Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)
Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.
Correio Braziliense quarta, 17 de agosto de 2022
PATRIMÔNIO HISTÓRICO: 17 DE AGOSTO - DIA DE REFLETIR SOBRE A PRESERVAÇÃO DOS MONUMENTOS
17 de agosto: dia de refletir sobre a preservação dos monumentos
No Dia do Patrimônio Histórico, o Correio conversou com pessoas que se surpreenderam e continuam se surpreendendo com os monumentos da cidade, expostos a céu aberto para serem compreendidos e admirados
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Júlia Eleutério
postado em 17/08/2022 06:00
(crédito: Minervino Júnior/CB)
Preservar, reconhecer e valorizar o potencial histórico de conjuntos arquitetônicos, móveis e até do que não é material é essencial para a construção da cultura de um povo. O dia 17 de agosto foi a data escolhida para promover reflexões sobre a importância da preservação desses espaços que contam a história. No DF, o brasiliense tem o privilégio de ver, viver e circular numa cidade inteira tombada como patrimônio cultural da humanidade, feito que completa 35 anos em 7 de dezembro. Brasília tem tal honraria justamente porque é composta por monumentos, edifícios ou sítios de extrema importância do ponto vista histórico.
Encantada ao entrar na Catedral pela primeira vez, Ellen Mondego, 37 anos, mora no DF há 14 anos e conta que costumava frequentar muito o centro da capital quando os filhos eram pequenos. No entanto, mesmo com eles crescidos, ela tira um tempo para revisitar os lugares que tanto ama. "Eu sou uma maranhense, apaixonada por Brasília. Uma cidade bonita, que encanta e que enche os olhos", destaca a moradora de Ceilândia Sul. "Todas as vezes que eu venho aqui é como se fosse a primeira vez", comenta.
A data importante para conscientizar a população sobre os patrimônios é em homenagem ao historiador e jornalista Rodrigo Melo de Andrade, responsável pela criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1937. O órgão é o responsável pela proteção e preservação dos bens culturais nacionais, edifícios, centros urbanos e sítios arqueológicos.
José Salustiano, 45, apresentava para a esposa, Lucineide Alcântara, 42, a Praça dos Três Poderes. Tirando fotos, a cearense e nova moradora de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno, apreciava a paisagem da capital. "É tudo muito bacana", comenta Lucineide sobre o museu a céu aberto, acrescentando que o lugar favorito é a Catedral. Terceirizado na Câmara dos Deputados, José nasceu em Brasília e enfatiza a relevância dos monumentos. "A gente vê muitas construções importantes e vários lugares marcantes. É maravilhoso ter isso tão perto", conta.
Com uma área de 112,25km² e tombado nos âmbitos distrital e federal, o conjunto urbanístico?arquitetônico de Brasília é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, sendo o único bem contemporâneo a merecer tal reverência. Segundo o Iphan, a principal característica da cidade é a monumentalidade, determinada por quatro escalas: monumental, residencial, bucólica e gregária, além da arquitetura inovadora.
Marco no século
Projetado por Lucio Costa, o conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília foi inscrito no Livro de Tombo Histórico pelo Iphan em 14 de março de 1990. O arquiteto e urbanista e vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do DF (CAU-DF), Pedro Grilo, destaca que a capital é, de fato, a única cidade moderna tombada. "Isso é um motivo de muito orgulho para a arquitetura brasileira. Se constituiu com certeza um marco na história do século 20", pontua o especialista.
Grilo ressalta que Brasília vai além do tombamento em si, pois a construção da cidade já é um marco. "Se pegar Brasília, é uma cidade inteiramente moderna tanto no seu urbanismo como na sua arquitetura. São mais de 1,5 mil blocos construídos e a maioria deles foi feita logo no começo da cidade. É um conjunto imenso de prédios", comenta o arquiteto.
O especialista acredita que a manutenção predial é o melhor caminho para conservação e preservação das estruturas e das características das construções antigas e históricas. "O que acontece muitas vezes é que os edifícios acabam sem manutenção muitos anos e chega num ponto que as pessoas decidem que o edifício não é mais legal, porque ele está muito velho e estragado e acabam fazendo reformas ultrarradicais que trocam todos os materiais originais do prédio, deixando ele descaracterizado", enfatiza Grilo.
Na semana do Dia do Patrimônio Histórico, o conselho está distribuindo o Selo CAU-DF que reconhece o valor histórico das edificações não monumentais de Brasília. Nesta terceira edição, nove edifícios de escritórios e uma escola pública serão contemplados com a certificação. "A gente escolheu dez edificações do cotidiano da cidade que não são normalmente identificadas como patrimônio para dar o selo justamente por estarem bem conservadas há cerca de 60 anos", destaca Grilo.
Os prédios escolhidos são: Edifício Camargo Corrêa, Edifício Morro Vermelho, Escola Superior de Defesa, Receita Federal, Sede dos Correios, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), Tribunal Regional Federal (Sede II), Tribunal Regional do Trabalho (Anexo I), Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e o Bloco A da CLN 111.
Correio Braziliense terça, 16 de agosto de 2022
CINEMA: MARIA BETHÂNIA É TEMA DO FILME *MARIA – NINGUÉM SABE QUEM SOU EU*
Maria Bethânia é tema do filme ‘Maria - Ninguém sabe quem sou eu’
Documentário conta com direção e roteiro de Carlos Jardim e revisita a carreira e vida pessoal da artista; longa ainda não tem previsão de estreia
CB
Correio Braziliense
postado em 16/08/2022 10:28
(crédito: Gerlan Cidade)
Com mais de 50 anos de carreira, Maria Bethânia é tema do longa Maria — Ninguém sabe quem sou eu, que ganhou teaser. O documentário conta com a direção e roteiro de Carlos Jardim e revisita os 57 anos profissionais e os 76 da vida pessoal da artista.
O longa terá depoimentos da própria Bethânia e a ideia é compor a narrativa com imagens inéditas, direto dos arquivos da TV Globo, TV Bahia e acervos da cantora e compositora, bem como de fãs.
Entre as imagens icônicas está o show que ela fez junto a Chico Buarque, em 1975, e de A hora da estrela, espetáculo teatral de 1984, baseado no livro de Clarice Lispector. As cenas da prévia trazem, ainda, a leitura de textos selecionados pela artista, com narração de Fernanda Montenegro.
Correio Braziliense segunda, 15 de agosto de 2022
PARA ESQUECER O EX-AMOR: 8 CONSELHOS PARA MULHERES ESQUECEREM OS EX
8 conselhos de 'coach de separação' que ensina mulheres a esquecerem os ex
Após um momento doloroso durante um processo de divórcio levou Aronke Omame a mudar de carreira e se tornar coach de separação
Megha Mohan - Repórter de identidade e gênero
postado em 15/08/2022 08:44
O fato de a hashtag #breakup ("separação") ter sido usada mais de 21 bilhões de vezes no TikTok mostra quanta gente quer falar ou obter conselhos sobre desilusões amorosas.
Então talvez não seja surpresa que existam coaches de separação, como Aronke Omame, que ganham a vida ajudando estas pessoas por meio da sua experiência.
Estamos agora em 1993, e a advogada comercial Aronke Omame, de 35 anos, está prestes a aprender uma lição no campo dos relacionamentos amorosos que vai mudar sua vida.
Ela está em um tribunal em Lagos, na Nigéria, mas pela primeira vez não está representando um cliente. Ela está dando uma força para a amiga, Mary (nome fictício), cujos pais estão se divorciando.
A mãe de Mary, observa Aronke, não para de olhar para o pai de Mary do outro lado da sala. Não é sutil. Ela está esticando o pescoço para chamar a atenção dele.
Então, quando o juiz faz um breve intervalo, Aronke assiste, petrificada, enquanto Mary e a mãe se aproximam dele. O tribunal está em silêncio, todos os olhos estão voltados para a família.
Um suspiro toma conta da sala com a cena que acontece a seguir.
Mary e a mãe se ajoelham diante do respectivo pai e marido. De cabeça baixa, imploram a ele que não desfaça a família.
Mas o pai de Mary levanta o queixo e, com ar de desprezo, começa a insultar as mulheres em voz alta, na frente de todo mundo.
O ano agora é 1967, e Aronke, com então nove anos, está no recreio com os amigos, enquanto a diretora caminha em sua direção. É raro ver a diretora na hora do recreio. Algo está errado.
Ela informa a Aronke que seu pai está esperando no portão. Ele está aqui para buscá-la. Aconteceu alguma coisa.
O pai de Aronke diz a ela que eles não vão voltar para casa, que ela vai ter que ficar na casa da avó por algumas semanas. E como a casa da avó fica longe da cidade, ninguém vai poder levá-la à escola. Ela terá esse tempo livre, diz o pai.
Ele e a mãe dela irão visitá-la, mas por enquanto têm assuntos particulares para resolver. Precisam de um tempo sozinhos. Ela está confusa, mas pode sentir que agora não é o momento para perguntas.
Dicas de Aronke para a separação (role a página para baixo para ver mais)
- Chore — chorar faz bem, ajuda a descarregar a dor.
- Não ligue ou envie mensagens de texto para seu ex por pelo menos algumas semanas.
Ao longo das semanas seguintes, Aronke e os irmãos são sempre levados para outros cômodos da casa da avó, longe do alcance dos adultos, quando sua mãe e pai chegam para conversar, sussurrando baixo com vários membros da família.
Eles deixam as crianças com os avós todas as noites, para voltar para casa. Uma casa que está em processo de dissolução.
Aronke brinca com os primos e cozinha com a avó. É divertido ter algumas semanas de férias da escola. Ela está feliz. Ou, pelo menos, não está infeliz.
E dentro de um mês, sua família encontra seu novo ritmo.
"Naquela época, a família era uma comunidade", diz Aronke à BBC.
"Fui criada por ambos os avós, tias e tios. Meus pais receberam muita ajuda."
O pai dela sai da casa da família, e Aronke e os irmãos voltam. Seus pais mantêm um relacionamento cordial entre si, e nenhum dos dois critica o outro na frente dos filhos. A família não está partida. Só tem uma pessoa a menos dormindo na casa.
"Aprendi que os relacionamentos nem sempre duram", diz Aronke.
"Apesar das melhores intenções de todos. É tentador ser mordaz um com o outro, mas terminar as coisas com dignidade vai ser melhor no futuro."
- Peça a um amigo ou parente para ser seu ouvinte, alguém com quem você possa entrar em contato com frequência.
- Lembre-se de que você está de luto e seu ex também — o luto é um período de ajuste.
Ela nunca soube exatamente por que o casamento dos pais acabou, mas isso não importa.
O resto de sua infância, ela insiste, é feliz. Mas sua próxima lição na seara do amor vai doer.
Aronke tem 18 anos e está na faculdade de direito. Ela está a fim do seu melhor amigo. Eles são da mesma turma. As piadas internas dos dois levam a um flerte, que logo se transforma, acredita Aronke, em um namoro com exclusividade.
Ela está apaixonada pela primeira vez.
Mas tem um problema. Ele quer fazer sexo, e ela não está pronta.
"Eu não acreditava em sexo antes do casamento", diz ela.
"Eu era muito caseira."
Ela tenta compensar de outras maneiras, estando disponível, sendo amorosa e espontânea. Um dia, vai à casa dele para fazer uma surpresa, e o encontra beijando outra jovem.
"Fiquei arrasada. Saí de lá pensando que ele viria atrás de mim."
Ele não foi.
- Dê um novo nome ao seu ex — se o nome dele for Pedro, chame ele de Roberto enquanto fala sobre ele, isso pode te deixar menos irritada.
- Deixe de seguir a pessoa em todas as redes sociais — não é hora de tentar descobrir se ele está mais feliz sem você!
Após dias de silêncio, ela recebe uma carta.
"Ele diz que encontrou sua 'pedra preciosa' e que não faço mais parte da vida dele."
A rejeição deixa Aronke devastada.
"Eu estava envergonhada. Senti que meu mundo havia desmoronado."
Ela não vai à aula por duas semanas. Chora na cama. Tem medo de esbarrar com ele. Fica dentro de casa.
As amigas vão visitá-la. Dizem a ela que existem opções melhores esperando por ela no mundo lá fora.
Até que, um dia, como num passe de mágica, seu humor melhora. Ela sente vontade de se aventurar. Tem uma faculdade de direito para terminar e amigos para festejar. Sai pela porta e volta à vida.
Essas duas semanas de isolamento fizeram muito bem a ela. Com o passar do tempo, consegue voltar, inclusive, a ser amiga dele.
"Ainda bem que me permiti chorar", diz ela.
"Foi uma boa lição. Eu botei para fora".
Avance 17 anos no tempo, e agora Aronke está no tribunal, em Lagos, assistindo com horror como o pai de Mary insulta sua esposa e filha ajoelhadas.
"Ele estava soltando palavras que eu nem sequer consigo lembrar. Apaguei da minha mente", diz Aronke.
"Mas eram repugnantes".
Não muito tempo antes, ela própria havia se divorciado, mas o seu processo de separação nunca ficou tão feio quanto a humilhação pública que acabara de testemunhar.
Ela se pergunta como uma mulher de 60 anos pode se ajoelhar diante de um homem que claramente a maltrata — e implorar para que ele não a deixe.
Foi então que tudo se encaixou.
"A cultura apoia uma mulher ser subjugada ao marido", diz Aronke.
"Se eu não tinha reparado isso antes, reparei agora".
O aumento digital das separações:
- O Google diz que as buscas por "get over break-up" (algo como "superar a separação") dobraram nos últimos cinco anos, e mais que triplicaram desde 2012.
- O KeywordTool.io, uma ferramenta baseada em inteligência artificial que mede termos de pesquisa em várias plataformas, diz que a Irlanda buscou mais por "how to get over a break-up/your ex" ("como superar um término/seu ex") nos últimos 10 anos — e que Nigéria, Cingapura, Índia, Austrália, Quênia, EUA e Reino Unido estão entre outros no top 10.
- No TikTok a hashtag #breakup tem mais de 21 bilhões de menções e #gettingoverabreakup tem 8,7 milhões.
- A International Coaching Federation, o órgão do setor responsável pelo mercado de coaching de desenvolvimento pessoal, diz que o mercado de coaching de relacionamento, que inclui coaching de separação, agora está avaliado em mais de US$ 1 bilhão por ano.
Aronke se lembrou das pessoas que disseram, como se estivessem ajudando, que tinha sido o foco excessivo na carreira dela que levou ao término de seu próprio casamento. Na época, Aronke disse a si mesma para ignorar as más línguas. Mas doeu? Claro que sim.
E quando o casamento de seus pais terminou, todos os olhos se voltaram para sua mãe, perguntando o que ela poderia ter feito para evitar que seu marido perdesse o interesse. A sociedade estava levando as mulheres a permanecerem em casamentos infelizes, até mesmo abusivos, não oferecendo a elas um roteiro de como sair e começar uma vida próspera e plena.
Então, naquele dia, ao deixar o tribunal em que o casamento da mãe de Mary seria legalmente dissolvido, Aronke toma uma decisão. Ela vai ajudar as pessoas a superar o fim de seus relacionamentos com o máximo de dignidade possível.
Nos anos seguintes, ela se dedica ao estudo do direito de família e coaching de relacionamento. Seus amigos sempre a chamaram de "Advogada Sisi" (algo como "dona advogada"), agora a chamam de "Advogada Sisi: coach de separação".
Em 2022, não há um dia normal para a Advogada Sisi. Com mais de 40 anos de carreira jurídica, e mais de 10 anos como coach credenciada, ela acorda diariamente com mensagens no Facebook ou em sua caixa de entrada — principalmente de mulheres — em busca de ajuda para superar um relacionamento.
Ela agora faz parte de um subgrupo emergente de coaches de relacionamento chamados "coaches de separação" — mentores treinados que dizem que podem te ajudar a lidar com a dor do fim de um relacionamento.
"Um coach de separação pode te ajudar a olhar para trás para um período inevitável e doloroso da vida com orgulho", afirma.
"Enquanto um coach de relacionamento pode te ajudar a se tornar desejável para outra pessoa, um coach de separação ajuda você a se tornar desejável para si mesmo novamente."
É um serviço aparentemente ainda envolto em discrição.
"Recebo mensagens de pessoas que não me seguem abertamente nas redes sociais", revela.
"O que me diz que ainda há uma certa vergonha ligada ao fim de um relacionamento".
- É tentador se empanturrar de alimentos não saudáveis ??e ficar desleixado, mas isso não vai te deixar feliz — pense na sua alimentação e pratique exercícios.
- Os relacionamentos geralmente levam a dinheiro e recursos compartilhados, portanto, analise suas despesas e faça alterações se precisar.
Mas certamente parece haver um mercado para ajudar a superar as desilusões amorosas.
Aronke cobra 150 mil nairas nigerianas (cerca de R$ 1,8 mil) por três sessões. Ela diz que começa dando aos clientes um panorama geral sobre como colocar sua vida de volta no eixo. As duas primeiras semanas são cruciais, segundo ela.
Ela incentiva os clientes a chorar, a deixar de seguir ou silenciar o ex em todas as redes sociais e pedir a um amigo de confiança que ajude a impedi-los de pegar o telefone para ligar para o ex.
"Sua mente vai te enganar com desculpas sobre por que você sente que precisa ligar", diz ela.
"Não ouça, ela está mentindo para você. Se precisar, entregue seu telefone para um amigo."
'Minuto a minuto'
"A perda de um relacionamento é uma coisa dolorosa e difícil de passar, especialmente se você nunca vivenciou isso antes. Você nem precisa dizer nada — só de estar rodeado de amigos e familiares pode ajudar. As principais coisas a lembrar é que você não precisa passar por isso sozinho, e que com o tempo seu coração vai cicatrizar. Esse momento difícil vai passar, encare isso minuto a minuto, hora a hora e, aos poucos, suas feridas vão começar a cicatrizar."
Holly Roberts, conselheira da Relate, instituição beneficente de apoio a relacionamentos.
Uma dica mais inusitada é mudar o nome do seu ex quando falar dele.
"Se o nome dele é Pedro, chame de Roberto enquanto fala sobre ele. Você pode se sentir menos irritada e mais objetiva em relação ao Roberto."
Em seguida, Aronke orienta os clientes sobre como criar estratégias de longo prazo.
"Muitas vezes, dinheiro e imóveis estão envolvidos nos relacionamentos, e precisam ser separados. É confuso, e as pessoas precisam de ajuda com isso."
Ela ajuda mulheres a analisar suas finanças e orçamento para ficarem sozinhas.
Aronke conta que recebe críticas online de pessoas dizendo: "É claro que essa senhora quer acabar com as famílias, ela é uma mulher divorciada".
Isso não a incomoda, diz ela. Apesar de ter um companheiro, ela diz que isso não a afetaria, mesmo que fosse solteira.
"De qualquer forma, estou feliz", afirma.
"E não é esse o ponto? Há uma luz no fim do túnel. Às vezes, perder um relacionamento é um alerta para aprender a construir relacionamentos melhores daqui para frente."
BENITO DI PAULA: CANTOR CELEBRA 80 ANOS COM TURNÊ AO LADO DO FILHO
Benito di Paula celebra 80 anos com turnê ao lado do filho
Benito Di Paula comemora os 80 anos de idade ao lado do filho Rodrigo Vellozo com shows lotados e novos projetos
PI
Pedro Ibarra
postado em 14/08/2022 06:00
(crédito: Murilo Alvesso/Divulgação)
Normalmente, pais e filhos têm uma relação de várias fases. A infância é o momento de educação e inspiração. A adolescência é período de rebeldia e embate. Na fase adulta, o filho encontra o próprio caminho. Por fim, na fase idosa do pai, ambos se reencontram em uma inversão de papéis, na qual o filho cuida do pai. Benito Di Paula e Rodrigo Vellozo tiveram a própria trajetória, que não necessariamente segue a caricatura da relação pai e filho, mas que chegou ao reencontro.
Esse reencontro é o ponto da carreira que estão vivendo atualmente. Pai e filho estão fazendo shows cheios, com dois pianos no palco e muita história para contar. Juntos exploram o extenso repertório de Benito e vivem um momento de reinvenção. "Estou cantando para a terceira ou quarta geração de ouvintes, algo que nunca imaginei", diz Benito Di Paula em entrevista ao Correio. "Eu me sinto muito emocionado em falar. Eu tenho um relacionamento muito bom com os jovens. É como se eu fizesse parte deles e eles de mim", completa.
Mesmo antes de repensar com o filho uma forma de revisitar a própria obra, Benito percebia que, organicamente, o público mais jovem chegava a ele de alguma forma, principalmente por meio de indicação dos pais."Tenho um amigo que foi a meu show solteiro, depois, namorando, então, noivo, em seguida, casado. Mais tarde chegou com a esposa grávida e prometeu para mim que se fosse menino se chamaria Benito de Paula. Acabou vindo menina e o nome foi Ana Paula", lembra o cantor, que também é um exímio contador de histórias. "Eu sou cantor que agrada toda a família, é raro isso, muito raro", acredita.
Foi a partir dessa sacada que Rodrigo viu o potencial que o pai tinha, a força que era um artista permanecer relevante e presente por mais de cinco décadas. "A obra do meu pai tem clara essa questão de transmissão familiar, que é evidente. Porém, para além disso, tem o fato de que ele vive no agora. Cada vez que ele toca Retalhos de cetim é diferente", afirma Rodrigo Vellozo. "É uma coisa muito forte, ele é o momento, todo momento é o momento da arte. Toda hora é a hora sagrada da criação. Caiu a bola, ele chuta para o gol", explica.
O potencial do pai de ser arte fez o filho pensar em como levar este extenso trabalho para mais públicos, para os mais jovens, para novas vozes cantarem. Dessa fagulha, surge a ideia do songbook Benito 80. Rodrigo convidou artistas de diversas gerações para regravar músicas de Benito. Foram lançados em julho gravações de João Bosco, para música Se não for por amor; Teresa Cristina gravou Proteção às borboletas; Mariana Aydar, cantando Do jeito que vai dar; e Demônios da Garoa, Rodrigo Campos e o próprio Rodrigo Vellozo, a canção Madrugada, esta nunca gravada.
Com novos e especiais arranjos, eles reavivam o repertório de Benito com novas cores. "A gente foi pensando em cada música e cada artista. São figuras da música brasileira que a gente ama e admira aqui em casa. A gente vê um pouco de Benito em cada um desses artistas e eles também. Não é a toa que eles toparam, mergulharam e se jogaram de cabeça nesse projeto", afirma Vellozo. "Quando criamos os arranjos, pensamos em fazer algo novo, mas também na obra dele. Eu era a presença do meu pai ali, mas a gente também pensou nos artistas que estavam vindo. Ficou uma coisa híbrida muito interessante", complementa.
Além das canções já lançadas, Benito e Rodrigo confirmaram ainda uma regravação de Charlie Brown, cantada por Criolo, e Juçara Marçal interpreta o clássico Retalhos de cetim. Um dos fatores buscados pelo songbook é tirar o estigama de que Benito Di Paula é "música para homem". "A obra do meu pai tem um lance de ser bem masculina, então propositalmente trouxemos várias mulheres para as regravações. Quando nomes como Teresa Cristina, Mariana Aydar, Juçara Marçal dão o próprio olhar, a música ganha um outro significado", comente Vellozo. "É muito bonito isso, atesta a capacidade da música de se transmutar em outros universos", atesta.
De pai para filho
Benito Di Paula acredita que o trabalho que fez está em boas mãos com o filho. "É uma satisfação, emoção e alegria ver meu filho trabalhando como produtor. Eu nunca esperei que ele faria um trabalho como esse. A dedicação dele é emocionante, tudo separado, tudo bonitinho, ele dá dica de tudo", conta e ainda elogia: "Qualquer pai queria ter um filho igual o Rodrigo".
Rodrigo Vellozo, por sua vez, acredita que o ponto em que chegou de estar cuidando da obra do pai é fruto de uma criação de Benito. "As músicas do meu pai são parte da minha vida, a pessoa que eu sou foi forjada por essas músicas. Ele me formou não só com educação, mas também por meio da arte", conta.
Ele acredita que via o pai como pai e não pela perspectiva artística. "As pessoas, às vezes, me perguntam como é ser filho do Benito e eu não sei como é não ser. Eu já nasci dentro deste contexto, meu pai já era um mito dentro e fora do Brasil. Então para mim sempre foi uma coisa normal", comenta. "Quando eu fui vendo, como artista e pelos olhos do público e de colegas de profissão, eu percebi que não é normal uma obra como esta. É muito importante, se relaciona com muitos outros artistas, isso estamos vendo agora com o projeto Benito 80", acrescenta.
Rodrigo tem uma carreira solo com discos lançados, e é um dos maiores legados que Benito deixa, um filho que vai perpetuar toda obra do imortal musicista. Agora, os dois juntos são capazes de fazer exatamente o que Benito Di Paula queria e sempre fez, alegrar o povo. "Eu espero, em Deus, que eu tenha deixado um legado muito legal para essa grande família que é o Brasil. Mas garanto que queria ter deixado muito mais", fala Di Paula.
"Os grandes artistas são eternos. E eu acho que meu pai é isso. Meu pai é um ser humano, mas o Benito Di Paula é um super-herói. Ele não fica doente, não erra, ele é além do humano, é eterno", aponta Rodrigo Vellozo. "Para além da obra ele deixa uma figura, às vezes tão forte, que cobre a própria obra. Fica um fenômeno único na história da música brasileira", complementa sem esquecer o que realmente veio primeiro. "Claro que além de tudo isso ele é meu pai e, para mim, isso é mais importante que qualquer outra coisa. Muito mais importante do que Retalhos de cetim", conclui.
Correio Braziliense sábado, 13 de agosto de 2022
ARRAIÁ AGOSTINO: FESTA DA CASA AZUL AGITA O SÁBADO COM ALEGRIA E SOLIDARIEDADA
Arraiá agostino da Casa Azul agita o sábado com alegria e solidariedade
Com entrada gratuita, segundo dia do São João da Casa Azul promete animar foliões e arrecadar fundos para a instituição, que atua há 32 anos no combate às desigualdades sociais no Distrito Federal
AI
Ana Isabel Mansur
postado em 13/08/2022 06:00
Folia vai até as 20h, na 408 Sul - (crédito: Fotos: Casa Azul/Divulgação)
O clima entre os integrantes da instituição é de animação. "É nosso primeiro arraial. Já tínhamos tentado fazer outras vezes, mas não foi para frente. Queremos transformar em tradição. Se der tudo certo, teremos novamente no ano que vem", empolga-se Daise Lourenço Moisés, presidente da Casa Azul. "O objetivo é angariar recursos e todos serão revertidos para a manutenção das atividades da casa. Esperamos mil pessoas, mas tomara que venha mais gente", torce.
O convite também foi feito pelas redes sociais da Casa Azul. "Vai ter comidas típicas, quadrilha, brincadeiras e muita música boa", anunciou uma publicação do perfil, destacando que haverá programação para todas as idades.
Ação
A organização, que existe há 32 anos, atua no combate às desigualdades sociais no Distrito Federal, promovendo assistência — diariamente e no contraturno escolar — a mais de duas mil crianças, jovens e famílias, por meio de atividades de incentivo à cultura, tecnologia, educação, formação profissional e ao esporte.
Os principais locais de atuação são nas comunidades de Samambaia, Riacho Fundo II, São Sebastião e Vila Telebrasília. Nesses lugares, a Casa Azul promove oficinas de artes, teatro, música, dança, informática, atividades esportivas, orientação pedagógica, entre outros.
O principal objetivo da instituição é diminuir as vulnerabilidades sociais com a inserção de jovens e adolescentes no mercado de trabalho, com o programa Menor Aprendiz. Para isso, a Casa Azul sobrevive de doações e da arrecadação de fundos provenientes de eventos, como a Festa Agostina.
Em dezembro de 2021, a instituição recebeu, pela quarta vez seguida, o Prêmio Melhores ONGs entre as 100 organizações brasileiras do setor vencedoras em 2021. As instituições foram escolhidas pelas boas práticas em quesitos como governança, transparência, comunicação e financiamento. A entidade também venceu como a melhor ONG do DF.
O prêmio é realizado pelo O Mundo que Queremos, pelo Instituto Doar e pelo Ambev VOA, com apoio de pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), do Instituto Humanize e do Canal Futura. A premiação reconhece, desde 2017, o trabalho prestado pelas instituições não-governamentais no Brasil.
A intenção, além de reconhecer a relevância dos trabalhos prestados, é incentivar boas práticas, assim como a melhoria na gestão de todas as participantes, incluindo as que não são premiadas.
Correio Braziliense sexta, 12 de agosto de 2022
DIA DOS PAIS: ONZE OPÇÕES GASTRONÔMICAS PARA CELEBRAR A DATA EM BRASÍLIA
Onze opções gastronômicas para celebrar o Dia dos Pais em Brasília
O Dia dos Pais está quase chegando, se você ainda não definiu como será a celebração em família, o blog da Liana Sabo traz uma seleção com 11 opções gastronômicas para comemorar a data com o patriarca. Confira!
Celebração no hotel
Os hotéis Windsor Brasília (SHN Quadra 01 – Conj. A – Bl. A) e Windsor Plaza Brasília (SHS Qd 05 BI. H) terão serviços de bufê para o almoço do Dia dos Pais. O menu à la carte conta com mix de folhas com palmito, pêssego grelhado e azeite aromatizado (R$ 48) e creme de mandioca com embutidos defumados (R$ 58) como opções de entrada. Entre os pratos principais, os clientes podem optar por picanha grelhada, arroz à piamontese e batatas sauté (R$ 86) e ravióli de funghi com molho de tomate (R$ 58). Para adoçar o dia, a escolha fica entre brownie de chocolate e nozes com sorvete (R$ 28), torta de limão (R$ 26) e pudim de café (R$ 24). Funcionamento das 12h30 às 15h30.
Três etapas
O Le Jardin Bistrot (CLSW 301 – Edifício Espaço Vip, Sudoeste; SEPS 708/907) contará com um menu exclusivo no valor de R$ 89 com três etapas e três opções de prato principal, para atender bem os mais variados gostos. A entrada será a salada Paris, uma das mais pedidas da casa. Já as opções de prato principal são o boeuf bourguignon com purê, bacon e cogumelos; o peixe ao molho de leite de coco com purê de alho assado; e o risoto de tomate, cogumelos orgânicos, vagem e pesto. Os lugares disponíveis são limitados reserve pelo telefone (61) 99988-0012.
Churrasco de cordeiro
O primeiro Dia dos Pais do restaurante Greta (QI 9, Bl. A, Lj. 18 – Lago Sul), casa comandada pelos chefs Edu Reis e Matheus Grilo, terá churrasco fogo de chão com cordeiro e dose dupla de chope (R$ 11,90, das 12h às 16h). A peça inteira do pernil de cordeiro é servida com três acompanhamentos escolhidos pelo cliente (batata frita, arroz branco, cuscuz marroquino, vegetais grelhados, vinagrete de melancia e manga, e arroz pilaf). O prato serve até cinco pessoas e custa R$ 425. A versão individual é acompanhada de arroz pilaf, legumes e tzatziki – molho grego com base de iogurte e pepino – (R$ 89). Funcionamento no domingo, das 12h às 17h.
Menu italiano
O restaurante ‘A Mano (CLS 411 Bl. D), sob o comando do chef Fernando Alonso, apresenta menu especial do Dia dos Pais. De entrada, duas opções: mil folhas de bacalhau na nata (R$ 59) e vieiras grelhadas servidas com espuma de parmesão e finalizadas com tuille nero (R$ 89). Já como prato principal, o chef separou o papardelle trufado artesanal ao funghi porccini e cubos de mignon (R$ 99) e o stinco de cordeiro ao seu próprio molho servido com taglioline de hortelã (R$ 139). Para finalizar a experiência, a sobremesa oferecida é a mousse al cioccolato con riduzione di lambrusco condita con amarena gialla (R$ 39). Aberta de 12h às 17h.
Frutos do mar
No restaurante Sagrado Mar (SHIS QI 17, bloco G, sala 201 – Ed. Fashion Park), a sugestão para o Dia dos Pais é o churrasco marinho composto por polvo, camarão, lula, mexilhão e peixe acompanhado de batata frita provençal, vinagrete e arroz jardineira para duas pessoas ao valor de R$ 250. Aberto para almoço das 12h às 15h30.
Bons vinhos
No Piselli Brasília (Shopping Iguatemi), a comemoração será regada a vinho. Na compr de uma garrafa do tinto Forte Ambrone (R$ 185), a segunda será cortesia em homenagem aos papais. Para harmonizar, a pedida é o risoto montalcino (R$ 123), risoto de parmesão com vinho tinto toscano, linguiça local e radicchio. As reservas podem ser feitas pelo WhatsApp (61) 9913-7191. Funcionamento das 12h à 0h.
Apaixonados por burguer
No Trufa Burger (CLS 213 Bolco A Loja 9 Parte B), a pedida é dividir o hamburguer artesanal com o paizão. Nos dias 12, 13 e 14/8, na compra de 1 combo, o cliente ganha 50% de desconto no segundo. Entre as opções estão o honey & brie (R$ 38,90), com sabor agridoce, feito com duas generosas fatias de queijo brie levemente derretidas, 160g do exclusivo blend TB, duas camadas de mel de trufado com trufas brancas e o melhor pão artesanal; e o cheeseburguer TB (R$ 38,90), com tradicional pão artesanal brioche tostado, 150g do blend da casa, queijo cheddar e maionese à base de trufas negras. Funcionamento das 16h às 23h.
Rodízio de pizza
O Dia dos Pais será ainda mais especial na Casa Graviola e Graviola Burguer e Pizza. De 12 a 14 de agosto, as unidades da 202 Sul, Terraço Shopping e Shopping Iguatemi (Burguer e Pizza), terão rodízio do paizão: quatro pizzas brotinhos nos sabores preferidos do cliente, por R$ 110. Também, na compra de um Burguer, o cliente ganha dois mini burgueres de frango, ou vegan. Aberto de 11h30 às 22h.
Happy hour
Que tal celebrar o Dia dos Pais em clima de happy hour? O restaurante Jijoca (402 Sul, Bloco B, Loja 29) tem diariamente das 16h às 19h uma seleção especial de drinques especiais. O grande destaque é o Jijoca Azul, que remete ao mar cearense, bebida com gim, água tônica, curaçau blue, limão, xarope da casa, cravo, limão siciliano, gengibre e açúcar. Outra opção é o Jijoca Red com curaçau red, vodca, xarope de morango e de gengibre, limão e água com gás. Aberto todos os dias de 12h08 até 22h28.
Drinque especial
Com a assinatura do premiado chef Marco Espinoza, o restaurante Taypá (QI 17, Bloco G, lojas 208/210 – Fashion Park – Lago Sul) terá um drinque especial para a data comemorativa. É o Taypá Sour, feito com uísque, suco de limão siciliano, mel e cerveja própria da casa (R$ 32). A bebida harmoniza com o cardápio da casa. Aberto a partir das 12h e fechado para jantar.
Jantar de graça
Até 19 de agosto, os clientes que gastarem R$ 400 no Taguatinga Shopping vão ganhar um cupom eletrônico para concorrer a um jantar de R$ 500 no restaurante Coco Bambu, recém-lançado no estabelecimento da chef executiva Daniela Barreira e especializado em pratos nordestinos. Clientes que doarem 1 kg de alimento ganham cupons em dobro.
Correio Braziliense quinta, 11 de agosto de 2022
METEOROLOGIA: INMET ALERTA PARA QUEDA DE 5° C NA TEMPERATURA; CHUVAS SEGUEM ATÉ SEXTA
Inmet alerta para queda de 5°C na temperatura; chuvas seguem até sexta
Temperatura cairá 5°C a partir desta quinta-feira (11/8). Nessa quarta-feira (10/8), choveu em algumas áreas isoladas e deve seguir até sexta-feira (12/8)
IM
Isac Mascarenhas*
postado em 11/08/2022 06:00
Brasília estava há 94 dias sem chuvas. Precipitações devem seguir até amanhã. Um refresco em meio à seca - (crédito: Minervino Junior/CB/D.A Press)
Depois de 94 dias de seca, os brasilienses sentiram um pequeno alívio ontem. O Distrito Federal teve um dia com chuvas em pontos isolados de Planaltina, Recanto das Emas, Plano Piloto e Octogonal. Devido uma frente fria, a temperatura cairá 5°C, o que levou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a emitir um alerta de perigo.
Para hoje, a previsão é de que a mínima caia para 11°C. Amanhã, pode atingir 10º graus. Ontem, a mínima registrada foi de 17°C. A máxima para os próximos dias ficarão entre 27°C e 28°C. De acordo com o Inmet, essa variação abrupta de temperatura pode causar choque térmico no corpo e provocar ataques alérgicos. O instituto destaca que a chuva apareceu mais cedo nesta época do ano. Em 2021, a primeira precipitação de agosto foi no dia 31.
Acostumado com a seca de Brasília, Giovane de Souza Martins, 58 anos, comemorou o começo das precipitações. "Não sou muito fã do calor. Geralmente a chuva também traz frio, aí eu posso trabalhar mais à vontade. Nos últimos dias estava muito quente, terrível", conta o bombeiro civil.
Correio Braziliense quarta, 10 de agosto de 2022
COPA DO MUNDO 2022: FIFA ESTUDA ANTECIPAR A ABERTURA EM UM DIA
Fifa estuda antecipar abertura da Copa do Mundo do Catar em um dia
Pela programação original confirmada em 1º de abril, no sorteio dos grupos, a tabela previa o duelo entre Senegal e Holanda, às 7h (de Brasília) como primeiro jogo da Copa do Mundo, em 21 de novembro
MP
Marcos Paulo Lima
postado em 10/08/2022 00:55
O cartaz oficial da Copa do Mundo FIFA do Qatar é revelado no Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha - (crédito: KARIM JAAFAR / AFP)
A Fifa estuda a possibilidade de mudar a data de abertura da Copa do Mundo do Catar. Agendado para começar em 21 de novembro, o torneio pode iniciar um dia antes, em 20 de novembro, um domingo, com a partida entre Catar e Equador. A tendência é de que o jogo seja disputado às 15h (horário de Brasília), às 21h no horário local do país sede da 22ª versão do evento.
Pela programação original confirmada em 1º de abril, no sorteio dos grupos, a tabela previa o duelo entre Senegal e Holanda, às 7h (de Brasília) como primeiro jogo da Copa do Mundo. A abertura oficial seria feita na partida seguinte entre Catar e Equador. Não há uma justificativa clara para a mudança. A tendência é que a alteração seja confiramada nesta quinta-feira (11/8) pela Fifa e o Comitê Organizador da Copa. Há concordância por parte das seleções anfitriã e sul-americana.
A mudança na data de abertura lembra o jeitinho brasileiro para driblar o azar. A Copa de 2014 começaria em 13 de junho. Porém, os supersticiosos convenceram a Fifa a antecipar o jogo de abertura em 24 horas para 12 de junho, Dia dos Namorados.
Em tese, a remarcação não causaria dano aos elencos das 32 seleções nem outras mudanças na tabela. A data limite para que os campeonatos nacionais sejam interrompido é 13 de novembro.
Correio Braziliense terça, 09 de agosto de 2022
TRIO SIRIDÓ: CONJUNTO FORROZEIRO DE BRASÍLIA COMPLETA 50 ANOS DE ESTRADA COM UMA SÉRIE DE SHOWS PELO DF
Trio Siridó celebra 50 anos de carreira com uma série de shows pelo DF
O Trio Siridó, grupo que animou as principais festas nordestinas de Brasília, celebra 50 anos de carreira com uma série de shows
IR
Irlam Rocha Lima
postado em 09/08/2022 05:57 / atualizado em 09/08/2022 10:32
(crédito: Tina Coelho/Esp. CB/D.A Press)
Reduto de imigrantes do Nordeste no Distrito Federal, Ceilândia acolhe há 50 anos o Trio Siridó, expoente da cultura popular daquela região na Capital Federal. Para celebrar a data, o grupo programou uma série de apresentações, a maioria gratuita, que teve início no último final de semana com shows na Casa do Cantador e na Feira Central no Sol Nascente. A partir da próxima semana sai em caravana por outras cidades, tendo Santa Maria como ponto de partida.
Criado em 1962 por José Torres da Silva, cantor e tocador de triângulo Torres do Rojão, o grupo já teve várias formações. Na atual, ele tem como companheiros o jovem sanfoneiro Nivaldo e o zabumbeiro Toim. A história do Siridó, nos cinco décadas de carreira, está registrada em 16 discos — oito LPs e oito CDs. Ao longo dos anos, o trio tocou em todo o DF — principalmente no ciclo das festas juninas —, mas também nas várias regiões do país e até no exterior. "O que sempre buscamos foi sustentar e fortalecer o movimento dos forrozeiros, não apenas de Ceilândia, mas também de todo o DF", ressalta Torres."Não custa destacar que o forró, um ritmo nordestino, possui o título de patrimônio cultural imaterial do Brasil", acrescenta.
Torres teve em Luiz Gonzaga a grande fonte inspiração quando, bem jovem, decidiu seguir o ofício de músico. Paraibano de Campina Grande, foi em sua cidade natal que ele conheceu o Rei do Baião. No repertório de shows e mesmo de discos do trio, ele sempre incluiu composições do ídolo, com quem chegou a dividir o palco em várias ocasiões. Ao Correio o forrozeiro concedeu longa entrevista. Aqui, trechos da conversa.
Como foi o encontro com Luiz Gonzaga, naquela cidade?
Meu encontro foi emocionante, ele fazia um show na cidade de Caruaru, e chamou a garotada que sabia as letras das músicas dele e eu me destaquei cantando às canções que sabia de cor e salteado. Depois, tivemos muitos encontros, o Trio Siridó sempre foi selecionado para acompanhar o nosso rei do Baião nas suas apresentações na reunião Centro-Oeste. O show de Caruaru foi apenas um portal de entrada para muitos outros encontros musicais emocionantes.
O Rei do Baião é sua principal referência?
Por ordem de afeto: Luiz Gonzaga, Jacinto Silva, Déo do Baião, Jackson do Pandeiro e o sanfoneiro Camarão são minhas principais inspirações e influências no mundo da música. Luiz Gonzaga sempre foi um padroeiro dos forrozeiro. Um artista que marcou época e lançou tendência no nosso gênero, que se tornou patrimônio imaterial do Brasil. Acompanhamos Gonzagão em várias apresentações no DF.
Quando veio para o Distrito Federal, foi morar em Ceilândia?
Quando cheguei aqui na capital fui morar na extinta vila do IAPI. Depois, percorri várias regiões do DF. Hoje, eu e minha família moramos em Ceilândia, berço da cultura nordestina no DF.
Que lembranças guarda de quando, em 1972, criou o Trio Siridó?
Eu tocava na extinta boate Camisa Listrada, de Ceilândia, sem receber nada, foi quando o dono (Paulo Brandão) me convidou para ser artista fixo da casa. A partir daí, surgiu a necessidade de formar um trio. Passei a me apresentar com os meus companheiros (Mocó e Deijaci). Os trios de forró estavam em alta na época, feliz foi essa decisão. E até hoje os trios trazem alegria por onde se apresentam.
A escolha do nome do grupo foi sua, ou houve sugestão de alguém?
Escolha minha e do Mocó, que homenageia a canção de Luiz Gonzaga sobre a região nordestina e suas mazelas enfrentadas. O povo nordestino é marcado pela perseverança, assim como o seridoense.
Qual a avaliação faz de sua trajetória musical?
São muitas emoções ao lembrar da nossa trajetória. Passamos muitas dificuldades, como todos artistas, mas também tivemos muitos momentos de glória. Tive a oportunidade de me apresentar com meus ídolos, de trazer alegria por esse Brasil a fora. O forró é o compasso do coração. É uma felicidade plena poder fazer o que amo há meio século.
Em quais as mídias o trio fez registro do trabalho?
Já fizemos jornais locais, nacionais, programas de TV e rádios para todo o país. Hoje estamos na internet, nas redes sociais. Temos parceria com a Asforró, associação dos forrozeiros do Distrito Federal e participamos de vários projetos culturais, com outros diversos nomes e trios de forró consagrados no DF.
Quantos discos foram lançados?
Nos 50 anos, o Trio Siridó lançou 16 discos, oito em vinil e oito em CD. O primeiro, Progresso da mandioca, foi lançado em 1980. Flor mulher, Sapo na lagoa e Bate bate paixão são as músicas mais conhecidas do trio.
Do repertório autoral do Siridó que músicas são destaques?
São várias, Carregadinho de amor, Flor mulher, É que nem sapo na lagoa, Progresso da mandioca, É de madrugada que a população aumenta, entre tantas outras.
Tem quanto tempo a atual formação e como descobriu seus atuais companheiros?
Essa atual formação surgiu depois da pandemia. São músicos que sempre foram fãs do Siridó e tinham vontade de ingressar no nosso time. Também conto com a ajuda dos meus netos, que, às vezes, tocam comigo.
Além do Distrito Federal, que outras regiões do país já tomaram conhecimento do forró criado pelo grupo?
Todo o Norte, Nordeste, Centro-Oeste e algumas regiões do Sul como, Paraná, Maringá. Estivemos também na África (Luzamba, Luanda e África do Sul).
Na sua avaliação, o Trio Siridó tem o devido reconhecimento como uma referência da cultura popular brasiliense?
Não é o que eu esperava. O meio artístico é cheio de altos e baixos. Só reafirmo que sinto muito orgulho do meu meio século de forró.
Correio Braziliense segunda, 08 de agosto de 2022
CARTÃO POSTAL DE BRASÍLIA: IPÊS AMARELOS COMEÇAM A FLORIR
Cartão postal de Brasília, os ipês amarelos começam a florir
O ipê-amarelo começa a florir para embelezar ainda mais a cidade e encantar os amantes da natureza. Moradores já buscam a árvore para fotografar
EF
Eduardo Fernandes*
postado em 08/08/2022 06:18 / atualizado em 08/08/2022 06:19
Daiane Borges, 37, e Wendel Sousa, 43, é apaixonado pela cor amarela e cultiva quatro mudas de ipê em casa, no Jardim Botânico - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Vibrante, radiante e um refúgio, o ipê-amarelo é um cartão postal de Brasília. A espécie é apreciada pelos brasilienses e visitantes, que registram sua perfeição em fotos, fazem selfies em frente a árvore e aproveitam para aquele descanso sob a sombra dele. O amarelo da florada começa, de maneira sutil, a incorporar-se à beleza da cidade no mês de agosto.
Pensando nesse afeto, Daiane Borges, 37, e Wendel Sousa, 43, não resistiram à exuberância do ipê-amarelo, que encontraram enquanto caminhavam na QI 11, próximo à administração do Lago Sul. O casal é apaixonado pela cor e cultiva quatro mudas da árvore em casa, no Jardim Botânico. "Meu marido conseguiu as sementes no estacionamento da feira de São Sebastião e eu plantei", conta a amante da natureza, especialmente dos ipês.
Wendel não fica atrás quando o assunto é o sentimento pela árvore. O analista de sistemas descreve um "ipê incrível", que tem ao lado do trabalho, na Entrequadra 515 Norte. O amarelo no local é tão marcante que é alvo de registros e concursos de fotografia todos os anos. "Nessa vida corrida entre emprego e os desafios cotidianos, poder enxergar uma arte a céu aberto é um privilégio. É uma beleza que não tem preço", destaca.
Com a mesma percepção, Marluce Xavier, 52, trabalha no Espaço Israel Pinheiro há uma década. Ao lado, um ipê-amarelo começa a retomar seu charme e a colorir a rotina da auxiliar de serviços gerais. Ela também costuma registrar a paisagem em fotos nesta época, porque a espécie é a sua preferida. "Eu acho muito bonito. Quando as copas enchem, fica lindo demais", observa a moradora do Paranoá, que gosta de acompanhar o processo de maturação das flores.
Amor de infância
A estudante de publicidade Giovanna Paulino Monteiro, 21, cresceu admirando o ipê-amarelo em frente a sua casa, na região do Gama. Durante dez anos, quando a floração surgia, a felicidade aumentava. Isso fez com o que carinho pela espécie fosse diferente do sentimento por outras árvores. Ela recorda que, de uma forma ou de outra, a cor vibrante fez parte da infância. É uma marca feita pelo tempo em seu coração, algo que jamais vai esquecer.
"Desde criança eu chamava os ipês de árvores amarelinhas e ficava encantada em como era possível algo tão perfeito", relembra Giovanna. A árvore acabou morrendo. Mesmo assim, ela é grata, porque o o período foi suficiente para que desenvolvesse afeto pela natureza e apreciasse as pequenas bênçãos que podem passar despercebidas na rotina apressada. "Ver uma árvore tão linda quanto essa melhora o dia", diz a estudante.
Floração
Falta pouco para que as árvores sejam tomadas pelo tom amarelo. Os frutos já começam a surgir. A engenheira agrônoma Carmen Regina explica que o auge da espécie deve aparecer em, no máximo, 10 dias. "Varia de planta para planta. A floração dura até 15 dias em cada uma. Como temos muitas árvores plantadas, vamos ficar um bom tempo tendo flores", esclarece.
Em relação aos frutos, a especialista reforça que eles aparecem logo após a floração. A dispersão das sementes dos ipês ocorre pelo vento. A germinação da árvore pode durar uma semana, se as sementes forem novas. Caso sejam um pouco mais velhas, o ciclo pode demorar mais.
Beleza na capital
Existem mais de 600 mil pés de ipês das cinco cores plantados no Distrito Federal, de acordo com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), responsável por cuidar das árvores. No Plano Piloto, local de maior concentração, por exemplo, são mais de 25 mil exemplares.
O órgão também é o encarregado do plantio da árvore nas áreas verdes das quadras e ao longo das vias, como a W3, o Eixo Monumental e a L4. A maior quantidade está nos Eixos Norte/Sul.
No Distrito Federal, existem ipês-roxos, amarelos, rosas, brancos e verdes. As cores obedecem a uma ordem de floração em cada época do ano. É uma árvore que necessita de pouca irrigação e se adapta ao clima seco da capital federal.
Correio Braziliense domingo, 07 de agosto de 2022
CANOAGEM: ISAQUIAS QUEIROZ LEVA MEDALHA DE OURO NO MUNDIAL CANOAGEM VELOCIDADE
Isaquias Queiroz leva medalha de ouro no Mundial de Canoagem Velocidade
O campeão olímpico Isaquias Queiroz disputará mais uma final na competição neste domingo (7/8)
CS
Cecília Sóter
postado em 06/08/2022 12:42 / atualizado em 06/08/2022 15:06
Campeão olímpico nos Jogos de Tóquio do ano passado, o brasileiro Isaquias Queiroz subiu ao topo do pódio neste sábado (6/8) na categoria C1 500m do Mundial de Canoagem Velocidade, em Halifax, no Canadá - (crédito: Canoagem Brasileira/Divulgação)
Campeão olímpico nos Jogos de Tóquio do ano passado, o brasileiro Isaquias Queiroz subiu ao topo do pódio neste sábado (6/8) na categoria C1 500m do Mundial de Canoagem Velocidade, em Halifax, no Canadá.
Isaquias Queiroz garantiu a medalha de ouro para o Brasil no Mundial de Canoagem Velocidade na categoria C1 500m individual, com o tempo de 1 minuto, 54 segundos e 49 milésimos.
Neste domingo (7/8), Isaquias fará mais uma final, na categoria C1 1000 metros. Quem também vai brigar por um lugar no pódio da competição será a dupla Erlon Silva e Filipe Vieira, na categoria C2 500m.
Campeão olímpico nos Jogos de Tóquio do ano passado, o brasileiro Isaquias Queiroz subiu ao topo do pódio neste sábado (6/8) na categoria C1 500m do Mundial de Canoagem Velocidade, em Halifax, no CanadáCanoagem Brasileira/Divulgação
Com mais essa vitória, o brasileiro acumula ao todo 13 medalhas em mundiais (sendo sete ouros e seis bronzes) nas seis edições que disputou.
Correio Braziliense sábado, 06 de agosto de 2022
AUTOMOBILISMO: BRASÍLIA RECEBE EVENTO PARA APAIXONADOS POR CARROS NESTE FIM DE SEMANA
Brasília recebe evento para apaixonados por carros neste fim de semana
A capital recebe dois eventos voltados para os amantes de carros. O Campeonato Brasiliense de Drift garante muita adrenalina neste sábado (6/8) e domingo (7/8). O Brasília Diecast, em 13 de agosto, reunirá aficionados por miniaturas
JE
Júlia Eleutério
postado em 06/08/2022 06:00 / atualizado em 06/08/2022 12:01
Piloto mais jovem do país, o brasiliense Lucas Medeiros, 14 anos, estará no encontro de drift - (crédito: Júlia Eleutério/CB/DA PRESS)
Para os amantes de carros e de velocidade, os próximos finais de semana estão recheados de eventos automobilísticos no Distrito Federal. Hoje e amanhã, a capital recebe a 4ª etapa do Campeonato Brasiliense de Drift que reúne 28 pilotos de todo o país em um momento de adrenalina pura e cheio de velocidade. Os colecionadores de miniaturas de carros têm o 7º Encontro Brasília Diecast marcado para o próximo dia 13.
Criado na década de 1970, no Japão, o drift é uma técnica automobilística de pilotagem que conta com alta velocidade e derrapagem. Organizador do Campeonato Brasiliense, Gustavo Rocha destaca que a modalidade está crescendo no país. "Em Brasília, por incrível que pareça, a gente tem aqui o piloto mais jovem do país e um campeão brasileiro na etapa da temporada passada. Mesmo sem autódromo, a gente consegue se destacar no cenário nacional", comenta o ex-piloto e apaixonado por velocidade.
No evento de velocidade, dois carros vão para o circuito, iniciado com 100 pontos. Um vai na frente e o outro o segue para pressionar o máximo possível. Em alguns locais do trajeto, há critérios de avaliação para as manobras. Quem errar menos, passa de fase, quando serão montadas as oitavas, quartas, semi e final, que será amanhã. Para quem for ao evento, Gustavo destaca a carona radical, que é um ingresso que dá oportunidade de ir ao lado do piloto no circuito. "É rápido, mas é uma emoção única", garante.
Velocidade alta
Piloto mais jovem do país, o brasiliense Lucas Medeiros, 14 anos, é uma das atrações no campeonato. O adolescente conta que começou a pilotar aos sete anos no kart. "Desde pequeno, eu assisto Fórmula 1. Gosto muito. Eu amo a velocidade, pra mim é tudo. Essa é a minha terapia. Acho incrível", destaca. Morador do Park Way, o jovem sonha em seguir carreira no automobilismo e correr na Stock Car.
Iniciando no mundo das manobras com quatro anos, Gustavo Cavalcanti, 23 anos, é um dos competidores no evento. Em 2012, o Drift surgiu na vida dele. "Naquela época, tinha pouco conhecimento sobre o drift, olhava o vídeo da galera andando, lá, no Japão e daqui e tentava fazer igual", recorda-se o esportista, lembrando que das limitações dos carros que usava. "Agora, a gente montou ela (o carro) e está de ponta", comemora. "Paixão é a velocidade", acrescenta. Morador de Planaltina, Gustavo é acompanhado pela mãe, Clarice Cavalcanti, que diz ficar com o coração acelerado ao ver o filho competir. "Ele gosta, e o que compensa é ver a felicidade dele", ressalta, orgulhosa.
