Almanaque Raimundo Floriano
Fundado em 24.09.2016
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, dois genros e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Literatura - Contos e Crônicas quinta, 03 de outubro de 2024

PRÊMIO NaMoral - JOVENS TALENTOS: RETA FINAL DE INSCRIÇÕES (POSTAGEM DA LEITORA PAMELA BARBOSA)

Olá, Raimundo! Tudo bem?

Em reta final de inscrições, o Prêmio de Comunicação NaMoral - Jovens Talentos incentiva a criação de peças publicitárias e pedagógicas que promovem integridade, ética, cidadania e valores fundamentais para a prevenção primária à corrupção. Podem se inscrever jovens universitários regularmente matriculados em uma instituição de Ensino Superior ou Técnico e formados entre 2022 e 2024. As inscrições encerram em 31 de outubro, e a cerimônia de premiação será realizada no dia 9 de dezembro.

Abaixo, envio mais detalhes para divulgação. Poderia contar com o seu apoio?


Obrigada,
Mariana Cruz - (11) 98159-0000
Pamela Barbosa - (11) 958897608

APP Brasil

Estudantes e professores recém-formados podem concorrer no Prêmio NaMoral - Jovens Talentos: inscrições até 31 de outubro

Com prêmios de até R$ 25 mil, a iniciativa é uma cooperação entre a APP Brasil e o MPDFT

Inscrições para o Prêmio NaMoral - Jovens Talentos estão abertas até dia 31 outubro - Crédito: Divulgação

 

O Prêmio de Comunicação NaMoral - Jovens Talentos, uma parceria da APP Brasil (Associação dos Profissionais de Propaganda) com o Projeto NaMoral e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), entra em reta final de inscrições. A premiação incentiva a criação de peças publicitárias e pedagógicas que promovem integridade, ética, cidadania e valores fundamentais para a prevenção primária à corrupção. Podem se inscrever jovens universitários regularmente matriculados em uma instituição de Ensino Superior ou Técnico e formados entre 2022 e 2024. As inscrições encerram em 31 de outubro, e a cerimônia de premiação será realizada no dia 9 de dezembro. O regulamento completo está no site.

As peças podem ser inscritas nas categorias podcast, aplicativo ou jogo, história em quadrinho (HQ), campanha de mídia social, trends virais para redes sociais no formato de vídeo e jogos de tabuleiro educacionais. Os vencedores concorrem a prêmios de R$ 25 mil a R$ 15 mil e terão suas campanhas e produtos veiculados no início de 2025.

Com o tema "Esperto mesmo é ser honesto", o prêmio tem o objetivo de estimular a produção de campanhas que destacam a intransigência à corrupção e à impunidade e o compromisso com a integridade como uma necessidade primordial para o cidadão brasileiro. A escolha do tema visa, por meio da comunicação, convidar as pessoas para uma vida com atitudes e comportamentos íntegros, de modo que juntos, como família de brasileiros, possamos  combater a corrupção . Além disso, a APP Brasil e o Projeto NaMoral pretendem incentivar a construção de um ecossistema de integridade, incentivando a participação da sociedade em ações que colaborem com a transformação social. 

Luciana Asper y Valdés, Promotora de Justiça uma das idealizadoras do projeto NaMoral - Crédito: Divulgação

O NaMoral é um projeto de educação para a integridade, criado pelo MPDFT para difundir o conceito de cidadania plena, o valor da honestidade e colaborar na formação de cidadãos responsáveis. Por meio de metodologias ativas, educa crianças e jovens para a integridade, ao mesmo tempo em que os formam para compreender a importância de suas escolhas individuais.

A organização do projeto acredita no papel da educação como prevenção primária da corrupção e formação da responsabilidade cidadã na sociedade. "Entendemos que o combate à corrupção humana começa com a defesa da integridade, inclusive em ações consideradas 'pequenas' e 'justificadas' do cotidiano. Esse combate passa, necessariamente, pela certeza de que a cultura se transforma a partir do aprendizado e da prática", afirma Luciana Asper y Valdés, Promotora de Justiça uma das idealizadoras do projeto do MPDFT.

"A publicidade é fundamental na disseminação de informações e no estabelecimento de novos hábitos. Estimular a produção de campanhas sobre o combate à corrupção é incentivar, também, a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Por isso, estamos realizando este trabalho em parceria com as universidades da área de Comunicação", destaca Luiz Carlos Corrêa, diretor de Educação e Desenvolvimento Profissional da APP Brasil e coordenador geral da premiação.

Serviço – Inscrições

Data: 10 de junho a 31 de outubro

Tema: Esperto mesmo é ser honesto

Site: http://appbrasil.org.br/namoral2024/

 

Sobre o NaMoral

O NaMoral é um projeto nacional de educação para a integridade, criado pelo MPDFT para difundir o conceito de cidadania plena, o valor da integridade e colaborar na formação de cidadãos responsáveis. Por meio de metodologias ativas, participa da formação de crianças e jovens para a integridade, compreender destacando a importância de suas escolhas individuais e seu papel no bem estar social na construção de uma sociedade mais justa, equânime e solidária.

Sobre a APP Brasil

Fundada em 29 de setembro de 1937 como Associação Paulista de Propaganda e rebatizada como Associação de Profissionais de Propaganda em 1989. A APP Brasil ajuda a fazer da propaganda uma das atividades profissionais de maior expressividade em nosso país, oferecendo preciosas colaborações técnicas, profissionalizantes e de desenvolvimento ético da profissão.

 

Assessoria de Imprensa

Agência ERA®

Mariana Cruz - Jornalista Responsável

mariana@agenciaera.com.br 

(11) 98159-0000

Pamela Barbosa - Atendimento

pamela@agenciaera.com.br 

(11) 95889-7608


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 02 de outubro de 2024

GALINHHA PINTADINHA: ÁLBUNS 1 E 2 (POSTAGEM DA LEITORA VITÓRIA MOREIRA)

Galinha Pintadinha expande fronteiras e lança álbuns 'Galinha Pintadinha 1 e 2' em novos idiomas

As canções já estão disponíveis nas principais plataformas de áudio as versões em inglês britânico, mandarim e hindi

A partir dessa terça-feira (01/10) a magia dos álbuns "Galinha Pintadinha 1 e 2" alcançará outros continentes com o lançamento das versões em inglês britânico, mandarim e hindi. Disponíveis nas principais plataformas de áudio, os álbuns prometem encantar uma nova geração de ouvintes ao redor do mundo.

Com sucessos clássicos como ‘Galinha Pintadinha 1 e 1’, ‘Pintinho Amarelinho’, ‘Mariana’, e ‘Borboletinha’, o lançamento marca um momento especial de expansão da marca, que já tem um lugar cativo nos corações de crianças e famílias de várias gerações, sendo, ainda um passo significativo para a popularização global da música infantil brasileira.

"Estamos muito empolgados em levar a Galinha Pintadinha para novos territórios e culturas. A nossa música já encanta e faz sucesso no formato de vídeo e, agora, queremos proporcionar às crianças a mesma alegria e diversão em um formato que elas possam desfrutar em diferentes momentos e em qualquer lugar. O que a gente espera? é que elas possam se divertir ainda mais!” - conta Juliano Prado, sócio-criador da Galinha Pintadinha.



Sobre a Galinha Pintadinha: 

A Galinha Pintadinha tem sido um fenômeno global, encantando milhões de crianças e suas famílias ao redor do mundo. Desde o seu lançamento, a personagem conquistou um espaço especial nos corações dos pequenos com sua música envolvente e vídeos coloridos.

Os números são impressionantes: no YouTube, o canal da Galinha Pintadinha acumula mais de 34 bilhões de visualizações e conta com mais de 36,5 milhões de inscritos, consolidando-se como um dos maiores canais de música infantil em todo o mundo. Além disso, o impacto da Galinha Pintadinha se reflete em outras plataformas de mídia social, onde mantém uma base de seguidores fiel e engajada.

O sucesso não para por aí. As músicas da Galinha Pintadinha também se destacam nas principais plataformas de streaming de áudio, como Spotify, Apple Music e Deezer, onde frequentemente figuram entre os favoritos das playlists infantis. Essa popularidade reflete a capacidade única da Galinha Pintadinha de criar conteúdos que não apenas divertem, mas também educam e encantam, transcendentalmente.


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 02 de outubro de 2024

QUER ADQUIRIR O HÁBITO DA LEITURA? (POSTASGEM DA LEITORA RENATA RIBEIRO)

Raimundo

Daisy Gouveia é escritora e criou o Clube de Leitura da Daisy para incentivar as pessoas, principalmente as mulheres, a adotarem o hábito da leitura.

Através de artigos e lives ela dá dicas de livros, entrevista autores e fala sobre os benefícios da leitura.

Confira abaixo seu novo artigo e, caso queira entrevistá-la, entre em contato com Renata Rebesco pelo 11 99164-2212.

 

Quer adquirir o hábito da leitura?

Por Daisy Gouveia

Passamos por fases na vida onde a leitura estava lá em algum momento e saber porque ela desapareceu do seu dia a dia é importante para retomar esse hábito e recuperar a vontade de ler. Acredito que você vai dizer que foi falta de tempo e, vamos combinar, tempo não foi problema para as outras atividades que você praticou. Acho que você perdeu o prazer da leitura.

Muitas são as causas de perda do prazer de ler. Podem ser leituras escolhidas sem critério que levaram ao desinteresse pelo tema, falta de constância, você começava a ler um livro e o abandonava por alguns dias e quando retomava não lembrava e tinha que ler outra vez grande parte do que havia lido o que se tornava cansativo, não é?

Ler e não ter com quem compartilhar a leitura também pode ser um motivo enfraquecedor. Pensou em mais alguns motivos que o distanciaram dos livros?

Então, vamos ao que interessa para adquirir e manter o hábito da leitura.

Pesquisas indicam que hábitos são conseguidos à partir de 21 dias, se realizarmos a mesma tarefa de modo disciplinado, no mesmo horário e ao longo do mesmo período. Depois desse tempo, o corpo começa a esperar por aquela atividade que lhe trouxe prazer de alguma forma.

Aproveite também para perceber os benefícios da leitura que são tantos e você logo vai perceber. Ela melhora a memória e a atenção, aumenta o vocabulário, proporciona maior fluidez nas conversas, além de você ter assuntos variados para compartilhar.

Escolha um horário que você se adapte mais com a leitura. Perceba se você é mais diurno, ou se prefere ler antes de dormir, lembrando que ler antes de dormir trará um sono mais reparador. A luz e o conforto também são importantes, como também o abandono total de estímulos que roubarão sua atenção como celular, TV e redes sociais.

Há quem leia em qualquer lugar, no metrô, com barulho, música, mas, para quem ainda não estabeleceu o ritmo e o hábito da leitura, não é recomendável.

Outra dica importante é começar por textos curtos para a leitura ser finalizada em pouco tempo e você ter sucesso. Crônicas, contos e fábulas são muito bons para esse começo.

Escolha temas que interessam a você e invista em um clube de leitura, pois a leitura compartilhada vai lhe trazer mais estímulos e comprometimento.

Para mais dicas de livros e leituras me siga @daisygouveiaoficial /Todos os dias incentivando você à se tornar um leitor.

 

SOBRE DAISY GOUVEIA

Daisy Gouveia é apresentadora, escritora, influenciadora digital, host do Podcast ‘Leiture-se’ e criadora do Clube de Leitura da Daisy. Com 66 anos, usa as redes sociais para incentivar as pessoas, principalmente as mulheres, a adotarem o hábito da leitura.

Com 35 anos de experiência na área da moda, escreveu o livro 'Costurando Minha História' onde conta sua trajetória e fala sobre sua reinvenção profissional, estimulando as pessoas que também querem mudar.


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 02 de outubro de 2024

UM GATO EM TÓQUIO: LIVRO DE NICK BRADLEY (POSTAGEM DA LEITORA LUÍSA SANTINI)

No livro "Um gato em Tóquio", o autor Nick Bradley utiliza a figura do gato como um elemento central para oferecer uma perspectiva mística do Japão. Na cultura japonesa, o felino é um símbolo de boa sorte e mistério, e nesta narrativa, ele atua como um agente de transformação, ao conectar os personagens e alterar a paisagem urbana.

O bichano, desenhado nas costas de uma jovem em uma tatuagem, começa a vagar por Tóquio, transcendendo as barreiras da cidade entre o real e o mágico. Temas como destino, pertencimento e conexões humanas são abordados pelo escritor, além de mesclar o enredo com diferentes gêneros literários: romance, contos, quadrinhos e haicas (poesia japonesa). Confira mais detalhes no release abaixo, disponível para reprodução.

Raimundo, para uma pauta sobre a importância da figura do gato na literatura japonesa, sugiro uma entrevista com Nick Bradley. Ele é doutor no assunto e fluente em japonês, e pode conversar tanto por texto ou videochamada em inglês. Vamos marcar? Me chame no WhatsApp: (11) 99996-5754.

Abraços,
Luísa

Uma cidade, muitas histórias: um gato entrelaça diferentes destinos pelas ruas de Tóquio

Nick Bradley apresenta um retrato imersivo do Japão em ficção sobre conexões humanas a partir da jornada de um felino misterioso

Em um dia qualquer, no bairro de Asakusa, uma jovem entra na loja de um tatuador e faz um pedido inusitado. Ela quer tatuar nas próprias costas o mapa completo das ruas da capital japonesa; mas vazias, sem ninguém. Acostumado a atender apenas clientes da máfia local, o profissional aceita o desafio, embora não resista ao impulso de incluir uma gatinha manchada no desenho – desencadeando uma série de eventos interligados com toques de realismo mágico que dão vida à obra Um gato em Tóquio, de Nick Bradley, publicado no Brasil pela VR Editora.

Na primeira sessão, o tatuador ilustra a gatinha em frente à famosa estátua do cão Hachiko, na estação Shibuya. No entanto, toda vez que a jovem retorna para realizar as sessões seguintes, ele fica incrédulo ao perceber que a gata sempre muda de lugar, passeando entre os prédios, telhados e vilarejos eternizados na pele da moça. Enquanto isso, o homem não sabe, porém, que um gato misterioso vagueia de verdade pelas avenidas de Tóquio desde que ele desenhou o bichano.

Nas esquinas, o animal esbarra com diferentes pessoas, cujas trajetórias são entrelaçadas de formas inesperadas tanto pela figura do felino quanto pela metrópole. Em uma prosa que mistura romance com coletânea de contos, cada capítulo mergulha nas histórias individuais desses personagens. Algumas são leves e divertidas, outras mais densas – passando por temas como pertencimento, violência e relacionamentos.

Às vezes, sinto que toda a cidade é um vasto organismo. É como um ser humano do qual todos fazemos parte. Estamos limitados a estradas, cursos d’água, túneis, trens. É como se nossos caminhos estivessem traçados para nós e não tivéssemos como escapar deles. É isso que torna aquela gata diferente de nós. Ela pode entrar e sair dos trens quando quiser. Já nós, humanos, estamos vinculados ao destino da cidade. Ninguém pode escapar das suas garras.
(Um gato em Tóquio, p. 81)

Considerado símbolo folclórico e de boa sorte no país, o protagonismo místico do gato não é o único diferencial deste lançamento. O livro de Nick Bradley também inova no estilo de escrita ao introduzir diversos focos narrativos e gêneros literários, como histórias em quadrinhos (os mangás, em japonês), haicais (poesias japonesas) e fotografias de comidas típicas e cenários. Além disso, o autor quebra a “quarta parede” e aborda elementos metaliterários: no capítulo sobre a tradutora americana, por exemplo, a própria personagem traduz o enredo do qual faz parte.

Em uma Tóquio frenética, que contrasta o moderno e o tradicional, esta leitura convida leitores a embarcarem em uma viagem guiada pelo gatinho, a fim de conhecer um retrato imersivo e sensível da cultura do Japão. Ao mesclar as tristezas e mazelas do cotidiano à magia felina, a obra propõe uma reflexão sobre como os encontros e desencontros revelam o verdadeiro sentido da vida: as conexões humanas que construímos ao longo do caminho e os múltiplos sentimentos que derivam dessas relações.

Fica técnica
Título: Um gato em Tóquio
Editora:  VR Editora
Autor: Nick Bradley
Gênero: Ficção contemporânea
ISBN:  978-85-507-0537-8
Número de páginas: 312  
Preço: R$ 64,90 
Onde encontrarAmazon | E-commerce VR Editora | Principais Livrarias do Brasil 

Sobre o autor: Nick Bradley nasceu na Alemanha, mas cresceu em Bath, na Inglaterra. Depois de se formar em Literatura Inglesa, passou anos vivendo no Japão, onde trabalhou como tradutor. O escritor é fluente em japonês e sua tese de doutorado discorre sobre a figura do gato na literatura japonesa. Um gato em Tóquio é sua obra de estreia, que já foi traduzida para mais de dez idiomas.

Instagram do autor@nasubijutsu

Sobre a editora: A VR Editora está no Brasil há 25 anos. Tudo começou com a linha de Livros Presentes para ocasiões especiais. Em 2008, com a entrada da coleção Diário de um Banana – um sucesso de vendas em pouco tempo –, a VR Editora tornou-se inspiração quando o assunto é leitura infanto-juvenil. Apresenta temas importantes da atualidade por meio de premiados autores e ilustradores, nacionais e estrangeiros. Um gato em Tóquio é o primeiro livro de ficção adulta publicado pela VR. Este lançamento marca a aproximação da editora com um público adulto consumidor de livros de ficção contemporânea em geral.


Literatura - Contos e Crônicas terça, 01 de outubro de 2024

INIMIGO VIRTUAL: LIVRO DE JÉSSICA MACEDO (POSTAGEM DA LEITORA VICTÓRIA GEARINI)

Com mais de 200 obras publicadas e integrante da?Under 30?da Forbes Brasil, a autora best-seller Jéssica Macedo lança "Inimigo Virtual", um romance infantojuvenil que alerta sobre os cuidados necessários para os jovens utilizarem o meio online de forma segura. Na entrevista abaixo, a autora reflete sobre a importância de abordar os perigos da internet com crianças e adolescentes.

Fique à vontade para compartilhar este material com o seu público!

Abraços,
Victória Gearini- (47) 99223-0173

"Eu me desafiei a pensar em algo que atingisse todas as crianças, independente da etnia ou classe social"

 

No romance "Inimigo Virtual", a escritora Jéssica Macedo reflete sobre os perigos que podem ser encontrados nos espaços online

 

A internet possui um papel fundamental nos dias atuais e está presente em diferentes estágios da vida. Embora traga diversos benefícios, a conexão digital também pode apresentar perigos, especialmente para as crianças. Essa é a discussão que a autora best-seller Jéssica Macedo aborda em seu novo livro infantojuvenil Inimigo Virtual, publicado pelo Grupo Editorial Portal. 

Na trama, o menino meigo e atencioso Fábio se aproxima de Juninho, um suposto garoto de 12 anos que conhece em um chat online. Mas quando Fabinho se torna agressivo, impaciente e desinteressado pelas obrigações escolares e pela vida social, seus amigos da Turma do Abacate decidem descobrir a fonte do problema. 

Em entrevista, Jéssica Macedo fala sobre seu processo criativo para a construção da narrativa e dos personagens, além de ressaltar a importância de conscientizar o público infantojuvenil sobre os cuidados necessários para navegar na internet com segurança. Confira abaixo: 

1. Ao longo da sua carreira como escritora, você já publicou mais de 200 livros, entre eles romances e fantasias. Também está presente na literatura infantojuvenil, com "Inimigo Virtual" e outras obras. Como foi é essa transição de gênero? Quais dificuldades encontra durante o processo de escrita?

Jéssica Macedo: A principal dificuldade é o tom da narrativa. Como mudo o público-alvo, a forma como a história é contada também precisa sofrer alterações para se tornar um diálogo interessante para os leitores. O universo de uma mulher adulta, público dos romances, é bem diferente de um pré-adolescente. Isso precisa ser um princípio norteador durante a escrita do livro, na escolha das situações e vocabulário.  

 2. O enredo de "Inimigo Virtual" aborda os perigos do mundo online para crianças e adolescentes. O que a motivou a explorar esse tema em um romance infanto-juvenil?

J.M.: Eu me desafiei a pensar em algo que atingisse todas as crianças, independente da etnia ou classe social. E a internet é uma realidade nos lares da maioria dos brasileiros, por isso é tão importante alertar sobre os perigos presentes do meio online para que as novas gerações possam navegar pelo mundo digital de forma segura e consciente. 

 3. "Inimigo Virtual" mescla mistério e aventura. Como você equilibrou esses elementos para manter o interesse dos leitores jovens e ao mesmo tempo transmitir uma mensagem importante?

J.M.: Para que eu conseguisse transmitir a mensagem, o principal objetivo foi manter o interesse no livro e tornar a leitura prazerosa. Assim acredito que, ao unir mistério, aventura e também as ilustrações, existe uma maior possibilidade de despertar a vontade do público infantojuvenil de continuar lendo e transmitir informações importantes a eles de forma lúdica. 

 4. A internet é o tema central da história. Que tipo de pesquisa você realizou para abordar de maneira realista e educativa os perigos online que crianças e adolescentes estão expostos diariamente?

J.M.: Eu li artigos, procurei filmes e outras fontes que abordassem o assunto para conseguir desenvolver minha história da melhor forma. 

5. Embora o enredo principal se concentre nas relações interpessoais e os perigos virtuais, há a inclusão de crianças com diversidade de raça e gênero. Qual a importância dessa representatividade na literatura, principalmente quando se conversa com o público jovem?

J.M.: O meu intuito era fazer uma turma diversa para que as crianças brasileiras pudessem se identificar, e a mensagem do livro se tornasse mais assertiva. O perigo da internet é uma realidade para todos, e crianças de qualquer etnia ou classe social estão vulneráveis. 

Sobre a autora: A mineira Jéssica Macedo iniciou a carreira de escritora aos 14 anos com o lançamento do primeiro livro, O Vale das Sombras. Com mais de 200 obras publicadas, ajudou a adaptar um dos seus romances, Eternamente Minha, para um longa-metragem lançado na plataforma Cinebrac. Formada em Cinema de Animação e Artes Digitais pela Universidade Ferderal de Minas Gerais (UFMG), aos 28 anos, integra a Under 30 da Forbes Brasil, lista dos jovens mais promissores do país. É autora best-seller da Amazon no Brasil e na Europa, com livros disponíveis em 6 idiomas. 


Literatura - Contos e Crônicas terça, 01 de outubro de 2024

SERIAL KILLERS: LIVRO DE RUBENS CORREIA JR. (POSTAGEM DO LEITOR DIELIN DA SILVA)

Séries como "Monstros: Irmãos Menendez", que mostra a vida de Lyle e Erik, condenados pelo brutal assassinato dos pais em 1989, conquistam o topo da lista dos títulos mais assistidos da Netflix com frequência.

Mas por que as produções de true crime despertam tanto interesse nos espectadores?

De acordo com o criminólogo psicanalista, Rubens Correia Jr, a atenção do ser humano fica presa a atos que podem ser incompreensíveis, como o assassinar os próprios pais, como fizeram os Irmãos Menendez.

Segundo o especialista, filmes e séries como esta fazem com que o público experimente sentimentos como excitação, tensão, sofrimento e, ao mesmo tempo, alívio e segurança.

Em uma entrevista, Rubens, que é autor do livro "Serial Killers - Como funciona a mente sombria dos assassinos em série", pode explicar em detalhes como a brutalidade desperta a atenção do público e porque produções como "Monstros: Irmãos Menendez" fazem tanto sucesso no streaming.

Contato para agenda: (11) 99875-3676.
Abraços,
Dielin

Seu vizinho é um serial killer? Livro revela os mistérios da mente assassina

Especialista combina psicologia forense, criminologia e análise de casos arrepiantes para desvendar a intenção homicida

Especialista brasileiro em criminologia, Rubens Correia Jr. assina Serial Killers, livro sobre os caminhos sombrios da psique humana que desvenda o enigma da mente de um assassino em série. Lançamento da Matrix Editora, a obra apresenta uma combinação de psicologia forense, criminologia e estudos de casos arrepiantes, guiando o leitor pelos corredores sinistros da obsessão, da compulsão e da misteriosa gênese da intenção assassina.

Com o olhar atento aos fatores socioculturais que incubam essas mentes sombrias, o autor tece uma narrativa tão informativa quanto estarrecedora, e expõe as complexidades perturbadoras enraizadas na cabeça de um homicida. Seu objetivo é examinar passo a passo as particularidades do surgimento do conceito de homicídio em série e como ele foi estudado pelos diferentes especialistas.

O autor analisa as diversas facetas que envolvem esses casos, incluindo as diferenças subjetivas entre os respectivos autores. Por que e como matam? Como escolhem suas vítimas? Sentem remorso? São pessoas normais, comuns? Existe uma natureza criminosa? O livro tem o objetivo de aplacar a necessidade humana de entender os atos cruéis, torpes, selvagens e violentos que contestam a definição de uma sociedade civilizada, organizada e consensual, sem demonizar ou sacralizar indivíduos.

O estudo sobre serial killers ainda é tratado como um tabu, e grande parte da sociedade evita abordar o tema de maneira imparcial e científica. A sociedade prefere tachar tais sujeitos de monstros a aceitar que, inevitavelmente, uma parcela dos cidadãos vai cometer crimes bárbaros e aparentemente sem motivo.
(Serial Killers, p. 197)

Para Rubens Correia Jr., os serial killers podem ser mais do que sujeitos desviados e brutalizados, mas representar um sintoma real de alguma falha na sociedade. O criminólogo psicanalista acredita não ser viável continuar tratando o fenômeno como uma anomalia isolada, ou um fato que somente atinge vilões monstruosos, pessoas anormais determinadas ou personagens de filmes, séries e livros.

O foco desse estudo não é apenas buscar as causas do fenômeno, e sim procurar descrever vários aspectos dos crimes, dos ofensores e das vítimas. Serial Killers apresenta elementos para que cada um forme sua própria convicção a respeito do fenômeno criminoso.

“O leitor desconstruirá alguns mitos e falsas verdades sobre os assassinatos cometidos em série, questionará se há realmente um padrão nas condutas violentas ou se existe alguma possibilidade de prever tais ações e sairá de sua posição confortável para se aproximar dos serial killers”, destaca o autor.

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Ficha técnica
Livro:
 Serial Killers – Como funciona a mente sombria dos assassinos em série
Autoria:
 Rubens Correia Jr.
Editora:
 Matrix Editora
ISBN:
 978-65-5616-410-6
Páginas: 264
Preço: 
R$ 66,00

Onde encontrar: Matrix Editora e Amazon

Sobre o autor

Rubens Correia Jr. é advogado, palestrante e criminólogo. Mestre em Ciências pela USP, professor de Pós-Graduação em Criminologia, Direito Penal, Criminal Profiling, Ciências Forenses e Psicologia Jurídica no IPEBJ/SP, UNIT/SE, ESP/MA, PUC/MG, UNIUBE/MG, FACTHUS/MG, dentre outras. Coordenador do Curso de Direito FACTHUS/MG. Escritor de livros na área de comportamento violento e tradutor de livros na área de psicanálise.

Redes sociais do autor

Sobre a Matrix Editora

Apostar em novos talentos, formatos e leitores. Essa é a marca da Matrix Editora, desde a sua fundação em 1999. A Matrix é hoje uma das mais respeitadas editoras do país com 1.000 títulos publicados e oito novos lançamentos todos os meses. A editora se especializou em livros de não-ficção, como biografias e livros-reportagem, além de obras de negócios, motivacionais e livros infantis. Os títulos editados pela Matrix são distribuídos para livrarias de todo o Brasil e, também, são comercializados no site www.matrixeditora.com.br.

 


Literatura - Contos e Crônicas terça, 01 de outubro de 2024

HEAVEN BREAKER: LIVRO DE SARA WOLF (POSTAGEM DA LEITORA LUÍSA SANTINI)

Eleito pela Amazon como um dos melhores livros do ano, "Heavenbreaker" chega aos leitores brasileiros pela Plataforma21. Escrito pela best-seller do New York Times Sara Wolf, esta distopia aborda uma sociedade que vive as consequências da destruição da Terra após a Inteligência Artificial sair de controle.

Confinada em uma estação espacial junto com outros sobreviventes pobres, a protagonista Synali faz um pacto com um nobre rico e misterioso para conseguir se libertar e se vingar pela morte da própria mãe. Para isso, ela aceita participar de um torneio mortal, no qual precisará controlar o temível robô Algoz do Paraíso. Ao longo dessa jornada, surge uma tensão entre ela e o nobre, no famoso ritmo "slow-burn" e "enemies-to-lovers".

Raimundo, sugiro uma entrevista com a autora Sara Wolf para uma pauta sobre as discussões sociais levantadas no lançamento, como desigualdade, opressão e o futuro das tecnologias, além da construção do romance improvável entre pessoas de diferentes classes. Vamos marcar?

Me chame no WhatsApp: (11) 99996-5754.

Abraços,
Luísa

Um mundo distópico em que a IA é destrutiva e não pode mais ser controlada

Ficção científica com toque de fantasia escrita pela best-seller Sara Wolf, "Heavenbreaker" retrata uma Terra inabitável e devastada pela guerra

Quando uma terrível guerra tornou a Terra inabitável, onde a Inteligência Artificial (IA) saiu de controle e foi banida há cem anos após se rebelar, os sobreviventes encontraram uma forma de perpetuar a vida em uma estação espacial. Dividida por classes sociais, a nobreza governa sob a liderança de um rei, enquanto os pobres sobrevivem em condições miseráveis na Ala Baixa. Mas Synali, a protagonista de Heavenbreaker – Algoz do Paraíso, livro best-seller de Sara Wolf, está determinada a se infiltrar na Ala Nobre para saciar a própria sede de vingança.

Filha bastarda do Duque da Casa Hauteclare, que assassinou sua mãe por ser de classe inferior e ameaça sua posição política, a jovem faz um pacto com um nobre misterioso para vingar-se e matar o pai. Mas, para isso, a garota precisa cumprir algumas regras: Synali deve disputar a Copa Supernova, uma espécie de torneio, com o corcel Algoz do Paraíso – um dos robôs gigantes mais antigos usados na guerra que os expulsou do planeta. 

Esta sensação... é o corcel? Parece uma pessoa. Minha mente se volta instantaneamente para a Inteligência Artificial verdadeira, do tipo que foi banido há cem anos após sua rebelião. A IA falsa é usada para tudo na Estação, de sub-rotinas de limpeza a máquinas cirúrgicas, mas a IA verdadeira é ilegal. Nem mesmo os nobres são insensatos o bastante para colocar IA verdadeira nos seus corcéis - eles querem coisas que possam controlar, e a IA verdadeira que nossos ancestrais fizeram não pode mais ser controlada. É por isso que o monarca que veio antes do Rei Ressinimus ordenou que fosse destruída.
(Heavenbreaker – Algoz do Paraíso, p. 29)

À medida que Synali avança na competição, os inimigos dela caem um a um. Porém, para além da vingança, ela descobre segredos sombrios que cercam o mundo em que vive e as mentiras que foram transmitidas por séculos. Com um toque de fantasia e romance ao bom estilo slow burn e enemies-to-lovers, a autora explora nesta ficção científica a problemática das intrigas políticas, além de questões profundas da contemporaneidade – a externalização da raiva feminina, a ganância pelo poder e as complexidades das relações humanas em meio à opressão e à desigualdade.

Narrado por diferentes pontos de vistas, esta obra publicada pela Plataforma 21 faz o leitor refletir sobre o que significa ser humano em um universo onde as máquinas podem se tornar incontroláveis. Primeiro livro de Sara Wolf lançado no Brasil, Heavenbreaker – Algoz do Paraíso já conquistou leitores ao redor do mundo. Alcançou o quarto lugar na lista de mais vendidos do New York Times e foi destacado pela Amazon como um dos melhores lançamentos do ano. O desfecho da duologia, Hellrunner – Mensageiro do Inferno, chega aos leitores brasileiros em breve também pela Plataforma21.

Ficha técnica:
Título: Heavenbreaker – Algoz do Paraíso 
Título original: Heavenbreaker 
Autor: Sara Wolf 
Editora/selo: Plataforma21
Edição/ano: 1ª ed. / setembro 2024 
Gênero: Aventura e Ficção Científica 
Público-alvo: Jovem-adulto 16+
ISBN do livro físico: 978-65-88343-88-3 
ISBN do livro digital: 978-65-88343-87-6 
Número de páginas: 512 
Preço: R$ 89,90 
Onde encontrarAmazon | E-commerce VR Editora | Principais livrarias do Brasil

Sobre a autora: Sara Wolf escreve livros de romance, ficção científica e fantasia em Portland, no Oregon, onde encontrou um refúgio para se esconder do sol. Ela gosta de chá, romances slow-burn e cenas de luta empolgantes. Heavenbreaker é seu primeiro livro publicado no Brasil. 

Siga a autora nas redes: 
Site: Authorsarawolf.com  
Instagram: authorsarawolf 

Sobre a editora: A Plataforma21 é o resultado do carinho da VR Editora pelos jovens leitores. E tudo começou com a publicação do best-seller Maze Runner. São 7 anos oferecendo o que há de melhor em aventura, romance, fantasia e cultura pop na literatura de entretenimento. 


Literatura - Contos e Crônicas sábado, 28 de setembro de 2024

SÉRIE *MINAS GERAIS* (CRÔNICA DO COLUNISTA MEGAPHONE DO QUINTAS)
 
SÉRIE "MINAS GERAIS"
Megaphone do Quincas
 
 

 

Vi o Clube da Esquina, dentro do Som Imaginário e os batuques de Minas, olhando para a Serra do Curral, vivendo, imaginando..

Estávamos finalizando nosso primordial passeio ao conjunto arquitetônico da Pampulha, quando veio à mente procurar por resquícios do “Clube da Esquina”, movimento da música mineira que extrapolou, por qualidade, as fronteiras gerais, inclusive as brasileiras.

Eram 3h da tarde, conseguimos achar ali mesmo, pelo móbile, algo parecido com museu e bar do clube da esquina. A alegria foi tão grande que, mesmo sem a exigência, pedimos que reservasse uma mesa. Tudo no pacote: couvert, consumo, astral de clube noturno e uma expectativa enorme.

O sol de 30 e tantos graus, a curta caminhada de 4 quilômetros que fizemos às margens da Pampulha, o vislumbre da Igreja de São Francisco de Assis, de Niemeyer, Portinari e outros mestres, nos cansou. Quando disse curta caminhada é porque a lagoa da Pampulha tem humildes 18 quilômetros de corredores às margens. É grande mesmo. Mas, de Pampulha falarei mais tarde, pois trata-se de uma reserva biológica tão rica e diversa e de um depoimento arquitetônico-escultural tão singular, que só poderei fazê-lo em uma ou mais duas outras colunas.

Pois bem, diante da energia já consumida e da alegria antecipada de mim e minha parceira em ver o Clube da Esquina, restávamos voltar ao hotel – BH é quente! visse – e aguardar a hora para sair ao encontro da noite.

Sim, descansamos, mas não relaxamos. Na minha cabeça, eram cerca de 40 anos de intimidade, música a música, Som Imaginário, Clubes da Esquina, Milton, Lô e Brandt. Voltar ao passado? Que nada, viver o presente eterno e clássico som magistral de Minas, a marca feita por mineiros, mas que cabia gente de toda a parte desde o carioca Milton até o pernambucano Novelli.

Estávamos moderninhos – nem velho metido a guri, nem ex-hippie com cocó nos cabelos milagrosamente longos rs. Para nós era uma cerimônia. E foi.

Chegamos cedo demais – que agonia – umas 20h15. O show para começar as 21h e o burburinho às 23 horas.

Bem, como se diz por aí, relaxamos. Enxerido, fui me apresentando, primeiro identificando Neide, que nos atendeu ao telefone, depois garçons, logísticas e a Virgínia, proprietária da casa. Trocamos e-mails e lhe afirmei que aquele lugar era uma grande atração em Belô.

Numa das fotos aí de baixo (3) pode-se ver na parede cópia da capa do Clube da Esquina nº 2. Significava que, naquela noite, os músicos – ainda produzindo com Milton e outros craques – iriam tocar o disco inteiro de 1978 (nº2). Tão cedo chegamos que ainda flagramos os músicos ensaiando. Que culpa tenho eu!!!

Lá funciona assim, cada dia da semana, executa-se um dos discos do Clube da Esquina, do Som Imaginário, de algum dos músicos da turma em solo, MPB boa demais, até porque seria incompatível coisa menor.

O Bar do Museu do Clube da Esquina, imperdível: em Santa Teresa, perto da Serra do Curral, onde BH nasceu. Quando se sai do universo do ‘Clube da Esquina’, não se levante! Ali, naquele museu sagrado do som, só músicas de excelentes compositores são executadas por músicos de qualidade.

Petiscos, passa e passa, acústica boa para um bar, atendimento de primeira, clima da plateia 10 (ah, às 22 horas, lotou). Público de 8 a 80, diversidade de estilos e origens diferenciadas. Ah, preço honesto para o que se é oferecido!

Nas paredes, escadas, corredores referências a granel aos grandes fazedores do movimento mineiro.

No palco, numa conexão melódica e espiritual com os excelentes Pablo e Beto (violões e teclado). Mas, minha atenção era toda para o palco: melodias, movimentos, vozes, acordes e letras singulares e belas.

Tocaram “Ruas da Cidade”, que recolhi no Youtube.

 

 

Guiacurus Caetés Goitacazes
Tupinambás Aimorés
Todos no chão
Guajajaras Tamoios Tapuias
Todos Timbiras Tupis
Todos no chão
A parede das ruas
Não devolveu
Os abismos que se rolou
Horizonte perdido no meio da selva
Cresceu o arraial
Passa bonde passa boiada
Passa trator, avião
Ruas e reis
Guajajaras Tamoios Tapuias
Tupinambás Aimorés
Todos no chão
A cidade plantou no coração
Tantos nomes de quem morreu
Horizonte perdido no meio da selva
Cresceu o arraial

Enfim, foi pura emoção! Se for a Belô, não perca!


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 27 de setembro de 2024

O GRITO DO TROVÃO: LIVRO DE HENRIQUE CESARINO PESSOA (POSTAGEM DA LEIRORA MARIA CLARA MENEZES)

Pedagogo e ator especializado em clown, Henrique Cesarino Pessoa constrói um mosaico divertido da sociedade no livro "O grito do trovão". Obra com poemas, contos e carta reúne uma série de histórias com personagens imprevisíveis e profundos - assim como na vida real.

Os anos de experiência nos palcos trouxe ao artista uma percepção: muitos dos dilemas do cotidiano, como medos, inseguranças, excesso de racionalidade e desafios da liberdade, podem ser compreendidas a partir das lentes do humor. Por isso, em suas histórias, ele apresenta percepções agudas da sociedade na medida em que percorre um universo insólito.

Raimundo, o lançamento rende um espaço no seu veículo? Caso tenha interesse, o autor também está disponível para entrevistas!

Abraços,
Clara - (47) 99223-0173

O bom-humor e a poesia que sintetizam a complexidade da vida

Os contos, poemas e carta de "O Grito do Trovão" convidam os leitores a adentrarem um universo insólito acompanhados de personagens clownescos

Os personagens clownescos e imprevisíveis de O Grito do Trovão surpreendem por suas ações e, por isso, se aproximam de uma realidade onde ninguém tem o controle dos acontecimentos. Escrito pelo ator e pedagogo Henrique Cesarino Pessoa os 10 contos, 21 poemas e uma carta presentes na obra constroem um mosaico complexo e bem-humorado da sociedade.

Entre as histórias, um menino não compreende a professora quando ela insiste que coloque o número "ao quadrado" durante uma atividade sobre potência. Ao descer do ônibus, um homem se coloca em uma série de interações que beiram o absurdo após perguntar onde fica a praça Ramos. Um jovem decide abrir uma frutaria para ajudar o Brasil contanto que o empreendimento tenha dois tipos de tomates.

Com linguagem leve e singular, o escritor reflete sobre temas do cotidiano ao apresentar uma nova possibilidade de compreender a contemporaneidade a partir das lentes do humor. O lançamento convida ainda os leitores a perceber os desafios dos artistas no país, além de percorrer questões como a inadequação, o excesso de racionalidade, o papel da cultura e a força da liberdade.

Acredito que por ser diferente Rodolpho era mal compreendido. Um “outsider” justamente por pertencer à categoria dos que vão mais fundo nas questões do espírito e talvez por isso não se adaptasse ao cotidiano, como quem luta diariamente com um demônio interno para perseverar seus propósitos em um diálogo com a realidade. (O Grito do Trovão, p. 52)

Prefaciado pelo professor de português Francisco Marto de Moura, o livro começa leve e vai gradativamente se tornando mais denso na intenção de levar o público a percorrer um universo insólito com percepções agudas sobre a alma humana. Este caminho é trilhado até chegar aos contos “Amigo secreto budista” e “Prima Melancolia e avó Sabedoria”, que têm influência de escritores clássicos como Edgar Allan Poe e Machado de Assis.

Dividida como um disco de vinil, composto por lado A e lado B, a obra encerra a primeira parte com uma carta à classe teatral, onde há um olhar crítico acerca das artes cênicas. Já o segundo momento da narrativa apresenta poemas sensíveis e concisos, inspirados em Manuel Bandeira, Oswald de Andrade e no movimento concretista brasileiro. Entre versos e prosa, a obra defende uma sensibilidade e autoexpressão que valorizam o aspecto humano da escrita.

FICHA TÉCNICA

Título: O Grito do Trovão
Autora: Henrique Cesarino Pessoa
Editora: Artêra Editorial
ISBN: 978-6525050003
Páginas: 93
Preço: R$ 42
Onde comprar: Amazon | Appris

Sobre o autor: Henrique Cesarino Pessoa é ator e pedagogo formado pela Universidade de São Paulo (USP). Com especialização em Clown, trabalhou em diversas peças e ganhou prêmios de atuação em diferentes festivais nacionais. Foi professor convidado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) por oito anos e lecionou no Teatro do Gracinha por quinze anos. Atualmente dirige, leciona e atua no Esporte Clube Pinheiros e no Espaço Rasa, onde é coordenador do núcleo de humor “Arrasa no Riso”.

Redes sociais do autor:

Instagram: @henriquecesarino04
Youtube: @henriquepessoa9064


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 27 de setembro de 2024

DEPOIS DAS CINCO: LIVRO DE BRUNO HAULFERMET (POSTAGEM DA LEITORA GABRIELLE CUERBA)

Bruno Haulfermet é um autor gay que nunca se enxergava na literatura nacional quando era adolescente. Agora, ele integra uma nova geração de escritores brasileiros que lutam para ter mais representatividade nos livros. Por isso, ele traz para o centro da narrativa da romantasia Young Adult "Depois das cinco" uma história plural com protagonismo gordo, racial e LGBTQIAPN+.

O escritor também usa a obra como ferramenta para debater com a Geração Z temas como bloqueios emocionais na adolescência e no início da vida adulta. Abaixo você confere o release, disponível para compartilhar com sua audiência :)

Raimundo, acha que conseguimos encaixar uma entrevista com o autor? Bruno também pode explicar a importância da representatividade e da visibilidade para que mais jovens se encontrem na literatura.

Me chame no WhatsApp e agende uma data e horário para essa entrevista: (11) 99996-5754.
Conto com você!
Obrigada,
Gabriela C.

"Depois das cinco": um romance com representatividade para fãs de fantasia e mistério

Lançamento young adult da Buzz Editora, escrito por Bruno Haulfermet, narra a jornada de um casal improvável que desafia o destino para ficar junto

Ivana leva uma vida aparentemente normal na pacata Província de Rosedário, um lugar famoso pelas raras rosas de caule rosado. Mas ela está longe de ser uma adolescente comum. Todas as tardes, quando o relógio marca seis horas em ponto, a protagonista de Depois das cinco deixa de existir e ressurge somente depois das cinco da manhã do dia seguinte. Publicado pela Buzz Editora e escrito por Bruno Haulfermet, o sucesso do Wattpad narra a trajetória da garota para esconder esse segredo a sete chaves, até que ela conhece Dario. O rapaz compartilha da mesma condição corporal, só que de forma oposta: sempre que ela surge, ele desaparece.  

Além da própria mãe, os únicos que conhecem a peculiaridade de Ivana são os amigos de infância Una e Ivo. O trio ajuda a jovem artista a seguir uma rotina reclusa e metódica para despistar olhares: aos 16 anos, ela passa a maior parte dos dias na escola ou no ateliê, pintando telas coloridas. Certa tarde, Ivana decide passear no lago da província, mas perde a noção do tempo e realiza o processo de dissipação corporal a céu aberto. Pouco antes de sumir, nota a presença de Dario, um menino semitransparente e de sardas brilhantes, que se destacam ainda mais em sua pele negra. A conexão entre os dois é imediata e eles se apaixonam.   

O problema é que o casal logo percebe se tratar de uma relação inviável, já que não conseguem sequer tocar um no outro. Nesta dinâmica, tudo o que têm são breves minutos, duas vezes por dia, no exato momento em que seus corpos estão translúcidos. Angustiados e determinados a viver essa paixão a qualquer custo, iniciam uma busca para entender como driblar as forças do destino e ficarem finalmente juntos. Mas nessa busca por respostas, descobrem também que os moradores da província escondem mentiras inimagináveis. A cidade é como uma rosa: tão bela quanto espinhosa. 

Segundas-feiras eram sempre muito cheias no ateliê, o que dava uma ótima vantagem para Ivana. Ela apenas precisava tomar cuidado com as janelas. O ateliê não era pequeno e, mesmo estando no segundo andar, toda cautela era pouca com janelas, os criadouros de gente fofoqueira. Ainda mais em Província de Rosedário.
(Depois das cinco, p. 39)  

Entre mistérios, romance e uma boa dose de fantasia, Bruno Haulfermet, homem gay, constrói um enredo young adult marcado pela diversidade e representatividade, por meio de protagonistas que rompem estereótipos e vão ressoar com o público jovem, como o casal birracial e personagens LGBTQIAP+. Inspirado por quadrinhos e livros de terror, o autor explora a profundidade das emoções humanas, o lado sombrio de cada um e o poder imbatível do amor – mesmo quando ele parece impossível. 

Fica técnica 
Título: Depois das cinco 
Editora: Buzz 
Autor: Bruno Haulfermet 
Gênero: Romance, Fantasia 
ISBN (livro físico):  978-65-5393-359-0   
ISBN (e-book): 6553933596 
Número de páginas: 336 
Preço: R$ 69,90 
Onde encontrarAmazon | E-commerce Buzz Editora | Principais Livrarias do Brasil  

Sobre o autor: Bruno Haulfermet sempre foi ligado à arte. Seu amor precoce pela leitura se deu graças aos quadrinhos da Turma da Mônica e, com o passar dos anos, foi se estendendo aos livros. Ainda na adolescência, começou a escrever contos de terror e fantasia baseados nos volumes de Goosebumps. Entusiasta da cultura pop, sobretudo a dos anos 1990, Bruno é designer por formação, já foi colunista do blog Plugcitários e embaixador do Wattpad, onde se tornou líder de curadoria de conteúdo. É fã de animes e filmes hollywoodianos, adora frappuccinos e generosas fatias de bolo caseiro. Depois das cinco é o romance de estreia do autor. 


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 26 de setembro de 2024

MUSEU DA LÍGUA PORTUGUESA PROMOVE FESTIVAL DIA DAS CRIANÇAS (POSTAGEM DO LEITOR ALAN DE FARIA)

Olá,

segue abaixo o release sobre a programação do Dia das Crianças no Museu da Língua Portuguesa.

Vamos pautar?

Museu da Língua Portuguesa promove Festival Dia das Crianças 2024 com 16 atividades gratuitas

Apresentações musicais, performances circenses, oficinas artísticas e muitas brincadeiras integram a programação especial do dia 12 de outubro

Museu da Língua Portuguesa vai se transformar em circo, oficinas artísticas, gincanas e até mesmo em um programa de auditório no dia 12 de outubro, quando realiza o Festival Dia das Crianças 2024. Gratuitas e destinadas aos públicos de todas as idades, incluindo a primeira infância, as 16 atividades da programação especial vão acontecer das 10h às 17h em vários espaços, como o Saguão B, Pátio B e até mesmo a calçada. Localizado na Estação da Luz, o Museu é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. 

Ao longo de todo o dia, as crianças e suas famílias terão a oportunidade de assistir à apresentação de um coral e de participar de uma espécie de programa de auditório. Já as peças de teatro celebram a diversidade cultural brasileira e de toda a América Latina. Elementos circenses também estarão presentes por meio de mágica, palhaçaria e performances com objetos inusitados.  

Brincadeiras, claro, também não faltarão neste dia tão especial para as crianças no Museu da Língua Portuguesa. Jogos tradicionais como Amarelinha estarão espalhados pelo Saguão B. A ideia é que os participantes brinquem de forma lúdica e espontânea. As crianças menores terão um espaço exclusivo, com objetos e ações específicos. Tudo isso em meio à cenografia criada pela Naif Factory Lab com muitas cores e repleta de pufes em formato de carinhas com olhos, nariz e boca.  

Haverá no Pátio B barracas de comida e bebidas para que o passeio fique completo e seja aproveitado ao longo de todo o dia. 

Parte da programação do Festival Dia das Crianças 2024 do Museu dialoga com a mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil. Com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, a exposição fala sobre a presença de línguas de África, como as do grupo bantu, no português falado no Brasil. Ao visitá-la, o público descobre, por exemplo, a origem de termos como caçula e fofoca.  

No dia 12 de outubro, sábado, quem quiser entrar nos espaços expositivos do Museu da Língua Portuguesa também não pagará nada. A gratuidade se estende para os domingos.  

Confira abaixo os detalhes de toda a programação especial do Festival Dia das Crianças 2024 do Museu da Língua Portuguesa. 

NO PÁTIO B
 

Música 
Coral Infantojuvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo 
10h às 11h 
Comandados pela maestrina Regina Kinjo, os 55 integrantes do Coral Infantojuvenil da Escola Municipal de Música de São Paulo abrem a programação artística do Festival Dia das Crianças 2024 do Museu. O repertório contém faixas do cancioneiro popular brasileiro, incluindo Vilarejo (Marisa Monte), João e Maria (Chico Buarque/Sivuca), e internacional, como Bridge Over Troubled Water (Paul Simon). O pianista Juliano Kerber também vai estar presente. 

Teatro 
Cavalo-Marinho Brinquedo da Terra 
12h às 13h 
Ao som da rabeca, os personagens do espetáculo de teatro de rua Cavalo-Marinho Brinquedo da Terra apresentam diversos aspectos da cultura brasileira. Capitaneados pelo Mestre Rafa da Rabeca, os artistas deste projeto utilizam cantos, danças e ritmos musicais como o baião para celebrar figuras como o boi, símbolo da fartura e da força em muitas regiões do país. 

Oficina  
Monstros urbanos e Oficina de Carimbos 
13h às 14h 
A oficina Monstros Urbanos convida as crianças a observar ao redor e a identificar figuras que aparecem e que se “escondem” atrás das construções urbanas. Em seguida, elas são instigadas a desenhá-las. Já a oficina de Carimbos permitirá que cada participante crie narrativas a partir de carimbos de imagens e palavras inspiradas nas gravuras da literatura de cordel. Ambas serão oferecidas pelo Núcleo Educativo do Museu. 

Brincadeira 
Gincana Soletrandinho 
15h às 16h 
As crianças serão desafiadas a soletrar corretamente palavras sorteadas pelos educadores e educadoras do Museu nesta atividade. 

Música 
Showzin – Canções brazucas para crianças 
16h às 17h 
As crianças terão uma oportunidade de mostrar seus talentos artísticos no espetáculo Showzin – Canções brazucas paras crianças. Esta montagem recria os populares programas de auditório da TV brasileira, promovendo uma experiência musical e interativa para todas as pessoas presentes. Será que os futuros artistas do Brasil serão revelados nesta apresentação? O projeto tem direção artística de Karina Giannecchini e Cris Scabello. 

Brincadeira 
Livre Brincar 
10h às 16h 
Um espaço para crianças de 5 a 14 anos brincarem de forma lúdica e espontânea, utilizando materiais do dia a dia e muita imaginação. Esta é a proposta do Livre Brincar que a Madri Recreações vai promover no Festival Dia das Crianças 2024 do Museu. Estarão espalhados pelo Pátio B jogos e brincadeiras tradicionais como Amarelinha, Bambolês e Pescaria. Além disso, as crianças e suas famílias serão desafiadas a criar torres com pratos e copos coloridos e a marcar gols no futebol de pano. 

NO SAGUÃO B 

Teatro 
Recontação de Memórias Latinas 
11h às 12h 
Depois de uma viagem por vários países da América Latina com o objetivo de conhecer a diversidade cultural da região, dois aventureiros descobrem uma antiga lenda sobre o surgimento do rio Amazonas. De autoria do Coletivo Identidade Livre, o espetáculo Recontação de Memórias Latinas destaca a importância da natureza e enaltece a sabedoria e a riqueza dos povos originários de todo o continente americano. 

Circo 
Mágico Brunno 
14h às 15h 
Mágicas clássicas e modernas, além de números de ilusionismo, compõem a apresentação do mágico Brunno. Em sua performance, que conta com a interação com crianças e adultos, ele ainda se vale de técnicas de ventriloquia ao manipular dois bonecos, o sapo Caco e o pássaro Zeca. 

Brincadeira 
Espaço bebês 
10h às 16h 
As crianças menores terão um espaço exclusivo dentro da programação do Festival Dia das Crianças do Museu da Língua Portuguesa. Com objetos e ações específicos, o local ficará sob responsabilidade da CriaLudis, especializada na criação de experiências lúdicas para todos os públicos. 

NA CALÇADA 

Oficina 
DePara Mirim – Oficina Escrita de Cartas 
10h às 13h 

Papéis, canetinhas, máquina de escrever e latas de spray estarão à disposição das crianças e suas famílias na Oficina DePara Mirim, convidando-as a escrever, desenhar ou colorir cartas. A atividade ainda contará com um mural, no qual as crianças poderão deixar mensagens. 

Circo 
Cia Matulandante 
10h às 16h 
Sob condução da palhaça Reco-Reco, uma mestra de cerimônias especializada em mais atrapalhar do que organizar, a Cia Matulandante apresentará números que envolvem equilibrismo em perna de pau, malabarismo e palhaçaria. 

Performance 
Vivência com as bicicletas malucas 
11h às 13h 
Bicicletas com formatos atípicos, feitas com peças velhas usadas de forma bem diferente do comum. Assim são as FreakBikes, utilizadas por um grupo de artistas-inventores na performance Vivências com as bicicletas malucas. Algumas delas estarão à disposição de crianças e adultos. 

Performance 
Brincantes: Efeito Colateral 
13h às 14h 
Coberto com dezenas de bexigas de diversas cores, o artista FEVA anda de patins ao mesmo tempo em que interage com todas as pessoas ao seu redor. Na performance urbana Brincantes: Efeito Colateral, ele busca transformar o espaço público em um local mais colorido e divertido. 

NOS ESPAÇOS EXPOSITIVOS 

Mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil 
9h às 16h30 (com permanência até as 18h) 
Com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, a mostra Línguas africanas que fazem o Brasil destaca a presença de línguas de África, como as do grupo bantu e eve-fon, no português falado no Brasil. Em uma das salas interativas do projeto, o público é surpreendido ao dizer em voz alta palavras como afoxé, axé e zumbi. 

Exposição principal 
9h às 16h30 (com permanência até as 18h) 
A exposição principal do Museu contém uma série de experiências lúdicas e audiovisuais que ajudam a mostrar a diversidade da língua portuguesa falada no Brasil e em outras partes do mundo. Um dos destaques é o Beco das Palavras, no qual, em uma mesa interativa, o público é instigado a juntar prefixos e sufixos para formar palavras de nosso vocabulário. 

Museu da Língua Portuguesa 
Praça da Luz, s/nº - Luz – São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)  
R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados e domingos  
Acesso pelo Portão A  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/90834/  


SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.  

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

PATROCÍNIOS E PARCERIAS  
A temporada 2024 conta com o patrocínio máster da Petrobras, patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, e do Instituto Cultural Vale; com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra, por meio do Instituto Ultra, da CAIXA e do UBS BB Investment Bank. Conta ainda com as empresas parceiras Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer e Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são parceiros de mídia. A temporada 2024 é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.  

A mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, por meio do Instituto CCR, do Instituto Cultural Vale e da John Deere Brasil; e apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA.  


INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA 
Museu da Língua Portuguesa – Comunicação  
Alan de Faria | alan.faria@idbr.org.br – 11 99894 0702  
Renata Beltrão | renata.beltrao@idbr.org.br - 11 99267 5447  

Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo - Assessoria de Imprensa  
(11) 3339-8062 / (11) 3339-8585  
imprensaculturasp@sp.gov.br  
Acompanhe a Cultura: Site | Facebook | Instagram | Twitter | LinkedIn | YouTube  

 

 

 



Espetáculo Cavalo-Marinho Brinquedo da Terra Mágico Brunno Espaço bebês

 


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 25 de setembro de 2024

HEAVEN BREAKER - ALGOZ DO PARAÍSO: LIVRO DE SARA WOLF (POSTAGEM DA LEITORA GABRIELA CUERBA)

Até que ponto a humanidade pode confiar nas tecnologias? Na distopia "Heavenbreaker", a escritora best-seller Sara Wolf apresenta uma sociedade que vive as consequências da destruição da Terra após a Inteligência Artificial sair de controle. Os sobreviventes, confinados em estações espaciais, convivem com o medo de máquinas que, ao invés de libertar os humanos, se tornaram opressoras.

Publicada pela Plataforma21, a história gira em torno de Synali, uma jovem que precisa controlar o temível robô Algoz do Paraíso, a fim de buscar não apenas liberdade, mas vingança. Raimundo, confira o release abaixo com detalhes, disponível para compartilhar com o seu público.

Para aprofundar essa discussão e pautar como a literatura distópica ajuda a pensar sobre o futuro tecnológico, sugiro uma entrevista com Sara Wolf (por e-mail ou videochamada em inglês). A autora pode explorar as questões sobre IA levantadas em "Heavenbreaker" e como elas se relacionam com a realidade hoje.

Vamos agendar essa conversa? :)
Aguardo seu contato: (11) 99996-5754
Abs,
Gabi

Um mundo distópico em que a IA é destrutiva e não pode mais ser controlada

Ficção científica com toque de fantasia escrita pela best-seller Sara Wolf, "Heavenbreaker" retrata uma Terra inabitável e devastada pela guerra

Quando uma terrível guerra tornou a Terra inabitável, onde a Inteligência Artificial (IA) saiu de controle e foi banida há cem anos após se rebelar, os sobreviventes encontraram uma forma de perpetuar a vida em uma estação espacial. Dividida por classes sociais, a nobreza governa sob a liderança de um rei, enquanto os pobres sobrevivem em condições miseráveis na Ala Baixa. Mas Synali, a protagonista de Heavenbreaker – Algoz do Paraíso, livro best-seller de Sara Wolf, está determinada a se infiltrar na Ala Nobre para saciar a própria sede de vingança.

