05 de março de 2022 | 05h00
O clássico entre São Paulo e Corinthians, neste sábado, às 16h, no Morumbi, pelo Paulistão, coloca frente a frente dois rivais que vivem momentos distintos na temporada. O time tricolor lidera o Grupo B, com 14 pontos, mas ainda está devendo atuações mais consistentes e o técnico Rogério Ceni tem dúvidas para escalar os titulares. Já a equipe alvinegra evoluiu sob comando do interino Fernando Lázaro e não terá desfalques na partida que marca a estreia do técnico português Vitor Pereira.
Enquanto pode ter o retorno do volante Luan e do meia Patrick, que treinaram durante a semana, Ceni terá algumas ausências. Jandrei e Nikão testaram positivo para a covid-19 e estão fora do clássico. O meia já se recuperou, mas ainda não cumpriu os 11 dias de afastamento exigidos pela Federação Paulista. Já o lateral-direito Igor Vinícius segue no departamento médico, enquanto que o zagueiro Diego Costa e o meia Alisson são dúvidas.
Sem Jandrei, Ceni promoverá a volta de Volpi ao gol do São Paulo. O goleiro chegou a ter oportunidades neste ano, mas perdeu a disputa pela titularidade e terá nova chance na meta tricolor.
O São Paulo tem se destacado por vitórias com gols marcados nos minutos finais - contra Santo André, Ponte Preta e Água Santa -, mas ainda carece de atuações mais contundentes. O time conta com o faro artilheiro do centroavante Calleri, que marcou quatro dos 12 gols da equipe no Paulistão. O argentino inclusive balançou a rede na vitória por 1 a 0 no último confronto entre as equipes, no Brasileirão de 2021. Outra boa notícia é o ótimo retrospecto de Ceni em clássicos desde que retornou ao Morumbi: são três vitórias em três partidas.
Já o Corinthians, líder do Grupo A, com 17 pontos, enfim, conhecerá seu novo técnico: o português Vitor Pereira, que assinou contrato até o fim do ano. Pereira, de 53 anos, começou sua trajetória em times profissionais em 2011, comandando o Porto. Em sua carreira, foi campeão em Portugal, Grécia e China. Ele também passou por Alemanha, Turquia e Arábia Saudita, mas não conquistou títulos. Em julho do ano passado, esteve no futebol turco para treinar o Fenerbahçe, mas foi demitido em dezembro.
Ele ocupa a vaga que vinha sendo do interino Fernando Lázaro, que melhorou o desempenho do time após a saída de Sylvinho e garantiu quatro vitórias e um empate em cinco jogos. Sem desfalques, Pereira deve mandar a campo a equipe considerada titular, com Paulinho, Renato Augusto, Giuliano, Willian e Róger Guedes. Ele exaltou a personalidade do time em sua coletiva de apresentação na sexta-feira.
"Temos gente na equipe que nos jogos que precisam mostrar, não tremem, querem bola e assumem a responsabilidade. Isso é importante", disse o treinador. "Tenho uma paixão enorme, que me transforma em um animal competitivo. Quero ganhar, sempre".
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO - Volpi; Rafinha, Diego Costa (Miranda), Arboleda e Reinaldo; Pablo Maia, Nestor, Gabriel Sara, Rigoni, Alisson (Marquinhos) e Calleri. Técnico: Rogério Ceni.
CORINTHIANS - Cássio, Fagner, João Victor, Gil e Lucas Piton; Du Queiroz, Paulinho, Renato Augusto, Giuliano, Willian e Róger Guedes. Técnico: Vitor Pereira.
ÁRBITRO - Flávio Rodrigues de Souza.
HORÁRIO - 16h.
LOCAL - Morumbi.
TV - HBO Max / Estádio TNT Sports.
04 de março de 2022 | 10h00
Desde que a ofensiva militar russa invadiu a Ucrânia, as jogadoras brasileiras Lidiane Oliveira, Kedma Laryssa e Gabriela Zidoi querem deixar o país, mas não conseguiam. Elas são atletas do Kryvbas Women, time da cidade de Kryvyi Rih, no sudoeste do país e a 400km da capital Kiev, e conseguiram embarcar nesta sexta-feira em um trem lotado para Lviv, cidade a duas horas de carro da fronteira com a Polônia e por onde outros brasileiros também têm feito a travessia.
"São muitas pessoas tentando sair, crianças, mulheres... É desesperador tudo isso. Pessoas que têm que largar tudo e recomeçar em outro lugar pois não sabem o dia de amanhã", publicou Lidiane no Instagram.
As brasileiras viajaram acompanhadas de outras quatro atletas estrangeiras. Elas estavam abrigadas em um hotel e recebiam orientações sobre como retornar ao Brasil com segurança. Antes da invasão militar russa, Lidiane estava negociando sua rescisão de contrato com o clube e tinha voo previsto para retornar a São Paulo, mas não pôde deixar o país por causa da guerra.
"A gente não sabe o que fazer. Vivemos dias e noites de incertezas. O clube não tem deixado faltar nada e diz para a gente permanecer aqui por ser mais seguro e pela região não ter sofrido com muitos ataques", contou Lidiane ao Estadão na quinta-feira, antes da viagem de trem. Ela chegou à Ucrânia em agosto do ano passado, mas já tinha passagem pelo futebol local.
As jogadoras precisaram mudar do hotel onde estavam hospedadas depois que ouviram barulhos de bombas no antigo alojamento, que fica localizado ao lado de uma base militar.
Eram duas as opções para deixar a cidade de Kryvyi Rih, mas a logística era complicada, segundo Lidiane. A alternativa escolhida foi se deslocar até uma estação de trem, distante a uma hora de carro do hotel onde estavam. A outra opção seria viajar até a Moldávia, mas o trajeto de oito horas é considerado perigoso.
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), conterrâneo de Kedma, acionou o Governo Federal na quinta-feira, através do Ministério das Relações Exteriores, solicitando ações para o retorno das três jogadoras.
Muitos atletas brasileiros já conseguiram deixar a Ucrânia, mas outros ainda enfrentam problemas para obter uma rota de fuga segura. Um grupo de brasileiros que joga futsal no país, formado por Cláudio Garcia, Everton Florêncio e Daniel da Rosa, está refugiado em um apartamento em Kherson, cidade tomada pelos russos na quarta-feira, e onde atuam pelo clube Prodexim. Sem conseguir deixar o local antes do início da guerra, o grupo se esconde num quarto de hotel à espera de ajuda para sair da zona de conflito.
As delegações dos dois países se reuniram nesta quinta-feira para uma segunda rodada de negociações sobre um possível cessar-fogo. Rússia e Ucrânia concordaram sobre a necessidade de um corredor humanitário para a saída de civis das cidades em guerra, segundo afirmaram os negociadores de ambos países após o encontro diplomático desta quinta-feira, 3. O acordo envolve um possível cessar-fogo durante as operações de retirada.
O encontro foi o segundo realizado entre os dois países para discutir a invasão russa na Ucrânia. Os resultados obtidos não eram os esperados pela Ucrânia - que exige o cessar-fogo imediato e a retirada das tropas -, mas foram mais substanciais que o encontro de segunda-feira. Os dois países concordaram numa terceira rodada de negociações, afirmam os negociadores.
03 de março de 2022 | 05h33
Atletas russos e belarussos foram banidos dos Jogos Paralímpicos de Inverno 2022 pelo envolvimento de seus países na guerra na Ucrânia, disse o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, dia 3, em Pequim.
A reviravolta ocorreu menos de 24 horas depois de o IPC anunciar que permitiria que atletas dos dois países competissem nos Jogos da China, que têm abertura marcada para sexta-feira. A condição era a de que os atletas fossem identificados como neutros, com cores, bandeiras e outros símbolos nacionais removidos. O IPC recebeu críticas imediatas pela decisão inicial.
Em comunicado oficial, o presidente do IPC, Andrew Parsons, disse que, nas últimas 12 horas, um grande número de membros entrou em contato com o comitê pedindo para que a decisão fosse reconsiderada, sob possibilidade de "graves consequências".
Parsons acrescentou: "O que está claro é que a situação atual em rápida escalada nos colocou em uma posição única e impossível tão perto do início dos Jogos''.
O IPC agora se junta a esportes como futebol, atletismo, basquete, hóquei e outros que impuseram proibições gerais a russos e belarussos. A Rússia deveria ter 71 atletas competindo em Pequim. Não se sabe quantos atletas belarussos estariam envolvidos. A Ucrânia disse que teria 20 participantes.
Na segunda-feira, dia 28, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pressionou os órgãos esportivos a excluir atletas de ambos os países de eventos internacionais, mas deixou a decisão para os órgãos governamentais.
Parsons também se dirigiu aos atletas russos e belarussos. "Para atletas dos países impactados, lamentamos muito que sejam afetados pelas decisões que seus governos tomaram na semana passada ao violar a trégua olímpica. Vocês são vítimas das ações de seus governos". A Rússai invadiu a Ucrânia há uma semana./ AP
02 de março de 2022 | 08h25
A primeira fase da Copa do Brasil terá nesta quarta-feira uma rodada com 13 jogos e os destaques ficam por conta das estreias de Vasco e Ceará. O time carioca busca se reerguer no cenário nacional e nada melhor que a competição de mata-mata para isso. Já o cearense quer se recuperar da inesperada eliminação no Estadual.
Após não conseguir voltar à elite no ano passado, o Vasco começa sua jornada por melhores resultados no âmbito nacional contra a Ferroviária, na Arena da Fonte Luminosa, em Araraquara, no interior de São Paulo. Lutando por vaga nas fases finais de seus Estaduais, os dois clubes viram a chave neste meio de semana para a Copa do Brasil.
Por estar mais bem colocado no ranking da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Vasco tem a vantagem do empate neste jogo único, enquanto que a Ferroviária precisa da vitória. Os dois times não se enfrentam desde 1959, quando ficaram no empate por 3 a 3, em Araraquara.
O lado financeiro também conta na Copa do Brasil. O time classificado à segunda fase vai embolsar mais R$ 750 mil de premiação. Quem passar enfrenta o vencedor do confronto entre Grêmio Anápolis-GO e Juazeirense-BA, que se enfrentam também nesta quarta-feira.
Outro que pensa no dinheiro, mas também em recuperação moral, é o Ceará. Eliminado nas quartas de final do Campeonato Cearense pelo modesto Iguatu, no último final de semana, o time alvinegro, comandando pelo técnico Tiago Nunes, quer se reabilitar contra o São Raimundo-RR, em Boa Vista, capital de Roraima.
Por conta do ranking da CBF, os times que jogam como visitante nesta primeira fase têm a vantagem do empate nesta partida única da primeira fase. Estes são os casos dos clubes que disputam a Série B do Brasileiro que entrarão em campo como o Novorizontino, Sampaio Corrêa, CRB, Operário-PR, Sport e Paysandu.
15h30
Ceilândia-DF x Londrina-PR
Tuna Luso-PA x Novorizontino-SP
16h30
Operário-MT x Sampaio Corrêa-MA
Costa Rica-MS x ABC-RN
19 horas
Portuguesa-RJ x CRB-AL
Porto Velho-RO x Juventude-RS
Real Noroeste-ES x Operário-PR
São Raimundo-RR x Ceará-CE
Altos-PI x Sport-PE
20 horas
Rio Branco-AC x Vila Nova-GO
20h30
Grêmio Anápolis-GO x Juazeirense-BA
Trem-AP x Paysandu-PA
21h30
Ferroviária-SP x Vasco-RJ
28 de fevereiro de 2022 | 14h49
Atualizado 28 de fevereiro de 2022 | 16h21
A Fifa e a Uefa anunciaram na tarde desta segunda-feira a exclusão da seleção russa e de equipes do país das competições organizadas pelas entidades. A medida vem em resposta à guerra na Ucrânia e atende pedidos de importantes federações europeias. Assim, a seleção russa não seguirá disputando as Eliminatórias e está fora da Copa do Mundo do Catar.
"Na sequência das decisões iniciais adotadas pelo Conselho da Fifa e pelo Comitê Executivo da Uefa, cujas decisões previam a adoção de medidas adicionais, a Fifa e a Uefa decidiram hoje em conjunto que todas as equipes russas, quer sejam equipes representativas nacionais ou clubes, serão suspensas da participação em competições da Fifa e da Uefa até novo aviso", informa a entidade máxima do futebol em nota.
"O futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afetadas na Ucrânia. Ambos os presidentes (Gianni Infantino, da Fifa, e Aleksander Ceferin, da Uefa) esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa voltar a ser um vetor de unidade e paz entre os povos", continuou a nota.
Ao longo dos últimos dias, desde que eclodiu o conflito no leste europeu, as seleções da Polônia, Suécia e República Checa - que disputariam com a Rússia uma vaga no próximo Mundial - manifestaram seu desejo de não jogar com os russos a repescagem no próximo mês de março.
No domingo, a Fifa havia determinado que a Rússia estaria impedida de jogar em seu território nas partidas que fosse mandante. Além disso, estariam proibidos o uso da bandeira e a execução de seu hino nacional. A decisão, vista como branda, recebeu fortes críticas de federações europeias filiadas à entidade.
Nesta segunda-feira, o presidente da Associação Polonesa de Futebol, Cezary Kulesza, anunciou, em suas redes sociais, que a sugestão da Polônia - de exclusão da Rússia da disputa por vaga na Copa - havia recebido o apoio de outros países, como Inglaterra, Albânia, Dinamarca, Irlanda, Noruega, Escócia, Suíça e País de Gales.
"Lutar pelo lado certo foi eficaz! Mostramos que a força está na solidariedade. Nós apenas agimos corretamente. Agora trata-se de ajudar a Ucrânia, o que faremos como Associação Polonesa de Futebol", escreveu Cezary Kulesza após a nova determinação da Fifa.
A decisão conjunta também afeta diretamente a disputa da Liga Europa. O Spartak Moscou, que enfrentaria o alemão RB Leipzig, nas oitavas de final, está fora da competição. Nos demais torneios da Uefa - Liga dos Campeões e Liga Conferência - não há mais clubes russos na disputa. A seleção feminina da Rússia também será afetada pela determinação, pois participaria da Eurocopa na Inglaterra no próximo mês de julho.
A União de Futebol da Rússia afirma discordar frontalmente das decisões da Fifa e Uefa e diz que contestará as medidas perante as leis esportivas internacionais.
"Acreditamos que esta decisão é contrária às normas e princípios da competição internacional, bem como ao espírito desportivo. Tem um caráter claramente discriminatório e prejudica um grande número de atletas, treinadores, funcionários de clubes e seleções e, mais importante, milhões de torcedores russos e estrangeiros, cujos interesses as organizações esportivas internacionais devem proteger em primeiro lugar", afirma a entidade russa por meio de um comunicado oficial.
28 de fevereiro de 2022 | 05h00
Depois de um início irregular no Paulistão, o São Paulo reencontrou o caminho das vitórias e nesta segunda-feira visita o Água Santa para manter o embalo e se aproximar um pouco mais da classificação para a próxima fase do Estadual. O time tem 11 pontos e está atrás do São Bernardo.
Nas três primeiras rodadas do Paulistão, o técnico Rogério Ceni não conseguiu levar o time para as vitórias e ficou pressionado. Foram derrotas para Guarani e Red Bull Bragantino, e um empate com o Ituano. Mas depois o time venceu o Santo André, a Ponte Preta, empatou com a Inter de Limeira e ganhou de 3 a 0 do Santos no clássico.
Isso tudo ajudou a mudar o clima no Morumbi e a equipe que flertava com a zona de rebaixamento do Estadual agora já começa a se impor no Grupo B. Mas apesar de já ter uma espinha dorsal na equipe, Ceni ainda vem perdendo atletas por lesão ou falta de ritmo neste início de temporada. Até por isso, tem aproveitado para rodar o time.
Como a situação do Água Santa não é das melhores no campeonato, correndo o risco de ser rebaixado, Ceni sabe que encontrará um adversário que atuará fechado explorando os contra-ataques, mesmo com uma escalação de três atacantes, algo que o técnico Sérgio Guedes vem mantendo.
Para furar a retranca, Ceni aposta no retorno do atacante Rigoni, que não atuou no meio de semana pela Copa do Brasil por causa de uma indisposição. Mas ele já está recuperado e deve formar o ataque do time ao lado de Calleri. Já o volante Andrés Colorado, recém-contratado, já está inscrito no campeonato e pode ficar como opção.
A baixa fica por conta de Nikão. O clube tricolor informou neste domingo que o atacante testou positivo para covid-19 e está cumprindo isolamento social. Com isso, o jogador, contratado para a temporada 2022, é mais um a desfalcar o clube na nona rodada do estadual.
ÁGUA SANTA x SÃO PAULO
ÁGUA SANTA - Victor Souza; Leandro Silva, Helder, Jeferson Bahia e Rhuan; Rodrigo Sam, Emerson e Matheus Oliveira; Wesley Piontech, Caíque e Álvaro. Técnico: Sérgio Guedes.
SÃO PAULO - Jandrei; Rafinha, Diego Costa, Arboleda e Reinaldo; Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Gabriel Sara e Alisson; Rigoni e Calleri. Técnico: Rogério Ceni.
ÁRBITRO - Luiz Flávio de Oliveira.
HORÁRIO - 15 horas (horário de Brasília).
LOCAL - Distrital de Inamar.
TRANSMISSÃO - Paulistão Play.
27 de fevereiro de 2022 | 05h00
O Corinthians, enfim, tem um novo treinador, mas o português Vítor Pereira ainda não comandará a equipe neste domingo, às 11h, na Neo Química Arena, contra o Red Bull Bragantino, pelo Paulistão. Ele estará presente para acompanhar a partida no estádio, mas só estreia no clássico contra o São Paulo, no Morumbi, no dia 5 de março, e vai ter uma semana livre para treinos.
Vítor Pereira é mais um treinador estrangeiro no futebol brasileiro neste ano - o sétimo dentre os times da Série A - e já passou por Portugal, Alemanha, Turquia, Grécia, Arábia Saudita e China. No Corinthians, terá em mãos uma equipe com atletas gabaritados e experientes e precisará conviver com a pressão por resultados enquanto se adapta ao futebol local.
Pereira receberá de Fernando Lázaro um time mais organizado e encaixado do que o ex-técnico Sylvinho deixou para o interino. Desde a saída do antigo treinador, a equipe conquistou três vitórias e um empate, apresentando um futebol mais convincente ao seu torcedor, embora ainda haja espaço para evolução.
O Corinthians não jogou durante a semana e, com o descanso, deve contar com seus principais jogadores para a partida contra o Red Bull Bragantino. O centroavante Jô ficou fora da última partida por dores no joelho esquerdo, realizou trabalhos específicos com a comissão técnica e é dúvida para a partida. A única ausência confirmada é o volante Xavier, que trata uma lesão muscular na coxa esquerda.
A equipe tem um jejum pela frente: não sabe o que é vitória sobre o Bragantino há seis jogos, quando venceu por 2 a 0 em julho de 2020, com gols de Jô e Éderson. Desde então, foram três empates e duas derrotas. O Corinthians é o líder do Grupo A, com 14 pontos, sendo quatro vitórias, dois empates e apenas uma derrota.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS - Cássio, Fagner, João Victor, Gil e Lucas Piton (Fábio Santos); Du Queiroz, Paulinho, Renato Augusto, Giuliano e Willian; Róger Guedes. Técnico: Fernando Lázaro.
RED BULL BRAGANTINO - Cleiton; Hurtado, Léo Ortiz, Natan e Luan Cândido; Jadsom, Eric Ramires e Hyoran; Artur, Alerrandro e Leandrinho. Técnico: Maurício Barbieri.
ÁRBITRO - Thiago Luis Scarascati.
HORÁRIO - 11h.
LOCAL - Neo Química Arena.
TV - Paulistão Play, Premiere.
25 de fevereiro de 2022 | 21h03
A seleção brasileira masculina de basquete continua com 100% de aproveitamento sob o comando do técnico Gustavo de Conti. Nesta sexta-feira, no ginásio Pedrocão, em Franca, o Brasil superou o Uruguai, de Rubén Magnano, por 85 a 66, pelo Grupo B das Eliminatórias das Américas para o Mundial de 2023.
A equipe de Gustavinho chegou para o confronto com duas vitórias, ambas sobre o Chile, em novembro do ano passado. Agora, com três triunfos, o Brasil praticamente se garante na segunda fase do classificatório. O próximo jogo será na segunda-feira, diante da Colômbia, às 20h, novamente em Franca. Outra vitória é fundamental, já que os times carregam os resultados para o cruzamento com os rivais do Grupo D, que tem Estados Unidos, México, Porto Rico e Cuba.
O destaque do Brasil foi o armador Yago, do Flamengo, que fechou o jogo com 11 pontos e sete assistências, além de três rebotes. Já Vítor Benite e Leo Meindl terminaram como os maiores pontuadores da seleção, com 13 pontos. Pelo lado do Uruguai, Luciano Parodi anotou 12 pontos.
O primeiro quarto foi bastante equilibrado. O Uruguai começou melhor e abriu uma vantagem de 14 a 9. O Brasil não conseguia parar Luciano Parodi, que anotou 10 pontos. A resposta de Gustavinho foi o armador Yago, que acelerou o jogo da seleção e, com uma bola de três e dois lances livres, igualou o placar no fechamento da parcial: 14 a 14.
As equipes continuaram jogando com muita intensidade na segunda parcial. A seleção pulou na frente do placar com uma bola de três de Hettsheimeir: 22 a 20. Depois disso, muitos erros de arremessos dos dois lados. Parodi ainda igualou para o Uruguai, mas, nos minutos finais do período, o Brasil tomou conta das ações, jogou com muita agressividade e foi para o intervalo com vantagem: 37 a 32.
O Uruguai voltou mais atento no terceiro período, encostou no placar, mas o Brasil logo acordou. Com três bolas de três seguidas (duas com Yago e uma Vítor Benite), o time de Gustavinho alcançou pela primeira vez uma vantagem de dois dígitos: 46 a 36. A seleção não diminuiu o ritmo e, com um bom trabalho coletivo, se manteve na frente até o fim da parcial: 55 a 43.
A vantagem não interferiu no apetite da seleção. O Brasil voltou jogando com muita intensidade, como gosta Gustavinho, e foi deixando o Uruguai para trás no placar. As bolas de três (duas seguidas de Lucas Dias) ajudaram na escalada. No fim, com o jogo decidido, o treinador ainda pôde colocar em quadra jogadores que não haviam sido utilizados, como Elinho e Gui Deodato.
25 de fevereiro de 2022 | 08h58
Como prometido, a Uefa agiu rápido e retirou a decisão da Liga dos Campeões de São Petersburgo, na Rússia, e definiu que o novo palco será o Stade de France, no dia 28 de maio. A entidade anunciou a troca após reunião extraordinária nesta sexta-feira, dando uma resposta imediata à invasão dos russos à Ucrânia.
"O Comitê Executivo da UEFA realizou hoje uma reunião extraordinária na sequência da grave escalada da situação de segurança na Europa. E decidiu transferir a final da Liga dos Campeões 2021/22 de São Petersburgo para o Stade de France em Saint-Denis. O jogo será jogado como inicialmente programado, no sábado, 28 de maio, às 21:00 CET (17 horas de Brasília)", anunciou a Uefa.
A decisão seria na Gazprom Arena, estádio do Zenit e administrado por um grande parceiro da entidade. Mas a pressão de outras confederações alegando falta de segurança acabou sendo decisiva para a terceira troca seguida do palco da grande decisão europeia. As duas anteriores foram ocasionadas por causa da pandemia de covid-19 em Kiev e Istambul e acabaram em Portugal.
Será a sexta final da Liga dos Campeões na França e a terceira neste novo palco. Em 2006, o Barcelona fez a festa no Stade de France em decisão emocionante com definição da virada nos minutos finais, com gol heroico do brasileiro Belletti e triunfo por 2 a 1 sobre o Arsenal. Em 2000 o título ficou com o Real Madrid, diante do Valencia. O Stade de France marcou a primeira conquista da seleção francesa em Copas do Mundo. Em 1998, com show de Zidane, bateu o Brasil por 3 a 0.
As outras três decisões da Liga dos Campeões no país foram no Parque dos Príncipes, casa do Paris Saint-Germain, em 1956, 1975 e 1981. A equipe francesa está nas oitavas de final, abriu vantagem sobre o Real Madrid com 1 a 0 na ida e busca o inédito título.
"A Uefa deseja expressar os seus agradecimentos e apreço ao Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron, pelo seu apoio pessoal e empenho em transferir o jogo mais prestigiado do futebol europeu de clubes para França num momento de crise sem precedentes", agradeceu a entidade. "Juntamente com o governo francês, a Uefa apoiará totalmente os esforços de várias partes interessadas para garantir o resgate de jogadores de futebol e suas famílias na Ucrânia que enfrentam terríveis sofrimentos humanos, destruição e deslocamento."
A Uefa ainda anunciou que o Comitê Executivo da UEFA também decidiu que os clubes e seleções russas e ucranianas que participem nas competições da Uefa terão de jogar em casa em estádios neutros até novo aviso.
"O Comitê Executivo da Uefa decidiu ainda permanecer de prontidão para convocar novas reuniões extraordinárias, regularmente sempre que necessário, para reavaliar a situação legal e factual à medida que evolui e adotar novas decisões conforme necessário."
24 de fevereiro de 2022 | 09h22
Jogadores brasileiros que atuam no futebol da Ucrânia gravaram um vídeo nesta quinta-feira, dia 24, pedindo socorro e ajuda para deixar o país. Atletas de Shaktar Donetsk e Dínamo de Kiev, dois dos principais clubes ucranianos, estão reunidos em um hotel na capital Kiev com seus familiares, mulheres e filhos, desde que a Rússia declarou guerra e iniciou um ataque à nação vizinha. Mísseis foram lançados no país. Havia uma esperança para impedir a guerra com a diplomacia. Por isso os clubes de futebol retornaram para a Ucrânia. Eles estavam na Turquia.
No vídeo, compartilhado pelos jogadores nas redes sociais, eles contam que falta combustível na cidade e que o espaço aéreo da Ucrânia está fechado, dificultando qualquer deslocamento de avião. Vias terrestres e ferroviárias são os prováveis caminhos para deixar o país neste momento. Eles pedem ajuda do governo brasileiro para conseguir voltar para casa. O Itamaraty está trabalhando no assunto.
"Cada um saiu correndo de suas casas para o hotel, com uma peça de roupa e não sabemos como vai ser. Pedimos ajuda para resolver a nossa situação", disse a mulher de um dos atletas brasileiros. Todos estão bem.
Atuando no Shaktar Donetsk desde 2018, o atacante Fernando, ex-Palmeiras, é um dos brasileiros a falar no vídeo. Ele faz um apelo às autoridades brasileiras e afirma que "não tem como sair do país". Júnior Morais, outro brasileiro no futebol da Ucrânia, disse que a situação é "grave" e aguarda uma solução (do governo) para deixar o local. Todos os estrangeiros na Ucrânia estão na mesma condição. O Estadão mantém o repórter Eduardo Gayer em Kiev.
Vale ressaltar que o elenco do Shaktar Donetsk estava realizando uma intertemporada na Turquia e, após o fim das atividades, a direção do clube decidiu voltar à Ucrânia mesmo com a iminência de uma invasão russa. Após a declaração de guerra, os jogadores foram levados ao hotel em Kiev, onde também estão os atletas do Dínamo. Quase nenhuma informação sobre a real situação do país foi passada aos brasileiros.
Os brasileiros no hotel afirmam que estão com dificuldades para entrar em contato com a embaixada brasileira na Ucrânia. Os atletas dizem estar decepcionados com a situação (de abandono) e clamam por uma atitude urgente das autoridades para retornar ao Brasil.
23 de fevereiro de 2022 | 05h00
O jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões entre Atlético de Madrid e Manchester United desta quarta-feira terá um enredo especial por marcar o reencontro do português Cristiano Ronaldo com o clube madridista, um dos principais alvos do atacante na carreira. O português e seus companheiros desafiam os mandantes no estádio Wanda Metropolitano a partir das 17h. Benfica e Ajax se enfrentam no mesmo horário no estádio da Luz, em Portugal.
Maior artilheiro da história da Liga dos Campeões, com certa folga, Cristiano Ronaldo marcou sete de seus 140 gols na competição diante do Atlético. Somando todas as competições, foram 25 gols em 35 jogos contra o time comandado por Diego Simeone, que não se cansa de dizer: “Se Cristiano Ronaldo não fosse jogador de futebol, eu já teria conquistado três títulos da Liga dos Campeões com o Atlético de Madrid."
De fato, o jogador participou de cinco eliminações do clube de Simeone e marcou gols em três delas. A primeira foi na final da temporada 2013/2014. CR7 marcou o quarto e último gol da vitória por 4 a 1, já nos acréscimos. O reencontro aconteceu na semifinal em 2016/17, quando Ronaldo abriu o caminho para a classificação do Real Madrid no jogo de ida e teve grande atuação.
O zagueiro Savic, em contrapartida, minimizou o "efeito Cristiano Ronaldo" em entrevista ao jornal AS, da Espanha. Na primeira fase desta edição o português anotou quatro na casa dos adversários, o que não assista o marcador.
"Sempre é bom jogar contra grandes campeões, mas na Liga dos Campeões há jogadores de alto nível e isso não nos muda. Claro que há respeito (por Cristiano Ronaldo), como todos os grandes atletas do mundo e ele é um dos maiores da história. Mas nada mais”, disse o defensor.
Mesmo após sair do Real Madrid, Cristiano Ronaldo não permitiu que o Atlético o esquecesse. Logo na sua primeira temporada pela Juventus, nas oitavas de final da Liga dos Campeões em março de 2019, o astro português liderou os italianos a uma virada épica sobre a equipe de Madrid. Após perder por 2 a 0 na Espanha, o time de Turim venceu na volta por 3 a 0, com três gols do português. Até por conta desse fator, o técnico do clube inglês, Ralf Rangnick, não espera que o time de Manchester tenha uma recepção amigável e valoriza a parte mental neste primeiro jogo.
"Precisamos nos preparar para uma atmosfera emocional, se não hostil. Alguns de nossos jogadores não serão recebidos com tapete vermelho. Amanhã temos que tentar obter o melhor resultado possível. Mas não será decidida amanhã, mas sim na volta em Old Trafford", disse, já imaginando uma perseguição do torcedor para com o astro português.
Outro que terá uma atmosfera especial na partida é o goleiro espanhol David De Gea, que trocou o time da capital espanhola por Manchester em 2011 e alfinetou o ex-clube.
"Gosto do fato de ter nascido em Madri, mas no fim de contas é apenas uma cidade. Agora sinto-me como se fosse de Manchester. Sinto-me como qualquer outra pessoa de Manchester, onde somos amados e bem recebidos é que consideramos a nossa casa”, disse.
O único encontro anterior entre os dois times aconteceu na Recopa Europeia de 1991/92, quando o Manchester United, comandado por Alex Ferguson, foi superado pelo Atlético de Madrid após perder em Madrid por 3 a 0. Atualmente, nenhuma das equipes vive seu melhor momento. O Manchester é quarto colocado no Campeonato Inglês e o Atlético é apenas o quinto na Espanha.
No outro encontro do dia, o Benfica receberá o embalado Ajax, em Portugal. O time holandês, onde atua o brasileiro Antony, foi um dos três a vencer todos os seis jogos da primeira fase. Já o Benfica, de Everton Cebolinha, avançou como segundo melhor de seu grupo (atrás do Bayern de Munique), mas foi um dos responsáveis pela eliminação do Barcelona.
Sébastien Haller, atacante do Ajax e artilheiro da Liga dos Campeões, é a esperança do time que busca repetir a excelente campanha de 2018/19, quando chegou na semifinal. Esta é a primeira vez em cinco anos que o Benfica está no mata-mata do torneio europeu.
22 de fevereiro de 2022 | 08h35
A Copa do Brasil de 2022 tem três partidas nesta terça-feira. O destaque fica por conta do Avaí, representante da Série A do Campeonato Brasileiro. O time catarinense enfrentará o URT-MG. O dia trará ainda confrontos entre Lagarto-SE e Figueirense, além de Cascavel-PR e Ponte Preta.
O Avaí chegou ao torneio através do título estadual conquistado em 2021. No entanto, vive má fase e luta para não ser rebaixado no Campeonato Catarinense, o que faz ser uma incógnita na elite do futebol nacional
O desafiante é o URT, que conquistou a vaga por ter ficado com o vice-campeonato do Troféu Inconfidência, uma espécie de Troféu do Interior do futebol mineiro. O duelo será às 19h, no Estádio Zama Maciel.
O jogo que abrirá o campeonato será entre Lagarto e Figueirense. O clube sergipano é o atual vice-campeão regional e vem fazendo boa campanha na edição deste ano. Com isso, chega forte para enfrentar o Figueirense, que, assim como o Avaí, vive momento de instabilidade. A equipe é a campeã da Copa Santa Catarina. A partida será disputada no Barretão, às 16h30.
A Ponte Preta, que entrou pelo ranking da CBF, enfrenta o Cascavel, surpresa do futebol paranaense, vice-campeão em 2021. O time campineiro vem de derrota no dérbi com o Guarani e está sem técnico após a demissão de Gilson Kleina, diferentemente do adversário, que é vice-líder no Paraná.
Na primeira fase, os times são divididos por grupos. O Grupo 1 ganhará R$ 1,2 milhão; o Grupo 2, R$ 1,09 milhão; e o Grupo 3, R$ 620 mil.
Nesta segunda-feira, a CBF divulgou imagens da bola oficial que será usada na Copa do Brasil. Batizada como "Nike Brasil Flight", a pelota foi desenhada em parceria com a marca de materiais esportivos e apresenta detalhes em amarelo e preto, além da cor branca como proeminente.
"Tá aí a CBF Nike Brasil Flight 2022, a bola que vai brilhar nos gramados brasileiros na temporada. A estreia da nova redondinha já está marcada para esta semana, nos primeiros jogos da Copa do Brasil", escreveu a CBF nas redes sociais.
21 de fevereiro de 2022 | 10h07
O segundo dia de disputas na SheBelieves Cup, minitorneio anual de futebol feminino disputado na Califórnia, nos EUA, foi marcado por uma situação para lá de inusitada. A defensora Meikayla Moore fez nada menos do que três gols contra na derrota da Nova Zelândia por 5 a 0 para as anfitriãs, todos marcados no primeiro tempo da partida entre as seleções. A zagueira de 25 anos, que defende o Liverpool, foi substituída aos 40 minutos da etapa inicial, visivelmente abatida.
O primeiro gol veio logo aos 5 minutos. Moore tentou cortar um cruzamento da esquerda de Sophia Smith, mas o desvio acabou indo contra o próprio patrimônio, abrindo o placar para as adversárias. Apenas um minuto depois, uma bola vindo da direita atingiu a jogadora no rosto e foi direto para o gol da Nova Zelândia.
O infeliz hat-trick aconteceu aos 36 minutos. A jogadora novamente tentou interceptar um passe açucarado de Margaret Purce e, com o pé esquerdo, mandou a bola para as redes da Nova Zelândia. Após o lance, Moore ficou inclinada por alguns segundos e logo foi carregada para fora do campo, sendo consolada na lateral pelas companheiras de equipe.
Natasha Anasi marcou aos 11 minutos e Selma Sol Magnusdottir aos 18 para a Islândia, enquanto a checa Michaela Khyrova fechou a diferença.
20 de fevereiro de 2022 | 07h35
A primeira decisão do ano entre clubes do País já vai colocar à prova o quão Antonio Mohamed e Paulo Sousa terão paz para desempenhar seu trabalho com Atlético-MG e Flamengo, respectivamente, que se enfrentam às 16 horas para definir o título da Supercopa do Brasil. A decisão ocorre na Arena Pantanal, em Cuiabá, e promete ser em clima bastante elevado e nada amistoso após troca de farpas e acusações entre os dirigentes.
Campeão brasileiro e da Copa do Brasil, o Atlético-MG queria algum privilégio - a Supercopa reúne sempre o dono desses títulos da temporada passada. Mas não conseguiu nem escolher o palco do jogo, como sugeria o diretor de futebol Rodrigo Caetano. A escolha da CBF em levar a partida para Cuiabá não foi bem aceita e os mineiros ainda acusaram o rival de ter sido informado antes. O presidente Sérgio Coelho mandou até um ofício de protesto a usando os cariocas de estarem sendo beneficiados.
A bronca acabou virando bate-boca. O vice jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, postou que pessoas "falavam muita besteira" e não "deveriam receber atenção". O presidente retrucou chamando-o de "bobo da corte". Com essa rivalidade aflorada, a pressão sobre os treinadores em buscar o troféu aumentou consideravelmente. O título seria a resposta para as polêmicas.
Antonio Mohamed vive situação mais tranquila em Belo Horizonte. Mas sabe que o time pode render mais após vitórias sofridas nas duas últimas rodadas do Mineiro contra rivais mais duros. Fez 2 a 0 no América-MG com gols no fim e só superou o Athletic com pênalti nos acréscimos. "Sei muito da rivalidade e estou muito comprometido com a instituição, com a camisa. Vamos fazer de tudo para ganhar essa copa", enfatiza o técnico argentino. 'El Turco' garante que o Atlético-MG entrará forte e bem preparado para a busca do título.
"É um rival difícil, que vai sair para propor o jogo. E nós vamos sair também, com nossas armas, pois também temos nossas forças. Creio que será uma final que será definida em pequenos detalhes e chegamos muito bem fisicamente para a decisão, descansados e preparados", disse o treinador.
Depois de rodar bastante o elenco, descontando peças importantes no Mineirão, inclusive, Antonio Mohamed vai usar na final sua escalação ideal do Atlético-MG. Ele não revela quais são suas escolhas, mas promete time ousado, veloz e forte na Arena Pantanal.
Menos tranquilo por causa da alternância de comportamento do Flamengo, Paulo Sousa sabe que não pode deixar escapar o título para ter tempo para implementar suas ideias no Brasil. O português até agora não definiu time e esquema no Flamengo e há quem defina sua equipe como um "catadão". O português insiste em usar um falso 3-4-3 com o lateral-esquerdo Filipe Luís fazendo papel de falso terceiro zagueiro, e ainda não definiu seu time ideal, o que vem causando certo incômodo no torcedor. O técnico diz estar buscando o melhor para a equipe e, ao invés de peitar as cobranças da torcida, aposta justamente na força vinda das arquibancadas - todos os 31.219 ingressos foram vendidos antecipadamente.
"Com certeza será um jogo digno de final. A nossa grande vantagem pode não ser os processos, mas é a nossa nação, que vai estar conosco e vai nos ajudar, nos empurrar para aquilo que pretendemos fazer sempre, que é vencer e trazermos a taça para o Rio", ponderou o português.
O duelo ainda reunirá dois grandes artilheiros do Brasil em 2021. Gabriel Barbosa fez 37 gols, sendo três pela seleção brasileira, enquanto Hulk veio logo atrás, com 36, todos pelo clube mineiro.
"Temos que aproveitar o momento, temos um excelente time, uma excelente gestão, tudo para continuar escrevendo uma linda história. A gente vai em busca desse título", afirmou Hulk, que tenta incendiar todo o elenco do Atlético-MG com discurso inflamado.
"Eu acho que ser ambicioso e querer ganhar mais não é não ter humildade, e sim querer buscar mais. Eu passei para os jogadores que temos que manter nossa humildade, trabalhar, sempre respeitando o adversário. Sempre ambiciosos em querer ganhar mais. Não vamos ficar satisfeitos porque entramos para a história do Galo com o Brasileiro depois de 50 anos, com a tríplice coroa inédita..."
Enquanto o veterano de 35 anos mantém o foco apenas na decisão, Gabriel tem de dividir treinos com depoimento - teve de falar com o tribunal carioca por causa de ofensas racistas no clássico com o Fluminense. Ele evitou comentar sobre a decisão, mas postou novamente frase contra o preconceito. "Não vão nos calar." Ele usa as provocações como incentivo.
O camisa 9 rubro-negro é presença certa na Arena Pantanal. A dúvida está em quem aparecerá do seu lado. Bruno Henrique tem grandes chances, com Arrascaeta completando o trio. Andreas Pereira e Willian Arão estarão no meio-campo. Éverton Ribeiro pode ir para a reserva.
A conquista, além de tranquilidade para a temporada, vai render um bom reforço para o caixa do campeão. Em 2021, o Flamengo embolsou R$ 5 milhões após bater o Palmeiras nos pênaltis, no Mané Garrincha. A premiação deve ser mantida pela CBF.
18 de fevereiro de 2022 | 20h00
Veja só você que, um mês e cinco dias depois do clássico entre Guarani e Ponte Preta deste sábado, no Brinco de Ouro, pelo Paulistão, o dérbi campineiro completará 110 anos de história. Aquele primeiro jogo, disputado no dia 24 de março de 1912, porém, não tem resultado. É daqueles mistérios do futebol, meio como lenda, já que nem a oralidade conseguiu trazer luz ao que aconteceu.
De lá pra cá, foram disputados 201 jogos, distribuídos com equilíbrio entre os times. O Guarani é o maior vencedor, com 68, enquanto a Ponte Preta venceu 66 - esse também é o número de empates. Cada time fez 267 gols. Nesse tempo, muitas brigas ganharam os holofotes. Agora, porém, o clássico é disputado com torcida única.
De acordo com o engenheiro mecânico, José Ricardo Mariolani, 62, "há quem diga que era uma rivalidade entre bairros, já que a Vila Industrial, local do primeiro campo do Guarani, é vizinha ao bairro da Ponte Preta, e esse campo não distava mais do que 600 metros da ponte pintada de preto que deu origem ao nome do bairro e do clube."
Mariolani se afeiçoou ao Guarani aos quatro anos, acompanhando seu pai e seu avô em um jogo. Aos 16, começou a anotar as fichas técnicas dos jogos do time e a coletar histórias interessantes, que publica no site jogosdoguarani.com. Segundo ele, prefere se ver como "uma testemunha ocular da história do Guarani do que um historiador."
Esse sentimento de pertencimento a um dos times está presente também no radialista Israel Moreira, de 41 anos. Ele criou a página "Histórias da Ponte" no fim de 2019 e aproveitou a pandemia para fornecê-la de conteúdo novo. Seu avô, Arlindo, fora voluntário na construção do Moisés Lucarelli em 1948 e repassou ao neto a paixão.
Ele passou a frequentar os jogos em 1992, num Ponte Preta x Grêmio, e, desde então, tenta se fazer presente na maioria dos jogos. Na tentativa de preservar a memória e de trazer à tona materiais inéditos, ele passou a pesquisar cada vez mais a história da Ponte Preta e, dentre as descobertas, o apelido 'Macaca' lhe saltou à mente.
"A verdade é que 'Macaca' surge como uma ofensa na década de 1940. A torcida do Guarani deu esse apelido por causa do Bosque dos Jetiquibás, que há no caminho. Então, quando os torcedores da Ponte estavam chegando, eles diziam que 'A macacada havia chegado'. A Ponte Preta sempre foi um time muito forte na comunidade negra de Campinas e até hoje é. Eles resolveram abraçar a alcunha, deixando de lado o nome 'A Veterana', como era chamada a Ponte", conta.
