Almanaque Raimundo Floriano
(Cultural, sem fins comerciais, lucrativos ou financeiros)


Raimundo Floriano de Albuquerque e Silva, Editor deste Almanaque, também conhecido como Velho Fulô, Palhaço Seu Mundinho e Mundico Trazendowski, nascido em Balsas , Maranhão, a 3 de julho de 1936, Católico Apostólico Romano, Contador, Oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Funcionário Público aposentado da Câmara dos Deputados, Titular da Cadeira nº 10 da Academia Passa Disco da Música Nordestina, cuja patrona é a cantora Elba Ramalho, Mestre e Fundador da Banda da Capital Federal, Pesquisador da MPB, especializado em Velha Guarda, Música Militar, Carnaval e Forró, Cardeal Fundador da Igreja Sertaneja, Pioneiro de Brasília, Xerife nos Mares do Caribe, Cordelista e Glosador, Amigo do Rio das Balsas, Inventor da Descida de Boia, em julho de 1952, Amigo da Fanfarra do 1° RCG, autor dos livros O Acordo PDS/PTB, coletânea de charges, Sinais de Revisão e Regras de Pontuação, normativo, Do Jumento ao Parlamento, com episódios da vida real, De Balsas para o Mundo, centrado na navegação fluvial Balsas/Oceano Atlântico, Pétalas do Rosa, saga da Família Albuquerque e Silva, Memorial Balsense, dedicado à história de sua terra natal, e Caindo na Gandaia, humorístico apimentado, é casado, tem quatro filhos, uma nora, um genro e dois netos e reside em Brasília, Distrito Federal, desde dezembro de 1960.

Literatura - Contos e Crônicas terça, 26 de novembro de 2024

ESPÍRITOS VADIOS: LIVRO DE ANDRÉ L. NAKAMURA (POSTATGEM DA LEITORA MARIA CLARA MENEZES)

Espíritos vadios: inspiração dos anos 80 sem mocinhas nem vilões clichês

De hackers a coronéis modernos, romance do escritor André L. Nakamura satiriza hipocrisia e superficialidade

Quando hackers, mentalistas, advogados, mafiosos, profissionais do sexo e autoridades religiosas são evolvidos na morte de Toni e Alexandre, dois dos mais temidos coronéis da Paraíba, cabe respectivamente às viúvas Marcília e Valquíria protegerem os legados dos maridos durante uma guerra entre seus sucessoresNesta atmosfera ausente de mocinhas ou mocinhos a serem salvos de vilões, o escritor André L. Nakamura cria, no lançamento Espíritos Vadios, um cenário repleto de conflitos de interesses, denunciando pressões sociais e desigualdades estruturais.

Ambientada principalmente em cidades fictícias da Paraíba, em especial Campo das Brisas e Pontes Reais, a trama parte da surpreendente morte do coronel Alexandre, alvo de conspirações e ameaças de inimigos. Pouco tempo depois, Toni, seu compadre e também coronel, aparece morto de maneira igualmente suspeita, dando lugar para o ambicioso irmão, Dom Luciano, assumir o controle das regiões. Mas, o que poderia ser apenas uma batalha pelo controle dos territórios se transforma em uma guerra entre o novo sucessor e as viúvas Marcília e Valquíria, que desejam manter a influência da família e as alianças políticas.

À boca pequena, fala-se em conspirações, ameaças e suspeitas de chantagens, torturas e, especialmente, assassinatos; e que teriam sido estes os requisitos atendidos pelos promissores militares naquela rápida subida na hierarquia. Na ativa, participavam efetivamente de toda sorte de práticas dissuasórias ou aliciadoras: corrupção por meio de superfaturamento em aquisições de bens e serviços, comércio clandestino de armas, prestação de “proteção”, missões como “justiceiros” e do que mais fossem incumbidos por seus superiores hierárquicos, nesses tempos. (Espíritos Vadios, p. 42)

Ao longo das páginas, surgem novos personagens, como Bárbara, uma hacker talentosa e determinada, o advogado Êudice, envolvido em esquemas duvidosos, e figuras espirituais, como o pai de santo Naldivar. Cada um dos personagens, com seus segredos e alianças, navegam por conflitos e chantagens que revelam a fragilidade moral dos seres humanos. Sem heróis ou vilões tradicionais, Espíritos Vadios é o primeiro livro de uma trilogia que se desprende de uma narrativa linear e coloca à prova a ambiguidade moral e as consequências de uma sociedade profundamente marcada pela corrupção.

Com um tom de crítica social, o livro satiriza a hipocrisia e a superficialidade que permeiam o cotidiano dos protagonistas, expondo as falhas nas estruturas de autoridade. Ao criar um ambiente de desconfiança, André L. Nakamura desafia o leitor a refletir sobre o que está por trás das escolhas humanas e sobre as linhas tênues entre o bem e o mal, à medida que revelam como o poder corrompe os indivíduos.

FICHA TÉCNICA

Título: Espíritos Vadios
Subtítulo: Livro 1: Antros de Raposas
Autor: André L. Nakamura
ISBN: 978-65-01-17855-4
Páginas: 272
Preço: R$54,61
Onde comprar: Amazon | Loja Uiclap

Sobre o autor: André Luiz Nakamura, advogado, ex- procurador jurídico da Prefeitura de Olímpia/SP, com mais de 20 anos de experiência no serviço público, é formado em Jornalismo, Letras e Publicidade, experiências que se refletem na riqueza de diálogos e nas complexidades de suas obras. Ao longo da carreira, também foi Coordenador Geral do Setor de Folclore e Diretor Executivo do Anuário Folclore de Olímpia, onde publicou diversos artigos sobre cultura popular. A trilogia Espíritos Vadios marca sua estreia na literatura.

Instagram do autor: @andreluiznakamuraadv


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