e amar essa cidade moderna, vibrante e eterna, comece pelo início. Comece pela primeira página do Correio", arremata.

 

 
 

Pelos totens da exposição, será possível viajar no tempo para recordar momentos de celebração — como na volta do regime democrático, em 1985 — e lembrar, para não repetir, as fases sombrias — como o episódio do espancamento de estudantes da UnB que protestavam contra a Guerra do Vietnã, em 1967, além do brutal e chocante assassinato do indígena Pataxó Galdino Jesus dos Santos, em 1997. Feito um casamento bem-sucedido, Brasília e o Correio enfrentaram — e enfrentam — momentos de alegria e tristeza; saúde e doença; conquistas e perdas, sem deixar a relação ser abalada.

Pandemia

A ideia de expor as capas do jornal no aniversário da cidade era planejada para a comemoração dos 60 anos, em 2020, quando o mundo foi pego de surpresa e precisou se readaptar, por causa da pandemia da covid-19. Com a mostra, não foi diferente: a crise sanitária deixou o projeto em suspenso. "Está acontecendo no momento certo. Na pandemia, talvez, não tivesse o efeito que podemos ter agora", reflete Francisco de Sousa Lima Filho, do Centro de Documentação do Correio (Cedoc).

Chiquinho do Cedoc — como é carinhosamente conhecido nos corredores do jornal — comemora o retorno das celebrações presenciais: "As pessoas querem voltar a participar da vida e ver coisas diferentes. (A exposição) é uma espécie de álbum de família, para compartilhar com as novas gerações. Isso mostra a força da tradição do Correio". Idealizador da iniciativa, ele destaca que a exposição é inédita. "Nunca apresentamos tantas capas em só um evento", completa.

O trabalho de montagem da mostra ocorreu por meio de parceria entre o Cedoc, que reuniu todas as páginas apresentadas no projeto, e a área comercial do jornal, que organizou a parte logística. "A ideia é reforçar para o brasiliense que o Correio nasceu com a cidade", comenta Gabriela Prado, analista de projetos de marketing. "Muitas pessoas não sabem que a primeira capa saiu no dia da inauguração de Brasília. É impossível falar da capital sem falar do Correio. É, realmente, uma jornada, inclusive do Brasil e das marcas", reflete.

Atividades

Além dos painéis, a exposição disponibiliza uma cabine com as capas dos cadernos especiais dos aniversários de Brasília. O cenário é propício para tirar fotos com imagens históricas para as mídias sociais e estará à disposição do público. Em uma redação-mirim, montada na área externa do CCBB, as crianças vão ouvir histórias da construção de Brasília. Cada uma receberá uma réplica da primeira página do jornal, em branco, para criar as próprias matérias e fazer desenhos. Mais de 10 mil pessoas são esperadas na abertura.

Nesta quinta-feira ocorre, também, a 10ª edição do PicniK Brasília, de volta ao CCBB após dois anos fora do calendário devido à pandemia. O festival será ao ar livre, das 13h às 23h. Entre as atividades, haverá apresentações musicais e exposições gastronômicas. O Correio é parceiro da feira e vai disponibilizar um espaço de descanso para os visitantes, com pufes e exemplares do jornal. Nada melhor do que comemorar os 62 anos de Brasília na companhia do melhor amigo da cidade.

 


Correio Braziliense quarta, 20 de abril de 2022

CONCURSOS: CONCURSO PARA O CORPO DE BOMBEIROS DO DF É AUTORIZADO, COM 356 VAGAS

Concurso para o Corpo de Bombeiros do DF é autorizado com 356 vagas

 

Publicado em Concursos

O Secretário de Estado de Economia do Distrito Federal divulgou, no Diário Oficial desta quarta-feira (20/4), portaria que autoriza novo concurso público para o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. De acordo com o documento, as vagas serão para militares de diversos quadros e qualificações, relativos a oficiais e praças.

O quantitativo autorizado será distribuído da seguinte forma:

  • 23 oficiais combatentes,
  • 10 oficiais médicos
  • 3 oficiais cirurgiões dentistas
  • 10 oficiais complementares
  • 310 praças dos quadros do CBMDF.

O provimento dos cargos indicados fica condicionado à disponibilidade orçamentária e financeira no exercício em que se der o ingresso. Todos os procedimentos, informações e atos relativos à gestão do concurso passam a ser de responsabilidade do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, inclusive após a homologação do resultado final do certame.

O último concurso dos Bombeiros do DF foi realizado em 2016 e foram ofertadas 779 vagas, sendo 448 serão para soldados, 115 para oficiais combatentes, 112 para soldados condutores e operadores de viaturas, 55 soldados de manutenção de equipamentos e veículos, 20 oficiais complementares, 24 oficiais médicos, cinco soldados para manutenção de equipamentos e aeronaves e quatro oficiais cirurgiões-dentistas.
 
As remunerações variaram de R$ 5.108,08 a R$ 11.654,95 e o certame foi organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistência Social (Idecan).
 

Outras autorizações para o DF

Iprev-DF

O Secretário de Estado de Economia do Distrito Federal também divulgou autorização para instituir grupo de trabalho com a finalidade de realizar estudos técnicos, objetivando a contratação de banca organizadora, para o concurso público da  Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev). O certame prevê oferta de 85 vagas para o cargo de analista previdenciário.

O grupo será responsável pelo planejamento, organização e execução do concurso público para o cargo que é  da Carreira de Atividades Previdenciárias e será composto por servidores
devidamente designados pelo Secretário de Economia.

Do total de vagas, 65 serão imediatas e 20 para a formação de um cadastro de reserva. A carreira conta com três especialidades, sendo elas especialista previdenciário; especialista em investimentos; e especialista em atuária. Agora, com a autorização para formação da comissão, os próximo passos são a escolha da banca e a publicação do edital.

Para concorrer ao cargo de especialista previdenciário será preciso ter nível superior completo em qualquer área de formação mais o seu respectivo registro, quando exigido.

Já para o especialista em investimentos serão aceitos diplomas em administração, ciências econômicas, ciências contábeis, comércio exterior ou matemática, além da certificação profissional e do respectivo registro na área, quando exigido. Por fim, o especialista em atuária deverá ter concluído a graduação em ciências atuariais e apresentar o registro no respectivo órgão de classe.

PCDF

O Secretário de Estado de Economia do Distrito Federal divulgou, no Diário Oficial desta quarta-feira (20/4), autorização para realização de novo concurso público para o provimento de vagas para o cargo de Agente Policial de Custódia da Polícia Civil do Distrito Federal. O quantitativo autorizado será distribuído da seguinte forma:  50 vagas imediatas e 100 vagas para cadastro reserva.

A corporação também tem autorização para a realização de um novo concurso público para delegados. Também serão 50 vagas para o cargo, além de 100 vagas para formação do cadastro reserva. Ainda não há mais detalhes sobre previsão de lançamento do edital.

Além dessas autorizações, a PCDF também já anunciou que vai oferecer uma nova seleção para a área administrativa.  Ao todo, serão oferecidas 740 vagas, sendo 260 imediatas e 480 para a formação de cadastro de reserva. As chances serão para gestores de apoio e analistas de apoio.

As oportunidades serão distribuídas entre nível médio e superior, sendo 60 vagas para gestor e 200 para analista. Já as demais 480 vagas serão em cadastro de reserva. Confira aqui as dicas com especialista.

 

Leia também: Concurso Iprev-DF: Economia autoriza formação de grupo de trabalho


Correio Braziliense terça, 19 de abril de 2022

PARCERIA: PAÍES ÁRABES ESTÃO GARANTINDO GRANDE PARTE DOS FERTILIZANTES USADOS NO BRASIL

Países árabes estão garantindo grande parte dos fertilizantes usados no Brasil

Segundo o embaixador Osmar Chohfi, presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, há um amplo caminho para o aumento do comércio entre o Brasil e os 22 países da Liga Árabe

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Vicente Nunes
postado em 19/04/2022 05:59 / atualizado em 19/04/2022 06:01
 
 (crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)
(crédito: Breno Fortes/CB/D.A Press)

Os países árabes estão garantindo boa parte dos fertilizantes usados pela agricultura brasileira, em meio à escassez desses produtos provocada pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Juntos, os árabes, liderados por Marrocos, Jordânia e Catar, garantiram, somente no ano passado, US$ 4,2 bilhões em adubos ao Brasil, volume muito superior aos US$ 3 bilhões fornecidos pelos russos. A perspectiva é de que as nações árabes ocupem cada vez mais espaço nesse mercado.

Chohfi ressalta que o Brasil é responsável por garantir a segurança alimentar dos países árabes, grandes consumidores de proteína animal (carnes bovina e de frango), soja, milho e açúcar. Em contrapartida, o país importa do Oriente Médio, além de fertilizantes, produtos petroquímicos e alumínio. “Há um bom espaço para ampliar as trocas comerciais. O Brasil, inclusive, precisa exportar produtos de maior valor agregado, como aviões e automóveis. Não podemos esquecer que o país já foi grande fornecedor de carros para os árabes”, afirma.

 As oportunidades vão além, diz o embaixador. Os árabes são potenciais investidores em áreas importantes como infraestrutura, petroquímica, agricultura e turismo. “São trilhões de dólares disponíveis para bons negócios. Não custa lembrar que, dos 10 maiores fundos soberanos no mundo, cinco são árabes”, enfatiza. Ele ressalta, porém, que os investidores do Oriente Médio são muito cuidadosos na escolha de projetos, sempre se preocupando com a segurança jurídica dos contratos e a previsibilidade da economia.

Correio Braziliense segunda, 18 de abril de 2022

GASTRONOMIA: ESTUDOS COMPROVAM BENEFÍCIOS DO CONSUMO DE CHOCOLATE PELOS IDOSOS

Estudos comprovam benefícios do consumo de chocolate pelos idosos

Estudos comprovam que ele proporciona uma melhora na memória e no raciocínio dos idosos, já que seu consumo age diretamente no cérebro

JV
Juraciara Vieira Cardoso e José Milton Cardoso Junior- Estado de Minas
postado em 18/04/2022 10:22
 
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Não foram poucos os que acordaram hoje mais preocupados em razão dos excessos cometidos na Páscoa, então resolvemos ajudar a aliviar o sentimento de culpa. Se é certo que o consumo excessivo de açúcar e outros carboidratos pelos idosos pode atrapalhar na alterar a absorção de cálcio predispor ao diabetes ou trazer descompensações no seu controle metabólico e até termos já, o conhecimento, que a hiperglicemia (excesso de glicose) pode ser fator de risco para o desenvolvimento de Doença de Alzheirmer e à obesidade e suas complicações, além de elevar o riso de Acidente Vascular Cerebral (AVC), não podemos deixar de mencionar que o chocolate também pode ser um importante aliado no processo de envelhecimento.

O estudo anteriormente citado partiu do pressuposto de que o número de prêmio Nobel per capita deveria se refletir na proporção de habitantes com funções cognitivas elevadas. Assim, os pesquisadores compararam o consumo nacional de chocolate com a proporção de pessoas que receberam o Prêmio Nobel. Vinte e três países foram pesquisados e o resultado, surpreendentemente, demonstrou que há uma relação entre o consumo per capita de chocolate e o número de ganhadores, na proporção de 10 milhões de habitantes, o que, segundo os estudiosos, demonstraria que, quanto maior é o consumo de chocolate de um país, maior é o número de ganhadores de prêmio Nobel. De acordo com os pesquisadores é preciso um consumo de 2 quilos de chocolate por ano para se ter um novo Prêmio Nobel o que, obviamente, não é o único requisito necessário para ser laureado com tão alta comenda.

Uma outra pesquisa, essa publicada pela respeitadíssima revista científica American Heart Association, concluiu que idosos maiores de 70 anos podem ser beneficiados com o consumo diário de uma porção de 30 gramas de chocolate com alto teor de cacau, principalmente objetivando evitar doenças como o Alzheimer e a Demência. Tal fato se explica pela quantidade de antioxidantes contidos no cacau.

Os estudos demonstraram, ainda, que os flavonoides, encontrados em maior quantidade nos chocolates amargos, podem trazer benefícios para a saúde cardiovascular dos idosos. Isto acontece porque há uma melhora no fluxo arterial, com a diminuição adesividade das plaquetas, que podem levar à obstrução dos vasos sanguíneos, diminuindo, inclusive, os níveis de LDL, o chamado colesterol ruim. Esta conjuntura de processos bioquímicos, associados com redução de outros fatores de risco cardiovascular reduzem o a chance de eventos tromboembólicos.

Ainda sobre as vantagens do uso do chocolate, a Universidade do Noroeste de Chicago, apresentou um estudo no qual concluiu que o hábito de tomar chocolate quente pode auxiliar para que pessoas acima dos 60 anos diminuam as chances de desenvolver alguma debilidade motora. Segundo os pesquisadores, isto ocorre porque o uso do chocolate auxilia na circulação do sangue e promove melhora da motricidade.

Não bastasse, em tempos nos quais o mau humor anda imperando, o chocolate ainda pode auxiliar na manutenção do bom humor. Isto acontece porque seu uso libera serotonina, chamado popularmente de hormônio da felicidade, pois ocasiona uma sensação de bem-estar e alegria.

Mas para você que se animou e já se preparava para pegar sua barrinha de chocolate, é preciso ficar atento, pois não é qualquer tipo de chocolate que traz os benefícios elencados. Devemos deixar de lado os ao leite e os brancos, dando preferência aos amargos, que tenham, no mínimo, 50% de massa de cacau em sua receita, mas, principalmente, para aqueles que tenham teor de cacau superior a 70% e, claro, é preciso atenção à quantidade, que não deve passar de 30 gramas.

Doravante, fazer um pouco de dieta, muita atividade física e esperemos a próxima Páscoa para nos deleitarmos com este alimento tão delicioso.

Desejamos uma semana DOCE para todos.


Correio Braziliense domingo, 17 de abril de 2022

SAÚDE: AS SEQUELAS PERIGOSAS DO CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL

As sequelas perigosas do consumo excessivo de álcool

As sequelas do alcoolismo podem ser duradouras, mesmo quando o vício é interrompido. Além do fígado, pele, cérebro e coração são afetados

LM
Letícia Mouhamad*
postado em 17/04/2022 10:00
 
 (crédito: Pixabay/Reprodução)
(crédito: Pixabay/Reprodução)

Em 2021, a Organização Pan-Americana da Saúde, órgão da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), publicou um estudo com dados alarmantes sobre a ingestão abusiva de álcool nas Américas: entre 2013 e 2015, cerca de 85 mil mortes a cada ano foram 100% atribuídas ao seu consumo.

A psiquiatra, professora e especialista em dependência química Helena Moura esclarece que considerar apenas a quantidade e a frequência de uso não é suficiente para o diagnóstico da doença. Levar em conta o quanto o consumo tem interferido nas relações interpessoais, no trabalho, nos estudos e no cuidado de si mesmo é essencial.

Além disso, outro ponto pertinente é a ingestão compulsiva, que ocorre quando a pessoa bebe sempre em maior quantidade e por mais tempo que o planejado, e há dificuldade em parar, apesar de perceber os prejuízos. Por isso, a importância de atentar-se aos sinais, já que os efeitos nocivos do álcool podem ser duradouros, mesmo quando o vício é interrompido.

 

alcoolismo
alcoolismo(foto: valdo virgo)

 

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte


Correio Braziliense sábado, 16 de abril de 2022

SEMANA SANTA: CONFIRA COMO FOI A VIA SACRA NO MORRO DA CAPELINHA

 

Via Sacra em imagens: confira como foi o espetáculo no Morro da Capelinha

Movimentação começou com a chegada de fiéis pagadores de promessa ainda pela manhã. Espetáculo da Paixão de Cristo durou cerca de quatro horas

CB
Correio Braziliense
postado em 16/04/2022 06:00
 
 15/04/2022  Crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Cidades. Via Sacra 2022 no Morro da Capelinha, em Planaltina. -  (crédito:  Carlos Vieira/CB/D.A Press)
15/04/2022 Crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Cidades. Via Sacra 2022 no Morro da Capelinha, em Planaltina. - (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)

Fé, lágrimas e agradecimento. Assim pode ser resumido o espetáculo da Via Sacra, ocorrido nesta sexta-feira (15/4), em Planaltina. Pagadores de promessa de várias regiões do Distrito Federal e Entorno chegaram ao Morro da Capelinha ainda nas primeiras horas da manhã. 

Com as pernas machucadas após subir o trajeto de cerca de 1km de joelhos, o estudante Guilherme Rocha, 19 anos, contou que a fé não o fez desistir no caminho. "É gratificante. O percurso é difícil, mas eu mantive a fé em Deus. Em nenhum momento eu pensei em me entregar", celebrou o morador de Planaltina, que demorou cerca de três horas para concluir o percurso.

Enquanto isso, nos bastidores, os atores se preparavam para a encenação religiosa. O espetáculo da Paixão de Cristo começou por volta das 16h, e nem a chuva desanimou os fiéis, que acompanharam todas as passagens da Via Sacra. Confira nas fotos de Marcelo Ferreira e Carlos Vieira os momentos do espetáculo.

 


Correio Braziliense sexta, 15 de abril de 2022

GASTRONOMIA: FAZENDA CHURRASCADA

 

Especializado em parrilla, Fazenda Churrascada tem opções para sexta-feira santa

 

Publicado em Restaurantes de carne

Não será por estar banido o consumo de carne pelos fiéis, como reza a tradição deste dia, que você deixará de conhecer um lugar fascinante num endereço campestre, que apesar de muito próximo da Praça dos Três Poderes, se chama Fazenda Churrascada. Nela também serão servidos frutos do mar e pescado. São duas opções: filé de namorado grelhado na parrilla com crosta de castanha de caju e ervas frescas (300g), finalizado no forno a carvão por R$ 99.

Prato de peixe Namorado grelhado na parrilla com crosta de castanha de caju ideal para sexta-feira santa. Crédito: Fernando Pires/Divulgação

A outra sugestão da casa, instalada no Clube de Golfe, onde era o restaurante Oliver, é um polvo também de 300g grelhado na parrilla, acompanhado de molhos aioli e chimichurri, segundo receita própria, por R$ 132. Para guarnecer os pratos há mais de 10 sugestões, mas as que se encaixam num menu sem carne são a beterraba assada na brasa com molho de creme azedo e iogurte e a batata doce assada e finalizada na brasa com manteiga de ervas e sour cream, ambas por R$ 16 cada.

Embora a grife tenha vindo de São Paulo, onde ocupa uma verdadeira casa de fazenda no Morumbi, desde agosto de 2020, o conceito já é conhecido do brasiliense. Há cinco anos, o Brasília Palace Hotel foi palco do 1º Congresso Nacional de Carnes e Churrasco – Capital MEATing, que buscava popularizar e difundir as técnicas de preparo da carne, desde a escolha do corte até o tempero passando pelos segredos da brasa, com a participação de mais de 20 mestres churrasqueiros do país. É esse conjunto que ganhou o nome de churrascada.

Além da brasa

.Polvo grelhado na parrilla Crédito: Fernando Pires/Divulgação

Se você ainda não esteve lá, amanhã e domingo de Páscoa poderão oferecer a chance de degustar os bons cortes preparados na grande parrilla de nove metros, como bife Ancho (R$ 99), bife de chorizo (R$ 88); flat iron (R$ 84); denver steak (R$ 79), bombom de alcatra (R$ 69), short rib (R$ 149), prime rib suíno Duroc (R$ 59) e galeto inteiro (R$ 49). Todas as opções tem a escolta do vinagrete da casa, feito com maçã verde, tomate verde, cebola roxa, pimenta dedo-de-moça e ervas frescas. Outra técnica é a defumação feita no pit smoker, de onde pode sair o brisquet, depois de 12 horas; a costelinha suína, o cupim defumado e a picanha finalizada na parrilla (R$ 119).

O que surpreende o frequentador de restaurante na Churrascada é a existência de um açougue, o 481  onde você pode escolher o corte e acompanhar o preparo ou levar a carne para casa, inclusive a mais cara do mundo, que é o wagyu com alto grau de marmoreio, encontrado em apenas 1% dos bois criados no Japão. Nesta experiência, o cliente pode assar o corte em sua própria mesa, em uma pequena churrasqueira. Um luxo! Funciona de terça a quinta, das 12h às 23h; sexta e sábado, das 12h à zero hora e domingo, das 12h às 23h. Reservas pelo 99290-2675 (whatsapp).


Correio Braziliense quinta, 14 de abril de 2022

GASTRONOMIA: SOBREMESA FÁCIL PARA A PÁSCOA? APOSTE NA PALHA ITALIANA TAMANHO FAMÍLIA

Sobremesa fácil para a Páscoa? Aposte na palha italiana tamanho família

Com apenas cinco ingredientes, essa receita prática e rápida de sobremesa promete agradar a família toda no almoço de Páscoa

CS
Cecília Sóter
postado em 14/04/2022 06:00
 
Palha italiana tamanho família: uma sobremesa fácil de fazer na Páscoa -  (crédito: Divulgação/Mistura que Agrada)
Palha italiana tamanho família: uma sobremesa fácil de fazer na Páscoa - (crédito: Divulgação/Mistura que Agrada)

Os amantes de doce vão concordar que a sobremesa é a hora mais esperada do almoço de Páscoa. E nada como uma receita fácil e rápida para adoçar esse momento em família. O Correio foi direto na fonte para achar um preparo que promete agradar a todos. A chef Luana Gagliardi do 'Mistura que Agrada' trabalha no ramo de doces desde 2010 e começou com seus brigadeiros de diferentes sabores e a famosa palha italiana. E é essa receita que ela compartilhou com a gente. Anota aí!

Receita da palha italiana do 'Mistura que Agrada' tamanho família:

Ingredientes:

  • Duas latas de leite condensado integral
  • Uma caixinha de creme de leite (com 17 a 20% de gordura)
  • 50g de cacau ou achocolatado (o que preferir)
  • Uma barra de chocolate de 80g a 90g de sua preferência
  • Um pacote de biscoito de maisena (a chef sugere da marca Piraquê)

Modo de preparo:

 

Em uma panela, misture o cacau ou achocolatado e o leite condensado. Depois adicione o creme de leite e a barra de chocolate já com o fogo ligado. Mexa até chegar ao ponto Moisés (que é o ponto do brigadeiro para enrolar). Dica: passe a colher no meio da panela e divida a massa do brigadeiro em duas partes. Ela precisa demorar a voltar, deixando visível o fundo da panela.

Após preparar o brigadeiro até dar o ponto de enrolar, reserve-o. Em uma vasilha, pique os biscoitos maisena.

Vá intercalando o brigadeiro ainda morno com o biscoito. Deixe esfriar ou leve a geladeira. Depois é só desenformar e aproveitar!

Essa receita rende em média 1 quilo de palha italiana e serve de 5 a 6 pessoas. Para uma porção maior, basta dobrar a receita.


Correio Braziliense quarta, 13 de abril de 2022

GASTRONOMIA: BACALHAU DE PÁSCOA - ENTENDA QUAL O CORTE IDEAL PARA CADA PREPARO

Bacalhau de Páscoa: Entenda qual o corte ideal para cada preparo

O chef Bruno Barboza explica quais são as categorias do peixe e os preparos ideias para cada peça

CS
Cecília Sóter
postado em 13/04/2022 06:00
 
Já quer ficar com água na boca? Então olha essa posta de bacalhau à moda portuguesa com batata ao murro -  (crédito: Zuri Buffet)
Já quer ficar com água na boca? Então olha essa posta de bacalhau à moda portuguesa com batata ao murro - (crédito: Zuri Buffet)

A sexta-feira Santa está bem próxima e o tradicional almoço — que tem como prato principal o bacalhau — já permeia a mente dos apreciadores de uma boa gastronomia. Com diferentes tipos de cortes, o peixe traz uma grande variedade de preparo. E para te ajudar na hora de escolher qual peça comprar, o Correio conversou com o chef Bruno Barboza do Zuri Buffet, para explicar qual o melhor corte para cada tipo de preparo.

Dentro dessa divisão de espécies, o peixe também é dividido em partes, como o lombo alto, postas — que são um pouco menores ou maiores dependendo da qualidade —, e as lascas ou desfiados.

Bruno ressalta que o Gadus Morhua é considerado o melhor porque consegue lombos mais altos e macios, ideais para serem feitos confitados (cozinhados em baixas temperaturas, sem fritar) no azeite de oliva, assados na brasa ou até mesmo no forno.

 

 

“Os lombos altos dessa espécie tem uma apresentação muito bonita, tanto pela coloração mais clara como pela altura das peças”, pontua o chef. Em questão de valores, essa é a espécie que custa mais caro, justamente pelas suas características. Atualmente sai, em média, R$ 150 o quilo de lombo.

Saithe é uma espécie mais comum no Brasil, pois pode ser pescado no oceano Atlântico. Contudo, possui uma coloração mais escura, um sabor mais acentuado e é um pouco mais baixo que os demais. Por não ter a nobreza das espécies Gadus, é a mais barata, sendo uma das mais consumidas pelos brasileiros, mas não se encontra muito lombo, somente postas ou desfiado. Pode variar de R$ 90 a R$ 120 o quilo. “Ele possui uma carne mais seca sendo melhor feita em bolinhos, escondidinhos e coisas do tipo”, sugere Barboza.

Já o Gadus Macrocephalus é semelhante ao Gadus Morhua, principalmente na coloração, porém a textura da carne é um pouco mais dura, ideal para ensopados e cozimentos longos. “Ele é bom fazer até uma moqueca de bacalhau ou confitado no azeite”, sugere o chef. Custa em média R$ 130 o quilo. D EP


Correio Braziliense terça, 12 de abril de 2022

GASTRONOMIA: PÁSCOA 2022 - 5 RESTAURANTES COM CARDÁPIO ESPECIAL PARA A SEMANA SANTA

Páscoa 2022: 5 restaurantes com cardápio especial para a Semana Santa

Para quem preferir, separamos também restaurantes que estão aceitando encomendas para desfrutas dos pratos sem sair de casa

CS
Cecília Sóter
postado em 12/04/2022 06:00
 
Olha um exemplo de dar água na boca: Lombo de Bacalhau confitado com alho, azeitona, cebola roxa, pimentão vermelho, tremoços e salsinha. Acompanha arroz cremoso com brócolis e palha de alho-poró -  (crédito: Divulgação/Cantucci Osteria)
Olha um exemplo de dar água na boca: Lombo de Bacalhau confitado com alho, azeitona, cebola roxa, pimentão vermelho, tremoços e salsinha. Acompanha arroz cremoso com brócolis e palha de alho-poró - (crédito: Divulgação/Cantucci Osteria)

Semana Santa está chegando e para celebrar, muitas famílias se reúnem em volta da mesa para uma refeição especial. Para quem já está se preocupando com os comes e bebes do feriado, o Correio separou algumas opções de restaurantes que vão oferecer menus especiais para a data, tanto para comer no local quanto para encomendas. Basta escolher e lamber os dedos!

Cantucci Osteria (CLN 403)

O restaurante terá um menu especial disponível nos dias 15, 16 e 17/04. Quem optar por degustar os pratos em casa, as encomendas podem ser feitas até o dia 14/04, via whatsapp (61 3328-5242).

Entradas

  • Brioche de Lula Empanada com aioli mediterrâneo e picles de cebola roxa — R$ 32;
  • Casquinha de Bacalhau desfiado gratinada com creme de mandioca e cebola caramelizada — R$ 16;
  • Salada de Grão de Bico — R$ 29.

Pratos Principais

  • Lombo de Bacalhau confitado com alho, azeitona, cebola roxa, pimentão vermelho, tremoços e salsinha. Acompanha arroz cremoso com brócolis e palha de alho-poró — R$ 89 / 178 (serve 2 pessoas);
  • Pescada Amarela grelhada ao molho de manteiga noisette com camarões, amêndoas, alcaparras e ciboulette. Acompanha batatinhas assadas ao alecrim e tomate recheado de ricota — R$64 / 128 (serve 2 pessoas);
  • Lasanha de Três Queijos com cebola caramelizada e amêndoas — R$ 54;

Grano & Oliva Pizzeria (CLN 403)

A casa criou uma pizza especial que estará disponível durante todo o mês de abril, feita com peixe alici, pomodoro pelatti italiano, alho confitado, straciatella e manjericão. A pizza individual custa R$ 43 e a média R$ 68.

Dona Cleide (Águas Claras)

O restaurante programou um buffet para o almoço da sexta-feira Santa repleto de peixes, como o tradicional bacalhau, salmão, tilápia e moqueca, por R$ 79,90 o quilo

 

 

Encomendas

Olinda Comida Nordestina (CNB 2, Taguatinga Norte)

O restaurante preparou receitas especiais para a data e estão disponíveis exclusivamente para encomendas feitas até o dia 13 de abril, às 23h, por meio do WhatsApp: (61) 99666-7913 ou no próprio restaurante.

  • Bacalhau desfiado e gratinado na nata (R$ 350 — 1kg);
  • Bacalhoada (R$ 550 — 1kg);
  • Bacalhau a lagareiro com batatas ao murro (R$ 590 — 1kg);
  • Peixada cearense com pescada amarela e pirão 1 kg (R$ 350 — 1kg);
  • Camarão Seridó (R$ 320 — 1kg): camarão puxado na manteiga de garrafa e molho bechamel, gratinado com arroz de leite e queijo de coalho;
  • Arroz de bacalhau (R$ 230 — 1kg).

 

Dom Francisco (ASBAC e 402 Sul)

O tradicional restaurante do Chef Francisco, especialista em bacalhau, está com pratos especiais para a data. Os pratos servem duas pessoas. Encomendas podem ser feitas pelos telefones 3226-2005 ou 99416-5548 (ASBAC); 3224-1634 ou 99197-8172 (402 Sul)

  • Bacalhau em natas: Bacalhau em lascas refogado com natas frescas, cebola, alho e noz moscada. Depois é levado ao forno sobre cama fina de batatas e gratinado com queijo parmesão, acompanhado de arroz com brócolis — R$ 155
  • Bacalhau desfiado à Portuguesa: Bacalhau em lascas sobre cama de batata, cebola, pimentão verde e azeitona preta. Coberto por tomates e levado ao forno com azeite extra virgem. Ao final do preparo, acrescido de ovo cozido, acompanhado de arroz com brócolis — R$ 155
  • Bacalhau aromático: Bacalhau em lascas refogado com cebola pérola, bulbo de erva doce, alho poró e azeite extra virgem. Finalizado no forno sobre cama fina de batatas cozidas, acompanhado de arroz com brócolis — R$ 155
  • Bacalhau em postas finas: Bacalhau em postas finas, sobre cama de batata, cebola, pimentão verde e azeitona preta. Coberto por tomates e levado ao forno com azeite extra virgem, com ovos cozidos adicionados ao fim do preparo e acompanhado de arroz com brócolis — R$ 185
  • Bolinho de bacalhau 70 g — R$ 8 (unid)

Correio Braziliense segunda, 11 de abril de 2022

SEMANA SANTA: PEIXARIAS ESPERAM MOVIMENTO ATÉ 60% MAIOR QUE NO ANO PASSADO

 

Peixarias esperam movimento até 60% maior do que no ano passado

Setor de piscicultura do DF espera vender, para o feriadão, 60% a mais do que no ano passado. Expectativa é de que sejam comercializados, apenas por uma cooperativa, cerca de 13 toneladas. Comércio geral prevê aumento de 18%, comparado à 2021

AI
Ana Isabel Mansur
postado em 11/04/2022 05:54 / atualizado em 11/04/2022 05:55
 
Na Peixaria Ueda, na Feira do Guará, os favoritos dos clientes são tilápia, salmão, surubim e bacalhau -  (crédito: Fotos: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Na Peixaria Ueda, na Feira do Guará, os favoritos dos clientes são tilápia, salmão, surubim e bacalhau - (crédito: Fotos: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Os comerciantes do Distrito Federal estão confiantes de terem bons resultados nesta Semana Santa. As vendas devem subir até 18,08% em relação ao ano passado, segundo o Instituto Fecomércio-DF. Para 42,91% dos lojistas, a Páscoa será melhor em 2022 se comparada com 2021. Quem segue a tradição de não consumir carne vermelha mantém em alta o comércio de peixes no período. E a previsão dos comerciantes de pescados do DF para a data é de vender, ao menos, 62,5% a mais em 2022 do que em 2021. "A expectativa para este ano está boa demais, e devemos fechar o período da Semana Santa com volume de vendas entre 12 e 13 toneladas", adianta Luciano Andrade, presidente da Cooperativa Mista da Agricultura Familiar, do Meio Ambiente e da Cultura do Brasil (Coopindaiá), responsável pelo Mercado do Peixe, na Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa), desde outubro de 2020.

Diretor da área de pescados do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas do Distrito Federal (Sindigêneros-DF), Renato César Guimarães ressalta que o brasiliense vem incluindo com mais frequência o peixe no cardápio do dia a dia. As espécies mais consumidas na capital do país são cultivadas — tambaqui, tilápia, pintado e salmão. Dessas, apenas o salmão não é criado no DF, por conta da temperatura da água, e vem do Chile. "Temos, atualmente, aqui no Distrito Federal, o terceiro maior consumo per capita de pescados do Brasil (14kg por habitante por ano) — atrás do Rio de Janeiro e de São Paulo. As pessoas estão comendo mais peixes no dia a dia, hoje, do que há 15 ou 20 anos", analisa Renato. A média nacional de consumo é de 9,5kg por pessoa anualmente. A previsão de arrecadação é positiva para 2022 mesmo com o aumento dos custos. "O combustível pesa muito no preço dos produtos, que estão cerca de 20% mais caros este ano do que em 2021", afirma.

Expectativa

Entre os comerciantes, o clima é de animação. Franck de Souza, gerente da Peixaria Ueda da Feira do Guará, espera vender até 8 toneladas de tilápia durante a Semana Santa deste ano, mesma quantidade de 2021 e 2020. "É o peixe que mais vende, seguido de salmão e peixes de couro, como o surubim. O bacalhau sai bem também, está entre os cinco mais vendidos. O movimento começou tímido, mas, desde hoje (ontem), está dentro do resultado esperado. Estamos tendo de correr atrás de mercadorias", comemora.

Franck acredita que o fluxo melhore ao longo da semana. "Acreditamos que vamos superar (o ano passado). Esperamos que o movimento aumente bastante a partir de quarta-feira, mas nosso estoque já está esvaziando", revela o gerente, que oferece condições especiais para atrair mais clientes. "Dou descontos a depender da forma de pagamento. Com Pix e dinheiro, o desconto é maior; no cartão de débito, é médio; e no crédito não consigo dar desconto, mas parcelo a compra", detalha.

Para atrair os clientes, Lumma coloca produtos diferentes em promoção diariamente. "Na semana retrasada, o bacalhau estava em oferta, mas vendeu apenas 18% na comparação com o mesmo período de 2021. A venda da pescada amarela nesta semana, com o preço reduzido, equiparou-se ao dado do ano passado", observa a proprietária.

A maior parte dos clientes da rede costuma comprar bacalhau para consumir no Domingo de Páscoa. "O público acaba sendo mais seletivo para os outros dias da semana. Muitos compram merluza em vez do bacalhau, que é quatro vezes mais caro, e adaptam receitas", relata Lumma, que começou a divulgar receitas com peixes alternativos para a Páscoa, como o tambaqui, nas redes sociais da empresa.

Opções

Variar as receitas é uma das alternativas que o economista Riezo Almeida recomenda para economizar na hora da compra dos pescados. "Fazer o peixe como recheio de uma torta ou empanado, por exemplo, para juntar mais ingredientes, e o prato render mais. É a economia criativa", sugere. A tendência na Semana Santa é de os preços estarem mais altos. "Os peixes são mais produzidos nesta época, então os produtores aproveitam a oferta maior para lucrar mais, porque a média não é tão alta no restante do ano", explica o especialista.

A gastrônoma Solange da Silva, 59 anos, sentiu o aumento dos preços na hora das compras para a Sexta-Feira da Paixão e a Páscoa. Mesmo assim, não deixou de lado o costume de ter os pescados à mesa. A moradora do Núcleo Bandeirante comprou 1kg de tilápia para comer durante a Semana Santa. "Os preços estão muito salgados, e a tilápia é um peixe fácil de fazer", justifica. "Comprei tudo que precisava logo hoje (ontem) para não precisar voltar. É uma tradição familiar não comer carne vermelha quinta e sexta-feira da Semana Santa. Não como desde que me entendo por gente", brinca Solange.

Mais pedidos

Preço médio (kg)

>> Pescada amarela: R$ 50

>> Filé de tilápia: R$ 45

>> Tambaqui: R$ 20

>> Salmão: R$ 80


Correio Braziliense domingo, 10 de abril de 2022

TURISMO: SEMANA SANTA ANIMA O TURISMO DO DISTRITO FEDERAL E DOS ARREDORES

Semana Santa anima o turismo do Distrito Federal e dos arredores

Após dois anos, um dos setores mais afetados pela pandemia observa melhora no movimento. Um dos indicativos é a arrecadação do ISS pago pelo segmento, que subiu 10% em janeiro e fevereiro, apesar de a alíquota do tributo ter diminuído de 5% para 2%

AI
Ana Isabel Mansur
postado em 10/04/2022 06:00 / atualizado em 10/04/2022 07:21
 
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

Com a Semana Santa, celebrada a partir deste domingo (10/4) até sábado (16/4), a expectativa dos setores ligados ao turismo do Distrito Federal e de municípios próximos é otimista. A previsão é de que o movimento do período em 2022 supere os números de 2018 e 2019 — anteriores à pandemia. O clima positivo é embasado nos resultados da arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS) do segmento este ano. O último levantamento, de fevereiro, mostra crescimento de 10%, na comparação com o mesmo mês de 2018.

 

 
 
Avanço do turismo no DF
Avanço do turismo no DF(foto: Lucas Pacífico/CB/D.A Press)

 

Responsável pelo observatório, Marcos Vinicius de Sousa explica que os números são relativos às empresas registradas no Cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas do Setor Turístico (Cadastur) e engloba agências de viagens, transportes e guias turísticos. "Brasília está recebendo mais turistas. Os resultados mostram que mais serviços foram prestados e que, portanto, a arrecadação subiu, mesmo com a redução da alíquota", detalha Marcos. Em junho do ano passado, por meio de uma lei distrital, o ISS cobrado do setor, desde 1º de janeiro de 2022, caiu de 5% para 2%.

Henrique Severien, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Distrito Federal (Abih), confirma o cenário positivo. O preço das diárias, neste ano, está de 15% a 20% menor do que em 2019, segundo a Abih. "Como tivemos aumento na demanda, a receita também cresceu. Mas a inflação impactou bastante. A energia elétrica e a parte de alimentação, cujos preços cresceram exponencialmente, são muito relevantes na composição do valor da diária. Mas não é o momento de fazer reajustes, ainda que sejam justificáveis", pondera.

Descanso

O presidente da Abih destaca que os brasilienses costumam aproveitar os feriados em locais próximos ao DF. É o caso da bancária Simone Togawa, 42 anos, que vai curtir os dias de folga e levar os filhos, de 8 e 9 anos, para acampar pela primeira vez, no Ecoparque Barra do Dia, em Padre Bernardo (GO), a 80 km da área central do Plano Piloto.

 

Cachoeira Lydia, diversas quedas d'água para aproveitar a exuberância da natureza, próximo ao DF
Cachoeira Lydia, diversas quedas d'água para aproveitar a exuberância da natureza, próximo ao DF(foto: Arquivo pessoal)

 

A moradora do Setor Habitacional Tororó costuma ir para locais nos arredores do DF em feriados, como Cavalcante (GO) e Pirenópolis (GO), mas não viaja desde 2020, por conta da pandemia. "Eu acampava muito quando era adolescente, sempre gostei, mas parei depois que casei e tive filhos, porque é mais confortável ficar em hotel", admite Simone. "Eu e meu marido sempre quisemos levar as crianças para acampar. Vamos curtir e explorar a natureza e vamos levar lanterna e vara de pescar. Tem anos que não acampo, minha expectativa está grande", revela a bancária.

Uma das atrações na Fazenda Barra do Dia, onde fica o ecoparque, é a Cachoeira Lydia. O administrador desse espaço de trilhas e quedas d'água, Ricardo Moreira, conta que 98% dos visitantes são do DF. O local, que oferece opções para passar o dia e pacotes para o camping de sexta a domingo, está lotado. No entanto, Ricardo afirma que a procura para a Semana Santa foi menor do que a registrada em 2021. "No ano passado, as pessoas estavam com dinheiro e doidas para sair. Agora, estamos em crise, e o pessoal está sem dinheiro. Intensifiquei a divulgação no Instagram, contratando uma pessoa para cuidar do marketing digital", conta Ricardo, morador do Lago Sul.

Proximidades

Nos municípios goianos mais procurados pelos brasilienses — como Pirenópolis e as cidades que ficam na Chapada dos Veadeiros — os cenários são parecidos. Empresários da região esperam que os lucros do feriado fiquem próximos aos percebidos em 2019. Vitor Giuberti e Denise Polla alugam casas por temporada na Vila de São Jorge, em Alto Paraíso, no espaço Rio da Lua. "É um formato que, depois da pandemia, as pessoas passaram a preferir. Casas inteiras disponíveis para o hóspede são mais confortáveis e não há aglomeração", argumenta Denise. Cerca de 70% dos hóspedes são de Brasília. O casal está com todas as unidades ocupadas para o feriado.

 

Vale da Lua, na Chapada dos Veadeiros, é um dos locais mais visitados por viajantes e moradores da região
Vale da Lua, na Chapada dos Veadeiros, é um dos locais mais visitados por viajantes e moradores da região(foto: Breno Fortes/CB/D.A Press)

 

Denise explica que o movimento em 2021 foi muito superior ao dos anos anteriores. "Foi completamente atípico para o turismo. Todos estavam desesperados para sair de casa, então, a procura foi grande", relembra a empresária. Ela acredita que, dificilmente, os resultados deste ano vão superar os do ano passado, mas crê que 2022 vai ficar perto do cenário observado antes da pandemia. "As pessoas se organizam de 45 a 60 dias antes do feriado e, normalmente, reservam a hospedagem para a Semana Santa em fevereiro. A procura ficou dentro desse intervalo, neste ano", completa.

Ao Correio, a Secretaria Municipal de Turismo de Pirenópolis informou que a expectativa para a data é positiva. "A procura por pousadas e pesquisas sobre atrativos têm sido frequentes em nosso Centro de Atendimento ao Turista. Esperamos ter uma ocupação satisfatória durante esses dias. Os períodos de Semana Santa de 2020 e 2021 foram bastante marcados pela pandemia. Portanto, tendo em vista o atual cenário de flexibilização e atenuação da covid-19, esperamos ter um movimento melhor em 2022. O público predominante de Pirenópolis continua sendo o originário de Brasília", escreveu a secretaria, em nota.


Correio Braziliense sábado, 09 de abril de 2022

ENSINO: ESCOLAS PÚBLICAS COMEMORAM RECORDE DE ALUNOS APROVADOS NA UnB

Escolas públicas comemoram recorde de alunos aprovados na UnB

Escolas públicas do Distrito Federal emplacam grande número de estudantes em cursos de graduação da Universidade de Brasília (UnB) por meio do Programa de Avaliação Seriada (PAS)

AV
Arthur Vieira*
MA
Mariana Andrade*
postado em 09/04/2022 00:01 / atualizado em 09/04/2022 12:29
 
 
Alunos do Cemab, de Taguatinga, comemoram o bom desempenho no PAS -  (crédito:  Ed Alves/CB)
Alunos do Cemab, de Taguatinga, comemoram o bom desempenho no PAS - (crédito: Ed Alves/CB)

Estudantes de escolas públicas aprovados na Universidade de Brasília (UnB) por meio do Programa de Avaliação Seriada (PAS), assim como os professores deles, comemoram o que consideram a grande conquista de suas vidas. A sensação do dever cumprido e a certeza de dias melhores em um futuro próximo são experimentadas, agora, por 10 entre 10 alunos. Escolas públicas de Santa Maria, Ceilândia e Taguatinga registraram aprovação recorde na primeira chamada do programa. Mais da metade dos calouros aprovados para o primeiro semestre de 2022 são oriundos de escolas públicas (826) ou estudantes que se declararam negros (88), de acordo com dados da Reitoria da instituição de ensino superior.