Filha bastarda do Duque da Casa Hauteclare, que assassinou sua mãe por ser de classe inferior e ameaça sua posição política, a jovem faz um pacto com um nobre misterioso para vingar-se e matar o pai. Mas, para isso, a garota precisa cumprir algumas regras: Synali deve disputar a Copa Supernova, uma espécie de torneio, com o corcel Algoz do Paraíso – um dos robôs gigantes mais antigos usados na guerra que os expulsou do planeta. 

Esta sensação... é o corcel? Parece uma pessoa. Minha mente se volta instantaneamente para a Inteligência Artificial verdadeira, do tipo que foi banido há cem anos após sua rebelião. A IA falsa é usada para tudo na Estação, de sub-rotinas de limpeza a máquinas cirúrgicas, mas a IA verdadeira é ilegal. Nem mesmo os nobres são insensatos o bastante para colocar IA verdadeira nos seus corcéis - eles querem coisas que possam controlar, e a IA verdadeira que nossos ancestrais fizeram não pode mais ser controlada. É por isso que o monarca que veio antes do Rei Ressinimus ordenou que fosse destruída.
(Heavenbreaker – Algoz do Paraíso, p. 29)

À medida que Synali avança na competição, os inimigos dela caem um a um. Porém, para além da vingança, ela descobre segredos sombrios que cercam o mundo em que vive e as mentiras que foram transmitidas por séculos. Com um toque de fantasia e romance ao bom estilo slow burn e enemies-to-lovers, a autora explora nesta ficção científica a problemática das intrigas políticas, além de questões profundas da contemporaneidade – a externalização da raiva feminina, a ganância pelo poder e as complexidades das relações humanas em meio à opressão e à desigualdade.

Narrado por diferentes pontos de vistas, esta obra publicada pela Plataforma 21 faz o leitor refletir sobre o que significa ser humano em um universo onde as máquinas podem se tornar incontroláveis. Primeiro livro de Sara Wolf lançado no Brasil, Heavenbreaker – Algoz do Paraíso já conquistou leitores ao redor do mundo. Alcançou o quarto lugar na lista de mais vendidos do New York Times e foi destacado pela Amazon como um dos melhores lançamentos do ano. O desfecho da duologia, Hellrunner – Mensageiro do Inferno, chega aos leitores brasileiros em breve também pela Plataforma21.

Ficha técnica:
Título: Heavenbreaker – Algoz do Paraíso 
Título original: Heavenbreaker 
Autor: Sara Wolf 
Editora/selo: Plataforma21
Edição/ano: 1ª ed. / setembro 2024 
Gênero: Aventura e Ficção Científica 
Público-alvo: Jovem-adulto 16+
ISBN do livro físico: 978-65-88343-88-3 
ISBN do livro digital: 978-65-88343-87-6 
Número de páginas: 512 
Preço: R$ 89,90 
Onde encontrarAmazon | E-commerce VR Editora | Principais livrarias do Brasil

Sobre a autora: Sara Wolf escreve livros de romance, ficção científica e fantasia em Portland, no Oregon, onde encontrou um refúgio para se esconder do sol. Ela gosta de chá, romances slow-burn e cenas de luta empolgantes. Heavenbreaker é seu primeiro livro publicado no Brasil. 

Siga a autora nas redes: 
Site: Authorsarawolf.com  
Instagram: authorsarawolf 

Sobre a editora: A Plataforma21 é o resultado do carinho da VR Editora pelos jovens leitores. E tudo começou com a publicação do best-seller Maze Runner. São 7 anos oferecendo o que há de melhor em aventura, romance, fantasia e cultura pop na literatura de entretenimento. 


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 25 de setembro de 2024

PARTE DE NÓS SÓS CORPOS: LIVRO DE EMIL SOU TOS (POSTAAGEM DO LEITOR LAURO ROCHA)

Olá, Raimundo. Tudo bem?

Segue sugestão de pauta sobre o lançamento do livro "Partes nós sós corpoS", que acontece na próxima sexta-feira (27), na Livraria Sebinho, em Brasília.

Atenciosamente,

Lauro Rocha

Novo Selo Comunicação

Emil Sou_toS lança novo livro de poesias "Partes nós sós corpoS" no Sebinho

Obra mergulha em temas contemporâneos como neurodiversidade, dependência tecnológica, violência doméstica e polarização social.

O escritor e poeta Emil Sou_toS, mineiro radicado em Brasília, prepara-se para o lançamento de seu novo livro de poesias ilustrado, "Partes nós sós corpoS", no Sebinho Livraria, localizado na 406 Norte, no próximo dia 27 de setembro, das 17h às 20h. A obra, que explora a complexidade do ser humano através de uma poesia visceral, será vendida a preço reduzido (R$ 10), graças ao financiamento do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC).

Com ilustrações de Luísa Cavaignac, tatuadora conhecida por seu estilo "black-work", a obra mergulha em temas contemporâneos como neurodiversidade, dependência tecnológica, violência doméstica e polarização social. Os poemas, apresentados em diversos estilos como sonetos, haikais e concretismo, trazem uma reflexão profunda sobre os dilemas da modernidade líquida.

Além de adquirir o livro, os leitores terão a oportunidade de receber autógrafos e dedicatórias personalizadas do autor, além de brindes exclusivos, como marcadores de página e postais.

Serviço:
Lançamento de "Partes nós sós corpoS"
Data: 27 de setembro de 2024
Horário: 17h às 20h
Local: Sebinho Livraria — 406 Norte, Bloco C, Brasília/DF
Preço especial: R$ 10,00

Sobre o autor:
Emil Sou_toS é o pseudônimo do escritor Emilio de Souza Santos, mineiro de nascimento e brasiliense por residência. Formado em engenharia, ele equilibra a vida burocrática com sua paixão pela escrita e poesia. Seu primeiro livro, "Dois Estranhos", lançado em 2023, é uma obra multifacetada que combina romance, contos e roteiros. Agora, com "Partes nós sós corpoS", Emil estreia no mundo da poesia, explorando de maneira única temas urgentes e humanos.

 


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 25 de setembro de 2024

LUZES E SOMBRAS: LIVRO DE ANDREZA CARÍCIO (POSTAGEM DA LEIRTOR ADIELIN SILVA)

O que acha de uma conversa com Andreza? A autora do best-seller "Todo santo dia" pode contar detalhes sobre a narrativa e abordar o papel da espiritualidade nos desafios do dia a dia.

Conte comigo para alinhar essa conversa!

Abraços,
Dielin - (11) 93248-5622 ou (47) 99903-8771.

É uma guerra, mas Lis se arma do amor

Energia de seres de luz é a grande protagonista em primeira ficção da best-seller Andreza Carício, que faz paralelos com a realidade

Não tão diferente do mundo real, em Luzes e Sombras: a jornada (Citadel Grupo Editorial), a autora Andreza Carício apresenta o enredo de uma guerra entre o bem e o mal. O ambiente da obra se dá em dois universos energéticos distintos, que afetam as pessoas de formas incalculáveis.  

Neste romance, a escritora best-seller e líder do movimento “Exército do Bem” instiga o leitor a refletir sobre as próprias batalhas interiores, identificar seus momentos sombrios e desperta o resplendor que existe em cada ser.

O conflito acontece entre os planetas, Dragon, um lugar onde as sombras são a força motriz, que reduz a nada qualquer possibilidade de alegria; e Yevé, um reino cheio de amor e equilíbrio, capaz de abastecer toda a Via Láctea de harmonia. 

De um lado, a jovem Lis, que é detentora de uma poderosa energia. Do outro, Saddad, líder cruel, capaz de vampirizar e manipular as emoções das mais nobres almas, mantendo a população de seu mundo em trevas, após lançar uma terrível maldição. Entre eles, o fruto desta relação isolado no planeta Terra.  

Durante um conflito épico para salvar o herdeiro do império da escuridão, seu filho, Lis traz à tona todas as suas capacidades energéticas. Ainda, mergulha em uma busca incessante para manifestar sua força interior e, assim, trazer a paz para dias melhores.  

A batalha já está acontecendo. 
A Terra está sofrendo influências de Dragon e 
todo o planeta está se autodestruindo. 
Guerras, doenças físicas, psíquicas, depressão e pânico. 
E agora um grupo está com uma poderosa 
ogiva nuclear capaz de destruir tudo. 
(Luzes e sombras: a jornada, p. 247) 

Frente a constantes perigos e desafios, cada passo de Lis é uma escolha entre ceder ao desespero ou encontrar forças para continuar lutando. Com a ajuda de aliados improváveis e o poder do amor verdadeiro, a personagem enfrenta seus demônios interiores. Armada com determinação e esperança, ela desafia as expectativas e trilha seu próprio caminho rumo à luz. 

Em Luzes e SombrasAndreza Carício desperta o leitor para uma história que não é apenas fantasia, mas também um aviso poderoso de que, quando enfrentamos o mal, somos capazes de alcançar a vitória mais gloriosa – o triunfo sobre nós mesmos. 

Ficha Técnica: 
Título do livro: Luzes e sombras: a jornada
Autora: Andreza Carício
Editora: Citadel Editora
ISBN: 978-6550474218 
Páginas: 304 
Preço: 62,90 
Onde comprar: Amazon 

Sobre a autora: Andreza Carício é escritora, palestrante, influencer, empresária e tabeliã. Já impactou mais de 1 milhão de vidas com seus livros, pela TV, rádio e redes sociais. Autora best-seller, publicou quatro livros, com milhares de exemplares vendidos. Todo santo dia chegou a alcançar o primeiro lugar nas listas de mais vendidos em 2022 e ficou por quatro meses no ranking da PublishNews. Considerada a tabeliã mais conhecida do Brasil, tem mais de 9 milhões de curtidas no TikTok e mensalmente atinge mais de 5 milhões de contas pelas suas redes sociais. Para Andreza, a transformação pessoal e o autoconhecimento são fundamentais para uma vida de sucesso.

Redes Sociais

Sobre a editora: Transformar a vida das pessoas. Foi com esse conceito que o Citadel Grupo Editorial nasceu. Mudar, inovar e trazer mensagens que possam servir de inspiração para os leitores. A editora trabalha com escritores renomados como Napoleon Hill, Sharon Lechter, Clóvis de Barros Filho, entre outros. As obras propõem reflexões sobre atitudes que devem ser tomadas para quem quer ter uma vida bem-sucedida. Com essa ideia central, a Citadel busca aprimorar obras que tocam de alguma maneira o espírito do leitor.

 


Literatura - Contos e Crônicas terça, 24 de setembro de 2024

TUDO FAZ SENTIDO: LIVRO DE JOÃO SILVEIRA (POSTAGEM DO LEITOR MARCELO BOERO)

Livro explica o que é ser um POLÍMATA, pessoa com habilidades em diferentes áreas do conhecimento

"Tudo Faz Sentido" revela como a conexão entre arte e ciência pode fomentar a criatividade e a inovação para resolver problemas complexos

 

Polímata é aquele que possui conhecimento em áreas diversas, que não está restrito a um único campo do saber. Geralmente cientistas são polímatas. Mas há muitas pessoas “comuns” que também podem ser chamadas como tal. Pessoas com raciocínio lógico apurado, gosto por artes e que sabem surfar por diferentes áreas do conhecimento. Características que, soltas, possuem valor individual, mas quando conectadas, trazem resultados ainda maiores para quem as possui. É sobre essas combinações entre arte e ciência que o polímata João Silveira, gaúcho radicado na França, nos ensina a valorizar em seu livro Tudo Faz Sentido: Ligando os pontos entre arte, ciência e inovação”, recém lançado pela editora Labrador.

Bailarino profissional, formado em farmácia e doutor em educação. O currículo de Silveira mostra como as múltiplas habilidades de um ser humano podem, juntas, conversarem e serem utilizadas em prol do seu crescimento pessoal, humano e psicológico. João foi a universidades, laboratórios de pesquisa, polos de inovação, museus e centros de artes espalhados pelo mundo para entender qual o sentido de conectar arte e ciência.

Em “Tudo Faz Sentido”, o autor faz um breve panorama histórico dessa conexão e apresenta exemplos de projetos inovadores que nos inspiram a assumir com orgulho nossos múltiplos interesses.

 

“Fui bailarino e coreógrafo profissional, farmacêutico, vendedor de equipamentos de laboratório, empreendedor, consultor, pesquisador e também doutor em educação. Muitas dessas coisas ao mesmo tempo. Para olhares mais distraídos, eu fui apenas indeciso ou não soube focar em uma só área. Mas, com um olhar mais atento, é possível perceber que ‘tudo faz sentido’ e que essas experiências foram fundamentais para me tornar quem eu sou hoje.” – João Silveira, doutor em educação, pesquisador e escritor

 

Leonardo Da Vinci seja talvez o exemplo mais famoso de polímata: foi cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Mas poucos sabem que Einstein tocava violino, Shakespeare tinha fascínio pela ciência e Chico Buarque cursou Arquitetura. A conexão entre diferentes campos vai além do interesse pessoal; é vital para a criatividade e a busca por soluções para questões contemporâneas. Das mudanças climáticas às epidemias, da desigualdade social aos conflitos armados, os desafios globais exigem uma abordagem interdisciplinar e criativa.

“Tudo Faz Sentido” também levanta questões sobre a digitalização do mundo, acelerada durante a pandemia e o surgimento da inteligência artificial, principalmente em áreas como a educação. Uma leitura necessária para inspirar artistas, cientistas, educadores e todos aqueles que possuem múltiplas aptidões a exemplo da fusão entre arte e ciência, capaz de impulsionar a inovação e a criação de grandes ideias.

 

“Percebi que havia uma falta de conhecimento coletivo sobre como a arte e a ciência podem se integrar de maneira a impulsionar a inovação. Muitas pessoas ainda veem essas vertentes como opostas ou desconectadas, sem perceber que seus encontros podem gerar soluções criativas e eficazes para problemas contemporâneos.” – João Silveira

 

Sobre o autor:

João Silveira nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, destacou-se como bailarino profissional e atuou em mais de quatro mil espetáculos pelo mundo. É graduado em Farmácia pela UFSC e doutor em Educação, Difusão e Gestão em Biociências pela UFRJ. Seu interesse em conectar diferentes campos do saber o levou a ser pesquisador visitante em Harvard. Atualmente vive na França, onde explora as conexões entre arte, ciência, educação e inovação.

 

Serviço:

Título: Tudo faz Sentido: Conectando os pontos entre arte, ciência e inovação (@oficialtudofazsentido)

Autor: João Silveira (joaosilveira.org)

Páginas: 128

Editora: Labrador

Adquira em: https://amz.run/9SPM


Literatura - Contos e Crônicas terça, 24 de setembro de 2024

TIUDP

Livro explica o que é ser um POLÍMATA, pessoa com habilidades em diferentes áreas do conhecimento

"Tudo Faz Sentido" revela como a conexão entre arte e ciência pode fomentar a criatividade e a inovação para resolver problemas complexos

Polímata é aquele que possui conhecimento em áreas diversas, que não está restrito a um único campo do saber. Geralmente cientistas são polímatas. Mas há muitas pessoas “comuns” que também podem ser chamadas como tal. Pessoas com raciocínio lógico apurado, gosto por artes e que sabem surfar por diferentes áreas do conhecimento. Características que, soltas, possuem valor individual, mas quando conectadas, trazem resultados ainda maiores para quem as possui. É sobre essas combinações entre arte e ciência que o polímata João Silveira, gaúcho radicado na França, nos ensina a valorizar em seu livro Tudo Faz Sentido: Ligando os pontos entre arte, ciência e inovação”, recém lançado pela editora Labrador.

Bailarino profissional, formado em farmácia e doutor em educação. O currículo de Silveira mostra como as múltiplas habilidades de um ser humano podem, juntas, conversarem e serem utilizadas em prol do seu crescimento pessoal, humano e psicológico. João foi a universidades, laboratórios de pesquisa, polos de inovação, museus e centros de artes espalhados pelo mundo para entender qual o sentido de conectar arte e ciência.

Em “Tudo Faz Sentido”, o autor faz um breve panorama histórico dessa conexão e apresenta exemplos de projetos inovadores que nos inspiram a assumir com orgulho nossos múltiplos interesses.

 

“Fui bailarino e coreógrafo profissional, farmacêutico, vendedor de equipamentos de laboratório, empreendedor, consultor, pesquisador e também doutor em educação. Muitas dessas coisas ao mesmo tempo. Para olhares mais distraídos, eu fui apenas indeciso ou não soube focar em uma só área. Mas, com um olhar mais atento, é possível perceber que ‘tudo faz sentido’ e que essas experiências foram fundamentais para me tornar quem eu sou hoje.” – João Silveira, doutor em educação, pesquisador e escritor

 

Leonardo Da Vinci seja talvez o exemplo mais famoso de polímata: foi cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Mas poucos sabem que Einstein tocava violino, Shakespeare tinha fascínio pela ciência e Chico Buarque cursou Arquitetura. A conexão entre diferentes campos vai além do interesse pessoal; é vital para a criatividade e a busca por soluções para questões contemporâneas. Das mudanças climáticas às epidemias, da desigualdade social aos conflitos armados, os desafios globais exigem uma abordagem interdisciplinar e criativa.

“Tudo Faz Sentido” também levanta questões sobre a digitalização do mundo, acelerada durante a pandemia e o surgimento da inteligência artificial, principalmente em áreas como a educação. Uma leitura necessária para inspirar artistas, cientistas, educadores e todos aqueles que possuem múltiplas aptidões a exemplo da fusão entre arte e ciência, capaz de impulsionar a inovação e a criação de grandes ideias.

 

“Percebi que havia uma falta de conhecimento coletivo sobre como a arte e a ciência podem se integrar de maneira a impulsionar a inovação. Muitas pessoas ainda veem essas vertentes como opostas ou desconectadas, sem perceber que seus encontros podem gerar soluções criativas e eficazes para problemas contemporâneos.” – João Silveira

 

Sobre o autor:

João Silveira nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, destacou-se como bailarino profissional e atuou em mais de quatro mil espetáculos pelo mundo. É graduado em Farmácia pela UFSC e doutor em Educação, Difusão e Gestão em Biociências pela UFRJ. Seu interesse em conectar diferentes campos do saber o levou a ser pesquisador visitante em Harvard. Atualmente vive na França, onde explora as conexões entre arte, ciência, educação e inovação.

 

Serviço:

Título: Tudo faz Sentido: Conectando os pontos entre arte, ciência e inovação (@oficialtudofazsentido)

Autor: João Silveira (joaosilveira.org)

Páginas: 128

Editora: Labrador

Adquira em: https://amz.run/9SPM


Literatura - Contos e Crônicas terça, 24 de setembro de 2024

POR QUE MINHA LEITURA NÃO FLUI?: CRÔNICA DE DAISY GOUVEIA (POSTAGEM DA LEITORA RENATA REBESCO)

Raimundo

Escritora e influenciadora digital, Daisy Gouveia criou o Clube de Leitura da Daisy e usa as redes sociais para incentivar as pessoas, principalmente as mulheres, a adotarem o hábito da leitura.
Através de artigos e lives ela dá dicas de livros, entrevista autores e fala sobre os benefícios da leitura para o nosso dia a dia.
Confira abaixo mais artigo e, caso queira entrevista-la, entre em contato com Renata Rebesco pelo 11 99164-2212.

Por que minha leitura não flui?

Por Daisy Gouveia

 

Não lhe conheço, mas se você se interessou pelo título desse artigo, já sei que, de alguma forma, se interessa pela leitura e quer ler.

Em qual desses casos você se encaixa?

Já teve o hábito da leitura e perdeu por não ter constância? Nunca teve o hábito da leitura, mas gostaria de ter? Começa a ler e não tem conexão com o que lê? Acha estranho , não se interessa, pensa que a leitura não é para você?

Para começar a mudar isso, pense comigo, qual o foi o último livro que você leu? Foi só por obrigação escolar? Tem algum livro que ficou na sua memória e pode ter trazido algum prazer?  Se isso aconteceu, vamos começar a partir dele, pois reler esse livro pode ser uma boa dica. Ou você vai me dizer que é tempo perdido?

Trazer o prazer de volta pode ser um bom começo, mas, se ainda assim não achar uma boa idéia, faça uma análise do seu momento e encontre um assunto que hoje você se interessaria muito. Talvez um bom suspense, o que acha? Ou uma paixão avassaladora? Uma bibliografia?

Escolher o assunto certo que vai interessar você já é meio caminho andado para uma leitura fluida.

Ah!!! MUITO IMPORTANTE! Escolha textos curtos, contos, crônicas e fábulas para o sucesso de uma leitura concluída em tempo breve e que será o caminho de muitas outras.

Se tem dificuldade de se concentrar, retirar todos os estímulos que podem tirar sua atenção da leitura vai ajudar muito. Desligue a TV, o rádio, o celular, as redes sociais e fique no silêncio para se concentrar no seu livro. Há quem leia com música, no movimento das ruas, no ônibus, mas há quem precise de um cantinho, que chamo de cantinho leitura, com luz boa, cadeira confortável e talvez um bom café. Essa sou eu!

A visita à uma livraria ou biblioteca também vai despertar seu interesse e, se for na companhia de um bom leitor, ajudará mais .

O hábito da leitura virá depois de alguns dias. Se tiver esse cantinho, essa leitura escolhida à dedo e ainda um horário certo, você, em breve, não vai largar seu livro. Isso me faz lembrar que estar sempre com um livro à mão também torna tudo mais fácil. Pesquisas apontam que se fizer isso, em 21 dias estará com a atividade da leitura incorporada no seu cotidiano.

Com isso, aquela leitura que não fluía, vai alcançar aquele prazer que você esperava e, com ele todos, os benefícios que a atividade traz. Sua memória e atenção serão exercitadas, seu vocabulário vai aumentar e seu repertório intelectual será ampliado, tornado você mais interessante e sua carreira profissional engrandecida.

Não esqueça que abandonar o livro por alguns dias, vai trazer a leitura chata e não fluída outra vez, porque terá que ler capítulos ou páginas já lidas e esquecidas pelo tempo. Lembre-se que a chave para a leitura fluída è a CONSTÂNCIA.

Com essas dicas, leitura que não flui, nunca mais!

Mais dicas? Siga-me no instagram @daisygouveiaoficial

 

SOBRE DAISY GOUVEIA

Daisy Gouveia é apresentadora, escritora, influenciadora digital, host do Podcast ‘Leiture-se’ e criadora do Clube de Leitura da Daisy. Com 66 anos, usa as redes sociais para incentivar as pessoas, principalmente as mulheres, a adotarem o hábito da leitura.

Com 35 anos de experiência na área da moda, escreveu o livro 'Costurando Minha História' onde conta sua trajetória e fala sobre sua reinvenção profissional, estimulando as pessoas que também querem mudar.

Instagram: @daisygouveiaoficial

Youtube: @daisygouveia

Blog: historiaselorotas.com.br


Literatura - Contos e Crônicas terça, 24 de setembro de 2024

TEMPO ABSTRATO: ROMANCE SÁFICO DE AMANDA PICKLER (POSTAGEM DO LEITOR MARCELO BOERO)

Romance sáfico de escritora curitibana inova em trama enredada por debate geracional

"Tempo-abstrato" apresenta história de amor vivida em um Brasil que sofre com a polarização política e o conservadorismo

Em uma obra que abre espaço para a discussão de temas como os embates geracionais, radicalismo político, a vida e a morte, a abstração do tempo e sua imprevisibilidade, a escritora e jornalista Amanda Pickler lança um romance sáfico onde explora a “alta velocidade” onde os jovens vivem: “Tempo-abstrato” (Se Liga Editorial) é intenso e revela uma alma de escritora que grita para o mundo que desacelere, aquiete-se e entenda que o fracasso certamente vai se fazer presente em nossas vidas. A obra nos mostra ainda como, para a geração de novos adultos, não há tempo nem espaço para o fracasso.

“Tempo-abstrato” nos apresenta a protagonista Victória Conti, uma jovem insatisfeita com seu emprego como repórter de uma revista de entretenimento, dona de baixa ambição, mas grande revolta com as pressões sociais da vida adulta. Ainda assim, Vic contenta-se em viver com a mediocridade de seu emprego, protegida pela segurança de sua família e de Isabel, sua melhor amiga. Até que o tempo resolve pregar-lhe uma peça. Maldição ou dádiva?

 

“O pontapé inicial de ‘Tempo-abstrato’ é derivado das minhas próprias frustrações, de uma época em que eu sentia não ter controle algum sobre a minha vida, então a Victória, como protagonista do livro, tem muito de mim. Toda a sua trajetória é impulsionada pelo amor – não apenas o romântico –, algo que serviu como artifício para simbolizar a complexidade da vida e do tempo em si. Foram as conexões humanas que me fizeram seguir em frente, e isso é espelhado na Vic.” – Amanda Pickler, escritora

 

Ao acordar com uma dor de cabeça, Victória percebe que não está mais no ano ao qual pertence. Uma década havia se passado: o cabelo mudou, o rosto envelheceu, a carreira aflorou, nem mesmo sua sexualidade havia permanecido a mesma – agora, descobre também sentir atração por outras mulheres.  

Após cair de paraquedas nessa realidade completamente transformada, a protagonista se depara então com a missão de escrever um livro antes que tenha o contrato com a editora rompido – justo ela que sempre sonhou ser escritora –, ao passo que precisa consertar seu casamento desgastado com a pessoa mais inusitada possível. As viagens no tempo mexem com a cabeça de Vic, que passa a questionar sua própria sanidade, desenvolvendo sérias crises de ansiedade. Ao longo de sua trajetória, cruza caminho com pessoas surpreendentes, como uma carioca xereta e um gay evangélico, além do afastamento e reconexão com afetos importantes. Tudo isso enquanto Victória busca entender o verdadeiro sentido da vida nas idas e vindas entre passado e futuro – e a efemeridade do presente.     

 

“Espero que os leitores se identifiquem com os dramas da Victória, em especial os jovens que ainda tentam se encontrar na loucura da vida adulta, principalmente aqueles que fazem parte da comunidade LGBT+, e percebam que não estão sozinhos. Muitas vezes nos esquecemos de que não somos os únicos sofredores do mundo. Eu amo quando leio um livro e me deparo com meus sentimentos traduzidos nas palavras de outro autor, como se a minha mente tivesse sido desvendada por ele. Acho mágico quando isso acontece. Espero que ‘Tempo-abstrato’ possa causar esse efeito nas pessoas e, quem sabe, trazer um respiro.” – Amanda Pickler

 

O balanço entre ficção e as coincidências com eventos reais que o livro retrata faz da escrita de Amanda uma mistura ácida entre emoções afloradas e uma realidade que precisa ser questionada. Um livro fino, com uma história de amor como pano de fundo que traz a polarização e onda conservadora no cenário político brasileiro ao longo dos anos como ponto de reflexão.

Sobre a autora:

Amanda Pickler tem 28 anos, é curitibana e mora em São Paulo desde 2017.  Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, já trabalhou como videorrepórter de entretenimento do Terra e como editora de vídeos do Grupo Perfil (Caras e Rolling Stone). Atualmente, está migrando de carreira, cursa pós-graduação em Tradução e faz uma segunda graduação em Produção Editorial. No momento, estagia na Editora Veneta, auxiliando na editoração e revisão de livros como ‘Jerusalém’, de Alan Moore. É coautora da antologia ‘Realidades Estilhaçadas’, publicado pela Mondru Editora em 2023. ‘Tempo-abstrato’ é seu primeiro romance.

 

Serviço:

Título: Tempo-abstrato

Autor: Amanda Pickler (@amanda_pickler)

Páginas: 288

Disponível em:

 https://loja.seligaeditorial.com.br/tempo-abstrato - Versão Física

https://amzn.to/4fcd9kz - Ebook

 

Para mais informações e entrevistas com a autora:

Marcelo Boero

(11) 99603 2034

marcelo@aspasevirgulas.com.br


Literatura - Contos e Crônicas segunda, 23 de setembro de 2024

RELAÇÃO ENTRE A ASTROLOGIA E ESTAÇÕES DO ANO (POSTAGEM DA LEITORA SUZANA EIAS AZAR)

Raimundo

A Primavera chegou no Hemisfério Sul e a astróloga Virginia Gaia explica a relação entre Astrologia e as estações do ano.

Caso tenha interesse em entrevistar a astróloga Virginia Gaia sobre o tema ou outros assuntos ligados à Astrologia, por favor, entre em contato.

Abraço,

Suzana Elias Azar
Suzana Comunica
11 996290173
Suzana@suzanacomunica.com.br

Equinócio da Primavera chegou no Hemisfério Sul. Qual a relação entre Astrologia e estações do ano?

A Primavera chega no Hemisfério Sul e o Outono no Hemisfério Norte e a astróloga Virginia Gaia explica a relação entre as estações climáticas e a astrologia.

 

Na Astrologia, o conceito de signo está relacionado às estações do ano, que são determinadas por fenômenos astronômicos conhecidos como Equinócios e Solstícios. Como são quatro estações ao longo de um ano (Primavera, Verão, Outono e Inverno) e cada uma delas tem começo, ápice e fim, temos então os 12 signos do zodíaco. Assim, o ano astrológico começa com o Equinócio da Primavera, no Hemisfério Norte, ou o Equinócio de Outono, no Hemisfério Sul, quando o Sol ingressa no signo de Áries, e termina com o final do Inverno, no Hemisfério Norte, ou do Verão, no Hemisfério Sul, quando o Sol completa sua passagem pelo signo de Peixes.

Quando se diz, no senso comum, que uma pessoa é de determinado signo, significa que o Sol estava passando por esse pedaço do céu definido como começo, meio ou fim de uma estação do ano. Assim, não existem signos “bons” ou “maus”, já que todos tem seu lado luz e seu lado sombra. Na verdade, todos temos os 12 signos do zodíaco no mapa astral. O que torna cada indivíduo um ser único é a forma como a simbologia de cada signo atua no conjunto de sua psique e inconsciente, que vai muito além do posicionamento do Sol, pois temos todos os planetas e diversos outros pontos a serem analisados. E, para interpretar isso com consistência, existe a aplicação embasada da técnica astrológica que permite o cálculo e a leitura do mapa astral.

 

Áries

Elemento: Fogo

 

Planeta regente: Marte

 

No Equinócio da Primavera, no Hemisfério Norte, ou no Equinócio de Outono, no Hemisfério Sul, o Sol ingressa no signo de Áries e se inicia o Ano Novo Astrológico. Abrindo um novo ciclo no céu, Áries é um signo Cardeal, do elemento Fogo, regido pelo planeta Marte.

 

Signo dos começos, da iniciativa e da fertilidade, Áries é simbolizado pelo carneiro. É guerreiro e conquistador. E o planeta Marte, regente de Áries, também está relacionado ao desejo sexual, pois representa a energia da fecundação.

 

Áries deseja, toma a iniciativa, conquista. É o signo supremo da vontade, do fazer acontecer, aqui e agora. Por conta disso, arianos às vezes sofrem com a ansiedade e frequentemente acabam se antecipando às coisas.

 

Para os arianos, viver é desbravar o novo. A inspiração, a inovação e a intensidade estão presentes em tudo o que fazem. Relacionar-se com um ariano é contar com a espontaneidade e a força de alguém que é um líder nato, capaz de inspirar e encorajar a todos.

 

Vale lembrar que todas essas características são marcantes em quem tem Sol, Ascendente, Lua ou muitos planetas pessoais no signo de Áries e assim para cada um dos signos descritos abaixo. 

 

Touro

Elemento: Terra

 

Planeta regente: Vênus

 

Quando o Sol está nos domínios de Touro, ele passeia pelo signo fixo do elemento Terra, regido pelo planeta Vênus. A simbologia de Touro está relacionada ao ápice da Primavera, do Hemisfério Norte, ou do Outono, no Hemisfério Sul.

 

Touro pede para que construamos as bases de nossos sonhos em solo fértil. É o cultivo do que é essencial para a nossa vida. Quais são os seus valores? O que é imprescindível? Taurinos são naturalmente sensoriais, tem senso estético apurado e são bastante cautelosos, mas quando decidem algo que resolvem fazer, fazem com esmero.

 

Os passos de Touro são firmes e bem estruturados e, para eles, a vida precisa de uma boa dose de conforto. Daí deriva sua fama de estarem sempre preocupados com as finanças, já que taurinos costumam ter mesmo um talento natural para lidar com dinheiro.

 

Graças à sua forte característica sensorial e o senso estético apurado, Touro tem uma ligação instintiva com as artes, o design e tudo o que pode dar prazer à vida. São também bastante românticos, mas de uma forma muito peculiar, pois para Touro o amor é uma troca mútua de sensações e conforto emocional. Relacionar-se com um taurino é conhecer a força e a persistência de quem sabe amar mantendo os pés no chão!

 

 

Gêmeos

Elemento: Ar

 

Planeta regente: Mercúrio

 

Com o Sol no signo de Gêmeos, temos no céu a vibração do simbolismo deste que é um signo Mutável, do elemento Ar, regido pelo dinâmico planeta Mercúrio.

 

Para Gêmeos, a vida é um universo de possibilidades a experimentar. Graças à incrível capacidade mental do geminiano, ele está sempre pensando em novas alternativas, em novas possibilidades, pois precisa testar as múltiplas experiências que o mundo oferece. Aliás, é dessa abertura à experiência que também vem o gosto que os geminianos têm pelas viagens e pelo contato com as pessoas. Gêmeos precisa trocar com os outros para se sentir vivo!

 

Gêmeos rege as comunicações, o comércio, os transportes e também o raciocínio lógico. Geminianos gostam de pensar e precisam exercer esse poder para se manter animados e bem humorados. Por isso, precisam sempre ocupar a cabeça com atividades intelectuais, adquirindo conhecimento para depois poder compartilhar. E é assim que os nativos de Gêmeos mostram seus talentos multifuncionais.

 

 

 

Câncer

Elemento: Água

 

Planeta regente: Lua

 

Quando o Sol entra em Câncer, temos o começo do verão, no Hemisfério Norte, e do inverno, no Hemisfério Sul. Por marcar o início de uma das estações do ano, Câncer é considerado pela Astrologia um signo Cardeal, ou seja, apesar do caráter emotivo, engana-se quem pensa que cancerianos sejam essencialmente passivos. São receptivos, mas não inertes, pois são emocionalmente motivados.

 

Aliás, entender essa complexidade emocional talvez seja o lado mais fascinante de se conhecer um canceriano. A regência pela Lua lhes confere uma profundidade singular e um instinto de proteção único. E talvez por isso que, para Câncer, a família seja tão importante.

 

A fertilidade, a maternidade e o instinto de proteção são fortes no canceriano. Ele nunca nega ajuda e é um excelente ouvinte dos problemas alheios. E por isso mesmo também nunca esquece quem um dia lhe ofereceu ajuda. Aliás, nunca duvide da memória emocional de um canceriano. Ele talvez seja quem melhor saiba pegar as referências do passado para agir no presente. E ainda conta com a ajuda de uma intuição infalível.

 

 

Leão

Elemento: Fogo

 

Planeta regente: Sol

 

Quando o Sol entra no signo de Leão, o nosso astro rei se sente em casa, pois é o seu regente. Por representar o ápice do Verão, no Hemisfério Norte, e do Inverno, no Hemisfério Sul, Leão é considerado um signo Fixo e seu elemento é o Fogo.

 

Muito mais do que simplesmente vaidosos, leoninos são criativos e tem a necessidade de encontrar um espaço na sua vida que sirva de palco para expressar todos os seus talentos. Com a força e a realeza que lhe são peculiares, leoninos também criam para deixar um legado, para deixarem sua marca no mundo, pois colocam o coração em tudo o que fazem.

 

E por isso que para os leoninos tudo tem que ser verdadeiro, tem que ter uma marca pessoal. O grande desafio leonino é ter que lidar com as suas próprias expectativas e as dos outros. E daí vem a peculiar característica leonina de oscilar da extrema expansividade à timidez mórbida que, às vezes, aparece como traço de sua personalidade marcante.

 

Em Leão, a beleza tem que ser natural. Flertar com um leonino é descobrir o calor de seu coração e a força de sua paixão. Mas não se engane: mesmo dóceis, leoninos sabem que nasceram para reinar e nunca perdem a majestade!

 

 

 

Virgem

Elemento: Terra

 

Planeta regente: Mercúrio

 

A passagem do Sol pelo signo de Virgem marca a temporada do ano governada por esse signo Mutável, do elemento Terra, regido pelo planeta Mercúrio. A simbologia de Virgem está relacionada ao período no qual o Verão no Hemisfério Norte – ou o Inverno no Hemisfério Sul – vai dando sinais de mudança para o início da próxima estação.

 

Virgem é a capacidade de escolher e colher os melhores frutos. Por isso, virginianos são seletivos, analíticos e estão sempre prontos para o trabalho. Levam muito a sério a necessidade de organizar, discriminar e aprimorar as coisas. De sua ligação com a colheita também deriva a relação com a saúde e a nutrição. O ato de alimentar bem a si mesmo e aos outros é, por excelência, um atributo virginiano.

 

Naturalmente prestativos, virginianos tem necessidade de se sentir úteis ao mundo. Aliás, para Virgem tudo deve ter uma função e precisa ter um local adequado. Daí sua exigência em relação à eficiência das coisas. E, assim, com Virgem, organizamos a nossa rotina para viver de forma mais saudável.

 

Eterno aprendiz, Virgem é a precisão técnica. Geralmente dotados de boa memória, virginianos têm o dom de transformar as coisas a sua volta para que, assim, se adaptem melhor ao mundo. Sorte daquele que tem um virginiano típico por perto: ele sempre estará disposto a ajudar!

 

 

 

Libra

 

Elemento: Ar

 

Planeta regente: Vênus

 

O fenômeno astronômico do Equinócio de Outono, no Hemisfério Norte, e do Equinócio de Primavera, no Hemisfério Sul, marca o ingresso do Sol no signo de Libra. Começa no céu a temporada desse signo Cardeal, do elemento Ar, regido pelo planeta Vênus.

 

A palavra-chave de Libra é equilíbrio – daí deriva o nome e a simbologia do signo, que está associado à imagem da balança. É por isso que librianos são tão hábeis na arte de se relacionar. Afinal, não há na vida nada que exija mais equilíbrio do que o universo das relações humanas.

 

Mas a balança também é o símbolo da justiça. E, por conta disso, os librianos tendem a pesar muito os prós e contras para tomar decisões. Essa é a origem da fama de que librianos são indecisos, o que não é bem assim. Na verdade, o que Libra busca é conciliar interesses, já que librianos são diplomatas por natureza.

 

Todo esse senso de equilíbrio também se estende ao âmbito da arte e da estética. Em Libra, o planeta Vênus harmoniza cores, sons e imagens para deixar tudo mais leve. Para Libra, o mundo precisa de harmonia. Os librianos são mestres em deixar tudo mais belo!

 

 

Escorpião

 

Elemento: Água

 

Planetas regentes: Marte e Plutão

 

No auge do Outono no Hemisfério Norte e no pico da Primavera no Hemisfério Sul, o Sol entra em Escorpião, esse signo Fixo, do elemento Água, regido pelo sombrio planeta Plutão e corregido pelo intenso planeta Marte.

 

Em Escorpião, as emoções se apresentam na forma mais profunda e enigmática do zodíaco. Por isso, para escorpianos, não existe meio termo. Passionais por excelência, escorpianos oscilam entre o extremo controle e a entrega destemida aos sentimentos mais intensos.

 

Com tanta profundidade, a simbologia de Escorpião navega pelos assuntos mais densos e inquietantes da condição humana: a morte, os temas tabu, o poder, a ancestralidade e a sexualidade. Aliás, daí é que vem a tão famosa sensualidade escorpiana e também seu interesse natural por assuntos místicos, misteriosos e ocultos. Para Escorpião, a investigação é uma arte.

 

Mas se engana quem julga escorpianos somente pelos estereótipos que muitas vezes conferem má fama ao signo. O que acontece é que escorpianos prezam muito pela lealdade e veracidade de quem está ao seu lado. E não costumam perdoar facilmente quando se sentem traídos. Aí, sofrem, mostram-se dramáticos e precisam chegar mesmo até as profundezas para, então, morrerem e renascerem. Porque, uma vez que um escorpiano vira uma página na sua vida, nada o fará voltar atrás.

 

Sagitário

Elemento: Fogo

 

Planeta regente: Júpiter

 

Sagitário é o signo do Centauro, o arqueiro mítico que é metade humano e metade cavalo. Quando o Sol chega em Sagitário, estamos na transição entre o Outono e o Inverno, no Hemisfério Norte, ou entre a Primavera e o Verão, no Hemisfério Sul. E, assim, Sagitário é um signo Mutável, do elemento Fogo, regido pelo planeta Júpiter.

 

A busca pelo conhecimento, a conquista de novos territórios, as ideologias, a fé e a religião são atributos sagitarianos por excelência. Dotado de um senso ético bastante apurado e de valores muito arraigados, Sagitário representa a busca incansável pelas respostas que norteiam o crescimento pessoal e da humanidade como um todo.

 

Geralmente simpáticos e bem humorados, sagitarianos costumam gostar de aventura, buscando sempre ampliar seus horizontes culturais. Daí vem seu gosto por viagens e estudos dos mais variados. E, por esse motivo, sagitarianos costumam ser excelentes mestres e professores.

 

Outra característica marcante de Sagitário é sua capacidade de se automotivar e de motivar aos outros. Isso porque quando acredita em alguma coisa, o sagitariano defende com unhas e dentes seus ideais. E, assim, ao lado dos nativos do signo do arqueiro, a vida é uma eterna e empolgante descoberta!

 

 

Capricórnio

 

Elemento: Terra

 

Planeta regente: Saturno

 

A simbologia de Capricórnio está relacionada ao fenômeno do Solstício de Inverno, no Hemisfério Norte, ou do Solstício de Verão, no Hemisfério Sul. Com esse acontecimento astronômico e astrológico, o Sol ingressa nesse signo Cardeal, do elemento Terra, regido pelo planeta Saturno!

 

Capricórnio rege a estrutura, o planejamento e a ordem social das coisas. Esforço, foco e disciplina são palavras chave para os nascidos sob esse signo que é responsável por natureza. Mas engana-se quem acha que capricornianos são só a dureza que apresentam em um primeiro contato. Por trás do comportamento formal de todo capricorniano, há muita generosidade.

 

O maior desafio do capricorniano é conscientizar-se de que nem tudo na vida é possível controlar. Com sua visão de longo prazo e incrível capacidade de perseverar, capricornianos são mestres em fazer as coisas acontecerem, nem que seja com o exercício de sua natural autoridade. Nas finanças, costumam ser controlados, pois sua atenção sempre seguirá em direção ao que querem concretizar lá na frente.

 

Relacionar-se com um capricorniano é saber fazer tudo conforme as regras. Não existe meio termo para um capricorniano, pois quando ele decide assumir um compromisso, é para valer! Sempre desconfiados, capricornianos também costumam ser bons conselheiros. Afinal, nada mais honroso para um nativo de capricórnio do que poder contribuir com sua experiência de vida.

 

Aquário

Elemento: Ar

 

Planetas regentes: Saturno e Urano

 

Quando o Sol chega em Aquário, estamos no ápice do Inverno, no Hemisfério Norte, ou do Verão, no Hemisfério Sul. Por isso, Aquário é um signo Fixo, do elemento Ar, regido pelo planeta Urano e corregido por Saturno.

 

A simbologia de Aquário está relacionada à identidade que assumimos em grupo, junto aos amigos, assim como à inovação e aos projetos futuros. Aquário é o sonho que compartilhamos com os outros.

 

Aquarianos são visionários, futuristas e, por isso, muitas vezes são considerados irreverentes. Muito sociáveis, têm a capacidade de trocar intelectualmente com diversas pessoas ao mesmo tempo. Pertencer a um grupo de pessoas, compartilhar interesses, admirar a variedade de pensamentos e compartilha-los socialmente — tudo isso está relacionado ao signo de Aquário.

 

Como único signo do zodíaco representado pelo homem, Aquário é racional e bastante mental. A ciência, a tecnologia, a internet e a exploração espacial são temas tipicamente aquarianos. Relacionar-se com aquarianos é ter a certeza de que a vida é bem melhor quando sabemos compartilhar!

 

 

Peixes

 

Elemento: Água

 

Planetas regentes: Júpiter e Netuno

 

Quando passa por Peixes, o Sol entra nos domínios desse que é o 12° signo do zodíaco, fechando a roda do ano astrológico. Peixes é um signo Mutável do elemento Água, regido pelo planeta Netuno e corregido por Júpiter.

 

Sua simbologia está relacionada aos temas do inconsciente, ao mundo dos sonhos, à mediunidade, ao misticismo e ao contato com as esferas mais sutis do ser humano. Extremamente sensíveis por natureza, os piscianos às vezes buscam isolamento, apesar de nascerem com vocação para o trabalho voluntário, para as iniciativas sociais e para o universo das artes abstratas.

 

Não à toa que o símbolo do planeta Netuno, o regente de Peixes, é também o símbolo da Psicologia. Com seu tridente, o rei dos mares e deus do desconhecido acessa o inconsciente para ativar o universo onírico e os poderes mediúnicos da mente humana.

 

Para Peixes, o desconhecido é fascinante, o que às vezes pode ser assustador e, por isso, os piscianos costumam oscilar entre os extremos da fé no abstrato ou do profundo ceticismo.

 

Sobre Virginia Gaia 

Paulistana, astróloga, taróloga, psicanalista e terapeuta holística, Virginia Gaia também ministra cursos e palestras para audiências variadas.

Estudiosa das ciências herméticas, do ocultismo, de religião e mitologia comparada desde a adolescência,se formou em jornalismo, e paralelamente continuou estudando astrologia e ocultismo, trabalhou na área de assessoria de imprensa, e a Astrologia virou segunda profissão em 2011, e a transição de carreira completa aconteceu em 2014, com o site www.virginiagaia.com.br 

 

Informações para Imprensa:

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Suzana Elias Azar 

11 9 96290173

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Literatura - Contos e Crônicas quinta, 19 de setembro de 2024

O ABISMO DE CELINA: LIVRO DE ARIANI CASTELO (POSTAGEM DA LEITORA VICTÓRIA GEARINI)

Publicado pela editora Rocco, o best-seller nacional "O Abismo de Celina", da escritora Ariani Castelo faz alegoria sobre as consequências da depressão em um enredo de fantasia sombria. A obra encontra-se no TOP 3 da Amazon na categoria "mais presenteado" em Romance para Adolescentes: Paranormal. Mais detalhes confira o release abaixo:

Graduada em Letras (UFRJ), Ariani Castelo tornou-se uma das escritoras mais vendidas na 27ª Bienal do Livro de SP, superando até mesmo Clarice Lispector em vendas no estande.

Que tal uma entrevista com a autora? Ela pode falar sobre este lançamento que mescla fantasia e romance, na medida que, aborda temas importantes como saúde mental, luto e outros temas que permeiam os jovens.

Conte comigo para alinhar esta conversa!

Abraços,
Victória Gearini - (47) 99223-0173

Vencer os jogos da Morte é a única forma de escapar do Abismo

Em "O Abismo de Celina", Ariani Castelo une romance, fantasia e aventura para narrar a história de uma jovem imersa em uma realidade aterrorizante

Quando a Morte decide brincar com humanos, não resta nenhuma opção além de participar para tentar garantir um lugar no Paraíso. Todos são obrigados a competir, e para alguns, vencer é a única forma de se desvencilhar de uma vida inteira de frustrações. Esse é o caso da protagonista de O Abismo de Celina, que precisa ganhar três desafios para ter alguma perspectiva de um futuro ou, pelo menos, de um fim melhor.

Escrito por Ariani Castelo e publicado pela editora Rocco, o lançamento mistura romance, aventura e fantasia sombria para narrar a trajetória de uma jovem que está disposta a encarar seus maiores medos para não passar a eternidade em um mundo desolador. Ao acordar sem memória no Abismo, ela precisa encontrar aliados em um grupo de desconhecidos para triunfar perante os desafios da Morte – uma figura enigmática e cruel, mas bela e generosa na mesma medida.

Os capítulos curtos equilibram os diálogos intensos, sarcásticos e misteriosos entre os personagens com as descrições de um local que reflete os maiores pesadelos de qualquer ser humano. As árvores secas, a falta de luz do sol, as cores cinzentas monocromáticas e o som sufocante do silêncio – essa ambientação leva o leitor para um mundo sombrio onde cada passo em falso pode determinar o destino de alguém pelo resto da eternidade.

Imaginei uma vida sem o temor de viver um eterno ciclo de desesperança, acreditando que minhas
únicas memórias felizes seriam aquelas presas em um passado distante. Seria tão, tão, tão mais fácil.
Mas seria falso. Eu perderia toda a força que havia conquistado por cada vez que lutei contra aquele
medo e quis mais do que a vida estava disposta a oferecer. Apagaria não apenas um obstáculo, mas
a jornada inteira. E a jornada era o que me tornava eu.
 (O Abismo de Celina, p. 76)

Com um enredo cheio de reviravoltas, O Abismo de Celina também se aprofunda em questionamentos sobre o sentido da vida em meio ao sofrimento. Apesar de não saber como chegou àquele lugar, a protagonista encara as próprias feridas para superar obstáculos: órfã de pai, conviveu toda a adolescência e o início da vida adulta com uma mãe dependente de drogas. Artista e apaixonada por seu trabalho, abdicou de oportunidades para cuidar de um lar desestruturado na tentativa de ajudar a família a se reerguer.

Em uma alegoria sobre a depressão e os vícios, a autora explora as camadas profundas da essência humana. Desde a dualidade entre o bem e o mal até as complexidades das relações humanas, ela questiona os limites da ética e da moral. Mas, apesar de assuntos densos, Ariani Castelo mostra como a produção artística é capaz de proteger as pessoas em períodos sombrios: “existe um papel salvador na arte, porque ela tranquiliza, anima e leva cor para a escuridão”.

FICHA TÉCNICA
Título: O Abismo de Celina

Autora: Ariani Castelo
Editora: Rocco
ISBN: 978-6555324594
Páginas: 256
Preço: R$ 59,90 (físico com brinde) | R$ 48,25 (físico) | R$ 28,40 (e-book)
Onde comprar: Amazon

Sobre a autora: Ariani Castelo é formada em Letras (UFRJ) e começou a carreira como criadora de conteúdo na internet com o blog “Sentimento do Leitor”, onde fazia indicações e resenhas literárias. Hoje reúne mais de 110 mil seguidores em suas redes sociais, e dedica-se exclusivamente à escrita. Publicou em 2023 o livro O Abismo de Celina de forma independente pela Amazon e alcançou o Top 100 das obras mais vendidas da plataforma. Agora publica uma nova versão pela Rocco, que também chegou no topo de vendas no e-commerce.


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 19 de setembro de 2024

MEMÓRIAS DE UM COMEDOR DE BANANAS: LIVRO DE MAURO CASSANE (POSTAGEM DE MM EDITORIAL)

MM Editorial

Livro "Memórias de um comedor de bananas" convida o leitor a entender o submundo das pessoas invisíveis

 

  • Com uma envolvente narrativa em primeira pessoa, obra lembra grandes clássicos underground que conquistaram gerações.

 

Quem é fã de livros icônicos como “O Apanhador no Campo de Centeio”, de J.D. Salinger e “Viagem ao Fim da Noite”, de Louis-Ferdinand Céline, tem agora uma obra nacional à altura para apreciar e curtir página por página.

A Editora Minimalismos, especializada em novos e promissores autores, já está fazendo a pré-venda do romance “Memórias de um comedor de bananas”, do jornalista e escritor Mauro Cassane.

Na home do site da editora https://www.editoraminimalismos.com o livro de capa amarela com a singela imagem da fruta tropical está em destaque para os interessados em adquiri-lo.

Neste período promocional de pré-venda, que vai de setembro até 12 de outubro, a obra está com desconto de 10%, sendo vendida a R$ 49,50.

“Memórias de um comedor de bananas” narra, em primeira pessoa, a perturbadora história de um jovem da periferia que sobrevive sem nunca ter conhecido os pais, sob os cuidados de uma avó que não suporta sua existência. O personagem, propositalmente sem nome para representar milhares que vivem como ele, luta, por sua conta e risco, para sobreviver da maneira que pode.

É a saga de uma criança assustada e silenciosa, tratada como débil mental na escola e que se torna um jovem arredio, desconfiado e completamente ignorante sobre sentimentos mais humanos como amor, confiança e compaixão. Um jovem que se flagra perigosamente apaixonado por uma misteriosa mulher atraente, independente e com o dobro de sua idade.

A narrativa fluída, muitas vezes descontraída, leva lentamente o leitor a criar vínculos até afetivos com o protagonista, quase se tornando um diálogo entre novos amigos. Nessa espécie de conversa unilateral, o leitor vai conhecendo os fatos inescapáveis que brutalizaram o personagem que, em todo momento, busca desesperadamente sua redenção.

O autor Mauro Cassane já publicou, em 2016, apenas na versão digital, a instigante obra “A Falta”, um romance genuinamente kafkiano, que está à venda na plataforma da Amazon.  

 



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Literatura - Contos e Crônicas quarta, 18 de setembro de 2024

DEPOIS DAS CINCO: ROMANCE DE BRUNO HAULFERMET (POSTAGEM DA LEITORA GABRIELA CUERBA)

No lançamento Young Adult "Depois das Cinco", o autor Bruno Haulfermet explora os bloqueios emocionais da adolescência por meio de Ivana, protagonista que vive o dilema entre obedecer às regras rígidas da mãe e buscar a própria identidade. A proteção excessiva gera conflitos internos, deixando-a presa entre a segurança e o desejo de liberdade.

Ao longo da trama, Ivana começa a questionar essas normas, especialmente após conhecer um misterioso garoto que partilha as mesmas condições que a jovem. Esse momento marca o início de sua jornada de autoconhecimento, ao enfrentar os sentimentos de medo e culpa, ao mesmo tempo em que se aproxima da descoberta de si mesma. Abaixo você confere o release, com mais detalhes, disponível para compartilhar com seu público.

Raimundo, que tal agendar uma entrevista com Bruno Haulfermet? O autor pode trazer mais detalhes sobre como ele desenvolveu o conflito da personagem entre obediência e autoafirmação, e como esse tema universal da adolescência se conecta com as experiências reais dos jovens da Geração Z.

Entre em contato: (11) 99996-5754 e agende um horário!

Aguardo sua resposta,
Gabriela C.

"Depois das cinco": um romance com representatividade para fãs de fantasia e mistério

Lançamento young adult da Buzz Editora, escrito por Bruno Haulfermet, narra a jornada de um casal improvável que desafia o destino para ficar junto

Ivana leva uma vida aparentemente normal na pacata Província de Rosedário, um lugar famoso pelas raras rosas de caule rosado. Mas ela está longe de ser uma adolescente comum. Todas as tardes, quando o relógio marca seis horas em ponto, a protagonista de Depois das cinco deixa de existir e ressurge somente depois das cinco da manhã do dia seguinte. Publicado pela Buzz Editora e escrito por Bruno Haulfermet, o sucesso do Wattpad narra a trajetória da garota para esconder esse segredo a sete chaves, até que ela conhece Dario. O rapaz compartilha da mesma condição corporal, só que de forma oposta: sempre que ela surge, ele desaparece.  

Além da própria mãe, os únicos que conhecem a peculiaridade de Ivana são os amigos de infância Una e Ivo. O trio ajuda a jovem artista a seguir uma rotina reclusa e metódica para despistar olhares: aos 16 anos, ela passa a maior parte dos dias na escola ou no ateliê, pintando telas coloridas. Certa tarde, Ivana decide passear no lago da província, mas perde a noção do tempo e realiza o processo de dissipação corporal a céu aberto. Pouco antes de sumir, nota a presença de Dario, um menino semitransparente e de sardas brilhantes, que se destacam ainda mais em sua pele negra. A conexão entre os dois é imediata e eles se apaixonam.   

O problema é que o casal logo percebe se tratar de uma relação inviável, já que não conseguem sequer tocar um no outro. Nesta dinâmica, tudo o que têm são breves minutos, duas vezes por dia, no exato momento em que seus corpos estão translúcidos. Angustiados e determinados a viver essa paixão a qualquer custo, iniciam uma busca para entender como driblar as forças do destino e ficarem finalmente juntos. Mas nessa busca por respostas, descobrem também que os moradores da província escondem mentiras inimagináveis. A cidade é como uma rosa: tão bela quanto espinhosa. 

Segundas-feiras eram sempre muito cheias no ateliê, o que dava uma ótima vantagem para Ivana. Ela apenas precisava tomar cuidado com as janelas. O ateliê não era pequeno e, mesmo estando no segundo andar, toda cautela era pouca com janelas, os criadouros de gente fofoqueira. Ainda mais em Província de Rosedário.
(Depois das cinco, p. 39)  

Entre mistérios, romance e uma boa dose de fantasia, Bruno Haulfermet, homem gay, constrói um enredo young adult marcado pela diversidade e representatividade, por meio de protagonistas que rompem estereótipos e vão ressoar com o público jovem, como o casal birracial e personagens LGBTQIAP+. Inspirado por quadrinhos e livros de terror, o autor explora a profundidade das emoções humanas, o lado sombrio de cada um e o poder imbatível do amor – mesmo quando ele parece impossível. 

Fica técnica 
Título: Depois das cinco 
Editora: Buzz 
Autor: Bruno Haulfermet 
Gênero: Romance, Fantasia 
ISBN (livro físico):  978-65-5393-359-0   
ISBN (e-book): 6553933596 
Número de páginas: 336 
Preço: R$ 69,90 
Onde encontrarAmazon | E-commerce Buzz Editora | Principais Livrarias do Brasil  

Sobre o autor: Bruno Haulfermet sempre foi ligado à arte. Seu amor precoce pela leitura se deu graças aos quadrinhos da Turma da Mônica e, com o passar dos anos, foi se estendendo aos livros. Ainda na adolescência, começou a escrever contos de terror e fantasia baseados nos volumes de Goosebumps. Entusiasta da cultura pop, sobretudo a dos anos 1990, Bruno é designer por formação, já foi colunista do blog Plugcitários e embaixador do Wattpad, onde se tornou líder de curadoria de conteúdo. É fã de animes e filmes hollywoodianos, adora frappuccinos e generosas fatias de bolo caseiro. Depois das cinco é o romance de estreia do autor. 

Redes sociais do autor: 
TikTok: @brunohaulfermet  
Instagram: @brunohaulfermet  
Twitter: @brunohaulfermet  
Skoob: Bruno Haulfermet  

 


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 18 de setembro de 2024

TONY BELOTTO DESTACA NOVO LIVRO *VENTO EM SETEMBRO* (POSTAGEM DE DIVULGAÇÃO EBC)

Olá!

Enviamos uma dica da TV Brasil para esta quarta-feira, dia 18 de setembro.

Às 23h30, o Trilha de Letras exibe uma entrevista exclusiva com o músico e escritor Tony Bellotto sobre seu novo livro "Vento em Setembro".

O convidado bate um papo sobre literatura policial com a apresentadora Eliana Alves Cruz.

Entre os assuntos da conversa, o artista do grupo Titãs comenta o enredo da obra, destacada suas publicações que ganharam adaptação para outras plataformas e conta como concilia agendas para se dedicar aos palcos e à escrita.

Tony Bellotto foi o entrevistado da edição de estreia do Trilha de Letras, em 2017, quando Raphael Montes era o titular da produção.