Coleção de milhares
Quem acha que carrinho é somente para crianças está muito enganado. No DF, o Brasília Diecast, em 13 de agosto, reúne colecionadores de miniaturas. Raul Fernando Scotini, organizador do encontro que ocorre a cada dois meses, revela que, em Brasília, há pessoas com acervos com até 15 mil exemplares. "É uma volta ao passado ter nas mãos as miniaturas de carros que alguns tiveram e viram de verdade, mas já não existem mais", comenta. Segundo o organizador, há uma variedade de modelos de veículos antigos, clássicos, temáticos, esportivos, de rali, de corrida, modelos de filmes, de desenhos e de personagens.
O evento contará com a participação do Pink Car com exposição das colecionadoras de Brasília. Além disso, haverá várias outras atrações como exposição e encontro de carros antigos dentro do shopping, os mini carros, teatro infantil e a maquete gigante da cidade italiana, Monza.
Serviço
Mega Drift
Data: 6 e 7 e de agosto Horário: 9h às 18h Local: Arena BRB – Estacionamento Mané Garrincha Meia entrada solidária para todos a partir de R$40,00 (doando 1kg de alimento não perecível) Ingressos no site: www.megadriftbrasil.com.br
7º Encontro Brasília Diecast
Data: 13 de agosto Horário: 9h às 19h Local: Liberty Mall Shopping - SCN Quadra 2 Bl. D, Asa Norte Entrada gratuita Informações: (61) 99175-7888
Correio Braziliense sexta, 05 de agosto de 2022
MEIO AMBIENTE: CONHEÇA A HORTA COMUNITÁRIA DESENVOLVIDA NO PARQUE DA CIDADE
Conheça a horta comunitária desenvolvida no Parque da Cidade
Projeto da Administração do Parque da Cidade criou canteiros comunitários para plantação de hortaliças próximo ao Estacionamento 13. O novo atrativo encanta quem passa pelo local. Objetivo é fornecer alimentos para creches, asilos e moradores do DF. A ideia é expandir a iniciativa para outros locais de Brasília
EH
Edis Henrique Peres
postado em 05/08/2022 06:00
Cleber tem uma horta em casa. Quando viu os canteiros no Parque da Cidade, tirou fotos e divulgou para os amigos. "É ótimo lidar com a terra", garante - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Quem visita o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, enquanto realiza caminhadas e pedaladas pela ciclovia, não deixa passar despercebido a novidade: no Estacionamento 13, vários canteiros de uma horta comunitária margeiam um trecho da ciclofaixa. De alface crespa, acelga e cebolinha a mostarda, espinafre e repolho, as folhagens encantam diversos frequentadores do local.
04/08/2022. Crédito: Ed Alves/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Horta Comunitária no Parque da Cidade.ED ALVES/CB/D.A.Press
A horta comunitária foi idealizada pela administração do Parque da Cidade e está na etapa de planejamento. Embora o projeto seja piloto, o objetivo é expandir os canteiros para outros pontos do local e atender visitantes, creches e asilos. Administrador do parque, Carlos Alberto explica que a ideia nasceu logo no começo da gestão. "Queremos que os espaços sejam ocupados de uma forma a trazer a integração entre o frequentador e o parque, seja por meio do exercício físico ou do cuidado da horta, que é uma ação mais terapêutica que ele pode participar e, ao mesmo tempo, ajudar o próximo", destaca.
No momento, quem atua no cuidado com a terra e na irrigação das plantas são os colaboradores da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). "É um projeto piloto, que teve a ajuda da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil) que nos deu apoio no manuseio do terreno para ser montada a horta, além dos colaboradores da Funap que fazem a rega. Depois, vamos alinhar como os frequentadores poderão nos ajudar. A intenção é que o projeto se espalhe até mesmo para outros parques", adianta o administrador.
Contato com a terra
Nutricionista, Luciana Miranda ressalta que os benefícios de uma horta comunitária são enormes. Desde o conhecimento da origem do alimento até o consumo de verduras e folhagens mais frescas. "Eles são mais nutritivos, saudáveis e saborosos. Além disso, são livres de agrotóxicos. Esse último ponto faz muita diferença, pois alimentos que tiveram seu beneficiamento junto de agrotóxicos, podem acarretar grandes riscos à saúde de quem os consome de forma contínua", detalha.
Luciana acrescenta que o contato com o cuidado da horta é outro benefício. "É como uma terapia ou se torna uma terapia para aqueles que se dedicam a este tipo de cultura, faz bem para a mente e para o corpo, que vai estar em movimento, e é uma satisfação quando se vê o que se planta nascendo, alimentando outras pessoas", afirma a nutricionista.
Maria do Socorro, 50, é uma das apaixonadas por horta. Ela conta que só não tem canteiros em casa, em Taguatinga Sul, por falta de espaço, mas confessa que quando tiver a oportunidade de morar em um lugar maior, vai plantar frutas e ter um canteirinho. "Tudo natural, para gerar alimento. A horta é uma maravilha, é sadia, é comida",. Maria trabalha há oito anos como massoterapeuta no Parque da Cidade, e a tenda em que atende fica bem de frente à horta comunitária. "Eu adorei a ideia, é uma beleza, e eles falaram que é para a gente mesmo cuidar, levar para casa, depois ajudar a plantar", finaliza.
Três perguntas para
Talyta Machado, nutricionista
Quais os benefícios de uma horta comunitária?
Quando pensamos em hortas caseiras ou comunitárias, temos que avaliar a questão ambiental e financeira. Ela é economicamente sustentável e garante uma alimentação saudável de forma mais acessível, além de ter o benefício de uma alimentação que respeita a sazonalidade, o tempo que os vegetais levam para crescer. Vivemos em uma sociedade industrializada, e perdemos um pouco a essência como ser humano, de conexão com a terra, com as estações do ano, com o sol e a chuva. A medicina tradicional indiana, por exemplo, fala que cada estação nos dá o alimento que é adequado para aquele período. E esse contato mais próximo com a natureza, retoma isso. Lidar com a horta melhora questões de ansiedade, estresse, diminui a produção de cortisol, e a pessoa conhece melhor a natureza e os alimentos. É uma relação saudável entre corpo e mente.
Ser livre de agrotóxicos faz diferença?
O consumo de agrotóxicos pode diminuir a absorção de certos nutrientes, como magnésio. O agrotóxico faz um processo chamado de quelação, em que ele gruda com o magnésio e outros minerais e é eliminado pelas fezes, ou seja, perdemos nutrientes. Outra coisa importante, é que quando uma planta está na terra e precisa lidar com as pragas, ela se protege produzindo compostos bioativos, que são anti-inflamatórios e superimportantes para a nossa saúde. Quando temos o agrotóxico, contudo, essa planta não tem grande necessidade de produzir esses compostos bioativos. Plantas orgânicas tem muito mais compostos bioativos.
Estamos chegando em um período de baixa umidade no DF. Tem alguma recomendação? É importante não esquecer de tomar água. Neste período, ficamos procurando bebidas refrescantes, por causa do calor, mas temos que ter cuidado, porque sorvetes, sucos e chás não substituem a água. A água é sempre a base. Outra dica é comer alimentos frios e com alta umidade, como melancia, saladas tropicais e cruas, por exemplo.
Hortinha em casa
Cuidados para uma horta saudável:
» Não desista depois de um primeiro erro ou tentativa frustrada
» Escolha um local onde tenha luz do Sol por, pelo menos, 3 horas ao dia
» Cuidado com o excesso de água, a falta é perigosa, mas o excesso também é prejudicial e pode levar os nutrientes da planta embora
» Adube bem a terra, aproveitando os recursos de casa. Um adubo caseiro que pode ser feito é com casca de banana, casca de ovo e borra de café. Depois, é necessário colocar os itens no forno ou para secar no sol durante alguns dias. Com eles secos, bata no liquidificador e misture até virar um pó. Por mês, em um vaso de 2kg, duas colheres de sopa da mistura é o suficiente para agregar cálcio e outros nutrientes à planta
Autorização
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) informa que a implementação de hortas comunitárias devem ser feitas com a autorização da Administração Regional da cidade. “Esse é o órgão responsável por avaliar, junto a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), se o terreno pode ser utilizado para esse fim com os georreferenciamentos adequados. Em seguida, a administração entra em contato com a Secretaria de Agricultura (Seagri), que dá continuidade aos trâmites. A Emater entra após acionada pela Seagri com os insumos e as orientações necessárias”, informa.
Correio Braziliense quinta, 04 de agosto de 2022
CINEMA: SINE BRASÍLIA RECEBE MOSTRA DE CINEMA LATINO-AMERICANO E CARIBENHO
Cine Brasília recebe mostra de cinema latino-americano e caribenho
5ª Mostra de Cinema Latino-Americano e Caribenho começa nesta quinta-feira, no Cine Brasília, com entrada gratuita, em mostra marcada pela diversidade de temas e abordagens
RD
Ricardo Daehn
postado em 04/08/2022 00:01 / atualizado em 04/08/2022 06:13
(crédito: Gaya Filmes/Globo Play)
Na pulsão de uma mudança que "pede para outra realidade emergir", como assinala a embaixadora de Barbados, Tonika Sealy-Thompson, a 5ª Mostra de Cinema Latino-Americano e Caribenho chega, a partir de hoje (4/8), ao Cine Brasília (EQS 106/7). Ela vem embalada aos moldes dos anos 1960, que "eram para todo mundo", como ressalta Tonika: a mostra de 19 filmes terá entrada franca. E, junto com a diversidade de temas, traz muita representatividade de assinaturas criativas. "No quinto ano do evento, mas com dois anos de pandemia, estamos apenas começando: é necessário 'beber e comer da cultura' que não é muito disponível — e Brasília pode virar um centro desta cultura", ressalta a embaixadora.
No primeiro dia da mostra no Cine Brasília, as atenções se voltam para outra embaixadora: a escritora Laura Esquivel, destacada como representante do México, no âmbito diplomático. Às 18h30, será mostrado o longa Como água para chocolate, criado por Alfonso Arau, há 30 anos, a partir de obra de Esquivel. "Toda a América Latina deveria ter orgulho deste filme", ressalta Tonika, ao tratar da obra que mistura romance, responsabilidade familiar e gastronomia. O filme teve indicações ao Globo de Ouro e ao Bafta, além de vencer prêmios como Ariel (o mais importante do México, em nove categorias) e o Kikito (do Festival de Gramado, em três categorias).
A importância de se ter noção do que sejam os países hispânicos e perceber aproximações para além das geográficas são fatores sublinhados por Eduardo Cousin, chefe de chancelaria da Embaixada de Equador, país presente nos festejos. "O conhecimento das nossas realidades através da cinematografia é fundamental. No futuro, podemos pensar em ações de cooperação e de integração de produtores cinematográficos", destaca Cousin, ciente da aproximação "muito atrativa, pelo carinho e admiração gerados pelo Brasil".
O vigário (a ser apresentado, às 18h30 de 10/8), de Tito Jara H., marca sua estreia na América Latina, dentro da mostra, depois de ser exibido em festival indiano. Comercialmente, será exibido nos mercados europeus, norte-americano e brasileiro, em 2023. "O filme fala de um homem que surpreende as pessoas, sendo um religioso falso e se aproveita de uma menina que tem capacidades especiais, pronta para realizar espécies de milagres. A reflexão do longa é a de que muitas pessoas acreditam mais nas mentiras do que nas verdades, como não deixa de ocorrer na política também", comenta Eduardo Cousin, que completa com a percepção de que "Equador, Colômbia e Caribe também têm muita parte da população crente na ideia de que ações transcorridas no céu são influentes, e que podem tocar suas vidas".
Admiração e respeito
Na busca por relação mais intensa com o Brasil, que segue tendo a popularidade associada às telenovelas e ao futebol, espectadores estrangeiros terão acesso ao retrato, em cinema, de uma mulher forte: Pureza, interpretada por Dira Paes, em fita de Renato Barbieri (atração do dia 13 de agosto, às 18h30). Pureza, em realidade contemporânea, lutou pela libertação de pessoas exploradas em situações análogas às da escravidão. A favor da visibilidade de obras femininas, a embaixadora Tonika Sealy-Thompson dimensiona que metade dos filmes têm cineastas mulheres no comando. Autoproclamada "servidora do processo" e facilitadora da circulação das obras pelo Brasil, Tonika vem do país insular comandado pela primeira-ministra do partido trabalhista Mia Amor Mottley, que, como ela assinala, "perturba a ordem global".
A mostra de cinema no Cine Brasília contempla, entre outros, o documentário Sonhos de Panamá, da diretora Alison Saunders-Franklyn, que destrinça parte do processo de exploração de raças imersas em estruturas de poder. "Barbadianos foram importantes na construção do Canal do Panamá. O suor, o sangue e as lágrimas deles estão investidos nessa conexão de países e comércio", observa Tonika. Na defesa do meio ambiente, a mostra destaca As mulheres do Wangki, produção da nicaraguense Rossana Lacayo. No filme, há registro da luta de mulheres indígenas por preservação de dados ancestrais e por debelar uma sociedade machista.
No processo da expansão cultural da rede de países, Tonika Sealy-Thompson ressalta que Barbados cabe no Brasil 19 mil vezes, mas que sempre, no encontro de culturas, ecoa como princípio a igualdade. "As indústrias criativas são importantes comercialmente, no âmbito da América-Latina e Caribe. No começo de 2023, vamos organizar um evento relacionado ao tema, com possibilidade de parcerias e de coproduções. Fico emocionada com a ideia de ver diretores e produtores se conhecerem — há conteúdos fantásticos em termos de potencial. A capacidade produtora do Brasil é excelente", conclui.
5ª Mostra de Cinema Latino-Americano e Caribenho
Cine Brasília - (EQD 106/107), com entrada franca.
Hoje (4/8), às 18h30, Como água para chocolate (México), de Alfonso Arau.
Amanhã (5/8), às 18h, Sonho Florianópolis (Argentina), de Ana Katz. Às 20h30, Avenidas (Uruguai), de Daniela Sparanza.
Sábado (6/8), às 15h30, Cachimba (Chile), de Sílvio Caiozzi. Às 18h30, Ruth (Portugal), de Antônio Pinhão Botelho.
Domingo (7/8), às 15h30, Viagem a Tombuctú (Peru), de Carmen Rossana Diaz Costa. Às 18h30, A palavra de Pablo (El Salvador), de Arturo Menéndes.
Dia 8, às 18h30, Donaire e esplendor (Panamá), de Arturo Montenegro. Às 21h, O apóstolo (Espanha), de Fernando Cartizo.
Dia 9, às 18h30, Joana Azurdy: guerrilheira da pátria grande (Bolívia), de Jorge Sanjinés. Às 20h30, Matar um morto (Paraguai), de Hugo Giménez.
Dia 10, às 18h30, O vigário (Equador), de Tito Jara H.. Às 21h, De olhos fechados (Costa Rica), de Hernan Jimenez.
Dia 11, às 18h30, Cavaleiros do paraíso (Colômbia), de Thalía Osório Cardona. Às 20h30, Sonhos de Panamá (Barbados), de Alison Sauders.
Dia 12, às 18h30, As mulheres do Wangki (Nicarágua), de Rossana Lacayo. Às 20h30, De María África a María Montez (República Dominicana), de Jesús Reyes Mota.
Dia 13, às 15h30, Inocência (Cuba), de Alejandro Gil Álvarez. Às 18h30, Pureza (Brasil), de Renato Barbieri.
Sonho de Panamá: raízes de esforços e injustiçasFoto: Blue Water Producctions/Divulgação
Celebração dos 30 anos do sucesso Como água para chocolate: filme abre a programaçãoFoto: Conaculta/Divulgação
O vigário: espectadores privilegiadosFoto: Artefilms/Divulgação
A Príncipe: Joey KingFoto: Scott Garfield/Sony Pictures
Bryan Tyree Henry e Aaron Taylor-Johnson formam dupla inseparávelFoto: Scott Garfield/Sony Pictures
Brad Pitt no corre-corre de Trem-balaFoto: Scott Garfield/Sony Pictures
Nos trilhos do pop
Com um chapéu à la ursinho Paddington (o personagem peruano que, numa animação, busca por um lar em Londres), o tipo vivido por Brad Pitt em Trem-bala circula por Tóquio, com a pretensão de adquirir calma e emanar paz. Mas, dentro do que ele chama de "azar épico", com o qual convive, Joaninha (o codinome do personagem de Pitt) terá pela frente mais uma missão que o impulsiona para o mau caminho. Sem demora, Joaninha se verá dentro de um trem que abriga enredo assemelhado ao de Assassinato no Expresso do Oriente, com direito a diferencial: poucos dos passageiros poderiam ser considerados inocentes.
No novo filme de David Leitch — lembrado pela truculência gráfica dos anteriores Atômica (2017) e Deadpool 2 (2018) — há compulsão por jatos de sangue, doses de vômito, violência e agressão. A referência inicial a Os embalos de sábado à noite é genial. Com poucas paradas pela frente, o trem-bala do título entra nos trilhos, ainda que de modo caótico, no longa que tem a assinatura de Zak Olkewicz (do terror Rua do medo: 1978). Morte Branca é o nome de um personagem que parece fazer parte do histórico de muitos outros que desfilarão no enredo. O destino do trem final parece ser Kyoto, mas será que todos chegarão?
Perigosos como qualquer integrante da Yakuza, e dentro de uma corrida atrás de maleta repleta de dólares, o círculo se apresenta: Príncipe (Joey King, a garota de A barraca do beijo) tenta passar despercebida; enquanto Tangerina (Aaron Taylor-Johnson) e Limão (Brian Tyree Henry) são comparsas inseparáveis, e Kimura (Andrew Koji), que está com o jovem filho internado em hospital, confirma a dependência e a aprovação do pai (Hiroyuki Sanada). No filme que adapta a literatura de Kôtorô Isaka, ainda há espaço para personagens sul-americanos como O Lobo (Bad Bunny), que traz rastro de sangue.
Um evento com morte coletiva é anunciado no filme que, além das participações de Channing Tatum, Zazie Beetz, Michael Shannon e Sandra Bullock, traz a presença de uma cobra de veneno mortal. Em certa medida, o novo filme se vale de emblemática persona criada por Brad Pitt nos cinemas, que, no passado esteve a serviço do inglês Guy Ritchie (de Snatch: Porcos e diamantes, de 2002) e Era uma vez em... Hollywood (Quentin Tarantino, de 2019). Nas melhores tiradas, o personagem de Pitt, escolado em indicar terapeutas, confirma que "carma é uma merda" e tem o sangue frio de parar uma sangrenta trégua, para beber uns goles de água.
Com incômodos excessos de esperteza e aborrecedora insistência em gracejos, a personagem Príncipe (Joey King) — desinteressada em ser esposa ou mesmo mãe de alguém, como ela reforça — é mais uma a insistir no mote da paternidade presente no filme. Com apelativas cenas de humor descabido e afetado, como na hora em que Tangerina e Limão recapitulam o empilhado de mortes que carregam na profissão de mercenários, Trem-bala ganha terreno e conquista, pela velocidade nas reviravoltas, em planos e estratégias. Em meio a tanta vingança e malícia, é curiosa a estratégia do personagem Limão, que, dentro do tal trem-bala, faz constantes relações entre a realidade dele e o famoso desenho animado de emotivas locomotivas Thomas e seus Amigos. (RD)
Correio Braziliense quarta, 03 de agosto de 2022
GASTRONOMIA: DOCERIA NANICA DESEMBARCA EM BRASÍLIA
Referência em banoffees, doceria Nanica desembarca em Brasília
O brasiliense ganhou mais um local para saborear banoffee. Reconhecida pelas receitas inovadoras, a doceria paulista Nanica inaugura, nesta quarta-feira (3/8), a primeira loja em Brasília localizada na 116 Sul. A unidade estará aberta para o público a partir das 16h30.
“Chegar à capital do país é um passo muito grande para a célere história do Nanica. Queremos construir uma marca estruturada e sólida em todo Brasil. Buscamos levar o sabor e a nossa essência através das banoffees para os consumidores”, declara Leonardo Macedo.
O cardápio explora seis receitas e versões autorais da banoffee, carro-chefe da marca, que leva banana, doce de leite caseiro e um chantilly com toque especial na composição. São elas: monoffee (com leite condensado cremoso, morango e mini suspiros), uvoffee (com uva, leite condensado cremoso e amêndoas tostadas), churroffee (leite condensado cremoso com especiarias, banana e cereal de churros), nutella (com banana, creme de avelã e chantilly) e mineiro de botas (com goiabada cascão, banana e chantilly de queijo). As tortas são vendidas em fatias. Além de serem consumidas na loja, também podem ser pedidas pelo delivery do Ifood.
Para harmonizar com os produtos, a marca traz o exclusivo nanicoffee, combinação refrescante de café espresso, leite, doce de leite e chantilly de banana. A loja funciona de 11h às 22h na 116 Sul (Bloco B, Loja 21). Pedidos e encomendas: 3257-0037.
Correio Braziliense terça, 02 de agosto de 2022
SAÚDE: NA VELHICE, CARNE VERMELHA É PERIGO PARA O CORAÇÃO
Na velhice, carne vermelha é perigo para o coração
O risco do surgimento de complicações cardiovasculares é 22% maior entre idosos que ingerem a proteína diariamente, mostra estudo que analisou dados de 4 mil pessoas. Peixe, aves e ovos não têm o mesmo efeito
CB
Correio Braziliense
postado em 02/08/2022 00:01
(crédito: Antonio Cunha/CB/D.A Press)
Costumamos ouvir que uma dieta balanceada deve conter a ingestão de proteínas — incluindo as presentes nas carnes vermelhas. Porém, discussões e pesquisas mostram que esse nutriente pode, também, trazer malefícios à saúde. Um estudo conduzido pela Universidade de Tufts e pelo Instituto Lerner, ambos nos Estados Unidos, mostra que o consumo da carne vermelha e carne processada pode aumentar em 22% o risco de ocorrência de doenças cardiovasculares em idosos.
Ao longo dos anos, cientistas investigaram a relação entre doenças cardíacas e gordura saturada, colesterol dietético, sódio, nitritos e até cozimento em alta temperatura, mas as evidências que apoiam muitos desses mecanismos não são robustas. O novo estudo, publicado na revista Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology, sugere que os culpados subjacentes podem incluir metabólitos criados pelas bactérias intestinais quando comemos carne.
Com quase 4 mil participantes acima de 65 anos, a pesquisa mostra que há um risco 22% maior para cada 1,1 porção de proteína ingerida por dia — e cerca de 10% desse risco elevado é explicado pelo aumento dos níveis de três metabólitos produzidos por bactérias intestinais a partir de nutrientes abundantes nas carnes vermelha e processada: o N-óxido de trimetilamina (TMAO), a gama-butirobetaína e a crotonobetaína. A vulnerabilidade não foi constatada com o consumo de aves, ovos ou peixes, e os voluntários foram acompanhados por, em média, 12 anos e meio.
Outros fatores, como o aumento do nível de açúcar no sangue e a ativação de inflamações no corpo a partir da carne, se mostram mais nocivos que o colesterol ou a pressão arterial. "Curiosamente, identificamos três caminhos principais que ajudam a explicar as ligações entre carne vermelha e processada e doenças cardiovasculares — metabólitos relacionados ao microbioma, níveis de glicose no sangue e inflamação geral —, e cada um deles parecia mais importante do que os caminhos relacionados ao colesterol no sangue ou a pressão arterial", analisa, em nota, o coautor sênior, Dariush Mozaffarian.
Segundo a equipe de cientistas, esse é o primeiro estudo a investigar as interrelações entre alimentos de origem animal e o risco de doenças cardiovasculares. Na avaliação de Meng Wang, coprimeira autora do artigo e pós-doutoranda na Friedman School, ligada à Universidade de Tufts, a pesquisa responde a perguntas de longa data sobre a ligação entre a proteína e esse tipo de complicação. "As interações entre a carne vermelha, o nosso microbioma intestinal e os metabólitos bioativos que eles geram parecem ser um caminho importante para o risco, o que cria um alvo para possíveis intervenções para reduzir doenças cardíacas", avalia.
Melhores escolhas
Para os autores, compreender os impactos do consumo de carne é particularmente importante em idosos porque, apesar de serem mais suscetíveis à ocorrência de complicações cardíacas, essas pessoas podem se beneficiar da ingestão de proteínas — o nutriente compensa a perda de massa e força muscular relacionadas à idade. Os resultados, avaliam, indicam que melhores escolhas alimentares podem funcionar como um fator protetivo para o coração. "O estudo também defende os esforços dietéticos como meio de reduzir esse risco, uma vez que as intervenções dietéticas podem reduzir significativamente o TMAO", afirma Stanley L. Haze, chefe da seção de cardiologia preventiva e reabilitação na Cleveland Clinic e coprimeiro autor.
Ahmed Hasan, do Instituto Nacional de Saúde, cujos dados baseiam a análise, pontua que é preciso aprofundar o estudo sobre o efeito da carne vermelha na saúde cardíaca de idosos, mas os primeiros resultados indicam que, ao escolher alimentos de origem animal, pode ser menos importante o foco nas gorduras totais e saturadas, por exemplo, do que entender os efeitos sobre a saúde de outros componentes do alimento. "Embora sejam necessárias mais pesquisas, os relatórios atuais fornecem um novo alvo potencial para prevenir ou tratar doenças cardíacas em um subgrupo de pessoas que consome quantidades excessivas de carne vermelha", diz.
Apesar da descoberta, eliminar a carne do cardápio não é a salvação para evitar doenças cardiovasculares, esse é apenas um caminho para a prevenção em determinados grupos. Hasan ressalta que, independentemente da idade, para um estilo de vida que seja saudável para o coração, é preciso a adoção de uma dieta rica em vegetais, frutas e grãos integrais, além de controlar o estresse, ter qualidade de sono e praticar exercícios físicos.
Risco maior de morte
Parte do grupo de pesquisadores que relaciona a ingestão de carne vermelha e processada à saúde cardiovascular publicou, em maio, na revista Jama Network Open, um estudo que associa o TMAO e outros metabólitos ao risco de morte em pessoas mais velhas. A vulnerabilidade foi de 20% a 30% maior entre idosos com níveis mais altos desses compostos no plasma e em seus biomarcadores do que os com taxas mais baixas.
Os resultados foram obtidos na análise de dados de mais de 5 mil pessoas. Para os autores, as informações podem ajudar na criação de estratégias para reverter os níveis do metabólito. "Agora que sabemos mais sobre a gravidade dos riscos associados ao TMAO, podemos explorar abordagens eficazes para alterar esses níveis no corpo", afirmou, à época, em nota, a coprimeira autora do artigo, Amanda Fretts, do Departamento de Epidemiologia da Universidade de Washington.
Remédios são ligados a infartos
crédito: ERNESTO BENAVIDES
Pense na seguinte hipótese: você tem uma doença cardiovascular e se trata com remédios específicos, como betabloqueadores e antiplaquetários. Mas, como em um efeito rebote, o que deveria impedir uma piora clínica causa ainda mais problemas de saúde. Essa possibilidade foi levantada em uma pesquisa que identificou uma relação entre o uso desses dois medicamentos e o aumento de ataques cardíacos em períodos de calor extremo.
O estudo utilizou como base o registro de 2.494 casos de pessoas que sofreram ataque cardíaco não fatal em Augsburg, na Alemanha, durante os meses de clima quente (de maio a setembro), entre 2001 e 2014. Os autores analisaram a utilização das duas classes medicamentosas antes do infarto, comparando os dados da exposição ao calor no dia do problema com os dos mesmos dias da semana no mesmo mês.
A análise não estabeleceu uma relação de causa e efeito. Mostrou que o uso de medicamentos antiplaquetários foi associado a um aumento de 63% no risco de ataques cardíacos, e o de betabloqueadores, de 65%. No caso de ingestão dos dois remédios, a taxa subiu para 75%. "Os pacientes que tomam esses dois medicamentos têm maior risco. Durante as ondas de calor, eles devem realmente tomar precauções", enfatiza, em nota, Kai Chen, professor-assistente do Departamento de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública de Yale e primeiro autor do estudo, publicado na revista Nature Cardiovascular Research.
Os cientistas consideram que o risco de sofrer um infarto pode ter aumentado em decorrência do aumento da temperatura e também pela ocorrência de doença cardíaca subjacente. Há pistas, porém, da força da primeira hipótese. Uma delas é que, na maioria das vezes, outros remédios para o coração não mostraram uma conexão entre ataques cardíacos relacionados e calor.
A única exceção foram as estatinas, Quando tomadas por pessoas mais jovens, elas foram associadas a um risco três vezes maior de ataque cardíaco em dias quentes. "Nós levantamos a hipótese de que alguns dos medicamentos podem dificultar a regulação da temperatura corporal", enfatiza Chen. A equipe planeja tentar desembaraçar essas relações em novos estudos.
Correio Braziliense segunda, 01 de agosto de 2022
COVID-19: *NÃO PODEMOS CONSIDERAR A PANDEMIA SUPERADA*, DIZ PESQUISADORA DA FIOCRUZ
"Não podemos considerar a pandemia superada", diz pesquisadora da Fiocruz
Uma das principais referências no combate à covid-19, a pneumologista Margareth Dalcolmo reitera a necessidade de ampliar a cobertura vacinal da população, especialmente crianças, e adverte que medidas como o uso de máscaras continuam imprescindíveis
TM
Taísa Medeiros
postado em 01/08/2022 05:57 / atualizado em 01/08/2022 06:19
A pesquisadora destaca que, apesar de a maior parte da população agir de maneira despreocupada, o Brasil ainda não superou a pandemia e deve preocupar-se, principalmente, com a população infantil - (crédito: Peter Ilicciev / Ag. Enquadrar)
Vários estados brasileiros flexibilizaram, nos últimos meses, as medidas de prevenção contra a covid-19. Como consequência, leva-se hoje no Brasil uma vida semelhante à observada em tempos pré-covid, sem uso de máscaras, com grandes aglomerações normalizadas — cenas que, há um ano, seriam inimagináveis. Na contramão dessas decisões está parte significativa dos cientistas brasileiros, como a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo.
"Nunca foi tão importante manter hábitos não-farmacológicos. O uso de máscaras em locais fechados ainda é muito relevante, porque as cepas hoje circulantes com predomínio têm escape vacinal", salienta a médica. Dalcolmo é uma das mais respeitadas lideranças da ciência atuantes no combate à pandemia. Envolveu-se diuturnamente na missão de conscientizar a população brasileira sobre a prevenção à covid-19 desde os primeiros dias, quando chegou, inclusive, a prestar consultoria técnica ao então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
A pesquisadora destaca que, apesar de a maior parte da população agir de maneira despreocupada, o Brasil ainda não superou a pandemia e deve preocupar-se, principalmente, com a população infantil. "Os estudos nessa população realmente demoram. Eles são mais complexos de serem feitos, do ponto de vista ético. Mas hoje nós já temos vacinas aprovadas no Brasil", ressalta. "É muito estranho que as famílias tenham sido inoculadas com esse vírus do medo", provoca a médica.
O Brasil superou a pandemia, ou a gente ainda tem um caminho pela frente?
Nós ainda não podemos considerar a pandemia da covid-19 superada no Brasil por várias razões. Primeiro, estamos diante de uma doença nova, com aparecimento de novas variantes. Hoje, praticamente há uma variante ou uma subvariante que aparece a cada duas semanas. Algumas dessas, comoa cepa BA5, que predomina no Brasil, de alta transmissão e com o que chamamos de escape vacinal. Então, o uso de máscaras em locais fechados ainda é muito relevante. A segunda razão é que, a despeito de uma boa taxa de vacinação, não alcançamos com as doses de reforço, que são as terceira e quarta doses, um percentual realmente importante na população brasileira. Em terceiro lugar, precisamos urgentemente vacinar a população pediátrica. A despeito de as vacinas terem se mostrado extremamente protetoras nas crianças, essa hesitação vacinal por parte de muitas famílias é muito grave e contraria uma tradição muito arraigada na nossa população, que é gostar e confiar nas vacinas.
Por que isso ocorre?
A população brasileira sempre aderiu de maneira muito saudável às vacinas oferecidas pelo SUS às nossas crianças, de modo que considero muito importante que a imprensa e todos nós, médicos, nos manifestemos com veemência, instando as famílias a levarem as suas crianças para serem vacinadas e que não deem ouvidos a essa quantidade de notícias falaciosas que têm sido disseminadas contra as vacinas nas crianças, inclusive por alguns médicos, o que eu considero um desserviço enorme à nossa população já tão sofrida e amedrontada.
Existe a chance de a gente ter alguma variante mais forte ainda das já conhecidas?
A probabilidade é pequena, porque as variantes e subvariantes não têm, até o momento, demonstrado uma mortalidade maior. E, se alguém duvidava do efeito protetor contra formas graves, hospitalizações e mortes pela covid-19 por força da aplicação das vacinas, essa dúvida caiu por terra. Os dados falam por si. A curva de diminuição é tão dramática, os hospitais se esvaziaram, o número de mortes que já chegou a mais de 3 mil pessoas por dia, diminuiu muito, embora ainda seja um número relevante, porque cada vida humana conta. Quem está internado hoje ou, eventualmente, morrendo ou são pessoas não vacinadas, ou portadoras de uma condição clínica muito desfavorável do ponto de vista imunológico.
Muitos pais ficaram com medo de vacinar as crianças alegando que os estudos não eram conclusivos, que não se sabia exatamente os efeitos da vacina. Ao mesmo tempo, não se sabe exatamente quais são os efeitos, a longo prazo, da covid nas crianças.
O Brasil teve um dos piores desempenhos e uma das mais altas letalidades pela covid-19 em população pediátrica. Nós tivemos quase 3 mil óbitos em crianças abaixo de cinco anos de idade, o que é absolutamente impressionante. As crianças precisam ser protegidas pelas vacinas. Os estudos nessa população realmente demoram. Eles são mais complexos de serem feitos, do ponto de vista ético, mas já temos vacinas aprovadas no Brasil, tanto a da Pfizer quanto recentemente a Corona Vac para a população entre 3 e 5 anos de idade. É muito estranho que essas famílias tenham sido inoculadas com esse vírus do medo, diante de uma um programa de vacinação tão incorporado à nossa cultura. Eu nunca vi pais e mães se perguntarem o que tinha numa vacina chamada pentavalente, que a gente aplica nos bebês abaixo de um ano de idade. Então, é um desserviço atribuir às vacinas efeitos nocivos que absolutamente elas não têm. O que não sabemos até agora, isso sim, é quais serão os efeitos a médio e longo prazos que a covid-19 poderá causar nessa população pediátrica, como já sabemos que ela causa na população adulta, por exemplo, com a chamada síndrome da covid longa. Hoje, o maior desafio da medicina é lidar com essas pessoas que precisam de reabilitação, muitas vezes complexa, para ganharem de volta o mínimo de normalidade em suas vidas.
Os efeitos neurológicos ainda estão sendo estudados.
Neurológicos, respiratórios, cardiovasculares e, inclusive, psiquiátricos. O número de pessoas que precisam de assistência psicológica e psiquiátrica pelo trauma de terem ficado internados por um longo tempo, em confinamento, é grande. O vírus afeta o sistema nervoso central, o que pode ocasionar mudança de comportamento, um quadro neurológico prolongado, neuropatias periféricas prolongadas. Tudo isso são efeitos que hoje nós estamos lidando nos serviços de reabilitação pós-covid.
Esses efeitos ainda serão sentidos por décadas?
Não podemos dizer por quanto tempo, nem se eles serão indeléveis. Não sabemos, porque ainda não temos o necessário recuo histórico para essa análise. Então, só o tempo dirá se eles são indeléveis ou temporários.
Apesar dos constantes cortes na saúde pública, o SUS foi essencial para o combate da pandemia. Como a senhora vê a falta de valorização da saúde no país?
Em 13 de março de 2020, dei minha primeira entrevista pública e, naquele momento, disse, convicta, que nós tínhamos duas armas para enfrentar a tsunami que estava chegando ao Brasil. A primeira e mais nobre delas era o SUS. Sem o SUS, a tragédia teria sido muito maior. A segunda seria o distanciamento físico e social, que era uma arma absolutamente fundamental em se tratando de uma virose aguda de transmissão respiratória. Por conta de todas as fragilidades, subfinanciamento, carência de recursos humanos, enfim, tivemos uma operacionalização que muitas vezes deixou a desejar. Mas, sem o SUS, a tragédia teria sido muito pior.
Houve falta de sincronia entre o poder público e as demandas de saúde? Porque a gente viu atraso na vacinação, diversos percalços que parecem uma certa negligência...
Desde o início, ficou claro que, contra esse tipo de doença, com alta capacidade de transmissão, a arma seriam as vacinas, porque virose aguda se resolve com vacina, tradicionalmente. E o Brasil viveu um paradoxo. Foi o país que desenvolveu estudos de fase três para vacinas de grande qualidade, como foi com a CoronaVac, com a Pfizer, com a Janssen e com a AstraZeneca. Foi o país que mais colocou voluntários nos estudos de fase três, e viveu a contradição de ter um embate entre uma retórica paradoxal de algumas autoridades e a necessidade óbvia de vacinar a população. Nós poderíamos ter começado a vacinar antes do que efetivamente começamos. Esse embate retórico entre a ciência brasileira e o discurso oficial, sem dúvida, não foi positivo no resultado.
A Procuradoria Geral da República desqualificou as investigações da CPI da covid. Não houve responsabilização. Por que a saúde segue sendo negligenciada, mesmo com todas as evidências?
Eu não sei se não haverá responsabilização. Sem dúvida nenhuma, caberá à sociedade brasileira ter a consciência cívica do que é necessário e reivindicar da maneira adequada. Politicamente, eu não saberia dizer em que isso vai resultar. Agora, sem dúvida nenhuma, mais do que a responsabilização retrógrada daquilo que não aconteceu, temos que ter um olhar pra frente. É como conduzir o problema daqui pra frente num momento difícil, num ano eleitoral. Onde as tensões obviamente tendem a se acirrar, e nós precisamos ter a serenidade, a eficiência que os serviços de saúde naturalmente exigem nesse momento.
O debate eleitoral tem se concentrado na economia. Aparentemente, a saúde pública está relegada a segundo plano.
O que é um equívoco, porque saúde pública e economia são basicamente a mesma coisa. Quando você investe em saúde você está fazendo um investimento nobre em economia, porque as pessoas adoecerem menos nas fases mais produtivas de suas vidas, trabalharem, produzirem, estudarem, produzirem conhecimento técnico e científico, é absolutamente fundamental. O equívoco está na maneira de olhar. Investir em saúde e educação não é gastar. É olhar o dia de amanhã, o futuro do país, as novas gerações.
Eu acho que o Brasil está vivendo um momento extremamente dramático, com várias contradições. Uma população que envelhece. Nós hoje temos uma população acima de 60 anos no Brasil que já representa um número muito importante. Nós precisamos cuidar dessas pessoas, ter uma visão para as doenças crônicas que comprometem as pessoas de mais idade. Inseri-las socialmente de uma maneira adequada. Isso exige uma saúde pública muito bem conduzida e com muita eficiência. Outras questões fundamentais, como saneamento básico, estão diretamente relacionadas à economia. Então, olhar isso de maneira dicotomizada não me parece correto.
Por quanto tempo o Brasil precisará de reforço na vacinação contra a covid-19? E por quanto tempo a doença permanecerá nas nossas vidas?
São duas questões aí. Primeiro, haverá, sem dúvida, uma nova leva de vacinas de segunda geração. Algumas já estão sendo fabricadas com a proteína spike, da cepa Omicron, e não mais com as cepas originais, com a qual foram formuladas todas as vacinas que nós usamos até o momento. Acho que nós ainda precisaremos receber uma dose, pelo menos, de vacina, com as vacinas de segunda geração quando forem liberadas. O vírus SARS-CoV-2 não deve desaparecer das nossas vidas, ele deverá permanecer num comportamento epidemiológico endêmico. Ou seja, vamos ter casos de vez em quando. O vírus já faz parte do diagnóstico diferencial das viroses respiratórias.
A senhora participou, na semana passada, do encontro da SBPC na UnB. Como está a situação da ciência no Brasil?
Nunca foi tão necessário que governantes e autoridades se sensibilizassem para o fato de que investimento em ciência, tecnologia e inovação é um investimento mais nobre. Enquanto isso for equivocadamente olhado como gasto, e não como um olhar para o nosso amanhã, estaremos perdurando no que eu chamaria de um erro de visão de país. Foi muito simbólica essa SBPC presencial realizada nas dependências da UnB nesse momento. Acho que, para a universidade, que já sofreu tanto nas últimas décadas, no Brasil, isso representa muito. Espero que essas discussões possam aumentar o nível de consciência dos jovens ali presentes.
A OMS definiu como preocupante o avanço da varíola dos macacos no Brasil. Como está a doença no mundo?
É um outro nível, outra doença. Mas de qualquer maneira, acho que a OMS fez um alerta correto e oportuno. Hoje, alguns países se ressentem de não ter mantido estoques adequados de vacinas, como não temos quantidades suficiente se precisarmos de uma vacinação em maior âmbito, de algumas populações ou grupos de risco. Acho que nós precisaremos, sim, vacinar alguns grupos de população com a vacina da varíola, e o Brasil seguramente é um país que tem condições pra fabricas a vacina. Isso depende de vencer alguns entraves técnicos, como, por exemplo, ter o vírus original para que a vacina seja produzida. O Butantan e a Fiocruz são instituições públicas perfeitamente qualificadas para fabricar a vacina da varíola.
Quais são os principais sintomas dessa doença pouco conhecida no Brasil? Que cuidados devem ser adotados?
São sintomas de uma de uma doença geral. Ela chama a atenção quando existe a suspeita epidemiológica de que tenha havido contato com alguém sabidamente doente. Quem teve contato deve ser observado, antes mesmo do aparecimento das lesões cutâneas. Como o período de incubação é relativamente longo, de três a quatro semanas, a pessoa tem que saber se teve contato com alguém doente ou esteve num ambiente onde houve outros casos. O diagnóstico precoce vai levar ao isolamento. O isolamento deve ser de quatro semanas, que é o período em que podem aparecer lesões cutâneas, que são altamente contagiosas. A maior parte dos casos não tem sido grave, são muito poucas mortes até o momento. É uma doença que, eventualmente, pode ser controlada por vacina, se aumentar o número de casos ou declarada essa necessidade.
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Correio Braziliense domingo, 31 de julho de 2022
IMIGRAÇÃO: CONHEÇA OS CAMINHOS PARA SER CIDADÃO PORTUGUÊS
Almeja viver na Europa? Conheça os caminhos para ser cidadão português
Um número cada vez maior de brasileiros descendentes de lusitanos procura obter a cidadania do país de seus antepassados. O processo exige dedicação, mas mudanças na legislação feitas a partir de 2018 facilitaram a empreitada
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Vicente Nunes - Correspondente
postado em 31/07/2022 07:00
Para atrair descendentes de portugueses que deixaram o país — muitos para fugir da pobreza —, abriu-se a possibilidade de netos desses cidadãos pedirem diretamente a nacionalidade originária - (crédito: Pixabay)
Lisboa — A artista plástica Lenne Russo, 51 anos, está a caminho de realizar um sonho: obter a cidadania portuguesa. Mais do que ter o desejado passaporte da União Europeia, que permite trânsito livre por mais de 120 países mundo afora, ela quer reconquistar o sobrenome originário da família, que se perdeu na burocracia do serviço público brasileiro no início do século passado. Entre 1907 e 1908, o avô dela, Eduardo dos Santos Russo, então com três anos de idade, desembarcou no porto de Santos com a família, que buscava em terras brasileiras condições melhores de vida.
Enfileirados, cada um dos portugueses que aportavam no promissor Brasil era registrado para controle federal. Mas a pressa e o descaso dos servidores da época acabavam por resultar em erros grosseiros nas anotações. Sobrenomes eram alterados sem que houvesse contestação dos imigrantes, muitos deles analfabetos. No caso do avô de Lenne, o Russo despareceu do registro. Ficou apenas Eduardo dos Santos. "Tanto que, oficialmente, me chamo Edilene Aparecida Mora dos Santos", conta. Restou-lhe usar o sobrenome Russo quando assumiu a carreira artística.
Uma mudança promovida na legislação pelo governo de Portugal em 2018, no entanto, trouxe um sopro de esperança para Lenne. Para atrair descendentes de portugueses que deixaram o país — muitos para fugir da pobreza —, abriu-se a possibilidade de netos desses cidadãos pedirem diretamente a nacionalidade originária. Até então, netos de portugueses nascido no exterior só podiam requerer a cidadania derivada. Ou seja, recebiam o direito de seus pais, mas não podiam passar o benefício adiante. Com a alteração na lei, a nacionalidade portuguesa passou a ser um direito de herança, e eles poderão transmiti-la para as gerações seguintes.
Mas que fique claro, avisa o advogado Renato Martins, CEO do escritório Martins Castro, com sede em Lisboa: "Se os netos de portugueses não pedirem a cidadania, seus descendentes não poderão requerê-la. É como se a corda se rompesse". Por isso, é importante dar entrada nos pedidos de nacionalidade enquanto aqueles que têm direito estão vivos. É o caso de Lenne. "Não tenho filhos, mas minha irmã, Elaine Aparecida, tem três. Então, eu e ela estamos requerendo a cidadania portuguesa para que meus sobrinhos e os filhos deles possam se beneficiar", ressalta. "Melhor: todos os documentos emitidos pelo governo português trarão Russo como nosso sobrenome", comemora.
Inteligência artificial
Não há estimativas atualizadas sobre quantos descendentes de portugueses nascidos no Brasil têm direito à cidadania do país europeu. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de meados dos anos 2000, apontavam que 21 milhões de brasileiros tinham origem portuguesa. Boa parte desses cidadãos está espalhada por Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pará e Goiás. Nem todos, porém, têm condições de comprovar a ligação com os antepassados, até por desconhecimento. "Sendo assim, é necessário um acompanhamento profissional, sério", recomenda a advogada Joana Nunes, do escritório Garcia, Silva, Nunes e Associados.
A maior dificuldade, acrescenta Renato Martins, é colher toda a documentação exigida pelo governo de Portugal. Ele lembra que, até 1911, não havia registro civil no país. Os nascimentos eram catalogados nas igrejas. E muita coisa se perdeu no meio do caminho. Assim, é preciso uma busca minuciosa. "Há pessoas que estão nesse processo há mais de 10 anos, sem sucesso", afirma ele, que montou, com os sócios da Martins Castro, um programa de inteligência artificial capaz de identificar informações num tempo mais curto.
"Temos, hoje, mais de 1 milhão de metadados, dentro de um banco genealógico, que podem ser lidos e buscados", explica do advogado. O processo implica localizar informações em igrejas e conservatórias (cartórios), em Portugal, e em portos, municípios, pois muitos portugueses foram trabalhar em atividades agrícolas, e mesmo em hospedarias, no Brasil. Com essas informações, cruzamos os dados e podemos chegar ao que buscamos", destaca Martins. Ele ressalta que nem tudo está digitalizado, mas a digitalização em si também não é garantia de sucesso na empreitada de quem está pleiteando a nacionalidade portuguesa.
É preciso, segundo o advogado, transformar cada informação — nome, sexo, nome dos pais, localidade e data de nascimento — em um dado buscável. "Chamamos isso de metadados. A partir daí, a inteligência artificial faz a parte dela, pois consegue ler os documentos", detalha. Ele acrescenta que o tempo necessário para que todo o processo de obtenção da cidadania seja concluído depende da qualidade das informações. Quando elas estão disponíveis mais facilmente, em cinco dias úteis é possível localizar os documentos necessários. O processo todo, entretanto, pode levar cerca de dois anos e meio. Detalhe importante: nenhum candidato à cidadania portuguesa pode ter sido condenado a três anos ou mais de prisão.
Judeus sefarditas
A analista de comércio exterior Maria Lígia de Melo, 35, procura os registros de seus ascendentes portugueses desde 2019. O caso dela, contudo, é mais complicado. Ela alega ter ligações com os judeus sefarditas, que foram expulsos de Portugal pela Inquisição no século XV. Parcela significativa desses judeus se deslocou para Recife, com seus nomes trocados para que pudessem viver em paz. O benefício da nacionalidade originária dos sefarditas foi criado em 2015, mas, neste ano, houve uma alteração da Lei de Nacionalidade Portuguesa, para dificultar aqueles que pretendem obter a cidadania desta forma.
Além dos registros de descendência, será necessário demonstrar um vínculo real e duradouro com Portugal por meio de deslocações regulares pelo país ou ter o documento da titularidade de direitos reais sobre imóveis, em caso de herança. Maria Lígia está em território luso há três anos, onde trabalha e estuda. Apesar das dificuldades, ela não desiste. "Minha família é do interior de Pernambuco, que é muito ruim de documentação. Por isso, ainda não consegui localizar os dados de que necessito. Mas, se Deus quiser, terei minha cidadania portuguesa por ser de origem sefardita", diz
Lenne Russo até pensou em desistir da cidadania portuguesa quando os pais morreram, em 2014. No ano passado, no entanto, uma amiga a convenceu a retomar o sonho de requerer a nacionalidade, recuperar o sobrenome e viver na Europa. E foi à luta. Depois de muito procurar, encontrou registros da chegada de seu bisavô, Augusto Cesar Russo, com seu avô, no Arquivo Nacional. "Estava tudo lá, o nome completo dele a da mulher", conta. "Assim que minha cidadania sair, quero visitar os locais de origem da minha família, em Trás-os-montes", reforça ela, que pagará R$ 11.200 pelo processo de nacionalização dela e da irmã.
Casamento e filhos
A advogada Joana Nunes afirma que brasileiros casados ou em união estável com portugueses também podem pedir a cidadania em Portugal. A relação, porém, não pode ser inferior a três anos. Todos os documentos devem ser autenticados e apostilados por Haia, o que garante reconhecimento internacional. Filhos de estrangeiros nascidos em Portugal são outros que se encaixam entre os que podem transferir cidadania, no caso, para os pais, desde que eles vivam em terras lusitanas por mais de cinco anos.
"São muitas as vantagens de se ter cidadania portuguesa", diz a advogada. "O documento de identidade de Portugal (cartão cidadão) permite livre circulação e possibilidade de residência em todos os países da União Europeia. Facilita, ainda, o acesso a crédito bancário (inclusive, para a compra da casa própria)", acrescenta. Ela reforça, contudo, que o processo de naturalização não é fácil, sobretudo por causa da burocracia e da falta de pessoal em órgãos públicos, como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). "A demanda por cidadania está crescendo, mas a infraestrutura do governo não consegue acompanhar esse movimento."
Joana faz outro alerta: "Antes de dar entrada no pedido de cidadania é preciso buscar a ajuda de profissionais sérios, registrados na Ordem dos Advogados de Portugal". O aviso faz sentido. O governo de Portugal está investigando pelo menos 22 influencers digitais brasileiros que vêm vendendo facilidades para a obtenção de nacionalidade, mas, na verdade, dão golpes nos desavisados. "Profissionais registrados para prestar esse tipo de serviço podem ser denunciados à Justiça caso deem prejuízos a alguém e respondem por isso. No caso dos falsos consultores, a punição é mais difícil e as perdas, certas", sentencia.
As estimativas apontam que pelo menos 1 milhão de brasileiros vivem em Portugal, incluídos aqueles que têm dupla cidadania. Entre os classificados como estrangeiros legais, são quase 300 mil, dos quais 47 mil obtiveram autorização para fincar raízes no país no primeiro semestre deste ano. Além desses grupos, de descendentes de portugueses e de brasileiros que obtiveram autorização de residência, o governo de Portugal quer atrair mão de obra para o país e dinamizar a economia. Para isso, criou um visto temporário de 180 dias para que os interessados possam procurar emprego em empresa locais. A nova lei deve entrar em vigor até o fim de agosto.
Economia e xenofobia
As facilidades criadas para atrair descendentes de portugueses e estrangeiros não está restrita a Portugal, diz o advogado Renato Martins, CEO da Martins Castro. Ele observa que Espanha, Alemanha, França e Luxemburgo, que recentemente naturalizou 15 mil brasileiros, estão no mesmo caminho. E isso é resultado do que está sendo chamado pelas autoridades de "inverno demográfico", quando os idosos passam a ser maioria da população e os jovens no mercado de trabalho já não são suficientes para garantir o sustento dos regimes de Previdência Social. "Eu, assim como estudiosos da União Europeia e da Organização das Nações Unidas (ONU), prefiro chamar essa realidade de suicídio demográfico", diz.
Para ele, os países que estão flexibilizando as regras de imigração vêm enxergando os problemas oriundos do envelhecimento da população de uma maneira muito concreta, adotando políticas para que possam ser repovoados. "Nenhuma nação se sustenta quando sua população economicamente ativa encolhe", afirma. Em Portugal, mesmo com a vinda de estrangeiros, o número de habitantes vem caindo ano a ano. São pouco mais de 10 milhões.
Correio Braziliense sábado, 30 de julho de 2022
COPA AMÉRICA DE FUTEBOL FEMININO: BRASIL E COLÔMBIA DECIDEM FINAL NESTE SÁBADO (30.07)
Copa América: Brasil e Colômbia decidem final feminina neste sábado (30/7)
Seleção Brasileira joga pelo octacampeonato e a hegemonia continental. A partida final do campeonato será transmitida às 21h pelo SBT, na TV aberta, e pela SporTV
MD
Monique Del Rosso*
postado em 29/07/2022 17:38
(crédito: Thais Magalhães/CBF)
Chegou a hora da decisão. A Seleção Brasileira feminina de futebol busca o nono título da Copa América, hoje, às 21h. Depois de eliminar o Paraguai na semifinal por 2 x 0, o time precisa vencer a anfitriã Colômbia para levantar o troféu. O jogo será no estádio Alfonso López, em Bucaramanga. O SBT e o SportTV anunciam a transmissão.
Os dois times estão invictos. Ambos venceram as cinco partidas. Além da desvantagem de decidir o título longe de casa, o Brasil terá de lidar com a pressão. Todos os 28 mil ingressos estão vendidos.
A técnica sueca Pia Sundhage avalia que a equipe brasileira precisa superar algumas fragilidades apresentadas na partida anterior contra o Paraguai. "Estou muito feliz com o resultado, mas desapontada com a performance. Acredito que poderíamos ter nos saído muito melhor no ataque. Vamos trabalhar e estaremos preparadas para a final”, disse a sueca em entrevista à CBF.
Contra o Paraguai, o Brasil teve muitas oportunidades desperdiçadas na cara do gol. Por isso, Pia afirma que a equipe está treinando para melhorar os passes, as finalizações e estudando pontos fortes e fracos das colombianas.
Dos 17 gols marcados, o trio Adriana Leal, Debinha e Bia Zaneratto anotaram 10 para o Brasil. Debinha, no último jogo, chegou aos 50 gols pela Seleção Brasileira, quatro nessa competição, em 100 disputas. Outra que tem notoriedade é Adriana Leal, que também marcou quatro.
Uma das preocupações é a jogadora mais nova da Copa América, Linda Caicedo. A atacante de 17 anos teve ótima atuação na semifinal contra a Argentina e fez o gol decisivo na última segunda-feira. Linda foi titular da seleção colombiana nos cinco jogos da equipe no torneio e tem o maior índice de recuperações de bola, 15, com efetividade de 88,2%. Nos passes, os números são ainda mais impressionantes. A taxa de acerto é de 83,6%.
"Eu estava assistindo à vitória delas contra a Argentina e sei que enfrentá-las será difícil em vários aspectos. Ao mesmo tempo, precisamos ter em mente a nossa força. Será um jogo fantástico", projeta Pia. A treinadora ainda não deu detalhes sobre a escalação do Brasil, mas conta com todas as atletas disponíveis.