"Aulões" beneficiam 32 alunos

Em Santa Maria, o Centro de Ensino Médio 404 registrou a aprovação de 32 alunos. Entre as iniciativas para alcançar o bom desempenho, destaca-se o projeto Mais 1 no PAS, idealizado pelo professor Ricardo Rocha. Iniciado em outubro, o programa, criado para auxiliar os estudantes da cidade, consiste em uma série de "aulões" mensais gratuitos, sempre aos sábados. A equipe é formada por professores voluntários, que planejam desde a orientação da inscrição no exame até o conteúdo curricular cobrado — inclusive as obras da matriz do Programa de Avaliação Seriada —, além de oferecer suporte psicológico.

 A logística para os "aulões" requer financiamento coletivo, tanto para compra de materiais acadêmicos e equipamentos, quanto para a alimentação. Rocha avalia que o projeto pode resultar em maior inserção de jovens da rede pública da região em instituições de ensino superior de qualidade. Segundo ele, a ordem é exterminar o estigma negativo de Santa Maria, introduzindo uma nova perspectiva profissional para os jovens locais. "Esperamos que em, pelo menos, dois anos, as pessoas olhem para a cidade com mais positividade e compreendam que, aqui, não existe apenas criminalidade. (Queremos) mostrar que temos várias coisas legais também", diz ele.

Aprovadas na Universidade de Brasília, as gêmeas Mariana e Manuela Veras, 18 anos, foram beneficiadas pelo Mais 1 no PAS. Mariana alcançou nota máxima na redação e atribui boa parte da realização ao projeto. "Pelo menos 70% do meu desempenho nas provas foi graças ao que aprendi nos 'aulões'. Se não fosse por essas aulas, não teria conseguido alcançar meu objetivo", relata Mariana. Ela conta que, para frequentar os simulados, foi preciso conciliar trabalho e estudo. "Mesmo com a agenda lotada, sempre arranjávamos um tempinho à noite para estudar juntas", lembra.

Sonhos que se transformam em realidade

O Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), em Taguatinga, aprovou 36 estudantes em diferentes cursos da Universidade de Brasília. A diretora da escola, Suzane Martins, emocionou-se com o feito. "É o resultado de um excelente trabalho em equipe desenvolvido durante a pandemia. Estamos muito felizes", comemora.

Ela destaca que o esforço foi recompensado pela participação ativa dos alunos nas aulas remotas. "Nossos estudantes são verdadeiros guerreiros, pois vivenciaram todo o ensino médio a distância", diz. Segundo ela, a escola também desenvolveu um projeto de "aulões" preparatórios mensais para os estudantes, que foi adaptado para o modelo virtual.

Dois estudantes do colégio, com histórias de vida diferentes, optaram por seguir carreiras na área de engenharia. Arthur Ramos, 17, foi aprovado no programa em engenharia mecânica e vai estudar no câmpus Darcy Ribeiro, no Plano Piloto, no próximo semestre. "Parece um sonho. Até hoje, estou comemorando. Só vou acreditar quando entrar na sala de aula", afirma.

Já Gabriel Castro, 18, escolheu o curso de engenharia química e considerou a aprovação uma grata surpresa, pois enfrentou dois anos de aulas remotas. Ele revela que a pandemia foi um fator determinante para a mudança de escola, pois o comércio da mãe fechou, levando-o a buscar refúgio nos estudos. "A ansiedade foi o maior dos problemas. Eu me senti superdesmotivado durante os dois anos de distanciamento", afirma. Além disso, ele reconhece que as escolas da rede pública sofreram muito para se adaptar nos picos da covid-19.

Ceilândia vibra com resultado

Quem também teve alunos aprovados na área de engenharia foi o Centro de Enino Médio 2 de Ceilândia, que emplacou 16 aprovações. Lá, os estudantes vibraram com a realização de ingressar na Universidade de Brasília (UnB). "Ainda estou sem acreditar. Foram três anos de muita dedicação e luta", relata Jéssica Eveline, 18 anos, que optou por engenharia de softwares. A jovem foi aprovada em letras pelo vestibular. Contudo, assim que saiu o resultado do Programa de Avaliação Seriada, optou pelo diploma de engenheira.

Além do incentivo da família — principalmente da mãe, que se formou recentemente e é educadora —, Jéssica frequentou cursinhos preparatórios oferecidos por movimentos sociais do Distrito Federal, que a ajudaram a se manter firme nos estudos: "Eles me motivaram a ter a consciência de que meu lugar é na universidade, que teria como ser aprovada. Hoje, consegui isso", diz. Ela se orgulha de ser a primeira da família aprovada na UnB.

Jéssica comenta que a ansiedade foi um dos obstáculos na preparação para os vestibulares: "Acredito que ela atacou todo mundo nesse período". E, para a jovem, ao mesmo tempo em que o modelo remoto foi desesperador, quando foi necessário que a escola se reinventasse, os alunos desenvolveram a habilidade de estudar por conta própria. "Isso trouxe uma certa maturidade", relata.

Gabriel Henrique Rodrigues, 18, também optou por engenharia de software e, graças a muita persistência, obteve a tão sonhada aprovação. "Fiquei sem acreditar o resto do dia. É uma sensação incrível saber que você estudou tanto e foi recompensado", disse. O jovem conta que investiu cerca de oito horas diárias para se preparar, com ajuda da irmã, educadora, que o auxiliou a compreender a dinâmica das provas e o motivou a seguir o sonho dele.

O recém-aprovado se alegra pelo fato de, agora, poder estudar presencialmente na UnB, pois não obteve boas experiências com aulas a distância nestes últimos dois anos. "A ansiedade bateu lá em cima, porque não tinha ninguém para interagir e conversar. Foi um processo traumático", conta. Ele revela ter optado por engenharia de software na expectativa de ingressar mais rapidamente no mercado de trabalho.

Os calouros podem se preparar para o próximo semestre. Segundo o calendário da UnB, as aulas retornam ao modelo presencial em 6 de junho. Em caso de não preenchimento das vagas, a universidade pode publicar novas chamadas ao longo do ano.


Correio Braziliense sexta, 08 de abril de 2022

UNIÃO: TRINTA CASAIS PARTICIPAM DA SEGUNDA EDIÇÃO DO CASAMENTO COMUNITÁRIO

 

Trinta casais participam da segunda edição do casamento comunitário

Para assegurar que os participantes estejam impecáveis no evento, que ocorrerá no domingo (10/4), a Sejus promoveu o último ensaio geral com os noivos

CB
Correio Braziliense
postado em 08/04/2022 10:22
 
Cerimônia será no Museu Nacional da República, no domingo (10/4) -  (crédito:  Ed Alves/CB)
Cerimônia será no Museu Nacional da República, no domingo (10/4) - (crédito: Ed Alves/CB)

O próximo domingo (10/4) será de festa para os apaixonados que residem no Distrito Federal. Ao todo, 30 casais vão oficializar a união em cerimônia no Museu da República, a partir das 17h, por meio da 2ª edição do Casamento Comunitário de 2022. O evento é organizado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus).

O Casamento Comunitário é uma política pública de garantia de direitos e fortalecimento da família, promovido com o apoio de empresas parceiras e voluntários. Os casais têm acesso a vestidos, ternos, maquiagem, penteado e buquês, além da isenção das taxas cartoriais. A decoração, iluminação e a música também são garantidos no local da cerimônia para completar o dia especial.


Correio Braziliense quinta, 07 de abril de 2022

INFRAESTRUTURA: INAUGURAÇÃO DE CORUMBÁ IV É APOSTA CONTRA NOVO RACIONAMENTO

Inauguração de Corumbá IV é a aposta contra novo racionamento

Com construção iniciada em 2011 e custo total de R$ 440 milhões, sistema de captação e tratamento de água entrou em funcionamento nessa quarta-feira (6/4). Atendimento deve alcançar 1,3 milhão de pessoas, em oito cidades do DF e do Entorno

PM
Pedro Marra; Jéssica Eufrásio
postado em 07/04/2022 05:55 / atualizado em 07/04/2022 05:56
 
 
Megaestrutura entrou em atividade nessa quarta-feira (6/4), em Valparaíso (GO) -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Megaestrutura entrou em atividade nessa quarta-feira (6/4), em Valparaíso (GO) - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Com previsão de funcionar por 10 anos, no mínimo, o Sistema Produtor Corumbá IV teve as obras concluídas. A construção do sistema, que abastecerá áreas da região Sul do Distrito Federal e do Entorno, começou em 2011. De lá para cá, continuou ao longo de diferentes gestões até ser inaugurado nessa quarta-feira (6/4), pelos governadores do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e de Goiás, Ronaldo Caiado (UB). A promessa é de que a megaestrutura para captação de água impeça a capital do país de enfrentar, por enquanto, outra crise hídrica, como a vivida pelos brasilienses entre 2016 e 2018.

A estrutura inclui uma estação de tratamento e uma elevatória de água bruta, adutoras, linhas de transmissão e subestações elétricas de 138 mil volts. A expectativa é de que o excedente da produção desafogue o Sistema Produtor Descoberto, o que beneficiaria moradores de Águas Lindas (GO) e da parte Oeste do DF.

 

 

Etapas de operação do sistema Corumbá IV
Etapas de operação do sistema Corumbá IV(foto: Thiago Fagundes/CB/D.A Press e Renato Alves/Agência Brasília)

 

Apesar de terem trocado ofensas em ocasiões anteriores, Ibaneis e Caiado mudaram o tom no palanque, nessa quarta-feira (6/4), no evento de lançamento do Corumbá IV, em Valparaíso (GO). Desta vez, com discursos mais sintonizados, os governantes comemoraram o resultado da cooperação entre estatais das duas unidades federativas. "Este momento é de muita alegria, porque mostra que vale a pena trabalhar com uma parceria que vai beneficiar 1,3 milhão de pessoas", declarou o chefe do Palácio do Buriti.

O responsável pelo Poder Executivo goiano acrescentou que o sistema levará segurança hídrica para moradores das regiões atendidas. "Tenho certeza de que nós dois (os governadores) entramos para a história dessa população, e isso será lembrado por muitos e muitos anos, porque estamos dando o que a população mais merece: saneamento, água de qualidade e a certeza de que poderão se desenvolver, tanto na área habitacional quanto na área industrial", completou Caiado.

 

Governadores Ronaldo Caiado (C) e Ibaneis Rocha (D) em inauguração
Governadores Ronaldo Caiado (C) e Ibaneis Rocha (D) em inauguração(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

 

Histórico

Presidente da Saneago, Ricardo Soavinski comentou que o sistema está pronto para pleno funcionamento. "Teremos um volume maior de oferta de água, com mais qualidade, menos intermitências e possibilitando desenvolver essas cidades em uma década, com uma possível bifurcação", disse, em referência a uma nova unidade para captação de água. A licitação para construção de outra adutora, com previsão de sair no segundo semestre deste ano, permitiria abastecer mais regiões administrativas do DF, como São Sebastião e Jardim Botânico.

Pedro Cardoso, presidente da Caesb, lembrou que a inclusão dessas cidades faz parte do projeto original de Corumbá IV. "Para Brasília, a implantação do sistema favorece a segurança hídrica e (a captação gerada) será inserida nos nossos dois grandes centros (de abastecimento): Santa Maria-Torto e Descoberto", antecipou.

O projeto foi anunciado nos anos 2000, na gestão de Joaquim Roriz. No entanto, ao longo do tempo, enfrentou entraves, como suspeitas de superfaturamento, desistência de empresas contratadas e atrasos por questões fundiárias. Há três anos, a promessa era de que o sistema atenderia mais de 2,5 milhões de pessoas de 13 cidades e que garantiria o fornecimento de água por 30 anos.

Outra questão polêmica teve relação com a falta de fiscalização quanto à preservação das nascentes que abastecem o reservatório de Luziânia. Em 2016, segundo relatório do projeto Água Viva, produzido pela Corumbá Concessões — responsável pela Usina Hidrelétrica de Corumbá IV —, apenas três de 40 delas estavam preservadas, sem problemas como ocupação irregular do solo, desmatamento e descarte de lixo, segundo detalhado pelo Correio em reportagem publicada à época.

Professor de engenharia civil e ambiental na Universidade de Brasília (UnB), Sérgio Koide destacou que a construção envolveu grande soma de dinheiro público e acredita que as despesas operacionais também serão elevadas. "Essa é uma excelente solução para a região do Entorno, mas, para o DF, seria melhor se tivéssemos pegado uma estrutura mais próxima. Teríamos menos gastos com bombeamento, por exemplo, que é um dos maiores custos na produção de água potável", avaliou. "Para os municípios vizinhos, esse bombeamento será relativamente pequeno. Mas, até chegar ao sul do DF, o custo de energia ficará maior."


Correio Braziliense quarta, 06 de abril de 2022

MEIO AMBIENTE: ALERTA PARA O RISCO DE QUEIMADAS FLORESTAIS NO DF

Alerta para risco de queimadas florestais no Distrito Federal

A fim de reduzir os riscos de incêndios de grandes proporções, Corpo de Bombeiros e Ibram intensificam ações preventivas, como instalação de aceiros e realização de queimas controladas, antes da fase crítica da seca

AM
Ana Maria Pol
postado em 06/04/2022 06:00
 
 (crédito: Divulgação/Ibram)
(crédito: Divulgação/Ibram)

O outono traz o alerta para as temporadas de queimadas no Distrito Federal. Para reduzir os riscos, organizações e entidades ambientais intensificam ações preventivas até que o período de seca atinja níveis críticos, em agosto e setembro. De acordo com o levantamento do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), em 2021, foram registrados cerca de dez mil acionamentos de incêndio na capital do país. Neste ano, até o fim de março, foram 186 — índice considerado dentro dos parâmetros normais pela corporação.

O Corpo de Bombeiros trabalha com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a fim de evitar incêndios e mapear locais de queimadas. Meteorologista do Inmet, Nayane Araújo lembra que não é somente a falta de chuvas que contribuem para a formação de labaredas. As altas temperaturas e a baixa umidade do ar são fatores determinantes também. "É bom que a população fique em alerta daqui para frente, porque vamos ter intervalos de umidade baixa, tempo seco e quente, propícios para o surgimento das queimadas", assegura.

Antecipação

O professor de biologia do Ceub Fabrício Escarlate destaca a importância das queimadas controladas, no outono, para manutenção do cerrado e unidades de conservação. O método reduz a disponibilidade de matérias combustíveis na natureza e o objetivo de mitigar as chances de incêndios tomar grandes proporções. "O fogo durante a seca vai ter maior intensidade. As chamas serão mais quentes. Portanto, será mais difícil de serem controladas e, consequentemente, vai gerar algum tipo de dano às espécies que ali vivem, sejam animais ou vegetais", descreve. Outro instrumento para evitar que as labaredas avancem sobre o solo é a criação de aceiros — faixas de terra onde a vegetação é completamente eliminada para prevenir a passagem do fogo —, ainda no fim do período chuvoso. 

Brigadistas realizaram ações de queima controlada no Parque Nacional de Brasília — monitorado pelo do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) — e no Parque Ecológico do Riacho Fundo — gerido pelo Ibram. "Geralmente, fazemos uma queima e, no outro dia, ficamos na vigilância, monitorando o local. Só depois, executamos outro tipo de queima em outra área", ressalta o diretor de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Ibram, Pedro Paulo Cardoso. 

Engenheira florestal, Roberta Maria Costa e Lima destaca a importância do acesso à informações pelas comunidades, sobretudo quando se trata de incêndios, uma vez que produtores rurais recorrem à queima controlada com objetivo de limpar o pasto. "Para a queimada não se transformar em incêndio, é sempre importante promover a educação ambiental, alertando a população dos riscos e consequências", defende.

Cuidados

>> Não atear fogo para limpeza de terrenos, lixo ou resto de podas de árvores. Procure centros de coleta do Serviço De Limpeza Urbano para descarte;

>> Após fumar, apagar o cigarro e descartá-lo em local adequado;


Correio Braziliense terça, 05 de abril de 2022

MÚSICA: ÁLBUM TRAZ A VERSÃO SINFÔNICA DOS GRANDES SUCESSOS DE NANDO REIS

Após turnê, álbum traz a versão sinfônica dos grandes sucessos de Nando Reis

Com produção de Felipe Cambraia e Cristiano Alves, na sede do grupo, na capital carioca, o CD foi mixado no estúdio Cia dos Técnicos, por Arthur Luna

CB
Correio Braziliense
postado em 05/04/2022 06:00
 
 (crédito: Carol Siqueira/Divulgação)
(crédito: Carol Siqueira/Divulgação)

Parceria iniciada em 2017, a da Orquestra Petrobras Sinfônica com Nando Reis, que a princípio seria restrita a um concerto no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky, se transformou numa turnê que contemplou seis capitais brasileiras. O encontro teve outro desdobramento e resultou num disco, lançado recentemente.

O repertório traz na abertura a canção Cegos do Castelo (da época dos Titãs), que se junta aos clássicos do pop nacional Luz dos olhos, Sei, Só posso dizer, Só posso dizer, All Star, Sei, Espatódea, Pra você guardei e Por onde andei. Todas estão disponíveis em plataformas digitais como Deezer, Spotify e YouTube.

 "A trajetória que percorri com Nando Reis, entre turnê, concertos, e gravações, me trouxe muita alegria e um senso de musicalidade e plenitude. Nando não é apenas um excelente cantor. É um intérprete que assume a função de um poeta, daquele que é consciente do poder da palavra", ressalta Karabtchevsky. Já Nando Reis considera um marco a gravação do disco. "Tocar com a Petrobras Sinfônica é como dar um pulo no céu e flutuar com os anjos. Os arranjos acrescentaram às canções camadas dramáticas. Tudo ficou muito lindo."

Correio Braziliense segunda, 04 de abril de 2022

LITERATURA: LIVRO TRAZ TRAJETÓRIA DE GRAFITEIRO QUE DEIXOU O TRÁFICO PELAS ARTES

Livro traz a trajetória de grafiteiro que deixou o tráfico pelas artes

Grafiteiro da cidade, Carlos Astro, 45 anos, lança livro sobre as gírias, a rotina e o tratamento durante o tempo que cumpriu pena no Complexo Penitenciário da Papuda (CPP) por tráfico de drogas

PM
Pedro Marra
postado em 04/04/2022 06:00
 
O grafiteiro Carlos Astro encontrou na literatura e arte um caminho para reintegração social -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O grafiteiro Carlos Astro encontrou na literatura e arte um caminho para reintegração social - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Conhecida pela cena cultural de movimentos artísticos de rua, como o hip hop, Ceilândia recebe, no período de comemoração dos seus 51 anos, um presente simbólico: o livro O ressocializado — no mundo da lua, atrás das grades, do grafiteiro Carlos Washington Chagas Corrêa, 45 anos, mais conhecido como Carlos Astro. Na obra, o integrante do grupo de grafite 1V2M — Uma Vida, Dois Mundos — relata as memórias dos seis anos que esteve no Complexo Penitenciário da Papuda (CPP), preso por traficar oito quilos de cocaína.

Detido pela Polícia Civil do DF (PCDF), juntamente com outros cinco amigos de uma gangue de Ceilândia Norte, que produziam a droga em um laboratório, Astro criou o hábito de anotar o dia a dia da prisão em papéis de processos de ex-presidiários, que se transformaram nos rascunhos do livro. A mãe do escritor, Marilene Chagas, 68, buscava os escritos quando visitava o filho, a cada 15 dias. "Eu morava em Valparaíso de Goiás, e ia cedo para lá (Papuda), às 4h, pegava dois ônibus para visitar o meu filho", relembra.

A obra conta com 450 páginas e 30 capítulos. O primeiro, intitulado A casa caiu, inicia com o momento em que a polícia invadiu a fábrica clandestina e toda trajetória de Astro na penitenciária inicia. "Fiquei muito triste e, ao mesmo tempo, muito feliz, porque eu sabia que tinha errado e iria conseguir fazer o livro", afirma o autor.

O nome Astro surgiu em uma aula de astrologia na escola. A origem é explicada em uma parte do livro com páginas do alfabeto de A a Z, contendo gírias sobre o vocabulário do dialeto prisional.

O livro conta com duas artes elaboradas pelo desenhista Edmar Cosmo de Brito, 46, o Simpson, do 1V2M, criadas dentro da Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF1), conhecida como Cascavel, um dos presídios que integram a Papuda. O primeiro desenho, no começo da obra, mostra presos em uma cela com o subtítulo do livro acima: "No mundo da lua: atrás das grades"; e a frase "Retrato Carcerário".

 

  • 23/03/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Caderno aniversário de Ceilândia. Pollyanna Souza, coordenadora da Biblioteca Pública Carlos Drummond de Andrade em Ceilândia.Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press

  • Livro "O Ressocializado" conta a rotina de Carlos Astro e outros cinco presos na PapudaEditora Viseu/Divulgação
 
 

 

Na trajetória de ressocialização de Astro, ele comenta o peso das palavras emprego, profissão e educação para quem pretende não voltar para o crime. "Eu me sinto honrado, pois vão estar sendo expostos alguns trabalhos meus e eternizados em um livro muito bom", emociona-se o artista, que agradece as colaborações que recebeu para publicar o livro. "São muitos anos de parceria, amizade e trabalho", afirma.

Pollyanna adianta que pretende fazer um evento com roda literária ou palestra de Astro para jovens da comunidade local. "Uma história como essa temos que disseminar, em que ele mostra a sua mudança de vida por meio da leitura e escrita", comenta a educadora. Experiência para ministrar projetos sociais é o que o grafiteiro mais adquiriu ao sair da prisão. Em 2006, ele participou do Clube da Ceilândia, juntamente com os rappers de São Paulo, Ndee Naldinho e Mano Brown, na ONG Rebelião Cultural, do grupo 1V2M.
"Reformamos as piscinas, demos aulas de capoeira, futebol, e eu dava aula de dança e arte urbana para 150 alunos de manhã e 150 à tarde", recorda Astro, que se diz 100% ressocializado. "A minha ressocialização é diária", diz. O grafiteiro critica a falta de investimento do governo federal em um programa para reinserir os presos na sociedade. "Nesse dinheiro todo, não temos nenhum valor voltado para a ressocialização", finaliza.

Um dos amigos de Astro na Papuda que conseguiu se reinserir na sociedade é o motoboy Janilson Amaral, 36. O morador do Sol Nascente saiu da prisão em 2010, mas foi preso novamente por tráfico de drogas cinco anos depois. "Quando a gente saiu, ele (Astro) ficou escrevendo o livro, e em fevereiro de 2021, quando saí de novo da penitenciária, ele já estava com o livro pronto", relata.

Janilson se recorda dos momentos que via de perto o processo de produção do livro de Astro dentro do Complexo Penitenciário. "Somos personagens desse livro, e foi um prazer saber que ele conseguiu essa vitória, porque acompanhei ele escrevendo em várias noites, quando chegava na cela e dizia que 'hoje aconteceu isso e aquilo'", detalha o amigo do escritor.

Para Isabel, que foi Secretária-adjunta de Segurança Pública da Paz Social do DF, entre 2015 e 2016, está no ser humano a capacidade de superação. "Criminalizando condutas a torto e a direita, acabamos tendo uma lógica que leva a essa situação de superencarceramento, em que colocamos na mesma cela o ladrão de galinha e o criminoso internacional", contextualiza a especialista do FBSP.


Correio Braziliense domingo, 03 de abril de 2022

GASTRONOMIA: POR QUE AS COMIDAS FERMENTADAS, COMO O CHUCRUTE, FAZEM VEM AO NOSSO INTESTINO

Por que as comidas fermentadas como o chucrute fazem bem ao nosso intestino

Vários grupos de pesquisa proeminentes sugerem que os alimentos fermentados podem oferecer diversos benefícios à saúde, estimular a perda de peso e reduzir o risco de algumas doenças


Manal Mohammed - The Conversation*
postado em 02/04/2022 15:47 / atualizado em 02/04/2022 18:02
 
 
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Ao longo de décadas, a fermentação foi usada para preservar alimentos, aumentar sua validade e melhorar seu sabor. Mas muitas pessoas não conhecem os benefícios para a saúde dos alimentos fermentados.

Os alimentos fermentados são geralmente definidos como "alimentos ou bebidas produzidos por meio do crescimento microbiano controlado e da conversão de componentes alimentares por meio da ação enzimática".

Pode ser o repolho em conserva (chucrute), a bebida de iogurte kefir, o pão com fermentação natural (sourdough) e alguns picles (apenas os lactofermentados).

Os alimentos fermentados são ricos em micróbios benéficos e metabólitos úteis (substâncias produzidas durante a fermentação por bactérias e que propiciam um intestino saudável).

Vários grupos de pesquisa proeminentes sugerem que os alimentos fermentados podem oferecer diversos benefícios à saúde, estimular a perda de peso e reduzir o risco de algumas doenças.

Organizações e grupos relacionados à alimentação, como a Associação de Nutricionistas do Reino Unido, agora recomendam consumir alimentos fermentados com mais frequência.

Por exemplo, leite e iogurte fermentado agora estão sendo oferecidos a crianças a partir dos seis meses de idade para ajudar a fornecer um bom equilíbrio de nutrientes, prevenir a deficiência de ferro em populações que usam leite de vaca e reduzir infecções gastrointestinais.

Outro estudo mostrou que o consumo regular de alimentos fermentados pode ser especialmente importante para comunidades de baixa renda, com grandes carências, que são desproporcionalmente suscetíveis a infecções gastrointestinais por bactérias como E. coli e Listeria.

Por que os alimentos fermentados funcionam?

Durante a fermentação, as bactérias podem produzir vitaminas e metabólitos úteis.

Os alimentos fermentados contêm potencialmente micro-organismos probióticos, como bactérias ácido-lácticas.

E, apesar do pouco tempo que estas bactérias passam no intestino, elas ajudam na digestão dos alimentos e fortalecem nosso sistema imunológico.

kefir
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O kefir é uma bebida fermentada a partir do leite que remonta aos pastores das montanhas do Cáucaso

Os probióticos nos alimentos fermentados também fortalecem as paredes intestinais para evitar que seu conteúdo vaze para o sangue, de modo que os alimentos fermentados podem contribuir para a prevenção da síndrome do intestino permeável.

Também foi descoberto que contribui para a prevenção e tratamento de doenças como alergias e eczema.

O consumo de kimchi e outros vegetais fermentados pode reduzir a asma e a dermatite atópica.

Outros estudos mostram o efeito de alimentos fermentados na redução do risco de diabetes tipo 2 e pressão alta. E o consumo de produtos lácteos fermentados reduziu o risco de câncer de bexiga.

Dietas ricas em iogurte apresentaram um risco reduzido de síndrome metabólica em adultos mais velhos do Mediterrâneo, na qual um conjunto de condições se manifesta junto (incluindo aumento da pressão arterial, nível elevado de açúcar no sangue e excesso de gordura corporal).

Os probióticos em alimentos fermentados apresentam propriedades que promovem a saúde, como reduzir o colesterol; um estudo demonstrou que várias cepas de bactérias ácido-lácticas possuem propriedades para reduzir o colesterol no sangue.

Parece haver outros benefícios possíveis, mas são necessárias mais pesquisas.

Uma revisão de estudos recente demonstrou as propriedades anticancerígenas das bactérias ácido-lácticas presentes em alimentos fermentados em uma variedade de células tumorais do intestino, fígado e mama, pois modulam o desenvolvimento de tumores.

Uma dieta composta por alimentos ricos em ácido linoleico conjugado, particularmente queijo, pode proteger contra o câncer de mama em mulheres na pós-menopausa.

No entanto, nem todos os estudos concordam, e um estudo piloto em camundongos sugeriu até mesmo um aumento no crescimento tumoral.

Melhora o humor e o sono

Os alimentos fermentados também demonstraram melhorar o humor e o sono.

Os prebióticos, encontrados em alimentos fermentados, são ingredientes não digeríveis que estimulam seletivamente o crescimento e a atividade de bactérias benéficas em nosso intestino (não confundir com os probióticos, que são os organismos vivos).

Consumir alimentos fermentados pode fazer você se sentir mais feliz, à medida que os prebióticos nos alimentos fermentados aumentam a saúde do intestino e promovem o crescimento de vários tipos de bactérias benéficas.

Isso resulta em níveis saudáveis ??do hormônio serotonina, que ajuda a estabilizar o humor, regular sentimentos de bem-estar e felicidade, regular a ansiedade e controlar o sono.

As substâncias químicas enriquecidas pela fermentação também estão ligadas à uma saúde mental positiva.

Para dormir bem, você precisa ser gentil com seu intestino — comer alimentos fermentados, como iogurte, chucrute ou kimchi antes da hora de ir para a cama pode ajudar a vencer a insônia.

Durante a fermentação, as bactérias ácido-lácticas produzem ácidos linoleicos conjugados que demonstraram ter um efeito de redução da pressão arterial.

Se a pessoa tem hipertensão, é mais provável que apresente mais problemas de humor (como ansiedade e depressão) do que uma pessoa com pressão arterial normal.

Apesar dos vários benefícios à saúde dos alimentos fermentados listados, algumas pessoas podem sentir efeitos colaterais.

A reação mais comum é um aumento temporário de gases e inchaço.

Este é o resultado do excesso de gás produzido após os probióticos matarem bactérias e fungos intestinais nocivos.

Infelizmente, outras pessoas podem sentir dor de cabeça ou enxaqueca, provocadas pela ingestão de chucrute ou kimchi, e isso pode estar relacionado às histaminas encontradas em grande quantidade em alimentos fermentados.

Embora os sintomas de intolerância à histamina possam variar, algumas reações comuns incluem dor de cabeça ou enxaqueca, congestão nasal ou problemas de sinusite, náusea e até vômito (mas isto é relativamente raro).

Ao longo dos séculos, muita gente consumiu alimentos fermentados por conveniência, sem saber seus benefícios à saúde.

Felizmente, muitos alimentos fermentados são baratos e simples de fazer, nos oferecendo uma maneira fácil de melhorar nossa saúde e bem-estar.

* Manal Mohammed é professora de microbiologia médica na Universidade de Westminster, em Londres.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês).


Correio Braziliense sábado, 02 de abril de 2022

VIA SACRA EM PLANALTINA: DE VOLTA AO MORRO DA CAPELINHA, GRUPO VIA SACRA AO VIVO ENSAIA A PAIXÃO DE CRISTO

De volta ao Morro da Capelinha, grupo Via Sacra ao Vivo ensaia a Paixão de Cristo

Via Sacra, prevista para acontecer dia 15, conta com a participação de 1.400 pessoas, que devem se reunir no domingo (03/4), às 8h, para realizar o último ensaio geral antes das apresentações

AM
Ana Maria Pol
postado em 02/04/2022 06:00
 
Fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição.  -  (crédito: Divulgação/Diego JP)
Fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. - (crédito: Divulgação/Diego JP)

Após dois anos sem ensaios e apresentações, o Grupo Via Sacra ao Vivo, que organiza a encenação da vida, da crucificação e da ressurreição de Jesus Cristo, em Planaltina, prepara os ajustes finais para realizar o evento artístico e religioso. O ato, previsto para acontecer dia 15, conta com a participação de 1.400 pessoas, entre figurantes, atores, auxiliares, cenógrafos e muito mais, que devem se reunir no próximo domingo (03/4), às 8h, no Morro da Capelinha, para realizar o último ensaio geral antes da performance. O evento será aberto ao público. 

Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o espetáculo. Para o evento deste ano, Preto diz que foram necessárias algumas alterações. "Normalmente, o evento começa no sábado da Semana Santa, e vai até o domingo da Páscoa. Faremos shows de abertura, a procissão de Domingo de Ramos, a santa ceia e o momento da prisão de Jesus. Mas, para este ano, vamos focar somente no ato do morro, que ocorre o julgamento, paixão, morte e ressurreição", diz.

Para os ensaios, o coordenador explica que são utilizados o mini teatro Lieta de Ló e o Complexo Cultural de Planaltina. Dos 1.400 participantes do ato, 1.000 são atores e atrizes, e 400 trabalham por detrás do palco. "Estamos com muita saudade de tudo. Esse ano será a 47ª edição, com o tema Filipenses, capítulo um, versículo 8, que diz que Deus é testemunha da saudade que sinto de todos. O tema tem nos movido", diz. "No próximo ano, celebraremos 50 anos de existência, e queremos fazer algo especial. Voltar aos palcos após dois anos, às vésperas de uma celebração tão importante como essa, nos motiva ainda mais", garante.

Expectativa

Após dois anos longe dos palcos, o advogado Marcelo Augusto Ramos, 34, garante que o momento é de comoção. Ele conta que interpreta Jesus Cristo na Via Sacra há cerca de nove anos, e que a expectativa está alta. "O fato de termos parado durante esses dois anos causa um despreparo maior. Eu costumo brincar que minha academia era os ensaios da Via Sacra, então tinha dois anos que não vou para a academia", brinca.

Para aqueles que desejam assistir o espetáculo, o advogado deixa o convite: "Ainda vivemos um momento delicado na humanidade, e essa busca por Deus se faz necessária. Para aqueles que se sentem preparados e à vontade para participarem do evento, fazemos o convite. Será um espetáculo bonito, principalmente pela espera que vivemos. Todos os envolvidos têm tido uma entrega efetiva e se dedicado, cada dia mais.

História

A Via Sacra ao vivo, também conhecida como Via Sacra do Morro da Capelinha, é um evento cultural religioso brasileiro, em Planaltina, no Distrito Federal. O evento celebra, por meio do teatro, toda a cronologia que marca a vida de Jesus Cristo: iniciando pelo julgamento e crucificação, até a ressurreição do filho de Deus. Consagrado como uma das maiores produções católicas da unidade federativa, o evento é considerado um patrimônio cultural imaterial desde março de 2008, quando o governador José Roberto Arruda editou um decreto. A celebração fazia parte do calendário oficial do Distrito Federal desde abril de 1987.

 

 
 
  • Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o  espetáculo
    Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o espetáculoFoto: Divulgação/Diego JP
  • Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o  espetáculo
    Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o espetáculoFoto: Divulgação/Diego JP
  • Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o  espetáculo
    Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o espetáculoFoto: Divulgação/Diego JP
  • Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o  espetáculo
    Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o espetáculoFoto: Divulgação/Diego JP
  • Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o  espetáculo
    Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o espetáculoFoto: Fotos: Diego JP/ Divulgação
  • Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o  espetáculo
    Anualmente, milhares de fiéis comparecem para acompanhar a encenação das 15 estações vividas por Jesus Cristo, desde a condenação à ressurreição. Na última edição da Via Sacra, em 2019, cerca de 15 mil pessoas prestigiaram o espetáculoFoto: Divulgação/Diogo JP
 
 

Serviço

Serviço

Último ensaio Via Sacra de Planaltina-DF
Aberto ao público
Local: Morro da Capelinha
Data: domingo (3 de abril)
Horário: de 8h às 13h

Encenação no Morro da Capelinha
Aberto ao público
Local: Morro da Capelinha
Data: 15 de abril
Horário: 14h


Correio Braziliense sexta, 01 de abril de 2022

AGRICULTURA: FEIRA DA GOIABA COMEÇA NESTA SEXTA-FEIRA, EM BRAZLÂNDIA

Com novidades, Feira da Goiaba começa nesta sexta-feira, em Brazlândia

A 7ª edição da Feira da Goiaba, em Brazlândia, celebra a época de colheita da fruta. Pela primeira vez, ocorre o colha e pague, em que os visitantes têm a oportunidade de consumir o produto direto do pé

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Arthur de Souza
postado em 01/04/2022 06:00
 
Os produtores Edson e Vanusca estão felizes por terem sido escolhidos para o evento de colheita -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Os produtores Edson e Vanusca estão felizes por terem sido escolhidos para o evento de colheita - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A goiaba será o centro das atenções em dois finais de semana no Distrito Federal. Ela tem a maior produção entre as frutas em Brasília, com 9,1 mil toneladas colhidas em 2021; seguida pelo abacate, com 5,8 mil toneladas; e o limão, com 5 mil toneladas. Os dados são da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). A partir de hoje, moradores da capital do país poderão se deliciar na 7ª edição da Feira da Goiaba, em Brazlândia, que celebra a época da colheita. Pela primeira vez, no evento, ocorrerá o colha e pague — em que será possível pegar a fruta direto da goiabeira para consumo.

Hélio explica que tudo teve início em 2016, depois que equipes da Emater-DF fizeram uma visita técnica na Flórida (EUA). "Lá, existe uma pequena comunidade que montou uma produção de alguns frutos e vegetais, onde a população colhia e pagava — chamada de you pick and pay (você pega e paga, em tradução livre). Com isso, resolvemos tentar trazer esse modelo, adaptado para as nossas condições", lembra o gerente. Ele explica que o objetivo do projeto é fomentar uma forma de turismo associado à produção rural. "Não é só o fruto que vai estar em pauta, mas aquela satisfação da pessoa poder sair do perímetro urbano, sair com a família para passear, poder visitar, tirar fotos, colher e consumir a fruta no próprio pé", convida.

 
 
  
 31/03/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF -  Colha &Pague, que vai ocorrer durante a 7ª Feira da Goiaba, em Brazlândia. Hélio Lopes, gerente da Emater - DF.
31/03/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Colha &Pague, que vai ocorrer durante a 7ª Feira da Goiaba, em Brazlândia. Hélio Lopes, gerente da Emater - DF.(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

 

Felicidade

Os produtores escolhidos foram Edson Corrêa, 50 anos, e sua mulher, Vanusca Marques, 44. Eles plantam goiabeiras há 15 anos, entre outros vegetais. A fruta é responsável por cerca de 40% da renda familiar — que vem totalmente da agricultura. "Isso, porque conseguimos cultivar quase o ano inteiro, geralmente, até agosto", relata Edson. Segundo Vanusca, a decisão de diversificar o pomar aconteceu pelo fato de o marido conhecer a cultura. "Ele já mexia com a goiaba antes, em uma propriedade da família. Por isso, nós resolvemos dar continuidade à produção, aqui, na nossa terra", revela.

Programe-se

A Feira da Goiaba ocorre em 1º, 2, 3 e 7, 8, 9 e 10 de abril, na Associação Rural e Cultural de Alexandre de Gusmão (Arcag), com entrada franca. O colha e pague será em 3 e 10 de abril, na Chácara Bom Jesus,
Assentamento Betinho (Brazlândia). O ingresso custa R$ 50. Crianças de 10 a 12 anos pagam meia. Para quem tiver até nove anos, a entrada é gratuita. Mais informações no site: dfrural.emater.df.gov.br.


Correio Braziliense quinta, 31 de março de 2022

CULTURA: BRASÍLIA RECEBE ORQUESTRA DE OURO PRETO COM ESPETÁCULOS THE BEATLES

 

Brasília recebe a Orquestra Ouro Preto com espetáculos The Beatles

Apresentação da Orquestra Ouro Preto, em Brasília, promete abranger todas as fases da carreira da banda, um desafio tendo em conta o vasto repertório

AM
Ândrea Malcher*
postado em 31/03/2022 06:00 / atualizado em 31/03/2022 10:47
 
A Orquestra Ouro Preto apresenta o concerto The Beatles no Teatro da Unip -  (crédito: Nathalia Torres)
A Orquestra Ouro Preto apresenta o concerto The Beatles no Teatro da Unip - (crédito: Nathalia Torres)

A Orquestra Ouro Preto se apresenta em Brasília, nesta quinta-feira, trazendo uma inusitada mistura musical: orquestra de cordas e banda de rock juntas no palco dando vida às letras e melodias criadas pela banda britânica The Beatles.

"Achamos que a mistura de orquestra com banda de rock chamaria a atenção desses alunos. A gente fez o primeiro concerto e, até hoje, Beatles é um grande sucesso. Sempre temos os amantes da orquestra e os amantes da banda de rock, que vão ver o concerto então a gente consegue atingir esses dois públicos", complementa Toffolo.

A apresentação promete abranger todas as fases da carreira da banda, um desafio tendo em conta o vasto repertório. Toffolo, no entanto, garante que o público não se decepcionará. Clássicas canções como Let it be, Hey Jude e While my guitar gently weeps serão tocadas de forma única.

"A escolha do repertório é muito complexa, com uma produção gigantesca, referência para gerações até hoje. Então tentamos manter aquelas obras que não poderiam faltar de jeito nenhum, os clássicos que todo mundo quer e gosta de ouvir sempre, com algumas peças que ficariam muito bem se orquestrada".

"Quando você junta esses dois mundos, precisa ter uma intersecção para tornar a orquestra um pouco mais livre e a banda de rock mais presa às formas e voltas. Como músico, é uma experiência muito boa, você acaba surfando duas ondas diferentes: um pouco na música erudita, um pouco na popular, e essa junção para que o concerto possa acontecer, no fim das contas, faz muito bem para a formação do músico e a plateia sente essa união também."

As duas sessões do show, que acontecem no Teatro da Unip, marcam o retorno da Orquestra Ouro Preto à cidade após seis anos. Toffolo realça a importância de trazer um espetáculo como este à uma cidade tão envolvida com o rock como Brasília.

"Fazer rock em Brasília é muito simbólico. Uma cidade que tem uma contribuição incrível para o rock nacional, grandes bandas nasceram aqui e ganharam o Brasil todo. Então todos [orquestra e banda] estão muito animados para estas duas sessões que acontecem na quinta", finaliza Fábio.


Correio Braziliense quarta, 30 de março de 2022

COPA DO MUNDO 2022: APÓS VITÓRIAS, CR7, LEWA E MANÉ CON FIRMAM PRESENÇA

Após vitórias, CR7, Lewa e Mané confirmam presença na Copa

Na Europa, somente uma vaga para a Copa do Mundo fica pendente. Classificado para a decisão da repescagem, País de Gales aguarda o vencedor de Escócia ou Ucrânia

DQ
Danilo Queiroz
postado em 30/03/2022 06:00
 
 
 (crédito: Instagram/ reprodução )
(crédito: Instagram/ reprodução )

A Copa do Mundo do Catar está cada vez mais estrelada. Na terça-feira (29/3), mais três grandes nomes do futebol carimbaram o passaporte para a disputa do torneio mais importante de seleções em 2022. Portugal despachou a Macedônia do Norte, por 2 x 0, e garantiu a quinta participação de Cristiano Ronaldo no torneio. Atual melhor do mundo, Robert Lewandowski estará na disputa após ajudar a Polônia a vencer a Suécia pelo mesmo placar. Com Sadio Mané, Senegal eliminou o Egito ao ganhar por 1 x 0.

Ao garantir a vaga da Polônia marcando um gol — o outro da partida foi de Zielinski —, Lewandowski manteve a tradição de o dono do posto de melhor do mundo estar no Mundial. O feito, porém, frustrou o sonho de outra estrela. Eliminado com a Suécia, Zlatan Ibrahimovic não estará, mais uma vez, presente no principal torneio de seleções do planeta. A chance era, possivelmente, a última do atacante de 40 anos, presente nas Copas de 2002 e 2006.

Mané teve um confronto ainda mais pessoal contra o Egito. Do outro lado, estava Mohamed Salah, com quem brilha vestindo a camisa do Liverpool. Após cada seleção vencer uma partida por 1 x 0, o destino foi selado nos pênaltis. O senegalês fez a parte dele e converteu sua cobrança na vitória na marca da cal por 4 x 2. O egípcio, porém, isolou a bola e a chance de disputar o quarto Mundial na história.

 

 
 

Uma vaga pendente

Na Europa, somente uma vaga para a Copa do Mundo fica pendente. Classificado para a decisão da repescagem, País de Gales aguarda o vencedor de Escócia ou Ucrânia. Devido à guerra no país do Leste Europeu, o jogo foi adiado para 10 de junho. Na ocasião, as seleções irão brigar pelo lugar no Catar sabendo em qual grupo estarão, pois o sorteio das chaves será feito pela Fifa na sexta-feira. Nas Eliminatórias da África, Camarões, Gana, Marrocos e Tunísia também carimbaram o passaporte para a competição.