O programa literário tem uma versão na Rádio MEC no mesmo dia, mais cedo, às 23h.

Abaixo mais detalhes sobre o papo.

Fico à disposição.

Um abraço,
____________________________
Gerência de Imprensa e Relações Públicas
Empresa Brasil de Comunicação | TV Brasil | Rádio MEC
http://tvbrasil.ebc.com.br
http://radios.ebc.com.br

Empresa Brasil de Comunicação (EBC)

 

Tony Bellotto destaca novo livro "Vento em Setembro" no Trilha de Letras

Roqueiro e autor aborda trama do romance policial durante entrevista exclusiva

TV Brasil traz uma descontraída conversa sobre literatura policial do músico e escritor Tony Bellotto com a apresentadora Eliana Alves Cruz na edição inédita do programa Trilha de Letras nesta quarta (18/9), às 23h30.

O artista do grupo Titãs volta à telinha da atração para falar sobre seu novo livro "Vento em Setembro". A trama é repleta de referências musicais, artísticas, filosóficas e, também, autobiográficas. Tony foi o convidado de estreia da produção literária, então apresentada por Raphael Montes, no estúdio do canal público, em 27 de abril de 2017.

Gravado na BiblioMaison, o animado papo fica disponível em formato podcast nas plataformas digitais. O conteúdo também pode ser acompanhado no app TV Brasil Play e no canal do YouTube da emissora pública. O programa também tem transmissão na Rádio MEC no mesmo dia, mais cedo, às 23h.

A narrativa de "Vento em Setembro" tem início em Assis, no interior de São Paulo, durante os anos 1970, que remete à juventude do autor. Tony, quando criança, viveu em Assis com os pais, dois professores universitários contrários à ditadura militar. A obra mescla um misterioso desaparecimento no passado e uma série de pichações em igrejas de Ouro Preto, em Minas Gerais, nos dias de hoje.

Prestes a completar três décadas de carreira no universo dos livros, o escritor também fala sobre seu personagem mais famoso na entrevista exclusiva. Remo Bellini foi o protagonista de quatro romances, cujo primeiro, "Bellini e a Esfinge", lançado em 1995, marcou a estreia de Tony na literatura. Essa trajetória chega aos trinta anos em 2025.

Paixão pela música e pela literatura

O roqueiro do Titãs conta como concilia as carreiras na música e na literatura. O experiente artista reflete sobre o tempo dedicado à escrita sem deixar de criar novas letras, participar de ensaios e fazer turnês de shows com a banda que o consagrou.

"A música aconteceu primeiro. Quando eu comecei a escrever para valer profissionalmente, eu já era músico consagrado e os Titãs já faziam sucesso", recorda Tony Bellotto. Desde a estreia na literatura, já se passaram três décadas. "Consigo equilibrar uma atividade com a outra. Quando não estou gravando, compondo música ou fazendo shows, uso umas duas horas pelo menos para escrever", revela.

Ele comenta essa paixão pelas duas atividades. "Penso sobre como consegui escrever onze romances em trinta anos sem parar de trabalhar com música, fazendo turnês e gravando discos. É um impulso muito grande interior que eu tenho de criação. Ele surgiu nos anos 1970 quando eu estava me tornando adolescente. Me apaixonei ao mesmo tempo pela música e pela literatura", conta o artista.

Na conversa, o guitarrista recorda o momento em que se identificou com o instrumento. "Com dez anos eu conhecia a figura do Jimi Hendrix numa matéria de revista. Quando eu vi uma foto dele tocando guitarra, eu falei: 'É isso que eu quero ser da vida', antes de ouvir o que ele tocava. Eu decidi que ia ser um guitarrista", destaca Tony.

A literatura nacional teve papel importante na sua verve de escritor. "Desde cedo me fascinavam muito as histórias. Eu lembro de ter uma consciência lendo os livros do Monteiro Lobato. Eu embarcava, mas tinha a consciência de que alguém tinha escrito aquilo. E pensava: 'Nossa, como a pessoa escreveu isso?'. Já tinha uma essência de escritor se manifestando"

Referências literárias e adaptações

Durante o Trilha de Letras, Tony Bellotto destaca as principais referências no país e no exterior que o levaram a escrever romances policiais. Ele menciona autores nacionais como os renomados Rubem Braga e Rubem Fonseca, além de ícones estrangeiros como Ernest Hemingway e Agatha Christie.

O entrevistado de Eliana Alves Cruz na produção da TV Brasil também dá dicas sobre o enredo da sua nova publicação. O autor também comenta a estrutura da narrativa de "Vento em Setembro" e explica o uso do narrador-personagem no título recém-lançado.

"Não é uma história de detetive, um policial clássico, mas é nessa definição de que existe um enigma a ser decifrado. No romance policial a gente usa muito a ideia de um cadáver na primeira página com o culpado na última e o livro vai ser a trajetória do detetive para solucionar o caso. Não se trata de um assassinato, mas existem vários enigmas. Espero que o leitor se engaje e queira descobrir a resolução", afirma Tony Bellotto.

No papo, ele comenta se interfere nas adaptações de seus textos que ganharam roteiro para o cinema e a televisão. O convidado analisa sobre a ideia de publicar uma série de livros com o seu personagem Bellini, protagonista que teve versão nas telonas, e aborda a série "Dom", sucesso que rendeu três temporadas no streaming.

Sobre o programa 

O Trilha de Letras busca debater os temas mais atuais discutidos pela sociedade por meio da literatura. A cada edição, o programa recebe um convidado diferente. A atração foi idealizada em 2016 pela jornalista Emília Ferraz, atual diretora da produção que entrou no ar em abril de 2017. Nesta temporada, os episódios foram gravados na BiblioMaison, biblioteca do Consulado da França no Rio de Janeiro 

TV Brasil já realizou três temporadas do programa e recebeu mais de 200 autores nacionais e estrangeiros. As duas primeiras temporadas foram apresentadas pelo escritor Raphael Montes. A terceira, por Katy Navarro, jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A jornalista, escritora e roteirista Eliana Alves Cruz assume a quarta temporada, que também ganha uma versão na Rádio MEC

A produção exibida pelo canal público às quartas, às 23h30, tem janela alternativa na telinha em diversos horários. Na programação da Rádio MEC, o conteúdo também é apresentado às quartas, na faixa nobre, às 23h. 

Ao vivo e on demand   

Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, TV por assinatura e parabólica. Sintonize: https://tvbrasil.ebc.com.br/comosintonizar.   

Seus programas favoritos estão no TV Brasil Play, pelo site http://tvbrasilplay.com.br ou por aplicativo no smartphone. O app pode ser baixado gratuitamente e está disponível para Android e iOS. Assista também pela WebTV: https://tvbrasil.ebc.com.br/webtv.   

Serviço 
Trilha de Letras – quarta, dia 18/9, às 23h30, na TV Brasil 
Trilha de Letras – quarta, dia 18/9, às 23h, na Rádio MEC 
Trilha de Letras – quarta, dia 18/9 para quinta, dia 19/9, às 4h30, na TV Brasil 
Trilha de Letras – domingo, dia 22/9, para segunda, dia 23/9, à 1h30 e às 4h, na TV Brasil 

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Literatura - Contos e Crônicas terça, 17 de setembro de 2024

13º FESTIVAL ARTES VERTENTES - TIRADENRTES - MG (POSTAGEM DO LEITOR FLAVIO GOMIDES)

Olá, Raimundo!

Você está recebendo o release com as informações sobre a programação de Literatura do 13º Festival Artes Vertentes, que será realizado entre os dias 19 e 29 de setembro, em Tiradentes/MG. Consolidado como um dos mais importantes eventos de artes integradas do país, o Festival Artes Vertentes conta com uma programação literária de peso, reunindo importantes nomes do cenário nacional e internacional, como Sidarta Ribeiro, Ailton Krenak, Prisca Agustoni, Marina Skalova, Joaquim Arena, Egana Djabbarova, Vó Geralda, Liça Pataxoop, entre outras referências na área. Contamos com seu apoio na divulgação. Estou à disposição para auxiliar no que for necessário.

Atenciosamente,

Grandes nomes da literatura nacional e internacional participam da programação do 13º Festival Artes Vertentes, realizado em Tiradentes/MG

Consolidado como um dos mais importantes eventos de artes integradas do país, o Festival Artes Vertentes conta com uma programação literária de peso, reunindo importantes nomes do cenário nacional e internacional, como Sidarta Ribeiro, Ailton Krenak, Prisca Agustoni, Marina Skalova, Joaquim Arena, Egana Djabbarova, Vó Geralda, Liça Pataxoop, entre outras referências na área.

Explorando o tema Alteridade, o 13º Festival Artes Vertentes, reconhecido como um dos principais eventos de artes integradas no país, reúne em sua programação uma série de nomes importantes da literatura, recebendo atrações nacionais e internacionais. Entre os dias 19 e 29 de setembro, a histórica cidade mineira de Tiradentes se transforma em um palco aberto para uma série de manifestações artísticas e intelectuais voltadas para refletir sobre a temática proposta para este ano. A programação reúne concertos, exposições, exibições, espetáculos de artes cênicas, bate-papos, lançamentos, residências artísticas, oficinas, shows, além de uma série de atividades voltadas para a promoção das artes e do conhecimento.

A proposta é oferecer uma programação que seja capaz de promover reflexões acerca da importância de se respeitar as individualidades e a construção coletiva na busca pela compreensão das diferenças. “Estamos convictos de que reconhecer a existência de pessoas e culturas singulares e subjetivas, que pensam, agem e entendem o mundo de suas próprias maneiras é um primeiro passo importante para a formação de uma sociedade justa, equilibrada, democrática e tolerante. Estamos empenhados em realizar esta reflexão de forma plural e diversificada”, destaca Luiz Gustavo Carvalho, curador e diretor artístico do Festival Artes Vertentes.

Entre as diferentes áreas artísticas que integram as atrações do festival, a Literatura recebe uma programação intensa, reunindo nomes do Brasil e do exterior, muitos deles inéditos no país. Rodas de conversa, leituras performáticas e lançamentos de livros são algumas das ações promovidas pelo Festival Artes Vertentes. Toda a programação dedicada à Literatura do festival é gratuita e será realizada em diferentes espaços da cidade histórica. 

A programação literária terá início com o tradicional Ciclo de Ideias, organizado pelo Festival Artes Vertentes para refletir sobre aspectos do mote curatorial de cada edição. No dia 21 de setembro, às 11 horas, no Jardim do IPHAN, a primeira conversa do ciclo discute formas de educação fora das paredes escolares com a participação de Vó Geralda, autora do livro A porta aberta do sertão: histórias de Vó Geralda, da educadora e liderança indígena Dona Liça Pataxoop e Isabela Nogueira.

No mesmo dia, a poeta franco-alemã de origem russa Marina Skalova, que está pela primeira vez no Brasil, lança seu livro Falta de ar, primeira antologia da escritora e artista multilíngue nascida em Moscou em 1988. De forma inédita, a Editora Ars et Vita apresenta ao público brasileiro os 43 poemas bilíngues, em francês e alemão, com tradução e posfácio da poeta Prisca Agustoni, em uma edição trilíngue. Com poemas divididos em quatro eixos temáticos, a poeta explora diálogos entre o corpo e a natureza, o erotismo, as palavras ditas e as não ditas. O corpo se torna objeto da escrita plurilíngue, que por sua vez também toma formas metalinguísticas. A palavra, o silêncio e o carnal, aqui, estão em constante encontro e desencontro, complementados pelo uso simultâneo do francês e do alemão e, agora, do português.

O evento de lançamento está marcado para as 16h, no Centro Cultural da UFSJ, e irá contar com a participação da autora, que fará algumas leituras de peças da obra, acompanhada pela violinista portuguesa Sofia Leandro e pelo percussionista Bruno Santos. Entre as peças que serão executadas pelos músicos para acompanhar a performance da autora, estão: Mientras, de Matías Padellaro; Estudio #5 e Folclore, de Javier Alvarez, a Lua Girou, de Milton Nascimento e peças de Harry Crowl, como Sonata 2020 (para um ano que não existiu), Concerto nº4, para violino e percussão, em forma de via-crucis sobre o nome de Marielle Franco, Statio XIII e Statio XIV.

No dia 22 de setembro, às 10h, no Sítio Serra Azul, que fica na zona rural de Tiradentes, um Café Literário com Vó Geralda celebra o lançamento do livro A porta aberta do sertão: histórias da Vó Geralda (Relicário, 2024), de Geralda Brito Oliveira, Isla Nakano e Renata Ribeiro. A proposta é que o público participe de um bate-papo com as autoras, enquanto se delicia com uma mesa recheada de quitandas mineiras e de um café coado na hora. A obra celebra a oralidade e a tradição de contar histórias.

Joaquim Arena, vencedor do Prêmio Oceanos 2023 desembarca na histórica cidade mineira no dia 22. Vencedor na categoria prosa pelo livro “Siríaco e Mister Charles” (Gryphus Editora, 2024), participa de um Café Literário na Taberna d’Omar às 16h. O premiado livro do autor caboverdiano acompanha a história da improvável amizade entre o jovem Charles Darwin e Siríaco, um velho negro, ex-escravizado, que sofre de vitiligo. Sobrevoando os territórios da História e da imaginação, este é um romance sobre cumplicidade, raça, racismo, império e memória.

No mesmo dia, às 20h, a soprano Manuela Freua e a violinista Sofia Leandro apresentam o concerto Fragmentos Kafkianos, no Jardim do Museu Padre Toledo, com execução da peça Kafka-fragmente op. 24, de György Kurtág (1926), baseada em trechos do diário do autor, cartas e texto póstumo. A narrativa assume a forma de uma confissão íntima sem verdadeiro fio narrativo, formando um fascinante caleidoscópio de paisagens emocionais, que mistura doses de humor, sensualidade, desejo e ternura.

No dia 24, às 17 horas, o Ciclo de Ideias A arte do expurgo ou da fraternidade - Leonilson e a contemporaneidade, com a participação de escritor Ricardo Domeneck e o artista visual Alcino Fernandes, aborda a obra do Leonilson, cuja exposição Leonilson: Na cor dos lábios do meu amor integra a programação das artes visuais do Festival.

No dia 25 de setembro, literatura e cinema de encontram no Jardim do Museu Padre Toledo, às 19h, que unirá uma performance literária Leite negro e a exibição de videopoemas do poeta palestino Ghayath Almadhoun. Traduzido para inúmeras línguas, a obra de Ghayath traz como temáticas principais a guerra e a destruição, a morte e a luta, o exílio e a saudade de casa.

Nome incontornável quando se pensa na questão da Alteridade, tema proposto para esta edição, Ailton Krenak volta para Festival Artes Vertentes. Ele participará (presença virtual) numa mesa redonda com Joaquim Arena, no dia 26 de setembro, às 16h30, no Centro Cultural Yves Alves.

Ainda no dia 26 de setembro, às 18h, o poeta Ricardo Domeneck apresenta o livro Cabeça de galinha no chão de cimento, nas galerias do Centro Cultural Yves Alves. Na ocasião, o convidado realizará a leitura de poemas do livro e de textos criados durante o processo criativo em diálogo com a exposição Leonilson: Na cor dos lábios do meu amor. Em Cabeça de galinha no chão de cimento (Ed. 34), o poeta retorna às origens, aos ancestrais, às memórias da infância e adolescência no interior, numa tentativa de compreensão de seu lugar e de seu estar no mundo.

No dia 27 de setembro, às 11 horas, a poeta russa Egana Djabbarova e poeta palestino Ghayath Almadhoun participam na mesa redonda sobre exilio político. Egana Djabbarova, filha do pai azerbaijano e mãe georgiana, nasceu na Rússia, mas teve que deixá-la por não concordar com o regime bélico da Rússia de Vladimir Putin, por ser feminista e homossexual e agora está aguardando asilo político num campo de refugiados na Alemanha. Poeta palestino, Ghayath Almadhoun nasceu na Síria. Com medição de Svetlana Ruseishvili, pesquisadora transdiaspórica (Geórgia - Ucrânia - Rússia) e professora de sociologia na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), os poetas irão abordar temas essenciais da sociedade contemporânea.

No mesmo dia, haverá mais um lançamento do livro: Todas as crianças do mundo, romance de estreia da aclamada poeta israelense Tal Nitzán, que narra a história delicada de quatro protagonistas humanos e uma gata, em meio à violência arbitrária da vida urbana. Tal Nitzán reúne, com uma prosa lúcida e afiada, três vidas cuja quietude apenas esconde a tempestade de emoções interiores. As múltiplas narrativas que atravessam o livro trazem à flor das páginas uma cidade e suas almas perdidas. Cada frase cuidadosamente tecida, permeada pelo universo poético visceral de Tal Nitzán, acrescenta profundidade à questão central do primeiro romance da autora israelense: como podemos superar nossas solidões fundamentais? Contemplativo, mas vibrante como uma pintura de Cézanne, Todas as crianças do mundo encapsula nossa condição moderna: a selvageria da vida urbana, a guerra, distante e próxima, e a nobreza do coração humano.

O penúltimo dia de Festival Artes Vertentes, 28 de setembro, guarda uma intensa programação no campo literário. Às 11h, um Café Literário receberá o pianista Hercules Gomes e o jornalista, escritor e tradutor Irineu Franco Perpétuo na Taberna d'Omar. Criativo representante da tradição do pianista-compositor, com amplo trânsito no repertório erudito e popular, Hercules Gomes falará da diluição das fronteiras dos gêneros na música em conversa com Irineu Franco Perpetuo, autor do livro História Concisa da Música Clássica Brasileira (Alameda Editora).

Já às 16h, um Café Literário reunirá a escritora russa Egana Djabbarova, escritora franco-alemã de origem russa Marina Skalova, a poeta suíça radicada no Brasil Prisca Agustoni e a tradutora russa Maria Vragova, também na Taberna do Omar. Na conversa serão abordadas questões de autotradução e tradução, já que a Marina Skalova e Prisca Agustoni se autotraduzem de várias línguas e Maria Vragova traduz de russo para português e vice-versa.

Fechando a programação do dia, as poetas Prisca Agustoni e Egana Djabbarova participam da performance literária O que vocês têm a dizer?, no Jardim do Centro Cultural Yves Alves, às 18h. Na ocasião, Egana Djabbarova lança pela primeira vez no Brasil o seu livro de poesia Rus bala (Ars et Vita, 2024). Rus bala significa em azeri “Criança russa”, que seria a própria Egana Djabbarova, menina, nascida na Rússia, filha do pai azeri e mãe georgiana, só que a Egana, com seus traços fortes caucasianos, nunca foi considerada como russa no seu país natal. A sua poesia fala de não aceitação de outro, de racismo e xenofobia, da guerra e da paz. Prisca Agustoni também irá participar de leituras a partir do seu livro "O mundo mutilado", no qual afirma: "a língua não / tem arame farpado nem / renúncia possível". Finalista do Prêmio Jabuti, o livro é uma resposta da poeta à consternação diante da crise migratória do século XXI. Prisca Agustoni venceu a última edição do Prêmio Oceanos, um dos prêmios literários mais importantes dos países lusófonos, na categoria poesia, pelo livro “O gosto amargo dos metais”.

O último Ciclo de Ideias Diálogo árabe-israelense debaterá o conflito entre Israel e Palestina e conta do poeta palestino Ghayath Almadhoun, com mediação dos curadores de cinema Aaron Cutler e Mariana Shellard. O debate acontece às 16 horas, logo depois da sessão cinematográfica com os filmes Casamentos proibidos na Terra Santa, de Michel Khleifi e Diálogo árabe israelense, de Lionel Rogosin.

Concluindo a programação literária do evento, o escritor e neurocientista Sidarta Ribeiro participa do Café Literário, às 17h30, na Taberna d'Omar, numa conversa a partir do livro Sonho Manifesto (Companhia das Letras, 2022). Nome indispensável quando se pensa na questão da Alteridade, tema proposto para esta edição, Sidarta Ribeiro estará pela primeira vez na programação do Festival Artes Vertentes. Sidarta Ribeiro é professor titular de Neurociências da UFRN, autor de artigos científicos e livros, entre eles, As flores do bem (Fósforo) e Sonho Manifesto (Cia das Letras).

 

Sobre os convidados

Ailton Krenak

Ailton Alves Lacerda Krenak, conhecido como Ailton Krenak, nasceu em 1953 no belo Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. Ele é uma das figuras mais proeminentes entre as lideranças indígenas do Brasil. Membro da etnia Krenak, Ailton é um líder indígena, escritor, ativista socioambiental, filósofo e poeta. Com uma trajetória impressionante, Krenak é um fervoroso defensor dos direitos dos povos indígenas e da preservação da Amazônia. Suas obras, como "Ideias para Adiar o Fim do Mundo" e "A Vida Não é Útil", são verdadeiros marcos na literatura e na reflexão sobre a relação entre humanidade e natureza, além de oferecer uma crítica poderosa à visão capitalista. Ele é o primeiro indígena a integrar a Academia Brasileira de Letras e recebeu títulos honorários de professor doutor pela UFJF e UnB. Ailton Krenak é amplamente reconhecido por sua profunda contribuição à literatura, cultura e aos direitos indígenas, sendo uma voz vital para a preservação e valorização das tradições e saberes ancestrais

Dona Liça Pataxoop

Liça Pataxoop mora na aldeia indígena Muã Mimatxi, localizada no distrito de Lamounier, município de Itapecerica-MG, pertencente ao povo Pataxoop. Casada, tem 6 filhos e 8 netos. É liderança das mulheres e professora de Uso do Território. Seu estudo e aprendizado foi com a terra, onde aprendeu os valores de vida. Não tem formação escolar, mas o seu ensino é pela oralidade e escrita a partir de imagens. Ilustradora, seus desenhos-narrativa são chamados de tehêy. Um dos grandes símbolos de resistência dos Pataxoop são os tehêys, instrumento de pesca que ganhou novos significados ao se transformar em desenhos que narram ensinamentos e a memória deste povo.

 

Egana Djabbarova

Egana Djhabbarova é poeta, escritora e doutora em ciências filológicas. Autora do romance As mãos das mulheres da minha família não serviam para escrever (No Kidding Press, 2023), e das antologias poéticas Bosphorus (2015), A pose de Romberg (2017) e O botão de alarme vermelho (2020). Seus textos integram ainda as coletâneas Decolonização: Presente e Futuro (2021) e Sete textos sobre feminismo: desarmando o gênero (2022). É professora de escrita criativa na Creative Writing School, na Escola de Práticas Literárias e na Write like a girl. Vencedora do prêmio Estreia Poética da revista Nova Juventude (2016), foi também em duas ocasiões finalista do Prêmio Arkadi Dragomoschenko (2017 e 2019). Seus poemas fazem parte ainda das antologias internacionais Debaixo de uma capa (Cazaquistão), F-Letter (Inglaterra) e DEARS (Suíça).

 

Ghayath Almadhoun

Ghayath Almadhoun é um poeta palestino nascido em Damasco em 1979. Seus poemas, publicados em árabe em cinco antologias, encontram-se traduzidos em trinta idiomas e foram publicados na Alemanha, Holanda, Suíça e EUA. Na Suécia, recebeu o prêmio Klas de Vylders stipendiefond para escritores imigrantes pela coletânea Asylansökan (Ersatz, 2010). Juntamente com a poeta sueca Marie Silkeborg escreveu Till Damaskus (Albert Bonniers Förlag, 2014), transformado em peça radiofônica para a Rádio Nacional Sueca. Em 2019, foi premiado com a bolsa de estudos do Programa Artistas em Berlim do DAAD. É autor de vários video-poemas, entre os quais destaca-se Évian, vencedor do Prêmio Zebra de melhor video-poema de 2020. Em 2022/2023, organizou e editou a antologia de poesia alemã Kontinentaldrift - Das Arabische Europa, publicada pela editora Das Wunderhorn em colaboração com a Casa da Poesia (Berlim). Atualmente vive e trabalha entre Berlim e Estocolmo.

 

Irineu Franco Perpétuo

Irineu Franco Perpetuo é jornalista e tradutor. Coautor, com Alexandre Pavan, de Populares & Eruditos (Editora Invenção, 2001), e autor de Cyro Pereira – Maestro (DBA Editora, 2005) História Concisa da Música Clássica Brasileira (Alameda Editorial, 2018), Como Ler os Russos (Todavia, 2021, segundo colocado no Prêmio Biblioteca Nacional, categoria Ensaio Literário – Prêmio Mário de Andrade) e dos audiolivros História da Música Clássica (Livro Falante, 2008), Alma Brasileira: A Trajetória de Villa-Lobos (Livro Falante, 2011) e Chopin: O Poeta do Piano (Livro Falante, 2012). Traduziu, diretamente do russo, Pequenas Tragédias (Editora Globo, 2006), Boris Godunov (Editora Globo, 2007), A Dama de Espadas e A Filha do Capitão (Ciranda Cultural, 2019), de Púchkin, Memórias de Um Caçador (Editora 34, 2013), de Ivan Turguêniev, Anna Kariênina (Editora 34, 2021), Sonata Kreutzer (no volume Tolstói e Tolstáia, Editora Carambaia, 2022) e A Morte de Ivan Ilitch (Coleção Folha Grandes Nomes da Literatura, 2016), de Tolstói, Memórias do Subsolo (Todavia, 2022), Gente Pobre (Ciranda Cultural, 2021) e O Eterno Marido (Ciranda Cultural, 2020), de Dostoiévski e Vida e Destino (Editora Alfaguara, segundo lugar no Prêmio Jabuti 2015) e A Estrada (Editora Alfaguara), de Vassíli Grossman, O Mestre e Margarida (Editora 34, 2017) e Os Dias dos Turbin (Editora Carambaia, 2018), de Bulgákov, Lasca de Zazúbrin (Editora Carambaia, 2017), Meninas, de Liudmila Ulítskaia (Editora 34, 2021), Xis e outras histórias (Editora Carambaia, 2022), de Ievguêni Zamiátinm Encontros com homens notáveis, de Gurdjieff (Goya, 2023)  e, com Moissei Mountian, Salmo, de Friedrich Gorenstein (Editora Kalinka, 2017) e A Infância de Ivan, de Aleksei Tolstói (Editora Kalinka, 2020). Participou do grupo de cinco tradutores que traduziram O Arquipélago Gulag, de Soljenítsyn (Editora Carambaia, 2019).

 

Joaquim Arena

Nascido em 1964, na ilha de São Vicente (Cabo Verde) filho de pai português e mãe cabo-verdiana, Joaquim Arena é um escritor luso-cabo-verdiano, Aos seis anos emigra para Portugal com a família. Licenciado em Direito, fundou em 1988 o semanário O Cidadão. Entre 2017 e 2021, foi Conselheiro cultural do Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca. A verdade de Chindo Luz (Oficina do Livro, 2006) foi o seu primeiro romance. Em seguida publicou Debaixo da nossa pele (INCM, 2017) e O sabor da água da chuva e outras memórias da amiga perfeita (INCM, 2022), pelo qual recebeu o Prêmio Literário Arnaldo França. Seu último romance, Siríaco e Mister Charles (Quetzal Editores) foi vencedor do Prêmio Oceanos de Literatura em 2023.

 

Maria Vragova

Maria Vragova é tradutora, produtora cultural e curadora. Formada em Língua e Literatura Portuguesa pela Universidade Estatal  de São  Petersburgo em  2004, Maria Vragova vem desenvolvendo vários projetos de tradução desde então. Entre os principais  trabalhos de  tradução escrita podem ser destacadas a primeira  tradução  para o russo do romance “A terra somnâmbula”, de Mia Couto (2024), a primeira tradução para  o  português  do  romance “Tchevengur”, de Andrei Platônov (2022), a tradução de “Memórias de subsolo”, de F.M. Dostoiévski (2021), tradução do livro “O  poster soviético” de V.Ivanov, uma encomenda da Universidade Federal de Minas Gerais (2011);  primeira  tradução para português do livro infantil “Tarakã, o bigodudo”, de Kornei Tchukovski  (2016);  tradução  de  várias  novelas  e  contos  para  o  livro  “A  revolução  das  mulheres”,  v.  2:  Memórias,  poesias,  cartas,  romances  (2016-2017).

Marina Skalova

Natural de Moscou, Marina Skalova é uma artista multilíngue. Escreve poesia, teatro e OVNIs que exploram os buracos negros entre os gêneros literários. Sem fôlego (Atemnot / Souffle court) foi sua primeira antologia publicada, em 2016, e recebeu o Prix de la Vocation en Poésie. A artista também escreveu o ensaio poético Exploration du flux (Seuil, Fiction & Cie, 2018) e o livro híbrido Silences d'exils (éditions d'en bas, 2020). O último, em colaboração com a fotógrafa Nadège Abadie, foi baseado em oficinas de escrita com pessoas exiladas. No teatro, Marina Skalova escreveu a peça “A queda dos cometas e dos astronautas” (L'Arche éditeur, 2019), durante sua residência no Teatro POCHE/GVE; encenada na Alemanha e na Suíça, também teve leituras na Ucrânia, Áustria, França e Itália. Em 2022-2023, com a escritora ucraniana Neda Nejdana, foi vencedora da residência “Escrever a Europa” da Universidade de Estrasburgo.

Prisca Agustoni

Prisca Agustoni nasceu na Suíça italiana e, desde 2002, mora no Brasil, em Juiz de Fora (MG). É poeta, tradutora e professora de literaturas italiana e comparada na UFJF. Integra o conselho editorial das Edições Macondo e, na Suíça, a curadoria do festival literário internacional Chiasso Letteraria. Colabora com jornais e revistas literárias na Itália e no Brasil. Escreve e se autotraduz em italiano, francês e português e faz desse lugar intersticial entre as línguas seu motor de criação e de pesquisa acadêmica. Sua estreia na poesia ocorreu em 2001 com Inventário de vozes / inventario di voci (ed. bilíngue, Mazza Edições), ao qual se seguiram vários títulos, nas três línguas, entre os quais A recusa (Lisboa, Pasárgada, 2009), le déni (Genebra, Samizdat, 2012), Un ciel provisoire (Genebra, Samizda,t 2015), casa dos ossos (Macondo, 2017, semifinalista Prêmio Oceanos), Animal extremo (Patuá, 2017), L’ora zero (Falloppio, Lietocolle, 2020), O mundo mutilado (Quelônio, 2020, Finalista Prêmio Jabuti), Lingua sommersa (Milão, Isola, 2021) e O gosto amargo dos metais (7letras, 2022, Prêmio Belo Horizonte de poesia).

Ricardo Domeneck

Ricardo Domeneck é um escritor brasileiro, nascido em Bebedouro, São Paulo, em 1977. Publicou 10 coletâneas de poemas e 2 de contos. Sua publicação mais recente é ‘Cabeça de galinha no chão de cimento’ (Editora 34, 2023). Comemorou 20 anos de escrita com o volume de textos selecionados dentre todos os seus livros, ‘Mesmo o silêncio gera mal-entendidos: antologia 2000-2020’. Edita a revista de prosa e poesia ‘Peixe-Boi’. Vive e trabalha em Berlim.

Sidarta Ribeiro

Reconhecido como um dos maiores especialistas do país em substâncias psicoativas, é autor de mais de 100 artigos científicos e de 6 livros, entre eles “O Oráculo da Noite” e “Sonho Manifesto” (Cia das Letras), sendo o mais recente o “As Flores do Bem” (Fósforo). Atualmente é colunista de Sumaúma - Jornalismo do Centro do Mundo. Neurocientista e biólogo, é doutor pela Universidade Rockefeller e pós-doutor pela Universidade Duke, Estados Unidos. É professor e pesquisador da UFRN, onde dirige o laboratório Sono, Sonhos e Memória do Instituto do Cérebro. Foi premiado por entidades como Dasa, Ministérios da Saúde e da Integração Nacional, Google e IMBES. É membro de renomados institutos e redes científicas como ACAL, SBPC, LA School, Chacruna, PBPD, CpE e Pew Foundation. Também publicou Maconha, cérebro e saúde e Song, Sleep and the Slow Evolution of Thoughts. É colunista da Carta Capital e escreveu para a revista Mente e Cérebro.

Vó Geralda

Geralda de Brito Oliveira, a Vó Geralda, nascida em 27 de maio de 1941, é sertaneja do cerrado mineiro. Moradora da antiga sede da Fazenda Menino, local de histórias e mistérios, foi administradora da fazenda, professora e parteira. Aos 83 anos, ela é a memória viva da região. A jornada de sua existência é composta por ancestralidades, infância no sertão profundo, casamento, saberes e curas locais, maternidade, religiões, perseguição política, luta pela terra, dores, alegrias e muita contação de histórias.

 

Sobre o Festival Artes Vertentes

Criado em 2012 por Luiz Gustavo Carvalho e Maria Vragova, o Festival Artes Vertentes é projeto realizado pela Ars et Vita e pela Associação dos Amigos do Festival Artes Vertentes. O evento vem apresentando, ininterruptamente, uma programação artística que estimula diálogos entre as mais diversas linguagens artísticas e propõe, por meio da arte, reflexões sobre temas de relevância para a sociedade contemporânea. Vencedor do prêmio CONCERTO 2021 e nomeado para o prêmio internacional Classic: NEXT Innovation Award 2022, durante as últimas doze edições, o Festival Artes Vertentes já recebeu mais de 470 artistas, originários de 40 países.

Mais informações no site www.artesvertentes.com.

O 13º Festival Artes Vertentes é realizado pela Ars et Vita e Associação dos Amigos do Festival Artes Vertentes e, é viabilizado com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura com o patrocínio do Itaú Unibanco e pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com patrocínio da Cemig.

 

Serviço

Programação Literatura do 13º Festival Artes Vertentes

Dia 21 de setembro, às 11h
Educação fora das paredes

Ciclo de ideias com Com Vó Geralda, Dona Liça Pataxoop e Isabela Nogueira.

Mediação: Fernanda Omelczuk

IPHAN (Rua da Câmara, 124)

Gratuito

 

Dia 21 de setembro, às 16h
Falta de ar

Obras de Padellaro, Alvarez, Nascimento e Crowl
Com Sofia Leandro (violino) e Bruno Santos (percussão).
Leituras: Marina Skalova

Centro Cultural UFSJ (Rua Doutor Augusto das Chagas Viegos, 17 - São João del Rei
Gratuito

 

Dia 22 de setembro, às 10h

Café Literário com Vó Geralda e Rosana Nascimento

Lançamento do livro “A porta aberta do sertão: histórias da Vó Geralda”

Sítio Serra Azul

Estrada da Caixa d'Água da Esperança, km 8 - Caixa d'Água da Esperança

Gratuito

 

Dia 22 de setembro, às 16h

Café Literário com Joaquim Arena

Lançamento do livro vencedor do Prêmio Oceanos “Siríaco e Mister Charles”

Taberna d’Omar

Rua Direita, 187

Gratuito

 

Dia 22 de setembro, às 20h

Concerto “Fragmentos Kafkianos”, com Manuela Freua e Sofia Leandro

Casa Museu Padre Toledo

Rua Padre Toledo, 190

Gratuito

 

Dia 24 de setembro, às 17h
A arte do expurgo ou da fraternidade - Leonilson e a contemporaneidade

Com Alcino Fernandes e Ricardo Domeneck

Mediação: Ricardo Resende

IPHAN (Rua da Câmara, 124)

Gratuito

 

 

25 de setembroàs 19h

Ghayath Almadhoun: Leite negro

Casa Museu Padre Toledo

Rua Padre Toledo, 190

Gratuito

 

26 de setembroàs 16h30

Mesa-redonda com Ailton Krenak e Joaquim Arena

Centro Cultural Yves Alves

Rua Direita, 168

Gratuito

 

26 de setembro, às 18h

Ricardo Domeneck: “Cabeça de galinha no chão de cimento”

Centro Cultural Yves Alves

Rua Direita, 168

Gratuito

 

Dia 27 de setembro, às 11h
Ciclo de ideias com Egana Djabbarova e Ghayath Almadhoun

Mediação: Svetlana Ruseishvili

IPHAN (Rua da Câmara, 124)

Gratuito

 

Dia 27 de setembro, às 16h30

Café Literário com Tal Nitzán

Lançamento do livro: Todas as crianças do mundo

Taberna d’Omar

Rua Direita, 187

Gratuito

 

28 de setembro, às 11h

Café Literário com Hercules Gomes e Irineu Franco Perpétuo

Taberna d'Omar

Rua Direita, 187

Gratuito

 

Dia 28 de setembro, às 15h
Ciclo de ideias com Sidarta Ribeiro

IPHAN (Rua da Câmara, 124)

Gratuito

 

28 de setembro, às 16h30

Café Literário com Egana Djabbarova, Marina Skalova, Maria Vragova e Prisca Agustoni

Taberna d'Omar

Rua Direita, 187

Gratuito

 

28 de setembro, às 18h

Performance literária “O que vocês têm a dizer?” com Prisca Agustoni e Egana Djabbarova

Centro Cultural Yves Alves

Rua Direita, 168

Gratuito

 

29 de setembro, às 17h30

Café Literário com Sidarta Ribeiro

Taberna d'Omar

Rua Direita, 187

Gratuito

 


Literatura - Contos e Crônicas terça, 17 de setembro de 2024

NÃO GOSTA DE LER?: CRÔNICA DE DAISY GOUVEIA (POSTAGEM DA LEITORA RENATA REBESCO)

Não gosta de ler?

Por Daisy Gouveia

O título do artigo pode surpreender você de duas maneiras, ou você se identificou ou se indignou.

Estava numa sala de espera para um podcast, arrumando meu material, me preparando e com minha ecobag cheia de livros, que é como ando sempre. Entre um café e outro, que é outra compulsão minha, entrou alguém bem conhecido de muitos e me perguntou, do que você vai falar mesmo?

Do que você vai falar no seu podcast? Qual é o assunto do seu instagram?

Respondi toda animada, me achando, na certeza que ganharia mais um novo seguidor. Falei durante pelo menos uns dois minutos, explicando o propósito do meu perfil nas redes sociais.

“Estou no Instagram, como minha rede social mais importante incentivando a leitura, ajudando meus seguidores à adquirir ou manter o hábito de leitura, dando dicas de livros e também de filmes e séries adaptadas de livros, falo também dos benefícios que a leitura traz ...”, enfim , gastei meu discurso militante à favor do ler.

Para meu espanto obtive uma resposta simples e seca -  Ah....então não vou seguir você nunca, NÃO GOSTO DE LER.

À princípio achei que fosse brincadeira, rimos, mas na despedida- nos encontramos por aí, mas não no seu Instagram, nunca gostei de ler e não é agora que vou começar.

Quis argumentar, disse que devia me seguir para mudar sua opinião, tinha certeza que podia persuadi-la, disse que achava que ela não sabia se gostava de ler, que não tinha encontrado ainda a leitura certa para ela, um livro que a pegasse de jeito, mas nos encontramos mais.

Se você chegou até aqui lendo esse artigo, por afinidade com o título, ou seja, é convicto de não gostar de ler, dê uma chance para me encontrar todos os dias e me deixe convencer você do contrário. Entre no insta @daisygouveiaoficial, mas, se você não é de rede social, visite uma livraria e se dê a oportunidade de encontrar um assunto que lhe interesse e abra seu caminho para leitura.

Sempre é tempo de começar a ler.

Agora, se você chegou até o final desse conteúdo perturbado, indignado com o título, venha se juntar aos meus seguidores para ter dicas de leitura, para indicar as suas também, dar palpites nas resenhas e nas opiniões.

Junte-se a nós para desfrutar o prazer que só a leitura pode nos proporcionar!

 

SOBRE DAISY GOUVEIA

Daisy Gouveia é escritora, influenciadora digital, host do 'Podcast da Daisy' e criadora do Clube de Leitura da Daisy. Com 66 anos, usa as redes sociais para incentivar as pessoas, principalmente as mulheres, a adotarem o hábito da leitura.

Com 35 anos de experiência na área da moda, escreveu o livro 'Costurando Minha História' - que leva também o nome do programa semanal de rádio - onde conta sua trajetória e fala sobre sua reinvenção profissional, estimulando as pessoas que também querem mudar.

Instagram: @daisygouveiaoficial

Youtube: @daisygouveia

Blog: historiaselorotas.com.br


Literatura - Contos e Crônicas domingo, 15 de setembro de 2024

LIVRO MAGNETISMO: LEITURA COLETIVA (POSTAGEM DA COLUNISTA MALU DA SILVA)

Um OVNI acaba de aterrissar! Quais serão as consequências?

18 contos sobre amor, mistérios da vida e o sobrenatural te aguardam na Leitura Coletiva do livro "Magnetismo"

 

E se um OVNI caísse no coração da sua cidade e alterasse para sempre a vida de quem mora no lugar? Em Vila do Oeste, sul da Califórnia, foi isso que aconteceu: o fato deu origem a uma série de fenômenos inexplicáveis – capazes de intrigar até mesmo o mais cético dos moradores. Então prepare-se para encontrar um rastro de mistério nesta Leitura Coletiva: Magnetismo narra episódios que aconteceram depois do objeto ser retirado e dar origem a uma Fonte de Água Viva. 

Por meio de 18 contos envolventes, Nanci Otoni conta as histórias dos residentes da cidade, conectadas por um forte sentimento de amor, oriundo da fonte miraculosa de águas puras e cristalinas. A presença do artefato mágico vai curar os doentes do lugar, dar vida a personagens de livros infantis e visões extraordinárias a algumas pessoas. Mas também será capaz de aflorar sentimentos de afeição, transcendência e até vingança. 

Ao desafiar a lógica, a autora te convida a refletir sobre o impacto daquilo que vai além da razão, e faz pensar sobre as complexidades da natureza humana e em como a magia pode estar nas situações cotidianas, transformando o comum em algo extraordinário. 

Nesta Leitura Coletiva, 20 perfis literários do Instagram ou TikTok serão selecionados para receber o livro em casa, fazer a leitura e resenhar. Também teremos dois encontros virtuais para debater sobre o enredo, um deles com a presença da autora. ❤  

Inscreva-se até o dia 24 de setembro, pelo link: https://forms.gle/eRD9i1w9QJj3WcXB6  

Sobre a autora: Natural de Nova Lima, Minas Gerais, Nanci Otoni é graduada em Letras e Pedagogia, especialista em Educação e professora de português aposentada. Além de professora, foi orientadora educacional em escolas públicas por 30 anos e hoje atua como hipnoterapeuta, com formação em Life Coaching, Terapia Financeira, PNL e Hipnose Clínica. 

Inspirada pela vida e pelas histórias contadas pela mãe, Nanci escreve em verso e prosa. Como escritora, ocupa a 8ª cadeira da Academia Nova-limense de Letras e já publicou as obras Os fios da vidaVozes da Literatura Cantada, pela editora Albatroz e Magnetismo. Além disso, possui poemas, contos e crônicas publicados em mais de trinta antologias.

 


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 13 de setembro de 2024

PROJETO *MACABÉA - NASCIDA DO CHIFRE DO BOI* - SAMAMBAIA - DF (POSTAGEM DA LEITORA BRASILIENSE BÁRBARA ALENCAR)

Olá, Raimundo, bom dia!

O espetáculo "Quem. Uma Macabéa sem fim" inicia a turnê por escolas públicas de Samambaia, a partir de terça-feira (17/09). No IFB, nos dias 20 e 23/09, as apresentações serão abertas ao público. A entrada é franca, mediante retirada de ingresso.

A iniciativa, idealizada pela atriz e palhaça Elisa Carneiro, integra o projeto "Macabéa - Nascida do chifre do boi", que também vai abordar temas como vulnerabilidade e coragem, especialmente junto ao público adolescente, em duas oficinas: Palhaçaria - o humor como ferramenta de sobrevivência e Mitologia Pessoal.

É possível uma pauta?

Fotos e release
https://drive.google.com/drive/folders/1LbmfnfnOzURSaZnzDNIRAOJI9k27Djmw?usp=drive_link

Atenciosamente,
Bárbara de Alencar
(61) 98343-7369

Projeto "Macabéa - Nascida do chifre do boi" leva reflexão sobre vulnerabilidade e coragem para estudantes de escolas públicas

Iniciativa oferece oficinas e apresentações teatrais no CED 619 e no IFB, em Samambaia

 

 

 

Primeiro solo da atriz e palhaça brasiliense Elisa Carneiro, o espetáculo “Quem. Uma Macabéa sem fim” inicia a turnê por escolas públicas de Samambaia, a partir de terça-feira (17/09). A iniciativa integra o projeto “Macabéa - Nascida do chifre do boi” e tem como inspiração poética a personagem principal do clássico da literatura brasileira A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. Além da peça, os estudantes também poderão participar de duas oficinas: Palhaçaria - o humor como ferramenta de sobrevivência e Mitologia Pessoal.

O objetivo, de acordo com a idealizadora do projeto, Elisa Carneiro, é abordar temas como vulnerabilidade e coragem, especialmente junto ao público adolescente neste primeiro momento. E, claro, tudo regado com muito humor. “O medo de ser quem se é muitas vezes é o grande gerador de ansiedade entre as pessoas, principalmente entre os jovens. Existe sempre um padrão a ser seguido. O medo de ser ridicularizado e o medo de falhar são uns dos principais responsáveis por criar essa cultura predatória, colocando-os em contextos de isolamento. Para fazer um contraponto a essa realidade, o projeto “Macabéa - Nascida do chifre do boi” vai trabalhar a experiência da incerteza, do risco e da exposição, que podem se transformar em disparadores de emoções como a ansiedade e o medo”, segundo a atriz.  

A iniciativa vai passar pelo Centro Educacional 619 e pelo Instituto Federal de Brasília, atendendo os jovens estudantes, e público em geral. “A partir da perspectiva do Clown, a ‘Oficina de Palhaçaria - o humor como ferramenta de sobrevivência’ propõe uma visão de mundo por uma lógica invertida, na qual as fragilidades se tornam potencialidades e ferramentas para ampliar as possibilidades de expressão”, explica a atriz. Já a "Oficina de Mitologia Pessoal" pretende construir canais de diálogo com os estudantes para estimular a descoberta de suas próprias jornadas pessoais, usando a mitologia como ferramenta de compreensão e inspiração.

Inclusão e igualdade - O projeto conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e reúne uma equipe formada predominantemente por mulheres, fortalecendo o papel e a importância feminina no cenário cultural. Com mais de 30 anos de carreira, a atriz, palhaça e dramaturga Ana Flávia Garcia assina a dramaturgia de “Macabéa - Nascida do chifre do boi”. A direção fica a cargo da dramaturga e musicista de relevância no cenário cultural da capital Fernanda Jacob.

As oficinas também serão direcionadas a jovens neurodiversos trabalhando o que são consideradas vulnerabilidades nos seus contextos sociais e no ambiente escolar e estimulando as potencialidades dos estudantes.

Espetáculo - Fechando a tríade proposta no projeto - Teatro Físico, Palhaçaria, Literatura - a peça “Quem. Uma Macabéa sem fim” coloca em prática a reflexão levantada nas oficinas e terá sessões abertas ao público em geral. A base do processo criativo é a personagem central da obra A Hora da Estrela, escrita por Clarice Lispector, que contrasta com o mito autoral criado por Elisa Carneiro “Nascida do Chifre do boi”. “O texto traz um diálogo intenso com as poéticas contemporâneas, a rotina, as banalidades do dia a dia, o ordinário, e a realidade tão nua e crua inspirada por Macabéa. Esse espetáculo ressalta justamente esses dois mundos, a beleza que existe no cotidiano banal da maioria dos brasileiros e o universo místico que cada um possui dentro de si”, destaca Elisa Carneiro.

SERVIÇO
Espetáculo “Quem. Uma Macabéa sem fim” -  projeto Macabéa - Nascida do chifre do boi
Quando: CED 619 -  17 e 19/09. Terça e quinta-feira, às 10h30 e 16h (sessões exclusivas para alunos | IFB - 20 e 23/09. Sexta e segunda-feira, às 09h e 15h (sessões abertas ao público)

Quanto: entrada franca mediante retirada de ingresso no Sympla. (Retire o seu ingresso)
Classificação indicativa: livre

SINOPSE: Aqui temos uma breve história dentre as centenas vividas em diversos tempos por Quem, a nascida do chifre do boi. Quem é um ser mítico sobrenatural que vive há tantos anos nessa terra que já perdeu as contas. Quem é uma estrangeira do tempo. Em “Quem. Uma Macabea sem fim”, testemunhamos as complexas e duras realidades que um ser mítico imortal é obrigado a passar, degringolando lado a lado com a existência humana por toda a eternidade. Quem está em alerta pois há uma espécie de monstro à solta…

FICHA TÉCNICA:
Coordenação Geral: Elisa Carneiro

Dramaturgia: Ana Flávia Garcia
Direção Artística e Musical: Fernanda Jacob
Atriz: Elisa Carneiro
Coordenação Administrativa: Tatiana Carvalhedo (Carvalhedo Produções)
Produção Executiva: Marina Olivier
Assistente de Produção: Fernando Franq
Figurinista: Luazi Luango
Cenógrafa: Nine Ribeiro
Assessoria de imprensa: Mariana Guedes
Registro Audiovisual: Joy Ballard
Fotografia: Diego Bresani e Thaís Mallon
Designer Pleno:  Vanessa Santos
Músicos: Larissa Umaytá e Ramiro Galas
Consultor em Acessibilidade e Tradutor de Libras: Virgílio Soares
Oficineiras: Elisa Carneiro e Ana Flávia de Mesquita Garcia 
Arte Educadora: Raiane Castro

 

 


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 11 de setembro de 2024

BIENAL DO LIVRO: CAFÉ COM DEUS PAI KIDS E CAFÉ COM DEUS PSI TEENS (POSTAGEM DA LEITORA CAROLINE SOARES)

Oieeeee, Raimundo, tudo bem com vocêss??

Tenho uma novidade para te contar que terá na Bienal.

A Arena Infância da Bienal Internacional do Livro de São Paulo é um dos espaços mais aguardados do evento, projetado especialmente para estimular o público jovem com atividades literárias envolventes e educativas. Este ano, a Arena será palco de uma programação rica, que inclui contação de histórias, oficinas temáticas e interações dinâmicas com autores e suas obras.


A Bienal trará uma experiência imersiva para o público infanto-juvenil com as novas edições de "Café com Deus Pai".
No dia 10 de setembro, as versões Kids e Teens de "Café com Deus Pai" terão destaque com duas sessões especiais, proporcionando aos jovens leitores uma experiência imersiva e interativa.

Essas iniciativas fortalecem o papel da literatura infanto-juvenil no desenvolvimento das novas gerações, tornando a Bienal um ponto de encontro para famílias que desejam incentivar seus filhos a explorar o mundo dos livros de maneira divertida e educativa.

Acha que conseguimos uma nota ??

Pelo zelo e carinho com as nossas pautas somente nos resta dizer: Obrigada, Obrigada e Muito Obrigada!

Carol - midia@clacri.com - (11) 91171-4004

Café com Deus Pai - Junior Rostirola

'Café com Deus Pai Kids' e 'Café com Deus Pai Teens' ganha espaço exclusivo na Arena Infância da Bienal de SP

O Espaço Infâncias da Bienal Internacional do Livro de São Paulo será o cenário de dois eventos especiais dedicados aos livros "Café com Deus Pai Teens" e "Café com Deus Pai Kids" de Junior Rostirola. Ambos os eventos estão programados para o dia 10 de setembro, destacando o compromisso do autor com a educação e o entretenimento dos jovens leitores.

Brasil, setembro de 2024: Com o lançamento da editora Vélos, a edição 2025 de “Café com Deus Pai” ganhou versões para crianças e adolescentes, superando as expectativas do mercado. O livro, que figura na lista dos mais vendidos das plataformas de vendas, é um sucesso contínuo entre os leitores infanto-juvenis.

Com isso, no dia 10 de setembro, a Arena Infância contará com duas sessões especiais dedicadas às versões infanto-juvenis de "Café com Deus Pai". A primeira sessão, das 11h às 11h30, e a segunda, às 16h, trarão atividades interativas e envolventes que prometem proporcionar uma experiência imersiva para os jovens leitores. Com contação de histórias e atividades lúdicas inspiradas no livro, as sessões serão momentos de aprendizado e diversão, especialmente projetados para o público infantil e juvenil.

O Espaço Infâncias, estará aberto durante toda a Bienal, do dia 06 ao dia 15 de setembro, oferecendo uma programação repleta de atividades educativas, incluindo narração de histórias, oficinas temáticas e diversas atividades educativas.

Essas iniciativas visam proporcionar uma experiência enriquecedora para os jovens visitantes da Bienal, estimulando a leitura e o aprendizado de maneira dinâmica e interativa.


Literatura - Contos e Crônicas terça, 10 de setembro de 2024

BIANDA JULIANO PARTICIPA DE SESSÃO DE AUTÓGRAFOS NA BIENAL DO LIVRO (POSTAGEM DE BASE COMUNICA)

 

Bianca Juliano, autora best-seller de "O Mínimo Esforço", participa de sessão de autógrafos na Bienal do Livro

 

No último domingo, 8 de setembro, Bianca Juliano, autora do livro "O Mínimo Esforço", participou da Bienal do Livro 2024, no Distrito Anhembi, em São Paulo. O evento reuniu milhares de pessoas interessadas na literatura, e Bianca esteve no estande da Maquinária, editora responsável por sua obra, para uma sessão de autógrafos.

Bianca Juliano, ex-sócia da XP Investimentos e fundadora da empresa Mínimo Esforço Educação, compartilhou sua trajetória no setor financeiro. Durante sua passagem pela XP, Bianca desenvolveu estratégias que ajudaram os assessores de investimento a captar recursos e gerenciar suas carteiras de forma mais eficiente. Essa experiência foi a base para criar o método descrito no livro, que ajuda profissionais de múltiplos mercados a otimizar suas rotinas e alcançar melhores resultados.

Durante o evento, Bianca falou sobre seu processo criativo e como sua carreira influenciou o desenvolvimento do método "O Mínimo Esforço". O livro já é um sucesso de vendas e tem ajudado diversos profissionais. Atualmente, além de comandar a empresa Mínimo Esforço Educação, Bianca atua também como mentora e palestrante.

Sobre Bianca Juliano 
Bianca Juliano é autora do livro “O Mínimo Esforço: o método de vendas que me levou à posição de sócia da XP Investimentos”, com prefácio de Guilherme Benchimol e endosso de Bernardinho. Atua como mentora, palestrante e divulga o método que a ajudou a conquistar e vencer seus desafios. Formada em Administração de empresas e pós-graduada em Neurociências, é especialista em vendas, assessoria de investimentos, gestão e lideranças. Com 17 anos na XP, passou de assessora à sócia mais longeva da empresa por conta de seus resultados, sua postura e sua visão prática. Desenvolveu mais de 12 frentes de negócios, como XP Asset, Canal B2C e B2B de Assessoria de Investimentos, áreas que inovaram e revolucionaram. Liderou programas de formação e performance na XP Advisory Academy e XPE Educação.  

Sobre a Mínimo Esforço Educação  
A Mínimo Esforço Educação (OME) foi criada por Bianca Juliano, com Marcia Moretti como CEO e Daniela Audino como CMO. A OME oferece mentorias, workshops e palestras baseadas no método que ajudou a transformar a XP. Com o objetivo de elevar o desenvolvimento profissional de assessores de investimentos e empresas, a companhia já tem programas de mentoria em funcionamento e planeja parcerias com grandes instituições financeiras. Saiba mais: https://ominimoesforco.com.br/ 

Contatos para imprensa:

Letícia Rodrigues - leticia@basecomunica.com 
Jader Fernandes - jader.fernandes@basecomunica.com 


Literatura - Contos e Crônicas domingo, 08 de setembro de 2024

*DEPOIS DAS CINCO*: UM ROMANCE REPRESENTATIVO PARA FÃS DE FANTASIA E MISTÉRIO (POSTAGEM DA INTERNAUTA LUÍSA SANTINI)

"Depois das cinco": um romance com representatividade para fãs de fantasia e mistério

Lançamento young adult da Buzz Editora, escrito por Bruno Haulfermet, narra a jornada de um casal improvável que desafia o destino para ficar junto

 

Ivana leva uma vida aparentemente normal na pacata Província de Rosedário, um lugar famoso pelas raras rosas de caule rosado. Mas ela está longe de ser uma adolescente comum. Todas as tardes, quando o relógio marca seis horas em ponto, a protagonista de Depois das cinco deixa de existir e ressurge somente depois das cinco da manhã do dia seguinte. Publicado pela Buzz Editora e escrito por Bruno Haulfermet, o sucesso do Wattpad narra a trajetória da garota para esconder esse segredo a sete chaves, até que ela conhece Dario. O rapaz compartilha da mesma condição corporal, só que de forma oposta: sempre que ela surge, ele desaparece.  

Além da própria mãe, os únicos que conhecem a peculiaridade de Ivana são os amigos de infância Una e Ivo. O trio ajuda a jovem artista a seguir uma rotina reclusa e metódica para despistar olhares: aos 16 anos, ela passa a maior parte dos dias na escola ou no ateliê, pintando telas coloridas. Certa tarde, Ivana decide passear no lago da província, mas perde a noção do tempo e realiza o processo de dissipação corporal a céu aberto. Pouco antes de sumir, nota a presença de Dario, um menino semitransparente e de sardas brilhantes, que se destacam ainda mais em sua pele negra. A conexão entre os dois é imediata e eles se apaixonam.   

O problema é que o casal logo percebe se tratar de uma relação inviável, já que não conseguem sequer tocar um no outro. Nesta dinâmica, tudo o que têm são breves minutos, duas vezes por dia, no exato momento em que seus corpos estão translúcidos. Angustiados e determinados a viver essa paixão a qualquer custo, iniciam uma busca para entender como driblar as forças do destino e ficarem finalmente juntos. Mas nessa busca por respostas, descobrem também que os moradores da província escondem mentiras inimagináveis. A cidade é como uma rosa: tão bela quanto espinhosa. 

Segundas-feiras eram sempre muito cheias no ateliê, o que dava uma ótima vantagem para Ivana. Ela apenas precisava tomar cuidado com as janelas. O ateliê não era pequeno e, mesmo estando no segundo andar, toda cautela era pouca com janelas, os criadouros de gente fofoqueira. Ainda mais em Província de Rosedário.
(Depois das cinco, p. 39)  

Entre mistérios, romance e uma boa dose de fantasia, Bruno Haulfermet, homem gay, constrói um enredo young adult marcado pela diversidade e representatividade, por meio de protagonistas que rompem estereótipos e vão ressoar com o público jovem, como o casal birracial e personagens LGBTQIAP+. Inspirado por quadrinhos e livros de terror, o autor explora a profundidade das emoções humanas, o lado sombrio de cada um e o poder imbatível do amor – mesmo quando ele parece impossível. 

