26 de novembro de 2021 | 05h00
A seleção masculina de basquete começa nesta sexta-feira um novo ciclo. Após 13 anos, o Brasil entra em quadra sob o comando de um treinador brasileiro. Gustavo De Conti faz sua estreia no jogo contra o Chile, no ginásio do Obras Sanitarias, na Argentina, às 18h10, na abertura das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2023.
Os últimos três técnicos foram estrangeiros. O espanhol Moncho Monsalve assumiu na reta final para os Jogos Olímpicos de Pequim-2008, sem conseguir se classificar. Na sequência chegou o argentino Rubén Magnano, campeão olímpico em Atenas-2004, que comandou o Brasil na Olimpíada de Londres-2012 e também na Rio-2016. O croata Aleksandar Petrovic foi contratado em 2017 e falhou na missão de levar o País para Tóquio-2020.
Agora, Gustavinho, que continua no comando do Flamengo, assume com o primeiro objetivo de classificar o Brasil para o torneio que acontece entre os dias 25 de agosto e 10 de setembro de 2023, com três países (Japão, Filipinas e Indonésia) como sede. Depois, claro, seguir até o ciclo de Paris-2024.
"A responsabilidade é do tamanho do Brasil. Sei do desafio que teremos. Ao mesmo tempo, sabemos o quanto o basquete é cada vez mais equilibrado internacionalmente, mas temos qualidade individual e como equipe. Treinar a seleção brasileira, já disse mais de uma vez, sempre foi meu objetivo profissional e vou trabalhar para que essa camisa seja o melhor representado possível. Sem promessas, mas com muita dedicação por bons resultados", afirmou Gustavinho ao Estadão.
Para esta primeira janela das Eliminatórias, o treinador convocou uma equipe jovem, com apenas três jogadores que atuam no exterior: Vitor Benite (Burgos-Espanha), Cristiano Felício (Ratio Ulm-Alemanha) e Timothy Soares (Ironi Ness Ziona-Israel). Os outros 10 atletas, entre eles Bruno Caboclo, Georginho e Lucas Dias, atuam no Novo Basquete Brasil (NBB).
"O estilo de jogo será de acordo com as características dos nossos jogadores e de acordo com o que o basquete exige hoje em dia, com muita dedicação na defesa, provocando erros dos adversários, muita velocidade e reatividade nas transições defensivas e ofensivas, e bastante volume de jogo, enfatizando muito a briga pelos rebotes na defesa e no ataque", explicou o treinador.
Na primeira fase, o Brasil está no Grupo B, que, além do Chile, tem Colômbia e Uruguai. A próxima janela será apenas em 2022, em fevereiro, ainda sem local definido. A terceira janela será entre junho e julho, definindo os classificados para a segunda fase. Os três melhores da chave avançam.
Na sequência serão formados os Grupos E e F, com seis equipes em cada uma, com a seguinte formatação: Grupos A + C formam o Grupo E; e os Grupos B + D formam o Grupo F.
Neste segundo momento, todas as equipes carregam os resultados da primeira fase, e jogam apenas contra as equipes que não enfrentaram ainda. Pelo sorteio, o Brasil teria três rivais pela frente no futuro Grupo F, entre Estados Unidos, Porto Rico, México e Cuba. Os três primeiros após o fim da fase e o melhor quarto colocado entre os Grupos E e F se classificam para a Copa do Mundo.