Correio Braziliense terça, 29 de março de 2022

SAÚDE: ALOPECIA - ENTENDA A DOENÇA ESTOPIM DA AGRESSÃO DE WILL SMITH NO OSCAR

Alopecia: entenda a doença estopim da agressão de Will Smith no Oscar

Doença autoimune que afeta a mulher do ator Will Smith deixa a pessoa sem pelos nas áreas arredondadas e ovais do corpo humano. Mas tem tratamento, inclusive pela rede pública federal

GC
Gabriela Chabalgoity*
postado em 29/03/2022 06:00
 
 
 (crédito: Reprodução/Instagram @jadapinkettsmith)
(crédito: Reprodução/Instagram @jadapinkettsmith)

Uma doença autoimune foi a causa de uma polêmica na cerimônia do Oscar 2022, no último domingo. O ganhador da estatueta de melhor ator, Will Smith, se revoltou com uma piada que o apresentador da premiação, o humorista Chris Rock, fez com sua mulher, a também atriz Jada Pinkett Smith — que sofre da doença, cuja principal característica é ficar com a cabeça totalmente sem pelos. A imagem da surpreendente agressão foi um dos assuntos mais comentados ontem.

A tricologista Valine de Oliveira explicou que a alopecia se desenvolve quando as defesas do corpo humano interpretam o cabelo como um "invasor" e começa a atacá-lo. "A queda pode acontecer do dia para a noite", disse. Ela salienta que também existe um outro tipo da doença, a androgenética — que deriva de um quadro hormonal.

"O cabelo começa a ser miniaturizado, ou seja, diminui de tamanho e espessura, de forma gradativa. Vai caindo e afinando ao longo do tempo", observou.

De acordo com a especialista, a alopecia areata pode ser causada por disfunções no organismo — como, por exemplo, síndrome do intestino permeável —, mas também pode ser intensificada por fatores emocionais. "É uma doença que afeta muito as emoções e a autoestima. E não é uma alopecia feminina como estão falando. Homens e crianças também podem sofrer com esse tipo", esclareceu.

SAIBA MAIS

 

Atendimento

O Ministério da Saúde explicou que outras possíveis causas relacionadas à perda de pelos podem ser infecções provocadas por fungos ou bactérias; traumas na região capilar; hábitos compulsivos de arrancar os próprios fios de uma determinada área; excesso de oleosidade, que provoca a dermatite seborreica; aplicação exagerada de produtos químicos; má alimentação e carência de vitaminas; medicamentos ou estresse.

"Independentemente da causa, se é transitória ou definitiva, seja em homens ou mulheres, casos leves, moderados ou graves, o Sistema Único de Saúde (SUS) conta com estrutura e profissionais especializados para atender, de forma integral e gratuita, a alopecia. O tratamento pode ser iniciado na atenção primária, por meio de uma das unidades básicas de saúde, mas o paciente pode ser encaminhado para a atenção especializada, com atendimento por parte de um dermatologista, se houver necessidade", salienta a pasta.

A dermatologista Adriana Isaac ressaltou que a doença é hereditária — ou seja, se já existem casos na família, as probabilidades de uma pessoa ser acometida pela enfermidade é maior. Além disso, ela ressaltou que a alopecia areata é uma doença crônica, não tem cura. Entre os tratamentos disponíveis para o controle estão o uso de corticoides tópicos e orais para regredir a inflamação e o uso de produtos que estimulem a circulação local, como o minoxidil.

*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi

 


Correio Braziliense segunda, 28 de março de 2022

PAULISTÃO: PALMEIRAS CLASSIFICADO PARA A FINAL

 

Classificação do Palmeiras para final consolida ainda mais o fim da festa do interior nas finais do Paulistão

Publicado em Esporte

A classificação do Palmeiras para a final do Campeonato Paulista consolida o fim da festa do interior no estadual mais disputado do país. A contar de 2001, o torneio teve sete finalistas pequenos infiltrados na decisão do título: Botafogo de Ribeirão Preto, São Caetano, Paulista, Ponte Preta, Santo André, Ituano e Audax. Uma das decisões nem gigante teve. A batalha pelo título de 2004, por exemplo, opôs São Caetano e Paulista.

 A chave do Paulistão virou. Com o triunfo do Palmeiras por 2 x 1 sobre o Red Bull Bragantino neste sábado, no Allianz Parque, a decisão do títulos será pela quinta edição consecutiva entre clubes gigantes. O Alviverde terá pela frente São Paulo ou Corinthians na disputa pela taça. O Majestoso deste domingo, às 16h, definirá o rival da trupe de Abel Ferreira.

 O Palmeiras tem uma vantagem sobre os concorrentes a essa altura da temporada. O teve de atingir o ponto de competitividade mais cedo devido ao Mundial de Clubes da Fifa. Enquanto os demais times tratavam o estadual como período de adaptação, Abel Ferreira encarava o torneio como simulado para os duelos contra o Al Ahly na semifinal e o Chelsea na decisão.

 Quando retornou ao Brasil, o Palmeiras estava voando baixo. A prova final foi a série de três vitórias consecutivas nos clássicos contra Santos, São Paulo e Corinthians. Os arquirrivais faziam ajuste e a engrenagem do atual bicampeão da Libertadores funcionava a todo vapor.

 

Últimas finais do Estadual

Pequenos não chegam na decisão desde o vice da Ponte Preta, em 2017

  • 2022 – Palmeiras x Corinthians ou São Paulo
  • 2021 – São Paulo x Palmeiras
  • 2020 – Palmeiras x Corinthians
  • 2019 – Corinthians x São Paulo
  • 2018 – Corinthians x Palmeiras

 

Além do ritmo de jogo intenso desde o início da temporada devido ao Mundial de Clubes, o Palmeiras em um trabalho estável e em evolução. Abel Ferreira procura outras formas de jogo. Ele sente falta de um centroavante para ter mais variações, mas enquanto o novo não chega, ele cria novos repertórios. Basta prestar atenção, por exemplo, nas jogadas ensaiadas e na tentativa de construir os lances lá de trás, a partir do sistema defensivo. Assim saiu o gol anulado de Gustavo Scarpa, por exemplo. Marcos Rocha tabelou com Rony e o atacante acionou Dudu em velocidade na direita. Scarpa estava um pouquinho à frente.

 A bola parada é outro veneno alviverde. A cobrança de falta de Scarpa encontrou Gustavo Gómez na entrada da pequena área do Bragantino, mas o beque estava impedido. As alternâncias de jogadas pelas pontas também são atalhos quase infalíveis para o gol. Assim saiu o segundo gol alviverde marcado por Rony. Antes, o zagueiro Murilo havia aberto o placar depois de uma trama entre Marcos Rocha e Scarpa na direita e cruzamento para a área.

 O Palmeiras está claramente em outra rotação em relação aos concorrentes. Resta saber até quando o time suportará essa intensidade precoce provocada pela necessidade de chegar na ponta dos cascos ao duelo com o Chelsea. A temporada encurtada pelo início da Copa do Mundo, em novembro, cobrará caro até mesmo de elencos sortidos como os de Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras. O títulos paulista está cada vez mais perto da Academia, mas este elenco conseguirá suportar a rotina de jogos às quartas e domingos depois de abrir o ano a todo gás mirando a final contra o Chelsea? A resposta será dada nos próximos meses…


Correio Braziliense domingo, 27 de março de 2022

SAÚDE: COM IOGURTE E VINHO, COMBO ALIMENTAR É APOSTA DE MÉDICOS CONTRA DIABETES

Com iogurte e vinho, combo alimentar é aposta de médicos contra diabetes

Estudos recentes indicam a possibilidade de se proteger do distúrbio metabólico ajustando a dieta e mudando a flora intestinal

VS
Vilhena Soares
postado em 27/03/2022 06:00
 
 (crédito: AFP / FRANCK FIFE)
(crédito: AFP / FRANCK FIFE)

O consumo de determinados alimentos pode ajudar a blindar o corpo do diabetes tipo 2, revelam estudos científicos recentes. Pesquisadores observaram efeitos protetores associados ao consumo de vinho e iogurte e que mudanças na microbiota intestinal — bactérias presentes no órgão cuja composição é alterada pela dieta — podem indicar precocemente o problema.

"Uma estratégia viável é identificar os primeiros sinais do diabetes tipo 2 para tomar medidas preventivas, como modificar o estilo de vida", afirma, em comunicado, Matti Ruuskanen, pesquisador da Universidade de Turku, na Finlândia. Com esse objetivo, Ruuskanen e colegas resolveram estudar se esses sinais precoces poderiam vir da microbiota humana. A equipe avaliou os registros de saúde de mais de 5 mil pessoas e analisou, periodicamente, amostras fecais dos participantes durante quase 16 anos.

Assim, identificaram seis grupos bacterianos, todos pertencentes à família Lachnospiraceae, associados a um risco maior de desenvolvimento da doença. Os grupos bacterianos haviam sido ligados a diabetes em investigações de outras enfermidades metabólicas, como a doença hepática.

Para o grupo finlandês, as informações de agora podem ajudar a identificar o desenvolvimento da doença logo em seus primeiros sinais, permitindo, assim, uma mudança comportamental como estratégia preventiva.

 

André Marette avaliou efeitos do iogurte depois de 10 semanas
André Marette avaliou efeitos do iogurte depois de 10 semanas(foto: Michel Paque/Divulgação)

 

"Trabalhos anteriores identificaram vários fatores de risco para o diabetes tipo 2, como genética, estilo de vida e fatores ambientais. Além disso, mudanças na composição do microbioma intestinal foram associadas a essa enfermidade. Mas esses trabalhos relataram apenas diferenças entre voluntários saudáveis e aqueles já diagnosticados com a doença. Pela primeira vez, temos alterações que podem predizer a enfermidade", explica Ruuskanen.

Simone Leite, endocrinologista do Hospital Santa Marta, em Brasília, conta que a análise da microbiota tem sido um segmento de pesquisa importante para entender várias patologias, com um aumento expressivo de projetos nessa área nos últimos anos. "Além do diabetes, sabemos da relação das bactérias intestinais com a obesidade. Estudos já mostraram que um indivíduo magro tem uma microbiota diferente da de um obeso", ilustra.

A médica concorda com a possibilidade de os dados obtidos pela equipe finlandesa abrirem as portas para novas terapias. "Já fazemos o implante de conteúdo fecal, que é extraído de um grupo populacional saudável para outro que tem predisposição a doenças metabólicas a fim de reverter esse quadro. Possivelmente, teremos um cenário diferente no futuro. Acredito que vamos conseguir determinar se a microbiota de um indivíduo apresenta riscos maiores de determinadas doenças, como o diabetes, por meio de sua etnia. Isso vai ser uma análise mais de grupo, não individual, já que essa avaliação personalizada é algo muito trabalhoso, explorada mais em análises científicas mesmo", opina.

Metabólitos

Uma equipe do Canadá decidiu apostar em uma suspeita médica mais antiga para também evitar a doença metabólica. "Profissionais da área sabem, há alguns anos, que comer iogurte está associado a um risco reduzido de diabetes, mas as razões por trás desse efeito de defesa não são bem claras", escreveram os autores do estudo, divulgado na Nature communications.

Em busca de respostas, a equipe alimentou um grupo de ratos com uma dieta rica em açúcares e gorduras e, para metade dos animais, também forneceu duas pequenas porções diárias de iogurte. Após 10 semanas, constatou-se que os roedores que ingeriram o alimento lácteo apresentaram melhor controle de açúcar no sangue, resistência à insulina e função hepática.

Na segunda parte do estudo, os cientistas analisaram todos os metabólitos presentes no fígado das cobaias e encontraram uma quantidade maior de hidroxiácidos de cadeia ramificada (BCHA) naquelas que comeram iogurte regularmente.

"No grupo que não recebeu esse alimento, a quantidade desses metabólitos na corrente sanguínea e no fígado diminuiu com o ganho de peso. No grupo que consumiu, a quantidade foi parcialmente mantida", relata, em comunicado, André Marette, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Laval e um dos autores do estudo.

Agostinho Moreira, médico especialista em longevidade saudável da clínica Viva Mais, em Brasília, considera os dados da pesquisa interessantes e pondera que devem ser levados em conta outros dados antes de considerar o iogurte um alimento que protege o organismo contra a doença metabólica.

"Essa melhora no metabolismo estaria associada ao consumo diário do iogurte devido ao perfil nutricional rico desse alimento. Mas cabe lembrar que grande parte dos iogurtes encontrados em supermercados não tem bactérias diversificadas, e, sim, compostos repletos de produtos químicos para melhora de textura, sabor e conservação", justifica.

 

Diabetes tipo 2
Diabetes tipo 2(foto: Valdo Virgo)

Correio Braziliense sábado, 26 de março de 2022

GASTRONOMIA: CINCO MENUS PARA APROVEITAR ÚLTIMOS DIAS DO RESTAURANTE WEEK

Confira cinco menus para aproveitar últimos dias do Restaurant Week

O festival gastronômico se encerra neste domingo (27/3). Ainda dá tempo saborear um dos menus completos com entrada, prato principal e sobremesa do evento

CS
Cecília Sóter
postado em 26/03/2022 07:00 / atualizado em 26/03/2022 11:00
 
Tilápia grelhada, camarões, molho de camarão e torta de lâminas de batata do Jijoca -  (crédito: Reprodução/Instagram @jijocabr)
Tilápia grelhada, camarões, molho de camarão e torta de lâminas de batata do Jijoca - (crédito: Reprodução/Instagram @jijocabr)

O festival gastronômico Restaurant Week Brasília, em sua 25ª edição, chega ao fim neste domingo (27/3) com diversas opções de menus completos com entrada, prato principal e sobremesa.

Correio separou cinco casas para você conferir:

 
 

Jijoca (402 Sul)

O restaurante estreante no festival serve pratos feitos com frutos do mar e outros ingredientes da região Nordeste. Para o evento gastronômico, a casa está oferecendo no almoço as opções de entrada Ceviche de moqueca ou Croquete de costela bovina. De prato principal as opções são o picadinho de filé de sol, arroz cremoso de coco e cubos de queijo de coalho ou a tilápia grelhada, camarões, molho de camarão e torta de lâminas de batata. E para sobremesa você pode escolher entre Torta de Maçã ou Leite Frito.

 

Artesian Osteria (303 Sudoeste)

O restaurante italiano é especializado em massa artesanal de longa fermentação. Para o festival, no almoço você pode optar de entrada entre Strisce di pizza (massa crocante acompanhada de molho pesto), Bruschetta de tomate confit com manjericão gratinado com muçarela e parmesão ou uma salada com alface, rúcula, tomate cereja, parmesão e pesto de manjericão.

Os pratos principais são: filé mignon empanado com molho pomodoro artesanal, alcaparras e temperos, gratinado com parmesão e purê rústico de batata; risoto de shitake com alho poró ou risoto de filé suíno caramelizado, finalizado com raspas de limão siciliano. E de sobremesa, Cannoli recheado com creme patissière cítrico, finalizado com pistache, acompanha sorvete de creme ou sorvete de creme com sagú de vinho servido em cesta crocante.

Contê Food & Drinks (403 Sul)

A casa oferece um menu contemporâneo. No almoço você pode escolher para entrada entre Mini salada ou Duo de trufas salgadas com molho de laranja picante. Para o prato principal as opções são Abobrinha recheada com ricota, polpa de abobrinha e muçarela; Filé de frango recheado com risoto de alho poró e crocante de couve ou Milanesa de peixe ao molho pesto e fettuccine crocante de bacon.

Nonna Augusta Pizzaria e Trattoria (413 Norte)

A casa é especializada na cozinha italiana com massas e molhos artesanais e frescos. Para o evento gastronômico, no almoço a escolha de entrada fica entre as saladas de Farfalle com tomate cereja e tomate seco, azeitona preta, cebola roxa, manjericão e limão siciliano e de Figo fresco com mix de folhas, gorgonzola, nozes e aceto balsâmico. De prato principal, as opções são Cotoletta e Ravióli de queijo de cabra e parmesão ao molho pomodoro; talharim ao molho Pomodoro com Polpetine; e Escalope de Filé mignon ao molho roti acompanhado de risoto de cabernet sauvignon e hortelã.

 

Correio Braziliense sexta, 25 de março de 2022

CEILÂNDIA: CIDADE DAS PRAÇAS

 

A cidade das praças: pontos de encontro oferecem lazer e cultura em Ceilândia

A região administrativa conta com aproximadamente 15 praças;o Correio percorreu as principais e mostra o que há de melhor em cada uma

AB
Aline Brito
postado em 25/03/2022 06:00
 
Praça do Cidadão, onde funciona o projeto Jovens de Expressão, em Ceilândia -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
Praça do Cidadão, onde funciona o projeto Jovens de Expressão, em Ceilândia - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

Na cidade do superlativo, o pouco não basta. Tudo em Ceilândia é grandioso: a arte, a cultura, o coração do povo ceilandense, a diversidade e, não menos importante, as praças. Um ou dois pontos de encontro não iriam traduzir o muito que o lugar representa. Por isso, a amada Cei é a região administrativa do Distrito Federal com mais praças espalhadas. São cerca de 100 locais distribuídos pelos mais de 230 km², onde a população pode descontrair, estudar, praticar esportes, trocar experiências e ter acesso a uma infinidade de possibilidades.

Praça da Bíblia, do Cidadão, do Trabalhador, dos Direitos, das Marias. Um misto daquilo que torna Ceilândia o que ela é, o cidadão, o povo trabalhador, as múltiplas religiões, as mais diversas Marias, a juventude. Muito mais que um “espaço público urbano livre de edificações”, como supõe o significado da palavra, as praças da cidade mais populosa de Brasília são o exemplo de que a Cei é para todos.

 De todos os pontos de encontro da cidade, o Correio selecionou os mais conhecidos e frequentados para ver de perto a relação dos moradores com o espaço. A reportagem ouviu histórias, conheceu projetos e pessoas, para mostrar o que há de melhor nelas.

 

Cincos principais praças de Ceilândia
Cincos principais praças de Ceilândia(foto: Valdo Virgo)

 

“Tem dois anos que se você passar aqui todos os dias, eu vou estar aqui. Sem exceção”. Essa é a rotina da bancária Thalita dos Santos, 29 anos, frequentadora da Praça do Trabalhador, na QNM 13. Ela comprou uma casa na Ceilândia Sul e adotou o local como ponto de encontro para ela e seus cachorros. A jovem criou um grupo no WhatsApp com outros moradores da região para, juntos, passearem com os animais de estimação.

Já são mais de 30 tutores de pets no grupo. Todos os dias eles marcam de ir à praça para que os peludos possam brincar e os humanos, socializar. “Eu comecei a vir primeiro, eu tinha ela e uma outra (cadela), mas a outra infelizmente foi atropelada, então eu passei a vir só com essa. Assim, começaram a vir outros cachorros e nós tutores decidimos fazer um grupo. Antes de sair para ir à praça, a gente sempre manda mensagem neste grupo e as pessoas se organizam para andar juntas”, contou a tutora da Cristal e da Lola.

 

Thalita e Lucimeire com seus pets, integrantes do grupo de WhatsApp organizado para passear na Praça do Trabalhador
Thalita e Lucimeire com seus pets, integrantes do grupo de WhatsApp organizado para passear na Praça do Trabalhador(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

 

Da Bíblia

A Praça da Bíblia é a mais conhecida de Ceilândia e uma das mais famosas do DF. Inaugurada em 30 de novembro de 2007, no Dia do Evangélico, a ideia do ponto era ser um local para realização de eventos cristãos, que atendesse, principalmente, a comunidade evangélica da cidade. Por isso não foram instalados bancos, equipamentos para o lazer de crianças e adultos, ou até mesmo árvores. Mas, ao longo dos 15 anos de existência, o propósito do espaço acabou se perdendo, já que poucos eventos religiosos ocorreram.

 

Edvaldo Cirilo ( Negro Vatto ) membro do Grupo Samba na Comunidade, que costumava tocar na Praça da Bíblia.
Edvaldo Cirilo ( Negro Vatto ) membro do Grupo Samba na Comunidade, que costumava tocar na Praça da Bíblia.(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

 

Ele, praticamente um irmão gêmeo de Ceilândia, tem raízes na cidade e dedicou boa parte da vida à comunidade. Um mês depois da fundação da Região Administrativa, em 30 de abril, nasceu Edvaldo, que nunca mais abriu mão dos laços que criou com a Cei. “Vi a cidade crescendo e juntamente fui me formando, aqui estudei em escolas públicas, terminei o ensino médio por aqui mesmo e aos 20 anos de idade ingressei na Polícia Militar do DF, por onde trabalhei longos 30 anos”, contou o artista. Desses 30 anos como policial, 20 foram na Ceilândia, prestando serviço à comunidade. Agora, depois de aposentado, Negro Vatto ocupa o tempo com poesias, desenhos, e o Samba da Comunidade.

A primeira edição do Samba da Comunidade foi em 2014. A formação inicial dos sambistas que encabeçaram o projeto contou com a participação de Negro Vatto, Mirinho do Banjo, João Henrique, Michael Santos e Jonas Dias. Ao longo de seis anos, as rodas de samba organizadas pelo projeto disseminaram a cultura do samba de raiz para as localidades onde o ritmo não era conhecido. A repercussão foi tão grande que fez alguns dos maiores nomes do gênero musical desembarcarem na praça da Bíblia para presenciar a grandiosidade do samba ceilandense.

Por conta da pandemia da covid-19, que começou em 2020, o projeto teve que pausar os encontros. “A Praça da Bíblia é uma praça que é bem popular. Na praça acontecem inúmeros eventos culturais, mas por conta da pandemia, está parada. Lá funciona um comércio dos ambulantes, espetinho, macarrão do Karl Max, e outros. Eu às vezes passo pela praça e vejo o quanto está fazendo falta pra comunidade as atividades culturais”, lamenta Negro Vatto.

Mesmo com o relaxamento das medidas de segurança, os projetos na Praça da Bíblia ainda não retornaram. De acordo com o rapper Rafinha Bravoz, representante do Sarau-vá, que reunia cerca de 300 pessoas durante o saraus, as atividades de poesia no espaço devem retornar em breve. “O ideal é que no máximo em maio a gente recomece”, afirmou. Além disso, existe um projeto que será apresentado à Câmara Legislativa do DF (CLDF) ainda no primeiro semestre deste ano, para tornar a praça um espaço mais acolhedor.

“A praça da bíblia fica em um ponto estratégico, entre a Ceilândia antiga, Setor O, início do Sol Nascente e a QNQ, então é um local em que passa muita gente e de fácil acesso para muitos moradores. Pretendemos trazer um espaço gastronômico para o local, equipamentos públicos como PECs (Pontos de Encontro Comunitários) parque infantil, anfiteatro para realização de apresentações culturais e cultos religiosos”, informou o administrador da RA, Fernando Fernandes.

Praça da Bíblia, Ceilândia.
Praça da Bíblia, Ceilândia.(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

 

De acordo com o administrador, a ideia do projeto gastronômico surgiu dos próprios moradores. “Foi uma ideia nossa ao conversar com alguns frequentadores da praça. Vamos tocar pra frente e até o final do ano teremos novidades boas. Muita gente frequenta a Praça da Bíblia para praticar exercícios e as crianças para brincar com os coleguinhas, então queremos dar uma estrutura, queremos mudar a cara”, afirmou Fernandes. “A ideia é dar mais movimentação ao local, porque acabou ficando uma praça grande, pavimentada, com a bíblia no meio e nenhum equipamento para atrair as pessoas”, resumiu.

Do Cidadão

A ocupação a fim de ressignificar espaços públicos também tomou conta de outro ponto de encontro na Cei. Na Praça do Cidadão, localizada na EQNM 18/20, um projeto deu significado ao local. Há 15 anos, o Jovens de Expressão ocupa a praça para colocar a população de Ceilândia e arredores em contato com a arte, a educação, a saúde, a dança, a música e mais. “Incentivamos as potencialidades da juventude”, afirma o programa nas redes sociais, que tem como premissa dar voz aos moradores da cidade.

São mais de 500 jovens assistidos diretamente pelo programa todos os anos e cerca de dois mil indiretamente. Na praça, o Jovens de Expressão (JEX) tem um local próprio para atendimento ao cidadão, terapia comunitária, pré-vestibular, oficinas, empreendedorismo, além de manter o ponto de encontro sempre vivo, com muitas cores e grafites que transmitem a essência de Ceilândia. “O Jovens de Expressão começou como ocupação, em contrapartida a uma pesquisa que saiu em 2006 sobre vulnerabilidade na juventude, que mostrou as cidades mais violentas do Distrito Federal. Ceilândia, Sobradinho e Planaltina, eram as regiões com mais índices de mortes violentas. Então o projeto surgiu para tirar o jovem de Ceilândia da ociosidade, oferecendo atividades culturais, esportivas, cinematográficas, entre outros”, informou Rayane Soares, coordenadora do JEX.

 

Rayane Soares, coordenadora do projeto Jovens de Expressão
Rayane Soares, coordenadora do projeto Jovens de Expressão(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

 

Basta passar pelo local para ver que, hoje, Ceilândia é muito mais que os índices de violência. “No momento nós estamos com o Cine de Expressão, que são oficinas voltadas para o cinema, com filmes introdutórios”, contou Rayane. Pelas redes sociais é possível perceber que a juventude da cidade se envolve com as oficinas e mostram seus talentos, seja com libras, canto, poesia, fotografia, produções cinematográficas, etc. Além disso, na Praça do Cidadão o Jovens de Expressão também montou uma galeria de arte que está com a exposição Quinquilharias, do grupo Antiquário, em exibição até 30 de março.


Correio Braziliense quinta, 24 de março de 2022

PESCA: BRASIL DÁ POUCA IMPORTÂNCIA SETOR PESQUEIRO

Brasil dá pouca importância ao setor pesqueiro, mostra pesquisa

Situação de 93% das espécies comercializadas é desconhecida, o que eleva o risco de desaparecimento de variedades e desequilíbrio do ecossistema

ME
Maria Eduarda Cardim
postado em 24/03/2022 06:00
 
 (crédito: Paul Einerhand/Unsplash/Divulgação)
(crédito: Paul Einerhand/Unsplash/Divulgação)

Apesar de a produção de alimento nos meios aquáticos ter ganhado importância nos últimos anos, o Brasil ainda ignora a pesca como fonte de emprego e renda. É o que aponta um levantamento da ONG Oceana Brasil sobre o cenário da pesca, em 2021. A pesquisa concluiu que o país desconhece a situação de 93% das espécies de peixes pescados, o que eleva o risco de que variedades importantes para consumo e equilíbrio do ecossistema marinho não suportem a exploração nos moldes atuais.

Segundo a pesquisa, as espécies com mais informações sobre o status populacional continuam sendo os atuns e afins, que dispõem de avaliações regulares conduzidas pela Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT, em inglês). A falta de analises dos estoque é um fator que limita a ordem da pesca, uma vez que impossibilita que se possa equilibrar a intensidade de pesca com a produtividade dessas espécies.

Ainda ao observar os estoques pesqueiros, apenas 9% estão submetidos a planos de gestão de pesca, o mesmo número avaliado em 2020. "Pouco se evoluiu em termos de construção de planos de gestão para pesca que se apliquem aos estoques listados como alvo da pesca comercial brasileira", avaliou o diretor científico da Oceana Brasil, Martin Dias.

 

Sem planejamento

O desconhecimento e a falta de planos de gestão e recuperação desses estoques tornam impossível uma identificação de quadros predatórios provocados pela pesca excessiva (sobrepesca), por exemplo, o que compromete o equilíbrio entre o uso e conservação desses recursos.

"Sem uma modernização da política pesqueira nacional, a tendência é seguir com pequenos avanços intercalados por grandes retrocessos, perpetuando um ciclo vicioso que é prejudicial tanto sob a ótica econômico-social quanto ambiental", analisou Dias. O levantamento ainda reforça que essa escassez de dados tornam a "reversão desse cenário morosa".

O descaso com a pesca no país é histórico, segundo Dias. Por isso, a ONG sugere uma modernização do marco legal que estabelece a política comercial e de preservação. "Seguimos com um marco legal frágil, incapaz de criar essas bases sólidas para a gestão pesqueira", pontuou.

A Oceana Brasil considera "necessária e urgente" a mudança para o setor. "Tanto do ponto de vista de aprimoramento dos princípios, das ferramentas e instrumentos para se alcançar o objetivo do desenvolvimento sustentável da atividade de pesca, como para consolidação de uma base jurídica sólida que uma política de Estado deve ter", indica.


Correio Braziliense quarta, 23 de março de 2022

MÚSICA: CHICO CÉSAR E LAILA GARIN SÃO VOZ E SOM DO ESPETÁCULO *A HORA A ESTRELA*

Chico César e Laila Garin são voz e som do espetáculo 'A hora da estrela'

Está disponível nas plataformas de streaming, o álbum com a trilha sonora do espetáculo 'A hora da estrela' ou 'O canto de Macabéa', de Clarice Lispector, nas vozes de Chico César e Laila Garin

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Irlam Rocha Lima
postado em 23/03/2022 06:00
 
 (crédito: Daniel Barboza/Divulgação)
(crédito: Daniel Barboza/Divulgação)

A trilha sonora do musical de A hora da estrela ou O canto de Macabéa, de Clarice Lispector, que esteve em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, de 24 de junho a 4 de julho de 2021, está disponível nas plataformas digitais. O espetáculo, inspirado em obra clássica de Clarice Lispector, narra a saga de uma migrante nordestina em existência medíocre no Rio de Janeiro.

Em Saudade da zona, Laila faz duo com a atriz Cláudia Ventura; e, com o ator Cláudio, Demoníaca a vida doía. Na única faixa solo, ela canta Um quarto só para mim. Nos acompanhamentos está o trio formado por Fábio Luna (flauta, bateria, pandeiro e congas), Pedro Aune (baixo) e Pedro Franco (guitarra). Há ainda a participação do arranjador Marcelo Caldi, tocando piano e sanfona.

Chico César diz que criar a trilha sonora para A hora da estrela foi um desafio e tanto. "Clarice Lispector adorava música, como se depreende de sua dedicatória nesse livro a Schumann, Beethoven, Bach, Strauss e Debussy, Prokofief, Schonnberg e ao penambucano Marlos Nobre". Ele acrescenta:"Busquei a música na própria angulosidade dos assuntos, seus fraseados e seus cortes secos. Nos silêncios embaraçosos e no atrito das almas rurais, provincianas. A inspiração veio da generosa busca da atriz aqui na peça pela humanidade invisibilizada da moça nordestina".

Para Laila,foi um presente interpretar o Canto de Macabéa, por meio da música de Chico César, que dá conta de nos fazer sentir no corpo e na alma o que os versos de Clarice abrem no pensamento", ressalta. "Assim como a atriz da peça se funde com Macabéa, acho que Chico se fundiu com Clarice. Marcelo Caldi com os músicos e arranjos revelam melodias e harmonias escondidas entre versos, que traduzem o mais silencioso em nós".

Chico César e Laila Garin — O Canto de Macabéa

ou A Hora da Estrela

Álbum com a trilha sonora do espetáculo, com 16 faixas.

Disponível nas plataformas digitais.


Correio Braziliense terça, 22 de março de 2022

PANDEMIA: QUANDO O DF PAROU - BRASILIENSES CONTAM COMO LIDARAM COM A CHEGADA DA PANDEMIA

 

Quando o DF parou: brasilienses contam como lidaram com a chegada da pandemia

Publicação do decreto que estabeleceu a primeira interrupção geral de serviços e atividades no Distrito Federal completou dois anos na semana passada. Para relembrar o período, o Correio traz histórias de quem acompanhou isso de perto, fosse em casa, fosse no front

AM
Ana Maria Pol
postado em 22/03/2022 06:00
 
 
Painéis eletrônicos alertavam para os riscos do novo coronavírus -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Painéis eletrônicos alertavam para os riscos do novo coronavírus - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O movimento nas ruas, nas quadras comerciais e no asfalto — tão conhecido e integrado às vidas dos brasilienses — mudou completamente em março de 2020, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) informar que a disseminação da covid-19 representava uma situação pandêmica. Há dois anos, governos começaram a adotar medidas restritivas em todo o mundo e, no Distrito Federal, não foi diferente. Em 18 de março, o vazio se fez presente em diversos espaços da capital do país, depois da publicação do decreto que estabeleceu, pela primeira vez, o fechamento de estabelecimentos.

Moradora do Sudoeste, ela se recorda de quando o cenário pandêmico chegou ao Distrito Federal. Com isso, precisou migrar para o home office. "Foi caótico, porque ninguém conhecia bem a dinâmica do vírus, o que era, as consequências. Eu estava como assessora em um escritório de advocacia, e os sócios precisaram tomar a decisão (pelo trabalho remoto) abruptamente, sem entender como as coisas aconteceriam. Foi bem difícil. Cheguei a trabalhar muito mais horas do que o normal. E sempre havia fatores externos que tiravam a concentração", completa.

 

  •  Brazilian soldiers disinfect the Subway Central Station and its surroundings, as a measure against the spread of the coronavirus, COVID-19, pandemic in Brasilia, early on March 29, 2020. - A federal court in Rio de Janeiro on Saturday banned the government from disseminating propaganda against confinement measures aimed at controlling the coronavirus pandemic. The campaign video encourages people not to stop their normal lives, despite health ministry figures show that COVID-19 has claimed almost 100 lives and affected close to 3,500 people in Brazil. (Photo by EVARISTO SA / AFP). Lockdown. Medidas restritivas.
    Na Rodoviária do Plano Piloto (E), equipes descontaminaram o terminalEVARISTO SA
     
     
  • 19/03/2020. Credito: Ana Rayssa/CB/D.A. Press. Brasil. Brasilia - DF. Cidades.  Apos decreto do governador Ibaneis Rocha, shoppings amanhecem fechados. Conjunto Nacional. Lockdown. Medidas restritivas.
    Em frente ao shopping na plataforma superior, ruas vaziasAna Rayssa/CB/D.A Press
  

Cobranças

Enquanto algumas atividades foram suspensas ou transferidas para o remoto, trabalhadores de áreas consideradas essenciais continuaram na linha de frente. Varredora do Serviço de Limpeza Urbana, Ilza Carvalho da Silva, 34, cuidou do DF em um período de incertezas. Diariamente, de madrugada, ela saía de casa, no Recanto das Emas, rumo às ruas. Ao regressar, a gari tinha de redobrar os cuidados. Apesar de cansada, era necessário evitar o risco de infectar a família. "Nós não paramos. E tivemos muito medo de pegar a doença e transmiti-la. Tenho três filhos. Então, minha maior preocupação era passar (a covid-19) para alguém. Sempre que chegava do trabalho, ia direto para o banho, tirava meu uniforme e, no outro dia, trabalhava com outras roupas, para evitar qualquer tipo de contato. Foi difícil e cansativo, mas valeu a pena, pois ninguém (próximo) contraiu a doença", acrescenta.

A assistência à qual a técnica em saúde se refere tem a ver com o enfrentamento a um inimigo pouco conhecido. "Saímos de analfabetos a doutores em tempo recorde, empacotando corpos de colegas, atendendo pacientes transtornados, amenizando a dor de pessoas e tratando feridas de um lugar em que nunca tínhamos tocado antes, a alma. Nossas forças se esvaíram e, hoje, nossa saúde mental mina a cada dia. Trabalhamos incansavelmente dois anos para um mundo que só nos cobrou números e resultados", desabafa Fátima Simone.

 

  • A varredora do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) Ilza Carvalho da Silva, 34, foi uma das responsáveis pela limpeza da cidade durante o período
    Ilza não teve como trabalhar em home office: cuidado redobradoSLU/Divulgação
    Fátima Simone, na UBS 5 de Taguatinga: trabalho incansávelMarcelo Ferreira/CB/D.A Press
  •  

Passados dois anos de uma batalha que ainda não terminou, a pergunta que fica é: o que mudou? Para a infectologista Joana D'Arc, o ser humano relembrou das próprias vulnerabilidades e que precisa estar preparado para adversidades. Mesmo assim, a médica percebe que o brasileiro precisa mudar comportamentos: "Vivemos a exposição de todas as nossas fragilidades nesta pandemia e, apesar disso, continuamos a fazer o mesmo que ocorre com as catástrofes, ou sejam perceber o problema e o trabalho feito só quando chove. Sabemos onde está o erro, mas permanecemos em um circuito de inércia, por vários motivos".


Correio Braziliense segunda, 21 de março de 2022

OUTONO: ESTAÇÃO COMEÇA NO DISTRITO FEDERAL COM UMIDADE MÍNIMA DO AR EM ATÉ 25%

 

Outono começa no Distrito Federal com umidade mínima do ar em até 25%

Verão terminou às 12h33 desse domingo (20/3), com tempo parecido com o desta segunda-feira (21/3). Previsão do Inmet é de temperatura entre 14ºC e 31ºC

PM
Pedro Marra
postado em 21/03/2022 08:43
 
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Com o fim do verão às 12h33 desse domingo (20/3), o outono no Distrito Federal começa com calor na maior parte do dia e umidade relativa do ar de 90% a 25%. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de temperatura entre 14ºC, registrada nesta manhã no Gama, e 31ºC. “Teremos um dia relativamente seco”, afirma o meteorologista do órgão, Olívio Bahia.

Para quem for praticar atividades físicas ao ar livre, a recomendação do meteorologista é se hidratar ao máximo. “Já que não está chovendo e tem pouca nuvem, são aqueles cuidados com a radiação ultravioleta para o pessoal que anda, faz esporte e tem que redobrar a atenção com a pele”, alerta Olívio.

 O tempo quente, com pouca condição para chuva deve permanecer para os próximos dias. “Até quinta ou sexta-feira, tem pouca chance de chuva no DF, mas a gente espera que chova no fim de semana”, adianta o meteorologista do Inmet.

 

 

Cuidados com calor

  • Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz;
  • Não esqueça de usar máscara de proteção individual, importante nesta pandemia da covid-19 para evitar o contágio pelo novo coronavírus;
  • Procure manter o corpo sempre bem hidratado, e beba bastante água, mesmo sem sentir sede;
  • Na hora do lanche ou da sobremesa, dê preferência a frutas ricas em líquidos, como melancia, melão e laranja, por exemplo;
  • Em especial, fique atento à hidratação das crianças, idosos e dos doentes;
  • Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento;
  • Evite a prática de exercícios físicos ao ar livre entre 10h e 17h;
  • Use produtos para hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar;
  • Coloque chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol;
  • Aproveite o vapor produzido pela água durante o banho para lubrificar as narinas;
  • Coloque toalhas molhadas, recipientes com água ou vaporizadores nos quartos de dormir;
  • Evite aglomerações e a permanência prolongada em ambientes fechados ou com ar condicionado, pois o ressecamento das mucosas aumenta o risco de infecções das vias aéreas;
  • Mantenha a casa sempre limpa e arejada. O tempo seco aumenta a concentração de ácaros, fungos e da poeira em móveis cortinas e carpetes;
  • Procure não usar vassouras que levantam o pó por onde passam;
  • Dê preferência para aspiradores ou panos úmidos;
  • Ligue ventiladores de teto no modo “exaustor”, com ar direcionado para cima. Ligados para baixo, no modo “ventilação”, levantam a poeira que se mistura no ar;
  • Não queime lixo nem provoque queimadas por descuido ou desatenção;

Fonte: Defesa Civil do Distrito Federal (DCDF)


Correio Braziliense domingo, 20 de março de 2022

DISTRITO FEDERAL: HOMENAGEM AOS 51 ANOS DA CEILÂNDIA

 

Ana Dubeux: A Ceilândia, com amor

 

AD
Ana Dubeux
postado em 20/03/2022 06:00 / atualizado em 20/03/2022 07:24
 
 (crédito:  Monique Renne/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Monique Renne/Esp. CB/D.A Press)

Desde que me entendi por gente em Brasília, entendi também que Brasília tem gente — uma gente boa, criativa e cheia de humanidade, que contraria o conceito de capital fria, feita de concreto, sem aconchego, esquinas ou vizinhança camarada. Parte dessa compreensão veio do fato de olhar além do Plano Piloto. Meu quadrado nunca teve divisas, nem espaço delimitado por retas ou mesmo as curvas arquitetônicas.

No próximo dia 27, Ceilândia faz festa: 51 anos de vida, de resistência, de uma identidade única, embora plural. Aqui no Correio, não deixamos de celebrar a data. No próximo domingo, será publicada a versão impressa de um especial que aponta para o futuro do lugar que hoje acolhe 470 mil moradores.

Um hotsite especial, já no nosso site, conta histórias memoráveis dos ceilandenses: dos projetos culturais, como o Jovem de Expressão, aos empreendedores. Os artistas também ganham espaço e voz.

Editor de Cidades e de Cultura, José Carlos Vieira, o Zé, amante dos recantos culturais além do Plano Piloto, conhece não só a geografia desse lugar, mas sua gente, sua força cultural.

Nossa ideia é sempre de resgate. Histórias, tradição e novas perspectivas de um lugar que resiste, luta, comove, promove e orgulha o Distrito Federal.

Vale a pena conferir para conhecer melhor esse recanto tão importante e revelador que nasceu e cresceu na diversidade de sua gente, que migrou de muitos estados brasileiros para erguer uma nova história e uma nova cidade. Nossos parabéns a todos os ceilandenses! Que Ceilândia receba nossa homenagem e continue fazendo história e poesia!


Correio Braziliense sábado, 19 de março de 2022

SAÚDE: EVENTOS EM TODO O PAÍS MARCAM PASSAGEM DO DIA DA SÍNDROME DE DOWN

 

Eventos em todo o país marcam passagem do Dia da Síndrome de Down

Neste ano, o país vai comemorar pela primeira vez o Dia Nacional da Síndrome de Down, que foi instituído no último dia 4 também para o dia 21.

AB
Agência Brasil
postado em 19/03/2022 08:35
 
 (crédito:  Wilson Dias/Ag..ncia Brasil)
(crédito: Wilson Dias/Ag..ncia Brasil)

Muitos eventos alusivos ao Dia Mundial da Síndrome de Down, que será comemorado nesta segunda-feira (21), começam a ser realizados hoje (19) no Brasil. Neste ano, o país vai comemorar pela primeira vez o Dia Nacional da Síndrome de Down, que foi instituído no último dia 4 também para o dia 21.

Um dos eventos previstos para este fim de semana é o 11º Simpósio Internacional da Síndrome de Down (Trissomia 21), organizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas de São Paulo (Cepec SP).

O simpósio abordará temas como escolaridade, saúde, direito, nutrição, atividades físicas, genética, inclusão, autonomia, trabalho e envelhecimento. Amanhã (20), a fundadora da Escola de Gente, do Rio de Janeiro, Claudia Werneck, fará palestra com acessibilidade plena sobre o tema  "Comunicação inclusive. Vai ter legado depois da pandemia?".

 Também hoje será divulgada live beneficente pelo Instituto Amor21, a partir de 13h, no Maceió Shopping, em Alagoas, com o tema "O que Quer Dizer Inclusão?". Além de comemorar o dia 21 de março, o objetivo é chamar a atenção da sociedade para a importância da inclusão das pessoas com Down por meio da conscientização. O Instituto Amor21 é formado por pais, parentes e amigos de pessoas com síndrome de Down. Foi fundado em novembro de 2014 e é filiado à Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down.


O Dia Mundial da Síndrome de Down é celebrado em 21 de março desde 2006, em alusão à Trissomia do Cromossomo 21, porque os portadores da síndrome de Down carregam três cromossomos número 21, em vez de dois, como as demais pessoas.

Respeito

No Shopping Benfica, em Fortaleza, o Instituto Compartilha e a empresa Taurus Engenharia abrem hoje uma série de atividades em ação intitulada "O que Quer Dizer Inclusão?". O objetivo é fazer com que os frequentadores do shopping center reflitam sobre a importância da inclusão de pessoas com síndrome de Down, que precisam ser respeitadas como indivíduos independentes e capacitados. A programação inclui oficinas de confecção de peças em biscuit e bijuterias para adultos com síndrome de Down, palestras, bate-papo, contação de histórias, exposição de quadros e apresentações artísticas e culturais. Haverá ainda venda de produtos confeccionados por pais de pessoas com Down.

Podem participar pessoas de qualquer idade. Apenas crianças com menos de 8 anos devem estar acompanhadas de adultos. A finalidade do evento é levar a população a refletir sobre os preconceitos em relação às pessoas apenas com base na aparência física.

