19 de janeiro de 2022 | 05h01
O São Paulo terá uma difícil missão nesta quarta-feira, às 21h30, pelas quartas de final da Copa São Paulo. O time do técnico Alex de Souza vai encarar o Cruzeiro, um dos favoritos ao título. Mas a boa fase do tricolor enche a torcida de esperança. São seis jogos, seis vitórias, 19 gols marcados e apenas três sofridos.
"Vai ser um jogo bom, o Cruzeiro tem feito boa campanha, mas a gente também. É um adversário de qualidade e quem aproveitar melhor as chances vai conseguir o resultado. Temos apenas de procurar controlar a carga, passando recomendação de descanso e alimentação, e conversar bastante e mostrar vídeos. O desgaste é enorme por causa do excesso de jogos", disse Alex.
Desde que assumiu a equipe no ano passado, Alex tem evitado os holofotes. Ele foi um camisa 10 de muito sucesso, com passagens brilhantes por Cruzeiro, Palmeiras e Fenerbahçe, da Turquia. Mas desde que chegou ao São Paulo, prefere fazer a distinção entre o craque do passado e o técnico em começo de carreira.
Até por isso, evita dar muitas entrevistas e não quer ficar relembrando o período de quando calçava as chuteiras e dava assistências para os seus companheiros. Ele costuma dizer que a carreira de jogador ficou para trás, então aceita as cobranças de um técnico que está iniciando sua trajetória.
Depois que parou de jogar, ele passou a trabalhar como comentarista esportivo, mas paralelamente vinha fazendo o curso para ser treinador. Foi então que em uma conversa com Muricy Ramalho, coordenador de futebol do São Paulo, ficou sabendo que o time sub-20 estava sem treinador após a saída de Orlando Ribeiro.
A diretoria tricolor resolveu apostar no ex-jogador, que apesar de ter sido ídolo em clubes rivais nunca teve antipatia da torcida no Morumbi. E além disso, se mostrou interessado em iniciar a carreira em um clube que faz ótimo trabalho na base e tem grande estrutura. Com isso, se mudou para Cotia e passou a treinar o Sub-20 com uma geração um pouco desacreditada.
Logo Alex deu um bom padrão ao time e colecionou bons resultados. Foi eliminado nas quartas do Campeonato Paulista da categoria, mas jogando com reservas. E chegou à final do Brasileiro, quando perdeu para o Internacional. No ano passado, em 42 jogos obteve 24 vitórias, dez empates e oito derrotas.
Aos poucos ele promoveu várias mudanças de peças e foi para a Copinha com um time com média de idade pouco acima dos 18 anos, em um torneio que jogam atletas de até 21 anos. Conta ainda com PC de Oliveira, um dos grandes técnicos de futsal do Brasil, como auxiliar, e aposta na velocidade de seu 4-3-3 para surpreender os adversários.
Quem passar de São Paulo e Cruzeiro vai enfrentar na semifinal o ganhador de Palmeiras x Oeste, que jogam às 19h em Barueri. Em busca de seu primeiro título do torneio, o Alviverde tem cinco vitórias e um empate e marcou 19 gols até agora. O Oeste eliminou o Flamengo na terceira fase e o Canaã nas oitavas.