As jogadoras estão otimistas. “Elas estão no país delas, com a torcida delas e a gente sabe do potencial que elas têm, mas estamos concentradas, trabalhamos muito para esse momento e tenho certeza de que vamos fazer um bom jogo e sair daqui com esse título”, disse a zagueira Rafaelle ao Ge.
Independentemente do resultado da decisão, Brasil e Colômbia estão garantidos na Copa do Mundo Feminina em 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, e nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. A seleção campeã da América terá direito, ainda, a um tira-teima com o país vencedor da Eurocopa. O duelo à parte será contra Alemanha ou Inglaterra, protagonistas da decisão do Velho Continente, amanhã, às 13h, em Wembley.
*Estagiária sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
Correio Braziliense sexta, 29 de julho de 2022
GASTRONOMIA: CHEF LANÇA MENU EM CINCO ETAPAS COM PETISCOS DO CERRADOOE
Chef lança menu em cinco etapas com petiscos do Cerrado
A chef Ana Paula Boquadi, do Buriti Zen, em parceria com a sommelière Gabriela Sampaio, lança na quinta-feira, 4 de agosto, às 19h, um menu de cinco etapas denominado Petiscaria Cerratense harmonizado com cervejas artesanais de sabores locais, como cagaita e baru.
Os pratos incluem opções veganas, como bolinho de shitake ao molho de açaí com baru, mas também o pirarucu de manejo com flocos de tapioca; ceviche de cajuzinho com crosta de mandioca; isca de shimeji com molho de castanha de caju e brusquetas com queijo de castanha no pão de fermentação lenta, tomate confit e ervas frescas. De sobremesa, sorvete de baru com chocolate e cookie. Por R$ 250 o cardápio será servido no Espaço Astrea, QI 26, Lago Sul. Contato pelo whatsapp 98147-5075.
Correio Braziliense quinta, 28 de julho de 2022
AÇOUGUE DO BERG: EM COMEMORAÇÃO AO PRIMEIRO ANO, CASA PROMOVE WINE FAIR
Em comemoração ao primeiro ano, Açougue do Berg promove Wine Fair
O Açougue do Berg (Setor de Clubes Sul Tc. 2) recebe, nesta quinta-feira (28/7), o evento Wine Fair. Das 19h às 23h, o evento conta com cerca de 90 rótulos de vinhos para serem harmonizados com um bufê especial assinado por chefs. A festividade faz parte da comemoração do aniversário de um ano do estabelecimento.
“Estamos muito felizes com a aceitação do brasiliense da nossa proposta em ofertar uma experiência para o cliente memorável, seja por conta dos produtos de qualidade (muitos deles artesanais), seja pelo bom atendimento. Nesta noite queremos comemorar esse aniversário oferecendo aos nossos clientes uma viagem às melhores e mais surpreendentes vinícolas do mundo”, afirma o sócio e chef Valmir Biberg, que assina os pratos do Açougue do Berg.
A expectativa é reunir no local aproximadamente 150 pessoas. O convite para o evento custa R$ 180 e pode ser adquirido pela plataforma Sympla (com custo de taxa de conveniência adicional) e também diretamente no restaurante. Ingressos em https://www.sympla.com.br/evento/wine-fair-2022/1646446. Reservas ou informações: (61) 99175-6835 e 2099-2989.
Correio Braziliense quarta, 27 de julho de 2022
BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA: BANCO CENTRAL LANÇA MOEDAS COMEMORATIVAS
BC lança moedas comemorativas dos 200 anos da Independência de R$ 2 e R$ 5
Pela primeira vez será usado o recurso da cor na moeda — nesse caso, as cores verde e amarela na moeda de R$ 2
FS
Fernanda Strickland
postado em 26/07/2022 16:40 / atualizado em 26/07/2022 18:10
O lançamento das moedas marca a contribuição do BC para a celebração e registro do momento histórico que instituiu o Brasil como nação - (crédito: Raphael Ribeiro/BC)
O Banco Central (BC) lançou, nesta terça-feira (26/7), duas moedas comemorativas, uma em prata e outra em cuproníquel — ambas são alusivas aos 200 anos da Independência do Brasil. A cerimônia on-line foi transmitida ao vivo, no canal do BC no YouTube. O lançamento das moedas marca a contribuição do BC para a celebração e registro do momento histórico que instituiu o Brasil como nação.
Segundo o BC, as moedas retratam, no anverso (um dos "versos" da moeda), dois momentos históricos ligados à Independência do Brasil: a de prata apresenta a sessão do Conselho de Estado, presidida pela princesa D. Leopoldina e com a participação de José Bonifácio, na qual foi tomada a decisão de enviar cartas a D. Pedro aconselhando-o a romper com a Coroa portuguesa; a de cuproníquel mostra o Grito da Independência, em que D. Pedro, ao receber as cartas da princesa e do ministro José Bonifácio, proclama a Independência do Brasil, às margens do Rio Ipiranga.
No reverso, a primeira estrofe do Hino da Independência, escrito por Evaristo da Veiga e com música composta pelo próprio D. Pedro I, aparece como elemento comum às duas moedas. Na moeda de prata, aparece também a Bandeira Nacional. Já o reverso da moeda de cuproníquel traz uma novidade: pela primeira vez em uma moeda brasileira será usado o recurso da cor. Nesse caso, as cores verde e amarela, escolhidas por D. Pedro I logo após a Independência, aparecem em uma faixa em movimento. Essas cores são provenientes das casas de Bragança e Habsburgo e foram usadas na Bandeira do Brasil desde o Primeiro Império, tornando-se um símbolo nacional.
Inicialmente serão cunhadas 5 mil moedas de prata e 10 mil de cuproníquel, podendo-se atingir as tiragens máximas de 20 mil unidades de prata e 40 mil de cuproníquel.
"Eventos de grande importância para o país"
O presidente do BC, Roberto Campos Neto disse durante seu discurso que dentro das varias atribuições, o Banco Central, tem a responsabilidade de emitir a moeda nacional, o dinheiro em espécie que todos usam no cotidiano. "O BC se vale desta missão também para celebrar marcos históricos, emitindo moedas comemorativas que registram de forma perene fatos e eventos de grande importância para o país", disse.
Características das moedas:
1. Moeda de prata
Valor de face: 5 reais Material: prata 999/1000 Diâmetro: 40mm Peso: 28g Bordo: serrilhado Acabamento: proof Preço de venda: R$ 420,00
2. Moeda de cuproníquel
Valor de face: 2 reais Material: Cu 75% - Ni 25% Diâmetro: 30mm Peso: 10,17g Bordo: serrilhado Preço de venda: R$ 34,00
Correio Braziliense terça, 26 de julho de 2022
BRASIL: NOVA CARTEIRA DE IDENTIDADE NACIONAL COMEÇA A SER EMITIDA HOJE
Nova Carteira de Identidade Nacional começa a ser emitida hoje
Essa nova versão do documento de identificação servirá também de documento de viagem, devido à inclusão de um código de padrão internacional chamado MRZ, o mesmo usado em passaportes
AB
Agência Brasil
postado em 26/07/2022 08:32
Hoje, começa a ser emitida a nova carteira de identidade nacional, documento que adotará o número de inscrição do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) como "registro geral, único e válido para todo o país".
O primeiro estado a emitir a carteira será o Rio Grande do Sul, a partir desta terça-feira (26). Em seguida, virão Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas e Paraná. Não há ainda previsão para os demais estados.
A nova identidade vem com um QR Code, que pode ser lido por qualquer dispositivo apropriado, como um smartphone, o que permitirá a validação eletrônica de sua autenticidade, bem como saber se ele foi furtado ou extraviado.
Essa nova versão do documento de identificação servirá também de documento de viagem, devido à inclusão de um código de padrão internacional chamado MRZ, o mesmo usado em passaportes.
Até o momento, porém, o Brasil só tem acordos para uso do documento de identidade nos postos imigratórios de países do Mercosul. Para as demais nações, o passaporte continua sendo obrigatório.
O novo Registro Geral (RG) terá validade de dez anos para pessoas com até 60 anos de idade. Para os maiores de 60 anos, o RG antigo continuará valendo por tempo indeterminado.
Segundo o Ministério da Economia, "neste primeiro momento, somente serão emitidas as novas identidades para cidadãos que estiverem com as informações no CPF de acordo com suas certidões atualizadas. Pessoas que não possuírem ou estiverem com as informações incorretas no CPF poderão recorrer aos canais de atendimento a distância da Receita Federal para resolver a situação. No futuro, os próprios órgãos de identificação civil farão novas inscrições e atualizações no CPF".
Atualização de dados
A atualização das informações no CPF pode ser feita gratuitamente pela internet, no site da Receita Federal. Dependendo da situação, pode ser necessário o envio de documentos para a Receita Federal via e-mail.
A lista de documentos necessários para a atualização do CPF foi disponibilizada no site do Ministério da Economia, bem como os e-mails da Receita, para onde os documentos devem ser enviados. Para acessá-lo, clique aqui.
Correio Braziliense segunda, 25 de julho de 2022
CAPITAL MOTO WEEK: CORREIO BRAZILIENSE OFERECE DESCONTO PARA INGRESSOS
Correio Braziliense oferece desconto para ingressos do Capital Moto Week
Oportunidade é destinada aos assinantes do jornal para que possam participar do maior evento automobilístico da América Latina, que inicia nesta quinta-feira (21)
Apresentado por
postado em 21/07/2022 14:45
(crédito: Paulo Cavera)
Dez dias de muito rock, lazer, gastronomia e adrenalina para Brasília: essa é a proposta do 17º Capital Moto Week, o maior evento automobilístico da América Latina, que inicia nesta quinta-feira (21), no Parque de Exposições da Granja do Torto. Com mais de 70 atrações, a expectativa é que o festival receba 800 mil pessoas, 300 mil motos e mais de dois mil motoclubes nacionais e internacionais.
Como parceiro de mídia, o Correio Braziliense acompanhará todos os dias do festival. Além disso, com o intuito de movimentar ainda mais a cidade do rock, o jornal disponibiliza 22% de desconto para os assinantes que realizarem a compra do ingresso - inteira, meia ou solidário. Para obter o código promocional, é necessário acessar o site Clube do Assinante (https://clubedoassinante.correiobraziliense.com.br).
"Liberdade, espírito e tradição são palavras que traduzem o nosso festival, e faz tempo que queremos unir no palco bandas e estilos diferentes para realizarem apresentações únicas e que só poderão ser vistas aqui", informa Pedro Affonso Franco, um dos organizadores do CMW.
Com um palco principal e três temáticos (Saloon, Moto Bar e Lady Bikers), espalhados em 250 mil m², o evento contará com a presença de atrações conhecidas, como Capital Inicial, Pitty, Raimundos, Os Paralamas do Sucesso, Biquíni Cavadão, Dead Fish, Blitz e Detonautas.
Além disso, também será possível acompanhar as apresentações de bandas que estão consolidando o nome no cenário do rock, sendo eles Cazuza in Concert, Trampa, Rock Beats, Distintos Filhos, Quinta Essência, Lúpulo e Cereais não Maltados, Surf Sessions, Ifloyd e Baú Revirado.
Paulo Cavera
O festival retorna à cidade depois de uma pausa de dois anos, por conta da pandemia. Para inovar e proporcionar uma experiência diferenciada, o evento contará com o maior palco de rock do Centro-Oeste, além da criação de novos espaços para o público poder aproveitar cada minuto dentro do CMW.
As áreas de lazer foram ampliadas e as duas praças de alimentação, junto com os quiosques espalhados pelo evento, irão reunir mais de 30 opções gastronômicas tradicionais da cidade. De segunda a sexta, no horário do almoço, a entrada será liberada para todos apreciarem os pratos na Granja do Torto.
“Preparamos os espaços para recebermos os motociclistas que fazem da Granja do Torto suas casas durante os dez dias de evento. Por ser um evento que não dorme, nos preocupamos em receber todos da melhor maneira possível”, explica Juliana Jacinto, também organizadora do CMW.
Como parte de uma das surpresas desta edição, o Moto Week recebe o Brasília Tattoo Festival, considerado o mais tradicional encontro de tatuadores da região. Com essa parceria, o público poderá conhecer estúdios de tatuagem consagrados entre os dias 21 a 30 de julho.
“O mote do Capital Moto Week deste ano é falar sobre humanização e destacar experiências e histórias. Nosso lema dialoga totalmente com o Brasília Tattoo Festival, pois queremos que as pessoas guardem experiências incríveis dos dez dias de programação destinados ao amor pelo motociclismo, pelo rock e, sobretudo, pela liberdade que esse estilo de vida proporciona”, complementa Pedro.
Serviço: O que: Capital Moto Week 2022 Quando: 21 a 30 de julho Onde: Parque de Exposições da Granja do Torto, Brasília – Distrito Federal Código promocional do Correio Braziliense (22% de desconto): Acesse o Clube do Assinante (https://clubedoassinante.correiobraziliense.com.br).
Ingressos - Motociclistas sem garupa e pilotando não pagam; - Motos com garupa entram grátis de segunda a sexta até às 15h e sábados e domingos até às 18h; - PCD tem acesso e estacionamento grátis no festival com direito a gratuidade de 1 acompanhante; - Pessoas com mais de 65 anos têm direito a meia-entrada; - Para quem levar lixo eletrônico ou 1kg de alimento tem direito ao ingresso solidário ao valor atual de R$50; Ingressos para pedestres no site https://www.bilheteriadigital.com
Matéria escrita pela jornalista Gabriella Collodetti
Correio Braziliense domingo, 24 de julho de 2022
PESCA ESPORTIVA: QUANDO O PEIXE NÃO MORRE PELA BOCA
Quando o peixe não morre pela boca: pesca esportiva ganha adeptos
Diferentemente dos demais pescadores, os praticantes da pesca esportiva sempre devolvem os animais fisgados vivos para a água, a fim de evitar impactar o meio ambiente e a reprodução
IB
Isabela Berrogain
postado em 23/07/2022 06:00
Pesque-pague é uma opção de lazer. Nesses locais, as pessoas podem alugar os equipamentos para a pescaria - (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Relaxar, entrar em contato com a natureza e aproveitar momentos entre amigos. Esses são alguns dos atrativos que fazem os brasilienses se apaixonarem pela pesca esportiva. O universo de rios, varas, linhas e iscas tem conquistado, cada vez mais, pessoas de todas as idades, tornando esta prática uma das mais crescentes no Brasil.
O aposentado Luís Fumio, 58 anos, foi fisgado pela atividade na adolescência. "Naquela época, eu reunia uns amigos, e nós íamos ao Lago Paranoá para pescar, só que era aquela coisa de menino. A gente não tinha nem equipamento", relembra. Em 1993, aos 29 anos, houve o primeiro contato de Fumio com os instrumentos adequados para a atividade, durante uma viagem ao Rio Araguaia.
Alex Jun Kaya destaca que a atividade vem crescendo no DFED ALVES/CB/D.A.Press
Não demorou para o aposentado conhecer e adotar os benefícios da pesca esportiva, que diferentemente das demais, essa modalidade não tem como objetivo o consumo ou venda dos peixes, portanto a ideia é que os animais sejam sempre devolvidos à água. "Essa conscientização foi se apossando da gente, não só de nós pescadores, mas também dos profissionais da área, dos guias de pescas. Começamos, então, com a prática", explica Luís Fumio.
O aposentado percebeu que, no fim das contas, o que importa é a confraternização com os amigos e a emoção de fisgar um peixe. "O que fica são as lembranças e as fotos, as imagens tiradas dos troféus, dos pescados que estão acima da medida. Esses momentos de alegrias que a gente convive nessas pescarias", ressalta.
Desde criança, o produtor audiovisual Gustavo Giani costuma pescar. Ao longo dos anos e após diversas pescarias em diferentes locais do Brasil, em 2009, ele optou por mudar para a atividade não predatória. "Eu ia para um lugar pescar e pegava muito peixe. Aí, eu voltava cinco anos depois e pegava muito pouco. Foi isso que me fez começar com o movimento da migração para a modalidade, eu pensei: 'Vou começar a pescar e soltar, porque, dessa forma, o peixe vai continuar ali e vai continuar reproduzindo, deixando a fauna mais intacta'", recorda-se.
O interesse pela prática evoluiu e três anos depois, em 2012, o produtor criou o perfil no Instagram @pescaesportiva, que, hoje, tem mais de 100 mil seguidores. "A ideia da página veio exatamente pela minha paixão e pela minha vontade de tentar preservar a natureza e minimizar os danos que os pescadores causam nela. Compartilhar todo o estilo de vida do pescador esportivo e fazer uma tipo de fórum para as pessoas conseguirem entrar em contato umas com as outras, compartilharem dicas, sempre com o intuito de pescar e soltar os peixes e preservar a natureza em volta de onde você pratica a pesca", detalha.
Pesque-pague
Gustavo aconselha a aqueles que pretendem começar a pescar frequentar pesque-pague, principalmente pela facilidade que os locais oferecem. "Lá, você não precisa de nenhum tipo de equipamento, porque pode alugar todo o material no próprio estabelecimento. O que eu aconselho é começar a ir pra pesque-pague e fazer amizade. A partir daí, você pode entrar em grupos e blogs para a ter a sua equipe", orienta.
Um dos mais tradicionais locais voltados para pesca esportiva do DF é o Pesque-Pague Taguatinga, inaugurado em 1998. O ambiente, que começou apenas com um tanque para a pesca, hoje, conta com sete, além de piscinas, bares e restaurantes. "A prática vem crescendo bastante no Centro-Oeste, e ficamos muito felizes em poder ajudar e fazer parte disso. A pesca esportiva é muito importante para a preservação das espécies. Com essa prática, você pode pescar diferentes espécies sem prejudicar a população", afirma Alex Jun Kaya, auxiliar-administrativo do local.
Correio Braziliense sábado, 23 de julho de 2022
SÃO JOÃO: FINAL DO CONCURSO DE QUADRILHAS ACONTECE NESTE FINAL DE SEMANA, EM TAGUATINGA
Final do Concurso de Quadrilhas acontece neste final de semana, em Taguatinga
A campeã irá representar o Distrito Federal no concurso nacional promovido pela Confederação Brasileira de Entidades Juninas
SC
Samuel Calado
postado em 22/07/2022 22:30 / atualizado em 22/07/2022 22:33
(crédito: Samuel Calado / CB)
A grande final do Circuito de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e entorno acontece neste final de semana, 23 e 24 de julho, no estacionamento do Taguaparque, em Taguatinga. O evento é gratuito e terá início às 18h. Além dos grupos, haverá apresentações de bandas de forró e feirinha com comidas típicas. Ao todo, 14 grupos concorrem a taça de campeão. Além de se consagrar no Distrito Federal, a vencedora terá a oportunidade de disputar no concurso nacional promovido pela Confederação Brasileira de Entidades Juninas que este ano acontecerá em Belo Horizonte (MG).
No ranking geral, as quadrilhas "Si Bobiá a Gente Pimba", de Samambaia Sul e "Formiga da Roça", de São Sebastião aparecem quase empatadas no primeiro lugar, com dois décimos de diferença entre ambas. Logo em seguida estão as juninas Paixão Cangaço (Águas Lindas de Goiás), Arroxa o Nó (Paranoá) e Sabugo de Milho (Taguatinga). Já próximo ao rebaixamento estão os grupos Xamegar (Paranoá) e Pula Fogueira (Itapoã), que agora lutam para não cair para o módulo de acesso. Independente do resultado, cada quadrilha recebeu R$3.125,00 por cada etapa.
Confira a classificação geral
1. 539,3 - Si Bobiá a Gente Pimba 2. 539,1 - Formiga da Roça 3. 537,2 - Paixão Cangaço 4. 535,8 - Arroxa o Nó 5. 535,6 - Sabugo de Milho 6. 534,5 - Rasga o Fole 7. 533,8 - Ribuliço 8. 532,6 - Arraiá dos Matutos 9. 530,9 - Amor Junino 10. 530,7 - Sanfona Lascada 11. 530,1 - Xem Nhem Nhem 12. 530,1 - Xique Xique 13. 528,8 - Xamegar 14. 520,6 - Pula Fogueira
A coordenadora de avaliação, Alexa Guerra, revela que a mesa do júri desta edição será composta por um jurado do Recife, um do Tocantins e três do Distrito Federal. “Agora é a finalização dos projetos. O que tinha de mudar, já mudaram. Teve quadrilha que modificou todo o espetáculo, comparado ao início do projeto. Como cada mesa é composta por avaliadores diferentes, repassamos as mesmas instruções, entre elas, trabalhar de forma imparcial e estar atento aos detalhes de cada trabalho. No final, devem trazer comentários que possam acrescentar o projeto”.
Veja a ordem das apresentações das quadrilhas
Sábado (23/07)
01 - Xém Nhem Nhém 02 - Pula Fogueira 03 - Xamegar 04 - Amor Junino 05 - Rasga o Fole 06 - Si Bobiá a Gente Pimba 07 - Xique Xique
Domingo (24/07)
01 - Formiga da Roça 02 - Ribuliço 03 - Arroxa o Nó 04 - Arraiá dos Matutos 05 - Sabugo de Milho 06 - Paixão Cangaço 07 - Sanfona Lascada
A Liga de Quadrilhas Independentes do Distrito Federal e Entorno (Linqdfe), organizadora do evento, recomenda que as pessoas cheguem cedo ao local para garantir vaga na arquibancada. O evento contará com cobertura especial nas redes sociais do Correio e transmissão ao vivo no Youtube, através do canal da liga e TV Formiga.
Assista à homenagem especial produzida pelo Correio
Correio Braziliense sexta, 22 de julho de 2022
FESTA POPULAR: ENCONTRO DA FOLIA DE REIS VOLTA AO PRESENCIAL, NESTA SEXTA, NO RIACHO FUNDO 2
Encontro da Folia de Reis volta ao presencial, nesta sexta, no Riacho Fundo 2
O Encontro volta a ser realizado presencialmente, de hoje a domingo, no Riacho Fundo 2, com a participação de grupos do DF, de São Paulo, Minas, Goiás e Bahia
IR
Irlam Rocha Lima
postado em 22/07/2022 06:00
(crédito: Luis Fernandes/Pedro Paulo/Divulgação)
Brasília que, ao longo dos anos, tem acolhido brasileiros de diferentes regiões, transformou-se musicalmente num grande caldeirão sonoro. Ouve-se na capital estilos e ritmos diversos — do choro ao funk, do rock ao samba, da marchinha carnavalesca à música sertaneja, do jazz ao hip-hop.
Os festivais, que têm ocorrido com grande frequência, em vários pontos do Distrito Federal, acolhem todas essas manifestações e outras mais. Um exemplo concreto é o reisado. Neste fim de semana, ocorre a 20ª edição do Encontro de Folia de Reis. O evento está sendo retomado depois da interrupção de dois anos por conta da crise pandêmica.
A Folia de Reis, também chamada de Reisado ou Festa de Santos Reis, se revela por meio de cânticos, ritos e melodias que contam a anunciação, o nascimento do menino Jesus e a peregrinação dos Reis Magos. Trazida para o Brasil pelos jesuítas, recebeu ao longo dos anos influências indígenas e africanas. A manifestação secular tem raízes no meio rural brasileiro e resiste significativamente de geração em geração. Levada por avós e pais, reproduzindo dentro das famílias, os festejos são comemorados de modo particular em cada região do país.
Saudado com entusiasmo pelos participantes, o Encontro de Folia de Reis ocorre no Centro Educacional Agrourbano Ipê, na área rural do Riacho Fundo 2, com extensa programação, tendo como atrações grupos de folia, danças populares e shows de artistas de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Bahia e, claro, do DF. "A escolha do local dará oportunidade ao público, com raízes no meio rural, de relembrar a infância, as vivências e as celebrações típicas da cultura interiorana do país numa festa que reitera a força da tradição e da herança cultural religiosa", destaca Walério dos Reis, presidente da Associação dos Foliões de Reis do Distrito Federal, instituição realizadora do projeto.
Integrante da Folia João Timóteo, Walério acrescenta: "Para mim, é uma grande alegria a volta do Encontro da Folia de Reis, dos giros pelas residências para cantar e rezar pelos moradores, tocando instrumentos como viola, violão, rabeca, acordeon, tambor, pandeiro e carregando bandeira com a imagem dos três Reis Magos, de Nossa Senhora e São José". Uma das novidades desta edição é que, pela primeira vez, será híbrida: ao vivo com transmissão pela internet, por meio do canal do Clube do Violeiro Caipira.
Da programação fazem parte a apresentação de 15 grupos de Folias de Reis, espetáculos de danças populares, shows, oficinas de instrumentos, exposições, presépio e barraquinhas de comidas típicas. A organização chama a atenção para grupos formados por mulheres como Folia de Reis Estrela de Belém, de Coromandel, e Folia de Reis Rainha da Paz, de Patos de Minas, além do Folia de Reis Mensageiros de Santo Reis, composto exclusivamente por jovens.
"É de suma importância a participação feminina na 20ª edição do Encontro de Folia de Reis, no momento em que a equidade de gênero é tão falada, principalmente quando se trata do ambiente cultural", ressalta Karen Parreira, violeira, compositora e uma das produtoras do evento. "Como representante do Distrito Federal, sinto muito orgulho de ver que temos novas violeiras, como Gaby Viola, que é uma promessa para o futuro da música caipira", complementa.
Hoje, na abertura do encontro, haverá o tradicional terço rezado e a chegada dos três Reis Magos, representados pelos atores Valterismar Maciel (Gaspar), Júnior Lima (Baltazar) e Xiquito Maciel (Belchior). A sequência será com o giro dos folias, encontro das bandeiras, apresentação de grupos de foliões, e shows da violeira Gaby Violas, dos violeiros Moisés Mozer e Luiz Borges e da dupla goiana André e Andrade.
O café da manhã dos foliões dará início às atividades de amanhã, que contará ainda com o giro das folias e a brincadeira dos palhaços, uma tradição que percorrerá casas de moradores da comunidade, com cantos que lembram a viagem dos Reis Magos para levar os presentes ao Menino Jesus. À noite, haverá shows de Karen Parreira, Reinaldo Cordeiro e da dupla paulista Leyde e Laura.
Domingo, no encerramento, além do café da manhã e da tradicional missa sertaneja, serão destaques a apresentação das folias, de grupos de danças populares e de violeiros. A atração principal é o show da dupla mineira-brasiliense Zé Mulato e Cassiano, que celebrará 44 anos de carreira. A despedida da bandeira ficará a cargo da dupla de violeiros Ênio Lima e Gustavo Neto.
Mineiros de Passabém, radicados em Brasília no final da década de 1960, os irmãos Zé Mulato e Cassiano festejam os três Reis Magos desde a infância. "Participamos do Encontro de Folias de Reis desde sempre e com uma alegria muito grande. Essa festividade vem provar a força da cultura popular tradicional no cenário do país", destaca Zé Mulato "São os versos que que se transformam, que se recriam e que contam nossa crença, nossos valores e nossa gratidão aos Santos Reis. O Encontro é espaço e tempo sagrado, que envolve todos nós devotos dessa bela tradição", acentua.
Para Volmi Batista, coordenador e curador do Encontro de Folias de Reis do Distrito Federal, o momento é de comemoração. "É hora de celebrar a retomada de um evento que há 20 anos enaltece a tradição cultural e religiosa e as folias de Reis no DF e no Brasil" Ele reforça: " O encontro é uma forma de fortalecer a nossa memória, de reviver nossa história e cultura. A pandemia nos afastou e agora podemos nos reencontrar por meio dos festejos aos Santos Reis".
20 Edição do Encontro de Folias de Reis do Distrito Federal
De hoje a domingo, Centro Educacional Agrourbano Ipê, na área rural do Riacho Fundo 2, a partir das 8h. Acesso gratuito. Classificação indicativa livre.
Correio Braziliense quinta, 21 de julho de 2022
CINEMA: *THOR* SUPERA ESTREIA DE *ELVIS* E LIDERA AS BILHETERIAS BRASILEIRAS
"Thor" supera estreia de "Elvis" e lidera as bilheterias brasileiras
Na primeira semana de exibição "Elvis" foi visto por quase 200 mil espectadores enquanto o filme do deus nórdico levou 825 mil pagantes ao cinema no mesmo período
CB
Correio Braziliense
postado em 20/07/2022 17:16
(crédito: Reprodução)
O filme Thor: Amor e trovão, quarto da franquia do herói, lidera as bilheterias brasileiras desde sua estreia, em 7 de julho. O longa já arrecadou cerca de R$ 75 milhões desde o lançamento. O número de audiência resulta em 3,7 milhões de espectadores no Brasil até o momento.
O filme biográfico sobre Elvis Presley, protagonizado por Austin Butler, foi visto por quase 200 mil espectadores em sua semana de lançamento, somando R$ 4,94 milhões em bilheterias. Nos EUA, o final de semana foi competitivo e o longa conseguiu se destacar ao empatar com Top Gun: Maverick' em bilheteria e faturar US$ 30,5 milhões de dólares, cerca de R$ 165 milhões.
Correio Braziliense quarta, 20 de julho de 2022
PESCA: MANEJO SUSTENTÁVEL DE PIRARUCU GARANTE RENDA EM DEZENAS DE MUNICÍPIOS BRASILEIROS
Manejo sustentável de pirarucu garante renda em dezenas de municípios brasileiros
O manejo de pirarucu, autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ocorre em cerca de 21 municípios do Amazonas
MP
Michelle Portela
postado em 20/07/2022 06:00
(crédito: Bernardo Oliveira/Instituto Mamirauá)
Os últimos áudios de aplicativos de mensagem enviados pelo indigenista Bruno Pereira, assassinado em junho, davam conta da invasão do território indígena no Vale do Javari, no Amazonas, por pescadores ilegais em busca de um dos mais estimados animais amazônicos, o pirarucu (Arapaima gigas). Poucos dias depois da gravação, Bruno foi morto numa emboscada que vitimou também o jornalista britânico Dom Phillips, na região do Alto Solimões, no Amazonas, por pessoas envolvidas na prática ilegal.
O manejo de pirarucu, autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ocorre em cerca de 21 municípios do Amazonas. A atividade movimentou cerca de R$ 15 milhões no último ano. A prática é crescente, mas nem sempre a pesca foi regulamentada.
"A gente está preparando uma reunião, uma articulação para a Câmara de Vereadores e a Prefeitura (de Atalaia do Norte) na Comunidade São Rafael. Os invasores da terra indígena vão perder o manejo do pirarucu que demorou 10 anos para tirarem", disse Bruno, no áudio, transmitido em maio. O indigenista se referia à reunião que ocorreria em 3 de junho com o objetivo de barrar o avanço da pesca ilegal.
Peixe nativo do bioma amazônico, o pirarucu habita rios e lagos de águas calmas, podendo alcançar até 200 kg. A pesca é permitida apenas nas áreas de manejo nos já citados 21 municípios. A partir da contagem dos peixes adultos, é estabelecida uma cota de captura de 30%, preservando os 70% restantes para assegurar a reprodução natural.
No médio Solimões, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá e Amanã, no município de Tefé, a 523 quilômetros de Manaus, acabam de atingir R$ 3,5 milhões em valores brutos de venda de pescado manejado.
Em 2020, o manejo de pirarucu foi interrompido pela pandemia da covid-19. Com isso, os estoques do peixe cresceram 427%, viabilizando a retomada da pesca de forma sustentável e o aumento da renda e da qualidade de vida da população.
A coordenadora do Programa de Manejo da Pesca do Instituto Mamirauá, MP, Ana Cláudia Torres, disse que a vacinação contra a covid-19 permitiu a retomada da atividade. "Ainda que a pandemia tenha continuado em 2021, não teve o mesmo impacto do ano anterior. Assim, os grupos conseguiram implementar o plano de trabalho previsto", afirmou.
Correio Braziliense terça, 19 de julho de 2022
VIDA MODERNA: AS IRANIANA QUE DESAFIAN O REGIME TIRANDO VÉU EM PÚBLICO
As iranianas que desafiam o regime tirando véu em público
Mulheres de diferentes partes do país gravaram vídeos em parques, ruas da cidade e até na praia, mostrando-se sem seus hijabs, algumas usando tops e shorts
Faren Taghizadeh - BBC News Persian
postado em 18/07/2022 17:10
As mulheres no Irã têm protestado contra as rígidas regras do uso do véu islâmico, o hijab, retirando os lenços do rosto em público e publicando as imagens nas redes sociais.
"Não ao hijab obrigatório! Eu dirigi todo o caminho para o trabalho sem usar meu lenço na cabeça hoje para dizer não às regras! Nosso sonho é ser livre para escolher o que vestir", disse uma mulher iraniana em um vídeo publicado nas redes.
Ativistas de direitos humanos pediram às mulheres em todo o país para que publiquem vídeos de si mesmas retirando o hijab em público, por conta do 12 de julho, o Dia Nacional do Hijab e da Castidade no calendário oficial do Irã.
Dezenas aderiram, apesar do risco de serem presas por este ato de desobediência civil, que é contra as leis do país sobre "vestimenta islâmica".
Mulheres de diferentes partes do país gravaram vídeos em parques, ruas da cidade e até na praia, mostrando-se sem seus hijabs, algumas usando tops e shorts.
Em um vídeo compartilhado por milhares de pessoas, uma mulher pode ser vista andando por um calçadão à beira-mar, antes de tirar o hijab, deixá-lo cair no chão, depois pisar nele e ir embora.
No mesmo dia, as autoridades organizaram manifestações públicas em massa para mulheres que usam o hijab celebrem sua "proteção islâmica".
A TV estatal transmitiu uma cerimônia "Hijab e Castidade", apresentando uma performance coreografada por mulheres vestindo longas vestes brancas e lenços verdes nas cores nacionais.
Enquanto isso, nas redes sociais persas, uma hashtag para a campanha traduzida do farsi como "Não significa não, desta vez não ao hijab obrigatório" rapidamente viralizou ao ser promovida por ativistas, além de alguns jornalistas e políticos da oposição.
Algumas mulheres se manifestaram contra os homens no poder que elas consideram responsáveis por restringir suas liberdades pessoais.
"Vocês nos veem apenas servindo à honra de vocês, como sua propriedade! Vocês nos veem como seres humanos fracos e frágeis. Vocês nos forçam a cobrir nossas cabeças com base em suas inseguranças", disse uma mulher do norte do Irã em um vídeo, enquanto tirava o lenço na frente da câmera.
Pelo menos cinco mulheres que publicaram imagens como parte da última campanha foram presas.
O Irã teve campanhas semelhantes nos últimos anos, estimuladas por mulheres que lutam pelo direito de escolher usar ou não o véu.
Mas uma recente repressão da "polícia da moralidade" do Irã contra mulheres acusadas de não cumprir o código de vestimenta fez com que os opositores da política pedissem uma ação mais dura.
Desde a revolução islâmica de 1979, no Irã, as mulheres são legalmente obrigadas a usar roupas "islâmicas". Na prática, isso significa que as mulheres devem usar um xador, uma manta de corpo inteiro ou um lenço na cabeça, e um manteau (sobretudo) que cobre os braços.
Alguns homens iranianos também têm apoiado a campanha contra o véu nas redes sociais, aparecendo em vídeos ao lado das mulheres que protestam.
Uma imagem mostrando a parede de uma mesquita em Teerã grafitada com a mensagem: "Pão, trabalho, liberdade, cobertura voluntária" foi amplamente compartilhada nas redes sociais, referindo-se à crise econômica do país e à lei sobre hijabs.
O chefe do Judiciário no Irã, Gholamhossein Mohseni Ajeei, sugeriu que potências estrangeiras estão por trás dessa campanha, instruindo as agências de inteligência a encontrar as "mãos por trás do véu despido".
O presidente Ebrahim Raisi também prometeu reprimir a "promoção da corrupção organizada na sociedade islâmica", em referência direta à campanha.
Mas muitas mulheres estão determinadas a continuar com os protestos, apesar das ameaças.
"Você pode nos prender, mas não podem parar nossa campanha", disse uma mulher em um vídeo nas redes sociais.
"Não temos nada a perder. Perdemos nossa liberdade anos atrás e estamos reivindicando-a de volta."
CINE BIKE: EVENTO NO CCBB ALIA CINEMA, CICLISMO E DISCUSSÕES SOBRE MOBILIDADE
Cine Bike no CCBB alia cinema, ciclismo e discussões sobre mobilidade
Evento no CCBB, o Cine Bike alia cinema, aprendizado de ciclismo e discussões sobre a mobilidade urbana e a importância de inserir a bicicleta como meio de transporte urbano
RD
Ricardo Daehn
postado em 17/07/2022 18:57 / atualizado em 17/07/2022 18:59
Animação 'As bicicletas de Belleville' - (crédito: CCBB/Divulgação)
Selecionado para a mostra de cinema Cine Bike, repleta de ações paralelas de cidadania, o curta-metragem Circulando pelo enquadramento (1988), estrelado por Tilda Swinton, é dos títulos que sintetiza o intuito do evento promovido pelo CCBB: provocar a reflexão sobre os vícios da mobilidade urbana e estimular rupturas no dia a dia agitado. O filme criado por Cynthia Beatt mostra paisagens do Muro de Berlim, feitas no movimento de bicicletas, instigando o fim de circuitos de imobilidade e estagnação. Impensadas mudanças, um ano após a produção, viriam a derrubar a realidade, desde 1961, imposta pelo Muro de Berlim. Na base da conscientização, o Cine Bike pretende difundir aspectos da boa prática do ciclismo.
Oficinas, praça de food-bikes e demandas ambientais entram em pauta, no evento que transcorre entre 19 e 30 de julho. Um passeio ciclístico, dia 30 de julho, a partir das 9h, e que contará com apoio do Detran, levará os amantes das bikes a pedalarem por seis quilômetros, partindo do CCBB e retornando, com direito à participação em festa julina. Hábitos saudáveis, incentivo à sustentabilidade e diversão com filmes de várias épocas, selecionadas na produção de oito países, estão no Cine Bike. A abertura (às 19h30) trará o longa-metragem português A alma de um ciclista (de Nuno Tavares) e, ainda, um curta histórico, O menino e a bicicleta, que deflagrou, em 1965, a premiada carreira de Ridley Scott (Blade Runner). O acesso é livre para a mostra de filmes, a partir da retirada antecipada de ingressos. No dia 20, às 20h, o destaque será Bikes vs. carros, filme sueco de 2015, assinado por Fredrik Gertten, ue debate a influência da indústria automobilística em fatores como poluição e aquecimento global.
Com curadoria do professor e crítico Sérgio Moriconi, Cine Bike trará painéis com especialistas que enfatizarão Os avanços dos planos de mobilidade urbana no Brasil (no dia 21) e ainda vão tratar do tema Ruas e cidades humanizadas — Slowmovement (previsto para dia 28). Atividades educativas e demonstrações práticas de reparos em bicicletas ganharão contornos divertidos, com apresentações de repentista e mímicos. No próximo domingo, entre 10h e 12h, a autora Josi Paz lançará o livro Pedalar é suave.
Longas consagrados de cineastas reconhecidos como os irmãos belga Luc e Jean-Pierre Dardenne, caso de O garoto da bicicleta (2011), estarão na programação, que aposta em clássicos como o primeiro filme de François Truffaut (o curta Os pivetes, de 1957), e ainda no italiano vencedor do Oscar como melhor filme internacional, Ladrões de bicicleta, (1948), exemplar neorrealista de Vittorio de Sica que, com relevo humanista, associava trabalho no pós-guerra com injustiça social. No sábado, dia 23, a partir das 16h, uma tela especial exibirá filmes como Pedalando com Molly (animação britânica de 2021) e Escola de carteiros (1947), filme eternizado pela criatividade de Jacques Tati (o mesmo de Carrossel da esperança, de 1949, também na programação do evento), centrado na modernização do serviço postal da época, a partir dos esforços de um distraído carteiro francês. O evento oferece, também, treinamentos para o aprendizado de iniciantes no projeto Pedalando com a Bike Anjo, numa ação que reacende a memória do sociólogo e ativista Raul Aragão, morto em 2017.
Com exibição no dia 23 (às 15h30) o curta brasiliense Lulu vai de bike (de Edson Fogaça) presta tributo ao biólogo Pedro Davidson, morto em 2006, em circunstâncias que, por meio da lei 13.508/2017, levaram à instituição do Dia Nacional do Ciclista. Filha de Pedro, Luisa participa da produção, que teve por cenário o Eixão Sul. Brasília igualmente abriga a trama de catadores-ciclistas, projetada no longa de Carol Matias No rastro das cargueiras (atração do dia 21, às 18h).
Com parte de eventos on-line, Cine Bike trará cinco filmes (com acesso disponibilizado por 24 horas, em: www.cinebikebrasil.com.br). Na lista, há o inclusivo Todos os corpos na bike; Explorando as ruas de Estocolmo, com o impacto de um projeto que, no emprego de transportes alternativos, pretende zerar mortes por acidentes. E, ainda, O porta-voz, filme australiano em torno de uma espécie de museu vivo de bicicletas de todas as eras. Uma das melhores experiências cinematográficas está marcada para o dia 24, às 18h30, em um telão montado no CCBB, no qual será projetado As bicicletas de Belleville, animação de 2004 criada por Sylvain Chomet, e que, em meio a enredo que faz uso da competição batizada Tour de France, vem pontuado por gags e tons críticos.
Na leva de 35 filmes elencados para a mostra, o recente A volta em Minas, de Fernando Biagioni, revela os frutos de uma jornada de 14 dias, dos extremos de Minas Gerais, unidos ao longo de 1500 quilômetros perfeitos e que proporcionam situações de freio ao consumismo exagerado e o acirrar de amizades, temas comuns ainda a Mama Agatha (de Fado Hindash). Nessa fita, há exame da dedicação de uma ganense na formação de migrantes e refugiadas do sul de Amsterdã, que ingressam no mundo das pedaladas. Outro destaque na mostra, o média-metragem A rainha bicicleta (2013) revela passos de democratização e a importância, na segunda revolução industrial, do movimento das bikes, entre franceses, num panorama que contempla período entre 1890 e a época atual.
Entrevista com Sérgio Moriconi, curador da mostra
No exterior há circuito consolidado similar aos temas do Cine Bike? O que fomenta a adoção do ciclismo na capital?
Existem festivais similares no mundo, e em Brasília, fomos pioneiros, o que não deixa de ser surpreendente. Brasília é singular em relação ao tema. Pela própria geografia plana, e há o favorecimento pelo clima da cidade. Temos períodos enormes não chuvosos. Há favorecimento de as pessoas irem para o trabalho de bicicleta, sob temperaturas frescas. Notamos muitas características, ao se caminhar domingo, no Eixão. Há quantidade de coletivos de bike e há grupos que se reúnem para passeios como a volta ao Lago Paranoá. No Parque da cidade há quantidade enorme de ciclistas. Houve, nos últimos anos, incremento muito expressivo nas ciclovias que, claro, podem ser melhoradas.
Correio Braziliense domingo, 17 de julho de 2022
ARTES VISUAIS: EXOSIÇÃO *MUNDOS CONCRETOS, LÍQUIDOS E GASOSOS* SEGUE ATÉ 13 DE AGOSTO
Exposição ‘Mundos concretos, líquidos e gasosos’ segue até 13 de agosto
As esculturas de Adriana Vignoli são fruto de processos complexos, que têm início no pensamento arquitetônico resultante de uma das formações da artista
NM
Nahima Maciel
postado em 15/07/2022 06:00
(crédito: Filipe Cardoso)
Há uma conversa entre escultura e arquitetura no conjunto de obras da exposição Mundos concretos, líquidos e gasosos, em cartaz na Casa Albuquerque. É uma conversa poética, mas também muito palpável. Com uma série de 23 obras, Matias Mesquita e Adriana Vignoli propõem ao visitante um passeio pelo universo do que não se pode controlar, do que é fluido e do que escapa. "Foi um encontro muito feliz", avisa Mesquita.
Companheiros na vida e no ateliê, ambos de Brasília, Matias e Adriana se engajam em um diálogo que vai dos materiais às narrativas."Por um lado, o trabalho da Adriana tem algo anterior que vem da formação dela de arquitetura, que traz elementos na construção das peças e isso na minha produção é escancarado. Quem olhar as obras vai ver seu aspecto escultórico e arquitetônico proeminente", explica o artista.
As esculturas de Adriana são fruto de processos complexos, que têm início no pensamento arquitetônico resultante de uma das formações da artista. "O trabalho começa com um projeto mesmo, um desenho que utilizo a partir de uma ferramenta da arquitetura, que é o autocad, numa concepção quase utópica", diz a artista. "A escultura é um desenho que acontece no papel, depois vai para o autocad, lida com pesos, suspensões, proporções e encontro de materiais."
Ferro fundido, vidro e plantas formam a base do material utilizado nas esculturas, mas é sobre a cura por meio das plantas que Adriana pretende refletir. "Isso sempre esteve presente, desde os primeiros trabalhos, talvez não de maneira tão consciente", avalia. Os próprios materiais dão um indício: há terra, água, borracha, incorporada depois de observar a quantidade de látex usado em hospitais durante o acompanhamento do tratamento de câncer da mãe. E as plantas, presentes fisicamente ou em desenhos. "Esses materiais aparecem sutilmente. As esculturas têm um processo de transformação, de transmutação", garante a artista. "Essas plantas estão ali como personagens principais da escultura, são a vida da escultura. Esse processo de cura está mais forte a partir dessas plantas, dessas biologias, vou buscando cada vez mais plantas que tenham processo de cura."
Os gasosos do título da exposição saltam aos olhos nas pinturas em concreto de Matias Mesquita. As nuvens que o artista tenta apreender são quase impossíveis de serem registradas, tamanha é a velocidade da mudança de sua configuração no céu. É esse efêmero que interessa ao artista. As pinturas são realizadas sobre blocos de concreto milimetricamente planejados, como se Matias quisesse ter controle total desse material, já que não o tem sobre a paisagem. "Trago esses elementos escultóricos arquitetônicos para a produção, mas tentando fazer uma espécie de um resgate que é extremamente humano que é a construção desses lugares de contenção, desses sistemas de contenção para conter algo que é quase impossível de ser contido. Como as passagens das nuvens, algo em processo de transformação constante", analisa
Mundos concretos, líquidos e gasosos
Exposição de obras de Adriana Vignoli e Matias Mesquita. Visitação até 13 de agosto, de segunda a sexta-feira, das 10h às 19 h, e sábado, das 10h às 13h, na Casa Albuquerque Galeria de Arte (SHIS QI 05 bl. C lj. 09 - sobreloja - CL)
Correio Braziliense sábado, 16 de julho de 2022
CULTURA NEGRA: FESTA MAKOSSA MOVIMENTA A GALERIA DOS ESTADOS
Festa Makossa movimenta a Galeria dos Estados neste sábado (15/7)
Programação especial do evento vai comemorar os 20 anos de história da festa que marcou o lazer e celebração negra da capital
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Irlam Rocha Lima
postado em 16/07/2022 06:00
(crédito: Shake It/Divulgação)
Referência no espectro da cultura negra em Brasília, a Makossa celebra 20 anos de realização. O tradicional baile black, que ocorre na Galeria dos Estados desde 2002, volta a movimentar a noite da região central da cidade neste sábado (16/7) a partir das 22h, com uma grande festa, sob o comando dos produtores Léo Cinelli e Chicco Aquino. A atração principal é o rapper paulistano Rappi'n Hood.
Com atuação, também, como radialista e apresentador de tevê, Antônio Luiz Júnior, o Rappin'Hood traz em suas músicas temas como denúncia social, conscientização racial e empoderamento da população negra e marginalizada do país. Ao mesmo tempo em que se mantém fiel a esses preceitos, inova ao mesclar sonoridades diversas ao rap, inserindo o gênero musical em um debate amplo sobre a MPB.
Os outros destaques do baile são DJs que vão se revezar em dois palcos. No Galeria se apresentam o paulista Kefing e os brasilienses Miria lvez, Bourog, Chocolaty e Ketlen; e no Underbaile, Morenno, Klap, Umiranda, J4K3, Underluv, The Beat'son e Pepê.
Realização da LCA Produções, ao longo dos anos a Makossa tornou-se um laboratório de criação e experiência, em termos de estrutura, ativação e cenografia para outros eventos no Distrito Federal. Ficou conhecida também por levar vida noturna ao centro da capital. Em função do desabamento que atingiu o local, houve algumas edições itinerantes do baile, que foram interrompidas na pandemia. A última edição havia sido em novembro de 2019, no Setor Comercial Sul. Na retomada, em abril último, no formato de festival, houve dois dias de programação, com DJs e uma convidada especial, a cantora Flora Matos.
Por sua relevância artística, a Makossa recebeu homenagem em abril último, com placa concedida pela Administração de Brasília, que traz texto contextualizando a atuação na Galeria dos Estados.
ENTREVISTA /CHICCO AQUINO
Que contribuição a Makossa tem dado ao segmento artístico em Brasília?
A Makossa ajudou a difundir, no Plano Piloto, a cultura dos bailes blacks tradicionais ainda muito presentes nas regiões do entorno e, consequentemente, se tornou vitrine de muitos artistas de todo DF. Acho que esse legado de construção contínua ao longo dos anos é um grande diferencial da Makossa.
Alguma edição foi mais marcante e porquê?
Tiveram algumas edições que me marcaram muito. Destaco a de novembro de 2016, quanto trouxemos uma das maiores atrações do mundo no que diz respeito ao turntablism, técnica de uso dos toca-discos como instrumento de mixagem, que foi o DJ Craze. Foi uma catarse coletiva na Galeria dos Estados. Em 2018, com o desabamento do viaduto, realizamos uma de nossas mais importantes edições no SBN (Setor Bancário Norte). Foi a primeira edição após o desabamento e havia toda uma comoção e ansiedade também com relação à aceitação do baile fora de seu local de origem. Foi histórico!
Como avalia a edição que ocorreu no Estádio Mané Garrincha?
Foi a a nossa maior edição, a do Estádio Mané Garrincha, com a presença do meu ídolo como DJ comandando o baile! O DJ Jazzy Jeff, artista icônico e parte integrante da fundação da cultura hip hop, mundialmente conhecido pelo programa Fresh Prince of Bel Air, ao lado de Will Smith.
Destaca alguma outra?
Para fechar esse quarteto de edições históricas, destaco a primeira edição deste ano, em abril. O retorno à Galeria dos Estados, após a revitalização de todo o espaço, após dois anos de pandemia, tudo isso foi muito surreal. Me marcou muito também por outros dois fatores: realizamos uma edição com dois dias de duração, sábado e domingo, com apresentação do gigante Skratch Bastid e, pela primeira vez, tivemos um show com música ao vivo dentro do baile, que foi o show da Flora Matos. Vivemos dois dias mágicos. Todas essas edições que comentei vieram embaladas por outras ações complementares, como oficinas, vivências e atividades extra evento, criando uma atmosfera e experiência para além dos bailes.
Os DJs residentes se mantiveram ao longo do tempo?
Ao longo do tempo fomos encorpando o time de residentes. No início, era somente o DJ Jamaika. Depois, convidamos o DJ Chokolaty. Estamos falando de dois pilares da cultura do DF – ao lado do DJ Celsão, acho que são os principais DJs dessa cultura aqui no DF. Depois, eu me tornei o terceiro DJ residente e, em seguida, o DJ OG L se tornou o quarto nome do time de residentes. Na época, o nome artístico dele era Batma, que depois virou LM e hoje assina como OG L.
De quem foi a melhor performance entre os artistas convidados?
Difícil pergunta. Mas como falei anteriormente, se eu pudesse escolher, eu ficaria com duas: DJ Craze (2016) e DJ Jazzy Jeff (2018). Agora se você falar que só pode ser uma, eu fico com o set do Jazzy Jeff, em 2018.
Que importância atribui a concessão de uma placa pela Administração de Brasília para marcar duas décadas da Makossa?
Isso é algo que realmente nos deixa muito felizes e orgulhosos. O Brasil tem uma capital e essa capital tem um centro. No centro da capital do Brasil tem uma placa e essa placa é de uma festa. Mano, isso é quase surreal diante das circunstâncias que estamos vivendo. Para gente, é muito mais que uma placa ou uma festa, mas isso tem um significado enorme. Esse reconhecimento foi um dos momentos mais bonitos da nossa história. Não podemos deixar de agradecer algumas pessoas nesse processo. A administradora de Brasília, Dra. Ilka, o arquiteto e designer Danilo Barbosa, autor da sinalização oficial da cidade, e a artista Key Amorim, que customizou a placa com sua arte.
Qual foi o critério de escolha das atrações da festa comemorativa?
As atrações foram escolhidas pensando no encontro de gerações. A Makossa quer mostrar que tradição e inovação andam de mãos dadas e que podemos construir uma realidade que abraça e inclui todo mundo no rolê.
ENTREVISTA // LEO CINELLI
Como, quando e em que circunstância surgiu a ideia da Makossa?
A Makossa surgiu em 22 de março de 2003, com o intuito de ser uma festa bimestral, misturando em seu conceito a cultura dos bailes blacks em prol da revitalização do Setor de Diversões Sul.
A proposta era criar um projeto que valorizasse a cultura negra em Brasília?
Sim, difundindo o seu estilo musical, a dança e o comportamento, mas ao longo do tempo, fomos incorporando outros elementos, como a cultura hip hop e manifestações artísticas de rua.
Que avaliação faz desses 20 anos do baile black?
De que foi algo construído com dedicação, amor e sem pretensão de se tornar o que é hoje. E isso se difundiu em um trabalho que evoluiu, que se tornou sério, de inclusão, feito há várias mãos e que propõe uma narrativa verdadeira com seu público.
Porque a escolha da Galeria dos Estados como sede do evento?
O intuito de se fazer a Makossa no centro da cidade veio por dois motivos: pela facilidade de acesso: temos a rodoviária ao lado, hoje também temos o metrô. Além disso a Galeria dos Estados é um ponto de convergência no fluxo de pessoas que transitam na cidade. E pela revitalização cultural do Setor de Diversões Sul, SDS, um logradouro com essa finalidade, mas que, na época, e até hoje, tem sua função um pouco desvirtuada.
Que lembranças guarda da primeira edição?
A sensação de estar criando algo novo, mágico e com muita energia. Talvez a mais marcante foi de que, na época, o piso do subsolo do Teatro Dulcina (onde foi realizada a primeira edição da Makossa) não estava cimentado, mas vimos que aquele local era perfeito para uma das pistas de dança. E por meio de um acordo, trocamos o aluguel de todo o espaço por 60 sacos de cimento e um caminhão de areia, que conseguimos de um patrocinador. Literalmente, construímos nossa pista de dança para a primeira Makossa!
Makossa 20 Anos
Hoje (sábado), a partir das 22h, na Galeria dos Estados. Ingresso R$ 50 (primeiro lote), valor sujeito a alteração. Venda: makossabsb.com.br. Não recomendado para menores de 18 anos. Mais informações: 98431-1745.
Correio Braziliense sexta, 15 de julho de 2022
MUSICA: BRASÍLIA RECEBE FESTIVAL REPÚBLICA BLUES NESTE FINAL DE SEMANA
Brasília recebe Festival República Blues neste fim de semana
O Festival tem participação de Tulipa Ruiz, Fernanda Abreu, do grupo argentino Escalandrum , do músico norte-americano Lil Jimmy Reed e da cantora brasiliense Ellen Oléria
PI
Pedro Ibarra
postado em 15/07/2022 06:00
(crédito: Desfrute Cultural/Divulgação)
Brasília já é a capital do rock, mas periodicamente se torna a capital do blues também. O Festival República do Blues chega a 8ª edição em Brasília e traz alguns dos principais nomes do gênero para o gramado do Eixo Cultural Ibero-Americano (antiga Funarte) no sábado e domingo.