Interação

Em Maricá, Rio de Janeiro, a prefeitura abre neste sábado na Lagoa de Araçatiba a programação da Semana da Síndrome de Down, que vai até sexta-feira (25). Das 9h às 12h, a Secretaria de Assistência Social oferece modalidades de interação para o público-alvo, como canoa polinésia adaptada, corrida de triciclo adaptado, ioga, alongamento e circuito. A ação é uma parceria com o projeto Empresto Minhas Pernas, da Organização da Sociedade Civil Rede Cicle, que faz com que as pessoas com deficiência tenham autonomia física ou mental por meio da interação com voluntários em práticas esportivas.

Segundo o secretário de Assistência Social de Maricá, Jorge Castor, o objetivo é incentivar o profissional a direcionar o olhar para as alterações comuns em variadas deficiências e mostrar que a pessoa com Down pode interagir com as demais, fazer esporte, dançar, brincar. É um evento de inclusão social. Na quarta-feira (23), às 9h, começa a Primeira Jornada Científica T21, com enfoque na condição genética Trissomia do Cromossomo 21, conhecida como síndrome de Down.


A Semana da Síndrome de Down será encerrada na sexta-feira com exibição do filme Cromossomo 21, no Rotary Clube de Maricá, às 14h.

Vídeos

A Down Syndrome International, entidade sediada no Reino Unido e responsável pela criação do Dia Mundial da Síndrome de Down, convida pessoas com essa condição a participar dos eventos pelo Dia Internacional da Síndrome de Down na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos) e Genebra (Suíça). Quem quiser pode enviar vídeos ao site da entidade dizendo o que é inclusão. No evento de Nova York, pessoas que não têm síndrome de Down também podem participar.

Cromossomo do amor

Na segunda-feira, das 18h às 19h, a Universidade Guarulhos, em São Paulo, promove o evento online Cromossomo do Amor – Conhecer para Incluir. A programação, que será transmitido pelo canal da universidade no YouTube, inclui temas como conscientização sobre direitos, inclusão e bem-estar, importância do acompanhamento do atendimento pedagógico e apresentará sugestões de atividades que podem ser feitas em casa.

Foz do Iguaçu, no Paraná, promoverá de segunda a sexta-feira a 3ª Semana da Pessoa com Síndrome de Down. O evento, que será virtual e terá palestras sobre educação inclusiva, faz parte das atividades de extensão realizadas por professores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). O objetivo é levar educadores, profissionais de saúde e o público em geral a compreender quais são os direitos dos portadores da síndrome de Down quanto à educação, à saúde, à qualidade de vida, ao trabalho, além de combater o preconceito em relação às pessoas com essa condição.

O evento é aberto a todos os interessados e fornecerá certificado aos que se inscreverem e assinarem a lista de presença no dia de cada atividade. A transmissão será pelo YouTube, e as pessoas inscritas receberão e-mail com informações para acesso à sala virtual. As inscrições podem ser feitas aqui.

De 21 a 23 deste mês, a Secretaria Especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência e o Instituto Limbios, localizado no estado de São Paulo, estão com inscrições abertas para evento online e gratuito para lembrar o Dia Internacional da Síndrome de Down. Com o tema "Síndrome de Down (T21), o Cromossomo que Nos Une", o encontro virtual será transmitido pelo canal do Instituto Limbios no YouTube. De acordo com a organização, estará em debate a importância do acolhimento e da estimulação precoce para o pleno desenvolvimento do portador de síndrome de Down, do diagnóstico até a vida adulta. As inscrições podem ser feitas por este e-mail ou pelo telefone (14) 3732-8844.

Mesa-redonda

Na segunda-feira, em Macaé, no Rio de Janeiro, a Secretaria de Educação realizará mesa-redonda, a partir das 14h, na Câmara Municipal, levando a população a refletir sobre a síndrome de Down no projeto Todos por uma Macaé Inclusiva. Para participar, os interessados precisam se inscrever no site do Centro de Formação Professora Carolina Garcia. O objetivo é debater a inclusão e promover a discussão de alternativas para aumentar a visibilidade social das pessoas com síndrome de Down.

Também a Secretaria de Inclusão de Ourinhos, em São Paulo, programou para segunda-feira o 1º Updown, evento especial para marcar a passagem do Dia Mundial da Síndrome de Down. A ação foi definida em reunião da prefeitura com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). O evento será na Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos, a partir das 15h. A programação prevê mesa de conversa com pessoas com síndrome de Down e apresentação de dança.

Conscientização

De 21 a 27 deste mês, Pelotas, no Rio Grande do Sul, promove a Semana de Conscientização e Orientação Sobre a Síndrome de Down. Organizado pela prefeitura, o evento terá participação de diversas entidades e palestras e oficinas ao longo dos sete dias de programação. Colaboram na organização as secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação e Desporto de Pelotas. Entre as atividades previstas, está a construção de uma rede de acolhimento a partir de encontros presenciais com as equipes da atenção primária de saúde, rodas de conversa e debates sobre o tema "Você sabe o que é inclusão?", além de pintura nas escolas municipais nas cores azul e amarelo, em referência ao tema.

Ainda no Rio Grande do Sul, a Associação de Pais, Familiares e Amigos de pessoas com Síndrome de Down Bem Viver realiza, em Santa Maria, a exposição "Somos mais que T21" no Monet Plaza Shopping. A mostra reúne itens confeccionados por crianças, jovens e adultos com a síndrome e fotos dos filiados à associação. A mostra fica na sala 90 do shopping até o dia 1º de abril e a visitação é gratuita.

Em Porto Ferreira, São Paulo, o Sest/Senat promoverá a 2º edição da Semana Municipal de Conscientização sobre a Síndrome de Down nos dias 28, 29 e 30 de março. Aberto ao público, o evento será realizado de forma presencial, a partir das 19h30, seguindo as medidas de higiene, distanciamento e com os participantes usando máscaras.

A semana resulta de parceria entre as secretarias de Educação, Saúde e Desenvolvimento Social e Cidadania, em conjunto com a sociedade, e busca discutir inclusão, respeito e combate ao preconceito contra as pessoas com síndrome de Down.


Correio Braziliense sexta, 18 de março de 2022

GASTRONOMIA: LIBERTANGO GANHA VERSÃO BRASILIENSE NO SETOR HOTELEIRO SUL

 

Libertango ganha versão brasiliense no Setor Hoteleiro Sul

 

 

Publicado em Restaurantes
 

Ao se atrever a transformar o clássico tango num estilo livre e potente, o genial músico argentino Astor Piazzola não poderia imaginar que o título de uma de suas mais incensadas composições – Libertango — fosse servir, 40 anos mais tarde, para batizar restaurante especializado em parrilla, reconhecido entre os melhores do Brasil no serviço de deliciosas carnes grelhadas igualmente argentinas.

“No retorno de uma viagem a Buenos Aires, onde comprei um CD de Piazzola, vinha ouvindo as músicas e me encantei especialmente com uma delas. Imediatamente decidi substituir a palavra Recoleta, que eu não gostava muito, no nome do restaurante aberto no Guarujá. Assim nasceu o Libertango, transferido logo depois para Campos de Jordão”, conta o empresário paulista de Avaré, Jorge Seródio, que ao lado da mulher Lucinha, dão suporte à versão brasiliense do famoso estabelecimento, que veio dar filhote no térreo do Bonaparte, Setor Hoteleiro Sul, pelas mãos do empresário Raul Canal, proprietário de imóveis no local.

É ele que narra, por sua vez, como descobriu o Libertango, numa viagem à famosa estação de inverno paulista. “Fui jantar lá no Dia dos Namorados de 2015 e me apaixonei pela comida e o lugar e ainda voltei mais quatro vezes durante a estada”, lembra o advogado, dublê de empresário, que já estava interessado em “revitalizar a área de hotelaria, onde fica o meu escritório”.

Menu de gênero

Embora seja quase todo executado na parrilla, o cardápio traz muita variedade de carnes, apesar de 80% ter origem argentina. Do Uruguai, vem um delicioso carré de cordeiro servido com arroz com açafrão e molho de hortelã (R$ 154). Os cortes argentinos vão do bife de chorizo (350g para homem por R$ 132,90 e 270g para mulher por R$ 120,90) ao corazón de cuadril, que é a alcatra (R$ 126,90 para homem e R$ 117,90 para mulher); da fraldinha, consta como vacio (R$ 129,90 para homem e R$ 118,90 para mulher) ao asado de tira, costela com preço único de R$ 115,90. “Normalmente a mulher come menos que o homem, mas isso não impede que ele peça tamanho menor ou a mulher tamanho maior”, explica Lucia Serodio.

Alguns cortes podem vir à mesa para duas pessoas. Nesse caso, eles tem 600g e são servidos com dois acompanhamentos, como o ojo de bife (R$ 287,90); tapa de cuadril, que é a cobiçada picanha e o shoulder steak (ambos por R$ 279,90 cada). Arroz com brócolis, batata frita, purê de batata ou de maçã, polenta, farofa, creme de milho e até cabelinho de anjo ao alho e azeite de oliva são os principais acompanhamentos. Além de entradas, como empanada e linguiça, saladas e pastas, há pescados para quem não quer carne: salmão e truta grelhados. Ainda na parrilla, pancetta suína (cerdo a Gardel) e frango desossado (R$ 80,90).

Vinho exclusivo

Raul Canal com o vinho Neto do Tróia

Outra “descoberta” de Raul Canal, que se tornou um capricho, foi um tinto da Puglia, Nero Di Troia, “difícil de encontrar, fomos achá-lo numa distribuidora em São Paulo”, revela o experiente sommelier cearense Cintra Neto, de 47 anos, que emigrou para o sul e veio a Brasília, 11 anos atrás, com a equipe de A bela Sintra, passando depois pelo Bartolomeu. O vinho sai por R$ 433.

De sobremesa, há as clássicas argentinas, como panqueca recheado de doce leite com sorvete (R$ 29,90) e alfajores (R$ 14,90), segundo receita de Lucia Seródio, que faz o doce molhado por dentro.

Funciona de terça a sábado, de 12h às 15h e de 19h às 23h. Domingo, de 12h às 17h. Reservas: 3554-1727.


Correio Braziliense quinta, 17 de março de 2022

PREVISÃO DO TEMPO: DF TERÁ DIA QUENTE, COM CHUVAS

 

DF terá dia quente, mas com chuvas; a máxima será de 30ºC

Inmet prevê pancadas de chuvas isoladas, principalmente no período da tarde. O verão termina no próximo domingo, dia 20 de março, dando início ao outono

JE
Júlia Eleutério
postado em 17/03/2022 08:56
 
 (crédito: RodrigoNunes)
(crédito: RodrigoNunes)

Separa o guarda-chuva! As chuvas no Distrito Federal ainda não vão dar trégua para os brasilienses. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas podem ocorrer durante todo o dia, principalmente na parte da tarde, e de forma isolada. A previsão do tempo indica também um dia quente na capital com a temperatura máxima podendo chegar a 30ºC. A mínima registrada foi de 18ºC na madrugada.

O meteorologista avaliou que o tempo chuvoso em algumas horas do dia é comum para essa época do ano. "Estamos mantendo essa chuva típica de verão, apesar de estarmos quase no fim da estação já”, pontuou Mamedes. O verão termina no próximo domingo, dia 20 de março, dando início ao outono.

Como se proteger das fortes chuvas?

O brasiliense que está nas ruas precisa tomar cuidado. Para isso, o Correio preparou algumas dicas que podem te ajudar durante esse período chuvoso. Confira:

  • Em caso de rajadas de vento: não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas. Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada;
  • Caso precise de mais informações, acione a Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros Militar (telefone 193). 

Correio Braziliense quarta, 16 de março de 2022

FUTEBOL - ÊXITO DO AMÉRICA MINEIRO EXPÕE TEMPO PERDIDO PELOS GIGANTES

Da Série B do Mineiro para a Libertadores: êxito do América expõe tempo perdido pelos gigantes

Publicado em Esporte
 
 

Em 2008, o América-MG disputava a segunda divisão do Campeonato Mineiro. Naquela mesma temporada, o Vasco caía pela primeira vez para a Série B do Brasileirão. De lá para cá são 14 anos. Incapaz de se reconstruir, o time carioca está no lugar que, em tese, seria do América. Com um jeitinho mineiro de ser, o Coelho preenche o espaço que, em circunstâncias normais de temperatura e pressão, deveria ser ocupado pelo Vasco: a fase de grupos da Libertadores.

 

A classificação do América em dois triunfos nos pênaltis contra o Guaraní, do Paraguai, e o Barcelona de Guayaquil nesta terça-feira é um tapa na cara de gigantes do futebol brasileiro. Dá um pouquinho a dimensão de como alguns times tradicionais pararam no tempo.

 

Em 2008, o América competia com Uberlândia, Caldense, Itaúna, Araxá, URT, Poços de Caldas, Ideal, Formiga, Valeriodoce, União Luziense e Passense pelo título da Série B do Mineiro, chamado por lá de Módulo II. Uma década e meia depois, está entre os 32 maiores clubes da América do Sul. Aguarda pelo sorteio, em 25 de março, para saber em qual das oito chaves entrará na fase mais importante da principal competição do continente.

 

Obviamente há quem relativize o sucesso do América-MG argumentando que nunca antes na história desse país se distribuiu tantas vagas para a Libertadores. Há quem diga que o clube mineiro não convive com a pressão dos gigantes. Outros exaltarão a sorte, o sucesso em duas disputas consecutivas nos pênaltis. Os mais incautos alegarão que os times do Guaraní e do Barcelona não são de nada. E ai de quem lembre que o time paraguaio eliminou o Corinthians duas vezes e o Barcelona foi duas vezes vice-campeão da Libertadores. Outro dia, inclusive, era o único intruso nas semifinais contra Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras.

 

Afundado pelo segundo ano consecutivo na Série B, o Cruzeiro deve estar se moendo. O herói do América-MG é o goleiro Jailson, aquele que não serviu para assumir as traves celestes. Ronaldo desembarcou no clube e seus assessores decidiram dispensá-lo. Deixou a Toca da Raposa pela porta dos fundos ao lado do ídolo Fábio. Curiosamente, outro goleiro que pode avançar à fase de grupos nesta quarta-feira se o Fluminense sustentar a vantagem de 3 x 1.

 

Futebol se ganha em campo, mas, também, fora dele. Um colega de Belo Horizonte, sempre muito atento à vida do Coelho, destaca a administração do presidente Marcus Sallum. Segundo ele, o dirigente é muito correto, humilde e honesto. Artigos de luxo em tempos tão sombrios.


Correio Braziliense terça, 15 de março de 2022

PANDEMIA: MÁSCARAS DEVERIAM SER MANTIDAS EM AMBIENTES FECHADOS, DIZ ESPECIALISTA

Máscaras deveriam ser mantidas em ambientes fechados, diz especialista

Segundo o professor de Biologia Celular, locais com aglomerações ainda deveriam manter a obrigatoriedade do uso de máscara, como transporte público, comércios, teatro, cinema, feiras e shopping.

AB
Agência Brasil
postado em 15/03/2022 09:05 / atualizado em 15/03/2022 10:07
 
 (crédito:  Tânia Rêgo/ Agência Brasil )
(crédito: Tânia Rêgo/ Agência Brasil )

Idosos e imunossuprimidos devem manter o uso de máscara como proteção contra a covid-19, mesmo em cidades onde não há mais obrigatoriedade. O alerta é do professor do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília (UnB), Bergmann Morais Ribeiro.

Segundo Ribeiro, locais com aglomerações ainda deveriam manter a obrigatoriedade do uso de máscara, como transporte público, comércios, teatro, cinema, feiras e shopping. 

A obrigatoriedade do uso também deveria ser mantida para estudantes e professores em escolas. Outro ponto destacado pelo professor é a necessidade de que os brasileiros completem o ciclo vacinal contra a covid-19.

"A pandemia ainda não acabou. Existem outras variantes que surgiram, como a Ômicron, que aumentou o número de infecções na Grã Bretanha, em Hong Kong e na própria China. Se não tomarmos cuidado, pode aparecer nova onda", lembrou..

Fiocruz

Para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a flexibilização de medidas protetivas contra a doença, como o uso de máscaras em locais fechados de forma irrestrita, é prematuro. De acordo com o boletim do Observatório Covid-19 divulgado pela instituição, as próximas semanas serão fundamentais para entender a dinâmica de transmissão da doença. Ainda não é possível avaliar o efeito das festas e viagens no período do carnaval. 

O boletim cita estudo recente que sugere que o uso de máscaras deve ser mantido por duas a dez semanas após a meta de cobertura vacinal ser atingida, entre 70% e 90%. Com o surgimento da variante Ômicron e sua maior capacidade de escape dos anticorpos, o boletim diz que as máscaras ficaram ainda mais importantes.


Correio Braziliense segunda, 14 de março de 2022

TURISMO:LAGO PARANOÁ - UM CONVITE PARA APRECIAR A ALVORADA E FAZER ESPORTES NÁUTICOS

Lago Paranoá: um convite para apreciar a alvorada e fazer esportes náuticos

Ponto turístico reúne beleza, lazer e saúde para os brasilienses. Praticantes de canoagem e outras modalidades esportivas aquáticas chegam ao nascer do Sol para começarem o dia bem antes de encarar o expediente

JE
Júlia Eleutério
postado em 14/03/2022 06:00
 
 
Amanhecer no Lago Paranoá, brasilienses praticam canoagem antes de começar a rotina de trabalho e aproveitam a paisagem -  (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Amanhecer no Lago Paranoá, brasilienses praticam canoagem antes de começar a rotina de trabalho e aproveitam a paisagem - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Um dos pontos turísticos mais conhecidos de Brasília tem se destacado ainda mais ao amanhecer. O Lago Paranoá tornou-se uma das principais opções dos brasilienses que gostam de conciliar uma atividade física nas primeiras horas do dia com uma rotina de trabalho na capital. A prática de exercícios ao ar livre ganhou força após o início da pandemia do novo coronavírus.

Morador da Vila Planalto há 10 anos, Alan ressalta que nunca foi de acordar cedo, mas, com a prática da canoagem, isso mudou. "Ver o sol nascer e estar no meio do lago, além de saudável, traz uma visão linda. Parece que você nunca se acostuma", destaca. O arquiteto começou a praticar o esporte aquático há 11 meses. "Fui remar a primeira vez de teste e, na segunda, já comecei a ir regularmente e virei mensalista. Não sei se vou conseguir parar", acrescenta Alan. A prática mais comum é com a canoa havaiana, que possui um flutuador lateral, para dar estabilidade.

Junto ao nascer do Sol, que impressiona com tamanha beleza, os esportistas que procuram o lago pelas manhãs podem ouvir o canto dos pássaros e entrar em contato com a natureza. Recém chegada à Brasília, a arquiteta Thais Otto, 30 anos, foi apresentada à canoagem pelo colega de trabalho, Alan, e começou a frequentar o corpo d'água nas manhãs. "Ele me convidou para experimentar, e digo que a parte mais difícil foi tomar a decisão de levantar da cama às 5h. Depois disso, tudo pareceu contribuir: o calorzinho de Brasília, o Sol e as companhias! Paramos do outro lado do lago para mergulhar, e confesso que foi a primeira vez que subi em uma mangueira para comer a manga direto no pé", conta a arquiteta.

Natural de Ponta Grossa (PR), Thais se mudou para a capital do país a trabalho em 2021 e destaca que sempre gostou de praticar esportes. Por conta da pandemia, priorizou atividades ao ar livre, fazendo até futevôlei. "Desde que conheci a canoagem, tenho feito a atividade quase toda semana, sempre no nascer do Sol. Chegamos, remamos por duas horas, e, de lá, me arrumo e vou trabalhar", detalha a paranaense. "A tranquilidade e o Sol desse horário são especiais, e a paisagem e o céu surpreendem todas as vezes. O dia parece maior e traz uma sensação de paz, quando estamos no meio do lago, longe de tudo. Recomendo!", enfatiza a nova moradora de Brasília.

Para todos

Dono da Avalon Canoagem, no Setor de Hotel e Turismo Norte (SHTN), Vagner Maciel, 41, aluga canoas havaianas, ensinando os adeptos da modalidade, como é o caso dos amigos Thais e Alan, sempre sob a proteção de uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida. O empresário paulista pratica o esporte há alguns anos e é apaixonado pelo Lago Paranoá. "O diferencial da nossa canoa é que a gente está aberto para o público, não somos um clube fechado. Qualquer pessoa tem acesso aqui. É um esporte de ponta, mas é acessível para qualquer um passear", avalia Vagner, mais conhecido como Papito pelos amigos e alunos.

Pensando na qualidade de vida e no esporte em si, Papito acorda cedo todos os dias para atender os alunos. Ele revela que a maioria opta por ir logo cedo, às 6h. Na época da seca no Distrito Federal, a procura aumenta, mas, atualmente, Vagner tem 30 mensalistas. "Você dá um mergulho e molha a cabeça, a gente diz que é pegar o axé. Transforma a energia do corpo", diz o professor. "Tem gente que mora há 50 anos em Brasília ou que nasceu aqui e nunca entrou no Lago. As pessoas olham para o lago e imaginam que é cheio de bicho, que tem jacaré e cobra, e não se permitem aproveitar. Depois que entra, vêem que não tem esse perigo todo e que dá uma sensação tão boa", convida o empresário para que todos aproveitem as maravilhas do lago, independente de horário.

Opções variadas

Muitos brasilienses se aventuram nas manhãs no Lago Paranoá para praticar natação, windsurf, kitesurf e stand up paddle (sup), por exemplo. O remo é outra modalidade procurada por quem deseja uma atividade diferente das convencionais. Fortalecendo a musculatura abdominal e dorsal, diversas pessoas buscaram o esporte por ser ao ar livre, assim como a canoagem havaiana.

Professor no Remo Brasília, no Minas Tênis Clube, Rodrigo Prado acredita que a procura será ainda maior neste ano. "Desde 2020, quando houve o fechamento, a gente teve uma procura por ser uma atividade ao ar livre, mas não normalizou ainda. Agora, com o fim das chuvas e as pessoas vacinadas, acreditamos que vai voltar ao normal", comenta o educador, acrescentando que os meses entre novembro e fevereiro há menos alunos, por conta das precipitações.


Correio Braziliense domingo, 13 de março de 2022

COVID-19: É PRECOCE DESOBRIGAR USO DE MÁSCARAS, DIZ PESQUISADORA DA FIOCRUZ

"É precoce desobrigar uso de máscaras", diz pesquisadora da Fiocruz

Margareth Dalcolmo desaprova as flexibilizações feitas no país e critica a falta de incorporação de remédios contra covid-19 no SUS

ME
Maria Eduarda Cardim
postado em 13/03/2022 06:00 / atualizado em 13/03/2022 06:56
 
 (crédito: MAURO PIMENTEL)
(crédito: MAURO PIMENTEL)

Ainda que, em diversos momentos da pandemia da covid-19, os discursos governamentais, considerados nocivos por especialistas, tenham manchado a imagem do Brasil no cenário internacional, o comportamento do país no combate ao novo coronavírus é considerado razoável diante dos altos e baixos vividos nestes dois anos de pandemia. A opinião é da pneumologista Margareth Dalcolmo, um dos nomes de destaque do Brasil no enfrentamento à covid-19.


Em Brasília para lançar o livro Um tempo para não esquecer — A visão da ciência no enfrentamento da pandemia do coronavírus e o futuro da saúde, que reúne artigos da pesquisadora que documentam o transcorrer da pandemia, Dalcolmo conversou com o Correio sobre as flexibilizações feitas atualmente no país e sobre o futuro da pandemia no Brasil e criticou a falta de incorporação de um remédio para tratamento da covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS).


Para ela, o Brasil precisa pensar em nacionalizar os medicamentos já aprovados e recomendados para o tratamento da doença para impedir que os preços das medicações se tornem proibitivos para o país. Além disso, a pesquisadora acredita que a quarta dose da vacina, hoje recomendada somente para grupos específicos, deve ser estendida à população em geral nos próximos meses, mas acha pouco provável ser necessário fazer campanhas de vacinação anuais como se faz para o vírus influenza, por exemplo.

Confira a entrevista:

Como a senhora avalia o momento atual da pandemia no Brasil?


Mas essa flexibilização do uso de máscaras em ambientes abertos é uma questão pacificada na comunidade científica?


Sim, nós já estamos dizendo isso desde o fim de novembro. Desde antes do aparecimento da cepa ômicron. Nós já estamos falando que poderíamos, dada à taxa de vacinação alta alcançada, dispensar o uso de máscaras em atividades isoladas. Você precisa ter um certo bom senso. Uma festa ou um luau com 2 mil pessoas, com tudo agarradinho, não é exatamente estar ao ar livre. Agora, caminhar, ir em parques, praias, tudo isso pode ser sem máscaras.


A senhora acredita que desobrigar o uso de máscaras em ambientes fechados é precoce?

Eu, particularmente, acho que é precoce, sim. Acho que nós não podemos ainda falar em controle total porque nós ainda temos um número de mortes atribuídas à doença bastante considerável. Embora a taxa de hospitalização tenha realmente diminuído, ela não é zero.


E qual é, agora, a prioridade no combate à pandemia no Brasil?


Vacinar as crianças, completar a vacinação de quem ainda não o fez e fazer vigilância epidemiológica. Porque se você me perguntar: ‘Não vai ter outra variante?’ Não sei dizer. Nós não sabemos. O número de suscetíveis precisa diminuir mais, nós ainda temos muitos circulando por aí que podem ajudar a disseminar o vírus em um eventual aparecimento de uma nova cepa variante.


E a quarta dose da vacina? A senhora acredita que ela será estendida? Ou teremos uma vacinação anual como acontece com a vacina da gripe?

Acho que a quarta dose deverá ser estendida a todo mundo a partir dos 18 anos de idade nos próximos meses. Essa é a minha expectativa. Neste momento, nós estamos vacinando vulneráveis, pessoas idosas ou com doenças de imunossupressão, mas a minha expectativa é de que nós vacinemos todos, a partir dos 18 anos, com uma quarta dose, nos próximos meses. Haverá seguramente uma segunda geração de vacinas, já estabelecidas com cepas novas. Há estudos sendo feitos nesse sentido, mas eu não creio, não tenho a expectativa e acho pouco provável que nós precisemos fazer vacinações anuais como se faz para o vírus influenza.


Agora, com autonomia da produção do imunizante, o olhar se volta para os medicamentos contra a covid-19. Já existem alguns aprovados pela Anvisa, mas nenhum incorporado ao SUS. Qual é o impacto disso?


É uma pena. De novo, nós estamos atrasados. Nós deixamos de utilizá-los durante o aparecimento da cepa ômicron, não pudemos, foi uma pena porque deixamos de tratar milhares de pessoas. Então, nós precisamos nacionalizar esses produtos para que, inclusive, os preços deles, que são proibitivos para o Brasil, baixem. Nós já estamos em negociação para a fabricação do monulpiravir por Farmanguinhos, por meio da Fiocruz no Brasil.


O governo federal já fala em uma possível reclassificação da pandemia para endemia. Isso é possível?

Isso não existe. Isso é uma retórica completamente equivocada. Quem vai dizer se a pandemia está controlada é a Organização Mundial da Saúde (OMS). Não é um título honorífico dizer que hoje não é mais pandemia porque eu quero que não seja. Para isso ser considerado de maneira correta do ponto de vista epidemiológico será necessário reduzir, para muito perto de zero, o número de hospitalização e de morte pela doença. Então, eu consideraria isso um exercício retórico.


Ainda falando sobre o Brasil, qual é a imagem que o país passa no cenário internacional em meio à pandemia?


Eu acho que o Brasil teve imagens, digamos, boas e ruins. Tivemos tudo. Primeiro, não nos preparamos adequadamente para receber uma epidemia desse porte. Embora o SUS fosse desde o início, sabidamente, a arma mais poderosa para enfrentar a pandemia, o SUS entrou em condições bastante desfavoráveis em um certo sentido. Então, tem sempre uma coisa boa e uma coisa ruim, né? A coisa boa é que o Brasil foi um belo local, um celeiro, de produção de grandes estudos de fase três para vacina. Mas aí, o Brasil conseguiu não seguir o seu exemplo tradicional de adesão à vacinação, que é muito característico da população brasileira. Infelizmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) entrou sem uma coordenação, como tinha sido em epidemias anteriores. Então, tudo isso fez com que o Brasil, que vinha de uma tradição extremamente positiva, tenha entrado numa pandemia desta magnitude em condições desfavoráveis.


E quanto ao lado positivo?

A comunidade científica e acadêmica brasileira mostrou uma capacidade de trabalho extraordinária. O Brasil é, hoje, o décimo país em publicações científicas sobre a covid-19, o que não é pouca coisa. É muito se compararmos com países onde o investimento em pesquisa é tão maior do que no Brasil. E nós estamos sofrendo cortes, um atrás do outro. Depois, outra coisa positiva, é que a comunidade científica brasileira, e vale dizer feminina, porque ela foi totalmente de mulheres, foi muito ágil e muito rápida no sequenciamento do genoma. Em quatro dias no Brasil, foi identificado o genoma por um grupo de cientistas brasileiras, mulheres, como a Ester Sabino, a Jaqueline Goes. Soma-se ainda aos fatores positivos a capacidade de instituições brasileiras públicas, como a Fiocruz e o Instituto Butantan, terem tido, no caso da Fiocruz, a iniciativa de fazer a encomenda tecnológica de nacionalização de uma vacina. O resultado disso hoje, em uma fase de mais ou menos controle pandêmico, é de autonomia. O Brasil, hoje, assegurou a autonomia na produção de vacinas para covid-19.


É preciso falar também sobre a politização da pandemia, certo?


Exceto essa enorme politização da pandemia feita pelo discurso governamental, que, a meu juízo, foi profundamente nocivo ao país, eu acho que nesse balanço, de altos e baixos, o Brasil teve um comportamento bastante razoável no combate ao novo coronavírus. Vivemos essa dualidade o tempo todo. Não precisávamos ter vivido tragédias paralelas à epidemia. Nós não precisávamos ter vivido a tragédia de Manaus. Manaus foi o primeiro local que teve pico epidêmico em abril de 2020 e nós sabíamos que a imunidade conferida pela doença era efêmera. Então, Manaus poderia ter se preparado para um eventual aparecimento de uma nova cepa. Não precisaríamos ter vivido a tragédia de oxigênio no norte do país. Não precisaríamos ter vivido o escândalo que foram os hospitais de campanha no Rio de Janeiro, o atraso no processo de vacinação. Nós vivemos a contradição de termos feito estudos extraordinários de fase três e não termos feito as encomendas no tempo certo.


Passados esses dois anos de pandemia, como a senhora avalia que o Brasil vai sair desse momento em termos científicos?

Acho que dois produtos positivos saíram dessa tragédia que se abateu sobre nós. Primeiro, a grande capacidade de produção da comunidade científica e o reconhecimento por parte da sociedade civil brasileira, que não nos conhecia, que não sabia que existia uma ciência nacional. Muitos de nós saímos dos nossos casulos, laboratórios, consultórios e viemos a público. A sociedade quando nos reconhece, confia em nós. Então, a sociedade brasileira hoje sabe que existe uma ciência genuinamente nacional, que trabalha e está comprometida com ela. O segundo produto que eu considero extremamente positivo é que o Brasil é um país que nos constrange tanto pela sua enorme desigualdade, e, na verdade, a iniciativa privada, pela primeira vez de maneira robusta, mostrou um comparecimento muito impressionante.


Como assim?


Na primeira entrevista pública que eu dei sobre a pandemia da covid-19, eu disse que a iniciativa privada teria que comparecer pesadamente ou a tragédia seria maior. E nós tivemos muitas doações. O que nós precisamos agora é criar no Brasil uma cultura de um novo voluntariado ou o que eu chamo de um voluntariado de nova qualidade. Instituir isso e incorporar a nossa cultura. É preciso diminuir essa distância tão grande entre quem tem e quem não tem. Lembrando que milhares de pessoas entraram na linha de pobreza durante esses dois anos de pandemia. E um terceiro produto, e não menos importante, obviamente, foi que, a despeito de todas as dificuldades, o SUS respondeu.


Correio Braziliense sábado, 12 de março de 2022

DOM TERRA SE ENCANTOU: BISPO EMÉRITO DE BRASÍLIA FALECEU AOS 97 ANOS DE IDADE

Devotos e membros da arquidiocese de Brasília se despendem de Dom Terra

 

 

Uma última homenagem é prestada ao bispo emérito Dom João Evangelista Martins Terra na Catedral de Brasília

 

Pedro Ibarra
postado em 12/03/2022 10:12
 
 (crédito: Pedro Ibarra/ CB/ DAPress)
(crédito: Pedro Ibarra/ CB/ DAPress)

O bispo emérito de Brasília Dom João Evangelista Martins Terra foi velado na Catedral da capital na manhã deste sábado (12/3). O bispo auxiliar, professor e estudioso da religião morreu, aos 97 anos de idade, na última sexta-feira (11).

“A perda de Dom Terra se dá no plano intelectual, como o grande estudioso da sagrada escritura e grande teólogo que ele foi, mas também como ser humano, homem e pastor”, afirma o Arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar. “Ele deixa para nós um profundo amor pela sagrada escritura e o exemplo de muito amor também à palavra de Deus”, completa.

Dom Paulo relembrou a trajetória de Dom Terra, que antes de ser bispo auxiliar em Brasília também desempenhou o mesmo papel em Recife. “Ele doou a vida a Deus em Recife e aqui em Brasília”, conta.

Dom João Evangelista Martins Terra chegou a Brasília em 1994 no papel de bispo auxiliar do cardeal José Freire Falcão, na época arcebispo da capital. Posteriormente se tornou bispo emérito da cidade.


Correio Braziliense sexta, 11 de março de 2022

PANDEMIA: MÁSCARAS SEGUEM OBRIGATÓRIAS PARA ACESSO NO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO

Máscaras seguem obrigatórias para acesso no Tribunal Regional do Trabalho

Por meio da resolução nº 34/2020, todos os funcionários e os visitantes precisam utilizar máscaras de proteção para transitar na unidade do Tribunal Regional do Trabalho no DF

RM
Rafaela Martins
postado em 11/03/2022 09:56 / atualizado em 11/03/2022 09:57
 
 (crédito: Internet/Reprodução)
(crédito: Internet/Reprodução)

Mesmo que o Governo do Distrito Federal (GDF) tenha decretado o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras faciais em locais fechados, os protocolos sanitários adotados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) — por meio da Resolução nº 34/2020 — continuam em vigor nas unidades do Distrito Federal e do Tocantins.

Desobrigação

O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou a flexibilização da exigência na manhã de quinta-feira (10/3). No começo da tarde o decreto de não obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados do Distrito Federal, estava assinado e publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).

 
Apesar da liberação, o governador destacou a importância de manter os cuidados contra a doença. "Vai existir um debate na imprensa e na sociedade também (sobre a liberação). As pessoas têm de se prevenir. Quem quiser continuar usando máscara, que continue, sem problema nenhum", afirmou, ressaltando que a medida não exige o fim do uso, apenas desobriga a utilização.

Correio Braziliense quinta, 10 de março de 2022

HISTPÓRIA: TORRE DE TV COMEMORA ANIVERSÁRIO COM TOUR VIRTUAL E DIVERSÃO PARA TODOS

Torre de TV comemora o aniversário com tour virtual e diversão para todos

O monumento erguido em 1967 é parada obrigatória para quem visita a capital do país. Comerciantes do local colecionam histórias de moradores e turistas. Diversas atrações serão oferecidas a população

AM
Ana Maria Pol
BG
Bernardo Guerra*
postado em 10/03/2022 06:00
 
 
Torre de TV completa 55 anos como a segunda mais alta construção do Brasil -  (crédito:  Ed Alves/CB)
Torre de TV completa 55 anos como a segunda mais alta construção do Brasil - (crédito: Ed Alves/CB)

Enquanto o volume fabuloso de aço da Torre Eiffel ilumina e conquista as ruas de Paris, em Brasília, a imponência da Torre de TV captura o olhar de centenas de pessoas que passam pelo local durante a semana. O monumento projetado pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa — pioneiro que traçou o Plano Piloto — é inspirado na estrutura parisiense e completou 55 anos de história, nessa quarta-feira (9/3). Com 230 metros de altura, é a segunda construção mais alta do Brasil — ficando atrás do Infinity Coast, em Balneário Camboriú (SC), com 234,7 metros — e desde a inauguração, em 1967, é um dos atrativos mais importantes da capital do país.

Turista, Izaias conta que veio do Pará, há quatro dias. "Aqui, é muito diferente da minha terra natal, porque todos os pontos turísticos ficam concentrados e dá para tirar fotos muito bonitas, além de poder visitar vários locais ao mesmo tempo. Fica tudo perto", diz.

Izaias esteve no Distrito Federal há quatro anos, mas não pôde visitar a Torre, uma vez que estava fechada para reformas. Em 2020, o monumento reabriu para visitação e, desde então, funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 19h. "Valeu a pena esperar e, agora, eu, com certeza, vou indicar a visita para amigos e familiares que vierem conhecer Brasília", completa o estudante. Sob a gestão do Banco de Brasília (BRB), há dois anos, o ponto turístico ganhou um espaço de eventos no mezanino, mantendo o mirante que oferece uma vista panorâmica do Plano Piloto.

Para 2022, está prevista a entrega do paisagismo do espaço entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Torre de TV. Os projetos originais estão preservados. O boulevard contará com wi-fi para a população. "Assumir a gestão da Torre e devolver à população de Brasília um dos principais cartões-postais do DF nos dá orgulho e a certeza de que estamos trabalhando em prol do desenvolvimento econômico, social e humano. Estamos felizes em poder celebrar os 55 anos da Torre junto à nossa gente. É, realmente, um cartão postal com muito significado, momentos, memórias e histórias na vida de todos nós", afirma o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.

Comércio

A visita à Torre de TV se completa com o passeio pela fonte luminosa e pela famosa Feira da Torre, que oferece o melhor do artesanato e produtos regionais. Ela funciona de sexta-feira a domingo e nos feriados, das 8h às 18h. No local, é possível encontrar móveis, peças de vestuário, bijuterias, arte decorativa e, na praça de alimentação, pratos típicos do Brasil inteiro. Dentre as pessoas que aproveitam as sombras da estrutura para vender souvenires, está o comerciante José Raimundo, 54.

Nascido em Brasília, José ressalta que trabalha no espaço há dez anos, vendendo estátuas pequenas de monumentos de Brasília, pulseiras, tornozeleiras e colares e pôde presenciar diferentes histórias, que ficaram na memória. Dentre eles, o show da Marília Mendonça, na Esplanada dos Ministérios. "Lotou os jardins da cidade, foi algo legal de se ver", lembra, com carinho da cantora. "Sempre esbarramos e trocamos ideia com gente de tudo quanto é lugar do Brasil. Às vezes, até de fora. A Torre reúne muitas histórias, e nós, que trabalhamos aqui, conseguimos compartilhar várias delas e conhecer diversas pessoas", destaca José.

A Torre de TV abriga, na feira, 571 boxes ocupados por artesãos de todo o DF. "Ela gera emprego e renda e movimenta a economia criativa de Brasília. Desde que foi inaugurada, a Torre nunca deixou de ser um grande atrativo turístico. Representa a união do brasiliense", considera a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça. "A Torre é ponto de encontro dos brasileiros de todos os estados. Ela funciona como um farol para o DF", completa.

Programe-se

Para celebrar os 55 anos da Torre de TV, o BRB vai promover uma série de atrações. A partir desta quinta-feira (10/3), estará à disposição uma visitação on-line da Torre, pelo perfil @torredetvbrasilia no Instagram. O mirante funcionará, das 9h às 17h45. O projeto Torre 360 oferece mais atrações que podem ser conferidas no perfil @torre360brb, também no Instagram. De 12 de março até abril, a galeria do Mezanino recebe a exposição Quem acredita em desenhos fixos?, assinada pela Nós Galeria, de São Paulo, com 40 peças. A entrada custa R$ 10.

*Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho


Correio Braziliense quarta, 09 de março de 2022

EMPREGO: PRÓXIMO CONCURSO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PODE OFERECER 350 VAGAS DE AUDITOR

Próximo concurso do Ministério da Agricultura pode oferecer 350 vagas de auditor

Publicado em Concursos

Além da expectativa do concurso para efetivos, o Mapa tem edital iminente para contratação de servidores temporários

 

Jéssica Andrade – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) poderá realizar ainda este ano um novo concurso Mapa para efetivos. A previsão é abrir 350 vagas de auditor fiscal agropecuário. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical), Janus Pablo Macedo, desse total, 20 serão destinadas ao cargo de farmacêutico.  “Temos um concurso projetado para um cenário futuro. A ministra (Tereza Cristina) reforçou o pedido ao Ministério da Economia com 350 vagas para auditores sendo 20 vagas para farmacêuticos”, diz.

As demais vagas deverão ser divididas por diversas outras áreas do auditor. Em nota, o Conselho Federal de Farmácia confirmou a fala do presidente que foi dada durante a 514ª Reunião Plenária do próprio CFF. O encontro aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro.

Janus enfatizou do porquê serem reservadas oportunidades para farmacêuticos: “O farmacêutico é responsável pelo controle e garantia da qualidade dos alimentos produzidos pelo nosso País. além de fiscalizar também a fabricação e comercialização dos produtos veterinários, podendo também atuar na adidância agrícola, ou seja, no exterior. O papel desse profissional no Ministério da Agricultura é muito amplo e promissor“, comentou o presidente do ANFFA Sindical. 

Ainda não se sabe quais serão as outras áreas contempladas no concurso. O que se sabe é que são cinco formações possíveis e, além do farmacêutico, há: médicos veterinários, químicos, engenheiros agrônomos e zootecnistas.

O concurso ainda precisa de autorização formal do Ministério da Economia para ser realizado.

Último concurso do Mapa foi há 5 anos

O Mapa tem solicitado um novo concurso com frequência. O último concurso para o cargo de auditor-fiscal agropecuário, na função de veterinário, aconteceu em 2017. Além da graduação em Medicina Veterinária, foi necessário o registro ativo nos conselhos regionais ou federal da categoria.

A seleção foi organizada pela banca Esaf e os candidatos foram avaliados por meio de provas objetivas, contendo 70 questões entre: Conhecimentos Gerais e Conhecimentos Específicos, além de exames discursivos e de títulos.

O concurso Mapa 2017 segue válido até março de 2022. Além desse, em 2014, as pasta realizou uma seleção que foi prorrogada e teve sua validade expirada em 2016.

Na época, foram oferecidas 796 vagas, em cargos dos níveis fundamental, médio, médio/técnico e superior. Com lotação em todo o país, mais de 412.118 candidatos se inscreveram.

Mapa tem edital iminente para temporários

Além do concurso para efetivos, o Mapa tem edital iminente para contratação de servidores temporários. O certame será organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Institucional Brasileiro ( Idib ).

O Idib e a pasta ainda não divulgaram a data de lançamento do edital. Porém, com o contrato assinado, o documento deve ser divulgado a qualquer momento.

Veja distribuição das oportunidades:

  • analista de dados: nove vagas;
  • especialista em governança de dados: duas vagas;
  • analista em business intelligence: cinco vagas;
  • cientista de dados: duas vagas;
  • especialista em Big Data: duas vagas;
  • engenheiro de IA: duas vagas;
  • analista em interoperabilidade: nove vagas;
  • arquiteto em soluções: três vagas;
  • especialista em devOps: duas vagas;
  • analista de infraestrutura de TIC: seis vagas;
  • analista de processo: uma vaga;
  • analista de negócios (Gerente de Projetos de Soluções de TIC): 14 vagas;
  • analista de segurança da informação: três vagas.

Correio Braziliense terça, 08 de março de 2022

CARNAVAL 2022: ESCOLAS DE SAMBA DO RIO COMEÇAM A ENSAIAR DOMINGO NO SAMBÓDROMO

Escolas de samba do Rio começam a ensaiar domingo no Sambódromo

As arquibancadas serão abertas ao público. Não será exigido o uso de máscaras, mas as pessoas precisarão apresentar comprovante de vacinação

AB
Agência Brasil
postado em 08/03/2022 10:03
 
 (crédito:  Fernando Fraz..o)
(crédito: Fernando Fraz..o)

Os ensaios técnicos das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro começam neste domingo (13), no Sambódromo. As agremiações irão ensaiar sempre nas noites de domingo, até o dia 10 de abril.

