Na quarta-feira (21/12) à noite, os países do hemisfério sul deram as boas-vindas à estação climática mais quente: o verão. Apesar de ser conhecida pelas altas temperaturas em grande parte do país, a época é marcada pela alta umidade e pelas chuvas constantes na capital federal. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a chuva intensa — já visível pelos brasilienses desde o início de novembro — deve se estender na última semana de dezembro e começo de janeiro.
Ao Correio, a meteorologista Andrea Ramos detalhou que a tendência do início da estação será de chuva, confirmando que o verão é a estação mais chuvosa de todas as outras. "O que a gente esperava para o mês de dezembro é 241,1mm, e em Brazlândia, estamos com esse valor ultrapassado. Nas demais estações, está ultrapassando os 75%. A previsão é que em janeiro tenhamos chuvas dentro do que é esperado. Como a previsão do tempo é bem instável, o indicativo é que tenhamos um Natal chuvoso", disse.
Choques e desabamentos
A chegada do período de chuvas também traz consigo alguns perigos. No DF, um deles é bastante conhecido dos brasilienses: choques elétricos. Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, as fortes chuvas aumentam o risco de queda de árvores sobre redes de transmissão, devido à ventania. Com isso, postes de energia caem e ocorre o rompimento de cabos, tornando chamados relacionados a isso mais complicados.
"Os atendimentos em ocorrências envolvendo eletricidade são complexos e de grande risco. Uma das dificuldades é identificar se a rede ainda está energizada, por isso em atendimentos desta natureza sempre contatamos a Neoenergia. Outro fator que potencializa o risco é a chuva (em si), tendo em vista que a água pode conduzir energia", explicam.
A estudante Ana Freitas, 21 anos, moradora do Guará, já passou por um susto, com um fio de alta tensão pendurado no meio da rua em um dia de chuva, desde então, sempre fica mais receosa ao sair de casa em dias chuvosos. "Foi apavorante. Não sabia se estava ligado, se era de alta tensão, nada. Simplesmente estava lá solto, enquanto a chuva ", relembra.
"São monitorados locais que tenham declive acentuado, erosões, que sejam próximos a córregos e demais cursos d' água, com precariedade de drenagem de sistemas de drenagem de águas pluviais e ou de saneamento básico, que tenham fragilidades construtivas das edificações, que apresentem acúmulo de resíduos sólidos, como entulho e restos de obras, entre outros problemas", informam.
*Estagiários sob a supervisão de Patrick Selvatti