Fica técnica 
Título: Depois das cinco 
Editora: Buzz 
Autor: Bruno Haulfermet 
Gênero: Romance, Fantasia 
ISBN (livro físico):  978-65-5393-359-0   
ISBN (e-book): 6553933596 
Número de páginas: 336 
Preço: R$ 69,90 
Onde encontrarAmazon | E-commerce Buzz Editora | Principais Livrarias do Brasil  

Sobre o autor: Bruno Haulfermet sempre foi ligado à arte. Seu amor precoce pela leitura se deu graças aos quadrinhos da Turma da Mônica e, com o passar dos anos, foi se estendendo aos livros. Ainda na adolescência, começou a escrever contos de terror e fantasia baseados nos volumes de Goosebumps. Entusiasta da cultura pop, sobretudo a dos anos 1990, Bruno é designer por formação, já foi colunista do blog Plugcitários e embaixador do Wattpad, onde se tornou líder de curadoria de conteúdo. É fã de animes e filmes hollywoodianos, adora frappuccinos e generosas fatias de bolo caseiro. Depois das cinco é o romance de estreia do autor. 

Redes sociais do autor: 
TikTok: @brunohaulfermet  
Instagram: @brunohaulfermet  
Twitter: @brunohaulfermet  
Skoob: Bruno Haulfermet  


Literatura - Contos e Crônicas sábado, 07 de setembro de 2024

ENCONTRO DE LEITURAS RECEBE A ESCRITORA LÍDIA JORGE (PSTAGEM DO INTERNAUTA ANDRE FRBER CIRRI)

Encontro de Leituras de setembro recebe a escritora Lídia Jorge e discute seu premiado livro "Misericórdia"

A obra da escritora portuguesa é tema do encontro deste mês que ocorre no dia 10 de setembro, resultado da parceria entre revista Quatro Cinco Um e o jornal PÚBLICO

 

A transcrição das memórias do último ano de vida de sua mãe foi o desafio escolhido por Lídia Jorge para o livro Misericórdia. Com mais de 40 horas de áudio em um pequeno gravador de voz, esse romance conta a história de dona Alberti, que passou o final de sua vida em um lar para idosos. A filha da personagem principal e autora é a convidada especial do Encontro de Leituras de agosto, que moderado pela jornalista Isabel Coutinho e pelo escritor e jornalista Sérgio Rodrigues. A premiada obra foi publicada no Brasil pela editora Autêntica Contemporânea e em Portugal pela Dom Quixote.

O encontro será realizado de forma virtual, pela plataforma Zoom, no dia 10 de setembro, às 18h, e é aberto ao público. Lídia Jorge e os moderadores vão discutir a obra que ganhou o Grande Prêmio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2022, além de muitos outros.

A história de passa no Hotel Paraíso, o lar para idosos onde Maria Alberta morava. Os relatos da mãe juntos do poder literário trazido por sua filha nos levam a uma imersão completa em um universo comummente estereotipado. São abordados os principais acontecimentos do local: quem chega, quem parte, quem tenta fugir, a convivência com moradores e cuidadores, tudo pela ótica de uma senhora com uma curiosidade única.

 

Sobre o Encontro de Leituras

O Encontro reúne leitores de língua portuguesa e discute romances, ensaios, memórias, literatura de viagem e obras de jornalismo literário na presença de um escritor, editor ou especialista convidado. Os encontros são gratuitos e acontecem sempre nas segundas terças-feiras de cada mês, às 18h do Brasil e 22h de Portugal. O evento não é transmitido nas redes sociais, nem disponibilizado depois. É uma experiência para ser vivida por aqueles que se juntam à sessão. Os melhores momentos são depois publicados no podcast Encontro de Leituras, disponível no Spotify, Apple Podcasts, SoundCloud ou outros aplicativos habituais. 

A parceria entre a Quatro Cinco Um e o PÚBLICO conta com um espaço editorial fixo nos dois veículos e uma newsletter mensal sobre o trânsito literário e editorial entre os países de língua portuguesa. A editoria especial publica materiais jornalísticos sobre autores do Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Timor que tenham sido lançados dos dois lados do oceano. A newsletter mensal traz notas, curiosidades, imagens e informações sobre as novidades das livrarias e os eventos literários em Lisboa, São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades onde se fala português. De vez em quando, na programação de festivais e em outras ocasiões, eventos presenciais serão realizados.

 

Sobre a Revista Quatro Cinco Um

Publicada em edição impressa, site, newsletters, podcasts e clubes de leitura, a revista dos livros seleciona e divulga mensalmente cerca de duzentos lançamentos em mais de vinte áreas da produção editorial brasileira. 

Em linguagem clara, sem jargões nem hermetismo, os textos são assinados por nomes de destaque da crítica e da cultura. Tendo o pluralismo e a bibliodiversidade como nortes editoriais, a Quatro Cinco Um busca misturar em sua pauta diferentes gerações, sensibilidades e pontos de vista. Projetos editoriais especiais focalizam temas relevantes, tais como cidades, democracia e justiça, literatura infantojuvenil, literatura japonesa, literatura francesa, literatura israelense e livros LGBTQIA+. 

Desde 2019, a revista publica duas vezes por mês o 451 MHz, primeiro podcast da imprensa profissional dedicado exclusivamente a livros. Acreditamos no livro como objeto de transformação individual e coletiva, com base no princípio de que não há sociedade democrática sem ampla circulação de livros. 

A revista foi lançada em maio de 2017, tendo como editores Fernanda Diamant e Paulo Werneck. Desde 2019, a Associação Quatro Cinco Um tem como diretores os jornalistas Paulo Werneck e Humberto Werneck.

 

Serviço

Encontro de Leituras | Quatro Cinco Um + Público
“Misericórdia”, de Lídia Jorge

Quando: terça-feira, 10/09
Horário: 18h (Brasil), 22h (Lisboa, Portugal)

Mediação: Sérgio Rodrigues e Isabel Coutinho

Convidado: Lídia Jorge

O evento não é transmitido nas redes e nem disponibilizado depois

Aberto ao público

Transformação em vídeo e podcast

Acesso à sala virtual do zoom: https://us06web.zoom.us/j/82156058496?pwd=XVajCpNXeHl8x1QmXY9aL32G2yfHoB.1#success

ID: 821 5605 8496

Senha de acesso: 719623

 

Atendimento à imprensa:

a4&holofote comunicação | +55 11 3897 4122

Andre Cirri | andrecirri@a4eholofote.com.br| +55 11 99940-8200

Marianna Rosalles mariannarosalles@a4eholofote.com.br | +55 11 98652-6930
Neila Carvalho | neilacarvalho@a4eholofote.com.br| +55 11 99916-5094


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 06 de setembro de 2024

GALINHA PINTADINHA: PRESENÇA CONFIRMADA NA BIENAL DO LIVRO 2024 ()POSTAGEM DA INTERNAUTA VITÓRIA MOREIRA)

Galinha Pintadinha é presença confirmada na Bienal do Livro 2024

A personagem mais amada das crianças marcará presença na Bienal do Livro, que acontece de 6 a 15 de setembro, em São Paulo

 

 

A Galinha Pintadinha, ícone do entretenimento infantil, está de volta à Bienal do Livro em São Paulo, que acontece entre os dias 06 e 15 de setembro de 2024, no Distrito Anhembi. Dentro do espaço da Ciranda Cultural, a marca promete encantar as crianças e suas famílias com diversas atividades. 

Entre as atrações, destacam-se as ativações interativas, um Meet & Greet exclusivo com a Galinha Pintadinha, vitrine personalizada que vai chamar a atenção dos visitantes, e a distribuição de brindes temáticos que vão conquistar os pequenos.

A presença da Galinha Pintadinha na Bienal reforça o compromisso contínuo da marca com o estímulo à leitura e à cultura, reafirmando o sucesso duradouro da personagem que continua a cativar novas gerações, sempre trazendo novidades para o mercado.

Com uma linha completa de produtos, a personagem se consolida mais uma vez como um dos destaques do evento, que é um dos maiores e mais importantes do setor literário no Brasil. 


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 06 de setembro de 2024

MARIANA IANELLI LANÇA SEU PRIMEIRO LIVRO (POSTAGEM DA INTERNAUTA IARA FILARDI)

Mariana Ianelli lança seu primeiro livro de ficção pela Maralto Edições

A infância de Joana conversa com os segredos de infância do leitor

 

A poeta, cronista e crítica literária brasileira Mariana Ianelli lança pela Maralto Edições seu primeiro livro de ficção: A infância de Joana. Autora de 16 livros de poemas e dos infantis Bichos da noite (2018), Dia no ateliê (2019) e A menina e as estrelas (2022), a vencedora do Prêmio Minuano de Literatura 2021, na categoria de Crônica, entrega agora uma obra que conversa com os segredos de infância de cada leitor.

A infância de Joana aposta numa narrativa em fragmentos, recortes de cenas e rastros de acontecimentos. O tempo de infância da protagonista está ambientado nos anos de 1980 e início de 1990, com algumas referências próprias da autora. As idades dessa infância se misturam: o início coincide com a primeira infância, e o fim está atado ao começo da adolescência, que entra no livro como um anexo (com o título “Gralhas no céu da tarde”). Toda essa composição foi se fazendo aos poucos, fragmento por fragmento, selecionados de um conjunto maior que a autora foi polindo.

“Esse é meu primeiro livro de ficção, também a primeira vez que experimento o humor. Já visitei a infância em outros textos, sob outras perspectivas, de mãe, cronista, poeta. Essa experiência de linguagem, na ficção, encarnando uma criança em seus primeiros assombros, é nova para mim. Sei que há várias personagens de nome Joana na nossa prosa brasileira, mas isso não foi exatamente intencional”, explica Mariana Ianelli.

Joana é uma personagem composta de várias meninas, uma experiência de linguagem para Ianelli, que busca sentir o que uma criança sente, ver pelo olhos dela e participar de seu mundo interior, aparentemente incomunicável. Elementos e sentimentos reais da infância da autora se misturam a outras histórias e se transformam em uma nova narrativa.

“Essa Joana vai se desenhando sob diferentes ângulos a depender de como responde ao que se lhe apresenta ou lhe acontece”, explica a autora. Cada fragmento do livro traz um momento ou uma idade dessa infância em que o rosto mais secreto dessa menina aflora. A personagem vai se moldando das reações ou aclimatações a cada situação em que está enredada.

 

“Joana dava corda ao carrossel, de olho nas bonequinhas que giravam ao som mais triste que alguma vez ela já ouviu.

Para quem visse de fora, era uma menina apegada a uma caixinha de música. Para Joana, era uma necessidade secreta

que crescia, até o dia em que ela rebentou a caixa acrílica por cima e arrancou as bonequinhas dali uma a uma, numa

operação de salvamento. Joana as libertava daquela música triste. Não sabia, nunca soube, enquanto durou sua

infância, que o que ela ouvia era O lago dos cisnes.”

 

Com ilustração da experiente fotógrafa Juliana Monteiro, as imagens selecionadas para a obra transmitem o incomunicável do interior da criança. “As imagens, que foram criadas a partir de transferências de fotografias e de carimbos de objetos, apresentam diversas Joanas”, explica Juliana. “Trabalhei com fotografias de diferentes crianças para sublinhar visualmente as transformações pelas quais essa personagem passa durante seu percurso de descobertas e para evocar o caráter universal da experiência narrada.”

A infância de Joana é uma obra provocativa que convida o leitor a percorrer os caminhos por ora leves e por ora assombrosos da infância. O livro chega às livrarias e às plataformas digitais de vendas no mês de agosto e fará parte do Programa de Formação Leitora Maralto, uma iniciativa direcionada a escolas de todo o país.

 

Sobre escritora: Mariana Ianelli nasceu em 1979, em São Paulo, onde vive. É autora de dezesseis livros de poemas, como Trajetória de antes (1999), Duas chagas (2001), Passagens (2003), Fazer silêncio (2005), Almádena (2007), Treva alvorada (2010), O amor e depois (2012) e Tempo de voltar (2016) – reunidos na antologia Manuscrito do fogo (2019), que marca vinte anos de poesia –, além de Terra natal (2021), Moradas (2021), Vida dupla (2022), Dança no alto da chama (2023) e América: um poema de amor (2021), semifinalista do Prêmio Oceanos de 2022. Tem cinco livros de crônicas: Breves anotações sobre um tigre (2013), Entre imagens para guardar (2017), Dia de amar a casa (2020) – Prêmio Minuano de Literatura 2021, categoria Crônica –, Prazer de miragem (2022) e Turno de madrugada: antologia (2023). Também é autora de três infantis: Bichos da noite (2018), Dia no ateliê (2019) e A menina e as estrelas (2022).

 

Sobre a ilustradora: Juliana Monteiro nasceu em 1981, no Rio de Janeiro, e vive em São Paulo, onde cursou Linguística e, desde então, tece relações entre diferentes linguagens. O caráter universal do que é íntimo, a impermanência e a dinâmica entre palavra e imagem são eixos presentes em sua observação artística, que se vale da fotografia como principal instrumento do dizer. Participou de exposições coletivas em galerias e museus, além de residências artísticas nacionais e internacionais. É coautora, juntamente com o escritor João Anzanello Carrascoza, do Catálogo de perdas (2017), obra finalista do Prêmio Jabuti e vencedora do FNLIJ, e de Fronteiras visíveis (2023).

A infância de Joana
Autora: Mariana Ianelli
Editora: Maralto Edições
Pág: 80
Vendas: Amazon
Preço: 59,90

Lançamento:
14/09/2024, sábado, a partir das 15h
Onde: Livraria Martins Fontes
Av: Paulista, 509 - São Paulo, SP


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 06 de setembro de 2024

DIA DO SEXO: 6 DE SETEMBRO (POSTAGEM DA INTERNAUTA CAROLINE ARNOLD)

 

Dia do Sexo (06/09): 6 livros eróticos para apimentar a imaginação

 

O Dia do Sexo foi escolhido no dia 6/9, por uma alusão um pouco óbvia, que indica uma posição realizada na “hora H”. Entretanto, o importante nesta data é entender que falar sobre a sexualidade aproxima as pessoas e pode gerar bem-estar em uma relação.

Para comemorar, casais, solteiros e aqueles que estão ainda na fase da identificação do relacionamento podem aproveitar a literatura como inspiração e conexão por meio de histórias quentes.

Então, aproveite este dia para escolher sua próxima leitura entre essas seis obras hot, além de discutir as passagens dessas narrativas em um lugar mais apropriado, se é que entende...

Confira as dicas:

Cheiro de suor e vinho

Com muitos toques de sensualidade e cenas picantes, o autor Miguel Vaz narra a história de Elisa Rizzo, uma jovem recatada, e de Lorenzo, um rockstar recém-lançado à fama. Além de fugir de um ex-mafioso alucinado, a protagonista terá seus dias mais quentes ao lado do astro. Agora, resta saber se Elisa suportará a pressão dos holofotes.

(Autor: Miguel Vaz | Editora: Lucens Editorial | Onde encontrar: Amazon)

  

Herdeiro do império

Neste romance proibido, escrito pela autora best-seller da Amazon Jussara Leal, as leitoras vão conhecer Bruno Negrão e Maia Galina: herdeiros de famílias rivais da máfia dos jogos de apostas ilegais. Com intensidade comparável à de Romeu e Julieta, a obra apresenta cenas sensuais de tirar o folego. Além de uma paixão avassaladora, a trama revela segredos e traições.

(Autora: Jussara Leal | Editora: Qualis | Onde encontrar: Amazon)

 

Doce como você

Quando Shay é deixada pelo noivo no dia do casamento, enxerga no testamento da avó uma forma de recomeçar. No entanto, para herdar a fazenda da matriarca, ela precisa se casar no período de um ano. Surge então um acordo com Noah, um antigo colega da época de escola, que pode se transformar em amor verdadeiro. Com momentos quentes e debates sensíveis, Kate Canterbary oferece uma imersão nas complexidades do romance.
(Autora: Kate Canterbary | Editora: VR | Onde encontrarAmazon

 

1878 – A história de Clarice

Clarice é uma jovem burguesa obrigada a firmar um casamento por conveniência. O escolhido é o libertino Nuno, homem nobre, mas falido, que é convencido a aceitá-la como esposa em troca de um dote para pagar as dívidas do próprio pai. Os dois não poderiam imaginar que se apaixonariam de verdade, entre encontros e desencontros repletos de uma atração arrebatadora.

(Autora: Mila Mello | Onde encontrarAmazon)

 

Acordo entre melhores amigos (Rancho Collins – Livro 1)
O bilionário Jackson Collins, governador do Texas, vê a carreira ameaçada após um escândalo sexual. Para recuperar sua imagem, ele propõe um casamento falso com Tatiana Wiliams, amiga de infância que cresceu no rancho da família. Em meio a esse jogo de aparências, eles se deparam com uma gravidez inesperada e precisam decidir se tudo não passa de estratégia ou algo mais verdadeiro.

(Autora: Jéssica Macedo | Editora: Grupo Editorial Portal | Onde encontrarAmazon)

  

A irresistível face da mentira

Quando quatro das mais renomadas autoras brasileiras de ficção hot se unem para criar um livro, a história só pode ser envolvente e surpreendente. Tatiana Amaral, Juliana Dantas, Evy Maciel e Nana Simons entregam um enredo que combina suspense, mistério, relacionamentos conturbados, ambição e muita sensualidade. A narrativa gira em torno do sumiço de um ambicioso e sedutor empresário, que desaparece sem deixar rastros.
(Autora: Tatiana Amaral | Editora: DVS Editora | Onde encontrar: Amazon)

 


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 05 de setembro de 2024

LIFETIME: PROGRAMAÇÃO ESPECIAL LEVA AO AR PRODUÇÕES ADAPTADAS DE LIVROS (POSTAGEM DO INTERNAUTA MARCO DABUS)

Lifetime

Programação especial do Lifetime leva ao ar produções adaptadas de livros

Sagas das escritoras V.C. Andrews, Robin Wasserman e Ann Rule compõem a semana especial Dos Livros às Telas

 


Minissérie O Jardim dos Esquecidos: A Origem, destaque de domingo

 

ESPECIAL: Dos Livros às Telas -  10 a 15/9, terça a domingo, a partir das 18h

Nesta semana, o Lifetime exibe a programação especial Dos Livros às Telas de 10 a 15/9, com as melhores sagas adaptadas de livros de escritoras renomadas para as telas do canal: as coleções Pecados Capitais de Robin Wasserman e Ann Rule's Crime Files de Ann Rule.  De V.C. Andrews serão exibidas Saga Casteel eSaga Landry, além da minissérie Dollanganger: A Origem e a Saga Dollangangercomposta por quatro longas.

Durante a semana o Lifetime Movies exibe uma saga por dia, a partir da 18h, confira:

10/9, terça-feira Pecados Capitais (Robin Wasserman)

Nesta terça, vão ao ar os quatro filmes da coleção Pecados Capitais, de Robin Wasserman, autora best-seller de mais de dez romances. Cada um deles conta uma história diferente, relacionada a um dos pecados capitais.

18h - Pecados Capitais: Inveja
Gabrielle (Rose Rollins, Pixels) vive a vida que sempre sonhou: um marido dedicado, uma linda filha e uma carreira de sucesso em relações-públicas. No entanto, ela descobre a existência de Keisha (Serayah, Empire: Fama e Poder), sua meia-irmã por parte de pai. A alegria da descoberta logo se transforma em terror, quando ela percebe que a sua nova irmã está disposta a fazer qualquer coisa para acabar com sua vida.

Pecados Capitais: Inveja (Envy: A Seven Deadly Sins Story, 2021, EUA)
Gênero: drama
Direção: Damon Lee
Elenco: Rose Rollins, Serayah, Kandi Burruss

19h40 - Pecados Capitais: Ganância
A trama acompanha a vida de Zuri Maxwell (Monique Coleman, High School Musical), uma mulher que parece ter a vida perfeita, mas sua ganância ameaça destruir tudo quando ela conhece o benfeitor e empresário Godfrey Anderson (Eric Benét¸ Entre Tapas e Beijos) e sua tia rica, Miss Viv (LisaRaye McCoy, Elas e Eu). Eles têm tudo o que Zuri deseja. O que pode dar errado?

Pecados Capitais: Ganância (Greed: A Seven Deadly Sins Story, 2022, EUA)
Gênero: drama
Direção: Troy Scott
Elenco: Monique Coleman, Eric Benét, LisaRaye McCoy

21h15 - Pecados Capitais: Luxúria
Tiffanie (Keri Hilson, Riddick 3) está prestes a se casar com sua alma gêmea, Damon (Tobias Truvillion, Hitch, Conselheiro Amoroso), e sente que está vivendo um verdadeiro conto de fadas. Mas, quando Trey (Durrell ‘Tank’ Babbs, Velozes e Furiosos), amigo e padrinho de Damon, e que acabou de sair da prisão, aparece, seu sonho se transforma em um pesadelo. Será que ela poderá recuperar a vida que tanto sonhou?

Pecados Capitais: Luxúria (Lust: A Seven Deadly Sins Story, 2021, EUA)
Gênero: drama
Direção: Star Victoria
Elenco: Keri Hilson, Tobias Truvillion, Durrell ‘Tank’ Babbs

22h50 - Pecados Capitais: Ira
Na trama, Melanie (Donna Benedicto, Supergirl) é uma advogada solteira até que conhece Xavier (Antonio Cupo, American Mary), um homem que parece ser tudo o que ela procura. Mas quando o ciúme e a raiva de Xavier o levam a ações suspeitas e ameaças perigosas, Melanie terá que lutar para se salvar.

Pecados Capitais: Ira (Wrath: A Seven Deadly Sins Story, 2022, EUA)
Gênero: drama
Direção: Troy Scott
Elenco: Donna Benedicto, Antonio Cupo, Romeo Miller

Classificação Indicativa:14 anos

11/9, quarta-feira Ann Rule's Crime Files (Ann Rule)

Com 33 títulos publicados e mais de mil reportagens, Ann Rule foi uma escritora estadunidense que ficou conhecida por obras inspiradas em crimes reais, como o bestseller The Stranger Beside Me, que conta a história do famoso serial killer Ted Bundy — conhecido por assassinar várias jovens na década de 1970.

18h - Um Assassinato para Recordar

A trama remonta ao misterioso caso de Javier e Robin Rivera, no longa interpretados por Kevin Rodriguez (Swipe Right) e Madie Nichols (The Outsider). O casal decide realizar uma viagem para acampar, em comemoração do primeiro ano de casados. Misteriosamente, Robin encontra seu marido morto e se vê sem esperanças em meio a uma densa floresta. Sua única saída foi aceitar a ajuda de Sam (TC Matherne, Godzilla II Rei dos Monstros), um enigmático campista que se dispõe a salvá-la.

Um Assassinato para Recordar (Ann Rule's A Murder to Remember, 2020, EUA)
Gênero: drama, thriller
Direção: Robin Givens
Elenco: Maddie Nichols,   T.C. Matherne, Kevin Rodriguez

19h40 - O Círculo da Traição

Na trama, um assassinato, logo após o Natal, abala uma pequena comunidade. Agora, a polícia, os amigos e os vizinhos querem descobrir o assassino, deixando a cidade em polvorosa ao mesmo tempo em que são revelados segredos do falecido.

O Círculo da Traição (Ann Rule’s Circle of Deception, 2021, EUA)
Gênero: drama, crime
Direção: Ashley Williams
Elenco: Diane Neal, Tahmoh Penikett, Tamara Tunie

21h15 – Debora Green: A Mulher Que Queimou os Filhos

Esta impactante história relata os acontecimentos da vida de Débora Green (Stephanie March, Lei e Orderm: SVU), uma mulher que foi sentenciada a duas condenações simultâneas de 40 anos de prisão pelo incêndio que queimou sua casa e acabou com as vidas de seus filhos em 1995. Ela é de fato uma assassina sem coração?

Debora Green: A Mulher Que Queimou os Filhos (Ann Rule's A House On Fire, 2021, CAN)
Gênero: drama
Direção: Shamim Sarif
Elenco: Stephanie March, Shaun Benson, Connor Peterson

22h50 – Dormindo Com o Perigo

Na trama, a comissária de bordo Grace Tanner (Elisabeth Röhm, O Escândalo) conhece Paul Carter (Antonio Cupo, UnREAL) e o considera um “príncipe”. Não demorou para se envolver em um apaixonado caso de amor. Mas, o homem dos seus sonhos rapidamente se tornou um pesadelo quando sua raiva ciumenta o levou a um ataque brutal. Incrivelmente, Grace conseguiu escapar e agora tem de se livrar de Paul.

Dormindo Com o Perigo (Sleeping With Danger, 2020, CAN)
Gênero: thriller
Direção: David Weaver
Elenco: Elisabeth Röhm, Antonio Cupo, Adam Beauchesne

CI:14 

12/9, quinta-feira Saga Casteel (V.C. Andrews)

A faixa Lifetime Movies homenageia a escritora norte-americana Virginia Cleo Andrews (1923-1986) com a exibição de seus longas mais populares. Os romances de Andrews combinam horror gótico e saga familiar, girando em torno de segredos de família e amor proibido.

18h – Os Sonhos de Heaven
Na trama de Os Sonhos de Heaven, primeiro filme da saga dos Casteel, a jovem Heaven Leigh Casteel (Annalise Basso, Capitão Fantástico) é a mais velha de cinco irmãos que vivem em extrema pobreza, em West Virginia (EUA). Após o abandono de sua madrasta, seu pai Luke (Chris William Martin, The Vampire Diaries) vende Heaven e seus quatro irmãos para famílias diferentes. Agora, a garota terá de enfrentar a vida, da sua maneira, em um mundo cruel e desconhecido.

Os Sonhos de Heaven (V.C. Andrew’s Heaven, 2019, CAN)
Gênero: drama, thriller
Direção: 
Paul Shapiro
Elenco: 
Annalise Basso, Chris McNally, Julie Benz

19h40 – Anjo Negro
Em Anjo Negro, aos 17 anos, Heaven (Annalise Basso) começa uma vida nova na luxuosa mansão de seus avós Jillian (Kelly Rutherford, Dinastia) e Tony (Jason Priestley, Barrados no Baile), na cidade de Boston. Mas premonições estranhas e segredos perturbam a jovem. Enquanto procura por amor, Heaven se verá envolvida em uma cruel rede de enganos.

Anjo Negro (V.C. Andrew’s Dark Angel, 2019, EUA)
Gênero: drama
Direção: 
Paul Shapiro
Elenco: 
Annalise Basso, Jason Priestley, Kelly Rutherford

21h15 – Corações Destroçados
Baseado no terceiro livro da série da Saga dos Casteel, Corações Destroçados foi dirigido por Jason Priestley, que também interpreta o avô de Heaven, Tony. Heaven (Annalise Basso), agora casada e feliz, retorna à sua cidade natal. Mas durante uma visita, seu avô Tony a convence a viver com ele em sua mansão. Tudo parece perfeito até que os fantasmas do passado voltam para ameaçar a sua nova vida.

Corações Destroçados (V.C. Andrew’s Fallen Hearts, 2019, EUA)
Gênero: drama
Direção: 
Jason Priestley
Elenco: 
Annalise Basso, Jason Priestley, Kelly Rutherford

22h50 – Portões do Paraíso
Em Portões do Paraíso, Annie (Lizzie Boys, Quando Chama o Coração: A Série), a filha de Heaven, fica órfã. A jovem é obrigada por seu bisavô Tony (Jason Priestley) a viver em sua mansão. Mas, longe do amor de seu primo e meio-irmão Luke (Keenan Tracey, Os 100), fica desamparada e à mercê do sinistro feitiço dos Casteel. O que Annie descobrirá sobre o passado no chalé escondido nos bosques de Farthinggale?

Portões do Paraíso (V.C. Andrew’s Gates of Paradise, 2019, EUA)
Gênero: drama
Direção: 
Gail Harvey
Elenco: 
Jason Priestley, Lizzie Boys, Johannah Newmarch, Keenan Tracey

0h30 – Teia dos Sonhos
O drama revela todos os mistérios da família Casteel. A mãe de Heaven, Leigh (Jennifer Laporte, iZombie), se viu obrigada a fugir da Mansão Farthinggale e de seus segredos. Luke Casteel Sr. (Tim Donadt, Escola de Magia) a encontra na estação de trem e a acolhe. Ela relata o que aconteceu em sua vida, mas a paixão por Leigh é mais forte e ele a pede em casamento. Em sua nova casa, Leigh enfrenta as suspeitas de todos da vila, mas nada a deteria em sua busca pela felicidade.

Teia dos Sonhos (V.C. Andrew’s Web of Dreams, 2019, EUA)
Gênero: drama
Direção: 
Mike Rohl
Elenco: 
Jennifer Laporte, Max Lloyd-Jones, Cindy Busby

CI: 14  

13/9, sexta-feira Saga Landry (V.C. Andrews)

Saga Landry, de V. C. Andrews, conta a história de Ruby Landry enquanto ela explora as profundezas de sua curiosa árvore genealógica, incluindo seu rico e misterioso pai distante.

18h – Ruby

Ruby Landry (Raechelle Banno, 100% Wolf: Legend of the Moonstone) está cheia de esperança enquanto o amor floresce com seu namorado do colégio, Paul Tate (Sam Duke, Mentes Paralelas). Mas, pensamentos persistentes sobre seu misterioso pai e a morte de sua mãe muitas vezes se insinuam na mente de Ruby.

Ruby (Ruby, 2021, EUA)
Gênero: drama
Direção: Gail Harvey
Elenco: Gil Bellows, Mason Temple, Raechelle Banno

19h40 – Pérola na Névoa
Ruby (Raechelle Banno) busca encontrar a felicidade. Quando é enviada a um internato exclusivo para meninas junto à sua irmã gêmea Giselle (Karina Banno, Reckoning: Ajuste de Contas), deverá suportar a crueldade da diretora e as humilhações de sua irmã e de sua madrasta. Ela poderá continuar sonhando com um futuro melhor quando a tragédia a deixar só?

Pérola na Névoa (Pearl in the Mist, 2021, EUA)
Gênero:
 drama

Direção: David Bercovici-Artieda
Elenco: Gil Bellows, Marilu Henner, Richard Harmon

21h15 – Brilho Oculto

Ruby (Raechelle Banno) deixa a mansão de Dumas e retorna para sua amada casa de infância, onde pretende criar uma nova vida para sua filha, Pearl (Mila Jones, The Good Doctor). Paul (Sam Duke, Fargo), seu amor de toda a vida, prometeu ajudar e estar sempre ao seu lado. No entanto, Ruby não pode escapar dos olhos julgadores da mãe de Paul, Gladys (Kristian Alfonso, Days Of Our Lives), que conhece o segredo obscuro do casal; e Giselle (Karina Banno, Reckoning: Ajustes de Contas) continua a assombrá-la com a história de Beau (Ty Wood, O Regresso), o verdadeiro pai de Pearl e seu verdadeiro amor. Ruby anseia por começar uma nova vida, e a teia de enganos continua quando Giselle entra em coma, e ela aproveita a oportunidade para traçar um plano para ficar com Beau.

Brilho Oculto (All That Glitters, 2021, EUA)
Gênero: romance, thriller
Direção: Michael Robison
Elenco: Kristian Alfonso, Raechelle Banno, Crystal Fox

22h50 – A Joia Secreta
Ruby (Raechelle Banno) busca uma nova vida para seus filhos, tentando protegê-los dos obscuros segredos familiares. Mas, quando um deles sofre um acidente e o outro fica doente, Ruby decide voltar ao pântano para mergulhar nos mistérios de sua família e tentar salvá-los.

A Joia Secreta (Hidden Jewel, 2021, EUA)
Gênero: drama
Direção: Michael Robison
Elenco: Kristian Alfonso, Evan Roderick, Raechelle Banno

CI: 14

16/9, sábado – Minissérie: O Jardim dos Esquecidos (V.C. Andrews)

Neste sábado, o Lifetime exibe uma maratona especial com os quatro episódios da minissérie O Jardim Dos Esquecidos: A Origem (Flowers in the Attic The Origin). Criada pela escritora V. C. Andrews em uma sequência de romances de grande sucesso, a saga da família Dollanganger inspirou outras quatro produções cinematográficas, que serão exibidas neste domingo, também em maratona especial.

A minissérie original Lifetime explica a origem do drama que começou com Olivia e Malcolm Foxworth e os segredos obscuros que moldaram a família.

17h20 - O Jardim dos Esquecidos: O Casamento
Olivia Winfield (Jemima Roope, Dália Negra), uma mulher inteligente e avançada para seu tempo, abandona sua carreira profissional e seu lar para casar-se com Malcolm Foxworth (Max Irons, A Garota da Capa Vermelha), o homem mais rico do país. Mas ao chegar em sua nova casa, ela percebe que tudo está longe de ser o conto de fadas que imaginou. Poderá voltar atrás?

19h - O Jardim dos Esquecidos: A Mãe
À medida que a família de Olivia cresce, ela se empenha em proporcionar aos filhos uma infância cheia de alegria e segurança. Mas seus esforços podem não bastar por causa dos problemas de Foxworth Hall e da obsessão de seu marido com um segredo de família que coloca seu relacionamento em risco.

20h35 - O Jardim dos Esquecidos: O Assassino
Após uma perda devastadora, Olivia (Jemima Roope, Dália Negra), descobre que seus filhos estão mantendo um relacionamento proibido. Ela se opõe fortemente à união deles, mas à medida que se empenha em separá-los, mais perto chega de seu limite. Além do mais, o destino de um velho inimigo é revelado. Ela estaria envolvida?

22h10
O Jardim dos Esquecidos: O Mártir
Logo após perder todos os seus filhos, seja por tragédia ou estresse, a nova crença religiosa de Olivia e o desejo de vingança a transformam na versão mais aterrorizante de si mesma: uma mulher desumana, capaz de trancar os netos no sótão quando sua filha retorna após outra grande tragédia familiar.

 CI: 14

17/9, domingo – Saga Dollanganger, O Jardim dos Esquecidos (V. C. Andrews)

A faixa Lifetime Movies exibe neste domingo uma maratona especial com a os quatro longas-metragens baseados nos livros best-sellers da escritora V.C. Andrews. A série de romances conta a saga dos irmãos Dollanganger – composta por quatro títulos.

18h - O Jardim dos Esquecidos
Esta produção original retrata a história dos quatro irmãos Dollanganger. Após a morte inesperada do pai, Chris (Mason Dye), Cathy (Kiernan Shipka) e os pequenos gêmeos Carrie (Ava Telek) e Cory (Maxwell Kovach) são levados pela mãe Corrine (Heather Graham, de Austin PowersSe Beber Não Case e Boogie Nights) para morar na casa dos avós, que são muito ricos. As crianças são surpreendidas pela notícia de que terão de viver trancados no sótão da casa, porque os avós acreditam que eles são filhos do demônio, uma vez que os pais eram parentes de sangue e jamais poderiam terem se casado e tido filhos.

Com o tempo, as visitas de Corrine tornam-se cada vez mais esporádicas, pois agora ela tem um novo marido, Bart Winslow (Dylan Bruce, Orphan Black). Os meninos terão de enfrentar não somente a reclusão como a falta de amor da mãe e os maus-tratos constantes da implacável avó Olívia Foxworth (Ellen Burstyn, vencedora do Oscar por Alice Não Mora Mais Aqui). Assim, os irmãos se afastam cada vez mais de uma infância perfeita. À medida que os anos passam, os mais velhos chegam à idade em que se desenvolvem emocional e fisicamente, e encontram-se presos no passado sórdido da família, buscando consolo e refúgio um no outro.

O Jardim dos Esquecidos (Flowers in the Attic, EUA, 2014)
Gênero: Suspense
Direção: Deborah Chow
Elenco: Heather Graham, Ellen Burstyn, Kiernan Shipka

19h35 – Pétalas ao Vento
A trama começa dez anos após os irmãos Dollanganger, agora jovens adultos, terem sido presos no sótão pela avó, Olivia Foxworth (Ellen Burstyn), depois que a mãe, Corrine Winslow (Heather Graham), os deixou na casa dela.

Os irmãos querem deixar o passado sórdido para trás, mas logo descobrem segredos que não podem ser ignorados. Assim que Cathy (Rose McIver) percebe que está em um relacionamento abusivo com Julian (Tom Kemp), ela e o irmão Christopher (Wyatt Nash) são forçados a enfrentar os sentimentos proibidos, desenvolvidos durante o período de reclusão.

Com os terrores do passado e a tragédia ameaçando os irmãos novamente, Cathy decide enfrentar a avó e vingar-se da mãe para, finalmente, poder começar a viver.

Pétalas ao Vento (Petals in the Wind, 2014, EUA)
Gênero: Drama
Direção: Karen Moncrieff
Elenco: Heather Graham, Ellen Burstyn, Dylan Bruce, Rose McIver, Wyatt Nash, Bailey Buntain

21h10 – Os Espinhos do Mal
O casal composto pelo cirurgião Christopher (Jason Lewis) e pela professora de balé Cathy (Rachael Carpani) vivem felizes com seus dois filhos, que não têm a menor ideia da verdade sobre seus pais.

Mas quando a mãe do casal, Corrine (Heather Graham), se muda para a casa ao lado, um dos filhos começa a mudar seu comportamento. Os obscuros segredos da família são revelados e o passado volta a assombrar Cathy e Christopher.

Os Espinhos do Mal (If There Be Thorns, 2015, EUA)
Gênero: drama
Direção: Nancy Savoca.
Elenco: Heather Graham, Rachael Carpani, Jason Lewis

23h – Filhos do Passado 
No último filme da programação especial, a trágica história dos Dollanganger chega ao fim. Depois de realizar tratamento psiquiátrico em sua adolescência, como resultado de seu encontro com a avó Corrine, Bart Sheffield (James Maslow) torna-se o herdeiro da propriedade da família.

O longa ainda explora o relacionamento complicado entre os irmãos Bart e Jory (Anthony Konechny), os obscuros segredos e uma maldição que parece perseguir a família eternamente.

Filhos do Passado (Seeds of Yesterday, 2015, EUA)
Gênero: drama
Direção: Shawn Ku
Elenco: Rachael Carpani, James Maslow, Jason Lewis

CI: 14

Sobre Lifetime

Lifetime é a marca de entretenimento para a mulher. As histórias contadas são escritas, produzidas e protagonizadas por mulheres. Aqui a mulher é quem ela quiser e se distrai com séries e filmes que se conectam com suas emoções. Os Lifetime Movies contam histórias em que a mulher é representada, com o simples objetivo de divertir e distrair, com tramas repletas de dramas, mistério, histórias reais e muito suspense.

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Literatura - Contos e Crônicas quinta, 05 de setembro de 2024

FERNANDA NIA: NOVA ROMANTASIA RETRATA UM MUNDO FANTÁSTICO SOB AS LUZES DO RIO DE JANEIRO (POSTAGEM DA INTERNAUTA GABRIELA CUERBA)

Nova romantasia retrata um mundo fantástico sob as luzes do Rio de Janeiro

 

Ao mesclar romance com fantasia, a autora carioca Fernanda Nia narra uma perseguição a um algoritmo vivo em "A magia que nos pertence", lançamento young adult da Plataforma21.

Em um Rio de Janeiro onde a magia faz parte do cotidiano, e histórias estranhas são apenas normais, o quarteto de amigos Amanda, Madu, Diego e Alícia se une para localizar um valioso algoritmo de redes sociais que ganhou vida e está à solta. Entre festas animadas, criaturas esquisitas e passados obscuros, os jovens descobrirão, ao longo desta jornada em busca do tecbicho, que não há mágica melhor do que poder contar um com o outro. É assim que inicia a nova “romantasia” young adult A magia que nos pertence, escrita pela autora e ilustradora carioca Fernanda Nia e publicada pela Plataforma21

Encontrar um feitiço para chamar de seu é pura sorte ou talento: nem todo mundo tem a habilidade da magia. Amanda nunca foi muito boa com feitiçaria, mas desenrola tudo com jogo de cintura, argumentos afiados e seu famoso “jeitinho brasileiro”. Ela atua no Geniapp, aplicativo que oferece serviços para ajudar clientes desesperados a solucionarem percalços mágicos. Quando descobre que Diego, seu antigo parceiro de trabalho no Geniapp, está atrás do algoritmo fugitivo, não perde a oportunidade de se juntar à perseguição – mesmo que isso signifique lidar com sentimentos antigos e mal resolvidos entre os dois. 

Madu é o completo oposto da prima Amanda: ela nunca contou a ninguém que pode espiar os segredos das pessoas com quem divide uma refeição. Dessa vez, porém, a personagem não consegue decifrar os pensamentos de Alícia, irmã de Diego, embora saiba que ela está escondendo algo sobre uma tarefa que pediu a Amanda: ficar de olho no irmão durante a caçada dele pelo algoritmo. Determinada a proteger a prima, Madu embarca na missão de desmascarar as verdadeiras intenções de Alícia – ela só não esperava se afeiçoar tanto assim pela garota misteriosa. 

No fundo, uma pessoa habilidosa com magia é aquela que sabe explorar bem a sua conexão com o mundo, consigo mesma e com as outras pessoas em volta.  
(A magia que nos pertence, p. 63) 

Neste universo fantástico e hiperconectado, com os cartões postais do Rio de Janeiro servindo de cenário, Fernanda Nia mistura ameaças tecnológicas a dilemas da juventude, como amizade, família, traumas psicológicos, luto e a complexidade das relações humanas. A escritora também conversa com o público jovem ao narrar os medos, anseios e descobertas dos quatro adolescentes, a partir de uma narrativa divertida, diálogos bem-humorados e protagonistas LGBTQIAPN+. Ela mostra, principalmente, que a magia mais poderosa é aquela criada onde menos se espera: dentro de cada um. 

Ficha técnica 
Título: A magia que nos pertence 
Editora: Plataforma21 
Autora: Fernanda Nia 
Gênero: Fantasia urbana 
Idade recomendada: +12 anos 
ISBN (livro físico): 978-65-88343-86-9  
ISBN (e-book): 978-65-88343-91-3  
Número de páginas: 424 
Preço: R$69,90 
Onde encontrarE-commerce VR Editora 

Sobre a autora: Fernanda Nia admira a arte da comédia e usa humor como estilo de vida. A autora e ilustradora carioca é graduada em Comunicação Social e Direito, mas sempre foi aficionada por livros e quadrinhos, e sua maior paixão é contar histórias. Escreve principalmente para o público jovem, sendo autora de livros como Mensageira da sorte e Nosso lugar entre cometas, lançados também pela Plataforma21. Além disso, desde 2011 produz quadrinhos e pequenos textos no site Como eu realmente…, que se popularizou pela internet e ganhou uma série de livros com o mesmo nome. A magia que nos pertence é seu terceiro romance publicado. 

Redes sociais da autora: 

Site: fernandania.com 
Instagram: @fernandania 

Sobre a editora: A Plataforma21 é o resultado do carinho da VR Editora pelos jovens leitores. E tudo começou com a publicação do best-seller Maze Runner. São 7 anos oferecendo o que há de melhor em aventura, romance, fantasia e cultura pop na literatura de entretenimento. 

Conheça as redes sociais da editora@plataforma21_ | @vreditorabr 


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 05 de setembro de 2024

WESLEY MERCÊS, O CRIADOR POR TRÁS DE SUCESSOS NA INTERNET (POSTAGEM DO INTERNAUTA FELIPE ALMEIDA)

O criador por trás de sucessos na internet

 

Wesley Mercês é o artista que assina duas páginas de webcomics consideradas verdadeiros fenômenos da internet: "As Crônicas de Wesley" e "Sandubinha do Bem". O ilustrador já conta com 5 livros lançados e, recentemente, bateu recordes de venda com seu novo livro, faturando mais de 500 mil reais.

 

 

São Paulo, setembro de 2024 - Em 2013, um jovem de 16 anos que adorava desenhar e escrever decidiu unir as duas paixões e criar um perfil no Instagram. Wesley Mercês iniciava ali o As Crônicas de Wesley, com tirinhas de webcomics postadas periodicamente que, em menos de um ano, colecionavam um milhão de seguidores. O que havia de mais especial? O jovem baiano, que ainda pensava em qual curso prestar no vestibular, usava um senso de humor cotidiano para falar de situações comuns a muitos de nós. 

Em uma determinada tirinha, um casal de namorados comenta sobre o quanto a pizza fica mais saborosa na manhã seguinte ao dia em que pediram. A dupla decide, então, fazer um teste e esperar uma semana para ver se fica ainda melhor. Eles descobrem que “tem até champignon” depois desse período. Claro que a experiência não dá certo e eles não passam nada bem. Em outra, Wesley homenageia o saudoso Ziraldo, inspiração para muitos brasileiros, que nos deixou em abril de 2024. 

Crônicas e Sandubinha

Foi com esse perfil descontraído que o ilustrador chegou aonde está, com cinco livros publicados e um sexto a caminho, cujo título não poderia ser mais divertido: “O apocalipse das capivaras”. Para quem encontrou certa familiaridade nas traços das Crônicas, não é coincidência: Mercês é o ilustrador à frente do perfil Sandubinha do Bem, que desde 2022  engaja os mais variados perfis de usuários do Instagram com um senso de humor ingênuo e, ao mesmo tempo, divertido.. 

A “Sandubolândia”, como ele próprio define, é uma das suas frentes de trabalho e tem rendido projetos de Branded Content com diversas marcas, como Sony Pictures, Americanas, Ticket, Dr. Peanut e Heinz.. Mas a essência, assegura o artista, se mantém a mesma: entretenimento. "O motivo é diversão pura e simples. O propósito é sempre causar uma risada em quem lê. Em alguns casos, trazemos informação também de tabela. Mas o espaço nasceu para entreter o público", destaca o criador. 

Criador e empreendedor 

Atualmente, Wesley é um dos sócios do Sandubinha, o qual gerencia em paralelo com as Crônicas. Desde muito jovem, ele sempre se aventurou em duas frentes: a criatividade com empreendedorismo. “Os projetos foram acontecendo com naturalidade e tive a sorte de encontrar bons parceiros de trabalho em minha jornada”, afirma. 

Logo após ingressar em Design Gráfico pela UFBA, em Salvador (BA), ele passou a se dedicar ao trabalho como ilustrador e designer gráfico. “Pouco tempo depois de iniciar as Crônicas de Wesley, fui convidado pela HBO Max (hoje, apenas Max) para desenvolver algumas tirinhas e, logo depois, tive a oportunidade de trabalhar com a Warner e com a TNT Sports, criando tirinhas para os dias de jogos da Liga dos Campeões, relembra, pontuando ainda que fez ilustrações inspiradas na Liga da Justiça e na saga Harry Potter com essas marcas que o contrataram para outros trabalhos.. 

Sobre o Sandubinha do Bem:
A página do Instagram foi criada em 2022 e orquestrada pelo artista visual Wesley Mercês. A bio do perfil dá o tom do bom humor que o público encontra: “ao entrar na Sandubolândia, dificilmente você conseguirá sair”. Atualmente com 195 mil seguidores. 

Atualmente, a “Sandubolândia” - universo criado por um time, no mínimo, com muita imaginação - tem uma audiência equilibrada: 55% são homens e 45% são mulheres. A faixa etária oscila entre 18 e 44 anos, com a maioria no intervalo entre 25 e 34 anos. Ou seja, é um público adulto que consome diversão nas horas vagas. No entanto, as tirinhas foram além do Instagram e já ganharam até as salas de aulas dos Ensinos Fundamental e Médio, justo por um viés neutro e democrático do conteúdo proposto. 

Informações para a imprensa:
RPMA Comunicação - Sebastião Rinaldi

sebastiao.rinaldi@rpmacomunicacao.com.br
(11) 98984-5775

 


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 04 de setembro de 2024

*QUERO LER E NÃO SEI POR ONDE COMEÇAR* (POSTAGEM DA INTERNAUTA RENATA REBESC)

"Quero ler e não sei por onde começar"

Por Daisy Gouveia

 

Daisy Gouveia

 

Recebo essa mensagem com frequência nas minhas redes. E posso ser sincera? Adoro receber essas mensagens, pedido ajuda, querendo adquirir o hábito de leitura.

Como começar? LENDO!

Se você quer jogar tênis, jogue, se quiser aprender a cozinhar, cozinhe, se quer escrever, escreva e se quer ler, leia.

Como?

Descubra seus interesses, assuntos que mais atraem você. É muito importante esse auto conhecimento.

Relembre suas leituras, mesmo que sejam na escolaridade, algum livro que marcou você de alguma forma positiva. Reler um texto que já trouxe prazer em algum momento sempre reativa o desejo pela atividade.

Pense por que parou de ler, pois em algum momento, mesmo que tenha sido por obrigação, leituras aconteceram na sua vida.

Parou apenas por falta de tempo, um período onde o trabalho era tão intenso que afastou você dos livros? Perdeu o interesse?

Enfim, tendo refletido sobre sua caminhada literária, mãos à obra, vamos nos preparar para ler todos os dias e receber todos os benefícios que a leitura nos traz.

Escolha um livro com o assunto de seu interesse, mas que seja breve, livro de contos e crônicas são sempre bem vindos nesse começo. Fábulas ou livros curtos também contribuem para o sucesso de uma leitura finalizada. Não queremos nenhuma leitura abandonada nesse momento.

Arranje um lugar confortável, iluminado e silencioso. Descarte qualquer estímulo que tire sua atenção do livro.

Se quiser um bom incentivo, procure um clube de leitura e você terá um livro por mês lido. Leituras compartilhadas exigem empenho e fortalecem o compromisso com a leitura.

 

Deixo aqui algumas indicações de livros breves para sua iniciação:

 

- A mercadoria mais preciosa/ Jean-Claude Grumberg

- Simples Paixão/ Annie Ernaux

- O silêncio da chuva/ Luiz Alfredo Garcia- Roza

 

Mais indicações e dicas, me siga @daisygouveiaoficial

 

SOBRE DAISY GOUVEIA

Daisy Gouveia é apresentadora, escritora, influenciadora digital e criadora do Clube de Leitura da Daisy. Com 66 anos, usa as redes sociais para incentivar as pessoas, principalmente as mulheres, a adotarem o hábito da leitura.

Com 35 anos de experiência na área da moda, escreveu o livro 'Costurando Minha História' onde conta sua trajetória e fala sobre sua reinvenção profissional, estimulando as pessoas que também querem mudar.

 

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Literatura - Contos e Crônicas quarta, 04 de setembro de 2024

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA: EM SETEMBRO, VÍDEO PROJETADO NA TORRE DO RELÓGIO E GRATUIDADE NOS FINS DE SEMANA (POSTAGEM D9O INTRERNAUTA ALAN DE FARIA)

Em setembro, Museu da Língua Portuguesa tem vídeo projetado na torre do relógio e gratuidade aos fins de semana

Instituição ainda realiza visitas temáticas inclusivas, sarau, feira de troca de livro e apresentações artísticas e brincadeiras para toda a família

 

Vídeo projetado na torre do relógio da Estação da Luz, visitas temáticas inclusivas, sarau, feira de troca de livro e apresentações artísticas e brincadeiras para toda a família. Essas são as principais atrações da programação de setembro do Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.  

Outra novidade a partir deste mês é a extensão da gratuidade aos fins de semana até o fim do ano. Com isso, o público poderá visitar o Museu sem pagar nada em dois dias da semana: aos sábados, como ocorre desde sua reabertura em 2021, e aos domingos – neste dia, inclusive, as famílias também têm acesso a uma série de brincadeiras promovidas pelo coletivo Aqui que a gente brinca!.  

No feriado de 7 de Setembro, sábado, a visitação ao Museu vai até as 18h, mas no Pátio B a programação gratuita se estende até as 20h30 com atividades especiais. 

Às 16h, no Pátio B, a cantora Aryani Marciano, acompanhada de uma banda, apresenta o show Risco_. Nesta performance, que integra a programação do projeto Plataforma Conexões, ela interpretará músicas de rap, samba, jongo e jazz e vai declamar poesias e cantos tradicionais de Moçambique e Malawi.  

Em seguida, a partir das 18h, o Pagode na Lata toca sucessos do samba, também no Pátio B, preparando para a atividade especial que vem logo a seguir: das 19h30 às 20h30, o público poderá assistir a uma projeção mapeada na torre do relógio da Estação da Luz. O vídeo O Museu é o Fluxo é o resultado de uma série de encontros promovidos pelo projeto Encontro Dissidentes: o museu e a rua como laboratório artístico da palavra, que selecionou 12 jovens de 16 a 25 anos para participar de um programa de formação em arte digital, com foco na criação de trabalhos em projeção mapeada. Para mais informações, clique aqui

Feira de Troca de Livros e o Papo Literário: narrativas negras em língua portuguesa, o clube de leitura do Museu, acontecem no dia 14 de setembro (sábado).  

Feira de Troca de Livros do Museu ocupa o Pátio B, das 14h às 17h. A cada edição desta atividade, as pessoas são estimuladas a trocar com o Museu até oito livros em bom estado: sendo quatro livros por outros quatro livros da instituição e quatro livros por quatro ingressos (válidos até 29 de dezembro de 2024). Também podem trocar livros entre si. A atividade ainda promove mediação de leitura com o Núcleo Educativo, oficina de marca-páginas e conta com um espaço infantil.  

Papo Literário vai debater o livro Marinheira no Mundo, de Ruth Guimarães. Com mediação da escritora Cidinha da Silva, o encontro, das 14h30 às 16h30, abordará de que forma as crônicas de Ruth Guimarães conseguem fazer uma observação atenta por meio do olhar de mulheres negras, pobres, professoras e caipiras. Em todos os encontros há tradução em Libras e sorteio de livros. 

O Núcleo Educativo promove duas edições do É Hora de História, projeto de contação de histórias e performances artísticas para as crianças. No dia 17 (terça-feira), às 10h, no Saguão B, a brincante Vivian Catenacci apresenta a montagem Indo eu! Histórias e brincadeiras com palavras caminhantes, na qual narra contos tradicionais entremeados por brincadeiras populares e música. Já no dia 24 (terça), a partir das 14h, também no Saguão B, a atriz Kelly Orasi realiza a contação Macunaíma e Outros Contos do Povo Brasileiro, tendo como base a história popularizada por Mário de Andrade e utilizando instrumentos musicais como mbiras e kalimbas. 

No dia 21 (sábado), das 12h às 14h, é a vez do Sarau Africanizar no Museu ocupar o Saguão Central da Estação da Luz. Os convidados do evento serão Thalita Gouveia, que cantará músicas de pop e soul, e Murilo do Passinho, que ensinará alguns passos de dança. Tudo isso sob comando do Samba D’Ketu, que assina a curadoria do sarau do Museu em 2024. 

Por fim, no dia 29 (domingo), a Trupe Trapaceiros apresenta o teatro de bonecos Binidito e seus Fantoches, às 11h, no Saguão B. A atração integra a programação do projeto Domingo no Museu que também promove, gratuitamente, brincadeiras para o público infantil das 12h às 15h com o coletivo Aqui que a gente brinca!

Visitas temáticas 
Ao longo de setembro, o Núcleo Educativo do Museu manterá as visitas temáticas que realiza, aos fins de semana, pela exposição principal (às 10h e às 13h) e o prédio da Estação da Luz (às 11h e às 15h). Algumas, porém, ganharão um caráter especial. 

É o caso, por exemplo, da visita temática inclusiva, que vai acontecer nos dias 28 (sábado) e domingo (29), às 10h. Trata-se de um passeio voltado para pessoas neurodivergentes, com a utilização de recursos e materiais próprios. No dia 28, às 15h, acontece uma visita ao prédio em Libras (Língua Brasileira de Sinais), dedicada à comunidade surda.  

Para todas as visitas temáticas, os grupos são formados 15 minutos antes do início do passeio, perto da bilheteria do Pátio A.  

Exposições  
Quem vier ao Museu ainda tem acesso à sua exposição principal e à mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil.  

A exposição principal aborda a diversidade da língua portuguesa falada no território brasileiro por meio de experiências audiovisuais, imersivas e interativas. Um dos destaques é a Línguas do Mundo, por meio da qual o público tem a oportunidade de ouvir 23 idiomas diferentes em uma espécie de floresta das línguas. Entre eles, o inglês, o quéchua, o coreano, o alemão, o russo e, é claro, o português. 

Já a mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil enaltece a presença do iorubá, fon, quicongo e outras línguas de África presentes no português falado no Brasil. Em duas paredes do espaço expositivo, o visitante pode avistar dezenas de adinkras, que são símbolos utilizados como sistema de escrita pelo povo Ashanti, que habita países como Costa do Marfim, Gana e Togo, na África. Evidenciando a presença desse povo como parte da diáspora africana, é possível encontrar, em diversas regiões do Brasil, gradis de residências e outras construções arquitetônicas adornados com alguns dos mais de 80 símbolos dos adinkras.  

A exposição conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, e da John Deere Brasil; e apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA.  

SERVIÇO  
Encontros Dissidentes - Projeção mapeada e música no território da Luz  
Dia 7 de setembro (sábado), das 19h30 às 20h30  
Na torre do relógio da Estação da Luz  
Grátis  

Plataforma Conexões – Show Risco_, com Aryani Marciano  
Dia 7 de setembro (sábado), às 16h  
Pátio B  
Grátis  

Pagode na Lata  
Dia 7 de setembro (sábado), às 18h  
Pátio B  
Grátis  

Feira de Troca de Livros do Museu  
Dia 14 de setembro (sábado), das 14h às 17h  
No Saguão B e Pátio B  
Grátis  

Papo Literário: narrativas negras em língua portuguesa  
Escritora Cidinha da Silva debate o livro Marinheira no Mundo (Ruth Guimarães)  
Dia 14 de setembro (sábado), das 14h30 às 16h30  
No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa  
Grátis  

É Hora de História – Indo eu! Histórias e brincadeiras com palavras caminhantes 
Dia 17 de setembro (terça-feira), às 10h  
No Saguão B  
Grátis  

Sarau Africanizar no Museu  
Dia 21 de setembro (sábado), das 12h às 14h  
No Saguão Central da Estação da Luz  
Grátis  

É Hora de História – Macunaíma e Outros Contos do Povo Brasileiro  
Dia 24 de setembro (terça-feira), às 14h  
No Saguão B  
Grátis  

Visita temática inclusiva – para pessoas neurodivergentes 
Dias 28 e 29 de setembro (sábado e domingo), às 10h 
Grupos são formados no Pátio A, perto da bilheteria, 15 minutos antes  
Grátis 

Visita temática em Libras – para comunidade surda 
Dia 28 de setembro (sábado), às 15h 
Grupos são formados no Pátio A, perto da bilheteria, 15 minutos antes  
Grátis 

Domingo no Museu  
Todos os domingos, das 12h às 15h (brincadeiras com o coletivo Aqui que a gente brinca!) 
Apresentação do espetáculo Binidito e seus Fantoches, dia 29, às 11h  
No Saguão B, Pátio B e Calçada  
Grátis  

Exposição principal e mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)  
R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados e domingos 
Acesso pelo Portão A  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/90834/  

Museu da Língua Portuguesa  
Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo  

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.  

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

PATROCÍNIOS E PARCERIAS  
A temporada 2024 conta com o patrocínio máster da Petrobras, patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, e do Instituto Cultural Vale; com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra, da CAIXA, e do UBS BB Investment Bank. Conta ainda com as empresas parceiras Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer, Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são parceiros de mídia. A temporada 2024 é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.   