Para os historiadores Frederico Maróstica, 28, criador do Museu da Macaca nas redes sociais, e Fernando Silva, dedicado à memória da Guarani, a rivalidade já se deu com muita intensidade desde a década de 1910. Já na primeira partida, a Ponte Preta afirmava ter vencido por 1 a 0, enquanto os do Guarani, apontavam 1 a 1. Não há registros nos jornais da época.
O dérbi ganhou contornos de clássico já na sua primeira confusão generalizada, no dia 21 de maio de 1916. A Ponte Preta acusava o árbitro de favorecer o Guarani em campo. Quando o Bugre marcou o segundo gol, a Macaca decidiu se retirar de campo e começou a primeira briga generalizada entre as partes. Esse seria somente o primeiro de três jogos interrompidos.
O mais inusitado, segundo os historiadores, fica para o dia 18 de agosto de 1946, também pelo Campeonato Campineiro. O Guarani vencia a partida por 3 a 0, os jogadores da Ponte Preta deixaram o gramado novamente. No dia seguinte, os dirigentes da equipe “sequestraram” o árbitro Aldo Bernardi na capital e o levaram para Campinas, afirmando que havia sido “comprado” pelo Guarani. Após a libertação, o árbitro negou o arranjo e o resultado foi mantido.
“Os dirigentes da Ponte Preta foram na casa do árbitro e inventaram que queriam contar com o serviço dele para favorecer um time e ele aceitou. Daí, esses dirigentes viram que ele era corrupto e o sequestraram para fazer a denúncia. Ele conseguiu ligar para a família, que falou com a polícia e conseguiu resgatá-lo”, conta Maróstica.
A última partida inacabada foi em 1º de dezembro de 1950, aos 40 minutos do segundo tempo, mais uma vez por conta de uma briga generalizada entre os jogadores. Coincidentemente, a competição se chamava Taça Amizade.
Por serem os únicos times de Campinas, Ponte Preta e Guarani chamam para si toda a atenção futebolística. Os torcedores de ambas as equipes concordam que a partida se diferencia bastante dos clássicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, por exemplo, já que há uma tônica diferente dentro da rivalidade.
“Acho que é um dos maiores do Brasil. São só os dois em Campinas. É um ódio bastante direcionado ao time que é o contrário daquele que você torce, como acontece no Gre-Nal”, diz Maróstica. “Eu, por exemplo, não consigo usar nada verde. Me faz mal. Sinto como se eu estivesse traindo alguma coisa e esse sentimento é comum. Sei que tem gente do outro lado que, quando está dirigindo, não usa camisa branca com cinto de segurança para não parecer a camisa da Ponte Preta.”
A cor verde também já foi problematizada em outro momento da história da Ponte Preta. Na semifinal da Copa Sul-Americana de 2013, a equipe teve de jogar em Mogi Morim contra o São Paulo, por causa de uma norma do regulamento não atendida pelo Estádio Moisés Lucarelli.
“A prefeitura de Campinas disponibilizou ônibus municipais para que os torcedores fizessem a viagem. Ônibus de linha mesmo, cada um com sua cor. Houve a oferta para que fossem na linha verde, mas esses ficaram desocupados, justamente por conta da rivalidade”, lembra Maróstica.
A rivalidade, no entanto, sempre extrapolou o limite das quatro linhas do futebol, tanto em provocações quanto em agressões às duas partes. Em maio de 2018, dias antes de um dérbi, Leonardo Bernardes, de 18 anos, foi morto após um confronto entre as torcidas.
Em 2016, o estado de São Paulo já havia implantado a torcida única nos clássicos paulistas, mas a medida é impopular entre os torcedores. José Ricardo Mariolani, porém, reconhece que o atual momento traz mais tranquilidade aos torcedores que desejam assistir a uma partida no estádio.
“Eu não gostaria que fosse assim, mas deixaram chegar numa situação que eu acho até mais tranquilo ir a um clássico hoje do que há alguns anos, quando tinha-se que tomar cuidado até com que rua escolher para ir ao estádio”, comentou.
Ele acrescenta, porém, que a medida pode influenciar na construção de novos torcedores. “No caso específico de Campinas, eu acho que a formação de novos torcedores para os times da cidade tem ocorrido quase que exclusivamente por influência de familiares e amigos, já que nossos clubes têm pouca penetração na TV e na internet em comparação aos principais clubes do país."
Entrevista com
Rosamaria, jogadora de vôlei
18 de fevereiro de 2022 | 10h00
Nas quartas de final do torneio de vôlei nos Jogos de Tóquio, o Brasil tinha perdido o primeiro set para o Comitê Olímpico Russo e estava atrás no placar na parcial seguinte. Foi então que o técnico José Roberto Guimarães colocou a ponteira/oposta Rosamaria Montibeller na quadra. A jogadora incendiou o jogo e liderou o time na virada espetacular sobre as eternas rivais. "Até hoje me marcam nas redes sociais quando falam desse jogo", revela a atleta ao Estadão.
Aos 27 anos, ele está atuando pelo Igor Volley Novara, da Itália, e vive uma fase distinta da que teve anos atrás, quando sofreu com depressão e pensou em largar tudo. Vice-campeã olímpica, ela é uma das "veteranas" da seleção feminina para os Jogos de Paris e ajudará o treinador no processo de renovação da equipe para brigar mais uma vez pelo pódio.
Tirando a questão da pandemia, profissionalmente estou muito feliz de estar aqui no Novara, um clube que tem grandes objetivos, embora esteja jogando menos do que gostaria. Tenho aproveitado as oportunidades e tenho crescido nos treinamentos. Gosto da estrutura do clube e a gente tem feito um bom campeonato. Sofremos com casos de covid no grupo, mas estamos indo bem.
Eu cresci numa cultura italiana, mas é a quinta geração já misturada com brasileiros. É muito similar o jeito de as pessoas falarem, a alimentação também. Nunca me senti estrangeira de verdade, também por conseguir falar a língua. Parece que mudei de uma cidade para outra, não de país. Inclusive são as mesmas cores da minha cidade, então foi tudo fácil.
Isso ajuda bastante. Estamos falando de escolas de voleibol, e como o Stefano passou pelo Brasil, ele entende a minha visão de jogo e a gente consegue se comunicar bem.
Todos os atletas passam por momentos difíceis, então precisa ser forte e entender que é uma fase apenas. Consegui passar quando entendi que estava fazendo o melhor com aquilo que eu tinha e se não estava vindo (resultado) era por um motivo maior. As coisas iriam acontecer porque estava traçando meu destino, me esforçando. Sempre dei 100%, mas fui tentando entender porque as coisas não aconteciam comigo. Fiz mudanças na minha vida e carreira. Comecei a acreditar mais no meu potencial quando entendi onde era o meu lugar, onde eu me sentia feliz e me encaixava.
Começou no fim de 2017 e passei o ano de 2018, quase inteiro, tratando e lutando contra a doença. É difícil explicar de onde vem, como vem... O ano de 2017 tinha sido maravilhoso. Mas aí o Stefano, no Minas, percebeu que algo estava errado e sentou comigo para conversar. Ele falou que poderia me ajudar. Isso tirou um peso das minhas costas. Eu também não sabia o que estava acontecendo. Fui procurar ajuda, sabia que aquele comportamento não era meu. Fui atrás e tive ajuda profissional. Foram meses de luta e graças a Deus deu tudo certo. A terapia é muito importante. Foi nesse momento que decidi fazer mudanças na minha vida.
Isso nunca influenciou no meu trabalho. É engraçado isso porque muitas vezes veem isso como um problema. Nunca achei justo que as pessoas medissem meu trabalho pela beleza e não pelo que eu fazia dentro de quadra. Mas me acharem bonita, me seguirem, isso nunca incomodou. As pessoas limitam muito. Não sou só jogadora de vôlei, sou uma pessoa também. E vejo como um elogio que muita gente me ache assim.
São culturas diferentes. Falam sobre isso também aqui, mas acho que as pessoas confundem um pouco menos as coisas. No Brasil as pessoas ligam muito mais para o que faz fora de quadra do que aqui na Itália.
Tem até um quadro ali que estou fazendo, daquele cheio de números, que faço para relaxar minha cabeça. Mas tenho zero talento artístico. Na minha família, muitas tias são artistas e pintoras, então cresci nesse meio. Quando morei em Belo Horizonte, tive uma professora particular, fiz cursos, mas atualmente faço para relaxar minha cabeça no tempo livre, é muito bom.
Tenho muitos amigos, é uma rede de apoio muito bacana, e sempre consigo aproveitar os momentos livres para fazer algo. Saio para jantar, encontro as pessoas para escutar música brasileira, mas ainda tem restrições na cidade por causa da covid-19. Aqui é muito simples ir de um lugar para outro e tem sido bom poder enriquecer culturalmente.
Toda atleta profissional sabe que a vida é organizada para esses ciclos, é um momento muito importante, e todo mundo quer estar na Olimpíada, pois lá estão as melhores do mundo. Eu vislumbrei isso desde o início da carreira, e quando foi chegando perto, só fui entender o que significava quando pisei na Vila Olímpica. Assim como admirava muitas atletas que estavam ali passando, eu também era admirada. Com certeza foi um divisor de águas, momento importante na carreira do atleta. Fiquei feliz com o que criamos para a medalha de prata. Me arrepio até hoje com isso.
As pessoas ficam me marcando em vídeo nas redes sociais nesse jogo. Estar ali já significava muito, pois veio na minha cabeça os momentos que duvidei que poderia estar ali. A Olimpíada me fez lembrar de todos os sacrifícios.
Não existe cadeira cativa, ninguém está garantida lá dentro, pois seleção é momento. Espero ter oportunidade de estar lá e brigar por uma vaga. Esse ano vai ser de renovação, é algo natural, então espero poder passar a experiência que tive com as grandes atletas. Sei que tenho de ralar muito para estar no meio das novinhas, pois tem uma geração forte aparecendo.
No meu projeto não voltaria para o Brasil agora, mas depende do mercado e não sei o que vou fazer na próxima temporada. Gostaria de continuar na Europa.
17 de fevereiro de 2022 | 10h35
Oportunidade e coragem. Essas são as palavras que irão dar o tom do trabalho de Pia Sundhage até a convocação final para a Copa América Feminina. Diante da Holanda, na estreia do Torneio Internacional da França, a técnica sueca já começou a colocar em prática seu novo lema. Entre as 11 titulares da seleção brasileira, seis atletas tinham menos de 10 jogos oficiais, a começar pelo gol com Lorena (1), as defensoras Tainara (6), Fernanda Palermo (1) e Antonia (9) e as meias Ary Borges (5) e Kerolin (9).
Diante de umas das melhores seleções do mundo, quinta do ranking da Fifa, o Brasil mostrou atitude e ousadia no ataque. Pia Sundhage elogiou o desempenho das comandadas e usou o termo "jogar com raça" para definir a maneira que as atletas entraram em campo nesta quarta-feira.
"Estou feliz e satisfeita com o resultado, mas também como o desempenho delas porque se você olhar para esse time verá que é muito jovem e as quatro defensoras nunca tinham jogado juntas. Elas foram muito bem e jogaram com raça, bem no estilo brasileiro. Tem muitas coisas interessantes no ataque, temos um pouco mais da ousadia brasileira ao atacar, algo diferente se comparado ao estilo de jogo que tivemos nos Jogos Olímpicos. São novas jogadoras com diferentes combinações", analisou.
Se por um lado Pia Sundhage tem dado oportunidade para a renovação na seleção feminina, por outro a sueca valoriza e muito as experientes jogadoras nesse processo de transição. Soma-se a Tamires, Marta, Debinha e Rafaelle, a meia Luana, que após nove meses está de volta. Cotada para defender o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ela ficou afastada dos gramados após sofrer uma lesão do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, em março de 2021. O retorno gerou elogios da comandante.
"Gosto bastante do estilo de jogo da Luana, lembro como ela jogava conosco antes da lesão e conversamos sobre como ela estava se sentido nesta volta. Acredito muito nela, se olhar como atuou, estou impressionada e posso dizer que vai melhorar ainda mais. Antes do jogo eu disse que não importava como seria o desempenho, só gostaria que ela voltasse a sentir a sensação de jogar com a Seleção. Olhando para o jogo, posso dizer que a Luana é uma excelente líder e ajudará muito esse time, só precisa de um pouco mais de tempo", elogiou.
Neste sábado, Pia Sundhage terá pela frente mais um grande desafio sob o comando da seleção feminina. Na segunda rodada do Torneio Internacional da França, o Brasil irá enfrentar as donas da casa, no estádio Michel D'Ornano, em Caen, às 17 horas (de Brasília).
16 de fevereiro de 2022 | 05h00
Bayern de Munique e Liverpool ainda não desperdiçaram pontos na atual edição da Liga dos Campeões. Mesmo como visitantes, querem comprovar o favoritismo nesta quarta-feira, às 17 horas, mantendo a campanha perfeita na competição e abrindo vantagem no duelo de ida das oitavas de final contra RB Salzburg e Internazionale, respectivamente.
Dois fortes candidatos ao título, alemães e ingleses terão duas equipes com propostas de jogo distintas pela frente. O Bayern, campeão em 2020, deve encarar um rival corajoso, sem medo de atacar, enquanto o Liverpool, dono do título de 2019, terá a boa escola defensiva italiana pela frente.
"Agora chegou a parte emocionante da temporada. A equipe do Salzburg é muito boa e já se encontra em nível internacional. Ela será agressiva em sua abordagem para este jogo, e isso é uma coisa boa. Eles têm uma equipe muito boa, com muitos jovens talentos. Seria contra seu DNA se jogassem defensivamente", avalia o técnico Julian Nagelsmann, confiante em ter mais espaços para o Bayern poder buscar o triunfo na Áustria.
Nagelsmann já adiantou que vai apostar em esquema ofensivo diante do campeão austríaco pela defesa dos 100% de aproveitamento na Liga dos Campeões. "É muito simples, se tivermos muitos jogadores dentro da área a chance de marcarmos é maior. Não apenas do tiro inicial, mas também das segundas bolas e rebotes."
Na Liga dos Campeões passada, na qual defendia o título, o Bayern enfrentou o Salzburg duas vezes na fase de grupos, ganhando ambas, por 3 a 2 na Áustria e 3 a 1 na Alemanha. Müller estava nesses jogos e espera repetir o bom desempenho para o time bávaro esquecer a derrota por 4 a 2 para o Bochum, no fim de semana.
"Nossa autoimagem já está danificada, mas se perdermos, nosso prestígio também será prejudicado. É uma competição muito importante para a gente, queremos jogar contra os melhores times europeus", observa. "Nos últimos anos, o Salzburg se estabilizou na Champions, domina o Campeonato Austríaco, mas estamos muito animados com o jogo."
Pela primeira vez em sua história nas oitavas da Liga dos Campeões, o RB Salzburg sabe das dificuldades que terá pela frente e joga para não fazer feio. O técnico alemão Matthias Jaissle garante ter preparado bem o time para segurar o Bayern.
"A derrota contra o Bochum pode ser perigosa para nós, porque agora o Bayern quer compensar isso. Mas estamos preparados, analisamos esse jogo e outros", garante Jaissle. "É um jogo pelo qual estamos ansiosos. O time já fez história e os meninos devem ir para a partida com essa autoconfiança conquistada com muito esforço."
Campeão em 2019, o time inglês espera repetir a dose agora e, para isso, conta com um bom resultado na casa da Internazionale. A ordem de Jürgen Klopp é se dar bem no Giuzeppe Meazza, em Milão.
"Vamos lá para obter um bom resultado. Não sei o que será um bom resultado no momento. Vencer seria ótimo, talvez um empate... Enfrentaremos um rival incrível, do topo, e temos de fazer um jogo excepcional." Mané, campeão da Copa Africana das Nações com Senegal, e Salah, vice com o Egito, devem reforçar o time.
A Inter não esconde o favoritismo dos ingleses, mas vai procurar surpreender neste retorno às oitavas da Liga dos Campeões após mais de 10 anos. "Jogamos muito bem contra o Real Madrid, mas perdemos muitas oportunidades. Criamos sempre muitas oportunidades, mas temos que marcar. Amanhã haverá duas ou três oportunidades e temos de aproveitá-las. Será um jogo muito intenso contra o Liverpool", promete Çalhanoglu.
15 de fevereiro de 2022 | 05h00
A Liga dos Campeões é uma obsessão para o Paris Saint-Germain. Levantar a 'orelhuda' se tornou o principal objetivo para o clube desde a chegada do empresário Nasser Al-Khelaif, que injetou uma montanha de dinheiro para levar Neymar, Kylian Mbappé, Lionel Messi e outros astros à equipe. Porém, para conquistar o principal título europeu desta temporada é necessário superar um time bastante familiar com o topo: o Real Madrid, que tem 13 taças, o maior campeão da história do torneio. Os rivais se enfrentam nesta terça-feira, pelas oitavas de final da competição.
É bem verdade que a equipe merengue já viveu dias melhores, quando Cristiano Ronaldo comandou nada menos que quatro conquistas da Liga. Hoje, o Real Madrid lidera o Campeonato Espanhol, mas não vive os dias de glória como quando tinha o astro português em seu elenco. É dependente de jogadas individuais de talentos como Karim Benzema e Vinícius Júnior. Não é um time poderoso como já foi, mas ainda assim um adversário perigoso.
O Paris Saint-Germain, por outro lado, fica cada dia mais reconhecido no cenário mundial. Falta ainda a inédita taça da Liga dos Campeões para reafirmar sua grandeza. Na temporada 2019-2020, em sua primeira final, chegou bem perto, mas foi derrotado pelo forte Bayern de Munique. O PSG já mostrou que tem capacidade de chegar até o fim. Agora, tenta concretizar o tão sonhado título.
A obsessão por títulos em Paris é recente, tem pouco mais de dez anos. O clube mudou de patamar em 2011 com a chegada de Al-Khelaif, que comprou 100% dos direitos através de sua subsidiária de investimentos do Catar. "Eu acredito que no PSG, a cobrança se deve muito, essa obsessão, pelo investimento", declarou Souza, que depois de um período vitorioso no São Paulo (de 2004 a 2007), partiu rumo à França.
"Na minha época a cobrança não era tanta, até pelo material humano que a gente tinha. Eu acredito que nunca houve essa cobrança muito no PSG, essa obsessão que tem hoje pela Liga dos Campeões", ressaltou. Ele defendeu a camisa do time de Paris entre 2008 e 2009 e faz uma comparação com o Monaco, que em sua época dominava o cenário francês, mas que nunca sequer sonhou com uma Liga.
Souza destaca, com plena convicção, que a principal diferença no PSG de hoje com do seu tempo era o elenco à disposição. "O PSG sempre foi um time muito rico. Financeiramente um clube bem estruturado. Então a diferença do meu tempo para cá é o material humano."
Apesar da incessante busca do PSG pela tão sonhada taça, o caminho não será tão fácil quanto imagina. Com 13 taças no currículo e um elenco com jovens promissores, o Real Madrid promete fazer do confronto um verdadeiro duelo de gigantes. "Eu gosto muito e respeito muito a história. O Real Madrid é o maior. Tem de ser respeitado isso, apesar de o time hoje ser um time totalmente diferente do que era cinco anos atrás", analisou Souza.
"Apesar de não ser um time tão poderoso como era antes, ainda é o Real Madrid. Um time que tem uma história muito bonita com essa competição. Tenho certeza que o PSG vai ter que respeitar muito, apesar de ter um elenco muito mais poderoso, a gente sabe que o futebol, principalmente na Europa, ficou muito igual", analisou.
Campeão do mundo com a França em 2018, Kylian Mbappé é um dos jogadores mais promissores desta geração. Com apenas 23 anos, ele já sonha alto. E é quase certo que o futuro do astro francês está em Madrid, longe da sombra de Neymar e Messi. O destino quase certo fez com que Nasser Al-Khelaifi aceitasse a ideia de liberá-lo de graça. Dinheiro não é problema para o empresário catariano.
"O cara que deixa o Mbappé e prefere perdê-lo de graça do que vendê-lo pro Real Madrid... só pra você ter uma ideia que dinheiro pro cara (Nasser Al-Khelaifi) não é problema. Ele tem obsessão de ganhar a Champions, entrar para a história do clube", comentou.
O fato de jogar contra sua provável futura equipe não deve atrapalhar Mbappé dentro de campo. Souza vê que apenas a cultura brasileira adota a ideia de que um jogador não pode atuar pelo seu rival. Para o comentarista, a cabeça do atacante é outra. "Cabeça totalmente diferente. Acredito que não vai atrapalhar. Se ele for para o Real Madrid, acredito que com certeza ele vai fazer aquilo que ele fazia no PSG, Monaco... vai fazer ainda melhor."
PSG e Real Madrid irão proporcionar um duelo interessante entre brasileiros. De um lado, Casemiro lidera a juventude formada por Éder Militão, Rodrygo e Vinícius Júnior. Do outro, os experientes Neymar e Marquinhos querem fazer de tudo para levar sua equipe de volta à final. O embate promete ser bem interessante, até mesmo levando em consideração conquistar uma vaga na seleção de Tite, que disputa a Copa do Mundo do Catar no fim deste ano.
"Minha análise é de felicidade, porque até então a gente estava muito escasso de craques", destacou Souza. "Eu vejo com bons olhos esses dois meninos (Rodrygo e Vinícius Júnior). O começo do Rodrygo foi melhor do que o do Vini, mas o Vini hoje é um cara que também dispensa comentários. Eu fico feliz de estar vendo esses jogadores, pelo lado da seleção brasileira, junto com Casemiro, o próprio (Éder) Militão e jogadores que estão em grandes clubes do futebol europeu."
Souza, no lugar de Tite, prefere apostar em jogadores que já conhece do que fazer novas experiências. Mas, ainda assim, o duelo da Liga dos Campeões pode mudar muito a cabeça do treinador. "Acho que agora não é o momento de arriscar ou de fazer improvisos. Acredito que a análise do Tite seria a mesma da minha. Eu manteria os jogadores que eu já conheço."
"Se você me perguntar se eu levaria algum outro jogador diferente, que tenho visto nos últimos anos, seria o (Raphael) Veiga. Faz tempo que a gente não tem um meia assim tão criativo e para mim o Veiga tem se destacado bastante. Se eu tivesse que escolher entre Veiga e Éverton Ribeiro, eu levaria o Veiga, porque o momento é melhor", finalizou o comentarista.
Paris Saint-Germain e Real Madrid se enfrentam pelas oitavas de final da Liga dos Campeões nesta terça-feira, às 17 horas (horário de Brasília), no Parque dos Príncipes. O duelo de volta acontece no dia 9 de março, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid.
14 de fevereiro de 2022 | 05h00
Com o gol da vitória do São Paulo sobre a Ponte Preta neste domingo, aos 47 minutos do segundo tempo, por 2 a 1, o atacante Jonathan Calleri mantém a fama de artilheiro em sua segunda passagem e se consolida na briga por uma vaga entre os titulares do São Paulo.
Nos cinco jogos disputados até agora pelo Campeonato Paulista, o argentino já marcou três vezes (Guarani, Bragantino e Ponte Preta). Mesmo com poucos jogos disputados, o desempenho atual supera a média geral do atacante. Em 52 jogos, Calleri marcou 24 gols.
"O Calleri é um fazedor de gols. É o jogador do último toque, com briga e luta pela bola. É o camisa 9 na acepção da palavra", afirmou o técnico Rogério Ceni após a vitória sobre a Ponte Preta.
A concorrência é cada vez maior em função da chegada de Nikão e Alisson, do retorno de empréstimo de Toró e Danilo Gomes, e da promoção de Juan aos profissionais. Autor do gol na vitória diante do Santo André e de uma assistência em Campinas, Marquinhos também pede passagem. Nessa disputa, Rigoni vem perdendo terreno. O argentino vive má fase desde a saída do técnico Hernán Crespo. O técnico Rogério Ceni já revelou que ainda procura a melhor forma para escalar o atacante.
Vale lembrar que Luciano, outro concorrente ao ataque, perdeu a pré-temporada devido a uma contratura na panturrilha esquerda logo no dia em que se reapresentou no CT da Barra Funda.
Em Campinas, Calleri começou no banco de reservas. O titular foi Eder, que também foi o capitão. O ex-jogador da seleção italiana havia sido titular pela última vez no dia 3 de outubro, diante da Chapecoense, pelo Campeonato Brasileiro. Além de começar o jogo, Eder foi capitão. Foi um recado simbólico de Ceni: era a chance de ser titular e ainda liderar a equipe.
"Ele é muito profissional. Pelo que observei nos treinamentos, ele estava merecendo uma oportunidade. E seguramente vai ter mais chances", disse Ceni.
A participação de Eder foi razoável. No primeiro tempo, ele fez um revezamento com Rigoni no comando do ataque. Sua melhor chance foi um chute de fora da área que passou raspando a trave do goleiro Ygor no segundo tempo. Eder foi substituído por Marquinhos na metade do segundo tempo.
O substituto aproveitou melhor a chance em Campinas. Depois de ter sido o herói da vitória sobre o Santo André, na quarta-feira, Marquinhos deu o passe para o gol de empate, após um cruzamento para Gabriel Sara. No final do jogo, pressionou a saída de bola e forçou o erro de Moisés Ribeiro, que recuou mal para o goleiro. Calleri definiu a virada.
13 de fevereiro de 2022 | 09h25
Passada a frustração de perder a decisão do Mundial de Clubes para o Chelsea em Abu Dabi, o Palmeiras vai começar, de fato, a temporada 2022. O time já jogou quatro partidas do Paulistão antes de embarcar para os Emirados Árabes Unidos, mas elas serviram mais de preparação para o torneio da Fifa, no qual terminou como vice.
Os desafios do Palmeiras neste início de temporada são brigar mais uma vez pelo título do Estadual, do qual foi vice em 2021 e campeão em 2020, e conquistar de forma inédita a Recopa sul-americana. O time encara o Athletico-PR em duas partidas. Dia 24 deste mês, na Arena da Baixada, e 3 de março, no Allianz Parque. No ano passado, a equipe perdeu a competição sul-americana para o Defensa y Justicia, da Argentina.
Os jogadores, divididos entre o sentimento de tristeza e orgulho, afirmaram que a performance diante do Chelsea, um rival poderoso e superior tecnicamente, gera no grupo um efeito positivo para encarar os seus principais compromissos nesta temporada.
"Vai ter um impacto muito positivo, tivemos uma lição muito importante dentro deste jogo, que o grande desafio estava dentro de nós. Pudemos entrar e dar nosso máximo", avaliou o jovem meio-campista Danilo, escolhido pela Fifa o terceiro melhor jogador do Mundial.
O discurso é também de continuidade do que vem sendo feito. Uma derrota não apaga o bom trabalho do Palmeiras, que disputou sete finais em 15 meses sob o comando de Abel Ferreira e ganhou três.
"O título ia coroar os anos passados que a gente tem feito, mas não é porque perdemos a final que o trabalho vai ser jogado no lixo", avisou Zé Rafael.
O discurso é de "cabeça erguida" e sem lamentação. Há, claro, chateação com o revés, mas o elenco entende que ganha amadurecimento e lições com o Mundial em Abu Dabi.
"O futebol é muito dinâmico, não tem tempo para ficar lamentando as derrotas, ainda mais quando a gente chega num nível em que decisões são constantemente jogadas. A gente já tem decisão pela frente, não tem que ficar pensando", frisou Gustavo Scarpa.
"A gente fica chateado, mas a gente sai daqui muito feliz pela disposição de cada um nesses dois jogos, sai muito mais maduro, triste, mas com a cabeça erguida sempre", endossou Raphael Veiga, o artilheiro da equipe no torneio, com dois gols.
A busca pelo camisa 9 foi paralisada em virtude do Mundial. E agora será retomada. A diretoria fez várias tentativas no mês passado, mas malsucedidas. Um centroavante é o principal pedido de Abel Ferreira, que tem usado Rony improvisado na função. Contra o Chelsea, ficou evidente o quanto faz falta um artilheiro.
O clube tentou Yuri Alberto, quase conseguiu um acordo com Lucas Alario e negociou mais de uma vez com Valentín "Taty" Castellanos. Se um camisa 9 deve chegar, destaques da equipe podem sair. A diretoria havia decidido não vender nenhuma joia até o fim do Mundial. Com a janela europeia aberta até abril, é possível que venda algum de seus jovens.
O mais procurado é Danilo. Meio-campista técnico, inteligente, bom na marcação e de passe refinado, o atleta já foi sondado por equipes da Inglaterra e Itália. Até para se proteger, o Palmeiras renovou o contrato do jogador recentemente e deu a ele uma valorização salarial.
O Palmeiras deixou Abu Dabi no começo da manhã, pelo horário local, e chega ao Brasil na tarde deste domingo. Na quarta-feira, às 19h, encara a Ferroviária, em Araraquara, pelo Campeonato Paulista.
12 de fevereiro de 2022 | 05h00
O Palmeiras passou anos ensejando jogar uma final de Mundial de Clubes. Fracassou em 2021 no Catar, mas neste ano voltou fortalecido, descansado e preparado e tem a chance de levantar a taça. A equipe de Abel Ferreira enfrenta o poderoso Chelsea neste sábado, às 13h30 (de Brasília), no Mohammed Bin Zayed Stadium, com o pensamento de encerrar os gracejos dos rivais, que dizem que o clube não é campeão mundial e levantar seu oitavo troféu em sete anos. Também quer acabar com a controvérsia da Fifa, que alimenta polêmica ao não ter uma posição definitiva sobre a Copa Rio de 1951.
Para chegar à final, o time brasileiro derrotou o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0 com um futebol convincente. O Chelsea foi claudicante, suou, mas passou pelos sauditas do Al Hilal nas semifinais com vitória de 1 a 0.
Tanto Palmeiras quanto Chelsea perseguem em Abu Dabi o primeiro título do Mundial. Desconsiderando a taça da Copa Rio de 1951, que se tornou uma controvérsia com a mudança de tratamento da Fifa em relação ao torneio, o clube brasileiro jogou duas vezes o certame. Foi vice em 1999 ao perder para o Manchester United na antiga versão da competição, chamada de Copa Intercontinental, e no ano passado registrou a pior campanha de um sul-americano ao terminar em quarto lugar. Em sua única participação, o Chelsea foi derrotado pelo Corinthians na decisão em 2012.
O Palmeiras entra em campo para conquistar a taça, fato que encerraria o gracejo dos rivais, e também para diminuir a larga vantagem entre europeus e sul-americanos no campeonato. Desde 2005, ano em que o Mundial passou a ser jogado no atual formato, apenas três times da América do Sul, todos brasileiros, ganharam a competição: São Paulo em 2005, Inter em 2006 e Corinthians em 2012.
O revés para o Corinthians há dez anos foi a última vez que um representante europeu voltou para casa sem a taça. Desde então, as equipes do Velho Continente faturaram o troféu nas oito edições seguintes. O Real Madrid ganhou quatro vezes, o Bayern de Munique duas e Barcelona e Liverpool saíram vencedores em uma ocasião.
Com os egípcios, Abel Ferreira tinha o desafio de fazer seu time encontrar espaços num ferrolho defensivo. Teve dificuldade no início, mas cumpriu seu papel. Mostrou paciência e circulou a bola até encontrar os caminhos. Diante dos ingleses, o cenário será diferente. É provável que se desenhe de forma semelhante à decisão continental com o Flamengo, em Montevidéu.
O Palmeiras vai recuar pelos lados, com Marcos Rocha e Scarpa, se fechará com uma linha de cinco defensores e quatro meio-campistas e terá como aposta os passes rápidos e contragolpes para achar atalhos. “Acho que vamos surpreender, sim, e sair campeões, com fé em Deus", afirmou Danilo. O jovem meio-campista fez uma breve análise do rival. “O Chelsea gosta dos contra-ataques, gosta de ter a bola, os laterais apoiam bastante. Vai dar um jogão."
O Chelsea também sabe muito sobre o Palmeiras. O húngaro Zsolt Low, auxiliar do técnico Thomas Tuchel, definiu o adversário como “um dos melhores times do Brasil”. “Espero um jogo muito difícil. Os torcedores são incríveis. Thiago Silva me falou sobre os torcedores. Será um jogo "fora de casa" para nós. São fortes, mas estamos preparados. Também somos fortes”, pontuou.
“É um time forte coletivamente. Nós vimos a final da Copa Libertadores e o jogo passado contra o Al Ahly”, continuou Low. O húngaro preferiu não citar individualmente um atleta do clube brasileiro que lhe agrade.
O Chelsea, de forte jogo coletivo, tem em Lukaku seu craque. O forte, mas veloz e habilidoso centroavante belga é a principal arma ofensiva do time europeu. Foi dele o gol que garantiu a equipe na semifinal. É difícil, mas não impossível pará-lo, pensa Piquerez. “Todos o conhecem. Jogador muito forte, gosta do corpo a corpo, mas nossos zagueiros também são agressivos. Estou totalmente confiante de que podemos buscar o título”, salientou o uruguaio.
Abel Ferreira assistiu do estádio ao duelo dos ingleses pela semi. Observou jogadas bem construídas pelos lados, e viu que o jogo ofensivo passa muito por Lukaku. Mas também notou fragilidades defensivas que podem ser exploradas, como o espaço pela esquerda, com Marcos Alonso. O favorito é o atual campeão europeu, pensa Abel, mas sua equipe pode se igualar ao adversário no esforço e vontade, ele ressalta.
“Claro que dá para ganhar, o futebol é mágico por isso mesmo”, opinou. “Vamos entrar no que somos bons, na coragem, na valentia, com a bola ter coragem para impor nosso jogo, fintar, driblar, dar mais que um toque. Juntar o talento com o trabalho, porque aí seguramente a vitória fica mais próxima”, reforçou.
É improvável que Abel surpreenda na escalação. Deve ser a mesma que iniciou o duelo da semifinal. Ele tem todos os titulares à disposição. Se houver mudanças, será no plano tático da equipe, que joga a final com o uniforme branco antigo, de 2021, porque a Fifa vetou o novo.
No Chelsea, há dúvidas no gol e meio de campo. Campeão da Copa Africana com Senegal e eleito melhor goleiro do mundo em 2021, Mendy não jogou contra o Al Hilal porque havia acabado de voltar de sua seleção. É considerado titular, mas Kepa o substituiu com competência e foi a estrela do time no confronto com os sauditas. No meio, Mason Mount se recuperou de lesão e briga por vaga entre os titulares. O treinador alemão Thomas Tuchel apresentou teste negativo para covid e se juntou na véspera do jogo ao elenco. Estará à beira do gramado neste sábado.
CHELSEA X PALMEIRAS
CHELSEA - Mendy (Kepa); Christensen, Thiago Silva e Rudiger; Azpilicueta, Jorginho, Kovacic e Marcos Alonso; Ziyeck, Havertz e Lukaku. Técnico: Thomas Tuchel
PALMEIRAS - Weverton; Gómez, Luan e Piquerez; Marcos Rocha, Danilo, Zé Rafael e Gustavo Scarpa; Raphael Veiga, Dudu e Rony. Técnico: Abel Ferreira
ÁRBITRO - Chris Beath (Austrália)
HORÁRIO - 13h30 (de Brasília)
LOCAL - Estádio Mohammed Bin Zayed
TRANSMISSÃO - Band e BandSports
11 de fevereiro de 2022 | 10h00
Adversários na final do Mundial de Clubes da Fifa neste sábado, Chelsea e Palmeiras têm em comum a presença feminina nas administrações dos clubes. Leila Pereira é a presidente e patrocinadora do time alviverde, enquanto a russa Marina Granovskaia ocupa o cargo de diretora da equipe londrina. As duas têm papel importante no sucesso das gestões dos clubes.
Leila Pereira, de 57 anos, é muito conhecida no futebol brasileiro. Dona das empresas que patrocinam o Palmeiras desde 2015, a Crefisa e a FAM, a empresária primeiro se tornou conselheira, foi reeleita, e depois, em dezembro passado, ganhou com folga o pleito presidencial. Passou, então, a ser a primeira mulher a comandar o clube em seus 107 anos de história. "Estou aqui para manter e melhorar o que vinha sendo feito. Esse é meu desafio e minha obrigação", resume Leila em uma conversa com jornalistas no luxuoso hotel onde está hospedada a delegação palmeirense em Abu Dabi.
Carioca natural da pequena Cambuci, a presidente do Palmeiras é ambiciosa, vaidosa e já investiu mais de R$ 1 bilhão com patrocínio na equipe. Ela faz questão de se fazer presente no dia a dia do clube e é ativa nas redes sociais, nas quais interage com os torcedores, mas também os bloqueia em caso de críticas que julga ser descabidas.
A empresária acompanha a delegação em Abu Dabi, para onde viajou com seu jatinho particular. Ela tira foto com torcedores no lobby do hotel, dá entrevistas, conversa com a comissão técnica e com os atletas e gosta de estar em evidência. Hábil na retórica, fala com frequência que sua prioridade é manter o Palmeiras no topo.
"Eu fui eleita para, realmente, administrar o clube profissionalmente. É isso que estamos fazendo. É difícil, são barreiras que temos de quebrar, mas estou preparada para isso", diz Leila, para quem não há comparação entre os modelos de gestão dos dois finalistas do Mundial.
"São modelos totalmente diferentes, o Palmeiras não tem dono, mas podemos administrá-lo profissionalmente, como estamos fazendo", opina, ao lembrar que o clube é uma associação sem fins lucrativos, não uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). "O Palmeiras é modelo de administração do futebol brasileiro, até da América do Sul", orgulha-se.
Leila tomou posse em 15 de dezembro do ano passado. Em menos de dois meses no cargo, foi exaltada, criticada pela ausência de um camisa 9 no time, e agora tem a chance de conquistar o primeiro título de sua gestão no profissional (ganhou a Copinha). "Sei que receberei críticas, mas não tenho problema nenhum com críticas. Quando você sabe o que quer, você segue a linha, vai em frente, se tiver de fazer desvio na rota, a gente desvia, mas segue com a nossa convicção", ressalta.
"É uma honra muito grande estar aqui, no topo do futebol mundial, lutando, pleiteando uma conquista tão importante para todos nós. Sempre trabalhando forte, com os pés no chão, humildade, seriedade, para que possamos a cada dia estarmos cada vez melhores", diz a mandatária palmeirense.
Marina Granovskaia tem 47 anos. Ela é diretora do Chelsea desde 2013. Passou a ocupar o cargo depois de dez anos como assistente de Roman Abramovich, magnata russo dono do clube inglês. A executiva russa-canadense é a principal responsável pelas transações e contratos dos jogadores. Na ausência de Abramovich, é ela quem dá as cartas na agremiação inglesa.
Ele confia sua fortuna à diretora, hábil nas negociações e capaz de contratar alguns dos melhores jogadores do mundo. Nenhuma decisão importante no Chelsea é tomada sem o seu consentimento. Ao contrário da mandatária palmeirense, Marina age com discrição e raramente aparece em público.
Abramovich investe seus milhões de dólares nas transações de atletas, mas Granovskaia é o cérebro dos negócios, isso na compra e na venda dos jogadores. Foi ela que conduziu a maior venda da história do Chelsea, a transferência do belga Eden Hazard para o Real Madrid por 100 milhões de euros, mais bônus não revelados, e a aquisição de Lukaku, comprado da Inter de Milão no ano passado em uma transação recorde no futebol italiano que envolveu 115 milhões de libras (R$ 700 milhões à epoca).
Foi a russa também que intermediou o acordo de patrocínio do Chelsea com a Nike, que paga 60 milhões de libras (R$ 427 milhões) por ano para o clube até 2032 e que cuida da saúde financeira do clube. Marina é chamada na Inglaterra de "Dama de Ferro", uma alusão à Margaret Thatcher, primeira-ministra inglesa entre 1979 e 1990, que comandou o país por 11 anos com pulso firme.
Marina é considerada uma das melhores diretoras de clubes do futebol mundial. Em 2018, a revista Forbes a classificou como número 5 em sua lista de "mulheres mais poderosas nos esportes internacionais." Em dezembro do ano passado, a executiva, que tem nacionalidade canadense, foi eleita a melhor diretora de um clube europeu de futebol no Golden Boy Awards, premiação realizada pelo jornal italiano Tuttosport.
10 de fevereiro de 2022 | 08h57
O Palmeiras tem conversado com a Fifa sobre a possibilidade de ter uma carga maior de ingressos para os palmeirenses na final do Mundial de Clubes diante do Chelsea, sábado, às 13h30 (de Brasília), no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.
O Palmeiras vendeu os seus 2.300 ingressos a que teve direito para o duelo da semifinal no Al Nahyan Stadium, quando time passou pelo Al Ahly. E tem esse mesmo número de entradas para a grande final. No entanto, havia muito mais palmeirenses do egípcios no pequeno estádio na capital dos Emirados Árabes porque boa parte dos torcedores havia comprado no site da Fifa as entradas nas primeiras etapas da venda dos bilhetes.
O clube se apoia em dois argumentos para convencer a entidade a liberar mais entradas: a grande presença de palmeirenses no país da península árabe sede do Mundial - estima-se haver entre 7 mil e 8 mil torcedores - e o tamanho do Mohammed Bin Zayed, palco da final, capaz de receber mais do que o dobro de torcedores em relação ao Al Nahyan. A Fifa ainda não respondeu à solicitação do Palmeiras. No primeiro jogo, o estádio foi liberado para 12 mil pessoas.
Há no site da Fifa ainda ingressos disponíveis para a decisão entre o campeão europeu e o ganhador da Libertadores. Por determinação do governo local, os estádios que recebem os jogos do Mundial são limitados a 80% de sua capacidade. Em sites de revenda, como o Viagogo, há também entradas para todos os setores do estádio, e os preços praticados, dependendo o local do assento, vão de R$ 576 a R$ 5.563.
O duelo entre Chelsea e Al Hilal registrou o maior público do torneio até o momento: 19.175 torcedores viram o suado triunfo dos ingleses por 1 a 0 sobre os sauditas. O Mohammed Bin Zayed comporta até 42 mil espectadores, mas não deve receber mais do que 34 mil.
Os ingressos para a final, marcada para sábado, dia 12, custam entre 50 (categoria 4) a 200 dirhams (categoria 1), a moeda oficial dos Emirados Árabes. Convertendo para o real, na cotação atual, o torcedor paga entre R$ 70 a R$ 290.
Os preços para a final do Mundial são consideravelmente mais baixos em comparação com a decisão da Libertadores entre Palmeiras e Flamengo, em Montevidéu. Para acompanhar a vitória palmeirense na capital do Uruguai, o torcedor teve de desembolsar US$ 200 (cerca de R$ 1.100 naquele momento) pelo ingresso mais barato. Dessa maneira, o valor do bilhete mais barato da final do Mundial é 14 vezes menor do que o ticket mais em conta comercializado pela Conmebol para a decisão continental.
Todos os portadores de ingressos devem apresentar o Al Hosn, aplicativo do governo local, com o "Green Pass" e fornecer um resultado negativo do teste PCR adquirido dentro de 96 horas.
09 de fevereiro de 2022 | 08h29
O Palmeiras retornou ao gramado 12h30 depois de derrotar o Al Ahly e passar à final do Mundial de Clubes. No fim da manhã desta quarta-feira, pelo horário local, os reservas da equipe fizeram uma atividade tática no Zayed Sports City, em Abu Dabi. Dos titulares, apenas o goleiro Weverton foi a campo.
Os atletas que iniciaram o duelo contra a equipe egípcia fizeram um trabalho regenerativo na academia do hotel onde estão hospedados. Os reservam participaram em campo reduzido de uma de uma sessão de velocidade, passes rápidos, pressão, perda e recuperação da bola.
