Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense domingo, 30 de outubro de 2022

PAIS DE PETS: CUIDADOS E DESAFIOS AO ADOTAR UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO

 

Entre o amor e o zelo: cuidados e desafios ao adotar um animal de estimação

O Correio conversou com pessoas que cuidam de abrigos de animais e tutores que adotaram pets. Dois lados de uma história que requer reflexão e responsabilidades

IM
Isac Mascarenhas*
JA
José Augusto Limão*
postado em 30/10/2022 06:00
 
 20/10/2022. Crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Adoção de animais. Abrigo Fauna e Flora, na Ponte Alta do Gama. Orcilene Arruda, responsável pelo abrigo. -  (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
20/10/2022. Crédito: Carlos Vieira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF. Cidades. Adoção de animais. Abrigo Fauna e Flora, na Ponte Alta do Gama. Orcilene Arruda, responsável pelo abrigo. - (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)

A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) mostrou que, no ano passado, 49,6% das casas do Distrito Federal tinham animais de estimação. Ainda que a parcela seja grande, a missão de colocar um pet dentro de casa é algo que nem todas as pessoas estão preparadas para enfrentar. Os bichinhos trazem alegria, mas não são objetos e necessitam de cuidados especiais.

  • Registro do primeiro encontro de Luisa e LunaFotos: Arquivo pessoal
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Com o isolamento social durante o auge da pandemia da covid-19, muitos brasilienses buscaram nos pets uma forma de diminuir o desgaste psicológico provocado pela solidão. Foi nessa época o garçom Antônio Pereira, 55, começou a cogitar a possibilidade de adotar um cachorro. Durante toda a vida, Antônio gostou de cuidar de bichos de estimação e o pedido do neto foi o gatilho para que o cachorro Duque fosse adotado pelo morador de Planaltina. “Foi o filhote que me identifiquei de primeira e ele faz muito bem para mim, quando estou sozinho em casa ele é um bom parceiro'', celebra.

Antes adoção, Antônio alerta que o candidato a tutor de pet deve avaliar todos os cuidados que o animal vai demandar. “Tem que dar carinho, atenção, alimentar bem, porque ele só vai nos dar amor e carinho se cuidarmos”.

Wellington Fabiano, diretor do abrigo Flora e Fauna, instituição que acolhe cães e gatos em situação de risco, vítimas de abandono ou maus-tratos, explica que a adoção é uma oportunidade de mudar não só a vida do bichinho, como também a do tutor. "Quando você faz a adoção, o animal não tem que entrar na sua rotina, mas sim você que tem que mudar a sua rotina por ele, para que haja harmonia no convívio’’, diz o diretor.

Cautela e reflexão

O processo de adoção é fácil, mas passa por algumas etapas. Antes de tudo, quem pensa em adotar deve se perguntar se tem condições financeiras e tempo para cuidar de um animal. Essas questões são respondidas em formulários antes da adoção. Depois de escolher o pet na visita, o futuro tutor assina um termo se responsabilizando pela vida do animal. Só então, o bichinho pode ser levado para casa.

Para Wellington, que recebe diariamente candidatos à adoção, muitas pessoas vão pela emoção e pela fofura e se esquecem dos problemas que um cachorro pode trazer, como arranhar, cavar, morder e sujar. “Depois enjoam e querem devolver o animal. Isso é muito ruim, tanto para aquela pessoa que quer dar um lar para o animal, quanto para o bichinho. Ele tinha tudo, tinha uma família, todo aquele conforto é tirado”, lamenta.

Foi durante uma visita ao Flora e Fauna que Marcelo Mendes, 28, assistiu uma devolução de uma cachorro. Uma família não quis mais o animal alegando falta de espaço em casa. Marcelo chegou sem a intenção de adotar e acabou voltando com a Mave. "A cena cortou o meu coração na hora, quase chorei, as pessoas adotam animais por serem filhotes e pequenos, mas depois acham que não vale a pena cuidar depois que crescem’’, lamenta.

Cuidados

Ao assumir a responsabilidade por um pet, é preciso estar ciente dos cuidados necessários para o bem-estar do novo membro da família. Na lista estão incluídas as vacinas, visitas ao veterinário, atenção aos sinais do animal, alimentação adequada e higienização passam a fazer parte da rotina do tutor. “Um pet adotado é responsabilidade para toda vida, e não para tratar como se fosse descartável ou uma pelúcia”, alerta Lucimar Aparecida, idealizadora do Projeto Acalanto.

Além de resgatar animais abandonados, os voluntários da OnG também recebem — em suas próprias casas, uma vez que o projeto não tem sede fixa — pets de pessoas que não tem mais condições de cuidar. De acordo com Lucimar, assim que um é adotado abre espaço para que outro seja resgatado. “É rotativo, e assim vamos seguindo dia após dia”, explica.

A cadelinha Luna foi adotada durante um voluntariado no Flora e Fauna. Luisa estava com ela nos braços e pediu ao pai Tamar, 46, que a levasse para casa. A princípio, o pai não queria, mas... ”vendo aquele ser tão frágil e vulnerável, resgatado em um lixão, me fez esquecer os planos e trazê-la conosco’’, comenta.


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