Museu da Língua Portuguesa – Comunicação  
Alan de Faria | alan.faria@idbr.org.br – 11 99894 0702  
Renata Beltrão | renata.beltrao@idbr.org.br - 11 99267 5447  

Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo - Assessoria de Imprensa  
(11) 3339-8062 / (11) 3339-8585  
imprensaculturasp@sp.gov.br  
Acompanhe a Cultura: Site | Facebook | Instagram | Twitter | LinkedIn | YouTube  

 



Visita mediada pelo Núcleo Educativo do Museu da Língua Portuguesa
 Espetáculo
 Espetáculo
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Literatura - Contos e Crônicas terça, 03 de setembro de 2024

CORDEL E REPENTE (POSTAGEM DO LEITOR FUBÂNICO BOAVENTURA BONFIM)

 

 

 

O Espaço “CORDEL E REPENTE” é referência regional na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Consagrou-se como o segundo espaço mais visitado e animado nas 24ª, 25ª e 26ª edições da Bienal por apresentar ao público a rica diversidade literária e cultural genuína do Nordeste, consolidando-se, assim, como o ponto focal da literatura e cultura nordestina na Bienal de São Paulo.

A 27ª Bienal de São Paulo acontecerá do dia 6 ao 15/9/2024, das 10h às 22h, no Pavilhão de Exposição do Distrito Anhembi, situado à Rua Olavo Fontoura, 1209, bairro Santana, São Paulo-SP. Trata-se do maior evento cultural da América Latina e o terceiro maior do segmento no ranking mundial, palco literário e cultural do Brasil – um ponto de encontro dos principais editores, livreiros, artistas e autores brasileiros e estrangeiros. Nesta edição, o país homenageado é a Colômbia.

 


Literatura - Contos e Crônicas sábado, 31 de agosto de 2024

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA: GRATUIDADE ATÉ 31 DE DEZEMRO (POSTRAGEM D INTERNAUTA ALAN DE FARIA)

Museu da Língua Portuguesa será gratuito aos fins de semana até 31 de dezembro

Gratuidade aos domingos, que começou a vigorar em junho, será estendida até o fim do ano. Aos sábados a entrada já era grátis

 

Museu da Língua Portuguesa terá os finais de semana gratuitos até 31 de dezembro de 2024. A entrada já era gratuita aos sábados e, desde junho deste ano, começou a vigorar também aos domingos, o que vem ajudando a movimentar a região no dia em que o comércio no Bom Retiro e na Santa Ifigênia fica fechado. Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo. 

Nos outros dias da semana, o ingresso custa R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia-entrada). Crianças até 7 anos entram de graça todos os dias, assim como professores e funcionários de redes públicas de ensino, de qualquer nível. Para verificar outras gratuidades, basta acessar este link. O Museu fecha apenas às segundas-feiras para manutenção. 

Quem visita o Museu tem acesso à exposição principal e à mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil - com curadoria de Tiganá Santana, esta ficará em cartaz até 31 de janeiro. 

Com experiências audiovisuais, lúdicas e interativas, a exposição principal apresenta a diversidade da língua portuguesa falada no território brasileiro e em outras partes do mundo. Na instalação Nós da Língua, por exemplo, o visitante descobre as características sociais, políticas e culturais de outros países e territórios que falam português, como Angola, Moçambique e Timor Leste. 

Já a experiência Palavras Cruzadas mostra a origem de diversas palavras que compõem o nosso vocabulário. Entre elas, jururu, que tem origem na língua tupinambá, banguela, que vem da língua africana quicongo, e omelete, oriunda da língua francesa. 

A mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil destaca a presença de línguas de África, como iorubá, efe-fon e as do grupo bantu, no português falado no Brasil. Para isso, o curador do projeto, o músico e filósofo Tiganá Santana, se vale de obras de artistas contemporâneos, como Aline Motta e Rebeca Carapiá. Ele ainda selecionou vídeos onde são exibidas várias manifestações afro-brasileiras nas áreas da música e da fotografia. 

A exposição conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, e da John Deere Brasil; e apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA.  

Para além das exposições 
Aos sábados, o Museu ainda promove, uma vez por mês, outras atividades. Entre elas, a Feira de Troca de Livros, o Papo Literário, o Sarau Africanizar no Museu e a Plataforma Conexões. Todas elas são gratuitas. 

Aos domingos, a atividade paralela às exposições é o projeto Domingo no Museu, que conta com uma apresentação artística e jogos e brincadeiras, estes comandados pelo coletivo Aqui que a gente brinca!. Para participar, não precisa se inscrever e nem retirar ingresso antecipadamente. 

Por fim, aos sábados e domingos, ocorrem visitas temáticas pela exposição principal e pelo prédio histórico da Estação da Luz. Também gratuitas, elas são organizadas pelo Núcleo Educativo. 

Como chegar 
A maneira mais fácil de chegar ao Museu é de transporte público, pelo Metrô ou pela CPTM, visto que ele está localizado exatamente no prédio da Estação da Luz, no centro histórico da capital paulista. Quem desembarca na Luz não precisa nem sair da Estação para entrar no Museu - há um acesso direto à bilheteria pela gare, a passarela no térreo que fica acima da linha do trem.    

SERVIÇO 
Exposição principal e mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h) 
R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados  
Grátis aos domingos (até 31 de dezembro) 
Acesso pelo Portão A  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/90834/  

Museu da Língua Portuguesa  
Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo  

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.  

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

PATROCÍNIOS E PARCERIAS  
A temporada 2024 conta com o patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, e do Instituto Cultural Vale; com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra, e da CAIXA. Conta ainda com as empresas parceiras Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer, Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são parceiros de mídia. A EDP é patrocinadora máster da reconstrução do Museu. A reconstrução e a temporada 2024 são uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.  

Museu da Língua Portuguesa – Comunicação  
Alan de Faria | alan.faria@idbr.org.br – 11 99894 0702  
Renata Beltrão | renata.beltrao@idbr.org.br - 11 99267 5447  

Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo - Assessoria de Imprensa  
(11) 3339-8062 / (11) 3339-8585  
imprensaculturasp@sp.gov.br  

 

 

Museu da Língua Portuguesa

Literatura - Contos e Crônicas quarta, 28 de agosto de 2024

MUSEU DEA LÍNGUA PORTUGUESA: PROGRAMAÇÃO MUSICAL PARA O FERIADO DE 7 DE SETEBRO (POSTAGEM DO LEITOR DE ALAN DE FARIA)

 

Museu da Língua Portuguesa projeta vídeo em sua fachada e promove apresentações musicais no feriado de 7 de Setembro

Alan de Faria

 

Com entrada gratuita, programação especial se estenderá para além do horário normal do Museu, terminando às 20h30

 

Uma programação gratuita que se estende até a noite: assim será o dia 7 de setembro, sábado, no Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. Nesta data de feriado nacional, as atividades vão se prolongar até as 20h30, incluindo shows da cantora Aryani Marciano e do Pagode na Lata e projeções audiovisuais na torre da Estação da Luz.  

O principal destaque da programação é a projeção que vai rolar das 19h30 às 20h30. Será o encontro da arquitetura do centenário edifício com a projeção mapeada (ou videomapping), técnica audiovisual que consiste na exibição de imagens em superfícies tridimensionais. Intitulado O Museu é o Fluxo, o vídeo artístico poderá ser visto pelo público diretamente da calçada da Estação da Luz, a via localizada em frente ao Museu – o trabalho será exibido de forma ininterrupta ao longo de uma hora.  

A projeção é resultado do projeto Encontros dissidentes: o museu e a rua como laboratório artístico da palavra, que selecionou 12 jovens de 16 a 25 anos para participar de um programa de formação em arte digital, com foco na criação de trabalhos em projeção mapeada. 

De maio a agosto, os jovens participaram de quatro módulos que abordaram temas como as relações entre o Museu da Língua Portuguesa e o seu entorno, a palavra da rua e a experiência audiovisual. As aulas foram coordenadas pelo Coletivo Coletores, que se destaca pelos trabalhos com projeção mapeada dentro do contexto das periferias globais.  

Em 2023, o coletivo, criado pelos artistas e pesquisadores Toni Baptiste e Flávio Camargo, ganhou o prêmio Artistas de Impacto promovido pela ONU, representando São Paulo na categoria artes visuais. 

“Para o evento de encerramento, o público poderá se conectar com a produção colaborativa dos participantes do projeto, que fará da arquitetura do Museu suporte para uma obra que representará a valorização da coletividade, da memória e da força dos fluxos que ocupam a territorialidade do bairro da Luz”, afirma o Coletivo Coletores. 

“Foi com a frase de João do Rio ‘A rua é transformadora das línguas’ que iniciamos o Encontros Dissidentes. Com esse projeto, descobrimos (ou reafirmamos) como a rua, o território, a arte, a palavra e a construção coletiva são transformadores de um Museu. Neste evento, celebramos a experiência formativa de jovens, talentosos e inspiradores, e todos aqueles que fizeram o projeto acontecer e colocaram em movimento tecnologias e conhecimentos de forma disruptiva e generosa”, diz Camila Aderaldo, coordenadora do Centro de Referência do Museu. 

Esquenta 
Antes do início da exibição das projeções, o Museu da Língua Portuguesa apresentará o show musical Risco_, da cantora Aryani Marciano. A atração integra a programação da Plataforma Conexões, que selecionou, em 2024, trabalhos de novos artistas com o tema Línguas Africanas no Brasil, em diálogo com a atual mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil. Nesta performance, que acontecerá a partir das 16h, no Pátio B do Museu, Aryani inclui no repertório canções de diversos ritmos, como rap, samba, jongo e jazz. Ela ainda vai declamar poesias e cantos tradicionais de Moçambique e Malawi.  

O Pagode na Lata, tradicional grupo de samba da região da Luz, também é um dos convidados da programação especial do Museu no feriado do Dia da Independência do Brasil. A banda, cujas rodas de samba agitam o território, vai tocar a partir das 18h, também no Pátio B. 

Das 16h às 20h30, o público poderá também comprar comidas e bebidas em barracas espalhadas pelo Pátio B. Os comerciantes, entre eles os da Ocupação 9 de Julho, são parceiros do território e da região central da capital paulista. 

Até as 18h, a exposição principal e a mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil estarão abertas para visitação. Enquanto a exposição principal explora a diversidade da língua portuguesa por meio de experiências lúdicas, interativas e audiovisuais, a mostra temporária, com curadoria de Tiganá Santana, enaltece a presença de línguas africanas, como as do grupo bantu, no português falado no território brasileiro.  

A exposição Línguas africanas que fazem o Brasil conta com patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, do Instituto Cultural Vale, e da John Deere Brasil; e apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra e da CAIXA.   

SERVIÇO  
Encontros Dissidentes - Projeção mapeada e música no território da Luz  
Dia 7 de setembro (sábado), das 19h30 às 20h30 
Na torre do relógio da Estação da Luz 
Grátis  

7º Plataforma Conexões – Show Risco_, com Aryani Marciano 
Dia 7 de setembro (sábado), às 16h 
Pátio B 
Grátis  

Pagode na Lata 
Dia 7 de setembro (sábado), às 18h 
Pátio B 
Grátis  

Exposição principal e mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)  
R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados  
Acesso pelo Portão A  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/90834/  

Museu da Língua Portuguesa  
Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo  

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA  
Localizado na Estação da Luz, o Museu da Língua Portuguesa tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.  

O Museu da Língua Portuguesa é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil Cultura, Esporte e Educação é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão.  

PATROCÍNIOS E PARCERIAS  
A temporada 2024 conta com o patrocínio máster da Petrobras, patrocínio da CCR, e do Instituto Cultural Vale; com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra, e da CAIXA. Conta ainda com as empresas parceiras Instituto Votorantim, Epson, Machado Meyer, Verde Asset Management. Revista Piauí, Guia da Semana, Dinamize e JCDecaux são parceiros de mídia. A EDP é patrocinadora máster da reconstrução do Museu. A reconstrução e a temporada 2024 são uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.  

Museu da Língua Portuguesa – Comunicação  
Alan de Faria | alan.faria@idbr.org.br – 11 99894 0702  
Renata Beltrão | renata.beltrao@idbr.org.br - 11 99267 5447  

Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo - Assessoria de Imprensa  
(11) 3339-8062 / (11) 3339-8585  
imprensaculturasp@sp.gov.br  
Acompanhe a Cultura: Site | Facebook | Instagram | Twitter | LinkedIn | YouTube  

 

 

Torre do relógio da Estação da Luz
 Aryani Marciano e banda no show
Participantes do Encontros dissidentes: o museu e a rua como laboratório artístico da palavra

Literatura - Contos e Crônicas segunda, 26 de agosto de 2024

NORONHA2B WIP LAB DIVULGA PROJETOS PREMIADOS (POSTAGEM DO LEITOR ISIDORO GUGGIANA)

NORONHA2B WIP LAB DIVULGA PROJETOS PREMIADOS

Isidoro B. Guggiana

 

 

Evento reuniu profissionais da indústria audiovisual em Fernando de Noronha (PE) para discutir temas ligados ao audiovisual e turismo

 

 

Noronha2B - Film Commission Forum apresentou cinema ao ar livre - crédito: Isidoro B. Guggiana

 

De 19 a 23 de agosto de 2024, o arquipélago pernambucano sediou o Noronha2B - Film Commission Forum (N2B). Para o público geral, o evento ofereceu atividades como a projeção de filmes na Praça São Miguel, shows, mesas e oficinas. Para os profissionais do audiovisual, o N2B trouxe um mercado audiovisual e laboratório de projetos, além de apresentar a região como opção de locação. Ao longo de cinco dias, o Noronha2B reuniu mais de 150 pessoas, entre cineastas, técnicos e equipe.

 

Uma das novidades do N2B foi o lançamento da Rede Nacional de Film Commissions, que reúne diversas instituições de todo o país, entre elas Belo Horizonte-MG, João Pessoa-PB, Pampa-RS, Salvador-BA, Santa Cruz do Sul-RS e São Paulo-SP. O evento teve participação de autoridades como Marcelo Freixo, presidente da Embratur, Márcio Tavares, secretário-executivo do Ministério da Cultura e Jandira Feghali, deputada federal do RJ e outros.

 

A primeira edição do N2B entregou homenagens à compositora e cantora Lia de Itamaracá e à jornalista e diretora Simone Zuccolotto. Lia também apresentou o show de abertura, enquanto o encerramento ficou a cargo do grupo Maracatu Nação Noronha. Além de tutorias com renomados profissionais do audiovisual nacional e internacional, as rodadas de negócios garantiram dezenas de encontros entre realizadores e players de mercado. Também foram realizados painéis de qualificação para os cineastas, como a mesa de debate "A imagem do Brasil: o que vemos e o que pretendemos revelar", com Suely Weller (Globoplay) e André Saddy (Canal Brasil).

 

Para seu laboratório de projetos, o N2B selecionou 12 longas em finalização e 14 projetos em fase de roteirização do Brasil, Argentina e Portugal, escolhidos entre mais de 140 trabalhos inscritos. O N2B WIP LAB foi dividido em três categorias, WIP Festivais (filmes em etapa de finalização para festivais), WIP Primeiro Corte (produções work in progress em sua versão inicial) e LAB Desenvolvimento, em fase de roteirização.

 

Entre os projetos premiados estão El Turbio" (Argentina), de Alejandro Encinas, que recebeu os Prêmios Destaque WIP Festivais: Gávea Filmes e seleção XVI Festival Internacional de Cinema da Fronteira; "Por Tu Bien" (Argentina), de Axel Monsú, que levou o Prêmio WIP Festivais - Punctum Sales, e "O Sino" (BA), de Isaac Donato, ganhou o Prêmio Destaque WIP Primeiro Corte: Esmeralda Produções.

 

O Prêmio Destaque Desenvolvimento Esmeralda Produções foi para "De Volta ao Começo" (PE), com direção e roteiro de Ander Beça; O Prêmio Destaque Desenvolvimento Maria Angela de Jesus foi entregue à "Marejada" (RJ), roteiro de José Bial; enquanto o Prêmio Destaque OCBPM (Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial) foi para "Choródromo" (RJ), de Helena de Castro e "Diabos de Fernando" (PE), direção e roteiro de Caio Dornelas.

 

O Destaque das consultoras de roteiro Camila Agustini e Mariana Tesch foi para "Lia desde Menina" (PE), direção de Lia Letícia; o Prêmio Destaque Sur Frontera WIP LAB foi para "Um Sumário Antes que Desapareça" (RS), direção de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes; Prêmio Destaque Turismo e Sustentabilidade, concedido pelas Film Commissions Brasileiras presentes foi para "React - Ondas de Transformação" (SP e Portugal), direção de Renato do Val e Yugo Romanelli.

 

O Noronha2B - Film Commission Forum (N2B) tem patrocínio do Banco do Nordeste, através da Lei de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet, Ministério da Cultura, Governo Federal. O evento conta com patrocínio da CAIXA, EcoNoronha, Porto Alegre Film Commission, Embratur - Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo e Ancine - Agência Nacional do Cinema.

 

O evento tem apoio da Administração de Fernando de Noronha, Secretaria de Meio Ambiente, Empetur - Empresa de Turismo de Pernambuco, Fundarpe - Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, Secretaria de Cultura, Secretaria de Turismo e Lazer, TV Pernambuco e Governo de Pernambuco. O N2B conta com a parceria do Forte Nossa Senhora dos Remédios, Projeto Tamar e Ministério do Meio Ambiente, através do ICMBio.

 

A primeira edição tem curadoria de Alessandro Engroff, Carla Esmeralda, Paulo Senise e Zeca Brito. A produção fica a cargo da Anti Filmes.

 

Projetos premiados

Prêmio Destaque WIP Festivais - Gávea Filmes (consultoria de distribuição): "El Turbio" (Argentina), de Alejandro Encinas;

 

Prêmio WIP Festivais - O prêmio Punctum Sales consistirá em uma Consultoria de Estratégia de Festivais e Vendas Internacionais: "Por Tu Bien" (Argentina), de Axel Monsú;

 

Prêmio Destaque WIP Primeiro Corte: Esmeralda Produções (assistir o segundo corte): "O Sino" (BA), de Isaac Donato;

 

Prêmio Destaque Desenvolvimento: Esmeralda Produções - consultoria de roteiro de dois tratamentos: "De Volta ao Começo" (PE), direção e roteiro de Ander Beça, produção de Tarsila Tavares;

 

Prêmio Destaque Desenvolvimento Maria Angela de Jesus: consultoria de roteiro de dois tratamentos: "Marejada" (RJ), roteiro de José Bial;

 

Prêmio Destaque OCBPM organização das cidades brasileiras patrimônio mundial - WIP Primeiro Corte e Desenvolvimento (prêmio de apoio de divulgação): "Choródromo" (RJ), de Helena de Castro e "Diabos de Fernando" (PE), direção e roteiro de Caio Dornelas, produção de Carla Francine;

 

Prêmio Destaque WIP Festivais - seleção XVI Festival Internacional de Cinema da Fronteira: "El Turbio" (Argentina), de Alejandro Encinas;

 

Prêmio Destaque Camila Agustini e Mariana Tesch - consultoria de roteiro de dois tratamentos: "Lia desde Menina" (PE), direção de Lia Letícia, roteiro de Lia Letícia e Dilner Gomes, produção de Camila Valença;

 

Prêmio Destaque Sur Frontera WIP LAB (vaga como projeto convidado na próxima edição): "Um Sumário Antes que Desapareça" (RS), direção, roteiro e produção de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes;

 

Prêmio Destaque Turismo e Sustentabilidade, prêmio das Film Commissions Brasileiras presentes: "React - Ondas de Transformação" (SP e Portugal), direção de Renato do Val e Yugo Romanelli, roteiro de João Kopke e Dário Costa, produção de Alexandre Antunes, Rui Lino e Victor Lemos.

 

Noronha2B - Film Commission Forum

Site: noronha2b.com

Instagram: @noronha2b

Facebook: /noronha2b


Literatura - Contos e Crônicas sábado, 24 de agosto de 2024

5ª EDIÇÃO DO FESTIVAL CINEMA NEGRO EM AÇÃO (POSTAGEM DO INTERNAUTA ISIDORO B. GUGGIANA)

 

5ª edição do Festival Cinema Negro em Ação prorroga as inscrições

Isidoro B. Guggiana


O evento, que ocorre entre os dias 17 e 20 de outubro em Porto Alegre, recebe inscrições até 29 de agosto

 

Troféu do Festival Cinema Negro em Ação - crédito: Feijão (Studio Feijão & Lentilha)


Foram prorrogadas as inscrições para o V Festival Cinema Negro em Ação, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine) e da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ). A mostra competitiva é dividida em quatro categorias, videoclipes, videoarte, curtas-metragens e longas-metragens. Serão aceitas produções em formato digital, de temática livre, realizadas por pessoas negras ou com protagonismo negro nos processos de criação ou autoria do projeto. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 29 de agosto, no formulário online disponível no link.


O evento, que acontece entre os dias 17 e 20 de outubro em Porto Alegre, terá formato híbrido, com exibição dos filmes selecionados na programação da TVE-RS, TV Brasil, Prime Box Brazil, plataforma Todes Play e nas salas da Cinemateca Paulo Amorim – localizada na Casa de Cultura Mario Quintana. As obras participantes serão divulgadas no dia 16 de setembro nas redes sociais da competição (@cinemanegroemacao) e do Instituto Estadual de Cinema (@ieciners). A cerimônia de premiação está prevista para o último dia de programação presencial, 20 de outubro, na CCMQ.


Além do reconhecimento aos melhores nos quatro gêneros de produção, serão concedidos os Prêmios Destaque RS em oito categorias: Direção, Roteiro, Intérprete, Montagem, Trilha Sonora, Desenho de Som, Direção de Arte e Direção de Fotografia. Na competição de longas-metragens, pela primeira vez na história do Festival, será implementada a categoria de Júri Popular para a disputa do prêmio.


Para abrir a Mostra Especial deste ano, a curadoria aposta em um resgate histórico de grande peso para o Rio Grande do Sul e para o Brasil como um todo: o filme "Um é pouco, dois é bom", do diretor Odilon Lopez. A escolha é uma homenagem póstuma ao cineasta e jornalista que, na década de 1970, fez um dos primeiros longas-metragens dirigidos por um homem negro no Brasil.


A mostra inclui filmes como "Porto dos Mortos", de Davi Pinheiro, e "O Tempo", de Ellen Rocha. Além do primeiro episódio das séries "Filhos da Liberdade", de Mariani Ferreira e Fabrício Cantanhede, e "Centro Liberdade", de Cleverton Borges, Bruno Carvalho e Lívia Ruas.


De acordo com a diretora do Iecine, Sofia Ferreira, "a possibilidade de vislumbrar um futuro inspirador através do cinema, nesse ano tão desafiador para o Rio Grande do Sul, é o que nos motiva para compor esta edição". A dirigente comemora a realização desta que é a quinta edição do Cinema Negro em Ação e reforça que o objetivo simbólico é "celebrar nossas trajetórias e nossos talentos, frutos de resistência e alta capacidade de reinvenção".


O festival também promove o encontro Mercado & Conteúdos, em que estão previstas ações formativas voltadas para cineastas e entusiastas, abordando temas como desenvolvimento e estudo de caso de roteiro. Com foco em projetos de longas-metragens e séries, o encontro oportuniza trocas com nomes relevantes do cenário nacional, como o renomado roteirista Marton Olympio, para mentoria dos projetos selecionados desta edição. 

Esse eixo ainda inova neste ano através de uma parceiria com a APAN (Associação de Profissionais do Audiovisual Negro), somando forças ao festival e oferecendo um seminário sobre distribuição nacional.

A abertura do festival, no dia 17 de outubro, na Travessa dos Cataventos da Casa de Cultura Mario Quintana, inclui apresentação do Rapper Zudizilla, artista gaúcho que ganhou o Brasil com o álbum De César à Cristo, que reflete as estruturas sociais do país. Com dois álbuns lançados, Zudizilla é um dos mais importantes nomes da cena contemporânea do Sul. Suas rimas versam sobre o racismo presente no Estado, e apontam para um futuro de superação de obstáculos. Além de ser um destaque no RAP nacional, em 2021, o artista lançou seu primeiro trabalho como roteirista em um curta-metragem baseado nas pesquisas da teórica negra pelotense Winnie Bueno, intitulado Vozes do Silêncio. O rapper ainda destaca-se como uma referência para jovens negros.


Curadora-geral Kaya Rodrigues, homenageada de 2023, Maria Ângela de Jesus, e Sofia Ferreira, diretora do IECINE - crédito: Feijão (Studio Feijão & Lentilha)

 

CRONOGRAMA

Inscrições: até dia 29 de agosto de outubro de 2024
Divulgação dos projetos selecionados: até dia 16 de setembro de 2024
Data do Festival Cinema Negro em Ação: 17 e 20 de outubro de 2024
Local do evento: Casa de Cultura Mário Quintana (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico, Porto Alegre)
Cerimônia de premiação: dia 20 de outubro, no Teatro Bruno Kiefer, na Casa de Cultura Mario Quintana.

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Literatura - Contos e Crônicas domingo, 18 de agosto de 2024

OS SANTOS ESTÃO DE FÉRIAS, MAQS PLANAJAM, PLANEJAM... (CRÔNICA DO COLUNISTA ORLANDO SILVEIRA)
Orlando Silveira
 
 
OS SANTOS ESTÃO DE FÉRIAS, MAS PLANEJAM, PLANEJAM...
Orlando Silveira
(Publicada a 16.02.2017)
 

 

Os Santos são previsíveis. Todo ano é a mesma história. Passadas as festas de final de ano, lá vão eles, de guarda-roupa renovado – invariavelmente, as roupas do verão passado já não lhes servem mais -, rumo à praia, onde permanecem por, pelo menos, quinze dias. Tempo de esbórnia familiar: muito sorvete, caipirinha, cerveja, espetinho de camarão, porção disso e daquilo, pastel de praia etc. Verdade seja dita: os Santos, rebentos inclusos, têm estômagos privilegiados. Comem e bebem de tudo, reclamam de nada. Às vezes, muito raramente, um ou outro é vítima de diarreia passageira, nada que soro caseiro e água de coco não possam consertar em 24 horas.

Durante o merecido ócio remunerado, os Santos se divertem a valer – e fazem planos, claro. O mais recorrente deles é tratar da saúde, fazer dieta saudável e duradoura, até que os muitos quilos extras, o colesterol e o diabetes os abandonem. “De vez”, no dizer sempre incisivo da mãe do casal de gorduchos. Mais cauteloso, avesso a promessas vãs, o pai se limita a dizer: “Vamos ver, vamos ver. Não é hora de pensar nisso. Até porque ninguém vai começar coisa alguma antes do Carnaval”. Mas a Quaresma promete, de acordo com a senhora Santos:

– Querido, não tenho coragem de fazer a bariátrica. Sei que você também não. Mas, estamos gordos demais, assim não dá para continuar. Amanhã, a gente tem um troço e deixa tudo aí. Além disso, também quero usar umas roupinhas mais transadas, sensuais, entende? Na José Paulino, não tem nada que me sirva. As malditas coreanas não têm bunda e acham que todo mundo deve ser igual a elas.

– Roupinha sensual para quê? Que história é essa?

– Para você, bobalhão. Meu gato angorá.

– E o que nós vamos fazer?

– A dieta da Quaresma. Uma amiga me ensinou, tenho tudo anotado no computador. Tiro e queda.

– Sei, não. Quarenta dias de água e mato?

– Vale a pena o sacrifício. Quando a gente estiver bem magrinho, vamos comemorar a Páscoa com estilo: bacalhau, vinho, chocolate, colomba. Tem mais: outra amiga já me passou umas receitas de doces caseiros irresistíveis: canjiquinha com amendoim, doce de abóbora com coco…

– Agora, senti firmeza.


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 15 de agosto de 2024

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS DA MPB: TITO MADI (CRÔNICA DO COLUNISTA BRUNO NEGROMONTE - IN MEMORIAM)
Bruno Negromonte
 
 
HISTÓRIAS E ESTÓRIAS DA MPB: TITO MADI
 

a recorrente em nossa coluna, Tito volta protagonizando mais histórias e estórias do nosso cancioneiro

 

Figurinha carimbada aqui neste espaço Tito Madi tem, no meio musical, ardorosos fãs como é o caso do cantor e compositor Roberto Carlos, que dentre tantos projetos anunciados e nunca executados, tem a ideia de fazer um disco só com canções do cantor e compositor paulista. Falar de Tito é desdobrar-se na história de nossa música popular brasileira sem receio de escrever laudas e laudas de momentos marcantes em nosso cancioneiro. Prova disto é que já é a terceira oportunidade que tenho de escrever sobre o cantor e compositor e ainda permaneço na primeira década de uma carreira que vem somando seis décadas.

Da última vez que trouxe seu nome aqui no espaço me restringir ao início de sua carreira como cantor assim como também como compositor. No entanto esqueci de relembrar a sua passagem por algumas das principais casas noturnas existentes na então capital federal. Ainda na década de 1950, o artista apresentava-se em casas noturnas como Jirau, Cangaceiro, Little Club e Texas, acompanhado pelo piano de Ribamar. Para quem não conhece ou lembra do Ribamar, ele é autor (em parceria com a saudosa Dolores Duran) de canções como “Pela Rua“, “Ideias Erradas” e “Ternura antiga“, sendo esta última um grande sucesso e regravada por grandes nomes da MPB.

Pra não chover no molhado e ter que acabar me estendendo por mais uma pauta, hoje serei um pouco mais sucinto ao falar deste ícone de nosso cancioneiro que infelizmente foi enterrado vivo pelos grandes meios de comunicação, contexto este que acaba impossibilitando que novas gerações tenham a oportunidade de conhecer a sutileza, qualidade e bom gosto inerentes as composições e interpretações de Tito ao longo de todos estes anos dedicados à música.

Dentre os fatos curiosos ao longo de todos estes anos de carreira pode-se destacar um com o grupo vocal norte-americano The Platters, que chegou a gravar “Chove Lá Fora” (também registrada em disco por Freddy Cole, irmão de Nat King Cole). O próprio Tito costuma contar que o empresário dos Platters o adorava e que quando eles vieram ao Brasil nos anos de 1960, recomendaram o Tom Jobim para ele, e ele respondeu: ‘No, no, prefiro Tito Madi’”.

Outra estória que merece registro foi a briga ocorrida entre Tito e João Gilberto em 1961, quando o cantor e compositor paulista levou de João um golpe com um violão na cabeça após uma discussão que acabou por resultar dez pontos e um afastamento que só viria superado cinco décadas depois. “Tenho uma cicatriz na cabeça por causa disso”, conta ainda hoje Tito a quem questiona sobre o assunto.

Um último fato que acho que também vale um registro é acerca da relação de Tito com o cantor e compositor Milton Nascimento. Quando Milton foi ao Rio pela primeira vez, nos anos de 1960, Tito chegou a pedir a ele músicas para gravar, músicas estas que acabaram não chegando e impossibilitando de Milton ser lançado como compositor por Tito.

Hoje, vítima de um acidente vascular cerebral, o autor da clássica “Balanço zona sul” vive no Humaitá, no Rio de Janeiro e vem aos poucos recuperando-se deste problema de saúde que fez com que perdesse os movimentos do lado esquerdo do corpo, além de parte da memória. Tal condição o impossibilita de locomover-se sem o auxílio de uma cadeira de rodas.

Recentemente, Tito lançou um CD, gravado um ano antes do AVC, mas que não chegou a ser comercializado à época por falta de interesse das gravadora e que acabou saindo pela gravadora Fina flor. Trata-se de um belíssimo trabalho em parceria com o músico Gilson Peranzzetta e que traz em seu bojo 14 canções para matar a saudade de ardorosos fãs que desde 2001, com o lançamento do álbum “Ilhas cristais”, não o ouvia em disco.

Para os amigos leitores deixo um clássico da música popular brasileira composto por Dolores Duran e Ribamar. Aqui, “Ternura antiga” ganha interpretação de Tito em registro feito no ano de 1960:

 

 

 


Literatura - Contos e Crônicas segunda, 12 de agosto de 2024

O ESCORPIÃO, A TARTARUGA E A ELEIÇÃO (CRÔNICA DO COLUNISTA MARCELO ALCOFORADO)
 
O ESCORPIÃO, A TARTARUGA E A ELEIÇÃO
Marcelo Alcoforado
Publicada em 15.02.2017

 

Conta uma fábula que em uma tarde chuvosa um escorpião estava apreensivo na margem de um rio prestes a transbordar, quando passou por ele uma tartaruga, indiferente à torrencialidade da água. Era ela a salvação! Pediu-lhe, então, que o levasse à outra margem, já que necessitava chegar a casa, mas se tentasse atravessar sozinho morreria afogado.

Eu gostaria de ajudar, escorpião, mas tenho medo que você me pique e eu morra, ponderou a tartaruga.

A resposta do escorpião foi imediata: Por que eu faria isso? Eu morreria também!

Para encurtar a história, o escorpião convenceu a tartaruga a lhe dar uma carona, e assim foi feito. O escorpião subiu no casco da tartaruga e teve início a travessia. Tudo estava indo muito bem, mas a certa altura a tartaruga sentiu uma picada.

Escorpião, por que você me picou? Agora nós dois vamos morrer.

Quase se afogando, retrucou o escorpião:

Desculpe, tartaruga, você foi solidária comigo, mas eu não pude evitar. É da minha natureza.

Semana passada, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, depondo como testemunha de defesa em processo em que o senhor Luiz Inácio da Silva é réu, afirmou que nenhum presidente tem como saber de tudo que acontece na administração pública. Na referida ação, o senhor Luiz Inácio é acusado de corrupção passiva por supostamente ter recebido de uma empreiteira propina no valor de R$ 3,8 milhões.

Tal valor teria sido pago em forma de benesses, como, por exemplo, a reforma e ampliação do tríplex do Edifício Solaris, no Guarujá, e outra parte no custeio do armazenamento do acervo daquele ex-presidente, segundo o Ministério Público Federal. A outra parte do valor? Ora, teria sido ocultada.

Fernando Henrique Cardoso afirmou ainda que também buscou recursos privados para manutenção de seu acervo, e que os recursos, pequenos, se destinaram a fazer frente a diversas despesas, porque o presidente da República sai de lá, se for correto, sem dinheiro.

Ninguém foi mais fustigado por Luiz Inácio da Silva do que Fernando Henrique Cardoso. Foram 13 anos de uma censura implacável, de acrimônia e de incansáveis tentativas de desconstrução da imagem do sociólogo.

Agora, neste momento em que Luiz Inácio da Silva se vê na margem de um caudaloso Rubicão a ser atravessado, quiseram as artimanhas do destino que as palavras de Fernando Henrique Cardoso possam ajudar Luiz Inácio da Silva a atingir a outra margem. Ou no meio do caminho a tartaruga será picada?


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 08 de agosto de 2024

MARACATUS, A PRESENÇA DA ÁFRICA NO CARNAVAL DO RECIFE (CRÔNICA DO COLUNISTA LEONARDO DANTAS)
 
MARACATUS, A PRESENÇA DA ÁFRICA NO CARNAVAL DO RECIFE
Leonardo Dantas
 

 

Maracatu Elefante – Dona Santa

 

O maracatu, da forma hoje conhecida, tem suas origens na instituição dos Reis Negros, já conhecida na França e em Espanha, no século XV, e em Portugal, no século XVI, passando para Pernambuco onde encontramos narrativas e documentos sobre tais coroações de soberanos do Congo e de Angola a partir de 10 de setembro de 1666, segundo testemunho de Souchou de Rennefort, in Histoire des Indes Orientales, publicado em Paris 1688.

As coroações de reis e rainhas de Angola na igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Santo Antônio do Recife são documentadas a partir de 1674, segundo documentação reunida in Alguns documentos para a história da escravidão. Recife: Editora Massangana, 1988.

O folguedo do maracatu, semelhante aos bailes e batuques organizados pelos pretos de Angola ao tempo do governador José César de Menezes (1774-78), objeto de denúncia à Inquisição de Lisboa por parte dos frades capuchinhos da Penha (ANTT – Cartório da Inquisição nº4740), foi sempre alvo de censuras por parte das classes dominantes e de perseguição policial; segundo denúncia do mesmo jornal em sua edição de 11 de novembro de 1856 ao tratar do maracatu da praça da Boa Vista.

Cortejos de reis negros

Os cortejos dos reis negros, geralmente anotados pela imprensa, quando das festas de Nossa Senhora dos Prazeres e nas do Rosário de Santo Antônio, não eram conhecidos por maracatus, como se depreende do noticiário do Diario de Pernambuco de 20 de outubro de 1851:

… percorrendo à tarde algumas ruas da cidade, divididos em nações, cada uma das quais tinha à frente o seu rei acobertado por uma grande umbela ou chapéu-de-sol de variadas cores. Tudo desta vez se passou na boa paz e sossego, porquanto a polícia, além de ter responsabilizado, segundo nos consta, o soberano universal de todas as nações africanas aqui existentes, por qualquer distúrbio que aparecesse em seus ajuntamentos, não deixou por isso de vigiá-los cuidadosamente.

Os reis negros, em especial o Rei do Congo, possuidor de uma hierarquia própria sobre os membros das demais nações africanas aqui residentes, compareciam às festas religiosas protegidos pela umbela. Um grande pálio redondo, ladeado por dignitários de suas respectivas cortes, sendo o cortejo aberto pela bandeira da nação, juntamente com outras bandeiras arvoradas, e acompanhados por instrumentos de percussão, nem sempre ao gosto da população branca, como se depreende na observação do Padre Carapuceiro: “Alguns desses chapelórios ainda há poucos anos apareciam nos batuques dos pretos em dias de Nossa Senhora do Rosário, cobrindo o figurão chamado de rei dos congos” (Diario de Pernambuco, 15.3.1843).

O grande guarda-sol colorido sob o qual vinha amparado o rei de cada nação, como fora observado pelo Padre Carapuceiro, era denominado cumbi pelos africanos que, ainda em nossos dias, assim trazem protegidos os seus sobas. Inicialmente pensou-se que esta grande umbela havia sido transplantada do cerimonial da igreja católica, onde é utilizada como proteção ao santo viático, quando de sua saída às ruas, conforme bem retratou Emil Bauch em uma de suas cromolitografias tomadas da calçada da igreja matriz da Boa Vista, no Recife (c 1852).

Maracatus, ajuntamentos de negros

No Recife a denominação maracatu servia, a partir da primeira metade do século XIX, para denominar um ajuntamento de negros, como por ocasião da fuga da escrava Catarina, anotada por José Antônio Gonsalves de Mello em consulta à edição do Diario de Pernambuco de 1º de julho de 1845:

Em o dia 2ª feira do Espírito Santo do ano próximo passado, fugiu a preta Catarina, de nação Angola, ladina, alta, bastante seca de corpo, seio pequeno, cor muito preta, bem feita de rosto, olhos grandes e vermelhos, com todos os dentes da frente, pés grandes metidos para dentro, muito conversadeira e risonha, de idade de 22 anos; tem sido encontrada na Estrada da Nova da Passagem da Madalena e no Aterro dos Afogados, vendendo verduras e aos domingos no maracatu dos coqueiros do dito Aterro, e há notícia de ser o seu coito certo a matriz da Várzea; cuja escrava pertence a Manoel Francisco da Silva, morador na Rua Estreita do Rosário, 10, 3º andar, ou em seu sítio em Santo Amaro, junto à igreja, o qual gratificará generosamente a quem lh’ a apresentar.

Outro exemplo aparece na ata da sessão extraordinária da Câmara Municipal do Recife de 28 de abril de 1851, quando foi endereçada ao desembargador Chefe de Polícia “uma petição do preto africano Antônio Oliveira, intitulado Rei do Congo, queixando-se de outro que, sem lhe prestar obediência, tem reunido os de sua nação para folguedos públicos, a fim de que o mesmo desembargador providenciasse em sentido de desaparecer semelhantes reuniões, chamadas vulgarmente de maracatus, pelas conseqüências desagradáveis que delas podem resultar” (Diario de Pernambuco, 27.5.1851).

No Recife, os cortejos dos soberanos negros, trazendo os seus reis e rainhas, não saíam no período do carnaval, mas tão somente por ocasião de suas festas religiosas ou em ocasiões outras como o embarque de africanos libertos de volta à mãe África. A presença de “batuque do Rei do Congo” no carnaval do Recife só vem a ser registrada a partir do final dos anos cinqüenta do século XIX.

 


Os reis no Carnaval

 


 

Maracatu Elefante – Rainhas e princesas

Somente nos anos setenta do século XIX é descrita a presença desses cortejos de reis negros durante o carnaval, segundo noticia o Diario de Pernambuco sem sua edição de 10 de fevereiro de 1872, ainda sem a denominação de maracatus:

No dia 11 do corrente sairá da Rua de Santa Rita Velha (bairro de São José) a nação velha de Cambinda, a qual vai em direitura à Rua das Calçadas buscar a sua rainha, e depois percorrerá diversas ruas, e às 3 horas se achará em frente à igreja do Rosário [de Santo Antônio] onde se soltarão algumas girândolas de fogo e uma salva de 21 tiro; dali seguirá para o Recife e na Rua do Bom Jesus voltará com a vice-rainha de sua nação.

maracatu era, até então, considerado a reunião de negros em determinado local. Um o batuque, na acepção de “dança africana ao estrépido de instrumentos de percussão” (Pereira da Costa), mas não o cortejo real que levava às ruas a corte dos reis negros, como faz ver o extenso editorial do mesmo jornal, publicado em 18 de maio de 1880:

…. Há tempos, que indicamos um maracatu que costuma reunir-se quase no extremo norte do Cais do Apolo, na freguesia de S. Pedro Gonçalves do Recife; hoje temos notícia exata de dois outros, dos quais os vizinhos têm as mais cruéis recordações. Juntam-se estes na freguesia da Boa Vista, um na Rua do Giriquiti, outro na Rua do Atalho. Neste último, anteontem, houve uma grande assuada e barulho, chegando a aparecer diversas facas de ponta. Felizmente, não se deram ferimentos, mas não esteve longe de assim acontecer. Urge, repetimos, providenciar em ordem a que cessem, desapareçam tão selvagens instrumentos, e o Sr. Dr. Chefe de Polícia, que volveu suas vistas contra as casas de tavolagem, deve também dirigir sua atenção para os maracatus.

maracatu, na verdade, era tão somente o batuque dos negros, com localização fixa em determinado bairro da cidade. O cortejo real, como no caso anteriormente citado da “nação velha de Cambinda”, não parece ser a mesma coisa. A conclusão é reforçada pelo depoimento do carnavalesco João Batista de Jesus, “Seu Veludinho” do maracatu Leão Coroado, que segundo a tradição faleceu com 110 anos, prestado à pesquisadora Katarina Real em janeiro de 1966, in O folclore no Carnaval do Recife. Recife: Editora Massangana, 1990. 2ªed. p. 184:

Maracatu nem tinha o nome de maracatu. O nome era nação. Uma “nação” mandava ofício para outro “estado”. Surgiu essa palavra pelos homens grandes, quando ouviram os baques dos bombos, chamaram “aquele maracatu!”

Cortejo é chamado de maracatu

Com a abolição da escravatura negra, em 1888, e a proclamação da República, em 1889, a figura do Rei do Congo – Muchino Riá Congo – perdeu a sua razão de ser. Os cortejos dos reis negros já presentes no carnaval, por sua vez, passaram a ter como chefe temporal e espiritual os babalorixás dos terreiros do culto nagô. Assim vieram para as ruas do Recife, não somente nos dias de festas religiosas em honra de Nossa Senhora do Rosário, mas também nas festas carnavalescas.

Após a abolição, porém, os antigos cortejos das nações africanas, que continuaram a se fazer presentes no carnaval do Recife então sob a chefia dos seus babalorixás, passaram a ser chamados de maracatus, particularmente quando a notícia tinha conotação policial, como a divulgada pelo Diario de Pernambuco, em sua edição de 26 de fevereiro de 1889:

Revista Diária. Maracatu Porto Rico – Na Praça Pedro I, da paróquia de São Frei Pedro Gonçalves do Recife, deu-se anteontem um conflito entre os sócios do Maracatu Porto Rico, quando este fazia um ensaio. Ao que parece o conflito foi motivado por uma praça do 14º Batalhão, pois que cerca de 60 homens, armados de facas e cacetes, rebelaram-se contra a dita praça, que ferida tratara de fugir, quando ali compareceu o subdelegado da paróquia. Esta autoridade conseguiu prender seis dos tais desordeiros, inclusive o ofensor da praça, que foi vistoriada pelo sr. dr. José Joaquim de Souza.

Ainda recentemente, ao que se depreende do depoimento do presidente da Nação do Leão Coroado, Luiz de França, falecido aos 95 anos, “para conversar pouco, só digo que o maracatu é da seita africana”. (Diario de Pernambuco, 14 de janeiro de 1996).

As seculares nações africanas

A mais tocante descrição de um maracatu carnavalesco do início do século vem de Francisco Augusto Pereira da Costa (1851-1923) que, em 1908, assim relata o cortejo no seu Folk-Lore Pernambucano:

Rompe o préstito um estandarte ladeado por arqueiros, seguindo-se em alas dois cordões de mulheres lindamente ataviadas, com os seus turbantes ornados de fitas de cores variegadas, espelhinhos e outros enfeites, figurando no meio desses cordões vários personagens, entre os quais os que conduzem os fetiches religiosos, – galo de madeira, um jacaré empalhado e uma boneca de vestes brancas com manto azul -; e logo após, formados em linha, figuram os dignitários da corte, fechando o préstito o rei e a rainha.

Estes dois personagens, ostentando as insígnias da realeza, como coroas, cetros e compridos mantos sustidos por caudatários, marcham sob uma grande umbela e guardados por arqueiros.

No coice vêm os instrumentos: tambores, buzinas e outros de feição africana, que acompanham os cantos de marcha e danças diversas com um estrépito horrível.

Aruenda qui tenda, tenda,
Aruenda qui tenda, tenda,
Aruenda de totororó.

O autor chama a atenção do leitor para o Maracatu Cabinda Velha que, “desfraldando um rico estandarte de veludo bordado a ouro, como eram igualmente a umbela e as vestes dos reis e dignitários da corte, e usando todos eles de luvas de pelica branca e finíssimos calçados. Os vestuários dos arqueiros, porta-estandarte e demais figuras, eram de finos tecidos e convenientemente arranjados, sobressaindo os das mulheres, trajando saias de seda ou veludo de cores diversas, com as suas camisas alvíssimas, de custosos talhos de labirinto, rendas ou bordados, vistosos e finíssimos; e pendentes do pescoço, em numerosas voltas, compridos fios de miçangas, que do mesmo modo ornam-lhes os pulsos. Toda comitiva marchava descalça, à exceção do rei, da rainha e dos dignitários da corte, que usavam de calçados finos e de fantasia, de acordo com os seus vestuários”.

E concluindo, afirma Pereira da Costa:

“Quando o préstito saía, à tarde, recebia as saudações de uma salva de bombas reais, seguida de grande foguetearia, saudações essas que eram de novo prestadas no ato do seu recolhimento, renovando-se e continuando as danças até o amanhecer; e assim, em ruidosas festas e no meio de todas as expansões de alegria, deslizavam-se os três dias do Carnaval”.

Preservando a denominação de nação, os préstitos dos maracatus de baque virado (que utilizam nas suas apresentações tão somente instrumentos de percussão de origem africana) continuam a desfilar pelas ruas do Recife nos dias do carnaval e nos meses que antecedem a grande festa. Denominando-se de Nação do Elefante (1800), Nação do Leão Coroado (1863), Nação da Estrela Brilhante (1910), Nação do Indiano (1949), Nação Porto Rico (1915), Nação Cambinda Estrela (1953), além de outros grupos que surgiram mais recentemente, mantendo a tradição africana dos seus antepassados.


Literatura - Contos e Crônicas domingo, 04 de agosto de 2024

ANTÔNIO MENESES, VIOLONCELISTA BRASILEIRO (POSTAGEM DA COLUNISTA MADRE SUPERIORA TERESA CRISTINA)

Madre Superiora Teresa Cristina

 

ANTÔNIO MENESES, VIOLONCELISTA BRASILEIRO

 

O Trenzinho do Caipira • Villa-Lobos • Antonio Meneses

 

 

Nossa despedida e agradecimento ao grande violoncelista brasileiro , ANTÔNIO MENESES, que nos deixa hoje, 3 de agosto de 2024,com 66 anos de idade.
 
 
Ganhou o 1° lugar no Festival Tchaikovsky em Moscou , dentre inúmeros prêmios. Tem uma família de grandes músicos, inclusive seu pai, João Jerônimo Meneses, pernambucano, trompista.
 
Seus 3 irmãos integram o Quarteto Meneses (com uma pianista). (Gustavo Meneses – violino; Ricardo Meneses – viola; Eduardo Meneses – violoncelo) e a pianista Paula da Matta.
 
Levava nossas composições para o exterior e as fez conhecidas internacionalmente. Um repertório de músicas eruditas, em especial.
 
Uma pequena homenagem ao grande músico.

Literatura - Contos e Crônicas quinta, 25 de julho de 2024

SÉRIE DOSE DUPLA – CRÔNICAS, HUMOR, SÁTIRA E O JOCOSO NA MPB - NOEL ROSA (CRÔNICA DO MEGAPHONE DO QUINCAS, IN MEMORIAM)
SÉRIE DOSE DUPLA – CRÔNICAS, HUMOR, SÁTIRA E O JOCOSO NA MPB - NOEL ROSA
Megaphone do Quincas, in memoriam
 

 

Noel e suas deliciosas cronicas e letras jocosas

 

Ói eu aqui de novo, me deliciando com as obras de Noel Rosa, que tão bem se encaixam na temática desta última série que resolvemos compilar – “Dose Dupla, com Crônicas, Humor, Sátira e o Jocoso na MPB”.

A permanência em três colunas sucessivas trazendo Noel é mais que justificada. Posso afirmar que ainda vou ficar devendo muita coisa.

No caso de “Gago Apaixonado” tenho a canção e principalmente a sugestiva letra de memória desde que o MPB-4 a gravou em 1970, no disco “Deixa Estar”.

Foi desse jeito que aprendi, mas existe uma dezena de outras versões.

 

 

Curiosamente, pesquisando o assunto, deparei-me com trabalho de Aquiles, um dos membros fundadores do MPB-4, que estava envolvido em projeto sobre o “Gago”.

Produziu um áudio-livro-pôster reunindo três experiências em uma plataforma: é ao mesmo tempo um pôster da letra “Gago apaixonado”, que Aquiles aponta como samba genial e inventivo composto por Noel Rosa em 1930, cuja concepção poética, repleta de repetições próprias da gagueira, leva a efeitos sonoros e gráficos que anteciparam em décadas o experimentalismo na poesia brasileira.

Não à toa – continua Aquiles – o escritor Mário de Andrade (1893-1945) autor da contemporânea obra Macunaíma (1928), era fascinado por Noel.

Inclui também dois textos inéditos escritos por Aquiles Rique Reis, desde sua fundação, em 1964: um tem função de apresentação biográfica; o outro vai ao humor para recriar ficcionalmente a rixa entre Noel e o também cantor e compositor Wilson Batista (1913-1968).

A terceira experiência, propiciada por “Gago apaixonado”, é auditiva: por meio do recurso QR Code, disponível em smartphones, é possível ouvir a gravação original de Noel Rosa, de 1931.

O flerte com a tecnologia também pode, quem diria, nos transportar ao passado. A arte do poema “Gago apaixonado” ocupa uma área de 62 x 43 cm e foi pensada como um pôster para, desdobrado – e aí está uma função táctil, que antecede à visual -, poder ser emoldurado. Custa R$ 10,00 e está à disposição na Banca Tatuí, São Paulo, capital.

A outra interpretação que trago para hoje é do excelente e sempre sincopado João Bosco, de humor, ritmo e riqueza de canções também de enorme valor:

 

 

Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago
Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago
Não po-posso com a cru-crueldade da saudade
Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago

Tem tem pe-pena deste mo-moribundo
Que que já virou va-va-va-va-ga-gabundo
Só só só só por ter so-so-sofri-frido
Tu tu tu tu tu tu tu tu
Tu tens um co-coração fi-fi-fingido

Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago
Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago
Não po-posso com a cru-crueldade da saudade
Que que mal-maldade, vi-vivo sem afago

Teu teu co-coração me entregaste
De-de-pois-pois de mim tu to-toma-maste
Tu-tua falsi-si-sidade é pro-profunda
Tu tu tu tu tu tu tu tu
Tu vais fi-fi-ficar corcunda!

Semana que vem, tem mais.

Feliz Ano Novo para todos os fubânicos, amigos e leitores…

 

 


Literatura - Contos e Crônicas terça, 23 de julho de 2024

INSEGURA SEGURANÇA (CRÔNICA DO COLUNISTA MARCELO ALCOFORADO)

 

INSEGURA SEGURANÇA
Marcelo Alcoforado
(Publicada e 13.07.2017)
 

 

Os jornais brasileiros deveriam ser rubros, já que das suas páginas, fieis espelhos de uma realidade terrível, jorra o sangue que faz da nossa segurança um mero verbete. De tão calamitosa, muitas vezes a verdade se torna mais risível do que trágica.

Há algumas semanas, por exemplo, quatro presidiários fugiram de uma prisão de segurança máxima em Pernambuco, inaugurada havia menos de um ano.

A fuga, por si, já é absurda, mas a maneira como ela aconteceu é absurdo maior.

Os fugitivos, pasme, fizeram um rombo na parede, valendo-se de uma estaca. Será a tal estaca portadora de tecnologia tão avançada que, como tal, não gera barulho? Como é possível que pessoas arrombem uma parede de um presídio de segurança máxima e ninguém veja nem ouça nada? Se é assim, o que dizer das outras?

Ora, se por aqui as prisões são tão vulneráveis, por que não fazer como a Indonésia, que está prestes a construir uma cadeia exemplar? Será situada em uma ilha artificial e os guardas serão absolutamente indiferentes ao diálogo e terminantemente incorruptíveis. Serão crocodilos, os mais ferozes existentes na face da Terra.

O Brasil, aliás, pode fazer melhor e nem precisa de crocodilos. Aqui temos já prontas algumas ilhas que bem poderiam ser utilizadas para tal. Poderia ser a Ilha da Trindade, com seus 2,5 km² de área emersa em meio ao Atlântico, que até água potável tem, e em abundância, brotando de diversas fontes. Somente a fonte principal possui vazão estimada de 230 mil litros por dia.

Tem mais: a ilha é o último vestígio do Brasil, perdida na vastidão do Atlântico, o nosso ponto mais distante do continente.

Bem, voltando ao assunto das fugas, já deu para notar que na Trindade os crocodilos seriam absolutamente dispensáveis. Primeiro, porque é grande a presença na área de tubarões e de um peixe chamado cangulo preto, dono de uma voracidade equivalente à da piranha.

Além do mais, o condenado tem que ser um inacreditável nadador, para enfrentar a distância até o continente. São mais de 2 mil quilômetros.

 


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 18 de julho de 2024

LRONARDO DA VINCI: 15 CURIOSIDADES QUE NÃO SABÍAMOS SOBRE ELE (POSTAGEM DA LEITORA BRASILIENSE MARIA INÊS NOGUEIRA)

Maria Inês Nogueira

 

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15 CURIOSIDADES QUE NÃO SABÍAMOS SOBRE LEONARDO DA VINCI.
 
1. Tinha o dom da escrita no espelho, uma forma de escrever em que todas as letras são invertidas para "esconder" a mensagem e que só se pode ler com um espelho.
 
2. Seu nome “Da Vinci” refere-se à cidade onde nasceu: Vinci, uma cidade italiana da província da Toscana.
 
3. Aprendeu a ler e escrever aos 5 anos, era um menino extremamente inteligente e teimoso.
 
4. Criou a técnica "Sfumato" (Sfumato em italiano), que consiste em criar sombras com traços muito cuidados e pequenos com o objetivo de dar profundidade. Suas sombras são tão finas que quase parecem fumo.
 
5. A maioria dos quadros dele estavam incompletas. Leonardo era um homem com muitos projetos e com várias ideias para desenvolver, quando se aborrecia de um quadro deixava-o meio feito. Muitas das suas obras foram rascunhos.
 
6. Quando ele era criança, tinha um humor muito macabro. Uma vez o pai castigou-o por fazer uma gárgula horrível com um tronco do seu jardim.
 
7. Estudou os corpos dos animais e inspirado por isso criou armas de guerra. Por exemplo: foi o primeiro a criar o desenho de um tanque de guerra e foi inspirado na carapaça de uma tartaruga.
 
8. Leonardo pintava pouco com modelos, mas quando o fazia contratava músicos para tocar enquanto pintava, para que os modelos relaxassem.
 
9. Ele era um grande amante dos animais (especificamente dos cavalos, achava-os fascinantes). Passou horas a dissecar cadáveres para estudar as suas estruturas ósseas e musculares.
 
10. Estudou com especial atenção as aves como as corujas, mamíferos como os morcegos. A partir deles, ele fez esboços de aviões, helicópteros e planadores.
 
11. Dedicou-se a analisar o movimento das águas dos rios, visando criar um meio de distribuir água por todas as cidades (canos).
 
12. Estava andando sozinho por floresta e montanhas analisando flores e árvores. Leonardo acreditava que antes toda a terra estava coberta de mar, porque nas montanhas inexplicavelmente encontrou conchas e caracóis marinhos.
 
13. Trabalhou na cozinha com seu amigo Sandro Botticelli. Ela gostava de experimentar receitas diferentes, além de cozinhar também criou o garfo.
 
14. Leonardo ensinou arte, mas seus discípulos foram escolhidos por ele. Eles sempre se destacaram por serem homens bonitos, o que encoraja rumores sobre sua possível homossexualidade.
 
15. Ele foi o primeiro a explicar porque o céu é azul. (Pela forma como os raios solares interagem com os gases atmosféricos.
 
Fonte : Clube de leitura
Cultura geral

 


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 18 de julho de 2024

JENIPAPO: HISTÓRIA DA FRUTA (POSTAGEM NO FACEBOOK DO LEITOR PEDRO TONETTA)

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História da fruta Jenipapo
 
É encontrada em toda a América tropical. No Brasil, encontramos pés de jenipapo nativos na Amazônia e na mata atlântica, principalmente em matas mais úmidas, ou próximo a rios — a planta inclusive aguenta encharcamento.
 
Em guarani, jenipapo significa "fruta que serve para pintar". Isso porque, do sumo do fruto verde, se extrai uma tinta com a qual se pode pintar a pele, paredes, cerâmica etc.
 
O jenipapo é usado por muitas etnias da América do Sul como pintura corporal e some depois de aproximadamente duas semanas. A bela coloração azul-escura formada deve-se ao contacto da genipina contida nos frutos verdes com as proteínas da pele, sob ação do oxigênio atmosférico.
 
O fruto é uma baga subglobosa geralmente de cor amarelo-pardacenta. Sua polpa tem cheiro forte e é comestível, mas é mais apreciada na forma de compotas, doces, xaropes, bebida refrigerante, bebida vinosa e licor.
 
O licor de jenipapo é uma bebida apreciada na Bahia, em Pernambuco e em cidades de Goiás, inclusive muito vendida em comércios de cidades turísticas como Caldas Novas e Jataí.
 
Nas festas juninas da Bahia, o licor de jenipapo é o mais apreciado e os mais famosos são produzidos no Recôncavo baiano, de forma artesanal, em toneis que ficam em infusão por um ano até serem envasados e consumidas no São João.
 