Abel Ferreira permitiu que a imprensa assistisse a mais do que os 15 minutos protocolares do trabalho tático, comandando por seus auxiliares com minigols e cones espalhados. O treinador ficou distante da atividade. Pensativo, fez anotações e mostrou intimidade com a bola ao engatar algumas embaixadinhas. Ele confia em seus auxiliares e trabalha de forma integrada com eles.
Depois do treino, os atletas foram liberados para almoçar com os familiares, que foram testados no hotel em que está a delegação.
O Palmeiras faz mais dois treinos antes da final do Mundial de Clubes. Na quinta, trabalha mais uma vez no Zayed Sports City e na sexta há o reconhecimento do estádio Mohammed Bin Zayed, palco da decisão. O jogo que definirá o campeão será no sábado, às 13h30, diante de Chelsea ou Al Hilal, que se enfrentam nesta quarta, às 13h30 (de Brasília).
08 de fevereiro de 2022 | 09h00
O Al Nahyan Stadium, casa do Al Wahda, é um dos dois estádios escolhidos pela Fifa para abrigar as partidas do Mundial de Clubes em Abu Dabi. Palco da estreia do Palmeiras no torneio nesta terça-feira, o local tem um gramado "fantástico", na definição de Abel Ferreira, e é vizinho de um shopping. O clube conheceu o local e treinou lá na véspera de seu duelo com o Al Ahly.
"Dentre as coisas que dão intensidade e velocidade ao jogo, uma delas é o gramado. Este é fantástico. O estádio também é muito bonito", afirmou o treinador português assim que conheceu o local.
Os palmeirenses que forem ao jogo encontrarão semelhanças entre o Al Nahyan e o Allianz Parque em relação ao entorno dos dois. As principais similaridades são a existência de shopping colado ao estádio e uma estação de ônibus nos arredores. Em São Paulo, a arena palmeirense é cercada pelo shopping Bourbon e próxima do Terminal da Barra Funda. Em Abu Dabi, distante mais de 12 mil km da capital paulista, o Al Nahyan situa-se ao lado do shopping Al Wahda, e tem em suas imediações o Terminal Central de Abu Dabi. O centro de compras, aliás, é tão colado à arena que há uma passagem interna de um lugar para o outro. A imprensa credenciada, por exemplo, usa o estacionamento do shopping para acessar uma das entradas do estádio a pé.
O Al Nahyan, batizado com esse nome em homenagem ao príncipe herdeiro Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, tem em seu entorno ruas estreitas e pequenas casas cujos moradores prezam a tranquilidade. Os cidadãos locais não toleram gritaria e alvoroço, mas terão de lidar com a festa dos torcedores do Palmeiras e do Al Ahly nesta terça-feira, mudando uma rotina de calmaria que impera na região. Espera-se mais fãs do time egípcio pela proximidade entre os países, mas os palmeirenses também farão barulho, com, estima-se, um grupo de cerca de 3 mil torcedores.
Inaugurado em 1995 e reformado em 2019, o Al Nahyan é um estádio moderno, acanhado, mas confortável e bonito. Sediou a Copa do Mundo Sub-17 em 2003 e foi escolhido pela Fifa para receber jogos do Mundial de Clubes 2021 em virtude do risco que os organizadores entendem que haveria em realizar as partidas em uma arena maior.
Cabe explicar: a casa do Al Wahda comporta apenas 15 mil torcedores, o que reduz a possibilidade de espalhamento do vírus. E o governo local limitou a capacidade em 70%. Portanto, não houve em Al Ahly 1 x 0 Monterrey, nem haverá na estreia do Palmeiras mais do que 12 mil torcedores nas arquibancadas.
Já o Mohamed bin Zayed, casa do Al Jazira, outro estádio do torneio, tem 43 mil assentos, mas não pode receber mais que 34 mil espectadores. Mesmo com a limitação, sobraram ingressos em Al Hilal x Al Jazira, e os organizadores distribuíram entradas de graça para residentes.
Em 2019, o Al Nahyan foi casa da seleção brasileira, que o usou para treinos antes de amistoso com a Coreia do Sul em Abu Dabi. Além da vitória do Al Ahly sobre o Monterrey e do primeiro compromisso do Palmeiras diante dos egípcios, também ocorre no estádio a disputa do quinto lugar, na quarta-feira, entre Monterrey e o anfitrião Al Jazira.
07 de fevereiro de 2022 | 05h00
Desde 2015, os torcedores do Palmeiras acostumaram-se a comemorar títulos em sequência. As taças são celebradas especialmente nos arredores do Allianz Parque, mas há inúmeros palmeirenses espalhados pelo mundo. O clube conta com 142 consulados distribuídos no Brasil e outros 22 no exterior. Um dos últimos criados é o de Dubai, o emirado mais populoso e cosmopolita dos Emirados Árabes Unidos que fica próximo a Abu Dabi, a capital do pequeno país do Golfo Pérsico que recebe o Mundial de Clubes neste ano.
Os consulados do Palmeiras são grupos de associados que representam o time em cidades do Estado de São Paulo, do Brasil e do mundo. Essas comunidades de torcedores se reúnem para assistir aos jogos, organizam encontros e promovem ações de responsabilidade social. Cabe ao cônsul a tarefa de fazer a ponte entre os palmeirenses da sua região e a equipe. O Departamento de Interior do clube tem de aprovar a fundação de cada consulado. "O intuito é atrair os torcedores de cada cidade e trazer o conhecimento do clube no estrangeiro", explica Glauco Iervolino, cônsul de Dubai.
Glauco, 36 anos, formou o consulado de Dubai no início de 2021, empolgado pelo bi da Libertadores. Foi a maneira que encontrou de matar a saudade do time. "Sinto falta de assistir a um jogo com meu pai. Morava perto do Palestra. Ia sempre a pé", conta. Ele não imaginava que o Palmeiras jogaria o Mundial em Abu Dabi, distante 150 km de sua cidade. Tentou ver a equipe no Catar, mas o país não permitiu a entrada de estrangeiros em fevereiro do ano passado em razão do recrudescimento da pandemia.
Foi difícil conter a ansiedade quando a Fifa anunciou que o torneio seria disputado perto de sua casa. Isso ainda em um momento em que não sabia se o Palmeiras seria o representante sul-americano na competição mais uma vez, já que a decisão com o Flamengo ainda não havia ocorrido.
"Nem acredito que terei, enfim, essa oportunidade, e justamente no jardim da minha casa", comemora o torcedor. Ele, desde que o Palmeiras confirmou presença no torneio, planejou "ideias mirabolantes" para amealhar palmeirenses nos Emirados Árabes. Uma das iniciativas é o Palmeiras Day, evento de boas-vindas à torcida marcado para segunda-feira, véspera da estreia da equipe no Mundial. A recepção será no mesmo bar em que assistiu ao seu time ser tricampeão continental. A festa começa às 18h (horário local), terá atrações típicas do país árabe, como dança do ventre, e espera reunir cerca de 200 palmeirenses.
No geral, o maior desafio para assistir às partidas no exterior é o fuso horário. A prorrogação da final da Libertadores, por exemplo, ele teve de ver no mudo porque já era madrugada em Dubai e o dono do bar queria fechar o estabelecimento.
Paulistano do bairro de Perdizes, Glauco vive em Dubai há 13 anos. Aproveitou a experiência na cidade do Oriente Médio para dar dicas aos palmeirenses que vêm acompanhar o time do outro lado do mundo. O gerente comercial teve a ajuda do casal de amigos Jéssica e Paulo para elaborar publicações nas redes sociais com informações relevantes sobre as normas nos Emirados Árabes, a cultura local e outras indicações. "A nossa ideia é fortalecer esse laço agora com um monte de palmeirense aqui", observa Jéssica.
"Várias pessoas já entraram em contato que já moram aqui. Não só as que vão vir pra cá", afirma Paulo Fuganti. O catarinense de Joinville foi transferido para Dubai pela empresa de exportação de carne animal em que trabalha e trouxe a mulher, a paulista de Araraquara Jéssica Cardili. O tradicional futebol entre amigos também faz parte da cultura árabe. E foi por meio este meio que Paulo e Glauco se conheceram. "Os dois são malucos pelo palmeiras. E o match deu muito certo. Tem muito estrangeiro que mora aqui. É difícil às vezes ter abertura porque as pessoas são fechadas", comenta Jéssica. Eles esperam ao menos 5 mil palmeirenses nos Emirados Árabes para o Mundial.
Fora do Brasil, o país com mais consulados do Palmeiras são os Estados Unidos, com 11. Em Columbus, capital do estado de Ohio mora Ricardo Augusto Gonçalves. O analista financeiro de 52 anos é apaixonado pelo Palmeiras e tornou-se cônsul no exterior a fim de atenuar a saudade do time, que mata como dá. "Estive presente na Florida Cup em janeiro de 2020. Nas férias ou quando tenho que ir a São Paulo, os jogos são sempre prioridades", relata o torcedor. Internacionalizar o nome do Palmeiras é um dos objetivos desses grupos de associados palmeirenses pelo mundo. E os projetos sociais voluntários também são importantes para a imagem do clube. "Aqui arrecadamos alimentos em nome do consulado para distribuir às pessoas carentes".
Para ver o Palmeiras no Mundial, Ricardo se juntará a amigos do consulado de Chicago, que reunirá 60 palmeirenses. "A turma é grande. A bagunça é maior lá", resume. A estreia do time está agendada para as 20h30 no horário local. Nos EUA, a partida começa às 11h30.
A engenheira ambiental Giovanna Abel, 29 anos, deixou São Paulo para ir viver com o marido na Suíça em 2019. Sócia do Palmeiras e acostumada a frequentar o clube e o Allianz Parque, foi convidada por diretores a abrir um consulado em Genebra, onde morou antes de se mudar para Basel. “O trabalho é expandir para o mundo a marca Palmeiras”, afirma ela. Na Europa, também há consulados palmeirenses na Inglaterra, Irlanda, Itália e Portugal.
As restrições sanitárias impostas pela pandemia atrapalharam o plano de Giovanna de organizar eventos e reunir palmeirenses em Basel, cidade com uma forte cultura futebolística. Por isso, ela viu sozinha as últimas conquistas da equipe. “É triste ver as partidas sozinha, mas não posso reclamar porque ganhamos quatro títulos. Podem vir mais dez títulos que eu aguento”, brinca.
06 de fevereiro de 2022 | 05h00
Com oito das principais equipes do Brasil, a primeira edição da Supercopa Feminina abre a temporada do futebol feminino 2022. Os organizadores pretendem continuar a expansão da modalidade, com audiência e público crescentes nos últimos anos.
O clássico entre Corinthians e Palmeiras, na Neo Química Arena, será transmitido pela Globo, às 10h30, neste domingo, 6. “Estou muito esperançosa que a gente possa vencer esse clássico e começar o ano com o pé direito”, disse a goleira Jully, do Palmeiras, recém-convocada para a seleção brasileira pela primeira vez.
O campeonato, organizado pela CBF, começou a ser disputado na última sexta-feira, 4, e vai até o dia 13 de fevereiro no formato de mata-mata. Além do Corinthians, atual campeão nacional, também Palmeiras, Internacional, Real Brasília, Grêmio, Cruzeiro, Flamengo e Madre Celeste (ESMAC-PA).
Todas as partidas serão transmitidas pelo SporTV. Além disso, quatro duelos serão exibidos pela TV Globo. Renata Silveira vai se tornar a primeira mulher a realizar a narrar uma partida na emissora na próxima quarta-feira, no jogo primeiro jogo das semifinais.
Desde 2019, o esporte feminino vem conquistando maior interesse no Brasil. Durante a Copa do Mundo, 35 milhões de brasileiros acompanharam à eliminação da seleção nas oitavas de final contra a França.
Nos últimos dois anos, os clubes brasileiros também avançaram. Com a cobertura do Campeonato Brasileiro pela Band, com índices de audiência da ordem de 5 pontos de pico, outras emissoras entraram na disputa para adquirir os direitos de transmissão. Em 2021, o Brasileirão contou com 134 partidas televisionadas em múltiplas plataformas, como YouTube, TikTok e TV aberta.
O sucesso motivou a organização de mais um torneio: o Brasil Ladies Cup. Além de contar com equipes brasileiras, o evento contou com times internacionais, como América de Cali e River Plate. O São Paulo se sagrou campeão. "Com a participação de diversos nomes renomados, oferecemos palestras e aulas gratuitas para fomentar a paixão feminina pelo futebol. Na segunda edição, queremos ampliar o nosso radar para expandir o legado do esporte no país”, conta Fábio Wolff, um dos organizadores do Brasil Ladies Cup.
Nas redes sociais, o crescimento também é expressivo: o Brasileirão chegou a mais de 420 mil seguidores no último ano. É a quarta maior nas plataformas digitais do mundo, atrás apenas da Inglaterra, México e Estados Unidos.
Ainda em 2022, a CBF continuará a expandir a modalidade. Além da primeira e segunda divisão do Campeonato Brasileiro, a série A-3 terá início, com representantes de todos os estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Com mais competições e maior visibilidade, o futebol feminino ocupa novos mercados, como explica Hans Scheiler, diretor de marketing da Casa de Apostas.
“O engajamento de grandes marcas na modalidade está contribuindo para o futebol feminino ocupar novos espaços no mercado. A profissionalização que já está em andamento precisa continuar, é um momento crucial, de consolidação de uma forma profissional de trabalho. Com nossas interações, conseguimos turbinar em mais de 100% o número de apostas no futebol feminino brasileiro ao longo de 2021”, diz o especialista.
05 de fevereiro de 2022 | 08h00
O Palmeiras pode ter novamente em seu caminho um rival mexicano no Mundial de Clubes. O Monterrey enfrenta o Al Ahly, do Egito, neste sábado, às 13h30 (de Brasília) em busca de um lugar na semifinal. O time do México joga pela quinta vez o torneio e busca a final inédita.
No México, existe o entendimento de que esse elenco do Monterrey é o representante da Concacaf mais forte que já disputou um Mundial na versão como é realizado hoje pela Fifa. Mais capaz até do que o Tigres, que eliminou o Palmeiras na edição anterior e ficou com o vice ao perder do Bayern de Munique na final.
“Nós estamos prontos para competir. Queremos alcançar a final pela primeira vez. E estamos prontos para chegar lá”, afirma ao Estadão o atacante holandês Vincent Janssen. Ele é uma das estrelas do milionário elenco dos “Rayados”, e atuou, em uma jornada sem brilho, no Tottenham, da Inglaterra, antes de chegar à equipe mexicana.
O elenco tem 16 jogadores que já defenderam alguma seleção na carreira e cinco atletas que disputaram ao menos uma edição de Copa do Mundo: os mexicanos Héctor Moreno e Jesús Gallardo, os costarriquenhos Joel Campbell e Celso Ortiz e o argentino Maxi Meza, este apontado como o craque do time. Janssen não é titular porque o ataque é comandado pelo argentino naturalizado mexicano Rogelio Funes Mori, considerado ídolo da equipe na qual está desde 2015.
“É um atacante perigoso dentro e fora da área”, opina César “Chelito” Delgado, ex-jogador argentino do Monterrey e embaixador da agremiação no Mundial em Abu Dabi. Para ele, o time mexicano está em patamar semelhante ao dos europeus.
“Sinto que Monterrey chega ao Mundial com uma experiência muito importante por ter jogado outras quatros vezes”, diz Delgado. Apenas uma vez uma equipe do México não esteve na competição. Foi em 2005, quando o Saprissa, da Costa Rica, representou a Concacaf e terminou em terceiro.
O investimento para rechear o elenco de bons - e caros - jogadores advém da família Gonda de Rivera, a quinta mais rica do México e dona da FEMSA, maior distribuidora de Coca-Cola do mundo e acionista da Heineken. Segundo dados da plataforma alemã Transfermarkt, o clube investiu cerca de R$ 450 milhões em reforços nos últimos quatro anos. Apenas Flamengo e Cruz Azul fizeram aportes maiores em contratações nesse período.
O Monterrey pensa no título, mas o objetivo é ao menos repetir o que fez o Tigres no ano passado e alcançar a final, o que nunca conseguiu. Em 2011 e 2013 caiu nas quartas de final. Em 2012 e 2019 foi semifinalista, mas perdeu para rivais ingleses, Chelsea e Liverpool, respectivamente. As suas melhores campanhas foram obtidas nesses dois anos ao terminar em terceiro.
“Neste ano será uma equipe mais perigosa do que mostrou nos últimos anos. Chega muito forte”, observa Delgado. “É uma equipe que não se conforma. Sempre quer mais”.
Se o Chelsea trata com certo desinteresse o Mundial, o Monterrey dá ao torneio a mesma importância que os sul-americanos. “É a chance de mostrar para o mundo a nossa qualidade e do que somos capazes. É uma oportunidade para muitos jogadores estarem em evidência”, explica Janssen. O holandês se frustrou em 2019 ao ser cortado daquela edição por lesão.
O comandante do pentacampeão da Liga dos Campeões da Concacaf é o experiente Javier Aguirre, técnico do México em duas Copas, a do Japão/Coreia, em 2002, e da África do Sul, em 2010. Também comandou equipes espanholas, como o Atlético de Madrid.
Janssen confessa não conhecer “muito bem” o Palmeiras. “É uma equipe muito boa, com jogadores famosos”, limita-se a dizer o holandês, que expressa o desejo de passar férias no Brasil no futuro. A sua ideia é primeiro pensar no egípcio Al Ahly para depois, em caso de triunfo, voltar o foco ao atual campeão da Libertadores. “Se Monterrey passar para a semifinal, tenho certeza que será um jogo muito difícil contra o Palmeiras”.
Delgado, que além do Monterrey, teve boas passagens no Cruz Azul e no Lyon, da França, diz ter visto jogos do Palmeiras, cuja principal arma, ele entende, é o contragolpe. “É uma equipe muito perigosa. Tem que ser respeitada”, pontua.
04 de fevereiro de 2022 | 05h00
Sabrina Cass, no esqui estilo livre moguls, e Nicole Silveira, no skeleton, serão as brasileiras mais bem colocadas nos Jogos de Inverno, segundo previsão da Nielsen Gracenote. A análise se baseia nos resultados esportivos nas principais competições desde a última edição olímpica. Nos prognósticos, o País sairá de Pequim-2022 sem pódio, o que já é esperado.
O estudo foi elaborado pelo chefe de análise esportiva da Nielsen Gracenote, Simon Gleave, em cima dos atletas do Time Brasil. "Em relação aos participantes no moguls, a Sabrina Cass é top 30, mas existe a possibilidade de atingir o top 20 se conseguir ir bem. Já a Nicole Silveira deve terminar entre as 20 mais bem colocadas. Lembrando que ela obteve um nono lugar em Altenberg e isso a coloca em condições de brigar pelo top 10", disse.
Sobre outros brasileiros, as chances são menores, como o quarteto masculino no bobsled e até a dupla. "É muito difícil julgar o bobsled porque são poucos resultados de comparação", comentou. No esqui alpino e no esqui cross country as chances de bons resultados são pequenas, até mesmo pelo alto nível dos adversários das grandes potências de inverno.
A Nielsen Gracenote também projetou um quadro de medalhas para os Jogos de Inverno. Se o Brasil ainda tenta sua primeira medalha olímpica nesse evento, outras potências vão colecionar pódios e a briga pelo topo será vencida pela Noruega, que segunda a empresa ganhará 21 medalhas de ouro, 13 de prata e 10 de bronze.
Logo a seguir no quadro de medalhas estará a Alemanha, com 11 ouros, seguida pelo Comitê Olímpico Russo, com uma a menos. Os Estados Unidos aparecem na sequência e devem ter sete campeões olímpicos. Com oito ouros está Holanda, depois vem a Suécia com sete e com seis ouros estão Canadá e Suíça.
03 de fevereiro de 2022 | 05h00
Com 11 atletas, o Brasil sonha em melhorar seus resultados nos Jogos Olímpicos de Inverno, que terão sua cerimônia de abertura nesta sexta-feira, 4, às 9h (horário de Brasília). O evento está sendo realizado em Pequim e algumas modalidades já começaram suas disputas mesmo antes de os países desfilarem no estádio Ninho de Pássaro. O curling, no qual o Brasil não tem representantes, já começou. O evento vai até 20 de fevereiro e terá transmissão do SporTV e da Globo.
"A expectativa é de superar os nossos resultados se comparados a edições anteriores de Jogos Olímpicos de Inverno. A evolução pode ser em termos de número de largadas, classificações finais em geral ou em pontuação. Mesmo com nomes de grande importância nos esportes de inverno no País como Jaqueline Mourão e Edson Bindilatti, com cinco edições de Jogos Olímpicos, temos quatro estreantes e três atletas com menos de 20 anos na equipe. Acredito que teremos resultados ainda melhores daqui a quatro anos nos Jogos Olímpicos de Milão/Cortina", diz Anders Pettersson, Chefe da Missão brasileira em Pequim-2022.
O Time Brasil está em Pequim com a equipe de bobsled (Edson Bindilatti, Edson Martins, Erick Vianna, Rafael Souza e Jefferson Sabino, que é reserva), Jaqueline Mourão, Eduarda Ribera e Manex Silva, do esqui cross-country, Nicole Silveira, do skeleton, Michel Macedo, do esqui alpino, e Sabrina Cass, do esqui estilo livre moguls e que será a primeira a estrear, às 7h da manhã desta quinta-feira.
"Estou um pouco nervosa, mas animada também. A minha treinadora sempre fala que nervosismo e excitação são a mesma coisa, e nisso que tento pensar. Pelos treinos deu pra ver que o nível da competição não é diferente comparado com as Copas do Mundo porque todas as melhores atletas estão aqui", disse Sabrina, que tem apenas 19 anos e foi campeã mundial Júnior em 2019, quando ainda defendia os Estados Unidos.
A talentosa atleta sabe que a tarefa não será das mais simples. Ela precisa ficar entre as 20 mais bem colocadas para avançar para a próxima fase da qualificatória. No Moguls, são duas descidas na montanha e a competidora precisa terminar no menor tempo possível. Além disso, é obrigatório fazer dois saltos com acrobacias. A pontuação final é baseada não apenas no tempo gasto para terminar o percurso como na técnica usada para esquiar e nas manobras aéreas. "Para mim, a maior dificuldade são os saltos, pois sempre demoro um pouco para me acostumar com eles em uma pista nova", comentou.
A delegação brasileira traz veteranos como Jaqueline Mourão, que está em sua oitava Olimpíada - entre Jogos de Verão e Inverno - e Edson Bindilatti, piloto do trenó de bobsled, que vai para sua quinta edição dos Jogos de Inverno. Ambos serão os porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura. "Temos atletas na delegação com 17 anos e isso mostra o trabalho de desenvolvimento que vem sendo feito. Nós somos um exemplo para eles e para todos os outros que vão vir. É uma satisfação gigantesca", disse.
A Olimpíada de Pequim marca a nona participação brasileira nos Jogos de Inverno. Essa trajetória começou em Albertville, em 1992, e desde então o País já competiu em oito esportes diferentes: esqui alpino, bobsled, esqui cross country, luge, snowboard, biatlo, esqui estilo livre e patinação artística. Agora, incluirá na lista o skeleton, a Fórmula 1 do gelo, com Nicole Silveira, uma enfermeira brasileira que vai disputar a competição pela primeira vez.
Ela chegou a participar de um evento-teste olímpico na China e acha que isso pode ajudá-la na hora da disputa. "Quanto mais conhecimento tenho da pista, melhor é a minha performance. Mas todas as atletas tiveram o mesmo número de descidas - com exceção do time chinês. Espero que seja uma disputa mais equilibrada pelo fato da pista de Pequim ser novidade para todos . Estou confiante, e essa confiança vai me ajudar bastante", afirmou.
No COB (Comitê Olímpico do Brasil), a expectativa é que os atletas tenham mais uma boa participação e vão subindo os degraus para chegar cada vez mais perto das grandes potências de inverno. "Já temos marcas importantes com as estreias na modalidade skeleton e na prova de esqui estilo livre moguls. Apenas as 30 melhores atletas do mundo se classificaram para o moguls. É a primeira vez que teremos uma equipe na prova de sprint do esqui cross-country feminino e, para isso, o Brasil ficou na 25ª colocação do Ranking de Nações da modalidade. Ainda no cross-country tivemos uma inédita e intensa disputa pelas vagas e, com isso, conseguimos pela primeira vez o índice A da FIS, que permitiu ao Manex largar nas quatro provas masculinas. Por tudo isso, acredito que já chegamos muito bem preparados a Pequim e sairemos daqui com outras marcas importantes", finalizou Anders Pettersson.
Pequim é a primeira cidade a ser sede de uma edição da Olimpíada de Verão (2008) e de Inverno. Arenas emblemáticas como o estádio Ninho de Pássaro e Cubo D'Água, que agora virou Cubo de Gelo, foram usados na primeira edição e serão utilizados agora. Foi no Cubo D'Água que César Cielo foi campeão olímpico na natação. Agora, o local receberá as competições de curling, modalidade que é uma das que mais gera interesse dos brasileiros.
A expectativa é que 91 países participem desta edição dos Jogos de Inverno, incluindo Peru, Haiti, Trinidad e Tobago, Arábia Saudita, Samoa Americana e Ilhas Virgens, que não estiveram na edição anterior dos Jogos.
Dados dos organizadores indicam que o custo final dos Jogos de Pequim-2022 estará em US$ 3,9 bilhões, o que seria o evento olímpico mais barato em duas décadas. Mas alguns especialistas apontam que nesse cálculo diversos custos não foram incluídos, como de infraestrutura urbana ou da construção da Vila dos Atletas.
Um ponto de atenção nesse início de competição é em relação aos casos de covid-19. O Comitê Organizador tem feito testagem em massa e mantido uma "bolha olímpica" para frear a contaminação pela variante Ômicron, mas os casos positivos estão sendo detectados. Na quarta-feira foram anunciados 32 novos casos, sendo 15 em pessoas que chegaram no aeroporto e 17 em pessoas dentro da bolha. Mas os números não preocupam os organizadores.
"Qualquer país no mundo neste momento tem um número mais alto que a China de contaminação", disse Brian McCloskey, conselheiro médico dos Jogos, reforçando que no dia anterior foram realizados mais de 65 mil testes.
Entre as estrelas da competição estão Mikaela Shiffrin, de 26 anos, do esqui alpino. A atleta dos Estados Unidos busca seu terceiro ouro seguido na prova. Já Hanyu Yuzuru, de 27 anos, é a atração japonesa na patinação artística. Outro destaque dos Jogos é o norueguês Johannes Thingnes Bo, de 29 anos, do biatlo. E no snowboard é bom ficar de olho na jovem Chloe Kim, de 21 anos, ouro no half pipe na edição anterior, e no veterano Shaun White, de 35 anos, que vai para sua quinta e última participação olímpica - ele tem três ouro no half pipe.
02 de fevereiro de 2022 | 08h00
O Palmeiras viaja a Abu Dabi para a disputa do Mundial cercado de um clima que lhe favorece. O time alviverde deixará o Brasil invicto na temporada após derrotar o Água Santa - são três vitórias e um empate no Paulistão - e apoiado pela sua torcida. Os palmeirenses farão na frente da Academia de Futebol a tradicional festa para o elenco antes da viagem à capital dos Emirados Árabes Unidos.
O elenco faz um treino leve a partir das 8h, a última atividade em São Paulo. Às 10h, a Mancha Alviverde, principal torcida organizada do clube, e torcedores comuns estarão na porta da Academia de Futebol para se despedir dos atletas. A CET está no local para organizar o trânsito. O CT é próximo da obra da linha-6 do Metrô que desmoronou na Marginal do Tietê na terça-feira.
Em novembro passado, os palmeirenses também festejaram na frente do CT antes de a delegação embarcar para Montevidéu, onde ganhou por 2 a 1 do Flamengo na decisão continental. Esses eventos são tradicionais e geralmente ocorriam nos aeroportos, mas, devido ao risco de disseminação da covid-19, a festa passou a ser proibida pelas autoridades em locais fechados.
A previsão é de que o ônibus com a delegação deixe o CT rumo ao Aeroporto de Guarulhos às 11h. Às 13h, decola o avião fretado com destino a Abu Dabi, país cujo fuso está sete horas adiantado em relação ao horário de Brasília.
O elenco embarca sem Piquerez e Gabriel Veron. O lateral uruguaio e o jovem atacante testaram positivo para a covid-19, estão em isolamento e sendo monitorados diariamente. Caso testem negativo a tempo, podem viajar depois em outro voo.
A previsão é de que os atletas cheguem ao pequeno país do Golfo Pérsico às 11h (horário local) da quinta-feira. No mesmo dia, às 17h, a equipe treina pela primeira vez em solo estrangeiro, no Zayed Sports City. Na sexta, sábado e domingo o treinamento será às 10h. Todos os trabalhos serão abertos à imprensa apenas durante 15 minutos.
Na segunda-feira, dia 7, às 17h15, os jogadores fazem o reconhecimento do gramado do Al Nahyan Stadium, local da estreia no Mundial contra Monterrey ou Al Ahly. Às 18h45, o técnico Abel Ferreira e um atleta a ser escolhido pelo clube darão entrevista coletiva.
O primeiro compromisso está agendado para a próxima terça-feira, às 20h30 (horário local, 13h30 de Brasília). Os ingressos para esse jogo, válido pela semifinal, estão esgotados. O Al Nahyan Stadium, casa do Al Wahda, é um estádio acanhado, com capacidade para 15 mil torcedores, e comportará 60% de sua capacidade, como determinação do governo local para evitar a disseminação da covid-19.
01 de fevereiro de 2022 | 05h00
Em ano de Copa do Mundo, a disputa por vagas entre os convocados vai se afunilando até o início do torneio. Na primeira partida do Brasil em 2022 atuando em casa, a seleção terá seis mudanças no time titular para o jogo contra o Paraguai nesta terça-feira, às 21h30, no Mineirão, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. De todos os setores, apenas o ataque que enfrentou o Equador no empate em 1 a 1 na quinta-feira foi mantido.
Ederson ocupará a vaga de Alisson no gol. O lateral-direito Emerson Royal, expulso na última partida, dá vaga a Daniel Alves, enquanto o lateral-esquedo Alex Sandro, que testou positivo para a covid-19, sai para a entrada Alex Telles. Na zaga, Marquinhos deve ficar na vaga de Militão, suspenso. Já no meio de campo, Casemiro e Fred dão vaga a Fabinho e Paquetá. Philippe Coutinho será mantido no time, assim como o jovem trio de ataque formado por Raphinha, Vinícius Júnior e Matheus Cunha, com média de idade de 22,6 anos.
"Quando a gente se sente apoiado (pela torcida), a tua possibilidade de desempenho é maior. Quando você vai para um local que te incentiva, você sente isso. É uma forma de esses jovens, e vão ter bastantes jovens, de se sentirem confiante. Que a camisa amarela seja de responsabilidade, mas também de alegria e confiança", disse o treinador.
Dos onze nomes, três atuaram em poucas partidas pela seleção brasileira e ganham nova oportunidade na briga por vaga na Copa do Mundo: Alex Telles (quatro jogos), Raphinha (seis) e Matheus Cunha (cinco). Telles ganhou a vaga após Renan Lodi ficar fora da convocação por não ter o esquema vacinal completo. Outro nome que briga por vaga no setor é Arana, do Atlético-MG.
Na ponta direita, Raphinha foi titular nas últimas quatro partidas e segue com prestígio com a comissão técnica. Já a posição de centroavante titular é a que tem mais concorrentes. Além de Matheus Cunha, que fez cinco jogos pela seleção, mas ainda não marcou, a briga se estende por Gabigol, Richarlison, Firmino e Gabriel Jesus. Tite já colocou em campo 60 jogadores no atual ciclo para o Mundial deste ano. Dos 26 atletas convocados para a atual data Fifa, apenas o zagueiro Gabriel Magalhães não fez sua estreia.
A seleção brasileira é líder invicta das Eliminatórias, com 36 pontos, sendo 11 vitórias e três empates, com o ataque mais goleador (28) e a defesa menos vazada (5). Depois do Paraguai, o Brasil só retorna aos campos no dia 24 de março para enfrentar o Chile dentro de casa e encerra sua participação nas Eliminatórias no dia 29, fora de casa, contra a Bolívia.
Do outro lado do confronto, o Paraguai ainda tem remotas chances de classificação à Copa do Mundo, mas o discurso no país já é de resignação. O técnico argentino Guillermo Schelotto disse que Brasil e Argentina estão em um patamar acima das outras seleções do continente. "Cabe a nós reconhecer. E a única maneira de igualar esse nível é dar tudo de si. Se não podemos jogar, temos que correr".
FICHA TÉCNICA
BRASIL - Ederson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva (Gabriel Magalhães) e Alex Telles; Fabinho, Paquetá e Philippe Coutinho; Raphinha, Vinicius Júnior e Matheus Cunha. Técnico: Tite.
PARAGUAI - Silva; Escobar, Rojas, Junior Alonso e Arzamendia; Sánchez, Ojeda e Matías Rojas; Almirón, Sanabria e Carlos González. Técnico: Guillermo Schelotto.
ÁRBITRO - Facundo Tello (ARG)
HORÁRIO - 21h30.
LOCAL - Mineirão.
TV - Globo e Sportv.
31 de janeiro de 2022 | 05h00
O clássico diante do Santos, quarta-feira, na Neo Química Arena, vai ser apenas o terceiro compromisso do Corinthians no Campeonato Paulista. Mas o duelo pode ser considerado uma 'decisão' para o técnico Sylvinho, muito criticado por parte da torcida durante e após a vitória sobre o Santo André, domingo, no ABC.
O Corinthians vai se apresentar pela segunda vez em seu estádio e um novo resultado desagradável, como o obtido na estreia da competição estadual - empate sem gols com a Ferroviária -, poderá aumentar ainda mais a pressão sobre o trabalho do treinador.
Para ir em busca dos importantes três pontos, Sylvinho deverá escalar o que tem de melhor em seu elenco. O único ausente deverá ser o goleiro Cássio, gripado. Piton, Willian, Renato Augusto e João Victor, que não atuaram frente ao Santo André, deverão retornar à equipe.
Esta segunda-feira deverá ser marcada pela apresentação oficial do goleiro Ivan, contratado junto à Ponte Preta. O atleta já treina com os demais integrantes do elenco corintiano há alguns dias.
Depois do embate diante do Santos, o Corinthians viaja até Itu no domingo, onde vai visitar o Ituano pela quarta rodada do Paulistão, no estádio Novelli Júnior.
O Corinthians lidera o Grupo A, com quatro pontos, mas poderá perder a liderança para o Guarani, que tem três e entra em campo nesta segunda-feira, às 20 horas, em Bragança Paulista, para encarar o Red Bull Bragantino.
30 de janeiro de 2022 | 05h00
No Palmeiras, a contagem é regressiva. O time alviverde vai em busca do sonhado título do Mundial de Clubes em fevereiro. Mas, no meio do caminho, ainda precisa cumprir com alguns compromissos pelo Paulistão. O próximo desafio é diante do Água Santa, na terça-feira, e o técnico Abel Ferreira conta com a presença da torcida para fazer clima de festa no Allianz Parque.
"Quero muito que a torcida apareça, porque todos somos um", disse o técnico alviverde após o duelo com o São Bernardo, neste sábado. Para ele, não importa se o jogo é pequeno ou grande. A vontade de vencer e apoiar o Palmeiras têm de ser as mesmas sempre.
Abel diz que não importa o desafio, o Palmeiras tem de entrar em campo e dar o melhor de si. E é justamente isso que ele procura inspirar nos atletas. "Temos de estar juntos quando jogarmos contra o São Paulo, contra o Corinthians ou contra o Flamengo. Quando jogarmos contra o São Bernardo, contra a Ponte Preta... Todos os jogos são importantes para nós", declarou o português.
Antes de viajar para Abu Dabi, o Palmeiras terá mais um jogo pelo Estadual. Então, entra no avião e vira a chave para encarar Al Ahly ou Monterrey, no dia 8 de fevereiro. Até lá, Abel espera que terça-feira a torcida palmeirense possa comparecer o Allianz Parque para apoiar o time e claro, se despedir.
"Se jogarmos em casa ou fora, compareceram para nos ajudar e é isso que eu espero. Não basta só falar, é preciso fazer, através de ações. E nós vamos fazer a nossa parte, dar o melhor de nós todos os dias para poder dar alegria aos nossos torcedores", disse. "Queremos que compareçam, que nos apoiem. Só assim que nós podemos fazer a diferença: estando todos juntos e puxar para o mesmo lado", finalizou.
29 de janeiro de 2022 | 08h30
O Palmeiras abre na próxima segunda-feira, às 10h, a venda de ingressos para a semifinal do Mundial de Clubes, marcada para 8 de fevereiro, às 13h30 (de Brasília), contra o vencedor da partida entre Al Ahly, do Egito, e Monterrey, do México, no Al Nahyan Stadium. O clube já vendeu todos os pacotes de viagem a dez dias da estreia no torneio.
Os ingressos da categoria 3 custam R$ 83,00 (Categoria 3) e os da categoria 4, R$ 41,50. O torcedor pode pagar via cartão de crédito ou Pix. Os bilhetes estarão à venda exclusivamente para todos os sócios-torcedores Avanti por meio do site www.ingressospalmeiras.com.br.
Os sócios Avanti terão exclusividade na compra virtual dos bilhetes até terça, às 10h, quando tem início a venda para o público em geral. Cada torcedor poderá adquirir até dois ingressos por CPF, sendo sócio Avanti ou não.
Assim como na venda original realizada pela Fifa, que organiza o evento, não será possível a escolha de assentos. Os bilhetes para a semifinal serão enviados por e-mail aos torcedores após a confirmação da compra. Para o Mundial, não haverá prioridade de venda utilizando o rating do Avanti nem desconto nas entradas para sócios, o que também impede a utilização de créditos acumulados.
A venda de ingressos para o segundo jogo do Palmeiras na competição, válido pela final ou decisão de terceiro lugar, será aberta somente depois do confronto da semifinal.
A Fifa comercializou dois lotes de ingressos para as partidas do torneio - primeiro para os usuários do cartão Visa e depois para o público em geral. Nas duas ocasiões, os bilhetes se esgotaram rapidamente. O Estadão perguntou à entidade quantas entradas foram vendidas até o momento, mas não obteve resposta.
Cabe lembrar que os dois estádios em que serão disputadas as partidas, o Al Nahyan Stadium e o Mohamed Bin Zayed Stadium, terão sua capacidade reduzida como medida do governo dos Emirados Árabes Unidos para evitar a disseminação da covid-19. No primeiro, local da estreia do Palmeiras, cabem apenas 15 mil torcedores. O segundo, palco da final, comporta cerca de 40 mil espectadores.
O Palmeiras e a operadora de turismo Century Travel, contratada pelo clube no início da gestão de Leila Pereira, venderam de forma antecipada todos os pacotes de viagem para o Mundial de Clubes da Fifa. Os preços variavam entre R$ 19.015,00 e R$ 81.540,00.
Os pacotes contemplam ingresso da categoria 2 para as duas partidas do Palmeiras, passagens aéreas de ida e volta saindo de São Paulo, oito noites de hospedagem em Abu Dabi com café da manhã, acompanhamento de guias desde a saída do Brasil, atendimento preferencial no Aeroporto de Dubai, serviço de concierge em português, traslados de chegada e partida para o hotel e para os jogos, seguro-viagem com cobertura para covid-19 e exame PCR para o retorno ao Brasil. O clube liberou um número restrito de vagas para torcedores que queiram viajar no mesmo voo fretado da delegação rumo à capital dos Emirados Árabes.
28 de janeiro de 2022 | 08h50
Tite absolveu Emerson Royal de culpa no lance da expulsão diante do Equador. Mas ficou muito sentido por ter de sacrificar Philippe Coutinho. Para evitar sufoco de ter de jogar com um a menos, o treinador quer que seus jogadores sejam mais disciplinados e precavidos diante do pressionado Paraguai, terça-feira, às 21h30, no Mineirão.
A expulsão de Emerson foi somente a terceira da seleção sob o comando de Tite. Mesmo assim ele lamentou bastante. Uma das regras do treinador na equipe é jogar com lealdade. Ele sabe que perder um atleta em jogo importante, como a Copa do Mundo que está por vir pode custar muito caro e vem batendo na tecla para que seus defensores tenham mais calma na hora dos combates.
"Temos muito orgulho do nosso trabalho, onde muito poucos atletas são expulsos. O aspecto disciplinar é muito, muito, cobrado, orientado e determinado na seleção brasileira", afirma o treinador. "Eu não gosto de ter atletas expulsos, isso me fere enquanto técnico e como ser humano. A circunstância (no lance de Emerson) não foi de maldade, foi de impetuosidade. Foi errado? Precisa maturidade? Sim." Tite quer jogos com "contatos legais."
Apesar de estar em ritmo de treino após a classificação antecipada e sem o astro Neymar, a estreia da seleção em solo nacional será com bom público. Até esta quinta-feira, já haviam sido comercializados 30 mil ingressos.
Além de apoio ao time, o técnico Tite deve sofrer com a cobrança dos torcedores do Atlético-MG que cobram a convocação de Hulk para a seleção brasileira. O técnico já explicou que o atacante e Guilherme Arana ficaram ausentes para terem férias.
27 de janeiro de 2022 | 05h00
A seleção brasileira vai entrar em campo para enfrentar o bom time do Equador às 18 horas desta quinta-feira, em Quito, em clima de testes no primeiro jogo em ano de Copa do Mundo. Já classificada para o torneio no Catar, em novembro, a equipe do técnico Tite não carregará mais o peso de buscar a vaga, mas alguns jogadores estarão sob pressão para conquistar de vez o treinador ou ao menos para manter a esperança de ser chamado para os últimos jogos das Eliminatórias, em março.
Este é o caso de Philippe Coutinho. O eterno meia da seleção de Tite vive um dos seus piores momentos da carreira no futebol europeu. Acostumado a jogar nos grandes do continente, ele deu um passo atrás neste ano ao ser emprestado ao Aston Villa, time mediano da Inglaterra.
Coutinho vem sendo contestado desde que chegou ao Barcelona em 2018. Sem espaço na equipe catalã, foi emprestado ao Bayern de Munique, onde também não conseguiu se firmar. De volta ao Barça em 2020, sofreu uma lesão no joelho esquerdo que abreviou sua temporada. No ano passado, recuperado fisicamente, ganhou nova chance num time que lamentava a saída de Lionel Messi e apostava em jovens da base e em contratações de custo-benefício duvidoso.
Mesmo com a equipe espanhola em frangalhos tecnicamente, o brasileiro amargava o banco de reservas até ser transferido para o Aston Villa, onde fez boa estreia no dia 15 deste mês, até com gol. "Acredito na qualidade dele, falando isso para o nicho futebol. Falando de maneira mais ampla, do espectro social, humano, eu sei todo lado humano de investimento dele, desafiador, de recuperar da lesão", comentou Tite.
O treinador indicou que o jogo desta quinta será um grande palco para Coutinho mostrar o que sabe. As circunstâncias são favoráveis para o meia. A seleção não terá Neymar, machucado, e nem Lucas Paquetá, suspenso, para ofuscar seu desempenho em campo e as atenções de Tite.