Entre as atrações estão as cantoras Tulipa Ruiz e Fernanda Abreu, o grupo argentino Escalandrum, o músico norte-americano Lil Jimmy Reed, a cantora brasiliense Ellen Oléria, entre outros nomes que passam desde a cena local até o nível internacional.
O evento é gratuito, a entrada é mediante a doação de um quilo de alimento não perecível. A cantora Tulipa Ruiz acredita que é essencial ter iniciativas como o República do Blues para que a arte chegue com força para todos os públicos e para o blues ser fomentado para mais gente. "Democratização dos acessos, formação de plateia, ocupação das ruas com arte. Da maior importância um festival tão bacana ser realizado desta maneira", afirma a cantora em entrevista ao Correio.
A cantora acredita muito na proposta do festival e está muito feliz de chegar a cidade para tocar Blues. "Fiquei muito feliz de ter sido convidada para o festival, pelo fato do blues de alguma maneira, ou de todas, fazer parte da minha formação musical e da minha banda. Ouvir blues dá vontade de tocar, de improvisar. Cresci em rodinhas de improviso de blues", conta. "A importância de um festival com essa temática é a formação de plateia, a mistura de públicos e o encontro entre as bandas", completa Tulipa.
Correio Braziliense quinta, 14 de julho de 2022
MÚSICA: DIOGO NOGUEIRA TRAZ *SAMBA DE VERÃO* AO IATE CLUBE NESTE SÁBADO (16.07)
Diogo Nogueira traz "Samba de Verão" ao Iate Clube neste sábado (16/7)
O cantor e compositor carioca vai apresentar o Samba de verão, show que tem por base a trilogia homônima, formada pelos álbuns Sol, Céu e Luau
IR
Irlam Rocha Lima
postado em 14/07/2022 06:00
(crédito: Divulgação)
Diogo Nogueira promete esquentar a temperatura fria do inverno de quem for ao Luau do Iate Clube, no sábado, às 21h. O cantor e compositor carioca vai apresentar o Samba de verão, show que tem por base a trilogia homônima, formada pelos álbuns Sol, Céu e Luau, gravados ao vivo numa balsa, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, em agosto de 2021. O projeto tem como diretor musical o violonista brasiliense Rafael dos Anjos, ex-integrante do grupo Choro Livre.
Em Samba de verão, o herdeiro musical do mestre João Nogueira homenageia, além do pai, outros grandes sambistas, como Paulinho da Viola, Nei Lopes, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho e o grupo Fundo de Quintal. Ele mostra também Fim do horizonte, parceria com Hamilton de Holanda, Seu Jorge e Marcos Portinari, registrada em single e video-clipe, lançados recentemente pela gravadora Biscoito Fino.
Ao falar sobre o retorno à cidade, onde vem desde o início da trajetória artística, Diogo ressaltou: "Brasília tem muito a ver com minha história. Tenho cantado na capital desde o começo da carreira. Aí, fiz as primeiras apresentações em casas noturnas e clubes e estabeleci uma relação muito forte com o público brasiliense. Vai ser incrível voltar à capital para fazer o show Samba de verão, no Luau do Iate".
Samba de Verão
Show de Diogo Nogueira e banda, sábado, às 21h, no Luau do Iate, no Iate Clube de Brasília,na orla do Lago Paranoá. Ingressos: R$ 75 (individual/sócio), R$ 100 (lugar à mesa/sócio), R$ 150 (meia entrada individual/não sócio), R$ 175 (lugar à mesa/ não sócio). Local de venda: Bilheteria Digital e na recepção do clube. Mais informações: 3329-8744 e 99981-8735.
Correio Braziliense quarta, 13 de julho de 2022
GILBERTO AMARAL SE ENCANTOU: JORNALISTA E RADIALISTA MORRE AOS 87 ANOS EM BRASÍLIA
Jornalista e radialista Gilberto Amaral morre aos 87 anos, em Brasília
Considerado um dos primeiros colunistas sociais do país, jornalista escreveu diariamente para o Correio por 26 anos. Despedida está marcada para esta quarta-feira (13/7), no cemitério Campo da Esperança
AI
Ana Isabel Mansur
postado em 12/07/2022 22:48 / atualizado em 12/07/2022 23:14
Gilberto Amaral com a esposa, Mara Amaral, na comemoração do aniversário de 85 anos do jornalista, em 2019 - (crédito: Edy Amaro/Esp. CB/D.A Press)
Morreu nesta terça-feira (12/7), o colunista social, radialista e apresentador, João Gilberto Amaral Soares. Ele tinha 87 anos e estava internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do hospital DF Star, na Asa Sul, após sofrer uma queda em casa. Com uma piora do quadro de saúde, o jornalista não resistiu.
Gilberto Amaral completaria 88 anos no próximo domingo (17/7). Ele deixa a esposa, Mara Amaral, com quem foi casado por 63 anos, além de três filhos — Bernadette, Rodrigo e Marcelo —, seis netos e um bisneto. O velório dele está marcado para esta quarta-feira (13/7), às 13h30, na Capela 10 do cemitério Campo da Esperança. O sepultamento será às 16h.
Mineiro de São Sebastião do Paraíso e amigo pessoal de Juscelino Kubitschek — o ex-presidente foi padrinho do casamento de Gilberto e Mara —, o colunista chegou a Brasília antes da inauguração da cidade, convocado pelo então presidente para integrar o grupo de trabalho que cuidaria da transferência da sede do governo federal. Nos primeiros anos da atual capital do país, o jornalista ficou responsável por entregar as chaves dos apartamentos funcionais para os servidores públicos que se mudaram para o Planalto Central.
Desde menino, brincava com os microfones da rádio do pai, José Soares Amaral, na cidade natal e, antes de morar em Brasília, tornou-se cronista reconhecido em Belo Horizonte. Assinou coluna diária no Correio, de 3 de novembro de 1975 a 5 de agosto de 2001, e integrou a equipe da TV Brasília, também do grupo Diários Associados.
A proeminência de Gilberto nos bastidores de Brasília se constatava pela proximidade do jornalista com a maioria dos presidentes da República, desde ditadores militares até civis, além de JK, Fernando Collor de Mello e José Sarney. "Personalidade singular, inteligência rara e grande figura humana. Perco um amigo estreito, um companheiro leal, correto e de virtudes morais e intelectuais invejáveis. Seu desaparecimento é uma grande perda para a sociedade de Brasília", lamentou Sarney.
Em entrevista ao jornalista Irlam Rocha Lima, publicada em junho de 1990 no Correio, o colunista revelou ser uma das primeiras pessoas a saber que o ex-presidente Tancredo Neves não tomaria posse. À época, admitiu se arrepender de não ter dado a notícia em primeira mão pelo jornal.
Os filhos não escondem a emoção ao homenagear o pai: "Apaixonado por Brasília, pela família, pelos amigos e pelo Palmeiras. A trajetória no mundo da comunicação sempre foi o orgulho dele. Eu me sinto honrado por tudo que ele fez", emocionou-se o caçula, Marcelo.
Rodrigo, filho do meio, compartilhou do mesmo sentimento de carinho. "Excelente pai, marido, avô e bisavô. (Viveu) uma vida focada no amor e na caridade, ajudou muita gente e foi um dos responsáveis pela mudança da capital para Brasília. Foi um jornalista exemplar, que só soube falar bem das pessoas. Quando era para falar mal, preferia não falar", elogiou.
Irmão de Gilberto, Pedro Rogério destacou a caminhada profissional do jornalista. "Era um homem forjado no trabalho e respirou a poeira do cerrado quando nascia a nova capital, da qual se tornaria narrador e personagem. Jamais abandonou a mineiridade, mas, de corpo inteiro, foi um cidadão do mundo", completou.
Correio Braziliense terça, 12 de julho de 2022
ARTE: ESCOLA DE MÚSICA DE BRASÍLIA ACUMULA HISTÓRIAS DE TALENTO E SUCESSO
Escola de Música de Brasília acumula histórias de talento e sucesso
Referência internacional, a Escola de Música de Brasília (EMB) é responsável por formar, há quase 50 anos, grandes nomes da cena artística. Histórias de jovens musicistas se misturam ao legado da instituição
IB
Isabela Berrogain
postado em 12/07/2022 06:00 / atualizado em 12/07/2022 10:30
A Escola de Música de Brasília foi fundada em 1974, idealizada pelo maestro Levino de Alcântara - (crédito: Carlos Vieira/CB/D. A Press. Brasil, Brasilia, DF)
Em funcionamento há mais de 50 anos, a Escola de Música de Brasília (EMB) tem sido responsável por tornar Brasília um dos principais pólos artístico do Brasil. A instituição, na 602 Sul, formou incontáveis instrumentistas, cantores e maestros de destaque no cenário local, nacional e internacional. Agora, a EMB prepara uma nova geração para representar a escola mundo afora.
Prestes a se graduar, Talía Vieira começa a dar, dentro da EMB, os primeiros passos rumo à carreira profissional. Aluna do local desde 2015 por meio do projeto social Música e Cidadania e estudante de música na Universidade de Brasília (UnB), a jovem será, no próximo semestre, a nova estagiária de flauta transversal da EMB. "A escola me ajudou muito a ter uma perspectiva de futuro e a decidir realmente em que área eu queria seguir após meu ensino médio", conta, em entrevista ao Correio.
João Ferreira, professor da Escola de Música de Brasília e diretor musical da banda NatirutsJuliana Caribé/Divulgação
A Escola de Música de Brasília foi fundada em 1974, idealizada pelo maestro Levino de AlcântaraCarlos Vieira/CB/D. A Press. Brasil, Brasilia, DF
Dentre os aprendizados vividos por Talía ao longo destes sete anos na EMB, ela destaca as conexões feitas dentro da instituição. "O laço que foi construído com meus professores durante esses anos estudando me motivou e ainda motiva a ser uma pessoa melhor a cada dia e lutar pelos meus sonhos. Eles são os alicerces na minha formação musical, e, além de valores musicais, eu aprendi muito como ser humano", afirma. "A existência da Escola de Música é muito importante para o Distrito Federal devido ao rompimento de barreiras de classes e de estereótipos que ela propõe, e por dar oportunidade para as pessoas aprenderem um instrumento", avalia Talía.
Também foi na EMB que Tiago Teixeira, conhecido como Tiago Black, encontrou o caminho para estudar música na UnB. "Lá na Escola de Música, eu tive contato com praticamente toda a teoria musical que me deu base pra entrar na universidade", relata o artista. Segundo o instrumentista, a instituição foi essencial para a preparação para o mercado. "A EMB tem excelentes profissionais. A importância da escola para o cenário musical é inquestionável, a maioria dos músicos e musicistas que conheço passou por lá, seja fazendo os cursos básicos, os técnicos ou os cursos de verão", pondera. Formado em 2017, Tiago Black trabalha nos projetos autorais das cantoras Flor Furacão e Anna Moura e se apresentará com ambas artistas no festival CoMA, marcado para agosto.
Devido à qualidade da instituição, João Ferreira acredita que a EMB é uma das responsáveis pela importância da capital do país na cena musical nacional. "Brasília é uma cidade conhecida por ter bons músicos, e acho que a escola faz parte disso, a existência dela gera esse tipo de resultado. Aqui é uma cidade que tem muitos bons músicos em muitas áreas e estilos diferentes, em qualquer ritmo, você encontra uma boa referência em Brasília e acho que isso é um fruto da EMB", defende.
A história de Daniel Baker com a EMB iniciou-se na infância. Hoje, ele é vice-diretor da escola. "Comecei estudando violino quando criança e, após um período fora da cidade, voltei para estudar violão erudito e piano popular, tendo me formado no nível técnico de ambos, antes de sair para cursar a licenciatura", detalha Baker. "Posso afirmar que o nível de conhecimento passado pela EMB equivale ou eventualmente supera até o de instituições de nível superior", analisa o docente.
Correio Braziliense segunda, 11 de julho de 2022
COPA AMÉRICA FEMININA DE FUTEBOL: BRASIL ESTREIA COM GOLEADA SOBRE A ARGENTINA
Brasil estreia na Copa América Feminina com goleada sobre a Argentina
Em busca do oitavo título da Copa América de Futebol Feminino, a seleção brasileira iniciou sua jornada no torneio com uma vitória por 4 x 0. O próximo desafio será contra o Uruguai
AE
Agência Estado
postado em 10/07/2022 15:37
(crédito: Thais Magalhães/CBF)
Em busca do oitavo título da Copa América de Futebol Feminino, a seleção brasileira iniciou sua jornada no torneio com uma vitória por 4 a 0 sobre a Argentina, na noite de sábado (9/7), em partida realizada no estádio Centenário de Armênia, na Colômbia. Adriana (2), Bia Zaneratto e Debinha anotaram os gols da partida.
O jogo começou com domínio das comandadas de Pia Sundhage, que pressionaram a Argentina em seu campo defensivo. As primeiras chances brasileiras na partida surgiram de escanteios: quatro nos primeiros seis minutos de jogo. As bolas fechadas alçadas na área chegaram a levar pouco perigo para o gol Vanina Correa, que viu sua defesa rebater as tentativas.
O Brasil seguiu pressionando e aos 19 minutos, Fê Palermo cruzou na cabeça de Bia Zaneratto, que mandou para fora. A resposta argentina veio em cobrança de falta de Florencia Bonsegundo, que forçou Lorena a fazer boa defesa. Após a primeira chegada da Argentina, o Brasil abriu o placar em bela jogada.Bia Zaneratto acionou Tamires com liberdade na esquerda, que cruzou na medida para Adriana abrir o placar.
Aos 35 minutos da primeira etapa, Bia Zaneratto foi derrubada na área anotando pênalti para o Brasil. Ela mesmo bateu no canto esquerdo de Correa, que acertou o canto, mas não conseguiu segurar a cobrança forte da atacante do Palmeiras. Após sofrer o segundo gol, a Argentina esboçou reação com um belo chute de fora da área de Nuñez, que levou perigo ao gol de Lorena. Porém, a finalização de fora da área acertou o travessão e foi para fora. O primeiro tempo foi encerrado com domínio da seleção brasileira, que finalizou quatro vezes, contra dois arremates da seleção argentina.
A segunda etapa começou sem nenhuma alteração para as duas equipes. Assim como no primeiro tempo, a seleção brasileira começou pressionando a Argentina. Aos sete minutos, veio a primeira chance do Brasil, no cruzamento rasteiro de Tamires para Bia Zaneratto, que foi cortado pela zaga argentina.
Na sequência, Kerolin fez boa jogada para se desvencilhar da marcação e cruzou para Bia Zaneratto que bateu cruzado no gol argentino. Apesar da tentativa, a bola saiu para fora. Em seguida, Zaneratto ganhou disputa de bola com a zaga rival e encontrou Adriana, que por sua vez teve frieza para driblar Vanina Correa e marcar o terceiro gol brasileiro na noite.
Com a partida mais controlada após o terceiro gol, Pia Sundhage começou a rodar o elenco brasileiro e promoveu uma série de substituições. Giovana deu lugar a Duda Santos. Logo depois, Fê Palermo, Tainara e Ary Borges deram lugar a Letícia Santos, Antônia e Duda Sampaio. Nos minutos finais da partida, Debinha recebeu um ótimo lançamento de Duda Sampaio, venceu a corrida contra a marcação argentina, driblou a goleira e anotou o último gol da vitória brasileira na estreia da Copa América de Futebol Feminino.
Com o triunfo, a seleção brasileira saltou para a liderança do Grupo B, com três pontos e um saldo positivo de quatro gols. A Venezuela, que bateu o Uruguai por 1 a 0 neste sábado, ocupa a segunda colocação. O próximo compromisso brasileiro na competição está marcado para a próxima terça-feira, às 18h, frente ao Uruguai.
Resultados
Sexta-Feira (8/7) Bolívia 1 x 6 Equador Colômbia 4 x 2 Paraguai
Correio Braziliense domingo, 10 de julho de 2022
SÃO JOÃO: PENÚLTIMA FASE DO CIRCUITO DE QUADRILHAS ACONTECE NESTE FINAL DE SEMANA, EM SAMAMBAIA
Penúltima fase do Circuito de Quadrilhas acontece neste final de semana, em Samambaia
Em disputa acirrada, a diferença entre o primeiro e segundo lugar é de um décimo
KS
Khalil Santos * Samuel Calado
postado em 08/07/2022 16:44 / atualizado em 08/07/2022 19:11
(crédito: Samuel Calado/CB)
No Distrito Federal e entorno é comum ver as pessoas comemorando as festividades juninas, julinas e até agostinas. E com as quadrilhas não seria diferente. Neste final de semana, 9 e 10 de julho, o Estacionamento da Castelo Forte, na Samambaia Sul, receberá a penúltima etapa do tradicional Circuito de Quadrilhas. Ao todo, 14 grupos da categoria especial disputam pela almejada vitória, aguardada por mais de dois anos devido às restrições impostas durante a pandemia. A vencedora, além da consagração na capital, terá a oportunidade de representar o “quadradinho”, na competição nacional. O evento é gratuito com início a partir das 18h.
Na corrida, um décimo de diferença separa o primeiro lugar, ocupado pela "Si Bobiá a Gente Pimba" (Samambaia Sul) e o segundo, da "Formiga da Roça", de São Sebastião. Se a Si bobiá a Gente Pimba vencer a terceira etapa, estará mais próxima de conquistar o tricampeonato consecutivo. O grupo venceu em 2018, com a apresentação “A Botija", e em 2019 com “O Fardo". Esse ano a esperança dos quadrilheiros está na apresentação “Retalhos: contos, histórias e memórias de São João”, onde os brincantes abordam sentimentos humanos, contradições do dia a que os quadrilheiros falaram os sentimentos humanos, contradições do dia a dia e a beleza presente nas ações de quem vive, levanta, cai, vence, é derrotado, se fortalece e recomeça.
Já a "Formiga da Roça" terá a oportunidade de experimentar pela primeira vez a vitória no concurso. A grande aposta do grupo é o espetáculo “A promessa” onde a quadrilha faz uma homenagem ao Sertão de Pernambuco ao contar a história do personagem Chico Moqueca que ao ter a graça alcançada, casa a filha Rosinha com um fantasma chamado Gusmão. O dia da apresentação, no próximo domingo (9/07) será embalado com festa e bolo especial para celebrar os 26 anos de fundação da Formiga.
Confira o ranking geral das quadrilhas
Se Bobear a Gente Pimba - 359.4 Formiga da Roça - 359.3 Arroxa o nó - 358.2 Paixão Cangaço - 357.3 Rasga o fole - 355.9 Sabugo - 355.8 Ribuliço - 355.2 Xamegar - 350 Amor junino - 351.5 Arraiá dos Matutos - 353.7 Sanfona lascada - 351.3 Xem Nhem Nhem - 351.1 Xique Xique - 350.6 Pula fogueira - 343.4
Correio Braziliense sábado, 09 de julho de 2022
FESTIVAL: MARCELO CAFÉ,PRODUTOR CULTURAL, FALA DO FESTIVAL MALOCA URBANA
Marcelo Café, produtor cultural, fala do Festival Maloca Urbana
Em entrevista para o Correio, um dos idealizadores e produtores do Maloca Urbana, Marcelo Café, descreve como será o Festival Maloca Urbana deste sábado e domingo
DC
Davi Cruz*
postado em 09/07/2022 06:00
A cantora Teresa Lopes é uma das atrações do festival Maloca Urbana, no Guará - (crédito: Nina Quintana /Divulgação)
Neste sábado (8/7) e domingo (9/7), o Teatro Arena do Cave no Guará recebe o Festival Maloca Urbana. O evento reúne artistas de rap, samba e outras expressões culturais, periféricas e negras do Distrito Federal. Além da variedade musical, a festa traz atividades formativas, feiras de exposição criativa e estações de esportes e lazer. A programação é gratuita e aberta a todos os públicos.
A Obi produtora de cultura junto ao sambista e ativista cultural Marcelo Café são os idealizadores do projeto, que é dividido em quatro eixos de atuação: Maloca Formativa, Maloca Musical, Maloca das Artes e Maloca Lazer. A indigenista Regina Nascimento também auxiliou na criação do projeto, além de ter tido papel fundamental na aprovação do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF).
Os dois dias de Maloca Musical trazem para o palco os grandes nomes do hip hop e do samba brasiliense junto aos grupos e artistas da nova geração, como Tropa de Elite e o rapper Fillipe Costa, coletivo Novin Mob, Elas que toquem e Teresa Lopes. O objetivo do festival é conectar diversos públicos para celebrar saberes, artes e memórias afro-brasileiras.
Em entrevista para o Correio, um dos idealizadores e produtores do Maloca Urbana, Marcelo Café, descreve o foco principal do evento. "O público vai encontrar nesse festival uma fala da rua, a voz da rua, a voz da resistência, a voz que busca dar visibilidade aos aparelhos públicos como o Cave, que dão espaço de pertencimento para jovens negros e periféricos", afirma o sambista.
O termo indígena maloca originalmente refere-se ao local onde as pessoas se juntam, porém, na vida urbana tornou-se uma conotação pejorativa como o lugar de onde surgem as pessoas marginalizadas pela sociedade. "Esse nome foi criado em conjunto baseado na resistência dos povos originários", completa Marcelo Café.
O ativista cultural fala ainda sobre a parceria feita com a produtora Obi, na produção do Maloca Urbana. "A gente pode trabalhar fora do espaço de disputa e juntar a linguagem que se comunica com a rua, estamos em momento de colaboração para gente produzir esse festival. O samba, o rap, o trap e o pagode são vozes da rua e estamos buscando dar voz no Maloca Urbana", encerra o artista.
Como em todas as atividades do evento, a Maloca Musical tem entrada gratuita, porém, os ingressos precisam ser retirados de forma on-line, através da plataforma Sympla: www.sympla.com.br. O link para acessar os ingressos está disponível também nas redes sociais do Festival Maloca Urbana.
*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco
Festival Maloca Urbana acontece neste sánado (8/7) a partir das 17h e domingo (9/7) a partir das 15:30h, no Teatro de Arena do Cave — Guará II, a entrada é gratuita.
Correio Braziliense sexta, 08 de julho de 2022
JAMES CAAN SE ENCANTOU: ASTRO DE O PODEROSO CHEFÃO MORRE AOS 82 ANOS
Morre, aos 82 anos, James Caan, estrela de ‘O poderoso chefão’
Além de estrelar o clássico de Francis Ford Coppola, o ator foi indicado ao Oscar de 1973 por interpretar Sonny Corleone no clássico
CB
Correio Braziliense
postado em 07/07/2022 17:05 / atualizado em 07/07/2022 17:06
(crédito: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT)
O ator James Caan, conhecido por viver o papel de Sonny Corleone, na tradicional trilogia mafiosa, O poderoso chefão, morreu na noite desta quarta-feira (6/7), aos 82 anos. A informação foi confirmada pela conta oficial do astro no Twitter. A causa da morte ainda não foi informada. Veja o comunicado abaixo.
"É com grande tristeza que informamos a vocês a morte de Jimmy (apelido de James) na tarde de 6 de julho. A família aprecia as demonstrações de amor e condolências e pede que vocês continuem a respeitar a privacidade deles durante este período difícil", informa a nota.
James nasceu em Nova York e iniciou a carreira na década de 1960, no teatro e na televisão. O primeiro papel em cinema do ator foi no longa Irmã Dulce, lançado em 1963, dirigido por Billy Wilder. Antes mesmo de atuar em O poderoso chefão, James Caan foi indicado ao Emmy pelo filme Glória e derrota, lançado em 1971.
A parceria do astro com Francis Ford Coppola teve início em Caminhos mal traçados, lançado em 1969, e estendeu-se até o papel do violento e esquentado Sonny no clássico dos mafiosos em 1972. No ano seguinte, a atuação de James Caan rendeu a indicação ao Oscar na categoria de melhor ator coadjuvante pelo papel de Sonny Corleone, o filho mais velho Vito Corleone (Marlon Brando) no primeiro filme da trilogia de O poderoso chefão. Caan também esteve no segundo filme da franquia.
O ator ficou conhecido ainda pelos filmes Louca obsessão (1990), Profissão: Ladrão (1981) e Rollerball: Os gladiadores do futuro (1975).
James Caan foi casado quatro vezes: entre 1961 e 1966 com Dee Jay Mathis, com Sheila Marie Ryan de 1975 a 1976, com Ingrid Hajek de 1990 a 1994 e com a última esposa Linda Stokes, de 1995 a 2017. Ele teve cinco filhos, entre eles, Scott Caan, que atuou na série Hawaii Five-0, lançada em 2010.
Correio Braziliense quinta, 07 de julho de 2022
DIA DO MUNDO DO CHOCOLATE: VEJA 10 LUGARES NO DF PARA COMER O *DOCE PRAZER*
Dia do Mundo do Chocolate: veja 10 lugares no DF para comer o "doce do prazer"
Está precisando de uma dose extra de serotonina para aguentar a semana? O Correio preparou uma lista com pratos que levam o doce mais popular do país
DO
Débora Oliveira
postado em 07/07/2022 06:00
Recheada com doce de leite e acompanhada de sorvete de paçoca, a torta de chocolate do Sagrado Mar é de dar água na boca - (crédito: Divulgação )
É fã de chocolate? Sabia que além de trazer diversos benefícios para a saúde, ele também tem uma data mundial dedicada só para ele? O Dia Mundial do Chocolate é celebrado nesta quinta-feira (7/7), considerado um dos mais divinos prazeres da vida, o doce tem suas raízes há mais de 3 mil anos, quando era cultivado pelos astecas e maias, que plantavam sementes do cacaueiro e produziam uma bebida amarga conhecida como xocoaultl, temperada com pimenta e especiarias.
No século XVII o chocolate ficou conhecido mundialmente e a sua rápida popularização pode ter relação direta com as reações químicas que o doce causa, incitando um sabor bem agradável e característico. Fonte de cafeína e teobromina, o chocolate pode funcionar como estimulante, além de aumentar a produção do neurotransmissor serotonina, que é um dos responsáveis por sensações de prazer e bem-estar. Por essas e outras qualidades, Larissa Cerqueira, nutricionista especializada em transtornos alimentares, explica que o alimento pode ser facilmente recomendado como um doce a ser consumido regularmente, contanto que seja de forma moderada.
“Do ponto de vista da qualidade nutricional é bem comum a ideia de que somente os chocolates ricos em cacau, com percentuais acima de 70%, pobres em leite, açúcar e outros ingredientes seriam saudáveis, mas é importante salientar que assim como todo doce, ele merece ser desfrutado com equilíbrio, a partir de quantidades moderadas e pautado no princípio do comer com atenção plena”, explica a nutricionista Larissa.
Assim como no mundo todo, em Brasília, o chocolate é umas das guloseimas mais apreciadas. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), a iguaria teve um crescimento no mercado brasileiro de cerca de 44% em 2021. Para celebrar a data, restaurantes de todos os tipos preparam pratos especiais para adoçar o paladar. E que tal se deliciar com receitas que tem como destaque o produto que a gente tanto ama? O Correio separou algumas opções e vai ser dificil terminar essa lista sem vontade de comer pelo menos um chocolatinho.
Sagrado Mar
No Sagrado Mar, localizado na QI 17 do Lago Sul, a opção é a Torta de Chocolate (R$ 32), recheada com com doce de leite e acompanhada de sorvete de paçoca — confira a imagem no início da matéria.
Surf Bar Mormaii
O Surf Bar Mormaii, no Pontão do Lago Sul, às margens do Lago Paranoá, criou uma sobremesa exclusiva para a data: o Sushi de Chocolate (R$ 32,90), preparado com recheio de brownie, calda de chocolate meio amargo e castanha de caju.
Almería
No Almería, localizado no Clube de Golfe, a sugestão é o Cacau ao Cubo (R$ 36), o prato é preparado com texturas e intensidades diversas de cacau com chantilly de laranja e sorvete de chocolate da casa.
Bla´s Cozinha Criativa
O Blas Cozinha de Culturas, localizado na 406 da Asa Norte, oferece o prato texturas de chocolate (R$36,90), preparado com ganache quente, mousse da vovó gelado, nougat de amendoim, marquise de chocolate, frutas vermelhas, crumble de cacau e tuille.
Arena Dudu Camargo
Com referências ao mundo dos esportes e à culinária americana, o Arena Dudu Camargo apresenta o Cheesecake de brownie e morango com sorvete de baunilha (R$ 19,90), uma releitura da clássica torta de queijo, mas com toque de chocolate e o frescor da fruta.
Santé 13 & Santé Lago
Localizado na 413 da Asa Norte e na orla da ponte JK, o Santé oferece o Colo Quente (R$ 39), um bolo quente de chocolate com calda de brigadeiro, chantilly salpicado com castanhas de caju e sorvete de creme.
Italianissimo
No Italianissimo, localizado na 412 da Asa Norte, a dica é a panna cotta de chocolate meio amargo com calda de framboesa (R$ 29,90).
Cantón Peruvian & Chinese Food
No Cantón Peruvian & Chinese Food, no Brasília Shopping, a pedida é o Bolo de Chocolate (R$ 29), servido com sorvete de paçoca e praliné de amendoim, a sobremesa serve até duas pessoas.
Blend Boucherie
No Blend Boucherie, localizado na 412 da Asa Norte, a dica é a panna cotta de chocolate branco com calda de frutas (R$ 26,90).
Dudu Bar
Para o Dia do Chocolate, o Dudu Bar, localizado 303 da Asa Sul, apresenta o Amigo da Onça (R$ 29,97), um brownie caseiro acompanhado de sorvete de creme com calda de frutas vermelhas e morango, amora e framboesa, aliando o sabor intenso de chocolate do brownie com o cítrico adocicado das frutas.
Gostou das indicações? Confira abaixo onde encontrar cada uma das delícias da lista.
Sagrado Mar
Endereço: SHIS QI 17, bloco G, sala 201 – Ed. Fashion Park – Lago Sul Contatos: (61) 3202-3256 ou (61) 99197-1287 (whatsapp) Funcionamento: Terça-feira a sábado, almoço e jantar – 12h às 15h30 e 19h às 00h. Domingo apenas almoço – 12h às 15h30
Surf Bar Mormaii
Endereço: SHIS QL 10, Lote 1/30 – Pontão Lago Sul Contatos: 61 3364.0580 - pontão@pontaodolagosul.com.br
Almería
Endereço: Clube de Golfe – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 2, Lote 02 Funcionamento: Terça-feira a quinta-feira, das 12h às 16h. Das 19h às 23h Sexta-feira e sábado, das 12h às 23h - Domingo, das 12h às 17h Contato: (61) 99337-8338
Bla´s Cozinha Criativa
Endereço: CLN 406 Bloco D Loja 38 Contato: (61) 3879-3430 Funcionamento: Terça a sábado das 12h às 16h; Quarta a sábado das 19h às 23h; e Domingo das 12h às 16h.
Endereço: CLN 413 Bloco A Loja 40 e Orla da ponte JK Contato: (61) 3037-2132 Funcionamento: Segunda a quarta-feira: das 12h às 23h. Quinta-feira: das 12h à 0h - Sexta-feira e sábado: das 12h à 1 - Domingo: das 12h às 17h
Italianíssimo
Endereço:CLN 412 Norte, Bloco B Contato: (61) 3964-4442 Funcionamento: de terça a quinta das 12h às 15h e das 18h30 às 23h / Sexta e Sábado das 12h às 16h e das 18h30 à 0h e domingo das 12h às 16h e das 18h30 às 23h.
Cantón Peruvian & Chinese Food
Endereço: Brasilia Shopping – loja 88 Contato: (61) 3256-8798 Funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 11h45 às 15h30 e das 18h30 às 23h - Sábados, das 11h45 às 23h30 - Domingo, das 11h45 às 22h.
Blend Boucherie
Endereço: CLN 412 Norte, Bloco B Contato: (61) 3544-7444 Funcionamento: de terça a quinta das 12h às 15h e das 18h30 às 23h / Sexta e Sábado das 12h às 16h e das 18h30 à 0h e domingo das 12h às 16h e das 18h30 às 23h.
Dudu Bar
Endereço: SCLS 303 Bloco A Loja 03 - Asa Sul Contato:(61) 99341-0055 (Whatsapp) Funcionamento: Segunda a quarta-feira: 12h às 15h e 18h à 0h - Quinta-feira: 12h às 15h e 18h à 1h - Sexta-feira e sábado: 12h às 2h - Domingo: 12h às 17h.
Correio Braziliense quarta, 06 de julho de 2022
ENTRETENIMENTO: SHOW CAUSOS & VINHOS ACONTECE NA 306 SUL
A mineira de Uberlândia Larissa Vitorino canta e toca violão. Juntamente com Ana Lélia, que começou a carreira artística em São Paulo, elas idealizaram um programa de entretenimento no qual harmonizam música, conversa e vinho. Pela qualidade do trabalho e os elogios recebidos, a dupla recebeu convite da empresária do vinho Silvia Rejane para se apresentar quinta-feira, dia 7 de julho no espaço Más Vino, na 306 Sul.
Intitulado Causos & vinhos, o show terá início às 20h e contará com a participação especial do sommelier Tiago Pereira, que atua no restaurante Trattoria Da Rosario, no Lago Sul, mas nesta noite estará oferecendo seu profundo conhecimento sobre a bebida de Baco na bonita loja de vinhos da Asa Sul, em mais uma degustação musical. Reservas podem ser feitas pelo telefone: 98243-8778.
Correio Braziliense segunda, 04 de julho de 2022
ARTES CÊNICAS: TEATRO DULCINA LANÇA EDITAL PARA ARTISTAS E GRUPOS PARTICIPAREM DE FESTIVAL
Teatro Dulcina lança edital para artistas e grupos participarem de festival
Segunda edição do Festival Dulcina publica edital para fomentar o retorno pós-pandêmico dos grupos de teatro brasileiros
PA
Pedro Almeida*
postado em 04/07/2022 06:00
(crédito: Taís Castro)
O coração de Brasília volta a pulsar arte. O Teatro Dulcina convida, por meio de edital a ser publicado hoje, atores, grupos e espetáculos a dar vida ao palco da segunda edição do Festival Dulcina, previsto para ocorrer em novembro deste ano. As inscrições ficarão abertas até o dia 25 de julho e podem ser realizadas on-line no site www.festivaldulcina.com.br.
Em 4 de fevereiro de 1908, a cidade de Valença, no interior do Rio de Janeiro, recebia um espetáculo. A estrela, Dulcina de Moraes. Ainda no ventre da atriz Conchita de Moraes, a futura dama do teatro decidiu que a subida da mãe ao palco seria a hora oportuna de vir ao mundo. Impedida de atuar e com hospitalidade negada no hotel local, Conchita foi acolhida pela então Condessa de Valença, que a concedeu um casarão abandonado para ser o palco da peça armada pelo vindouro bebê. Em um colchão, rodeada por prestativos moradores, a mãe entrega a criança à luz que, como reza a lenda, chega ovacionada por uma salva de palmas. Nos 88 anos que se seguiriam, o teatro nunca mais seria o mesmo. As palmas, incessantes, prosseguiriam junto.
Com início precoce na arte, Dulcina atuou por grande parte da vida. A atriz, contudo, tinha uma visão holística do teatro que não se prendia somente ao ofício no palco. Em 1955, a Fundação Brasileira de Teatro (FBT) foi fundada no Rio de Janeiro pela artista. Em 1980, Dulcina percebeu que o quadrado no meio do mapa Brasileiro se assemelhava, em seu formato geométrico, a um gigante e inexplorado palco. Aqui, fincou bandeira no centro da cidade com a fundação do Teatro Dulcina de Moraes e a transferência da FBT, que posteriormente se tornaria a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. As cortinas da dama do teatro se fecharam em 1996, quando a artista morreu por complicações de uma diverticulite; o legado, contudo, com todas as glórias e desalentos, segue vivo e se manifesta na segunda edição do Festival Dulcina, marcado para novembro deste ano.
O festival
À frente do festival na posição de diretor geral, Cleber Lopes começou a carreira como aluno na Faculdade Dulcina. Nos idos de 2011, como funcionário da instituição, Lopes começou a desenhar a ideia do que, em 2018, se tornaria a primeira edição do Festival Dulcina: "Quando o Ministério Público tomou a administração da faculdade, eu me tornei presidente do conselho curador e fiquei no cargo de 2017 a 2019. Eu senti que era a hora de fazer o festival e tentei emplacar um projeto de patrocínio privado, que foi bem sucedido". Com o peso da aura de Dulcina pairando sob o festival, a primeira edição, que contou com nove espetáculos, foi exitosa: "Foi surpreendente e emocionante. Todas as pessoas que participaram, ao final do espetáculo, sempre agradeciam a participação e desejavam vida longa ao festival". O novato chegava com ares de veterano. "A gente percebeu que o festival já nasceu com a energia de evento consolidado", completa Cleber.
Inicialmente prevista para 2020, a segunda edição do festival teve de ser cancelada devido à chegada da pandemia de covid. O engavetamento do projeto, a qual Cleber se refere como o desmonte de um sonho, felizmente, chegou ao fim. Previsto para acontecer entre os dias 3 e 13 de novembro, o Festival Dulcina contará com 15 espetáculos, sendo 6 de Brasília e 9 de grupos nacionais. Para contemplar as vagas, um edital de chamamento será publicado hoje. A curadoria, comandada pelo ator e diretor André Amaro e pela atriz Eliana César, priorizará obras que tenham foco na poética corporal da presença física dos atores no palco, que teve ausência tão sentida no isolamento social. Das 15 vagas, uma é dedicada a espetáculos que contenham pessoas com deficiência. Além da celebração do teatro, o festival servirá, também, de vitrine para a Faculdade, que, entre problemas de gestão e desgastes pandêmicos, acabou ferida.
A faculdade
Vítima de uma gestão anterior desastrada, a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes estava financeiramente fragilizada quando, à porta da instituição, bateu a pandemia. O inevitável formato de aula remota, que ajudou o mundo da educação a seguir de forma paliativa, encontra ainda mais dificuldade em traduzir uma arte tão física quanto o teatro. Não havia outro jeito. "O que não tem remédio está remediado", desabafa Fernando Guimarães, professor da instituição. Ainda assim, com a evasão de alunos, o educador resolveu ter a visão otimista de ver o palco meio cheio: "Eu acho que conseguimos realizar grandes projetos no formato on-line". Fernando, bem como o corpo docente que leciona na instituição, assume que doses de amor pelo ideal da faculdade são necessárias para seguir em frente. "Eu sinto que eu tenho uma dívida com a faculdade", declara Guimarães.
"Foi a primeira vez que se falou de um teatro tipicamente brasiliense. Muitas pessoas incríveis passaram pela faculdade, que fica em um lugar de fácil acesso para todos. Vários atores nossos estão na televisão", afirma Fernando, quando perguntado sobre a importância do espaço para a capital. Aprendiz de Dulcina de Moraes, o professor recorre às memórias com a dama do teatro para reafirmar a própria missão: "Eu convivi com ela, fiz o curso com ela, foi minha professora. Ela é a maior influência na formação de quem sou hoje como professor. Muito é do aprendizado com ela". Em um exercício de imaginação, o educador projeta o que ela pensaria sobre a atual conjuntura da arte: "Ela [Dulcina] ficaria muito triste com o Brasil. Para ela, não existia nada fora da arte".
A cena teatral brasiliense, bem como a nova safra de atores locais, dão respaldo para que Fernando mantenha o olhar positivo e perseverante: "Temos inúmeros grupos com talentos muito diferentes. Nós temos aqui em Brasília um micro-organismo do que é o Brasil em questão de cultura". Em tom esperançoso, mas que transparece confiança, o arte-educador finaliza: "Se a gente não tiver uma visão otimista, quem vai ter? Eu estou lá há mais de vinte anos. Já tivemos crises antes e sempre a superamos. Não será diferente desta vez".
*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco.
Correio Braziliense domingo, 03 de julho de 2022
ENSINO SUPERIOR: AS 10 MELHORES CIDADES DO MUNDO ONDE ESTUDAR, SEGUNDO CONSULTORIA BRITÂNICA
As 10 melhores cidades do mundo onde estudar, segundo consultoria britânica; veja posições de SP e RJ
Para ser considerada, cada cidade deve ter uma população superior a 250 mil habitantes e abrigar pelo menos 2 universidades que já constam no ranking de universidades feito pela consultoria
postado em 02/07/2022 08:56 / atualizado em 02/07/2022 08:57
Reuters - Londres lidera o ranking feita por consultoria britânica -
Londres volta a liderar a lista das melhores cidades para estudantes internacionais, segundo a edição 2023 do ranking QS Best Student Cities, elaborado pela consultoria britânica QS.
São Paulo fica em 83º lugar na lista e o Rio de Janeiro apareceu pela primeira vez na publicação, em 121º.
A cidade mais favorável para os estudantes na América Latina é Buenos Aires (Argentina), que ocupa a 23ª posição.
Para ser considerada, cada cidade deve ter uma população superior a 250 mil habitantes e abrigar pelo menos duas universidades que já constam no ranking de universidades feito pela mesma consultoria.
Outros critérios levados em consideração são quantos alunos existem naquela cidade, quantos deles são internacionais e quão inclusiva é a cidade.
Também é avaliado se a cidade é segura, se o custo de vida e moradia é adequado para um estudante, assim como as oportunidades de emprego.
Apesar do alto custo de vida e moradia, a capital do Reino Unido está no topo da lista, diz a consultoria, por ser uma "cidade diversificada e culturalmente rica que oferece aos seus alunos desde museus de renome mundial a deliciosos restaurantes multiculturais".
A cidade abriga algumas das mais prestigiadas instituições acadêmicas do mundo, como o King's College London e a UCL (University College London).
Em segundo lugar fica Munique (Alemanha) e em terceiro, Seul (Coreia do Sul). As três cidades no pódio mantêm a mesma posição da última edição.
As 10 melhores cidades para estudantes, segundo a QS
- Londres, Reino Unido
- Munique, Alemanha
- Seul, Coreia do Sul
- Zurique, Suíça
- Melbourne, Austrália
- Berlim, Alemanha
- Tóquio, Japão
- Paris, França
- Sydney, Austrália
- Edimburgo, Reino Unido
No Brasil
As duas cidades brasileiras que se classificaram ocupam posições na segunda metade do ranking, que tem ao todo 140 cidades.
São Paulo, no 83º lugar, tem seis universidades no ranking de melhores instituições da QS, com a USP (Universidade de São Paulo) sendo a mais bem colocada, em 115º lugar.
Além da USP, também estão no ranking da QS a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e outras três universidades com campi que tecnicamente ficam em outras cidades, mas com distâncias que são consideradas acessíveis pela publicação: Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e Unesp (Universidade Estadual Paulista).
A consultoria aponta que apenas 3% dos estudantes universitários em São Paulo são internacionais, mas que a metrópole é a capital "financeira e cultural do Brasil" e tem uma "oferta generosa" de universidades de qualidade internacional.
Entre os outros critérios que colocam São Paulo na 83ª posição estão:
- o custo de vida e de estudo na capital paulista, baixo em comparação com as outras cidades globais citadas;
- a culinária na cidade, rica tanto em comida de rua como em restaurantes de diversos lugares do mundo;
- a cultura paulistana - a consultoria afirma que não falta joie de vivre (alegria de viver, em francês) na metrópole -, que inclui o Carnaval de rua, a vida noturna, os mais de 100 museus e 300 cinemas e a diversidade etnorracial da população;
- as oportunidades de emprego, com destaque para o número de vagas para pessoas com formação universitária em áreas como TI, comércio, setor financeiro e indústrias automotiva e farmacêutica - a instituição aponta, no entanto, que os estudantes internacionais precisam pelo menos de um pouco do conhecimento de português para a maioria das vagas.
Já o Rio de Janeiro entrou pela primeira vez na lista neste ano, na 121ª posição.
A consultoria aponta que há 4 universidades do seu ranking na cidade, com destaque para a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na 333ª posição.
Como pontos positivos de estudar na metrópole, diz a consultoria, estão as "praias ensolaradas", a "simpatia dos cariocas" e o clima quente.
Na América Latina
O ranking inclui 10 cidades latino-americanas, embora com desempenho desigual.
Buenos Aires lidera a lista da América Latina pelo quarto ano consecutivo, embora tenha caído um lugar em relação à edição anterior e ido para a 23ª posição.
A publicação afirma que a capital argentina é uma "cidade dinâmica, com oportunidades de crescimento e a melhor cidade para estudantes de língua espanhola".
Buenos Aires abriga 10 universidades classificadas no ranking das melhores universidades do mundo, segundo a mesma consultoria. Outro ponto é que os alunos formados nestas instituições têm boa reputação entre os empregadores.
Em contrapartida, o ranking aponta que a metrópole "ainda possui áreas muito pobres", o que torna sua nota menor no quesito qualidade de vida - mas a capital também acaba tendo um custo de vida menor.
É preciso descer ao 60º para encontrar a próxima cidade latino-americana no ranking, Santiago (Chile). Isso porque tem uma comunidade de estudantes internacionais relativamente pequena, mas ao mesmo tempo tem muitas oportunidades de pós-graduação.
A próxima da América Latina na lista é a Cidade do México, em 68º lugar. A consultoria afirma que, embora a cidade seja "conhecida e amada" por sua comida de rua, locais históricos e vida noturna diversificada, os alunos que optam por estudar lá devem estar atentos aos altos índices de poluição e criminalidade e se preparar para lidar com essas questões.
Outras cidades latino-americanas que aparecem, além das já citadas São Paulo e Rio, são Monterrey (México) na 96ª posição; Bogotá (Colômbia), na 99ª; e Lima, na 112ª.
Também entraram pela primeira vez no ranking Quito (Equador), em 130º lugar, e Montevidéu (Uruguai), em 135º.
Correio Braziliense sábado, 02 de julho de 2022
EXPOSIÇÃO: CCBB RECEBE EXPOSIÇÃO DE OBRAS DE MARC CHAGALL
Poeta com asas de Pintor: CCBB recebe exposição de obras de Marc Chagall
Exposição com mais de 180 obras do russo Marc Chagall, no CCBB, revitaliza o interesse pelo artista que amou as tradições, o espírito libertário, as diversões e as mulheres
Dos quatro módulos que integram a exposição Marc Chagall: Sonho de amor, uma traz a acurada denominação que condensa todas as qualidades do mestre, morto em 1985, e que, há mais de década, carecia de retrospectiva: Poeta com asas de pintor (como bem pontuou Henry Miller). Em 186 obras, o apanhado lírico do franco-russo, até os 97 anos decisivo para o remodelar da arte moderna, é ressaltado. Obras raras como O avarento que perdeu seu tesouro (1927) se somam a outras que não foram vistas na itinerância da exposição que teve por origem a Itália e, na versão brasileira, ganha o reforço de obras como Primavera (1938-1939), vinda do acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Poucos artistas teriam estofo para pensar numa autobiografia como Minha vida, escrita por Chagall aos 35 anos. As vertentes de múltiplas técnicas (óleos, têmperas, guaches, litografias e águas-fortes) eram canalizadas a favor de tema permanente: o amor. Mas mesmo esse sentimento, vinha ramificado; e por este veio — dos múltiplos amores —, a mostra no CCBB se viu organizada. "Para Chagall, é o amor a capacidade humana que mais sintoniza o homem e o espaço", pontua texto de Saulo di Tarso, artista e pesquisador destacado no catálogo do projeto, que teve por curadora a espanhola Lola Durán Úcar, historiadora de arte perita nas obras de Picasso, Andy Warhol e Goya. A organização da mostra ficou a cargo da museóloga Cynthia Taboada.
Mesmo um singelo e compacto (27x22 cm) óleo sobre cartão como Retrato de Vava (feito nos anos 1950, para a última esposa, Valentina Brodsky) ganha a magnitude do poeta errante que, na publicação Poèmes (escritos entre 1909 e 1965), decifrou parte da jornada de judeu, em muitas instâncias, perseguido: "Só é meu/ O país que encontro em minha alma". Origens e Tradições Russas é o tema do módulo de acesso ao Chagall exposto no CCBB. Água-forte datada de 1922, Casa em Peskovatik dá singularidade à passagem da mostra no Brasil (já vista no Rio de Janeiro, e que alcançará Belo Horizonte e São Paulo). O grupamento de obras salienta o eterno e recorrente regresso à infância (nas representações), as sinagogas e as casinhas de vilas do artista que, serenamente, recompilou traços culturais judaicos, russos e ocidentais.
São Petersburgo, Paris, Berlim, Moscou e Nova York abrigaram o exilado artista que, tocado pelos cubistas e surrealistas, vivenciou as discriminações na Revolução Russa e nas duas Grandes Guerras. Preenchendo o espaço de parte das obras com justaposições, Chagall foi quem cunhou "O tempo é um rio sem margens". Para além da popularidade nítida no segmento Mundo Sagrado — disposto no piso inferior da galeria, e que versa sobre temas como a Bíblia e a reconfiguração visual de A história do Êxodo, com 24 litografias de chamativo apelo colorido —, Chagall é indissociável do imaginário lúdico, quando o público o identifica como o ilustrador das fábulas eternizadas por Jean de La Fontaine. Cabras, peixes e pombos perspicazes estampam mais de 100 águas-fortes de Chagall que perpetuam narrativas como O galo e a raposa, A raposa e as uvas e A galinha dos ovos de ouro. Num reforço de identidade, em 1931, Chagall parte para uma viagem rumo à Palestina, Egito e Síria, que trouxe por resultado guaches e gravuras com alusão a cenas bíblicas. O impacto, quando se desce as escadas do CCBB, vem da visão do verde e azul que explodem, por exemplo, na acrílica sobre tela O arbusto branco ou duplo autorretrato (1978) ou nos esplendorosos azuis emanados pela litografia Abraão e Sara. O segmento Mundo Sagrado apresenta uma das últimas obras do artista, a têmpera Davi e Golias (1981), contemporânea à fase de investida em vitrais, murais e tapeçarias.
No terceiro bloco da mostra, desponta o amor, num retorno à atmosfera parisiense, em que valorizava a arte circense e confabulava com personalidades como o renitente poeta Paul Éluard. Na galeria, há uma preciosidade extra (para a versão nacional da mostra): 10 litografias apresentadas em três números da revista Derrière Le miroir (1954) celebram a vida entre a Torre Eiffel, a Notre-Dame e o Louvre.
Naturalmente, amoroso
Reconhecido em individual montada em Berlim em 1914, no ano seguinte, Chagall casaria com um dos amores da vida, Bella Rosenfeld (cuja morte, em plena Segunda Guerra, foi amenizada, em 1946, com a ida a Nova York, ao lado de Virginia Haggard). O amor por Bella é dimensionado em trecho de Minha vida (memórias publicadas em 1960): "Nunca termino um quadro ou uma gravura sem lhe pedir um 'sim' ou 'não'". Numa mesma escala de grandeza, o poeta que certa vez disse "Não poderíamos prescindir das flores" exaspera o sentimento do público, no quarto módulo da mostra do CCBB batizado O Amor Desafia a Força da Gravidade.
Honrando a liberdade e sabedoria emanadas pelos bobos e descrita numa crônica de Clarice Lispector dos anos de 1970, que até cita qualidades do "bobo" à la Chagall ("É quase impossível evitar o excesso de amor que um bobo provoca", ela grafa), o poeta, pelas obras, enche a galeria com a vivacidade de flores e registros de comunhão com a natureza, além de casais apaixonados (com destaque para Bella), em obras como Grande buquê vermelho (1975) e O sonho (1980). Sob o peso das tradições russas de Vitebsk (em que Chagall nasceu), mesmo com o alicerce firme numa cultura por vezes rústica, no CCBB, o poeta segue apegado às memórias e à materialidade em suspenso, colocando, em quadros, "vaca no espaço, voando por cima das casas", como ressalta a amável observação simplificada de Lispector.
Correio Braziliense sexta, 01 de julho de 2022
CULTURA MUSICAL: ESTUDANTES DA CEILÂNDIA SE APRESENTAM COB REGÊNCIA DE MAESTRO FRANCÊS
Estudantes de Ceilândia se apresentam sob regência de maestro francês
O concerto Conexão Brasil França será nesta sexta-feira (1º/7), no Teatro da Caixa, e faz parte do Projeto Musical Arte Jovem, que, em seis anos, formou 1,2 mil alunos
IR
Irlam Rocha Lima
postado em 01/07/2022 06:00
Orquestra do Projeto Musical Arte Jovem - (crédito: Nata Kesller/Divulgação)
Uma parceria musical entre projetos desenvolvidos por dois maestros, o brasiliense Edmilson Júnior e o francês Claude Brandel, tem dado oportunidade a crianças e jovens de baixa renda e de estudantes de escolas publicas do Distrito Federal de vislumbrar um futuro promissor como musicista. Eles se conheceram há três anos, e a troca de ideias resultou numa série de ações, que culmina com o concerto Conexão Brasil França, apresentado nesta sexta-feira (1º/7), às 19h, no Teatro da Caixa.
Correio Braziliense quinta, 30 de junho de 2022
GUILHERMINA LIBÂNIO: A ARTE TRANSFORMADORA DA ATRIZ
Depois de viver dilemas de gordofobia na telinha, Guilhermina Libânio volta ao ativismo ambiental em Tudo igual… SQN, série da Disney+ que abordará sexualidade também
A atriz Guilhermina Libânio acredita no poder de transformação da arte. Foi assim com a Úrsula de Malhação – Vidas brasileiras (2018) e com a Cibele de Órfãos da terra (2019) e será assim com a Pri da série Tudo igual…SQN, prevista para estrear este ano na Disney+. “Ela acredita que pode transformar a forma como a gente vive em prol de uma sociedade, um planeta melhor. E começa pelas amigas, para tentar atingir a escola, o bairro, a cidade… Ela é ‘o passarinho que quer apagar o incêndio na floresta com a água que tem no bico’, como bem pontuou o nosso preparador, Fernando Vieira”, afirma a atriz.
A principal bandeira de Pri será a ambiental. A série mostra as pequenas mudanças de hábito podem ser mais fáceis do que a gente imagina e que o resultado delas não tem nada de pequeno. “É claro que, para causar um impacto significativo no mundo, essas transformações têm que partir dos governos, com uma exigência de mercado”, reflete Guilhermina.
A atriz lembra que Cibele de Órfãos da terra também era uma ativista e que teve o cuidado de não dar à personagem a pecha de chata. “Foi fazendo a Cibele que eu entendi que precisaria arranjar uma maneira de discursar sobre assuntos espinhosos e importantes sem que a personagem se tornasse chata justamente pela relevância dos assuntos que ela estava tocando. Trazer o discurso para perto, para a maneira como a gente fala em uma roda de amigos, como a gente fala com a nossa família. Isso ajuda a fazer com que o personagem não se torne panfletário, mas é sempre um desafio fazer discursos de extrema importância caberem na boca em cenas corriqueiras”, comenta.
O assunto levado à tela por Guilhermina a encanta e a leva a reflexões, especialmente a poucos meses de uma eleição majoritária no país. “Não deveríamos esperar os anos eleitorais para debater assuntos que transformam e vão seguir transformando a nossa vida cotidiana de forma tão abrupta. O relógio do clima já começou a contar ao contrário. Quando é que a gente vai perceber que ou a gente exige, do governo e das empresas, uma postura mais sustentável, ou estaremos cavando a extinção da raça humana? O planeta vai seguir aí, se transformando, renascendo, mas a gente não. A gente não vai sobreviver às mudanças climáticas”, defende.