As cidades com maior tradição na fabricação deste tipo de bebida são Santo Antônio de Jesus, Maragojipe, Cachoeira, Cruz das Almas e Santo Amaro.
 
Algumas partes do jenipapeiro (como a raiz, as folhas e o fruto) têm diferentes propriedades medicinais. As cascas do caule e as cascas do fruto verde são usadas também para curtir couro, por serem ricas em tanino. O jenipapo usado em forma de garrafada serve para emagrecimento e junção em dietas para redução de colesterol ruim.

Literatura - Contos e Crônicas quarta, 17 de julho de 2024

RECORDAÇÕES DE NÉLIDA PIÑON (CRÔNICA DA LEITORA NITEROIENSE ESCRITORA DALMA NASCIMENTO)

Dalma Nascimento

 

 

 

 

Amigos e amigas, com muita alegria, anuncio a publicação de mais um livro meu, o quinto referente à análise da saudosa e grande escritora Nélida Piñon. Dessa vez, analiso a sua obra sob a luz dos estudos recentes da Fitoliteratura.
 
Minha publicação é também agradecimento pela dedicatória a mim dirigida por Nélida em seu livro póstumo "Os rostos que tenho".
 
"Onde você estiver... Recordações de Nélida Piñon", eu a dedico à Eliana Bueno Ribeiro, amiga há mais de 50 anos compartilhando as obras desta grande autora, sobre a qual ela escreveu sua dissertação de Mestrado.
 
O início desse livro aconteceu graças a uma postagem de outra amiga minha, Wylma Guimarães, a escritora-radialista, que postou em 11 de novembro de 2021 uma foto em que ela segurava uma flor com a seguinte legenda: "A árvore onde guardo minha alma". Esta cena de Wylma tocou-me profundamente e mantive com ela um diálogo sobre as plantas.
 
Ao decorrer do livro, além de analisar a produção de Nélida, aludo ao debate da 19ª FLIP, sobre os vegetais, com Evando Nascimento e Stefano Mancuso. Tal acontecimento ocorreu dias depois da postagem da Wylma.
 
Em um dos capítulos, analiso o livro "A casa da paixão", que dialoga diretamente com Fitoliteratura e Zooliteratura.
 
Quem quiser adquirir um exemplar, chame-me no inbox.

Literatura - Contos e Crônicas terça, 16 de julho de 2024

PEQUI, FRUTA NATIVA DO CERRADO BRASILEIRO (POSTAGEM NO FACEBOOK DO LEITOR PEDRO TONETTA)

 

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O PEQUI é uma fruta nativa do cerrado brasileiro, cujo nome científico é Caryoca brasiliense camb. É também conhecido como: piqui, pequiá, piquiá, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequiá-pedra, pequerim e suari.
 
Seu significado na língua indígena é “casca espinhosa” é consumido por várias regiões do Brasil. O fruto maduro é de cor verde, e possui em seu interior um caroço revestido por uma polpa macia e amarelada – sendo a parte comestível da fruta.
 
Sua frutificação ocorre entre dezembro e fevereiro.
 
Sua polpa pode ser consumida pura, cozida ou misturada com arroz e outros alimentos. Seu gosto forte pode ser agradável ou desagradar aos consumidores. A castanha torrada do pequi também é comestível.
 
O sabor do pequi é bem peculiar: ele é aquele tipo de comida que ou você ama, ou você odeia, não existe meio termo.
 
O sabor pode ser descrito entre a manga e o cajá; porém, diferentemente dessas duas frutas, o pequi é apimentado. Por isso, ele dá um toque adocicado e picante aos pratos salgados.
 
Qual é o jeito certo de comer pequi?
 
É só roer a polpa ao redor do caroço, que é deliciosa. Assim, o consumo do pequi pode ser seguro e saboroso, sem surpresas indesejadas, devido aos pequenos espinhos próximos ao caroço. A polpa, pode ser usada em pratos salgados, como arroz e frango, e até mesmo em pratos doces, como sorvetes. Licores são também produzidos do pequi.
 
As sementes podem ser também consumidas, podendo ser ingeridas ao natural, cozidas em água salgada ou tostadas. Elas podem ser ainda usadas na preparação de condimentos e bolos. Das sementes, pode-se também extrair óleo.
 
A casca, formada pelo exocarpo e mesocarpo externo, pode ser utilizada na fabricação de farinha e também de sabão. Não podemos deixar de apontar também que o pequi é usado pela indústria de cosméticos e farmacêuticos.
 
O óleo extraído da polpa de pequi é utilizado contra gripes, resfriados e doenças broncopulmonares.
 
O fruto apresenta efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios, antigenotóxicos, anticarcinogênicos, hepatoprotetores e cardioprotetores.
 
Devido à presença de ácidos graxos monoinsaturados e carotenoides, o pequi está associado com a prevenção de doenças como câncer, aterosclerose e problemas cardiovasculares.
 
Brasil Escola

Literatura - Contos e Crônicas sábado, 13 de julho de 2024

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS DA MPB: GUILHERME DE BRITO (CRÔNICA DO COLUNISTA BRUNO NEGROMONTE - IN MEMORIAM)
HISTÓRIAS E ESTÓRIAS DA MPB: GUILHERME DE BRITO
Bruno Negromonte - In Memoriam
 



 

Principal parceiro de Nelson Cavaquinho, Guilherme era avesso à vida desregrada do amigo

O ano de 2016 é marcado pela saudade pontada no tempo, pois completa-se uma década que o instrumentista, cantor e compositor Guilherme de Brito foi para o céu fazer companhia ao seu parceiro mais notório: Nelson Cavaquinho. Nascido no dia 3 de janeiro de 1922, em Vila Isabel, Rio de Janeiro, Guilherme de Brito Bollhorst. Neto de alemão e filho e um funcionário da Central do Brasil e de Marieta de Brito Bollhorst, Guilherme teve iniciação musical em sua própria casa, pois desde muito cedo demostrava afinidade com a arte. Também não era para menos, pois a família era amante de música (Alfredo Nicolau Bollhorst, seu pai, tocava violão, enquanto sua mãe, tocava piano e sua irmã, como o pai, também tocava violão).

O próprio Guilherme quando questionado sobre o seu envolvimento certa vez disse: “Eu sempre me vi envolvido pela música. Meu pai tocava violão. Minha mãe tocava piano mas eu nunca vi a minha mãe tocar, sabia que ela tocava, mas não tinha piano lá em casa. Como meu pai tocava violão tinha reuniões lá em casa, iam compositores, o Synval Silva ia muito na minha casa. E a minha irmã começou a tocar violão também. Eu era muito pequeno naquele tempo e queria tocar também, então eles me deram um cavaquinho“.

Após ganhar este cavaquinho e apreender as primeiras lições dentro de casa junto aos seus, acabou indo tocar nas ruas do bairro. Neste período, ainda criança, recebe o seu primeiro “cachê” através do quitandeiro da vizinhança, que em troca de músicas dava-lhe frutas. Vagando pelo bairro acompanhado do seu cavaquinho, era comum ouvir o quitandeiro: “Menino, toca um negócio pra mim aqui.” E, após o término do número solicitado, dava ao pequeno Guilherme uma banana, uma laranja.

Ainda sobre esse período de plena liberdade nas ruas de Vila Isabel, o pequeno Guilherme costumava, às vezes, pegar carona no carro do Noel Rosa. Na verdade tratava-se de uma carona não consentida pelo poeta da Vila, pois o Guilherme costumava pegar carona escondido na traseira do carro. Galanteador que era, Noel vivia a paquerar as garotas quando saía motorizado pelas ruas do bairro, e para isso andava em uma velocidade super reduzida (o que acaba oportunizando Guilherme a pendurar-se para pegar caronas em seu carro). Quando o já notório compositor percebia o pequeno dependurado em seu veículo costumava aumentar a velocidade do carro e gritar: “Sai daí, menino!”.

Voltando ao seu primeiro instrumento, vale ressaltar que o seu envolvimento com o cavaquinho deu-se porque a sua envergadura não favorecia para o violão, isso talvez tenha influenciado para que o pequeno instrumento fosse substituído pelo violão pouco tempo depois. Ainda na infância, Guilherme começou a desenvolver outra habilidade que o acompanharia por toda a vida: a pintura. De calça curta, o pequeno Guilherme andava pelas ruas sempre com pedaços de carvão nos bolsos (além do cavaquinho, é claro!).

Guilherme costumava dizer que não sabia de onde vinha essa inclinação para a música, uma vez que na família a música era a única habilidade desenvolvida. Mesmo um exímio violonista e melodista, um pintor de técnicas refinadas costumava dizer que tudo o que havia feito na vida foi de ‘orelhada’, inclusive na escola, onde nem o primário terminou porque teve que começar a trabalhar pra ajudar a mãe quando perdeu o pai em 1936. Aos 12 anos, com um atestado de que sabia ler e escrever do Instituto Politécnico e uma autorização a trabalhar na Casa Edison.

Para deleite dos amigos leitores deixo aqui a canção “Dono das calçadas“, de autoria da imbatível dupla Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Aqui trata-se de um registro de Guilherme gravada em 2003 e acompanhada pelo Trio Madeira Brasil:

 

 


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 05 de julho de 2024

O PAJEÚ DO REPENTE (CRÔNICA DA COLUNISTA VERÔNICA SOBRAL)
 
O PAJEÚ DO REPENTE...
Verônica Sobral
 

O Pajeú, basta chover, de repente se transforma… O rio de versos, repleto de rimas, métricas e poesia fina anuncia, através de uma canção romântica, cantada pelo som das grotas que água vem junto com palavras que a vontade de escrever, provocada pela inspiração, torna-se concreta!

Entre um garrancho e outro, uma folha, um galho, os versos fluem e se tornam orações na boca do poeta! Entre rabiscos e letras, surgem sonetos, martelos, surgem sentimentos e emoções metrificadas.

“Certa vez, uma escritora realizando uma pesquisa por aqui, disse que o Sertão é tão poético que fala “cantando”, metrificando”, “procurando ritmo!”

Assim, é o Pajeú, seja rio ou região, repleto de versos metrificados até sem querer.

João Paraibano, um dos maiores poetas que canta a natureza, escreveu e descreveu o Pajeú neste soneto:

RIO PAJEÚ

Pajeú, teu cenário me encanta
Desde a voz do vaqueiro aboiador,
Ao Verão que desbota a cor da planta,
E a abelha que bebe o mel da flor.

O refúgio da caça que se espanta
No chiado dos pés do caçador,
A romântica canção que o rio canta
Na passagem de um ano chovedor.

Quando a chuva da nuvem inunda as grotas
O volume da água banha Brotas,
E onde a curva do rio faz um U…

Nasce um pé de esperança no teu povo;
Tudo indica que Cristo quando novo
Aprendeu a caminhar no Pajeú.

E, sentindo a felicidade do povo do Pajeú, em momentos de chuva, rabisquei:

Quando a chuva visita o nosso chão
E a água escorrega sobre a terra,
A boiada, feliz, chocalha e berra.
É riqueza que chega ao Sertão.
Nosso Rio Pajeú, em turbilhão,
Sai rasgando feliz a madrugada
E o barulho do sapo, da estrada,
É possível ouvir em sinfonia.
E o Sertão, com certeza, neste dia,
Comemora, em verso, a invernada!

As barreiras do rio desaparecem
E a água, numa forte correnteza,
Toma conta do cultivo da represa,
Num instante os torrões se umedecem.
Sertanejos, no entanto, não esquecem
Que sofreram com a seca no Sertão.
Fecham os olhos e fazem uma oração
Pra que a chuva não mude de lugar.
Seguem firme, pra roça, pra plantar
A semente de amor do coração!

E viva o Pajeú… o recanto da alma de cantadores, cantado por Rogaciano Leite e reafirmado por Dedé Monteiro:

Se eu morasse muito além,
Onde nada me faltasse,
Talvez que nem precisasse
Cantar pra me sentir bem.
Sofro, mas canto também
Pra tristeza se mandar.
Se ela insistir em ficar,
Eu canto a canção das dores…
Sou do Pajeú das flores,
Tenho razão de cantar!

Tive a sorte de nascer
Num chão que tanto me inspira,
Minha querida Tabira
Que me dá tanto prazer.
Se a seca me faz sofrer,
O verso me faz gozar,
Pois trago n’alma um pomar
Com frutos de mil sabores!
Sou do Pajeú das flores,
Tenho razão de cantar!

O Pajeú se faz de pedaços de um povo que canta, improvisa e, assim, torna-se concreto com versos da alma de seu povo!


Literatura - Contos e Crônicas segunda, 01 de julho de 2024

JOGAR TÉNIS (POSTAGEM DA LEITORA BRASILIENSE NENA DE FARIA)

Nena De Faria

 

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Jogar tênis é muito simples, mas jogar tênis simples é a coisa mais difícil que há.
A frase é do Cruyff, adaptada ao tênis.
 
Antes de qualquer conversa ou debate, é preciso entender o que é jogar simples. Na minha visão, a bola de tênis se apresenta. Tênis não é jogar no buraco livre da quadra; é preciso seguir a jogada e a dinâmica do jogo.
 
10 em 10 jogadores sofrem de ansiedade e vontade de fazer o ponto incrível. Mas ele vale exatamente o mesmo que um ponto simples e seguro.
Quando digo que a bola se apresenta, ela mostra sua complexidade. Tento, em todas as clínicas, mostrar que, enquanto estamos bem posicionados e parados na quadra, podemos escolher. Quando estamos em movimento, é preciso jogar cruzado. Tênis é um jogo de erros. Ganha quem erra menos.
 
O respeito e a valorização de cada batida fazem com que o jogo fique mais simples. Jogar para não errar não quer dizer jogar prendendo o braço. Simplesmente, jogar para errar pouco.
 
Ao assistir um argentino ou um espanhol jogando, pensamos na sua garra e atitude. Sim, eles têm isso de sobra, mas o que deveríamos copiar é sua forma simples de jogar cruzado, mudar de direção quando estão bem posicionados, como começam o ponto “trazendo” o jogo para seu ponto forte. Já na devolução ou saque, eles fazem isso.
 
Mas, para isso, é preciso parar de dizer “boa”, “mexe as pernas”, “não erra” e se dedicar a mostrar onde e como fazer. Uma e outra vez.
 
Os vizinhos jogam todos os pontos. Fazem o tão batido 80/20. Sabem o que é?
 
80% no padrão. 20% na variação.
 
Simples?
 
Então por que você não faz?

 


Literatura - Contos e Crônicas sábado, 29 de junho de 2024

DOUTOR NORBERTO SERÓDIO BOEFHAT (POSTAGEM DA LEITORA NITEROIENSE DALMA NASCIMENTO)
 
DOUTOR NORBERTO SERÓDIO BOEFHAT 
Dalma Nascimento
 
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Vida e Morte, duas parceiras ao mesmo tempo em mim.
 
Enquanto Eliana Bueno-Ribeiro expunha, com a exuberância de Eros, na ABL uma interpretação tão singular e inovadora sobre a obra da grande Lygia Fagundes Telles, Tânatos se apossara de mim, ao receber a fatídica noticia da partida do grande amigo e humanitário médico, há décadas da família Dr. NORBERTO SERÓDIO BOECHAT.
 
Sensível e grande escritor com oito livros publicados e todos com autêntico valor, tanto que de sua obra fiz mais de dois prefácios, ele era membro do PEN Clube, fato que o deixara feliz, mas bem pouco frequentou para dar o máximo à sua clínica geriátrica.
 
A qualquer hora do dia ou da noite ele atendia a todos com especial carinho e conforme o caso , conhecedor que era do histórico de seu paciente, ele receitava pelo telefone. Comigo então, nem se fala. Quantas e quantas vezes tirei o sono. E ele paciente ouvia...
 
Vim a conhecê-lo ao tratar de meu marido, que tendo fraturado e operado o fêmur, complicações advieram peculiares à idade. Carecia de um geriatra. E o mais reconhecido na cidade e redondezas Dr Noberto Seródio Boechat foi o escolhido, um ás na clínica, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
 
Ele e Braz, ambos médicos, se deram muito bem, sobretudo pelo pensamentos filosóficos, as perscrutações metafísicas sobre a existência. Similares eram também as lembranças fazendeiras da v ida de cada um – Dr. Norberto de Pirapetinga de Bom Jesus e Braz na região de Dr. Matos em Campos dos Goitacazes. E como tinham experiências da“roça’’ para juntos eles contarem.
 
Lembravam-se dos folguedos da infância vividos na liberdade do campo. Da agradável convivência com os animais. Das águas puras dos regatos para o banho com os amiguinhos, filhos dos colonos. Da amorosa convivência com a terra. Da estuante visão do verde das florestas e do colorido das montanhas ao cair da tarde e como lhes era extasiante contemplar o estrelado céu em noite de lua cheia.
 
Ambos saíram das terras nativas, mas trouxeram-nas sempre presentes na memória. a ponto de Dr. Norberto ser enterrado em Pirapetinga, sua terra natal. Sua vida é para ser transformada em livro e era o que eu fizera antes de ele partir. Um domingo antes do infausto ele veio a nossa casa lanchar comigo.
 
Ele ainda andando com dificuldade,, ao restabelecer-se de uma perigosa operação de coluna, eu em ato solene, entreguei-lhe o roteiro e as páginas prontas do livro, por mim escrito intitulado NORBERTO BOECHAT, O Arconte de Pirapetinga.
 
Ele ficou felicíssimo. Foi um momento de despedida e o livro agora já está na gráfica.
 
• Por ser ele dono do dom de cultuar memórias, a ponto de ter criado um museu dos antigos pertences da antiga Pirapetinga Dr, Norberto lembrava-me um arconte. aquele dignitário da antiga Grécia, respeitado pela comunidade, preservador e intérprete dos documentos e das leis da polis. Como fora em Niterói o nosso amado Pimentel.
 
Arconte tem a mesma raiz de arqueologia, de arquivo, de arcano e de arqueiro. De fato, Norberto Boechat, o verdadeiro Arconte de Pirapetinga, é o arquivo vivo da cidade. Na efervescência das coisas, lá estava ele na arkhé, nos fundamentos dos fatos, para reconstruir os laços espatifados da memória coletiva. Submergia nos arcanos da tradição e de lá retorna iluminado.
 
E, com mestria de um arqueiro, o Arconte Boechat lançava o arco da aliança do passado cultural às gerações futuras. Seu ponto máximo foi, sem dúvida, o lançamento de sua obra Vertentes de Pirapetinga de Bom Jesus e outras histórias, verdadeiro ápice da memória do seu município.
Merecidamente, seu nome deverá figurar em uma grande rua ou avenida de sua terra natal. E por intermédio de meu livro, vocês conhecerão a figura exemplar do humanitário médico e grande escritor escondido da falácia da fama literária DR, NORBERTO SERÓDIO BOECHAT.
 
Nota: texto digitado por Cristiana Silva
 
 

Literatura - Contos e Crônicas sábado, 15 de junho de 2024

FÁTIMA DE CASTRO É BOSSA, É BLUES E O QUE MAIS VIER EM BOA MÚSICA (CRÔNICA DO COLUNISTA BRUNO NEGROMONTE - IN MEMORIAM)

 

FÁTIMA DE CASTRO É BOSSA, É BLUES E O QUE MAIS VIER EM BOA MÚSICA
Bruno Negromonte - In Memoriam
 
 

m “Bossas e Blues”, a cantora e compositora pernambucana reafirma-se como uma grande intérprete

a partir de canções que nos remete aos áureos tempos de nossa MPB

 

Diferente de outrora, a música popular brasileira definha a passos largos, à exceção de nomes pontuais e bastante conhecidos do grande público ou uma ou outra novidade que acaba por muitas vezes perdendo-se em meio a tanta mediocridade que nos é praticamente impostas através dos mais distintos canais de comunicação existente em nosso país. Um verdadeiro crime à arte feita com esmero, uma vez que trata-se de concessões públicas e que deveriam ter por finalidade maior a valorização da cultura nacional a partir do reconhecimento da qualidade da obra, e não por deixando-se levar em consideração aspectos econômicos como tem sido boa parte das diretrizes radiofônicas e televisivas vigentes. Trabalhos musicais que buscam atender aos mais refinados padrões melódicos e estéticos tem perdido a vez na concorrência desleal imposta a partir de outros deturpados parâmetros usados afim de aferir qualidade. É nesse desfavorável contexto, que a a cantora e compositora Fátima de Castro volta ao mercado fonográfico para nos atestar que nem tudo está perdido neste desgostoso aluvião sonoro. Compositora de mão cheia, a cantora e instrumentista volta aos discos depois de um hiato de duas décadas afastada da indústria do disco. Voltou para enfrentar o desfavorável contexto ao qual trabalhos como o seu tem que enfrentar paulatinamente. No entanto, mesmo ciente que remaria contra a maré, a artista não se deixou abalar nem rendeu-se aos ditames que regem o cenário musical e manteve-se firme em seu propósito de apresentar um trabalho agradavelmente destoante. Coragem para poucos que conseguem sobrepor-se a partir do talento, e com esse instrumento busca remar contra a desfavorável maré regente para a sorte daqueles que acreditam na redenção da música popular de qualidade que outrora predominava com folga os mais distintos espaços.

Instrumentista que teve como docente o exímio violonista Henrique Annes, para quem não conhece Fátima de Castro, ela traz em sua biografia artística décadas de história pautadas sempre em uma coerente trajetória. O caminho musical ao qual optou e vem trilhando teve início nos anos de 1960 a partir de esporádicas apresentações em shows universitários e programas de televisão que aos poucos, foi lhe propiciando uma maior visibilidade na cena musical pernambucana a partir dos mais diferentes contextos, tal qual a apresentação no Teatro do Parque ao lado do saudoso cantor Nelson Gonçalves pelo “Projeto Seis e Meia”. O acúmulo dessa experiência lhe deu a segurança precisa para, em 1994, incursionar pela primeira vez no mercado fonográfico ao lançar de modo independente o álbum “Fátima de Castro“, CD onde constam distintos ritmos musicais e a presenças de compositores diversos. Em 1995 a cantora, compositora e instrumentista volta novamente ao mercado do disco desta vez com um registro ao vivo e desde então havia dado uma pausa em sua discografia. Esposa do compositor Bráulio de Castro (que merece um capítulo à parte devido também a sua história dentro da música popular brasileira), agora volta interpretando quinze faixas que ora levam a sua assinatura como a bossa “Saudade” e a faixa “Samba do Kim”; em parceria com o marido vem “De repente”, “Minha presa”, “Palavras mal ditas”, “Deixa doer”, “Meu soluço”, “Antropofágica” e “Desacerto”. Da lavra de Fátima com outros compositores estão presentes as canções “Amigo da alegria” (parceria com Horton Coura), “Alguém possível” (com Paulo Elias) e “Recife Sol e cor” (com Carlos Pessoa de Melo). O disco ainda evidencia o seu lado intérprete ao trazer para o deleite dos admiradores da boa música canções como “Vinho da mesma safra” de autoria de Bráulio de Castro”, e as canções “Álbum de sonhos” e “Mais um louco” (do compositor em parceria com Paulo Elias).

Bossas e Blues” conta com a participação de nomes de peso da música instrumental pernambucana o que acaba por reiterar o compromisso que a artista selou com a proposta musical que abraçou desde o início e que evidencia-se nos diversos gêneros que a sua obra abrange desde que se propôs a fazer música. O CD traz consigo a chancela da qualidade, característica esta que, em momento algum, deixa de evidenciar-se no trabalho do início ao fim. Para respaldar esse precioso detalhe o disco conta com o requinte e o bom gosto de nomes como o do maestro Edson Rodrigues, com irrepreensíveis instrumentistas tais quais o guitarrista Luciano Magno, o pianista e tecladista Fábio Valois, o acordeonista Beto Hortis e Beto do Bandolim, que como o próprio nome artístico revela executa bandolim. Vale frisar que o disco conta ainda, em sua tessitura sonora, a chancela do irrevente e talentoso Maestro Forró e o endossamento do Maestro Spok, maior expoente da atualidade do gênero que melhor representa a música pernambucana: o frevo.

De antemão já deixo claro: apesar do título do álbum limitar-se a dois gêneros musicais, “Bossas e Blues” é um disco que abarca nuances diversos de uma parcela significativa da boa música. feita não apenas nem nosso país, mas de distintos gêneros existentes em todo o planeta. A prova maior desta afirmação é possível ter já na primeira faixa de “Bossas e Blues“, a partir de uma canção de nos remete sem escala aos anos dourados da música mundial a partir das saudosas big bands tão evidentes nas décadas da primeira metade do século XX. Um arranjo que nos remete a nomes como Duke Ellington, Glenn Miller e tantos outros. Daí em diante é uma efusão de uma rica sonoridade que só quem tem a oportunidade de conhecer o trabalho é capaz de perceber. Uma qualidade que faz com que o nome de Fátima de Castro reitere novamente o time da boa música pernambucana a partir de projetos fonográficos como este. Mesmo com uma carreira pontuada por significativos intervalos, Fátima mostra com talento e bom gosto o quanto faz falta para o cenário musical pernambucano sempre que buscou manter-se à margem dos holofotes. Em um cenário musical cada vez mais nefasto, trabalhos como “Bossas e Blues” reiteram a esperança naquilo que o fez o Brasil ser respeitado em todos os cantos do planeta ao se falar de arte. É um disco que facilmente pode servir de proa a favor dessa nau da boa música que insiste singrar esse mar de lama a qual a música popular brasileira anda mergulhada. Que nomes como o de Fátima de Castro estejam sempre a nos mostrar que nem tudo está perdido dentro da música popular brasileira a partir de trabalhos carregados de verdade e inquestionável qualidade. A música brasileira agradece e nós, pernambucanos acostumados ao título de megalomaníaco em tudo, ganhamos mais um motivo para manter a fama.

Deixo para deleite dos leitores de nossa coluna a canção “Minha presa“, como já dito, uma parceria sua com Bráulio de Castro:

 

 


Literatura - Contos e Crônicas segunda, 10 de junho de 2024

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS DA MPB: PERY RIBEIRO - 1 (CRÔNICA DO COLUNISTA BRUNO NEGROMONTE - IN MEMORIAM)

 

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS DA MPB: PERY RIBEIRO - 1
 

Filho de dos grandes nomes da MPB, Pery procurou seguir a mesma trilha

 

Quando o artista tem muito a oferecer acaba nos dando margens para escrever laudas e laudas a seu respeito como é o caso do saudoso Pery Ribeiro, que já é protagonista pela terceira vez aqui desta coluna. Na primeira oportunidade trouxe um pouco de sua biografia antes de estrear como cantor e os seus primeiros passos na carreira; na segunda, tive a oportunidade de trazer alguns feitos em sua biografia, a exemplo, de sua incursão pelo cinema tanto no Brasil como também no Exterior. Hoje retomo as suas histórias para, de certo modo, prestar uma homenagem a este artista que buscou na música o amparo que precisava para superar as adversidades que lhe foram impostas ainda quando criança.

Escolas existentes na então Capital Federal não aceitavam sua matrícula nem a do irmão por serem filhos de artistas, houve dado momento de sua infância/adolescência que Pery e o irmão viram-se morando em regime de internato, foram vítimas constantes do assédio da imprensa após a separação dos pais e, eram obrigado, a ouvir ouvir da boca do próprio pais mais distintos impropérios em relação à mãe. Por falar neste difícil contexto, Pery sempre procurou manter-se imparcial em relação a esta separação (tanto que para nome artístico evitou utilizar o sobrenome de ambos), mas isso não impediu de ter que lhe dar com a difícil personalidade do pai a exemplo do dia em que chegou a participar do programa do polêmico apresentador Flávio Cavalcanti por volta de 1963.

O apresentador convidou Pery para receber um troféu em um dos seus programas diante de um grande júri. Neste júri estava presente Herivelto. Ao final do programa, chegou o momento da entrega do troféu, e para isso nada mais conveniente do que Flavio chamar ao palco o pai de Pery, Herivelto, para a entregar o prêmio e falar quem sabe algumas palavras de carinho para o seu jovem e promissor filho. Ao entregar o troféu, Cavalcanti questiona Herivelto para saber quais eram as palavras a dizer ao filho naquele momento. Ríspido, o famoso compositor responde: “Só espero que você nunca precise vender este troféu para poder comer no futuro“. Constrangimento total para todos presentes, e uma tristeza desoladora para Pery.

A relação de Pery com os pais tinha dois pesos, duas medidas e um amor inabalável. Para contrabalançar toda a rispidez, autoritarismo (e porque não grosseria) que muitas vezes evidenciava-se nas atitudes de Herivelto, havia o contraste da suavidade, da doçura e da dedicação aos filhos de Dalva. Dalva foi a maior incentivadora para que Pery seguisse a carreira de cantor (enquanto o pai nunca expressou nenhum tipo de estímulo). No meio dessa guerra de nervos, só mesmo o talento e o amor a música para superar tanta instabilidade emocional. Coisa que só foi sendo superada ao longo dos anos apresentando-se nos palcos ao redor do mundo tanto ao lado da mãe quanto ao lado do pai, após a morte de Dalva. Nascido no Rio de Janeiro no dia 27 de outubro de 1937, Perry Ribeiro veio a falecer aos 74 anos depois na mesma cidade em que nasceu, para ser mais preciso ele veio a óbito no dia 24 de fevereiro de 2012, vítima de um infarto após 30 dias de hospitalizado.

Seu último registro fonográfico foi o disco duplo Pery Ribeiro Dueto Com Amigos – Abraça Simonal, um tributo ao saudoso amigo Wilson Simonal falecido no ano de 2000. Este disco trata-se de uma verdadeira celebração que conta com nomes como Caetano Veloso, Raimundo Fagner, Tony Garrido, Simoninha, Angela Maria, Alcione, Elza Soares, Carlos Dafé, Chico César, Wanderléa, Luiz Américo , e muito mais gente de peso da MPB. Sua contribuição para a boa música popular brasileira rendeu 32 álbuns, sendo 12 discos dedicados à Bossa Nova. Sim! Quase esquecia… Pery gravou a primeira versão comercial da canção “Garota de Ipanema”, sucesso em todo o mundo, em 1961.

Deixo para deleite dos amigos a canção “Laura”, composição da Antonio Carlos e Jocafi:

 


Literatura - Contos e Crônicas terça, 04 de junho de 2024

OLINDA É TODA CARNAVAL (CRÔNICA DO COLUNISTA LEONARDO DANTAS)
 
OLINDA É TODA CARNAVAL
Leonardo Dantas

 

 

 

O Carnaval de Olinda tem o seu início oficial nos primeiros minutos do domingo quando, no Bonsucesso, o Homem da Meia Noite “bota a cabeça de fora / Aquece a folia / A rua toda estremece / No céu a lua aparece / Explode a alegria” ….

No rastro deste tradicional boneco surgem, como que saídos de um conto de fadas, a Mulher do Dia, o Menino da Tarde, o Tarado da Sé, o Capibão, dentre outras dezenas de bonecos gigantes que vão, pouco a pouco, tomando conta da paisagem.

Caboclinhos, maracatus-nação de baque virado, troças e clubes de frevo, maracatus rurais com seus caboclos de lança, blocos carnavalescos com suas orquestras de pau e cordas, tribos de índios, bois, reisados, a presença cigana nas La Ursas, turmas de palhaços colorido, multidões de alegres mascarados, estão a encher de cores ladeiras, becos, ruas e avenidas, nos dias dedicados ao Carnaval, transformando Olinda no Reino Azul da fantasia.

Batidas sincopadas de bombos dos maracatus-nação, estalidos das preacas dos caboclinhos, notas agudas e dissonantes das fanfarras de frevo, sons rurais de acordeões de La Ursas, batuques de escolas de samba, cômicas toadas de um Mateus do bumba-meu-boi, o lirismo do bloco Flor da Lira cantando, se juntam aos caboclos de lança do maracatu Piaba de Ouro de modo a se misturar com a onda de passistas seguidores dos cortejos da Pitombeiras, do Elefante, da Ceroula, do Vassourinhas, de Marim dos Caetés, ou mesmo do Eu acho é pouco, que mais parecem, na imagem de Alceu Valença, com uma enorme “cobra que desce a ladeira com gosto de gás”.

O carnaval de Olinda em nada se assemelha ao do resto do Brasil. Para o escritor Luís da Câmara Cascudo, “o carnaval dos grupos e dos ranchos, das escolas de samba do Rio de Janeiro” em nada se parece ao carnaval de Olinda, “o carnaval da participação coletiva na onda humana que se desloca, contorce e vibra na coreografia, a um tempo pessoal e geral do frevo, com a sugestão de suas marchas-frevos pernambucanas, insubstituíveis e únicas”.

Nesta paisagem carnavalesca, um ritmo é o grande responsável pela aglutinação das multidões que tomam conta das ruas, becos e avenidas da Cidade Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade durante o carnaval ou em seus momentos de alegria.

Surgido do repertório das bandas militares, o frevo pernambucano como música é o resultado da fusão da marcha, do tango brasileiro, do maxixe, da quadrilha, do galope e, mais particularmente da polca e do dobrado, que num mesmo cadinho deram origem a esta música singular de andamento alegro, ainda hoje em franca evolução rítmica e coreográfica. A partir dos anos trinta, do século passado, convencionou-se dividir o frevo em frevo-de-rua, frevo-canção e frevo-de-bloco.

Como no frevo de Severino Luiz Araújo e Nelson Luiz Gusmão, “… é lindo o carnaval de Olinda / E quem não viu ainda / Não sabe o que é paixão / A vida esquece a saudade / Tudo é felicidade / E amor no coração.”

• Do livro “O’ linda, o teu nome bem diz!”, 480 p. ilustrado, a espera de patrocínio para sua edição.

* * *

 

 

 


Literatura - Contos e Crônicas segunda, 03 de junho de 2024

O GIGANTE DE MOÇAMBIQUE! (POSTAGEM DO LETOR BAIANO GUILHERME MACHADO HISTORIADOR)

Guilherme Machado Historiador

 
 
O GIGANTE DE MOÇAMBIQUE!
 
 
 
Gabriel Estevão Monjane, o gigante de Manjacaze, media 2,45 metros de altura e era considerado o homem mais alto do mundo, fazendo parte do Livro de Recordes do Guinness.
 
O gigante de Moçambique, como era conhecido, veio pela primeira vez a Portugal em 1969, causando grande alvoroço e curiosidade: em circos, feiras ou eventos privados, Gabriel era exibido pelo país como coisa rara e insólita, tendo viajado por todo o mundo.
 
Regressou a Moçambique após a independência. Por lá, as coisas não lhe correram de feição e rareavam os espetáculos. Casou-se e teve três filhos, vivendo do que lhe dava o restaurante que criara com o dinheiro (pouco) ganho com as exibições.
 
Voltou uma segunda vez a Portugal, em 1979, mas o infortúnio perseguia-o: no Coliseu de Lisboa deu uma queda ao tentar subir as escadas, o que lhe provocou danos graves numa perna e a necessidade de um implante que foi fazer na África do Sul.
 
Regressou pela última vez a Lisboa em Setembro de 1989, alvo da mesma curiosidade de sempre e vítima dos mesmos interesses que o faziam deslocar-se penosamente pelo mundo.
Uma nova queda, em Janeiro de 1990, no quintal da sua casa em Mandlakazi, a sua terra natal, foi-lhe fatal: fez um grave traumatismo craniano, do qual não recuperou, e morreu no Hospital de Maputo com apenas 45 anos."
 
 
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Literatura - Contos e Crônicas domingo, 02 de junho de 2024

PINGA, AGUARDENTE OU CACHAÇA: CURIOSIDADE (CRÔNICA CDA LEITORA BRASILIENSE MARIA INÊS NOGUEIRA)

Maria Inês Nogueira

 

 

CURIOSIDADE:
 
Você sabia? Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.
 
Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
 
Porém, um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.
 
O que fazer agora?
 
A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
 
No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.
 
Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.
Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que, aos poucos, foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.
 
Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.
 
Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'.
 
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.
 
E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.
 
(História contada no Museu em Minas).
 
Não basta beber, tem que conhecer!
Cachaceiro bem informado
é outro nível!

 


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 31 de maio de 2024

A ORIGEM DO TERMO *CARALHO* (POSTAGEM DO LEITOR BRASILIENSE JOÃO MONTEIRO)
João Monteiro
 
 
 
Vivendo e aprendendo...
 
SABIAS QUE?!
 
A ORIGEM DO TERMO "CARALHO”
 
"Caralho" era uma palavra que os marinheiros portugueses usavam para denominar uma zona da pequena cesta "Gávea" que se encontrava no alto dos mastros dos navíos ou barcos a caravelas.
 
Esse local alto do barco chamado CARALHO, era onde os vigias subiam para ver o horizonte em busca de sinais de terra. Também era considerado um lugar de castigo para aqueles marinheiros que cometiam alguma infracção a bordo. Quando um marinheiro cometia uma infracção era enviado logo para o CARALHO.
 
Ele ficava em cima do CARALHO a cumprir horas ou dias inteiros com um sol ardente. Quando a pessoa descia, ficava tão enjoada que chegava até a ficar muito calmo ou tranquilo por vários dias. Isso, porque, no CARALHO, era o local onde se manifestava com maior intensidade o rolamento ou movimento lateral de uma caravela.
 
Foi assim então que surgiu a expressão "VAI PRÓ CARALHO!"
 
Isso, muita das vezes, você nunca irás aprender nas escolas.
 
Pode ser uma imagem de 1 pessoa, mapa e texto que diz
 
 
 

Literatura - Contos e Crônicas quinta, 30 de maio de 2024

UM TEXTO DE LIA LUFT (POSTAGEM DA LEITORA E ESCRITORA NITEROIENSE DALMA NASCIMENTO)

Dalma Nascimento

 

 

  · 
Profundo , triste , mas Real.
 
Lya Luft escritora Brasileira postou nas redes sociais esse texto lindo, pra gente refletir.
 
“Estamos todos na fila...
 
A cada minuto alguém deixa esse mundo pra trás. Não sabemos quantas pessoas estão na nossa frente.
 
Não dá pra voltar pro “fim da fila”. Não dá pra sair da fila. Nem evitar essa fila.
 
Então, enquanto esperamos a nossa vez: Faça valer a pena cada momento vivido aqui na Terra. Tenha um propósito.
Motive pessoas !!
Elogie mais, critique menos.
Faça um “ninguém” se sentir um alguém do seu lado.
Faça alguém sorrir.
Faça a diferença.
Faça amor.
Faça as pazes.
Faça com que as pessoas se sintam amadas.
Tenha tempo pra você.
Faça pequenos momentos serem grandes.
Faça tudo que tiver que fazer e vá além.
Viva novas experiências.
Prove novos sabores.
 
Não tenha arrependimentos por ter tentado além do que devia, por ter valorizado alguém mais do que deveria, por ter feito mais ou menos do que podia.
 
Tudo está no lugar certo.
 
As coisas só acontecem quando tem quem acontecer. Releve. Não guarde mágoas.
 
Guarde apenas os aprendizados.
Liberte o rancor.
Transborde o amor.
Doe amor. Ame, mesmo quem não merece.
Ame, sem querer receber nada em troca.
Ame, pelo simples fato de você vibrar amor e ser amor.
 
Mas sempre, ame a si mesmo antes de qualquer coisa.” Esteja preparado para partir a qualquer momento. Você não sabe seu lugar na Fila, então se prepare pra deixar aqui apenas boas lembranças. Suas mãos vão embora vazias. Não dá pra levar malas, nem bens... Prepare-se DIARIAMENTE pra levar consigo, somente aquilo que tens guardado no coração.”
Lya Luft

Literatura - Contos e Crônicas quarta, 29 de maio de 2024

SOLIDARIEDADE (POSTAGEM DO LEITOR BRASIIENSE JOÃO MONTEIRO)

João Monteiro

 
 
Nas dificuldades com as enchentes no RS, o Clube Internacional terá de jogar pela Copa Sul-americana, na Arena Barueri.
 
Sabe quem vai bancar o jogo e o aluguel do estádio? A honrada Presidente do Palmeiras Leila Pereira, em solidariedade ao time gaúcho.
 
Gratidão à Tia Leila 🌹❤️🌺🙏🏻🙌🏻🙏🏻
 
 
Pode ser uma imagem de 1 pessoa e texto que diz "A BANCAR! ALÉM DE CUSTEAR o JOGO, LEILA PEREIRA NÃO VAI COBRAR ALUGUEL DO INTER NA ARENA BARUERI"
 
 
 
 
 

Literatura - Contos e Crônicas segunda, 27 de maio de 2024

94ª FEIRA DO LIVRO DE LISBOA (POSTAGEM DA NITEROIENSE DALMA NASCIMENTO)

 

 

 

Pode ser um doodle de ‎2 pessoas e ‎texto que diz "‎កងីវីិជី TOL Dalma Nascimento P Dalma Nascimento RETALHOS DO OMEU DIAADIA DIA Vaa Meue encontro com velho amigo Camões 94 FE/RAL/VRO FE/RA L/VRO O Correio LISBOA 2024 F ي Dalma Nascimento Dalma ascimento Dalma Nascimento Meus escritos em oCorreio RETALHOS RET/ ALHOS MEU DIAA DIA Pawl ο Correio Crominsoteranadks BoTeBaaTyиx иTa Dalma Nascimento Meus escritose mo Correio- V2 f @redesemfronteiras Rede Sem SemFronteiras Dalma Nascimento Autora Convidada Brasil PAVILHÃO H-40 Parque Eduardo VII- Lisboa APOIADOR DR1 OFICIAL‎"‎‎

 

Em 29 de maio de 2024, Lisboa estará em festa. Inicia-se a 94ª Feira do Livro, naquela histórica cidade portuguesa. E o nosso Brasil — em amistosa interação além-fronteiras — estará presente em um bem organizado estande.
 
Nele, novos escritores contemporâneos marcarão seu nome, quer de forma presencial, quer com seus livros expostos e comentados. E isto, graças ao dinamismo da presidente da Rede Sem Fronteiras, a Maga das Realizações, Dyandreia Portugal, a que promete e cumpre.
 
Auxiliada por eficiente equipe, ela elaborou variadíssimas atividades para todos os dias do evento. E, dentro das múltiplas ideias programadas, Dyandreia, com mágica varinha de realização, ampliará — conforme já o fizera nas feiras anteriores, facultando horizontes internacionais — escritores iniciantes e de vários estados do Brasil.
Essa amistosa interação com personalidades inscritas de norte a sul do nosso país, confirma o desempenho eficaz da dinâmica jornalista Dyandreia, ao entrelaçar diversificados fios da cultura brasileira com o mundo.
 
Assim, dos dias 29 de maio a 16 de junho, no Pavilhão H 4, a Rede Sem Fronteiras levará ao mundo um pedacinho da intelectualidade brasileira. Dentre os quais, destaca-se, inclusive de Niterói, a escritora Matilde Slaibi Conti, que será uma das autoras homenageadas de honra.
 
Daqui de Niterói, vibrarei em pensamento o sucesso do Brasil. Estarei muito bem retratada pela escritora Ana Maria Tourinho — vice-presidente de Núcleos Culturais da Rede Sem Fronteiras. Alguns de meus livros recém-lançados estarão expostos na feira.
 
PS.: Agradeço ao meu amigo escritor Pedro Caldas, que digitou o texto acima. Infelizmente, estou limitada a escrever muito.
 
 
 
 

Literatura - Contos e Crônicas quinta, 23 de maio de 2024

CABO BORÓ (CRÔNICA DO LEITOR BALSENSE CAPITÃO CARLOS PEREIRA COSTA FILHO)

 

CABO BORÓ

Carlos Pereira Costa Filho

 

 

O ano era 1987. Servia eu no 71º Batalhão de Infantaria Motorizado em Garanhuns-PE, sob o comando do famoso coronel Malta, homem bastante temido por todos os subordinados.
 
Coronel Malta assumiu o comando da Unidade naquele ano em substituição ao Coronel Areski. Na primeira formatura, o comandante falou à tropa, em alto e bom som, que ele não era do tipo de comandante que pintava meio-fio para general, pois naquela época já era costume dar um trato nas guias, melhorar a faxina, enfim, deixar a casa nas melhores condições para receber o nosso chefe imediato, o General Coutinho, comandante da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada, unidade do Exército sediada em em Recife-PE.
 
A visita de inspeção geralmente acontecia após o término do período básico de formação dos recrutas. Quando foi anunciada a visita do general, o comandante do batalhão determinou que fosse feita a pintura completa da Unidade. Foi um corre-corre adoidado. Depois, entendemos o que o novo comandante quis dizer que não pintaria meio-fio. Realmente, ele não era de pintar só meio-fio. Pintou o batalhão inteiro.
 
Os militares que serviram no 71º BIMtz naquela época e no comando desse nobre coronel sabe muito bem do que estou a dizer. Os comandantes de Subunidade ficaram loucos. Receberam as ordens do comandante da Unidade e teriam que cumpri-las a qualquer custo e em espaço de tempo muito pequeno. A sargentada se desdobrava aos extremos.
 
Na Segunda Companhia de Infantaria, havia uma figura muito conhecida que em matéria de faxina na Subunidade ou nas Guardas não havia outro igual. Era o Cabo J. da Silva, vulgo “Jota Boró”. Cabo Boró auxiliava o encarregado de material da época, o então Sargento Honório.
 
Honório, para cumprir as tarefas de faxina, teria obrigatoriamente de contar com a preciosa ajuda do Cabo Jota Boró. Os encarregados de material das outras subunidades desejavam naquele momento ter um Jota Boró como seu auxiliar. Somente a 2ª Cia tinha esse privilégio.
 
Mas, como nada é perfeito, Jota Boró, descendente de índio pancararu, no auge dos seus vinte e poucos anos de carreira, bebia e fumava cachimbo. Não era muito dado a leitura. Muito provavelmente sabia apenas assinar o nome.
 
Era praxe naquela época a existência nas Unidades desses nobres remanescentes aculturados. Alguns deles até aprendiam alguma coisa nas Escolas Regimentais; outros não demonstravam a menor habilidade na caneta de tinta, mas o Cabo Jota Boró era muito bom na caneta que ele necessitava para a limpeza. Para quem não sabe, caneta de limpeza é o sinônimo castrense de vassoura.
 
Chegado o dia da visita, fomos todos, ou quase todos, para a formatura geral do Batalhão. O comando da Brigada de Infantaria do Recife aproveitou a inspeção do período básico para verificar não somente o aprendizado dos recrutas, mas a todos os integrantes do batalhão que deveriam portar um memento no bolso contendo todas as suas atribuições e o número do seu armamento.
 
O general recebeu o comando da tropa e logo em seguida deixou a tropa em forma para ser inspecionada por alguns militares do seu comando. O general reúne o coronel comandante do 71º BIMtz e outros oficiais do comando da brigada para verificação das instalações do Batalhão.
 
Iniciou a inspeção nas seções que ficam na praça do pavilhão de comando. Após a verificação das instalações do rancho chegaram ao pavilhão das Subunidades. Logo, chegaram na 2ª Companhia. Impecável como sempre. O general deu uma olhada de passagem e já alargava a passada rumo a 1ª Companhia quando alguém da sua equipe sentiu um forte cheiro. O Coronel do Estado-Maior da Brigada, aproximou-se do local de onde vinha o cheiro de fumaça. Encontrou um militar sentado, com as pernas cruzadas, em um tamborete, na porta de entrada dos banheiros dos Cabos e Soldados. Apenas de calção e tênis sem meia o Cabo Jota Boró tirava a maior baforada no seu cachimbo.
 
O Coronel lhe dirige a palavra em tom altivo e pergunta: - O que é que você está fazendo aí, militar? Jota Boró, desconhecendo totalmente aquela autoridade, responde na maior naturalidade possível:
 
– Mandaram eu me esconder aqui por causa do "diabo de um general".
 
Aos nobres militares que tiveram o privilégio de servir naquela época, um grande e fraternal abraço, especialmente ao Cabo J. da Silva, o nosso querido Jota Boró. 
 

 


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 22 de maio de 2024

PIULINHA E O EXAME LABORATORIAL (CRÔNMICA DO LEITOR BALSENSE CARLOS PEREIRA COSTA FILHO)

PIULINHA E O EXAME LABORATORIAL

Carlos Pereira da Costa Filho

 

 

Acordei hoje mais balsense do que nunca. Logo cedo, recebi uma ligação do meu primo Amaro Cardoso, empresário em Balsas, e, durante a conversa, acabei recordando muitas coisas de Balsas.

Em seguida, saí de casa para realizar alguns exames em um laboratório na cidade de Osasco, situada na grande São Paulo. Lá, enquanto esperava ser atendido, talvez tocado pela ligação que recebi e observando melhor o atendimento dispensado às pessoas, lembrei-me de uma ocasião em que precisei ser atendido no Hospital São José na minha querida cidade de Balsas. Isso foi em 1976, ano em que passei por muitos problemas de saúde.

Era bem cedo da manhã. Balsas ainda dormia quando eu e minha mãe, Luzia Bucar, nos dirigimos ao Hospital São José. Chegando lá, ficamos esperando a oportunidade para ser atendido a fim de realizar a coleta de sangue para um exame. Enquanto esperávamos no salão, chega uma figura bastante conhecida na cidade, pelo menos naquela época: era Evandro, mais conhecido por Piulinha.

Jovem e descontraído, ele chega e já pergunta o motivo de estarmos ali. Minha mãe respondeu. Quase sem ânimo para nada, mesmo assim me lembro muito bem que o Piulinha trazia consigo, embaixo do braço esquerdo, uma garrafa de plástico, daquelas usadas por uma marca de álcool. A garrafa estava cheia até a tampa com um líquido amarelo escuro. Na mão direita, ele segurava uma lata de 400 gramas, já sem o rótulo. Sabia-se, no entanto, ser um vaisilhame de um certo leito em pó muito conhecido.

Piulinha ia de um lado a outro da sala de espera do hospital, e aquela atitude me incomodava. Lá pelas tantas, minha mãe resolveu perguntar a Piulinha o motivo de ele está ali. Ele logo despachou:

– Vim trazer o mijo da mãe pra fazer exame.

Eu, mesmo, quase sem poder falar, não aguentei de curiosidade e perguntei:

– E nessa lata tem o que?

Piulinha, na maior inocência, respondeu sem pestanejar:

– É a bosta de mãe. Tá cheia também. É pra fazer exame.

Pois é, voltando ao meus estado normal no salão de espera do laboratório em Osasco, me dei conta de que as coisas mudaram muito daquela época para cá quando se trata de exames!

Ainda bem!


Literatura - Contos e Crônicas segunda, 29 de abril de 2024

CRACOLÂNDIA (CRÔNICA DO LEITOR BALSENSE CAPITÃO CARLOS PEREIRA COSTA FILHO)

 

 

Cracolandia! Você já ouviu falar nessa palavra, que em princípio pode até soar bem no ouvido de alguns que colocam o nome de seus filhos como Maurilândia, Orlândia? Já ouviu falar em algum nome assim? Eu ouvi. Afinal, sou nordestino!

   Pois é, esse maldito nome vem da junção de “crack” , que não é o caso do atleta acima do normal, não, é a droga mesmo, aquela produzida com a mistura da pior parte da cocaína com bicarbonato de sódio e do sufixo “landia”, que quer dizer cidade, portanto, o significado será “cidade do crack”. Tem coisa pior do que isso? Pois bem esse lugar existe e fica aqui no centro da bela cidade que encanta e desencanta a todos nós: SAMPA. Sabe onde fica Sampa? Caetano Veloso sabe! Pergunte a ele. No cruzamento da São João com a Ipiranga é só seguir o rumo que quiser que você verá a cena mais horripilante que se pode imaginar. Nem Virgílio levaria Dante a lugar de tamanho horror. Acredito que as drogas produzidas na Velha Bota de 1300 d. c. não produziriam tamanho estrago!  No majestoso prédio da estação Júlio Prestes, onde funciona a maior sala de espetáculo da América Latina: a Sala São Paulo. Belos concertos, bela música, bela gente! É isso aí mesmo, tudo lindo e maravilhoso. O cenário se completa quando nas suas calçadas vemos crianças jogadas por todos os cantos. Não é somente criança. Temos o público do lado-de-fora repleto de ex-homens, ex-mulheres, ex-aquilo e ex-aquilo outro. Todos vitimados pela doença mais consoladora dos sofrimentos daquela “gente”, se é que podemos chamar assim – o vício do crack!
 
   Tenho certeza que se Caetano tivesse visto essa cena dantesca, jamais a poesia Sampa teria saído daquela forma. Olhamos por todos os lados e o que vemos causa verdadeira ojeriza. Todos formando uma massa falida, imprestável, apodrecida, sem vida, sem coragem, sem nada.
   Causam prejuízos irreparáveis a si mesmos, ao patrimônio público, às pessoas, enfim. Já não possuem mais o caráter. Falta a cada um daquelas pessoas algo determinante na vida do ser humano, que é a vontade. Sem vontade, não se é. Sem ser somos ninguém. Se somos ninguém, não existimos. Se não existimos, ninguém se importa conosco. Vamos vegetando por aqui, ali, até que um belo dia aconteça o que para nós seria bem melhor: morrer para sermos recebidos no Inferno de Dante, pois tenho certeza que é bem melhor do que isso aqui. Diriam eles se pudessem pensar!
   Passamos nós todos os dias por aquele umbral. Nem sequer nos apercebemos mais da situação vexatória. Passamos por cima dos corpos estendidos, embriagados pelo torpor da inexistência. Quando muito, apenas nos confrontamos com nosso consciente que nos diz algo que logo passa, como nós passamos. Não fazemos mais nada. Natural. É muito natural! Ninguém faz nada! Por que eu haveria de fazer? Logo eu que não tenho condições alguma de aguentar sequer o fedor da urina e das fezes que temperam o ambiente? Ah, eu não tenho estômago para isso! O governo também não o tem. E quando digo governo é preciso lembrar que o governo tem três vertentes todas inertes na sua grandeza: legislativo, executivo e judiciário. Quando queremos culpar o governo só nos lembramos do pobre do poder executivo; lembramos dos prefeitos, governadores e presidente; esquecemos dos vereadores, deputados federais, estaduais, senadores e completando o circo os membros do mais alto poder do país, os intocáveis do judiciário.
   No Brasil os poderes só são harmônicos na Carta Magna! O legislativo seria o mais importante deles, se o país fosse decente. São eles que deveriam ser autores de leis que possibilitassem o executivo exercer de forma produtiva o seu mister. São eles que além de não produzirem a legislação mais adequada ao país, deixam que o executivo mercantilmente legisle em seu lugar! Aí eu pergunto: para que serve o poder legislativo, se esse poder delega a outro o direito de fazer o que ele deveria? E o tal poder judiciário? Até parece um poder que brotou no paraíso com o retorno de Dante pelos braços de sua amada Beatriz. São os ungidos do divino. Agem como se não fizessem parte da nossa pátria amada e idolatrada. É um poder atemporal.
   Estamos diante do caos! O poder executivo ainda por cima cria órgãos que dificultarão a sua atuação quando ele resolve atuar. Parece até que é de propósito. Lembremos do Ministério Público, este o mais ferrenho inimigo do governo. Nem sequer se lembram de que dele faz parte e parte do poder executivo. Nem precisa lembrar do Estatuto da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, para não ter que perder tempo em enumerações sem propósitos. O certo é que estamos diante do caos. E no meio disso, você cidadão que ainda não se deu conta de que também é vítima desse Estado viciado, não em crack, mas em inércia proposital.  Você é a vítima porque é apático, impotente, descompromissado, e conivente quando nem sequer sabe quem escolheu para votar na eleição passada. Talvez tenha vendido também sua consciência. Os políticos já pagaram o teu preço; resta agora ficar calado.
   Ninguém do governo tem interesse verdadeiro em resolver a situação dos viciados em crack no país. A cracolândia é apenas o espelho em maior proporção da situação em que se encontra o nosso Brasil. Aqui cabe um adendo: brasil mesmo! É brasa pra todo lado. Só se ver fogo acendendo as pedras do crack. Agora faz sentido o nome brasil? Estão forçando a que pensemos dessa forma.
   A crítica em si já não representa nada. A solução eu posso dizer. Sei que vai doer em alguns, porém é necessário falar. Afinal alguém tem que começar. Primeiro, os poderes do Estado, todos eles em verdadeira união e firme propósito de agir, propiciar medidas de curto, médio e longo prazo, a saber: como cada uma daquelas pessoas já não dispõem de suas razões, deve compulsoriamente ser retiradas daquele local infecto e colocadas em isolamento em fazendas do governo criadas exclusivamente para recuperar esses nossos irmãos, onde receberão tratamento médico aliado a tratamento psicológico, espiritual e trabalho organizado. Se quiserem discutir os pormenores teremos tempo para isso depois que tomarmos as primeiras atitudes. Muita gente vai criticar, eu sei. Apresentarão mil e uma formas alternativas. Todas elas já testadas e que se mostraram improdutivas, portanto, firmeza e atitude são necessárias. ONGs por perto? Deus nos livre! Você sabe o que é uma ONG no Brasil? De Olho Na Grana também é outro mal que deve ser extirpado. O Estado pode fazer sua parte e fazer muito bem. Basta que para isso sigamos o conselho de Capistrano de Abreu: que todo brasileiro estaria obrigado a ter vergonha na cara. Se cada um de nós tivesse mesmo vergonha na cara o Estado por sua vez também teria. Em segundo lugar, entraria em campo os religiosos de todos os matizes com seus processos desobsessivos, facilitando a recuperação dos dois planos. E em terceiro lugar, a sociedade produtiva que no retorno desses ex-viciados em crack possa agasalhar a cada um deles para transformar o desejo da recidiva em trabalho. 
   É preciso restabelecer fortemente a célula mater de toda sociedade que deseja ter em seu seio bons cidadãos e por sua vez um bom Estado: A FAMÍLIA. Esse ponto haverá controvérsias, porém, sem a família, instituição mais perfeita criada pelo homem, jamais teremos um Estado de paz, de harmonia.
   O traficante, além do lucro da venda de suas drogas, lucra também com o desespero de cada família que tem um ou mais membros no vício.
   Não  podemos mais esperar. É chegada a hora de agir. Façamos todos juntos e agora.

 


Literatura - Contos e Crônicas sábado, 27 de abril de 2024

O CARTEIRO E O DEFUNTO (CRÔNICA DO LEITOR BALSENSE CAPITÃO CARLOS PEREIRA COSTA FILHO)

O CARTEIR0 E O DEFUNTO

Carlos Pereira Costa Filho

 

 

Em 2 de novembro comemora-se o dia de finados.

Percebe-se claramente a contribuição dada pelos antigos cristãos para a formação de novas palavras em um determinado idioma. No nosso caso, o velho Português.

Neologismo lexicografado já é indício de que a palavra pode e deve ser utilizada. 

Fiz um arrodeio para dizer que a palavra finados vem de fim. 

Fim mesmo, visto que os cristãos acreditam em Deus até o momento da morte. Depois disso.....bom, o resto é dúvida. O mais provável, para a maioria dessas pessoas, é que seja realmente o fim.

Nos dias de finados lembro-me de Balsas. Nessas lembranças me vem à cabeça os mortos que deixei por lá, enterrados no Cemitério da avenida Catulo, conhecida antigamente pelo apelido de praça dos três “C”, visto concentrar naquela área, em convivência pacífica e ordeira, cabaré, cadeia e cemitério.