Por outro lado, a pressão será grande. Coutinho vai substituir justamente Paquetá, que vinha sendo um dos melhores jogadores da seleção nos últimos meses. Se exibir boa performance, não apenas estenderá sua sobrevida na seleção como colocará um ponto de interrogação na cabeça do técnico. "Como vai ser depois, não sei. Vamos deixar o campo falar", avisou Tite.
Coutinho é uma aposta antiga do treinador. Não por acaso o meia é o quarto jogador com o maior número de jogos na seleção sob o comando de Tite. Titular na Copa de 2018, o jogador de 29 anos foi chamado em todas as convocações da seleção até a grave lesão no joelho. Até então, ele só havia "falhado" num amistoso de 2017, com a Colômbia, quando o treinador convocou apenas atletas que jogavam no Brasil naquele momento.
Principal armador da equipe escalada por Tite, o meia também será decisivo por conta da expectativa do treinador para encarar a altitude de 2.850 metros de Quito. "Temos que encontrar estratégias para ter a posse de bola, estabelecer um ritmo adequado", projetou. Será outro desafio para um jogador que disputou apenas 18 jogos até agora na temporada europeia, sendo titular em apenas seis - os últimos dois pelo Aston Villa.
Melhor seleção destas Eliminatórias depois do Brasil e da Argentina, o Equador ocupa o terceiro lugar da tabela, ainda em busca da classificação, e vinha embalado até ser prejudicado pela nova onda de casos da pandemia. Ao todo, 15 jogadores do elenco equatoriano contraíram covid-19 neste mês. E o atacante Angel Mena está machucado.
FICHA TÉCNICA:
EQUADOR x BRASIL
EQUADOR - Alexander Domínguez; Ángelo Preciado, Félix Torres, Piero Hincapié, Pervis Estupiñán; Carlos Gruezo, Alan Franco, Moisés Caicedo, Gonzalo Plata; Enner Valencia e Michael Estrada. Técnico: Gustavo Alfaro.
BRASIL - Alisson; Emerson Royal, Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Philippe Coutinho; Raphinha, Matheus Cunha e Vinicius Junior. Técnico: Tite.
ÁRBITRO - Wilmar Roldan (Colômbia).
HORÁRIO - 18h (de Brasília).
LOCAL - Estádio Rodrigo Paz Delgado (Casa Blanca), em Quito, no Equador.
26 de janeiro de 2022 | 05h00
O título inédito da Copa São Paulo de Futebol Júnior e a revelação de uma nova geração de talentos animam os palmeirenses, mas deixam algumas dúvidas sobre a permanência das promessas no clube. Será que o Palmeiras vai resistir à pressão dos clubes europeus? A preocupação maior é com o futuro de Endrick, artilheiro e destaque da Copinha com 15 anos. O técnico Abel Ferreira reconhece o talento de Endrick, mas afirma que é preciso dar tempo ao tempo e que o “miúdo de 15 anos” poderia ir à Disney neste momento.
O treinador sabe que terá de esperar mais um pouco para iniciar a transição para o time principal. No Brasil, um atleta só pode atuar entre os profissionais a partir dos 16 anos. De acordo com a Lei Pelé, só a partir daí ele poderá assinar seu primeiro contrato. No caso de Endrick, isso será em 21 de julho. A tendência é que o garoto passe a ser visto ainda mais de perto pela comissão técnica do profissional a partir desta data.
O Estadão apurou que Endrick pretende, sim, assinar contrato e jogar no Palmeiras. Apesar das sondagens e observações de times da Europa, como Real Madrid, a ideia do estafe e da família do jogador é que ele complete sua formação por aqui. No momento, não há interesse da família em se mudar para a Europa. Vale lembrar que ele só poderá atuar em um clube do exterior depois dos 18 anos, mesmo se for negociado antes disso.
Endrick tem um contrato de formação esportiva com o Palmeiras. Além do amparo legal, o Palmeiras confia na palavra da família do jogador. O pai de Endrick é funcionário do clube e recebeu apoio quando trocou Goiás por São Paulo para iniciar a carreira do filho. Por isso, o clube entende que não corre risco de perdê-lo pelo menos até os 18 anos.
Em função dos seus 15 anos, ele ainda poderia disputar mais cinco edições da Copa São Paulo de Juniores, o que dificilmente deve ocorrer. Pessoas ligadas à comissão técnicas da base consideram que o jogador deva se firmar entre os profissionais a partir do segundo semestre, tamanha a sua precocidade. Uma vez entre os profissionais, Endrick vai começar uma nova carreira como ele próprio admite. "Se Deus quiser, um dia estarei entre os profissionais. Aí, não vai valer muito o que fiz na base. Vou começar outra carreira no profissional", diz o atleta.
“O Endrick é um menino sonhador, trabalhador e que cresce a cada dia, a cada treino e a cada jogo. Porém, ainda tem bastante coisa a evoluir. Ele já vem pulando algumas etapas nas categorias. Com certeza, o clube está tomando as melhores decisões para ter o melhor desempenho possível na categoria em que estiver”, afirmou o técnico Paulo Victor Gomes, campeão da Copinha.
Vale lembrar as palavras de Abel (antes do título da Copinha) sobre a formação do jogador e as razões de não levá-lo ao Mundial de Clubes como sugeriram torcedores nas redes sociais. A Fifa permite que jogadores da idade de Endrick sejam inscritos.
“Ele tem 15 anos, é um miúdo e gosto de olhar para estes jogadores e dar tempo ao tempo. Acho muito boa esta gestão feita pela diretoria e comissão da base do Palmeiras, que fazem um trabalho extraordinário. Não tenham pressa, nem ansiedade. Mais cedo ou mais tarde ele vai jogar na equipe principal. Mas com 15 anos, o clube deve dar uma passagem para ele e para a família dele para a Disneylândia. É o melhor que vai fazer seguramente para ele continuar a brincar, porque ele só tem 15 anos”, completou.
Na Espanha, Endrick é comparado a Vinícius Júnior e chamado de "craque", "fenômeno" e "menino de ouro do Palmeiras" pelos jornais AS e Sport. Esses jornais lembram a trajetória de Vinícius Júnior. O atacante, revelado pelo Flamengo, foi vendido ao Real Madrid, em 2017, antes mesmo de completar 18 anos, por R$ 165 milhões. No ano seguinte, Rodrygo, do Santos, seguiu o mesmo caminho, e também se transferiu ao clube merengue, seis meses depois de atingir a maioridade.
O currículo é realmente de uma grande promessa. É o jogador mais jovem a atuar e a marcar pelo Palmeiras na Copinha. São 167 gols em 170 partidas, sendo 68 deles em torneios oficiais. É o único na história a balançar as redes em jogos finais do Paulista sub-15, sub-17 e sub-20. Agora, mais uma façanha: o menino de 15 anos ajudou o Palmeiras a encerrar o jejum na Copinha.
25 de janeiro de 2022 | 05h00
Palmeiras e Santos entram em campo nesta terça-feira, dia em que a cidade de São Paulo completa 468 anos, às 10h, para definir o campeão da 52ª edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Jogando no Allianz Parque, o clube alviverde, da sensação Endrick, busca sacramentar a boa campanha com o título inédito do torneio, enquanto o time da Baixada, notório por ter uma das melhores bases do Brasil, não vence a competição desde 2014 e quer erguer a taça para findar o jejum no torneio.
Antes mesmo da bola rolar o confronto já teve a sua primeira polêmica. Isso porque a Federação Paulista de Futebol (FPF) definiu apenas na noite deste domingo o palco da final, gerando críticas por parte dos santistas pela escolha do Allianz Parque. Pouco tempo após o anúncio, o clube emitiu uma nota de repúdio, alegando que a decisão não atende o princípio de isonomia e “privilegia” o rival, que vai poder jogar em casa.
Elder Campos, técnico do Santos, se disse surpreso com a resolução, mas minimizou o caso. “Jogar no campo do Palmeiras para nós não muda, também temos um campo sintético no Santos. O que nos surpreendeu foi a decisão de jogar com o mando da decisão da Federação (no estádio do Palmeiras). A decisão, pelo regulamento, teria que ser em campo neutro. Mas quem quer ser campeão vai enfrentar o adversário no campo deles”, disse o comandante em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
A FPF justificou a escolha citando o fato do Palmeiras ter a melhor campanha — 7 vitórias e 1 empate contra 6 vitórias e 2 empates — e também argumentou ter se baseado em critérios de segurança. Como no mesmo dia há o jogo entre Corinthians x Ferroviária, às 21h, na Neo Química Arena, pelo Paulistão, a federação decidiu passar a final das 16h para às 10h, evitando um eventual confronto das torcidas no transporte público.
Um dos destaques do Santos na competição, o zagueiro Derick, de 19 anos, também preferiu botar panos quentes no assunto, afirmando ser "parte do futebol" jogar com torcida contra. O defensor disse estar ansioso para o duelo e que não vê favorito. "Por se tratar de uma final, é um jogo muito importante. A expectativa é muito boa. Vamos tentar descansar e se preparar bem. Fizemos uma sessão de treinamento muito boa hoje pela manhã. Temos tudo para chegar lá amanhã e fazer um grande jogo."
Do lado palmeirense, os holofotes estão voltados para Endrick, jogador mais comentado da Copinha e candidato a craque do torneio. Artilheiro do time no torneio com 5 gols, o atacante de apenas 15 anos chamou atenção pelos dribles, jogadas de efeito e golaços, com destaque para a pintura na goleada por 5 a 2 sobre o Oeste, nas quartas, uma bicicleta de fora da área sem chance para o goleiro. As atuações da joia alviverde já fizeram o jovem ser chamado por Abel Ferreira para treinar com o elenco principal e, segundo a imprensa espanhola, despertaram o interesse de Real Madrid e Barcelona.
Para Paulo Victor Gomes, técnico do sub-20 do Palmeiras, a qualidade técnica de Endrick é inegável, mas ressalta que o jovem conseguiu se destacar pelo fato da equipe ter um trabalho coletivo muito forte. "O Endrick tem conseguido demonstrar todo seu potencial dentro da competição com um grande trabalho da equipe, um grande trabalho do grupo, as individualidades só aparecem com um grande trabalho coletivo, é assim que a gente trabalha, é a assim que a gente pensa", disse.
Apesar de todo o frenesi em torno de Endrick, a presença do atacante entre os titulares diante do Santos ainda não é certa. Ele ainda não atuou 90 minutos em nenhuma partida no torneio, sempre deixando o campo no decorrer do jogo ou entrando na segunda etapa. O motivo é a parte física ainda em formação, tendo em vista que ele enfrenta jogadores até seis anos mais velhos. A tendência é que a joia comece a decisão desta terça-feira no banco.
Esta será a sétima vez na história que Santos e Palmeiras se enfrentam na Copinha — a equipe alvinegra é o adversário que os palestrinos mais vezes enfrentaram na competição. O retrospecto aponta para uma disputa equilibrada entre os clubes. São duas vitórias alviverdes, uma vitória santista e três empates. Nesta edição, o Palmeiras já balançou as redes 25 vezes, sofrendo apenas 5 gols. O Santos, por sua vez, marcou 17 gols — 12 deles anotados pela dupla Rwan e Lucas Barbosa — sendo vazado em quatro oportunidades.
O Palmeiras chega à final da Copinha pela terceira vez, tendo disputado o título também em 1970 e 2003. O Palmeiras avançou à decisão após vencer o São Paulo por 1 a 0, em Barueri, em jogo marcado pela invasão de torcedores do tricolor paulista em campo. Uma faca foi atirada no gramado, sendo recolhida pela arbitragem. Por sua vez, o Santos se classificou depois de bater o América-MG por 3 a 0, no Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul. O time da Baixada não disputava uma final há sete anos, quando venceu o Corinthians por 2 a 1 em 2014 e se sagrou tricampeão do torneio.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS x SANTOS
PALMEIRAS - Mateus; Garcia, Naves, Lucas Freitas e Vanderlan; Fabinho, Pedro Bicalho e Jhonatan; Giovani, Vitinho (Endrick) Gabriel Silva. Técnico: Paulo Victor. Técnico: Paulo Victor Gomes.
SANTOS - Diógenes, Sandro, Derick, Lucas Pires, Jhonnathan, João Victor, Ed Carlos, Weslley Patati, Lucas Barbosa e Rwan Seco. Técnico: Elder Campos.
ÁRBITRO - Gustavo Holanda Souza
HORÁRIO - 10h (horário de Brasília)
LOCAL - Allianz Parque, São Paulo
TRANSMISSÃO - Globo, SporTV e Rede Vida.
24 de janeiro de 2022 | 05h00
Com três zagueiros ou com um lateral formando um trio ao lado de dois defensores, Abel Ferreira pretende manter o esquema tático com três defensores no Palmeiras na nova temporada. E não somente porque deu certo na final da Copa Libertadores de 2021. O treinador se espelha na seleção brasileira campeã mundial na Copa de 2002, comandada por Felipão, para apostar nesta formação.
"Às vezes as pessoas me perguntam porque há reticência a três centrais, mas na última vez que o Brasil venceu a Copa do Mundo tinha Lúcio, Roque Júnior e Edmílson. Mais Cafu, Roberto Carlos, primeiros volantes na frente e o trio RRR (Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo). Era um sistema super versátil no aspecto defensivo e ofensivo. Com os mesmos jogadores pode ser muito agressivo ofensivamente e também defensivo", explica Abel.
Na estreia do Palmeiras na temporada, no domingo, a vitória por 2 a 0 sobre o Novorizontino foi conquistada com apenas dois zagueiros de ofício no time: Luan e Gustavo Gómez. No entanto, o lateral-esquerdo Piquerez se alinhava à dupla para compor uma linha de três defensores.
Abel Ferreira indica que essa formação é uma opção para a sequência do campeonato, incluindo o Mundial de Clubes. Ou uma alternativa, sem descartar a possibilidade de escalar três zagueiros de ofício.
"Um camaleão, quando muda de cor, continua sendo um camaleão. Ele só muda de cor. Podemos usar diferentes formações, mas o importante é que os jogadores sabem o comportamento que precisam ter com ou sem a bola. Gosto muito do 3-4-3, mas gosto desde que os jogadores interpretem. Jogamos em um 3-4-3 claro e os jogadores entendem bem esse jogo", explica.
A formação defensiva usada no domingo foi a mesma que deu certo na final da Copa Libertadores, contra o Flamengo. Na ocasião, Piquerez foi fixado na zaga, enquanto Gustavo Scarpa atuava na ala esquerda, às vezes como lateral mesmo.
Se surpreendeu o Flamengo naquela final, Abel sabe que agora a formação não será mais novidade diante dos futuros adversários. "Por culpa nossa porque elevamos o nosso sarrafo sendo campeão da Libertadores, nós disputaremos o Mundial e faremos com que os jogos do Paulista acumulem outra vez. Olharemos como um desafio, todas as dificuldades são oportunidades para crescermos."
Mesmo convicto de quem são seus titulares, o treinador terá chance para fazer novos testes nos próximos jogos, já pensando no Mundial de Clubes, em fevereiro. Isso porque o paraguaio Gómez será desfalque para as partidas seguintes porque vai se apresentar à sua seleção nas Eliminatórias da Copa do Mundo deste ano. E o substituto imediato dele, o chileno Kuscevic, também foi convocado.
O time paulista terá mais três jogos antes da estreia no Mundial, nos Emirados Árabes Unidos. Na quarta, o adversário será a Ponte Preta, no primeiro jogo do Palmeiras em casa nesta temporada. Depois, enfrentará São Bernardo (fora), dia 29, e Água Santa (em casa), em 1º de fevereiro, todos pelo Paulistão. A estreia no Mundial está marcada para dia 8, contra rival ainda não definido.
23 de janeiro de 2022 | 05h01
O Campeonato Paulista começa neste domingo, 23, com o confronto entre Novorizontino e Palmeiras em Novo Horizonte. O torneio que completa 120 anos em 2022 terá bola sustentável e transmissão espalhada em seis plataformas diferentes - Record, YouTube, Premiere, Paulistão Play, HBO Max e Estádio TNT Sports - algo que se tornou normal nos eventos esportivos.
Fora de campo, o protocolo sanitário seria mais brando, mas foi endurecido à medida que a variante Ômicron fez explodir o número de casos de covid-19. O documento elaborado pela FPF exige que os atletas estejam vacinados e apresentem teste negativo para covid-19 até 24h antes de cada jogo até que “o índice de transmissibilidade possa mudar”. O período de isolamento para o jogador em caso de contaminação foi reduzido de dez para sete dias. O atleta pode retornar no oitavo dia desde que apresente exame negativo. O Estadão apurou que ao menos 11 dos 16 times estão com seus elencos vacinados com duas doses do imunizante contra o coronavírus.
O São Paulo defende o título, o Palmeiras quer chegar à sua terceira final consecutiva, o Corinthians busca ampliar sua soberania em número de conquistas e o Santos joga a fim de se livrar do jejum de seis anos sem ganhar o principal Estadual do País, maior seca entre os quatro grandes do Estado.
O Corinthians é o maior campeão, com 30 troféus, e ganhou o torneio pela última vez em 2019. O Palmeiras é o segundo time que mais vezes levantou a taça do Paulista - 23 vezes. Passou perto de erguer a 24ª ano passado, quando perdeu a decisão para o São Paulo. Essa conquista, a 22ª da história do clube do Morumbi, foi muito festejada porque a equipe não celebrava um título estadual desde 2005.
O Santos também ostenta 22 conquistas, mas não fatura o caneco desde 2016. O jejum é incômodo e de certa forma incomum para um time que acostumou-se a ganhar o torneio neste século. Foram seis títulos nesse período, sendo três seguindo - 2010, 2011 e 2012 - na época dourada em que os meninos da Vila eram comandados por Neymar.
Os rivais, claro, perseguem o troféu, mas têm planos distintos para a competição, sobretudo para a primeira fase. O Palmeiras, primeiro a se reapresentar, não dará tanta atenção ao Paulistão nas próximas semanas porque no início de fevereiro disputa o Mundial, que se tornou obsessão da equipe. Toda a pré-temporada tem sido feita pensando no campeonato da Fifa a ser realizado em Abu Dabi.
A delegação viaja aos Emirados Árabes Unidos no dia 2. Antes disso, tem quatro compromissos pelo torneio estadual. O primeiro deles é válido pela quinta rodada, mas foi adiantado e vai abrir o certame diante do Novorizontino neste domingo em Novo Horizonte. O time de Abel integra o Grupo C, que também tem Botafogo, Ituano e Mirassol.
Embora não tenha feito uma reformulação em seu elenco, o Corinthians pensa no Paulista como uma oportunidade importante de afinar o entrosamento e encaixar os seus principais atletas, o que não foi feito como Sylvinho gostaria na última temporada devido a lesões. Willian, por exemplo, ficou mais de um mês lesionado. Neste ano, ele, Renato Augusto, GIuliano e Róger Guedes terão neste a companhia de Paulinho, mais um repatriado. Caberá a Sylvinho a missão de encontrar espaço para todos entre os titulares e dar equilíbrio ao time.
“Sylvinho que decide, escala e determina. A certeza que tenho é que tem jogadores qualificados, um grupo de grande qualidade. Quem entrar, vai dar conta do recado”, ressaltou Paulinho. A equipe alvinegra está no Grupo A, do qual também são integrantes Água Santa, Guarani e Inter de Limeira.
São Paulo e Santos, os que mais mexeram em seus elencos - até porque são os que mais precisam mudar - jogam para entrosar suas equipes e fazer um bom início de 2022 depois das péssimas campanhas no Brasileirão do ano passado. Ambos brigaram contra o rebaixamento e foram salvos perto do fim da competição.
“Pelo tamanho do São Paulo, o time pode bater de frente com qualquer um. Pelos reforços, pelos jogadores que já estavam aqui, pelo trabalho do Rogério. Estamos trabalhando muito e, independentemente do adversário, vamos encarar”, afirmou o meia-atacante Alisson, um dos cinco reforços do São Paulo para a temporada prestes a começar. Os outros são Jandrei, Rafinha, Patrick e Nikão. O time de Ceni integra o Grupo B, ao lado de Ferroviária, Novorizontino e São Bernardo.
Intregrante do Grupo D, em tese o mais difícil - com Bragantino, Ponte Preta e Santo André - o Santos também correu risco de queda até mesmo no Paulista de 2021. A temporada foi cheia de sobressaltos e poucas alegrias. O volante Sandry confia que o cenário vai se alterar neste ano com o elenco reforçado com bons nomes, sendo Ricardo Goulart, que assumiu a 10 de Pelé, o mais conhecido deles. "Acredito que vai ser uma temporada diferente. Estamos merecendo ganhar um título com essa camisa, nosso grupo está focado e vamos em busca disso". Outra arma está no banco. É Fabio Carille, técnico especialista no torneio. Ele foi tricampeão estadual sob o comando do Corinthians antes de rumar ao futebol árabe.
No interior não há apenas o poderio financeiro do Red Bull Bragantino, atual vice-campeão da Sul-Americana, e a tradição de Guarani e Ponte Preta, arquirrivais de Campinas. Existem trabalhos consolidados de times que aparecem com destaque no cenário nacional. São os casos de Mirassol, Ituano e Novorizontino. J
O primeiro foi semifinalista do Estadual nos últimos dois anos e os outros dois vão disputar em 2022 a Série B. O time de Novo Horizonte, rival do Palmeiras, na estreia, é o atual campeão do Troféu do Interior. Em comum, os três dão tempo para seus técnicos trabalharem e oferecem boas estruturas para os atletas.
“O Grêmio Novorizontino vem se estruturando, vem melhorando conforme o tempo e essa tranquilidade que ele dá para o jogador trabalhar é algo diferenciado”, disse o zagueiro Bruno Aguiar, ex-Santos. Já o Santo André aposta numa dupla de ataque de nome curioso: Junior Todinho e Gustavo Nescau.
Domingo, 23
16h - Novorizontino x Palmeiras (jogo adiantado da 5ª rodada) - Paulistão Play, Premiere e Record
Terça-feira, 25
19h - Botafogo x Santo André - Paulistão Play e Premiere
21h - Corinthians x Ferroviária - Paulistão Play e Premiere
Quarta-feira, 26
15h - Água Santa x São Bernardo FC - Paulistão Play e Premiere
19h - Ituano x Novorizontino - Paulistão Play e Premiere
19h - Inter de Limeira x Santos - HBO Max
21h35 - Palmeiras x Ponte Preta - Paulistão Play, Premiere e Record
Quinta-feira, 27
20h - Mirassol x Red Bull Bragantino - HBO Max, Paulistão Play e Premiere
21h30 - Guarani x São Paulo - Paulistão Play, Premiere e YouTube
22 de janeiro de 2022 | 08h30
A segunda vaga da final da Copa São Paulo de Futebol Júnior sairá do clássico entre São Paulo e Palmeiras, marcado para este sábado, às 19 horas, na Arena Barueri. O time alviverde está em busca do título inédito, enquanto a equipe tricolor tenta a sua quinta conquista. Quem avançar enfrenta o Santos, na decisão do dia 25, aniversário da cidade.
O São Paulo foi campeão em 1993, 2000, 2010 e 2019, sendo o último paulista a conquistar a taça. Além disso, ficou em sete oportunidades com o vice-campeonato. O Palmeiras, por outro lado, chegou à final apenas duas vezes, em 1970 e em 2003. Um possível título, acabaria com a conhecida provocação entre os rivais.
Com 100% de aproveitamento, o São Paulo tem melhor campanha que o Palmeiras. O time, comandado por Alex, ídolo da equipe alviverde, venceu todos os seus jogos na primeira fase e ainda passou no mata-mata por São Bernardo (3 a 0), São Caetano (3 a 0), Vasco (4 a 2) e Cruzeiro (2 a 1).
Por ter a melhor campanha, o São Paulo ganhou o direito de jogar com a torcida do seu lado. Apenas torcedores do tricolor poderão acompanhar o jogo na Arena Barueri. Terá também cobrança de ingressos, disponibilizado no site da Federação Paulista de Futebol (FPF).
O Palmeiras, por outro lado, tropeçou na última rodada da fase de grupos, quando empatou com o Água Santa por 1 a 1, com gol sofrido no último minuto. No entanto, passou com certa facilidade, na sequência, por Mauá (4 a 0), Atlético-GO (3 a 0), Internacional (2 a 1) e Oeste (5 a 2).
Diferentemente do São Paulo, que prezou pelo coletivo, sob o comando de Alex, o Palmeiras tem mais destaques individuais, a exemplo do atacante Endrick, de apenas 15 anos, artilheiro do time na Copa São Paulo. Na última rodada, o jovem fez um gol de bicicleta. O time alviverde ainda conta com nomes como Jhonatan, Gabriel Silva e Giovani.
20 de janeiro de 2022 | 17h40
A cantora Elza Soares morreu nesta quinta, 20, aos 91 anos, em sua casa no Rio de Janeiro. De acordo com informações de sua assessoria, por meio de nota no Instagram, a intérprete teve morte por causas naturais.
Elza fez sucesso interpretando clássicos como Se Acaso Você Chegasse, cuja gravação lançou em 1960. Seu disco mais recente, Planeta Fome, é de 2019.
Em 2020 Elza foi homenageada como enredo da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. Ela chegou a ser intérprete de sambas da agremiação.
Elza morreu no dia em que se completam 39 anos da morte de Garrincha, jogador de futebol com quem foi casada de 1966 até 1982. Eles tiveram um filho, Garrinchinha, que morreu em 1986, em um acidente de carro.
Ex-faxineira e empregada doméstica, Elza Soares sofreu nos longos tentáculos do racismo. Foi atacada por ser negra, por ser mulher, por ser pobre e por ter se casado com Mané Garrincha, sua paixão. Sem pai por perto, perdeu de forma trágica a mãe, o marido e um filho, caiu em depressão, levantou-se e encontrou Louis Armstrong com todo aquele sorriso. O tempo talhou a voz e a alma e a canção deixou de ser doce como era antes. Tanto em A Mulher do Fim do Mundo quanto em Deus é Mulher, seus dois últimos trabalhos, quem canta é a Elza dos novos estandartes.
Elza da Conceição Soares, ou apenas Elza Soares, como ficou conhecida do público, nasceu em Bangu, no Rio de Janeiro. Criada na favela de Água Santa, na zona norte carioca, tinha propriedade para cantar os versos do samba Lata D’Água, sucesso do carnaval de 1952, na voz da cantora Marlene.
De infância pobre, tornou-se mãe cedo e carregou muita lata de água na cabeça morro acima. Trabalhou como empregada doméstica, e viu seu destino mudar quando resolveu enfrentar o temível Ary Barroso em seu programa Calouros em Desfile, na rádio Tupi. Tirou a nota máxima ao interpretar o bolero Lama.
A partir daí, foi ser crooner de orquestra na noite carioca até ser contrata pela gravadora Odeon, no final dos anos 1950, na qual gravou seu primeiro disco. Logo de início, emplacou sucessos como os sambas Mulata Assanhada, Boato e Beija-me, além de uma versão de In The Mood, que ganhou o título de Edmundo.
Pouco tempo depois, casou-se com o jogador Garrincha, no auge de sua carreira nos gramados, e foi duramente perseguida pela opinião pública. Em inúmeras entrevistas, falou sobre o assunto.
No ano seguinte, lançou um álbum considerado por muitos um de seus melhores trabalhos, em parceria com o baterista Wilson das Neves. No repertório, músicas como Mais Que Nada, Samba de Verão e Se Acaso Você Chegasse, essa última música, de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, seu primeiro sucesso na carreira.
Nos anos 1970, seguiu emplacando sucessos e gravando regularmente. Dessa época, destacam-se músicas como Salve a Mocidade, que homenageia sua escola de samba de coração, e Malandro, outro clássico de sua carreira.
Na década seguinte, sem espaço na mídia, foi reabilitada pelo cantor e compositor Caetano Veloso que a convidou para uma participação na faixa Língua, de seu disco Velô, de 1984. Voltou a ser abraçada pelo público e pela classe artística.
Em 1999, foi eleita a cantora do milênio pela BBC de Londres, título que ostentava com orgulho e a que fez voltar com tudo para a mídia, sobretudo com o espetáculo Dura na Queda, que deu origem ao CD Do Cócix Até o Pescoço, no qual gravou canções inéditas de Chico Buarque, Jorge Ben Jor, Caetano Veloso.
Nesse álbum está a canção A Carne, de Marcelo Yuka, Seu Jorge e Wilson Cappelette, que virou um hino contra o racismo e que passou a fazer parte de praticamente todos os shows da cantora dali em diante.
Em 2015, deu início a uma trilogia que resultou em A Mulher do Fim do Mundo (2015), Deus É Mulher (2018) e Planeta Fome (2019), Nesses trabalhos, deu espaço para novos compositores e denunciou, por meio das canções, temas como a violência contra a mulher e a desigualdade social do país. Com esses trabalhos, já perto dos 90 anos de idade, renovou seu público e passou atrair jovens para seus shows e redes sociais.
Seu último álbum a chegar nas plataformas foi Elza Soares & João de Aquino, lançando em dezembro de 2021. Na verdade, trata-se de uma gravação realizada na década de 1980 em São Paulo que permanecia inédita até então. Nele, estão músicas inéditas na voz da cantora, como Drão, de Gilberto Gil, Como Uma Onda, de Lulu Santos e Nelson Motta, Hoje, de Taiguara, e Juventude Transviada, de Luiz Melodia.
Durante a pandemia, Elza realizou lives ao lado de nomes como Seu Jorge e Agnes Nunes. No começo de 2022, gravou um DVD no Theatro Municipal de São Paulo, sem a presença do público e já trabalhava na gravação de um novo disco, com produção de Rafael Ramos. Elza tinha uma show agendado para o dia 3 de fevereiro na Casa Natura, em São Paulo, ao lado do rapper Flávio Renegado.
O velório da cantora Elza Soares será no Theatro Municipal do Rio de Janeiro dia 21 de janeiro (sexta-feira). Das 8h às 10h será fechado para familiares e amigos e das 10h às 14h será aberto ao público.
O translado para o cemitério Jardim da Saudade de Sulacap será feito pelo carro do Corpo de Bombeiros com trajeto passando pela Av. Atlântica. O velório no cemitério, assim como o enterro, serão restritos aos familiares e amigos.
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NOTA DO EDITOR
Elza Soares era uma das principais musas deste Cardinalato. Por isso, aqui vão mais algumas de suas interpretações:
CADEIRA VAZIA
BOM DIA, PORTELA
SEI LÁ, MANGUEIRA
20 de janeiro de 2022 | 09h14
Com vitórias sobre Oeste (5 a 2) e Cruzeiro (2 a 1 ), respectivamente, Palmeiras e São Paulo avançaram às semifinais da Copa São Paulo de Futebol Júnior na noite de quarta-feira. Por meio de seu site oficial, a Federação Paulista de Futebol (FPF), organizadora do torneio, já confirmou a tabela completa da próxima fase da competição.
Às 20 horas desta sexta-feira, o Santos entra em campo para enfrentar o América-MG, no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul. Já o clássico entre São Paulo e Palmeiras, com o time tricolor como mandante por ter melhor campanha - isso deverá determinar torcida única -, está previsto para as 19 horas deste sábado, na Arena Barueri, em Barueri.
A decisão da Copa São Paulo será disputada no próximo dia 25, terça-feira, data do aniversário da cidade, como de costume. A final ainda não tem palco definido pela FPF, já que o estádio do Pacaembu, tradicional sede da disputa do título, está indisponível por conta de reformas.
Pela primeira vez, a competição contará com o VAR, o árbitro assistente de vídeo, que será implantado a partir das semifinais. Ele será utilizado nos mesmos moldes do Campeonato Paulista, com a equipe e monitores presentes na sala especial localizada na sede da FPF.
Desde 2021, o VAR está presente em todos os jogos do Paulistão. A tecnologia também já foi utilizada em jogos de mata-mata da Série A2 paulista e no Paulistão Feminino.
19 de janeiro de 2022 | 05h01
O São Paulo terá uma difícil missão nesta quarta-feira, às 21h30, pelas quartas de final da Copa São Paulo. O time do técnico Alex de Souza vai encarar o Cruzeiro, um dos favoritos ao título. Mas a boa fase do tricolor enche a torcida de esperança. São seis jogos, seis vitórias, 19 gols marcados e apenas três sofridos.
"Vai ser um jogo bom, o Cruzeiro tem feito boa campanha, mas a gente também. É um adversário de qualidade e quem aproveitar melhor as chances vai conseguir o resultado. Temos apenas de procurar controlar a carga, passando recomendação de descanso e alimentação, e conversar bastante e mostrar vídeos. O desgaste é enorme por causa do excesso de jogos", disse Alex.
Desde que assumiu a equipe no ano passado, Alex tem evitado os holofotes. Ele foi um camisa 10 de muito sucesso, com passagens brilhantes por Cruzeiro, Palmeiras e Fenerbahçe, da Turquia. Mas desde que chegou ao São Paulo, prefere fazer a distinção entre o craque do passado e o técnico em começo de carreira.
Até por isso, evita dar muitas entrevistas e não quer ficar relembrando o período de quando calçava as chuteiras e dava assistências para os seus companheiros. Ele costuma dizer que a carreira de jogador ficou para trás, então aceita as cobranças de um técnico que está iniciando sua trajetória.
Depois que parou de jogar, ele passou a trabalhar como comentarista esportivo, mas paralelamente vinha fazendo o curso para ser treinador. Foi então que em uma conversa com Muricy Ramalho, coordenador de futebol do São Paulo, ficou sabendo que o time sub-20 estava sem treinador após a saída de Orlando Ribeiro.
A diretoria tricolor resolveu apostar no ex-jogador, que apesar de ter sido ídolo em clubes rivais nunca teve antipatia da torcida no Morumbi. E além disso, se mostrou interessado em iniciar a carreira em um clube que faz ótimo trabalho na base e tem grande estrutura. Com isso, se mudou para Cotia e passou a treinar o Sub-20 com uma geração um pouco desacreditada.
Logo Alex deu um bom padrão ao time e colecionou bons resultados. Foi eliminado nas quartas do Campeonato Paulista da categoria, mas jogando com reservas. E chegou à final do Brasileiro, quando perdeu para o Internacional. No ano passado, em 42 jogos obteve 24 vitórias, dez empates e oito derrotas.
Aos poucos ele promoveu várias mudanças de peças e foi para a Copinha com um time com média de idade pouco acima dos 18 anos, em um torneio que jogam atletas de até 21 anos. Conta ainda com PC de Oliveira, um dos grandes técnicos de futsal do Brasil, como auxiliar, e aposta na velocidade de seu 4-3-3 para surpreender os adversários.
Quem passar de São Paulo e Cruzeiro vai enfrentar na semifinal o ganhador de Palmeiras x Oeste, que jogam às 19h em Barueri. Em busca de seu primeiro título do torneio, o Alviverde tem cinco vitórias e um empate e marcou 19 gols até agora. O Oeste eliminou o Flamengo na terceira fase e o Canaã nas oitavas.
Documentário que acompanha o dia a dia do camisa 10 estreia dia 25 e aborda assuntos como carreira, família, polêmicas e projetos futuros
Atualizado
Uns amam, outros não o suportam. Neymar já foi manchete de inúmeras notícias, seja por suas polêmicas dentro e fora dos campos, ou por suas jogadas, seus gols e suas conquistas, como quando comandou a seleção brasileira na inédita medalha de ouro em Jogos Olímpicos, na Rio-2016, ou quando liderou o Paris Saint-Germain em sua primeira final da história de Liga dos Campeões.
O fato é que poucos conhecem realmente como é o cotidiano e a vida pessoal de Neymar. Seus conflitos internos e externos, seus gostos e costumes, seu convívio com seu pai e empresário, seus amigos e todas as pessoas que o cercam. Tudo isto e muito mais é trazido pela série documental "Neymar: O Caos Perfeito", da Netflix. A produção se propõe a contar como é a vida do astro do futebol brasileiro de uma forma que nenhum torcedor do Brasil ou do mundo sequer imaginou.
A série estreia mundialmente na plataforma de streaming no dia 25 de janeiro, mas a reportagem do Estadão já teve acesso exclusivo de forma antecipada aos três episódios desta história. O responsável por dirigir o projeto é David Charles Rodrigues, cineasta que nasceu nos Estados Unidos, mas viveu boa parte da sua vida em território nacional e que se identifica como brasileiro.
David fez, durante um bom tempo, parte da rotina de Neymar. Seja no Paris Saint-Germain ou na seleção brasileira. Ele conta a história do camisa 10 desde sua aparição nas categorias de base do Santos, sua revelação ao futebol brasileiro e mundial, a primeira convocação e trajetória até agora na delegação nacional, a chegada ao mercado europeu com o contrato com o Barcelona, a polêmica transferência ao Paris Saint-Germain e o 'quase-retorno' ao time catalão. Mas, acima de tudo, o lado de Neymar que ninguém conhece.
"Eu acho, e é uma coisa que eu até gostaria de ter explorado mais na narrativa, mas que não deu certo por falta de tempo... eu acho que ele é uma pessoa muito criativa. Eu acho que a criatividade dele, você vê em campo. Mas eu acho que tem outros aspectos na vida dele. Eu acho que a criatividade dele vai se revelar mais ainda depois que ele se aposentar, depois que ele tiver tempo realmente de explorar esse lado", contou David.
O diretor revela que o próprio título da série foi Neymar quem sugeriu. "Ele me ligou um dia e falou o que eu achava. Bem humilde, na verdade. Eu tinha escrito umas mil ideias, mil versões, mas acho que essa realmente encapsulou a série da melhor forma possível. E isso foi muito antes de ele ver a série. Ele não tinha visto nada. Ele não tinha ideia do que eu estava construindo. Isso mostra a visão criativa dele", acrescentou.
David fala ainda que, além da criatividade, outra coisa que o impactou bastante foi a identidade forte de Neymar. "A consistência da personalidade dele é até admirável. Eu nunca vi ninguém assim.", declarou. "As pessoas mudam quando mudam de país, de emprego, de vida... Você vai mudando o seu jeito de ser e ele é uma das poucas pessoas que eu conheci na minha vida que continua evoluindo como ser humano, mas a essência dele é a mesma desde pequeno."
17 de janeiro de 2022 | 08h40
Os últimos quatro classificados para as quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior serão conhecidos nesta segunda-feira. Pelo menos dois candidatos ao título vão ficar pelo caminho devido aos confrontos diretos.
Dono de 100% de aproveitamento e com apenas um gol sofrido na competição, o São Paulo mede forças contra o Vasco, que aposta no artilheiro Figueiredo para seguir vivo. A partida será realizada no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul (SP), a partir das 20 horas.
Em busca do título inédito, o Palmeiras encara o Internacional, às 11 horas, no estádio Distrital do Inamar, em Diadema (SP). Os dois times chegam nas oitavas de final invictos, com apenas um empate ao longo das suas campanhas.
Com uma campanha irretocável até aqui — ganhou todos os jogos e não sofreu nenhum gol —, o Cruzeiro tenta superar o Desportivo Brasil-SP, que aposta no apoio da torcida para surpreender os mineiros. A partida acontece em Porto Feliz (SP), às 15 horas.
Embalado depois de ter desbancado o Flamengo na terceira fase, o Oeste enfrenta o surpreendente Canaã-BA, na Arena Barueri, em Barueri (SP), às 17h30. Os baianos venceram as três últimas partidas.
11 horas
Internacional-RS x Palmeiras-SP
15 horas
Desportivo Brasil-SP x Cruzeiro-MG
17h30
Oeste-SP x Canaã-BA
20 horas
São Paulo-SP x Vasco-RJ
16 de janeiro de 2022 | 08h08
As oitavas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior começam neste domingo com quatro partidas. O grande destaque é o duelo entre Fluminense e Santos, que aparecem como candidatos ao título. O Botafogo é outro grande que entra em campo.
Com 100% de aproveitamento até aqui, o Fluminense vai ter seu grande teste de fogo nas oitavas de final. Depois de passar sem maiores dificuldades por Francana e Matonense, o time encara o Santos, na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara.
Diferente do adversário, o Santos sofreu para conseguir a classificação às oitavas de final. Na última sexta-feira, o time desbancou a Ferroviária nos pênaltis depois de um empate sem gols no tempo normal.
Outro duelo interessante acontece no estádio Nicolau Alayon, em São Paulo. Depois de passar nos pênaltis por São José-RS e Taubaté, o Botafogo enfrenta o Resende-RJ, que surpreendeu a todos ao eliminar o Corinthians com uma vitória por 2 a 1.
Responsáveis por bons trabalhos nas categorias de base, Novorizontino e Mirassol buscam a classificação às quartas de final contra América-MG e Bahia, respectivamente.
Confira os jogos deste domingo pela Copa São Paulo:
11 horas:
Bahia-BA x Mirassol-SP
15 horas:
Botafogo-RJ x Resende-RJ
17h15:
Novorizontino-SP x América-MG
19h30:
Fluminense-RJ x Santos-SP
15 de janeiro de 2022 | 00h14
Maior campeão da história da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o Corinthians foi eliminado na noite desta sexta-feira ao ser derrotado pelo Resende-RJ, de virada, por 2 a 1, no estádio Martins Pereira, em São José dos Campos, pela terceira fase da competição.
A última vez que o Corinthians havia sido eliminado precocemente aconteceu em 2010, quando naquela ocasião o Juventude-RS venceu por 2 a 1, pelas oitavas de final.
Já o Resende segue vivo na competição e agora terá pela frente outro time carioca, o Botafogo-RJ, nas oitavas de final. A data, horário e local do confronto não foi oficializada pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
Os primeiros 45 minutos foram bem jogados e com os dois times buscando o ataque pela classificação. O Corinthians foi melhor tecnicamente, envolveu o Resende e abriu o placar aos 19 minutos, quando Guilherme Biro tocou para Matheus Araújo, o meia girou sobre a marcação e finalizou para as redes.
No segundo tempo, a partida seguiu equilibrada, mas com o Resende sendo mais efetivo com a bola nos pés. Aos 12, Kaio foi derrubado por Léo Maná dentro da área e o árbitro marcou pênalti. Aos 14, Brendon, que já passou pela base do Corinthians, cobrou e empatou para o time carioca.
O Corinthians sentiu o gol de empate, pois o Resende aumentou a marcação e ficou bem postado à espera dos contra-ataques para tentar mais um gol. Consequentemente, a partida ficou bastante truncada e com faltas.
Na reta final do segundo tempo, o Corinthians melhorou e impôs pressão para tentar a vitória no tempo normal. Aos 42 minutos, após sobra na área, Rodrigo Varanda, de frente para o gol, mandou por cima do travessão, desperdiçando ótima chance de recolocar os paulistas em vantagem.
Aos 47, o Corinthians voltou a desperdiçar ótima chance com Pedro e no minuto seguinte, aos 48, viu o Resende virar o placar. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Halls subiu no terceiro andar e cabeceou forte, dando a classificação heroica aos cariocas.
13 de janeiro de 2022 | 23h56
Em ritmo de treino, o São Paulo não teve dificuldades para golear o EC São Bernardo, por 3 a 0, na noite desta quinta-feira, no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul, pela segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Agora, o time do Morumbi terá pela frente o São Caetano-SP na terceira fase, adversário que já enfrentou na primeira fase e, com reservas, venceu por 2 a 1 naquela ocasião. O São Paulo busca o quinto título da competição, tendo vencido pela última vez em 2019 (passou pelo Vasco na decisão).
