23 de fevereiro de 2022 | 05h00
O jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões entre Atlético de Madrid e Manchester United desta quarta-feira terá um enredo especial por marcar o reencontro do português Cristiano Ronaldo com o clube madridista, um dos principais alvos do atacante na carreira. O português e seus companheiros desafiam os mandantes no estádio Wanda Metropolitano a partir das 17h. Benfica e Ajax se enfrentam no mesmo horário no estádio da Luz, em Portugal.
Maior artilheiro da história da Liga dos Campeões, com certa folga, Cristiano Ronaldo marcou sete de seus 140 gols na competição diante do Atlético. Somando todas as competições, foram 25 gols em 35 jogos contra o time comandado por Diego Simeone, que não se cansa de dizer: “Se Cristiano Ronaldo não fosse jogador de futebol, eu já teria conquistado três títulos da Liga dos Campeões com o Atlético de Madrid."
De fato, o jogador participou de cinco eliminações do clube de Simeone e marcou gols em três delas. A primeira foi na final da temporada 2013/2014. CR7 marcou o quarto e último gol da vitória por 4 a 1, já nos acréscimos. O reencontro aconteceu na semifinal em 2016/17, quando Ronaldo abriu o caminho para a classificação do Real Madrid no jogo de ida e teve grande atuação.
O zagueiro Savic, em contrapartida, minimizou o "efeito Cristiano Ronaldo" em entrevista ao jornal AS, da Espanha. Na primeira fase desta edição o português anotou quatro na casa dos adversários, o que não assista o marcador.
"Sempre é bom jogar contra grandes campeões, mas na Liga dos Campeões há jogadores de alto nível e isso não nos muda. Claro que há respeito (por Cristiano Ronaldo), como todos os grandes atletas do mundo e ele é um dos maiores da história. Mas nada mais”, disse o defensor.
Mesmo após sair do Real Madrid, Cristiano Ronaldo não permitiu que o Atlético o esquecesse. Logo na sua primeira temporada pela Juventus, nas oitavas de final da Liga dos Campeões em março de 2019, o astro português liderou os italianos a uma virada épica sobre a equipe de Madrid. Após perder por 2 a 0 na Espanha, o time de Turim venceu na volta por 3 a 0, com três gols do português. Até por conta desse fator, o técnico do clube inglês, Ralf Rangnick, não espera que o time de Manchester tenha uma recepção amigável e valoriza a parte mental neste primeiro jogo.
"Precisamos nos preparar para uma atmosfera emocional, se não hostil. Alguns de nossos jogadores não serão recebidos com tapete vermelho. Amanhã temos que tentar obter o melhor resultado possível. Mas não será decidida amanhã, mas sim na volta em Old Trafford", disse, já imaginando uma perseguição do torcedor para com o astro português.
Outro que terá uma atmosfera especial na partida é o goleiro espanhol David De Gea, que trocou o time da capital espanhola por Manchester em 2011 e alfinetou o ex-clube.
"Gosto do fato de ter nascido em Madri, mas no fim de contas é apenas uma cidade. Agora sinto-me como se fosse de Manchester. Sinto-me como qualquer outra pessoa de Manchester, onde somos amados e bem recebidos é que consideramos a nossa casa”, disse.
O único encontro anterior entre os dois times aconteceu na Recopa Europeia de 1991/92, quando o Manchester United, comandado por Alex Ferguson, foi superado pelo Atlético de Madrid após perder em Madrid por 3 a 0. Atualmente, nenhuma das equipes vive seu melhor momento. O Manchester é quarto colocado no Campeonato Inglês e o Atlético é apenas o quinto na Espanha.
No outro encontro do dia, o Benfica receberá o embalado Ajax, em Portugal. O time holandês, onde atua o brasileiro Antony, foi um dos três a vencer todos os seis jogos da primeira fase. Já o Benfica, de Everton Cebolinha, avançou como segundo melhor de seu grupo (atrás do Bayern de Munique), mas foi um dos responsáveis pela eliminação do Barcelona.
Sébastien Haller, atacante do Ajax e artilheiro da Liga dos Campeões, é a esperança do time que busca repetir a excelente campanha de 2018/19, quando chegou na semifinal. Esta é a primeira vez em cinco anos que o Benfica está no mata-mata do torneio europeu.