Pri levantará também outra discussão: a descoberta da sexualidade e o respeito à comunidade LGBTQUIA+. “Espero que as pessoas LGBTQIA+ que estão se entendendo sintam que o desejo delas não é errado. Que quem assiste à série se sinta à vontade para abrir conversa com a família, com os amigos ou então para que esses estigmas caiam por terra. Não é aceitável que vivamos em uma sociedade, no século 21, em que a gente não possa ser quem a gente é.”
A luta de Guilhermina Libânio pela inclusão via arte não começou aí e, pelo visto, não vai parar. No blog do Próximo Capítulo você poderá ler sobre a aceitação da Úrsula de Malhação – Vidas brasileiras pelo público e sobre o como a atriz fez para driblar as dificuldades da pandemia. Passa lá!
Entrevista // Guilhermina Libânio
Como era a relação do público com a Úrsula em Malhação? Eu recebia centenas de mensagens de meninas que me agradeciam só pelo fato de me verem na TV. De enxergar que um corpo como o delas existe e tem valor. Antes mesmo de abordarmos a gordofobia na história, mulheres mais velhas já me paravam na rua para falar que, se elas tivessem visto alguém como eu (durante a adolescência delas) na TV, tudo seria diferente. É aí que está parte da representatividade, legitimar a nossa existência, saber que não estamos sentindo as coisas sozinhos, que tem alguém parecido com a gente passando pelas mesmas questões.
Acha que o fato de Tudo igual… SQN estar fora da TV aberta facilita que o roteiro trate assuntos como esses com mais profundidade? Eu sempre tive a oportunidade de falar sobre diversos tipos de assuntos nos meus trabalhos. Confesso que não senti essa diferença do streaming para a TV aberta. Meus personagens sempre falaram sobre tudo e acho que nessas obras em que participei, o tipo de abordagem, aprofundar os assuntos ou não, foi muito mais uma escolha de roteiro do que uma ausência de liberdade criativa ou algo do tipo.
A Pri é mais nova que você. Isso faz com que você consiga conferir mais veracidade à personagem, já que já passou pela fase que ela está vivendo? A gente consegue acessar memórias do que já vivemos, lembrar de como a gente reagia naquela época. Mas acho que a Pri, especificamente, tem mais das técnicas que eu aprendi fazendo Malhação do que da Guilhermina adolescente porque ela é muito diferente de mim. A Úrsula tinha muito da Guilhermina de 15 anos. A Pri foi bem construída em cima do que eu recebia do texto, do que as meninas me traziam, do CD da Olívia Rodrigo, que é adolescência pura, na veia. Das preparações, de uma voz mais aguda que eu faço, das maquiagens e roupas coloridas, customizadas.
Durante a pandemia, os atores foram uma das classes que mais ficaram sem trabalhar. Isso fez com que você voltasse com mais garra? Com toda certeza. Eu sou movida pelo meu trabalho. Eu me sinto alguém melhor quando estou trabalhando. Me torno mais interessante, mais divertida, alegre, vibrante. Eu e minha analista chegamos à conclusão que ficar sem trabalhar não faz bem para a minha cabeça (risos)! Tenho o privilégio de trabalhar como atriz, de fazer algo que eu amo profundamente, que me movimenta e me dá vontade de levantar na cama todos os dias, mesmo que seja às 4h antes de ir para o set. Desfruto do privilégio de me sustentar com a carreira de atriz, como alguém que um dia não enxergou essa profissão como uma possibilidade porque não se via na tela.
Correio Braziliense quarta, 29 de junho de 2022
FEIRA DE ARTE CONTEMPORÂNEA: VISIBILIDADE PARA GALERIAS DA PERIFERIA
Visibilidade para galerias da periferia na Feira de Arte Contemporânea
Parceria com o Correio amplia a representatividade de galerias localizadas em outras cidades do DF, como A Pilastra (Guará), Risofloras (Ceilândia Norte) e RAXIV (São Sebastião)
RD
Ricardo Daehn
postado em 29/06/2022 06:00
(crédito: Material de divulgação)
Numa medida de valorização das produções artísticas em regiões administrativas da capital do país, que estão fora do circuito abastado, a FBAC investiu numa parceria com o Correio batizada de Projeto Radar. Apresentar projetos curatoriais, num estande repleto de novidades artísticas de três galerias serve de meta. A Pilastra (Guará), Risofloras (Ceilândia Norte) e RAXIV (São Sebastião) foram os núcleos valorizados pela ação.
A galeria Risofloras teve por gênese o intuito de dar visibilidade a novos talentos das artes periféricas. "Muitas vezes, a nossa arte não é reconhecida como tal. Então perdemos muitos artistas jovens periféricos por causa desta falta de reconhecimento. Participar da FBAC é muito simbólico, por estarmos afirmando a questão da produção artística", avalia Rayane Soares, curadora da Risofloras.
Rayane demonstra o entusiasmo de artistas que, primeira vez, participarão de uma feira de arte. "Talvez, um deles venda um produto artístico, e pela primeira vez. Vai ganhar uma renda, por estar produzindo. A feira trará o engajamento, o incentivo e indicativo de novas oportunidades", simplifica.
Gestora da galeria-escola e ecossistema de arte A Pilastra, a curadora e produtora cultural Gisele Lima celebra a adesão do grupo no Projeto Radar, com representatividade de artistas do Guará. "Criado em 2017, o coletivo abraçou artistas em formação, mas sem acesso a galerias. O nosso núcleo é uma reposta indireta às ações afirmativas que partiram das universidades, a partir de um público que se revelou diversificado", avalia a jovem Gisele, formada em teoria crítica e história da arte (UnB).
Na proposta do grupo da galeria A Pilastra, a ocupação de parte do estande na FBAC se dará com a impressão da forte personalidade do grupo. Experimentação e a produção livre notada em corpos dissidentes norteiam o conjunto que traz muitos ex-alunos da UnB. "Apostamos na gama vasta de minorias, entre os quais negros, criadores LGBTQIA , deficientes e encampamos um pioneirismo, com a representação de artistas trans", conta Gisele.
Inicialmente reunidos no Setor de Oficinas (QE 40, Guará 2), na promoção de estúdios, vivências e saraus, os artistas experimentaram a construção de redes profissionais formadas ainda por curadores, produtores culturais e técnicos. "Misturamos as realidades, para intercâmbio e fortalecimento. Lidamos com artistas nem sempre iniciantes, nem sempre periféricos", observa Gisele Lima.
Nessa levada, haverá mescla de artistas com relativa projeção, como Suyan de Matos (envolvida em criações têxteis, pinturas e bordados), vista como "uma artista, mentora, negra e referencial", junto a artistas a caminho da popularidade, casos de Isabele Prado e de Wendela Alves (ambas artistas da fotografia) e Ayô, produtora de desenho mural, arte em tecido e pinturas.
Localizada em frente ao Campo Central e movida por ideais de liberdade e acessibilidade, a RAXIV Galeria traz a difusão, produção e promoção da arte e cultura periférica, fomento do registro e pesquisa da história de São Sebastião. Sob diretoria artística de Ricardo Caldeira, um grupo de artistas residentes contempla a curadora Dani Dumoulin.
Suplantar estereótipos de escassez e marginalidade impulsionam os artistas que comandam exposições sensoriais e espetáculos de vendas de obras, num artifício de sustentação e autonomia para a galeria. Dança, consciência corporal, diversidade sexual, performances, grafites e design gráfico são alguns dos recursos para afirmações de vocabulário, história e memória territorial.
FRASE
"Apostamos na gama vasta de minorias, entre os quais negros, criadores LGBTQIA+, deficientes e encampamos um pioneirismo, com a representação de artistas trans"
Gisele Lima, curadora e produtora cultural
Correio Braziliense terça, 28 de junho de 2022
GASTRONOMIA: DIA DO CEVICHE - SAIBA ONDE EXPERIMENTAR O PRATO PERUANO NO DF
Dia Internacional do Ceviche: saiba onde experimentar o prato peruano no DF
O Correio listou restaurantes da capital federal que servirão o prato típico da culinária sulamericana
DO
Débora Oliveira
postado em 28/06/2022 06:00
Tradicionalmente, a receita é preparada com peixe branco de água salgada cru, marinado em suco de alguma fruta cítrica - (crédito: Studio Duka)
Clássico na gastronomia peruana e sulamericana, o ceviche tornou-se um prato tão popular que ganhou até uma data para chamar de sua, celebrado em 28 de junho. Tradicionalmente, a receita é preparada com peixe branco de água salgada cru, marinado em suco de alguma fruta cítrica.
No território peruano, o ceviche faz parte do Patrimônio Cultural da Nação, como reconhecido pelo Estado. A preparação surgiu no período pré-colombiano, há cerca de dois mil anos. Atualmente, é um dos pratos mais famosos não só na culinária peruana, mas no mundo todo e, para os amantes da iguaria (ou para quem quer expandir o paladar), nada melhor do que comemorar a data se deliciando com o prato em alguns restaurantes da cidade.
O Correio listou alguns dos restaurantes da capital federal que servem diferentes receitas com o prato.
Confira!
Bla´s
No Bla´s, localizado na 406 da Asa Norte, o prato é uma das estrelas da casa. Assinado pelo criativo chef Gabriel Bla’s, o Ceviche à moda peruana (R$29,90), é uma das entradas do menu da casa. Com sabor inconfundível, o prato é preparado com peixe branco em cubos, ao molho de limão, laranja e gengibre, que recebe, ainda, um toque final com milho crocante, cebola roxa e batata doce.
Mezanino
Localizado no primeiro andar da Torre de TV, o badalado gastrobar Mezanino encanta pelas referências à gastronomia que vem de dentro e fora do Brasil. Exemplo disso é o Ceviche de Peixe Branco (R$ 43), incrementado com ingredientes que adicionam muita brasilidade ao tradicional prato peruano: caju, patola de caranguejo e chips de banana-da-terra. O prato faz parte do cardápio à la carte da casa, desenvolvido pela dupla de chefs Marcos Nery e Matheus Brito.
Contê
No Contê, localizado na 403 Sul, o ceviche faz parte do menu executivo de três etapas (R$ 64,90), sendo uma das opções de entrada, sendo servido tanto no almoço quanto no jantar. O prato é preparado com cebola roxa, filé de peixe branco, limão, sal, salsa, pimenta de cheiro e banhado no azeite doce, para acompanhar, torradinha de alho.
Fuego, Alma e Vino
Apesar de ser conhecido pela variedade de cortes de carnes, o Fuego, Alma e Vino, localizado na 112 da Asa Sul Sul, também apresenta no cardápio uma opção com o prato peruano. É o Ceviche Fuego (R$42), preparado com milho assado na parrilla, chips de batata doce e um toque de azeite de coentro. Quem assina a iguaria é o chef Pepe Sotello, tido como um dos maiores assadores do mundo. No cardápio do Fuego Alma e Vino, Pepe deixa sua assinatura em diferentes pratos, desde entradas aos principais.
Doma Rooftop
Localizado às margens do Lago Paranoá, o Doma Rooftop tem o famoso ceviche (R$ 38,00), em versão clássica, preparado com tilápia, leite de tigre, cebola roxa, coentro, pimenta dedo de moça, manga e chips de batata doce. Além do prato delicioso, o ambiente conta com uma vista perfeita para admirar o lago e ao final da tarde, o pôr do sol.
Mimos para celebrar a data!
No Cantón Peruvian & Chinese Food, localizado no Brasília Shopping, durante todo o dia, os clientes ganharão uma entrada de Trio de Ceviches como cortesia. Já no Taypá, tradicional restaurante peruano localizado na QI 17 do Lago Sul, os clientes que pedirem um Ceviche ganharão uma Cerveja Taypá para harmonizar com o prato.
Serviço
Bla´s Cozinha Criativa Endereço: CLN 406 Bloco D Loja 38 Telefone: (61) 3879-3430 Horário de funcionamento: Terça a sábado das 12h às 16h; Quarta a sábado das 19h às 23h; e Domingo das 12h às 16h
Mezanino Endereço: Primeiro andar da Torre de TV, Eixo Monumental, Brasília Entrada: R$ 15,00 (taxa de manutenção) Contato para reservas: (61) 99167-7812
Restaurante Contê Endereço: Asa Sul Comércio Local Sul 403 BL D Loja 10 - Asa Sul Horas: De terça a domingo, de 11h30 às 15h e de 18h30 as 23h30, domingo de 12h à 16h Telefone: (61) 98319-6540
Fuego, Alma e Vino Endereço: 112 Asa Sul Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 12h às 23h30; e domingo, das 12h às 18h.
Cantón Peruvian & Chinese Food Brasília Shopping – loja 88 Reservas: (61) 3256-8798 Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 11h45 às 15h30 e das 18h30 às 23h Sábados, das 11h45 às 23h30 Domingo, das 11h45 às 22h
Taypá Sabores Del Peru QI 17, Comercial, Bloco G, lojas 208/210 – Fashion Park – Lago Sul Fone: 61 3248.0403 / 3364.0403 Horário de funcionamento: De segunda à sexta para almoço (das 12hs às 15hs) e jantar (de 19hs a 00h). Aos sábados: almoço (das 12hs às 16hs) e jantar (das 19hs à 01h). Domingos: almoço a partir das 12hs. Fechado para jantar.
Doma Rooftop Endereço: SHTN Trecho 1, Lote 9, Cobertura Horário de funcionamento: de terça a domingo, de 12h à meia noite Telefone: (61) 99891-0824
Correio Braziliense segunda, 27 de junho de 2022
CARTÃO-POSTAL DO DF: IGREJINHA DA ASA SUL COMPLETA 64 ANOS NESTA TERÇA-FEIRA, 28 DE JUNHO DE 2022
Cartão-postal: Igrejinha da Asa Sul completa 64 anos nesta terça-feira
Igreja Nossa Senhora de Fátima celebra 64 anos neste 28 de junho. Obra de Oscar Niemeyer, tombada pela Unesco, é cartão-postal da cidade
LR
Lorena Rodrigues*
postado em 27/06/2022 05:57 / atualizado em 27/06/2022 07:22
Igrejinha Nossa Senhora de Fátima foi inaugurada em 28 de junho de 1958 - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Aos apaixonados pela história de Brasília, bem como aqueles que seguem a fé católica, a Igreja Nossa Senhora de Fátima, mais conhecida como "Igrejinha de Fátima'', está completando 64 anos desde sua inauguração. A pequena capela foi o primeiro templo em alvenaria a ser erguido na capital e sua construção e inauguração são consideradas um marco para a cidade.
Sob o mandato de Juscelino Kubitschek, a igreja foi construída em cem dias em cumprimento a uma promessa da primeira-dama, Sara Kubitschek, pela cura de sua filha Márcia. A sugestão da promessa foi dada pelo presidente de Portugal, Craveiro Lopes, que estava no Brasil na época e ao saber da situação relembrou à Primeira Dama a história das aparições de Nossa Senhora de Fátima.
Igrejinha da Asa Sul em construçãoArquivo Público do DF
A ideia inicial era a construção de um grande santuário onde atualmente se encontram as Superquadras 307/308 Sul. Porém, os planos mudaram após a necessidade de uma igreja para a cerimônia de casamento da filha do presidente da Novacap, Israel Pinheiro. Logo, o plano inicial da família Kubitschek foi substituído com urgência pelo projeto de uma capela mais simples: a atual Igreja Nossa Senhora de Fátima. A paróquia foi inaugurada antes mesmo de Brasília, no dia 28 de junho de 1958.
Tombado pela Unesco como patrimônio cultural e histórico nacional em 7 de dezembro de 1987, o templo foi projetado por Oscar Niemeyer e é composto por três pilares que sustentam uma laje em referência aos antigos chapéus usados por freiras. A parte externa da parede é revestida por azulejos de Athos Bulcão que simbolizam a descida do Espírito Santo e a Estrela da Natividade. Já no seu interior, o monumento apresenta pinturas de Francisco Galeno, aluno de Alfredo Volpi, artista italiano responsável pela primeira obra artística da igreja.
Segundo informações da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, a primeira pintura realizada por Volpi no interior da igreja apresentava afrescos com bandeirolas e anjos que remetiam a uma quermesse, principalmente as festas juninas. As pinturas modernistas causaram estranhamento em alguns paroquianos que se queixaram da personalização artística e até falta de religiosidade da obra. Dessa forma, a arte chegou a ser coberta de tinta azul quatro anos após a inauguração, mas foi restaurada por Francisco Galeno entre janeiro e junho de 2009, que manteve a inspiração festiva de Volpi de uma forma mais discreta.
Moradores e turistas
Apesar da simplicidade e do espaço reduzido, a igrejinha é considerada um dos maiores símbolos da fé católica em Brasília. O Frei Venildo Trevizan, 83 anos, sacerdote mais antigo da paróquia, afirma que os candangos já faziam da igreja ainda em construção, um lugar de prece e pedidos de milagres. "Ela representa o marco central da atual capital", ressalta. Nesse sentido, a paróquia conquista o coração de muitos moradores de Brasília, turistas e fiéis que ainda a frequentam desde os seus primeiros anos de funcionamento.
A bibliotecária, arquivista e tradutora, Nilza Teixeira Soares, 96, conta que se mudou do Rio de Janeiro para Brasília em outubro de 1960. Assim que chegou na nova capital, ela passou a frequentar as missas e logo se engajou nas atividades da igreja, onde é ativa até hoje. A arquivista, referência no campo da arquivologia brasileira, trabalhou na área de pesquisa para históricos da paróquia, além de ter escrito a biografia do Frei Bernardo Cansi (entusiasta à Liturgia e à implantação da Catequese renovada em todo Brasil, membro da academia de letras de Brasília e fundador da Missa dominical transmitida pela TV Brasília).
Nilza se alegra ao relembrar de como foi uma das primeiras comunhões realizadas no templo, dia 29 de outubro de 1961. Segundo a bibliotecária, as crianças se arrumavam no Bar-restaurante, hoje conhecido como "Xique-Xique'' e atravessavam a rua para chegar na Igrejinha. "Todos saiam vestidos de branco e chamavam atenção das pessoas, que as apelidaram de anjinhos de Fátima", explica.
A bibliotecária conta que também acompanhou a restauração de Galeno na paróquia. Segundo Nilza, a obra ainda causa estranhamento em alguns fiéis, mas ela acredita que as pinturas remetem o amor de Nossa Senhora de Fátima pelos três pastorinhos e a infantilidade. Além de sua história, Nilza conta que tanto a arquitetura quanto as pinturas da paróquia são o que tornam o templo autêntico e significativo. "Me lembro de uma vez estar na missa com uma criança e ela ficou impressionada com a imagem de Nossa Senhora segurando uma pipa. Eu achei aquilo muito interessante!", ressalta.
Memória e tradição
Com sua história, arquitetura e simplicidade, o templo acabou se tornando um símbolo memorável principalmente para os pioneiros da capital. A aposentada Terezinha de Jesus, 83, declara que esteve presente durante a primeira missa da paróquia e se emociona ao relembrar de momentos que presenciou no dia da inauguração.
Segundo Terezinha, a expectativa com a abertura da igreja era tanta, que muitos candangos se alocaram em caminhões para assistirem o evento, pois não havia espaço o suficiente para a multidão ansiosa. "Muitas pessoas, principalmente senhoras, se emocionaram com a bênção realizada no templo e a mensagem do Papa, traduzida pelo Núncio Apostólico D. Armando Lombardi", recorda.
A professora e diretora aposentada, Zelma Capelli, 88, também é uma frequentadora antiga da paróquia. Ela conta que ao chegar de Belo Horizonte em 1963, tudo ainda era muito inédito. "A cidade e a igrejinha já existiam, mas para mim ainda era o começo. Me lembro que naquela região ainda havia muita terra e não tinha nem calçamento. Eu chegava na igrejinha com os pés sujos de barro", relembra. A católica aposentada sempre foi devota de Nossa Senhora de Fátima e vai com frequência às missas, que segundo ela, seguem uma tradição de anos.
E por falar em tradição, muitos fiéis procuram a igrejinha Nossa Senhora de Fátima para a realização de cerimônias religiosas, como o caso de Joseane Prestes, 44, e Rônio Mota, 43, que se casaram na paróquia no dia 23 de maio deste ano. Segundo eles, por possuir uma pequena estrutura, a ideia do casamento na paróquia acabou sendo inicialmente descartada pelo casal. Porém, por se tratar de um lugar tão simbólico, Joseane e Rônio optaram por realizar uma cerimônia menor na igreja. Para eles, apesar da limitação de espaço e convidados, o casamento foi muito marcante para toda a família. "É um local tão agradável, que você acaba se sentindo abraçado.Toda a cerimônia tocou fundo nossos corações", completa.
A igrejinha Nossa Senhora de Fátima se destaca há 64 anos como um dos mais importantes cartões postais de Brasília e para este aniversário a Paróquia organizou uma programação especial em comemoração a data.
*Estagiária sob a supervisão de Samanta Sallum
Correio Braziliense domingo, 26 de junho de 2022
ALTACI CORRÊA RUBIM: A PRIMEIRA PROFESSORA INDÍGENA NA UnB
Altaci Corrêa Rubim: a primeira professora indígena da UnB
A coluna nossos mestres deste mês conta a história da primeira professora indígena da Universidade de Brasília, selecionada em 2018
Mariana Niederauer
postado em 26/06/2022 06:01 / atualizado em 26/06/2022 06:03
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press)
Altaci Corrêa Rubim, 47 anos, é uma sobrevivente. Primeiro, venceu as estatísticas. Mulher, indígena, nascida no interior do Amazonas, a sua própria existência é uma vitória. Superou o preconceito, a pobreza, a violência e os problemas de saúde. Hoje, Santo Antônio do Içá pode se orgulhar de ter sido berço da primeira professora indígena da Universidade de Brasília (UnB).
Tudo começou num rio, chamado Içá, às margens do Solimões. A comunidade indígena Jacurapá, hoje tomada pelas águas, era o lar dos pais de Altaci. "Viviam em beira de rio, como se fala. Sempre estavam na canoa", conta a professora. Aos 10 anos, o pai dela, Francisco Pinto Rubim, do povo Kokama, perdeu a mãe. O avô de Altaci também já havia morrido. Foi quando um barco Salesiano que passava pela região levou o menino e os padres o obrigaram a trabalhar carregando roupa suja e água num internato em Manaus, de onde ele fugiu aos 18 anos.
"Ele aprendeu a ler e a escrever escondido", lembra Altaci. No período em que viveu no internato, passou até fome. Ao encontrar Glorinha Corrêa da Silva, do povo Kaixana, os dois começam a vida juntos e Francisco começa a ir em busca de escola para os primogênitos. "Até que chega a uma comunidade chamada Porto Américo e descobre que tem uma escolinha em Santo Antônio do Içá, muda-se pra uma ponta do rio onde hoje é o Bairro da Independência, e lá nascem o resto dos filhos." Dos 15, 12 estão vivos.
"Lá, fizemos nossa roça, vivíamos como dentro do Jacurapá. Os pais colocavam seus filhos na escola, mas a gente era muito discriminado. Pela língua, pela roupa. Naquela época, o governo não dava fardamento, e a gente não tinha condições de comprar", detalha a docente. "Muitos desistiram, e a gente só não desistiu porque meu pai não deixava. Ele nunca deixou a gente desistir da escola."
Havia apenas uma biblioteca em Santo Antônio. Era lá que Altaci, os irmãos e outras crianças se escondiam, carregando bacias cheias de frutas que vendiam na cidade. "A gente aproveitava, ficava lá com os livros até o horário que tínhamos de sair correndo para voltar a vender as coisas."
Foi quando o povo da professora recebeu a notícia de que a terra onde morava era do prefeito. "Ele disse que ia trazer gado e ia dar muito emprego para quem morasse lá. Para começar, ele contratou todo mundo, inclusive as crianças, para plantar capim. E todas as nossas roças viraram campo de boi", conta. "Quando terminamos de plantar, ele chamou todo mundo, até as crianças, para carregar areia e asfaltar a cidade", completa.
Depois, o prefeito fez o mesmo, dessa vez dando a todos a tarefa de varrer as ruas que haviam ajudado a pavimentar. Altaci sempre acompanhava a mãe nos serviços, para garantir uma renda extra. "Hoje eu sei que era gari, né? Na época eu nem sabia."
Lutando dia a dia pelo próprio território e pela sobrevivência, ela conseguiu terminar a educação básica e o magistério. Se mudou para perto da avó, do povo Ticuna, e foi trabalhar como professora pela primeira vez, na vila Betânia. Passou dois anos na função, até que o prefeito disse que não pagaria mais os docentes. Decidiu, então, se mudar do interior: era o momento de tentar a vida na capital. Convenceu os pais a deixá-la ir, e ainda levou junto uma irmã e quatro parentes Ticuna.
Altaci Corrêa Rubim, primeira professora indígena da UnB. Retrato de seus paisArquivo pessoal
Recomeço na capital amazonense
A chegada a Manaus representou um choque. O primeiro deles foi o barulho. Em seguida, a moradia. Com o dinheiro que levaram, o que deu para alugar foi um quarto em cima de um bueiro. Os parentes Ticuna logo foram embora. "Eu e minha irmã fomos trabalhar de empregadas domésticas. Na casa que minha irmã ficou deram a oportunidade e a matricularam na escola. Na casa onde eu fiquei, não deixavam nem que eu pegasse num livro."
Uma amiga a ajudou a escrever um currículo, emprestou boas roupas e Altaci seguiu para a entrevista de emprego. Não deu outra: foi contratada para dar aula de matemática numa escola e, com a nova renda, alugou um quarto para ela e a irmã.
"Gostavam muito do meu trabalho e me passaram, depois disso, para um contrato de convênio com a Secretaria Municipal de Educação. Meu salário aumentou e eu conseguia mandar dinheiro para a minha mãe e pagar um cursinho pré-vestibular", orgulha-se. Tentou por cinco anos a vaga. Chorava a cada reprovação. Na quinta vez, em 2001, foi aprovada para o curso normal superior (hoje pedagogia) da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).
Daí em diante, a carreira no magistério decola, já como prelúdio da brilhante trajetória acadêmica. Antes, porém, viveu a perda precoce do pai, vítima de tétano. Francisco estava consertando uma canoa quando se feriu com um prego. "Foi ao posto (de saúde). Quando chegou lá, não tinha vacina, e quando tinha vacina, não tinha quem aplicasse", lamenta. Ele recebeu a notícia de que a filha havia sido aprovada na graduação e, uma semana depois, não resistiu às complicações da doença.
Altaci com o grupo de contação de histórias Lua Verde; ao lado da mãe, Glorinha; na oficina de cartografia social, na Amazônia (E); e na defesa da tese de doutorado (abaixo)Arquivo Pessoal
Defesa dos povos originários
Tataiya Kokama - seu nome indígena - conta a própria história como quem a lê de um livro, ou sentada em roda compartilhando anedotas. Lembra-se com detalhes de situações, de locais e de datas.
Aprovada no concurso da Secretaria Estadual de Educação de Manaus, fez duas especializações. Era hora, então, de começar o mestrado em antropologia. Sob a orientação de Alfredo Wagner Berno de Almeida, expandiu os horizontes.
"Cresci como pessoa, como pesquisadora indígena, e me tornei militante, porque viajei muito, conheci a realidade de outros povos que passaram situações como as que nós passamos. Acabei me tornando oficineira de mapeamento situacional de povos e comunidades tradicionais da Amazônia, levando formação em direitos indígenas, saúde, educação, elaboração de material didático", elenca.
Uma parceria entre as universidades estadual e federal do Amazonas permitiu que esse trabalho fosse desenvolvido no Alto Solimões e em uma parte do Alto Rio Negro, na Amazônia brasileira e peruana, próximo ao Vale do Javari, onde o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Philips foram assassinados.
Altaci conta que já viu a própria vida ameaçada em situações de conflito semelhantes às que levaram às mortes dos dois. "Eu vivi isso como espectadora, no período em que eu era criança, e depois como pesquisadora", relata. Mostrar aos indígenas que eles têm direito a remédios, a melhor atendimento de saúde, e muni-los do conhecimento necessário para a demarcação de seus territórios colocou mais de uma vez a professora em risco.
"Por duas duas vezes tentaram nos matar quando estávamos na oficina. Uma vez foi em Santo Antônio, quando falamos de GPS para os indígenas demarcarem seus territórios", conta. "Fizeram uma emboscada quando estávamos dando essa formação, eu e meu amigo", relata a professora. "Não morremos porque um indígena nos desviou do caminho."
"Num outro momento, tínhamos ido ministrar uma oficina em São Paulo de Olivença e chegou um grupo de ribeirinhos muito agressivo com a gente, para falar que a terra era deles", relata. Colocados no centro de uma roda, ela e o amigo conseguiram convencer os habitantes de que existia um processo para que nenhum direito fosse usurpado, "nem de ribeirinho, nem de indígena". "Esse processo no Amazonas é sempre conflituoso, porque são muitas vozes para inibir os direitos de quem mais precisa."
Professora Altaci Corrêa Rubim na defesa de tese de doutorado, 2016.Fotos: Arquivo Pessoal
A chegada ao Planalto Central
Terminado o mestrado, Altaci logo passa na seleção para o doutorado na UnB, em 2012. Nessa época, fazia cinco anos que a mãe estava morando com ela e, um pouco antes de a professora chegar a Brasília, Glorinha morre por complicações de um câncer no fígado. Como se não bastasse o sofrimento pela perda da matriarca, ela descobre um grave problema de saúde, e da maneira mais inesperada. "Cheguei dia 1º de abril aqui. Dia 8, começaram as aulas, e no dia 1º de maio entrei em coma."
De volta a Manaus, Altaci não para. Funda, ao lado do professor Ely Macuxi, morto em decorrência de complicações da covid-19 em 2021, a Gerência de Educação Escolar Indígena. Juntos, criaram as políticas de educação escolar indígena da capital amazonense.
Tsar+wapan: quando a felicidade transborda
O primeiro lugar para o cargo de professora adjunta do curso letras/português do Brasil como segunda língua na UnB, em 2018, selou o esforço de uma vida dedicada à busca de direitos para os povos tradicionais. "Depois disso, minha vida mudou completamente", avalia.
"Nossa, eu fiquei sem saber o que pensar. Ter conseguido chegar a estudar já era um sonho, e alcançar algo além do sonho, que é vir para Brasília como professora adjunta… Lembrei de toda a minha trajetória, do meu pai, da minha mãe, do meu povo, foi uma emoção que não tenho palavras", destaca. A palavra Tsar wapan, em Kokama, define o que ela sentiu. A posposição pan significa a plenitude, cheio, que transborda. "Atrelado à palavra tsar wa, que é alegre, significa a plenitude da alegria", explica. "É uma felicidade que você não consegue explicar. Foi com essa alegria que eu fiquei."
Quando está de férias da UnB, Altaci ainda dá formações em Tefé e em Benjamin Constant, ambos municípios do Amazonas. Durante a pandemia, viu a vida ameaçada mais uma vez pela precariedade dos equipamentos públicos no interior do estado. Depois de vacinada com três doses, contraiu covid-19 no Alto Solimões e ainda assim parou na UTI. "Só não morri porque cheguei a tempo em Manaus, antes da intubação", relata.
"Houve uma baixa muito grande de anciãos no meu povo. Setenta só na primeira onda. Na terceira, meu irmão faleceu", conta. A dor e o sofrimento se transformam em aprendizado na sala de aula. A formação de línguas indígenas continuou por meio do WhatsApp e das mídias sociais. "Com a nossa presença aqui na Universidade de Brasília, os alunos podem vivenciar situações e saberes que eles só veem em filme, no jornal."
Correio Braziliense sábado, 25 de junho de 2022
FESTAS JUNINAS: VIDAS NO COMPASSO DO FORRÓ
Vidas no compasso do forró: histórias de quem mantém a tradição no DF
Atores principais de uma das épocas mais felizes do ano, os quadrilheiros juninos vivem para dançar e expressar as alegrias em suas apresentações no São João da capital federal
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Eduardo Fernandes*
postado em 25/06/2022 06:00
(crédito: Carlos Vieira/CB)
A arte de dançar, vestir roupas a caráter e permitir com que a liberdade através dos ritmos musicais e a felicidade do público os contagie. Os quadrilheiros juninos são peças fundamentais para que os arraiais aconteçam. Mas, não somente isso, eles fazem parte de algo muito maior. Um motivo de vida, que é uma realização. Encarado por muitos com seriedade, porém, sem deixar de enxergar o prazer nas expressões artísticas, que ecoam para muitos como uma maneira de trazer à memória dos brasilienses a importância das festas juninas.
Os tradicionais dançantes comemoram a data destinada a eles nesta segunda-feira: Dia Nacional do Quadrilheiro Junino, comemorado desde 2009. Para a grande maioria, se apresentar e competir é uma chance de se redescobrir, encontrar seu próprio lugar. Mesmo com a rotina desgastante de ensaios e organização, é pelo compasso do forró que eles sustentam uma grande paixão.
Tradição familiar
Uma história de veia nordestina e um amor especial. Desde criança, Tamires Oliveira de Quadros, 32 anos, leva as festas juninas no ritmo dos pés e no compasso do coração. Uma paixão passada pelos pais e impulsionada pelos irmãos que, juntos, fundaram a quadrilha junina Xem Nhem Nhem. "Estou no movimento há 15 anos. Tudo isso acompanhando a minha família. Infelizmente faz 14 anos que meu pai morreu. Ele também fazia parte da produção", conta a moradora de Santa Maria, que também é dançarina, maquiadora e organizadora.
Ao lado dos familiares, a secretária administrativa, que veio do Maranhão, relata que quando mais novos os pais adoravam esta época do ano, marcada pelo forró e a gastronomia de dar água na boca. O sentimento pela dança é tão grande que Tamires se apresentou até mesmo quando estava grávida, dois dias antes do nascimento do primeiro filho, em 2011. Ainda que a rotina seja cansativa e o trabalho de pré-projeto se inicie oito meses antes dos tradicionais arraiais, ela não pensa em deixar de lado a arte que tanto lhe inspira e continua a motivá-lo todos os dias.
Conhecido no cenário junino do DF e um dos melhores coreógrafos do Brasil, Michael Douglas Pereira da Silva, 31, é líder da quadrilha junina Coisa da Roça, fundada em 1993 e já foi eleito o segundo melhor marcador de quadrilhas do Brasil — aquele que fica à frente da equipe animando os brincantes. Um sentimento que surgiu na escola e transcendeu para o bairro em que morava e o levou ao lugar em que se encontra hoje. Um completo apaixonado pela dança. A rotina, que é cansativa, não o abala. Sem tempo para outras atividades, vive os arraiais antes da época e, quando chega o São João, as apresentações são praticamente diárias.
No começo, os pais de Michael não gostavam muito das quadrilhas. Mas, de tanto levá-lo com os irmãos para as danças, eles acabaram se inserindo no meio também. A mãe, inclusive, é a presidente da equipe desde 2002. Na época, o morador do Paranoá ainda não podia se apresentar ao lado dos mais velhos, mas dava os primeiros passos com o grupo mirim. "Em 2004 comecei a dançar com os profissionais, depois de três etapas da liga de dançarinos o então marcador saiu no meio do concurso regional. Sem dançarinos para marcar a quadrilha, acabei assumindo", descreve.
Mesmo com medo, Michael prosseguiu no sonho e desde 2005 nenhuma pessoa conseguiu tirá-lo do posto de marcador da equipe junina. Mas, sempre transitando em posições, o autônomo também foi coreógrafo. Hoje, ele é o principal líder de uma das quadrilhas juninas mais conhecidas do Distrito Federal. Ao falar sobre a felicidade em se apresentar, o morador do Paranoá, com o olhar brilhante, não esconde que deseja continuar levando a alegria da arte para o público que o prestigia pelo resto dos seus dias.
Dançantes
Amante de expressões artísticas e dançarino de vários ritmos, Eduardo Barros, 21, um dos dançarinos da quadrilha junina Coisa da Roça, está no grupo desde 2018. No palco, ao lado da equipe, é o lugar em que ele mais se sente feliz. Mesmo com os dias apertados, o auxiliar administrativo transita entre o trabalho, outras atividades, os ensaios e apresentações. Ainda que as dificuldades persistam, o morador de São Sebastião não se enxerga fazendo mais nada da vida. "A sensação de dançar é animadora. É uma energia muito massa", explica Eduardo.
Quando tinha apenas 14 anos, Hitalo Silva, 20, se redescobriu em um lugar que ele mesmo diz que jamais imaginaria. Dentro de coreografias, passos e o ritmo contagiante do forró. O morador de São Sebastião é dançante da quadrilha junina Coisas da Roça desde 2019. Mesmo sem vínculo familiar, o acaso do destino o levou para as apresentações e o São João brasiliense. "Eu tinha alguns problemas em casa e jamais pensava em dançar. Quando encontrei a quadrilha, foi algo realizador", ressalta.
De dançarino a presidente
O sangue junino ajudou Márcio Nunes, 37, a viver a arte proporcionada pelos arraiais. Os irmãos fundaram o primeiro grupo em que o morador de Ceilândia participou. Com 7 anos, quando via as danças, mas não podia entrar ativamente, gravava no olhar a vida que, para ele, é a que valeria a pena. Depois de atingir a idade necessária, aos 16, deu os primeiros passos rumo às apresentações e o forró aconchegante. Logo depois, começou a se destacar e encarar com cada vez mais seriedade o movimento artístico. Se tornou diretor e, em seguida, presidente de uma quadrilha junina.
Não satisfeito, Márcio queria mais. Começou sua trajetória no movimento junino e se tornou o primeiro presidente mais jovem da liga de quadrilhas juninas da capital federal. "Essa é a paixão que sempre uniu minha família", destaca ele. Hoje, é responsável pela Liga de Quadrilhas Juninas do DF e do Entorno (Linqdfe) e ajuda a organizar o circuito que traz as melhores equipes de Brasília para uma competição distribuída em oito regiões administrativas.
Com a volta das festas, ele se diz assustado com o público pois a presença das pessoas superou todas as expectativas. No dia dos arraiais, as filas para prestigiar as apresentações são comuns. Mesmo com o esforço necessário e todo o trabalho que envolve a pré-produção na organização do evento, Márcio se diz muito feliz. "Temos em torno de oito meses para fazer e escrever o projeto. Corremos atrás de recurso, emenda parlamentar. Conversamos com autoridades das cidades e o secretário de Cultura", ressalta. Tudo isso, segundo ele, para preparar o melhor modelo, que tem como objetivo levar alegria ao quadradinho.
*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado
Tamires Oliveira de Quadros, 32 anos, é dançarina e líder do grupo junino Xem Nhem NhemFoto: Arquivo pessoal
24/06/2022. Crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Cidades - Quadrilheiros Márcio Nunes, presidente da Liga de Quadrilhas Juninas do DFFoto: Fotos: Carlos Vieira/CB
Correio Braziliense sexta, 24 de junho de 2022
ARRAIAL: FSTAS JUNINAS EMBALAM NOITES FRIAS DA CIDADE COM FORRÓ E ANIMAÇÃO
Festas juninas embalam noites frias da cidade com forró e animação
Após dois anos de isolamento devido à crise sanitária, brasilienses buscam na festa junina espaço para curtir música, pratos típicos e socialização em locais seguros e com diversão
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Edis Henrique Peres
AM
Ana Maria Pol
postado em 24/06/2022 06:00 / atualizado em 24/06/2022 09:24
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
As bandeirolas coloridas, o ritmo do forró e as comidas típicas são características do inverno brasiliense, que coincide com os festejos juninos e julinos. As programações divertem a capital e possuem público cativo, que aguarda ansiosamente o momento de calçar a bota e tentar um arrasta-pé.
Uma das comemorações mais esperadas do período é justamente a festa do Centro de Gastronomia e Artesanato do Lago Norte, o Quituart, que ocorre hoje. A diretora administrativa do centro, Maria de Fátima Araújo, conta que, em três décadas de evento, a animação da cooperativa só aumenta. "É sempre maravilhoso. Trazemos as comidas típicas e cada uma das lojas faz questão de participar. A banda Forró & Tal se apresenta e é aquela animação", orgulha-se.
Maria afirma que o brasileiro é um apaixonado pelo gênero musical. "Nós amamos forró, quando chegamos em um lugar e toca Luiz Gonzaga, é aquela alegria. É algo muito típico nosso", defende. Para edição deste ano, a expectativa dos organizadores é receber em torno de 80 a 100 pessoas, público parecido ao que frequentou a edição de 2019. "Temos também muito espaço para dançar, perto do palco separamos um local, com as mesas afastadas. Mas quem não gosta pode ficar sentado aproveitando as iguarias", frisa.
O sanfoneiro Aderson Gomes de Almeida, 73 anos, é um dos integrantes da Forró & Tal que comanda a festa. "Comecei a tocar o instrumento quando tinha uns 15 anos. Considero que esse espaço de junção (de festa junina com forró) é importante pelo prazer de todos estarem felizes, porque é uma alegria muito grande", constata.
Opções em toda parte
Avançando ao sul do Plano Piloto, a 5ª edição do São João do Guará está garantida. A programação, que começou ontem, segue até domingo. O evento é organizado pelos empresários Mayara Franco, Tamara Mansur e Joel Alves. Mayara explica que o grupo está aberto a parcerias e patrocínios para ajudar na realização da festa. "Idosos acima de 60 anos, crianças até 12 anos e pessoas com deficiência não pagam, é uma celebração cultural", explica.
O São João conta com apresentações de quadrilha, shows e forró piseiro. "As quadrilhas animam muito e, em alguns momentos, fazem interação com o público, puxam o pessoal para dançar. O público também participa", diz. A expectativa para quatro dias de programação é receber 40 mil pessoas, entre pagantes e não pagantes.
O Trio Siridó, que completa 50 anos de formação, dá o tom musical da festa. José Torres da Silva, 78, é um dos integrantes do grupo e declara verdadeira felicidade em poder, com a música, levar alegria aos brasilienses por tantos anos. "É muito bom para nós, que nos apresentamos, tocar esse repertório de pé de serra para o público e ver a reação", afirma. José detalha que o trio apresenta músicas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos e outros grandes nomes do forró.
Após as severas restrições impostas pela covid-19, o Complexo Gastronômico de Brasília estreia na quadra junina em seus três pólos. A expectativa é receber 700 pessoas com a programação. A proprietária e organizadora do evento, Lídia Nasser, destaca que a decoração será diferenciada, com música ao vivo e comida típica. "Decidimos fazer a festa junina porque sabemos que o brasiliense gosta muito e justamente por ficar dois anos sem poder aproveitar, quisemos trazer esse diferencial", explica Lídia, afirmando que o espaço tem tradição em promover eventos típicos que são bem aceitos pelo público, como a noite árabe, que ocorre mês.
A proprietária do Complexo Gastronômico acrescenta que o pagamento self-service dos eventos tem feito sucesso. "É um formato que tem funcionado de forma bem legal e acho que vai ser muito bom, o nosso público adora. A dança, nesse momento de festa, é extremamente importante. Começa a escutar o toque da música e não consegue ficar parado. A gente montou um lounge, com bastante espaço pro pessoal pra dançar, curtir e aproveitar junto", acredita.
Para quem curte uma arraial diferente
E para quem gosta de conhecer outras tradições, a Igreja Ortodoxa São Jorge, no Lago Sul, abre espaço para o Arraiá Árabe. O organizador do evento, Thomas Jibrin, conta que, antes da pandemia, a festividade era comum. "Apesar da igreja ser católica ortodoxa, a maioria das pessoas são da colônia árabe, que é muito unida. Nos reunimos todo domingo e a festa é uma forma de fazer algo para arrecadar dinheiro para a igreja. Além das comidas típicas brasileiras, vendemos comidas árabes durante o evento", afirma Jibrin convidando para a festa.
Embora o evento mantenha a mesma organização do modelo da festa junina tradicional, não é só o cardápio que é incrementado. "Em 2019 fizemos uma apresentação de dança árabe. Em geral, os árabes são muito festeiros, então é capaz do pessoal fazer a dança típica, mesmo sem termos nos planejado para isso este ano", anuncia.
Thomas explica que a dança se chama dabke. "Fazemos um círculo, todos de mãos dadas, um vai pegando na mão do outro e vão batendo o pé. Todos vão girando, balançando, pulando, é bem tradicional, mas os brasileiros entram sem pensar duas vezes. É um dos momentos mais legais da festa. É uma dança que une todo mundo, independente da crença", afirma. A expectativa é receber 1.500 pessoas nos dois dias de programação.
Correio Braziliense quinta, 23 de junho de 2022
GASTRONOMIA: PAELLA, CALDOS E QUEIJOS NO MENU DO 1º FESTIVAL JAZZ DO LAGO OESTE
Paella, caldos e queijos no menu do 1º Festival Jazz do Lago Oeste
A região do Lago Oeste receberá nos dias 24 e 25, a partir das 19h, a primeira edição de um festival de jazz, na chácara Cantinho do Céu (Rodovia DF 001, chácara 45), que faz parte da rota turística do local. Além da música, o evento terá um espaço gourmet para o público desfrutar da boa gastronomia da área.
O restaurante Brasis Ateliê Gastronômico servirá paella. Quem quiser fugir do frio, pode optar pelos caldos de carne e vegano, da Cozinha da Eva, ou o caldo de cogumelos, da Cogu Brasiliense, que também terá petiscos em seu menu. A Queijaria Rancharia e o Sitio Vila das Cabras estarão com queijos. Já o Espaço Neve servirá crepes e a Confeitaria da Nany, doces.
Entre as opções de bebidas, o evento terá chope e vinhos, quentão, além das de cervejas artesanais das cervejarias Capivara e E.T. Os ingressos custam R$ 50 (um dia) e R$ 90 (passaporte). À venda no site Sympla. Informações: (61) 99254-1551.
Correio Braziliense quarta, 22 de junho de 2022
DOMINGUINHOS: SANFONEIRO É HOMENAGEADO NA NONA EDIÇÃO DO PROJETO ESTAÇÃO DO CHORO
Dominguinhos é homenageado da nona edição do projeto Estação do Choro
O show, intitulado Dominguinhos Lado B, é um tributo tributo ao criador de clássicos da MPB
IR
Irlam Rocha Lima
postado em 22/06/2022 06:00
(crédito: Renata Samarco/Divulgação)
Dominguinhos, um dos maiores instrumentistas da história da música popular brasileira e brilhante compositor, é o homenageado da nona edição do projeto Estação do Choro, que ocorre nesta sexta-feira (25/6), às 20h, no Teatro Ary Barroso do Sesc, na 904 Sul. O tributo ao criador de clássicos como Só quero um xodó e De volta pro aconchego tem como convidado Rodrigo Zolet.
O show, intitulado Dominguinhos Lado B, é resultado das pesquisas de mestrado do acordeonista brasiliense. "O período de isolamento determinado pela pandemia foi dedicado à minha formação no mestrado, com projeto em que homenageio Dominguinhos, de quem sou admirador da obra. Fiz também um curso de arranjos da Escola de Música de Brasília", conta Zolet.
Nesta apresentação, em que o acordeonista é o solista, ele tem a companhia de Vinicius Vianna (violão 6 cordas), Matheus Donato (cavaquinho) e Pardal do Pandeiro. O repertório traz temas instrumentais de Dominguinhos como Forró em Salgueiro, Homenagem a Jackson do Pandeiro,No tempo do meu pai, Quebra quenga e Velhos tempos.
Criado em 2019, o Estação do Choro, depois de algumas edições, interrompeu a série de shows mensais por conta da covid 19. Antes havia feito algumas apresentações — quase todas no Teatro Ary Barroso — e participado de festivais, sempre sob a coordenação da produtora Marina Oliveira — idealizadora do projeto, ao lado de Gabriel Carneiro, o Pardal do Pandeiro.
Estação do Choro
Show Dominguinhos Lado B, tendo como solista convidado o acordeonista Rodrigo Zolet, sexta-feira, às 20h, no Teatro Ary Barroso do Sesc, na 504 Sul. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia entrada).
Correio Braziliense terça, 21 de junho de 2022
FEIRA DO LIVRO DE BRASÍLIA: O MUNDO DO SABER AO ALCANDE DE TODOS
Depois de uma pausa de dois anos por causa da pandemia, a tradicional Feira do Livro de Brasília está de volta em um dos cartões postais da cidade e com atrações para o público de todas as idades
Mais de 100 estandes formam a Cidade da Leitura, na 36ª Feira do Livro de Brasília - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Contação de histórias, encontros com escritores, oficinas artísticas e educativas… Parece familiar? A Feira do Livro de Brasília (FeLiB) está de volta e traz consigo o entusiasmo e a curiosidade que o mundo da leitura desperta em crianças, jovens e adultos. Há espaço para todos. O evento, iniciado na última sexta-feira (17/6), ocorre em um dos cartões-postais da cidade, no Complexo Cultural da República, em uma área aberta. A 36ª edição celebra os 40 anos da mostra e tem como tema O Quadradinho, O Quadradinho e a Leitura… Sempre em Frente. A criação da Praça Família Leitora e dos espaços Sesc Vitrine Literária, Quadradinho Autoral, Beco dos Quadradinhos e Espaço Casa do Cordel são algumas das novidades da mostra.
Nesta 36ª edição, o homenageado é o brasiliense Roger Mello, ilustrador e autor de livros infantis, reconhecido por suas obras em tons fortes e quentes, que mesclam dramaticidade e diversão, espírito notadamente brasileiro. Somente da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, recebeu os prêmios Malba Tahan, Luís Jardim, Ofélia Fontes, Melhor Ilustração e 15 prêmios Altamente Recomendável. Conquistou, ainda, o Prêmio Jabuti de Ilustração e de Melhor Livro Juvenil; o Prêmio Especial Adolfo Aizen; o Prêmio Monteiro Lobato; entre muitos outros.
Antônio Miranda, 82 anos, patrono da Feira do Livro, dramaturgo, escritor e ex-diretor da da Biblioteca Nacional.Maria Helena de Carvalho
Mais de 100 estandes formam a Cidade da Leitura, na 36ª Feira do Livro de BrasíliaMarcelo Ferreira/CB/D.A Press
Quem também tem espaço nas homenagens é o artista visual Antônio Miranda, dramaturgo e ex-diretor da Biblioteca Nacional. Membro da Associação Nacional de Escritores, foi colaborador de revistas e suplementos literários, além de professor e ex-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília (UnB). "É uma emoção de estar aqui, 20 anos depois de chegar a Brasília. Fui o primeiro diretor da Biblioteca Nacional. Este lugar tem um significado especial", ressaltou Miranda, 82 anos, patrono da mostra.
A programação da FeLiB foi elaborada pelas professoras Aldanei Menegaz e Sônia Soares e tem como objetivo incentivar e valorizar a leitura, especialmente em idade escolar. Este público, inclusive, deve contabilizar cerca de oito mil estudantes durante todo o evento. Isso porque há também a apresentação de trabalhos desenvolvidos no último ano por dezenas de profissionais em 14 regionais de ensino do Distrito Federal, entre eles professores, contadores de histórias, artistas, escritores e colaboradores do governo e da iniciativa privada.
São mais de 100 estandes, dezenas de expositores — de grandes e médias editoras; das distribuidoras a academias de letras; de autores consagrados aos em início de carreira. Todos juntos e misturados nos corredores da Feria do Livro instalada na Cidade da Leitura.
O Correio está presente no evento com um espaço instagramável e o relançamento de livros de autores locais. A Feira do Livro de Brasília nasceu em 1982 com o propósito de contribuir para a criação de uma comunidade leitora e apaixonada pela literatura no Distrito Federal. Em 2002, foi incluída no Calendário Oficial de Eventos do DF. Nas 35 edições realizadas anteriormente, a FeLiB recebeu renomados escritores, como Jorge Amado, Ana Maria Machado, Ruth Rocha, Thiago de Mello, Ariano Suassuna e Moacyr Scliar.
A FeLiB é uma iniciativa do Instituto de Produção Socioeducativo e Cultural Brasileiro (IPCB), com fomento da Secretaria de Turismo e apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). A entrada é franca e o evento ocorre até o dia 26 de junho. Neste caderno especial, trazemos parte da programação para você não perder nada da mostra.
Correio Braziliense segunda, 20 de junho de 2022
FIM DO OUTONO: NO ÚLTIMO DIA, 20.06, DISTRITO FEDERAL TERÁ UNIDADE DE 30%
No último dia do outono, Distrito Federal terá umidade de 30%
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a queda da umidade relativa do ar vai dar uma aliviada, mas o valor ainda deve deixar os brasilienses em condição de alerta
AM
Ana Maria Pol
postado em 20/06/2022 08:49
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
É chegada a hora de se despedir do outono na capital federal: nesta terça-feira (21/6), começa, oficialmente, o inverno. Mas a climatologia do Distrito Federal não deve mudar ao longo da semana, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): sem previsão de chuvas, o céu permanece com poucas nuvens. Nesta segunda-feira (20/6) a previsão não é diferente. Segundo o órgão, a umidade relativa do ar deve dar uma aliviada e a mínima deve ficar em 30%.
O meteorologista Heráclio Alves diz que o alívio na umidade relativa do ar se justifica pelo clima mais ventoso. “Está ventando mais e isso favorece o alívio do tempo seco. É algo característico da época”, justifica. Apesar da redução, o especialista diz que a mínima já é motivo de preocupação para os brasilienses. “Não é um alívio tão intenso, já estamos na condição de alerta”, diz. A máxima registrada nas primeiras horas do dia foi de 95%.
A temperatura mínima registrada nos termômetros da capital foi de 12ºC no Paranoá, e a máxima pode chegar a 28ºC. Diante do tempo firme com sol e calor, a orientação da Defesa Civil é beber, pelo menos, seis copos d'água por dia, pingar duas gotas de soro fisiológico em cada narina, ter toalhas molhadas e bacias de água nos quartos, usar roupas leves e, se possível, de algodão. Também faz parte das recomendações não fazer exercícios físicos entre 10h e 17h e evitar queima de lixo e entulho. Confira a orientação para cada nível de medição abaixo.
Correio Braziliense domingo, 19 de junho de 2022
ACOLHIMENTO: A IMPORTÂNCIA DO RESPEITO E ACOLHIMENTO FAMILIAR NO MÊS DO ORGULHO LGBTQIA+
Mês do Orgulho LGBTQIA+: a importância do respeito e acolhimento familiar
No Mês do Orgulho LGBTQIA+, contamos a história de pessoas que assumiram sua sexualidade, diferente do "padrão" esperado, e contaram com o amor e o respeito irrestrito dos pais no combate à homofobia
PL
Por Letícia Mouhamad* e Carolina Marcusse*
postado em 19/06/2022 08:00
SAIBA MAIS
(crédito: WOJTEK RADWANSKI/AFP)
Reconhecer a própria sexualidade ou gênero ainda é um desafio em uma sociedade hostil ao que costuma fugir do padrão. E as tentativas de podar, não só demonstrações de amor como a existência de integrantes da comunidade LGBTQIA+, estão comprovadas em dados: ao menos cinco pessoas foram vítimas de homicídio no país a cada semana em 2021, segundo o Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+. Muitas vezes, tal violência manifesta-se dentro de casa, ambiente de onde se espera maior proteção; daí a importância das redes de apoio que surgem ora dos grupos de amigos, ora de projetos e instituições.