No dia 13, ensaiam Imperatriz, São Clemente e Portela. No dia 20, é a vez de Paraíso do Tuiuti, Vila Isabel e Mangueira. Já no dia 27, entram na Marquês de Sapucaí a Unidos da Tijuca, Beija-Flor e Salgueiro. Nesses dias, os ensaios começam às 20h.

Em 3 de abril, ensaiam Mocidade e Grande Rio, a partir das 21h40. Já no dia 10, a atual campeã do carnaval carioca, Viradouro, encerra a rodada de ensaios técnicos no Sambódromo, a partir das 22h50.

Os desfiles oficiais serão realizados no feriadão de Tiradentes, entre 22 e 24 de abril. Entre a noite de sexta-feira (22) e a madrugada de sábado (23) desfilam Imperatriz, Mangueira, Salgueiro, São Clemente, Viradouro e Beija-Flor. Entre a noite de sábado e a madrugada de domingo (24), será a vez de Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel.


Correio Braziliense segunda, 07 de março de 2022

DIA DA MULHER: ORQUESTRA SINFÔNICA DO TEATRO NACIONAL FARÁ HOMENAGEM ESPECIAL À DATA

 

A arte celebrando as mulheres

 

MP
Maria Paula
postado em 06/03/2022 00:01
 
 (crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A.Press)
(crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A.Press)

No dia 8 de Março, quando o mundo inteiro estará celebrando as mulheres, nós, que estamos na capital federal, teremos a chance de participar de uma das mais lindas homenagens: a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, sob a regência do Maestro Cláudio Cohen, fará uma apresentação especial em homenagem a essa importante data.

Leonora é personagem da Ópera Fidelio, de Beethoven. Disfarçada de homem (Fidelio), ela se infiltra na prisão em busca de Florestan, seu marido desaparecido e preso injustamente pelo seu inimigo Don Pizarro. Leonora é uma heroína que, com todo o seu destemor, consegue libertar Florestan.

A outra obra oferecida ao público fala da mulher revolucionária e transgressora que sempre esteve à frente do seu tempo: a cigana Carmen, personagem sedutora da ópera de Bizet. Ela canta que "o amor é um pássaro rebelde que não se pode aprisionar". Carmen é uma personagem que nada tem em comum com a heroína tradicional, pura, sofredora, um joguete nas mãos dos homens e do destino. É amoral, complexa, combina em si traços tanto de heroína quanto de vilã, de uma forma que a coloca acima dos julgamentos da moral corrente.

Após o concerto será exibido o documentário Dulcina, de Glória Texeira, com a atuação de Françoise Forton, grande atriz também revolucionaria falecida recentemente.

Se o amigo leitor tiver a oportunidade de ir, certamente terá uma noite inesquecível; se não, aproveite para homenagear de outras formas as mulheres incríveis que fazem parte da sua vida. Eu tenho feito isso constantemente e me arrisco a sugerir uma ideia: resgate memórias emocionantes, junte fotos antigas, compartilhe com sua mãe e avó, caso ainda estejam entre nós, as lembranças que marcaram sua história!

Convide suas irmãs, filhas, netas ou amigas para curtirem juntos um momento inesquecível.

Enfim, seja lá como for, não deixe que o Dia Internacional da Mulher passe em branco na sua vida. 


Correio Braziliense domingo, 06 de março de 2022

COMÉRCIO: TRADIÇÃO FAMILIAR E PIONEIRISMO MANTÊM COMÉRCIOS EMBLEMÁTICOS NO DF

Tradição familiar e pioneirismo mantêm comércios emblemáticos no DF

Comércios afetivos que passam de geração para geração fazem parte da vida dos brasilienses são apoiados por moradores vizinhos

Ad
Arthur de Souza
postado em 06/03/2022 06:00
 
Isamu Maeda e a família colecionam 54 anos de lembranças, em Taguatinga, com o Bazar do Papai -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Isamu Maeda e a família colecionam 54 anos de lembranças, em Taguatinga, com o Bazar do Papai - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Certos comércios do Distrito Federal são tão tradicionais que quase se confundem com a região em que estão localizados. Alguns remontam aos primeiros tempos da capital federal, são pioneiros da década de 1950. O Correio visitou alguns desses lugares em busca de relatos e curiosidades, conversou com clientes e ouviu quem, lá atrás, acreditou em um projeto e acabou abrindo um negócio que se tornou emblemático. Em diferentes regiões, eles acumulam histórias e carregam carinho e afeto de diferentes gerações de moradores.

Tânia Mendes, 64, é moradora de Taguatinga há 50 anos, e conhece o ponto comercial desde que a família se mudou para a região. Ela lembra que sua mãe, já falecida, comprava aviamentos — apetrechos de decoração e costura — no Bazar do Papai. "Ela costurava para a família e acabei aprendendo com ela. Como sou tricoteira e crocheteira, é lá que sempre encontro o que procuro. Tenho muito carinho pelos donos, que sempre prezam pelo bom atendimento", comenta. "Depois de casada, fui morar por um tempo em Minas Gerais. Minha mãe fez uns pijaminhas de flanela quando meus filhos nasceram, e ela levava o casaquinho de todos na loja para pregar os botões. De todos os que foram feitos, um eu guardo até hoje. Esse casaquinho tem 42 anos", afirma.

 

Parte da cidade

Em Sobradinho, o Bazar Barreto faz parte da rotina dos moradores da região há 60 anos. O nome escolhido é uma homenagem à família dos proprietários, nada de modismos, que, desde então, têm se dedicado ao comércio que oferece artigos para o lar, brinquedos e decoração. Aristides Barreto, 94, mais conhecido pelos clientes como 'seu' Barreto, lembra que começou com uma banca de camelô. "Somente com Deus e minha coragem. Com honestidade, fui juntando economias, até que consegui montar a lojinha", emociona-se. Ele afirma que os frequentadores tratam o local como a "loja da vovó". "Todo mundo gosta de vir aqui, desde crianças a idosos, e eu fico muito satisfeito com isso. Sobradinho é parte da minha família", diz. Apesar da idade, Aristides não se afasta dos clientes nem pensa em parar. "Posso até tirar alguns dias para descansar, mas logo dá saudade e eu volto, não consigo ficar sem isso daqui", brinca.

Dedicação acompanhada por moradores como Eurico Rodrigues, 47. Freguês assíduo, ele também é o cabeleireiro da esposa do 'seu' Barreto há quase 30 anos. "Dá para dizer que é uma troca, sou cliente dela, assim como ela é minha. Além disso, gosto de passar aqui para tomar o chá que eles fazem e saber como eles estão, nem que seja uma vez por semana", ressalta. "Algo de que sempre me lembro foi quando alguns comerciantes da quadra se juntaram para comemorar o aniversário de 93 anos dele", recorda.

De mãe para filha

Dentro da Feira do Guará, uma banca se destaca entre as muitas opções de quitutes e sabores. A Universidade do Pastel é tão tradicional quanto a própria feira. Popularmente conhecida como pastelaria do gaúcho, ela funciona há mais de 20 anos, segundo Eitor Moraes, 67, proprietário. "Comecei indicado por uma amiga e achava que isso aqui não seria bom. Eu era gerente de hotel na época, só que um dia eu me convenci, pois a popularidade da feira era boa", lembra. "No começo, eu não sabia nada de pastelaria. Jogava farinha para o alto, e o vento trazia para a minha cara, ficava todo branco. Nesse momento eu pensava: no que me meti", diverte-se Eitor. Sobre o nome e apelido, ele tem uma explicação. "A ideia surgiu pois eu tenho duas formações (acadêmicas) e acabei vendendo pastel. O apelido veio pelo fato de ser do Rio Grande do Sul", explica.

Cliente da Universidade do Pastel desde que se entende por gente, a bancária Bruna Rocha, 32, diz que, durante o passeio na feira, uma paradinha na pastelaria é uma tradição familiar. "Virou uma memória afetiva, porque é uma coisa que lembra a infância. Parar na feira, comer pastel e tomar caldo de cana é uma coisa que veio de criança. Independentemente do que a gente vem fazer aqui, sempre paramos na pastelaria, nem que seja para tomar o caldo, mesmo não estando com sede", admite. "Foi minha mãe que me influenciou. Dá para dizer que é uma tradição passada de mãe para filha. Quando eu viajo, inclusive, procuro uma feira que tenha pastelaria, justamente para me lembrar daqui. É um hábito que carrego para qualquer lugar que eu vá", conclui a bancária.

Muitas recordações

Outro estabelecimento bastante conhecido por quem mora no DF, principalmente no Plano Piloto, é a Pioneira da Borracha, fundada por Hely Walter Couto, 96. A decisão de abrir a loja veio quando o irmão de um amigo ofereceu um lote para que ele se mudasse de Belo Horizonte para Brasília, no fim dos anos 1950. Hely, que até então tinha uma alfaiataria, voltou para Minas e falou com seus funcionários sobre a novidade. "Contei que vinha para Brasília para abrir uma 'Casa da Borracha'. Um deles perguntou se já existia alguma loja do ramo, e eu disse que não, então, ele sugeriu que a chamasse de pioneira. Foi assim que surgiu o nome da loja, que teve a primeira unidade inaugurada no Núcleo Bandeirante", relembra.


Correio Braziliense sábado, 05 de março de 2022

IMPOSTO DE RENDA: COMO EVITAR ERROS NA DECLARAÇÃO

Como evitar erros na declaração do Imposto de Renda

Com o prazo de entrega, que começa nesta segunda-feira (7) e vai até 29 de abril, a Declaração do Imposto de Renda exige cuidados. No ano passado, 869,3 mil contribuintes caíram na malha fina, de um universo de 36,8 milhões de declarações enviadas

AB
Agência Brasil
postado em 05/03/2022 10:24
 
 (crédito:  Marcelo Camargo/Ag..ncia Brasil)
(crédito: Marcelo Camargo/Ag..ncia Brasil)

Seja por falta de atenção, por erro ou por falta de documentos, uma das obrigações mais tradicionais do brasileiro pode acabar em dor de cabeça. Em vez de receber restituição, o contribuinte pode ser obrigado a refazer a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física e a prestar contas adicionais ao Fisco. Nos piores casos, a Receita Federal pode cobrar uma multa de até 75% do imposto devido.

Como prevenir contratempos? Segundo o advogado Edemir Marques de Oliveira, especializado em direito tributário, a antecipação na hora de juntar documentos e a transparência na prestação de informações são os principais cuidados que o contribuinte deve ter. "A primeira coisa é tentar ser o mais honesto possível com a Receita. E nessa transparência, o contribuinte deve juntar toda a documentação que puder em termos de deduções e dos rendimentos", explica.

 Entre os rendimentos mais propenso a dar problemas, diz o advogado, estão as receitas de aluguéis e os ganhos de capital na venda de imóveis. "O contribuinte deve ser organizado não apenas no momento de declarar o Imposto de Renda, mas durante todo o ano", diz Oliveira.

Em relação às deduções, o advogado aconselha que o contribuinte exija nota fiscal e guarde todos os recibos dos gastos que podem ser deduzidos, como educação e saúde.

Dinheiro, Real Moeda brasileira
Receitas de aluguéis e os ganhos de capital na venda de imóveis estão entre os mais propensos a dar problemas na declaração- José Cruz/Agência Brasil

Dicas

Para Oliveira, a grande novidade de 2022 que pode resultar na diminuição de erros e de omissões é a declaração pré-preenchida da Receita. Nesse modelo, o contribuinte recebe um formulário com dados de declarações enviadas por empresas, instituições financeiras, imobiliárias e médicos, cabendo apenas conferir os dados. Todo o processo é feito no Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC).

Até agora disponível apenas para contribuintes com certificação digital (tipo de assinatura eletrônica vendida no mercado), a declaração pré-preenchida foi ampliada neste ano. A ferramenta poderá ser usada por quem tem conta tipo prata ou ouro no Portal Gov.br. O advogado, no entanto, recomenda atenção a quem opta por esse recurso.

"O declarante deve comparar as informações com os documentos antes de confirmar os dados. Caso encontre alguma divergência, deve ajustar as informações e guardar o documento ou o recibo para eventuais esclarecimentos ao Fisco", orienta Oliveira.

Por fim, o advogado aconselha o contribuinte a acompanhar o processamento da declaração, informado por meio do e-CAC. Caso haja problemas, deve-se enviar, o mais rápido possível, uma declaração retificadora. "A Receita oferece a oportunidade para que o contribuinte faça a autorretificação e evite ser intimado", justifica.

Confira as principais orientações para evitar erros e omissões e cair na malha fina.

  •   Organizar documentos ao longo do ano ou pelo menos algumas semanas antes de enviar a declaração
  •  
  •   Ser transparente com a Receita Federal e informar todos os rendimentos recebidos no ano anterior, assim como comprovar todos os gastos que geram dedução
  •  
  •   Revisar a declaração antes do envio para evitar erros de preenchimento
  •  
  •   Identificar operações que não ocorrem com frequência, para evitar omissão de dados. Entre essas operações, estão compra e venda de bens acima de R$ 5 mil, que podem gerar ganhos de capital
  •  
  •   Evitar a inclusão de dependentes em duas declarações
  •  
  •   Incluir os rendimentos próprios dos dependentes, como filho que recebe pensão de ex-cônjuge
  •  
  •   Evitar inclusão de despesas médicas indedutíveis ou sem comprovação
  •  
  •   Acompanhar o processamento da declaração após a entrega e retificar dados inconsistentes ou omitidos o mais rápido possível
 

Correio Braziliense sexta, 04 de março de 2022

LAZER: CONFIRA OS DESTAAQUES DA PROGRAMAÇÃO DO FIM DE SEMANA NA TELINHA
 

Confira os destaques da programação do fim de semana na telinha

Publicado em Sem categoria

Programação do fim de semana vai da estreia de The boys presents: Diabolical ao documentário Elza & Mané – Amor em linhas tortas

Humor ácido
Baseada nos quadrinhos de Garth Ennis e Darick Robertson, The boys presents: Diabolical estreia nesta sexta-feira (4/3) no catálogo do Amazon Prime Video. Os 8 episódios do spin-off da aclamada The boys serão curtinhos, de 12 a 14 minutos, o que não significa que não haverá tempo para muito humor. As histórias trazidas em Diabolical serão inéditas e farão parte do universo de The boys. Vale lembrar que, apesar de ser uma animação, The boys é voltada para o público adulto e tem classificação indicativa não recomendada para menores de 18 anos.

Mais uma jornada


Aguardada por fãs de ficção científica, a segunda temporada de Star Trek: Picard chega nesta sexta-feira (4/3) ao catálogo do Amazon Prime Video. Desta vez, Picard vai unir amigos de várias gerações para uma corrida contra o tempo. Eles precisam salvar o planeta Terra de perigos oferecidos pela própria ação do homem. Além disso, ele terá que acompanhar de perto o julgamento de um inimigo poderoso no Dia do Juízo Final.

Drama familiar


Andy tem certeza que conhece em detalhes a mãe dela, Laura. Até que um dia a reação de Laura em um, aparentemente simples passeio no shopping, a surpreende. A matriarca explode em violência. Assim, um segredo guardado há quase 30 anos vem à tona e pode mudar por completo a vida de Andy. Só que, para descobrir realmente o que está acontecendo, ela precisa investigar a própria mãe. Esse é mote de Ninguém pode saber, filme que estreia nesta sexta-feira (4/3) na Netflix.

Um grande amor

Elza e Mané – Amor Em Linhas Tortas

A história de amor de Elza Soares e Mané Garrincha é tema da série documental Elza & Mané – Amor em linhas tortas, estreia do Globoplay. O roteiro assinado por Caroline Zilberman e Rafael Pirrho mostra a relação conturbada entre a musa da MPB e o craque do Botafogo e da Seleção Brasileira. Sem passar tinta para as dificuldades do caminho, a série fala sobre racismo, preconceito social, alcoolismo, perseguição política e violência doméstica. O público poderá acompanhar entrevistas resgatadas do jogador e depoimentos de Elza exclusivos para Elza & Mané – Amor em linhas tortas.

Suspense com comédia


Maria Bopp é a protagonista de As seguidoras, série que estreia domingo (6/3) no Paramount+. Criada pelo pessoal do Porta dos Fundos, a produção mescla suspense e comédia. Em seis episódios, somos apresentados a Liv, influenciadora digital que leva a obsessão por ganhar seguidores às últimas consequências e se transforma em uma serial killer. “É mais fácil matar, esquartejar, transportar, embalsamar, ocultar um cadáver do que passar pelo tribunal da internet”, brinca Maria, no material de divulgação de As seguidoras.


Correio Braziliense quinta, 03 de março de 2022

POLÊMICA: JORNAL BRITÂNICO CRITICA BRASIL POR CARNAVAL EM MEIO À GUERRA

 

Jornal britânico critica Brasil por carnaval em meio à guerra

Artigo do Daily Mail destacou que a festa foi cancelada no país devido à covid-19, mas, mesmo assim, brasileiros foram às ruas celebrar

TM
Thays Martins
postado em 03/03/2022 09:44
 
 (crédito: CARL DE SOUZA / AFP)
(crédito: CARL DE SOUZA / AFP)

O jornal britânico Daily Mail criticou os brasileiros que saíram para festejar o carnaval mesmo com uma guerra acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia. "A festa continua no Rio! Milhares inundam as ruas do centro no Brasil para celebrações não oficiais do carnaval, enquanto o resto do mundo protesta em solidariedade pela invasão da Ucrânia pela Rússia", começa o artigo publicado na terça-feira (1°/3). 

 

Os protestos nos Estados Unidos, onde vários monumentos foram iluminados com as cores da bandeira ucraniana, e na Rússia, onde mais de 6 mil pessoas foram detidas por protestarem, também são destacados no texto. 

Em resposta, muitos brasileiros questionaram se o resto do mundo também se manifestou quando crises humanitárias envolvendo países não europeus aconteceram. "O resto do mundo protestou quando os EUA ajudaram o exército brasileiro a instalar uma ditadura que matou e torturou milhares de pessoas?", questionou uma leitora. 

"A felicidade é gratuita. A vida é preciosa demais para se preocupar com queixas. Eu gostaria que o mundo tivesse se unido contra a invasão da OTAN na Líbia, Síria e muitos outros países indefesos na terra do jeito que estão com a Ucrânia", afirmou um outro leitor. 


Correio Braziliense quarta, 02 de março de 2022

FUTEBOL - ABEL BRAGA TEM 10 VITÓRIAS SEGUIDAS
WILLIAN BIGODE CELEBRA O PRIMEIRO GOL: UM DOS TALISMÃS TRINTÕES DE ABEL. FOTO: FLUMINENSE

Em tempos de investimento em técnicos importados, um brasileiro tem 10 vitórias seguidas: Abel Braga

Publicado em Esporte

Olha só o tamanho da contradição: em tempos de investimentos em massa nos técnicos importados,Abel Braga é o ponto fora da curva neste início de temporada. Enquanto colegas de profissão argentinos, portugueses, uruguaios e paraguaios tentam decifrar o futebol brasileiro, o comandante do Fluminense avança devagarinho na formação de um time minimamente competitivo.

 

Abel Braga chegou a 10 vitórias consecutivas neste início de ano. A lista das vítimas tem Madureira, Audax, Portuguesa, Nova Iguaçu e Volta Redonda, mas também os arquirrivais Flamengo, Botafogo e Vasco e dois triunfos sobre o Millonarios. Abel superou no Fluminense a sequência da própria arrancada à frente do Internacional no vice-campeonato do Brasileirão 2020. À época, o Colorado enfileirou nove triunfos até empatar com o Athletico-PR, na Arena da Baixada.

 

Abel Braga mostrou mais uma vez na vitória por 2 x 0 contra o Millonarios, em São Januário,  que tem um plano para levar o Fluminense à fase de grupos da Libertadores. Ele quer um time experiente, cascudo, intimidador. Felipe Melo é um dos encarregados por amedrontar os adversários. O veterano de 38 anos vibrava nas disputas de bola. Ele chegou a gritar e gesticular de propósito para o adversário ouvir e se apequenar. 

 

O Fluminense começou o jogo com um time na casa dos 29,7 anos. Essa era a média dos 11 titulares. Há uma divisão clara de faixa etária. São cinco veteranos com mais de 30 anos — Fábio, David Braz, Felipe Melo, Willian Bigode e Cano — e seis abaixo dessa idade: Calegari, Nino, Cris Silva, Luiz Henrique, André e Yago Felipe. Você e eu podemos até discordar dessa combinação, mas ela existe, há um método de trabalho. 

 

Funcionou contra um adversário bem mais jovem. O Millonarios de hoje tinha média de idade de 26,5 anos. A juventude e a mobilidade permitiram ao time colombiano superar o Fluminense em vários quesitos nas estatísticas. Teve mais posse de bola (51% x 49%), finalizou mais (10 x 9), trocou mais passes (411 x 392), desarmou mais (20 x 14), mas pecou demais no quesito em que o Fluminense foi muito superior: qualidade no arremate. 

 

O Millonarios finalizou oito vezes dentro da área contra cinco do Fluminense. Obrigou o goleiro Fábio a fazer seis defesas. Do outro lado, o time de Abel Braga foi preciso nas finalizações. Willian Bigode aproveitou a oportunidade dele. Arias colocou a outra na rede. 

 

Um outro detalhe separou os homens do Fluminense dos meninos do Millonarios no mata-mata da segunda fase da Pré-Libertadores. A ingenuidade nas disputas de bola com jogadores experientes. A equipe colombiana cometeu 20 faltas contra 7 do adversário, ou seja, o Fluminense, que tinha vantagem de 2 x 1 construída no jogo de ida, ganhava tempo a cada paralisação para controlar a partida e renovar o gás de seus veteranos. 

 

O truque de montar um Fluminense na casa dos 30 anos funcionou contra o Millonarios, mas não é certeza de sucesso na próxima fase. O Olimpia, por exemplo, tem jogadores tão experientes quanto os tricolores nesse tipo de competição. A média de idade do Olimpia é parelha com a dos titulares de Abel Braga. A equipe paraguaia tem 29,5 anos. Derrotado por 3 x 1 na partida de ida, o Atlético Nacional entrou em campo com 27,7 anos. Sinal de que o Fluminense terá de intimidar menos — e jogar muita bola — na terceira fase. 


Correio Braziliense terça, 01 de março de 2022

LANÇAMENTO: PARCERIA DE NAIARA AZEVEDO E MARÍLIA MENDONÇA SERÁ LANÇADA NA QUINTA-FEIRA, (3/3)

Parceria de Naiara Azevedo e Marília Mendonça será lançada na quinta-feira (3/3)

A ex-participante do BBB anunciou que o lançamento de "50%" ocorrerá nesta semana

CB
Correio Braziliense
postado em 28/02/2022 20:54 / atualizado em 28/02/2022 20:54
 
 
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

A ex-BBB e dona do hit 50 reais, Naiara Azevedo, anunciou o lançamento de 50%, parceria com Marília Mendonça, gravada em setembro de 2020, semanas antes do acidente de avião que tirou a vida de Marília. A música chega na próxima quinta-feira (3/3). 

Antes mesmo do lançamento, a música foi alvo de polêmicas enquanto Naiara estava confinada no BBB. O irmão de Marília, o cantor João Gustavo, disse que não permitiria o lançamento da canção, mas depois voltou atrás e se desculpou. 

João esclarece que o vídeo liberado pela família não é o gravado após a morte de Marília e, sim, o que ela participa ao lado de Naiara. "A equipe de Naiara Azevedo nos procurou e entendeu a nossa posição contrária ao lançamento de uma gravação feita após a morte da Marília. Um vídeo totalmente diferente daquilo que a Marília havia feito em vida e que tinha um tom apelativo de tristeza e sofrimento", escreveu o cantor.

"Minha irmã sempre levou alegria e felicidade por onde passava, essa é a imagem que queremos defender. Nunca fomos contrários ao lançamento do vídeo feito em vida pela Marília com a Naiara, essa era a vontade dela e será respeitada", continua.

João Gustavo, que havia chamado de Naiara de "oportunista" no primeiro dia do reality show, aproveitou para se desculpar com à cantora: "Peço desculpas pela forma intempestiva como agi, criticando de uma forma dura a artista Naiara. Quando minha mãe tomou conhecimento do vídeo que queriam lançar, ela ficou muito triste e vê-la daquela forma me fez perder a cabeça e eu agi de uma forma impulsiva. Hoje, de cabeça fria, reconheço que fui duro nas palavras e por não ter compromisso com o erro, peço desculpas à Naiara e toda sua equipe."


Correio Braziliense segunda, 28 de fevereiro de 2022

CINEMA: VEJA LISTA DE FILMES QUE TRATAM, DO CARNAVAL E PODEM SER VISTOS NA TV

Veja lista de filmes que tratam do carnaval e podem ser vistos na TV

Em tempos de contenção de farras e aglomeração, o cinema é instrumento para reacender os ânimos, recontando tramas, origens e a evolução dos festejos de Momo

RD
Ricardo Daehn
postado em 28/02/2022 06:00
 
 (crédito:  Mustapha Barat/Divulgação)
(crédito: Mustapha Barat/Divulgação)

Desvendar parte do "mistério do samba" foi a tarefa do documentário homônimo de 2008, assinado por Carolina Jabor e Lula Buarque de Hollanda, que remexeu num baú de pesquisas de Marisa Monte dedicadas à Velha Guarda da Portela, num filme que contou com as presenças de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. É assim, reavivando enredos históricos ou registrando para a posteridade fatos geracionais, que o cinema contribui para a cultura nacional. Iniciativas raras no âmbito da cultura trazem momentos como o investimento, em 2001, de R$ 267 mil no restauro do precioso longa Alô, alô, Carnaval (1935), que demarcou a projeção do talento de Carmen Miranda, e contou com personalidades do rádio, em meio a sátiras aos anos de 1930. No filme de Adhemar Gonzaga, despontam números musicais com obras consagradas como Pierrot apaixonado, eternizadas em sons e movimentos. 

Com pé na realidade, a cinebiografia Trinta é outro título que incendeia, ao acompanhar a involuntária vocação carnavalesca de Joãosinho Trinta (Matheus Nachtergaele), nascida em 1974, à frente da Acadêmicos do Salgueiro. O clima de celebração também alcança passistas, musas e criativas cantoras que imprimem o vigor feminino em Damas do samba (2013), feito por Susanna Lira, a partir de conversas com mulheres da estatura de Tia Surica, Dona Ivone Lara e Alcione. Direto da fonte — em filmes como Axé, canto do povo de algum lugar (2016), que exalta talentos como Luiz Caldas e Bell Marques; Banda de Ipanema (2000), dirigido por Paulo César Saraceni, e Filhos de Ghandy (2000), sobre o bloco fundado em 1949 —, o público pôde se inteirar de personagens pioneiros e da evolução de cenários da mais brasileira das festas. Confira abaixo, como a sétima arte bem reproduziu a energia da massa em filmes memoráveis.

 

Quando o carnaval
chegar (1972)

De Cacá Diegues.

As composições de Chico Buarque, companheiro, no elenco, de Nara Leão e Maria Bethânia, emolduram o clima de festejos da trupe que experimenta, em deslocamentos pelo país, o sucesso advindo das apresentações musicais nas quais louvam sucessos do rádio. Nos bastidores do trabalho, eles convivem com ambições e paixões, além de sincretismo, nesse filme que traz integrantes da Acadêmicos do Salgueiro.

Dona Flor e seus dois
maridos (1976)

De Bruno Barreto.

No filme colorido e repleto de sinestesia, há na trilha sonora o uso de criação de Ary Barroso (Quindins de Yayá), o que ajuda a ambientar a festiva Salvador dos anos 40, na qual uma cena se torna inesquecível: Vadinho (José Wilker) enfarta, fantasiado, em pleno carnaval. Mas, ele voltará, a fim de infernizar a vida da personagem-título a cargo de Sônia Braga. Sucesso resplandescente de público desbancado (em números) por outros marcos como Central do Brasil e Tropa de elite.

Carnaval Atlântida (1952)

De José Carlos Burle.

No tabuleiro da baiana e Máscara da face são alguns dos números musicais vivenciados por personagens de Eliana Macedo e Oscarito. A trama explora uma pretendida adaptação para a mitológica Helena de Troia, mas tudo com a esperada estrutura festiva do cinema nacional. Um consultor de mitologia é acionado para enriquecer, com requintes de superprodução hollywoodiana, o roteiro do filme pretendido. Mas, por trás do projeto, muitos torcem pela efetiva feitura de mais uma comédia de carnaval, com traços verde-amarelos.

Banana is my business (1995)

De Helena Solberg.

Com carga documental, a carreira e a vida de Maria do Carmo Miranda da Cunha, a Carmen Miranda, criada no Brasil e despontada para o mundo via Hollywood, são revistas, 40 anos após a morte dela, em meados dos anos de 1990. Cenas de arquivos e depoimentos se mesclam a episódios encenados por Eric Barreto e Letícia Monte. A diretora Helena Solberg demarcou a proposta de resgate da identidade cultural de Carmen e o fato da exponencial projeção feminina, numa época conservadora. No Festival de Brasília de 1994, crítica, júri popular e júri oficial (que concedeu prêmio especial) se uniram na consagração do filme.

Cinco vezes favela (1962)

Longa que traz Couro de gato, de Joaquim Pedro de Andrade.

Nesse filme de episódios, Cacá Diegues cerca aspectos comerciais ligados aos festejos de Momo, enquanto colegas como Marcos Farias e Leon Hirszman exploram dilemas da favela. Em 12 minutos, Joaquim Pedro assina o curta clássico Couro de gato, que trata do cenário assustador para os felinos, diante da confecção de tamborins, às vésperas do carnaval.

Berlim da batucada (1944)

De Luiz de Barros.

Buscando conteúdo e atores brasileiros, profissionais do exterior invadem o ambiente do carnaval carioca, a fim de idealizarem um filme colorido, nesta comédia musical que conta com as atuações de Procópio Ferreira e Grande Otelo, além das presenças e vozes de Francisco Alves, Dalva de Oliveira e
Herivelto Martins.  

Orfeu (1999)

De Cacá Diegeus.

A peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, traz o mote do longa estrelado por Tony Garrido e Patrícia França, e que conta com a comunidade da Unidos do Viradouro. Orfeu é um compositor do morro que se apaixona pela nortista Eurídice, e eles montam um calendário para a vida conjugal, mas que dependente das atividades carnavalescas. Cenas na autêntica folia da Marquês de Sapucaí, crises com o tráfico de drogas e uso de mitologia grega formam pilares do longa conferido por mais de um milhão
de espectadores.

Orfeu do carnaval (1959)

De Marcel Camus.

Produção francesa e paulistana ganhadora da Palma de Ouro Cannes, do Oscar de melhor filme estrangeiro e do prêmio de melhor direção no Festival de Berlim. Ciúmes e a morte rondam o amor entre Orfeu (o jogador de futebol Breno Mello) e Eurídice (Marpessa Dawn), que vem embalado por músicas como Manhã de carnaval e por acordos dos personagens com divindades. O filme traz participações de Lea Garcia e de foliões da Portela, Mangueira, Acadêmicos do Salgueiro, Império Serrano e Unidos da Capela.

Samba Riachão (2001)

Documentário de Jorge Alfredo.

Autor de Cada macaco no seu galho e Vá morar com o diabo, Clementino Rodrigues, o artista Riachão, puxa o fio da meada do longa que trata de boemia e da posição de destaque do samba, no apanhado histórico da MPB. Dorival Caymmi, Carlinhos Brown, Tom Zé, Gilberto Gil e Caetano Veloso estão entre as figuras de ponta analisadas no decorrer do longa que venceu prêmios de júri popular e, empatado com Lavoura arcaica, o de melhor filme, pelo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Algumas atrações

HBO Max (streaming)

No 14º episódio da série Turma da Mônica, Fantasia de Carnaval, os endiabrados Cascão e Cebolinha tentam atrapalhar os preparativos da festa por parte de outros personagens criados por Maurício de Souza. O programa Onda boa traz Ivete Sangalo em clima de agito e descontração, ao receber, em cinco episódios gravados no sítio dela, personalidades musicais como Iza, Glória Groove e Vanessa da Mata.]

Irmão do Jorel — Especial Carnaval bruttal (foto) mostra personagens desiludidos com um realidade adulterada, em que a festa de carnaval traz marchinhas repetidas à exaustão e padronização de fantasias.

Canal Brasil

Mangueira em 2 tempos (foto), amanhã, às 18h. A partir do vídeo Mangueira de amanhã, feito há 30 anos, a diretora Ana Maria Magalhães revisita o cotidiano de antigos frequentadores de escola
de samba mirim.

Paulinho da Viola — Meu tempo é hoje, quarta, às 18h. De Izabel Jaguaribe. O discreto Paulinho da Viola tem parte da vida desvendada por Zuenir Ventura, cicerone de uma jornada que inclui encontros com talentos como Marina Lima e Elton Medeiros.

Curta!

(programação, de graça, no site canalcurta.tv.br/viainternet)

Hoje, às 20h30, episódio Ó abre alas da série 101 canções que tocaram o Brasil, comandada por Nelson Motta, examina o percurso das marchinhas clássicas.

Hoje, às 21h, Coração do samba, a diretora Theresa Jessouroun propõe um raio-X no campo da percussão: ela explora o segmento da bateria de uma escola de samba.

 


Correio Braziliense domingo, 27 de fevereiro de 2022

CULTURA: GIBITECA DO ESPAÇO CULTURAL RENATO RUSSO SERÁ REINAUGURADA APÓS 10 ANOS

 

Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo será reinaugurada após 10 anos

Com investimento da Secretaria de Cultura e Economia, o espaço será reaberto em junho. Ao todo, 25 mil gibis estão disponíveis no acervo atual

RM
Rafaela Martins
postado em 26/02/2022 16:30
 
 (crédito: Tony Oliveira/Agência Brasilia - 25/4/21)
(crédito: Tony Oliveira/Agência Brasilia - 25/4/21)

Fechada há 10 anos, a Gibiteca do Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, passou por reformas e está com reabertura prevista para o primeiro semestre de 2022. Importante na formação de ilustradores e quadrinistas brasilienses, o local voltará a ser um espaço de conhecimento e sociabilidade. Ao todo, foram investidos R$ 60 mil pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).

A gibiteca foi fechada em 2013 para reforma, que só foi concluída em 2019, garantindo acessibilidade e um sistema de prevenção a incêndios. Com a pandemia de covid-19, ficou impossibilitada a continuidade dos serviços, que foram retomados em 2022, com seleção e catalogação dos 25 mil gibis do acervo atual. Com a estrutura reformada, o espaço aguarda apenas a chegada do novo mobiliário — que terá novas estantes e outros itens.

 Gerente do Espaço Cultural Renato Russo, Marmenha Rosário afirmou que pretende reabrir a gibiteca no primeiro semestre. “A reabertura deve ser ainda neste semestre. A gente já está pensando em um mês de atividade nessa linguagem dos quadrinhos, com exposição e encontro de quadrinistas. Tenho certeza que após a reinauguração teremos uma programação efetiva e sistemática”, explicou.

expectativa é que o local volte a ter a mesma importância que teve durante o período de auge entre 1980 e 1990. “A gibiteca é uma parte muito importante [da 508 Sul], uma área em que as crianças faziam cursos de gravura e de desenho e passavam muito tempo aqui em meio a essa coleção de gibis. Muitos desenvolveram suas artes aqui. Há toda essa relação afetiva com o espaço”, afirma Marmenha.


Correio Braziliense sábado, 26 de fevereiro de 2022

CARNAVAL 2022: VEJA COMO FICA O CARNAVAL NAS CAPITAIS DO PAÍS
 

Veja como fica o carnaval nas capitais do país

Levantamento mostra como quase a totalidade das prefeituras proibiu blocos, desfiles e manifestações em locais públicos.

AB
Agência Brasil
postado em 26/02/2022 09:49
 
 
 

A nova fase de pandemia de covid-19, impulsionada pela variante Ômicron, levou ao cancelamento do carnaval em quase todas as capitais do país. Levantamento mostra como quase a totalidade das prefeituras proibiu blocos, desfiles e manifestações em locais públicos.

Em todas as cidades estão valendo os protocolos sanitários, como uso de máscara. A exigência de passaporte vacinal é adotada em parte das cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Aracaju e Fortaleza.

 

Blocos

A proibição da festa foi sentida pelos blocos, trabalhadores e promotores de eventos carnavalescos. A Agência Brasil conversou com representantes de blocos.

O Bloco Eu Acho é Pouco, que sai em Olinda (PE) e completa 45 anos em 2022, é uma das agremiações que sentem o cancelamento da festa neste ano, mas considera que não haveria como fazer desfile com segurança.

"A ausência do carnaval é proporcional à realização da festa para quem ama e vive o evento. É um momento de recolhimento, pois não há condições sanitárias para ir às ruas. Mas é preciso olhar para a cadeia produtiva da cultura e apoiar de alguma forma", diz Luciana Veras, uma das integrantes do bloco, que destinará parte da renda com venda de camisetas a pessoas que trabalham nos desfiles.

Na avaliação de Juliana Andrade, coordenadora da Rede Carnavalesca do Distrito Federal (DF), houve quebra do pouco apoio que existia na cidade para a realização da festa. "Podíamos inserir o carnaval como tecnologia no enfrentamento à pandemia. Marchinhas, informações nos meios de comunicação", defende.

Levantamento por regiões

Sudeste

No Rio de Janeiro, o carnaval de rua foi, segundo a prefeitura, descartado. O motivo foi a dificuldade de controlar o fluxo de pessoas e exigir o passaporte vacinal para acesso aos eventos. O desfile das escolas de samba na Marquês de Sapucaí foi adiado para abril. Eventos privados foram autorizados, desde que seja exigida a comprovação de vacinação completa.

Em São Paulo, o carnaval de rua foi cancelado, enquanto os desfiles de escolas de samba foram adiados para o feriado de Tiradentes. As festas e eventos particulares podem ocorrer, desde que respeitado o limite de 70% da capacidade do local e que seja exigido comprovante de vacinação. É obrigatória a adoção de protocolos de saúde como uso de máscaras e disponibilização de álcool em gel.

A prefeitura de Belo Horizonte não publicou regras proibindo festejos de carnaval. À Agência Brasil, informou que vai avaliar as situações "caso a caso". Lembrou que não investiu nem apoiou com infraestrutura nenhum bloco de carnaval neste ano.

Os dias não serão pontos facultativos na capital mineira, o que, na expectativa da administração municipal, deverá dificultar a realização de eventos em locais públicos. Eventos privados estão autorizados conforme as regras adotadas pela prefeitura, como obtenção de alvará, comprovante de vacinação ou exame RT-PCR até 48 horas antes, obrigação de máscaras e disponibilização de álcool em gel e outros recursos para higienização das mãos.

Não há limitação de capacidade de público. Os organizadores devem ter informações sobre os participantes para rastreamento epidemiológico e informação às autoridades de saúde se tiverem conhecimento de casos que possam ter sido contraídos no evento. Os ingressos devem ser adquiridos preferencialmente por meios eletrônicos.

Em Vitória (ES) não haverá programação de carnaval. O Decreto nº 20.415, de 14 de fevereiro, proibiu a realização em espaços públicos de concentrações, desfiles de escolas de samba e blocos, atividades recreativas semelhantes a blocos carnavalescos, bem como qualquer evento que resulte em aglomeração em vias. O desfile das escolas de samba foi transferido para os dias 7, 8 e 9 de abril

Os estabelecimentos e eventos privados são regulados por norma estadual. Como a cidade está em risco moderado de pandemia, bares e restaurantes podem funcionar até as 22h, de segunda a sábado, e até as 16h no domingo. Festas e shows podem ocorrer com capacidade de até 50%, 1,2 mil pessoas em locais fechados e 2 mil pessoas em locais abertos. Para entrar nos locais será exigido comprovante vacinal.

Centro-Oeste

No Distrito Federal, o carnaval também foi cancelado, em decretos editados no dia 6 de janeiro. Conforme as regras do governo local, bailes, shows, blocos e desfiles estão proibidos, bem como qualquer evento de carnaval, inclusive em estabelecimentos privados. Festivais, festas e eventos culturais semelhantes não podem cobrar ingresso. Os bares não podem manter espaços de dança, mas podem funcionar sem cobrança de ingresso, com música ao vivo, assim como shows e festas em locais abertos ou fechados, também sem cobrança de valores.

Em Cuiabá, o carnaval foi proibido, incluindo tanto atividades públicas quanto privadas. Segundo o Decreto 8.946 de 2022 da prefeitura, publicado nesta semana, eventos esportivos e artísticos realizados em ginásios e estádios têm que respeitar limitação de 80% da capacidade local, além de medidas de biossegurança. 

Em Goiânia, o Decreto nº 598, de 17 de fevereiro, proibiu festejos de carnaval em logradouros públicos. A primeira versão do decreto previa a suspensão de festejos de carnaval em ambientes fechados, mas a redação foi modificada. A norma também fixa obrigações para atividades econômicas. Bares, restaurantes, casas de espetáculo e boates devem manter distanciamento de 1,5 metro entre as mesas, com limitação de 60% da capacidade e a possibilidade de música ao vivo e uso de pista de dança.

Nordeste

Em Salvador, um dos maiores carnavais do país também está cancelado. Foram proibidas ainda quaisquer atividades culturais e com som em áreas públicas. A prefeitura montou força-tarefa para fiscalizar aglomerações e manifestações nos locais onde a festa é tradicionalmente realizada, como o circuito Barra-Ondina. Os dias de carnaval não terão ponto facultativo, e os órgãos municipais funcionarão normalmente.  

A prefeitura de Maceió cancelou as festas. Em nota à Agência Brasil, informou que estão proibidas também as autorizações para a realização de festas privadas em locais públicos.

Em Aracaju, estão autorizados eventos, com regras estabelecidas pelo estado, desde que respeitados os limites de até mil pessoas em locais abertos e até 300 em espaços fechados. A realização é condicionada à aprovação da Secretaria de Saúde, devendo haver também  respeito aos protocolos sanitários. Nos eventos devem ser exigidos comprovante de vacinação ou teste negativo de antígeno realizado até 48 horas antes.

A prefeitura do Recife, cidade com um dos mais tradicionais festejos do país, decidiu também pelo cancelamento, a exemplo de outras capitais nordestinas. A prefeitura anunciou programações alternativas. A Ciclofaixa do Turismo e Lazer, que passa por pontos turísticos da cidade, terá bicicletas com caixas de som tocando frevo, o ritmo tradicional do carnaval.

Olinda, cidade vizinha à capital e que forma o circuito carnavalesco da região metropolitana, também cancelou a festa. As duas cidades lançaram programas de apoio a blocos e trabalhadores do carnaval.  

Em Fortaleza, a prefeitura proibiu até o dia 1º de março a realização de eventos festivos de carnaval e pré-carnaval. Outros eventos deverão respeitar os limites de até 500 pessoas em espaços abertos e de até 250 pessoas em locais fechados. Nessas ocasiões, a determinação é exigir o passaporte vacinal e respeitar os protocolos de saúde. O governo do Ceará e a prefeitura de Fortaleza não decretaram ponto facultativo nos órgãos públicos.

A prefeitura de São Luís informou que não haverá carnaval na cidade. Diante do cancelamento dos desfiles e blocos, a administração municipal disse que vai conceder auxílio para artistas e integrantes de blocos. Os eventos privados seguem autorizados, conforme norma vigente na capital maranhense. Foi determinado ponto facultativo de 28 de fevereiro a 2 de março.

Norte

A prefeitura de Manaus suspendeu a autorização de festas e blocos de rua.. Os dias 1º e 2, até as 12h, são feriados municipais.

Em Belém, os festejos foram cancelados em novembro do ano passado. A prefeitura determinou ponto facultativo nos dias 28 de fevereiro, 1º e 2º de março, até as 12h. Festas em locais fechados podem ocorrer, desde que com protocolos sanitários e exigência de comprovante de vacinação.

Decisão semelhante tomou a prefeitura de Palmas, no Tocantins. A administração editou decreto cancelando as manifestações carnavalescas até 1º de março. Durante o feriado foi decretado ponto facultativo.