Diziam que o camarada aprontava no cabaré e logo seria preso pelo Soldado Ribamar Kikiki. Depois de morrer de fome na cadeia o corpo seria levado ao cemitério, lugar onde deveria encerrar a pena.

Mas, deixemos pra lá esse assunto violento e macabro, por enquanto.

Quero me referir agora a um certo fato do qual me lembrei ao refletir sobre o dia de finados: a morte de um cidadão da cidade de Alto Parnaíba que foi a Balsas para tratamento de saúde, mas faleceu no Hospital São José.

A esposa, sofrendo muito naquele momento, teria de levar o corpo do marido para ser sepultado em Alto Parnaíba. 

Para isso, fretou o jeep boiadeiro (jeep de quatro portas) do Luis Sandes. 

Como já era noite, Luis Sandes lembrou-se do velho carteiro que fazia a ligação dos Correios de Balsas a Alto Parnaíba, passando necessariamente por Brejo da Porta (hoje Tasso Fragoso), pois, com certeza, o carteiro balsense faria esse trajeto por aqueles dias e Luis Sandes poderia contar com a companhia do Paulo Bregaro balsense em missão tão piedosa. 

Já passava das oito da noite quando Luis Sandes se dirigiu à casa de Amazilo, o velho carteiro. 

Convite feito e logo aceito sem pestanejar. 

Para Amazilo seria melhor sair logo à noite de carro do que enfrentar a distancia de burro ou de uma possível carona. Melhor acompanhar o cortejo, pensou ele.

Um hábito muito presente no Amazilo era o de tomar uma proncha.  Isso mesmo, gostava de beber uma boa cachaça, misturada com uma vereda.  Sem ela como companheira, Amazilo não enfrentaria com tamanho sacrifício os desafios da viagem.

O carteiro apanhou a correspondência no prédio dos Correios e, logo após, rumaram para o Alto Parnaíba Luis Sandes, Amazilo, a viúva chorosa e o defunto.

A estrada vicinal era muito ruim. 

Viajando noite adentro, motor do jeep roncando, Amazilo bebendo e falando, viúva chorando e Luis Sandes dirigindo, ouvia tudo e, de vez em quando, também tomava uma. dose.

Lá pelas tantas, incomodados pelos murmúrios da viúva, Amazilo, sentado no banco ao lado do condutor, virou-se para trás e convenceu a pobre mulher a tomar um gole da “maranhense” a fim de se acalmar.

A viuvinha sentiu-se bem melhor com a sensação que a vereda lhe proporcionara. Até começou a interferir na conversa entre Luis Sandes e Amazilo.

Por volta das duas hora da manhã chegaram a Brejo da Porta, hoje Tasso Fragoso.

Encontraram a cidadezinha às escuras, como era de costume no velho Maranhão largado às traças, muito embora o seu povo seja apaixonado pelo Sarney. 

Pararam no posto de abastecimento e borracharia da cidade. O único, por sinal. 

Luis Sandes faria uma inspeção no veículo antes de continuar. 

Nessa hora chega o borracheiro e pergunta a Luis para onde estão indo. Luis logo responde que está indo até o Alto Parnaíba com a missão de levar um defunto.

O borracheiro, homem curioso, fez a volta no veículo para certificar-se da novidade. Ao reencontrar-se com Luis, pergunta:

- Cadê o defunto?

Luis Sandes respondeu:

- Tá aí na traseira do jeep.

O borracheiro continua:

- Aqui mesmo não. Já acendi a lanterna e foquei até debaixo do jeep e não vi defunto algum.

Foi um desespero só. 

Espantados com a ausência de tão ilustre passageiro, lembrou-se Luís Sandes da existência de uma ladeira muito íngreme antes de chegar a Brejo da Porta, provavel local onde poderia o defunto ser encontrado. 

Retornaram às pressas. 

A intuição de Luis Sandes estava correta, pois encontraram no topo da ladeira o caixão já aberto e sem o corpo do defundo. 

Deu um pouco de trabalho para encontrar o defunto, pois rolou ladeira abaixo após o caixão abrir-se. 

Talvez teria sido o último esforço do finado na esperança de escapar daquele vexame.

Recolocado o defunto no esquife, embarcaram-no novamente no veículo.

Desta vez, porém, seguindo orientação muito lúcida do velho carteiro Amazilo, obrigaram a viúva a seguir escanchada no caixão a fim de fazer o peso necessário para firmar a nobre mercadoria e não acontecer um novo imprevisto.

Ao chegarem a Alto Parnaíba, Amazilo, o bom carteiro, por muito ter se preocupado com a situação do defunto, esqueceu-se que a carga que levara para os Correios ficara para trás, provavelmente na ladeira do Brejo da Porta.

A historia é feita por homens, mulheres, cachaça e defuntos.

 


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 26 de abril de 2024

SOLDADO RIBAMAR QUIQUIQUI (CRÔNICA DO LEITOR CAPITÃO CARLOS PEREIRA COSTA FILHO, BALSENSE)

 

 

Soldado Ribamar Quiquiqui

Carlos Pereira Costa Filho

dezembro 01, 2012

 

Fico observando as notícias sobre violência e cada vez mais me convenço de que lugar tranquilo mesmo era Balsas-MA, até o início dos anos 80.

Calma! Você também pode ter o seu lugar tranquilo. O meu era o balsinha de açúcar.

Quem viveu do início dos anos 80 às décadas mais remotas, há de concordar comigo sobre essa conclusão.

Naquela época, pelo menos a que me lembro, existia em Balsas uma pequena delegacia de polícia, cujo cargo de delegado era exercido por um sargento da gloriosa Polícia Militar do Estado do Maranhão. O Sargento João foi o primeiro de que me lembro e o segundo e muito mais atuante era o Sargento Soares.

Auxiliando o delegado nas tarefas, um pequeno efetivo de Soldados, dentre os quais se destacava o Soldado Ribamar, oriundo da antiga Guarda Municipal, bastante conhecido do povo balsense, principalmente pelo jeito peculiar de agir quando alguém era preso na Cadeia Pública. Era o Soldado "quiquiqui". Não estranhe. Soldado da gloriosa Polícia Militar do Maranhão, Ribamar era mais conhecido mesmo por um pequeno defeito que se tornava grande na hora em que ele falava. Era gago e sempre iniciava uma conversa com o bordão:

- Qui, qui, qui.....

Bom, o povo "du" Balsas não perdoa: mata. Mata de vergonha o camarada quando confere a ele um título por vezes constrangedor. O certo mesmo é que os balsenses conheciam o Soldado Ribamar Quiquiqui.

Quiquiqui era o elemento que cobria a retaguarda do pequeno efetivo da polícia militar quando conduzia alguém preso ao xadrez da cadeia conhecida por São Damião. Cobria a retaguarda afastando as crianças e os curiosos que, em procissão, acompanhavam o evento até chegar à delegacia.

Hoje, quando perco meu tempo ao assistir o Datena, com toda aquela enrolação possível ao narrar um fato interminável, me faz lembrar as vezes que acompanhei aquelas procissões formadas quando algum infrator era levado ao xadrez. Acompanhava com certa dificuldade, exatamente pelo trabalho eficiente do Soldado  Quiquiqui, que, andando de costas por todo o trajeto entre o fato e a cadeia, afastava a meninada, estendendo os braços, dizendo:

- "Me-menino, va-vai pra casa. I-i-isso não é coisa pra me-me-menino ver não. Sai, sai daqui".

Ribamar tinha razão! Na realidade, não era ele apenas um policial; era, por excelência, um educador. Desejava mais a tranquilidade do lar à violência das ruas.

Hoje, talvez se o Soldado Quiquiqui ainda estivesse na ativa, com certeza estaria batendo na porta de cada casa falando com seu modo peculiar de dizer:

- "Me-me-menino, desliga e-e-essa televisão aí. Vai.... pra rua brincar com os-os.... amigos, que-que... é bem melhor do que essa po-porcaria".

Neste humilde texto expresso publicamente o meu mais profundo respeito ao nosso Soldado Ribamar que fez da farda um jaleco de professor.

 


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 18 de abril de 2024

AMOR À VIDA (CRÔNICA REMETIDA PELO ESCRITOR TERESINENSE JANCLERQUES MARINHO)

 

AMOR À VIDA
Janclerques Marinho
 
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CHICOLÉ, de Floriano (grande craque e piolho de bola) era quem dizia pra gente - “Vocês sabem muito bem como fui criado, o meu pai foi muito rígido na criação dos filhos; lá em casa, tinha dia, que quando ele estava zangado, o único amigo que entrava lá e conseguia sair comigo pra jogar era Nego Chico Kangury (foto).
 
Mamãe gostava muito dele e o seu pai, seu Vicente Kangury era um dos amigos confidencial do meu pai, e o outro era o senhor Antonio Segundo, grande enfermeiro, que ajudava até a operar gente no Hospital. Pois bem, aconteceu de ter um jogo importante em Jerumenha.O papai em casa estava zangado, eu teria que ir escondido e voltar no mesmo dia.
 
O Deoclecinho possuía uma caminhoneta e sempre era o encarregado de ir buscar-me e deixar em Floriano, quando acontecia este impedimento. Distancia de Jerumenha para Floriano, 10 léguas e meia ( 67 km ). O Jogo naquela época começava às três e meia da tarde, porque era para terminar ainda com a claridade do dia.
 
A estrada era piçarrada e Deoclecinho gostava de pisar no acelerador, que se a gente olhasse pro lado via as arvores curvadas. Saímos de Floriano depois do almoço, só a mamãe sabia disso. Ao terminar o jogo, o Deoclecinho foi apanhar-me no campo e já chegou com o seu Zé Leonias de carona pra Floriano.
 
Ao sairmos de Jerumenha, uma senhora grávida, com dores de parto, pediu carona também, mas como a caminhoneta era de cabine simples, educadamente desci e dei o meu lugar para a senhora, mas o seu Zé Leonias disse, com toda a calma do mundo - “não, meu filho, não se preocupe, você está cansado, que eu vou na carroceria, pode deixar”. Eu ainda ponderei, mas ele não aceitou e subiu na carroceria da caminhoneta.
 
E o nosso amigo Deoclecinho saiu rasgando, só fiz o sinal da cruz e pronto. O que se ouvia era só o gemido da mulher e a preocupação do motorista para que ela não parisse na beira da estrada. Quando estávamos passando no Papa – Pombo, já próximo de Floriano, o seu Zé Leonias de repente bateu na cabine pedindo parada. 
 
Deoclecinho parou o veículo e perguntou o que foi, ele desceu e, calmamente, disse: "meu filho, o meu chapéu caiu lá atrás e eu vou voltar para procurar, pois é muito familiar, não se preocupe comigo, podem ir embora com a mulher, que chego em Floriano. Ai entramos num acordo, eu ficava com o seu Zé Leonias e Deoclecinho ia levar a mulher no hospital e voltava pra buscar a gente. Quando ele saiu na camioneta, o seu Leonias disse pra mim: "meu filho, eu tenho amor à minha vida, o chapéu não caiu, não, eu mesmo joguei fora para ele poder parar e eu descer; olhe, meu filho, Deus me livre de andar mais com um homem desses. Pegamos o chapéu e uma carona em um caminhão e, antes de chegarmos em Floriano, cruzamos com Deoclecinho, que já ia retornando para Jerumenha. O senhor José Leonias era muito tranquilo, gente boa, esposo da dona Joana, pai do Tadeu, Neno, Maria José, Budim, Daniel, Mario e muitos outros. Amigo do senhor Vicente Kangury, Antonio Sobrinho, Antonio Segundo, Chico Amorim e do meu pai Lourival Xavier.
 
Moral da resenha: cheguei em Floriano ainda com o tempo de justificar a demora. 
 
 

 


Literatura - Contos e Crônicas segunda, 08 de abril de 2024

BECO DAS ALMAS (POSTAGEM DO ESCRITOR TERESINENSE JANCLERQUES MARINHO)

BECO DAS ALMAS

Janclerques Marinho 

 

Antigo Beco das Almas

 

 

Conto - Dácio Borges de Melo

 O certo é que Danúnzio, Divaldo e nego Cléber foram a uma tertúlia que sempre ocorria naqueles fins de semana. 

Terminado a festa, Divaldo e nego Cléber resolveram esticar a noite e Danúnzio tava escalado, por dona Lourdes, pra fazer a feira bem cedo, por isso rumou mais cedo pra casa. 

Alta noite, no caminho de casa, tinha que encurtar estrada passando pelo beco das almas. Caminho estreito, cercado de mato, escuro que nem breu. 

Antes de chegar no beco, bateu a mão no bolso e tirou o único cigarro que tinha, todo amassado, bateu outra vez a mão no as bolsos atrás de fósforo, em vão. 

Enfrentar o beco tenebroso sem um cigarro pra iludir o medo era fogo. Mas foi o jeito, entrou nas trevas das almas, com o cigarrinho na mão, no ponto de qualquer barulho sair correndo a mais de mil. 

O efeito da cachaça é que ainda lhe dava um rasgo de coragem. A passos rápidos, em meio a trevas totais, seguiu beco a dentro. 

Na outra entrada beco, avistou uma pequena brasa dançar no ar, o que fez todo seu cabelo levantar! Logo a seguir se acalmou quando ouviu alguém assoviar  uma música comum na época. 

Certamente pra espantar o medo do afamado beco. Sem ninguém enxergar ninguém, ao se aproximar um do outro, Danúnzio perguntou com a voz arrastada..."tem fogo aí, meu amigo". 

Danúnzio não viu, mas sentiu o cara jogar algumas coisas pra cima e com uma voz rouca gritar e disparar noite a dentro. 

De manhã cedo já no rumo da feira, Danúnzio resolveu passar pelo beco pra ver o que resultou da noite assombrosa. Encontrou um pau de travessa, um cofo com peixes e outros espalhados, vara de pescar e outras coisas mais. 

Filhos, netos e bisnetos, certamente ouviram muitas estórias de assombração.

 


Literatura - Contos e Crônicas quarta, 03 de abril de 2024

TEMPO DE PAPAGAIOS (CRÔNICA DO LEITOR TERESINENSE JANCLEQUES MARINHO)

TEMPO DE PAPAGAIOS 

Janclerques Marinho

 

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Eu nunca fui bom de papagaio. Quando os ventos gerais chegavam, todo mundo corria à procura dos artesãos, dos craques na feitura dos surus, lanciadores, curicas, surus de besouro nas mais variadas cores.

Me lembro bem do Tete e do Cebola. Embora não sendo bom na empina, sempre estava participando da brincadeira. Segurando o papagaio pra levantada de voo, passando o cerol na linha e depois me juntar a turma na expectativa da queda bonita de alguns surus cortados.

Na ânsia de comer linha, varávamos cercas de quintas e quintais sem respeitar nada. Lembro-me bem, ali nas imediações da galeria abaixo da rua do fogo, o suru tinha caído no quintal dum carroceiro muito brabo, nós pulamos a cerca afobados pra comer linha e o dono da casa correu pra ver que zoada era aquela no seu quintal. Foi olhar pra nós e gritar bem alto, com raiva, "me traz o facão aí, muié, ligeiro!".

Rapaz, nunca vi nêgo pular cerca de arame tão depressa como naquele dia! Nós correndo apavorados e o negão gritando da cerca, “espera aí seu bando de feladaputa, vou capar um por um!” Só fomos parar, quando sentamos na calçada de seu Benedito, na nossa rua (José Coriolano com João Chico), tamanho era o pavor! Quando recuperamos o fôlego, a risada foi geral. Passei um bom tempo sem passar na galeria.

Fonte: Dácio Melo (filho de Mestre Walter).

 


Literatura - Contos e Crônicas segunda, 01 de abril de 2024

OLINDA, NO TEMPO DOS FLAMENGOS (CRÔNICA DO COLUNISTA LEONARDO DANTAS)

 

OLINDA, NO TEMPO DOS FLAMENGOS
Leonardo Dantas
 
 

A vida religiosa da capitania tinha como centro a matriz do Salvador do Mundo, sendo ela, em todo século XVI e início do século XVII, a segunda igreja em importância da América Portuguesa, depois da Sé da Bahia. O grande templo foi parcialmente concluído em 1540, apresentava-se com três naves, tendo na portada duas colunas geminadas. O padre Fernão Cardim assim o descreve em 1584: “uma formosa igreja matriz, de três naves, com muitas capelas ao redor, e que acabada ficaria uma boa obra”.

Preocupou-se o primeiro donatário não somente com a implantação da agroindústria açucareira, mas também com a educação da juventude e, muito particularmente, com a catequese dos indígenas, tendo para isso entregue aos padres da Companhia de Jesus, em 1551, a ermida de Nossa Senhora da Graça, por ele construída na mais alta elevação da vila. Coube aos padres Manoel da Nóbrega e Antônio Pires coordenarem o nivelamento do terreno e nele iniciar a construção, junto à primitiva igreja, do edifício do Colégio de Olinda. As obras se prolongaram por toda a segunda metade do século XVI, juntamente com a instalação de um Horto Botânico destinado à aclimatação das plantas exóticas, trazidas da Europa e do Oriente para Pernambuco.

Também as ordens religiosas procuraram estabelecer os seus conventos em terras da nova capitania. Inicialmente, como já vimos, foram os Jesuítas (1551), seguindo-se dos Franciscanos (1585), Carmelitas (1588) e Beneditinos (1592).

 

Ruínas da Sé em Olinda – Frans Post

Uma visão de Olinda, no início do século XVII, nos é dada por Ambrósio Fernandes Brandão, em Diálogos das grandezas do Brasil (16l8):

Dentro na Vila de Olinda habitam inumeráveis mercadores com suas lojas abertas, colmadas de mercadorias de muito preço, de toda a sorte em tanta quantidade que semelha uma Lisboa pequena. A barra do seu porto é excelentíssima, guardada de duas fortalezas bem providas de artilharia e soldados, que as defendem; os navios estão surtos da banda de dentro, seguríssimos de qualquer tempo que se levante, posto que muito furioso, porque têm para sua defensão grandíssimos arrecifes, a onde o mar quebra. Sempre se acham nele ancorados, em qualquer tempo do ano, mais de trinta navios, porque lança de si, em cada um ano, passante de 120 carregados de açúcares, pau-brasil e algodão. A vila é assaz grande, povoada de muitos e bons edifícios e famosos templos, porque nela há o dos Padres da Companhia de Jesus [1551], o dos Padres de São Francisco da Ordem Capucha de Santo Antônio [1585], o Mosteiro dos Carmelitas [1588], e o Mosteiro de São Bento [1592], com religiosos da mesma ordem.

A riqueza de Olinda, por sua vez, era sustentada pelas mercadorias exportadas através porto de Pernambuco, notadamente o açúcar. Sua importância nas relações comerciais com o norte da Europa, é ressaltada em grande parte dos documentos do século XVI e início do século XVII, graças à produção do açúcar, que passara de gênero de alto luxo a produto acessível às classes de menor poder aquisitivo. Tal riqueza veio despertar a cobiça dos piratas e corsários, tornando as caravelas (navios pequenos e mal-armados), em presas fáceis. Informa K. R. Andrews que, entre 1589 e 1591, Portugal perdeu para corsários ingleses nada menos que 34 navios, em sua maioria procedentes dos portos de Pernambuco e da Bahia.

Em 1589, segundo fonte jesuítica, num período de nove meses, foram apreendidos por ingleses e franceses 73 navios carregados.

Na primeira metade do século XVII a riqueza da capitania de Pernambuco, bem conhecida em todos os portos da Europa, veio despertar a cobiça dos Países Baixos. Em guerra com a Espanha, sob cuja coroa se encontrava Portugal e suas colônias, necessitava a Holanda e demais repúblicas de todo açúcar produzido no Brasil para suas refinarias (26 só em Amsterdã). Com o insucesso da invasão da Bahia (1624), onde permaneceram por um ano, mas com o valioso apoio de Isabel da Inglaterra e Henrique IV da França, rancorosos inimigos da Espanha, a Holanda, através da Companhia das Índias Ocidentais, formada pela fusão de pequenas associações, em 1621, cujo capital elevara-se, em pouco tempo, a 7 milhões de florins, voltou o seu interesse para Pernambuco.

A produção de 121 engenhos de açúcar, “correntes e moentes” no dizer de van der Dussen, (¹) viria a despertar a sede de riqueza dos diretores da Companhia, que armou uma formidável esquadra sob o comando do almirante Hendrick Corneliszoon Lonck. Uma grande armada, com 65 embarcações e 7.280 homens, apresentou-se nas costas de Pernambuco em 14 de fevereiro de 1630, iniciando assim a história do Brasil Holandês.

A Vila de Olinda, uma das mais abastadas da América Portuguesa, cujo fausto era comparado com Lisboa e Coimbra, não se perturbara com os boatos da chegada dês uma grande armada .

Nas ruas os seus habitantes, aproveitando as festas pelo nascimento do príncipe Baltasar, herdeiro do trono de Espanha, vestiam seda e damasco, montavam em garbosos cavalos ajaezados em prata, com o som de suas cascavéis a chamar a atenção de sua passagem.

Senhores da terra, os holandeses escolheram o Recife como sede dos seus domínios no Brasil, por ter nesta praça a segurança que não dispunham em Olinda, “por ser aberta por muitas partes e incapaz de defesa”, na observação de Diogo Lopes Santiago (História da Guerra de Pernambuco).

Na noite de 25 de novembro de 1631, resolveram os chefes holandeses pôr fogo na sede da capitania de Pernambuco, “a infeliz vila de Olinda tão afamada por suas riquezas e nobres edifícios, arderam seus templos tão famosos, e casas que custaram tantos mil cruzados em se fazerem” (Santiago).

O soldado da Companhia das Índias Ocidentais, Ambrósio Richshoffer, em anotações ao seu Diário, relata que a demolição dos edifícios de Olinda teve início no dia 17, “transportando-se mais tarde para o Recife todo o material aproveitável”.

A 24 nossa gente que ali se achava retirou-se para a aldeia Povo ou Recife, destruindo antes tudo o que foi possível e pondo fogo à cidade em diversos pontos. Esta resolução foi motivada pelo fato de ser a cidade toda montanhosa e desigualmente edificada, sendo difícil de fortificar e exigir uma forte guarnição, que podíamos empregar melhor aqui e em outros pontos. (²)

 

Olinda – Frans Post

 

Segundo depoimento de Duarte de Albuquerque Coelho, em Olinda “residiam 2.500 vizinhos, possuindo quatro conventos religiosos, sendo um de São Bento, outro dos recoletos de São Francisco, o terceiro do Carmo, e um colégio dos Jesuítas; havia mais duas paróquias, uma casa de Misericórdia e a da Conceição de recolhidas, além das Ermidas. O que não pode referir-se, sem grande e devido sentimento, é que também deixaram nas chamas todas estas igrejas e conventos, e as Santas Imagens”. (³)

Em Olinda a paisagem e costumes foram assim descritos pelo Frei Manuel Calado, “tudo eram delícias e não parecia esta terra senão um retrato do terreal paraíso” (O Valeroso Lucideno).

Mas a segurança para Waerdenburch e demais chefes holandeses falava mais alto, daí fixar-se no Recife e na ilha de Antônio Vaz que “são lugares próprios para, com oportunidade, fundar-se uma cidade” e “penso que ninguém que da Holanda vier para aqui quererá ir morar em Olinda” (Adolph van Els), sendo proibidas quaisquer construções no perímetro urbano da antiga capital.

Observa José Antônio Gonsalves de Mello que “uma população enorme, calculada em mais 7.000 pessoas, teve de se comprimir no Recife e em Antônio Vaz [área hoje ocupada pelos bairros do Recife e de Santo Antônio]. Aí as casas eram em número insuficiente e muitos dos armazéns tinham sido incendiados”.

Ao contrário do que muitos podem pensar, foi o açúcar, e não a esperança de descobrimento de minas, o motivo principal da invasão, conforme bem demonstrou José Antônio Gonsalves de Mello. (4)

– Açúcar, no dizer do padre Antônio Vieira, passou a ser sinônimo de Brasil.

______________

1) DUSSEN, Adriaen van der. Relatório sobre as capitanias conquistadas no Brasil pelos holandeses (1639): suas condições econômicas e sociais. Rio de Janeiro: Instituto do Açúcar e do Álcool, 1947. 168 p. Tradução, introdução e notas de J. A. Gonsalves de Mello.

2) RICHSHOFFER, Ambrósio. Diário de um soldado da Companhia das Índias Ocidentais 1629-1632. Tradução de Alfredo de Carvalho. Apresentação de Leonardo Dantas Silva. Prefácio de Ricardo José Costa Pinto. Recife: SEC, Departamento de Cultura, 1981. 210 p. il. (Coleção pernambucana; 1ª fase, v. 11 a). Fac-símile da. ed. Recife: Typographia a vapor de Laemmert & Comp., 1897.

3) COELHO, Duarte de Albuquerque. Memórias diárias da guerra do Brasil 1630-1638. Apresentação de Leonardo Dantas Silva; Prefácio de José Antônio Gonsalves de Mello. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1981. 398 p. il. (Coleção Recife; v. 12). Inclui mapas de Manoel Bandeira e índice onomástico.

4) MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos. 2.ed. p. 130.


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 22 de março de 2024

CAMÕES, 500 ANOS (ARTIGO DO COLUNISTA IMORTAL E FUBÂNICO JOSÉ PAULO CAVALCANTI)

 

JOSÉ PAULO CAVALCANTI - PENSO, LOGO INSISTO

 

CAMÕES, 500 ANOS

Luís Vaz de Camões veio da pequena nobreza – assim se dizia, na época, dos nobres sem casas nem títulos em Portugal. Desde jovem, passava dias e noites pelas ruas entre pedintes, arruaceiros, prostitutas, desvalidos. Ou nas tabernas. E escrevendo versos, quando possível, às vezes em troca de gorjeta. Ou comida.

Era conhecido, pelas incontáveis rixas em que se metia, como Trinca-Fortes. Em uma delas, na noite da procissão de Corpus-Christi, golpeou com espada o pescoço de Gonçalo Borges, cárrego (responsável) dos arreios do rei. Acabou preso no tronco. Libertado por Carta Régia de Perdão, em 7 de março de 1553, teve que pagar quatro mil réis para caridade e foi obrigado a ir servir na Índia. Seria mudança definitiva, em sua vida. Um destino jamais sonhado por seus pais – Simão Vaz de Camões, capitão de nau; e Ana de Sá, dos Macedo de Santarém, doméstica.

Em torno dele, quase tudo é incerto. Sabe-se, dos serviços que prestou na armada portuguesa, que nasceu em Lisboa – ou Coimbra, ou Santarém, ou Alenquer. Talvez em 1523 ou, mais provavelmente, em 1524 (havendo ainda que sugira começos de 1525). Tendo a lei portuguesa 1540, de 02/02/1924, definido que teria sido em 05.02.1524, agora completando essa data 500 anos. Estudou em Coimbra, entre 1542 e 1545, com o tio dom Bento de Camões, prior do Convento de Santa Cruz. Até que voltou para Lisboa. Mas a carreira das armas, logo percebeu, era mesmo das poucas opções que lhe restavam.

Para cumprir aquela sentença de perdão embarcou pouco dias depois, em 24 de março, na poderosa armada do capitão-mor Fernão Álvares Cabral. Para Goa (Índia). Ali, naquele mundo para ele novo, sofreu todas as agruras. Em expedição a Ceuta, perdeu o olho direito numa batalha. Em 1558, naufragou na foz do rio Mekong – costa do Sião (hoje, Tailândia). Salvou-se despido, como todos os demais sobreviventes, tendo em uma das mãos os primeiros versos de seu Os Lusíadas. Nesse episódio teria morrido uma chinesa, a quem Camões deu o nome poético de Dinamene, e para quem depois escreveria uma série de poemas, entre eles o famoso Soneto 48:

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subsiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Foi Provedor dos defuntos nas partes da China, desempenhando suas funções com não muita lisura, é de justiça reconhecer. E, vez por outra, frequentaria prisões. Por dívidas. Ou rixas. Como dizia o próprio Camões, “Erros meus, má fortuna, amor ardente/ Em minha perdição se conjuraram”. Mas, sobretudo, nunca parou de escrever.

Em 1570, afinal, estava novamente de volta a Lisboa. Com as carências financeiras de sempre. Segundo se conta, sobreviveu durante algum tempo graças ao fiel Jau, trazido das Molucas. Esse escravo esmolava, de noite, pedindo pão para seu mestre. Importante é que Os Lusíadas avançava. Sob o patrocínio de d. Manuel de Portugal, devotou-se então à sagração de seu país – naquela que é considerada, consensualmente, a mais bela epopéia do século XVI.

edição princeps – assim se diz das primeiras edições de um livro – foi impressa na tipografia de António Gonçalves, em Lisboa, no ano de 1572. Com privilégio real de impressão por 10 anos e publicada com um benévolo (e corajoso) parecer censório de frei Bartolomeu Ferreira, sem data. Terá tido também licença da Mesa Inquisitorial – que, todavia, não foi impressa. O aparato paratextual é simples, 8.816 versos e 1.102 estrofes divididas em 10 cantos. Utilizando a divisão da divina Comédia, de Dante – que assim tem, como cantos, seus 100 livros. Há, hoje, cerca de 25 exemplares ainda existentes, em bibliotecas ou nas mãos de colecionadores. Talvez menos que 10 completos.

Até fins do século XIX, se acreditava ter havido duas edições princeps. Um mito devido a Manuel Faria e Souza – que (em 1639), ao comentar Os Lusíadas, confrontou dois volumes daquele mesmo ano de 1572; e verificou haver, neles, pequenas diferenças. Depois se comprovando terem sido bem mais que duas. Restando hoje assente que assim ocorreu pelo desejo de Camões, ou seu editor, em corrigir pequenas incorreções das impressões anteriores. Dando-se que, em alguns casos, foram sendo aproveitados conjuntos de páginas já impressas, antes, e não utilizadas. Fazendo-se, as correções, nas novas páginas impressas. Uma explicação que só se pode compreender pelos rudimentares sistemas de impressão daquela época.

Apesar de numerosos indicativos dessa edição princeps na comparação com as demais, e curiosamente, o que a identifica é um pelicano, à primeira página, com o bico virado para a esquerda do leitor. Além do pelicano, também um detalhe no terceiro verso da primeira estrofe, que começa por “E entre”; enquanto, nas versões corrigidas, começa por “Entre”. Essas edições de 1572 tornaram-se conhecidas, por isso, como “Ee” e “E”.

Camões tinha com ele, ao morrer, aquela que acabou tida como a primeira edição autêntica, deixada ao frei Joseph Índio, que o acompanhava num hospital de Lisboa. Esse volume é conhecido como Holland House – por ter estado em casa do general Lord Holland, em Londres, a partir de 1812 e por mais de cem anos.

Outra edição famosa, em Portugal, é a segunda ‒ conhecida como dos piscos. Surgida em 1584, dois anos após o fim do prazo do alvará que protegia a primeira (de 1572). Impressa pela tipografia Manuel de Lira, em Lisboa, e com licença do mesmo frei Bartolomeu Ferreira – responsável pela autorização da edição princeps. O nome jocoso dado à edição vem de uma citação, nos Lusíadas (Canto III, 65), sobre a “piscosa Cizimbra”. Sezimbra é uma vila portuguesa no distrito de Setúbal. Abundante em peixes, bom lembrar. Trata-se da primeira edição comentada de Os Lusíadas. Explicando a citação, o comentador, como referência aos pássaros que ali se juntam em passagem para a África, provavelmente se referindo ao Pisco-de-peito-ruivo (Erithacus Rubecula).

 

Camões segue a trilha de outras epopéias do passado. Sobretudo a Eneida, de Virgílio; o que se vê até na comparação dos versos iniciais dos poemas: Canto as armas e o varão, Virgílio; e As armas e os Barões assinalados, Camões. Também a Ilíada e a Odisseia, de Homero. Bem como a divina Comédia, de Dante. Além de numerosas epopéias surgidas em Portugal, no mesmo século XVI de Os Lusíadas, mas antes dele – como as de André de Resende, Manuel da Costa ou José de Anchieta; e manuscritos que circularam, antes de 1572, como os de António Ferreira e Jerónimo Corte-Real.

Nele temos o passado, com a exaltação das conquistas em que o povo português foi muito além do Mar Tenebroso. O presente, com o lamento pelo abandono das terras africanas por Portugal – de Safim a Azanos, de Azila a Alcácer Cequer; sem contar a ameaça turca, conjurada só na batalha naval de Lepanto, em 7 de outubro de 1571. Mas é sobretudo a antevisão de um futuro grandioso, na linha da Utopia do Quinto Império.

“Para servir-vos, braço às armas feito; Para cantar-vos, mente às Musas dada” (Os Lusíadas, Canto X, 155). Pouco antes, em Desenganos, escreveu “Nascemos para morrer/ Morremos para ter vida/ Em ti morrendo”. Assim foi. Luís Vaz de Camões morreria em 10 de junho de 1580, pouco depois do desastre de Alcácer Quibir – em que desapareceu d. Sebastião, o Desejado, e Portugal passou a ter um rei espanhol. Foi enterrado na igreja de Santa Ana e seus restos acabaram transferidos, em 1894, ao mosteiro dos Jerônimos, onde repousam num túmulo esculpido em mármore bem na entrada. Consta que disse, ao morrer, “Ao menos morro com a pátria”.


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 07 de março de 2024

INSUPERÁVEL ONIPOTÊNCIA (CRÔNICA DOI COLUNISTA ZELITO NUNES)

 

 
 
INSUPERÁVEL ONIPOTÊNCIA
 
Zelito Nunes
 

Há algum tempo atrás, quando o futebol era pouco divulgado no interior, num lugarzinho lá nos cafundós da Paraíba, já perto do Ceará, acho que foi em Monte Orebe, um sujeito chamado João de Luca convenceu dois cantadores a fazer uma cantoria na sua casa que ficava detrás do campo de futebol desse lugar, já quase no meio do mato.

Diante da promessa do dono da casa de que iria muita gente, um dos cantadores, que tinha um dinheirinho, começou a divulgar o evento numa difusora local .

Uma semana de anúncios e chegou o sábado dia da grande cantoria. Os dois cantadores chegaram na casa de João de Luca de tarde, logo cedo pra conferir o público presente. Não tinha ninguém a não ser o dono da casa , que era bem pequenininha.

Um deles entrou na sala e viu que só tinha um cancão preso numa gaiola. Olhou pro terreiro e tava lá um jumento amarrado num pé de pereiro e devidamente “armado”.

Pronto, o mote tava ali.

E o cantador que era dos bons glosou:

Eu tive uma idéia maluca
e divulguei até no rádio
de cantar detrás do estádio
na casa de João de Luca
um cancão numa arapuca
ele pegou pra nós três
e um jumento pedrês
subindo o pau e descendo
como quem fica dizendo:
“olha aqui pro cu de vocês!”


Literatura - Contos e Crônicas domingo, 18 de fevereiro de 2024

DEDÉ MONTEIRO: PATRIMÔNIO VIVO DE PERNAMBUCO (CRÔNICA DA COLUNISTA VERÔNICA SOBRAL)
 

Não é por acaso que Tabira ontem amanheceu com esperança. Céu nublado, clima ameno. Vontade de chover! Seria o dia que José Rufino da Costa Neto, Dedé Monteiro, receberia o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, pela FUNDARPE.

Isso mesmo! Dedé Monteiro, o poeta lá do Barro Branco I, Poeta tabirense, professor, nosso mestre é PATRIMÔNIO VIVO DE PERNAMBUCO.

Surpresa? Não! Dedé já era Patrimônio sem o título. A FUNDARPE hoje oficializa. Mas Dedé sempre foi o mestre dos mestres. Dedé nasceu poeta. E cresceu poesia! Dedé Monteiro é poesia viva. Dedé não faz somente poesia. Dedé é poesia!

E pensando assim, as poetisas Belinha e Andreia inscreveram Dedé no Concurso concorrendo a Patrimônio Vivo de Pernambuco lançado pela FUNDARPE. E como é isso? Os Patrimônios Vivos de Pernambuco são mestres da cultura popular pernambucana, de notório saber, reconhecidos como Patrimônio Imaterial do Estado, que recebem este título através de um concurso público apoiado na Lei de Patrimônio Vivo.

Todos os anos, três novos Patrimônios Vivos são nomeados pelo Governo do Estado de Pernambuco, e apoiados com o objetivo de preservar seus múltiplos saberes, fazeres, memórias e histórias. A lei, além de permitir a preservação e valorização das manifestações populares e tradicionais, garante as condições para que sejam repassadas às novas gerações de aprendizes.

Então, Dedé preencheu todos os requisitos e hoje nos orgulha muito. Orgulha a APPTA (Associação dos Poetas e Prosadores de Tabira)! Orgulha Tabira! Orgulha o Pajeú. Orgulha a poesia nordestina que se sente representada nesse registro.

Dedé é nosso! É do Povo. Dedé é Patrimônio da poesia e da cultura!

* * *

Dedé Monteiro declama “As Quatro Velas”, de sua autoria:

 

 


Literatura - Contos e Crônicas domingo, 18 de fevereiro de 2024

DEDÉ MONTEIRO (CRÔNICA DA COLUNISTA VERÔNICA SOBRAL)O

 

DEDÉ MONTEIRO: PATRIMÔNIO VIVO DE PERNAMBUCO

 

Não é por acaso que Tabira ontem amanheceu com esperança. Céu nublado, clima ameno. Vontade de chover! Seria o dia que José Rufino da Costa Neto, Dedé Monteiro, receberia o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, pela FUNDARPE.

Isso mesmo! Dedé Monteiro, o poeta lá do Barro Branco I, Poeta tabirense, professor, nosso mestre é PATRIMÔNIO VIVO DE PERNAMBUCO.

Surpresa? Não! Dedé já era Patrimônio sem o título. A FUNDARPE hoje oficializa. Mas Dedé sempre foi o mestre dos mestres. Dedé nasceu poeta. E cresceu poesia! Dedé Monteiro é poesia viva. Dedé não faz somente poesia. Dedé é poesia!

E pensando assim, as poetisas Belinha e Andreia inscreveram Dedé no Concurso concorrendo a Patrimônio Vivo de Pernambuco lançado pela FUNDARPE. E como é isso? Os Patrimônios Vivos de Pernambuco são mestres da cultura popular pernambucana, de notório saber, reconhecidos como Patrimônio Imaterial do Estado, que recebem este título através de um concurso público apoiado na Lei de Patrimônio Vivo.

Todos os anos, três novos Patrimônios Vivos são nomeados pelo Governo do Estado de Pernambuco, e apoiados com o objetivo de preservar seus múltiplos saberes, fazeres, memórias e histórias. A lei, além de permitir a preservação e valorização das manifestações populares e tradicionais, garante as condições para que sejam repassadas às novas gerações de aprendizes.

Então, Dedé preencheu todos os requisitos e hoje nos orgulha muito. Orgulha a APPTA (Associação dos Poetas e Prosadores de Tabira)! Orgulha Tabira! Orgulha o Pajeú. Orgulha a poesia nordestina que se sente representada nesse registro.

Dedé é nosso! É do Povo. Dedé é Patrimônio da poesia e da cultura!

* * *

Dedé Monteiro declama “As Quatro Velas”, de sua autoria:

 

 


Literatura - Contos e Crônicas domingo, 15 de janeiro de 2023

A ASSEMBLEIA DOS RATOS (FÁBULA DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

 

A ASSEMBLEIA DOS RATOS

Monteiro Lobato

 

 

 

Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.


Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos mios pelo telhado, fazendo sonetos à lua.


– Acho — disse um deles — que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo.


Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra, um rato casmurro, que pediu a palavra e disse:

 

— Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?


Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.


Moral da estória: falar é fácil; fazer é que são elas.

 


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 05 de janeiro de 2023

O TOURO E AS RÃS (FÁBULA DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

O TOURO E AS RÃS

Monteiro Lobato

 

 

 

Enquanto dois touros furiosamente lutavam pela posse exclusiva de certa campina, as rãs novas, à beira do brejo, divertiram-se com a cena. Uma rã velha, porém, suspirou.

— Não se riam, que o fim da disputa vai ser doloroso para nós.

— Que tolice! - exclamaram as rãzinhas. - Você está caducando, rã velha!

A rã velha explicou-se:

— Brigam os touros. Um deles há de vencer e expulsar da pastagem o vencido. Que acontece? O animalão surrado vem meter-se aqui em nosso brejo e ai de nós!

Assim foi. O touro mais forte, à força de marradas, encurralou no brejo o mais fraco, e as rãzinhas tiveram de dizer adeus ao sossego. Inquietas sempre, sempre atropeladas, raro era o dia em que não morria alguma sob os pés do touro.

(Monteiro Lobato)

Moral da história

É sempre assim: brigam os grandes, pagam os patos pequenos.

Ensinamentos: A fábula reflete sobre as consequências de nos preciptarmos em como agir durante uma situação que parece estar distante de nós. No início da história, as rãs riram da situação que acontecia entre os touros. No entanto, quem acabou "pagando o pato" ao final da disputa foram elas.

 


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 29 de dezembro de 2022

O JULGAMENTO DA OVELHA (FÁBULA DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

 

O JULGAMENTO DA OVELHA

Monteiro Lobato

 

 

 

Um cachorro de má índole acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.

- Para que furtaria eu esse osso - alegou ela - se sou herbívora e um osso para mim vale tanto quanto um pedaço de pau?

- Não quero saber de nada. Você furtou o osso e vou já levá-la aos tribunais.

E assim fez. Queixou-se ao gavião-de-penacho e pediu-lhe justiça. O gavião reuniu o tribunal para julgar a causa, sorteando para isso doce urubus de papo vazio.

Comparece a ovelha. Fala. Defende-se de forma cabal, com razões muito irãs das do cordeirinho que o lobo em tempos comeu.

Mas o júri, composto de carnívoros gulosos, não quis saber de nada e deu a sentença:

- Ou entrega o osso já, ou condenamos você à morte!

A ré tremeu: não havia escapatória! Osso não tinha e não podia, portanto, restituir; mas tinha vida e ia entregá-la em pagamento do que não furtara.

Assim aconteceu. O cachorro sangrou-a, espostejou-a, reservou para si um quarto e dividiu o restante com os juízes famintos, a título de custas...

Monteiro Lobato

Moral da história

Tenha em atenção às pessoas poderosas que estão na sua volta.

Ensinamentos: A fábula reflete sobre a injustiça sofrida por indivíduos inocentes e os perigos de nos aproximarmos de quem possui má índole.


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 22 de dezembro de 2022

O PASTOR E O LEÃO (FÁBULA INFANTIL DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

O PASTOR E O LEÃO

Monteiro Lobato

 

 

 

Um pastorzinho, notando certa manhã a falta de várias ovelhas, enfureceu-se, tomou da espingarda e saiu para a floresta.

- Raios me partam se eu não trouxer, vivo ou morto, o miserável ladrão das minhas ovelhas! Hei de campear dia e noite, hei de encontrá-lo, hei de arrancar-lhe o fígado...

E assim, furioso, a resmungar as maiores pragas, consumiu longas horas em inúteis investigações. Cansado já, lembrou-se de pedir socorro aos céus.

- Valei-me, Santo Antônio! Prometo-vos vinte reses se me fizerdes dar de cara com o infame salteador.

Por estranha coincidência, assim que o pastorzinho disse aquilo apareceu diante dele um enorme leão, de dentes arreganhados.

O pastorzinho tremeu dos pés à cabeça; a espingarda caiu-lhe das mãos; e tudo quanto pôde fazer foi invocar de novo o santo.

- Valei-me, Santo Antônio! Prometi vinte reses se me fizésseis aparecer o ladrão; prometo agora o rebanho inteiro para que o façais desaparecer.

Monteiro Lobato

Moral da história

No momento do perigo é que se conhecem os heróis.


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 09 de dezembro de 2022

A CORUJA E A ÁGUIA (FÁBULA INFANTIL DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

A CORUJA E A ÁGUIA

Monteiro Lobato

 

 

Coruja e águia, depois de muita briga resolveram fazer as pazes.

— Basta de guerra — disse a coruja.

— O mundo é grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.

— Perfeitamente — respondeu a águia.

— Também eu não quero outra coisa.

— Nesse caso combinemos isso: de agora em diante não comerás nunca os meus filhotes.

— Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?

— Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial, que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes, são os meus.

— Está feito! — concluiu a águia.

Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho com três monstrengos dentro, que piavam de bico muito aberto.

— Horríveis bichos! — disse ela. — Vê-se logo que não são os filhos da coruja.

E comeu-os.

Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi ajustar contas com a rainha das aves.

— Quê? — disse esta admirada. — Eram teus filhos aqueles monstrenguinhos? Pois, olha não se pareciam nada com o retrato que deles me fizeste…

Moral da história: Para retrato de filho ninguém acredite em pintor pai. Já diz o ditado: quem ama o feio, bonito lhe parece.


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 02 de dezembro de 2022

O RABO DO MACACO (FÁBULA INFANTIL DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

O RABO DO MACACO

Monteiro Lobato

 

 

Era um macaco que resolveu sair pelo mundo a fazer negócios. Pensou, pensou e foi colocar-se numa estrada, por onde vinha vindo, lá longe, um carro de boi. Atravessou a cauda na estrada e ficou esperando. Quando o carro chegou e o carreiro viu aquele rabo atravessado, deteve-se e disse:

– Macaco, tire o rabo da estrada, senão passo por cima!

– Não tiro! – respondeu o macaco – e o carreiro passou e a roda cortou o rabo do macaco.

O bichinho fez um barulho medonho.

– Eu quero o meu rabo, eu quero o meu rabo ou então uma faca!

Tanto atormentou o carreiro que este sacou da cintura a faca e disse:

– Tome lá, seu macaco dos quintos, mas pare com esse berreiro, que está me deixando zonzo.

O macaco lá se foi, muito contente da vida, com a sua faca de ponta na mão.

– Perdi meu rabo, ganhei uma faca! Tinglin, tinglin, vou agora para Angola!

Seguiu caminho.

Logo adiante deu com um tio velho que estava fazendo balaios e cortava o cipó com os dentes.

– Olá amigo! – berrou o macaco – estou com dó de você, palavra! Tome esta faca de ponta.

O negro pegou a faca mas quando foi cortar o primeiro cipó a faca se partiu pelo meio.

O macaco botou a boca no mundo – eu quero, eu quero minha faca ou então um balaio!

O negro, tonto com aquela gritaria, acabou dando um balaio velho para aquela peste de macaco que, muito contente da vida, lá se foi cantarolando:

– Perdi meu rabo, ganhei uma faca; perdi minha faca, pilhei um balaio! Tinglin, tinglin, vou agora para Angola!

Seguiu caminho.

Mais adiante encontrou uma mulher tirando pães do forno, que recolhia na saia.

– Ora, minha sinhá – disse o macaco, onde já se viu recolher pão no colo? Ponha-os neste balaio.

A mulher aceitou o balaio, mas quando começou a botar os pães dentro, o balaio furou.

O macaco pôs a boca no mundo.

– Eu quero, eu quero o meu balaio ou então me dê um pão.

Tanto gritou que a mulher, atordoada, deu-lhe um pão. E o macaco saiu a pular, cantarolando:

– Perdi meu rabo, ganhei uma faca; perdi minha faca, pilhei um balaio; perdi meu balaio, ganhei um pão. Tinglin, tinglin, vou agora para Angola!

E lá se foi muito contente da vida, comendo o pão.

 


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 18 de novembro de 2022

MAL MAIOR (HISTÓRIA INFANTIL DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

MAL MAIOR

Monteiro Lobato

 

 

 

– O Sol vai casar-se! – anunciou um bem-te-vi boateiro – viva o Sol!

– Viva? – exclamaram as rãs, assustadas – não diga isso, pelo amor de Deus… Um Sol apenas já nos dá o que fazer. Seca os brejos e nos deixa às vezes a ponto de morrermos de sede. E é um só… imaginem agora que se casa e além do senhor Sol também teremos que aturar dona Sol e os sóis filhinhos… Será a maior das calamidades, porque então unicamente as pedras poderão resistir à fúria da família de fogo.

Moral da Estória:

1. Assim é. O mundo está bem equilibrado e qualquer coisa que rompa a sua ordem resulta em males para os viventes. Fique solteiro o Sol e não enviúve quem é casado.

2. Qualquer mudança pode prejudicar alguém.


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 11 de novembro de 2022

O MACACO E O COELHO (FÁBULA DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

O MACACO E O COELHO

Monteiro Lobato

 

 

 

Um macaco e um coelho fizeram a combinação de um matar as borboletas e outro matar as cobras. Logo depois o coelho dormiu. O macaco veio e puxou-lhe as orelhas.

– O que é isso? – gritou o coelho, acordando num pulo.

O macaco deu uma risada.

– Ah, ah! Pensei que fossem duas borboletas…

O coelho danou com a brincadeira e disse lá consigo: “Espere que te curo.”

Logo depois o macaco se sentou numa pedra para comer uma banana. O coelho veio por trás, com um pau e lept! – pregou-lhe uma grande paulada no rabo.

O macaco deu um berro, pulando para cima duma árvore, a gemer.

– Desculpe, amigo – disse lá embaixo o coelho – vi aquele rabo torcidinho em cima da pedra e pensei que fosse cobra.

Foi desde aí que o coelho, de medo do macaco vingar-se, passou a morar em buracos.

 


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 04 de novembro de 2022

JECA TATU - A RESSURREIÇÃO (CONTO DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

JECA TATU - A RESSUERREIÇÃO

Monteiro Lobato

 

 

Jeca Tatu era um pobre caboclo que morava no mato, numa casinha de sapé. Vivia na maior pobreza, em companhia da mulher, muito magra e feia e de vários fichinhas pálidos e tristes.

Jeca Tatu passava os dias de cócoras, pitando enormes cigarrões de palha, sem ânimo de fazer coisa nenhuma. Ia ao mato caçar, tirar palmitos, cortar cachos de brejaúva, mas não tinha idéia de plantar um pé de couve atras da casa. Perto um ribeirão, onde ele pescava de vez em quando uns lambaris e um ou outro bagre. E assim ia vivendo.

Dava pena ver a miséria do casebre. Nem móveis nem roupas, nem nada que significasse comodidade. Um banquinho de três pernas, umas peneiras furadas, a espingardinha de carregar pela boca, muito ordinária, e só.

Todos que passavam por ali murmuravam:

– Que grandíssimo preguiçoso!

II

Jeca Tatu era tão fraco que quando ia lenhar vinha com um feixinho que parecia brincadeira. E vinha arcado, como se estivesse carregando um enorme peso.

– Por que não traz de uma vez um feixe grande? Perguntaram-lhe um dia.

Jeca Tatu coçou a barbicha rala e respondeu:

– Não paga a pena.

Tudo para ele não pagava a pena. Não pagava a pena consertar a casa, nem fazer uma horta, nem plantar arvores de fruta, nem remendar a roupa.

Só pagava a pena beber pinga.

– Por que você bebe, Jeca? Diziam-lhe.

– Bebo para esquecer.

– Esquecer o quê?

– Esquecer as desgraças da vida.

E os passantes murmuravam:

– Além de vadio, bêbado…

III

Jeca possuía muitos alqueires de terra, mas não sabia aproveitá-la. Plantava todos os anos uma rocinha de milho, outra de feijão, uns pés de abóbora e mais nada. Criava em redor da casa um ou outro porquinho e meia dúzia de galinhas. Mas o porco e as aves que cavassem a vida, porque Jeca não lhes dava o que comer. Por esse motivo o porquinho nunca engordava, e as galinhas punham poucos ovos.

Jeca possuía ainda um cachorro, o Brinquinho, magro e sarnento, mas bom companheiro e leal amigo.

Brinquinho vivia cheio de bernes no lombo e muito sofria com isso. Pois apesar dos ganidos do cachorro, Jeca não se lembrava de lhe tirar os bernes. Por que? Desânimo, preguiça…

As pessoas que viam aquilo franziam o nariz.

– Que criatura imprestável! Não serve nem para tirar berne de cachorro…

IV

Jeca só queria beber pinga e espichar-se ao sol no terreiro. Ali ficava horas, com o cachorrinho rente; cochilando. A vida que rodasse, o mato que crescesse na roça, a casa que caísse. Jeca não queria saber de nada. Trabalhar não era com ele.

Perto morava um italiano já bastante arranjado, mas que ainda assim trabalhava o dia inteiro. Por que Jeca não fazia o mesmo?

Quando lhe perguntavam isso, ele dizia:

– Não paga a pena plantar. A formiga come tudo.

– Mas como é que o seu vizinho italiano não tem formiga no sítio?

– É que ele mata.

– E porque você não faz o mesmo?

Jeca coçava a cabeça, cuspia por entre os dentes e vinha sempre com a mesma história:

– Quá! Não paga a pena…

– Além de preguiçoso, bêbado; e além de bebado, idiota, era o que todos diziam.

V

Um dia um doutor portou lá por causa da chuva e espantou-se de tanta miséria. Vendo o caboclo tão amarelo e chucro, resolveu examiná-lo.

– Amigo Jeca, o que você tem é doença.

– Pode ser. Sinto uma canseira sem fim, e dor de cabeça, e uma pontada aqui no peito que responde na cacunda.

– Isso mesmo. Você sofre de anquilostomiase.

– Anqui… o quê?

– Sofre de amarelão, entende? Uma doença que muitos confundem com a maleita.

– Essa tal maleita não é a sezão?

– Isso mesmo. Maleita, sezão, febre palustre ou febre intermitente: tudo é a mesma coisa, está entendendo? A sezão também produz anemia, moleza e esse desânimo do amarelão; mas é diferente. Conhece-se a maleita pelo arrepio, ou calafrio que dá, pois é uma febre que vem sempre em horas certas e com muito suor. O que você tem é outra coisa. É amarelão.

VI

O doutor receitou-se o remédio adequado; depois disse: “E trate de comprar um par de botinas e nunca mais me ande descalço nem beba pinga, ouviu?”

– Ouvi, sim, senhor!

– Pois é isso, rematou o doutor, tomando o chapéu. A chuva passou e vou-me embora. Faça o que mandei, que ficará forte, rijo e rico como o italiano. Na semana que vem estarei de volta.

– Até por lá, sêo doutor!

Jeca ficou cismando. Não acreditava muito nas palavras da ciência, mas por fim resolveu comprar os remédios, e também um par de botinas ringideiras.

Nos primeiros dias foi um horror. Ele andava pisando em ovos. Mas acostumou-se, afinal…

VII

Quando o doutor reapareceu, Jeca estava bem melhor, graças ao remédio tomado. O doutor mostrou-lhe com uma lente o que tinha saído das suas tripas.

– Veja, sêo Jeca, que bicharia tremenda estava se criando na sua barriga! São os tais anquilostomos, uns bichinhos dos lugares úmidos, que entram pelos pés, vão varando pela carne adentro até alcançarem os intestinos. Chegando lá, grudam-se nas tripas e escangalham com o freguês. Tomando este remédio você bota p’ra fora todos os anquilostomos que tem no corpo. E andando sempre calçado, não deixa que entrem os que estão na terra. Assim fica livre da doença pelo resto da vida.

Jeca abriu a boca, maravilhado.

– Os anjos digam amém, sêo doutor!

VIII

Mas Jeca não podia acreditar numa coisa: que os bichinhos entrassem pelo pé. Ele era “positivo” e dos tais que “só vendo”. O doutor resolveu abrir-lhe os olhos. Levou-o a um lugar úmido, atrás da casa, e disse:

– Tire a botina e ande um pouco por aí.

Jeca obedeceu.

– Agora venha cá. Sente-se. Bote o pé em cima do joelho. Assim. Agora examine a pela com esta lente.

Jeca tomou a lente, olhou e percebeu vários vermes pequeninos que já estavam penetrando na sua pele, através dos poros. O pobre homem arregalou os olhos assombrado.

– E não é que é mesmo? Quem “havera” de dizer!…

– Pois é isso, sêo Jeca, e daqui por diante não duvide mais do que a ciência disser.

– Nunca mais! Daqui por diante nha ciência está dizendo e Jeca está jurando em cima! T’esconjuro! E pinga, então, nem p’ra remédio…

IX

Tudo o que o doutor disse aconteceu direitinho! Três meses depois ninguém mais conhecia o Jeca.

A preguiça desapareceu. Quando ele agarrava no machado, as arvores tremiam de pavor. Era pan, pan, pan… horas seguidas, e os maiores paus não tinham remédio senão cair.

Jeca, cheio de coragem, botou abaixo um capoeirão para fazer uma roça de três alqueires. E plantou eucaliptos nas terras que não se prestavam para cultura. E consertou todos os buracos da casa. E fez um chiqueiro para os porcos. E um galinheiro para as aves. O homem não parava, vivia a trabalhar com fúria que espantou até o seu vizinho italiano.

– Descanse um pouco, homem! Assim você arrebenta… diziam os passantes.

– Quero ganhar o tempo perdido, respondia ele sem largar do machado. Quero tirar a prosa do “intaliano”.

X

Jeca, que era um medroso, virou valente. Não tinha mais medo de nada, nem de onça! Uma vez, ao entrar no mato, ouviu um miado estranho.

– Onça! Exclamou ele. É onça e eu aqui sem nem uma faca!…

Mas não perdeu a coragem. Esperou a onça, de pé firme. Quando a fera o atacou, ele ferrou-lhe tamanho murro na cara, que a bicha rolou no chão, tonta. Jeca avançou de novo, agarrou-a pelo pescoço e estrangulou-a

– Conheceu, papuda? Você pensa então que está lidando com algum pinguço opilado? Fique sabendo que tomei remédio do bom e uso botina ringideira…

A companheira da onça, ao ouvir tais palavras, não quis saber de histórias – azulou! Dizem que até hoje está correndo…

XI

Ele, que antigamente só trazia três pausinhos, carregava agora cada feixe de lenha que metia medo. E carregava-os sorrindo, como se o enorme peso não passasse de brincadeira.

– Amigo Jeca, você arrebenta! Diziam-lhe. Onde se viu carregar tanto pau de uma vez?

– Já não sou aquele de dantes! Isto para mim agora é canja, respondia o caboclo sorrindo.

– Quando teve de aumentar a casa, foi a mesma coisa. Derrubou no mato grossas perobas, atorou-as, lavrou-as e trouxe no muque para o terreiro as toras todas. Sozinho!

– Quero mostrar a esta paulama quanto vale um homem que tomou remédio de Nha Ciência, que usa botina cantadeira e não bebe nem um só martelinho de cachaça.

O italiano via aquilo e coçava a cabeça.

– Se eu não tropicar direito, este diabo me passa na frente, Per Bacco!

XII

Dava gosto ver as roças do Jeca. Comprou arados e bois, e não plantava nada sem primeiro afofar a terra. O resultado foi que os milhos vinham lindos e o feijão era uma beleza.

O italiano abria a boca, admirado, e confessava nunca Ter visto roças assim.

E Jeca já não plantava rocinhas como antigamente. Só queria saber de roças grandes, cada vez maiores, que fizessem inveja no bairro.

E se alguém lhe perguntava:

– Mas para que tanta roça, homem? Ele respondia:

– É que agora quero ficar rico. Não me contento com trabalhar para viver. Quero cultivar todas as minhas terras, e depois formar aqui uma enorme fazenda. E hei de ser até coronel…

E ninguém duvidava mais. O italiano dizia:

– E forma mesmo! E vira mesmo coronel! Per la Madonna!…

XIII

Por esse tempo o doutor passou por lá e ficou admiradíssimo da transformação do seu doente.