Em campo, o São Paulo dominou do início ao fim e abriu o placar logo aos dois minutos do primeiro tempo, quando Vitinho deu ótima assistência para Maioli, que invadiu a área e finalizou na saída do goleiro.
A vantagem no início deixou o São Paulo ainda mais solto em campo e naturalmente os outros dois gols saíram antes do intervalo. Aos 12, Caio tabelou com Pedrinho e chutou cruzado, no alto, ampliando o marcador. Depois, aos 38, foi a vez de Léo receber cruzamento e estufar as redes.
No segundo tempo, o São Paulo nitidamente tirou o pé e administrou a vantagem. Ainda assim foi melhor que o EC São Bernardo e até chegou a marcar o quarto gol aos 18 minutos, mas a arbitragem viu posição irregular de Caio e anulou.
Satisfeito com a boa vitória, o ex-jogador e agora técnico, Alex, aproveitou para poupar alguns jogadores visando o confronto da terceira fase, que provavelmente acontecerá no sábado à noite, novamente em São Caetano do Sul.
11 horas
São Bernardo-SP 0 x 2 Iape-MA
Londrina-PR 0 x 1 São Caetano-SP
Vasco-RJ 4 x 0 Joinville-SC
Atlético-GO 2 x 1 Água Santa-SP
11h30
Coritiba-PR 1 x 3 Juventus-SP
15 horas
Desportivo Brasil-SP 2 x 0 Ceará-CE
ABC-RN 1 x 2 Retrô-PE
Avaí-SC 1 x 2 Portuguesa-SP
Palmeiras-SP 4 x 0 Mauá-SP
Ibrachina-SP 1 (4) x (5) 1 Oeste-SP
Canaã-BA 2 x 1 Real Brasília-DF
17h15
Cruzeiro-MG 1 x 0 Red Bull Bragantino-SP
18 horas
Audax-SP 0 (5) x (3) 0 SKA Brasil-SP
19h30
Internacional-RS 3 x 0 Flamengo-SP
Flamengo-RJ 1 x 0 Náutico-PE
21h45
São Paulo-SP 3 x 0 EC São Bernardo-SP
13 de janeiro de 2022 | 05h00
O técnico Tite faz nesta quinta-feira a primeira das quatro convocações que terá pela frente antes de anunciar a lista de 23 jogadores que irão para a Copa do Mundo no Catar, que será disputada nos meses de novembro e dezembro. A partir das 11h, o treinador anuncia os convocados para os jogos diante do Equador, dia 27, em Quito, e Paraguai, cinco dias mais tarde, em Belo Horizonte, pela penúltima rodada das Eliminatórias.
Com a seleção já classificada para o Mundial, Tite irá aproveitar os oito ou nove jogos antes de definir o grupo que irá ao Catar para fazer os últimos testes e, ao mesmo tempo, deixar o grupo mais coeso. Assim, ainda que novos nomes devam surgir, é muito improvável que a lista desta quinta - e as próximas - tenha muitas surpresas. A base deverá ser a mesma.
Algumas mudanças, porém, serão inevitáveis nesta primeira convocação do ano. Titular absoluto, Neymar dificilmente estará na lista. O jogador não atua desde 28 de novembro, quando sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo, e a previsão é de que volte a ter condições de jogo justamente às vésperas da partida com o Equador. O problema é que seu clube, o PSG, enfrenta o Real Madrid pelas oitavas de final da Liga dos Campeões duas semanas mais tarde. E, para evitar riscos de uma eventual volta antecipada e, ao mesmo tempo, fazer uma sinalização positiva ao clube francês, é bem provável que Tite o deixe de fora desta vez.
Além disso, a rodada dupla que se inicia no fim deste mês coincide com o fim da pré-temporada dos clubes nacionais. Dessa forma, a tendência é que poucos atletas que atuam no Brasil sejam chamados.
Nome frequente na lista, o goleiro Weverton, por exemplo, estará na reta final da preparação do Palmeiras para a disputa do Mundial de Clubes. O Atlético-MG, por sua vez, clube dos já convocados Guilherme Arana e Hulk, só voltará às atividades na próxima semana.
O atacante, contudo, já sinalizou que quer ser lembrado por Tite na lista desta quinta-feira. Melhor jogador do futebol brasileiro na temporada passada, Hulk tem seguido uma rotina de treinos nas férias para se manter em forma. É a mesma situação de Gabriel Barbosa, do Flamengo, que voltou a treinar uma semana antes que o restante dos colegas de clube.
A grande expectativa no ataque, porém, é por um atleta que atua na Espanha. Pouco utilizado por Tite no ano passado, Vinicius Jr. vive grande fase no Real Madrid e é dado como certo agora.
A lista desta quinta-feira poderá contar com até 25 jogadores, em vez dos habituais 23. Isso porque dois jogadores, Lucas Paquetá e Fabinho, estão suspensos para a partida diante do Equador, e a comissão técnica tem por hábito chamar atletas extras nesses casos.
Devido ao avanço da variante ômicron, a convocação e a coletiva de imprensa do treinador voltarão a ser feitas por videoconferência.
12 de janeiro de 2022 | 08h42
Dos 32 jogos da segunda fase da Copa São Paulo de Juniores, 16 deles serão disputados nesta quarta-feira. Corinthians, Santos e Fluminense defendem o favoritismo na luta por uma vaga na terceira fase. O dia ainda trará jogos de Grêmio e Atlético-MG.
Dono de dez conquistas, o Corinthians, que avançou com 100% de aproveitamento, desafia o Ituano, que ficou na vice-liderança do Grupo 16, o do Fortaleza. O clube alvinegro é um dos candidatos ao título e tem como destaque o jovem Pedro, de apenas 15 anos.
Tricampeão do torneio, o Santos tem pela frente o Chapadinha-MA, uma das sensações na competição. Diferente do time paulista, que venceu todos os seus jogos até o momento, a equipe maranhense roubou a cena ao ficar em segundo do Grupo 7, ainda sem perder.
O Fluminense, dono de cinco títulos da Copinha, também enfrenta uma surpresa, a Francana, que está sumida no cenário paulista. O time carioca tem 100% de aproveitamento, enquanto a equipe do interior de São Paulo está invicta.
Destaque também para outros dois favoritos do torneio. O Grêmio enfrenta o Santa Cruz, após ser surpreendido pelo XV de Jaú, já o Atlético-MG, que perdeu para o Linense na última rodada da Primeira Fase, tem pela frente o Mirassol, que tem 100% de aproveitamento, tendo vencido, inclusive, o Sport.
Sobre os campineiros, o Guarani faz o duelo paulista contra o Votuporanguense. Já a Ponte Preta encara o Jacuipense. Dos paulistas que só venceram até agora, o Novorizontino desafia o Castanhal, e o XV de Piracicaba pega o Taubaté.
11h
Novorizontino-SP x Castanhal-PR
XV de Piracicaba-SP x Taubaté-SP
Botafogo-RJ x São José-RS
11h30
Fortaleza-CE x Resende-RJ
15h
Votuporanguense-SP x Guarani-SP
Vila Nova-GO x Bahia-BA
Fluminense-RJ x Francana-SP
Nova Iguaçu-RJ x Ferroviária-SP
Athletico-PR x América-MG
17h15
Grêmio-RS x Santa Cruz-PE
18h
Mirassol-SP x Atlético-MG
Linense-SP x Sport-PE
Falcon-SE x Velo Clube-SP
19h30
Santos-SP x Chapadinha-MA
20h
Ponte Preta-SP x Jacuipense-BA
21h45
Corinthians-SP x Ituano-SP
Estadão Esportes
14 de dezembro de 2021 | 20h38
Athletico-PR e Atlético-MG entram em campo nesta quarta-feira, às 21h30, na Arena da Baixada, para duelarem no jogo de volta da final da Copa do Brasil. Na partida de ida, o time mineiro venceu por 4 a 0 e está muito perto de erguer a taça.
Após ser campeão mineiro e quebrar o jejum de 50 anos sem vencer o Brasileirão, o Atlético-MG tenta alcançar seu segundo título da Copa do Brasil para consagrar a tríplice coroa na temporada. O Athletico-PR também busca o bi da competição e vem embalado pelo bi da Copa Sul-Americana, mas precisa fazer devolver o resultado de ida para levar o jogo no mínimo para os pênaltis.
Athletico-PR x Atlético-MG terá transmissão ao vivo para todo o Brasil na TV aberta, pela Globo, no canal fechado, SporTV, e no pay-per-view, pelo Premiere. O Estadão acompanha a partida em tempo real.
A partida acontece às 21h30 (horário de Brasília), na Arena da Baixada, em Curitiba (PR).
O Atlético-MG garantiu vaga na decisão após eliminar o Fortaleza na semifinal. A equipe mineira venceu a primeira partida por 4 a 0, no Mineirão, e fez 2 a 1 no jogo de volta, no Castelão.
Por sua vez, o Athletico-PR despachou o Flamengo ao vencer o time carioca por 3 a 0, no Maracanã. Antes, as equipes empataram por 2 a 2, em Curitiba.
10 de janeiro de 2022 | 08h57
Os três maiores campeões da Copa São Paulo de Futebol Júnior estarão em campo nesta segunda-feira, pela terceira e última rodada da primeira fase. Corinthians, Internacional e Fluminense querem seguir com 100% de aproveitamento. Todos se classificaram antecipadamente.
Dono de dez conquistas, sendo a última em 2017, o já garantido Corinthians desafia o São José. A equipe de Parque São Jorge tem seis pontos, na liderança do Grupo 15. A equipe do Vale do Paraíba tem apenas um. Ainda pela chave, o Resende-RJ, com três, enfrenta o River-PI, com um.
Os corintianos tentam melhorar o poderio ofensivo, apesar da média de dois gols por jogo, ao mesmo tempo em que desejam manter a defesa intransponível. Autor de gol no último confronto, Rodrigo Varanda sonha em começar a partida entre os titulares.
Único time que venceu até o momento no Grupo 25, o Internacional quer encerrar a primeira fase com novo triunfo diante do União Mogi, segundo colocado, com dois pontos. Ainda sonhando com a classificação, a Portuguesa pega o São Raimundo-RR. Ambos têm um ponto.
Na liderança do Grupo 6, com seis pontos, o Fluminense quer a terceira vitória consecutiva no confronto diante do Matonense, que ainda não pontuou. O segundo lugar do grupo será disputado entre Jacuipense-BA e Fast Clube-AM.
A rodada ainda conta com outros destaques. Bicampeã da competição, a Ponte Preta, que ainda não venceu, enfrenta o Confiança-PB para seguir viva. Já o Guarani, campeão em 1994, tem pela frente o Aquidauanense para selar sua vaga na próxima fase.
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08 de janeiro de 2022 | 13h36
O Palmeiras está classificado para a segunda fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O time paulista avançou ao derrotar o Real Ariquemes, em Diadema, na manhã deste sábado, por 3 a 0, com dois gols do atacante Endrick, de apenas 15 anos.
O camisa 9, que só entrou no segundo tempo, foi poupado, pois poderá reforçar o treino do elenco profissional, sob o comando de Abel Ferreira. No entanto, ele poderá defender as cores do alviverde apenas quando fizer 16 anos, conforme estipulado pela Fifa.
O Palmeiras encontrou um adversário duro neste sábado. Apesar de ser superior durante os 90 minutos, o time paulista sofreu e só conseguiu abrir o marcador aos 37 minutos. Luis Guilherme recebeu de Gabriel Silva e tocou rasteiro para Vitinho, dentro da área, fazer 1 a 0.
No segundo tempo, o Real Ariquemes teve a chance de ouro de empatar em cobrança de pênalti, após falta de Ian em Lucas Assis. Juninho bateu e parou na grande defesa de Kaíque. Em vantagem, o Palmeiras cresceu e começou a aparecer a estrela de Endrick.
Ainda neste sábado, o Água Santa, que está no Grupo do Palmeiras, venceu o Assu-RN por 3 a 0 e também carimbou sua classificação. Ambos têm seis pontos.
Mais tarde, em jogo válido pela terceira rodada, o Taguatinga-DF terminou sua participação no torneio vencendo o Confiança-SE por 2 a 1.
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07 de janeiro de 2022 | 23h59
Sem sustos, o Corinthians manteve os 100% de aproveitamento na Copa São Paulo de Futebol Júnior, na noite desta sexta-feira, ao vencer o River-PI, por 2 a 0, no estádio Martins Pereira, em São José dos Campos. Com novo triunfo, o time paulista garantiu vaga antecipada na segunda fase.
A vitória apenas comprovou o favoritismo dos paulistas no Grupo 15, confirmando a vaga com uma rodada de antecedência. O Corinthians lidera a chave, com seis pontos, e não pode ser mais ultrapassado pelo próprio River-PI, terceiro colocado, com um ponto.
Ao contrário da estreia, o Corinthians teve tranquilidade com a bola nos pés e principalmente dentro da área para construir uma vitória tranquila. Aos 24 minutos, Felipe Augusto recebeu ótimo passe de Luis Mandaca e chutou cruzado na saída do goleiro, abrindo o placar.
Mesmo com a vantagem, o Corinthians seguiu no ataque, mas com a intenção de controlar a partida e impedir sustos do adversário, em uma estratégia que foi bem sucedida.
No segundo tempo, Rodrigo Varanda saiu do banco de reservas e precisou de apenas três minutos em campo para balançar as redes. Aos 12 minutos, após sobra na grande área, o atacante ficou cara a cara com o goleiro e chutou forte, aumentando a vantagem para os paulistas.
Com 2 a 0 no placar, o técnico Diogo Siston usou a reta final da partida para 'rodar o elenco' e testar outros jogadores para a sequência da competição, na qual o Corinthians busca a 11ª conquista.
Com a vaga corintiana, agora são 16 times classificados antecipadamente à segunda fase da Copinha: Atlético-GO, Atlético-MG, Audax-SP, Corinthians-SP, Cruzeiro, Ferroviária, Fluminense, Fortaleza, Internacional-RS, Mirassol, Nova Iguaçu, São José-RS, Santos, Sport, Votuporanguense e XV de Piracicaba.
11h
União Suzano-SP 3 x 2 Concórdia-SC
13h
Juventus-SP 3 x 1 Canaã-BA
Votuporanguense-SP 3 x 1 Atlético-MT
Tanabi-SP 2 x 0 Aquidauanense-MS
Matonense-SP 0 x 4 Jacuipense-BA
Manthiqueira-SP 1 x 2 São José-RS
Jaguariúna-SP 0 x 4 Fluminense-PI
Flamengo-SP 3 x 0 Santana-AP
Mauá-SP 1 x 1 Volta Redonda-RJ
13h15
Ituano-SP 0 x 2 Fortaleza-CE
15h15
Portuguesa Santista-SP 3 x 2 CRB-AL
Monte Azul-SP 1 x 4 Bahia-BA
Guarani-SP 3 x 2 Vila Nova-GO
Fast Clube-AM 0 x 3 Fluminense-RJ
XV de Piracicaba-SP 3 x 1 Vitória-BA
Red Bull Bragantino-SP 1 x 2 ABC-RN
Guarulhos-SP 0 x 0 Avaí-SC
Mauaense-SP 1 x 4 Atlético-GO
17h
Audax-SP 2 x 1 Camaçariense-BA
17h15
União Mogi-SP 1 x 1 São Raimundo-RR
17h45
Francana-SP 2 x 0 Confiança-PB
19h15
Santo André-SP 0 x 0 Joinville-SC
19h30
São José-SP 0 x 3 Resende-RJ
Portuguesa-SP 1 x 2 Internacional-RS
20h
Ponte Preta-SP 1 x 1 Juventude-RS
21h45
River-PI 0 x 2 Corinthians-SP
07 de janeiro de 2022 | 08h03
A vida do baterista dos Beatles Ringo Starr está sendo registrada nas páginas de uma nova história em quadrinhos que fará parte da série Orbit, da editora TidalWave Comics, que celebra figuras públicas "que impactaram o mundo".
Escrito por David Cromarty e ilustrado por Victor Moura, o quadrinho será disponibilizado em formatos digitais e impressos, e será lançado no dia 12 de janeiro.
"Esses quadrinhos estão sendo desenvolvidos há anos", disse o publisher Darren G. Davis. "Fizemos histórias em quadrinhos sobre os outros Beatles, então era natural que fizéssemos esse."
06 de janeiro de 2022 | 08h48
Três dos favoritos ao título da Copa São Paulo de Futebol Júnior estarão em campo nesta quinta-feira, pela segunda rodada. Santos, Grêmio e Botafogo jogam para seguir com 100% de aproveitamento e buscando encaminhar a classificação à próxima fase.
O Santos, que levou muitos jogadores que jogariam o torneio para o profissional, sofreu para vencer o Operário-PR, na estreia, por 2 a 1, mas enfrenta o modesto Rondoniense para seguir na liderança e, quem sabe, já cravar sua classificação, o que pode acontecer em caso de vitória da Ferroviária sobre o time paranaense.
O Grêmio vive situação semelhante. O time gaúcho suou para vencer o Mixto-MT, por 2 a 0, na primeira rodada, e, agora, faz um duelo direto pela liderança contra o Castanhal-PA, que bateu o XV de Jaú por 1 a 0. Quem levar a melhor, seguirá com 100% e praticamente na próxima fase da competição.
O Botafogo, por outro lado, teve um início mais tranquilo ao fazer 3 a 0 na Aparecidense. Uma vitória diante do Petrolina, combinada com um tropeço do time goiano frente ao Taubaté, o levará para a próxima fase com uma rodada de antecedência.
Outros dois jogos chamam a atenção. O Athletico-PR, que estreou com um empate sem gols diante do novato Taquarussú-TO, joga a vida frente ao Velo Clube, que lidera o Grupo 12, com três pontos. Já o América-MG, que ficou no 1 a 1 com o Falcon-SE, precisa vencer o São Carlos para seguir em boas condições no torneio. O time do interior paulista começou com vitória no clássico contra o São-Carlense.
11h
União São João-SP x Taquarussú-TO
13h
Comercial-SP x Chapadinha-MA
Taubaté-SP x Aparecidense-GO
União Iacanga-SP x União ABC-MS
13h15
Velo Clube-SP x Athletico-PR
15h15
Petrolina-PE x Botafogo-RJ
Novorizontino-SP x Santa Cruz-PE
Nova Iguaçu-RJ x Criciúma-SC
17h
São-Carlense-SP x Falcon-SE
17h15
XV de Jaú-SP x Mixto-MT
19h15
São Carlos-SP x América-MG
19h30
Castanhal-PA x Grêmio-RS
Ferroviária-SP x Operário-PR
21h45
Rondoniense-RO x Santos-SP
05 de janeiro de 2022 | 08h24
Três candidatos ao título da Copa São Paulo de Futebol Júnior fazem suas estreias nesta quarta-feira, quando 20 jogos encerram a primeira rodada e outros quatro iniciam a segunda. Além de Palmeiras, São Paulo e Flamengo, Cruzeiro e Vasco também merecem uma atenção especial.
Donos de quatro títulos, São Paulo e Flamengo fazem suas estreias contra os modestos CSE-AL e Forte Rio Bananal-ES, respectivamente. Os tricolores jogam em São Caetano do Sul (SP), que é a sede do Grupo 21, e os rubro-negros em Barueri (SP), sede do Grupo 29.
O jogo contra o Forte Rio Bananal-ES vai marcar o retorno do Flamengo na Copa São Paulo de Futebol Júnior, já que em 2020 abriu mão da vaga porque utilizou o time sub-20 no Campeonato Carioca, enquanto que em 2021 a competição foi cancelada por causa da pandemia do novo coronavírus.
Para conquistar o seu primeiro título da história na competição, o Palmeiras aposta em vários jogadores que atuaram no time profissional no ano passado. A estreia será contra o Assu-RN, em Diadema (SP), sede do Grupo 28.
Além dos três citados acima, dois grandes que entram em campo nesta quarta-feira são Cruzeiro e Vasco. Ambos não vivem bons momentos no profissional - financeiramente e esportivamente, pois estão na Série B do Campeonato Brasileiro - e apostam nas categorias de base para se reerguerem.
Em Itapira (SP), o Cruzeiro faz a sua estreia no Grupo 20 contra o Palmas-TO. Já o Vasco tem pela frente o Lagarto-SE, em Santana de Parnaíba (SP), cidade-sede do Grupo 24.
Tricampeão, mas amargando um jejum de 39 anos, o Atlético-MG faz a sua segunda partida contra o Andirá-AC, em Lins (SP), pelo Grupo 4. O grupo atleticano tem jogadores que foram convocados por Cuca para treinarem com os profissionais durante 2021. O principal deles é o meia Rubens, que acabou sendo relacionado para o último jogo do Brasileirão.
8h45
SKA Brasil-SP x Rio Claro-SP
11 horas
Paulista-SP x São Bernardo-SP
Vasco-RJ x Lagarto-SE
13 horas
Água Santa-SP x Real Ariquemes-RO
Desportivo Brasil-SP x Botafogo-SP
Ibrachina-SP x Inter de Limeira-SP
Nacional-SP x Capivariano-SP
13h15
Ceará-CE x Bragantino-PA
13h45
Mirassol-SP x Confiança-SE
15 horas
Linense-SP x Desportiva Aliança-AL
15h15
Coritiba-PR x Real Brasília-DF
Goiás-GO x Iape-MA
Náutico-PE x Serranense-MG
Palmeiras-SP x Assu-RN
16 horas
Taguatinga-DF x Sport-PE
17 horas
EC São Bernardo-SP x São Bento-SP
17h15
Andirá-AC x Atlético-MG
Itapirense-SP x Retro-PE
São Caetano-SP x Perilima-PB
19h15
Londrina-PR x Aster Brasil-ES
19h30
Cruzeiro-MG x Palmas-TO
Oeste-SP x Floresta-CE
São Paulo-SP x CSE-AL
21h45
Flamengo-RJ x Forte Rio Bananal-ES
04 de janeiro de 2022 | 08h29
Maior campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, com dez títulos, o Corinthians estreia nesta terça-feira, ao lado de Fluminense e Internacional, donos de cinco conquistas cada. Serão 26 jogos durante o dia, das 11h às 21h45.
Apesar de ser o maior campeão da Copinha, o Corinthians não ergue a taça desde 2017. Em busca do 11º título, a equipe do Parque São Jorge inicia sua trajetória frente ao Resende-RJ, pelo Grupo 15, que terá também River-PI e São José-SP.
Atual campeão do torneio e dono de cinco títulos, o Internacional entra em campo frente ao São Raimundo-RR para confirmar o favoritismo no Grupo 25, o mesmo de Portuguesa e União Mogi, que também jogarão nesta terça-feira.
O Fluminense é outro que estará em campo. O time das Laranjeiras também venceu cinco vezes a competição, mas vive um jejum de anos. O último título foi em 1989. O primeiro desafio é diante do Jacuipense, pelo Grupo 06. O outro duelo é entre Fast Clube-AM e Matonense.
Quem também estará em campo é a dupla campineira. A Ponte Preta estreia diante da Francana, enquanto o Guarani terá pela frente o Tanabi. O time alvinegro tem dois títulos do torneio, contra um do seu rival.
Campeão em 1985, o Juventus desafia a Portuguesa Santista. Já a Portuguesa, campeã em duas oportunidades, estreia contra o União Mogi.
11 horas
Votuporanguense x Monte Azul
13 horas
Tanabi x Guarani
Matonense x Fast-AM
Manthiqueira x XV de Piracicaba
União Suzano x Ituano
Jaguariúna x Red Bull Bragantino
Guarulhos x Flamengo-SP
Mauaense x Mauá
Juventus x Portuguesa Santista
13h15
Bahia x Atlético-MT
15h15
Fortaleza-CE x Concórdia-SC
CRB-AL x Canaã
Atlético-GO x Volta Redonda-RJ
Avaí-SC x Santana-AP
ABC-RN x Fluminense-PI
Vitória-BA x São José-RS
Fluminense-RJ x Jacuipense-BA
Vila Nova-GO x Aquidauanense-MT
17 horas
Osasco Audax x Santo André
17h15
União Mogi x Portuguesa
17h45
Francana x Ponte Preta
19h15
Joinville-SC x Camaçariense-BA
19h30
São José-SP x River-PI
Internacional-RS x São Raimundo-RR
20 horas
Juventude-RS x Confiança-PB
21h45
Corinthians x Resende-RJ
03 de janeiro de 2022 | 08h28
Tricampeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o Santos inicia a busca pelo quarto título nesta segunda-feira, em rodada cheia com mais 13 jogos, na qual atuam Botafogo x Aparecidense-GO e Grêmio x Mixto-MT.
Um dos favoritos ao título da competição, o Santos enfrenta o modesto Operário em sua estreia. O jogo será em Araraquara, às 21h45, após o confronto entre a Ferroviária e o Rondoniense, pelo Grupo 8. Na última vez que esteve na final, em 2014, o time da Baixada bateu o Corinthians por 2 a 1.
Em Jaú, o Grêmio entra em campo diante do Mixto, às 19h30, para iniciar a busca pelo seu primeiro título da Copa São Paulo, assim como o Botafogo, que enfrentará a Aparecidense, em Taubaté, às 15h15. O time gaúcho chegou duas vezes na final, em 1991 e 2020, mas perdeu ambas. Na última edição, caiu diante do arquirrival Internacional. Já os cariocas estiveram na decisão em 1971 e também ficaram em segundo.
Ainda no Vale do Paraíba, o Taubaté desafia o Petrolina, pelo Grupo 14. Pelo Grupo 10, o mesmo do Grêmio, o XV de Jaú enfrenta o Castanhal-PA.
Outros oito jogos acontecerão nesta segunda-feira. Em Iacanga, o Novorizontino enfrenta o União Iacanga, mesmo local do duelo entre Santa Cruz-PE e União ABC-MS. Em Araras, o União São João pega o Velo Clube, e o Athletico-PR encara o Taquarussú-TO. A equipe paranaense chegou na final em 2009, mas ficou com o vice-campeonato.
Em Cravinhos, o Criciúma enfrenta o Chapadinha-MA, e o Comercial pega o Nova Iguaçu. Por fim, em São Carlos, o São Carlos faz o clássico contra o Grêmio São-Carlense. Já o América-MG, campeão em 1996, tem pela frente o Falcon-SE.
Comercial-SP x Nova Iguaçu-RJ
União Iacanga-SP x Novorizontino-SP
União São João-SP e Velo Clube-SP
Taubaté-SP x Petrolina-PE
Criciúma-SC x Chapadinha-MA
Santa Cruz-PE x União ABC-MS
Athletico-PR x Taquarussú-TO
Botafogo-RJ x Aparecidense-GO
São Carlos-SP x Grêmio São-Carlense-SP
XV de Jaú-SP x Castanhal-PA
América-MG x Falcon-SE
Ferroviária-SP x Rondoniense-RO
Grêmio-RS x Mixto-MT
Santos-SP x Operário-PR
02 de janeiro de 2022 | 05h00
A Copa São Paulo de Futebol Júnior está de volta ao calendário do futebol brasileiro em 2022, após a edição 2021 ser cancelada devido à pandemia. Assim, a Federação Paulista de Futebol autorizou a participação de atletas nascidos em 2001, que vão completar 21 anos em 2022. O principal torneio da base mudou sua identidade visual e agora aposta em transmissões multiplataformas, com Sportv, Youtube (canal do Paulistão), Paulistão Play e Eleven.
Serão 128 times em 32 cidades-sede e o formato da competição continua igual: os times de cada grupo se enfrentam e os dois melhores avançam à fase mata-mata. A competição começa no dia 2 de janeiro e a grande decisão será dia 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo. O atual campeão é o Internacional, que bateu o rival Grêmio nos pênaltis em 2020.
"A Copinha é uma competição grandiosa, com clubes de todos os Estados, com muitas caras e diversos sotaques. São mais de 3 mil atletas reunidos em São Paulo buscando um sonho. E voltar a realizar a Copinha após uma parada difícil nos traz uma imensa alegria", avalia o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos.
O Santos estreia no dia 3 de janeiro contra o Operário-PR, às 21h45, em Araraquara. No dia seguinte, o Corinthians tem pela frente o Resende-RJ, às 21h45, em São José dos Campos. Já Palmeiras e São Paulo iniciam sua trajetória no torneio no dia 5. A equipe alviverde enfrenta o Assu-RN, às 15h15, em Diadema, enquanto o time tricolor joga contra o CSE-AL, às 19h30, em São Caetano.
Para entrar nos estádios da Copinha, os torcedores precisarão do comprovante de vacinação das duas doses ou dose única ou, caso tenha somente a primeira dose, apresentar o resultado negativo do teste PCR realizado até 48 horas antes do jogo ou resultado negativo de teste antígeno com até 24 horas de antecedência.
Para os não elegíveis no sistema de vacinação, o mesmo deverá apresentar o resultado negativo do teste PCR realizado até 48 horas antes do jogo ou resultado negativo de teste antígeno com até 24 horas de antecedência. A organização do torneio determina a utilização de máscara em tempo integral.
Pedro (Corinthians)
O atacante Pedro tem apenas 15 anos, mas já desponta como grande joia do Corinthians. O jovem foi inscrito para a disputa da Copa São Paulo para ganhar rodagem, mas deve ganhar seus minutos na competição. O garoto também atua na equipe sub-17 do clube alvinegro e começou sua carreira no futsal. Ele foi artilheiro da BH Cup, competição sub-15 conquistada pelo Corinthians nesta temporada.
Giovani (Palmeiras)
Presença constante na seleção brasileira sub-17, o meia rápido e habilidoso de 17 anos é uma das principais promessas do Palmeiras e um dos nomes bem avaliados pela comissão técnica de Abel Ferreira. Ele chegou a ter oportunidades no time principal na reta final do último Campeonato Brasileiro e fez um gol diante do Cuiabá. Além de Giovani, o Palmeiras também aposta em nomes como Endrick e Gabriel Silva para fazer bonito na Copinha e levantar o primeiro caneco.
Rwan (Santos)
O Santos pagou em dezembro a quantia de R$ 700 mil ao Flamengo-SP por 70% dos direitos do atacante Rwan, grande esperança de gols. Ele esteve emprestado ao clube da Vila Belmiro nesta temporada e logo se destacou na base, marcando 13 gols em 18 jogos pelo time sub-20. “Realização do meu sonho e da minha família. Batalhei muito por esse momento, agora é só desfrutar, e espero fazer muitos gols e conquistar títulos com essa camisa”, comemorou Rwan na assinatura do contrato.
Caio (São Paulo)
O atacante Caio é outro integrante da seleção brasileira sub-17. O garoto foi um dos heróis do título da Copa do Brasil sub-17 em janeiro, marcando gol na final. Ele também fez parte do time vice-campeão do Brasileiro sub-20, anotando um golaço na semifinal diante do Flamengo. Veloz, teve ótima média de gols no ano. No início de dezembro, foi relacionado pelo técnico Rogério Ceni para o jogo contra o Grêmio, em Porto Alegre.
A Copinha é celeiro de futuros craques do futebol brasileiro. Ano a ano, mais promessas despontam na competição e ganham grande projeção. Não faltam boas opções de jogadores. Alguns outros nomes para ficar de olho na Copa São Paulo são o lateral Cuiabano (Grêmio), o volante Andrey (Vasco), os meias Rubens (Atlético-MG), Matheus França (Flamengo), Arthur (Fluminense), Allison (Internacional) e os atacantes Matheus Nascimento (Botafogo), Vitor Roque (Cruzeiro) e Alisson Santos (Vitória).
Grupo 8 - Araraquara
Grupo 15 - São José dos Campos
Grupo 21 - São Caetano
Grupo 28 - Diadema
01 de janeiro de 2022 | 10h00
A contagem regressiva já começou. Falta menos de um ano para a Copa do Mundo do Catar, que começará em novembro de 2022. A principal competição entre seleções do planeta se aproxima e o amante do futebol-arte torce os dedos para não perder mais estrelas ofensivas para aplaudir nos campos do mundo árabe. Homem-gols como o bósnio Dzeko, o norueguês Haaland e o gabonês Aubameyang já estão fora oficialmente da competição e atletas do quilate de Cristiano Ronaldo, Lewandowski, Ibrahimovic, Immobile, Gareth Bale, Schick, Luis Suárez, Mohamed Salah e Sadio Mané correm risco de serem ausência. Assim como teremos apenas Itália ou Portugal.
Com repescagem da Europa sorteada para o início do próximo ano (24 e 29 de março), já é sabido que a tetracampeã mundial Itália ou Portugal ficará pelo caminho. As duas últimas campeãs da Eurocopa estão na mesma chave e se enfrentariam em possível decisão pela única vaga do Grupo C. Isso caso passem por Macedônia do Norte e Turquia, respectivamente.
Seria o segundo ano seguido de ausência dos atuais campeões europeus, para desespero de Immobile. O dono do prêmio "chuteira de ouro" da temporada passada do futebol italiano, com 36 gols pela Lazio, sonha em jogar uma Copa como titular pelo País após ficar na reserva em 2014, no Brasil.
"Precisamos do máximo de tranquilidade até março. Vamos recuperar as forças e nos classificaremos para a Copa do Mundo, estou confiante", crava Roberto Mancini, comandante do esquadrão italiano que ergueu a taça da Euro no meio do ano desbancando a anfitriã Inglaterra na decisão em Wembley.
Com o argentino Messi e o brasileiro Neymar garantidos, uma grande ausência no Catar seria de Cristiano Ronaldo. O astro português nada pôde fazer na virada por 2 a 1 que garantiria a vaga direta e agora promete fazer de tudo na repescagem para disputar possivelmente sua última Copa.
"O futebol já nos mostrou muitas vezes que são os caminhos mais sinuosos que nos levam aos desfechos mais desejados. O resultado foi duro (perder a vaga direta para a Sérvia), mas não o suficiente para nos abater. O objetivo de marcar presença no Mundial 2022 continua bem vivo e sabemos o que temos de fazer para lá chegar. Sem desculpas. Portugal rumo ao Catar”, mostra confiança o astro do Manchester United.
Fazendo mais uma temporada incrível, de muitas bolas nas redes adversárias, o polonês Lewandowski pode fazer um mata-mata de goleadores com o sueco Ibrahimovic, no Grupo B da repescagem. A Polônia leva pequeno favoritismo contra a Rússia, enquanto a Suécia chega como incógnita diante da República Checa de Schick, destaque na Eurocopa. Passando das semifinais, teríamos um embate de camisas 9. Um ficará pelo caminho.
O jogador do Bayern de Munique quer se redimir da vexatória campanha da Polônia no Mundial de 2018, na Rússia, no qual não fez nenhum gol em queda precoce da seleção.
Outro grande nome do futebol europeu na repescagem é o galês Gareth Bale. O atacante que faz história no Real Madrid gostaria de se despedir dos gramados disputando mais uma Copa e, para isso, terá de ser decisivo contra a Áustria, na repescagem, e depois diante do vencedor de Escócia e Ucrânia.
"Seria incrível jogar a Copa do Mundo, meu sonho. Temos que dar tudo pelo nosso país, pois esta pode ser a última vez que a nossa geração tem a oportunidade de garantir a qualificação para um Mundial. É muito importante para nós e queremos tentar aproveitar essa chance", enfatiza o jogador de 32 anos.
Restando quatro rodadas para o término das Eliminatórias Sul-Americanas, o Uruguai é a grande decepção até o momento. Com quatro vagas diretas e uma na repescagem, a seleção celeste hoje estaria eliminada, figurando na sétima posição. Experiente astro do time, Suárez, também de 32 anos, ainda acredita na classificação e espera volta por cima do país na reta final.
"Minha meta é chegar (à Copa), mas desde que eu me sinta capaz de ajudar a seleção e não seja um estorvo", dispara. "A vontade sempre vai existir, mas o que realmente importa é que esteja em alto nível para fazê-lo", completa, admitindo que o rendimento dele e da seleção não é o esperado e custou até a demissão do técnico Óscar Tabárez.
Entre janeiro e fevereiro teremos a Copa Africana das Nações. Só depois Egito, Gana, Mali, Marrocos, República Democrática do Congo, Senegal, Argélia, Tunísia, Nigéria e Camarões definirão as cinco vagas do continente. Um sorteio definirá os cinco confrontos mata-matas.
Companheiros de Liverpool, o egípcio Mohammed Salah e o senegalês Sadio Mané estarão em potes distintos, o que pode colocá-los frente a frente na briga por uma vaga. O Egito, no pote 2, é quem mas corre riscos, pois terá uma das potências africanas pelo caminho. Além do Senegal, pode encarar Nigéria, Tunísia, Camarões ou Argélia.
Aubameyang poderia estar na disputa, mas a seleção do Gabão é muito fraca e ficou pelo caminho. Único africano a conquistar a Bola de Ouro, em 2005, George Weah foi um goleador nato e ídolo do Milan que não teve o prazer de disputar uma Copa do Mundo. Nem perto chegou, pois a Libéria, seu país de nascimento, também jamais contou com uma seleção em condições de brigar por uma vaga.
Assim como dificilmente Aubameyang conseguiu ou concretizará tal proeza. No caso do artilheiro do Arsenal, de 32 anos, o fato não é simplesmente por jogar pelo Gabão, mas a opção que ele fez em defender as cores do país de seu pai, François Aubame Eyang.
Aubameyang nasceu na França, é filho de uma espanhola e teve a chance de se naturalizar italiano. Abriu mão de todas as potências europeias para realizar sonho de seu François. Verá a Copa pela TV, assim como outros grandes atacantes correm o risco, o que deixaria a competição do Catar um pouco mais carente de goleadores.
31 de dezembro de 2021 | 08h54
Após um ano de ausência por causa da pandemia de covid-19, a Corrida Internacional de São Silvestre voltou a colorir as ruas de São Paulo no último dia do ano. No masculino, a vitória foi do etíope Belay Bezabh, quebrando o jejum de títulos do País. Já no feminino quem disparou e não tomou conhecimento das adversárias foi a queniana Sandrafelis Chebet.
Em sua 96ª edição, a prova foi realizada seguindo os protocolos sanitários e contou com cerca de 20 mil corredores, entre amadores e profissionais. Alguns usaram máscara facial, mas muitos optaram por não usar o equipamento de proteção. Em muitos trechos o asfalto estava molhado por causa da chuva que ocorrera horas antes.
A prova masculina começou com intensa disputa, com um grupo de brasileiros correndo em bloco e não deixando os representantes africanos disparar. Entre eles estavam Daniel do Nascimento e André Luiz Silva. Com 12 quilômetros de prova, Danielzinho mantinha a liderança, seguido pelo boliviano Héctor Flores e pelo etíope Belay Bezabh e pelo queniano Elisha Rotich, este um pouco mais atrás.
No início da subida da Brigadeiro, Danielzinho e Belay começaram lado a lado. Faltando mil metros, o etíope abriu uma pequena distância para conseguir cruzar a linha de chegada com um certo conforto, marcando 44min54s. Danielzinho chegou na segunda posição, pouco depois, seguido pelo boliviano Flores.
"Há dois anos, eu falei que ia evoluir muito. Agora eu consegui o segundo lugar na São Silvestre, e vamos continuar evoluindo. Quero agradecer a todo mundo que me apoiou. Eu iria vir ao Brasil para descansar, mas ganhei essa força dos fãs. É muito bom estar no pódio. Quando junta oportunidade com trabalho duro, dá certo", comentou o brasileiro de 23 anos, que recentemente fez a segunda melhor marca mais rápida da história de um brasileiro na maratona.
Na prova feminina, logo de cara as duas favoritas do continente africano dispararam e abriram larga vantagem em relação às suas adversárias. Em ritmo forte, Sandrafelis Chebet (Quênia) e Yenenesh Dinkesa (Etiópia) aceleraram pelas ruas de São Paulo. Com dois terços da prova, Sandrafelis de descolou da rival e não deu brecha para nenhuma outra rival, abrindo uma distância considerável.
Depois de 50min06s, a queniana cruzou a linha de chegada, festejando a vitória e repetindo seu resultado de 2018, quando também foi campeã. Na segunda posição chegou a etíope Yenenesh, com mais de um minuto de diferença, seguida pela brasileira Jenifer do Nascimento, que deu um sprint no final e ficou à frente de Valdilene dos Santos, que acabou em quarto lugar. A também brasileira Franciene Moura completou o pódio.
"Depois de tantos anos, temos três brasileiras no pódio. É um percurso duro, uma prova difícil, e graça a Deus no final deu tudo certo", festejou Jenifer, que estava esgotada após a linha de chegada.
30 de dezembro de 2021 | 05h02
A fim de tentar quebrar a hegemonia dos corredores africanos na São Silvestre, Daniel do Nascimento pretende liderar o pelotão brasileiro e confirmar sua ótima fase. No início do mês, ele obteve a segunda melhor marca da história de um brasileiro na distância da maratona. Fez 2h06min11s em Valência, ficando atrás apenas de Ronaldo da Costa, que marcou 2h06min05s em 1998.
Claro que a distância na São Silvestre é bem menor que os 42.195 metros da maratona, mas o momento de Danielzinho, como é conhecido, ajuda a criar boas expectativas em relação ao desempenho do brasileiro, que foi um dos representantes do País nos Jogos de Tóquio e que tem apenas 23 anos.
Os principais adversários do atleta são o etíope Belay Bezabh, que ganhou a prova em 2018, e o queniano Elisha Rotich, recordista da Maratona de Paris neste ano. Ambos chegam com o favoritismo, mas Nascimento espera colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio depois de nove edições.
Em 2010, Marilson Gomes dos Santos levou a melhor na São Silvestre, quebrando a hegemonia dos africanos. No feminino o jejum é maior ainda e vem desde 2006, quando Lucélia Peres ganhou a disputa.
Nesta edição, o grande destaque feminino é a queniana Sandrafelis Chebet. Logo depois vêm a etíope Yenenesh Dinkesa e Ludwina Chepngetich, do Quênia. Entre as representantes brasileiras estão Tatiele Carvalho, Valdilene dos Santos e Simone Ferraz.
28 de dezembro de 2021 | 20h00
Animada com o impacto positivo que entende ter gerado com a reciclagem de 500 mil copos plásticos, utilizados por 35 mil atletas e que se tornaram 1.800 lixeiras no ano passado, a São Silvestre, de volta ao calendário após um ano de ausência em razão da pandemia, decidiu novamente transformar as embalagens em um novo produto. Desta vez, 350 mil copos utilizados pelos corredores vão se tornar 10 mil caixas organizadoras, que também serão doadas para entidades públicas na cidade. No dia 31, ocorre a 96ª edição da tradicional corrida paulistana.
"A gente promove diversas ações para levar essa mensagem da transformação do plástico e da importância da conscientização para a população. O movimento tem esse caráter educacional, atingimos bastante crianças e jovens com os nossos conteúdos e ações", diz Mariana Cardoso, uma das coordenadoras do Movimento Plástico Transforma.
"O resultado positivo da ação realizada na última edição da São Silvestre fez com que repetíssemos a iniciativa neste ano. Nosso objetivo é mostrar para a sociedade a importância do descarte correto e da reciclagem, não apenas do plástico, mas de todos os resíduos", reforça Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas na América do Sul da Braskem.
Os organizadores distribuem milhares de copos de água, em diversos pontos ao longo do percurso de 15km. A embalagem plástica é o formato mais apropriado para o corredor ingerir o líquido de forma rápida e segura sem perder tempo. A inciativa se baseia num processo de cinco passos durante a São Silvestre: consumo, descarte, coleta, reciclagem e a transformação do produto. Mesmo de forma indireta, todos acabam participando.
