Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Correio Braziliense sexta, 14 de outubro de 2022

GASTRONOMIA: RESTAURANTES HISTÓRICOS SÃO SEMPRE BOA PEDIDA PARA O FIM DE SEMANA

 

Restaurantes históricos são sempre boa pedida para o fim de semana

Restaurantes da capital federal se tornaram, além de referência gastronômica, pontos turísticos e símbolos da memória afetiva brasiliense

AM
Ândrea Malcher*
IB
Isabela Berrogain
postado em 14/10/2022 06:00
 
Roma é um desses restaurantes clássicos -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
Roma é um desses restaurantes clássicos - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

Cidade de belos cartões postais, Brasília é muito conhecida pelos pontos turísticos. No entanto, para além dos monumentos a céu aberto, os restaurantes do quadradinho também são uma ótima representação da cultura brasiliense. Atendendo todas as gerações de moradores da capital, os principais pontos gastronômicos mostram a identidade própria de Brasília.

Assim como o Roma, o Beirute é um dos restaurantes mais antigos de Brasília ainda em atividade. O local foi inaugurado nas vésperas do sexto aniversário da cidade e, desde então, se tornou ponto de parada obrigatório para os brasilienses e turistas. "Brasília é uma cidade única, não só pela própria arquitetura, mas também por reunir gente de diferentes culturas. O Beirute acaba aglutinando essa diversidade de culturas", avalia Francisco Emílio, sócio-proprietário do local.

Aberto desde a década de 1970, o Palhoça também é um dos principais destaques da capital. "É um dos primeiros restaurantes de carne de sol em Brasília. Por ser um dos mais antigos da cidade e por termos a cultura nordestina na casa, ficamos felizes de poder servir. Clientes de 40 anos atrás, que vinham e traziam os filhos, agora estão trazendo os netos", conta Jorge Eustáquio Oliveira, um dos sócios do restaurante.

Relembrando os grandes clássicos da culinária brasiliense, o Divirta-se mais indica seis pontos gastronômicos da capital que fazem parte da história da cidade. 

Em novo endereço

Um dos principais destinos gastronômicos da capital, o Bar Brasília agora atende no Aeroporto diariamente, trazendo a proposta de sucesso do cardápio original, como o arroz de bacalhau e o de polvo. A história da casa começa em 2001, com Jorge Ferreira, e desde então segue como um refúgio para políticos e artistas locais. "O bar exala cultura, entre seus frequentadores, intelectuais, artistas, profissionais liberais, funcionários públicos, e uma variedade enorme de cabeças pensantes de todos os gêneros", conta Mauro Calichman, diretor executivo do restaurante.

O menu foi repaginado pelo chef, e colaborador de longa data, Ville Della Penna, contando atualmente com algumas novidades, mas mantendo a valorização das riquezas da região. "Tudo que é feito no restaurante é de produtor local, valorizando o ingrediente e ios fornecedores locais", diz Penna.

O destaque do chef do Bar Brasília é o arroz de costela (R$ 56), que conta, ainda, com condimentos, rúcula e ovo no preparo. Outro que vale a pena conferir é a porchetta a pururuca
(R$ 50), que, como explica o chef, "sai muito e tem o diferencial de ser curada antes de ser assada". Nas contas acima de R$ 100, cinco horas de estacionamento no local saem por R$ 10.

Sabor bem nordestino

O Palhoça é considerado um dos pioneiros da comida nordestina no Distrito Federal. Fundado em 1978, pelo casal Maria de Lurdes e Nilo Salvino Leite, o restaurante deu os primeiros passos como um quiosque até, hoje, se tornar um dos principais destinos da carne de sol do Nordeste. "Mantemos a casa simples, mas sempre primamos pelo nosso atendimento. Procuramos ser o melhor possível, a um preço acessível e com comida feita com muito carinho", conta Jorge Eustáquio Oliveira, um dos sócios do restaurante.

O carro-chefe do Palhoça é a carne de sol (R$ 139,90, serve quatro pessoas), servida com arroz, feijão, mandioca, paçoca e queijo de manteiga ou coalho, e a isca de peixe (R$ 60). No entanto, o visitante pode saborear outros pratos típicos nordestinos, como buchada de cabrito, a galinha cabidela e dourada no molho ou frita.

Com gostinho uruguaio

Conhecida como a casa brasiliense da parrilla uruguaia, o Figueira da Villa, inaugurado em 2007, está sob nova direção e conta com o chef pernambucano Valentim Ferraz. No novo menu, a inovação e a alta gastronomia andam de mãos dadas. "Trouxe uma pegada contemporânea, com pratos inovadores, mantendo a tradição uruguaia, que é o forte da casa, mas trazendo o que há de novo no mercado."

O destino é um dos marcos da Vila Planalto, estando "ao redor" de uma árvore figueira de mais de 30 anos. "Quem é antigo na Vila Planalto sabe o quanto esse restaurante teve e tem história para contar", elogia o chef.

Outro destaque é o camarão figueira (R$ 69,90), preparado no vinho, com os acompanhamentos de arroz cremoso de queijo e coberto por batata palha. "O camarão fica marinando por 12h no vinho branco, passamos especiarias e uma massa crocante e leva três tipos de molhos diferentes: a geleia de pimenta biquinho, que remete ao Nordeste; a geleia de abacaxi, cítrica; e a geleia agridoce", finaliza.

Os encantos do Calaf

Boteco, restaurante espanhol, balada. O Calaf, um dos espaços mais versáteis e tradicionais de Brasília, abrange todas essas definições. O local surgiu em 1990, fruto do sonho de Venceslau Calaf, e, atualmente, é gerenciado pela filha Priscila. "Aqui, todo mundo se encontra", afirma Priscila. O local é tão simbólico para a capital federal que, ao fechar temporariamente por quatro meses devido aos impactos da pandemia, causou comoção entre todas as gerações.

Trazendo para o público brasiliense o melhor da cozinha espanhola com toque brasileiro, um dos carros-chefe do Calaf é a paella valenciana (R$ 140, para duas pessoas). "É a receita da família da minha avó", explica Priscila. "Tem cliente que pede essa paella todos os anos, no aniversário, há 32 anos", complementa. Como petisco para os que procuram o local para tomar uma cerveja ou um drink, o quibe do Calaf é um clássico. "Ele despontou em 2001 como um sucesso das rodas de samba. Até hoje, as rodadas de quibe e outros salgados deixam os clientes com água na boca", garante.

União de culturas

"A gente é uma casa de comida árabe que tem as características da culinária nacional", define Francisco Emílio sobre o Beirute. Desde 1996, o restaurante, que traz o melhor da cozinha árabe para o brasiliense, é conhecido por unir e agradar públicos de todos os tipos e idades, colecionando clientes fiéis.

Tradicional prato da casa, o filé à parmegiana (R$ 68,40), acompanhado por arroz branco e fritas ou purê de batata, é o mais pedido pelo público. "O nosso parmegiana tem a cara da família", pondera Emílio.

Outro clássico do restaurante é o quibe recheado denominado kibeirute. "Ele representa bem a mistura entre as cozinhas árabe e brasileira, porque é um quibe com queijo, adaptação feita pelo Beirute", explica. "As pessoas costumam falar que o kibeirute é um prato que tem a cara de Brasília", complementa. Para os vegetarianos, o kibeirute de berinjela (R$ 35,90), acompanhado por coalhada e tabule, é a opção ideal.

Também parte da história brasiliense, o Beirute Norte, considerado o "filho caçula" da casa, completa 15 anos amanhã, com direito a comemoração com chorinho ao vivo e programação infantil.

 


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