Rivais na semifinal da Copa do Mundo de 2022, os craques Lionel Messi e Luka Modric estão com as carreiras nas seleções da Argentina e da Croácia bastante consolidadas. Amanhã, quando entrarem em campo no Estádio Icônico de Lusail, terão pela frente um dos confrontos mais importantes representando os seus países. Porém, um amistoso de 2006, quando os dois davam os primeiros passos como profissionais do futebol, traz lembranças inspiradoras na luta por um lugar na final do Mundial.
No amistoso, Messi surgia apenas como uma grande promessa do Barcelona. Em uma ingrata fila de 13 anos sem conquistas importantes, a Argentina via no jogador, que atuou com a camisa 19, um grande talento a vingar com o manto alviceleste. Um ano antes, por exemplo, o atacante havia sido campeão do Mundial Sub-20, na Holanda. A estreia no time principal argentino tinha acontecido em 2005, quando o craque acabou expulso de campo.
Dezesseis anos depois, aos 35 anos, Messi conta com um novo bom desempenho contra a Croácia para chegar à segunda final de Copa do Mundo da carreira. A primeira foi em 2014, quando o camisa 10 amargou o vice-campeonato para a Alemanha na edição do Brasil. "A Argentina está entre as quatro melhores do mundo porque mostra que sabe jogar todos os jogos com a mesma vontade e a mesma intensidade. A Croácia demonstrou que é uma grande seleção. Em alguns momentos, jogou de igual para igual com o Brasil. É uma equipe que vem trabalhando com o mesmo treinador há muito tempo e se conhecem muito bem", comentou o craque após a classificação diante da Holanda.
Modric
Camisa 10 e principal referência croata nos últimos anos, quando ajudou a seleção a chegar entre os quatro melhores nos Mundiais de 2018 — vice-campeão — e de 2022 — atual semifinalista —, Luka Modric guarda a partida com carinho por outro motivo. Contra a Argentina em 2006, ele fez a estreia no time principal da Croácia. O jogo foi apenas o início da trajetória de 160 partidas do astro com a seleção.
Modric não teve uma atuação de grande destaque como Messi. Jogando com a camisa 14, a promessa croata de 20 anos começou a partida como titular. Ficou em campo por 84 minutos, quando o confronto entre europeus e sul-americanos estava empatado por 2 x 2, e deu lugar a Ivan Leko. Do banco de reservas, viu Dario Simic marcar o gol do triunfo nos acréscimos do encontro na Basileia.
Se não marcou contra a Argentina no amistoso antes do Mundial de 2006, o agora camisa 10 da Croácia teve uma outra oportunidade contra os hermanos que se tornou inesquecível na carreira dele. Na campanha do vice-campeonato da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, Modric guiou a seleção croata para uma acachapante vitória por 3 x 0 na segunda rodada da fase de grupos. Desta vez, o craque marcou um dos gols da partida e seguiu firme no torneio até chegar à decisão contra a França.