Equipes responsáveis pela coleta dos copos estarão ao longo do trajeto para recolher o material descartado. Ao fim da prova, caminhões recolhem o material e encaminham a uma recicladora, onde ocorre o processo de triagem e reciclagem. A matéria-prima reciclada é então transformada em novos produtos, neste caso as caixas organizadoras.
Criado em 2016, o movimento procura mostrar a utilização e a reutilização do plástico de forma criativa e responsável em soluções que podem transformar o dia a dia e o futuro da população. A primeira ação do grupo foi a instalação interativa PlastCoLab, que impactou mais de 37 mil pessoas e contou com quatro edições em São Paulo, Porto Alegre, Salvador e Brasília.
A iniciativa na São Silvestre, diz Mariana, busca evidenciar a importância da economia circular. Um dos objetivos do Movimento Plástico Transforma é estimular a reciclagem de materiais e educar quanto ao uso e ao descarte corretos dos resíduos. Ela entende que a sociedade está hoje mais conscientizada, embora o caminho seja longo.
"Queremos fortalecer essa mensagem. Reciclar é algo tão básico, muitas pessoas ainda não fazem, mas vemos esse movimento crescendo. É o que as pessoas fazem em casa, separar um frasco de shampoo, do sabão líquido e por aí vai. Tudo pode virar um novo produto", salienta. Haverá também uma ativação nesses dias que antecedem a São Silvestre com o público que vai retirar os kits da corrida.
Principal corrida de rua da América Latina, a São Silvestre está marcada para o dia 31, sexta-feira, e terá a participação de 20 mil corredores. O Brasil quer retomar o protagonismo na prova. O País não tem um atleta no posto mais alto do pódio desde 2006 no feminino e desde 2010 no masculino. Somente atletas vacinados poderão participar da disputa, desta vez sem o tradicional apoio do público que incentiva os competidores ao longo do percurso.
28 de dezembro de 2021 | 01h55
Campeão Brasileiro, Estadual e da Copa do Brasil em 2021, Cuca anunciou que está deixando o cargo de técnico do Atlético-MG. A informação foi dada pela Rádio Itatiaia no início da madrugada desta terça-feira, dia 28. O clube ainda não se posicionou oficialmente sobre a saída do treinador, que alegou problemas de ordem familiar para não seguir dirigindo a equipe mineira na próxima temporada. Ainda de acordo com a reportagem, Cuca teria se comprometido a não trabalhar em nenhuma outra equipe em 2022.
Cuca assumiu o comando do Atlético-MG em março, em substituição ao argentino Jorge Sampaoli. Na segunda passagem pelo time, conquistou o Campeonato Mineiro, o Brasileirão e a Copa do Brasil em um dos melhores anos do clube de Belo Horizonte. Foram, ao todo, 71 jogos, com 48 vitórias, 14 empates e nove derrotas. Um aproveitamento de 74,1% dos pontos conquistados. Além dos títulos, Cuca também conduziu a equipe mineira à semifinal da Libertadores, quando caiu diante do Palmeiras. Ele tinha mais um ano de contrato com o Atlético-MG e estava nos planos da diretoria para a inauguração do novo estádio do time, que deve ficar para o segundo semestre.
No começo do ano, em fevereiro, o treinador usou do mesmo argumento para não renovar seu contrato com o Santos, e se despediu do time da Vila Belmiro em um momento em que a mãe e uma das filhas estavam internadas com covid-19. Mesmo com o sucessor de Cuca ainda não definido, a reapresentação do time está marcada para o dia 17 de janeiro, enquanto a estreia do Atlético no Campeonato Mineiro de 2022 acontecerá no dia 26 do mesmo mês.
Esta foi a segunda passagem do treinador pelo Atlético-MG. Na primeira vez, Cuca conquistou a Copa Libertadores, em 2013. Pelas taças conquistadas, o técnico é considerado como um dos melhores que já passaram pelo comando técnico da história do clube. Ele foi eleito o melhor treinador do ano na pesquisa do Estadão.
O treinador passa férias com a família e ainda não se pronunciou.
26 de dezembro de 2021 | 11h02
Um dos maiores ídolos da história do Santos, o atacante Dorval morreu neste domingo, aos 86 anos. Ele estava internado na Casa de Saúde de Santos "com quadro clínico delicado, com muita tosse", de acordo com comunicado do próprio clube da Baixada. O velório será realizado no Salão de Mármore, na Vila Belmiro, a partir das 17h. O sepultamento acontece segunda-feira, no Cemitério Paquetá, em Santos. A saída do corpo do estádio santista será às 8h. A direção do clube alvinegro decretou luto de sete dias.
"Dorval é um dos jogadores inesquecíveis, que ajudaram a construir essa linda história do Santos. Merece todas as reverências por sua trajetória. O Santos perdeu um de seus maiores ídolos hoje", lamento o presidente do Santos, Andres Rueda. Pelé e amigos também se manifestaram.
Nascido em Porto Alegre, em 26 de fevereiro de 1935, Dorval Rodrigues desembarcou no time da Vila Belmiro no segundo semestre de 1956 e fez história ao lado de outros ídolos santistas, como Pelé e Pepe. Mas, antes de chegar ao time do Santos, ele viu seu futebol ser renegado em equipes como Grêmio, Corinthians e Flamengo, porque já havia jogadores na posição.
Dorval estreou pelo Santos no dia 7 de setembro daquele 1956, contra o Corinthians de Santo André, na mesma partida em que Pelé marcou o primeiro gol com a camisa santista. Dorval, inclusive, chegou ao Santos na mesma época que o Rei, mas cinco anos mais velho. Ambos foram colegas de quarto na concentração do estádio da Vila Belmiro e depois na pensão da Dona Georgina, onde outros jogadores do time também moravam. Cortavam o cabelo no mesmo lugar, no salão em frente ao estádio.
Na década seguinte, o atacante se firmou como titular na equipe do técnico Lula e compôs aquele que os torcedores chamaram de "Ataque dos Sonhos", jogando com o próprio Pelé, Pepe, Mengálvio e Coutinho. Ele é considerado, por muitos, o melhor ponta-direita da história do Santos.
Dorval participou das conquistas da Copa Libertadores em 1962 e 1963 e dos Mundiais nos mesmos anos. Em nível nacional, esteve no time santista campeão brasileiro em 61, 62, 63, 64 e 65 e campeão paulista em 58, 60, 61, 62, 64 e 65. No total, o atacante somou 612 jogos com a camisa do clube. É o quinto que mais vestiu a camisa santista entre todos os jogadores da história. Ele também se destacou balançando as redes. Com seus 194 gols, é o sexto maior artilheiro da história do Santos.
Em 2016, Dorval foi um dos jogadores do Santos a entrar para a calçada da fama do Museu Pelé, ao lado de Mengálvio, Coutinho, Pepe, Lima, Juary e Léo. No ano seguinte, a homenagem foi em outro lugar. No aniversário de 105 anos do Santos, em 2017, o atacante e os antigos parceiros de ataque daquele "Ataque dos Sonhos" foram prestigiados pelo clube e também gravaram os seus pés no Memorial de Conquistas da Vila Belmiro.
Também antigo companheiro de equipe, Pepe, o "Canhão da Vila", se pronunciou nas redes sociais sobre a morte de Dorval: "Coração triste demais. Que Deus conforte sua família", escreveu o ex-jogador.
25 de dezembro de 2021 | 19h19
Pelé passa bem e está feliz. Isso o próprio Rei do Futebol atestou em sua mais recente postagem nas redes sociais. O eterno camisa 10 passou 15 dias internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar de um tumor no cólon direito, região do intestino grosso, descoberto em setembro. Neste sábado de Natal, em sua casa, ele posou ao lado da mulher, a empresária Márcia Aoki, para cumprimentar seus seguidores na internet.
"Hoje eu espero que vocês estejam vivendo momentos de amor, paz e união, assim como eu. Feliz Natal, meus amigos", escreveu Pelé em suas redes sociais, dois dias depois de receber alta médica. Aos 81 anos, Pelé foi hospitalizado no começo do mês como uma forma preventiva, possibilitando-o passar as festas de fim de ano ao lado de sua família, sem precisar de maiores preocupações. Hoje, está em casa e muito bem cuidado.
O Rei do Futebol foi internado no dia 31 de agosto para fazer exames anuais de rotina, adiados em 2020 por causa do novo coronavírus. Durante os procedimentos, o tumor do cólon foi identificado. A cirurgia ocorreu em 4 de agosto. Os médicos não quiseram esperar.
No fim de setembro, Pelé teve alta da mesma unidade hospitalar, após passar um mês internado. Durante o período da internação, ele usou as redes sociais para agradecer às mensagens de carinho. Hoje, que está estável, ele continua usando a internet para manter o contato com os fãs. Suas filhas também passaram a postar mensagens e informações do estado de saúde do pai, com mensagem positivas e alguns vídeos de Pelé em recuperação após a primeira internação.
Desta vez, após algumas mensagens, as filhas do Rei silenciaram. Apenas um boletim médico foi divulgado quando ele deu entrada no hospital em São Paulo. O próprio Pelé tambem preferiu postar menos enquanto esteve internado. Em uma de suas postagem, ele cumprimentou o "amigo" Mbappé, que fazia aniversário. Os dois se conheceram poor conta de um evento comercial que fizeram juntos há três anos. "Te desejo um feliz aniversário. Torço que sua estrela continue a brilhar e que voe cada vez mais alto", escreveu Pelé.
Treinador bicampeão continental entrou para a história do clube em pouco mais de um ano e continuará trabalho em 2022
Como boa parte dos times brasileiros, o Palmeiras passou os últimos anos trocando de técnicos, à deriva sobre que perfil de comandante escolheria. Sugerido por empresários ao ex-presidente Maurício Galiotte, Abel Ferreira chegou em outubro de 2020 e mudou esse cenário. O vitorioso treinador, já entre os maiores da história do clube, começou e terminou uma temporada no comando palmeirense, algo raro neste século, e dará início a mais uma jornada à frente do tricampeão continental depois de conduzir a equipe a três títulos em pouco mais de um ano.
Mas como, para além dos troféus, o português de 43 anos - completados na última quarta - conhecido pelas suas estratégias, declarações sinceras e bordões, se tornou um profissional tão prestigiado a ponto de o Palmeiras, agora presidido por Leila Pereira, não medir esforços para mantê-lo no cargo e lhe pagar um dos salários mais altos do futebol brasileiro?
O Estadão conversou com jogadores, funcionários, dirigentes do Palmeiras e pessoas do entorno de Abel para entender como o português se comporta no dia a dia e o que faz dele - além dos títulos - um treinador tão respeitado, valorizado e querido no clube. Seu contrato, aliás, será ampliado por um ano e ele terá um aumento significativo. Ele fez a grande reflexão que prometera depois de um ano desgastante e decidiu continuar seu trabalho.
Eles foram unânimes em dizer que, em relação ao jogo, sobressaem a inteligência, dedicação e o desejo de vencer do luso. Fora dele, chama a atenção o lado humano do treinador, homenageado pelos funcionários quando completou um ano no cargo, ocasião em que se emocionou. Devolveu a reverência ao entregar um quadro com as fotos de todos os colaboradores do departamento de futebol do Palmeiras e de outros setores. Não é incomum, também, o português presentear funcionários com vinhos, por exemplo.
"O Abel é um cara muito inteligente, muito estrategista. É fantástico. É um cara que todos admiram", resume o goleiro Vinícius Silvestre. "Acho importante destacar a intensidade do trabalho, como também a determinação em seguir os processos", descreve Paulo Buosi, vice-presidente do clube.
Abel tem várias facetas. É vaidoso, teimoso, emotivo, empenhado, estudioso, inquieto, exigente e intenso. Se é possível dar destaque a uma de suas idiossincrasias, é a intensidade. Ele crê que sendo assim, entregando-se ao trabalho, está mais perto das conquistas. "Eu vivo o futebol de forma intensa e apaixonada", expressou o técnico recentemente. Seu time oscila muitas vezes, mas é capaz de fazer jogos memoráveis, como o 3 a 0 sobre o River Plate na Argentina nas semifinais da Libertadores de 2020, o 4 a 0 em cima do arquirrival Corinthians no Brasileirão de 2020 e o 3 a 0 diante do São Paulo nas quartas da última Libertadores.
Umas das particularidades de Abel é preferir, muitas vezes, jogadores sem tanta técnica, mas esforçados, a craques que podem atrapalhar o ambiente. Ele foi contrário à contratação de Hulk porque o atacante, hoje no Atlético-MG, não chegaria em um momento adequado, na sua visão. Na época, em janeiro, o time estava concentrado para a final da Libertadores contra o Santos. “Se me derem para escolher entre um craque e um homem, se o craque não sabe o que é coletivo não serve para a minha equipe”, explicou, sem se referir a Hulk especificamente. Sua fala foi genérica.
O caso mais claro de jogadores que não esbanjam talento, mas se empenham em campo e tiveram chance com Abel é Deyverson, o "sapinho que virou príncipe", nas palavras do luso. O técnico bancou a reintegração do atleta quando a diretoria não sabia o que fazer com ele. E a decisão foi acertada, já que o predestinado atacante fez o gol do tri da Libertadores. “Abel é coração. Faz o que sente. Sofreu para chegar aonde chegou. Se o Abel fosse o meu pai, eu diria que sou grato a ele por tudo o que ele proporciona”, afirmou o controverso atacante.
Abel tem tempo de sobra para estudar os adversários e elaborar suas diferentes estratégias, de acordo com cada rival. Como sua família permaneceu em Portugal, ele mora sozinho, perto do CT, e parte de seu lazer é desenhar planos táticos, métodos, formações e sistemas. Em seu apartamento, recebe poucas visitas. "Tenho muito tempo para me dedicar ao futebol. A faxineira vem uma vez ao mês em casa, o resto sou eu que faço", contou.
É provável que o cenário não se altere, já que a tendência é de que sua mulher e filhas não se mudem com ele para São Paulo, a despeito do esforço de Leila Pereira em convencê-las a deixar a pequena cidade de Penafiel. Além de analisar futebol, em seu tempo de lazer, também assiste Fórmula 1. É fã de automobilismo e esteve em Interlagos no último GP de São Paulo a convite da Williams. Quando retorna a Portugal, gosta de andar de moto e tem até um kart.
No CT, com os membros da comissão técnica, ou em casa, sozinho, o técnico estuda incansavelmente os adversários e os sistemas táticos. São diversas as variações feitas em sua trajetória. Já testou três defensores, linha de cinco na defesa, laterais como zagueiros, Gustavo Scarpa de ala, Rony como centroavante, alterou o posicionamento de Raphael Veiga, trocou Luan e Gómez de lugares na retaguarda. Ele tem uma equipe de auxiliares bastante integrada - João Martins, Vitor Castanheira e Carlos Martinho - e confia neles. Há quem acredite que seu estilo de jogo seja muito cauteloso, mas o fato é que o Palmeiras conseguiu os resultados de expressão muito graças às ideias do treinador, já entre os maiores da história do clube, ao lado de Luiz Felipe Scolari, Vanderlei Luxemburgo e Oswaldo Brandão. “É um profissional com muito potencial e digo com certeza absoluta que é a maior revelação entre os treinadores no futebol brasileiro", opinou o ex-presidente Maurício Galiotte.
Dias antes da decisão com o Flamengo no Uruguai, ele reuniu o elenco e compartilhou a estratégia. Deixou todos à vontade para opinar e dizer se estavam ou não dispostos a pôr em prática o que a comissão técnica havia proposto. Todos os atletas acenaram positivamente. E o trabalho exaustivo no treinamento deu resultado logo na primeira jogada, o gol de Raphael Veiga. Aquele lance foi muito trabalhado nos treinamentos e executado com perfeição no início da partida. O zagueiro Gustavo Gómez confidenciou ao jornalista Vitor Sérgio Rodrigues que Abel pensou na jogada dois meses antes da final. Vendo que havia uma deficiência na marcação do rival pela esquerda da defesa, o treinador pediu ao zagueiro que lançasse a bola em profundidade para Mayke, que encontrou Veiga livre.
As jogadas só são bem executadas em virtude da força mental do elenco. Esse é um aspecto trabalhado com exaustão pelo treinador desde que cruzou o Atlântico e topou treinar o Palmeiras sob a justificativa de que "na vida, o maior risco é não arriscar". Tornaram-se virais imagens do treinador com a mão na cabeça, pedindo calma, concentração e inteligência após o gol do Atlético-MG no jogo de volta das semifinais da Libertadores. Os jogadores passaram a repetir o gesto de seu comandante em campo. Prova de que estavam fechados com ele e a fim de "cumprir o propósito", como ele gosta de enfatizar. Eles tiveram "cabeça fria e coração quente", algo que Abel pede antes dos jogos decisivos.
O Palmeiras de Abel é movido por uma série de mantras criados e repetidos pelo técnico. A ênfase no jogo coletivo e em confiar nas próprias capacidades ressoaram no elenco positivamente. É comum vê-lo dizer, além do conhecido "avanti, Palestra", outros bordões, como "todos somos um", para dar ênfase na importância de estarem em sintonia. As frases motivacionais e a habilidade na argumentação ele já tinha antes mesmo de virar técnico. Era inteligente como atleta e, como comentarista, fazia análises claras e precisas, segundo relatos dos seus ex-colegas da Sport TV, emissora esportiva de TV a cabo de Portugal. Apesar de ter feito parte da imprensa, sua cruzada contra a mídia é intensa, com críticas frequentes a parte dos profissionais.
Seu discurso é direto e eloquente. Ele já fez críticas públicas à diretoria pela ausência de reforços nesta temporada e também não se furtou de questionar a torcida que apoia a equipe nos momentos bons, os "torcedores das vitórias", como ele definiu. Além disso, não se omite quando entende ser necessário criticar os responsáveis pelo calendário do futebol brasileiro.
Em Portugal, os títulos pelo Palmeiras lhe fizeram ser reverenciado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes. Abel também foi homenageado com o prêmio "Talento que Marca o Mundo", promovido pela Liga Portuguesa. O técnico saiu de terras lusitanas sem títulos, teve breve passagem pelo PAOK, da Grécia, e agora, bicampeão da Libertadores, voltou para passar férias como uma estrela no país europeu acostumado a exportar técnicos competentes.
Para José Pereira, presidente da Associação Nacional dos Treinadores de Futebol de Portugal (ANTF), a coragem é o principal atributo do comandante palmeirense. "É até teimoso com suas ideias e as defende até a morte", diz.
Confirmada a sua permanência no Palmeiras, Abel deve retornar renovado após os dias de descanso com a família, fundamentais para atenuar o desgaste físico e mental provocado pelo "desumano" calendário do futebol brasileiro, como classificou o português. Reapresenta-se com o elenco no dia 5 de janeiro, focado na disputa do Mundial de Clubes, cujo desfecho espera ser diferente desta vez depois da campanha ruim em 2021.
23 de dezembro de 2021 | 16h47
Pelé, Rei do futebol, recebeu alta, nesta quinta-feira, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde esteve internado desde o dia 8 para tratar um tumor no cólon direito, região do intestino grosso, descoberto em setembro. Aos 81 anos, o astro vai passar as festas de fim de ano com a família no Guarujá.
"Edson Arantes do Nascimento recebeu alta do Hospital Israelita Albert Einstein nesta quinta-feira, 23 de dezembro de 2021. O paciente encontra-se estável e seguirá o tratamento do tumor de cólon, identificado em setembro deste ano", disse a nota do hospital.
Pelé foi hospitalizado em 31 de agosto para fazer exames anuais de rotina, adiados em 2020, em razão da pandemia. Durante o procedimento, o tumor foi identificado. A cirurgia ocorreu em 4 de agosto.
No fim de setembro, Pelé teve alta da mesma unidade, após passar um mês internado. Durante o período da internação, ele usou as redes sociais para agradecer às mensagens de carinho.
Sempre bem-humorado e ativo nas redes sociais, Pelé, na última segunda-feira, também fez questão de parabenizar a compra do Cruzeiro por Ronaldo Fenômeno, revelada no último sábado, e que repercutiu muito no mundo esportivo.
22 de dezembro de 2021 | 20h32
O Paris Saint-Germain só empatou, por 1 a 1, com o fraco Lorient, fora de casa, nesta quarta-feira, em duelo válido pela 19ª rodada do Campeonato Francês. Com o resultado, o time de Neymar, que permanece afastado por causa de lesão, alcançou os 46 pontos, contra 33 do Nice, segundo colocado. Já o Lorient, com 16, é apenas o 19º e penúltimo colocado.
Apesar de lutar contra o rebaixamento, o Lorient demonstrou coragem ao encarar de frente o poderoso PSG, forçando o goleiro Navas a fazer pelo menos duas belas defesas no início da partida.
Com Messi pouco inspirado, apesar da bola na trave, e Di Maria displicente, ao perder duas enormes possibilidades, o PSG viu o adversário abrir o placar, aos 40 minutos, com Monconduit, ao acertar uma bomba de fora da área.
Na etapa final, o PSG passou o maior tempo com a posse de bola e pressionou em busca do empate, mas viu o experiente zagueiro Sergio Ramos receber o segundo cartão amarelo e ser expulso, aos 40 minutos.
Quando tudo parecia perdido, Icardi surgiu na área adversária para testar firme e garantir pelo menos um ponto para o líder da competição.
Outras oito partidas foram disputadas: Bordeaux 2 x 3 Lille, Lyon 1 x 1 Metz, Olympique de Marselha 1 x 1 Reims, Monaco 2 x 1 Rennes, Montpellier 4 x 1 Angers, Nice 2 x 1 Lens, Saint-Étienne 0 x 1 Nantes e Troyes 1 x 1 Brest.
22 de dezembro de 2021 | 07h34
Criado para homenagear os grandes ídolos do esporte Brasileiro, o Hall da Fama digital do Comitê Olímpico do Brasil (COB) ganhou mais quatro integrantes, todos eles com histórias importantes em suas respectivas modalidades: Adhemar Ferreira da Silva (atletismo), Magic Paula (basquete), Sebastián Cuattrin (canoagem de velocidade) e Tetsuo Okamoto (natação) agora também são 'imortais'.
Os quatro ícones do esporte nacional passam a ter áreas inteiramente dedicadas às suas histórias, com biografia completa, fotos, vídeos, páginas de jornais que registraram suas principais conquistas e feitos, além de um espaço para que os fãs possam deixar recados para os ídolos olímpicos.
"O Hall da Fama do COB tem como objetivo homenagear ídolos do esporte brasileiro, resgatar a memória do esporte nacional, tanto presencialmente nas homenagens quanto fizemos no Prêmio Brasil Olímpico deste ano, como também no site do próprio COB", afirmou Rogério Sampaio, diretor-geral da entidade esportiva.
"Esse importante projeto que anualmente escolhe algumas dessas importantes personalidades terá continuidade em 2022", completou o ex-judoca. Para os competidores, já aposaentados e em outras atividades, ter esse reconhecimento é muito importante tanbém. O COB tenta resgatar os feitos desses atletas e contar para as novas gerações o que eles fizeram para o esporte olímpico brasileiro.
O Hall da Fama já conta com 20 personalidades homenageadas. Surgiu para garantir que as histórias de alguns dos principais atletas e personalidades do esporte brasileiro fossem enaltecidas, eternizadas e valorizadas.
21 de dezembro de 2021 | 10h00
Quando Ronaldo fechou a compra de 90% das ações do Cruzeiro, a notícia abalou o futebol brasileiro. Muitos torcedores começaram a se perguntar: "o que é Sociedade Anônima do Futebol (SAF)?", "o que é clube-empresa?", embora o assunto já estivesse no noticiário desde agosto, quando a lei foi aprovada. Afundado em dívidas, o clube mineiro entendia que a única saída era virar SAF e atrair investimentos para se reorganizar e recuperar financeiramente.
Para isso, precisou mudar o estatuto e decidiu contratar a XP Investimentos para ajudar no processo de transformação. Para especialistas, mais exemplos de SAF podem surgir no futebol brasileiro. O Estadão reuniu neste texto tudo o que se sabe sobre esse negócio e sobre as regras da Sociedade Anônima do Futebol.
Ronaldo vai investir a quantia de R$ 400 milhões no Cruzeiro. Como informado pela XP, em nota, o valor será investido ao longo dos próximos anos. Ele não foi pago em sua totalidade ao clube imediatamente. Alguns tópicos da transação ainda não foram divulgados publicamente, como detalhes do projeto.
Os clubes podem ser empresas sem necessariamente instituir a SAF, como o Red Bull Bragantino, por exemplo. A lei da SAF não permite que os clubes virem empresa, mas cria mecanismos que incentivam a prática. A maioria dos times brasileiros hoje é associação sem fins lucrativos. Os clubes precisam realizar mudanças em seus estatutos para adotar o formato SAF. Trata-se de um processo que precisa ser debatido com cuidado e de forma detalhada. O Cruzeiro concordou mudar seu estatuto e vender de 49% de suas ações para 90%. Ronaldo ficou com tudo.
Os clubes SAF negociam com possíveis compradores discutindo planos que envolvem muitas variáveis: definição do planejamento de reestruturação de dívidas, qual será a quantia a ser investida, dentre outros tópicos. Adotando a SAF, o clube passa os ativos para a empresa, que substitui o time em campeonatos e assume os contratos de jogadores.
Não. Existem casos de sucesso e fracasso do modelo mundo afora. Virar clube-empresa não significa um passe de mágica para resolver os graves problemas de um clube do dia para o outro. Após virar acionista majoritário do Cruzeiro, Ronaldo se manifestou em seu Instagram e pregou cautela no longo processo que o clube mineiro tem pela frente. "É a minha vez de tentar abrir portas para o time. Não como herói. Não com super poderes para, sozinho, mudar a realidade. Mas com imensa responsabilidade. Com gestão inteligente e sustentável para um crescimento de médio e longo prazo", diz o texto.
Não. Os clubes que são associações sem fins lucrativos podem continuar nesse formato.
Os clubes podem vender até 100%, caso queiram. Isso é estabelecido pelos próprios clubes, que precisam confirmar a mudança em seus estatutos. O Cruzeiro, como associação, manteve 10% de suas ações, enquanto negociou os outros 90% com o ex-jogador Ronaldo. Antes, o clube mineiro pretendia ter 51%, mantendo o controle sobre o futebol. Mas o entendimento foi de que a estratégia não atrairia investidores. Dessa forma, houve a mudança para deixar a maior parte das ações com um comprador.
Alguns especialistas acreditam que a falta de transparência quanto à origem do dinheiro investido pode levantar dúvidas sobre a lisura de projetos. Originalmente, o projeto obrigava as SAFs a informar o nome dos donos de cotas com 10% ou mais do clube-empresa. Essa parte foi retirada da legislação antes de sua aprovação, com o veto sendo mantido pelo Congresso posteriormente. Sob o argumento de atrair investidores para aquecer a prática, o trecho resguardava conflito de interesses ou, até mesmo, a lavagem de dinheiro.
A lei criou um mecanismo que facilita a quitação dos passivos. A SAF nasce sem dívidas, logo essas pertencem ao clube (associação). A lei diz que 20% da receita do clube-empresa e 50% dos lucros e dividendos, caso tenha, devem ser destinados ao clube (associação) para pagar as dívidas.
O texto também criou o Regime Centralizado de Execuções (RCE), que permite renegociar dívidas trabalhistas e cíveis de forma unificada. O prazo para pagamento é válido por seis anos, mas pode ser ampliado para mais quatro, caso já tenha pagado pelo menos 60% da dívida.
O valuation é um importante passo para os clubes que migram para o modelo SAF. Trata-se do processo para estimar o valor de uma empresa. Vários fatores, não só tamanho de torcida e faturamento, são colocados na mesa para definir quanto custa um clube. É preciso realizar um levantamento detalhado e cuidadoso de todas as áreas. Não existe uma única metodologia.
"Não dá para fazer valuation à distância nem aplicar o mesmo modelo para todos os clubes. Mesmo nos mercados maduros, a estratégia é usar mais de um modelo para tentar convergir o valor, excluindo eventuais discrepâncias. É preciso entender o real valor dos ativos, dos atletas, da base, as estruturas de custos, e isso só estando dentro do clube. No fundo, valuation de qualquer ativo tem seus segredos, e no caso de uma atividade volátil e incerta como o futebol é algo ainda mais complexo", explica Cesar Grafietti, economista e consultor de Gestão e Finanças do Esporte.
"O acionista controlador da SAF não poderá deter participação, direta ou indireta, em outra SAF. Portanto, no caso do Ronaldo, o único clube que ele poderá investir no Brasil é o Cruzeiro", diz Eduardo Carlezzo, especialista em direito desportivo e responsável pela constituição da S/A do Atlético-GO. No entanto, essa foi uma das críticas à lei. Investidores escondidos em sofisticadas estruturas societárias podem deter mais de dois clubes.
As SAFs pagam 5% de imposto de suas receitas mensais nos cinco primeiros anos de operação, com exceção do dinheiro da venda de atletas. A partir do ano seguinte, o montante arrecadado com as transações de jogadores seria tributado, com a taxa caindo para 4%.
Apesar de a lei do clube-empresa deixar claro que o acionista de uma SAF não pode ser o mesmo de outras entidades esportivas, a falta de exigência dessa divulgação coloca em risco a integridade do projeto, com investidores escondidos em sofisticadas estruturas societárias para deter mais de dois clubes.
Não. Um exemplo é o Athletico-PR, que é elogiado pela organização financeira e caminha para virar SAF. É um desejo do presidente Mario Celso Petraglia.
Sim. Como toda empresa, está sujeito à falência. A lei permite que se possa buscar recuperação judicial ou extrajudicial.
É improvável reproduzir no Brasil casos como do Manchester City, Paris Saint-Germain e Newcastle, cujos donos são bilionários das famílias reais dos Emirados Árabes Unidos, Catar e Arábia Saudita, respectivamente, que investiram quantias enormes de dinheiro em contratações. Tal prática é chamada por especialistas de sportswashing, o uso estratégico e político do esporte para melhorar sua reputação no mundo, escondendo ações negativas de seus governos. Nesses casos, os clubes escolhidos atuam nas principais ligas do mundo.
"Falamos com investidores de todas as partes do mundo: brasileiros, europeus, americanos, do Oriente Médio. Entramos em contato com centenas. Recebemos a resposta de dezenas. Fechamos acordo de confidencialidade que nada mais é do que troca de informações sobre o Cruzeiro que a gente imaginava de valor da marca, da torcida. Deixo bem claro hoje que não existe o interesse de árabes bilionários para colocar aqui milhões de dólares no futebol brasileiro", disse Pedro Mesquita, sócio da XP Investimentos, que liderou o processo, ao "Canal do Nicola".
Quais os pontos mais criticados na Lei da SAF?
20 de dezembro de 2021 | 05h00
Nesta segunda-feira, a partir das 12h, a edição de 2022 das Copas Libertadores e Sul-Americana começam a definir seus primeiros duelos. O sorteio das fases preliminares das competições continentais será realizado em Luque, no Paraguai, na sede da Conmebol. Fluminense e América-MG são os únicos brasileiros que estarão representados no evento. No caso da Libertadores, serão conhecidos os cruzamentos das três etapas no formato mata-mata que antecedem a fase de grupo - que terá os acréscimos de Palmeiras, Athletico-PR, Atlético-MG, Flamengo, Fortaleza, Corinthians e Red Bull Bragantino.
Primeiramente, serão determinados os três confrontos da 1ª fase, que conta com equipes de seis países. Os potes do sorteio são definidos a partir do ranking da Conmebol, que foi atualizado e divulgado na última sexta-feira. Olimpia (Paraguai), Barcelona de Guayaquil (Equador) e Bolívar (Bolívia) poderão enfrentar Deportivo Lara (Venezuela), Montevideo City Torque (Uruguai) ou Universidad César Vallejo (Peru).
Fluminense e América-MG aparecem no sorteio da 2ª fase e, apesar de estarem em potes diferentes, não poderão se enfrentar. A equipe das Laranjeiras está no Pote 1 e quer fugir de eventuais confrontos com os clubes advindos da fase anterior ou com um dos representantes da Colômbia, que pode ser Deportivo Cali ou Millonarios. Já o América-MG está no Pote 2 e sabe que não terá missão fácil ao encarar equipes mais bem ranqueadas. Confira os potes do sorteio da segunda fase:
Pote 1
Pote 2
A partir deste sorteio, a Conmebol definirá os confrontos da terceira e última etapa da fase preliminar da Libertadores. Estarão classificadas as oito equipes que avançarem da fase anterior. Quem passar pela 3ª fase jogará a fase de grupos da Libertadores (cujo sorteio acontece em 23 de março), enquanto os derrotados irão para a Sul-Americana. A decisão da principal competição do continente será disputada no dia 29 de outubro em Guayaquil, no estádio Monumental, que pertence ao Barcelona. O vencedor poderá embolsar mais do que os US$ 22,5 milhões (cerca de R$ 128 milhões) que o atual bicampeão Palmeiras ganhou com a última conquista em Montevidéu. Os valores devem ser anunciados durante o sorteio pelo presidente da entidade, Alejandro Domínguez.
Com o novo formato adotado na edição de 2021, a Copa Sul-Americana promove duelos mata-mata entre as equipes classificadas (com exceção dos brasileiros e argentinos) para definir quem chegará à fase de grupos. Os jogos são entre clubes do mesmo país e servem como filtro, como acontecia até 2016. Desse modo, Brasil e Argentina terão seis representantes na fase de grupos, já os demais países apenas dois.
A final da Sul-Americana 2022 será realizada em Brasília, no estádio Mané Garrincha, em 1º de outubro. O vencedor deve ganhar cerca de US$ 7 milhões de dólares, o que corresponde a R$ 40 milhões na cotação atual, além de se garantir na fase de grupos da edição seguinte da Libertadores.
18 de dezembro de 2021 | 18h58
A compra de 90% das ações do Cruzeiro trata-se de uma operação histórica, em vários sentidos. Primeiro, por ser a primeira aquisição de um clube feita no modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Segundo, porque um dos clubes grandes do país passará a ser de propriedade de um investidor. E terceiro, porque este investidor simplesmente é o Ronaldo, um nome que dispensa apresentações em qualquer parte do mundo.
A partir disso, não há dúvida de que essa transação atrairá atenção internacional e com isso os clubes brasileiros entrarão no radar de grandes investidores, algo que até poucos meses atrás simplesmente não existia.
Abre-se uma nova página na história do futebol nacional. Os clubes abandonam o falido modelo associativo para entrar de vez dentro do modelo capitalista, já presente em todos os países relevantes no contexto global.
Vários clubes já estavam se mobilizando para fazer a transformação em SAF. Isso tende a aumentar a partir desta transação. Agora, cabe ver como reagirão os outros clubes grandes, pois vários deles até o momento não haviam mostrado nenhuma intenção nesta transformação em empresa: 2022 será um ano eletrizante e um divisor de águas na história do nosso futebol.
*ADVOGADO ESPECIALIZADO EM DIREITO DESPORTIVO; PARTICIPOU DA ELABORAÇÃO DA SA
17 de dezembro de 2021 | 20h00
Modalidade olímpica desde os Jogos de Tóquio, o basquete 3x3 ganhou uma primeira obra em português para preparar os profissionais que vão cuidar das próximas gerações de atletas. Elaborado em parceria entre Cristal Rocha, referência como jogadora e agora treinadora, e Douglas dos Santos Taborda, mestre em educação física, o livro 'além dos 12 segundos', publicado pela editora Appris, tem como objetivo principal dar um norte para os treinadores.
A obra conta com 143 páginas e apresenta sólidos fundamentos didático-pedagógicos que vão ao encontro da cultura de formação permanente do treinador. Mostra vivências práticas do cenário do treinamento esportivo para aplicação em diversas etapas de formação do basquete 3x3, incluindo o alto rendimento.
"Queremos contribuir e dar suporte aos treinadores no processo de formação, desenvolvimento e alto rendimento de atletas, porque, apesar de ter os mesmos fundamentos do basquete 5x5, o basquete 3x3 é completamente diferente nas estratégias de treinos, jogos e conceitos, porque é uma modalidade dinâmica", explica Cristal Rocha ao Estadão. "A preparação física, técnica e tática necessitam estar harmoniosamente organizada", completou.
O livro 'além dos 12 segundos' não é o primeiro lançado no Brasil sobre o tema. Os mestres em educação física, Douglas Vinicius Carvalho Brasil e Alex Natalino Ribeiro, publicaram 'O basquete 3×3: surgimento e institucionalização', pela editora Itacaiúnas, em 2020. A obra de 90 páginas tem uma proposta bastante diferente, que é de apresentar o esporte que iria estrear na Olimpíada de Tóquio.
"Elaboramos uma obra que identifica, relaciona, interage e converge conhecimentos científicos relacionados aos processos de desenvolvimento cognitivo-motor, maturação biológica, iniciação esportiva e formação esportiva multilateral, além de apresentar elementos didático-pedagógicos sobre 'Como Ensinar?' o Basquete 3x3", afirmou Douglas dos Santos Taborda ao Estadão. "Fundamenta uma relação direta entre a inteligência tática contextual como os fundamentos técnicos e a coordenação motora, permitindo assim, a formação de um atleta taticamente inteligente, e, ao mesmo tempo, com um repertório motor bem desenvolvido e diversificado."
"A temática é sobre o processo de ensino-aprendizagem-treinamento voltado para a fase de desenvolvimento esportivo. Realizamos uma pesquisa para saber quantos livros de basquete 3x3 existiam com este formato e ele é o único no mundo", completou Cristal Rocha.
Destaque como atleta, Cristal Rocha se tornou treinadora e tinha o desejo de colocar no papel todo o seu conhecimento adquirido ao longo dos anos. O encontro com Douglas no curso de pós-graduação em esporte de alto rendimento na academia brasileira de treinadores do Instituto Olímpico Brasileiro (IOB) foi o empurrão necessário para o projeto se tornar realidade.
"Eu estava no intervalo das aulas dentro do Maria Lenk, normalmente ficávamos na beira da piscina conversando, e sentei e fiquei conversando com o Douglas, e falei pra ele da sobre este sonho que eu tinha, mas eu não sabia organizar, tirar do papel. E como ele já escreveu diversas obras me deu uma luz e começamos a construir essa ideia juntos", explicou Cristal Rocha.
O resultado final deixou Cristal Rocha e Douglas satisfeitos. "É sempre uma honra dividir e contribuir, deixar uma legado a cada dia. O Douglas e eu estamos muito felizes. Muitas pessoas me perguntavam onde poderiam acha algo mais conceitual sobre o basquete 3x3? Agora temos", afirmou. "É um momento muito especial para mim, que estou desde o início, primeiro como atleta e agora como treinadora. Fico emocionada de ver cada capítulo dessa história e a consolidação do esporte."
Entrevista com
Leila Pereira, presidente do Palmeiras
17 de dezembro de 2021 | 05h00
Leila Pereira é ambiciosa. Essa é uma das facetas que a nova presidente do Palmeiras mais deixa transparecer. A executiva, dona das empresas que patrocinam o clube e já injetaram cerca de R$ 1 bilhão na equipe, tem uma lista de desafios em sua gestão que avalia ser viável cumprir. Ela falou reiteradas vezes em manter um time forte, capaz de ganhar mais títulos, avisou que trará reforços, embora tenha indicado que não virão "medalhões", prometeu reaproximar o torcedor da agremiação, e planeja ficar dois mandatos na presidência, isto é, seis anos no cargo mais proeminente do Palmeiras. “Meu projeto é ficar três anos mais três”, afirma a mandatária ao Estadão.
A empresária natural da pequena Cambuci, no Rio de Janeiro, conversou com o Estadão minutos depois de anunciar em entrevista coletiva que Abel Ferreira dará continuidade ao seu trabalho no Palmeiras. Carismática e hábil na retórica, a executiva reafirmou que não vê conflito de interesses em ser presidente do clube da Crefisa e FAM, patrocinadoras da equipe, prometeu um time competitivo para ganhar o Mundial, embora não tenha citado nomes que podem reforçar o elenco, e disse que fará um estudo para diminuir o preço dos ingressos no Allianz Parque. Ela enxerga ser possível administrar o tricampeão continental simultaneamente às suas 12 empresas e não teme perder o apoio maciço que possui hoje com conselheiros e torcedores, incluindo os membros da principal organizada, a Mancha Alviverde.
O Palmeiras tem um problema de caixa atualmente. Leila quer que o clube seja sustentável financeiramente e "caminhe com suas próprias pernas", afinal, um dia deixará de patrocinar a equipe. O contrato de patrocínio tem vigência até o fim de seu mandato, em 2024, e paga anualmente R$ 81 milhões, podendo chegar a R$ 120 milhões em caso de metas alcançadas. A empresária, já em seu primeiro dia como presidente, contratou a consultoria Ernst & Young para fazer um diagnóstico da situação financeira da agremiação e garantiu que fará uma gestão transparente, voltada para os milhões de torcedores "que estão fora do muro". Certo é que, sob o seu comando, o Palmeiras não vai se transformar em clube-empresa, segundo disse “Tia Leila”, alcunha carinhosa que recebeu dos torcedores.
Sem dúvida, um dos meus maiores desafios é conseguir administrar realmente o Palmeiras como uma empresa, equilibrando as contas, prestigiando as boas pessoas e substituindo os que não trabalham corretamente. Quero separar a política do trabalho do dia a dia. Isso é um desafio também que preciso enfrentar. E o outro grande desafio é superar em títulos a gestão anterior, que foi muito vitoriosa.
Não existe conflito de interesses. O dirigente pode ser patrocinador. Não enxergo onde possa haver conflito de interesse. Estou sentada na cadeira como presidente para proteger os interesses do Palmeiras. Temos um contrato de patrocínio já assinado anteriormente para que não haja esse tipo de interpretação de que “a ela está assinando o contrato com ela mesma”. Não é assim. Se for para a Crefisa e a FAM continuar e não aparecer nenhum patrocinador que consiga investir mais do que eu invisto, eu posso chamar uma reunião e propor isso ao Conselho Deliberativo. A minha ideia sempre é investir no Palmeiras. Mas se houver uma empresa que possa investir um valor superior ao que eu invisto e eu não possa cobrir, é óbvio que vou fechar com quem conseguir investir um dinheiro superior. E vou te falar mais: meu projeto é ficar seis anos, três mais três, dois mandatos.
Esses valores estão em contrato. O Conselho Deliberativo aprovou essa dívida, a transformação dos contratos (em 2017, depois que a Receita Federal multou a Crefisa, foi feito um aditivo contratual e todo atleta adquirido com recursos da empresa passou a ser repassado ao clube como empréstimo). Na venda dos atletas, o Palmeiras paga a Crefisa. E se o jogador sair porque o contrato venceu, o Palmeiras tem dois anos para pagar. Isso aconteceu com o Guerra.
Não. Não tem necessidade. O Palmeiras tem que caminhar com suas próprias pernas. Hoje nós temos um problema grande de caixa. Não poderia, por exemplo, adquirir um jogador à vista hoje. E se for necessário colocar dinheiro, quem decide não é a Leila. Vou submeter isso ao Conselheiro Deliberativo. Jamais vou dar “canetada”. Inclusive, para saber exatamente a situação do Palmeiras hoje, como estou pegando o clube, eu contratei uma consultoria, a Ernest & Young. Ela vai entrar no Palmeiras e fazer um diagnóstico de como está o Palmeiras hoje. Preciso ter esse documento. Baseado nesse diagnóstico, nós fazemos um plano de trabalho. A partir disso posso dizer o que quero e onde podemos chegar. A consultoria vai acompanhar isso.