Em Porto Velho, o carnaval também foi cancelado, conforme o Decreto nº 17.887, de 12 de janeiro de 2022. "Fica proibida a realização de quaisquer eventos, públicos ou privados, em espaços abertos ou fechados, em comemoração ao carnaval de 2022, como bailes, blocos e agremiações,  carnaval de rua, festas em repúblicas, festas em sítios e eventos privados de qualquer espécie", diz a norma. Entretanto, bares, restaurantes e boates poderão funcionar na capital de Rondônia, desde que respeitem os protocolos sanitários. A prefeitura estabeleceu como ponto facultativo os dias 28 de fevereiro, 1º e 2 de março.

Sul

A prefeitura de Porto Alegre proibiu atividades, como blocos de rua e desfiles de escola de samba, mas festas privadas estão permitidas conforme os protocolos estaduais e municipais (como uso de máscara e distanciamento). As atividades foram transferidas inicialmente para 6, 7 e 8 de maio, quando devem ocorrer os desfiles. Mas a data pode mudar em função da pandemia.

Florianópolis é outra capital da região que tece o carnaval cancelado pela prefeitura. Foram proibidos blocos e desfiles de agremiação, bem como quaisquer eventos carnavalescos públicos ou privados. O feriado será ponto facultativo na cidade, com os serviços municipais funcionando em regime de plantão.

Na cidade de Curitiba, a festa será em formato virtual. A decisão foi tomada em resposta ao pedido da Liga das Escolas de Samba. Foram cancelados os blocos e o desfile na Avenida Marechal Deodoro. Um edital forneceu apoio para que as escolas e três blocos promovam atividades virtuais no período. A prefeitura e demais órgãos públicos terão expediente normal nesses dias.

Agência Brasil não recebeu retorno das prefeituras de Rio Branco, Boa Vista, Campo Grande, Natal e João Pessoa.  

  
 

 
 

Correio Braziliense sexta, 25 de fevereiro de 2022

CARNAVAL 2022: CARNAVAL É FERIADO? POR QUE COVID COMPLICA AINDA MAIS ESSA QUESTÃO EM 2022

Carnaval é feriado? Por que covid complica ainda mais essa questão em 2022

Ensaio da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel em meio à pandemia, no Rio


postado em 25/02/2022 09:42
 
 
 

Com festas de Carnaval canceladas ou adiadas, dúvidas já comuns sobre a validade do feriado se tornaram ainda mais complexas.

Diferentemente de outros anos, quando já era esperado que o ponto facultativo se transformasse em um dia de folga, por conta das restrições impostas pela covid-19 e menos probabilidade de festividades (incluindo proibições expressas em várias cidades), é esperado que muitas pessoas trabalhem normalmente.

Carnaval é feriado?

O único estado onde o Carnaval é de fato um feriado todos os anos é o Rio de Janeiro, que possui uma lei específica que determina a terça-feira de Carnaval como um dia de folga.

Os municípios também podem ter leis próprias que classificam como feriado o Carnaval na cidade. É o caso de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, Belo Horizonte (somente para o comércio), em Minas Gerais, e cerca de outras 100 cidades, a maioria localizada no interior dos estados.

Nos demais locais, a data é considerada ponto facultativo, ou seja, funcionários públicos recebem folga, mas no setor privado cabe a cada empresa decidir se o dia deve ser de trabalho ou não.

Em São Paulo, onde o Carnaval é comumente considerado um feriado apesar de não fazer parte do calendário oficial, o governou já anunciou que, em 2022, não haverá folga prolongada em todo o Estado.

Independentemente disso, as empresas que assim desejam podem continuar considerando a terça-feira de carnaval como um dia de folga. Outros tipos de acordo também podem ser feitos.

A empresa tem a opção, por exemplo, de oferecer a folga na terça-feira, mas exigir que o trabalhador compense as horas não trabalhadas em outros dias.

Festas de Carnaval foram proibidas ou adiadas em 2022

Embora a data continue no calendário e seja esperada por muitas pessoas que gostam de curtir os blocos de rua, desfiles e festas privadas, as celebrações de Carnaval para 2022 já foram canceladas em boa parte do Brasil.

Um levantamento feito pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) mostra que ao menos 1.011 cidades já proibiram as festas públicas e privadas. Um número representativo, 538 municípios, cancelaram somente festas públicas, sem impedir que celebrações privadas - ainda que com milhares de pessoas - sejam feitas. Entre elas, Rio de Janeiro, Salvador, Belém São Paulo.

Algumas festas privadas com nomes de cantores famosos entre as apresentações têm ingressos sendo vendidos de R$ 700 a R$ 3000.

Apenas 72 municípios mantiveram ambos os tipos de festa, segundo o estudo que analisou, entre 14 e 17 de fevereiro, 2.193 cidades em todas as regiões do país. Cerca de 550 municípios ainda não definiram as medidas que serão adotadas.

Já as típicas festas com desfiles exuberantes nos sambódromos do Rio de Janeiro e São Paulo foram adiadas para o dia 21 de abril em ambas as capitais.

Profissional vacina mulher sentada; atrás, é possível ver grande escultura carnavalesca de um cacique
Reuters
Vacinação contra a covid-19 na sede do bloco Cacique de Ramos, no Rio

Qual é a data do Carnaval?

A data do Carnaval é móvel (ou seja, não há um dia fixo como é o caso do Natal ou Ano Novo) e é sempre definida em relação à Páscoa.

A terça-feira do Carnaval ocorre 46 ou 47 dias (se o ano for bissexto) antes do domingo de Páscoa, que por sua vez é celebrado no primeiro domingo após a primeira lua cheia após o equinócio de primavera no hemisfério norte ou no outono, no caso do hemisfério sul.

Apesar de a data ter servido para emenda de feriado em muitos anos, oficialmente, o Carnaval é apenas um dia, a terça-feira.

Recomendações de saúde aos locais que farão festas

Em outubro de 2021, a Fiocruz e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) elaboraram nota técnica, a pedido da Comissão Especial de Carnaval da Câmara dos Vereadores, que aponta cinco indicadores para a realização de um carnaval seguro na cidade do Rio de Janeiro em 2022 - mas pode servir como base para outros municípios.

O documento enviado ao CEEC (Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19), da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, considera indicadores utilizados por organismos internacionais para atividades de potenciais riscos de aglomerações e foi assinado Hermano Castro, pneumologista e ex-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, e Roberto Medronho, professor titular de Epidemiologia da Faculdade de Medicina da UFRJ. Entre as recomendações para locais que consideram a realização de festa, estão:

1. Quantidade de atendimentos na rede municipal de saúde: média móvel semanal menor que 110 casos de Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (1,63 casos por 100.000 habitantes).

2. Tempo de espera e quantidade de casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) na fila para internação no município: fila de espera de três pessoas por dia, com um tempo de espera que não deve ultrapassar de uma hora.

3. Porcentagem de testes diagnósticos positivos no município: testes positivos (RT-PCR ou Ag) durante os últimos sete dias menor do que 5%.

4. Taxa de vacinação no Brasil, no Estado do Rio de Janeiro e no Município do Rio de Janeiro: imunidade coletiva acima de 80% da população total.

"Recomendamos a taxa de vacinação acima de 80%, levando em consideração a variante Delta, cuja transmissão pode afetar até 10 pessoas. Essa é uma fórmula de imunidade que a epidemiologia usa, e trata-se de uma porcentagem mais conservadora. Atualmente, o único indicador que ainda não alcançamos foi o da vacinação, mas são valores totalmente possíveis de atingirmos, desde que não haja a interrupção da vacina", afirmou o pesquisador.


 


Correio Braziliense quinta, 24 de fevereiro de 2022

NORDESTE: VISIBILIDADE E DIVERSIDADE NORDESTINA CAI NA REDE PARA O MUNDO

Visibilidade e diversidade nordestina cai na rede para o mundo

Coleções por estados contam parte da história e peculiaridades locais para os visitantes que acessarem o Museu Virtual do Homem do Nordeste, disponível no Google Arts & Culture

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*Naum Giló
postado em 24/02/2022 06:00 / atualizado em 24/02/2022 06:10
 
Peças de cerâmica do Museu do Homem do Nordeste, em Recife  -  (crédito: Acervo Fundaj)
Peças de cerâmica do Museu do Homem do Nordeste, em Recife - (crédito: Acervo Fundaj)

Parte do acervo do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), do Recife, agora está disponível no Google Arts & Culture, com mais de 565 itens e, também, uma exposição do Mestre Vitalino (1909-1963), montada especialmente para a estreia virtual.

Pertencente à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), o Muhne tem mais de 16 mil peças em seu acervo, que revela a pluralidade das culturas negras, indígenas e brancas desde as nossas origens até os diferentes desdobramentos e misturas. As coleções são caracterizadas pela variedade, com objetos provenientes das casas das famílias dos senhores de engenhos, até objetos simples, de uso cotidiano das famílias pobres. O museu foi idealizado pelo sociólogo-antropólogo Gilberto Freyre.

Agora abrigando uma parte do acervo do Muhne, a plataforma Google Arts & Culture funciona desde 2011, com o objetivo de aumentar a presença online de organizações culturais e criar ferramentas e tecnologias gratuitas para mostrar e compartilhar histórias de arte e cultura com o público on-line. A plataforma é imersiva e possibilita explorar arte, história e maravilhas culturais ao redor do mundo, desde as pinturas no quarto do Van Gogh, até a cela de prisão de Nelson Mandela. Para chegar ao Muhne pelo Google Arts & Culture, basta ir ao endereço artsandculture.google.com e procurar pelo Museu do Homem do Nordeste.

Segundo Antônio Campos, presidente da Fundaj, o Muhne é uma instituição criada para investigar e dar visibilidade às diversas identidades que integram o Nordeste do Brasil. "São nove estados marcados pela pluralidade cultural e que agora podem ser visualizados a partir de um recorte ainda simbólico do nosso acervo. Reverbera um discurso cristalizado e o museu, agora presente no Google, pretende provocar o público e a contrapor o olhar de miséria que há muito imprimiram."O Nordeste é Caatinga e Mata Atlântica, é tão originário quanto a Amazônia e, ainda assim, europeu", define Campos.

A experiência virtual permite acessar as coleções por estados, da Bahia ao Maranhão, ou material utilizado para a confecção das peças, como borracha, cera, couro, gesso, porcelana e tecido. São objetos como a calunga Dona Joventina, do Maracatu Estrela Brilhante. Talhada em madeira há 112 anos pelas mãos de um santeiro desconhecido, a história da calunga é repleta de disputas, controvérsias e muito mistério. Há também uma coleção de cachaças com rótulos repletos de arte, mamulengos, rendas de bilro, arupembas, foices, estrovengas, joalherias e instrumentos musicais.

Mestre Vitalino

A exposição de estreia apresenta um recorte da Coleção Vitalino, do Muhne. Peças do artista brasileiro evidenciam a cultura do Nordeste do Brasil até meados do Século 20. Pernambucano de Caruaru, Vitalino Pereira dos Santos é um dos mais importantes artesãos do Brasil. O caruaruense também é conhecido por suas peças de cerâmica, que trazem figuras inspiradas nas crenças populares, nos rituais e no imaginário da população da região. São formas e cores por ele criadas que conferem materialidade ao espírito e à identidade cultural de parte substantiva do Brasil.

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco.


Correio Braziliense quarta, 23 de fevereiro de 2022

VIOLÊNCIA: PASSAGEIRO E COMERCIANTES ENFRENTAM INSEGURANÇA DIÁRIA NA RODOVIÁRIA

Passageiros e comerciantes enfrentam insegurança diária na Rodoviária

Com cerca de 800 mil pessoas transitando todos os dias pela Rodoviária do Plano Piloto, o local se torna é alvo de criminosos. De acordo com o 6º BPM, somente este ano, 416 ocorrências foram registradas no terminal

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Arthur de Souza
postado em 23/02/2022 06:00
 
Segundo o 6º BPM, a maioria dos crimes é de furto e roubo -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Segundo o 6º BPM, a maioria dos crimes é de furto e roubo - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Com um público avaliado entre 700 e 800 mil pessoas circulando diariamente, a Rodoviária do Plano Piloto pode ser considerada uma cidade à parte dentro do Distrito Federal. Os dados são da administração do terminal. O número de ônibus que transitam pelo local é de 3,8 mil, embarcando e desembarcando passageiros nas estações. De acordo com a tenente-coronel Kelly Cezário, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar (Esplanada) — responsável pelo policiamento na região da Rodoviária —, somente este ano, a PMDF registrou 416 ocorrências na área. "Os altos números de pessoas circulando na Rodoviária, podem facilitar a ação da criminalidade. A maior parte das ocorrências atendidas no terminal são de roubo e furto, com uma estimativa de que, mais da metade, são dessa natureza", destaca.

 

Rodoviária do Plano Piloto
Rodoviária do Plano Piloto(foto: Valdo Virgo/CB/D.A Press)

 

A comandante do 6º Batalhão ressalta que entre 2020 e 2021, houve aumento na taxa de criminalidade no terminal, passando de 1.563 para 2.295. "Os dados de 2020 são menores, por conta da restrição de circulação causada pela pandemia. Estávamos em lockdown, por isso, menos pessoas passaram pela Rodoviária. A partir do ano passado, a circulação voltou a aumentar, refletindo nos números de ocorrências registradas", explica Kelly.

A PMDF atua no local 24h por dia, na tentativa de conter a criminalidade, com um contingente de 60 militares, em média, por turno de 12 horas, cada. "Temos uma base móvel situada no centro da Rodoviária, policiais que trabalham de moto, equipes de rádio-patrulhamento e o policiamento a pé. Além disso, quando a gente percebe um aumento nos índices criminais, intensificamos o policiamento com o apoio do Batalhão de Cães, para fazer frente ao tráfico de drogas", detalha. Dentro da base móvel, a comandante alerta que há um canal de disque-denúncia para que a comunidade possa indicar locais onde a PM possa intensificar a atuação. "A população é parte importante no combate à criminalidade. Com os dados do disque-denúncia, nós podemos controlar melhor os locais onde as viaturas e os militares fazem as rondas", conta.

Contudo, a comandante avalia que algumas situações atrapalham a atuação da polícia. "A desordem causada pelo comércio ambulante, que está espalhado pelos corredores da Rodoviária, causa grande dificuldade no atendimento às ocorrências", argumenta.

Receio

Quem passa pela Rodoviária do Plano Piloto revela que não se sente seguro. O estudante Luis Fernando, 16 anos, conta que a situação "é de dar pena". "A segurança, aqui, é muito pouca, quase nenhuma. Quando vou para casa de algum parente, preciso passar por aqui a noite, e a sensação de insegurança é maior ainda", afirma. Luis frisa que nunca sofreu um assalto ou foi vítima de furto no terminal, no entanto presenciou algumas situações. "Meu padrasto teve o celular furtado em dezembro do ano passado. Ele estava subindo no ônibus, e aí vieram por trás dele e puxaram do bolso. Chegamos a fazer um boletim de ocorrência, mas foi o mesmo que nada, é difícil recuperar", lembra o estudante.

 

Luis presenciou quando o padrasto foi vítima de furto
Luis presenciou quando o padrasto foi vítima de furto(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

 

Luis considera que qualquer um que transite por lá corre risco de ser vítima de crimes. Para ele, falta policiamento. "Durante o dia e à noite. Para os bandidos não tem hora. Eles agem o tempo todo. É difícil observar a presença de polícia aqui. De vez em quando, a gente vê, mas é raro. Eu não me sinto seguro aqui", desabafa o morador de Planaltina.

Elisângela de Abreu, 42, relata sentimento de medo quando precisa passar pela Rodoviária. "A segurança aqui é precária, você precisa ficar atento aos seus pertences o tempo todo, caso contrário, passam e levam sua bolsa ou o que estiver ao alcance, e nem sabe quem foi", protesta. "Eu não me sinto segura. Apesar de nunca ter passado por um momento como esse, presenciei alguns e, mesmo quando não é com você, a sensação é de agonia. Eu não frequento aqui durante a noite, justamente pelo medo de acontecer algo comigo, tenho muito receio", ressalta Elisângela.

Comerciantes relatam que precisam ter cuidado redobrado. O técnico da Blumenau Celulares Edmilson Ribeiro, 32, diz que, antes das 8h, é difícil encontrar qualquer militar em patrulhamento. "Durante a manhã na Rodoviária, no horário de pico, o que você mais ouve são gritos de 'assalto!', 'olha o ladrão!'. Também já observei pessoas batendo na mão de outras, tentando tirar o celular, e você não acha polícia", retruca. "Até existe um policiamento que prende, mas não adianta nada. Uma ou duas semanas depois, a mesma pessoa aparece, com a tornozeleira (eletrônica), andando dentro da Rodoviária", reclama o técnico.


Correio Braziliense terça, 22 de fevereiro de 2022

TURISMO: ARREDORES DE BRASÍLIA E CIDADES VIZINHAS AO DF SÃO REFÚGIOS PARA O CARNAVAL

Arredores de Brasília e cidades vizinhas ao DF são refúgios para o carnaval

Sem possibilidade de "cair na folia", brasiliense tem recantos de tranquilidade como opção para o feriado. A Chapada dos Veadeiros e Pirenópolis, em Goiás, e o Lago Oeste, no DF são exemplos de recantos ideais para relaxar

JE
Júlia Eleutério
MA
Marilene Almeida*
postado em 22/02/2022 06:00
 
Pousada Villa Tereza em Alto Paraíso de Goiás -  (crédito: Arquivo Pessoal)
Pousada Villa Tereza em Alto Paraíso de Goiás - (crédito: Arquivo Pessoal)

Carnaval é época folias, festas de rua, fantasias e muita diversão. Porém, com a chegada do coronavírus, em 2020, e o avanço da variante ômicron no início deste ano, muitos brasilienses estão trocando os agitos do mês de fevereiro por dias de descanso em pousadas e casas de temporada nas proximidades da capital federal, buscando um refúgio seguro para aproveitar o feriado prolongado.

A cerca de 230km de Brasília, um dos destinos favoritos dos brasilienses é a Chapada dos Veadeiros (GO). Na região, a cidade de Alto Paraíso de Goiás oferece uma variedade de hospedagens para quem deseja curtir o carnaval em contato com a natureza e com as famosas cachoeiras, mantendo o distanciamento e os cuidados necessários para combater a covid-19.

Em meio à pandemia, o empresário e proprietário Fábio Rezende, 38 anos, inaugurou a Pousada Villa Tereza em dezembro de 2020. O local mantém as medidas restritivas impostas pelas autoridades sanitárias, mas continua recebendo os hóspedes. Com capacidade máxima de 30 pessoas, todas as oito suítes já estão reservadas para o feriado. "Na pousada, continuamos a seguir os protocolos da covid, mantendo o distanciamento. Nossas suítes possuem entradas individuais e varandas privativas, o que torna a pousada um ótimo refúgio para quem quer privacidade, segurança e que não deixa os cuidados de lado", ressalta Fábio.

O dono da pousada conta que as expectativas são sempre ótimas para os períodos de feriados, principalmente porque os visitantes de Brasília e de outros estados, buscam a região para conhecer os atrativos como Vale da Lua, Cachoeira do Segredo e o Parque Nacional. "As expectativas são as melhores. A procura tem sido muito grande para o feriado, como no ano passado. Acreditamos que mesmo com a pandemia, muitas pessoas querem fugir um pouco da rotina e procuram lugares ao ar livre para curtir com mais tranquilidade", destaca o proprietário, que está com todas as suítes reservadas desde o início do mês.

Outra cidade turística amada pelos brasilienses é Pirenópolis (GO). Com um centro histórico famoso e uma rua só de restaurantes e bares, o local também é refúgio para quem procura calmaria, devido aos casos de covid-19. Embora seja impossível evitar alguma aglomeração nas ruas, os proprietários de pousadas e donos de estabelecimentos comerciais garantem os cuidados necessários para proteger os turistas.

Wagner Miranda, 42, é dono da pousada Vila Colonial, que fica pertinho da histórica Igreja do Bonfim. São apenas 800 metros de distância. A pousada oferece acomodações com piscina ao ar livre e um belo jardim. "Estamos seguindo todas as medidas do protocolo de segurança sanitária, como o uso obrigatório de máscara, álcool 70% e distanciamento. Nós agendamos os quartos, por isso, não há perigo de superlotação", afirma o empresário.

Além da igreja do Bomfim, outros pontos de interesse famosos próximos à acomodação incluem o Museu das Cavalhadas e o Museu da Família Pompeu."Esta é a parte de Pirenópolis que os nossos hóspedes mais gostam, de acordo com avaliações independentes", finaliza Wagner.

Nova experiência

O Lago Oeste é a opção mais nova, e tem conquistado cada vez mais turistas. Referência em agrofloresta e com uma diversidade de opções de lazer e de gastronomia, fica a apenas 30 minutos de Brasília. Próxima do Parque Nacional, a região dá acesso a trilha que leva à cachoeira Poço Azul, proporcionando uma vivência junto à natureza e longe do barulho do centro da capital.

Conhecido na região, o Recanto Maria Flor oferece uma experiência diferente para os moradores da capital. A chácara fica suficientemente afastada para dar a "sensação de sair da cidade grande" e encontrar um lugar de sossego. Com capacidade máxima de 10 ocupantes, a casa pode ser alugada através de um aplicativo de reservas ou pelo site do local.

"A casa já está alugada há um tempo para o Carnaval, mas a gente tem uma atração na chácara que é o Balancéu, um balanço gigante aberto para o público durante o carnaval", comenta o proprietário do espaço Marcus Vinícius Heusi, 63 anos. O balanço precisa ser reservado conforme horário e quantidade de pessoas. As informações estão disponíveis no site do recanto. "Além de a gente ter a atração do Balancéu, o Lago Oeste oferece muitas opções de lazer como turismo pedagógico, cachoeiras, trilhas e produção de queijo de cabra. Nós disponibilizamos bicicletas para as pessoas andarem pela região", completa o dono.

Construído em 1998, o recanto começou a receber hóspedes em 2017 e não deixou de funcionar com a chegada do coronavírus. "A gente segue todas as recomendações de higienização. Assim que sai um hóspede, a gente deixa a casa arejar e faz a faxina no ambiente. Não tivemos nenhum caso, até onde sabemos, de alguém ter pego covid-19 lá, ou que tenha ido com a doença para a casa", conta Marcus, acrescentando que, na pandemia, a procura de pessoas que vivem em Brasília e em Goiânia, foi maior. Antes de 2020, a chácara recebia mais turistas estrangeiros.

*Estagiária sob a supervisão de Layrce de Lima.


Correio Braziliense segunda, 21 de fevereiro de 2022

GASTRONOMIA: CHEF FRANCÊS OFERECE SOFISTICAÇÃO DE SEU PAÍS PARA BRASÍLIA

Chef francês oferece sofisticação da gastronomia do seu país para Brasília

Depois de vasta experiência em restaurantes premiados e como personal chef de famílias de magnatas na Europa, francês fixa residência em Brasília e compartilha os segredos da gastronomia do seu país

SN
Sibele Negromonte
postado em 20/02/2022 08:00 / atualizado em 20/02/2022 10:55
 
 
 (crédito: Arquivo pessoal)
(crédito: Arquivo pessoal)

Quando criança, Lionel Ortega esperava ansioso pelas férias, para ir à fazenda dos avós, no sul da França, região onde nasceu e cresceu. Nas lembranças, coelhos, pombos, trufas, escargots, framboesas e tantos outros animais e vegetais que eram criados, cultivados e transformados em deliciosas refeições pelas habilidosas mãos da avó e sob o olhar atento do neto.

 O casal ainda mantinha uma padaria a poucos quilômetros da fazenda, para onde Lionel adorava ir. "Minha avó preparava um delicioso bolo de azeite, muito tradicional na França, mas que, hoje, dificilmente encontramos", relembra. E a paixão pela gastronomia só crescia no garoto, que tinha uma certeza: quando crescesse, seria chef de cozinha.

E o sonho se realizou. Aos 19 anos, Lionel começou a cozinhar profissionalmente e nunca mais parou. "Tenho quatro diplomas de gastronomia na França e uma pós-graduação no Brasil", orgulha-se. Mas os primeiros anos, admite, não foram fáceis. "Na faculdade, eu tinha duas alternativas: fazer o curso e, no final, um estágio de três meses, ou revezar uma semana na escola e outra em um restaurante." Lionel escolheu a segunda opção. "A minha semana no estágio começava na sexta à noite. Era pesado, mas quando a gente ama o que faz, o tempo voa. Ficava 12 horas no restaurante e parecia que tinham se passado cinco minutos", diverte-se.

E não era qualquer restaurante. O Clos de la violette, localizado em sua cidade natal, Aix-en-Provence, tinha nada mais nada menos que uma estrela Michelin no currículo. "Três anos depois, quando saí de lá, ele tinha duas estrelas Michelin", recorda-se. Para o francês, essa foi, de fato, sua maior escola.

Depois da experiência no Clos de la violette, Lionel teve a oportunidade de trabalhar em outro restaurante estelado, o Le Moulin de Lourmarin, também no sul da França. Curioso, decidiu conhecer melhor o universo dos chocolates. Seguiu para Lyon, onde fez um estágio na renomada fábrica da família Bernachon.

Sempre aberto a novas experiências, o chef decidiu expandir os horizontes além da França. Aprendeu inglês e trabalhou em restaurantes na Irlanda, na Suíça e em outros países europeus, até receber o convite de ser sous chef na Embaixada da França em Londres. "Foi uma experiência maravilhosa. Poucos sabem, mas o nível gastronômico nas embaixadas é muito alto."

Personal chef

E foi em Londres que Lionel iniciou uma guinada na vida profissional. Enquanto atuava na embaixada, fez um serviço extra — um jantar exclusivo para uma família. "Eu adorei trabalhar como personal chef. E achei que poderia investir nisso." Ele participou, então, de uma seleção para ser chef de uma família americana que estava alugando, por um mês e meio, uma casa no sul da França. E foi escolhido. "De sous chef, passei a ser chef. Era o responsável por preparar o cardápio, fazer as compras, enfim, todas as etapas da cozinha. Foi um desafio maravilhoso."

E Lionel entrou de cabeça neste mercado. Na Europa, explica, há esse costume de famílias muito ricas contratarem um chef por temporada. "No inverno, geralmente, eles vão para as montanhas; no verão, para grandes iates privados. É um mercado muito bem remunerado e muito fechado. É preciso ter referências, e eu tinha conseguido entrar nele."

De 2006 a 2011, o chef trabalhou para diversas famílias — árabes, inglesas, chinesas, italianas, suíças... Até que, em uma dessas temporadas, conheceu, na sua cidade, Aix-en-Provence, uma brasileira por quem se apaixonou. Advogada, ela estava fazendo um mestrado na região. E Lionel decidiu largar tudo para vir morar no Brasil com a amada. O destino foi Brasília.

Em terras candangas, o chef continuou a fazer o que mais gosta: cozinhar. Passou a trabalhar como personal chef, preparando menus tipicamente franceses para os clientes. "O bom da minha profissão é que posso trabalhar em qualquer lugar." Ele foi convidado por várias embaixadas para realizar eventos exclusivos. "Trabalho com o serviço francês, com empratamentos bem elaborados. Já fiz jantar para um casal e menu degustação para 250 pessoas", conta.

Lionel explica que as redes sociais o ajudaram bastante a entrar no mercado brasiliense. Por meio de sua página no Instagram e no YouTube, está sempre em contato com os potenciais clientes. "Uma vez por semana, às quintas-feiras, eu faço uma live em que ensino o preparo de um petisco. E sempre há um convidado para, da cozinha da casa dele, fazer o prato comigo, on-line." A inscrição para ser esse convidado pode ser feita no site do chef.

Lionel, porém, não abandonou as luxuosas temporadas como personal chef na Europa. Durante a pandemia, por exemplo, viajou com a família para Paris, instalou a mulher e os dois filhos, de 7 e 11 anos, no centro da cidade, e foi trabalhar no castelo do famoso estilista Valentino, próximo à capital francesa. "Mas acabei desistindo desse serviço porque Valentino, por conta da idade avançada, e seus empregados estavam em total isolamento, e eu não poderia sair para ver minha família." O chef foi trabalhar, então, em outra residência. Durante os períodos de verão no Velho Continente, costuma fazer as malas e prestar serviço para algum magnata.

Sempre ativo, o chef publicou, ainda, quatro livros — um só de receitas de quiche; um de creme bruleé; um guia para quem quer seguir a carreira de personal chef; e uma edição ilustrada para crianças da faixa etária dos filhos. Uma forma de passar as experiências e o amor pela gastronomia adiante. E, claro, desmistifica a ideia de que comida francesa não é para todos!

Quiche de aspargos verdes e parmesão

 

Quiche de aspargo verde e parmesão do chef Lionel Ortega
Quiche de aspargo verde e parmesão do chef Lionel Ortega(foto: Sueli Estrela/Divulgação)

Correio Braziliense domingo, 20 de fevereiro de 2022

COTIDIANO: CANTEIROS FLORIDOS DEIXAM O DF MAIS BELO E COLORIDO DURANTE TODO O ANO

 

Canteiros floridos deixam o DF mais belo e colorido durante todo o ano

Em meio às chuvas de verão, os canteiros da cidade seguem colorindo o caminho dos brasilienses. Responsável pelo cultivo e plantio, a Novacap cuida diariamente dessas plantas nos viveiros 1 e 2, para que sejam distribuídas pelo Distrito Federal

JE
Júlia Eleutério
postado em 20/02/2022 06:00
 
Margarida branca - Chrysanthemum leucanthemum -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Margarida branca - Chrysanthemum leucanthemum - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Os canteiros coloridos por flores espalhados pelo Distrito Federal encantam os brasilienses o ano todo. Algumas espécies, que enfeitam as vias, são resilientes ao período chuvoso e sobrevivem às mudanças climáticas. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), responsável pelo cultivo e plantio das espécies, cuida diariamente dessas plantas nos viveiros 1 e 2 para que elas sejam distribuídas pela capital.

As diversas cores das Sunpatiens estão tomando conta das ruas da cidade por se adaptarem facilmente ao clima. De origem japonesa, essas plantas híbridas são resistentes às chuvas e ao sol, podendo florescer o ano inteiro. "É uma espécie nova que a gente começou a produzir há dois anos e, no ano passado, implantamos no balão do aeroporto. Fazemos esse estudo há muitos anos, e escolhemos as espécies conforme a estação. O Sunpatiens vai estar florido o ano inteiro e tolera os períodos chuvosos", destaca a chefe de agronomia e responsável pelos viveiros, Janaína Lima Gonzáles.

 São mais de 100 hectares da Novacap destinados para a produção e cultivo das espécies de plantas e árvores que colorem a capital. Divididos em dois viveiros, o plantio é feito no período chuvoso, iniciado em outubro e indo até março. A agrônoma esclarece que, além desta espécie, outras flores de durabilidade mais curta que resistem ao período são plantadas pela cidade, como a Dália, a Margarida e a Zínia, encontradas nos balões próximos ao aeroporto. "É mais fácil, realmente, a gente encontrar as espécies no período seco. Mas já conseguimos, depois de tantos estudos, encontrar espécies para o período chuvoso que vai estar florido no ano inteiro", conta Janaína.

A especialista em ecologia ressalta que é importante combinar o cultivo de espécies nativas e exóticas que possuem diferentes preferências por luminosidade, água, nutrientes e polinizadores. "O cultivo combinado dessas espécies distintas diminuem os gastos com a manutenção do paisagismo da cidade e segue uma tendência mundial de investir cada vez mais no plantio de espécies nativas, que além de belas e de baixo custo de manutenção, são as preferidas da fauna do cerrado, ajudando a manter o equilíbrio ecossistêmico, local e regional, e tornando Brasília um excelente corredor ecológico para animais da avifauna, pequenos mamíferos e invertebrados", pontua.

Alertas

Um dos problemas enfrentados pela Novacap é o roubo de plantas dos canteiros. "Ano passado, a gente teve que repor metade do balão por conta dos furtos. A gente sempre alerta a população para não retirar as mudas ou danificá-las, porque é um processo muito trabalhoso de cultivo", comenta Janaína. Outro ponto reforçado pela responsável dos canteiros é sobre os plantios em áreas públicas. "O cidadão não pode plantar uma árvore na cidade sem a autorização do Departamento de Parques e Jardins, da Novacap. Para fazer isso, tem que solicitar na ouvidoria do órgão ou na Administração Regional. Então, um técnico da Novacap vai avaliar a área para saber se tal espécie pode ser plantada", explica.


Correio Braziliense sábado, 19 de fevereiro de 2022

CARNAVAL 2022: BLOCO MENINO DE CEILÂNDIA HOMENAGEIA O POETA FRANCISCO MOROJÓ

Bloco carnavalesco Menino de Ceilândia homenageia o poeta Francisco Morojó

Em 'Ver, ouvir e dançar frevo', o poeta ganha um boneco gigante para celebrar a importância dele para a cultura da cidade

PA
Pedro Almeida*
postado em 19/02/2022 08:58 / atualizado em 19/02/2022 08:58
 
 (crédito: Andre Violatti/Esp. CB/D.A Press)
(crédito: Andre Violatti/Esp. CB/D.A Press)

A exposição Ver, ouvir e dançar frevo remonta a trajetória de 27 anos do bloco de carnaval Menino de Ceilândia por meio de fotografias tiradas por foliões na festa. Situada no Centro Cultural de Ceilândia, a mostra promove, hoje, um sarau em homenagem ao poeta Francisco Morojó, conhecido como Pezão, que também ganha um boneco gigante. A entrada é gratuita.

Com 27 anos de existência, o Instituto Menino da Ceilândia extrapolou o conceito de bloco de rua e ampliou as atividades. O grupo promove saraus, exposições, palestras, oficinas de frevo e da arte de produção de bonecos gigantes, além de várias ações envolvidas na cadeia produtiva do carnaval. O hiato promovido pela pandemia trouxe a oportunidade de olhar para trás e refletir sobre a história escrita. Pelas lentes dos foliões, nasceu a exposição Ver, ouvir e dançar frevo. Registros crus e marcantes em diferentes fases do bloco estão expostos em Ceilândia para matar a saudade do carnaval. Os retratos também deixam aparente o engajamento da comunidade.

Marcos do frevo, os bonecos gigantes são o destaque do Instituto. O grupo usa essa arte para homenagear figuras importantes de Ceilândia. Neste ano, o homenageado é Francisco Morojó. Morador de Ceilândia, mas nascido na Paraíba, Pezão passeou por diversos tipos de expressões artísticas. Escreveu músicas, fez teatro e artesanato, mas o carro-chefe era a poesia. Morojó peregrinava pelos bares de Brasília, Taguatinga e Ceilândia para vender os versos que escrevia. Ailton Velez ressalta o trabalho de ativismo cultural e a tentativa de melhoria dos equipamentos culturais da cidade por parte do poeta. Francisco Morojó morreu de forma precoce em 2003, vítima de um acidente de carro. Para celebrar a memória de Pezão e o conjunto da obra, esse personagem marcante de Ceilândia ganha um boneco gigante, acompanhado de um sarau com poesias do autor, que ocorre hoje,a partir das 14h, no Centro Cultural de Ceilândia, local da exposição.

A exposição chega ao fim em 26 de fevereiro, sábado de carnaval. Apesar das restrições, a data não passará em branco. O Menino de Ceilândia prepara uma live com repertório especial da orquestra de Ceilândia. As informações serão compartilhadas no perfil oficial do Instagram do Menino de Ceilândia (@meninodeceilandia).

*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco.


Sarau em homenagem ao poeta Pezão

Centro Cultural de Ceilândia, Ceilândia Norte QNN 13. Hoje (19/2), a partir das 14h. A exposição Ver, ouvir e dançar frevo segue até o dia 26 de fevereiro, sempre das 8h às 18h. A entrada é gratuita. 

 


Correio Braziliense sexta, 18 de fevereiro de 2022

DIA DO COMBATE AO ALCOOLISMO: 7 PONTOS PARA ENTENDER MELHOR A DOENÇA

 

Dia do Combate ao Alcoolismo: 7 pontos para entender melhor a doença

Segundo o presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), Dr. Arthur Guerra, o alcoolismo é um tema que afeta diretamente a saúde pública

CG
Camilla Germano
postado em 18/02/2022 06:00
 
 (crédito: Reprodução/Pixabay)
(crédito: Reprodução/Pixabay)

Nesta sexta-feira (18/2), comemora-se o Dia do Combate ao Alcoolismo, data criada para dar visibilidade a uma doença muitas vezes negligenciada, mas que tem um duro efeito na saúde pública. Segundo o Dr. Arthur Guerra, médico psiquiatra e presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), é importante chamar a atenção para a doença porque a maioria dos pacientes apresentam quadros de “negação” — ou seja, muitos custam acreditar que têm algum problema. Além disso, o especialista destaca que o uso desenfreado do álcool está chegando cada vez mais em duas populações: as mulheres e os jovens, levando em conta um grande aumento do consumo durante a pandemia. 

O Correio entrevistou o representante do CISA para entender a relevância da data e sanar as principais questões sobre o tema.

Quais são os sinais, caso existam, que indicam que a bebida se tornou um problema?

Identificar quando o consumo de álcool passou a prejudicar a saúde e a dependência se desenvolveu não é fácil. Essa progressão é sutil e decorre não somente da quantidade consumida, mas também da frequência, das circunstâncias desse consumo e das consequências à saúde do indivíduo.

Entretanto, alguns sintomas podem indicar que algo não vai bem e reconhecê-los é uma medida importante para procurar o apoio adequado. São eles: forte desejo de beber, dificuldade de controlar o consumo (não conseguir parar de beber depois de ter começado), uso continuado apesar das consequências negativas e priorizar a bebida, deixando de lado outras atividades e obrigações.

Quais são os principais sinais da dependência do álcool?

As pessoas que têm dependência não conseguem ficar sem álcool e na hora que ficam sem consumir, o corpo apresenta tremores e muito suor. A pessoa quer beber e bebe de qualquer jeito, até escondido. Em alguns casos, na falta de álcool comum, chega até beber álcool de limpeza.

O alcoolismo é considerado uma doença? Há uma cura?

O alcoolismo é uma doença crônica, assim como diabetes e hipertensão. E é multifatorial, pois diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento. Mas tem tratamento.

Ainda que a recuperação não seja fácil e ocorram percalços, como as recaídas, os alcoolistas que procuram ajuda adequada estão no caminho certo para recuperar uma vida autônoma e com mais saúde.

Uma vez alcoolista, a pessoa tem grandes chances de ficar bem, se não beber nada. Ele está curado? Curado seria se pudesse voltar a beber socialmente, o que não pode. Ele está curado se não beber nada e vai perceber grande melhoria na qualidade de vida. Mas não pode voltar a beber.

Ainda sim, vale ressaltar que cada indivíduo é único e a avaliação multidisciplinar contínua é a melhor maneira de indicar o apoio mais adequado, inclusive podendo envolver diferentes abordagens (farmacológico, psicoterápico, grupos de ajuda mútua, atividade física e/ou até hospitalização para casos mais graves).

É verdade que o alcoolismo pode ser genético? Se sim, que tipos de precauções podem ser tomadas se existirem vários casos na família?

Não é que o alcoolismo seja genético, o alcoolismo tem características hereditárias. Mas não é porque o pai é alcoolista, que o filho também vai ser. Os filhos de alcoolistas têm uma vulnerabilidade e uma chance maior de vir a ter problemas com o uso do álcool. Eles têm um risco maior, não quer dizer que eles vão ter dependência.

Se junto com esse risco — porque tem mais enzimas que metabolizam o álcool — a pessoa tiver mais acesso ao álcool (como pessoas bebendo em casa, por exemplo), ou tiver um pouco de ansiedade, um pouco de preocupação, ou tiver em um ambiente onde todo mundo bebe, onde o lazer é beber, pronto. Aquele risco hereditário que tem fica mais evidente e pode sim trazer um maior consumo de álcool.

Como é feito o tratamento do alcoolismo? Existem diferentes métodos?

O tratamento do alcoolismo é um dos grandes desafios da medicina. Porque depois que a pessoa se torna dependente, na minha visão, ela tem uma chance de ficar boa: parar de beber, ou seja, total abstinência. O problema é que vivemos em um mundo completamente alcoólico.

Usar álcool não é ser alcoolista. O alcoolista é aquela pessoa que bebe mais do que o necessário e que por conta desse uso excessivo do álcool, acaba tendo prejuízo, ou para ele ou para quem vive junto com ele.

Então como a gente vai falar para essa pessoa que nega ter a doença, que ela não deve beber mais? Esse é o desafio. A chance de ficar bom é não beber nada!

As pessoas alcoólatras podem desenvolver doenças físicas?

O álcool afeta o corpo humano como se fosse um spray: pega todo o corpo.

No fígado, pode dar um quadro de hepatite alcoólica, depois cirrose alcoólica. No pâncreas, pode dar um quadro chamado de pancreatite crônica alcoólica.

Nos nervos, pode dar um quadro de neuropatia periférica — condição que afeta diretamente os nervos periféricos, responsáveis por enviar informações do cérebro e da medula espinhal para o resto do corpo, além de trazer as mensagens sensoriais ao sistema nervoso central.

No coração, pode dar um quadro de miocardiopatia alcoólica — doença do músculo cardíaco caracterizada pelo prejuízo à dilatação e contração de um ou ambos os ventrículos do órgão.

No entanto, cada pessoa é mais afetada pelo consumo de álcool em um dos órgãos. A bebida não pega todos os órgãos de uma pessoa só. É um processo grave e sério.

Quais são os melhores locais para buscar ajuda. São em centros de reabilitação, buscar ajuda de psicólogos, apoio familiar…?

Existem opções de apoio e tratamentos gratuitos no Brasil, como os Centros de Atenção Psicossocial — Álcool e Drogas (CAPS-AD), ambulatórios de hospitais públicos e conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e grupos de mútua ajuda, como Alcoólicos Anônimos (A.A.).


Correio Braziliense quinta, 17 de fevereiro de 2022

EMPREGO: SERPRO AUMENTA QUANTITATIVO DE VAGAS PARA CONCURSO DE ANALISTA

 

SERPRO aumenta quantitativo de vagas para concurso de analista

As vagas contemplam o cargo de analista, que exigiu nível superior

17/02/2022 10:11 | Atualização: 17/02/2022 10:20

Jéssica Andrade

Serpro/Divulgação

 

 

A Superintendente de Gestão de Pessoas do Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO aumentou a quantidade de vagas oferecidas pelo edital nº1/2021. O aditamento é de 20 (vinte) vagas ao quantitativo previsto.

 

A informação foi publicada no Diário Oficial da União, na edição desta quinta-feira (17/02). A mudança altera o Edital nº 1/2021 - SERPRO, de 31 de março de 2021, publicado no Diário Oficial da União de 06 de abril de 2021, para convocação de candidatos classificados no Cadastro de Reserva do Concurso Público 2021, observado o prazo de validade do certame.

As 20 (vinte) vagas aditadas são para o cargo de analista, que exige nível superior, serão distribuídas em conformidade com o quadro a seguir:

 

     

Especialização

Localidade da Vaga

Quantidade de Vagas

Ciência de Dados

São Paulo/SP

04

Desenvolvimento de Sistemas

Curitiba/PR

16

 

A convocação dos candidatos dar-se-á a partir da data de publicação deste edital, devendo, obrigatoriamente, as contratações ocorrerem até a data final de validade do concurso público, observadas as necessidades de provimento do quadro de pessoal do SERPRO, a disponibilidade orçamentária da empresa e a ordem de classificação dos candidatos aprovados para cada cargo, especialização e localidade da vaga.

 

Concurso SERPRO 2021

 O edital de abertura do concurso público do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), ofereceu 165 vagas temporárias e formação de cadastro reserva para analista, cargo de nível superior. Os contratos, sob regime CLT, terão duração de 12 meses. A remuneração é de R$ 7.620,37. 

Além do vencimento base, os profissionais  também tem direito a benefícios como auxílio-alimentação, de R$ 950,64; auxílio-creche, de R$ 382,68; auxílio-transporte; auxílio a filho com deficiência, de R$ 1.150,70; plano de saúde e odontológico; e previdência complementar. 

O Cebraspe foi o organizador da seleção, que obteve mais de 1835 inscritos. As provas objetivas foram aplicadas no dia 6 de junho de 2021, às 14 horas (horário oficial de Brasília/DF).