Esperara que ele sarasse, mas não contara com tal mudança.

Jeca o recebeu de braços abertos e apresentou-o à mulher e aos filhos.

Os meninos cresciam viçosos, e viviam brincando contentes como passarinhos.

E toda gente ali andava calçada. O caboclo ficara com tanta fé no calçado, que metera botinas até nos pés dos animais caseiros!

Galinhas, patos, porcos, tudo de sapatinho nos pés! O galo, esse andava de bota e espora!

– Isso também é demais, sêo Jeca, disse o doutor. Isso é contra a natureza!

– Bem sei. Mas quero dar um exemplo a esta caipirada bronca. Eles aparecem por aqui, vêem isso e não se esquecem mais da história.

XIV

Em pouco tempo os resultados foram maravilhosos. A porcada aumentou de tal modo, que vinha gente de longe admirar aquilo. Jeca adquiriu um caminhão Ford, e em vez de conduzir os porcos ao mercado pelo sistema antigo, levava-os de auto, num instantinho, buzinando pela estrada afora, fon-fon! fon-fon!…

As estradas eram péssimas; mas ele consertou-as à sua custa. Jeca parecia um doido. Só pensava em melhoramentos, progressos, coisas americanas. Aprendeu logo a ler, encheu a casa de livros e por fim tomou um professor de inglês.

– Quero falar a língua dos bifes para ir aos Estados Unidos ver como é lá a coisa.

O seu professor dizia:

– O Jeca só fala inglês agora. Não diz porco; é pig. Não diz galinha! É hen… Mas de álcool, nada. Antes quer ver o demônio do que um copinho da “branca”…

XV

Jeca só fumava charutos fabricados especialmente para ele, e só corria as roças montado em cavalos árabes de puro sangue.

– Quem o viu e quem o vê! Nem parece o mesmo. Está um “estranja” legítimo, até na fala.

Na sua fazenda havia de tudo. Campos de alfafa. Pomares belíssimos com quanta fruta há no mundo. Até criação de bicho da seda; Jeca formou um amoreiral que não tinha fim.

– Quero que tudo aqui ande na seda, mas seda fabricada em casa. Até os sacos aqui da fazenda têm que ser de seda, para moer os invejosos…

E ninguém duvidava de nada.

– O homem é mágico, diziam os vizinhos. Quando assenta de fazer uma coisa, faz mesmo, nem que seja um despropósito…

XVI

A fazenda do Jeca tornou-se famosa no país inteiro. Tudo ali era por meio do rádio e da eletricidade. Jeca, de dentro do seu escritório, tocava num botão e o cocho do chiqueiro se enchia automaticamente de rações muito bem dosadas. Tocava outro botão, e um repuxo de milho atraia todo o galinhame…

Suas roças eram ligadas por telefones. Da cadeira de balanço, na varanda, ele dava ordens aos feitores lá longe.

Chegou a mandar buscar no Estados Unidos um telescópio.

– Quero aqui desta varanda ver tudo que se passa em minha fazenda.

E tanto fez, que viu. Jeca instalou os aparelhos e assim pode, da sua varanda, com o charutão na boca, não só falar por meio do rádio para qualquer ponto da fazenda, como ainda ver, por meio do telescópio, o que os camaradas estavam fazendo.

XVII

Ficou rico e estimado, como era natural; mas não parou aí. Resolveu ensinar o caminho da saúde aos caipiras das redondezas. Para isso montou na fazenda e vilas próximas vários Postos de Maleita, onde tratava os enfermos de sezões; e também Postos de Anquilostomose, onde curava os doentes de amarelão e outras doenças causadas por bichinhos nas tripas.

O seu entusiasmo era enorme. “Hei de empregar toda a minha fortuna nesta obra de saúde geral, dizia ele. O meu patriotismo é este. Minha divisa: Curar gente. Abaixo a bicharia que devora o brasileiro…”

E a curar gente da roça passou Jeca toda a sua vida. Quando morreu, aos 89 anos, não teve estátua, nem grandes elogios nos jornais. Mas ninguém ainda morreu de consciência tranqüila. Havia cumprido o seu dever até o fim.

XVIII

Meninos: nunca se esqueçam desta história; e, quando crescerem, tratem de imitar o Jeca. Se forem fazendeiros, procurem curar os camaradas da fazenda. Além de ser para eles um grande benefício, é para você um alto negócio. Você verá o trabalho dessa gente produzir três vezes mais.

Um país não vale pelo tamanho, nem pela quantidade de habitantes. Vale pelo trabalho que realiza e pela qualidade da sua gente. Ter saúde é a grande qualidade de um povo. Tudo mais vem daí.


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 28 de outubro de 2022

O JABUTI E PEÚVA (FÁBULA INFANTIL DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

O JABUTI E A PEÚVA

Monteiro Lobato

 


 

 

Brigaram certa vez o jabuti e a peúva. 

– Deixa estar! – disse esta furiosa – deixa estar que te curo, meu malandro! Prego-te uma peça das boas, verás… 

E ficou de sobreaviso, com os olhos no astucioso bichinho que lá se ria dela sacudindo os ombros. O tempo foi correndo… o jabuti esqueceu-se do caso; e um belo dia, distraidamente, passou ao alcance da peúva. A árvore incontinenti torceu-se, estalou e caiu em cima dele. 

– Toma! Quero ver agora como te arrumas. Estás entalado e, como sabes, sou pau que dura para cem anos… 

O jabuti não se deu por vencido.

Encorujou-se dentro da casca, cerrou os olhos como para dormir e disse filosoficamente: 

– Pois como eu durmo mais de cem, esperarei que apodreças… 

Moral da História 

A paciência dá conta dos maiores obstáculos.

Literatura - Contos e Crônicas sexta, 21 de outubro de 2022

O GATO VAIDOSO (FÁBULA INFANTIL DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

O GATO VAIDOSO

Monteiro Lobato

 

 

 

Moravam na mesma casa dois gatos iguaizinhos no pêlo mas desiguais na sorte. Um, amimado pela dona, dormia em almofadões. Outro, no borralho. Um passava a leite e comia em colo. O outro, por feliz, se dava com as espinhas de peixe do lixo.

Certa vez, cruzaram-se no telhado e o bichano de luxo arrepiou-se todo, dizendo: 

– Passa ao largo, vagabundo! Não vês que és pobre e eu sou rico? Que és gato de cozinha e eu sou gato de salão? Respeita-me, pois, e passa ao largo… 

– Alto lá, senhor orgulhoso! Lembra-te de que somos irmãos, criados no mesmo ninho. 

– Sou nobre. Sou mais que tu! 

– Em quê? Não mias como eu? 

– Mio. 

– Não tens rabo como eu? 

– Tenho. 

– Não caças ratos como eu? 

– Caço. 

– Não comes rato como eu? 

– Como.

– Logo, não passas dum simples gato igual a mim. Abaixa, pois a crista desse orgulho e lembra-te que mais nobreza do que eu não tens – o que tens é apenas um bocado mais de sorte…


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 14 de outubro de 2022

A GARÇA VELHA (FÁBULA DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

A GARÇA VELHA

Monteiro Lobato

 

 

Certa garça nascera, crescera e sempre vivera à margem duma lagoa de águas turvas, muito rica em peixes. Mas o tempo corria e ela envelhecia. Seus músculos cada vez mais emperrados, os olhos cansados – com que dificuldade ela pescava!

– Estou mal de sorte, e se não topo com um viveiro de peixes em águas bem límpidas, certamente que morrerei de fome. Já se foi o tempo feliz em que meus olhos penetrantes zombavam do turvo desta lagoa…

E de pé num pé só, o longo bico pendurado, pôs-se a matutar naquilo até que lhe ocorreu uma idéia.

– Caranguejo, venha cá! – disse ela a um caranguejo que tomava sol à porta do seu buraco.

– Às ordens. Que deseja?

– Avisar a você duma coisa muito séria. A nossa lagoa está condenada. O dono das terras anda a convidar os vizinhos para assistirem ao seu esvaziamento e o ajudarem a apanhar a peixaria toda. Veja que desgraça! Não vai escapar nem um miserável guaru.

O caranguejo arrepiou-se com a má notícia. Entrou na água e foi contá-la aos peixes.

Grande rebuliço. Graúdos e pequeninos, todos começaram a pererecar às tontas, sem saberem como agir. E vieram para a beira d’água.

– Senhora dona do bico longo, dê-nos um conselho, por favor, que nos livre da grande calamidade.

– Um conselho?

E a matreira fingiu refletir. Depois respondeu.

– Só vejo um caminho. É mudarem-se todos para o poço da Pedra Branca.

– Mudar-se como, se não há ligação entre a lagoa e o poço?

– Isso é o de menos. Cá estou eu para resolver a dificuldade. Transporto a peixaria inteira no meu bico.

Não havendo outro remédio, aceitaram os peixes aquele alvitre – e a garça os mudou a todos para o tal poço, que era um tanque de pedra, pequenininho, de águas sempre límpidas e onde ela sossegadamente poderia pescá-los até o fim da vida.

Ninguém acredite em conselho de inimigo.


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 07 de outubro de 2022

A FACADA MORTAL (CONTO DO PAULISTA MONTEIRO LOBATOo

A FACADA MORTAL

Monteiro Lobato

 

 

 

Todos os tratados de xadrez descrevem a celebre partido jogada por Philidor no século XVIII, a mais romântica que os anais enxadrísticos mencionam. Tão sábia foi, tão imprevista e audaciosa, que recebeu o nome de Partida Imortal. Embora depois dela se jogassem pelo mundo milhões de partidas de xadrez, nenhuma ofuscou a obra prima do famoso Philidor André Danican.

 

Também a “facada” do Indalício Ararigboia, um saudoso amigo morto, se vem perpetuando nos anais da alta malandragem como a La Gioconda do gênero ou como está admitido nas rodas técnicas — a Facada Imortal. Indalício foi positivamente o Philidor dos faquistas.

 

Lembro-me bem: era um rapaz lindo, de olhos azuis e voz suavíssima; as palavras vinham-lhe como pêssegos embrulhados em paina, e sabiamente camaralentadas, porque, dizia ele, o homem que fala depressa é um perdulário que deita fora o melhor ouro da sua herança. Ninguém dá tento ao que esse homem diz, porque quod abundat nocet. Se não valorizamos nós mesmos as nossas palavras, como pretendermos que os outros as prezem?

 

Meu mestre nesse ponto foi o general Pinheiro Machado, num discurso que lhe ouvi certa vez. Que astuciosa e bem calculada lentidão! Entre uma palavra e outra o Pinheiro punha um intervalo de segundos, como se sua boca estivesse perdigotando pérolas. E a assistência o ouvia com religiosa unção absorvendo como pérolas era emitido. Substantivos, adjetivos, verbos, advérbios e conjunções caiam sobre os ouvintes como seixos lançados à lagoa; e antes que cada um chegasse bem lá no fundo, o general não soltava outro. Cacetíssimo, mas de alta eficiência.

 

— Foi ele então o teu mestre na arte de falar valorizadamente…

 

— Não. Nasci sonolento. O Pinheiro apenas me abriu os olhos quanto ao valor monetário do Dom que a natureza me dera. Depois de ouvir esse seu discurso é que passei a dedicar-me à nobre arte de fazer com os homens o que fazia Moisés nas rochas do deserto.

 

— Fazê-los “sangrar”…

 

— Exatamente. Vi que se somasse minha natural lentidão do falar com alguma psicologia vienense (Freud, Adler), o dinheiro dos homens me atenderia como as galinhas atendem ao quitquit das donas de casa. Para cada bolso há uma chave Yale. Minha técnica se resume hoje em só abordar a vítima depois de descobrir a chave certa.

 

— E como consegue?

 

— Tenho minha álgebra. Considero os homens equações do terceiro grau — equações psicológicas, está claro. Estudo-os, deduzo, concluo — e esfaqueio com precisão praticamente absoluta. O mordedor comum é um ser indecoroso, digno do desprezo que lhe dá a sociedade. Pedincha, implora; apenas desenvolve, sem a menor preocupação estética, o surrado cantochão do mendigo: “Uma esmolinha pela amor de Deus!” Comigo, não! Assumi essa atitude (porque o pedir é uma atitude na vida), primeiro, por esporte; depois, com o fito de reabilitar uma das mais velhas profissões humanas.

 

— Realmente, a intenção é nobilíssima…

 

Indalício racionalizara a “mordedura” ao ponto da sublimação. Citava filósofos gregos. 

Mobilizava músicos de fama.

 

— Liszt, Mozart, Debussy, dizia ele, nobilitaram essa coisa comum chamada “som” à força de harmonizá-lo de certo modo. O escultor nobilitará até um paralelepípedo de rua, se lhe der forma estética. Por que não nobilitaria eu o deprimentíssimo ato de pedir? Quando lanço a minha facada, sempre depois de sérios estudos, a vítima não me dá o seu dinheiro, apenas paga a finíssima demonstração técnica com que o tonteio. Paga-me a facada do mesmo modo que o amador de pintura paga o arranjo de tintas que o pintor faz sobre uma estopa, um quadrado de papelão, uma relíssima tábua.

 

O faquista comum, notem, nada dá em troca do miserável dinheirinho que tira. Eu dou emoções gratíssimas à sensibilidade das criaturas finas. Minha vítima tem que ser fina. O simples fato da minha escolha já é um honroso diploma, porque nunca me desonrei em esfaquear criaturas vulgares, de alma grosseira. Só procuro gente na altura de compreender as sutilezas das paisagens de Corot ou dos versos de Verlaine.

 

Como se requintava a formosura do Indalício nos momentos em que discorria assim! Envolvia-o a aura dos predestinados, dos apóstolos que se sacrificam para aumentar de alguma coisa a beleza do mundo. De sua barba loura, à Cristo, escapavam os suaves reflexos do cendre.

 

As frases fluíam-lhe da boca de fino desenho como o óleo ou o mel escorre duma ânfora grega suavemente inclinada. Suas palavras traziam patins aos pés. Tudo no Indalício eram mancais de esferas. Talvez ajudasse a circunstância de ser surdinho. Isso de não ouvir bem põe veludos em certas pessoas, dá-lhes um macio de violoncelo. Como não se distraem com a vulgaridade dos sons que todos nós normalmente ouvimos, atentam mais em si próprios, “ouvem-se mais”, concentram-se.

 

Nosso costume naquele tempo era reunir-nos todas as noites no velho “Café Guarany” com y grego — a reforma ortográfica ainda dormia no calcanhar do Medeiros e Albuquerque; ficávamos ali horas trabalhando para a Antártica e comentando as proezas de cada um. Rodinha muito interessante e vária, cada um com a sua mania, a sua arte ou a sua tara. Ligava-nos apenas uma coisa: o pendor comum pelas finuras mentais em qualquer campo que fosse, literatura, perfídia, oposição ao governo, arte de viver, amor. Um deles era absolutamente ladrão — desses que a sociedade trancafia. Mas que ladrão engraçado! Estou hoje convencido de que roubava unicamente com um fim: deslumbrar a rodinha com a primorosa estilização das proezas. Outro era bêbedo profissional — e talvez pela mesma razão: informar à roda sobre o que é a vida do clã de adoradores do álcool que passam a vida nos “botecos”. Outro era o Indalício…

 

— E antes, Indalício? Que é que fazia?

 

— Ah, perdia o tempo numa escola do Rio como professor de meninos. Nada mais desinteressante. Fugi, farto e refarto. Odeio qualquer atividade vazia dessa “emoção da caça” que considero a coisa suprema da vida. Fomos caçadores durante milhões e milhões de anos, na nossa longuíssima fase de homens primitivos.

 

A civilização agrícola é coisa de ontem, e por isso ainda espinoteiam com tanta vivacidade, dentro do nosso modernismo, os velhos instintos do caçador. Continuamos os caçadores que éramos, apenas mudados de caça. Como nestas cidades de hoje não existem aquele Ursus speleus que no período das cavernas nós caçávamos (ou nos caçavam), matamos a sede do instinto com as amáveis cacinhas da civilização. Uns caçam meninas bonitas, outros caçam negócios, outros caçam imagens e rimas. O Breno Ferraz caça boatos contra o governo…

 

— E eu que caço? Perguntei.

 

— Antíteses, respondeu de pronto o Indalício. — Fazes contos, e que é o conto senão uma antítese estilizada? Eu caço otários, com a espingarda da psicologia. E como isso me dá para viver folgadamente, não quero outra profissão. Tenho prosperado. Calculo que nestes últimos três anos consegui remover do bolso alheio para o meu cerca de duzentos contos de réis. Aquela revelação fez que o nosso respeito pelo Indalício aumentasse de dez pontos.

 

— E sem abusar, continuou ele, sem forçar a nota, porque meu intento nunca foi acumular dinheiro. Em dando para o passadio à larga, está ótimo. O lucro maior que obtenho, entretanto, está na contenteza de alma, na paz da consciência — coisas que nunca tive nos anos em que, como professor de educação moral, eu transmitia às inocentes crianças noções que hoje considero absolutamente falsas. As nevralgias da minha consciência naquela época, quando provava nas aulas, com infames sofismas, que a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos!

 

Com o perpassar do tempo o Indalício desprezou completamente as facadas simples, ou do “primeiro grau”, como dizia ele, isto é, as que apenas produzem dinheiro. Passou a interessar-se unicamente pelas que representavam “soluções de problemas psicológicos” e lhe davam, além do íntimo prazer da façanha, a mais pura glória ali da rodinha. Uma noite desenvolveu-nos o teorema do máximo…

 

— Sim cada homem, em matéria de facada, tem o seu máximo; e o faquista que arranca 100 mil réis dum freguês cujo máximo é de um conto, lesa-se a si próprio — e ainda perturba a harmonia universal. Lesa-se em 900 mil réis e interfere na ordem preestabelecida do cosmos. Aqueles 900 mil réis estavam predestinados a mudarem-se de bolso naquele dia, naquela hora, por meio daqueles agentes; a inépcia do mau faquista perturba a predestinação, dessa arte criando uma ondulazinha de desarmonia que até ser reabsorvida contribui para o mal-estar do Universo.

 

Essa filosofia ouvimo-la no dia do seu “grande deslize”, quando o Indalício nos apareceu no Guarany seriamente incomodado com a perturbação que essa sua “mancada” podia estar determinando na harmonia das esferas.

 

— Errei, disse ele. Meu assalto foi contra o Macedo, que, vocês sabem, é a maior vítima dos mordedores de S. Paulo. Mas fui precipitado em minhas conclusões quanto ao seu máximo, e dei-lhe um golpe de dois contos apenas. A prontidão com que atendeu, reveladora de que estava ganhando três, demonstrou-me, da maneira mais evidente, que o máximo do Macedo é de cinco contos! Perdi. Pois, três contos…

 

E o pior não está nisso, mas na desconfiança em que fiquei de mim mesmo. Estarei por acaso decaindo? Nada mais grotesco do que ferir em oitenta ao otário cujo máximo é de cem. O bom atirador não gosta de acertar perto Há de enfiar as balas, exatinho, no centro geométrico do alvo. Nesse dia foram necessários dez chopes para abafar a inquietação do Indalício; e ao recolher-nos, lá apela meia noite, saí com ele a pretexto de consolá-lo, mas na realidade para impedi-lo de passar pelo Viaduto. Mas afinal descobri a aspirina adequada ao caso.

 

— Só vejo um meio de te restaurares na confiança perdida, meu caro Indalício: dares uma facada no Raul! Se o consegues, terás realizado a proeza suprema de tua vida. Que tal?

 

Os olhos de Indalício iluminaram-se, como os do caçador que depois de perder um coati dá de frente com um precioso veado — e foi assim que teve início a construção de grande obra prima do nosso saudoso Indalício Ararigboia.

 

O Raul, velho companheiro de roda, tinha-se, e era tido, como absolutamente imune a facadas. Rapaz de modestas posses, vivia duns 400 mil réis mensalmente drenados do governo; mas tratava-se bem, vestia-se com singular apuro, usava lindas gravatas de seda, bons sapatos; para perpetuar semelhante proeza, entretanto, adquirira o hábito de não por fora dinheiro nenhum, e hermeticamente fechara o corpo a facadas, por mínimas que fossem.

 

Recebido o ordenado no começo do mês, pagava as contas, as prestações, retinha os miúdos do bonde e pronto — ficava até o mês seguinte leve como um beija-flor. Em matéria de facadas sua teoria sempre fora de negação absoluta.

 

— “Morre” quem quer, dizia ele. Eu por exemplo não sangrarei nunca porque de há muito deliberei não sangrar! O mordedor pode atacar-me de qualquer lado, norte, sul, leste, oeste, a jusante ou a montante, e com uso de todas as armas inclusive as do arsenal do Indalício: inútil! Não sangro, pelo simples fato de haver deliberado não sangrar — além de que por sistema não ando com dinheiro no bolso.

 

Indalício não ignorava a inexpugnabilidade do Raul, mas como se tratasse dum companheiro de roda nunca pensou em tirar o ponto a limpo. Minha sugestão daquele dia, porém, fê-lo mudar de ideia. A inexpugnabilidade do Raul entrou a irritá-lo como intolerável desafio à sua genialidade.

 

— Sim, disse o Indalício, porque verdadeiramente imune a facadas não creio que haja ninguém no mundo. E se alguém, como o Raul, faz essa ideia de si, é que nunca foi abordado por um verdadeiro mestre — um Balzac como eu. Hei de destruir a inexpugnabilidade do Raul; e se meu golpe vier a falhar, talvez até me suicide com a pistola de Vatel. Viver desonrado aos meus próprios olhos, nunca!

 

E Indalício pôs-se a estudar o Raul a fim de descobrir-lhe o máximo — sim, porque até no caso do Raul aquele gênio insistia em ferir no máximo! Duas semanas depois confessou-me com a habitual suavidade:

 

— O caso está resolvido. O Raul realmente jamais levou facadas e considera-se em absoluto imune — mas lá no fundo d’alma, ou do inconsciente, está inscrito o seu máximo: cinco mil réis! Tenho orgulho em revelar a minha descoberta. Raul considera-se inesfaqueável, e jurou morrer sem a menor cicatriz no bolso; a sua consciência, portanto, não admite máximo nenhum. Mas o máximo do Raul é de cinco! Para chegar a essa conclusão tive de insinuar-me nos desvãos de sua alma com a gazua do Freud.

 

— Só cinco?

 

— Sim. Só cinco — o máximo absoluto! Se o Raul se psicanalisasse, descobriria, com assombro, que apesar das suas juras de imunidade a natureza o colocou na casa dos cinco.

 

— E vai o nosso Balzac sujar-se com uma facada de cinco mil réis! Em que ficou a tua fixação do mínimo em duzentos?

 

— De fato, hoje não dou facadas de menos de duzentos, e me julgaria desonrado se me abaixasse a uma de cento e oitenta. Mas o caso do Raul, especialíssimo, me força a abrir uma exceção. Vou esfaqueá-lo em cinquenta mil réis…

 

— Por que cinquenta?

 

— Porque ontem, inopinadamente, a minha álgebra psicológica demonstrou que há possibilidade de um segundo máximo no Raul, não de cinco, como está inscrito no seu inconsciente, mas de dez vezes isso, como consegui ler na aura desse inconsciente!…

 

— No inconsciente do inconsciente!…

 

— Sim, na verdadeira estratosfera do inconsciente raulino. Mas só serei bem sucedido se não errar na escolha do momento mais favorável, e se conseguir deixá-lo em ponto de bala por meio da aplicação de diversas cocaínas psicológicas. Só quando Raul se sentir levitado, expandido, como a alma bem rarefeita, é que sangrará no máximo astral que eu descobri!…

 

Mais um mês gastou o Indalício em estudos do Raul. Certificou-se do dia em que lhe pagavam no Tesouro, do quanto lhe levavam as contas e prestações, e quanto costumava sobrar-lhe depois de satisfeitos todos os compromissos. E não há por aqui toda a série de preparos psicológicos, físicos, metapsíquicos, mecânicos e até gastronômicos a que o gênio do Indalício submeteu o Raul; encheria páginas e páginas.

 

Resumirei dizendo que o ataque em voo pique só seria realizado depois do completo “condicionamento” da vítima por meio da sábia aplicação de todos os “matadores”. O nosso pobre Indalício faleceu sem saber que estava lançando os fundamentos do moderno totalitarismo…

 

No dia 4 do mês seguinte avisou-se da iminência do golpe.

 

— Vai ser amanhã, às oito da noite, no Bar Baron, quando o Raul cair na leve crise sentimental que lhe provocam certas passagens do Petit Chose de Daudet, recordadas entre a Segunda e a terceira dose do meu vinho…

 

— Que vinho?

 

— Ah, um que descobri em estudos in anima nobile — nele mesmo: a única vinhaça que de mistura com o Daudet do Petit Chose deixa o Raul, durante meio minuto, sangrável no máximo astral! Vocês vão abrir a boca. Estou positivamente criando a minha obra prima! Aparece amanhã no Guarany às nove horas para ouvires o resto…

 

No dia seguinte fui ao Guarany às oito e já lá encontrei a roda. Pu-los ao par dos desenvolvimentos da véspera e ficamos a comentar os prós e contras do que àquela hora estaria se passando no Bar Baron. Quase todos jogavam no Raul.

 

Às nove entrou o Indalício, suavemente. Sentou-se.

 

— Então? Perguntei.

 

Sua resposta foi tirar do bolso e sacudir no ar uma nota nova de cinquenta mil réis.

 

— Fiz um trabalho preparatório perfeito demais para que me falhasse o golpe, disse ele. No momento decisivo bastou-me um quit, quit dos mais simples. Os cinquenta fluíram do bolso do Raul para o meu — contentes, felizes, alegrinhos…

 

O assombro da roda chegou ao auge. Era realmente escachante aquele prodígio!

 

— Maravilhoso, Indalício! Mas põe isso em troca miúdo, pedimos. E ele contou:

 

— Nada mais simples. Depois do preparo do terreno, a técnica foi, entre a Segunda e a terceira dose da vinhaça e o Daudet, ferir fundo nos cinquenta — e o que eu esperava ocorreu. Ultra-surpreso de haver no globo quem o avaliasse em cinquenta mil réis, a ele, que na intimidade trevosa do subconsciente só admitia o miserável máximo de cinco, Raul deslumbrou-se…

 

Raul perdeu o controle de si próprio … sentiu-se levitado, rarefeito por dentro, estratosférico — e com os olhos emparvecidos meteu a mão no bolso, sacou tudo quanto havia lá, exatamente esta nota, e entregou-ma, sonambúlico, num incoercível impulso de gratidão! Instantes depois voltava a si. Corou como a romã, formalizou-se e só não me agrediu porque a minha sábia fuga estratégica não lhe deu tempo…

 

Maravilhamo-nos sinceramente. Aquela Yale psicológica é  talvez a única, dos milhões de chaves existentes no universo, capaz de abrir a carteira do Raul para um faquista; e o tê-la descoberto e manejado com tanta segurança era coisa que indiscutivelmente vinha fechar com chave de ouro a gloriosa carreira do Indalício — como de fato fechou: meses depois a gripe espanhola de 1918 nos levava esse precioso e amável amigo.

 

— Parabéns, Indalício! Exclamei. Só a má fé te negará o Dom da genialidade. A Partida Imortal do grande Philidor já não está sem pendant no mundo. Criaste a Facada Imortal

 

Como ninguém da roda jogasse xadrez, todos me olharam perguntativamente. Mas não houve tempo para explicações. Vinha entrando o Raul. Sentou-se, calado, contido. Pediu uma caninha (sinal de rarefação no bolso). Ninguém disse nada... Esperamos que ele se abrisse. Indalício estava profundamente absorvido nos “Pingos e Respingos” dum “Correio da Manhã” sacado do bolso.

 

Súbito, veio-me uma infinita vontade de rir, e foi rindo que rompi o silêncio:

 

— Então, seu Raul, caiu, hein?…

 

Realmente desapontado, o querido Raul não achou a palavra chistosa, o “espírito” com que em qualquer outra circunstância comentaria um seu desaso qualquer. Limitou-se a sorrir amareladamente e a emitir um “Pois é!…” — o mais desenxabido “Pois é” ainda pronunciado no mundo. Tão desenxabido, que o Indalício engasgou-se de rir… com o “Pingo” que lia.


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 30 de setembro de 2022

AS DUAS PANELAS (FÁBULA INFANTIL DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

AS DUAS PANELAS

Monteiro Lobato

 

 

Duas panelas, uma de ferro, orgulhosa, outra de barro, humilde, moravam na mesma cozinha; e como estivessem vazias, a bocejarem de vadiação, disse a graúda:

– Bela tarde para um giro pela horta! A cozinheira não está e até que venha, teremos tempo de dizer adeus à alface e fazer uma visita aos repolhos. Queres ir?

– Com todo o prazer! – respondeu a panela de barro lisonjeadíssima de honrosa companhia.

– Dá-me o braço então, e vamo-nos depressa antes que “ela” venha.

Assim fizeram, e lá se foram as duas desajeitadonas gingando os corpos ventrudos, cheias de amabilidade para com as hortaliças.

– Bom dia, dona Couve! Comendador Repolho, como passas! Coentrinho, adeus!

No melhor da festa, porém, a panela de ferro falseou o pé e esbarrou na amiga.

– Ai que me trincas! exclamou esta.

– Não foi nada, não foi nada…

Uns passos a mais e novo choque.

– Ai que desbeiças, amiga!

– Em casa arruma-se, não é nada…

Minutos depois terceiro esbarrão, esse formidável.

– Ai! Ai! Ai! Ai! Fizeste-me em pedaços, ingrata!

E a mísera panela de barro caiu por terra a gemer, reduzida a cacos.

 


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 23 de setembro de 2022

AS DUAS CACHORRAS (FÁBULA DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

AS DUAS CACHORRAS

Monteiro Lobato

 

 

 

Moravam no mesmo bairro. Uma era boa e caridosa; outra, má e ingrata.

A boa, como fosse diligente, tinha a casa bem arranjadinha; a má, como fosse vagabunda, vivia ao léu, sem eira nem beira.

Certa vez… a má, em véspera de dar cria, foi pedir agasalho à boa:

– Fico aqui num cantinho até que meus filhotes possam sair comigo. É por eles que peço…

A boa cedeu-lhe a casa inteira, generosamente.

Nasceu a ninhada, e os cachorrinhos já estavam de olhos abertos quando a dona da casa voltou.

– Podes entregar-me a casa agora?

A má pôs-se a choramingar.

– Ainda não, generosa amiga. Como posso viver na rua com filhinhos tão novos? Conceda-me um novo prazo.

A boa concedeu mais quinze dias, ao termo dos quais voltou.

– Vai sair agora?

– Paciência, minha velha, preciso de mais um mês.

A boa concedeu mais quinze dias; e ao terminar o último prazo voltou.

Mas desta vez a intrusa, rodeada dos filhos já crescidos, robustos e de dentes arreganhados, recebeu-a com insolência:

– Quer a casa? Pois venha tomá-la, se é capaz…

Moral da Estória:
Para os maus, pau!


Literatura - Contos e Crônicas quinta, 15 de setembro de 2022

A HISTÓRIA DOS DOIS LADRÕES (CONTO DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO) VÍDEO

A HISTÓRIA DOS DOID LADRÕES

Monteiro Lobato

 


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 09 de setembro de 2022

OD DOIS BURRINHOS (CONTO INFANTIL DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

OS DOIS BURRINHOS

Monteiro Lobato

 

 

 

Muito lampeiros, dois burrinhos de tropa seguiam trotando pela estrada além. O da frente conduzia bruacas de ouro em pó; e o de trás, simples sacos de farelo. Embora burros da mesma espécie, não queria o primeiro, que o segundo lhe caminhasse ao seu lado.

- Alto lá! - dizia ele - não se emparelhe comigo, que quem carrega ouro não é do mesmo naipe de quem conduz feno. Guarde cinco passos de distância e caminhe respeitoso como se fosse um pajem.
 
O burrinho do farelo submetia-se e lá trotava, de orelhas murchas, roendo-se de inveja do fidalgo...
 
De repente...
 
Osh! Oah! São ladrões da montanha que surgem de trás de um tronco e agarram os burrinhos pelos cabrestos.
 
Examinam primeiramente a carga do burro humilde e, - Farelo! - exclamaram desapontados - o demo o leve! Vejamos se há coisa de mais valor no da frente.
 
- Ouro, ouro! - gritam, arregalando os olhos. E atiram-se ao saque.
 
Mas o burrinho resiste. Desfere coices e dispara pelo campo afora. Os ladrões correm atrás, cercam-no e lhe dão em cima, de pau e pedra. Afinal saqueiam-no.
  

Terminada a festa, o burrinho do ouro, mais morto que vivo e tão surrado que nem suster-se em pé podia, reclama o auxílio do outro, que muito fresco da vida tosava o capim sossegadamente.

 - Socorro, amigo! Venha acudir-me que estou descadeirado...
 
O burrinho do farelo respondeu zombeteiramente:
 
- Mas poderei por acaso aproximar-me de Vossa Excelência?
 
- Como não? Minha fidalguia estava dentro da bruaca e lá se foi nas mãos daqueles patifes. Sem as bruacas de ouro no lombo, sou uma pobre besta igual a você...
 
- Bem sei. Você é como certos grandes homens do mundo, que só valem pelo cargo que ocupam. No fundo, simples bestas de carga, eu, tu, eles...
 

E ajudou-o a regressar para casa, decorando, para uso próprio, a lição que ardia no lombo do vaidoso.


Literatura - Contos e Crônicas sexta, 02 de setembro de 2022

O COMPRADOR DE FAZENDA (CONTO DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO) VÍDEO

O COMPRADOR DE FAZENDA

Monteiro Lobato

 

 

 


Literatura - Contos e Crônicas segunda, 29 de agosto de 2022

O COLOCADOR DE PRONOMES (CONTO DO PAULISTA MONTEIRO LOBATO)

O COLOCADOR DE PRONOMES

Monteiro Lobato
(Grafis original)

 

Aldrovando Cantagalo veio ao mundo em virtude dum erro de gramática. Durante sessenta anos de vida terrena pererecou como um peru em cima da gramática. E morreu, afinal, vítima dum novo erro de gramática.
Mártir da gramática, fique este documento da sua vida como pedra angular para uma futura e bem merecida canonização.
Havia em Itaoca um pobre moço que definhava de tédio no fundo de um cartório. Escrevente. Vinte e três anos. Magro. Ar um tanto palerma. Ledor de versos lacrimogêneos e pai duns acrósticos dado à luz no Itaoquense, com bastante sucesso.
Vivia em paz com as suas certidões quando o frechou venenosa seta de Cupido. Objeto amado: a filha mais moça do coronel Triburtino, o qual tinha duas, essa Laurinha, do escrevente, então nos dezessete, e a do Carmo, encalhe da família, vesga, madurota, histérica, manca da perna esquerda e um tanto aluada.
Triburtino não era homem de brincadeiras. Esgoelara um vereador oposicionista em plena sessão da Câmara e desde aí, se transformou no tutu da terra. Toda a gente lhe tinha um vago medo; mas o amor, que é mais forte que a morte, não receia sobrecenhos enfarruscados, nem tufos de cabelos no nariz.
Ousou o escrevente namorar-lhe a filha, apesar da distância hierárquica que os separava. Namoro à moda velha, já se vê, que nesse tempo não existia a gostosura dos cinemas. Encontros na igreja, à missa, troca de olhares, diálogos de flores — o que havia de inocente e puro. Depois, roupa nova, ponta de lenço de seda a entremostrar-se no bolsinho de cima e medição de passos na Rua DElba, nos dias de folga. Depois, a serenata fatal à esquina, com o
Acorda, donzela...
sapecado a medo num velho pinho de empréstimo. Depois, bilhetinho perfumado.
Aqui se estrepou...
Escrevera nesse bilhetinho, entretanto, apenas quatro palavras, afora pontos exclamativos e reticências:
Anjo adorado!
Amo-lhe!…
Para abrir o jogo, bastava esse movimento de peão.
Ora, aconteceu que o pai do anjo apanhou o bilhetinho celestial e, depois de três dias de sobrecenho carregado, mandou chamá-lo à sua presença, com disfarce de pretexto —   para umas certidõezinhas, explicou.
Apesar disso o moço veio um tanto ressabiado, com a pulga atrás da orelha. Não lhe erravam os pressentimentos. Mal o pilhou portas aquém, o coronel trancou o escritório, fechou a carranca e disse:
— A família Triburtino de Mendonça é a mais honrada desta terra, e eu, seu chefe natural, não permitirei nunca-nunca, ouviu? que contra ela se cometa o menor deslize. Parou. Abriu uma gaveta. Tirou de dentro o bilhetinho cor de rosa, desdobrou-o.
— É sua esta peça de flagrante delito?
O escrevente, a tremer, balbuciou medrosa confirmação
— Muito bem! continuou o coronel em tom mais sereno. Ama, então, minha filha e tem a audácia de o declarar... Pois agora...
O escrevente, por instinto, ergueu o braço para defender a cabeça e relanceou os olhos para a rua, sondando uma retirada estratégica.
— …é casar! concluiu de improviso o vingativo pai.
O escrevente ressuscitou. Abriu os olhos e a boca, num pasmo. Depois, tornando a si, comoveu-se e, com lágrimas nos olhos, disse, gaguejante:
— Beijo-lhe as mãos, coronel! Nunca imaginei tanta generosidade em peito humano! Agora vejo com que injustiça o julgam aí fora!...
Velhacamente o velho cortou-lhe o fio das expansões.
— Nada de frases moço, vamos ao que serve: declaro-o solenemente noivo de minha filha!
E voltando-se para dentro, gritou:
— Do Carmo! Venha abraçar o teu noivo!
O escrevente piscou seis vezes e, enchendo-se de coragem, corrigiu o erro.
— Laurinha quer o coronel dizer...
— Sei onde trago o nariz, moço. Vassuncê mandou este bilhete à Laurinha dizendo que ama-lhe. Se amasse a ela deveria dizer amo-te. Dizendo amo-lhe declara que ama a uma terceira pessoa, a qual não pode ser senão a Maria do Carmo. Salvo se declara amor à minha mulher!...
— Oh, coronel...
— ...ou à preta Luzia, cozinheira. Escolha!
O escrevente, vencido, derrubou a cabeça, com uma lágrima a escorrer rumo à asa do nariz. Silenciaram ambos, em pausa de tragédia. Por fim o coronel, batendo-lhe no ombro paternalmente, repetiu a boa lição da sua gramática matrimonial.
— Os pronomes, como sabe, são três: da primeira pessoa — quem fala, e neste caso vassuncê; da segunda pessoa-a quem se fala, e neste caso Laurinha; da terceira pessoa — de quem se fala, e neste caso Maria do Carmo, minha mulher ou a preta. Escolha!
Não havia fuga possível.
O escrevente ergueu os olhos e viu do Carmo que entrava, muito lampeira da vida, torcendo acanhada a ponta do avental novo ao alcance do maquiavélico pai. Submeteu-se e abraçou a urucaca, enquanto o velho, estendendo as mãos, dizia teatralmente:
— Deus vos abençoe, meus filhos!
No mês seguinte, solenemente, o moço casava-se com o encalhe, e onze meses depois vagia nas mãos da parteira o futuro professor Aldrovando, o conspícuo sabedor da língua que durante cinqüenta anos a fio, coçaria na gramática a sua incurável sarna filológica.
Até aos dez anos não revelou Aldrovando pinta nenhuma. Menino vulgar, tossiu a coqueluche em tempo próprio, teve o sarampo da praxe, mais a caxumba e a catapora. Mais tarde, no colégio, enquanto os outros enchiam as horas de estudo com invenções de matar o tempo —  empapelamento de moscas e moidelas das respectivas cabecinhas entre duas folhas de papel, coisa de ver o desenho que sai — Aldrovando apalpava com erótica emoção a gramática de Augusto Freire da Silva. Era o latejar do furúnculo filológico, que o determinaria na vida, para matá-lo, afinal...
Deixemo-lo, porém, evoluir e tomemo-lo quando nos serve, aos 40 anos, já a descer o morro, arcado ao peso da ciência e combalido de rins. Lá está ele em seu gabinete de trabalho, fossando, à luz dum lampião, os pronomes de Filinto Elísio. Corcovado, magro, seco, óculos de latão no nariz, careca, celibatário impenitente, dez horas de aulas por dia, duzentos mil réis por mês e o rim, volta e meia, a fazer-se lembrado.
Já leu tudo. Sua vida foi sempre o mesmo poento idílio com as veneráveis costaneiras onde cabeceiam os clássicos lusitanos. Versou-os um por um com mão diurna e noturna. Sabe-os de cor, conhece-os pela morrinha, distingue pelo faro uma seca de Lucena duma esfalfa de Rodrigues Lobo. Digeriu todas as patranhas de Fernão Mendes Pinto. Obstruiu-se da broa encruada de Fr. Pantaleno do Aveiro. Na idade em que os rapazes correm atrás das raparigas, Aldrovando escabichava belchiores na pista dos mais esquecidos mestres da boa arte de maçar. Nunca dormiu entre braços de mulher. A mulher e o amor-mundo, diabo, carne, eram para ele os alfarrábios freiráticos do quinhentismo, em cuja soporosa verborréia espapaçava os instintos lerdos, como porco em lameiro. Em certa época viveu três anos, acampado em Vieira. Depois vagamundeou, como um Robínson, pelas florestas de Bernardes.
Aldrovando nada sabia do mundo atual. Desprezava a natureza, negava o presente. Passarinho, conhecia um só: o rouxinol de Bernardim Ribeiro. E se acaso o sabiá de Gonçalves Dias vinha bicar pomos de Hespérides na laranjeira do seu quintal, Aldrovando esfogueteava-se com apóstrofes: — Salta fora, regionalismo de má sonância!
A língua lusa era-lhe um tabu sagrado que atingira à perfeição com Fr. Luís de Sousa, e daí para cá, salvo lucilações esporádicas, vinha chafurdando no ingranzéu barbaresco.
— A inglesia de hoje, declamava ele, está para a Língua, como o cadáver em putrefação está para o corpo vivo.
E suspirava, condoído dos nossos destinos:
— Povo sem língua!... Não me sorri o futuro de Vera-Cruz…
E não lhe objetassem que a língua é organismo vivo e que a temos a evoluir na boca do povo.
— Língua? Chama você língua à garabulha bordalenga que estampam periódicos? Cá está um desses galicígrafos. Deletreemo-lo ao acaso.
— Teve lugar ontem!... É língua esta espurcícia negral? Ó meu seráfico Frei Luís, como te conspurcam o divino idioma, estes sarrafaçais da moxinifada!
— ...no Trianon... Por que, Trianon? Por que este perene barbarizar com alienígenos arrevezos! Tão bem ficava-a Benfica, ou, se querem neologismo de bom cunho-o Logratório...Tarelos é que são, tarelos!
E suspirava, deveras compungido.
— Inútil prosseguir. A folha inteira cacografa-se por este teor. Ai! Onde param as boas letras de antanho? Fez-se peru o níveo cisne. Ninguém atende a lei suma: — Horácio! Impera o desprimor, e o mau gosto vige como suprema regra. A gálica intrujice é maré sem vazante. Quando penetro num livreiro o coração se me confrange ante o pélago de óperas barbarescas que nos vertem cá mercadores de má mote. E é de notar, outrossim, que a elas se vão as preferências do vulgacho. Muito não faz que vi com estes olhos um gentil mancebo preferir uma sordícia de Oitavo Mirbelo-Canhenho duma dama de servir, creio, à... adivinhe ao quê, amigo? À Carta de Guia do meu divino Francisco Manoel!...
— Mas a evolução...
— Basta. Conheço às sobejas a escolástica da época, a evolução darwínica, os vocábulos macacos-pitecofonemas que evolveram, perderam o pêlo e se vestem hoje à moda da França, com vidro no olho. Por amor a Frei Luís, que ali daquela costaneira escandalizado nos ouve, não remanche o amigo na esquipática sesquipedalice.
Um biógrafo ao molde clássico separaria a vida de Aldrovando em duas fases distintas: a estática, em que apenas acumulou ciência, e a dinâmica, em que, transferido em apóstolo, veio a campo com todas as armas para contrabater o monstro da corrupção.
Abriu campanha com um memorável ofício ao congresso, pedindo leis repressivas contra os ácaros do idioma.
— Leis, senhores, leis de Drácão, que diques sejam, e fossados, e alcáçares de granito prepostos à defensão do idioma. Mister sendo, a forca se restaure, que mais o baraço merece quem conspurca o sacro patrimônio da sã vernaculidade, que quem ao semelhante a vida tira. Vede, senhores, os pronomes, em que lazeira jazem...
Os pronomes, ai! eram a tortura permanente do professor Aldrovando. Doía-lhe como punhalada, vê-los por aí pré ou pospostos contra regras elementares do dizer castiço. E sua representação, alargou-se nesse pormenor, flagelante, concitando os pais da pátria à criação dum Santo Ofício gramatical.
Os ignaros congressistas, porém, riram-se da memória, e grandemente piaram sobre Aldrovando as mais cruéis chalaças.
— Quer que instituamos patíbulo para os maus colocadores de pronomes! Isto seria autocondenar-nos à morte! Tinha graça!
Também lhe foi à pele a imprensa, com pilhérias soezes. E depois, o público. Ninguém alcançara a nobreza do seu gesto e Aldrovando, com a mortificação na alma, teve que mudar de rumo. Planeou recorrer ao púlpito dos jornais. Para isso mister foi, antes de nada, vencer o seu velho engulho pelos galicífragos de papel e graxa. Transigiu e, breve, desses pulmões da pública opinião, apostrofou o país com o verbo tonante de Ezequiel. Encheu colunas e colunas de objurgatórias ultraviolentas, escritas no mais estreme vernáculo.
Mas não foi entendido. Raro leitor metia os dentes naqueles intermináveis períodos engrenados à moda de Lucena; e, ao cabo da aspérrima campanha, viu que pregara em pleno deserto. Leram-no apenas a meia dúzia de Aldrovandos que vegetam sempre em toda a parte, como notas rezingüentas da sinfonia universal.
A massa dos leitores, entretanto, essa permaneceu alheia aos flamívomos pelouros da sua colubrina sem raia. E por fim os periódicos fecharam-lhe a porta no nariz, alegando falta de espaço e coisas.
— Espaço não há para as sãs idéias, objurgou o enxotado, mas sobeja, e pressuroso, para quanto recomende à podriqueira!...Gomorra! Sodoma! Fogos do céu virão um dia limpar-vos a gafa!... exclamou, profético, sacudindo à soleira da redação o pó das cambaias botinas de elástico.
Tentou em seguida ação mais direta, abrindo consultório gramatical.
— Têm-nos os físicos (queria dizer médicos), os doutores em leis, os charlatães de toda a espécie. Abra-se um para a medicação da grande enferma, a língua. Gratuito, já se vê, que me não move amor de bens terrenos.
Falhou a nova tentativa. Apenas as moscas vagabundas vinham esvoejar em torno da ciência que se oferecia na salinha modesta do apóstolo. Criatura humana, uma só, sequer, ali não veio remendar-se filologicamente.
Ele, todavia, não esmoreceu.
— Experimentemos processo outro, mais suasório.
E anunciou a montagem da Agência de Colocação de Pronomes e Reparos Estilísticos.
Quem tivesse um autógrafo a rever, um memorial a expungir de cincas, um calhamaço a compor-se com os afeites do lídimo vernáculo, fosse lá, que, sem remuneração nenhuma, nele se faria obra limpa e escorreita.
Era boa a idéia, e logo vieram os primeiros originais necessitados de ortopedia, sonetos a consertar pés de versos, ofícios ao governo pedindo concessões, cartas de amor.
Tais, porém, eram as reformas que nos doentes operava Aldrovando, que os autores não mais reconheciam suas próprias obras. Um dos clientes chegou a reclamar:
— Professor, V. Sa. enganou-se. Pedi limpa de enxada nos pronomes, mas não que me traduzisse a memória em latim...
Aldrovando ergueu os óculos para a testa:
— E traduzi em latim o tal ingranzéu?
— Em latim ou grego, pois que o não consigo entender…
Aldrovando impertigou-se.
— Pois, amigo, errou de porta. Seu caso é ali com o alveitar da esquina.
Pouco durou a Agência, morta à míngua de clientes. Teimava o povo em permanecer empapado no chafurdeiro da corrupção...
O rosário de insucessos, entretanto, em vez de desalentar, exasperou o apóstolo.
— Hei de influir na minha época. Aos tarelos hei de vencer. Fogem-me à férula, os maraus de pau e corda? Ir-lhes-ei empós, filá-los-ei pela gorja... Salta rumor!
E foi-lhes empós. Andou pelas ruas examinando dísticos e tabuletas com vícios de língua. Descoberta a asnidade, ia ter com o proprietário, contra ele desfechando os melhores argumentos catequistas.
Foi assim com o ferreiro da esquina, em cujo portão de tenda uma tabuleta — Ferra-se cavalos — escoicinhava a santa gramática.
— Amigo, disse-lhe pachorrentamente Aldrovando, natural a mim que parece que erres, alarve que és. Se erram paredros, nesta época de ouro da corrupção...
O ferreiro pôs de lado o malho e entreabriu a boca.
— Mas da boa sombra do teu focinho espero, continuou o apóstolo, que ouvidos me darás. Naquela tábua um dislate existe que seriamente à língua lusa ofende. Venho pedir-lhe, em nome do asseio gramatical, que o expunjas.
—  ? ? ?
— Que reformes a tabuleta, digo.
— Reformar a tabuleta? Uma tabuleta nova, com a licença paga? Está acaso rachada?
— Fisicamente, não. A racha é na sintaxe. Fogem, ali, os dizeres à sã gramaticalidade.
O honesto ferreiro não entendia nada de nada.
— Macacos me lambam se estou entendendo o que V. Sa. diz...
— Digo que está a forma verbal com eiva grave. O ferra-se tem que cair no plural, pois que a forma é passiva e o sujeito é cavalos.
O ferreiro abriu o resto da boca.
— O sujeito sendo cavalos, continuou o mestre, a forma verbal é ferram-se — ferram-se cavalos!
— Ah! respondeu o ferreiro, começo agora a compreender. Diz V. Sa. que...
— ...que ferra-se cavalos é um solecismo horrendo e o certo é ferram-se cavalos.
— V. Sa. me perdoe, mas o sujeito que ferra os cavalos sou eu, e eu não sou plural. Aquele se da tabuleta refere — se cá a este seu criado. É como quem diz: Serafim ferra cavalos — Ferra Serafim cavalos. Para economizar tinta e tábua abreviaram o meu nome, e ficou como está: Ferra Se(rafim) cavalos. Isto me explicou o pintor, e entendi-o muito bem.
Aldrovando ergueu os olhos para o céu e suspirou.
— Ferras cavalos e bem merecias que te fizessem eles o mesmo!... Mas não discutamos. Ofereço-te dez mil réis pela admissão dum m ali...
— Se V. Sa. paga...
Bem empregado dinheiro! A tabuleta surgiu no dia seguinte dessolecismada, perfeitamente de acordo com as boas regras da gramática. Era a primeira vitória obtida e todas as tardes Aldrovando passava por lá para gozar-se dela.
Por mal, porém, não durou muito o regalo. Coincidindo a entronização do m com maus negócios na oficina, o supersticioso ferreiro atribuiu a macaca à alteração dos dizeres, e lá raspou o m do professor.
A cara que Aldrovando fez quando, no passeio desse dia, deu com a sua vitória borrada! Entrou furioso pela oficina a dentro, e mascava uma apóstrofe de fulminar, quando o ferreiro, às brutas, lhe barrou o passo:
— Chega de caraminholas, ó barata tonta! Quem manda aqui, no serviço e na língua, sou eu. E é ir andando, antes que eu o ferre com um bom par de ferros ingleses!
O mártir da língua meteu a gramática entre as pernas e moscou-se.
— Sancta simplicitas! ouviram-no murmurar na rua, de rumo à casa, em busca das consolações seráficas de Fr. Heitor Pinto. Chegado que foi ao gabinete de trabalho, caiu de borco sobre as costaneiras venerandas e não mais conteve as lágrimas, chorou...
O mundo estava perdido e os homens, sobre maus, eram impenitentes. Não havia desviá-los do ruim caminho, e ele, já velho, com o rim a rezingar, não se sentia com forças para a continuação da guerra.
— Não hei de acabar, porém, antes de dar a prelo um grande livro, onde compendie a muita ciência que hei acumulado.
E Aldrovando empreendeu a realização de um vastíssimo programa de estudos filológicos. Encabeçaria a série um tratado sobre a colocação dos pronomes, ponto onde mais claudicava a gente de Gomorra.
Fê-lo, e foi feliz nesse período de vida em que, alheio ao mundo, todo se entregou, dia e noite, à obra magnífica. Saiu trabuco volumoso, que daria três tomos de 500 páginas cada um, corpo miúdo. Que proventos não adviriam dali para a lusitanidade! Todos os casos resolvidos para sempre, todos os homens de boa vontade salvos da gafaria! O ponto fraco do brasileiro falar resolvido de vez! Maravilhosa coisa...
Pronto o primeiro tomo —  Do pronome Se — anunciou a obra pelos jornais, ficando à espera da chusma de editores que viriam disputá-la à sua porta. E por uns dias o apóstolo sonhou as delícias da estrondosa vitória literária, acrescida de gordos proventos pecuniários.
Calculava em oitenta contos o valor dos direitos autorais, que, generoso que era, cederia por cinqüenta. E cinqüenta contos para um velho celibatário como ele, sem família nem vícios, tinha a significação duma grande fortuna. Empatados em empréstimos hipotecários, sempre eram seus quinhentos mil réis por mês de renda, a pingarem pelo resto da vida, na gavetinha onde, até então, nunca entrara pelega maior de duzentos. Servia, servia!... E Aldrovando, contente, esfregava as mãos, de ouvido alerta, preparando frases para receber o editor que vinha vindo...
Que vinha vindo mas não veio, ai!... As semanas se passaram sem que nenhum representante dessa miserável fauna de judeus surgisse a chatinar o maravilhoso livro.
— Não me vêm a mim? disse ele. Salta rumor! Pois me vou a eles!
E saiu em via sacra, a correr todos os editores da cidade. Má gente! Nenhum lhe quis o livro sob condições nenhumas. Torciam o nariz, dizendo: Não é vendável; ou: Por que não faz antes uma cartilha infantil aprovada pelo governo?
Aldrovando, com a morte nalma e o rim dia a dia mais derrancado, retesou-se nas últimas resistências.
— Fá-la-ei imprimir à minha custa! Ah, amigos! Aceito o cartel. Sei pelejar com todas as armas e irei até ao fim. Bofe!...
Para lutar era mister dinheiro e bem pouco do vilíssimo metal possuía na arca o alquebrado Aldrovando. Não importa! Faria dinheiro, venderia móveis, imitaria Bernardo de Pallissy, e não morreria sem ter o gosto de acaçapar Gomorra sob o peso de sua ciência impressa. Editaria, ele mesmo, um por um, todos os volumes da obra salvadora.
Passou esse período de vida alternando revisão de provas com padecimentos renais. Venceu. O livro compôs-se, magnificamente revisto, primoroso na linguagem como não existia igual.
Dedicou-o a Fr. Luís de Sousa:
À memória daquele que me sabe as dores — O autor.
Mas não quis o destino que o já trêmulo Aldrovando colhesse os frutos de sua obra. Filho dum pronome impróprio, a má colocação de outro pronome lhe cortaria o fio da vida.
Muito corretamente havia escrito na dedicatória :...daquele que me sabe... e nem poderia escrever de outro modo um tão conspícuo colocador de pronomes. Maus fados intervieram, porém — até os fados conspiram contra a língua! —  e, por artimanha do diabo que os rege, empastelou-se na oficina esta frase. Vai o tipógrafo e recompõe-na a seu modo... daquele que sabe-me as dores... E assim saiu nos milheiros de cópias da avultada edição.
Mas não antecipemos.
Pronta a obra e paga, ia Aldrovando recebê-la, enfim. Que glória! Construíra, finalmente, o pedestal da sua própria imortalidade, ao lado direito dos sumos cultores da língua.
A grande idéia do livro, exposta no capítulo IV — Do método automático de bem colocar os pronomes — engenhosa aplicação duma regra mirífica, por meio da qual até os burros de carroça poderiam zurrar com gramática operária como o 914 da sintaxe, limpando-a da avariose produzida pelo espiroqueta dos pronomococus.
A excelência dessa regra estava em possuir equivalentes químicos de uso na farmacopéia alopata, de modo que a um bom laboratório fácil lhe seria reduzi-la a ampolas para injeções hipodérmicas, ou a pílulas, pós ou poções para uso interno.
E quem se injetasse ou engolisse uma pílula do futuro PRONOMINOL CANTAGALO curar-se-ia para sempre do vício, colocando os pronomes instintivamente bem, tanto no falar como no escrever. Para algum caso de pronomorréia aguda, evidentemente incurável, haveria o recurso do PRONOMINOL N.° 2, onde entrava a estriquinina em dose suficiente para libertar o mundo do infame sujeito.
Que glória! Aldrovando prelibava essas delícias todas quando lhe entrou pela escada a dentro a primeira carroçada de livros. Dois brutamontes de mangas arregaçadas empilharam-nos pelos cantos, em rumas que lá se iam; e concluso o serviço um deles pediu:
— Me dá um matabicho, patrão!...
Aldrovando severizou o semblante ao ouvir aquele Me tão fora dos mancais, e tomando um exemplar da obra ofertou-o ao doente:
— Toma lá. O mau bicho que tens no sangue morrerá asinha às mãos deste vermífugo. Recomendo-te a leitura do capítulo sexto.
O carroceiro não se fez rogar; saiu com o livro, dizendo ao companheiro:
— Isto no sebo sempre renderá cinco tostões. Já serve…
Mal se sumiram, Aldrovando abancou-se à velha mesinha de trabalho e deu começo à tarefa de lançar dedicatórias num certo número de exemplares destinados à crítica. Abriu o primeiro, e estava já a escrever o nome de Rui Barbosa, quando seus olhos deram com a horrenda cinca: daquele QUE SABE-ME as dores.
— Deus do céu! Será possível?
Era possível. Era fato. Naquele, como em todos os exemplares da edição, lá estava, no hediondo relevo da dedicatória a Fr. Luís de Sousa, o horripilantíssimo — QUE SABE-ME...
Aldrovando não murmurou palavra. De olhos muito abertos, no rosto uma estranha marca de dor — dor gramatical inda não descrita nos livros de patologia - permaneceu imóvel uns momentos.
Depois, empalideceu. Levou as mãos ao abdômen e estorceu-se nas garras de repentina e violentíssima ânsia.
Ergueu os olhos para Frei Luís de Sousa e murmurou.
— Luís! Luís! Lamma Sabachtani!
E morreu.
De quê, não sabemos — nem importa ao caso. O que importa é proclamarmos aos quatro ventos que com Aldrovando morreu o primeiro santo da gramática, o mártir número um da Colocação dos Pronomes.
Paz à sua alma.

 


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