É difícil administrar ambos. Há momentos difíceis, mas prazerosos, felizes. A diferença de um clube para uma empresa é que no clube você mexe com a paixão do torcedor. Você tem de ter paciência e noção que o torcedor é apaixonado. Quando ele fala, xinga e cobra é movido pela paixão. Eu tenho que usar a razão e ser o mais transparente possível com o torcedor. Tenho que explicar para ele por que não vou fazer determinada coisa. É isso que o torcedor quer, mais transparência, e que converse com ele.
É possível administrar o clube e as empresas. Nós, mulheres, podemos tudo. Eu mudei. Sou uma metamorfose ambulante. O que acontece é que às vezes ter muita convicção não é inteligente. Você muda, reflete e se adapta às situações. Naquele momento, não pensava que fosse possível. Hoje acredito que é. Temos diretores e profissionais competentes nas empresas. No meu dia a dia, vou ficar aqui no Palmeiras. No CT ou no clube. As decisões estratégicas vão continuar passando por mim. Vou sair um pouco do dia a dia.
Eu ainda não discuti isso porque estou assumindo agora. Mas se você me pergunta como isso é possível eu te digo. Temos um custo operacional no Allianz Parque como mandante. Precisamos reavaliar esse valor. Será que esse valor não está alto demais? Porque eu baixando esse valor é possível reduzir o ingresso do torcedor. Vamos mexer nos valores dos ingressos, sem dúvida nenhuma. Não posso oferecer ao torcedor um produto que ele não pode adquirir. Não é inteligente. Não é possível que o Allianz Parque, aquela arena maravilhosa, tenha 15 ou 20 mil pessoas sendo que cabem mais de 40 mil. Isso não entra na minha cabeça. É o estádio mais bem localizado do Brasil. É muito melhor você baixar o custo e lotar do que deixar o estádio vazio. E preciso conversar com a Puma em relação à camisa. O contrato não foi assinado por mim e foi renovado este ano. Vamos ver o que é possível fazer. O torcedor não tem dinheiro hoje para comprar a camisa. Vou entrar fundo com relação ao ingresso e à camisa e deixar claro ao torcedor que todas as tratativas serão divulgadas.
Eu preciso de receita para investir no basquete, por exemplo. Será uma cobrança que eu vou fazer com os diretores das modalidades. O diretor tem que procurar recursos, receitas, para que a gente possa incrementar a modalidade. Sem isso, eu não consigo. Vamos buscar recursos. Se conseguirmos, vamos incrementar o basquete. Se não, não posso penalizar o Palmeiras financeiramente.
Eu fui com menos de um ano de idade para Cabo Frio, a cidade mais linda do mundo. Depois, aos 17 anos fui para o Rio, para fazer faculdade. Sou a única mulher entre três irmãos. Meu pai é falecido, tenho certeza que aonde estiver está falando “olha só onde minha filha foi parar”. De jeito nenhum esperava chegar tão longe. Costumo falar isso com o meu marido. Ele é um homem muito inteligente, experiente. E sempre fala que tudo passa pela cabeça dele. Mas eu digo que ele não imaginava que eu seria presidente do Palmeiras. E ele diz: “jamais”. É uma conquista muito relevante, não só para mim, mas para todas as mulheres. Por isso fiquei tão emocionada na posse. Um clube extremamente tradicional e machista eleger uma mulher, de nome Leila Pereira, sem nenhuma raiz italiana. É uma conquista e uma responsabilidade muito grande. Estou muito feliz.
Eu não posso desagradar os milhões de torcedores, nem a minha consciência e meus princípios. E a grande maioria dos conselheiros quer o que eu quero: um Palmeiras bem administrado e forte financeiramente, sem depender apenas de um patrocinador. Um patrocinador sempre é muito importante, em qualquer esporte, mas a grande maioria quer que o Palmeiras caminhe com as suas próprias pernas porque uma hora a Leila vai sair.
16 de dezembro de 2021 | 09h27
Agora bicampeão da Copa do Brasil, após a vitória por 2 a 1 sobre o Athletico-PR por 2 a 1, em Curitiba, parte do elenco do Atlético-MG desembarcou no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, no início da manhã desta quinta-feira, por volta de 6h20. Na bagagem, a delegação levou a taça da competição nacional, vencida pelo clube mineiro pela segunda vez - a primeira foi em 2014.
Voltaram para Belo Horizonte os zagueiros Réver e Igor Rabello, os meias Dylan Borrero, Nacho e Zaracho e o atacante Hulk e Savarino, entre outros membros da comissão técnica e da diretoria. Alguns, como é o caso do treinador Cuca, só retornarão à capital mineira na reapresentação para a pré-temporada de 2022, marcada para começar no dia 17 de janeiro.
Desta vez, foram poucos os torcedores que se deslocaram ao aeroporto para acompanhar a chegada dos atletas. Um dos jogadores que desembarcou em Belo Horizonte, Igor Rabello disse que a noite de quarta-feira e a madrugada de quinta foram de bastante festejo. "A noite foi bem intensa ontem (quarta). Agora é cada um comemorar com sua família, aproveitar para descansar bastante", afirmou.
A diretoria do Atlético-MG não preparou nenhuma comemoração oficial na capital mineira. Mas a festa da torcida começou ainda antes do jogo de quarta-feira. Com o duelo realizado em Curitiba, vários bares de Belo Horizonte receberam os atleticanos no decorrer da noite.
Após a confirmação do título, a maior concentração pelas ruas foi em frente à sede administrativa do clube, no bairro de Lourdes. Houve foguetório no local. No ginásio Mineirinho, a partida foi transmitida em um telão, com atrações musicais desde o início da noite.
Outros pontos de comemoração foram registrados em pontos tradicionais de Belo Horizonte: na avenida Olegário Maciel, região Centro-Sul, onde fica localizada a sede do clube, e também na Praça Sete, no centro da capital mineira.
15 de dezembro de 2021 | 05h00
Considerado o grande time da temporada 2021, o Atlético Mineiro está perto de fazer história. Após golear o Athletico-PR por 4 a 0 no jogo de ida, o time comandado por Cuca visita o rival, em Curitiba, às 21h30 desta quarta-feira, para confirmar o título da Copa do Brasil e selar a Tríplice Coroa e a melhor temporada da sua trajetória de 113 anos. Já a equipe paranaense busca uma atuação de gala e histórica para reverter a dura derrota sofrida no domingo.
Campeão do Brasileirão, o time mineiro poderá levantar a segunda taça em apenas 10 dias. E, como foi campeão do Estadual, está em totais condições de sonhar com a Tríplice Coroa, repetindo o que o rival Cruzeiro fez em 2003. De quebra, se confirmar o favoritismo, será campeão da Copa do Brasil pela segunda vez em sua história. A primeira foi em 2014, justamente sobre o arquirrival.
Atlético-MG embolsará R$ 146,9 milhões em premiações no ano se confirmar o título da Copa do Brasil
O favoritismo do Atlético-MG para esta quarta é inegável e se sustenta na vantagem construída com os quatro gols marcados no Mineirão, no fim de semana. O time de Cuca levanta mais um troféu se perder por até três gols de diferença. Se o Athletico-PR alcançar uma épica vitória por quatro gols de vantagem, o duelo será decidido nos pênaltis. Gol marcado fora de casa não será critério de desempate.
Como de costume, a equipe mineira está confiante, mas evita o clima de "já ganhou". "É uma vantagem boa. A gente entrou em casa para ganhar, pois sabia que jogar lá contra o Athletico-PR é difícil, campo sintético, um treinador muito inteligente", adverte Keno. "(O time) Fez boa vantagem, mas não tem nada ganho. É decisão, jogo de guerra e temos de entrar com toda disposição que entramos aqui."
A vantagem dos mineiros, contudo, não se restringe ao placar. De longe, o Atlético é o time mais elogiado do Brasil pelo que apresentou ao longo de toda a temporada. A sólida defesa e o poderoso ataque, liderado por Hulk, fizeram o título do Brasileirão ser conquistado com 13 pontos de vantagem, o segundo melhor ataque e a melhor defesa do campeonato. Foram apenas seis derrotas em 38 rodadas.
Se confirmar o favoritismo, o time de Cuca deve ser considerado o maior da história do Atlético. Mas, mesmo ainda sem levar o troféu, o ídolo Reinaldo já crava a equipe atual como a melhor de todas. "Este time do Atlético pode ser considerado o maior da história. Até por este grande título, este bicampeonato (brasileiro). E tudo evoluiu. Nós jogamos um futebol bonito", afirmou o ex-jogador ao canal SporTV.
Para a finalíssima, Cuca não terá o atacante Diego Costa, que sequer viajou com a delegação na terça, mas deve comparecer à Arena da Baixada para apoiar os companheiros. Ele se recupera de um incômodo na coxa direita sofrido no jogo de ida. Vargas deve compor o trio de ataque com Keno e Hulk. Outra opção é Nacho Fernández.
O zagueiro Nathan Silva é outra baixa. Gripado, ficou em repouso na capital mineira. Mas não poderia ser escalado mesmo se estivesse bem fisicamente. Ele já defendeu o Atlético-GO nesta edição da Copa do Brasil.
Do lado paranaense, o Athletico também sonha com o segundo título da competição nacional. E busca inspiração em 2019, quando levantou o troféu do torneio pela primeira vez. Naquela edição, levou 2 a 0 para o Grêmio na ida da semifinal. Devolveu o placar na volta e venceu nos pênaltis. Também deixou pelo caminho o Flamengo, de Jorge Jesus, antes de bater o Internacional na final.
O time de Curitiba também amealhou elogios ao longo de 2021. Mas não chegou a encantar. Passou boa parte do Brasileirão brigando contra a zona de rebaixamento por ter se concentrado na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana, torneio no qual se tornou o primeiro time brasileiro a somar dois títulos, após vencer o Red Bull Bragantino na final.
A situação atual, no entanto, é mais complicada. Com a dura missão de vencer o melhor time do Brasil, e por uma diferença de quatro gols, o Athletico pode entrar em campo sem um dos seus principais jogadores. O meia-atacante Nikão apresenta dores no tornozelo, após sofrer entrada dura de Igor Rabello no jogo de ida, e é desfalque quase certo. Se jogar, será no sacrifício. Pedro Rocha deve ser o substituto.
Outra baixa de peso é o zagueiro Thiago Heleno, suspenso por ter levado o terceiro cartão amarelo no fim de semana. Zé Ivaldo é a principal opção do técnico Alberto Valentim para a zaga.
ATHLETICO-PR X ATLÉTICO-MG
ATHLETICO-PR - Santos; Pedro Henrique, Zé Ivaldo e Nico Hernández; Marcinho, Erick, Léo Cittadini e Abner; Nikão (Pedro Rocha), Renato Kayzer e Terans. Técnico: Alberto Valentim.
ATLÉTICO-MG - Everson; Mariano, Igor Rabello, Alonso e Guilherme Arana; Allan, Jair e Zaracho; Hulk, Vargas e Keno. Técnico: Cuca.
ÁRBITRO - Anderson Daronco (Fifa/RS).
HORÁRIO - 21h30.
LOCAL - Arena da Baixada, em Curitiba (PR).
13 de dezembro de 2021 | 10h00
Com a confirmação do rebaixamento de Grêmio e Bahia, na última rodada do Brasileirão realizada na quinta-feira, a Série B de 2022 terá recorde de campeões brasileiros, com a marca de 14 títulos nacionais somados. O detalhe indica o quão equilibrada será a segunda divisão do futebol nacional na próxima temporada. Na edição atual, Vasco e Cruzeiro não conseguiram subir.
No próximo ano, Grêmio e Bahia, que somam dois títulos de Brasileirão, e Sport, campeão uma vez, se juntam a Vasco e Cruzeiro, que totalizam quatro títulos, e o Guarani, que possui uma taça, como os campeões que não conseguiram o acesso e terão de ficar mais uma temporada na Segundona. Dentre os times considerados 'grandes' no cenário nacional, apenas o Botafogo retornou para a elite ao se sagrar campeão da Série B. O clube cruzmaltino e a equipe celeste deixaram a desejar, ocupando as 10ª e 14ª colocações, respectivamente.
Mesmo sem um elenco de grandes jogadores e investimentos tímidos em contratações, o Botafogo teve uma campanha sólida em uma das edições mais concorridas da história da Série B. O CEO do clube alvinegro, Jorge Braga, destaca todas as dificuldades que passou na competição e frisa que a volta à primeira divisão é fundamental para as finanças do clube.
"A expectativa da torcida era de voltar à elite do futebol brasileiro e a sensação, principalmente pela contribuição financeira, é de alívio", disse o dirigente. "Em um campeonato tão equilibrado e disputado como a Série B, temos ciência de que conseguimos um feito muito importante, embora a primeira divisão seja outro departamento e, a partir de agora, a nossa responsabilidade de administração aumentou ainda mais", explicou Braga.
O presidente do Juventude, Walter Dal Zotto, que celebrou a permanência do time gaúcho na Série A na última rodada, relembra o acesso em 2020, ao terminar a Série B na terceira colocação com 61 pontos, e elenca os principais fatores para fazer um campeonato de sucesso. "Para ter êxito, é preciso buscar perfis de jogadores que tenham passado por conquistas de acesso e, principalmente, de qualidade e que sejam aguerridos para circunstâncias que a disputa exige. Na primeira divisão, há mais tática e você ganha as partidas nos detalhes. Já na Série B, força e vigor físico se sobressaem", disse.
Dal Zotto ainda argumenta que, diferentemente de antigamente, hoje, os clubes que caem e possuem maior faturamento em relação aos demais, não têm o mesmo aporte financeiro de antes. Por essa razão, a volta no ano seguinte para a elite não é certa. "Agora, isso mudou, vemos mais dificuldades financeiras. Eles não podem jogar apenas com a camisa. Se compararmos as duas principais divisões do futebol nacional, a diferença de receita e orçamento de TV são significativas e isso representa um baque razoável às instituições quando o rebaixamento acontece", analisa o presidente. Em média, cerca de 50% das receitas caem.
Após vencer o Corinthians por 1 a 0, no Alfredo Jaconi, o Juventude, ao chegar aos 46 pontos, concretizou a permanência na primeira divisão, competição que não disputava desde 2007. Pensando a longo prazo, Dal Zotto aposta em uma boa gestão para seguir firme na Série A pelos próximos anos. Neste caminho, um exemplo de trabalho a ser seguido é do o Fortaleza, gerido pelo presidente Marcelo Paz.
Depois do título conquistado na Série B de 2018 e o ingresso à primeira divisão a partir do ano seguinte, o time cearence é exemplo de baixo orçamento e grandes resultados. Já são três anos consecutivos disputando a elite do futebol brasileiro. Sua folha de pagamento é de R$ 3,3 milhões. Nesta temporada, o Fortaleza bateu recordes e protagonizou uma grande campanha, que culminou com a 4ª colocação, classificando-se para a fase de grupos da Copa Libertadores, algo inédito na história do clube.
"A campanha superou as expectativas. Nosso objetivo era uma vaga na Sul-Americana e nós já estaríamos satisfeitos, mas vimos que poderíamos sonhar mais", declarou Paz. "O processo de consolidação de um time na primeira divisão leva pelo menos cinco anos. O Fortaleza se preparou para chegar ao quarto ano seguido na elite do Campeonato Brasileiro ao investir muito na estrutura física do clube, em condições de treinamento e de tratamento de lesões, na logística para amenizar as viagens, além de rejuvenescer o elenco, considerado um pouco mais velho do que o recomendado no Brasileirão 2020."
Nos últimos anos, as equipes tradicionais do futebol brasileiro têm sofrido com crises esportivas e financeiras. Esse mau trabalho de gestão abriu espaço para clubes emergentes, como o Cuiabá, único clube representante do Mato Grosso na Série A, que, neste ano, além de bater o objetivo de se manter entre os melhores do Brasil, encerrou a temporada com uma classificação inédita para a Copa Sul-Americana. Obteve também uma generosa premiação de R$ 11,9 milhões pelo 15º lugar alcançado.
"A Série A foi a experiência mais intensa vivida por esse clube e trouxe uma realidade diferente de tudo que o Cuiabá já passou. Ainda mais este ano, onde o ponto de corte para permanecer foi alto", celebra o vice-presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch. "Foi uma temporada de aprendizado gigantesco, ainda mais para um clube que vai fazer 20 anos no próximo domingo. Todos que fazem o Cuiabá estão de parabéns. Dos funcionários do clube aos jogadores."
O dirigente ainda completa que o sucesso passa pelo modelo de gestão adotado pelo clube. "O futebol é um esporte de muitas variáveis onde não se pode controlar tudo que acontece dentro de campo. Por isso, é importante ter um ambiente organizado. Todos os setores do clube sabem o que fazer, como fazer e quando fazer. Além de termos uma organização financeira, que dá tranquilidade e estabilidade ao jogador", revelou.
Para Marcelo Segurado, executivo de futebol do Santa Cruz, com dois acessos na carreira (pelo Goiás, em 2012, e pelo Ceará, em 2017), a principal armadilha para as agremiações de maior expressão é a ideia de que somente a camisa vai fazer com que o resultado venha. "Quando uma instituição dessas cai, é em virtude de erros que vêm sendo cometidos por vários anos. Um time não cai apenas pelo planejamento errado de um ano. Assim como os que ascendem de séries inferiores não chegam lá exclusivamente por um ano extraordinário", analisou.
12 de dezembro de 2021 | 09h43
Monarco, presidente de honra da escola de samba Portela, morreu no sábado, 11, aos 88 anos de idade, após passar as últimas semanas internado em decorrência de uma cirurgia no intestino. Diversos artistas usaram suas redes sociais para prestar solidariedade e publicar homenagens e elogios à carreira do compositor.
"Monarco foi uma voz e uma consciência que ajudou a escrever a história da Portela e do samba por mais de 60 anos. Um grande artista e uma grande figura, com o coração do tamanho de um talento de valor imensurável. Perdemos hoje um baluarte", lamentou Paulinho da Viola.
Morre, aos 88 anos, Monarco, presidente de honra da Portela
Marisa Monte relembrou um vídeo feito durante a gravação do disco Portas, em que falou com o sambista por telefone. "Monarco sempre foi um mestre nato, de personalidade generosa, que gostava de compartilhar seu saber e suas histórias. Sua memória prodigiosa guardava os melhores sambas e era nossa enciclopédia. Testemunha viva da história do samba, a ele a gente recorria quando queria saber sobre os assuntos dos bambas. Um homem generoso e gentil", homenageou.
Zeca Pagodinho destacou o "dia de luto no Brasil e no mundo do samba" e publicou um breve vídeo: "Perdemos o Monarco, nosso mestre. A Portela está triste, o mundo do samba está triste. Só tenho a falar que ele teve uma missão bacana, não fez feio. Deus recebe."
Péricles usou a função de stories do Instagram para postar uma imagem de Monarco ao lado da frase: "Luto: 1933-2021", referência ao seu período de vida. O Instagram oficial de Arlindo Cruz também postou uma homenagem: "O samba perde um mestre, um professor, uma referência e um talento indescritível. Nossas condolências e sentimentos a todos os familiares".
João Diniz, sambista e neto de Monarco, publicou: "Vô, sua passagem aqui neste plano foi linda e histórica, deu início a um legado, uma dinastia que hoje carrego comigo. Obrigado por ter sido tão especial e presente na minha vida".
"Deus o guarde, mestre Monarco! Jamais vou esquecer os momentos e shows que fizemos juntos. Tenho um samba em parceria com ele (ainda inédito). Descanse em paz! Te amo!", escreveu o cantor Léo Russo.
A escola de samba divulgou uma nota de pesar em seu perfil no Instagram, ressaltando que Monarco havia sido homenageado na sexta-feira, 10, com a inauguração da Sala de Troféus da Portela, que leva seu nome.
Monarco chegou à ala de compositores da Portela na década de 1950, aos 17 anos. Gravou o primeiro álbum em 1976, e, desde então, gravou com nomes de peso da música brasileira.
Entrevista com
Hulk, atacante do Atlético-MG
10 de dezembro de 2021 | 22h29
Quando desembarcou no Brasil, no início do ano, Hulk vivia uma situação curiosa: respeitado no exterior, onde foi multicampeão, chegava ao Atlético Mineiro para tentar provar seu valor no país natal, onde era mais lembrado pela fatídica Copa do Mundo de 2014. Conseguiu.
Craque da conquista alvinegra no Brasileirão, após 50 anos de jejum, e do próprio campeonato - foi eleito o melhor jogador da competição pela CBF -, o atacante do Galo, aos 35 anos, foi muito além das Alterosas, conquistando a todos com seu talento e postura. É aclamado até mesmo por torcidas rivais.
Essa reafirmação pode ser notada nessa entrevista exclusiva ao Estadão. Durante a conversa, ele fala, também, da trajetória vitoriosa, da decisão da Copa do Brasil contra o Athletico-PR, do momento em que foi conquistado pela torcida do Galo, de como deixou para trás as polêmicas com Cuca e do sonho de, quem sabe, voltar à seleção brasileira.
Saí muito novo e fui construindo a carreira fora, com mais destaque nos quatro anos no Porto, que foram maravilhosos. Saí muito valorizado, com a torcida pedindo para eu não sair. Foi uma transferência boa para os dois lados, sendo uma das maiores até hoje em Portugal. E é diferente daqui, até porque saí muito novo, praticamente não joguei aqui e teve a questão de 2014, que entendo que foi pesada. Desde o início, sabia que ia ter aquela desconfiança, até pela minha idade. Mas sempre fui um cara bastante empenhado. Precisava apenas de ganhar condição física e me adaptar ao futebol brasileiro para mostrar meu valor. Trabalhei muito e, graças a Deus, consegui conquistar esse respeito de todos.
Posso até falar publicamente, pois já conversamos e deixamos isso para trás. O Cuca não conhecia todas as minhas características. Depois, a gente foi se conhecendo e um entendendo o outro. Nossas conversas fluíram e o resultado começou a vir no campo. Eu até falo que a função não era novidade para mim, pois joguei na China e até no Zenit, mas precisava entender melhor a proposta. Tanto que este ano joguei centralizado, de segundo atacante e até mesmo aberto.
Dia a dia tínhamos conhecimento do quanto eles (torcedores) foram prejudicados, do quanto sofreram. Isso chegou na gente. Queríamos ganhar por eles. Mereciam demais. No jogo contra o Bragantino (no último domingo), foi de arrepiar as fotos dos torcedores levando imagens dos parentes e amigos que não puderam dividir aquele momento com eles. Mexeu muito conosco.
Eu sempre acompanhei a torcida através das redes. Sabia do amor deles pelo time e pelos ídolos. Vi isso trabalhando com o Réver e o Victor. Sempre tinha esse carinho, mas faltava o contato. E naquele jogo contra o River (pelas oitavas da Libertadores) eu senti pela primeira vez. Era uma sintonia incrível. Me emocionei com aquele calor, vi que era de verdade. Uma coisa é você ver; outra, sentir. E também quando liberou 100% do público, a sensação foi única.
Comemorar com a torcida é o mínimo. Você recebe todo o apoio durante o jogo. Na hora do momento máximo, que é o gol, o mínimo que posso fazer é direcionar a eles sua alegria. Em relação a entrar para a história, o que busco é com meus companheiros ficar marcado pelos títulos. E todos ali foram fundamentais. Todos viviam a mesma dor da torcida e estavam na expectativa pelo Brasileiro. Agora, queremos terminar o ano com a Copa do Brasil e ganhar a Tríplice Coroa.
Quem me conhece, sabe como sou. Se estou por baixo ou por cima, não vou mudar meu tratamento com ninguém: trato todos, sem exceção, com muito respeito. Quero respeitar todas as torcidas. Esses dias mesmo falei do Cruzeiro, que desejo que cresça novamente. É nosso maior rival, quero ganhar dele sempre, mas não vou postar gracinha, não vou provocar. Não preciso disso. Não quero polêmica. Dou meu melhor pelo Atlético e sempre será assim. Faltar respeito com jogador, adversário ou árbitro, isso você não verá de mim.
Certeza a gente só tem quando bate a pontuação, mas te falo que, mesmo com derrota, vi que dava para ser campeão já contra o Fortaleza, na primeira rodada. A gente sabia que tinha um time muito bom, que precisava apenas acertar. Se você tirar aquele jogo, a gente sempre foi muito competitivo. Mas teve um momento delicado, na semana em que fomos eliminados da Libertadores, em casa pelo Palmeiras e encaramos um forte Inter já no sábado.
Claro que impactou. Estávamos em uma semifinal de Libertadores contra o Palmeiras, invictos. E quando saímos, ficamos frustrados. Sabíamos que tínhamos tudo para passar. Mesmo enfrentando um time forte, que era o atual campeão, a gente dominou os dois jogos, sendo superiores. Porém, o Palmeiras é muito forte também e inteligente, sabendo explorar a oportunidade. Foi por detalhes. Aí você chega no vestiário e claro que dói um pouco, mas ali já combinamos que tínhamos de nos manter focados já para pegar o Inter. Era sentir um dia e reerguer. Contra o Inter, eles dominaram o primeiro tempo. Tivemos sorte de não ter saído atrás no marcador. Fomos para o vestiário e colocamos a casa em ordem. Tanto que, no segundo tempo, não demos chances para eles. Saímos muito fortes daquele jogo.
Sem dúvida. Se você mantiver os pés no chão, a humildade, não deixar o ego falar mais alto e trabalhar duro, vai dar resultado. A equipe manteve isso. Te falo que nossos jogadores são muito profissionais.
Todos os jogadores que atuam em alto nível sonham em estar defendendo a seleção. Porém, sempre friso que tenho que continuar bem no Atlético. Vamos fazer de tudo para ganhar essa Copa do Brasil e, depois, repor as energias. Quero voltar igual ou melhor ano que vem. Não pela seleção, pelo Galo. Mas, se tiver a oportunidade, claro que quero mostrar meu valor ao Tite.
Sabemos que o Athletico é um grande adversário. Merece total atenção. É o atual campeão da Sul-Americana e vem mostrando que é muito forte em mata-mata, com jogadores experientes. Digo que temos que fazer um grande jogo no domingo, em casa, se Deus quiser saindo com um resultado positivo, já que lá eles são muito fortes. Ainda mais com uma grama artificial, que muda totalmente o estilo de jogo. O campo é mais duro e desgasta mais. Não vai ser fácil, mas estamos preparados.
10 de dezembro de 2021 | 05h01
O Grêmio teve seis oportunidade ao longo do Campeonato Brasileiro de assumir seu próprio destino na competição. No futebol isso significa "depender de suas forças" na tabela. Em nenhuma delas, no entanto, conseguiu se impor. O time não é ruim. Se começasse o torneio novamente, poderia ter melhor sorte. Mas, afinal, por que o Grêmio foi rebaixado para a Série B neste ano, juntando-se a Vasco e Cruzeiro, dois outros gigantes do futebol nacional, em 2022?
A resposta não se resume a uma simples explicação, a um único fato. Há muito mais entre o céu e o inferno na classificação. O clube gaúcho também se junta a Bahia, Chapecoense e Sport, três outros rivais que foram rebaixados nesta temporada. O Estadão volta no tempo e tenta contar a história desse Grêmio que terá de passar um ano na Segundona, pagando seus pecados - isso se conseguir fôlego para bater e voltar, o que não aconteceu com Vasco e Cruzeiro, mas foi o caminho do Botafogo.
Talvez o primeiro grande problema do Grêmio em 2021 tenha sido Renato Gaúcho. O treinador que comandou o clube por cinco anos assumiu todas as funções do departamento de futebol e, mesmo sem querer, desestruturou a necessidade de uma mínima organização com o elenco. Renato personificou o futebol gremista. Isso funcionou até sua saída. Deram a ele todo o poder do futebol. Quando foi embora, não havia departamento estruturado. O clube teve de reconstruir isso praticamente do zero, mesmo que digam o contrário. Ficou seis meses, ou mais, sem ter um executivo de futebol.
Quando saiu, depois de um tempo, Renato disse que não teve o devido respeito de um colaborador do clube, da diretoria, que, segundo ele, "não entendia nada de futebol". Renato se recuperava da covid-19 quando o time foi eliminado na Libertadores.
Desde a segunda rodada do Brasileirão, o Grêmio ocupa a Z-4. É muito tempo. O grupo acreditou que poderia fugir daquele lodo a qualquer momento. Tinha até motivos para confiar nisso. O elenco não era ruim, havia jogadores acima da média e os técnicos prometiam. Mas os resultados nunca aconteceram e as chances de sair do buraco foram sendo empilhadas. Havia alguns atletas que chegaram e foram embora sem serem notados, casos de André, Thiago Neves e do próprio Rafinha, que não respondeu ao que se esperava dele. O dinheiro não jorrava, mas as contas foram mantidas em dia.
Mesmo assim, as rodadas foram avançando, havia muitos asteriscos na tabela e isso dava a impressão de que era possível escapar.
O time teve ainda quatro treinadores de respeito, pelo menos no papel, contando Renato Gaúcho. Tiago Nunes conhecia bem a região e sabia onde estava pisando. Fez um bom trabalho no Atlhetico-PR e um trabalho ruim no Corinthians. Estava atrás de nova oportunidade. Não vingou. Depois, chegou Felipão e tudo o que ele significava para os gremistas. Mas ele não conseguiu domar o vestiário e suas orientações de campo não deram certo. Felipão teve de tirar o time da lanterna. Trabalhou em 21 jogos. O clube soltou uma nota para explicar a demissão do técnico após derrota para o Santos na Vila. Teve 48% de aproveitamento. Foi o melhor de todos os treinadores do time na temporada.
"O Grêmio informa que chegou a um comum acordo com o técnico Luiz Felipe Scolari para o encerramento do vínculo. Felipão deixa o Grêmio com seus auxiliares. Nesta quarta passagem pelo Tricolor, o técnico bicampeão da América tornou-se o segundo treinador com mais jogos à frente do Grêmio, completando 385. No último mês, perpetuou-se na história gremista ao marcar seu nome na Calçada da Fama. O clube agradece o comprometimento e respeito do técnico e sua equipe com a instituição durante o período de trabalho. Ao mesmo tempo, Luiz Felipe deixa registrado o seu agradecimento ao Grêmio", informou. Felipão não tinha muito o que falar. "Continuarei sendo gremista, como sempre fui e sempre serei".
Por fim, Vagner Mancini foi seduzido pelas cores do clube, abandonou o América-MG e aceitou a missão de 'salvar' o Grêmio. Entre suas explicações, empates e derrotas, a história se consuma nesta segunda, com o rebaixamento da equipe. Já se esperava. Era uma morte anunciada. Mesmo se escapasse, Mancini não continuaria para 2022. Seu trabalho não foi aprovado.
A torcida tem um capítulo só dela nesta queda. Apoiou o time enquanto pôde. Empurrou, aplaudiu, cobrou. Mas também prejudicou o clube e seus próprios colegas quando um grupo invadiu a Arena e tratou de provocar o terror, deixando um rastro de destruição. A cabine do VAR foi destruída. Ocorreu no jogo contra o Palmeiras, em outubro, após derrota por 3 a 1. O Grêmio foi punido e os portões, fechados. Ou seja, o time jogou sem torcida. O clube identificou 22 torcedores e repassou seus nomes para as autoridades de Porto Alegre.
Como todo grande que cai, o foco do Grêmio será a Série B em 2022. Não voltar para a elite do futebol brasileiro significa menos dinheiro em caixa, elencos mais modestos, patrocinadores reduzindo valores por causa da menor exposição e cotas de premiação inferiores às dos times do Brasileirão. Quanto mais um clube fica nas divisões inferiores, mais ele encolhe.
09 de dezembro de 2021 | 05h00
A 38ª e última rodada do Brasileirão tem grande importância para 12 dos 20 clubes. Todos entram em campo nesta quinta-feira, às 21h30, para encerrar suas trajetórias no torneio nacional. Como o título já está definido depois que o Atlético Mineiro sagrou-se bicampeão com antecedência, as principais disputas na rodada derradeira do certame são a briga pelas últimas vagas na Libertadores 2022 e Copa Sul-Americana, que inclui Santos e São Paulo, e a luta para escapar do rebaixamento. O protagonista deste calvário é o Grêmio, por um fio de descer à Série B pela terceira vez em sua história.
Será uma quinta-feira triste ou de alívio para Bahia, Cuiabá, Grêmio ou Juventude. Dois deles serão rebaixados e se juntarão a Chapecoense e Sport. Na parte de cima, há oito candidatos para as últimas três vagas da Libertadores 2022 - uma para a fase de grupos e duas para as etapas préliminares. Os que não forem à principal competição do continente jogarão a Sul-Americana, com exceção do 16º colocado e dos quatro rebaixados.
O Grêmio poderia ter caído na 36ª rodada, mas ganhou sobrevida ao superar o São Paulo, empatar com o Corinthians e ser beneficiado com a derrota do Juventude no Morumbi. Porém, a possibilidade de o clube gaúcho jogar a segunda divisão nacional pela terceira vez ainda é grande. O time de Vagner Mancini, 18º colocado, com 40 pontos, precisa vencer o campeão Atlético-MG, que vai atuar com reservas, e terá de torcer para que Bahia e Juventude percam. Os dois somam 43 pontos e ocupam 16ª e 17ª posições, respectivamente.
"Enquanto há esperança, nós vamos lutar. Dependemos de alguns resultados, mas o Grêmio ainda tem chance. Eu acredito muito nisso ainda", disse o técnico Vagner Mancini, ainda esperançoso.
O Corinthians teve a chance de rebaixar o Grêmio na rodada anterior, mas não o fez. O time gaúcho, no entanto, ainda depende do rival paulista porque a equipe de Sylvinho encara o Juventude no Alfredo Jaconi. O Bahia, outro concorrente do Grêmio contra o descenso, visita o Fortaleza no Castelão.
O Cuiabá é o que corre o menor risco de retornar à Série B. O clube do Mato Grosso chegou aos 46 pontos ao superar o Fortaleza na segunda-feira e precisa somar mais um para se salvar. Mesmo se tropeçar no seu último compromisso pode se manter na elite, caso seus rivais não sejam bem sucedidos.
O rival do Cuiabá em seu último compromisso é o Santos, aliviado por eliminar qualquer risco de queda. O Brasileirão distribui tantas vagas para os torneios continentais que o clube da Vila Belmiro e o São Paulo saíram da condição de ameaçados pela degola ao posto de assegurados na Sul-Americana. E os times de Fábio Carille e Rogério Ceni, com 49 e 48 pontos, respectivamente, querem mais. Podem, ainda, garantir um lugar na fase prévia da Libertadores. Para isso, terão de vencer Cuiabá e América-MG e torcer para seus concorrentes tropeçarem.
Serão nove clubes brasileiros na próxima edição da principal competição do continente, sendo que seis deles já estão garantidos: Palmeiras e Athletico-PR, campeões da Libertadores e Sul-Americana, respectivamente, Atlético-MG, Flamengo, Corinthians e Fortaleza.
Red Bull Bragantino, Fluminense, América-MG, Atlético-GO, Ceará, Santos, Internacional e São Paulo jogam nesta quinta a fim de garantir os últimos lugares no torneio continental, mesmo que seja nas etapas prévias.
De acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, que estuda as probabilidades das equipes no Brasileirão, os favoritos a garantirem um lugar na Libertadores são Red Bull Bragantino, Fluminense e América-MG. Eles ocupam atualmente um posto entre os oito primeiros. São sexto, sétimo e oitavo, respectivamente.
O time de Bragança tem 53 pontos, e a equipe carioca, 51. Os mineiros somam 50, bem como o Atlético-GO, que derrotou o Inter de virada no Beira-Rio na última segunda-feira e se fortaleceu nessa briga. O Ceará é outro a aparecer com 50. Mais abaixo, estão Santos (49), Inter (48) e São Paulo (48).
Na rodada final, o Fluminense recebe a lanterna e já rebaixada Chapecoense, o Bragantino faz duelo direto pela vaga com o Inter em casa, o América-MG recebe o São Paulo em outra partida que opõe dois postulantes a irem ao torneio continental, o Ceará visita o despreocupado Palmeiras na capital paulista, e o Atlético-GO encara o Flamengo em Goiânia.
Flamengo e Palmeiras já asseguraram a segunda e terceira posições, respectivamente, e jogam o seu último compromisso com reservas. O time alviverde, aliás, faz isso desde a 36ª rodada, uma vez que o elenco ganhou férias após a conquista do tri da Libertadores.
Nove dos dez confrontos têm importância para a conclusão da competição. Nada há nada em jogo apenas em Sport x Athletico-PR, que se enfrentam no Recife. O time pernambucano já está rebaixado e o clube paranaense não corre mais risco. Com isso, pode se concentrar nas finais da Copa do Brasil contra o Atlético-MG.
Quinta-feira, às 21h30
Fluminense x Chapecoense - Maracanã
Palmeiras x Ceará - Arena Barueri
Santos x Cuiabá - Vila Belmiro
América-MG x São Paulo - Arena Independência
Grêmio x Atlético-MG - Arena do Grêmio
Fortaleza x Bahia - Arena Castelão
Sport x Athletico-PR - Arena Pernambuco
Red Bull Bragantino x Internacional - Nabi Abi Chedid
Juventude x Corinthians - Alfredo Jaconi
Atlético-GO x Flamengo - Antônio Accioly
08 de dezembro de 2021 | 05h00
O ano de 2021 vai chegando ao fim e a bola rola nesta semana para jogos decisivos da Liga dos Campeões e do Campeonato Brasileiro. No velho continente, o Barcelona tem parada dura contra o Bayern, na Arena de Munique, às 17h (horário de Brasília), para garantir vaga nas oitavas de final do principal torneio de clubes da Europa. No mesmo horário, o Manchester United faz seu primeiro jogo na competição sob o comando de Ralf Rangnick. O time de Cristiano Ronaldo encara o Young Boys, da Suíça, já classificado.
Já na quinta-feira, as emoções ficam por conta da 38ª e última rodada do Brasileirão. A briga contra o rebaixamento tem como protagonistas Grêmio, Bahia e Juventude, mas apenas um irá se salvar da queda. Santos e São Paulo, por sua vez, precisam vencer para ainda sonhar com uma vaga na Libertadores, mesmo que as chances da dupla sejam remotas. Todas as partidas ocorrem às 21h30.
O Estadão acompanha essas e outras partidas em tempo real. Clique no link para seguir o tempo real dos jogos.
Liga dos Campeões
17h Bayern de Munique x Barcelona
17h Manchester United x Young Boys
Liga Europa
14h 45 Napoli x Leicester
Brasileirão
21h30 Fluminense x Chapecoense
21h30 Palmeiras x Ceará
21h30 Santos x Cuiabá
21h30 América-MG x São Paulo
21h30 Grêmio x Atlético-MG
21h30 Fortaleza x Bahia
21h30 Sport x Athletico-PR
21h30 Red Bull Bragantino x Internacional
21h30 Juventude x Corinthians
21h30 Atlético-GO x Flamengo
07 de dezembro de 2021 | 08h00
A vitória sobre o Juventude e a garantia do São Paulo na elite do Campeonato Brasileiro não acabaram com a tristeza de Rogério Ceni. Visivelmente abatido, o treinador, em entrevista coletiva, falou da decepção por ver o time ter de lutar contra o rebaixamento até duas rodadas antes do final da competição.
"Fico triste, para ser sincero. Não é como eu vejo a história do clube, a vida que eu passei aqui, ídolos que levaram o São Paulo a grandes conquistar. É um momento de baixa. Um momento que é preciso ter cabeça tranquila, um planejamento melhor para 2022. Claro que esbarra nas dificuldades financeiras, como falamos, mas temos outros clubes com as mesmas dificuldades, fizeram grandes contratações e conseguiram levar seus times a lugares inesperados em meio de campeonato", disse o técnico, que levou o time a cinco vitórias em 12 partidas no Brasileirão.
"É um alívio o que foi feito hoje, mas o São Paulo merece muito mais do que passar um ano como foi o de 2021. Eu não tenho planos para 2022. Nós temos mais três dias aqui ainda. E 2022 fica para frente", afirmou Ceni, referindo-se ao duelo com o América-MG, na quinta-feira.
Atleta do clube por mais de 25 anos, Ceni desabafou. "Uma coisa é você cair, outra coisa é ser rebaixado com o time que você deixou a vida toda trabalhando nele. É diferente quando se tem um vínculo. Sabia da situação difícil, não imaginava que era tão complicada, mas eu só aceitei vir porque era o São Paulo. Sinto como se fosse minha casa. Não é o lugar onde o São Paulo deve estar."
O técnico destacou a presença do torcedor neste momento decisivo. "Sou muito agradecido por ter voltado. Foi o único clube que aceitei voltar. Sou muito grato a todo torcedor, sempre me recebeu super bem. A torcida foi exemplar. Quarenta mil por jogo, praticamente. Só tenho agradecimentos a fazer. Às pessoas que trabalhei aqui, nesses cinquenta dias, mais ou menos. Nem sei, são tantas noites mal dormidas."
06 de dezembro de 2021 | 05h00
O São Paulo faz seu último jogo no Morumbi em 2021 nesta segunda-feira. Diante do Juventude, às 19 horas, o time tricolor joga com o pensamento de evitar amargar a sua pior campanha na história do Brasileirão desde 2006, ano em que o torneio passou a ser disputado no atual formato, com 20 equipes.
Depois de enfrentar o Juventude, o São Paulo fecha sua trajetória no Brasileirão 2021 em confronto com o América-MG, na Arena Independência, em Belo Horizonte. A equipe de Rogério Ceni quer duas vitórias para não aumentar a sua lista de feitos negativos que já amarga neste ano. O time tem, por exemplo, o seu pior ataque (28 gols) e o menor número de vitórias (10) na competição desde 2006.
O São Paulo soma 45 pontos e ocupa o 14º posto. A menor pontuação após 38 rodadas foram os 50 pontos somados nas edições de 2013 e 2017. Portanto, o time tem de vencer os dois últimos jogos para não terminar o campeonato com a pontuação mais baixa de sua história.
Além disso, mesmo que pequeno, o risco de rebaixamento ainda existe. Um triunfo nesta segunda elimina de vez a possibilidade de queda. Luciano e Pablo participaram do último treinamento antes do confronto contra o Juventude. A dupla se recuperou de lesão e volta a ser opção para Rogério Ceni, mas a escalação de ambos no time titular não deverá acontecer no jogo desta segunda.
Luciano sofreu uma fratura no punho no jogo contra o Palmeiras, no dia 17 de novembro, e precisou passar por uma cirurgia. Ele tem treinado com uma proteção no local. Pablo se recuperou de entorse no joelho esquerdo, sofrido no jogo contra o Athletico Paranaense. O zagueiro Walce, os volantes Willian e Luan e os atacantes Galeano e Eder continuam realizando tratamentos no departamento médico.
O Juventude faz o jogo da vida diante do São Paulo. A equipe aparece com 43 pontos e a primeira fora da zona do rebaixamento. Está pressionada pela vitória do Bahia sobre o Fluminense e precisa ganhar no Morumbi para se livrar do perigo do descenso. Para o duelo, o clube gaúcho conta com o retorno do técnico Jair Ventura, que estava suspenso na derrota para o Fortaleza por 1 a 0, na Arena Castelão.