 


Correio Braziliense quarta, 16 de fevereiro de 2022

CINEMA: PAULO RIBEIRO, ATOR BRASILIENSE, É PREMIADO DM LOS ANGELES

Ator brasiliense Paulo Ribeiro é premiado em Los Angeles

Atuação em curta-metragem foi consagrada no Golden film festival awards. O filme ‘Como tudo nessa vida’ está entre os selecionados para Lift-off film festival

CB
Correio Braziliense
postado em 16/02/2022 09:52
 
 (crédito: Divulgação)
(crédito: Divulgação)

O curta-metragem Como tudo nessa vida, dirigido pela carioca Flávia Orlando, garantiu o prêmio de melhor ator para o brasiliense Paulo Ribeiro no Golden film festival awards. A película foi uma das produções selecionadas para o Lift-off film festival.

A primeira rodada do festival é on-line, no Vimeo on demand e os finalistas serão julgados por revisores profissionais que selecionam o vencedor mensal. O curta ganhador de cada mês é exibido nas sessões do evento anual no Pinewood Studios, no Reino Unido, e no Los Angeles Lift-Off Film Festival, no Raleigh Studios, em Hollywood.

A produção foi criada em parceria com o ator, que é criador do coletivo de cinema Janela 55, e foi filmada em Brasília. Em 2022, Paulo Ribeiro pretende rodar o primeiro longa-metragem com produção assinada pelo coletivo.


Correio Braziliense terça, 15 de fevereiro de 2022

OBITUÁRIO: ARNALDO JABOR SE ENCANTOU - JORNALISTA E CINEASTA MORRE AOS 81 ANOS, DE AVC

 

Morre o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor aos 81 anos

Ele estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

CB
Correio Braziliense
postado em 15/02/2022 09:21 / atualizado em 15/02/2022 09:54
 
 (crédito:  Paramount Pictures/Divulgação)
(crédito: Paramount Pictures/Divulgação)

O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor, de 81 anos, morreu na madrugada desta terça-feira (15/2) em São Paulo. Ele estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês, após sofrer um  acidente vascular cerebral (AVC).

No fim de dezembro, um boletim médico dizia que Jarbor tinha tido uma melhora progressiva e estava consciente. Porém, de acordo com a família, o carioca não resistiu as complicações do AVC. 

"Jabor virou estrela, meu filho perdeu o pai, e o Brasil perdeu um grande brasileiro", escreveu em uma rede social Suzana Villa Boas, ex-mulher de Jabor. Ele deixe três ex-mulheres, três filhos e quatro netos.

Arnaldo Jabor começou como cineasta na década de 1960, antes disso, já tinha trabalhado como técnico de som. Jabor se desenvolveu no movimento do Cinema Novo, que tinha como objetivo criticar as desigualdades no país. 

Seu primeiro longa foi o documentário Opinião Pública, lançado em 1967, uma espécie de mosaico sobre como o brasileiro olha sua própria realidade. Em 1970, ele dirigiu Pindorama, o primeiro longa de ficção da carreira. O filme usa de metáforas para driblar  as censuras do governo durante a Ditadura Militar. 

Em 1978, ganhou o prêmio Candango de Melhor Filme, no Festival de Brasília, por Tudo Bem. O cineasta ainda ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado, por Toda Nudez Será Castigada (1973) e o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado, por O Casamento (1975).

A partir de 1991, Jabor começou a escrever crônicas para jornais e fazer comentários políticos na televisão e na rádio. Foi a partir dessa época que o cineasta se tornou mais conhecido. De lá para cá, escreveu oito livros.


Correio Braziliense segunda, 14 de fevereiro de 2022

SUPER BOWL: HIP HOP TOMA CONTA, COM DR. DRE, SNOOP DOGG E EMINEM

Hip hop toma conta do Super Bowl com Dr. Dre, Snoop Dogg e Eminem

O tão esperado show, que contou com a participação surpresa de 50 Cent, abrilhantou o primeiro Super Bowl disputado em Los Angeles

AF
Agência France-Presse
postado em 14/02/2022 08:51 / atualizado em 14/02/2022 08:52
 
 (crédito:  VALERIE MACON / AFP)
(crédito: VALERIE MACON / AFP)

Los Angeles, Estados Unidos- Os astros Dr. Dre, Snoop Dogg e Mary J. Blige trouxeram, no domingo, as batidas do hip-hop pela primeira vez ao show do intervalo do Super Bowl, onde Eminem invocou um protesto por justiça racial ao se ajoelhar no palco.

O tão esperado show, que contou com a participação surpresa de 50 Cent, abrilhantou o primeiro Super Bowl disputado em Los Angeles (Califórnia) em quase 30 anos, que terminou com a vitória dos Rams contra o Cincinnati Bengals por 23-20.

No gramado do SoFi Stadium, inaugurado em 2020 com um orçamento de mais de 5 bilhões de dólares, apareceram cinco casas brancas colocadas em um mapa iluminado de Los Angeles e com carros estacionados na porta, em uma mensagem clara de que é fundamentalmente uma música urbana.

Dre e Snoop abriram o show com seu hit "The next episode", antes de prestarem homenagem ao falecido Tupac Shakur com "California Love".

O rapper Eminem apresentou seu hit "Lose Yourself", encerrando a apresentação de joelhos no palco, um gesto que homenageia o protesto antirracismo do ex-jogador da NFL Colin Kaepernick.

Os rappers se apresentaram para 70.000 espectadores que lotaram o estádio, no que parece ser o 'novo normal' após dois anos de pandemia de covid-19.

Os cinco artistas reunidos ganharam 44 prêmios Grammy – só Eminem tem 15 – e lançaram 22 álbuns que alcançaram o número 1 da Billboard.

Alvo esta semana de uma denúncia por um suposto abuso sexual ocorrido em 2013, apenas Snoop Dogg não tem um Grammy apesar de ter sido indicado 17 vezes.

O Super Bowl voltou a Los Angeles pela primeira vez desde 1993, no terceiro ano de colaboração entre a NFL, Pepsi e Roc Nation, empresa do magnata do hip-hop Jay-Z, marido de Beyoncé, que junto com o produtor Jesse Collins produziu este show.

- Deuses no Olimpo -


"É como ver os deuses no Olimpo", comemorou um fã no Twitter sobre o espetáculo de pouco mais de 10 minutos realizado durante o intervalo do maior evento esportivo do ano nos Estados Unidos.

"O hip-hop é o maior gênero musical do planeta atualmente, então é uma loucura que tenhamos demorado tanto para sermos reconhecidos", afirmou Dre esta semana.

Dre incluiu dois rappers surdos, Sean Forbes e Warren "WaWa" Snipe, em seu show, trazendo intérpretes de libras pela primeira vez.

Dre, Snoop Dogg, Eminem, Blige e Lamar juntaram-se assim a uma longa lista de artistas famosos que se apresentaram neste espetáculo, incluindo Beyoncé, Madonna, Coldplay, Katy Perry, U2, Lady Gaga, Michael Jackson, Jennifer Lopez ou Shakira.

No ano passado foi o cantor pop The Weeknd, Abel Tesfaye, quem protagonizou o espetáculo, marcado pelas limitações impostas pela pandemia do coronavírus.

A apresentação deste domingo acontece três anos depois que a NFL foi criticada por escolher a banda de rock Maroon 5 em Atlanta, que durante anos foi considerada a capital do hip-hop.

Há rumores de que artistas como Rihanna, P!nk e Cardi B se recusaram a participar daquela edição, em meio à polêmica sobre os protestos contra a brutalidade policial contra afro-americanos liderados por Kaepernick, então jogador do San Francisco 49ers. 

 


Correio Braziliense domingo, 13 de fevereiro de 2022

NATUREZA: GOVERNO ALERTA BANHISTAS E PESCADORES SOBRE PERIGOS DO PEIXE-LEÃO

Governo alerta banhistas e pescadores sobre perigos do peixe-leão

Os espinhos na região dorsal do peixe-leão soltam um veneno nocivo aos seres humanos, cuja toxina pode causar febre, vermelhidão e até convulsões.

AB
Agência Brasil
postado em 12/02/2022 14:43
 
 

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançou uma campanha para orientar os turistas, pescadores e mergulhadores para o aparecimento do peixe-leão (Pterois volitans), uma espécie invasora que não é natural das águas brasileiras. A campanha, lançada ontem (11), em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), prevê a distribuição de panfletos e cartazes com informações sobre os perigos desse animal, cuja presença já foi registrada na costa do Pará e de Fernando de Noronha (PE), para o ecossistema marinho brasileiro e para seres humanos.

Os espinhos na região dorsal do peixe-leão soltam um veneno nocivo aos seres humanos, cuja toxina pode causar febre, vermelhidão e até convulsões.

Serão disponibilizadas para a população informações para quem for vítima da espécie sobre como cuidar do local afetado para dificultar a ação do veneno e procurar atendimento médico o mais rápido possível.

Para pescadores e mergulhadores, os informativos também alertam que o animal não deve ser devolvido ao mar e que as autoridades devem ser informadas sobre local onde o peixe foi visto para ajudar no monitoramento dessa espécie.

O material, em formato de panfleto, terá ainda um QR Code com um formulário para que as pessoas possam enviar para o ministério informações sobre o local onde a espécie foi vista e/ou capturada, com envio de fotos e imagens.

Segundo o MMA, os "panfletos têm linguagem adequada para cada público e serão distribuídos em áreas costeiras prioritárias do país para orientar banhistas, pescadores e mergulhadores, caso avistem o peixe-leão."


Correio Braziliense sábado, 12 de fevereiro de 2022

SINCRETISMO: TERREIRO DE CANDOMBLÉ É PRIMEIRO BEM TOMBADO PELO INEPAC ESTE ANO

Terreiro de candomblé é primeiro bem tombado pelo Inepac este ano

Liderado por Mãe Márcia de Oxum há cerca de 27 anos, o terreiro está em funcionamento há mais de 50 anos e acolhe centenas de pessoas por mês

AB
Agência Brasil
postado em 12/02/2022 10:37 / atualizado em 12/02/2022 10:38
 
 
 

O terreiro de candomblé Egbe Ile Iya Omidaye Asé Obalayo, situado no bairro de Sacramento, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, pertencente aos povos tradicionais de matrizes africanas, é o primeiro patrimônio tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) neste ano e o terceiro desde 2016. O anúncio foi feito na sexta-feira (11/2) pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. O local é considerado de grande relevância cultural e social para os municípios do leste da região metropolitana do estado.

Mãe Márcia avaliou que, como centro de referência para muitos terreiros de São Gonçalo e dos municípios vizinhos, o fato de o terreiro ser o primeiro patrimônio tombado pelo Inepac em 2022 constitui um marco e uma celebração para toda a comunidade candomblecista. "É a certeza que contamos com o governo para nos ajudar em qualquer eventualidade e dividir conosco essa responsabilidade de proteção do patrimônio", destacou.


Correio Braziliense sexta, 11 de fevereiro de 2022

LONGEVIDADE: REDUZIR CALORIAS ESTÁ LIGADO AO AUMENTO DO TEMPO DE VIDA

 

Reduzir calorias está ligado ao aumento do tempo de vida

Um estudo da Universidade de Yale sugere que a estratégia pode ter associação com a expectativa de vida prolongada

PO
Paloma Oliveto
postado em 11/02/2022 06:00
 
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

Em laboratório, cientistas já demonstraram que camundongos, vermes e insetos, como a mosca da fruta, vivem mais quando há redução calórica na dieta. Já em humanos, essa questão nunca foi comprovada e, enquanto alguns especialistas, como os defensores do jejum intermitente, simpatizam com a ideia, não há recomendação oficial de cortar calorias para esses fins. Porém, um estudo da Universidade de Yale publicado, nesta quinta-feira (10/2) , na revista Science sugere que a estratégia pode ter associação com a expectativa de vida prolongada. Além disso, os cientistas identificaram um mecanismo genético que promove os mesmos benefícios da diminuição da ingestão energética, abrindo caminho para terapias futuras.

Os especialistas usaram dados do primeiro ensaio clínico controlado sobre restrição calórica em humanos, a Avaliação Abrangente dos Efeitos de Longo Prazo da Redução da Ingestão de Energia (Calerie). Nessa pesquisa, cerca de 200 participantes receberam uma quantidade fixa de calorias que poderiam ingerir diariamente. Posteriormente, parte deles teve de reduzir 14% desse total, enquanto os outros continuaram com o regime inicial. Ao longo de dois anos, os efeitos foram sendo avaliados pelos cientistas.

Autor sênior do estudo, Vishwa Deep Dixit, professor de patologia, imunobiologia e medicina comparada de Yale diz, em um comunicado, que o objetivo geral da pesquisa foi verificar se a restrição calórica é tão benéfica para humanos quanto para animais de laboratório. "Sabemos que a inflamação crônica de baixo grau em humanos é um dos principais gatilhos de muitas doenças crônicas e, portanto, tem um efeito negativo na expectativa de vida. Aqui, estamos perguntando o que a restrição calórica está fazendo com os sistemas imunológico e metabólico e, se é realmente benéfica, como podemos aproveitar as vias endógenas que imitam seus efeitos em humanos?", detalha.

Os pesquisadores analisaram, primeiro, o timo, glândula que fica acima do coração e é responsável pela produção das células T, componentes do sistema imunológico. Essa estrutura envelhece mais rápido que outros órgãos, servindo de parâmetro comparativo no estudo. Um exame de ressonância magnética apontou que o timo dos participantes com ingestão calórica limitada tinha menos gordura e maior volume funcional após dois anos de restrição, o que significa que estava produzindo mais células T do que no início do estudo. Entre as pessoas que não reduziram calorias, não se viu essa alteração. "O fato de que esse órgão pode ser rejuvenescido é, na minha opinião, impressionante, porque há muito pouca evidência de que isso aconteça em humanos", diz D

 

Genes

Com base em um sequenciamento das células T dos participantes com restrição calórica, a equipe descobriu, também, que essa estratégia age no microambiente de gordura. "Encontramos mudanças notáveis na expressão gênica do tecido adiposo entre o primeiro e o segundo ano de restrição calórica", relata Dixit. "Isso revelou alguns genes que foram implicados em prolongar a vida em animais." A pesquisa apontou também para alvos que podem melhorar a resposta metabólica e anti-inflamatória em humanos.

Mais análises genéticas mostraram que um gene específico, o PLA2G7, conduziu alguns dos efeitos benéficos da restrição calórica. Para entender melhor os efeitos da proteína, os pesquisadores fizeram um teste para reduzir sua expressão em camundongos. "Descobrimos que a redução do PLA2G7 produziu benefícios semelhantes ao que vimos com a restrição calórica em humanos", diz Olga Spadaro, principal autora do estudo. Especificamente, as glândulas timo desses animais foram funcionais por mais tempo, protegendo-os da inflamação relacionada à idade.

"O estudo mostra que a restrição calórica reconecta muitas das respostas metabólicas e imunológicas que aumentam a expectativa de vida e a saúde", diz o biomédico John Kirwan, do Centro de Pesquisa Biomédica de Pennington, na Louisiana. "Se os pesquisadores conseguirem encontrar uma maneira de manipular o PLA2G7, eles poderão criar um tratamento para prolongar o tempo saudável de uma pessoa, o tempo que um indivíduo goza de boa saúde." 


Correio Braziliense quinta, 10 de fevereiro de 2022

TEMPO: PREVISÃO PARA O DF TEM FRIOZINHO E CHUVA NESTA QUINTA-FEIRA (10/2)

Previsão do tempo para o DF tem friozinho e chuva nesta quinta-feira (10/2)

Segundo o Inmet, ao longo do ida pode ser emitido alerta amarelo, para o risco de chuva e ventos fortes

CB
Correio Braziliense
postado em 10/02/2022 10:01 / atualizado em 10/02/2022 10:08
 
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Ainda com o guarda-chuva a postos, o brasiliense continua contando com o clima instável no quadradinho de Goiás. Esta quinta-feira (10/2), o tempo no Distrito Federal será marcado por um céu com muitas nuvens durante parte do dia, vai ter pancadas de chuva e trovoadas em diferentes regiões administrativas entre a tarde e o início da noite.

Para se proteger quem está na rua precisa tomar cuidado, veja algumas dicas:

 
  • Não se abrigue embaixo de árvores em caso de rajadas de vento;
  • Não estacione veículos próximo a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada;
  • Para mais informações acione a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193)

Correio Braziliense quarta, 09 de fevereiro de 2022

EMPREGABILIDADE: QUARTA-FEIRA (9/2) INICIA COM 261 OPORTUNIDADES PARA QUEM BUSCA EMPREGO NO DF

Quarta-feira (9/2) inicia com 261 oportunidades para quem busca emprego no DF

As vagas estão distribuídas entre diversas áreas profissionais, sendo frentistas e açougueiros as profissões com maior número de oportunidades

CB
Correio Braziliense
postado em 09/02/2022 09:21
 
 (crédito: Marcello Casal/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal/Agência Brasil)

A quarta-feira (9/2) chega com oportunidades de emprego para aqueles que ainda não estão firmados no mercado de trabalho, são 261 vagas divulgadas pelas agências do trabalhador. A profissão com maior número de vagas é frentista, são 35 vagas destinadas a pessoas com deficiência. A remuneração é de R$

Açougueiros também entram na lista de maior número de vagas, assim como na anterior são 35 vagas e o salário pode variar entre R$ 1.347,41 e R$ 2 mil, mais benefícios.

Há vagas para diversas profissões como: armador de ferro (15), atendente de lanchonete (14), carpinteiro (12), vendedor pracista (15), entre muitas outras.


Os interessados devem buscar uma das 14 agências do trabalhador no DF, das 8h às 17h, ou o aplicativo Sine Fácil. Caso o perfil não corresponda aos requisitos da vaga, o sistema, ainda, poderá cruzar informações e encontrar oportunidades correspondentes às especificações do currículo.

Confira todas as vagas disponibilizadas.

Mais serviços

Empreendedores podem fazer uso dos serviços das agências do trabalhador. Além do cadastro de vagas, é possível fazer uso dos espaços físicos para a seleção de candidatos encaminhados.

A secretaria disponibiliza o telefone para atendimento em caso de dúvidas relacionadas à pasta: (61) 99209-1135.


Correio Braziliense terça, 08 de fevereiro de 2022

AGRONEGÓCIO: AGRICULTURA SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE SERÃO TEMAS DE DEBATE NO CORREIO

Agricultura sustentável e meio ambiente serão tema de debate no Correio

Esse será um dos temas discutido no evento Correio Talks, "Sistemas Alimentares e Desenvolvimento Sustentável", que acontecerá nesta quarta-feira, 9 de fevereiro, às 15h30

 

 (crédito:  Ana Rayssa/Esp.  CB)

CB
Correio Braziliense
postado em 08/02/2022 06:00
 
 (crédito: Kelly Venâncio/Marketing CB)
(crédito: Kelly Venâncio/Marketing CB)

Projeções de crescimento populacional preveem que, em 2050, cerca de nove bilhões de pessoas se concentrarão em grandes metrópoles. Especialistas pelo mundo alertam que, em nível global, isso pode significar uma escassez de suprimentos básicos à sobrevivência humana. Dos fatores que convergem para essa calamidade, um dos que deve ser revisto é a forma hegemônica como os sistemas alimentares estão sendo produzidos.

A expressão, atribuída ao processo que se pode chegar, é chamada de sindemia global — que é a coexistência da pandemia da fome, da obesidade e das mudanças climáticas, no qual os efeitos se potencializam mutuamente. Esse será um dos temas discutido no evento Correio Talks, "Sistemas Alimentares e Desenvolvimento Sustentável", que acontecerá nesta quarta-feira, 9 de fevereiro, às 15h30. O debate poderá ser acompanhado pelas redes sociais do Correio Braziliense.

Janine Coutinho, coordenadora do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, uma das participantes do evento, explicou que sistemas alimentares hegemônicos e sindemia estão relacionados pela "forma que se comercializa, transporta, produz e consome alimentos". "Essa maneira de cadeia produtiva de alimentos está relacionada a 25% a 30% da emissão de gases de efeito estufa. O uso indiscriminado dos agrotóxicos na agricultura tem efeitos muito grandes na saúde das pessoas e do meio ambiente, uma vez que provoca diversos tipos de câncer, contaminando mares e rios. Do ponto de vista da obesidade, o Brasil, por ser um país de base de commodities, tem uma camada grande de alimentos ultraprocessados sendo vendidos nas gôndolas dos supermercados", disse.

Pamela Gopi, da Campanha de Agricultura do Greenpeace, reforça, com isso, que a lógica comercial dos alimentos só poderá sair do caminho de sindemia se os brasileiros começarem a fazer escolhas melhores para a sua alimentação. "A partir do momento que eu escolho saber quem faz a minha comida, da onde vem aquele alimento, eu estou fomentando essa rede que não é só de agro, pensa só em indústria e que, sim, olha para a mesa dos brasileiros de forma eficaz. O que a gente fala "plantando saúde, não doença"", ressaltou.


Correio Braziliense segunda, 07 de fevereiro de 2022

TEMPO: PREVISÃO É DE MAIS CHUVAS NO DF PARA ESTA SEGUNDA-FEIRA (7/2)

Previsão é de mais chuvas no DF para esta segunda-feira (7/2)

Segundo o Inmet, a semana não deve ter muitas mudanças sendo dias chuvosos e úmidos na capital

CB
Correio Braziliense
postado em 07/02/2022 09:15
 
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Prepare o guarda-chuva que a semana promete ser chuvosa no Distrito Federal. Assim como no fim de semana, a previsão do tempo destaca o clima instável e as chances de chuvas com possíveis trovoadas na capital para esta segunda-feira (7/2).O tempo deve permanecer dessa forma ao longo da semana.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura máxima será em torno de 25ºC no DF, enquanto a mínima registrada foi de 18ºC, na região de Águas Emendadas. O céu deve ficar encoberto por muitas nuvens e com chances pancadas de chuvas durante todo o dia. A umidade relativa do ar ficará entre 60% e 95% ao longo desta segunda.

O meteorologista do Inmet Heráclio Alves ressalta a semana chuvosa que está por vir devido a umidade. “Vai ser uma semana mais chuvosa, porque tem muita umidade e isso configura sobre a região central do país e, no decorrer do período, não se descarta pancadas de chuva a qualquer hora do dia, principalmente a partir da tarde”, comenta Heráclio. “A temperatura vai aumentando e vai intensificando a nebulosidade, com isso aumenta a chance das pancadas de chuvas”, completa.

Em casos de chuva, como se proteger?

O brasiliense que está nas ruas precisa tomar cuidado. Para isso, o Correio preparou algumas dicas que podem te ajudar durante esse período chuvoso. Confira:

-Em caso de rajadas de vento: não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas. Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
-Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada.
-Caso precise de mais informações, acione a Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros Militar (telefone 193).


Correio Braziliense domingo, 06 de fevereiro de 2022

MERCADO DE TRABALHO: AGRONEGÓCIO CRIOU MAIS DE 150 MIL VAGAS EM 2021

Com fartura de empregos, agronegócio criou mais de 150 mil vagas em 2021

No total, são cerca de 9 milhões de pessoas empregadas em atividades ligadas ao setor, sendo a região Sudeste a que mais gerou novos postos

GC
Gabriela Chabalgoity*
ME
Maria Eduarda Angeli*
postado em 06/02/2022 06:00 / atualizado em 06/02/2022 08:15
 
Empresários avaliam que o perfil dos funcionários tem mudado ao longo dos últimos anos, com a capacitação de tempos em tempos -  (crédito:  Ed Alves/CB)
Empresários avaliam que o perfil dos funcionários tem mudado ao longo dos últimos anos, com a capacitação de tempos em tempos - (crédito: Ed Alves/CB)

agro é um dos setores que mais crescem no Brasil. Representa cerca de 30% do PIB. Com mais produção, também aumenta a demanda por profissionais da área. Em 2021, foram abertas mais de 150 mil vagas ligadas ao setor, segundo os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

No total, são cerca de 9 milhões de pessoas empregadas em atividades ligadas ao agronegócio, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 574 mil a mais que o registrado em 2019, no último levantamento pré-pandêmico. A população ocupada, que não necessariamente tem carteira assinada, ultrapassa os 18 milhões.

À medida que o setor cresce, porém, os produtores passam a buscar mão de obra cada vez mais qualificada. A tecnologia, responsável por grande parte do bom desempenho brasileiro na agropecuária, fica mais expressiva no campo a cada ano, e os trabalhadores precisam acompanhar. "O desempenho do agronegócio brasileiro se deve ao avanço da tecnologia. Sabemos que hoje quando estamos comendo um produto, muitas vezes tem mais tecnologia embarcada nesse produto do que em um equipamento eletrônico, porque é um conjunto de tecnologias que vai desde a biologia do solo até a questão do clima", explica Argileu Martins, ex-secretário de Agricultura do DF.

 

Na opinião de Martins, a tendência é que o mercado de trabalho ligado à atividade se estabilize. José Carlos Hausknecht, sócio-diretor da MB Agro, esclarece: "Você está crescendo em tecnologia, usando cada vez mais maquinário sofisticado. Você está substituindo aquele trabalhador braçal — o chamado boia fria — pelo operador de máquina, e acaba tendo cada vez mais uma mão de obra mais qualificada e mais bem remunerada".

O quadro tender a tornar o setor mais competitivo, já que um menor uso do trabalho braçal leva a uma otimização das tarefas e, portanto, a um menor custo de produção, além de resultar em uma redução do impacto ambiental, visto que é possível operar com menos recursos como água e terra.

Rodrigo Coutinho, da fazenda Minelis, é produtor de café e conta que a família toca o negócio no Lago Oeste desde 1987. O local tem 10 funcionários fixos trabalhando diretamente com a plantação, mas, na época de colheita, são contratados pelo menos mais 15.

O empresário relata que o perfil dos funcionários mudou muito ao longo dos anos. "Tem maquinários que vão evoluindo ao longo do tempo e tudo isso vai mudando muito. Aqui no DF, a gente tinha muita dificuldade de encontrar profissionais que conhecessem a cultura do café, então, isso é muito complicado. Ainda hoje não é tão fácil — porque nós não temos tantos produtores assim —, mas a situação melhorou um pouco, com certeza", diz.

Segundo Coutinho, é preciso promover a capacitação dos trabalhadores de tempos em tempos, em especial quando chegam novos equipamentos: "A gente sempre acaba tendo que investir um pouco para ganhar em produtividade, em velocidade, principalmente, na hora da colheita". Para ele, a chegada da tecnologia no campo "está só começando". "A gente tem muito o que investir nisso ainda, em termos de outras tecnologias, principalmente para acompanhar condições climáticas em tempo real", avalia.

Vagner Rizzatti é um dos trabalhadores da fazenda Minelis e diz que, com o passar dos anos, sentiu a necessidade de se atualizar. Empregado no setor agrícola há 17 anos, ele começou a se dedicar com mais afinco após o curso superior de administração de empresas. "Sempre trabalhei no campo, depois dos estudos de ensino médio, foi o período em que trabalhei mais frequente. Iniciei como técnico agrícola, mas já era coordenador de campo", conta Rizzatti, gerente da Minelis.

"Como já estava na minha rotina de trabalhar no campo, onde gosto, e suas extensões, comecei a me capacitar e fazer cursos e práticas voltadas (para isso). E com o passar do tempo, nível superior", relata o profissional.

O produtor Franscisco de Souza, 52 anos, planta desde criança, mas, foi após o inicio da pandemia que sentiu a necessidade de conduzir seu próprio negócio. Em uma chácara no Lago Oeste, ele produz milho, abóbora, feijão, tomate, entre outros alimentos. De acordo com ele, desde que começou a plantar, até hoje, o trabalho no campo mudou muito por conta das novas tecnologias. "Hoje, a gente colhe o dobro do que colhia no passado", garantiu. "É a vida que eu pedi a Deus. Sempre gostei de plantar, mas agora, com meu próprio negócio, eu posso encher uma cesta de alimentos para cada um dos meus seis filhos levar para casa aos finais de semana. É gratificante."

Mudanças tecnológicas

Não só a produção é importante, mas, com as evoluções tecnológicas, se tornou necessário também o estudo de áreas como o marketing do produto, por exemplo. A produtora rural há 7 anos, Gleisy Cristina Coité, da CSA da Florestta, explica que, mesmo não sendo produtora de longa data, ela sente a necessidade de ter, cada vez mais, capacitação profissional, seja para cuidar cada vez melhor do plantio das hortaliças, manejo, colheita, na logística da entrega, quanto na gestão de pessoas, gestão de marketing para garantir a melhor entrega para o cliente.

Ela afirma, ainda, que, com a pandemia, o cuidado com os produtos mudou, bem como a procura por orgânicos e o cuidado com a saúde. "Isso exigiu de nós um aumento da área de cultivo, aquisição de carro para aumentar a entrega, bem como contratação de pessoal para cuidar dos novos clientes", declarou.

O agricultor orgânico Paulino Alves da Silva afirma que precisou procurar por cursos para aprimorar a produção, visto que o campo está recebendo inovações. Além disso, ele conta que, com a pandemia, o cuidado com os produtos foi redobrado. "O cuidado é em dobro, principalmente no momento de embalagem, para que esse produto chegasse ao consumidor final com melhor qualidade, limpo ao máximo impurezas que por ventura pudessem conter. Sempre nos preocupamos com o uso de álcool, mesmo nos ambientes do sítio e seguimos os protocolos e decretos", disse.

Alguns produtores optam por tentar capacitar seus funcionários já contratados, em vez de buscar nova mão de obra. É o caso de Joe Valle, da Fazenda Malunga, que trabalha com uma variedade de hortaliças orgânicas, laticínios e grãos. O empreendimento tem um ciclo completo: produção, industrialização e venda, empregando 199 pessoas.

"Sentimos muita necessidade porque temos um problema que é a baixa qualificação profissional das pessoas que estão à disposição para o trabalho no campo. Então o que nós temos feito hoje é realmente a formação de pessoas, buscando o modelo de gestão baseado na Toyota", explica Valle. "Todo o trabalho hoje da agricultura 4.0 na questão tecnológica dos meios está baseado também na formação das pessoas", afirma. "Muitas vezes o problema é o sistema, você quer que ele (trabalhador) entregue o que ele não está preparado para entregar", completa.

Isabel Mendes, assessora técnica da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), acredita que este ano deve fazer jus ao anterior, com mais vagas sendo ofertadas. "O mercado de trabalho está relacionado à atividade econômica. Claro que a gente tem algumas medidas que podem impulsionar, mas, no fim das contas, o que gera emprego é atividade econômica. Em 2021, a atividade econômica de forma geral foi melhor para todos os setores da economia, inclusive para o agro", avalia. A especialista aponta que a expectativa é de um 2022 ainda melhor, levando em consideração os resultados do ano passado.

* Estagiárias sob supervisão de Vicente Nunes

 

 

 

Pelo Brasil

A região Sudeste foi a que mais gerou postos de trabalho na agropecuária no ano passado, com um saldo de 79 mil empregos, seguido pelo Nordeste (20,7 mil) e Centro-Oeste (17,8 mil). As regiões Sul e Norte totalizaram 8,8 mil e 8,1 mil novas vagas em 2021, respectivamente.

Sudeste 79 mil empregos

Nordeste 20,7 mil empregos

Centro Oeste 17,8 mil empregos

Sul 8,8 mil empregos

Norte 8,1 mil empregos

Por área

Entre as atividades agropecuárias, as que mais contribuíram para a criação de vagas ao longo de 2021 foram o cultivo de soja (22,2 mil), bovinos para corte (21,6 mil) e cultivo de cana-de-açúcar (8,9 mil).

Soja 22,2 mil vagas

Bovinos para corte 21,6 mil vagas

Cana de açúcar 8,9 mil vagas

Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)


Correio Braziliense sábado, 05 de fevereiro de 2022

UM UÍSQUE PARA CADA MOMENTO: CONHEÇA OS RÓTULOS SABORIZADOS DE JACK DANIEL*S

Um uísque para cada momento: conheça os rótulos saborizados de Jack Daniel’s

Jack Honey, Jack Fire e Jack Apple inovam e expandem as possibilidades para novas formas de consumo de uísque

Apresentado por  
postado em 01/02/2022 11:12 / atualizado em 02/02/2022 15:06
 
 (crédito: Caue? Moreno)
(crédito: Caue? Moreno)

Quando falamos em uísque, é possível que de primeira venha à cabeça aquela imagem de homens elegantes com um drinque à mão. É comum até remetermos aos mais velhos, mas essa imagem tem ficado no passado. Os jovens têm aderido cada vez mais a degustação dos destilados e, pensando nessa geração de espíritos independentes, Jack Daniel's apresenta novas possibilidades com suas versões saborizadas, sem perder a essência e a qualidade da marca.

Jack Honey, Jack Fire e Jack Apple promovem versatilidade à Jack Daniel's. Os Jack Flavors ampliam o leque de possibilidades e elevam o patamar da marca a um universo menos óbvio, com novas ocasiões e formas de se apreciar uísque. “Por exemplo, se a pessoa vai encontrar alguns amigos em casa, em um churrasco ou em um momento mais diurno, Jack Honey vai super bem. Agora, se vai para um bar, curtir um happy hour que pode se estender para uma balada ou algo mais animado, pode escolher Jack Apple. Mas, se a intenção é ter intensidade, dançar a noite toda e aproveitar uma energia mais alta, seja com shots ou no drink, Jack Fire é o mais recomendado", sugere Mariana Visconde, gerente de marketing de Jack Daniel’s Flavors no Brasil. 

Mariana reforça ainda que não existe uma forma certa para explorar novos sabores. "A gente sempre gosta de lembrar que o melhor jeito de beber Jack é o seu jeito. Apenas faça valer a pena, sempre com responsabilidade”, completa.

Os rótulos saborizados originam-se do tradicional Old No 7 de Jack Daniel's, que tem em sua produção características artesanais, entre elas, uma etapa essencial, chamada charcoal mellowing, que promove suavidade e sabor único do autêntico Tennessee Whiskey. Após a bebida pronta, são adicionados licores e especiarias exclusivos: canela para Jack Fire, mel para Jack Honey e maçãs verdes para Jack Apple (este no momento comercializado apenas no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Sul do país).

Hoje, esses rótulos representam mais de 25% das vendas da Família Jack Daniel 's e ajudam a romper aquela imagem que muita gente ainda tem da bebida. “É interessante ver como aquela barreira que existia em torno do consumo de uísque, felizmente, está acabando. Atualmente, nosso destilado é uma opção de consumo para diferentes públicos, sejam estes os já ‘amigos de Jack’, como chamamos nossos consumidores fiéis, bem como aquelas pessoas que curtem drinques e que têm curiosidade de se aventurar e conhecer o universo do uísque”, reflete Mariana.

Make It Count

Com a campanha global Make it Count, Jack Daniel’s procura impactar uma nova geração de espíritos independentes. Com o mote "small moments, big flavors", a campanha alia-se aos rótulos saborizados Jack Fire, Jack Honey e Jack Apple e chega para encorajar cada vez mais pessoas a viverem o melhor de momentos cotidianos.

Como cada flavor tem toque exclusivo da autenticidade de Jack Daniel's, a marca apresenta drinks que cabem perfeitamente à diversas ocasiões.

Confira:

Jack Fire & Ginger
Ingredientes:

  • 50 ml Jack Daniel's Tennessee Fire®
  • 150 ml Ginger Ale

Modo de preparo:

Encha um copo alto com gelo. Adicione 50ml de Jack Fire e acrescente 150ml de Ginger Ale.

Dica: para finalizar, enfeite com uma fatia de laranja.


Jack Honey & Lemonade
Ingredientes:

  • 50 ml Jack Daniel's Tennessee Honey®
  • 30 ml suco de limão Siciliano
  • 100 ml refrigerante de limão

Modo de preparo:

Encha uma caneca com gelo. Adicione Jack Honey, o limão siciliano e o refrigerante. Misture levemente todos os ingredientes Dica: use fatias de limão para enfeitar.

Seus amigos da Jack Daniel’s te lembram: beba com responsabilidade e faça valer a pena!

Cheers!

 

  • Acervo Jack Daniel' 

 

Sobre a Jack Daniel’s

Oficialmente registrada pelo governo dos EUA, em 1866, com sede em Lynchburg, Tennessee, a destilaria Jack Daniel, Lem Motlow, é a primeira inscrita nos Estados Unidos, além de constar no Registro Nacional de Locais Históricos do país. Jack Daniel’s é o fabricante do mundialmente famoso Jack Daniel’s Old No 7, Gentleman Jack, Jack Daniel’s Single Barrel Select, Jack Daniel’s Tennessee Honey, Jack Daniel’s Tennessee Fire, Jack Daniel’s Tennessee Apple e Jack Daniel’s Sinatra Select.

Hoje, a marca é um verdadeiro ícone global e pode ser encontrada em mais de 170 países ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Agora, também, com a produção dos rótulos saborizados que são artesanais e tem como ponto de partida o clássico Jack Daniel’s Old No 7. Esses whiskeys são elaborados em um processo que suaviza gota a gota da bebida, levando o nome de charcoal mellowing - amadurecimento do carvão, caracterizando o Tennessee Whiskey diferente de um Bourbon - whiskey feito de milho.

O uísque Jack Daniel’s é amadurecido em barris de carvalho americano virgem e, quando a bebida está pronta, são adicionados os licores e as especiarias que geram as versões saborizadas: mel para Jack Honey; maçã verde para Jack Apple; e canela para Jack Fire.

Texto escrito pela jornalista Suzanny Costa

 

Correio Braziliense sexta, 04 de fevereiro de 2022

TURISMO: VINHEDO A 65 KM DE BRASÍLIA FAZ SUCESSO COM ROTEIRO ENOTURÍSTICO E PRODUÇÃO NO CERRADO

Vinhedo a 65km de Brasília faz sucesso com roteiro enoturístico e produção no cerrado

 

 

Publicado em Coluna Capital S/A

Coluna Capital S/A, por Jéssica Eufrásio (interina)

Os brasilienses amantes de vinhos podem incluir na agenda um novo roteiro para apreciar a bebida, rodeados por um cenário de colinas, trilhas e piscinas naturais. Tudo no cerrado e a 65km da capital federal. Neste mês, o Vinhedo Girassol, em Cocalzinho (GO), fará a primeira wine tour do ano. Nas visitas, marcadas para os próximos três sábados (5, 12 e 19 de fevereiro), os participantes terão cinco horas de programação, com direito a passeio pelas áreas de cultivo das uvas e a um mirante com vista de 360º, além de almoço com entrada, prato principal, sobremesa e degustação do carro-chefe da casa, o Terroir Girassol Syrah.

Clima favorece…
Os encontros ocorrem desde 2018 no vinhedo. E são justamente as características climáticas da região do cerrado goiano que têm garantido o sucesso do produto e um cultivo de qualidade, segundo os responsáveis pelo empreendimento. A amplitude térmica, as temperaturas altas de dia e baixas à noite, o inverno seco e a estiagem na fase de maturação das uvas resultam em vinhos estruturados, complexos, equilibrados e potentes.

…E produto agrega
Atualmente, o vitivinicultor Sérgio Resende (foto) administra o vinhedo ao lado dos irmãos. “No início, fazíamos (o tour) com outro vinho, não tínhamos o nosso. Isso melhorou ainda mais, porque criou mais identidade. Ter um vinhedo é muito legal, é um trabalho gostoso. Essa bebida agrega muito para o relacionamento das pessoas, o relaxamento, as descobertas, e favorece novos empreendimentos na região. Hoje, temos um negócio vibrante. E há mais de 60 vinhedos em Goiás, incluindo os das adjacências de Brasília”, conta.

Wine Tour Vinhedo Girassol 2022
Datas: 5, 12 e 19 de fevereiro
Horário: das 10h às 15h
Valor: R$ 185 por pessoa
Local: Distrito de Girassol, Km 21,5 — Cocalzinho (GO)
Informações: 61 996-777-155 ou @vinhedo.girassol (Instagram)

Pós-graduação sem fronteiras

Um MBA oferecido pelo Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos (Uniceplac), no Gama, tem promovido conexões entre estudantes e professores do mundo inteiro interessados no campo dos negócios. O programa digital Hayek Global permite uma experiência singular aos inscritos, que, mesmo em países a milhares de quilômetros de distância, podem trocar conhecimentos e habilidades cruciais para o mercado de trabalho.

Experiência internacional
Na pós-graduação, os participantes desenvolvem competências em diversas áreas, como contabilidade, finanças, análise de dados, marketing, gestão de recursos humanos e controles internos. Idealizador da marca, o brasiliense Edson Agatti  comenta a iniciativa e detalha a proposta do curso. “Uma coisa é você estudar on-line e se conectar com pessoas da vizinhança. Outra, completamente diferente, é você se conectar e interagir em tempo real com gente do mundo todo. Imagina poder acordar em casa, em um sábado de manhã, ligar o computador e trabalhar em tempo real em um projeto com um amigo da Guatemala e outro da Nigéria. Tudo (com base) no plano de negócios de uma startup que a colega da Romênia almeja criar. É esse tipo de experiência que proporcionamos neste MBA”, destaca.

Alta de 32% nas vendas eleva expectativas no JK Shopping
Um dos centros de compras que atende as regiões de Ceilândia, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires registrou incremento nas vendas em 2021, na comparação com o primeiro ano da crise sanitária, o que elevou as expectativas de consumidores e lojistas. Com a alta de 32,5% verificada no período, a equipe do JK Shopping acredita em uma melhora de desempenho para 2022.

Alento para empresários e varejo
Em dezembro último, o faturamento da empresa superou, inclusive, o período pré-covid: subiu 13,5% em relação ao mesmo mês de 2019 e 17% ante o indicador de 2020. “Os resultados positivos demonstram um retorno gradual de um dos setores mais prejudicados pela pandemia. E, ainda com desafios, essa retomada representa um alento para os empresários e para o varejo como um todo”, avalia Eliza Ferreira (foto), superintendente do shopping.

Valor da ciência e da educação no foco do debate em Brasília
A capital federal foi a cidade escolhida para sediar a 2ª Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola, a Cilpe2022 — a primeira ocorreu em Lisboa, em 2019. Desta vez, em formato híbrido, o evento abordará a construção de uma sociedade intelectualmente rica e culturalmente igualitária por meio da valorização da ciência e da educação. Promovida pela Organização dos Estados Ibero-Americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), a edição vai tratar das formas de impulsionar as línguas espanhola e portuguesa, além de traçar um panorama dos impactos da pandemia sobre os investimentos nos setores cultural e acadêmico dos países do grupo. O encontro ocorre de 16 a 18 de fevereiro, no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21. Para se inscrever, acesse: bit.ly/3opE3fY.


Correio Braziliense quinta, 03 de fevereiro de 2022

SINCRETISMO: BRASILIENSES PEDIRAM A BÊNÇÃO DE IEMANJÁ NA PRAÇA DOS ORIXÁS, NA ORLA DO LAGO

Brasilienses pediram a benção de Iemanjá na Praça dos Orixás, na orla do Lago

Dezenas de pessoas celebraram o Dois de fevereiro, dia de Iemanjá, mãe das águas. Muitos aproveitaram o momento para agradecer a divindade ou renovar pedidos; evento simbólico foi marcado por muita música e oferendas de flores, essências e alimentos

CM
Cibele Moreira
postado em 03/02/2022 06:00
 
Maria Carolina Antonieto apresenta a filha caçula, Clara,  a Iemanjá e recebem a bênção da orixá -  (crédito:  Carlos Vieira/CB)
Maria Carolina Antonieto apresenta a filha caçula, Clara, a Iemanjá e recebem a bênção da orixá - (crédito: Carlos Vieira/CB)

Uma quarta-feira (2/2) de festa, de bênçãos, de cura e agradecimento. Foi assim a celebração a Iemanjá que ocorreu, na Praça dos Orixás, na orla do Lago Paranoá. A Festa das Águas reuniu dezenas de pessoas ao longo do dia em um momento de prece à divindade que representa a união, a saúde e o amor fraterno. Quem chegava ao local parava em frente a escultura da orixá, muitas vezes com uma vela acesa, outras com flores, incensos, perfumes, cidra e demais oferendas e presentes.

