Se, para o comércio, o Dia das Mães é a segunda melhor data para o comércio, para o consumidor, a data marca o momento de homenagear a mulher que o trouxe à vida ou lhe mostrou o mundo. No Distrito Federal, a estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-DF) é que os consumidores gastem até 50% a mais que o ano passado com os mimos para as mães. O valor médio do presente deve saltar de R$ 114,96 para R$ 174,95.
Se alguns preferem surpreender a mãe, a militar Mariana de Lima Esteves, 24 anos, fez o movimento oposto. Levou a mãe Rosângela Soares Lima, 52, para lanchar e, em seguida, para escolher o presente exatamente como queria. "Vimos sapatos e escova de cabelo, coisas que ela realmente vai usar. Nada de panela!", brincou. "Eu quero ficar bonita", completou a mãe.
Apesar de gostar de fazer surpresa, a jovem esse ano optou por comprar o presente com a mãe para a escolha certeira. "Compra surpresa, às vezes, não é o que agrada tanto. Então, como ela merece o melhor, nada mais juntos que ela mesma escolher", afirmou Mariana. O segredo para conseguir um bom presente, e em conta, para a militar é pesquisar. "Olhei bastante antes, vi várias coisas e achei promoções muito boas."
Apesar da inflação, mas com crescimento registrado nas vendas da Páscoa, cerca de 57% dos lojistas entrevistados pela Fecomércio acreditam que as vendas para o Dia das Mães este ano serão melhores do que no ano passado e apostam em um aumento efetivo nas vendas de 26% em relação a 2021. Em termos de faturamento, a data só perde para o Natal.
A funcionária pública Eduarda Santos Bernardes, 27, neste ano vai homenagear a avó, afinal, mãe é quem cria. "Mesmo tendo minha mãe, mas foi minha avó que me criou desde pequena. Ela é o meu referencial em tudo", disse. Na hora de escolher o presente de Dia das Mães e de aniversário, já que as datas são próximas, ela optou por algo que fosse útil e que a avó estivesse precisando. "Eu comprei uma sandália confortável, pois ela tem problema no pé. Acho que vai gostar bastante", contou.
Criatividade
Economista do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), William Baghdassarian reforça que o segredo é ter consciência na hora de comprar um presente compatível com a sua renda. "O grande problema é que as pessoas, às vezes, querem dar um presente, que a mãe certamente merece, mas o presente é incompatível com o que essa pessoa ganha. Aí acaba ficando apertada o ano todo. Então, a maior dica é dar um presente que seja compatível com o que você ganha, porque não adianta também se apertar demais e depois ficar prejudicado com isso", explicou.
Baghdassarian aconselha que uma boa saída é ser criativo na hora de presentear. "Uma demonstração de amor ou uma presença maior na vida da mãe é muito mais importante que o presente", afirmou. Por isso, para o economista, nesse momento de inflação alta, é uma boa oportunidade para que as pessoas repensem o que seria mais significativo para as mães, além de coisas materiais. "Às vezes, a pessoa pode fazer algo que a mãe gosta, como um prato ou um ato de carinho. Eu acho que o gesto é muito mais importante do que o valor do presente", completou.
Margonete é a típica mãe que ama agradar os filhos e dá a cada momento simples, motivo para se fazer uma festa. Agora, é a vez de as filhas homenagearem a mãe. "Ela gosta de comemoração. É aquela pessoa que para tudo e todo mundo arruma uma mesa especial. Tudo é festa com ela. Então é legal, nessa data, a gente poder fazer por ela também", acrescentou Rafaele.