Além do treinador, o Juventude terá o zagueiro Juan Quintero, porque este desfalcou o clube porque pertence ao Fortaleza. No entanto, a expectativa é que fique como opção no banco de reservas. Jair Ventura treinou com Vitor Mendes e Rafael Forster entre os titulares.
A principal esperança gaúcha é Ricardo Bueno. O atacante é o artilheiro do time no Brasileirão, tendo marcado sete gols na competição. Ele terá ao seu lado Sorriso e Wescley.
"Vamos com os pés no chão, primeiro conquistar o objetivo que é a permanência, que ainda não alcançamos. Não conseguimos a pontuação necessária, então, temos que tratar o jogo contra o São Paulo como uma decisão", reforçou Jair Ventura.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X JUVENTUDE
SÃO PAULO - Tiago Volpi; Igor Vinicius, Arboleda, Miranda e Reinaldo; Rodrigo Nestor, Igor Gomes, Gabriel Sara e Vitor Bueno (Marquinhos); Rigoni e Calleri. Técnico: Rogério Ceni.
JUVENTUDE - Douglas; Michel Macedo, Vitor Mendes, Rafael Forster e William Matheus; Dawhan, Jadson e Guilherme Castilho; Sorriso, Wescley e Ricardo Bueno. Técnico: Jair Ventura.
ÁRBITRO - Braulio da Silva Machado (Fifa/SC)
HORÁRIO - 19h
LOCAL - Estádio do Morumbi
TV - Premiere.
05 de dezembro de 2021 | 05h00
A vingança é um prato que se come frio, segundo o ditado popular. O Corinthians esperou quatorze anos e agora pode rebaixar o Grêmio neste domingo, às 16h, se "vingando" da queda para a Série B em 2007. À época, o time paulista empatou com a equipe gaúcha na última rodada do Brasileirão e caiu para a segunda divisão. Após o apito final, o choro de jogadores, como o zagueiro Betão, contrastou com a festa da torcida gremista no estádio. Para a torcida corintiana, a chance de dar o troco no Grêmio chegou e tem um sabor mais que especial.
Distantes 17 pontos na tabela, as equipes se enfrentam na Neo Química Arena, onde o time de Sylvinho venceu nas últimas oito partidas. Um dos destaques do Corinthians no Brasileirão, o atacante Róger Guedes destacou o apoio da torcida em casa, mas disse que deixa a euforia para fora de campo.
"Para a gente, são três pontos. É classificar direto para a Libertadores. A euforia que está fora do campo, deixamos fora (...) Não vou mentir, não. Não torcia para o Corinthians, minha família inteira é gremista. Mas tinha carinho pelo Corinthians. Eu tinha essa vontade de jogar aqui, meus empresários sabiam".
O Corinthians, que já garantiu uma vaga, ao menos, na fase pré-Libertadores, teve a semana livre para treinos. Duas ausências já foram confirmadas: o volante Gabriel e o lateral-direito Fagner, ambos suspensos. Xavier e João Pedro podem ganhar a vaga no time titular. O meia Giuliano vem evoluindo na recuperação das dores na coxa e pode ser relacionado para o jogo.
Em situação dramática no Brasileirão, o Grêmio vem de uma vitória convincente por 3 a 0 sobre o São Paulo, mas o triunfo pode ser tarde demais. O técnico Vagner Mancini terá o desfalque do atacante Douglas Costa, suspenso. Jhonata Robert, que o substituiu na partida, e marcou um gol do meio-campo, deve ir a campo. O volante Thiago Santos também é dúvida, após deixar o jogo sentindo dores. Os laterais Vanderson e Cortez cumpriram suspensão na última rodada e estão à disposição de Mancini.
O clima é de decisão para os jogadores gremistas. O clube pode ser rebaixado para a Série B pela segunda vez em sua história. Ex-Corinthians, Mancini tratou a partida como uma "guerra".
"Nós vamos lá para duelar. O futebol gaúcho tem muito disso e quero usar isso. Os jogadores que não são daqui, tem que incorporar isso. Domingo vai ser uma guerra. E nós vamos para a guerra", disse.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS X GRÊMIO
CORINTHIANS - Cássio; João Pedro, João Victor, Gil e Fábio Santos; Xavier; Gabriel Pereira, Du Queiroz, Renato Augusto e Róger Guedes; Jô. Técnico: Sylvinho.
GRÊMIO - Gabriel Grando; Rafinha, Geromel, Kannemann e Cortez (Diogo Barbosa); Thiago Santos, Lucas Silva, Jhonata Robert, Campaz e Ferreira; Diego Souza (Borja). Técnico: Vagner Mancini.
ÁRBITRO - Bruno Arleu de Araujo (RJ)
HORÁRIO - 16h.
LOCAL - Neo Química Arena.
TV - Globo e Premiere.
03 de dezembro de 2021 | 22h22
Em um duelo surpreendentemente muito bem disputado, Sport e Flamengo empataram, por 1 a 1, nesta sexta-feira á noite, na Arena Pernambuco, no Recife, em duelo válido pela 35ª rodada do Brasileirão. Já rebaixados, os pernambucanos alcançaram os 34 pontos, enquanto os cariocas, vice-campeões nacionais, atingiram os 71 pontos.
Quem esperava uma partida morna e sem interesse por parte das equipes, com suas pretensões encerradas na competição, se animou desde os primeiros minutos. Despreocupados com a marcação, os times buscaram o ataque o tempo todo e proporcionaram bonitos lances.
Não seria um exagero se o primeiro tempo terminasse com o placar de 2 a 2 ou 3 a 3. Do lado do Sport, o lance mais espetacular foi do veterano Hernanes, ao forçar o goleiro Hugo a fazer uma espetacular defesa, aos seis minutos. Já o rubro-negro carioca levou perigo ao pernambucano com Pedro, ao arriscar quase do meio de campo e por pouco não pegou Maílson desprevenido.
Após impressionantes 19 finalizações (12 do Flamengo e sete do Sport), saiu o primeiro gol. E foi de Michael, que já havia perdido duas ótimas oportunidades. Aos 39 minutos, o rápido atacante aproveitou muito bem um cruzamento de Pedro, após bela jogada pela direita, para fazer seu 19º gol na temporada. A finalização, de primeira, foi muito difícil.
A etapa final foi disputada da mesma forma, com as equipes criando oportunidades. A diferença foram as falhas individuais da defesa carioca. Primeiro foi David Luiz que quase propiciou o empate do Sport, depois foi Matheuzinho, que Gustavo não desperdiçou: 1 a 1, aos cinco minutos.
Após levar o empate, o Flamengo ameaçou uma reação, mas a equipe, assim como o Sport, passou a apresentar uma queda física, normal após o ritmo intenso desde o início. Os treinadores fizeram alterações, os times mantiveram o interesse pelo ataque, mas os goleiros voltaram a se destacar.
SPORT 1 x 1 FLAMENGO
SPORT - Maílson; Ewerthon (Hayner), Rafael Thyere, Sabino e Sander; José Welison, Marcão Silva, Everton Felipe (Ronaldo Henrique), Hernanes (Paulinho Moccelin) e Gustavo Oliveira (Tréllez); Mikael. Técnico: Gustavo Florentín.
FLAMENGO - Hugo Souza; Matheuzinho (Rodinei), Rodrigo Caio, David Luiz e Renê (Ramon); Thiago Maia (Bruno Viana), Diego (Gomes) e Vitinho (Kenedy); Michael, Pedro e Bruno Henrique. Técnico: Maurício Souza.
GOL - Michael aos 39 minutos do primeiro tempo. Gustavo aos 5 do segundo.
ÁRBITRO - Leandro Pedro Vuaden (RS)
CARTÕES AMARELOS - Renê.
RENDA E PÚBLICO - Não divulgados.
LOCAL - Arena Pernambuco.
02 de dezembro de 2021 | 20h23
Atualizado 02 de dezembro de 2021 | 21h09
Era final dos anos 70. Um seriado de TV contava o drama do cientista David Banner. A história virou febre no Brasil. No enredo, após um experimento mal sucedido, o protagonista tem o corpo alterado sempre que se sente acuado ou é submetido a um estresse. Ele se transforma em um monstro alto, musculoso, de pele verde e que ganha a alcunha de Hulk. No fim dos anos 90, em Campina Grande, na Paraíba, o menino Givanildo, dono de um porte físico avantajado, rompe defesas com a bola nos pés e, quando provocado, muitas vezes tenta resolver a situação pelo calor da emoção. No braço.
A continuação da história do menino paraibano tem desfecho conhecido graças à sensibilidade do treinador Mano Costa. Se Givanildo, que já na infância era apelidado de Hulk, comandou o Atlético-MG rumo ao título do Campeonato Brasileiro neste ano, muito se deve aos conselhos de seu primeiro "professor". O Estadão foi às bases, onde Hulk cresceu, para contar um pouco de sua história no futebol.
"Desde guri, ele já fazia a diferença. Pegava a bola e driblava muito. Passava por dois, três e ninguém o parava. Aí os moleques adversários batiam mesmo. Provocavam. Como Givanildo era pavio curto, ia para dentro também. Queria resolver tudo no braço. Nunca teve medo de nada", conta Mano que, em seus tempos de jogador, defendeu Sport, Remo e Goiás.
Para controlar a pequena fera e ensinar as malandragens do campo, o treinador recorreu à psicologia. Assim, se o herói do seriado usava da truculência para sanar seus problemas, o Hulk de Campina Grande canalizou sua força apenas na vontade de vencer nos gramados.
Profundo conhecedor do futebol local, Mano Costa fixou raiz no Estado paraibano desde que aposentou as chuteiras em 1994, quando o Brasil foi campeão do mundo. Ali, ele garante estar diante de um celeiro de bons valores.
"Parei de jogar e logo depois comecei a trabalhar com o futebol de base. Conheço muita gente por aqui. O Estado da Paraíba revelou jogadores importantes para o cenário nacional como Fábio Bilica, Marcelinho Paraíba e agora o Hulk", comentou com orgulho. O atacante estava na seleção na Copa do Mundo de 2014.
Em pleno século 21, o treinador de 59 anos se revela ainda um "cara das antigas". O contato para entrevista foi intermediado pelo filho Ragner, que cedeu o seu celular para que a reportagem pudesse ser feita. Na conversa, o perfil de Hulk pré-adolescente foi destrinchado. "Ele não gostava de perder. Quando saía de campo derrotado, ficava reclamando e resmungando o tempo todo. Era muito focado. E mesmo sendo o destaque do time, nunca foi de maltratar ou xingar os companheiros. A liderança era positiva."
Nas lembranças de Mano, Hulk teve o primeiro destaque em campo na final dos Jogos da Esperança, realizado entre 1999 e 2000. "A decisão terminou empatada e fomos para a prorrogação. E com todo mundo cansado, ele desequilibrou e marcou três gols em 15 minutos."
A performance diferenciada logo colocou a joia da Paraíba no radar dos empresários do futebol. "Velocidade, muita força física e uma pancada na perna esquerda. Difícil segurar. Recentemente, eu soube que nos campeonatos mirins que ele disputava, alguns pais de meninos rivais chegaram a oferecer dinheiro para o juiz expulsá-lo. Veja se pode isso", afirmou.
De origem humilde, Hulk contou com uma ajuda extra-campo daquele que seria o seu 'descobridor' para poder dar os primeiros chutes. Professor da escolinha particular Futebol&cia, Mano soube do desejo do menino de fazer parte do projeto. Por ser amigo da família, o então treinador negociou com o proprietário e se encarregou de bancar a mensalidade do garoto.
"Eu trabalhava os fundamentos dos meninos, não era só rachão. Era um trabalho sério. Quando soube pelo pai, que o Hulk queria participar das aulas, fiz um acordo com o dono. Valeu a pena".
A amizade se manteve mesmo com o jovem atleta ganhando os campos no exterior. Prova disso é que o mentor chegou a visitá-lo quando atuava em Portugal. "O Hulk era muito querido no Porto e sua passagem lá foi muito boa. Ele ganhou muitos títulos. Eu me lembro que, uma vez, ele se aventurou a fazer uma galinha à cabidela, só que não deu muito certo. Ligou para o Brasil para pedir ajuda por telefone porque se enrolou com a receita", comentou aos risos.
Pouca gente sabe, mas o hoje ídolo atleticano já quebrou o galho na lateral-esquerda. A potência do seu chute e a disposição física poderiam levá-lo a se inspirar em Roberto Carlos. Mas foi um outro pentacampeão do mundo que o influenciou.
"Ele gostava das arrancadas de Ronaldo para cima dos zagueiros. Desde pequeno também sabia driblar. Então, por ter essas características ofensivas, gostava de ver o Fenômeno em campo", conta Mano.
Nos tempos de garoto, a camisa que a então promessa do futebol gostava de usar era a 11. "Você sabe que o jogador canhoto, quando é bom de bola, é muito mais difícil de ser marcado. E o Hulk aprimorou a perícia da perna esquerda com o decorrer do tempo. Hoje, aos 35 anos, está ainda melhor com a experiência adquirida ao longo da carreira."
Desta vez ele não foi o herói do jogo, na virada por 3 a 2 em cima do Bahia. Mas, apontado como principal responsável da campanha vitoriosa do Atlético-MG neste título brasileiro, o atacante Hulk lembrou que o grupo de jogadores tinha feito um pacto: ser campeão já em Salvador, com duas rodadas de antecedência.
"Quando eles (Bahia) fizeram 2 a 0, um olhou para a cara do outro e lembrou que tínhamos combinado de sermos campeões hoje. Fomos para cima e viramos", disse, ainda emocionado na beira do campo da Fonte Nova.
Este título foi planejado e vinha sendo conquistado a cada jogo pelos jogadores. "Desde quando perdemos para o Flamengo (1 a 0) no Maracanã a gente vem falando que faltava pouco. Mas agora chegou a hora de festejar, porque somos campeões. Me mostraram o troféu de 50 anos e eu disse: este troféu vai cair bem para a gente. Não deu outra".
O atacante lembrou um pouco da sua vida após uma conquista tão importante e falou sobre o seu início de carreira. Por acaso, na Bahia. "Eu comecei aqui em Salvador, sendo profissionalizado no Vitória quando tinha apenas 16 anos. Disputei só dois jogos e fui para o exterior. Agora volto e sou abençoado com este título de muita grandeza", recordou.
Com o gol marcado de pênalti para diminuir o placar, então 2 a 1, Hulk chegou ao seu 18º em 34 jogos e na ponta da artilharia do Brasileirão. Nesta temporada foram 65 jogos e 33 gols. Agora ele espera comemorar com a torcida no domingo, no jogo contra o Red Bull Bragantino dentro do Mineirão. "É muita leveza jogar em casa, com o apoio da torcida. Ela nos dá confiança como o 12º jogador", finalizou.
02 de dezembro de 2021 | 05h00
O maior jejum de títulos de um gigante do País na história do Brasileirão pode chegar ao fim nesta quinta-feira. Às 18 horas, na Arena Fonte Nova, em Salvador, o Atlético-MG depende apenas de suas forças para soltar o grito de campeão nacional entalado há quase 50 anos. Superando o Bahia, os comandados de Cuca não poderão mais ser alcançados pelo Flamengo, segundo colocado.
"O grito de campeão será solto na hora certa", vem pregando o técnico Cuca já faz algumas rodadas. O cuidado em cantar vitória antes da hora do treinador já não é seguido pelo torcedor, que fez a festa na virada sobre o Fluminense, por 2 a 1, no domingo. Até os jogadores comemoraram, alguns ainda tímidos. Mas boa parte de maneira efusiva, indo para a galera. Restam 17 dias para a conquista de 1971 completar 50 anos e muitos querem festejar pela primeira vez a conquista do Brasileirão.
Será a terceira vez o Atlético-MG terá chance de conquista, mas a primeira que pisará no gramado dependendo de suas forças para erguer a taça. Nas outras oportunidades, fez seu papel, mas o Flamengo também ganhou, adiando a definição. Cuca calculava 75 pontos e teve de refazer as contas. Subiu a meta para 77 e mesmo assim não deu. Invicto faz sete rodadas, o time está com 78 e precisa de apenas mais dois. A ordem é definir já em Salvador.
"Números de uma equipe que sabe o que quer no campeonato, buscando o nosso objetivo maior, que é o título. Quebramos o recorde de vitórias seguidas em casa, com 15, e isso também é para entrar para a história dos pontos corridos", afirma o lateral-direito Mariano. "Poucas equipes fizeram isso em um campeonato tão difícil como o Brasileirão, é gratificante e espero buscar nossa meta neste jogo."
Principal jogador do líder, o atacante Hulk tentará dar mais um passo para escrever seu nome na história do clube mineiro. Com 17 gols, ele luta para fechar na artilharia do Brasileirão. É o principal goleador da competição e pode ser o sétimo jogador do Atlético-MG a conseguir o feito.
Dadá Maravilha foi artilheiro e autor do gol do título em 1971. Foram 15 bolas na rede na época. No ano seguinte anotou 17 vezes. Depois veio Reinaldo, homenageado por Hulk no jogo passado. O centroavante brilhou em 1977 com 28 gols.
Após um período sem "goleadores" no Nacional, o Atlético-MG viu Renaldo se destacar em 1996 ao balançar as redes 16 vezes. Três anos mais tarde, no vice-campeonato de 1999, Guilherme foi "o cara" do time com impressionantes 28 bolas nas redes. Depois ainda vieram Diego Tardelli em 2009 (16 gols) e Fred em 2016 (14). Apenas Dadá teve a honraria de taça e artilharia.
Hulk espera repetir o ídolo atleticano para ser eternizado em Belo Horizonte. "Hoje eu sou mais um torcedor atleticano e não medirei esforços para fazer de tudo pelo clube que amparou a mim e a minha família", faz juras de amor. Como será necessário ao menos um gol para a taça vir de maneira antecipada, o astro espera seguir o faro artilheiro dos últimos jogos. Ele anotou cinco vezes nas últimas partidas.
Sem falar em festa, pregando respeito e prevendo batalha com um rival ameaçado de queda, Cuca terá de mexer na escalação, pois alguns jogadores forçaram o terceiro amarelo para estarem "na comemoração" de domingo, diante do Red Bull Bragantino: Jair, Allan e Diego Costa cumprem suspensão. E Réver não joga por causa de lesão. Tchê Tchê, Nacho González e Vargas devem ser os escolhidos, com a manutenção de Nathan e Junior Alonso na defesa.
O Bahia vem de derrota em confronto direto contra a queda com o Atlético-GO, por 2 a 1, e precisa de recuperação para deixar a zona de queda. Está com 40 pontos e apenas com um triunfo deixa o 17° lugar.
Desde que o técnico Guto Ferreira assumiu, foram seis jogos em Salvador e nenhuma derrota. Mas o time ainda lamenta o 0 a 0 com o Cuiabá que está custando a presença no Z-4. O treinador pede coragem a seus jogadores em discurso que "é possível" superar o líder e voltar a respirar na luta contra o vexame da queda.
O clube colocou ingressos a R$ 10,00 para ter um bom público nas arquibancadas apoiando o time neste momento delicado. A casa deve estar cheia. O pedido dos dirigentes e de Guto Ferreira é que o apoio seja durante os 90 minutos.
Juninho Capixaba, expulso na rodada passada, será desfalque. Rossi e Ronaldo disputam a vaga, enquanto na defesa, Gustavo Henrique deve herdar a vaga de Luiz Otávio, com dores no joelho.
BAHIA - Danilo Fernandes; Nino Paraíba, Conti, Gustavo Henrique e Matheus Bahia; Patrick de Lucca, Mugni e Rodriguinho; Rossi (Ronaldo), Raí Nascimento e Gilberto. Técnico: Guto Ferreira.
ATLÉTICO-MG - Everson; Mariano, Nathan Silva, Junior Alonso e Guilherme Arana; Tchê Tchê, Nacho Fernández e Zaracho; Hulk, Eduardo Vargas e Keno. Técnico: Cuca.
ÁRBITRO - Flávio Rodrigues Guerra (SP).
HORÁRIO - 18 horas.
LOCAL - Arena Fonte Nova, em Salvador.
01 de dezembro de 2021 | 08h09
A atuação dos jovens atletas que estiveram em ação pelo time do Palmeiras, nesta terça-feira, em Cuiabá, na vitória por 3 a 1, foi aprovada por João Martins, auxiliar de Abel Ferreira, que esteve no comando da equipe na ausência do treinador principal.
"Eles têm que estar preparados para as oportunidades. Apareceu hoje e estavam preparados. No Paulista, esperamos que tenham oportunidades e vão ter. Que aproveitem como aproveitaram hoje", disse o auxiliar, revelando a possibilidade de o time ser representado por um time misto na competição estadual no próximo ano.
O mesmo time deverá ser utilizado nas duas partidas finais do Brasileiro, contra o Athetico-PR na segunda e Ceará no dia 9. "Quando existe uma final do nível da de sábado, estamos habituados a ser o último jogo da temporada. A pressão, ansiedade, tudo vai ao limite. É o jogo da vida. Depois disso, é difícil focar e temos 3 jogos. Não treinamos para esse jogo."
Martins contou como o time foi formado para a partida com o Cuiabá, 72 horas após a conquista da Libertadores. "O que fizemos foi conversar com esses seres humanos e quais estavam em condições para esse jogo. Não treinamos para esse jogo, montamos por vídeo. Felizmente, alguns disseram 'sim, estamos disponíveis', sabendo o risco físico."
O auxiliar de Abel, que foi expulso diante do Cuiabá por reclamação, confirmou que os titulares sairão antes de farias para retornarem mais cedo em 2022. "Alguns vão sair de férias mais cedo para voltar antes. É cedo pra falar (usar a base no Mundial). Faltam dois, três meses. No futebol, em três meses acontecem tantas coisas... Se a chance aparecer, que agarrem como fizeram hoje."
30 de novembro de 2021 | 05h00
De ressaca e ainda em estado de êxtase após ser tricampeão continental, o Palmeiras vai ao Mato Grosso enfrentar o Cuiabá com reservas e até mesmo sem o técnico Abel Ferreira nesta terça-feira, às 22 horas, na Arena Pantanal. O time alviverde faz seus últimos compromissos no Brasileirão despreocupado porque já está garantido na próxima da Libertadores e apenas cumpre tabela no torneio nacional.
Abel Ferreira levou um banho de isotônico de alguns jovens atletas no início da entrevista coletiva após o título da Libertadores no Centenário. Como represália, disse, em tom de brincadeira: "Vocês vão para o jogo contra o Cuiabá". A frase deixa claro que o treinador, até para descansar os jogador dos últimos dias exaustivos, usará suplentes contra o Cuiabá. Ele mesmo também ganhou uma folga e não viajou à capital mato-grossense. A equipe será comanda pelo seu auxiliar João Martin.
No Brasileirão, o Palmeiras é o terceiro colocado, com 59 pontos após 35 jogos. Não tem mais chance de título, que deve ficar com o Atlético-MG. Por isso, joga suas últimas partidas para cumprir tabela e já pensa em 2022, sobretudo no Mundial de Clubes. O torneio organizado pela Fifa será disputado nos Emirados Árabes Unidos no início de fevereiro.
O Palmeiras joga na Arena Pantanal com uma escalação formada inteiramente por reservas. O cenário permite que jovens recém-promovidos ao elenco principal, como o lateral-direito Garcia, o lateral-esquerdo Vanderlan, o zagueiro Michel, os meio-campistas Fabinho, Pedro Bicalho, e os atacantes Gabriel Silva e Giovani, ganhem uma chance de mostrar serviço.
A lista de relacionados tem jogadores que sequer estrearam pela equipe principal, a exemplo do goleiro Mateus, do zagueiro Lucas Freitas, e dos atacantes Kevin e Vitor Hugo.
Outros atletas que receberam poucas oportunidades ao longo da temporada também podem ser utilizados, caso de Matheus Fernandes. Além de Fernandes, Vinícius Silvestre, Kuscevic, Renan, Victor Luis, Gabriel Menino, Gabriel Veron e Wesley foram os jogadores do time principal relacionados para a partida. Deste grupo, apenas Veron e Wesley jogaram parte da final em Montevidéu.
O Cuiabá joga para confirmar sua permanência na elite e ao mesmo tempo de olho na pré-Libertadores. O time do Mato Grosso tem 43 pontos e abre a 35ª rodada na 13ª colocação. No primeiro turno, venceu o Palmeiras no Allianz Parque por 2 a 0.
A equipe duela em casa contra o tricampeão da Libertadores com o apoio de seu torcedor. Já foram vendidos mais de 17 mil ingressos para a partida na Arena Pantanal. Será o maior público do Cuiabá em casa neste Brasileirão.
FICHA TÉCNICA
CUIABÁ X PALMEIRAS
CUIABÁ - Walter; João Lucas, Paulão, Alan Empereur e Uendel; Camilo, Pepê e Rafael Gava; Clayson, Max e Jenison. Técnico: Jorginho.
PALMEIRAS - Vinícius Silvestre; Gabriel Menino, Kuscevic, Renan e Victor Luis; Matheus Fernandes, Fabinho e Pedro Bicalho; Gabriel Veron, Wesley e Gabriel Silva. Técnico: João Martins.
ÁRBITRO - Paulo Roberto Alves Junior (PR)
HORÁRIO - 22h
LOCAL - Arena Pantanal
TV - Premiere.
29 de novembro de 2021 | 05h00
O vencedor do tradicional troféu oferecido pela revista francesa France Footbal será conhecido nesta segunda. A cerimônia de entrega da Bola de Ouro será realizada em Paris, no Théâtre du Chatelet. O evento contou com a participação de 180 jornalistas internacionais a fim de eleger o ganhador. A grande novidade dessa lista é a presença do volante Jorginho. Naturalizado italiano, ele foi campeão da última Liga dos Campeões da Europa com a camisa do Chelsea. Neymar é o outro brasileiro na lista dos 30 candidatos.
O favoritismo está mais uma vez centrado na figura de Lionel Messi, que atualmente é companheiro de Neymar no Paris Saint-Germain. Ele foi o último vencedor, já que no ano passado não houve o evento em função da pandemia de covid-19.
Com seis taças conquistadas em sua estante nos tempos de Barcelona, o argentino pode levar o seu primeiro troféu com a camisa do time francês.
A expectativa em cima do seu nome aumentou depois que a RTP, Rádio e Televisão Portuguesa, noticiou que ele é o vencedor da edição deste ano.
Entre os finalistas, outro nome de peso é o do atacante Cristiano Ronaldo, que trocou a Juventus pelo Manchester United. O português, no entanto, não atravessa boa fase. No jogo deste final de semana, pelo Campeonato Inglês, ele iniciou a partida no banco de reservas e só entrou no segundo tempo.
Além de candidatos à Bola de Ouro para homens e mulheres, a France Football vai escolher o melhor goleiro da temporada por meio do troféu Yashin, em homenagem ao goleiro russo Lev Yashin, que brilhou nas décadas de 50 e 60.
O brasileiro Ederson, do Manchester City, está na lista dos dez candidatos que sonham em ganhar o prêmio. O júri do troféu Yashin foi o mesmo da Bola de Ouro Masculina. O atual detentor do prêmio de melhor goleiro do mundo é do brasileiro Alisson, que defende o Liverpool.
27 de novembro de 2021 | 19h39
Atualizado 27 de novembro de 2021 | 20h02
O Palmeiras é tricampeão continental. Em uma decisão com todos os ingredientes de um grande jogo no mítico Centenário, em Montevidéu, o time alviverde derrotou o Flamengo por 2 a 1, com gol na prorrogação, e levou a taça da Libertadores pela terceira vez.
A equipe de Abel Ferreira foi melhor no primeiro tempo e encontrou seu gol cedo, aos cinco minutos, com Raphael Veiga. A equipe rubro-negra cresceu na etapa final e marcou com Gabigol após tabela com Arrascaeta. Na prorrogação, brilhou a estrela de um herói improvável, Deyverson, que entrou na vaga do lesionado Veiga para anotar o gol do título e fazer história. Definitivamente, é um grande personagem, com muita história para contar.
Campeão em 1999, 2020 e agora em 2021, o Palmeiras se junta a Grêmio, São Paulo e Santos na lista dos brasileiros que mais venceram o torneio continental. Além disso, quebrou um tabu de quatro anos sem vencer o rival carioca. Abel Ferreira, com a sua terceira taça, a segunda da maior competição da América do Sul, entra para o rol dos grandes técnicos da Libertadores.
O duelo que reuniu os últimos campeões continentais foi à altura da importância das duas equipes e do tamanho das torcidas. Os rubro-negros foram maioria no estádio Centenário e também ocuparam quase toda a parte central além de seu setor (tribuna Colombes). Mas os palmeirenses cantaram alto e foram combustível importante para a equipe, que dominou os primeiros minutos.
O Flamengo, mesmo com Arrascaeta de volta e o quarteto ofensivo completo, se enroscou na marcação do rival. Não foi capaz de encontrar as brechas na eficiente estratégia montada por Abel Ferreira. Uma das poucas chances saiu dos pés de Bruno Henrique, mas ele demorou para tomar uma decisão e foi desarmado por Gustavo Gómez. O paraguaio fez um primeiro tempo impecável no Centenário.
Do outro lado, o Palmeiras respondeu com Veiga, que arrematou de fora para a defesa de Diego Alves. Em outro ataque, Scarpa cruzou com veneno e Rodrigo Caio quase marcou contra, tentando desviar de cabeça. Antes do intervalo, Filipe Luís se lesionou e deu lugar a Renê.
O Flamengo não voltou com mudanças para o segundo tempo, mas a postura foi diferente. O time rubro-negro pressionou o Palmeiras e até os 15 minutos criou as chances que não havia criado na etapa inicial. Foram três chegadas com perigo. Na melhor delas, Weverton fez uma defesa impressionante em conclusão sem ângulo de David Luiz.
O Palmeiras não reduziu o ritmo. Continuou ganhando boa parte das dividas e trabalhou com eficiência na defesa. Na frente, o incansável Rony quase marcou em belo arremate de fora da área que iria no ângulo não fosse a intervenção de Diego Alves.
Passados 20 minutos, os rubro-negros nas arquibancadas gritaram o nome de Michael pedindo a entrada do atacante. Renato Gaúcho atendeu ao pedido e lançou mão do ponta no lugar de Everton Ribeiro. O capitão teve atuação discreta.
Quando o Palmeiras dava indícios de que voltaria a controlar o jogo, Gabriel tabelou com Arrascaeta, invadiu a área pela esquerda e bateu rasteiro para vencer Weverton e fazer a massa rubro-negra explodir aos 27 minutos.
Com o adversário em cima, Abel resolveu mexer e trocou Dudu por Wesley. Danilo teve de sair por lesão para a entrada de Patrick de Paula. Zé Rafael, o outro volante titular, também se machucou. No lugar dele entrou Danilo Barbosa, prova de que Felipe Melo realmente estava sem condições de jogo, uma vez que permaneceu no banco.
O time paulista passou a ficar mais com a bola. Trocou passes de um lado para o outro, mas, desta vez, encontrou dificuldade para penetrar na zaga do Flamengo, que descolou bons contra-ataques. No melhor deles, Michael saiu na cara do gol, mas bateu cruzado para fora. Sem mais movimentação, o jogo se encaminhou para a prorrogação.
O Palmeiras perdeu o terceiro jogador por lesão: Raphael Veiga, substituído por Deyverson. Quis o destino que tal qual Breno Lopes na última decisão, houvesse um herói improvável. E foi Deyverson. O polêmico e às vezes destemperado atacante aproveitou o vacilo de Andreas Pereira na zaga e bateu na saída de Diego Alves. A bola tocou no goleiro e morreu nas redes. O atacante comemorou efusivamente com a torcida, chorou e recebeu amarelo.
A entregada de Andres deixou o Flamengo desestabilizado. Com os dois times cansados, o jogo se transformou-se em um um duelo de poucas chances. Cenário favorável ao Palmeiras, que soube se defender com competência e sustentou a vantagem até o final para levantar a sua terceira taça da Libertadores e reforçar que se tornou um time cada vez mais "copeiro".
PALMEIRAS 2 x 1 FLAMENGO
PALMEIRAS - Weverton; Mayke (Gabriel Menino), Gómez, Luan e Piquerez (Felipe Melo); Danilo (Patrick de Paula), Zé Rafael (Danilo Barbosa), Gustavo Scarpa, Raphael Veiga (Deyverson) e Dudu (Wesley); Rony. Técnico: Abel Ferreira.
FLAMENGO - Diego Alves; Isla (Matheuzinho), Rodrigo Caio, David Luiz e Filipe Luís (Renê); Willian Arão, Andreas Pereira (Pedro), Éverton Ribeiro (Michael) e Arrascaeta (Vitinho); Bruno Henrique (Kenedy) e Gabigol. Técnico: Renato Gaúcho.
GOLS - Raphael Veiga, aos 5 minutos do primeiro tempo. Gabigol, aos 27 minutos do segundo tempo. Deyverson, aos 5 minutos do primeiro tempo da prorrogação.
ÁRBITRO - Néstor Pitana (Argentina).
CARTÕES AMARELOS - Rodrigo Caio, Gustavo Gómez, Arrascaeta, Piquerez, Gabigol.
PÚBLICO E RENDA - Não divulgados.
LOCAL - Estádio Centenário, em Montevidéu.
26 de novembro de 2021 | 20h00
Ganhar a Libertadores vai salvar a temporada tanto do Palmeiras quanto do Flamengo. O time do Rio ficou com o Campeonato Carioca neste ano e mais nada. O rival paulista nem isso. Ficou pelo caminho no Estadual, Copa do Brasil e não vai ganhar o Brasileirão, na iminência de ficar em Minas Gerais. Dessa forma, o torneio sul-americano se apresenta como a salvação da lavoura num ano de poucas colheitas.
Essas duas equipes se transformaram nas mais badaladas do futebol brasileiro, antes de o Atlético-MG se juntar a eles. Há uma série de fatores que deixam Palmeiras e Flamengo com confiança para ficar com a taça em Montevidéu. Qualquer um que aponte favoritismo, pode quebrar a cara. Não há como definir um time melhor do que o outro nesta decisão única de Libertadores.
O passado vai continuar no passado, nas lembranças e empolgação natural dos torcedores. As apresentações desta temporada, de todas as disputas, também não vão entrar em campo. Servem para abastecer as informações e dar alegria aos seguidores dos dois lados, palmeirenses e flamenguistas, que já estão na capital uruguaia.
Em campo, o vai contar é a condição dos 11 de cada lado, da inteligência de seus treinadores, Abel Ferreira e Renato Gaúcho, da técnica, da condição emocional, da vontade de fazer alguma coisa que não esteja no roteiro, da parte física, da disposição... Aquela conversa dos detalhes de um jogo de futebol pode ser muito bem assimilada nesse cenário, onde os rivais se equivalem, estão na mesma prateleira e são donos de elencos que já se provaram eficientes. As boas histórias de superação e boas partidas são contadas dos dois lados. Daí a certeza de que será uma final digna de Palmeiras e Flamengo.
As torcidas estão em Montevidéu, nos bares da cidade, e quem não foi para o Uruguai fez sua despedida em grande estilo. É lindo ver a fé do torcedor. O futebol move esse país em momentos difíceis, como agora. Pelas fontes oficiais da Conmebol, os flamenguistas compraram mais ingressos e se organizaram para chegar antes à capital uruguaia. Não se sabe se estarão no estádio em maior número. Me falaram que a quantidade de ingressos para os dois clubes foi a mesma.
Uma condição dessas duas equipes finalistas da Libertadores também nos faz crer que elas vão dominar o futebol brasileiro e sul-americano por muito mais tempo: a boa gestão. Não são fórmulas iguais, mas é inegável que Palmeiras e Flamengo estão sendo bem administrados. O clube do Rio deve fechar o ano com receita de R$ 1 bilhão. Nada mal para uma temporada em meio à pandemia.
O Palmeiras caminha na mesma toada, com seus patrocinadores e com a volta do torcedor ao Allianz Parque. Não deve faturar tanto como o Fla, mas tem suas contas bem organizadas. Isso ajuda na hora de contratar novos jogadores que possam fortalecer o time e vender produtos da marca, motivar a torcida para que ela se torne cada vez mais consumidora do futebol, das partidas, das conquistas. A tristeza virá para o perdedor, mas essa condição não será alterada.
Palmeiras e Flamengo estão nesse caminho há alguns anos, com o pé no chão e na estrada, sem se comprometer mais do que pode arrecadar e ganhando competições ou ao menos se colocando em possibilidade de ganhá-las. Há muito a se fazer ainda, mas eles estão tentando. O ano é magro em conquistas, mas os dois rivais são, por exemplo, os últimos campeões da Libertadores. Ganhar é ótimo, mas se colocar em condição de brigar pelos títulos é bom também. E, independentemente do resultado do jogo deste sábado, as duas equipes vão continuar dando as cartas no cenário nacional, com bons jogadores, boa organização e com a torcida feliz e entusiasmada.
26 de novembro de 2021 | 05h00
A seleção masculina de basquete começa nesta sexta-feira um novo ciclo. Após 13 anos, o Brasil entra em quadra sob o comando de um treinador brasileiro. Gustavo De Conti faz sua estreia no jogo contra o Chile, no ginásio do Obras Sanitarias, na Argentina, às 18h10, na abertura das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2023.
Os últimos três técnicos foram estrangeiros. O espanhol Moncho Monsalve assumiu na reta final para os Jogos Olímpicos de Pequim-2008, sem conseguir se classificar. Na sequência chegou o argentino Rubén Magnano, campeão olímpico em Atenas-2004, que comandou o Brasil na Olimpíada de Londres-2012 e também na Rio-2016. O croata Aleksandar Petrovic foi contratado em 2017 e falhou na missão de levar o País para Tóquio-2020.
Agora, Gustavinho, que continua no comando do Flamengo, assume com o primeiro objetivo de classificar o Brasil para o torneio que acontece entre os dias 25 de agosto e 10 de setembro de 2023, com três países (Japão, Filipinas e Indonésia) como sede. Depois, claro, seguir até o ciclo de Paris-2024.
"A responsabilidade é do tamanho do Brasil. Sei do desafio que teremos. Ao mesmo tempo, sabemos o quanto o basquete é cada vez mais equilibrado internacionalmente, mas temos qualidade individual e como equipe. Treinar a seleção brasileira, já disse mais de uma vez, sempre foi meu objetivo profissional e vou trabalhar para que essa camisa seja o melhor representado possível. Sem promessas, mas com muita dedicação por bons resultados", afirmou Gustavinho ao Estadão.
Para esta primeira janela das Eliminatórias, o treinador convocou uma equipe jovem, com apenas três jogadores que atuam no exterior: Vitor Benite (Burgos-Espanha), Cristiano Felício (Ratio Ulm-Alemanha) e Timothy Soares (Ironi Ness Ziona-Israel). Os outros 10 atletas, entre eles Bruno Caboclo, Georginho e Lucas Dias, atuam no Novo Basquete Brasil (NBB).
"O estilo de jogo será de acordo com as características dos nossos jogadores e de acordo com o que o basquete exige hoje em dia, com muita dedicação na defesa, provocando erros dos adversários, muita velocidade e reatividade nas transições defensivas e ofensivas, e bastante volume de jogo, enfatizando muito a briga pelos rebotes na defesa e no ataque", explicou o treinador.
Na primeira fase, o Brasil está no Grupo B, que, além do Chile, tem Colômbia e Uruguai. A próxima janela será apenas em 2022, em fevereiro, ainda sem local definido. A terceira janela será entre junho e julho, definindo os classificados para a segunda fase. Os três melhores da chave avançam.
Na sequência serão formados os Grupos E e F, com seis equipes em cada uma, com a seguinte formatação: Grupos A + C formam o Grupo E; e os Grupos B + D formam o Grupo F.
Neste segundo momento, todas as equipes carregam os resultados da primeira fase, e jogam apenas contra as equipes que não enfrentaram ainda. Pelo sorteio, o Brasil teria três rivais pela frente no futuro Grupo F, entre Estados Unidos, Porto Rico, México e Cuba. Os três primeiros após o fim da fase e o melhor quarto colocado entre os Grupos E e F se classificam para a Copa do Mundo.
25 de novembro de 2021 | 05h00
Com apenas 7,5% de probabilidade de ser rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro, o Santos, que vem enfim melhorando nas mãos do técnico Fábio Carille, quer confirmar de vez a permanência na elite no jogo com o Fortaleza, nesta quinta-feira, às 19h, na Vila Belmiro, pela 35ª rodada.
É bem verdade que o Santos não teve grande atuação na derrota por 2 a 0 para o Corinthians, mas vinha em uma boa sequência, que o tirou de perto da zona de rebaixamento. Atualmente, tem 42 pontos, cinco à frente do Bahia, time que abre o grupo dos ameaçados.
Em seu favor, o Santos tem um desempenho aceitável quando joga na Vila Belmiro. Dos 42 pontos, 29 foram conquistados em casa, com oito vitórias e cinco empates. Perdeu em quatro oportunidades.
No entanto, o Fortaleza não é um adversário a se desprezar. O time cearense tem a sexta melhor campanha como visitante, com seis vitórias, três empates e oito derrotas, 21 pontos somados e 41,2% de aproveitamento. Não à toa está com 52 pontos, brigando diretamente por uma vaga na Copa Libertadores de 2022.
O Santos ainda tenta quebrar um longo tabu diante do Fortaleza. O clube paulista não vence o rival desde 2006. Neste período, foram seis jogos, com duas vitórias e quatro empates.
O técnico Fábio Carille encerrou a preparação para o confronto diante do Fortaleza com algumas dúvidas, dentre elas, a possibilidade de contar com o atacante Marinho. Recuperado de uma lesão na coxa, o principal atleta do Santos treinou normalmente e deve retomar seu posto entre os titulares ao lado de Diego Tardelli.
Carille fez vários testes durante a semana, mas indicou também que apostará em Marcos Guilherme como lateral, com as possíveis ausências de Camacho e Madson. Ambos perderam algumas atividades ao longo da semana e podem ser preservados. A confirmação virá apenas minutos antes da bola rolar.
Outro que pode aparecer entre os titulares é Ângelo caso Carille aposte em uma equipe mais ofensiva. Gabriel Pirani seria a outra opção.
"É o momento de quebrarmos esse tabu contra o Fortaleza. A equipe deles está na parte de cima da tabela e brigando por Libertadores, então sabemos da dificuldade, mas contamos muito com o apoio do torcedor para conquistar essa vitória", disse Zanocelo.
FICHA TÉCNICA:
SANTOS x FORTALEZA
SANTOS - João Paulo, Kaiky, Luiz Felipe e Danilo Boza; Madson (Marcos Guilherme), Ângelo (Camacho), Vinicius Zanocelo, Lucas Braga e Felipe Jonatan; Marinho e Diego Tardelli. Técnico: Fábio Carille.
FORTALEZA - Marcelo Boeck; Tinga, Benevenuto e Titi; Yago Pikachu, Felipe, Éderson (Ronald), Lucas Lima e Lucas Crispim; David e Robson. Técnico: Juan Pablo Vojvoda.
ÁRBITRO - Wagner do Nascimento Magalhães (RJ).
HORÁRIO - 19 horas.
LOCAL - Vila Belmiro, em Santos (SP).
TRANSMISSÃO - Premiere e TNT.