O gramado da orla foi, aos poucos, sendo ocupado por famílias, amigos e representantes de terreiros que foram saudar a orixá considerada mãe das águas. Apesar de Brasília não ter um mar — simbologia de Iemanjá —, os brasilienses contaram com o grande espelho d'água para depositar as flores, essência de perfumes e algumas barcas de madeira com oferendas que, neste ano, foram reduzidas para diminuir o impacto ao meio ambiente. Os presentes, em sua maioria, eram biodegradáveis em respeito à natureza.

A psicóloga Maria Carolina Antonieto, 42 anos, aproveitou a data para pedir a benção da mãe Iemanjá e apresentar a filha caçula, Clara, de 7 meses. "A gente veio aqui, não só receber a benção, mas apresentar a Iemanjá a Clara. E isso representa muito para nós. Eu tinha um diagnóstico de infertilidade, meus filhos gêmeos foram frutos de uma fertilização in vitro e, depois de quatro anos sem fazer nenhum método, ela veio. Foi um presente de Iemanjá para nós", relata a moradora da Asa Sul, que estava acompanhada dos pais, marido e sobrinha. Ela e a família receberam a bênção da divindade em um rito dentro do lago feito pelo Pai de Santo que ela segue.

 

Espiritualidade

Orlando Alves, 50, também aproveitou o dia para homenagear a orixá. Acompanhado da esposa, Gláucia dos Santos, 36, e da filha Eloá dos Santos, 1 ano e 6 meses, ele agradeceu a divindade e pediu mais amor, carinho e saúde. "É um dia de reflexão interior também, uma busca por espiritualidade. É bom estar aqui nesse cantinho do lago, traz uma energia boa da natureza, os orixás são forças da natureza", afirma o servidor público.

O cozinheiro André da Costa Rocha, 34, agradece a Iemanjá pelo lar que ela proporcionou a ele e ao marido Tiago Costa. "Ela representa muito para o nosso lar. Nós somos casados e ela vem abençoando esse relacionamento há muito tempo", conta.

Para Stéffanie Oliveira, presidente do Instituto Rosa dos Ventos e uma das organizadoras do evento, a celebração ultrapassou as expectativas. Depois de um ano sem poder fazer o festejo presencial por causa da pandemia, ela relata que foi lindo e gratificante ver o povo ocupar a Praça dos Orixás em plena quarta-feira. "Essa é uma data muito importante para as culturas de matrizes africanas. Iemanjá tem essa força de mãe, força da mulher", ressalta.

Saudação

O cortejo saudando Iemanjá, um dos momentos mais esperados da Festa das Águas, ocorreu com a praça cheia. O rito sagrado foi comandado pela Yalorixá do Ilê Axé Oyá Bagan mãe Baiana de Oyá, que cantou e guiou os presentes até o lago para uma reza em conjunto, feita em iorubá, na beira da água. A orla foi completamente ocupada e mais de 100 pessoas acompanharam o momento feito ao entardecer.

Além do momento sagrado, a celebração contou com feira afro e apresentações musicais com a cultura do maracatu e samba de coco que colocou todo mundo para dançar. A expositora Clarissa Lins, 39, ressalta que o evento também tem um lado político e de resistência. "A realidade que a gente vive hoje no Brasil é de muita intolerância cultural e religiosa e eu sinto que esse evento vem para justamente fortalecer e resgatar não só o sentimento e a religiosidade de matriz africana que as pessoas têm. Mas, para abrir os horizontes daquelas pessoas que ainda não conseguiram enxergar a força, a energia e a importância de todo esse movimento", afirma. 


Correio Braziliense quarta, 02 de fevereiro de 2022

FESTA DAS ÁGUAS HOMENAGEIA IEMANJÁ NA PRAÇA DOS ORIXÁS NESTA QUARTA-FEIRA

Festa das Águas homenageia Iemanjá na Praça dos Orixás nesta quarta

Programação conta com feira de artesanato afro, atrações musicais, além dos ritos sagrados de cortejo e oferendas à divindade. Evento começa às 10h e segue até as 21h

CM
Cibele Moreira
postado em 01/02/2022 21:00
 
Festa das Águas homenageia Iemanjá, a mãe das águas pela cultura de matriz africana -  (crédito: Webert da Cruz)
Festa das Águas homenageia Iemanjá, a mãe das águas pela cultura de matriz africana - (crédito: Webert da Cruz)

A Praça dos Orixás recebe nesta quarta-feira (2/2) uma programação especial em homenagem a Iemanjá. A Festa das Águas ocorrerá a partir das 10h, com uma programação diversificada que conta com feira de artesanato afro, atrações musicais, além dos ritos sagrados de cortejo e oferendas à divindade da cultura de matriz africana. 

“Optamos por atrações no formato de cortejo, em espaço aberto, justamente para não aglomerar”, ressalta Stéffanie Oliveira que está à frente da organização do evento. A yalorixá Mãe Vilcilene de Jagun, membro do Coletivo das Yás, destaca que a data ainda alcança um marco especial neste período de pandemia. “Iemanjá é a mãe do filho-peixe, a mãe das águas e representa a paz, a união, o amor fraternal. Nesse dia é um momento de pedir a Iemanjá que nos purifique, que nos tire essa doença, nos traga saúde”.

Durante a festa haverá momentos voltados para homenagear a orixá mãe das águas. O primeiro é o samba para Iemanjá com os sambistas de Brasília Breno Alves, Kadu Dantas e Rodrigo 7 Cordas. “A gente fez um pedido muito carinhoso aos artistas locais, para que preparassem um samba para Iemanjá. Com as letras e temas das músicas para a mãe das águas”, adianta Stéffanie Oliveira. No fim do dia tem a batucada coletiva, um convite a todos que tocam tambor para homenagear a divindade regida pelos mestres Martinha do Coco e Tico Magalhães.

Em relação as oferendas, Stéfanie pede o uso de elementos naturais e biodegradáveis, como flores, alimentos e folhas. “A natureza é sagrada, assim como os orixás são natureza representando cada elemento. Então pedimos que os presentes sejam feitos com cuidado e respeito a nossas águas e ao Lago Paranoá”, destaca a presidente do Instituto Rosa dos Ventos.

Confira a programação da Festa das Águas de 2022

Quarta-feira (2/2), a partir das 10h, na Praça dos Orixás

10h - Abertura da Feira de Artesanato e da Praça de Alimentação
12h - Samba com Acarajé
13h - Samba para Iemanjá com Breno Alves, Kadu Dantas e Rodrigo 7 Cordas
14h30 - A Roda - encontro de pandeiristas amadores
15h30 - Apresentação do grupo Encantaria das Mata
16h30 - Roda de Percussão com Folha Seca
17h20 - Batucada para as Águas com Mestra Martinha do Coco e Mestre Tico Magalhães (traga seu tambor e venha com roupa branca)
18h - Cortejo para Iemanjá com Coletivo das Yás
19h - Bando Matilha Capoeira
20h - Nãnan Matos - Show Sambadeira

 


Correio Braziliense terça, 01 de fevereiro de 2022

CINEMA: DIRETORES NEGROS GANHAM VISIBILIDADE COM PRODUÇÕES IDENTITÁRIAS

Diretores negros ganham visibilidade com produções identitárias

Festivais internacionais, premiados filmes e seminários específicos aumentam a visibilidade de criadores negros

RD
Ricardo Daehn
postado em 01/02/2022 06:00
 
Marte um: filme de Gabriel Martins explora sonhos de um menino de família moradora da periferia -  (crédito:  Embaúba Filmes/Divulgação)
Marte um: filme de Gabriel Martins explora sonhos de um menino de família moradora da periferia - (crédito: Embaúba Filmes/Divulgação)

Num circuito de festivais de cinema que já incluíram Cannes, Roterdã, Brasília e Tiradentes, faltava à produtora mineira Filmes de Plástico chegar ao Festival de Sundance. Representante brasileiro no evento, o longa Marte Um despontou com uma leva de fitas realizadas por diretores negros, entre os quais Carey Williams, W. Kamau Bell e Adamma Ebo. Todos estavam alinhados no festival recém-encerrado. "A receptividade foi maravilhosa: tivemos trocas de experiências potentes, ainda que de modo on-line. Pipocaram muitas críticas e veio o impacto do festival. Estou muito feliz, é impressionante ver como críticos escrevem textos interessantes e tão diversos. Tiveram muita generosidade com o filme", observa Gabriel Martins, diretor de Marte Um, em entrevista ao Correio.

Gabriel, no segundo longa-metragem (com Maurílio Martins, realizou o primeiro, No coração do mundo) diz não trabalhar com a chave virada sobre o tipo de imagem que projetará do Brasil no exterior. "Não racionalizo sobre isso, não em nível consciente, planejando o que os gringos vão achar do filme", diverte-se. O diretor aposta, sim,"em filme honesto e sincero", que esteja atrelado à necessidade da história pretendida. Marte Um, como ele diz, foi feito para elogiar esteticamente a presença de pessoas negras na tela. "Aposto nas nossas narrativas, em situações que têm a ver com a nossa história. Isso pode ser uma contribuição para que mais pessoas negras queiram filmar. Algo que talvez até inspire ou estimule para pessoas fazerem de forma até diferente da que eu fiz", explica.

Marte Um fala da classe média baixa, de encantamentos com futebol, de maldições e do dia a dia na periferia de uma grande cidade. Tudo gira em torno de Deivid (Cícero Lucas), que tem ambição para, em 2030, ser atuante como astrofísico. O enredo se passa em 2018, com Bolsonaro eleito. Wellington (Carlos Francisco, de Bacurau) é o porteiro, pai de Deivid; Tércia (Rejane Faria), a mãe, e Eunice (Camila Damião), a irmã que não tem coragem de assumir um relacionamento lésbico. Raça e gênero integram a trama possibilitada por um fundo de orçamento para diretores negros, gerado em 2016.

O cineasta acredita que o filme, tendo passado num festival grande, determina impacto na importância do cinema negro no Brasil. "Devido ao Festival de Sundance, trechos de Marte Um foram mostrados no Jornal Nacional, o maior do país. Com muita exposição, isso é colocar o cinema negro no mapa da história. Me parece uma contribuição possível para que a gente seja visto e esteja vivo, e que possamos sair deste vazio de possibilidades em que a gente está agora — tanto financeiras quanto mercadológicas. Viabilizar um filme, no Brasil, pode passar a se mover, numa direção a cenário diferente do que temos", avalia.

Um dos roteiristas do longa Alemão, estruturado sob demanda da RT Features, e criador de um retrato de violência impresso no curta Rapsódia para o homem negro, Gabriel Martins conta da vontade de navegar por vários sentimentos, no registro de cinema. "O Marte Um espelha minha história enquanto cineasta de periferia, tem uma carga otimista. É um filme que, de alguma forma, acredita na potência de um sonho. E eleva isso a um romantismo da situação, sem deixar de ser atento às contradições do mundo, sem acatar postura ingênua. Traz uma dose de crença no ser humano, talvez", revela Gabriel Martins.

Mais terreno 

No quarto curta-metragem, e ao final da graduação em cinema pela UFF, aos 27 anos, o diretor Bruno Ribeiro vive um ótimo momento: competirá pelo Urso de Ouro, no Festival de Berlim, com o curta Manhã de domingo, que estreou na 25ª Mostra de Tiradentes (MG). "O filme é roteirizado por negros, a protagonista é negra. Há toda a questão em torno de discurso identitário que está posta no Brasil, e lá fora também, numa escala um pouco maior. É um tema dos nossos tempos. Mas não foi isso apenas que pesou para a seleção em Berlim. Existe uma produção negra hoje muito vasta que disputa lugares em festivais e editais. Acredito que seja importante a pauta da representatividade", opina o realizador.

Tópicos variados absorvem Bruno, que, em Manhã de domingo, traz Raquel Paixão interpretando a pianista negra Gabriela, dona de instabilidade emocional, na primeira participação em prestigiado recital. "Precisamos de um prolongamento do debate da nossa questão. A produção negra é muito vista por meio de chaves temáticas muito difundidas e isso, às vezes, atrapalha a construção de um olhar mais atento e cuidadoso com a singularidade das obras. Temos que pensar: 'Para além dos corpos, o que mais pode ser absorvido de uma obra?'", pontua o cineasta.

Com a visão ampliada, diante do acesso à internet, na qual descobriu infinitas cinematografias, Bruno Ribeiro celebra o potencial da versão presencial do evento em Berlim, prevista para fevereiro. "Gosto da possibilidade de que o filme se conecte com plateias cada vez mais amplas. Ao invés de buscar consagração no cenário internacional, quero romper minhas bolhas, e desbravar o mundo." Sem minimizar a questão da representatividade, Bruno explica que, na interlocução "com amigos pretos", busca nas artes pautas mais coerentes com os tempos experienciados. "A pauta da representatividade já foi absorvida pelo mercado, de forma mais ampla — desde a publicidade. Artistas pretos já lutam por outras coisas", demarca.

Crítica / Summer of soul (... ou, quando a revolução não pode ser televisionada) ****

Uma luz nas sombras

Múltiplo em funções artísticas, Questlove teve ouvido e olhos atentos na primeira investida em cinema, que resultou no aclamado Summer of Soul, documentário que trata de lacuna na historiografia do preconceito racial na escala norte-americana. O desprezo publicitário e de apoio financeiro direcionado exclusivamente para o Festival de Woodstock, deixou no limbo um evento musical similar realizado a 150 km das ruidosas apresentações de apreço à contracultura. Tratava-se do Harlem Cultural Festival, encontro que levou 300 mil pessoas a um templo de amor e liberdade, promovido no Mount Morris Park novaiorquino, em emblemático momento de revalidação da cultura africana e pleno de altivez negra. Tudo sob o comando do produtor Tony Lawrence que, sob resguardo de ativistas do partido dos Panteras Negras, e manto progressista do prefeito branco John Lindsey, fez eclodir uma festa pra lá de fértil.

Antes de retratar o radicalismo de parte do público do festival — que viu a chegada do homem à lua como um desperdício de dinheiro e cristalizava a expressão "meganha" para designar policiais —, o filme reforça o espírito de família e os laços de irmandade exaltados por Sly, compositor do Sly and the Family Stone. Contribuem em muito depoimentos como os do guitarrista gospel Roebuck Staples, capaz de tarimbar sons pentecostais como "terapia ao estresse" da opressão social ou ainda o mero registro da agressiva guitarra de Sonny Sharrock. Entre a catarse e a possessão espiritual das matrizes africanas, como dito no filme, a diversão no festival — pródigo em "laquê e frango", como ambienta o modelo, ator e produtor Musa Jackson, que, em criança, integrou a seleta plateia — ecoa na vibração e no festejar genuíno da execução de Oh Happy day, no resgate do tambor de Ray Barretto e na real oração proposta por Mahalia Jackson e Mavis Staples, ao entoar Precious Lord take my hand, em saudação a Martin Luther King, morto no ano anterior ao festival, numa corrente de ódio que levou os irmãos Kennedy e ainda Malcolm X.

Resgate de raízes — curiosamente foi a marca Maxwell House, atenta à valorização da origem africana do café, que trouxe o apoio financeiro para a estrutura vanguardista impressa no festival de música —, aproximação de almas e um sentimento de integração ecoam no verdadeiro portal histórico aberto por Summer of soul. Discussões sobre pessoas "não serem suficientemente negras"; a visão, no show, de uma celebrada trompetista negra, e redefinições de nomenclaturas de raças (a pioneira no uso do termo 'negro' na grande mídia Charlayne Hunter-Gault conta do enterro do termo "preto", para a ascensão do "negro") conferem atualidade aos debates do filme.

Num ambiente de violência (e da proliferação da heroína na comunidade negra) e de saques desmedidos, o aquietar de ânimos foi instituído pelas glorificadas presenças de artistas como Stevie Wonder, B.B. King, David Ruffin (sempre lembrado por My girl) e a potente The 5th Dimension (que, em cena, funde Acquarius a Let the sunshine in). Dama da resistência, Nina Simone resplandece, no filme, ao clamar (com Blacklash blues e To be young, gifted, and black) pela afirmação de identidade, por 50 anos renegada, aliás, diante do ineditismo das imagens de Summer of soul. O show dos pretos não tinha apelo rentável, aos olhos dos engravatados da tevê. Estendendo a revalorização para latinos, artistas do Mongo Santamaria e Lin-Manuel Miranda dão as caras. Mobilização, regozijo e energia louvável tomam a tela, diante de Summer of soul.

Entrevista / Joel Zito Araújo

Atualmente, você está no evento Oju — Roda Sesc de Cinemas Negros. É necessária uma virtual cisão, no diálogo com as plateias, com a expressão cinema negro?

Nós brasileiros estamos acostumados a ver as coisas ignorando a desigualdade racial Assistimos um filme brasileiro que só tem brancos, mas não classificamos como filme de branco, nem consideramos que filmes assim fazem historicamente uma cisão no diálogo, com 56% da nossa população que não se auto classifica como branca. Embora esta seja uma atitude reiterada por muitos realizadores e aconteça por mais de um século. Sim, existe cinema negro, muitos realizadores jovens gostam desta denominação. Eu penso um pouquinho diferente, eu acho que nós, realizadores afrodescendentes, preocupados em incorporar os segmentos negros e indígenas, que são maioria da população brasileira, é que acabamos por fazer um autêntico cinema brasileiro.

Houve avanços na solidificação do cinema feito por negros no país? Quais cinematografias te atraem?

Sim, na última década, junto à conquista das cotas nas universidades, e um aumento exponencial de universitários e profissionais negros, talvez até mesmo em decorrência desta nova realidade, surgiu um cinema feito por negros, e com muito protagonismo, especialmente das mulheres negras. E eu acho que desta quantidade grande de jovens cineastas negros e negras que estão surgindo, aparecerá muita qualidade. Cinema é assim, é do exercício e da quantidade, que surge a qualidade. No meu caso específico eu tenho um cinema que se alimenta de múltiplas influências, desde grandes nomes europeus do passado e do presente, como Fellini, Bergman e Almodóvar, do cinema asiático, como do cinema negro norte-americano e do cinema africano. Relativamente ao cinema africano, aprecio muito os trabalhos dos clássicos Ousmane Sembène e Djibril Diop Mambéty, como dos contemporâneos Abderrahmane Sissako, Mahamat Saleh Haroun e Andrew Dosunmu.

A discriminação racial ainda persiste no país? Qual a ferida mais doída em relação ao tema?

Eu tive muitas feridas que já me cansei de falar delas, não quero mais alimentá-las voltando a elas. Mas me preocupa que muitos ainda não percebam o quanto a discriminação racial é um fenômeno cotidiano no Brasil que não só destrói a autoestima das crianças e das pessoas negras, como extermina fisicamente muito delas.


Correio Braziliense segunda, 31 de janeiro de 2022

CULTURA: LIVRO CONTA TRAJETÓRIA DAS GRANDES DAMAS DA MÚSICA BRASILEIRA

Livro conta trajetória das grandes damas da música brasileira

O pesquisador Leonardo Bruno lança o livro 'Canto de rainhas', que reúne perfis de Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Elza Soares

 

IR
Irlam Rocha Lima
postado em 31/01/2022 06:00 / atualizado em 31/01/2022 06:49
 
 (crédito: Marcos Hermes/Divulgaçao)
(crédito: Marcos Hermes/Divulgaçao)

Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Elza Soares são nomes incontestáveis no abecedário da música popular brasileira. Mais do que isso, elas podem — e devem — ser consideradas autênticas rainhas do samba, gênero que contribui decisivamente para a avaliação do nosso cancioneiro como um dos de maior relevância no mundo. Até por isso, soa com total coerência a escolha das cinco como protagonistas de Canto de rainhas, o recém-lançado livro de Leonardo Bruno, que busca ressaltar também o poder das mulheres na criação artística do país.

Donas de vozes potentes e intérpretes personalíssimas, essas mulheres ultrapassaram as barreiras do machismo e do racismo para alcançarem o patamar mais alto da MPB, lado a lado com outras artistas não menos importantes como Clementina de Jesus, Elizeth Cardoso, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa e Nara Leão. Sucessoras de Tia Ciata, Chiquinha Gonzaga, Marília Batista e Nora Ney serviram de referência para as que vieram depois, entre as quais Marisa Monte, Teresa Cristina, Fabiana Cozza, Nilze Carvalho, Mart'nália e Mariene de Castro.

Jornalista com presença frequente em rodas de samba e na cobertura dos desfiles das escolas no carnaval do Rio de Janeiro e participante de cerimônias de premiação desse segmento, Leonardo Bruno é autor de livros sobre a Acadêmicos do Salgueiro e Unidos de Vila Isabel e co-autor da biografia de Zeca Pagodinho. Ele demonstrou com a obra seu profundo conhecimento sobre trajetória de Alcione, Beth, Clara, Elza e Ivone. Mas, para escrever Canto de rainhas, entrevistou dezenas de mulheres ligadas ao samba e recorreu a uma vasta bibliografia.

Usando prosa quase coloquial, ele propôs com Canto de Rainhas construir um retrato da música brasileira nas últimas décadas, ao mapear a caminhada, as vivências, as lutas e conquistas das personagens como representantes do samba e do universo feminino. No primeiro capítulo, o autor, de forma ousada, reúne trechos de entrevistas das cinco homenageadas, e monta uma espécie de bate-papo entre elas, algo que nunca ocorreu, uma vez que as cinco jamais estiveram lado a lado num mesmo ambiente.

"Que bom saber que Alcione apreciava a voz de Núbia Lafayette, Beth era fã de Marlene, Clara admirava Elizeth Cardoso, Elza gravou Dona Ivone, antes mesmo que essa tivesse seu primeiro disco lançado. A leitura de Canto das Rainhas me mostrou que cada voz, cada mulher foi importante para forjar a voz feminina no samba", diz a cantora e compositora Teresa Cristina no texto de orelha.

No prefácio, a jornalista Flávia Oliveira destaca a escolha, por Leonardo Bruno, das personagens de Canto de Rainhas — O poder das mulheres que escreveram a história do samba. Num determinado momento enfatiza: "Cinco mulheres que se provaram talentosas, relevantes, corajosas independentes, ainda que inseridas num mercado profissional machista, racista, elitista — em alguns casos, tudo isso junto".

Canto de Rainhas - O poder das mulheres que escreveram a história do samba

De Leonardo Bruno. Editora Agir, 416 páginas. R$ 89,90.

 Como surgiu o Canto de rainhas?

O livro nasce de minha paixão pelas cantoras de samba. Observando suas trajetórias mais de perto, senti a necessidade de mostrar as barreiras que elas enfrentaram por serem mulheres num ambiente machista. O mundo do samba é historicamente dominado pelos homens, e as mulheres que conseguiram chegar ao topo, apesar de tantas dificuldades, são vitoriosas. Evidenciar a opressão que elas sofreram é uma forma de evitar que as novas gerações passem pelas mesmas situações.

 

A escolha de Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Elza Soares e Dona Ivone Lara como personagens tem
um significado?

Alcione, Beth Carvalho, Clara Nunes, Dona Ivone Lara e Elza Soares são figuras muito marcantes para quem acompanha o samba dos anos 1970 pra cá. Elas são a trilha sonora da minha vida, e acredito que de boa parte dos brasileiros. Muitas vieram antes, como Elizeth e Clementina; muitas vieram depois, como Jovelina e Teresa Cristina; mas acabei focando nesse ABCDE porque queria investigar algumas histórias mais a fundo. E as trajetórias dessas cinco são fantásticas.

Durante quanto tempo você se deteve na apuração dos fatos ligados à trajetória das cinco?

O processo todo do livro demorou três anos. A pesquisa foi muito extensa, por precisar reconstituir as trajetórias de muitas personagens. Foram dezenas de entrevistas, um mergulho gigante em jornais e documentos antigos, além de um trabalho longo de escrita. O livro trata de questões muito delicadas (machismo, racismo, elitismo, etc) e eu me apoiei numa literatura consagrada para dar conta do entendimento de trajetórias tão complexas.

 

Teve mais dificuldade em alguma delas?

Não, a tristeza que tive foi nunca ter conversado com Clara, a única das cinco com quem não tive contato. Estar com a pessoa e senti-la é muito importante para um trabalho desses.

No caso de Beth Carvalho, Clara Nunes e Dona Ivone Lara, que já morreram, houve dificuldade maior?

Beth foi entrevistada para o livro. Ivone não, mas conversei inúmeras vezes com ela sobre os temas abordados aqui. Apenas Clara tive que biografar "a distância".

 

Essa obra é voltada para um público específico ou imagina que ela possa despertar a atenção e interesse de diversos segmentos?

A meu ver, Canto de rainhas pode interessar a três tipos de público. Em primeiro lugar, aos fãs das cantoras de samba, especialmente das cinco que estão na capa, porque o livro faz um mergulho muito profundo em suas histórias. Em segundo lugar, no amante do samba de forma geral, porque através delas é possível reconstruir um pouco a história do samba. E, em terceiro lugar, as pessoas interessadas em questões como femininos e racismo. O livro traz um olhar atento sobre estes temas a partir das histórias das rainhas. 

Que sensação viveu ao escrevê-la?

A sensação que tive foi a de estar presente ao encontro entre elas, descrito no primeiro capítulo do livro. Eu e elas numa roda, conversando sobre diversos assuntos. Olha que privilégio!


Correio Braziliense domingo, 30 de janeiro de 2022

GASTRONOMIA: ESTUDOS INDICAM QUAIS AS DIETAS QUE MELHORAM A SAÚDE NA VELHICE

 

Estudos indicam quais as dietas que melhoram a saúde na velhice

Há escolhas nutricionais que podem evitar o surgimento de problemas recorrentes na terceira idade, indicam pesquisas recentes. Quanto mais natural o regime, com frutas e hortaliças, por exemplo, maiores as chances de usufruir dos benefícios

VS
Vilhena Soares
postado em 30/01/2022 06:00
 
Para a pesquisadora, os dados podem ser usados como base para a construção de dietas personalizadas e direcionadas a cada fase da vida -  (crédito:  Universidade de Barcelona/Divulgação)
Para a pesquisadora, os dados podem ser usados como base para a construção de dietas personalizadas e direcionadas a cada fase da vida - (crédito: Universidade de Barcelona/Divulgação)

Escolher bem o que comer é importante para conservar a saúde de qualquer pessoa. Entre os idosos, mais ainda. Pesquisas têm revelado que determinados nutrientes podem ajudar a evitar problemas comuns quando se chega à terceira idade, como complicações intestinais e enfraquecimento ósseo. Para especialistas, os resultados desses estudos indicam a possibilidade do uso de dietas personalizadas para promover um envelhecimento saudável.

Um dos focos dos cientistas é o desgaste da parede intestinal que pode fazer com que bactérias e toxinas "vazem" do intestino. "Há o trânsito de substâncias potencialmente tóxicas para o sangue, e isso está relacionado ao desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, enfermidades cardiovasculares e até Alzheimer", explica, em comunicado, Cristina Andrés-Lacueva, professora da Faculdade de Farmácia e Ciências dos Alimentos da Universidade de Barcelona.

A pesquisadora e sua equipe avaliaram se a alimentação evitaria o problema. Para isso, selecionaram 51 pessoas com mais de 60 anos e as submeteram a uma dieta rica em polifenóis — compostos orgânicos encontrados em frutas e plantas — por oito semanas. Constataram que a inclusão de até três porções diárias de alimentos como suco de maçã, cacau, chocolate amargo, chá-verde, laranja e romã fortaleceu a parede intestinal dos voluntários.

As amostras de sangue e fezes revelaram que os benefícios estavam relacionados a alterações na microbiota desencadeadas pela dieta. "Por exemplo, a teobromina e a metilxantina, derivadas do cacau e do chá-verde, se relacionam positivamente com bactérias produtoras de butirato (ácido graxo), que protege a parede do intestino, e se relacionam inversamente com a zonulina, o único regulador conhecido ligado à permeabilidade intestinal. Pesquisas já revelaram que, quando ativada, essa proteína aumenta o risco de síndrome da permeabilidade", detalha Andrés-Lacueva.

Para a pesquisadora, os dados podem ser usados como base para a construção de dietas personalizadas e direcionadas a cada fase da vida. "Uma maior ingestão de frutas, verduras e outros alimentos descritos nesse trabalho fornece fibras e polifenóis que ajudam a contrabalançar os danos à permeabilidade intestinal, que são decorrentes do envelhecimento", enfatiza.

Segundo o médico, o intestino permeável tem sido foco de vários estudos, em que se procura elucidar como a microbiota tem influência na regulação de mecanismos que promovam melhora na qualidade de vida e na prevenção de doenças. "Estudos também têm mostrado estratégias que ajudam nesse equilíbrio da microbiota. Podemos destacar mudanças no estilo de vida, como incentivar o idoso a ser mais fisica e mentalmente ativo, e sobretudo alterações no padrão alimentar", ilustra.

Inflamações

Também muito ligada a boas condições de vida na terceira idade, a saúde dos ossos pode ser melhorada com um regime estratégico, mostra um estudo americano. "Pesquisas anteriores ligaram nutrientes específicos à fragilidade ou à função óssea, mas não investigaram toda a dieta de um indivíduo e qual o impacto dela nesse sistema ao longo do tempo", relata, em comunicado, Courtney L. Millar, pesquisadora do Departamento de Medicina da Universidade de Harvard e uma das autoras do estudo.

A pesquisa avaliou dados relacionados à alimentação de 1.701 idosos saudáveis colhidos por mais de 10 anos. Constatou-se que a dieta pró-inflamatória, rica em carboidratos simples ou em gorduras saturadas, estava associada a uma maior vulnerabilidade óssea. Os participantes que seguiam esse regime tinham duas vezes mais risco de desenvolver problemas ósseos do que aqueles com uma dieta anti-inflamatória.

Os cientistas defendem que a ingestão regular de alimentos que contêm fibras e antioxidantes pode impedir que os idosos tenham fragilidade óssea. "Embora sejam necessários mais estudos, diretrizes baseadas em uma dieta anti-inflamatória podem ajudar a reduzir a porcentagem de pessoas que podem desenvolver fragilidade óssea e ter as condições relacionadas, como quedas e fraturas, e isso ajuda a melhorar a qualidade de vida", afirma Millar.

Para Agostinho Moreira, médico especialista em longevidade da clínica Viva Mais, em Brasília, os dados obtidos trazem informações valiosas para o combate a um problema muito comum na terceira idade: a osteoporose. "Hoje, sabemos que não é apenas a reposição de cálcio que previne um idoso de ter fraturas ósseas, mas, sim, aquilo que está relacionado ao seu estilo alimentar não inflamatório, que se dá pelo consumo de fibras, frutas, verduras, legumes integrais, como feijão-preto, lentilha e grão-de-bico, e de carnes magras com menos gordura saturada, como as de aves e peixes", detalha.

Já uma alta ingestão de alimentos como carnes vermelhas, processados e carboidratos simples — açúcar, massas e pães, por exemplo — não favorece um estado metabólico saudável, afirma o especialista. "Eles geram inflamação crônica de baixo grau, o que favorece a osteoporose", explica.

 

 
 

Estresse e excessos

Ainda não há explicações científicas sobre o que leva a essa complicação, mas os especialistas acreditam que ela possa estar ligada a uma má alimentação, ao consumo exagerado de álcool e de açúcar e ao estresse. A síndrome pode ser detectada por alterações no sistema imunológico, fadiga e problemas digestivos. Não existe um tratamento exclusivo para ela. A indicação de uma melhora na alimentação é uma das abordagens mais prescritas.

Maior proteção cognitiva

A saúde cerebral também pode ser promovida ao se adotar uma boa dieta. Cientistas da Universidade de Barcelona, na Espanha, constataram esse benefício entre idosos que consumiam mais plantas e frutas. No estudo, feito em parceria com cientistas franceses, os investigadores avaliaram, ao longo de 12 anos, um grupo de 842 pessoas com mais de 65 anos nas regiões de Bordeaux e Dijon, na França.

Após estudar dados relacionados à alimentação e à saúde dos voluntários, a equipe concluiu que idosos que consumiam com frequência alimentos como cacau, café e cogumelos apresentavam um comprometimento cognitivo menor. As análises sanguíneas dos participantes também mostraram que alguns metabólitos presentes nesses alimentos, como a 2-furoilglicina e a 3-metilantina, comum no café e o cacau, podem estar relacionados a esse efeito protetor.

"O que vimos é o papel modulador da dieta no risco de sofrer comprometimento cognitivo. Os resultados mostram uma associação significativa entre esses processos e certos metabólitos", afirma Mireia Urpí-Sardà, pesquisadora do Departamento de Nutrição, Ciência dos Alimentos e Gastronomia da universidade espanhola e uma das autoras do estudo.

Adoçante

Também chamou a atenção da equipe o fato de a sacarina, presente em adoçantes artificiais, estar associada a um efeito prejudicial na função cognitiva dos voluntários. Para os especialistas, os dados vistos precisam ser aprofundados em pesquisas maiores, na tentativa de que, em um momento, as informações possam ser usadas como armas protetivas à saúde neural dos idosos.

"É essencial o estudo da relação entre o deficit cognitivo, o metabolismo da microbiota e o metabolismo alimentar. Só assim, poderemos desenvolver estratégias preventivas e terapêuticas que ajudem a cuidar da nossa saúde cognitiva", enfatiza Urpí-Sardà.


Correio Braziliense sábado, 29 de janeiro de 2022

VERÃO: PATRÍCIA POETA ESBANJA BELEZA EM FERNANDO DE NORONHA

De biquíni fininho, Patrícia Poeta esbanja beleza em Fernando de Noronha

Apresentadora deixou internautas de queixo caído ao exibir sua boa forma

DL
Douglas Lima - Especial para o Uai
postado em 28/01/2022 23:57 / atualizado em 28/01/2022 23:57
 
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Patrícia Poeta vem compartilhando diversos momentos de suas férias em Fernando de Noronha com seus seguidores nas redes sociais.

Na manhã desta sexta-feira (28/01), a apresentadora voltou a arrancar suspiros dos internautas após publicar uma sequência de fotos de biquíni todo colorido em verde, branco e marrom, e exibiu toda a sua beleza no Arquipélago de Pernambuco.

Aos 45 anos, ela deixou os fãs de queixo caído ao exibir seu físico invejável. Com o cabelão solto, ela ousou nas poses esculturais, a jornalista se clicou sentada e em pé nas pedras, e exibiu a barriga chapada.

Na legenda, Patrícia lamentou o fim das férias na praia paradisíaca e garantiu que já estará de volta às telinhas da TV Globo neste fim de semana. "Longe de casa, no paraíso. Registros dos últimos dias de folga. Se conectar com a natureza não tem preço, né?! Vou embora daqui sempre com o gostinho de 'quero mais'. Até breve, Noronha! Amo essa ilha e as pessoas que vivem nela! Valeu, mais uma vez! Ah, te espero amanhã no É de casa! De volta ao batente!".

Nos comentários, os fãs não deixaram por menos e elogiaram a beleza da comunicadora. "Que mulher linda, meu Deus", escreveu uma fã. "Um espetáculo, simplesmente perfeita", comentou outra. "Benza Deus com tanta beleza", reforçou uma terceira. "Nossa que mulher linda", pontuo um seguidor. "Mulherão maravilhosa levantou até a minha pressão", brincou um admirador. "É a nora que a mãe mamãe sonha", disparou um internauta.

 


Correio Braziliense sexta, 28 de janeiro de 2022

CLIMA: MOMENTO DE TIRAR O GUARDA-CHUVA DA BOLSA, SEXTOU COM CHANCE DE CHUVA NO DF

Momento de tirar o guarda-chuva da bolsa, sextou com chance de chuva no DF

Segundo o Inmet a temperatura máxima pode chegar a 28ºC, a umidade relativa varia entre 50% e 95%

CB
Correio Braziliense
postado em 28/01/2022 09:05
 
 (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)

Nesta sexta-feira (28/1), a temperatura no Distrito Federal segue o padrão dos últimos dias, mais amena. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a máxima ficará na casa dos 28ºC. A mínima registrada ficou em 16ºC no Plano Piloto. Já a umidade relativa do ar poderá variar entre 50% e 95%.

“O tempo vai ficar com muitas nuvens, com pancadas de chuva, pois a ZCAS proporciona de três a cinco dias de chuvas contínuas. Hoje ainda é aquele padrão de verão. Apesar de estarmos com o céu bonito no momento, vai ter chuva”, alerta Andrea Ramos, meteorologista do Inmet.

 


Correio Braziliense quinta, 27 de janeiro de 2022

CINEMA: DRAMA SOBRE A VIDA DA PRINCESA DIANA E LONGA DE DEL TORO ESTREIAM

Drama sobre a vida da princesa Diana e longa de del Toro estreiam

Dois filmes que despontam como fortes candidatos a premiações internacionais, O beco do pesadelo e Spencer, alavancam as estreias de cinema na cidade

RD
Ricardo Daehn
postado em 27/01/2022 06:00
 
Spencer: recorte dramático na figura de Lady Di -  (crédito: Diamond Films/Divulgação)
Spencer: recorte dramático na figura de Lady Di - (crédito: Diamond Films/Divulgação)

Um filme repleto de tiros, sangue e violência visual. Descrito desta forma, o novo longa-metragem assinado pelo cinéfilo (e diretor consagrado) Guillermo del Toro, perderia muito do âmago da popularidade. Refilmagem de um clássico de Edmund Goulding (cineasta vencedor do Oscar de melhor Grande Hotel, em 1932), O beco do pesadelo ajusta a trama de filme noir de 1947, com Joan Blondell. Envolvente, o enredo deriva de um romance escrito por William Lindsay Gresham. Vale a lembrança de que Guillermo del Toro foi o responsável por A forma da água (melhor filme e melhor direção, no Oscar de 2017).

Gênero popular, nos anos de 1930, para o público de Hollywood, o noir costuma se render às imagens em preto e branco. Mas, em O beco do pesadelo, a direção de fotografia extremamente colorida é cortesia do dinamarquês Dan Laustsen. Consagrado pelos temas de limitações financeiras e estrelado por personagens minados por ingenuidade, o noir embebeda a nova produção de del Toro. Antes de chegar ao coração de Nova York, o protagonista Stanton Carlisle (Bradley Cooper) abraça um dos clichês do noir outrora estrelados por Robert Mitchum e Humphrey Bogart: vaga por terrenos baldios, até pegar carona num rabo de cometa, quando passa a integrar a trupe de circo itinerante.

"Ciência e conhecimento", pelo que dita o administrador do circo Clem (Willem Dafoe), são as chaves para este novo mundo. Entre desfiles por espelhos disformes e a convivência com tipos como o homem cobra (que exibe uma flexibilidade assustadora) e um chamado selvagem (entre o humano e o bestial), Stanton abusará do carisma, chegando a invadir o dia a dia da jogadora de tarô Zeena (Toni Collette) e do fracassado mentalista Pete (David Strathairn).

"Pessoas querem ser notadas", arrisca um dos personagens que detecta brechas para toda a sorte de trambiques serem instalados no cenário do circo. A elaboração do cenário (do filme) grita perfeição, com a direção de arte a cargo de Brandt Gordon, enquanto os figurinos do canadense Luis Sequeira, igualmente, sobressaem. Entre seres "impróprios à sobrevivência" (as atrações do circo), como demarcado por Clem, Stanton passa de empregado braçal e rústico à condição de estudioso da linguagem de trapaça, na intenção de promover "um estrago" em Nova York, sede para os futuros golpes ao lado da moça perita no manejo da eletricidade, Molly (personagem de Rooney Mara).

Uma série de pecados soterra a existência de Stanton que, apostando em códigos e oportunismo, caminha para o clássico tabuleiro armado nos filmes noir: muitas situações derivam de jogo de azar ou sorte impulsionados por fraudes e muito domínio de lábia (qualidade ressaltada no roteiro do longa, assinado por Kim Morgan e o próprio del Toro).

Crítica / Spencer ****

Tormento real

Realeza e realidade entram em franco desacordo no filme Spencer, centrado na popular figura da princesa Diana, morta em 1997. Dez anos depois de estrelar o fantasioso Branca de Neve e o caçador, a atriz Kristen Stewart protagoniza o novo filme conduzido pelo chileno Pablo Larraín, que versa sobre a desgraça de uma mulher de espírito independente se ver refém das deferências e tradições esmagadoras da ala conservadora da monarquia britânica.

Rainha (Stella Gonet) e o príncipe Charles (Jack Farthing), de quem Di pretende se livrar, estão em cena — mas como vultos. Entre banquetes sequenciados comandados por Darren (Sean Harris) e e a opressão de ter cada passo (e até as vestimentas) supervisionado, a princesa agoniza, tendo por espelho Ana Bolena, ultrajada personagem do reinado de Henrique VIII e descrita num livro que Di lê.

Sem cercar uma história oficial, Larraín aposta numa visão muito particular, sem verve documental, flana nas impressões dele sobre período natalino experimentado pela princesa de Gales pelos membros da Coroa na casa de campo em Sandringham (Norfolk). Carente e emudecida, cabe a Di sussurrar, introspectiva, trechos da tragédia assumidamente vertida em fábula, no roteiro de Steven Knight (Coisas belas e sujas e Senhores do crime).

Apresentado no Festival de Veneza, Spencer se vale de uma interpretação estritamente pessoal (do ponto de vista de Stewart) da magia do corpo de 24 profissionais do departamento de maquiagem da fita e da câmera inquieta de Claire Mathon (Retrato de uma jovem em chamas).

Em frangalhos, Diana tenta, com desespero, se conectar aos filhos William e Harry, tendo por fiel confidente a serviçal Maggie (Sally Hawkins). Artista que remodelou a visão do público para Jacqueline Kennedy (com o longa Jackie), Pablo Larraín assume devaneios e riscos de um filme feito sobre o filtro contemporâneo da urgência feminista. 

» De volta ao lar 

Desde 2019 distanciado das tradicionais exibições no Cine Brasília (EQS 106/107), o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro volta a ter exibições no chamado templo de cinema da capital. Ocorrida em dezembro passado, em caráter virtual, a 54ª edição terá reprises de filmes em destaque, em programação basicamente montada por dois curtas um longa-metragem. E o melhor: tudo de graça. Filmes como Acaso (DF), Ela e eu (SP), Saudade do futuro (RJ) e Lavra (MG) serão mostrados.

Hoje, às 19h, com fitas premiadas na Mostra Brasília, serão exibidos o curta Cavalo marinho (de Gustavo Serrate), vencedor do Candango de melhor fotografia, e O mestre da cena, documentário que celebra o ator local Gê Martú. O filme assinado por João Inácio faturou melhor montagem e ainda o Troféu Saruê (conferido ao ator, pelo Correio).

Produções derivadas de tecnologia mais acessível e ramificação de linguagens de cinema, pelo que reforçaram os curadores do festival, resultaram na pluralidade do evento. Amanhã, a programação começará às 20h, e traz os curtas Ocupagem (de Joel Pizzini, que venceu o Prêmio Marco Antônio Guimarães) e Era uma vez... uma princesa (filme de Lisiane Cohen valorizado pela temática afirmativa)

Sábado e domingo, as sessões serão duplas: em blocos de programação iniciados às 17h e 20h. Às 17h20 de sábado, será mostrado Alice dos Anjos, longa de temática universal adaptado por Daniel Leite Almeida para o interior baiano. O longa vem baseado em Alice no país das maravilhas, a obra literária do século 19 criada por Lewis Carroll.Na semana seguinte, as apresentações serão de quarta a sexta-feira.

 » Outras estreias

Fortaleza Hotel

De Armando Praça. Com Clébia Sousa e Lee Young-Lan. Uma rede de solidariedade se espalha, quando uma camareira confidencia problemas a uma hóspede sul-coreana.

Belle

De Mamoru Hosada. Anime mostra os efeitos de um aplicativo de transporte para um mundo virtual, no qual a jovem Suzu se afunda. Numa jornada que compreende autodescoberta, ela se vê popular na pele da cantora Belle.

Passagem secreta

De Rodrigo Grota.

Com Fernando Alves Pinto, Arrigo Barnabé e Luiza Quinteiro.

Identidade de uma jovem é posta em xeque, quando se muda para cidade interiorana e passa a conviver com novo ciclo de amigos.

Summer of soul (Ou, quando a revolução não pode ser televisionada)

De Ahmir "Questlove" Thompson. Com Stevie Wonder e Nina Simone. Documentário
pré-selecionado para o Oscar apresenta um grandioso festival de música novaiorquino que congrega elementos da raiz da história de afro-americanos pelos EUA.


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