Mas, afinal, como romper a reprodução de preconceitos que atravessam gerações e educar crianças confiantes e conscientes de seu papel social? As mudanças são urgentes, visto que até pouco tempo — apenas 32 anos — a homossexualidade ainda era classificada como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante junho, celebra-se o Mês do Orgulho LGBTQIA+, em alusão à Revolta de Stonewall, resposta do grupo à intolerância praticada por policiais, ocorrida em 28 de junho de 1969, nos Estados Unidos. Pensando nisso, a Revista conversou com especialistas e famílias que, além de acolherem os filhos, engajam-se na luta contra a homofobia e são exemplos de empatia e respeito.
"Ser você mesmo nunca deve ser motivo para pedir desculpas"
Crescer em uma família aberta a outras culturas e marcada por constantes mudanças de endereço — com pai americano e mãe brasileira — fez com que o estudante Azra Blum, 18 anos, despertasse desde cedo curiosidade sobre tudo, todos e si mesmo, sentindo-se confortável para, aos 12 anos, expressar sua identidade e sexualidade para os pais. Hoje, reconhece-se como homem transsexual e bissexual, constatação que, ainda nos primeiros sinais, não lhe causou espanto.
Recorda-se, por exemplo, de, na infância, ser menos "afeminado" que outras meninas e ter interesse por brincadeiras comumente associadas ao masculino. "Claro que essas características não podem determinar o gênero de alguém, mas, para mim, foi um tipo de 'sinal'", revela. Inicialmente, reconheceu-se como bi, depois como não binário e, em seguida, como homem trans. Não houve sentimento de vergonha ou culpa. "Eu sou isso mesmo, nada de mais."
Parte dessa segurança se deu pela reação positiva da família, em especial do pai, que a todo momento o acolheu. Com a mãe, o processo foi intrincado e permeado por resistência que, gradativamente, deu lugar a colo e compreensão, tornando-a uma das suas maiores apoiadoras e motivo de orgulho, em vista dessa transformação, para o filho.
Azra considera-se privilegiado por não ter sofrido tão intensamente situações de intolerância na escola — ambiente muitas vezes desafiador para crianças e adolescentes LGBTQIA +. Em alguns momentos, presenciou o que chama de ignorância por parte dos colegas, que teciam comentários, o sexualizando e objetificando. Perceber que esse grupo já não o aceitava motivou o jovem a encontrar outros amigos que realmente lhe apoiaram e com os quais se identificava.
Já na faculdade, o estudante cita uma ocasião em que se sentiu desconfortável com a forma como foi tratado pela professora, que não sabia como se referir a ele e o questionou sobre os pronomes com os quais se apresentava. "De certa forma, eu me senti 'tirado do armário' sem meu consentimento, já que fui o único da turma indagado sobre isso. De toda maneira, quase sempre as intenções são das melhores, mesmo que revelem pouco contato com pessoas transsexuais", explica.
Compreender que está passando por um processo de reconhecimento, muito particular para cada um, é o primeiro passo, conforme aconselha Azra. Ainda que a família e os amigos possam ser uma rede de apoio segura, somente quem vivencia esse contexto sabe o que o fará feliz. "Se os outros não te aceitarem ou te acharem estranho, é erro deles, não seu. Ser você mesmo nunca vai ser motivo para pedir desculpas. Tome coragem, jogue fora o 'desculpa' e apegue-se ao 'dane-se'".
Amor que fortalece
Informar-se sobre o processo de transição de gênero foi uma iniciativa importante para os pais de Azra, a consultora educacional Adiane Martins e o professor universitário Avram Blum. Além disso, investir tempo e energia em terapia, tanto individual quanto em família, foi uma atitude que ajudou a amadurecer as mudanças e juntar forças para compreender o filho.
Para Avram, os indícios sobre a identidade e a sexualidade do jovem foram percebidos desde cedo. "As crianças reconhecem que na sociedade existem certas expectativas para meninos e para meninas. Têm aquelas que 'aceitam' tais normas sociais, como meninas que gostam muito de usar rosa e vestir vestidos, enquanto outras não expressam tão fortemente esses traços associados à feminilidade, como foi o caso de Azra", descreve.
Quando se mudaram para Brasília, o filho, então com 10 anos, fez uma forte amizade com uma menina, com a qual queria estar sempre junto. Ali, o pai percebeu que se tratava de um sentimento maior e, aos 12 anos, os adolescentes se assumiram para as mães. Ao saber, o professor, de prontidão, demonstrou apoio e compreensão: o importante era que o filho estivesse feliz. "Tudo bem. É muito bom ter alguém que gostamos em nossa vida", recorda-se de declarar.
O próximo grande passo ocorreu ao se mudarem para os Estados Unidos. Quando os pais tiveram que assinar um documento com o filho, surgiu a questão do nome: Azra não se identificava mais como Ana Sofia e o pedido para ser chamado de outra forma foi acatado pela família. Após passar por um período em que considerava ser não binário, o jovem reconheceu-se como menino, aos 17, comprovando que esse processo pode ser longo e gradativo, o que não significa que seja árduo, já que houve tempo suficiente para compreender cada nova informação.
Com acompanhamento psicológico, Adiane passou a conhecer mais sobre si e sobre o papel essencial que exerce na vida do filho. Ela lembra, ainda, que esses primeiros momentos podem ser desafiantes para o adolescente, mas, se ele souber que em casa há acolhimento, qualquer tipo de sofrimento é reduzido em altíssima proporção. "Eles precisam muito do nosso amor. Nós somos as pessoas mais próximas deles e é tão maravilhoso saberem que têm nosso apoio. Dessa forma, consegui enxergar o orgulho que tenho de ser mãe do Azra", conta.
Para os pais que estão passando por situações semelhantes, Avram recomenda: "Informe-se, conheça e converse". Procurar um espaço neutro, como o da terapia, também pode ser positivo. Além disso, dialogar com amigos ou amigas que são parte da comunidade LGBTQIA + ajuda a esclarecer algumas questões e enxergar outras perspectivas. "Em nenhum momento, eu me senti decepcionado ou achei que ele não estava alcançando as minhas expectativas. Quero que ele esteja bem, em primeiro lugar", finaliza.
Correio Braziliense sábado, 18 de junho de 2022
BEM-ESTAR EMOCIONAL: RUAS VERDES E COLORIDAS FAZEM BEM À SAÚDE, CONSTATA EXPERIMENTO
Ruas verdes e coloridas fazem bem à saúde, constata experimento
Efeito é constatado em experimento de realidade virtual e, segundo pesquisadores franceses, reproduzem os benefícios observados na vida real. Para os autores, o resultado deve ser considerado no trabalho de planejadores urbanos
CB
Correio Braziliense
postado em 18/06/2022 06:00
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Ruas lotadas, barulho e prédios cinzentos podem levar ao estresse e à fadiga. Há estudos comprovando que a vida na cidade pode ser ruim para a saúde e o bem-estar emocional. Um experimento conduzido pela Universidade de Lille, na França, mostra que um antídoto para esses problemas pode estar em incorporar mais padrões coloridos e "manchas verdes" às edificações e às ruas.
"Esse estudo ilustra o potencial de intervenções simples para melhorar a vida dos moradores urbanos, além do poder da realidade virtual para testar tais intervenções", enfatizam, em comunicado, os autores do estudo, liderado pela pesquisadora Yvonne Delevoye-Turrell e divulgado na edição mais recente da revista Frontiers in Virtual Reality.
No experimento, Delevoye-Turrell e a equipe submeteram 36 voluntários adultos a experiências em ambientes urbanos distintos. Foram criados um ambiente urbano imersivo sem vegetação e outro, com plantas. O grupo também colocou padrões coloridos ao longo dos caminhos a serem percorridos.
Usando óculos e um fone de ouvido de realidade virtual, os participantes passaram um tempo explorando os ambientes criados. Durante o experimento, a equipe avaliou a velocidade espontânea de caminhada, o comportamento do olhar, a percepção de mudanças e medidas fisiológicas de estados afetivos dos voluntários.
Para determinar para onde eles estavam olhando e por quanto tempo, cada fone de ouvido incluiu um rastreador ocular. Dessa forma, a equipe detectou, por exemplo, que os adultos passaram menos tempo olhando para o chão e mais tempo observando seus arredores em ambientes com vegetação. Nessas mesmas configurações, os participantes caminharam mais devagar e tiveram frequências cardíacas maiores, indicando, segundo os autores, que passaram por uma experiência mais prazerosa.
Os padrões de cores, por si só, não tiveram o mesmo efeito restaurador que a vegetação, mas estimularam o interesse e o fascínio dos voluntários e atraíram os olhares ao mesmo tempo em que elevaram os batimentos cardíacos, indicando um aumento da excitação fisiológica. "Os resultados sugerem que aumentar a quantidade de vegetação e os desenhos coloridos em ambientes urbanos pode melhorar o bem-estar dos moradores das cidades, dando uma nova interpretação ao termo selva de concreto", destacam os autores.
Novos estudos
Delevoye-Turrell chama a atenção para o fato de a realidade virtual ter ajudado a constatar experiências que acontecem na vida real. "As reações humanas são sensíveis a mudanças ambientais, como clima ou tráfego, e vieses de medição. Consequentemente, usamos a realidade virtual como prova de conceito para medir as reações a essas intervenções em um espaço urbano simulado."
Os efeitos constatados também abrem a possibilidade do uso da ferramenta tecnológica por planejadores urbanos, permitindo que eles testem virtualmente o impacto de possíveis modificações em áreas coletivas e de grande movimento. No futuro, a equipe espera tornar a experiência virtual ainda mais imersiva, o que ajudaria na obtenção de resultados mais precisos. "Odores e sons podem ser o próximo passo para a realidade virtual testar verdadeiramente o impacto das cores no prazer de caminhar", indica Delevoye-Turrell.
ONU pede ação contra a seca
No momento em que cidades de vários países enfrentam ondas de calor incomuns, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma "ação imediata" contra a seca e a desertificação para evitar "desastres humanos". "A hora de agir é agora: cada ação conta", disse o secretário executivo da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, na sigla em inglês), Ibrahim Thiaw, em uma conferência mundial em Madri, na Espanha, por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a Seca.
Thiaw lembrou que o número crescente de pessoas que têm sido afetadas pela seca não é mais novidade e alertou que as estimativas indicam que "metade da população mundial enfrentará uma grave escassez de água nos próximos oito anos". Por isso, seguiu, "é indispensável implementar sistemas eficazes de alerta precoce e mobilizar fundos duradouros para melhorar a resistência das populações à desertificação".
Países como Estados Unidos, Espanha, Itália e França estão sofrendo ondas de calor extremo fora do verão, com temperaturas acima de 40ºC. "Não há lugar na Terra para se esconder (...) Nenhum país, rico ou pobre, está a salvo", insistiu o representante da UNCCD. Organizada na Espanha, a conferência acontece quase um mês depois da COP15 contra a desertificação, que reuniu 7 mil pessoas em Abidjan, na Costa do Marfim, e teve como resultado o compromisso de recuperar 1 bilhão de hectares de terras degradadas até 2030 para responder à "emergência climática".
Correio Braziliense sexta, 17 de junho de 2022
ELBA RAMALHO: CANTORA CANCELA PRESENÇA NO ARRAIAL DA DONA JUNINA, NESTA SEXTA, POR TER SIDO DIAGNOSTICADA COM COVID-19
Elba Ramalho cancela presença no Arraial da Dona Junina, nesta sexta
Cantora foi diagnosticada com covid-19, sendo impossibilitada de performar; o evento ocorre nesta sexta-feira (17/6)
CB
Correio Braziliense
postado em 17/06/2022 11:36
(crédito: Reprodução)
Elba Ramalho cancelou a participação no show O Grande encontro, programado para esta sexta-feira (17/6) no Arraial da Dona Junina, no Clube ASCADE. A cantora testou positivo para covid-19, e, por isso, não participará do evento.
Em nota, o Arraial da Dona Junina confirmou que, apesar do diagnóstico, a cantora realizou vários outros testes, a fim de acompanhar o ciclo do vírus e conseguir performar, mas continuou testando positivo, sendo impossibilitada de realizar o show.
Embora Elba não possa comparecer, o evento continua confirmado com O Grande Encontro com Alceu Valença & Geraldo Azevedo como a atração principal, além de Rastapé, Bloco Eduardo & Mônica, Trio Balançado, e alguns DJs.
Correio Braziliense quinta, 16 de junho de 2022
CORPUS CHRISTI: CARÓLICOS RENOVAM A FÉ NO CORPO DE CRISTO, NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS
Católicos renovam a fé no Corpus Christi, na Esplanada dos Ministérios
Após dois anos sem a celebração, devido à pandemia, público aguarda o festejo conhecido pela procissão com velas e pelo tapete confeccionado pelos fiéis
AM
Ana Maria Pol
postado em 16/06/2022 06:00 / atualizado em 16/06/2022 09:56
A ultima vez que o movimento Acamps-DF participou da solenidade de Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios em 2019 - (crédito: Arquivo Pessoal)
Da serragem que suja a roupa, do corante que pinta as mãos e do pó de café que gruda na pele, surgem imagens de Jesus, do cálice de vinho e da santa hóstia, que moldam um trajeto colorido, no meio do gramado da Esplanada dos Ministérios. Foram dois anos de espera até que as medidas restritivas fossem reduzidas e católicos do Distrito Federal pudessem se reunir novamente para celebrar, na Esplanada dos Ministérios, a tradicional celebração de Corpus Christi. O evento, conhecido pela procissão com velas e pela confecção do tapete feito de serragem, retorna às ruas hoje, com cerca de 500 jovens que amanhecem no centro de Brasília para darem início à preparação do trajeto.
Coordenadora do movimento Acamps-DF, a bancária Juliana Soares de Sousa Prates, 35 anos, conta que o grupo participa da confecção do tapete há cerca de 15 anos, e que a empolgação dos jovens em voltarem ao gramado da Esplanada dos Ministérios na solenidade é altaArquivo Pessoal
Ano passado, o grupo Acamps-DF foi até a Capela São Jorge, no Batalhão da Polícia Militar, em Taguatinga Norte, para a confecção do tapeteArquivo Pessoal
O festejo, celebrado 60 dias após a Páscoa, deve contar com 22 grupos do DF para a montagem do tapete, que se estende por aproximadamente 125m. O trajeto é usado na procissão do Santíssimo Sacramento, após a santa missa, celebrada às 17h. De acordo com o coordenador da montagem do tapete de Corpus Christi, Aloísio Parreiras Rodrigues, serão 25 quadros, com 5m de comprimento e 4m de largura. Ou seja, são 25 desenhos que fazem menção ao sacramento da Santa Eucaristia — o ato de recebimento da hóstia consagrada, o símbolo do corpo de Cristo.
Aloísio explica que a organização para o evento se inicia três meses antes da festa. "Nós chamamos os movimentos e pastorais que trabalham com a juventude nas paróquias do DF e começamos a fazer a seleção dos desenhos que serão moldados", diz. De acordo com o coordenador, os grupos fazem propostas de ilustrações dentro do tema, que é sempre relacionado à Santa Eucaristia. Neste ano, o lema é "O verbo se fez carne e habitou entre nós". "A comissão avalia e aprova, ou não, o desenho. Além disso, cada quadro tem uma frase curta, para que seja uma catequese eucarística. Então são frases relacionadas ao tema também", cita.
Em 2020, como o feriado caiu próximo ao início da quarentena, não houve programação. Ano passado, algumas paróquias realizaram a confecção dos tapetes nos estacionamentos e espaços abertos próximos aos templos, com a participação de poucas pessoas, respeitando o distanciamento social e o uso de máscaras. Por isso, a empolgação e a expectativa dos jovens para se reunirem na Esplanada dos Ministérios é ainda maior. "Foram dois anos sem esse contexto de unidade. A montagem do tapete demonstra que os jovens de diversas localidades do DF também estão servindo na igreja, então é uma inquietação positiva. Ainda estamos na pandemia, mas prevalece a esperança de que com os devidos cuidados teremos uma solenidade especial e bela", cita Aloísio.
Coordenadora do movimento Acamps-DF, a bancária Juliana Soares de Sousa Prates, 35 anos, conta que o grupo participa da confecção do tapete há cerca de 15 anos, e que a empolgação dos jovens em voltarem ao gramado da Esplanada dos Ministérios na solenidade é alta. "É uma oportunidade que temos de conviver juntos. Nosso grupo prioriza muito pelo contato, pelo abraço. Então nos últimos anos, viver essa solenidade sem termos um ao outro, lado a lado, foi impactante", diz. Anualmente, a equipe se organiza para conseguir os materiais para a construção do desenho. Segundo a bancária, neste não será diferente: "Conseguimos a doação da borra de café, e quanto ao resto dos materiais, juntamos o valor para comprar e não ter a dor de cabeça de ficar faltando algo no dia", diz.
Pároco da Catedral Metropolitana de Brasília, Paulo Renato Pereira da Silva explica que a solenidade de Corpus Christi significa "Corpo de Cristo". "Quando Jesus estava com os apóstolos, reunidos, ele instituiu a eucaristia e a partir daquele momento deixou de ser a celebração da páscoa judaica para ser uma nova aliança, onde ele daria a sua carne e sangue", diz. A festa, segundo o sacerdote, passou a ser solenidade anos depois. "Papa Urbano IV foi testemunha de dois milagres, sendo o primeiro com Santa Juliana, que incentivou, através de uma visão, uma festa pública que teria como objetivo aumentar a fé dos fiéis e reparar as ofensas contra o santo sacramento", diz.
PROGRAME-SE
7h
Oração com os jovens, conduzida pelo padre Renato
Início da confecção dos tapetes
8h
Abertura da praça de alimentação (café, lanches e almoço)
15h
Início das confissões
16h
Animação do evento
16h45
Procissão de entrada (saída da Catedral)
17h
Missa Solene
Correio Braziliense quarta, 15 de junho de 2022
CULTURA: ESTAÇÕES DO METRÔ GANHAM PAINÉIS DE MOSAICO EM CELEBRAÇÃO A BRASÍLIA
Estações do Metrô ganham painéis de mosaico em celebração a Brasília
Três estações ganham, nesta quarta-feira (15/6), mosaicos da artista plástica Cida Carvalho. Peças ficarão em exposição permanente
AI
Ana Isabel Mansur
postado em 15/06/2022 06:00 / atualizado em 15/06/2022 06:13
Exposição Arte nos Trilhos, com painéis de mosaico, de Cida Carvalho - (crédito: Vini Bednarzuk/Divulgação)
A partir desta quarta-feira (15/6), as estações Central, 106 Sul e 112 Sul vão receber, cada uma, um mosaico da artista plástica e mosaicista Cida Carvalho, idealizadora da exposição Arte nos Trilhos. A inauguração ocorre hoje, na Estação Central, na Rodoviária do Plano Piloto. Os painéis foram doados ao Metrô-DF e serão exposição permanente. O projeto vai oferecer, sempre na Estação Central, visitação de escolas, até 17 de julho, e rodas de conversas, em 21 de junho.
As obras medem 8m², 12m² e 18m². Os temas vão desde a construção de Brasília à fauna e flora do cerrado. A iniciativa ocorre por meio da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), em parceria com o Metrô-DF, e conta com apoio do Correio Braziliense.
Estrutura
Segundo Cida Carvalho, os objetivos da exposição incluem a doação e a democratização da arte, além de fomentar a cultura e a economia do DF. "Trabalhamos os aspectos culturais e sociais juntos, um não existe sem o outro. O projeto precisa de estrutura, que gera empregos. Um projeto cultural é muito importante por conta disso, dessa logística toda que exige", reflete a artista.
Kelly Venâncio, coordenadora de Marketing e Eventos do Correio, destaca o papel histórico do jornal na valorização de Brasília. "Fazer parte de iniciativas que fomentem a arte e cultura reforça o nosso propósito como grupo de comunicação e traz uma aproximação genuína com a comunidade", avalia Kelly.
Ângela Maria da Silva, 55 anos, foi uma das mulheres que participou da confecção de um dos mosaicos. Coordenadora da Central do Movimento Popular e integrante do Coletivo De Mulheres com Deficiência do DF, a aposentada e outras 20 voluntárias cadeirantes se reuniram, em oito sábados, com Cida Carvalho, para produzir duas peças para a obra que será exibida na Estação 112 Sul. "Aprendemos o primor do mosaico, mesmo em pouco tempo. Eu e as meninas nos sentimos muito honradas. Tomara que tenha mais projetos assim, para incentivar as pessoas a produzirem mais arte", torce Ângela Maria.
Programação
Os mosaicos serão permanentes nas estações. As rodas de conversa integram a exposição e acontecem em junho, com participação gratuita e aberta ao público. Confira:
Rodas de conversa
Local: Estação Central (Rodoviária do Plano Piloto) Dia: 21 de junho (terça-feira) Temas:
8h30: A arte em pedras
10h: Sustentabilidade
14h: Governança e compliance no Brasil
16h30: Arte e Cultura na Capital Federal
Correio Braziliense terça, 14 de junho de 2022
VAN GOGH: EXPOSIÇÃO IMERSIVA BEYOND VAN GOGH CHEGA A BRASÍLIA EM AGOSTO
Exposição imersiva Beyond Van Gogh chega a Brasília em agosto
Visitada por mais de 10 milhões de pessoas ao redor do mundo, a exposição desembarca na capital após passagem por São Paulo e ingressos podem ser comprados a partir desta quarta-feira (15/6)
CB
Correio Braziliense
postado em 14/06/2022 09:59 / atualizado em 14/06/2022 11:26
Beyond Van Gogh chega à Brasília no dia 4 de agosto e fica até 30 de outubro de 2022 - (crédito: Gayaman Visual/Divulgação)
A maior exposição imersiva do mundo sobre Vincent Van Gogh, Beyond Van Gogh ganhou data para desembarcar em terras brasilienses. Após sucesso em São Paulo, a temporada, ainda em curso, foi prorrogada na cidade para até 3 de julho. Até o momento, a edição paulistana rendeu mais de 300 mil visitantes. Brasília, o próximo local na fila para receber a mostra, precisou ter a data de estreia adiada para 4 de agosto. A experiência imersiva será organizada no estacionamento do Park Shopping e os ingressos começam a ser vendidos nesta quarta-feira (15/6) pelo site www.vangoghbrasil.com.br.
Em um verdadeiro show de luzes, cores, música e formas, Beyond Van Gogh promove uma viagem sensorial extraordinária por meio da tecnologia de projeção de ponta. Cerca de 350 obras do pintor holandês Vincent Van Gogh ganham vida ao redor de toda a instalação, livres de qualquer moldura para fluírem à vontade pelas paredes, chão e teto. A experiência é embalada por uma trilha sonora contemporânea que contém sonhos, pensamentos e palavras do artista, e já encantou cerca de 10 milhões de pessoas ao redor do mundo.
Agora que chegou a vez de Brasília de sediar a exposição internacional, os organizadores planejam levantar um enorme pavilhão no Park Shopping durante os dois meses de evento. “Estamos ansiosos por receber Beyond Van Gogh. Brasília é uma capital modernista, admirada mundialmente por seus traços, pela sua dinâmica e pelas suas obras expostas a céu aberto. O Park Shopping está a caminho de completar 40 anos na cidade. Como um centro de experiências, fomentador da cultura e da arte, ter as obras de Van Gogh em nosso espaço é um presente para o PKS e para os brasilienses”, conclui Natália Vaz, superintendente do shopping.
A “versão brasileira” de Beyond Van Gogh vem para compor a programação de comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. Afinal, dentre as várias influências do período, estavam as obras do holandês: ele foi um dos maiores expoentes do expressionismo, um dos movimentos de vanguarda que impactaram a arte moderna mundial e, por consequência, o modernismo no Brasil.
Por mais que Vincent Van Gogh (1853-1890) tenha acumulado pouco sucesso em vida, o passar do tempo o consagrou como um dos maiores artistas da história, sendo hoje considerado como um verdadeiro patrimônio mundial das artes plásticas. A exposição imersiva foi pensada para celebrar a magnitude do pintor e trazer uma reflexão de como o mesmo continua a influenciar artistas e amantes da arte pelo mundo.
Beyond Van Gogh é idealizada pelo Normal Studio de Montreal, Canadá, e realizada pela Blast Entertainment, empresa da DCSET Group, que conta com o patrocínio oficial da Lenovo e da Intel.
SERVIÇO
Beyond Van Gogh De 4 de agosto a 30 de outubro de 2022, no Estacionamento Privado do ParkShopping (SMAS Trecho 1 - Guará). Visitação de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingos e feriados, das 10h às 20h. Ingressos à venda no site https://www.livepass.com.br/beyond-van-gogh. Classificação Etária Livre. Menores de 12 anos entram acompanhados.
Correio Braziliense segunda, 13 de junho de 2022
RELIGIÃO: DEVOTOS SE REÚNEM PARA CELEBRAR DIA DIA DE SANTO ANTÔNIO
Devotos se reúnem para celebrar o Dia de Santo Antônio
A Paróquia e Santuário de Santo Antônio promove festa e missas, ao longo desta segunda-feira (13/6), em homenagem ao santo
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Júlia Eleutério
postado em 13/06/2022 09:14
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
Muitos devotos se reúnem neste dia 13 de junho na Paróquia e Santuário de Santo Antônio, localizada na 911 Sul, para celebrar o religioso. Conhecido por ser casamenteiro, o frei era muito mais do que isso. Santo Antônio era caridoso e humilde, ajudava os mais necessitados e pregava com devoção.
A ex-atleta Juscilene Garcez, 50 anos, é uma grande devota do santo. "Eu já consegui muitas graças. Minha família inteira é devota do santo. Uma graça muito grande que eu consegui foi a gravidez", comentou a moradora de Vicente Pires, que tem um filho de 11 anos e agradece ao santo pela benção.
Parte da equipe de liturgia da Igreja há dois anos, Juscilene faz questão de participar das atividades da pastoral para ter mais contato com o religioso. "A gente sempre procura estar ajudando e servindo na Igreja, quanto mais eu participo e fico próxima, eu vou conhecendo a grandiosidade do santo. Cada vez, me apaixonando mais", destacou.
Para a ex-atleta, é fundamental essa proximidade com o santo e com a Igreja. "A gente tem que ter essa devoção aos santos que nos aproximam cada vez mais de Deus", concluiu a devota.
A Festa de Santo Antônio termina nesta segunda-feira (13/6). Desde 31 de maio, o local recebe festas, cafés da manhã, almoços e uma trezena solene. A programação para o último dia da festa terá missas distribuídas em vários horários, além da entrega dos pãezinhos abençoados de Santo Antônio pela manhã. A partir das 18h, ocorre a festa social com comidas típicas dessa época do ano.
Confira os horários das missas: 10h, 11h, 12h, 15h, 17h, 18h, 19h e 20h
Correio Braziliense domingo, 12 de junho de 2022
ANÁLISE: O BRASIL NA GEOPOLÍTICA DO ALIMENTO
Análise: O Brasil na geopolítica do alimento
Muitos analistas consideram que há amplas evidências de que uma nova geopolítica está substituindo o projeto de globalização que, sustentado na lógica de um mundo sem fronteiras, ganhou força no pós-Guerra Fria
CB
Correio Braziliense
postado em 12/06/2022 06:00
(crédito: Zuleika de Souza/CB/D.A Press)
MAURÍCIO ANTÔNIO LOPES - Pesquisador da Embrapa Agroenergia
O conceito de geopolítica pode adquirir variados matizes, mas é em geral associado ao impacto que a geografia tem nas estratégias e políticas de determinados países ou regiões. Certo nível de poder político pode ser vinculado, por exemplo, a países que controlam vias navegáveis e comércio ou que detêm recursos, como petróleo, gás natural, solos férteis, água. Enquanto no passado a geopolítica centrava-se na luta pelo controle de espaços, recursos e comércio, como forma de poder, mais recentemente o conceito ganha novas facetas e muito mais complexidade.
Muitos analistas consideram que há amplas evidências de que uma nova geopolítica está substituindo o projeto de globalização que, sustentado na lógica de um mundo sem fronteiras, ganhou força no pós-Guerra Fria. Essa nova geopolítica perpassa múltiplos domínios, exigindo mais conhecimento sobre a natureza interconectada dos sistemas naturais, sociais, econômicos, políticos e tecnológicos. Veja se os desafios das mudanças climáticas, pandemia, guerra no leste europeu, inflação e distúrbios nos fluxos globais de insumos e alimentos — ocorrendo ao mesmo tempo, com variados tipos de riscos — alguns antes improváveis, mas que, de repente, se tornam reais.
Insegurança alimentar está entre os riscos geopolíticos mais perigosos, pelos efeitos que tem em todas as dimensões da vida em sociedade. Afinal, acesso ao alimento está na base da estabilidade e da paz no mundo. Antes mesmo das crises concomitantes que vivemos, persistentes sinais de alerta indicavam aprofundamento de assimetrias econômicas e sociais e ameaçador crescimento da fome e da desnutrição no mundo. Situação hoje agravada, com muitos governos perplexos frente ao desafio de prover suas populações com alimentos adequados a custos acessíveis.
A retomada da demanda ao fim de dois anos de pandemia não encontrou eco nas debilitadas cadeias globais de suprimentos, e a guerra Rússia-Ucrânia aviltou os preços do petróleo e do gás natural, provocando sérias rupturas nos fluxos de insumos e alimentos. O resultado é uma crise inflacionária de natureza global, sentida tanto por economias avançadas quanto por mercados emergentes e economias em desenvolvimento. A inflação de alimentos, medida pelo índice de preços da FAO (FFPI), que atingiu em 2021 o nível mais alto em uma década, deve infelizmente crescer ainda mais em 2022.
A atual crise aponta para duas situações que precisam capturar a atenção dos líderes e formuladores de políticas no Brasil, um grande produtor de alimentos e provedor-chave para inúmeros países ao redor do globo. A primeira diz respeito à necessidade — que é também uma oportunidade — de criar condições para que o Brasil produza uma excelente safra de alimentos nesse momento em que o mundo passa por enorme dificuldade. Tanto que uma das maiores lideranças do país, o ex-ministro Roberto Rodrigues, pede para 2022/23 um "plano safra de guerra" pela alimentação, causa humanitária das mais nobres, que poderá melhorar a nossa imagem internacional e, também, injetar recursos valiosos na nossa combalida economia.
A segunda situação diz respeito às mudanças que as atuais crises poderão provocar no futuro, com impactos para a agricultura e para o agronegócio exportador, que gera divisas tão necessárias para o país. Muitos acreditam que capacidade de produzir e prover alimentos pode se transformar em arma geopolítica, como a energia fóssil tem sido por muitos anos. Mas o exemplo excludente e insustentável do petróleo tende a afastar a possibilidade de paradigma semelhante emergir no futuro, ainda mais com alimento, que é recurso ainda mais essencial que energia.
O mais provável é que se intensifiquem esforços para que o mundo disponha de maior diversidade de fornecedores de alimentos no futuro. Por exemplo, ninguém deveria ficar surpreso se China e Rússia buscassem criar um novo cinturão de produção em imensas áreas do hemisfério norte, que passam a ter estações de cultivo viáveis em função do aquecimento global. Mas mudanças ainda mais radicais poderão vir de inovações tecnológicas disruptivas, em especial as que ampliem capacidade produtiva nos países que não possuem terras agricultáveis suficientes.
Em artigo publicado em 2020 pela Academia de Ciências dos Estados Unidos (PNAS Vol. 117:32, 19131-19135), cientistas descrevem a modelagem de uma inusitada fazenda artificial, em estrutura vertical de 10 camadas, equivalente a um hectare de terra, formatada para produzir trigo com temperatura otimizada, luz artificial e altos níveis de CO², injetados como "fertilizante". Estrutura modelada para produzir, anualmente, de 220 a 600 vezes o volume de trigo produzido em fazenda convencional. Tal fazenda artificial usaria espaços diminutos, eliminaria rigores e imprevisibilidades do clima, reutilizaria água e nutrientes e excluiria pragas e doenças.
Ficção científica, muitos dirão. Mas com disponibilidade de fontes renováveis e baratas de energia e aumentos nos preços de alimentos, tal modelo de produção poderá ganhar espaço, funcionando como usinas produtoras de alimento e recicladoras de carbono, operando em grande proximidade e sintonia com as cidades e consumidores cada vez mais exigentes em sustentabilidade. Esse é um exemplo de transformações que poderão acontecer em futuro não muito distante, e o Brasil só conseguirá participar delas se investir mais em ciência e inteligência estratégica.
Correio Braziliense sábado, 11 de junho de 2022
SHOW: PROJETO CABARÉ PROMOVE VERDADEIRO ENCONTRO SERTANEJO NA CAPITAL FEDERAL
Projeto Cabaré promove verdadeiro encontro sertanejo na capital federal
No repertório, o público ouvirá clássico de Leonardo e Bruno & Marrone; show ainda terá abertura de Rick & Renner
IR
Irlam Rocha Lima
postado em 11/06/2022 06:00
(crédito: Instagram/Reprodução)
Quando houve a estreia do show Cabaré, há oito anos, Leonardo tinha a companhia do amigo Eduardo Costa, com quem fez vários shows e, em 2016, lançou o CD e DVD Cabaré Night Club. Após o fim do duo, o cantor e compositor, coautor do clássico sertanejo Pense em mim, se juntou à Bruno & Marrone para dar prosseguimento ao projeto.
Ao lado da dupla, Leonardo gravou um DVD em abril, no Allianz Parque, em São Paulo, e agora dá início por Brasília a uma turnê que os levará a várias cidades brasileiras. Hoje, às 22h, eles se apresentam na Arena BRB do Estádio Mané Garrincha. Antes, sobe ao palco Rick & Renner, que iniciou a carreira em Brasília.
Repertório
Com produção do grupo brasiliense Top 7 Entretenimento, o show é aguardado com muita expectativa pelos fãs dos três artistas goianos, ícones no cenário da música sertaneja. No repertório foram reunidos sucessos do cantor e da dupla e também clássicos do gênero, criados por outros compositores.
O público ouvirá, por exemplo, De igual para igual, Não olhe assim, Temporal de amor, A princesa, Ainda ontem chorei de saudade, Seu amor ainda é tudo, Boate azul, A dama de vermelho e, claro, Dormi na praça e Pense em mim.
Cabaré
Show de Leonardo e Bruno & Marrone, com abertura de Rick & Renner, hoje, às 20h, na Arena BRB do Estádio Mané Garrincha. Ingressos: a partir de R$ 90. Venda pelo site e app do Sympla.
Correio Braziliense sexta, 10 de junho de 2022
MÚSICA CAIPIRA: BRASÍLIA RECEBE A MÚSICA CAIPIRA COM ENCONTRO DE VIOLAS E VIOLEIROS
Brasília recebe a música caipira com Encontro de Violas e Violeiros
A 20ª edição do Encontro de Violeiros e Violeiras de Brasília está de volta e percorrerá cidades como Brazlândia, Ceilândia e Planaltina.
*P
*Evellyn Paola
postado em 10/06/2022 06:00
Zé Mulato e Cassiano
(crédito: Luiz Fernandes)
A 20ª edição do Encontro de Violeiros e Violeiras de Brasília está de volta e ocorre nesta sexta-feira (10/6) e sábado (11/6), após dois anos sem o tradicional evento em decorrência da pandemia. Os shows percorreram cidades como Brazlândia, Ceilândia e Planaltina. Neste ano, a festa será na Praça dos Estados da Candangolândia, trazendo um reencontro entre o público e a promoção de artistas locais e nacionais da música caipira, com shows gratuitos a céu aberto.
Além dos shows, o evento traz exposições e uma feira gastronômica na programação, com a mistura da cultura regional dos rincões do país e de seus artistas. Nesta edição, o encontro adota o estilo híbrido de atividades, com transmissão ao vivo pelo canal oficial do Clube do Violeiro Caipira. O idealizador, produtor do evento e violeiro, Volmi Batista, evidencia a saudade do encontro, e revela que esta edição apresenta novidades que prometem. A intenção é "aproximar o passado, relembrar vivências e referências que guardamos com carinho na memória". Segundo ele, "o encontro tem a responsabilidade de cuidar da cultura caipira de raiz, genuína e viva".
Também violeiro, Volmi Batista destaca que o público pode esperar muita música, canções que representem a cultura popular brasileira. "Teremos uma exposição de elementos da cultura caipira, que a gente vem coletando durante esses quase 30 anos do Clube do Violeiro, serão expostas cerca de 200 a 300 capas de LPs de todos os tempos da música caipira e também uma exposição de pintura naif, uma pintura feita por artistas amadores, que é a primeira vez que participam do encontro", explica o músico.
Este ano, o evento, que recebe recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do GDF, ocorre, excepcionalmente, no mês de junho — tradicionalmente ocorre em julho.
A proposta é promover uma retrospectiva dos encontros realizados anteriormente, trazendo, em sua programação, a participação de artistas considerados patrimônios da cultura e da música caipira, além da cena cultural atual. Hoje, na noite de estreia, o público terá apresentações de Volmi Batista, Jacarandá e Braúna, composta pelos amigos Ismar e Geraldo. A dupla Irmãs Barbosa vem para representar o lado feminino da música.
O encontro ocorre na Praça dos Estados (entrada da Candangolândia). Hoje, o evento começa às 18h, enquanto amanhã, começa a partir das 9h. A entrada é gratuita, com classificação livre, e conta com tradução em libras.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco
Correio Braziliense quinta, 09 de junho de 2022
MÚSICA: ÁUREA MARTINS CANTA AS REZADEIRAS E BENZEDEIRAS EM NOVO DISCO
Áurea Martins canta as rezadeiras e benzedeiras em novo disco
Aos 82 anos, Áurea Martins lança 'Senhora das folhas', com músicas de nomes como João Nogueira e Arlindo Cruz
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Irlam Rocha Lima
postado em 09/06/2022 06:38 / atualizado em 09/06/2022 06:39
(crédito: Dan Coleho/Divulgação)
Ao completar 82 anos, Áurea Martins, a grande dama da música carioca, mantém-se em plena atividade, fazendo shows e lançando discos. No momento, ela brilha em Senhora das folhas, álbum no qual faz um mergulho no universo sagrado feminino das rezadeiras e benzedeiras.
Lançamento que resulta de parceria entre a Aquarela Carioca, Natura Musical e Biscoito Fno, o LP que saiu no formato físico e está à disposição nas plataformas digitais, traz um repertório de 11 canções, que vai do canto medieval a composições de João Nogueira, Arlindo Cruz, Roque Ferreira e Projota, entre outros. Os arranjos são de Lui Coimbra e a direção artística é de Renata Grecco. Há a participação de músicos do primeiro time da MPB.
"Falar sobre esse trabalho é uma das coisas que mais tem me dado prazer. Mostrar a história da reza e da cura, musicadas, é uma bênção. A aceitação das pessoas, os palcos que temos percorrido, isso tudo é visto por mim como um presente de 82 anos — que completo no próximo dia 13 de junho", afirma a cantora, em tom de celebração.
O ramo (Socorro Lira) abre os trabalhos. Prece do Ó, a segunda faixa é uma adaptação de Dércio Marques para prece recolhida por Cassiano Ricardo. Na sequência Áurea interpreta A rezadeira (originalmente um rap de Projota), Sem folhas não tem orixás (domínio público), Folha miúda/Menino do Samburá (Roque Ferreira), Ponto das caboclas (Camila Costa) e Araruna (Nehiri Asurini e Marlui Miranda).
Prazeirosamente ouve-se também a bela e privilegiada voz da senhora dos tempos em Me curar de mim (Flaira Ferro), Senhora Santana (origem medieval), e nos sambas clássicos Na paz de Deus (Arlindo Cruz,Sombrinha e Beto Sem Braço) e Banho de manjericão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro).
Correio Braziliense quarta, 08 de junho de 2022
EXPLORAÇÃO ESPACIAL: QUATRO *CIVILIZAÇÕES ALIENÍGENAS* PODEM ATACAR A TERRA, ALERTA PESQUISADOR
Quatro "civilizações alienígenas" podem atacar a Terra, alerta pesquisador
O pesquisador disse que o objetivo do trabalho era avisar os cientistas e colocar um número sobre as civilizações que poderiam possivelmente reverter a mensagens enviadas da Terra
HD
Helena Dornelas*
postado em 07/06/2022 19:08 / atualizado em 07/06/2022 19:08
A pesquisa é considerada mais como uma "experiência de pensamento". O artigo intitulado Estimando a Prevalência de Civilizações Extraterrestres Maliciosas, tem como objetivo advertir outros cientistas e colocar um número para as civilizações que poderiam eventualmente reverter às mensagens que são enviadas.
A estimativa é baseada na história mundial de invasões no século passado, as capacidades militares dos países envolvidos e a taxa de crescimento global do consumo de energia. Alberto usou como base o recorte temporal de 1915 até 2022, com expectativa de qual seria a probabilidade da Terra invadir outro planeta.
O estudo foi feito com base na probabilidade estatística. Alberto aplicou o número de invasões que aconteceram na terra, incluindo o Sinal WoW, ao número estimado de exoplanetas na Via Láctea. De acordo com os cálculos, o número de civilizações que poderiam invadir nosso planeta é quatro.
Alberto também alertou os cientistas para terem cautela ao usar a Inteligência Extraterrestre de Mensagens (METI) por medo de que ela pudesse provocar uma invasão.
Caballero explica que fez a pesquisa baseada apenas na vida humana e acrescenta que como não conhece a mente dos extraterrestres as respostas patológicas pesquisadas podem não ser iguais.
Entretanto, o estudo conclui que a probabilidade da Terra sofrer com uma invasão extraterrestre é menor do que a probabilidade da raça humana ser extinta por ser atingida por um asteroide.
Correio Braziliense terça, 07 de junho de 2022
INVEASTICAÇÃO: CONHEÇA O *GOLPE DO CHEIRO*, TENTATIVA DE DOPING POR MOTORISTAS
Conheça o "Golpe do Cheiro", tentativa de doping por motoristas
Usuários de transporte por aplicativo relatam terem sentido fortes odores de produtos químicos durante seus trajetos
CS
Cecília Sóter
postado em 06/06/2022 11:53 / atualizado em 06/06/2022 11:57
(crédito: Dan Gold/Unsplash)
Usuários de transporte por aplicativo vêm compartilhando desde o mês de maio, nas redes sociais, relatos de que sentiram fortes odores de produtos químicos durante os trajetos. Batizado de “golpe do cheiro”, a ação pode ser uma estratégia de dopagem de passageiras usada por criminosos. As informações são da revista Istoé.
Em uma reportagem do Autoesporte divulgada em 29 de maio, uma passageira denunciou o caso de dopagem à Polícia Civil, em São Paulo. Ela conta que estava com o namorado em uma festa e afirmou que o carro por aplicativo que eles pegaram estava com todas as janelas fechadas, exceto a do motorista. Eles sentiram falta de ar e tontura.
Uma outra reportagem, do Ne10, conta o caso de uma passageira que teria passado pela mesma situação neste fim de semana. Mulheres de vários estados do país que usam transporte por aplicativo estão denunciando nas redes sociais, situações em que teriam sido vítimas da armadilha.
A Uber afirmou ao Autoesporte que investiga a situação. "A Uber trata todas as denúncias com a máxima seriedade e avalia cada caso individualmente para tomar as medidas cabíveis, sempre se colocando à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei."
De acordo com especialistas ouvidos pela Istoé, o efeito do odor forte pode ser causado por éter, clorofórmio ou metanol. Eles podem prejudicar a absorção do oxigênio pelo corpo, levando a tontura, náusea e perda de consciência.
Correio Braziliense segunda, 06 de junho de 2022
FESTA JUNINA: ARRAIAL EM CASA
Arraial em casa: festa junina sob medida para família e amigos faz sucesso
Planejar uma festa junina no aconchego do lar é mais fácil do que parece! Com alguns truques, seu evento pode ficar ainda melhor
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Luna Pontes*
postado em 05/06/2022 09:00 / atualizado em 05/06/2022 12:38
(crédito: Reprodução Pinterest )
Para os religiosos, a festa junina é celebrada em 24 de junho, Dia de São João. Agora, para os amantes de comidas típicas, fogueira e quadrilha, as comemorações começam em maio e terminam apenas em julho. Considerada a segunda maior festa típica brasileira, ficando atrás apenas do carnaval, ela reúne uma quantidade absurda de iguarias à base de milho, servidas com quentão e chocolate quente. Tem coisa melhor do que um lugar que oferece pamonha, canjica, curau, bolo de milho junto com pé-de-moleque, maçã do amor, cachorro-quente, espetinho e pastel?
A trilha sonora também não deixa a desejar — baião, xote e quadrilha são alguns dos gêneros que estão sempre presentes. A típica programação das igrejas, clubes e prefeituras fica ainda mais aconchegante quando feita dentro do conforto de casa. Às vezes, bate aquela insegurança na hora de organizar a própria festa, mas a Revista está aqui para ajudar a planejar um evento sem nenhuma dor de cabeça.
Como a estrela da celebração são os pratos típicos o melhor jeito de começar a organização é pela mesa, visto que ela vai ser o centro das atenções da noite!
Clara Juliana, do @mesadeiradebrasilia, dá várias dicas de como montar uma mesa perfeita para a sua festa junina. Para começar, é sempre bom separar os itens que serão utilizados. Primeiro, o jogo americano, que pode ser de diversos tecidos, cores e texturas. Mesclar modelos diferentes cria volume e contraste de uma forma bem interessante. A meseira, por exemplo, sobrepõe uma base de juta com um crochê amarelo, resultando em uma combinação super no clima da festa e perfeita para foto.
Outro item essencial é o guardanapo de tecido. Uma dica da meseira é colocá-lo junto com um porta guardanapo temático para acrescentar ainda mais um ponto decorativo na mesa. Com alguns materiais bem simples, eles podem até ser feitos em casa sem gastar quase nada.
Chegou a hora da escolha das louças. Peças neutras são sempre uma ótima pedida. Clara optou pelas brancas. Por serem mais fáceis de combinar com qualquer proposta, é um ótimo investimento para sua casa — elas vão compor muito bem sua mesa junina e todos os seus próximos eventos. Os modelos dependerão muito de quais comidas serão servidas, porém, normalmente, pratos de sobremesa funcionam muito bem. Quando colocados juntos com bowls, xícaras e panelinhas conseguem cumprir perfeitamente a demanda da festa.
Várias utilidades
Ressignificando a funcionalidade dos objetos e aproveitando tudo que você já tem em sua casa, as xícaras de chá podem virar recipientes para servir curau, canjica e caldos. Chapéus também podem se transformar em ótimas cumbucas para broa ou pipoca, pratos rasos substituem boleiras e um cesto de palha pode ser usado para servir o cachorro-quente. O jogo de talheres também precisa de uma atenção especial. Decoradas ou lisas, todas as peças serão necessárias para a montagem dessa mesa.
Agora que já temos o jogo americano, os pratos, as xícaras, os talheres e os guardanapos, é a hora dos arranjos. As flores sempre dão um charme a mais para qualquer ambiente. Para entrar no clima, Clara sugere colocá-las em cestas ou até montar um jarro temático com palha, espantalhos decorativos e ramos de trigo.
Para sobrar espaço suficiente para as estrelas desse evento, as comidas, outra dica é usar um aparador de suporte. O ambiente fica mais harmônico quando os itens estão bem distribuídos pela casa.
Para entrar ainda mais no tema e ter um resultado impecável, pequenos acessórios podem ser colocados nas próprias comidas. Bandeirinhas nos bolos e chapeuzinhos no canudo dos refrigerantes são algumas das dicas da meseira!
O próximo passo é organizar a casa para, finalmente, receber os convidados. Alguns itens simples, quando bem colocados, podem dar outra cara para o ambiente e deixar todos contaminados com o espírito da festa junina.
Na área externa
Se você curte uma pegada mais elaborada, alguns detalhes podem incrementar o ambiente, trazendo aquele toque de elegância. Dar uma atenção extra para o ambiente externo pode ser o seu diferencial. Na varanda, lounges com almofadas de chita é uma das dicas da decoradora Virgínia D'arc.
Uma fogueira também não pode faltar, assim como arranjos de flores artificiais com acessórios juninos, música ao vivo e até uma pequena quadrilha. Mesas redondas com toalhas coloridas intercaladas com mesas de madeira, jogo de luzes e balões de tecidos juninos são algumas das sugestões da decoradora. Quando combinados, esses detalhes fazem toda a diferença. Com poucos itens, sua festa ganha um ar sofisticado.
O planejamento é essencial — comida, bebida, decoração, música… São muitas coisas para se pensar antes que a festa vire realidade. A professora Diva Mascarenhas Borges, porém, aconselha você a respirar, pois o processo passa muito rápido em comparação com a alegria do dia. Há mais de 10 anos, ela oferece festas juninas no seu quintal para amigos e familiares. Essa tradição veio de quando ela era criança. Começou com um pedido dos caseiros do condomínio onde mora, anos depois passou para administração de sua irmã mais velha e agora, depois de casada, chegou oficialmente nela a coroa de anfitriã.
Para ela, o segredo para não ter estresse durante esse processo está na divisão de tarefas. Cada convidado contribui de alguma forma — alguns com os doces, outros com a bebida, alguém prepara o som, outro monta a fogueira... E, assim, ninguém fica sobrecarregado. "Quando todos são meio que donos da festa, todos se esforçam para fazer o melhor", comenta Diva.
Elementos da celebração
Chapéus de palha e lenços xadrez — São opções muito esperadas na hora de se vestir para o evento, mas já pensou em usá-los para enfeitar os bancos? Essa alternativa é perfeita para aproveitar esses acessórios, muitas vezes esquecidos no armário há anos. Além de ser um detalhe simples e charmoso, compõem muito bem o ambiente com um toque inusitado. Com certeza, vai chamar atenção de todos os convidados!
Painel de fitas — Depois de toda essa produção, você vai querer fazer vários registros para guardar seu evento na memória. Então, o que seria melhor do que uma parede especial para as suas fotos? As fitas podem ser feitas de diversos materiais, como papel crepom, cartolina e cetim. Para montar o painel, também é muito simples: você precisará apenas colar uma tira de fita dupla face na parede para conseguir prender os acessórios. Prontinho, uma parede bem colorida para alegrar sua festa!
Bandeirinhas — Não tem nada que combine mais com festa junina do que bandeirinhas! Essa é a clássica decoração que não pode faltar em nenhum evento. De origem curiosa — as antigas bandeiras eram produzidas em homenagem aos três santos do mês, Santo Antônio, São João e São Pedro, e colocadas em água para simbolizar a lavagem deles — foram transformadas com o passar do tempo nas famosas bandeirinhas coloridas meramente decorativas. De cartolina, papel de seda, EVA ou feltro, elas podem ser confeccionadas ou compradas prontas em qualquer loja neste período de comemorações.
Correio Braziliense domingo, 05 de junho de 2022
TAGUATINGA 64 ANOS: A ESSÊNCIA DA PRAÇA DO RELÓGIO, SÍMBOLO DA REGIÃO
Taguatinga 64 anos: a essência da Praça do Relógio, símbolo da região
Ronaldo Seggiaro mora em Taguatinga desde 1971 e declara o carinho pela cidade. Um de seus locais preferidos é a Praça do Relógio, onde guarda muitas lembranças
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Arthur de Souza
postado em 05/06/2022 07:00
Ronaldo Seggiano: "O grande charme de se viver no DF, era Taguatinga" - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
"Moro em Taguatinga desde 1971 e amo essa cidade." É assim que Ronaldo Seggiaro, 76 anos, descreve o que sente pela região administrativa onde reside há mais de 50 anos. Gaúcho de nascença, ele conta que chegou no Distrito Federal em março daquele ano. "Na época, eu era oficial da Polícia Militar e estávamos criando o 2º Batalhão da PM no Distrito Federal. Tenho uma história de amor muito grande com Taguatinga, porque ela me deu muito", se declara.
"Lembro-me, com muito carinho, de quando Taguatinga era a cidade mais bairrista do DF. As pessoas tinham total orgulho de ser taguatinguense", recorda Ronaldo. Uma de suas principais lembranças da cidade é a vida noturna que ela tinha. "Principalmente na década de 1970. Nessa época, a única atração fora daqui era o Gilberto Salomão, no Plano Piloto", aponta. "O restante da vida social do DF era aqui. Tinha a rua da alegria e alguns restaurantes que eram inesquecíveis", destaca Seggiaro.
O pioneiro também coloca as festas de Taguatinga como um de seus pontos altos. "O carnaval de rua daqui era maravilhoso. Começava pela tarde e ia noite a dentro", observa. "Além disso, as pessoas se reuniam para assistir futebol nos botecos, também tinha o Nenen's Chopp, que servia uma cerveja maravilhosa", atesta Ronaldo. Por causa de tudo isso, ele afirma que a região tinha um apelido carinhoso. "Os antigos chamavam de 'Taguaiorque', pois o grande charme de se viver no DF, era Taguatinga", brinca.
Referência
O local escolhido por Ronaldo para a entrevista foi a Praça do Relógio. E não foi por acaso. Ele afirma que o trecho é um ícone para Taguatinga. "Aqui perto, antigamente, tinha uma caixa d'água que, quando as pessoas a viam, sabiam que estavam chegando em Taguatinga", ressalta. "Acontecia de tudo por aqui, como feiras beneficentes e eventos. Além disso, todos que queriam fazer algo em Taguatinga, usavam a Praça do Relógio para fazer a divulgação", recorda.
Acompanhando Ronaldo, estava sua namorada, Givanilce Gois, 63, que também é pioneira da cidade. "Cheguei em Taguatinga em 1962, quando meu pai veio trabalhar na construção de Brasília", comenta. Apesar de não ter nascido na região, ela afirma que se considera uma "verdadeira taguatinguense". "Me casei e constituí minha família aqui. Só um dos meus filhos não está aqui. O resto, todos são filhos de Taguatinga", aponta.
"Considero aqui a minha 'terra natal', praticamente. Não saio daqui de jeito nenhum", frisa. Sobre o companheiro, Givanilce diz que já o conhecia, antes mesmo de começarem a namorar. "Ronaldo era meu vizinho, Depois que ele ficou viúvo e eu me separei, decidimos começar nosso relacionamento, que já dura sete anos", finaliza a pioneira.
Correio Braziliense sábado, 04 de junho de 2022
MÚSICA: GLORIA GROOVE LEVA O ÁLBUM *LADY LESTE* PARA TURNÊ NA EUROPA EM JULHO
Gloria Groove leva o álbum 'Lady Leste' para turnê na Europa em julho
A série de shows no velho continente vai começar em 2 de julho, em Lisboa (Portugal), e vai passar por países como Espanha, Suíça e Inglaterra
CB
Correio Braziliense
postado em 03/06/2022 19:44
Gloria Groove no clipe de Bonekinha - (crédito: Rodolfo Magalhaes/Divulga??o)
Após os palcos brasileiros, a cantora Gloria Groove vai levar o seu mais recente e exitoso álbum Lady Leste para a Europa. A turnê começa em 2 julho, com primeira parada em Lisboa (Portugal). No dia seguinte, é a vez da capital inglesa receber uma das drag queens mais em evidência do cenário pop musical brasileiro.
Singles de sucesso, como Bonekinha, Vermelho e A queda desembarcam, nos dias 6 e 7 de julho, em Barcelona (Espanha) e Dublin (Irlanda), respectivamente. O show em Genebra (Suíça) ocorre no dia 9 e o público residente da França se encontra com Gloria no dia seguinte, na capital Paris.
Correio Braziliense sexta, 03 de junho de 2022
GASTRONOMIA: DUDU CAMARGO APOSTA EM RECEITAS INSPIRADAS NA CULINÁRIA AMERICANA NO ARENA
Dudu Camargo aposta em receitas inspiradas na culinária americana no Arena
Em suas quase três décadas de profissão, o talentoso chef Dudu Camargo enfrenta pela primeira vez o desafio de criar um cardápio gastronômico esportivo, isto é, voltado para um ambiente que tem no esporte o seu foco. Foi para o restaurante Arena, que leva o seu nome, instalado no segundo andar do Bloco C, Quadra 2, Setor Hoteleiro Norte, onde no térreo e no primeiro andar funciona um clube de pôquer, que o chef desenvolveu receitas inéditas inspiradas na culinária americana. Ou no país vizinho, como é o caso do picante Mata Leão, carne moída com tempero mexicano, creme cheddar flambado no Jack Daniel`s escoltado de guacamole e Doritos (R$ 49,90).
Crédito: Arena Flow/divulgação. Beat
Beat são bastões de queijo empanado e anéis de lula crocante com molho de tomate (R$ 44,90) servidos como entrada, enquanto o Trinca, peito de frango grelhado, molho de queijos com ravióli de muçarela de búfala ao molho de tomate (R$ 44,90) é destaque entre os pratos principais, nos quais tem até um hamburguer com fettuccine verde de brócolis (R$ 49,90). A temática esportiva acompanha o item sobremesa com Apito Final nos donuts recheados com frutas vermelhas e Match Point no cheesecake de brownie e morango com sorvete de baunilha, ambas por R$ 19,90 cada.
Enquanto saboreiam os pratos, os clientes podem assistir a diversos esportes simultaneamente através de telas espalhadas pelo salão, com transmissões ao vivo dos principais torneios e jogos do dia. Telefone: 99340-7295.
Correio Braziliense quinta, 02 de junho de 2022
LITERATURA: ANY COLLIN PARTICIPA DE NOITE DE AUTÓGRAFOS DE NOVO LIVRO NO DF
Any Collin participa de noite de autógrafos de novo livro no DF
'Estilhaços de tempo' é o primeiro livro da escritora francesa radicada no Brasil. A obra reúne contos e crônicas sobre as andanças da autora
PA
Pedro Almeida*
postado em 02/06/2022 06:00
(crédito: Arquivo Pessoal)
A escritora francesa Any Collin participa, nesta quinta-feira (2/6), às 19h, na Livraria da Travessa do Shopping Casa Park, de uma noite de autógrafos para o livro Estilhaços de tempo, lançado neste ano pela Apis Editora.
Na gaveta de Any Collin, contos, poemas e crônicas repousaram por muito tempo à espera da oportunidade de se lançarem ao mundo. O tempo, implacável, fez com que a artista encontrasse, à beira dos 80 anos de idade, o desejo de torná-los públicos. Assim nasceu Estilhaços de tempo, uma compilação de contos e crônicas que relatam as andanças de uma escritora pelos mundos reais e da imaginação.
As andanças de Any não são poucas. Nascida em Paris, na França, em 1943, a artista passou os primeiros 25 anos de vida na cidade. Transcorrido o quarto de século nas ruas parisienses, o mundo tornou-se pequeno. Any caiu na estrada no afã de explorar o mundo e a si mesma. As diversas viagens, enfim, encontraram descanso em São Paulo, onde a artista foi morar com a família. Na maior cidade da América Latina, ela se encontrou em um grande caldeirão cultural e se deixou envolver à medida que sentia o amor pelo país avançar de forma galopante. O delírio tropical, contudo, foi interrompido por um infortúnio que a levou de volta a Paris. Por lá, Any não conseguiu chacoalhar o desejo de estar no Brasil e focou-se em produzir sobre o país. Entre os projetos, ajudou na divulgação de artistas brasileiros residentes na França, produziu dois programas de rádio e assinou uma coluna em um jornal local sobre a cultura brasileira.
De volta ao Brasil, Any conheceu outro país ao pousar em locais como o Sul e o Nordeste. Nas aulas de escultura com o mestre Antônio Pedro dos Santos, a quem ela agradece no livro pela "injeção de Brasil na veia", a escritora ouviu histórias incríveis que contavam sobre uma nação desconhecida por ela até então. Muitas delas tornaram-se inspiração direta para contos do livro. Any fincou bandeira no Rio de Janeiro, onde mora até hoje. O português, aos poucos, ganhou o posto de língua oficial na mente de Any; o Brasil, o posto de nação.
Munida de vivências, histórias e estórias, Any, enfim, abriu a gaveta que abrigava tantos textos. Recortes de tempo, ou, nas palavras da autora, estilhaços de tempo, se reuniram para formar um espelho que refletia, de certa forma, o rosto de Any. Os 20 textos que ocupam as 161 páginas do livro imprimem, sobretudo, o prazer de pertencer a um país acolhedor. E ela não pretende parar por aí. Um novo livro de poesias está pronto e traz o anúncio de que a gaveta não tem a intenção de se empoeirar outra vez.
Correio Braziliense quarta, 01 de junho de 2022
MÚSICA: JOÃO DONATO, ÍCONE DA BOSSA NOVA, FAZ SHOW NO CLUBE DO CHORO
João Donato, ícone da bossa nova, faz show no Clube do Choro
O pianista apresenta, nesta quarta-feira (1º/6) sucessos como ‘A rã’, ‘Bananeira’ e ‘Amazonas’. Ao Correio, falou sobre a relação de amor com Brasília, "do céu lindo, dos gramados"...
JC
José Carlos Vieira
postado em 01/06/2022 06:00
(crédito: DiogoSilveira/Divulgaco)
João Donato tem um sorriso que ilumina toda a área em que ele se encontra. Um menino genial de 87 anos, que gosta de falar de música e curtir a vida. Nesta entrevista ao Correio, o instrumentista, que se apresenta hoje no Clube do Choro, fala da trajetória, da relação de amor com Brasília e da grandeza do amigo e xará João Gilberto.
Como é voltar a tocar em Brasília depois de uma pandemia traumática que ainda hoje preocupa?
É uma felicidade muito grande, pelo carinho que eu recebo do Reco do Bandolim (Henrique Santos Filho), pelo público do Clube do Choro... Eu recebi há poucos dias a segunda dose de reforço da vacina contra a covid-19 e estou me sentindo bastante seguro. Espero que a galera também tenha se vacinado, para a gente estar na mesma sintonia.
Você morou em Brasília por algum tempo, de que sente saudades? Quais locais gostava de frequentar?
Eu sinto saudade daquela paz de Brasília, do céu lindo, dos gramados. Sinto falta do tacacá da dona Jacirema, daquela gente animada que curte a minha música no Clube do Choro. Brasília tem um significado muito especial na minha vida: há 23 anos eu me apaixonei pela Ivone (Belém), nos casamos na Primeira Igreja Batista, moramos na Asa Norte e estamos juntos até hoje.
O Clube do Choro tem uma relação bacana com você, como é reabrir a casa para receber amigos?
Eu e o meu conjunto fizemos quase 20 temporadas no Clube, desde quando ele funcionava no subsolo, o Donatinho (meu filho) ainda era adolescente. Nos meus 80 anos, em 2014, ganhei do Reco uma homenagem: cheguei e lá estava eu em um desenho ocupando a fachada do Clube. Eu me sinto muito querido pela família do Reco e pela rapaziada que trabalha no Clube do Choro. E, claro, também pelo público que gosta de música instrumental, escuta em silêncio e aplaude que é uma beleza.
Na sua longa carreira, qual perrengue, situação difícil, que teve de encarar e qual momento mágico que você gosta de relembrar?
Na época da ditadura, década de 1970, eu estava me apresentando como pianista com a Gal Costa em Maceió e, por causa de uma reclamação no hotel, eu e a minha mulher à época, Ana Maria, fomos presos. Naquele tempo não se podia reclamar nem de um sabonete. Ainda bem que esse tempo passou. Numa dessas apresentações que eu venho fazendo no Clube, contei a história da minha primeira composição, "Nini", feita em homenagem à minha primeira paixão, aos 7 anos de idade. Quando eu termino de tocar a música, a Nini me aparece na plateia, quase 80 anos depois, percebi o meu coração batendo muito forte por causa de uma namorada.
A sua amizade com João Gilberto atravessou décadas de sucessos e noitadas no Brasil e nos Estados Unidos, pode contar um pouco dessa relação musical?
Eu costumo dizer que se a bossa nova tem um rei, o João Gilberto, com aquela voz suave, aquele violão econômico e aquele jeito de desaparecer e reaparecer, feito uma tartaruga ninja. Sim, tem o Tom (Jobim), compositor e instrumentista sensível. Mas o João era além de tudo um amigo leal: sempre que eu me encontrava em perigo, ele aparecia do nada com uma plantinha ou mandava me entregar um envelope com alguns dólares. A gente se entendia andando lado a lado, nem precisava se olhar. Quando nos encontramos pela primeira vez, foi aquela sintonia, ao ponto de ele vestir as minhas camisas. Sabe como é, eu morava com meus pais, aquela vida boa, e ele veio da Bahia sozinho.
Você tem um sorriso e uma luz também fora dos palcos, o que te tira do sério? O que gosta de fazer quando não está diante de um piano?
Eu gosto de sentir as coisas da natureza: ouvir os sons dos passarinhos, andar por um bosque depois de uma chuva fina, sentir aquele cheiro da terra, os sabores da minha infância no Acre: cupuaçu, taperebá, manga; tomar um bom tacacá, uma tigela de açaí. Gosto de dormir. Gosto de escutar música, dormir e acordar escutando música. O Paulo Moura vinha aqui em casa, agora o João Bosco e outros amigos vêm e ficamos estirados horas escutando música. Ninguém fala nada. Há quem ache isso estranho (risos), mas o Zuza Homem de Mello contava que foi a Nova York estudar música na renomada escola Julliard e que a primeira coisa que ensinaram na escola foi escutar música. Errado não estavam. O que me tira do sério, deixa eu pensar... pressa para fazer qualquer coisa. Eu sou aquela tartaruguinha que chega por último.
Por que a bossa nova conquistou ouvidos e corações de americanos, europeus e japoneses?
Porque ela traz uma mensagem melódica para cima, um frescor juvenil, uma paz de espírito. É uma música que qualquer japonês sabe que trata de amor, de sorriso, de flor, mesmo sem conhecer o idioma.
Você tem algum arrependimento? O que falta para você?
Não, nenhum. No elevador sempre tem um espelho, não é? Eu vejo a minha imagem refletida e, para diversão da Ivone, de quem está do meu lado, eu brinco: "Ninguém diz que eu vou fazer 100 anos". Eu pratico a gargalhoterapia e isso acho que ajuda.
Você já definiu o repertório para o Clube do Choro?
Sim, vai ser como um reencontro daqueles de namorados que não se veem há meses: um pouco de clássicos para matar a saudade (A rã, Bananeira e Amazonas), uns temas mais recentes que saíram no disco que lançamos com o Jards Macalé, um carimbó que compus com a Dona Onete e outras que a gente não lembra na hora e que o público faz a gente recordar: Doralinda, Simples Carinho.
Brasília 60 Anos de Choro
Show de João Donato e Trio hoje e amanhã, às 20h30, no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental). Ingressos R$ 60 (inteira) e e R$ 30 (meia entrada). Classificação indicativa livre. Informações: 99956-7369 (Whatsapp).
Correio Braziliense terça, 31 de maio de 2022
SÉRIES: JODIE FOSTER SERÁ UMA DAS NOVAS PROTAGONISTAS DE *TRUE DETECTIVE*
Jodie Foster será uma das novas protagonistas de ‘True detective’
Vencedora do Oscar de Melhor atriz interpretará Liz Danvers na quarta temporada da série antológica; ainda não há data prevista para estreia
CB
Correio Braziliense
postado em 31/05/2022 09:54
Jodie Foster vai viver uma das investigadoras da série - (crédito: JOHN MACDOUGALL)
Vencedora do Oscar de Melhor atriz por Silêncio dos inocentes, Jodie Foster será a protagonista da quarta temporada de True detective, segundo o portal Deadline. A artista interpretará uma detetive chamada Liz Danvers.
No novo ano da série, Danvers e a colega Evangeline Navarro investigam um caso de desaparecimento de seis homens que operam uma estação de pesquisa no Ártico, a Tsalal Arctic Research Station.
Foster integrará, ainda, a equipe de produção executiva junto a Issa López, Barry Jenkins, Alan Page Arriaga, Mark Ceryak, Matthew McConaughey, Woody Harrelson, Adele Romanski, Mari Jo Winkler, Cary Joji Fukunaga e Nic Pizzolatto.
True detective é uma série antológica, que já foi protagonizada por Mahershala Ali e Stephen Dorff, na última temporada, e também teve participação de Colin Farrel, Taylor Kitsch, Rachel McAdams e Vince Vaughn. McConaughey e Harrelson estiveram no primeiro ano do seriado. Os episódios estão disponíveis no catálogo da HBO Max, mas a quarta temporada ainda não tem data de lançamento definida.
Correio Braziliense segunda, 30 de maio de 2022
IGREJA CATÓLICA: PAPA FRANCISCO ANUNCIOU 21 NOVOS CARDEAIS - *A EMOÇÃO FOI GRANDE. MISSÃO DE DEUS*, DIZ ARCEBISPO DE BRASÍLIA
"A emoção foi grande. Missão de Deus", diz arcebispo de Brasília
O papa Francisco anunciou, ontem, 21 novos cardeais. Entre os escolhidos, estão dois brasileiros. Dom Paulo Cezar Costa, da Arquidiocese local, e Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus
GF
Giovanna Fischborn
postado em 30/05/2022 06:00
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
O papa Francisco anunciou ontem os nomes de 21 novos cardeais da Igreja Católica. Entre eles, há dois brasileiros. Foram escolhidos Dom Paulo Cezar Costa, da Arquidiocese de Brasília, e Dom Leonardo Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus. Agora, o Brasil terá nove representantes no colégio cardinalício. Apenas a Itália, os Estados Unidos e a Espanha têm mais membros.
Atualmente, o Vaticano tem 208 cardeais. Com a atualização, passa a 229. Os cardeais são escolhidos diretamente pelo Santo Padre para serem os assessores direto do pontífice. Para ser cardeal, é obrigatório ser bispo ou arcebispo. Aqueles que tiverem menos de 80 anos podem votar para eleger o próximo Papa. Por esse motivo, dos nove integrantes brasileiros no Colégio dos Cardeais, só seis votariam num eventual conclave, que ocorre após a renúncia ou morte de um papa. Da lista anunciada, 16 religiosos estariam aptos a votar.
"Oremos pelos novos cardeais e para que eles, confirmando sua adesão a Cristo, me ajudem em meu ministério como bispo de Roma pelo bem de todo o santo povo fiel de Deus", disse o líder do Vaticano. Também da América do Sul, foram nomeados o paraguaio Adalberto Martínez Flores, arcebispo de Assunção, e o colombiano Jorge Enrique Jiménez Carvajal, arcebispo emérito de Cartagena. A Itália, hoje com 44 nomes, ganhará mais cinco cardeais. Os Estados Unidos, mais um. Foram escolhidos ainda um inglês, um sul-coreano, um francês, um nigeriano, dois indianos, um timorense, um ganense, um singapurense e um arcebispo belga.
A cerimônia oficial para os novos cardeais será dia 27 de agosto. O Consistório reúne todos os cardeais, inclusive os recém-escolhidos, para assistir o Papa em decisões administrativas e econômicas.
Dom Paulo Cezar Costa, representante de Brasília, disse ter ficado surpreso com a nomeação e agradeceu o reconhecimento do trabalho que é feito no Brasil e nas igrejas brasilienses. "Estava assistindo à RAI Vaticano, como gosto de fazer aos domingos pela manhã, quando o papa falou sobre a convocação do Consistório. Disse o nome de Dom Leonardo e, depois, chamou o meu. A emoção foi grande", contou em entrevista coletiva. A RAI é o veículo de rádio e TV da Itália, que exibe conteúdos sobre a Igreja. Mesmo com o comunicado, Dom Paulo Cezar manteve a agenda do dia e da semana.
O arcebispo disse que permanecerá na Arquidiocese e reforçou a missão do ministério enquanto serviço. "Um cardeal tem a missão de servir ao povo de Deus, ajudando o papa no governo da Igreja. Buscarei fazer com alegria tudo o que o Santo Padre pedir", completou. Paulo Cezar Costa, que é bispo há 11 anos. Foi nomeado arcebispo de Brasília em dezembro de 2020.
Aos 54 anos, torna-se, então, o cardeal mais novo entre o Colégio, posto antes ocupado por Dieudonné Nzapalainga, da República Centro-Africana, de 55. Vale lembrar que o cardeal Dom Sérgio da Rocha, anunciado pelo Papa Francisco em 2016, também cumpriu serviços na Arquidiocese de Brasília como arcebispo.
Dom Leonardo, de Manaus, é mais um cardeal que tem sua história ligada à capital. O religioso já foi bispo auxiliar em Brasília, função lembrada com carinho por Dom Paulo Cezar: "É um homem que desejamos todo o bem e que temos muita estima", disse em nome da igreja. Leonardo nasceu em Forquilhinha, Santa Catarina, e tem 71 anos. Estudou filosofia e teologia nos Franciscanos de Petrópolis. Formado em filosofia e pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena (UNISAL), foi ordenado sacerdote em 1978. Tomou posse como arcebispo de Manaus em janeiro de 2020 e será o primeiro cardeal da Amazônia brasileira.
Trajetória
Dom Paulo Cezar é natural de Valença, no Rio de Janeiro. Graduado em Teologia pelo Instituto Superior de Teologia da Arquidiocese do estado, foi ordenado sacerdote em 1992, aos 25 anos. Foi pároco, reitor do seminário e professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio).
Mais tarde, em 2010, foi escolhido, pelo papa Bento XVI, para ser bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião, também no Rio de Janeiro, e, no ano seguinte, foi ordenado pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. Lá, foi articulador e organizador da Jornada Mundial da Juventude de 2013. Em 2016, o Papa Francisco o nomeou como o 7º Bispo da Diocese de São Carlos, em São Paulo. Depois, deu sequência aos trabalhos como bispo da Arquidiocese de Brasília.
Atualmente, Dom Paulo Cezar é responsável pelo Setor Universidades da Igreja no Brasil, da Comissão Episcopal Pastoral para Educação e Cultura, é membro do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e membro do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). No Vaticano, Dom Paulo Cezar integra a Pontifícia Comissão para América Latina e o Pontifício Conselho para Unidade dos Cristãos.
Veja a lista dos cardeais brasileiros no Vaticano
Atualmente, a Igreja tem 208 cardeais. Com a atualização, serão 229. Os nove brasileiros que compõem, agora, o Colégio de Cardeais são:
Nomeados pelo Papa João Paulo II, em 2001
- Cláudio Hummes (87 anos)
- Geraldo Majella Agnelo (88 anos)
Nomeados pelo Papa Bento XVI
Em 2007
- Odilo Pedro Scherer (72 anos)
Em 2010
- Raymundo Damasceno Assis (85 anos)
Em 2012
- João Braz de Aviz (75 anos)
Nomeados pelo Papa Francisco
Em 2014
- Orani João Tempesta (72 anos)
Em 2016
- Sérgio da Rocha (62 anos)
Em 2022
- Leonardo Steiner (71 anos)
- Paulo Cezar Costa (54 anos)
Correio Braziliense domingo, 29 de maio de 2022
RELIGIÃO: TAGUAPARQUE VOLTA A REUNIR EM CELEBRAÇÃO DE PENTECOSTES
Taguaparque volta a reunir em celebração de Pentecostes
Na sua 23ª edição, o maior evento católico da capital, deve contar com um público de mais de 1 milhão de pessoas, entre 3 e 5 de junho, para a benção das velas
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Ana Maria Pol
postado em 29/05/2022 06:00 / atualizado em 29/05/2022 10:03
(crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)
Louvores, orações e pregações. Foram dois anos de espera até que as medidas restritivas em decorrência da covid-19 fossem reduzidas e os católicos do Distrito Federal pudessem se reunir novamente para os momentos de fé e adoração que acontecem na tradicional Festa de Pentecostes. Na sua 23ª edição, o maior evento católico da capital, deve contar com um público de 1,3 milhão de pessoas, entre 3 e 5 de junho, quando os fiéis se reúnem no Taguaparque, em Taguatinga, para a benção das velas. De acordo com a organização do evento, a expectativa é 30% maior do que a última edição, ocorrida em 2019.
Sob liderança do padre Moacir Anastácio, as celebrações começam hoje, na sede do Centro de Evangelização Renascidos de Pentecostes, no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, em Ceilândia, sendo finalizada com o tríduo de Pentecostes e a bênção das velas, no Taguaparque. A expectativa de pessoas que devem comparecer é feita de acordo com a área quadrada do espaço, conforme explica o coordenador geral do evento, Wberthyer Costa de Araújo. "Nos últimos dois anos não tivemos esse evento no Taguaparque, ele aconteceu só pelas redes sociais. E até 2019, ano anterior à pandemia, o evento sempre crescia cerca de 10% por ano. Então, para 2022, esperamos um aumento de 30%", reitera.
Nos últimos dois anos, o coordenador diz que o evento ocorreu de forma reduzida. "Foi diferente porque tínhamos um decreto que proibia a aproximação de pessoas. Então em 2020, vivemos a semana de Pentecostes através das redes sociais, e não houve a benção das velas. Em 2021, ainda estávamos com o decreto, mas organizamos o evento no Centro de Evangelização e cerca de 20 mil pessoas compareceram no local", recorda. Para este ano, a estrutura será a mesma de 2019. "Teremos telas, tendas, sete praças de alimentação, cinco espaços de lojas de artigos religiosos, 14 pontos de vendas de água. E tudo isso já está sendo preparado", reitera.
Ainda segundo Araújo, o evento conta com o apoio do Governo do Distrito Federal na organização. Uma reunião foi feita, há cerca de 15 dias, com órgãos do GDF para alinhar estratégias de segurança e mobilidade, por exemplo. "A limpeza do parque é feita, melhoramento dos estacionamentos, poda de árvores, e cada órgão monta uma estratégia. Contamos, ainda, com a ajuda da Polícia Militar do DF, Polícia Civil,Serviço de Limpeza Urbano, Metrô, Samu, para garantir a organização do evento", garante.
No último domingo, ocorreu o retiro em preparação para a Semana de Pentecostes, com cerca de 1,5 mil voluntários que vão servir na organização do evento. "Temos várias equipes, de alimentação, vendas de artigos religiosos, liturgia, ministros da eucaristia, venda de água. Eles se inscrevem e fazemos um treinamento para mostrar como é o evento e temos um dia de oração e espiritualização", cita.
Momento de devoção
Anualmente, a celebração é encerrada com a benção das velas, momento principal do evento. A cada dia, os fiéis podem levar uma vela, que será abençoada e consagrada à Santíssima Trindade: sexta ao Pai, sábado ao Filho e domingo ao Espírito Santo. As velas, que representam luz e esperança para os momentos difíceis, costumam ser acesas pelos fiéis quando aguardam por algum milagre. Para a dona de casa Leidimar Ferreira, 55 anos, o momento é marcante. Ela conta que a primeira vez que participou da benção das velas foi em 2007 e, de acordo com ela, foi dessa forma que conseguiu a graça tão alcançada.
O testemunho de Leidimar perpassa pela história de sua família. Ela conta que o marido tinha problemas com álcool, o filho não se envolvia com boas pessoas, e a filha sonhava em fazer faculdade, mas a família não tinha condições de pagar pelos estudos. Foi convidada pela cunhada, em 2006, para ir às missas de cura e libertação na Paróquia São Pedro. "Foi lá que ouvi falar sobre a semana de Pentecostes e decidi ir. Quando eu cheguei, sonhava em reestruturar minha família. Meu esposo era alcoólatra, meu filho andava com pessoas que não eram de boa índole. Minha casa estava no chão. Foi quando descobri essa devoção e a bênção das velas", diz.
Agarrada à fé, Leidimar passou a ir, anualmente, abençoar suas velas. Ela conta que a cada momento de dificuldade, em que precisou de ajuda, acendeu uma vela e recebeu uma graça. "Meu esposo abandonou a bebida, meu filho hoje é advogado criminalista, minha filha concluiu a faculdade de educação física. Então, só tenho a agradecer. Tudo que estava desmoronando foi transformado pelas mãos da Trindade Santa", diz. Para a dona de casa, é essa fé que torna o evento de Pentecostes tão especial. "Todos estão ali com um só propósito, à procura de Deus. E quando estamos reunidos, nossa espiritualidade aumenta, parece que recebemos um sopro de vida", completa.
Ao Correio, padre Moacir falou sobre a festa e a devoção às velas de Pentecostes. "A Semana de Pentecostes passou de milhares para milhões de pessoas e essas pessoas têm testemunhado em todos os lugares que na hora extrema da dor, acenderam essas velas e receberam a resposta para seus problemas. Contra fatos não há argumentos. O fato é que esses milhões de pessoas poderão testemunhar que a revelação era verdadeira", pondera. De acordo com o sacerdote, a cada ano, os cristãos tomam consciência da necessidade de viver a espiritualidade de Pentecostes. "Com a Igreja renovada, os fiéis são consolados e tantas vezes curados e libertos e se sentem muito perto de Deus", afirma.
Segundo Moacir, a festa de Pentecostes não é importante só para o Distrito Federal, mas para o Brasil e para o mundo. "Precisamos de um novo Pentecostes que nos tire da dormência, da frieza e do impacto negativo que o mundo nos oferece todos os dias. Este mundo depressivo, de novas doenças, novas guerras e novas desilusões. Pentecostes nos anima a não perder a esperança em um novo mundo, onde haja paz, alegria e justiça para todos", completa. Para os fiéis que pretendem participar do momento, o sacerdote deixa o convite: "Depois de dois anos de tristeza, incerteza, de notícias de mortes e, só de mortes, queremos celebrar a vida que se renova a cada dia na presença de Deus, que é fonte de água viva".
Evento histórico
A festa de Pentecostes em Taguatinga Sul começou em 1999, na Paróquia São Pedro. Em 2000, com o aumento do número de fiéis, foi preciso transferir o evento para o antigo Pistão Park Show; em seguida, para o Parque Leão, no Recanto das Emas; e, finalmente, para o Taguaparque. A cirurgiã-dentista Juliana de Queiroz Miziara, 41 anos, acompanhou o evento ao longo dos anos, e conta que participa da celebração, anualmente, há 23 anos. "Pude ver a evolução e o crescimento da devoção. Começou na Paróquia São Pedro, com apenas os servos, após o padre perceber que após a solenidade da Assunção do Senhor, todos deveriam permanecer em oração até a vinda do Espírito Santo em Pentecostes. No ano seguinte veio a revelação das velas de Pentecostes, uma na sexta, consagrada ao Pai; uma no sábado, consagrada ao Filho e uma no Domingo, consagrada ao Espírito Santo", explica.
De acordo com ela, a tradição e devoção foi passada pela mãe, que era serva na Paróquia São Pedro, local de origem da festa. Atualmente, Juliana também serve no evento. "Eu iniciei a devoção com o objetivo de reavivar a minha fé, de renovar minha esperança em Jesus Cristo, buscando a presença de Deus em minha vida. Participando como fiel, aos poucos percebi que era necessário servir. Eu precisava retribuir tudo que havia recebido", pontua. A servidora conta que serviu durante quatro anos no caixa da praça de alimentação e, no último Pentecostes, em 2019, serviu na liturgia. Depois disso, iniciou a caminhada vocacional para ser membro da Comunidade Renascidos em Pentecostes, colocar em prática o carisma e viver essa espiritualidade.
"Pentecostes é o avivamento da fé católica. É o momento em que nos reunimos em oração na espera da vinda do Espírito Santo. Assim como os discípulos se reuniram após a ascensão de Jesus Cristo, ficaram em oração, estavam assustados, com medo. Mas não perderam a esperança nas palavras de Jesus Cristo", pondera Juliana. Para este ano, a servidora acredita que as pessoas estão sedentas pela graça de Deus. "Verdadeiramente acredito que vamos nos surpreender com a quantidade de pessoas. Apesar de muitos acharem que por estarmos saindo de uma pandemia podemos ter um baixo quantitativo, eu penso o contrário. Todos nós, que estamos aqui hoje, somos milagre. Será o maior Pentecostes de todos os tempos", completa.
Saiba mais: o que é Pentecostes?
"Pentecostes é uma antiga festa judaica que se celebrava todos os anos para agradecer pela colheita. Acontece 50 dias depois da Ressurreição e oito dias depois da Ascensão do Senhor. As últimas palavras de Jesus Cristo para os Apóstolos é um pedido: "Não vos afasteis de Jerusalém, esperai o cumprimento da promessa, recebereis o Espírito Santo e sereis as minhas testemunhas". É exatamente neste dia que nasceu a Igreja. É de grande importância para todos os cristãos e, principalmente, para os católicos, porque neste dia celebramos o nascimento da Igreja. É um renovar da fé e da esperança, é receber um novo vigor e, principalmente, uma nova efusão no Espírito Santo".
Cronograma
29 de maio (domingo): Abertura da semana de Pentecostes
14h - Rosário 15h - Abertura do evento: história da semana de Pentecostes 16h - Missa de libertação
30 de maio (segunda) a 2 de junho (quinta)
6h30 - Missa 8h às 12 - Adoração 12h às 13h30 - Terço dos Renascidos 13h30 às 15h - Pregação com oração 15h - Missa da Misericórdia 17h - Missa de Nossa Senhora da Primavera 18h- Animação com banda 19h - Missa de Cura e Libertação
3 de junho (sexta): Benção das Velas (Pai) no Taguaparque
8h - Cenáculo 10h30 - Louvor da Comunidade 11h - Animação 12h - Terço da Batalha com oração de Libertação 13h - Pregação 14h - Terço dos Renascidos com oração de cura e libertação 15h - Adoração no palco e missa para servos no Anfiteatro 16h30 - Louvor 17h45 -Animação 18h - Terço de Nossa Senhora da Primavera (pela internet) e preparação para a Santa Missa 19h - Missa de Libertação
4 de junho (sábado): Benção das Velas (Filho) no Taguaparque
8h - Cenáculo 10h30 - Louvor da Comunidade 11h - Animação 12h - Terço da Batalha com oração de Libertação 13h - Pregação 14h - Terço dos Renascidos com oração de cura e libertação 15h - Adoração no palco e missa para servos no Anfiteatro 16h30 - Louvor 17h45 -Animação 18h - Terço de Nossa Senhora da Primavera (pela internet) e preparação para a Santa Missa 19h - Missa de Cura
5 de junho (domingo): Benção das Velas (Espírito Santo) no Taguaparque
8h - Cenáculo 10h - Louvor da Comunidade 11h - Animação 11h30 - Terço da Batalha com oração de Libertação 12h30 - Pregação 13h30 - Terço dos Renascidos com oração de cura e libertação 14h30 - Momento Comunidade - Vocacional 15h30 - Preparação para a Santa Missa 16h - Missa de Libertação
Correio Braziliense sábado, 28 de maio de 2022
HORA DO ARRAIÁ!: CONFIRA O CALENDÁRIO DE FESTAS JUNINAS NO DF
Hora do arraiá! Confira o calendário de festas juninas no DF
Depois de dois anos com restrições pela pandemia, a celebração de São João volta com tudo no quadradinho. Veja as datas e locais
AR
Arthur Ribeiro*
postado em 27/05/2022 15:40
(crédito: Dan Queiroz/CB/D.A Press)
Elas voltaram! As festas juninas chegaram e o período de arraial toma conta da agenda do Distrito Federal para as próximas semanas. Com muita quadrilha, comidas típicas e o frio tradicional dessa época do ano, as celebrações já começaram em maio, seguem durante todo o mês de junho e se estendem até julho. Confira mais abaixo o calendário das festas juninas espalhadas por todo o DF.
A folia retorna sem restrições após dois anos de adaptações em razão da pandemia. Agora, clubes, igrejas, parques, quadras e estabelecimentos abrem as portas para receber quem estava com saudade de curtir um quentão, uma canjica, um caldo e muito mais.
*Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel
Veja a seguir a lista com as festas juninas no Distrito Federal, em ordem cronológica:
Arraiá de Águas Claras Data: sexta (27/5), sábado (28/5) e domingo (29/5) Horário: 19h à 0h (sexta e domingo) e 19h às 2h (sábado) Local: estacionamento da Faculdade Uniplan
Paróquia Nossa Senhora de Fátima Data: sábado (28/5) e domingo (29/5) Horário: 19h (sábado) e 18h (domingo) Local: Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Barraquinhas Marianas 2022 Data: sexta (27/5), sábado (28/5) e domingo (29/5) Horário: 19h Local: Paróquia Nossa Senhora Do Rosário De Fátima
Festa Junina na Fazenda Churrascada Brasília Data: quinta (2/6) Horário: 17h Local: Setor de Clubes Sul, Tr. 2 (dentro do Clube de Golfe)
Festa Junina da Paróquia Santo Antônio Data: de quinta (2/6) a domingo (5/6), e de 9 a 13 de junho Horário: 18h Local: Paróquia Santo Antônio
Festa Junina do Clube do Exército
Data: sexta-feira (3/6) e sábado (4/6) Horário: 18h Local: Clube do Exército
Arraiá do Parque Data: sexta-feira (3/6) e sábado (4/6) Horário: 18h Local: Parque da Cidade
Arraiá da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe Data: sexta-feira (3/6), sábado (4/6) e domingo (5/6) Horário: 18h na sexta-feira e sábado, e domingo a partir das 16h Local: Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe
Farraiá da Márcia Data: 3 a 5 de junho, 10 a 12 de junho, 17 a 19 de junho e 24 a 26 de junho Horário: 17h30 Local: CAUB 1 – Império Verde Celeiro, perto do viaduto do Gama, sentido Catetinho
Arraiá Legis 2022 Data: sexta-feira (10/6) Horário: 19h Local: Clube da Ascade
Festa Junina do Iate Clube de Brasília Data: quinta (9/6), sexta (10/6) e sábado (11/6) Horário: 19h Local: Iate Clube de Brasília – Setor de Clubes Norte
Festa Junina da Paróquia São João Paulo II Data: sexta-feira (10/6), sábado (11/6) e domingo (12/6) Horário: 18h Local: Paróquia São João Paulo II
Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Data: sexta-feira (10/6), sábado (11/6) e domingo (12/6) Horário: 19h Local: Paróquia Nossa Senhora do Rosário
Arraiá da Paróquia Senhor Bom Jesus Data: sábado (11/6) e domingo (12/6) Horário: 19h Local: Paróquia Senhor Bom Jesus
Arraiá da Paróquia São Pio de Pietrelcina Data: sexta-feira (10/6), sábado (11/6) e domingo (12/6) Horário: 18h Local: Paróquia São Pio de Pietrelcina
Festa Junina da Paróquia Santíssima Trindade Data: sexta-feira (10/6), sábado (11/6) e domingo (12/6) Horário: 19h Local: Paróquia Santíssima Trindade
Grupo Escoteiro Salgado Filho
Data: sexta-feira (10/6) e sábado (11/6) Horário: 19h Local: SHIS -QI 3 entre os conjuntos 3 e 4 - Área especial, Lago sul
Festa Junina do Iate Clube de Brasília Data: quinta-feira (9/6), sexta-feira (10/6) e sábado (11/6) Horário: 19h Local: Iate Clube de Brasília
Festa Junina da Paróquia São Pedro de Alcântara Data: sexta-feira (10/6) e sábado (11/6) Horário: 19h Local: Paróquia São Pedro de Alcântara
Arraia do Brasília Country Club Data: sexta-feira (10/6) e sábado(11/6) Horário: 19h Local: Country Club
Arraiá da Paróquia do Verbo Divino Data: sexta-feira (10/6), sábado (11/6) e domingo (12/6) Horário: 18h Local: Paróquia do Verbo Divino
Festa Junina da Paróquia Nossa Senhora Aparecida Data: sábado (11/6) e domingo (12/6) Horário: a partir das 19h Local: Pátio da Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Festa Junina da Paróquia Imaculado Coração de Maria Data: sexta-feira (10/6), sábado (11/6) e domingo (12/6) Horário: 18h Local: Paróquia Imaculado Coração de Maria
Festa Junina da Paróquia Nossa Senhora do Carmo
Data: sexta-feira (10/6), sábado (11/6) e domingo (12/6) Horário: 20h Local: Paróquia Nossa Senhora do Carmo
Festa Junina da Paróquia Nossa Senhora das Vitórias Data: sábado (11/6), às 19h, e domingo (12/6) Horário: 17h Local: Paróquia Nossa Senhora das Vitórias
Arraial da Dona Junina Data: sexta (17/6) Horário: 18h às 4h Local: ASCADE (St. de Clubes Esportivos Sul Trecho 2 Conjunto 10, Lote 18 - Asa Sul)
Arraiá do Santuário do Santíssimo Sacramento Data: sexta-feira (17/6) e sábado (18/6) Horário: 18h à 0h Local: Santuário do Santíssimo Sacramento
Festa Junina da Paróquia Santa Cruz e Santa Edwiges.
Data: sexta-feira (17/6), sábado (18/6) e domingo (19/6) Horário: 18h Local: Paróquia Santa Cruz e Santa Edwiges
Arraial Dona Junina com show do Grande Encontro - Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo Data: sexta-feira (17/6) Horário: 18h Local: Clube Ascade
5º São João do Guará Data: quinta-feira (23/6) a domingo (26/6) Horário: 17h Local: EQ 19/34 - em frente ao edifício Consei - Guará
Festa Junina da Paróquia Sagrado Mercês Data: sexta (24/6) a domingo (26/6) Horário: 19h Local: Paróquia Sagrado Mercês
Festa Junina do Santuário São Francisco de Assis
Data: sexta (24/6) e sábado (25/6) Horário: 18h Local: Santuário São Francisco de Assis
Paróquia Nossa Senhora da Saúde Data: sábado (25/6) e domingo (26/6) Horário: 18h às 22h Local: Paróquia Nossa Senhora da Saúde
Com cardápio enxuto de apenas meia dúzia de deliciosos pratos de bacalhau, uma lula grelhada na brasa e uma sugestão de arroz de pato, o restaurateur Antonio Machado Barrigana inaugurou semana passada, no CasaPark, a loja física de sua grife O Tuga, nascida à beira da pista da Ponte JK, que serviu menu lusitano somente nos fins de semana e feriados. A casa dispõe de 74 lugares espalhados em dois ambientes com a cozinha no centro, de onde saem ainda a entrada de linguiça portuguesa e burrata e o menu kids de picanha grelhada.
Crédito: Antônio Barrigana/Divulgação
Destaque é o clássico bacalhau à lagareiro (R$ 168), feito com o lombo do gadhus morhua assado escoltado de batatas ao murro, ovo cozido e brócolis temperado com ervas e finalizado com alho e azeite extravirgem português. O empresário Marcelo Baroni divide com Barrigana o comando da casa que funciona todos os dias, de terça a domingo para almoço e jantar e segunda, só almoço. Telefone: 98403-1122.
Correio Braziliense quinta, 26 de maio de 2022
SOLIDARIEDADE: HOSPITAL DA CRIANÇA PROMOVE SEMANA DE BRINCADEIRAS PARA PACIENTES
Hospital da Criança promove semana de brincadeiras para pacientes
O Hospital da Criança de Brasília (HCB) promove, até sexta-feira (27/5), uma série de atividades lúdicas para pacientes da unidade de saúde
TM
Thaís Moura
postado em 26/05/2022 06:00
Semana do Brincar teve sarau com direito a contação de histórias para os pequenos pacientes do HCB - (crédito: Ed Alves/CB)
As brincadeiras são elementos importantes para desenvolver a criatividade, a comunicação, e para garantir o bem-estar dos pequenos. Por isso, o Hospital da Criança de Brasília José de Alencar (HCB) promove, até sexta-feira (27/5), a "Semana do Brincar". A programação, que se iniciou em 23 de maio, em comemoração ao Dia Internacional do Brincar, celebrado mundialmente no próximo sábado (28/5), prevê a realização de atividades lúdicas para entreter e acolher os pacientes da unidade hospitalar. Nos últimos dois anos, o evento foi suspenso devido às medidas de distanciamento e restrições da pandemia de covid-19.
Teatros de fantoches, pinturas, contação de histórias, jogos variados e a apresentação de músicas do folclore brasileiro são algumas das atividades organizadas no HCB por voluntários da Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (Abrace). Para marcar o encerramento do evento, o HCB promove, às 10h de sexta-feira, um webinar com a presidente da Associação Brasileira de Brinquedotecas (ABBri) e doutora em psicologia escolar e do desenvolvimento humano, Maria Célia Malta Campos. A palestra, sobre o papel do brincar na hospitalização de crianças e adolescentes, será no auditório Dr. Oscar Moren, no Setor Noroeste, e estará aberta ao público externo, com transmissão ao vivo pela plataforma Zoom.
25/05/2022. Crédito: Ed Alves/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Hospital da Criança, promove Sarau Bincante - Semana do Brincar.Ed Alves/CB
Ontem, as crianças e os adolescentes hospitalizadas e que aguardavam atendimento no HCB participaram do Sarau Brincante, uma das atrações da programação. Na ocasião, a voluntária da Abrace Lilian Neves, 64 anos, contou histórias que encantaram os pequenos. "A contação de histórias alivia e ameniza o sofrimento causado por um período de internação, e isso já foi demonstrado por diversas pesquisas e estudos científicos. Mas claro que existem histórias mais adequadas para os pacientes, não é como contar uma história qualquer para seu filho ou neto, por exemplo", explica Lilian, que atua há cerca de 10 anos como voluntária na instituição.
O Sinfonia da Saúde, grupo musical de voluntários filiados à Abrace, também se apresentou no Sarau Brincante. Segundo a coordenadora do grupo, a voluntária Lilian Zorzetti, 42 anos, a música tem poder terapêutico e traz benefícios para as crianças e para os pais. "Na UTI, por exemplo, que é um lugar onde fazemos muitas apresentações, muitas mães ficam semanas sem ter contato com a parte externa do mundo, então levamos uns 10 minutos de música por dia a elas, e isso faz com que saiam da realidade tensa e pesada da internação hospitalar", conta a voluntária.
O evento de ontem também teve a participação do pequeno Caleb, 3 anos, que dividiu o palco com a Sinfonia da Saúde. Paciente do HCB desde 2020, quando foi diagnosticado com um câncer de mediastino (região entre o coração e o pulmão), o menino retirou o tumor no ano passado, após 12 sessões de quimioterapia e 25 de radioterapia. Hoje, ele faz apresentações de canto em igrejas e frequenta o hospital para acompanhamento médico.
A mãe de Caleb, Marília Nunes, 24 anos, diz que o contato com instrumentos o ajudou a recuperar os ânimos após o câncer. "Ele sempre amou a música. Desde cedo, quando íamos à Igreja, ficava fascinado com os instrumentos. Essa é a primeira vez que participamos da Semana do Brincar, e ele passou a semana inteira falando que iria cantar no hospital, ficou muito feliz com o convite", conta.
A unidade faz 500 a 600 atendimentos por dia no ambulatório e, em média, 700 internações por mês. Atualmente, o hospital conta com 85 voluntários. Quem tiver interesse em se tornar voluntário no local deve se cadastrar pelo site da Abrace — https://abrace.com.br/ — e, depois, passar por um período de preparação.
Correio Braziliense quarta, 25 de maio de 2022
TRADIÇÃO RELIGIOSA: FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO EM PIRENÓPOLIS VOLTA A SER CELEBRADA
Pirenópolis: Festa do Divino Espírito Santo volta a ser celebrada
Depois de dois anos suspensa, Festa do Divino Espírito Santo volta a ser celebrada por pirenopolinos
RN
Renata Nagashima
postado em 25/05/2022 06:00
As cavalhadas são um dos símbolos culturais da cidade - (crédito: Luis Nova/Esp. CB/D.A Press)
Depois de 2 anos de pandemia, pirenopolinos poderão, finalmente, celebrar a festa do Divino Espírito Santo, considerada a maior manifestação popular e cultural de Pirenópolis (GO) — cidade a 150km do Distrito Federal. Tombada como patrimônio cultural brasileiro, a mais esperada celebração do ano mescla variadas demonstrações religiosas em uma profusão de folclores tão rica que contagia, tanto o leigo como o erudito, o profano e o religioso, servindo a todos em todas as suas formas e línguas.
O Secretário de Cultura de Pirenópolis, Ronaldo Felix, explica a importância do evento, que mobiliza grande parte dos moradores locais. "É uma festa feita pelo povo e para o povo. Desde a origem do município as pessoas se unem desde a preparação, até a novena, folias e, até, a festa em si. É um evento que une a festa religiosa e a profana, une as pessoas. Toda a festa tem uma movimentação muito grande e a população faz com gosto, é algo que passa de geração em geração", afirma Felix.
Celebração ao Divino Espírito Santo é celebrada no município desde 1819 e faz parte da tradição localArquivo pessoal
Evento movimenta a economia e a cultura localLuis Nova/Esp. CB/D.A Press
As cavalhadas são um dos símbolos culturais da cidadeLuis Nova/Esp. CB/D.A Press
Após dois anos sem a celebração, a expectativa é grande e a comunidade segue participando ativamente. "As pessoas têm um carinho muito grande. Já havíamos percebido um anseio antes, agora que já estão acontecendo as primeiras programações, é possível ver no rosto das pessoas o quanto estão contentes com essa retomada", completa o secretário.
História
Ainda na antiguidade, israelitas cultuavam o Espírito Santo nas festividades de Pentecostes. Na baixa idade média, essa devoção foi levada para a Europa e na Alemanha tomou a forma de uma festa. Em Portugal, a folia foi instituída pela Rainha Isabel, no século XIII. Durante a celebração, era coroado um rei menino que distribuía alimentos e soltava presos políticos, como uma espécie de profecia significando que, quando o Espírito Santo cair sobre todos, haverá um monarca bom e puro como um menino e a terra estará repleta de fartura e perdão.
No Brasil, a celebração foi trazida pelos portugueses logo no começo da colonização e foi em Pirenópolis o primeiro registro, em 1819, da Festa do Divino, como uma iniciativa do Coronel Joaquim da Costa Teixeira, o primeiro consagrado como Imperador do Divino. A ele cabe a responsabilidade de promover e cuidar para que tudo se realize com ordem, incentivando, angariando fundos e mobilizando a população nos afazeres do evento.
Alguns anos depois, em 1826, o festeiro, como também é chamado o organizador, Padre Manuel Amâncio da Luz, introduziu as Cavalhadas e mandou confeccionar uma coroa de pura prata, a Coroa do Divino, oferecendo-a à Igreja Matriz. Amâncio distribuiu, de casa em casa, pãezinhos e alfenins, docinhos feitos de açúcar puro chamados de Verônicas, à população. A prática virou tradição e até hoje é reproduzida.
15 anos de espera
Após cada festa, no Domingo do Divino, um novo Imperador é eleito por meio de um sorteio, os candidatos geralmente pertencem à Irmandade do Santíssimo Sacramento. Neste ano, o escolhido foi o promotor de justiça Heráclito D'Abadia Camargo, 53, que esperou 12 anos até ser sorteado. Mas, por causa da pandemia, ele teve que esperar mais três.
"É um grande privilégio e, depois de tantos anos, me sinto realizado. Essa festa somos nós, e nós somos essa festa. A figura a do imperador centraliza e organiza tudo. Eu estou na expectativa há três anos, desde que fui sorteado, e nos anos que não pudemos realizar a festa por causa da pandemia", disse o Festeiro de 2022.
Cavalhada
Encerrando a comemoração religiosa, um grupo, a cavalo e com armaduras, encena, em um grande palco medieval a céu aberto, a guerra do século VIII, travada entre os mouros e os cristãos. O espetáculo é uma reprodução do reinado de Carlos Magno e seu exército, que tinham a missão de catequizar todos os que não eram fiéis à igreja católica.
O espetáculo conta com lanças afiadas, garruchas de pólvora, texto teatral e músicas instrumentais. Num grande campo de batalha: de um lado, 12 cavaleiros cristãos vestidos de azul, e do outro, 12 cavaleiros mouros, vestidos de vermelho. O teatro das Cavalhadas dura três dias. No fim, os mouros perdem a guerra, são catequizados e batizados pelos cristãos.
A programação completa pode ser conferida na página do evento no Instagram: @festadodivino2022
Correio Braziliense terça, 24 de maio de 2022
VOZES DE OURO: THE TEN TENORS, PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL, SE APRESENTA EM BRASÍLIA NESTA TERÇA
Pela primeira vez no Brasil, The Ten Tenors se apresenta em Brasília nesta terça
Pela primeira vez no Brasil, The Ten Tenors promete apresentar um repertório diversificado na turnê que estreia em Brasília
RD
Ricardo Daehn
postado em 24/05/2022 06:00 / atualizado em 24/05/2022 10:49
(crédito: Dylan Evans)
"Sou apenas 10% do grupo", entrega o tenor australiano Boyd Owen, modesto para quem já apresentou Carmina Burana, no prestigioso Carnegie Hall (Nova York), e que chega a Brasília, com a turnê Love is in the air, com direito à passagem por quatro outras capitais. Junto com nove amigos, com quem forma a primeira turnê do grupo The Ten Tenors pelo Brasil, depois de mais de 2,5 mil apresentações mundo afora, com venda superior a 3,5 milhões de ingressos, Boyd Owen antecipa muito do fator surpresa do show que alinha releitura do cancioneiro romântico internacional: "Não se espera que estes caras de smoking e gravatas avermelhadas sejam capazes de relaxar, no palco".
Aos moldes de um time de futebol, o Ten Tenors, pelo que enfatiza Owen, traz integrantes diferentes, a cada formação: "É algo natural, uma vez que estamos juntos há mais de 27 anos. Iniciamos, aos meados dos anos de 1990, justo quando o trio Pavarotti, Domingo e Carreras explorava algo absolutamente novo. A música clássica, à época, era mantida nas casas de ópera e por lá ficava, com um limitado grupo de admiradores. Mas, os três sabiam que o erudito podia muito bem ser apreciado por um maior público. Nós começamos, de modo muito informal, e eles foram uma inspiração".
Nessa linha, depois de apresentações com Rod Stewart e Alanis Morissette, e da gravação de 15 álbuns e 4 DVDs (entre os quais Amigos para siempre), Owen e os parceiros Cameron Barclay, Daniel Belle, Michael Edwards, Keane Fletcher, Nigel Huckle, Nathan Lay, JD Smith, Sam Ward e James Watkinson apresentarão músicas como Life is perfect, A thousand years e All of me. Never enough e ainda árias como Una furtiva lagrima (de Donizetti) e Nessun dorma (Puccini) não fogem do repertório a ser apresentado, hoje, às 21h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Pequenos pontos (colocados nos ouvidos), no palco, ajudam no checar de vozes e na comunicação com a equipe técnica, em complexa afinação. "No mais, ensaiamos, ensaiamos e ensaiamos, até o mais próximo da possível perfeição. Trabalhamos duro, absolutamente todos os dias. Ainda que tenhamos ensaios regulares, a cada apresentação, tomamos ao menos uma hora para aperfeiçoamentos e ajustes. Buscamos um som único e especial com momentos poderosos, desde a integração das vozes no palco até os momentos de holofote e brilho para uma única voz peculiar ganhar projeção. A constância dos ensaios é que resultou na harmoniosa experiência. Não podemos ainda deixar de observar a escolha afunilada de repertório", entrega o cantor.
Ao ressaltar que tenores não se limitam à identidade junto ao clássico, Owen lembra de Freddie Mercury (do Queen) e John Longmuir. "Eu tendo a soar como cantor clássico, mas alguns (do The Ten Tenors) vêm com a afivelada tonalidade de rock. Levamos o público para uma jornada de sons muito diversos. Nós realmente gostamos de surpreender", comenta. Celebrar o amor e as primeiras danças de noivos, a cada casamento, formulou o conceito de Love is in the air. A espera pela apresentação no Brasil está engasgada, há dois anos, quando tudo se viu modificado pela pandemia.
"Finalmente, podemos nos apresentar. É o que em mim toca, ao apresentar Love is in the air: ficar sem cantar, por dois anos, me fez sentir como se uma parte de mim estivesse ausente. Me levanto, pela manhã para isso: para entregar a música. Os últimos dois anos nos deixaram em frangalhos. Em duas horas de apresentação, espero que haja transcendência. A música toca nosso coração, e acentua a nossa interação. Queremos, de verdade, exercer uma mudança, como numa forma de cura. Quero que todos se sintam vivos novamente — contactar o que existe de pulsante na vida, algo perdido nos últimos anos", observa Boyd Owen.
Num patamar técnico e que dimensiona o grupo, vale lembrar que um dos álbuns foi gravado em Praga com a Orquestra Filarmônica Tcheca, mas, em Brasília poucos instrumentistas estarão no palco. "Às vezes, compactamos o som da orquestra num computador", brinca o artista. Na reta final de uma longa jornada, depois de enorme aceitação pela Europa e Américas do Sul e do Norte, Owen conta da intimidade com o relacionamento mantido com públicos diversos com alemães, australianos, italianos e chineses. E, do Brasil, como ouvinte, do que gosta Owen? "Adoro samba, e que é, claro, marca brasileira. Gosto de Gilberto Gil, mas, no momento, adoro as músicas de Ivete Sangalo, ainda que minha favorita seja Maria Rita. Com a música brasileira não há quem fique triste", observa. Ciente do entendimento do que apeteça o público, Owen é catedrático: "Nosso atual show é dos que mais me orgulha, trata-se de um dos melhores. Fazemos trocas culturais, e temos Mas que nada (Jorge Ben). Injetamos o inesperado, com medleys e twists, e nunca deixaremos de fora Bohemian rhapsody. É um show animado, e, no encerramento, é muito bacana ver todo mundo dançando, e sentindo", conclui Boyd Owen.
Correio Braziliense segunda, 23 de maio de 2022
CARTÃO POSTAL: FLORAÇÃO DE GIRASSÓIS VIRA PARADA OBRIGATÓRIA NA ESTRADA QUE LEVA A UNAÍ
Floração de girassóis vira parada obrigatória na estrada que leva a Unaí
Brasilienses aproveitam a floração em espaço aberto no caminho de Unaí, a cerca de 70 km do centro da capital do país
EH
Edis Henrique Peres
postado em 23/05/2022 06:00 / atualizado em 23/05/2022 11:22
A família Costa colocou um lembrete no celular para não perder o momento certo da florada - (crédito: Fotos: Ed Alves/CB/D. A Press)
Considerado um ponto de parada obrigatório de quem trafega entre as proximidades do KM-5 da BR-251 e eleito um cartão postal da feira AgroBrasília, os campos de girassóis chamam a atenção por sua beleza. À medida que as pétalas vão se abrindo e a corola vai se erguendo, mais pessoas se reúnem para tirar fotos, filmar ou viver um momento de integração entre as flores. A família Costa não se intimidou, nem mesmo com a distância, e foi atrás dos campos para conseguir as belas imagens, um compromisso marcado no calendário um ano atrás.
"Ano passado, minha amiga veio na segunda semana de julho, quando eles já estavam mais murchos, e fez imagens muito bonitas. Ela me disse que em maio é o período em que eles estão mais bonitos e eu marquei no calendário para não esquecer. Quando chegou essa semana, o celular avisou", revela Eduardo Fellipe Costa, 31 anos e contador. Eduardo convidou a mãe e a irmã e juntos deixaram Sobradinho para um percurso de cerca de 1h30, rumo ao Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF).
Mãe de Eduardo, Genize Costa, 56 anos e instrutora de ioga, detalha que, além das imagens, há a beleza do momento. "Sinceramente, o fato de estar aqui, você com você mesmo, é uma coisa de Deus. É um estado de contemplação, uma alegria de poder ver essa beleza. É um momento único e compensa a distância", garante.
A filha de Genize, Mayara Simonelly, 33 anos, bióloga e empresária de moda, aproveitou o momento para promover também as roupas que vende em sua loja on-line. "Preparei para aproveitar e divulgar a minha loja de roupa feminina, a Marble Oficial. Sem falar que não tem como perder a chance de ver tudo florido, é um momento mágico", assegura.
Produção de óleos
Para estarem floridos nesta época do ano, os girassóis precisam ter o plantio calculado para que o momento mais vicejante das flores coincida com os dias em que acontece a Feira AgroBrasília. Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Renato Amabile destaca, no entanto, que o Distrito Federal não tem produção de girassol significativa para a indústria. "A semente é muito leve para transporte, então, para o produtor, não compensa em questão de logística, a não ser que o plantio seja realizado em volta da indústria. Onde temos plantações de girassóis para produção de óleos é em Ipameri, Rio Verde, Cristalina e Itumbiara, por exemplo", afirma.
O destaque apresentado pelo especialista é a BRS 323, produzido pela Embrapa. "Trata-se de uma inovação, pois o BRS 323 é adaptado ao Cerrado, uma opção para a segunda safra, assim como o sorgo e o feijão", aponta. Outro diferencial, ainda não desenvolvido em nenhum outro país, de acordo com Renato, é que a "variante híbrida tem resistência ao nematoide de galhas, uma doença que atinge o girassol". "A tecnologia da Embrapa se antecipou e já conseguiu desenvolver essa tecnologia que ajuda o produtor", diz. Atualmente, a produção da planta em Goiás ultrapassa pouco mais de 25 hectares, Minas Gerais chega a 6 mil hectares e Mato Grosso supera pouco mais de mil hectares.
Ponto de parada
Muito além da beleza, os girassóis voltados para o oriente e vibrantes nos tons amarelos são considerados um ponto de parada obrigatória. Essa é a avaliação de Thayná Mota, 29 anos, assistente de atendimento ao cliente e moradora de Formosa. "Venho quase todos os anos aqui e acho que o girassol já virou um cartão-postal da AgroBrasília. Agora não tem jeito, todo ano volto e tenho guardado, inclusive, as fotos de anos anteriores", destaca. Na edição da última semana da AgroBrasília, Thayná levou a amiga, Carla de Souza, 25 anos e estudante, para conhecer a beleza dos campos floridos. "É realmente muito lindo. A gente programou a nossa folga para ter ao menos um dia para aproveitar e vim até aqui", detalhou Carla.
Enquanto estava na feira, no estande de cactos e suculentas, Yumi Koike Watanuki, 51 anos, aproveitou os 10 minutos que teve de intervalo para passear entre as corolas dos girassóis e ser fotografada. "O campo está lindo, a AgroBrasília está sendo maravilhosa para a gente. Parece que todo ano os girassóis ficam mais bonitos", opinou. A amiga de Yumi, Francisca Freitas, de 46 anos e artesã, garantiu: "É uma beleza que vale muito a pena".
Em outro grupo de amigos, Suelem Landim, de 33 anos, confessou ser impossível passar pela feira sem parar nos campos de girassol. Enquanto isso, sua amiga Joyce Dias, 40 anos, assistente administrativa e moradora do Ocidental, não perdeu tempo. "Está tudo lindo e a foto que tirei já é o meu perfil nas redes sociais", contou.
Significado das flores
O girassol, de nome científico Helianthus annuus, é uma planta originária da América do Norte e possui a particularidade de ser heliotrópica, ou seja, gira o caule posicionando a flor na direção do sol durante a fase de amadurecimento. Quando o talo da planta deixa de crescer, o girassol fica parado em direção ao oriente. A flor significa felicidade e sua cor amarela ou os tons cor de laranja das pétalas podem simbolizar calor, entusiasmo, vitalidade e lealdade, refletindo a energia positiva que emana do sol.
Correio Braziliense domingo, 22 de maio de 2022
ARTES CÊNICAS: MIQUEIAS PAZ, MÍMICO, CELEBRA 40 ANOS DE CARREIRA COM ESPETÁCULO COMOVENTE
Mímico Miqueias Paz celebra 40 anos de carreira com espetáculo comovente
Os sons emitidos pelo mímico durante a encenação acabaram por render uma homenagem na Escola Nacional de Mímica de Cuba
NM
Nahima Maciel
postado em 22/05/2022 06:00
(crédito: Abder Paz/Divulgacao)
Ao longo das quatro décadas de carreira, o mímico Miqueias Paz nunca recebeu uma verba do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) para um projeto individual. São quatro décadas de carreira e centenas de espetáculos nos quais a mímica é a linguagem central. Para o artista, há uma percepção de que os mímicos fazem subarte e, por isso, a técnica acaba um pouco alijada na cena dramatúrgica.
Ao mesmo tempo, há um processo de recuperação da mímica em alguns setores do teatro e é essa iniciativa que Miqueias gosta de celebrar. É com essa técnica que ele construiu toda uma carreira e é com ela que celebra os 40 anos de trajetória com Mimicando, em cartaz no Teatro Paulo Autran, no Sesc Taguatinga.
O espetáculo é composto de cinco cenas que revisitam vários momentos da trajetória do artista. "Às vezes, a gente se empolga e tem mais", avisa. A mulher trabalhadora e a dupla jornada tão comum entre mães de família é o tema de O balão, e o Brasil trabalhador está em Brasil brasileiro, que retrata um dia na vida de um trabalhador. "Utilizo uma percussão vocal que acaba criando um texto imaginário. O personagem não fala, mas emite uma sonoridade", avisa o artista.
Os sons emitidos pelo mímico durante a encenação acabaram por render uma homenagem na Escola Nacional de Mímica de Cuba. "Eles consideraram que meu trabalho tem uma identidade", diz Miqueias, que também incluiu no espetáculo a cena O assalto, uma brincadeira que explora o universo clownesco para captar a atenção do público. Para a cena final, ele promete uma surpresa. "É um fecho comemorativo", avisa.
Miqueias já fez 38 apresentações do espetáculo. Passou por várias escolas e por cidades como Gama e Planaltina. "A gente fez o máximo de lugares que, ao longo da vida, ajudaram a formatar o trabalho. A ideia foi fazer uma revisitação não só de lugares, mas de mim mesmo. Chega um momento que você quer rever o que fez", conta. O momento foi também de se reconectar com o teatro e com o público.
O ator perdeu a mulher, um cunhado e uma cunhada durante a pandemia. Foi um período sofrido, de luto e afastamento da profissão. "Um processo muito complicado para todo mundo, não foi exclusividade minha e, na arte, estamos em processo de recuperação", explica. "A represa abriu e várias coisas estão acontecendo ao mesmo tempo. Fiquei dois anos sem fazer uma apresentação. Os artistas foram os primeiros a entrarem na pandemia e os últimos a saírem, porque arte é público, e público significa aglomeração."
A mímica ajudou. Para Miqueias, é uma arte sem barreiras, sem lacunas de comunicação que impeçam a compreensão. No espetáculo, ele tenta fazer um retrato de até onde pode ir com a técnica. Emprega desde soluções muito clássicas, baseadas no silêncio e no gesto ilustrativo, até a quebra de paradigmas. A imagem clássica do francês Marcel Marceau com a cara pintada de branco, a calça justa e uma movimentação no limite entre o balé e o teatro tornou-se uma referência.
"Mas essa é apenas uma das referências da mímica", avisa Miqueias. "O que é ser mímico? Estabelecer o gestual como uma grande referência de comunicação cênica. O mímico é aquele que faz do corpo o grande instrumento de comunicação com a plateia sob uma ótica dramatúrgica. Tento brincar com essas duas coisas, tanto com a clássica, que tem uma atmosfera infantil no sentido da pureza, como também com cenas densas, pesadas, que emocionam. É um passeio entre o tradicional e o contemporâneo."
O ator acredita que a mímica perdeu espaço cênico e deixou de ser vista como uma técnica dramatúrgica quando começou a ser exibicionista. "E quando o ator fica preocupado com a técnica, deixa de fazer teatro", acredita. E, para ele, o bacana da mímica é que ela pode ser universal, não tem uma linguagem única. Pode até trazer algumas particularidades do gesto casual mas, no geral, tem poder de comunicação independente do idioma.
Mimicando
Com Miquéias Paz e Carol Lira. Hoje, às 20h, no Sesc Paulo Autran (Taguatinga Norte). Entrada gratuita. Classificação indicativa livre
Correio Braziliense sábado, 21 de maio de 2022
EXPOSIÇÃO: FESTIVAL BRASÍLIA SOBRE RODAS COMEÇA NESTE SÁBADO E É GRATUITO
Festival Brasília Sobre Rodas começa neste sábado e é gratuito
Festiva Brasília Sobre Rodas traz 400 veículos clássicos e especiais para amantes do automobilismo. Evento será sábado (21/5) e domingo (22/5), no Parque da Cidade, e oferece atrações para crianças, além de música e gastronomia
EF
Eduardo Fernandes*
postado em 21/05/2022 06:00
O empresário e colecionador Daniel Freitas mostra dois xodós dele: a Lambretta LI 1966 e o Fusca 1962. Ele é um dos expositores do Festival Brasília Sobre Rodas - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Cerca de 400 automóveis clássicos, além de motos, bicicletas, skates, karts e patins fazem parta da exposição do Festival Brasília Sobre Rodas. Segundo a organização do evento, um dos diferenciais desta edição é a união de grandes clubes de carros da capital federal. No total, são mais de 35 grupos entusiastas da cultura automobilística inscritas. Sábado (21/5) e domingo (22/5), a estimativa de público é de 20 mil pessoas.
Daniel Freitas, 46 anos, é um aficionado pelo "antigomobilismo" e será um dos expositores no Festival Brasília Sobre Rodas. O morador da Asa Norte levará uma Lambretta LI 1966 e uma Kombi Cliper 1987. Para ele, eventos são uma forma de preservar a história. Com cinco veículos, o colecionador confessa ter um que é o predileto. "O ícone que eu tenho é o Fusca 1962, com a quilometragem em 12 mil rodados. Hoje, sou o segundo dono. Demorei 8 anos para conseguir comprá-lo", afirma Daniel, que também demonstra muito carinho pelo Opala 1990 que, segundo ele, serviu à Presidência da República.
Todo esse afeto fez com que Daniel se tornasse empresário e criasse a fuscamiseteria, em 2014. O estabelecimento é uma loja móvel. Inicialmente funcionava em um fusca, mas, hoje, atende na Kombi Cliper 1987. Entre os principais produtos vendidos estão camisetas personalizadas, canecas, cabides, apetrechos e uma variedade de itens para os amantes de carros.
História de cinema
Leonardo Linhares, 42, se dedica a restaurar veículos que não estão em boas condições. Segundo ele, o gosto por automóveis é tradição de família — avô era mecânico em Porto Alegre, e o pai ajudava na oficina. Para o advogado, o festival é um oportunidade de mostrar o trabalho de recuperação de verdadeiras raridades. "Depois de dois anos sem grandes eventos, é importante apoiar e favorecer a troca de experiências e o reencontro dos amigos", conta.
Colecionador de veículos da linha Dodge da década de 1970, o morador do Park Way tem uma caminhonete azul que estrelou o filme Eduardo e Mônica. Acionado pela produção técnica do longa, ele cedeu o carrão com muito orgulho e fez a restauração para o veículo ser o mais fiel à época em que se passa a história inspirada na música de mesmo nome de Renato Russo. Leonardo é vice-presidente do Mopar Clube Brasília, organização com vários entusiastas do automobilismo, que reúne e promove encontros de carros na capital federal.
Estrutura
O Festival Brasília Sobre Rodas ocorre no Parque da Cidade em um espaço de 160 mil metros quadrados. A terceira edição do evento conta com atrações para o público infantil, música, gastronomia, praça de alimentação, praça de chope e feira. A entrada é gratuita.
O projeto tem apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) e da Secretaria de Turismo (Setur). De acordo com João Coqueiro, idealizador do festival, a finalidade da data é a fomentação do antigomobilismo na capital federal. "Vamos juntar os apaixonados por carros e tudo sobre rodas", destaca.
O estande de karts deve ser uma atração a parte. As associações Askart e Vintage Kart vão apresentar, ao menos, seis modelos para o público. Um dos objetivos, segundo Moisés Neto, 55, Askart, é divulgar o campeonato oficial da modalidade no Distrito Federal, que acontecerá no Guará, em 28 de maio e a campanha do maio amarelo — em combate a mortes decorrentes de acidentes de trânsito. Para ele, "é melhor correr no kartódromo ou no autódromo do que na rua".
*Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho
Correio Braziliense sexta, 20 de maio de 2022
GASTRONOMIA: SABOR JUNINO TODA SECTA-FEIRA NO BUFÊ GRAN BIER, NO PONTÃO
Sabor junino toda sexta-feira no bufê do Gran Bier, no Pontão
Curau, canjica, pipoca, arroz doce, milho, arroz carreteiro, galinhada, bolo de mandioca, bolo de milho e quentão são as receitas do bufê de almoço do restaurante Gran Bier, no Pontão do Lago Sul, durante a temporada junina. As iguarias farão parte do cardápio todas as sextas-feiras até o mês de julho pelo valor de R$ 65. Para completar o clima junino, o local ganha ainda decoração típica e apresentação musical do cantor Bruno Zanine.
Correio Braziliense quinta, 19 de maio de 2022
CLIMA: SENSAÇÃO TÉRMICA NO DF CAI ABAIXO DE 0°C; MÍNIMA FOI DE 1,4°C
Sensação térmica no DF cai abaixo de 0°C; mínima foi de 1,4ºC
Até esta sexta-feira (20/5), o DF continua sob alerta laranja devido a onda de frio. Temperatura deve subir gradativamente a partir do fim de semana
EH
Edis Henrique Peres
postado em 19/05/2022 09:03
(crédito: Ed Alves/CB)
A onda de frio que atinge o Distrito Federal trouxe um recorde de temperatura mínima de 1,4°C, com sensação térmica de menos de 0°C. O alerta laranja emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) segue até esta sexta-feira (20/5), com expectativa de aumento gradativo das temperaturas no fim de semana.
Sobre a sensação térmica, a meteorologista do Inmet, Naiane Araújo explica: "é uma coisa muito particular de cada pessoa, o que contribui para isso são os ventos muito gelados. O que acontece é que áreas com muito vento tendem a roubar o calor do corpo humano, mas a influencia que isso terá na sensação térmica varia de qual o calor do corpo. De forma geral, chegamos à sensação térmica abaixo de 0°C".
Durante a tarde, a especialista explica que a temperatura máxima deve chegar a 20°C, com umidade relativa do ar entre 95% e 25%. "A característica dessa onda de ar é ser fria e seca, com pouca umidade", pontua.
Confira os locais com temperaturas mais baixas nesta quinta:
Gama: 1,4 °C Águas Emendadas (Planaltina): 3,3 °C Plano Piloto: 5,1 °C
Correio Braziliense quarta, 18 de maio de 2022
CIDADANIA: COM O ARTISTA CARLOS BRACHER, DEFICIENTES FAZEM OFICINA DE PINTURA
Com o artista Carlos Bracher, deficientes fazem oficina de pintura
O renomado mineiro Carlos Bracher participou, ontem, de uma oficina de pintura inclusiva com estudantes deficientes visuais e auditivos de escolas públicas do DF. Iniciativa foi na escola Kingdom School
NM
Nahima Maciel
EF
Eduardo Fernandes*
postado em 18/05/2022 06:00
O artista plástico Carlos Bracher ressalta que participar da iniciativa é uma oportunidade de trocas valiosas de experiências - (crédito: Carlos Vieira/CB)
A arte é uma das formas de traduzir o mundo e refletir sobre a existência. Cerca de 80 alunos brasilienses cegos e surdos participaram, com o premiado pintor e artista plástico Carlos Bracher, de oficina de pintura e criaram suas próprias obras. Na manhã de ontem, os aprendizes homenagearam os 200 anos da Independência do Brasil em um quadro. À tarde, a reverência foi para a capital federal, em comemoração aos 62 anos de inauguração da cidade. O projeto contou com a colaboração da secretária de Educação do DF (SEEDF), professora Hélvia Paranaguá; da diretora da escola Kingdom School, Alice Simão; e do apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-DF).
Uma interação que inclui, ensina e traz conexão a todos que estão ao redor. Assim, é o pensamento do pintor mineiro Carlos Bracher, 82 anos, sobre a oficina de ontem. Apesar das passar por diversos países, ele garante que esse encontro foi um dos mais marcantes da carreira. "Um dos maiores momentos da minha vida é estar aqui. Estar com essas pessoas maravilhosas e fantásticas para aprendermos com elas", comenta.
Tatiane Miranda tem preferência por criar mosaicos e pinta há 3 anosFotos: Carlos Vieira/CB/D.A Press
Paulo Dutra, 54, mudou a relação com a arte após a oficinaCarlos Vieira/CB
17/05/2022. Crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF Cidades - Oficina de pintura com alunos portadores deficiência visual e auditiva e presensa do artista plástico Carlos Bracher no Colégio Kingdon School. Na foto: Paulo DutraCarlos Vieira/CB
O artista plástico Carlos Bracher ressalta que participar da iniciativa é uma oportunidade de trocas valiosas de experiênciasCarlos Vieira/CB
O artista garante que a troca de experiências com cada um dos aprendizes é especial. Em um mundo ferido pelo ego e falta de empatia, ele repete diversas vezes o quão fundamental é levar o amor e a expressão artística como forma de integração e acessibilidade, além de promover a cultura para aqueles que não tiveram oportunidade. Amar a própria arte, para Bracher, é a maior revolução e a melhor forma de inclusão. Por isso, continuar levando as várias formas expressão para as escolas.
Essa alegria é sentida pelo Vitório Pereira, 59, que tem baixa visão. O estudante do Centro de Ensino Especial de Deficiências Visuais (CEEDV) comenta que a pintura é algo que pratica nas aulas e se tornou uma paixão. "Além de pintar, gosto de música", destaca Vitório, que deseja mais momentos como esse, para continuar demonstrando o amor pelo que faz.
Importância do trabalho
Subsecretária de Educação Inclusiva e Integral do DF, Vera Barros avalia que dar protagonismo aos estudantes portadores de alguma deficiência é um elemento fundamental para que o debate sobre políticas nacionais de inclusão tenha mais relevância. "A Legislação nós temos, o que precisamos é cumprir ela ao lado da sociedade", complementa.
A seleção dos 80 estudantes ocorreu por meio do Centro de Escola Bilíngue de Taguatinga, voltada para surdez, e do CEEDV, onde cerca de 40 alunos foram escolhidos. Discentes deficientes auditivos de uma escola de Ceilândia também participaram da oficina.
A diretora da Kingdom School, Alice Simão, responsável por ceder o espaço para a iniciativa, ressalta a necessidade de levar arte e amor, bem como incluir pessoas com algum tipo de deficiência no contexto cultural. "Para eles, é um momento ainda mais forte e especial, porque são pessoas com uma vida social limitada. Quem dirá artístico, quem dirá cultural", destaca. Para a escola, ela reafirma a alegria em disponibilizar o ambiente para projetos como este, que educam e dão esperança e motivos para continuar.
Deficiente auditiva e visual, Tatiane Miranda, 41, comenta alegre que faz artes plásticas há cerca de três anos. "Gosto de pintar mosaicos, lá na escola, eu estou fazendo as nuvens e a lua", conta a moradora de Sobradinho. Paulo Dutra, 54, é deficiente visual desde 2015, mas consegue enxergar algumas coisas, como tons de cores em determinados objetos. Apesar das dificuldades, o morador de Taguatinga revela que não tinha o costume de se envolver com artes. Agora, depois da oficina, o interesse mudou. "Pintei o Congresso Nacional de azul, verde e amarelo. Me senti muito feliz", confessa.
Homenagem
Carlos Bracher concebeu esculturas para homenagear amigos, como o escritor Affonso Romano Sant'Anna, mas nunca havia se dedicado a uma figura histórica. Agora, após uma conversa com o jornalista Silvestre Gorgulho, ele decidiu criar uma obra em homenagem ao engenheiro e calculista Joaquim Cardozo. A entrega do projeto será realizada hoje, mas Bracher prefere ainda não revelar os detalhes da obra. Será uma escultura, certamente. Possivelmente em bronze.
Para o artista mineiro, a homenagem é mais do que justa. "Não há uma homenagem ao Joaquim Cardozo e, sem ele, não existiria a obra física do Niemeyer", repara Bracher. "O Niemeyer era um louco maravilhoso e fazia obras impossíveis de serem construídas, daí chega esse pernambucano, poeta, escritor, dramaturgo e engenheiro e fez cálculos dificílimos de concreto."
O artista lembra que obras monumentais como as cúpulas do Congresso Nacional e as colunatas do Palácio do Alvorada tornaram-se símbolos da arquitetura moderna e de Brasília. "O sujeito que faz aquelas colunatas do Alvorada, aquilo tem 10 toneladas e vem apoiada num ponto. Joaquim Cardozo deu sustentabilidade técnica à obra do Niemeyer", garante.
Ainda não sabe se realizará uma escultura de corpo inteiro para homenagear o engenheiro ou se a obra terá outra forma. "Imaginei essa escultura nos últimos dias", diz. "A gente vai estudar ainda onde vai ser. Inicialmente, pensei em algo de corpo inteiro, mas evoluí a ideia para não ser de corpo inteiro." Ele lembra que Brasília tem, pelo menos, quatro esculturas públicas em homenagem a Juscelino Kubitschek, mas nenhuma dedicada a Oscar Niemeyer, Lucio Costa ou Israel Pinheiro. "É outro projeto que tenho, de homenagear os pioneiros", avisa.
Correio Braziliense terça, 17 de maio de 2022
TEATRO: FERCAL E SÃO SEBASTIÃO RECEBEM A MOSTRA ITINERANTE DE TEATRO ODU - CELEBRAÇÃO DA NEGRITUDE
Celebração da negritude: Fercal e São Sebastião recebem a Mostra Itinerante de Teatro Odu
Iniciativa do coletivo ODU, a mostra tem o intuito de celebrar a vida, a força da história e da cultura negras pela arte
NG
Naum Giló*
postado em 17/05/2022 06:00
A montagem Gigante pela própria natureza é dirigida por Pedro Ribeiro e estrelado Anna Júlia Carvalho - (crédito: Thiago Sabino)
A Mostra Itinerante de Teatro Odu, que estreou no fim de semana no Varjão, com apresentações gratuitas, será atração em outras duas cidades do Distrito Federal: Fercal e São Sebastião. Iniciativa do coletivo ODU, a mostra tem o intuito de celebrar a vida, a força da história e da cultura negras pela arte e promover espaços de visibilidade para temáticas raciais. Todas as peças são sucedidas por um debate mediado por uma equipe de profissionais de artes cênicas e educação.
A próxima cidade a ser contemplada pelo projeto é a Fercal. O ator Marcos Davi sobe ao palco no Centro Comunitário do Queima Lençol para apresentar a montagem Livro do desassossego, uma adaptação teatral do livro homônimo escrito por Bernardo Soares, heterônimo recluso e solitário de Fernando Pessoa. A peça será apresentada no sábado (21/5), às 19h30. No dia seguinte, no mesmo local, o mímico Miqueia Paz traz o espetáculo Mimicando, composto por quadros que retratam, com irreverência e bom humor, situações do cotidiano dos brasileiros, às 16h.
Em São Sebastião, a mostra vai levar o teatro para a comunidade escolar do Centro Educacional São Francisco, conhecido como Chicão. Em 25 de maio, o turno da manhã da instituição poderá prestigiar Gigante pela própria natureza, montagem composta por personagens estudantes de uma escola pública, que contam histórias que retratam vivências negras na sociedade, às 9h. A direção é de Pedro Ribeiro.
Encerrando a mostra, também no Chicão, em 26 de maio, a dupla Naiara Lira e Maboh apresenta o Duo Camboatá, projeto musical performático estreado em 2015, no Brazilian day de Sydney (Austrália), apresentando canto, dança, poesia e contação de história, com início às 14h. O diretor-geral da mostra itinerante, Victor Hugo Leite (VHafro) ressalta: "São produtos, bens e serviços culturais que vão sendo entregues para comunidades de áreas de periferia, onde o público é majoritariamente negro, com espetáculos teatrais que abordam temáticas que tocam profundamente a realidade dessas pessoas", explica o diretor.
Mostra Itinerante de Teatro Odu
Centro Comunitário do Queima Lençol (Fercal), nos dias 21 e 22 de maio, e Centro Educacional São Francisco, (Chicão, em São Sebastião), nos dias 25 e 26 de maio. Entrada gratuita.
Correio Braziliense segunda, 16 de maio de 2022
CLIMA: COM MÍNIMA DE 5ºC, BRASILIENSE ENFRENTARÁ FRENTE FRIA A PARTIR DO FIM DESTA SEMANA
Com mínima de 5ºC, brasiliense enfrentará frente fria a partir do fim desta semana
As temperaturas do Distrito Federal devem cair bruscamente, ficando entre 5º e 20º C, segundo Inmet
CB
Correio Braziliense
postado em 15/05/2022 19:26 / atualizado em 15/05/2022 19:34
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
O brasiliense vai precisar tirar o casaco do armário para encarar o frio que deve chegar à capital federal ao fim desta semana. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é que as temperaturas sofram uma queda brusca entre quinta (19/5) e sexta-feira (20).
De acordo com o meteorologista Cleber Souza, entre segunda e quarta-feira, a previsão é de chuva fraca em áreas isoladas. Algumas regiões do Distrito Federal, como São Sebastião e Park Way registraram precipitações neste domingo (15/5).
“No início desta semana, só há possibilidade de chuva. Contudo, começa a entrar pelo Sul do país uma massa de ar polar fria e seca, oriunda do Polo Sul, que deve chegar ao Centro-Oeste a partir de quarta-feira, ocasionando a queda na temperatura”, explica.
Segundo o especialista, as temperaturas devem ficar entre 5º C e 20º C entre quinta-feira e sexta-feira.
“Isso ocorre por conta da intensidade dessa massa de ar. Mas por ser uma frente fria e seca, não permite a formação de nuvens e chuva. Então, para estes dias, não há possibilidade de precipitações”, acrescenta Cleber Souza.
Correio Braziliense domingo, 15 de maio de 2022
MÚSICA: MÚSICOS CONHECIDOS POR SEREM FILHOS DE FAMOSOS ENCONTRAM A PRÓPRIA IDENTIDADE
Músicos conhecidos por serem filhos de famosos encontram a própria identidade
A forma de fazer as pazes com essa cobrança é buscar dar os primeiros passos criando uma identidade artística própria, que pode até beber das referências dos pais, mas vai para um novo lugar
PI
Pedro Ibarra
postado em 15/05/2022 06:00
(crédito: Leo Aversa/Divulgação)
Os pais são exemplos, são pessoas que, na maioria das vezes, marcam a vida e deixam ensinamentos importantes. Porém, pais famosos podem ser uma responsabilidade para os filhos que querem seguir a carreira da arte. As comparações são inevitáveis e o que sempre foi um exemplo passa a parecer um peso.
A forma de fazer as pazes com essa cobrança é buscar dar os primeiros passos criando uma identidade artística própria, que pode até beber das referências dos pais, mas vai para um novo lugar. A ideia é se diferenciar, sem se perder da própria origem. São artistas que fazem parte de uma nova geração e que ainda levam um sobrenome conhecido para frente.
A cantora Flor é uma das que tem tentado a vida a partir do próprio nome. Ela é filha de Seu Jorge e embarcou, recentemente, em uma carreira de cantora, tendo lançado três singles: Macumbeira; Sapiens, com participação de Arthur Verocai; e Pra melhorar, que conta com Marisa Monte e o próprio Seu Jorge colaborando. "Eu estou um pouquinho em choque de começar a minha carreira, porque estou esperando por isso a minha vida inteira. Estou praticando, aprendendo, observando meu pai e as pessoas em volta dele", conta a artista.
"Como todo o adolescente passa por uma fase, eu passei por aquele período de: 'não quero mais fazer música, porque todo mundo vai olhar para mim só como filha do Seu Jorge'", lembra. "Porém, quem é Seu Jorge? Um cara que saiu do nada e construiu uma carreira honesta, conquistou o respeito do país dele e ainda o respeito internacional. Eu quero ter as respeito das pessoas assim como ele", reflete a musicista.
Flor vive com a mãe, Mariana Jorge, em Los Angeles, nos Estados Unidos, desde os 10 anos. Portanto, foi criada em uma cultura diferente e, também, com certa distância do pai, que trabalhava sempre viajando muito. O fato, contudo, não impediu que os dois nutrissem uma relação muito próxima e conectada pela música. "Ele sempre vê o processo da música, me passa a crítica dele e eu tento ser um pouquinho rebelde, mas toda a opinião dele eu levo muito a sério", afirma Flor, que confessa que o pai é coruja. "Eu passo vergonha com ele mostrando as minhas músicas para todos os amigos. Ele também fica no meu pé falando que eu tenho que lançar as minhas músicas e me dá muito suporte", adiciona.
Outra artista que tem no pai a entrada na música é Tília, filha do Dj e produtor de funk Dennis. A cantora do pop iniciou a trajetória após fazer sucesso na plataforma TikTok reagindo a músicas antigas do pai. Com forte investimento no desenvolvimento da carreira, ela lançou o álbum de estreia, 2003, trabalho que tem expectativas altas. "Eu quero que as pessoas consigam esquecer dos problemas e se conectar na música e se divertir. Que interpretem a letra, porque eu gosto muito de fazer letras feministas, empoderando a mulher. Quero que, quando uma mulher ouça a minha música, se sinta poderosa, livre, alegre e aproveite", almeja a cantora.
A cantora aponta que um dos melhores benefícios de ter escolhido essa carreira é saber que o auxílio do pai vem do fato que ele já viveu as situações. "Fazer música em família é uma delícia. Passar tempo com meu pai, ali no estúdio, eu amo. E é muito bom que meu pai consegue entender tudo que eu falo, tudo que eu quero", conta Tília. "Não tenho muita técnica, às vezes falando, e eu faço os barulhos com a boca e ele consegue entender e vai me ajudando e ensinando", complementa.
Tília, contudo, não quer ser lembrada apenas como filha de Dennis. A artista inclusive tem uma música no disco toda sobre o assunto, Venda casada, em que pede: "me deixa trabalhar, pô" e lista formas que é chamada por ser filha do famoso produtor, termos como "mimada" e "venda casada" são alguns deles. "Eu quero mostrar que eu sou muito mais que filha de alguém. Eu quero mostrar minha história, fazer a minha história. Falar sobre as minhas dores e conquistas. Cada um nasce para fazer sua história, além de ser alguma coisa de outra pessoa", comenta.
Em um momento parecido da carreira, Theo Bial, filho do jornalista Pedro Bial e da atriz Giulia Gam, lançou um álbum recentemente. Intitulado Vertigem, o disco foi apresentado ao público em 6 de maio e mostra a forma como o músico quer expressar a própria arte."Gostaria de levar paz para as pessoas. Reflexão, questionamentos... Amor ao próximo, amor à natureza", afirma o cantor. Pretendo levar um pouco disso tudo para as pessoas e sei que o tempo é cada vez mais valioso. A vida está acelerada, é tudo muito rápido. Então, se eu puder proporcionar algum momento bom para alguém, estarei realizado", completa o cantor, que tem focado na carreira desde 2017.
"Ser artista requer muito esforço e, para que eu tenha reconhecimento, as pessoas precisam gostar do meu trabalho. Ninguém vai gostar da minha música só por causa do meu sobrenome", acredita Theo. Entretanto, ele sabe a importância que a criação no meio artístico teve para a escolha de vida que decidiu seguir. Um bom exemplo vem da mãe, foi Giulia Gam que indicou que tocasse violão e, desde então, o instrumento nunca mais o deixou se sentir sozinho. "O violão é sempre um companheiro. Ele me dá calma e muitas vezes clareia meus pensamentos. Acho que a solidão não depende muito de estarmos ou não com alguém. Depende muito de como estamos com nós mesmos. O violão me ajuda a ficar melhor comigo mesmo reflete.
Ele vê os próprios passos e acredita que tem um legado deixar. No entanto, sabe de onde veio e o que carrega dos pais. "Acredito que minha relação com o palco vem muito da convivência com minha mãe. Desde pequeno ela me levava nas peças e nas filmagens. É um lugar pra mim onde tudo faz sentido. Do meu pai acredito que herdei uma certa curiosidade jornalística. Gosto muito de estar com pessoas diferentes, conversar sobre assuntos da vida, entender as questões dos outros, ler, pesquisar", conta Bial.
Correio Braziliense sábado, 14 de maio de 2022
ESPIRITUALIDADE: VESAK, A CELEBRAÇÃO DO NASCIMENTO DE BUDA, OCORRE NESTE DOMINGO
Vesak, a celebração do nascimento de Buda, ocorre neste domingo
De volta, após dois anos suspenso devido à pandemia, o Vesak celebra o nascimento de Buda, rendendo homenagem à histórica personalidade asiática. Evento ocorre neste domingo (15/5), na Asa Norte, em parceria com a Embaixada do Nepal
PM
Paulo Martins*
postado em 14/05/2022 06:00
A última edição do Vesak, em 2019, contou com a parceria da Embaixada da Índia - (crédito: Maria Eutenir Braga/Divulgação)
Em reverência ao nascimento de Buda, o Vesak terá sua primeira edição desde o início pandemia, este ano, neste domingo (15/5), às 16h, na Praça da Harmonia Universal, na Asa Norte. O evento é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e terá a participação da Embaixada do Nepal no Brasil e do Grão-Mestre Moo Shong Woo, que assumiu o posto em 1974.
Colaboradora do Templo Shin-Budista de Brasília e curadora, desde a criação do evento em 2016, Maria Eutenir Custódio Braga, 78 anos, é responsável pelo Vesak. Integrante do templo a partir de 2000, ela passou por problemas de saúde na infância e se tornou adepta do budismo há mais de 60 anos. "Queria saber porque eu estava doente. Eu já fazia ioga, quando tinha sete anos. E isso é porque sou filha de camponeses, não tinha tanta instrução, mas com o tempo fui me aguçando. Perguntei para o universo qual era a minha missão no mundo. Fui respondida que deveria acreditar no que desejo, na proposta de vida e que deveria cuidar bem da saúde. Deixei de comer carne de porco e derivados de suínos. Não tive mais problemas de saúde. Desde então, procuro seguir esse caminho", relata.
O convite a essa homenagem está na representação de Buda, de acordo com a curadora. "Buda representa a recuperação das coisas, para reconhecer no outro e em si o melhor para atingir a paz e a harmonia. Temos certeza que as pessoas presentes vão se sentir bem porque estão dispostas a ser recebidas. Buda, desde criança, preferiu a simplicidade à nobreza. A proposta é estar sempre acolhendo as pessoas e esse acolhimento é o que queremos fazer", declara.
Correio Braziliense sexta, 13 de maio de 2022
SUPERSTIÇÃO: SEXTA-FEIRA 13 - O MILIONÁRIO AMERICANO QUE POPULARIZOU O *TEMOR* PELA DATA
Sexta-feira 13: o milionário americano que popularizou o 'temor' pela data
'Friday the 13th', de Lawson, conta a história de um corretor da bolsa de valores que escolhe esse dia para acabar com Wall Street
BBC Geral
postado em 13/05/2022 08:43
(crédito: Getty Images)
Você sofre do medo de sexta-feira 13? Pois parte da culpa é de um financista americano do século 19 chamado Thomas W. Lawson.
Embora a superstição seja muito antiga, creditam a ele o feito de ter fixado a data na consciência moderna com seu romance Sexta-feira 13, que conta a história sombria de um corretor de Wall Street que manipula o valor de ações para se vingar de seus inimigos, deixando-os na miséria.
Sexta-feira e o número 13 já eram associados ao azar por si só, segundo Steve Roud, autor do guia da editora Penguin Superstições da Grã-Bretanha e Irlanda.
"Porque sexta-feira foi o dia da crucificação (de Jesus Cristo), as sextas-feiras sempre foram vistas como um dia de penitência e abstinência", diz ele.
"A crença religiosa virou uma aversão generalizada a começar algo ou fazer qualquer coisa importante em uma sexta-feira."
Por volta de 1690, começou a circular uma lenda urbana dizendo que ter 13 pessoas em um grupo ou em torno de uma mesa dava azar, explica Roud.
As teorias por trás da associação de azar com o número 13 incluem o número de pessoas presentes na Última Ceia e o número de bruxas em um clã.
Até que esses dois elementos, a sexta-feira e o número 13, que já causavam receio isoladamente, acabaram se unindo - justamente com o livro de Thomas W. Lawson.
Mas a associação da data com Lawson não para por aí. Diz a lenda que alguns meses depois de publicar seu romance, mais precisamente na sexta-feira 13 de dezembro de 1907, um enorme barco que ele havia mandado construir e que levava o seu nome afundou.
O naufrágio aconteceu, na verdade, nas primeiras horas do sábado, dia 14, mas em Boston, onde Lawson vivia, ainda era sexta-feira 13.
O navio era o maior veleiro já construído sem uma máquina de propulsão. Ele transportava cerca de 60 mil barris de óleo leve quando afundou e o vazamento que causou é considerado o primeiro grande desastre ecológico do tipo.
A ligação de Lawson com a sexta-feira 13 foi apenas um dos motivos que o tornaram inesquecível. Outro é que ele nasceu e morreu na pobreza, depois de ter sido, no meio do caminho, um dos homens mais ricos dos Estados Unidos.
Manipulador financeiro
Lawson nasceu em 1857 em Charlestown, Massachusetts, e quando criança, perdeu o pai, um veterano da Guerra Civil que morreu em decorrência de ferimentos que havia sofrido.
Aos 12 anos ele se viu forçado a trabalhar e conquistou uma vaga como mensageiro em um banco em Boston. Lá, começou a nutrir a ambição de se tornar rico.
Ainda muito jovem ele se especializou na compra e venda de ações, e historiadores contam que ele tinha um talento excepcional para escolher os títulos que mais se valorizariam.
Mas sua fortuna seria construída de maneira questionável: usando seus conhecimentos para manipular os mercados financeiros.
Lawson se especializou em mineração, especialmente no mercado de cobre, já que Boston era o centro financeiro dessa indústria.
O boom do cobre no final do século 19 o ajudou a se tornar multimilionário.
Mas enquanto ele ficava rico, muitos dos clientes a quem assessorava perdiam enormes somas de dinheiro, o que fez dele um dos mais controversos "barões ladrões" da chamada Era Dourada.
'Amalgamated Copper Company'
Um de seus primeiros fiascos foi a orientação de investir nas minas de ferro de Grand Rivers, em Kentucky, que acabaram sendo um fracasso.
Mas seu negócio mais questionado - e o então mais lucrativo - foi sua participação na criação da Amalgamated Copper Mining Company, um conglomerado que supostamente monopolizaria a indústria do cobre, assim como a Standard Oil, dos irmãos Rockefeller, havia monopolizado o petróleo.
Lawson elaborou o acordo junto com William Rockefeller e Henry Rogers, diretor da Standard Oil.
Em 1899, a Amalgamated Copper comprou a Anaconda Copper Company, uma próspera mineradora de cobre, através de uma operação que alguns especialistas consideram "o melhor negócio na história de Wall Street" - e um dos "menos honestos", segundo alguns.
Os acionistas, ansiosos por participações na empresa promovida por grandes barões do mundo do business, pagaram uma fortuna pelos títulos, sem imaginar que se tratava de uma empresa fantasma (a Amalgamated Copper nem sequer tinha diretores reais, eram empregados da Standard Oil ).
No final, descobriu-se que a holding havia sido criada como parte de um engenhoso plano para adquirir a Anaconda Copper Company, que acabaria sendo uma das mineradoras mais importantes do mundo durante o século 20.
A Amalgamated Copper nunca monopolizou a indústria do cobre e suas ações inflacionadas perderam o valor.
De especulador a reformista
Não contente com a má fama que havia ganhado, Lawson fez novos inimigos quando, em 1906, publicou uma série de artigos sob o título "Finanças frenéticas: A história da Amalgamated", em que revelou os negócios obscuros que realizou junto com seus sócios Rockefeller e Rogers.
O material também foi publicado em formato de livro.
O multimilionário, que no início do século 20 tinha começado a sofrer grandes perdas econômicas, confessou uma série de crimes e transgressões, de suborno de membros do Legislativo a "malabarismos" com o dinheiro do povo.
Um dos capítulos do livro também denunciava "como as manipulações de Wall Street afetam o país".
Lawson havia se tornado um reformista. Ele publicou mais denúncias sobre os males do que chamou de "o sistema", incluindo seu romance Sexta-feira 13, de 1907.
No entanto, nem o público que ele havia enganado nem seus pares, que o deixaram excluído, estavam interessados ??em ouvir suas ideias sobre como tornar o mercado financeiro mais justo.
Declínio
A excêntrica vida pessoal do magnata, que construiu um enorme complexo chamado Dreamworld (Mundo dos Sonhos) na cidade de Sciutate, além de embarcações caras, como o Thomas W. Lawson, foi dilapidando sua fortuna.
Na década de 1920, suas dívidas eram tantas que ele teve que leiloar seus bens.
Ele morreu em 1925, pobre e marginalizado.
No entanto, seu legado foi mantido. Alguns ainda destacam seu brilhantismo para os negócios (em 2007, o escritor Ken Fisher o incluiu em sua lista das "100 mentes que fizeram o mercado").
Outros elogiam suas tentativas de reformar Wall Street, algo em que investiu muito dinheiro e esforço - e em que tinha faturado bastante dinheiro, antes de ver sua sorte mudar.
E há aqueles que, sem saber, desfrutam de outras genialidades saídas da mente prolífica deste financista, transformado em justiceiro e escritor.
Por exemplo, se você está lendo este texto na sala de estar de sua casa, sentada ou sentado no seu sofá, é possível que você deva seu conforto a Lawson, que mandou projetar um dos modelos de sofá mais populares dos EUA, que ainda leva o seu nome.
Correio Braziliense quinta, 12 de maio de 2022
LITERATURA: PRIMEIRO CLUBE DO LIVRO DE BRASÍLIA REÚNE MAIS DE 40 ANOS DE HISTÓRIAS
Primeiro clube do livro de Brasília reúne mais de 40 anos de histórias
Formado por 24 mulheres, primeiro clube do livro oficial de Brasília nasceu em 1980. De lá para cá, as integrantes do projeto leram mais de 330 obras. Grupo tem estatuto registrado em cartório e promove encontros mensais para debate dos títulos
EH
Edis Henrique Peres
postado em 12/05/2022 05:46 / atualizado em 12/05/2022 05:47
Desde a década de 1980, grupo reúne 24 participantes selecionadas por indicação ou sorteio - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Apaixonadas por livros, 24 mulheres que se encontraram por acaso em um curso de atualização feminina na área de humanidades, em 1980, na Universidade de Brasília (UnB), mantêm viva até hoje a assiduidade com a leitura e com uma amizade que ultrapassa encontros mensais. O grupo fundou o primeiro e mais antigo clube do livro da capital federal, que surgiu da necessidade da manutenção do contato com um hobby e entre si mesmas.
À época, diversas ideias passaram pela cabeça das fundadoras, mas a que prevaleceu foi a de Amélia Couto. A iniciativa teve inspiração em projetos semelhantes que ela conheceu em viagem ao Peru. Mesmo após morrer, há cerca de uma década, o legado da idealizadora prevaleceu.
Nascido em 17 de março de 1980, o Clube do Livro nº 1 de Brasília tem estatuto registrado em cartório, diretoria eleita por biênio e o compromisso firme das integrantes com os encontros mensais. "Toda terceira segunda-feira do mês, nós nos encontramos. Chegamos com a leitura do próximo mês definida e, geralmente, às 14h30, conversamos sobre assuntos necessários do clube — como a arrecadação do dinheiro para a compra da obra seguinte — e estruturamos nossa ata. O convidado costuma aparecer às 15h, e o debate ocorre tarde adentro, até umas 17h ou mais", detalha a tesoureira do clube, Maria Pereira, 66 anos.
Amélia Couto, fundadora do clube, em um dos primeiros encontros do grupo, na década de 1980Arquivo Pessoal
Beatriz Maia Pinto, 87, ajudou a fundar o clube e explica como tudo começou. "Somos sempre 24 mulheres, e a entrada de uma nova sócia é condicionada à saída de alguma integrante. Essa quantidade permite um número bom de pessoas para os debates", explica a moradora do Lago Sul.
Maria Ignez Andrade, 93, chegou ao grupo no quinto encontro, no primeiro ano de fundação do clube, e reconhece a ligação que cresceu dali. "Há uma amizade não só de reuniões, aniversários ou festas, mas algo sólido, construído por causa dos nossos encontros. Algumas (participantes) têm afinidade maior, e esse vínculo se faz presente em todos os momentos. Uma vez, perdi uma parente e estava no Rio de Janeiro. Foi incrível o apoio que eu recebi daqui (de Brasília), de longe. Inclusive, elas conseguiram agendar a missa do sétimo dia para mim. Então, é um clube em que estamos juntas muito além dos momentos felizes", detalha Maria Ignez.
Organização
Quarenta e dois anos depois, o clube leu 335 livros. Marilene Martins de Oliveira, 64, conta que as integrantes só interromperam os encontros nos dois primeiros anos da crise sanitária. "Quando nos preparávamos para comemorar quatro décadas de fundação, em 2020, decretaram a interrupção de todas as atividades. Tínhamos tudo planejado — convite e bufê —, mas a pandemia chegou e atrapalhou nossos planos. Agora, vamos comemorar o aniversário do clube em junho, com Brasília como tema especial", antecipa.
Além dos debates que ocorrem entre as próprias leitoras, eventualmente, convidados aparecem para enriquecer as discussões sobre as obras. "Tivemos a presença de vários escritores daqui do DF, como José Almeida Júnior (autor de O homem que odiava Machado de Assis), Maurício Gomyde (autor de Todo o tempo do mundo) além de psicólogos, médicos e professores de literatura, por exemplo", destaca Neide Mossri, 87. A escolha do tema da próxima reunião fica a cargo da sócia que recebe o grupo como anfitriã do mês.
Os gêneros variam, mas as participantes evitam obras de poemas e contos, devido à amplitude dos temas nas coleções desse tipo. A arrecadação dos valores para compra dos livros, bem como a negociação de descontos e prazos com as livrarias é responsabilidade da tesoureira. "Entrei porque minha sogra participava do grupo, e eu sempre ficava junto, escutando os debates. Ela sempre me indicava o que estava lendo. Um dia, surgiu a vaga, e ela me indicou. Geralmente, fazemos sorteio de nomes (de candidatas) sugeridos pelas sócias, mas, naquele dia, não havia outra concorrente. Então, comecei minha história com o clube", relembra Maria Pereira.
Memória
A paixão pelos livros e o desejo de compartilhar histórias une as integrantes do clube. Nenhuma delas é obrigada a participar dos debates, mas raramente há ausências ou obras com leitura inacabada. Esta semana, elas se debruçaram sobre Violeta, de Isabel Allende. No próximo mês, será a vez de Torto arado, de Itamar Vieira Junior. Entre os títulos que marcaram a trajetória do projeto e agradaram quase que unanimemente estão: A casa dos espíritos; Os catadores de concha; e A casa da água.
Além das experiências proporcionadas pelas páginas dos livros, há aquelas vividas pelo grupo, unido mesmo diante das adversidades. Enquanto leem as obras e costuram uma colcha de narrativas, as 24 integrantes eternizam histórias fictícias e verídicas, de personagens, de si próprias e em memória das pessoas queridas.
Correio Braziliense quarta, 11 de maio de 2022
CHAPADA DOS GUIMARÃES: SANTUÁRIO DE ELEFANTES BRASIL, EM MT, RECEBE DUAS ELEFANTAS ASIÁTICAS
Santuário de Elefantes Brasil, em MT, recebe duas elefantas asiáticas
Pocha e Guillermina entraram no Brasil por via terrestre, nesta terça-feira (10), em Foz do Iguaçu, no Paraná
AB
Agência Brasil
postado em 11/05/2022 08:36
(crédito: Reprodução/SEB)
O Santuário de Elefantes Brasil, em Mato Grosso, está prestes a receber mais duas elefantas asiáticas. Pocha e Guillermina são mãe e filha, e estavam vivendo em um ecoparque de Mendoza, na Argentina.
Pocha, a mãe, tem 55 anos e vivia no ecoparque desde 1968. A filha dela, Guillermina, tem 22 anos e nasceu no local. As instalações em que elas viviam em Mendoza era em um recinto de concreto subterrâneo — um ambiente confinado e artificial, longe do ideal para o segundo maior mamífero terrestre do planeta, que fica atrás apenas do elefante africano.
Pocha e Guillermina entraram no Brasil por via terrestre, nesta terça-feira (10), em Foz do Iguaçu, no Paraná. Elas estão sendo transportadas em contêineres especiais, carregados por caminhões e com escolta de viaturas da Polícia Rodoviária Federal.
A previsão é de que as duas elefantas asiáticas cheguem no Santuário de Elefantes Brasil na próxima quinta-feira. O local fica no município de Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso — a cerca de 67 quilômetros de Cuiabá.
Na nova moradia, Pocha e Guillermina vão poder viver soltas e livres na natureza, na companhia de outros cinco elefantes da mesma espécie que já vivem no santuário.
Associação Santuário de Elefantes Brasil é uma organização sem fins lucrativos que se instalou em Mato Grosso em setembro de 2016. Quem tiver interesse em conhecer mais detalhes sobre o trabalho da instituição pode acessar o site elefantesbrasil.org.br.
Correio Braziliense terça, 10 de maio de 2022
PRECONCEITO! CONMEBOL ENDURECE PULIÇÕES PARA CASOS DE RACISMO E HOMOFOBIA NOS ESTÁDIOS
Conmebol endurece punições para casos de racismo e homofobia em estádios
A organização da competição aumentou multa e pode fechar portões de partidas em casos de discriminação racial
CB
Correio Braziliense
postado em 09/05/2022 23:14
(crédito: Gilvan de Souza/Flamengo)
A Copa Libertadores da América, oficialmente Conmebol Libertadores, anunciou, nesta segunda-feira (9/5), mudanças importantes no Código Disciplinar. A entidade, por meio de documento enviado às associações nacionais, confirmou a implementação de punições mais severas em caso de racismo e discriminação por orientação sexual, idioma, crença ou origem.
A mudança feita envolve o artigo 17 do Código Disciplinar da Confederação e se estende para clubes, funcionários, jogadores e torcedores. Entre as novas medidas estão a possibilidade de suspensão de jogos oficiais por até cinco partidas ou dois meses de isolamento dos compromissos em competições da Conmebol, até a aplicação de multa de 100 mil dólares, aproximadamente R$ 515 mil pela cotação atual.
O nível da punição varia de acordo com a origem da discriminação. Se um torcedor cometer racismo, por exemplo, o clube para o qual ele torce pode ser multado. Caso o ato criminoso parte de um jogador, a sanção será a suspensão temporária das partidas oficiais.
Casos recorrentes de racismo nas partidas da Libertadores
A decisão de alterar as punições surgiu após sete registros de racismo presenciados durante os jogos da terceira e quarta rodadas das Copas Libertadores e Sul-Americana.
Torcedores do Palmeiras, em jogo contra o Emelec; do Corinthians contra o Boca Juniors; do Fortaleza contra o River Plate; do Red Bull Bragantino contra o Estudiantes; do Flamengo em partida contra o Universidad Católica e do Fluminense contra o Olimpia e Millonarios, foram alvos de racismo. Esses casos ocorreram todos no período de uma semana e, na grande maioria, os oponentes sul-americanos imitavam macacos em direção à torcida brasileira.
Há cerca de duas semanas, em 27 de abril, um torcedor do Boca Juniors foi preso depois de fazer atos racistas para a torcida do Corinthians, imitando um macaco. Ele foi levado à 24ª Delegacia de Polícia de São Paulo e solto após pagar fiança. Agora, a Conmebol, com essas punições, visa evitar que situações semelhantes fiquem impunes.
A entidade afirmou ainda, por meio do comunicado, que observou todos esses episódios com "com preocupação o número de infrações cometidas por torcedores em relação à discriminação, especificamente o racismo". Além disso, declararam repúdio a qualquer tipo de comportamento discriminatório e reafirmaram o propósito de estabelecer espaços livres de violência.
Correio Braziliense segunda, 09 de maio de 2022
SAÚDE: SANTA LÚCIA FOI O PRIMEIRO HOSPITAL DA REDE PRIVADA DA CAPITAL
Santa Lúcia foi o primeiro hospital da rede privada da capital
Inaugurado em 1966, o primeiro hospital particular de Brasília é, hoje, o maior do Centro-Oeste, sendo referência em tecnologia avançada e tratamentos de alta complexidade
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postado em 20/04/2022 18:53 / atualizado em 20/04/2022 19:56
(crédito: Acervo Grupo Santa)
Em 21 de abril de 1960, o presidente Juscelino Kubitschek inaugurava Brasília, a nova capital do Brasil. Com isso, começaram a surgir escolas, comércios e empreendimentos pela região. Como toda metrópole, veio a necessidade da criação de hospitais e, em 1963, acreditando no potencial que aquela recém cidade apresentava, um grupo de jovens médicos com espírito inovador planejou o primeiro hospital da rede privada de Brasília.
Em três anos, o sonho foi tomando formas concretas: na presença do presidente da época, o marechal Castelo Branco; e do governador, Plínio Catanhede, o projeto do arquiteto Nilton Ramos foi inaugurado e, em 8 de dezembro de 1966, na Asa Sul, nasceu o hospital Santa Lúcia. Na época, o empreendimento precisou passar por uma revisão no projeto em decorrência do rápido crescimento de Brasília e da enorme demanda de atendimentos.
Atualmente, o Grupo Santa representa a maior rede hospitalar privada do mercado e se configura como o terceiro maior grupo hospitalar do Brasil. Em 2010, iniciou o processo de consolidação como holding e, atualmente, é composto por seis instituições no DF atuando na área de saúde suplementar: quatro hospitais Santa Lúcia Sul (Asa Sul, Asa Norte, Gama e Taguatinga) e duas clínicas radiológicas - Centro Radiológico do Gama (CRG) e Centro Radiológico de Brasília (CRB). Segundo Gustavo Fiuza, CEO do Grupo Santa, são mais de quatro mil colaboradores diretos e três mil indiretos trabalhando nas unidades do grupo. “Nossos números têm crescido ano a ano com a expansão da rede. Em 2021, o grupo atendeu cerca de 700 mil pacientes na região Centro-Oeste", explica Fiuza.
Investimento em tecnologia para atendimento na capital
O maior hospital do Grupo, o Santa Lúcia Sul, vem recebendo grandes investimentos em tecnologia ao longo das mais de cinco décadas em que acompanha o crescimento da capital federal.
O mais recente investimento em tecnologia no Santa Lúcia Sul é o seu novo Centro de Cirurgia Robótica, que vai contar com três robôs cirúrgicos de diferentes especialidades, trazendo o que há de mais moderno no mundo em tecnologia robótica para áreas como Urologia, Ginecologia, Aparelho Digestivo, Torácica, Ortopedia e Neurocirurgia.